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Sangue das Rosas Abdias Neves

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Page 1: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

Sangue das Rosas

Abdias Neves

Page 2: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

Quando sinto cantarem sobre as telhas

O oiro da luz e a voz das madrugadas

Page 3: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

Vou ver morrer no céu as irrizadas

Pequeninas e fúlgidas centelhas

Page 4: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

Ainda não despertaram as abelhas

para a festa das ramas enfloradas.

Page 5: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

Pássaros dormem. Abertas nas estradas

Rosas pompeiam pétalas vermelhas

Page 6: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

De onde lhes vem aquele sangue rubro?

Sigo, pé ante pé, olho e me encubro.

Page 7: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

Nos roseirais e de onde possa vê-las

Page 8: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

E vejo, então, olhando o espaço infindo,

Page 9: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

Aquele sangue vir do céu caindo

Pelos olhos de prata das estrelas.

Page 10: Sangue das Rosas Abdias Neves. Quando sinto cantarem sobre as telhas O oiro da luz e a voz das madrugadas

Abdias da Costa Neves (1876-1228) – formou-se me Ciências Jurídicas pela

Faculdade de Direito de Recife. Jornalista, romancista, historiador e poeta.

www.dilsonlages.com.br – a imagem da palavra