sistema de monitoramento para uma central de cuidados de ... · também agradeço a minha namorada...

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ALEXANDRE HIDEKI AKITA Sistema de Monitoramento para uma Central de Cuidados de Idosos SOROCABA 2018

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ALEXANDRE HIDEKI AKITA

Sistema de Monitoramento para uma

Central de Cuidados de Idosos

SOROCABA 2018

ALEXANDRE HIDEKI AKITA

SISTEMA DE MONITORAMENTO PARA UMA CENTRAL DE

CUIDADOS DE IDOSOS

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Instituto de Ciência e

Tecnologia de Sorocaba, Universidade

Estadual Paulista (UNESP), como parte

dos requisitos para obtenção do grau de

Bacharel em Engenharia de Controle e

Automação.

Orientador: Prof. Dr. Galdenoro Botura

Jr.

SOROCABA

2018

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Unesp Instituto de Ciência e Tecnologia – Câmpus de Sorocaba

Bibliotecário responsável: Bruna B. Guimarães – CRB 8/8855

Akita, Alexandre Hideki.

Sistema de monitoramento para uma central de cuidados de idosos / Alexandre Hideki Akita, 2018.

47 f.: il. Orientador: Galdenoro Botura Junior.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade

Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Instituto de Ciência e Tecnologia (Câmpus de Sorocaba), 2018.

1. Arduino. 2. Idoso. 3. Acidentes por quedas. 4. Automação.

I. Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Instituto de Ciência e Tecnologia (Câmpus de Sorocaba). II. Título.

FOLHA DE APROVAÇÂO

AGRADECIMENTOS

A todos os professores que me ensinaram com tanta dedicação todo

conhecimento que tenho hoje.

Ao professor Dr.Galdenoro Botura Jr. pela dedicação e orientação no

trabalho de graduação.

Também a professor Dr. Ivando Severino Diniz pela ajuda nas

dificuldades que tive com o Arduino.

Agradeço minha família e amigos pelo apoio durante todo o trajeto da

faculdade. Também agradeço a minha namorada Juliana Montibeller que me

apoiou e me ajudou nas madrugadas dedicadas ao projeto.

“A luta pela vida, nem sempre é vantajosa aos fortes,

nem aos espertos. Mais cedo ou mais tarde,

quem cativa a vitória é aquele que crê plenamente:

EU CONSEGUIREI. ”

(Napoleon Hill)

RESUMO

Com a diminuição da natalidade e com o aumento da expectativa de vida

do povo brasileiro, o aumento da população idosa tem sido significativo. Devido

a esse novo status da população brasileira há um aumento dos gastos do

sistema de saúde. Os idosos tendem a ter cada vez mais problemas de saúde e

uma diminuição da sua independência. Esses problemas de saúde são

causados pela a ocorrência da queda, justificada pela falta de equilíbrio,

vertigem, confusão mental e entre outros.

Com o avanço da tecnologia, a área de Automação tem tido um papel

importante para ajudar esses idosos a ter uma vida mais independente e segura.

Um exemplo de ajuda é o projeto que irá ser desenvolvido nesse trabalho.

Para solucionar isso o projeto irá englobar o uso do Arduino e seu

microcontrolador para obter as informações de um acelerômetro em que este irá

informar a ocorrência de queda do idoso. Além disso, o projeto irá ter uma central

de atendimento onde estará conectado com o aposento do idoso e poderá

monitorar o idoso caso haja a queda e com uma câmera que será ativada quando

o acelerômetro mostrar uma queda.

Os resultados do projeto foram um protótipo de sensor de queda que

verifica a queda através de uma variação de aceleração e um sistema que inclui

dois programas um Servidor e um Cliente, onde eles se comunicam em rede. O

primeiro monitora a queda através de um painel simples e de fácil visualização

e o segundo consegue captar os dados do sensor de queda através do bluetooth

e enviar o alerta para o primeiro programa.

Palavras chave: Arduino, Idoso, Acidentes por quedas, Automação

ABSTRACT

With the decrease in the birth rate and the increase in the life expectancy

of the Brazilian people, the increase in the elderly population has been significant.

Due to this new status of the Brazilian population there is an increase in health

system expenditures. Older people tend to have more and more health problems

and a decline in their independence. These health problems are caused by the

occurrence of the fall, justified by the lack of balance, vertigo, mental confusion

and among others.

With the advancement of technology, the Automation area has played an

important role in helping these elderly people to lead a more independent and

safe life. An example of help is the project that will be developed in this work.

To solve this the project will encompass the use of the Arduino and its

microcontroller to obtain the information of an accelerometer in which this will

inform the occurrence of fall of the elderly. In addition, the project will have a call

center where it will be connected to the elderly room and can monitor the elderly

if there is a fall and with a camera that will be activated when the accelerometer

shows a fall.

The results of the project were a prototype of fall sensor that verifies the

fall through a variation of acceleration and a system that includes two programs

a Server and a Client where they communicate in network. The first monitors the

fall through a simple panel and easy to see and the second can capture the data

of the fall sensor through the bluetooth and send the alert to the first program.

Keywords: Arduino, Aged, Accidental fall, Automation

Sumário1. Introdução ............................................................................................................................................. 1

2. Revisão bibliográfica ............................................................................................................................ 6

3. Embasamento Teórico ......................................................................................................................... 8

ARDUINO ...................................................................................................................................................... 8

ACELEROMETRO ........................................................................................................................................ 9

Bluetooth ..................................................................................................................................................... 10

LABVIEW .................................................................................................................................................... 11

Rede de área local (LAN) ............................................................................................................................ 12

4. Materiais e Métodos ........................................................................................................................... 13

4.1 Materiais ................................................................................................................................................ 13

Arduino uno R3 ........................................................................................................................................... 13

Acelerômetro MPU-6050 ............................................................................................................................. 14

Bluetooth 4.0 HM-10 ................................................................................................................................... 15

Câmera USB ............................................................................................................................................... 16

4.2- Métodos ............................................................................................................................................... 17

Projeto ......................................................................................................................................................... 17

Arduino ........................................................................................................................................................ 18

MPU-6050 ................................................................................................................................................... 19

HM-10 com o PC ......................................................................................................................................... 21

Usando Câmera USB .................................................................................................................................. 22

Programa no LabView ................................................................................................................................. 22

O Painel central ........................................................................................................................................... 22

A Conexão da rede ..................................................................................................................................... 23

Descrição da parte da câmera .................................................................................................................... 25

A aquisição dos dados ................................................................................................................................ 25

5. Resultados e Discussões ....................................................................................................................... 27

5.1- Programas Cliente e Servidor .............................................................................................................. 27

5.2- Testes do Projeto ................................................................................................................................. 31

6.0- Conclusão ............................................................................................................................................ 32

7.0- Referências .......................................................................................................................................... 34

Apêndice A ................................................................................................................................................. 38

Apêndice B ................................................................................................................................................. 39

1

1. Introdução

A história da população brasileira já sofreu muitas alterações, desde um

crescimento acelerado quanto uma oscilação na faixa etária. Contudo, desde

1970 a taxa de natalidade diminuiu, isso pelo fato das mulheres entrarem no

mercado de trabalho e pelo custo com a criação de uma criança ter aumentado

consideravelmente.

Com isso, a população começou a envelhecer aos poucos e de acordo

com estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2012)

em 2050 haverá 73 idosos para cada 100 crianças. Outro estudo diz que

aproximadamente em 2039 a população brasileira irá entrar em uma tendência

mundial que se chama “crescimento zero”, ou seja, o crescimento da população

brasileira irá estabilizar (FREITAS,2018).

Podemos observar que segundo dados do IBGE referidos no livro UNATI

de 2012, em 2020 os idosos chegarão a 25 milhões de pessoas, mas segundo

o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2016 a população

idosa chegou a 29,6 milhões, ou seja, o crescimento foi acima do esperado.

(MARQUES, et al., 2012) (IBGE, 2017)

Outro fator é que, a expectativa de vida dos brasileiros hoje é de 72,78

anos e pelas estatísticas, em 2050 ela irá subir para 81,29 anos. Quase igual ao

do Japão (83,10 anos), dado de 2012. (FREITAS,2018)

Na figura 1 temos a projeção da pirâmide de faixa etária do Brasil em

2018 e o gráfico da projeção de 2000 até 2030 para visualizar o aumento da

população idosa no Brasil.

2

Figura 1-Pirâmides das idades da população brasileira

Fonte: IBGE 2018

Apesar da população idosa corresponder a aproximadamente 13% da

população brasileira, o SUS chega a gastar um terço do total gasto com

internações somente com os idosos. Em 2008, esse gasto foi em torno de R$70

milhões, sendo crescente a cada ano que passa. Nesse ano de 2017, segundo

dados do Ministério da Saúde, foi de R$115,3 bilhões de investimentos para

adequar o SUS ao novo quadro de pacientes. E pela projeção feita pela empresa

Diamond Mountain cada ano vai ter um aumento aproximadamente de 9% nos

investimentos do SUS. A figura 2 mostra o estudo feito pela Diamond sobre os

investimentos no SUS. (HEEMANN; HERMSDORF,2017)

3

Figura 2-Imagem dos gastos do SUS

Fonte: HEEMANN; HERMSDORF,2017

Com o aumento de idosos, surge uma grande preocupação com a saúde

dos mesmos. Algumas medidas de segurança têm sido adotadas em relação a

isso, como exemplo temos a prevenção de acidentes, principalmente com

quedas da própria altura. Um evento que ocorre comumente e que causa graves

problemas para os idosos. Entre os idosos com 80 anos ou mais, 40% sofrem

quedas a cada ano e dos que moram em asilos e casas de repouso, esta

frequência é de 50%. Há estudos que dizem que há uma queda para cada três

idosos de 65 anos, e de cada vinte que sofrem quedas, um tem fraturas ou

desfechos piores. (BVS,2009)

4

“A distribuição das causas difere entre idosos institucionalizados e os

não-institucionalizados. As quedas entre os moradores de asilos e casas de

repouso são em decorrência de distúrbios de marcha, equilíbrio, vertigem e

confusão mental, enquanto que pessoas não institucionalizadas tendem a cair

por problemas ambientais, seguidos de fraqueza/distúrbios do equilíbrio e

marcha, "síncope de pernas", tontura/vertigem, alteração postural/hipotensão

ortostática, lesão do Sistema Nervoso Central, síncope e outras causas. ” (BVS,2009)

Atualmente, alguns processos que ajudam na redução das quedas são

modificações na casa como por exemplo tapete antiderrapante, barras de apoio,

uma maior iluminação, automação residencial e outros. Como citado

anteriormente, a automação residencial é um grande aliado para auxiliar os

idosos na diminuição das quedas, principalmente incentivando seu autocuidado

e uma maior independência, como exemplo, agindo através de sensores de

presença para acionamento da luz sem necessidade de locomoção dos mesmos

no escuro, ou com elevadores para facilitar a deambulação dentro do ambiente

doméstico.

Existem alguns produtos que tem como visão solucionar esse problema

com relação aos cuidados de idosos. Um exemplo deles é o TeleHelp que

basicamente é um colar aonde há um botão que caso a pessoa precise de ajuda

ele pode acionar e solicitar assistência. (TELEHELP,2017) Nos Estados Unidos,

existe o “Home Safe Medical Alarm”, que consiste em um sensor para idosos,

que ao cair aciona o botão automaticamente para central de atendimentos enviar

uma ambulância (PHILIPS,2017).

Assim, em função do histórico da população, do aumento do número de

quedas, e principalmente do papel que a Automação tem para ajudar na atual

situação, é de grande importância que o Engenheiro de Controle e Automação

tenha conhecimento do uso de Arduino, câmeras, e acelerômetros para assim

desenvolver soluções inovadoras para auxiliar o controle do número de quedas

dos idosos com um rápido atendimento.

Uma das soluções é criar um sistema para identificar uma possível

queda devido a um infarto por exemplo, usando o Arduino (microcontrolador)

mais um acelerômetro, quando ocorrer a queda, um alerta é enviado para a

central onde automaticamente acionará a câmera do local onde o idoso está.

5

Isso fará com que o atendimento seja mais rápido e facilitará o salvamento de

uma vida. Além disso, diminui os gastos do SUS, pois 76% da população idosa

fazem o uso sistema único de saúde.

E segundo Helvécio Magalhães Júnior que foi o secretário de atenção à

saúde do Ministério da Saúde: “Nós não vamos resolver a questão dos idosos somente com

geriatras. Existem 400 ou 500 profissionais geriatras no Brasil. Nós

vamos precisar de muito mais, mas não é só isso que vai resolver o

problema” (ANAHP,2013)

Logo, a solução do projeto vai auxiliar na diminuição da necessidade de

muitos geriatras e cuidadores.

6

2. Revisãobibliográfica

Em sua tese de mestrado, (MIRANDA et al., 2008) apresenta um sensor de

queda feita com duas etapas, a primeira etapa constitui em dois sensores de

aceleração para detectar a queda enviando continuamente sinais analógicos

para um microcontrolador MSP430 que digitaliza o sinal e analisa a ocorrência

de queda e envia um sinal via Rádio frequência para uma central e a segunda

etapa um outro MSP430 para receber esses dados via Rádio frequência e este

microcontrolador enviar um SMS para o celular registrado.

Já em 2012, no artigo de (MERLIM et al., 2012), foi apresentado uma

plataforma onde foi utilizada um microcontrolador da Microchip dsPICF3012 com

o bluetooth ADXL330 e em conjunto de uma interface gráfica desenvolvida com

LabWindows detectava a queda de um idoso. Um ponto relevante nesse trabalho

foi utilização de um microcontrolador pequeno onde no resultado final ajuda na

leveza e na portabilidade do sensor e a interface de monitoramento consegue

ver a situação atual do paciente e pode analisar os dados físicos utilizando um

data logger.

Em 2016, (SAMPAIO, 2016) desenvolveu em sua dissertação de pós-

graduação um projeto que detecta a queda do idoso, contudo utiliza um aplicativo

desenvolvido pela mesma para captar as oscilações do idoso através do

acelerômetro do celular. É capaz de verificar as oscilações presentes na

manutenção do equilíbrio estático de idosos e diferenciar os resultados em dois

grupos de alto e baixo risco de queda. Justificou o uso smartphone, pois a

utilização deste está em grande expansão e o uso dele faz o custo do projeto ser

mais barato pois quase todos os idosos já o possui.

(TORQUATO et al., 2017) apresentou em seu trabalho uma maneira parecida

com (SAMPAIO, 2016) de monitoramento de idosos e de pessoas debilitadas.

Foi utilizado o acelerômetro do celular e um aplicativo desenvolvido capaz de

detectar uma eventual queda analisando dois parâmetros: a primeira é a

aceleração resultante para analisar uma variação de aceleração brusca onde

pode ocorrer queda, ou uma corrida ou uma caminhada rápida e a segunda é

caso a aceleração for brusca como nos casos citados, verificar se depois dessa

7

variação ocorreu uma parada de movimento no individuo por um período,

identificando a possível queda.

Dos projetos mais próximos, o (TORQUATO et al., 2017) apresentou uma

melhora no projeto de (SAMPAIO, 2016) analisando de dois jeitos a aceleração

para uma melhor analise da possível queda.

Comparando os projetos, temos uma variedade de maneiras para fazer um

monitoramento de quedas, desde usando microcontroladores a smartphones.

Mas todos utilizam o mesmo princípio da variação da aceleração do sensor de 3

eixos (acelerômetro). Outro fator notado entre os projetos, todos visam alguma

maneira para o idoso ser o mais breve socorrido.

8

3. EmbasamentoTeórico

ARDUINO

A definição do Arduino seria um sistema de desenvolvimento (uma

placa) que você pode programar para realizar comandos nas entradas e saídas

entre componentes externos e no próprio Arduino. Ele pode se comunicar tanto

por hardware quanto em meio de software, assim definindo como uma

plataforma embarcada. Contém todos os itens para ser definido também com um

microcomputador, os itens como microprocessador, memória ROM, memória

RAM, periféricos de entrada / saída, Conversor Analógio/Digital, etc.

Um exemplo básico que sempre é feito no começo dos aprendizados

nesse microcontrolador é o de acender um led conectado com o mesmo por meio

de um botão e após um tempo ele se apaga. Esse exemplo pode ser estendido

para por exemplo sensores de presença, sensores de aceleração, motores,

sensores de temperatura, sensores de pressão, ou qualquer outro dispositivo

que possa emitir ou receber dados.

Arduino é placa projetada com um microcontrolador Atmel AVR com

suporte de entrada/saída e linguagem de programação padrão que é

essencialmente C/C++. Esse dispositivo tem um baixo custo, são flexíveis e

fáceis de serem usados para os trabalhos. Também pode ter uma saída USB

para conexão com o PC e pino de entrada e saída para conectar com outros

circuitos ou sensores (CHAVIER,2017)

A programação do Arduino é feita no IDE (Integrated Development

Environment) do Arduino, um software onde você pode colocar uma série de

instruções ou códigos baseados em linguagem C. O software permite você fazer

programa (ou sketches como são chamados) e fazer o upload para o

microcontrolador. Então o Arduino irá executar o passo a passo de cada código

com o todos os periféricos conectados a ele.

Existem outros microcontroladores, mas o Arduino é muito utilizado pelo

fato de ter baixo custo e ter várias utilidades. A figura 3 demonstra um exemplo

de código de programação da plataforma Arduino que será utilizado e

desenvolvido durante o trabalho. Na figura 4 temos o Arduino Uno R3 que será

utilizado no projeto.

9

Figura 3-Exemplo de código de Programação da plataforma Arduino

Fonte: Própria

Figura 4-Arduino Uno R3

Fonte: Própria

ACELEROMETRO

Os acelerômetros são dispositivos capazes de medir a aceleração de um

corpo. Medem a variação de velocidade no tempo em faixas especificas em

relação à gravidade. Esses dispositivos variam basicamente em quantidade de

eixos (x, y, z) e pela faixa de medição. A faixa de medição é geralmente dada

em relação à aceleração da gravidade, sendo simbolizada pela letra g. Assim,

1g é a aceleração da gravidade. (Oliveira, 2013)

10

Bluetooth

É uma comunicação por Rádio Frequência onde permite a transmissão

de dados entre dispositivos. Apesar de dos aparelhos necessitarem de estar

próximos, o Bluetooth é de baixo consumo de energia.

O Bluetooth possibilita a comunicação desses dispositivos uns com os

outros quando estão dentro do raio de alcance. O raio de alcance varia de acordo

com a classe do dispositivo. A seguir temos a tabela 1 que caracteriza as

diferentes classes:

Tabela 1- Tabela de classes de Bluetooth

Classe Potência

máxima permitida

Alcance

(Aprox.)

Classe 1 100 mW (20

dBm) até 100 metros

Classe 2 2.5 mW (4 dBm) até 10 metros

Classe 3 1 mW (0 dBm) ~ 1 metro Fonte: Retirado do site: <https://www.tecmundo.com.br/bluetooth/161-o-que-e-bluetooth-.html>.

Acessado dia 10 agosto de 2017.

A transmissão é feita por RF (rádio frequência) e opera em uma faixa de

frequência de rádio aberta e aceita praticamente em todo o mundo. Essa faixa

está entre 2,4 a 2,5GHz e é categorizada como ISM (Industrial, Scientific,

Medical). (TELECO, 2017)

A faixa ISM pode ser usada por qualquer sistema de comunicação pois

é aberta. Para não haver interferências, existe o sistema de FH-CDMA

(Frequency Hooping –Code-Division Multiple Access), pois permite a divisão da

frequência em vários canais. Ou seja, o aparelho que faz a conexão vai mudando

de canal de uma maneira rápida. Assim, a faixa da frequência é baixa e

diminuindo a possibilidade de ruído.

No projeto a conexão entre o emissor e o receptor é basicamente o SCO

(Synchronous Connection-Oriented) que é uma ligação sincronizada entre os

dois (máster e slave) e onde é separada alguns slots de dados para cada um.

11

LABVIEW

É um a linguagem de programação gráfica da National Instrument.

Usada mais em medição e automação, o programa é feito com diagrama de

blocos com fluxo de dados. Assim oferecendo vantagem na aquisição de dados

e para manipulação destes. (NATIONAL INSTRUMENT,2017)

Sua programação gráfica permite ao engenheiro codificar sistemas de

forma simples e também interoperando com outros hardwares como o Arduino.

Segue na figura 5 de como pode ser feito a programação gráfica.

Figura 5-Imagem de um exemplo de junção do Arduino com LabView

Fonte: Retirado do site: < https://br.pinterest.com/pin/357262182925236896/>.

Acessado dia 10 agosto de 2017.

12

Rededeárealocal(LAN)

É uma rede local usando um roteador, este termo LAN vem de Local

Área Network. É uma rede de computadores restrita em um local físico, como no

caso uma central de cuidado de idosos. A rede fica restrita a uma faixa de IP

com a mesma máscara de rede comum. O IP é um número que o dispositivo

recebe ao conectar à internet, na qual é o que o identifica e pode receber ou

enviar dados. Na figura 6 um exemplo de rede local:

Figura 6-Imagem de uma rede local

Fonte: Retirado do site: < https://lucianoerodrigo.wordpress.com/lan/

>. Acessado dia 13 agosto de 2017

13

4. MateriaiseMétodos

4.1Materiais

ArduinounoR3

O Arduino é uma placa de desenvolvimento que possui um

microcontrolador que foi criado baseado no ATMega328P. Ele possui 14

entradas e saídas digitais, 6 entradas analógicas, um quartzo de 16MHz,

conexão USB, cabo de força e um botão de reinicialização.

Para ligar o Arduino, pode-se ligar o USB no computador, ou ligar em um

adaptador AC-DC ou em uma bateria.

Segue a tabela 2 com as especificações técnicas do Arduino:

Tabela 2-tabela das características do Arduino Uno

Microcontrolador ATMega328P

Tensão de Operação 5V

Tensão de Entrada

(recomendado)

7-12V

Tensão de Entrada Limite 6-20V

Pino de I/O digitais 14 (dos quais 6 fornecem

saída PWM)

Pino de I/O digitais PWM 6

Pino de entrada analógica 6

Corrente DC de I/O 20mA

Corrente DC para o pino 3,3

V

50mA

Memória Flash 32 KB (Atmega328P) dos

quais 0,5 KB utilizados pelo

bootloader

SRAM 2KB

EEPROM 1KB

Velocidade de CLOCK 16MHz

LED_BuiltIN Pino 13

14

Comprimento 68,6mm

Largura 53,4mm

Peso 25g

Fonte: Própria

AcelerômetroMPU-6050

É um chip que possui um MEMS acelerômetro e um MEMS giroscópio,

onde MEMS significa sistema micro-elétrico-mecânico (Micro-Electro-

Mechanical System). Além disso contém um recurso chamado DMP(Digital

Motion Processor), que faz cálculos complexos e que os resultados podem ser

usados para navegação de GPS, jogo e entre outras aplicações. Também

contempla um sensor de temperatura que permite medir entre -40 a + 85º C.

Na figura 7 temos a imagem do sensor mais a sua pinagem:

Figura 7-Imagem do Sensor MPU-605

Fonte: (ARDINOCC,2017)

Por meio dos pinos SCL e SDA do sensor ele faz a interface I2C. Nos

pinos XDA e XCL pode-se ligar outros dispositivos I2C, como um magnetômetro

por exemplo, e criar um sistema de orientação completo.

A alimentação do MPU-6050 pode variar entre 3 e 5v, mas recomenda-

se utilizar 5v. O pino AD0 desconectado define que o endereço I2C do sensor é

0x68. Conecte o pino AD0 ao pino 3.3V do Arduino para que o endereço seja

alterado para 0x69. Essa mudança permite que tenha dois módulos MPU-6050

em um mesmo circuito.

15

Bluetooth4.0HM-10

HM-10 é um módulo BLE (Bluetooth Low Energy) para um sistema

embutido obter comunicação sem fio. Pode trabalhar no modo MASTER ou

SLAVE conforme atribuído nos comandos AT. Um módulo BLE é aquele que

dispositivo que trabalha com o Bluetooth de baixa energia.

O modulo é baseado no chipset CC5541 e permite a comunicação de

dados via UART (baudrate de 9600bps). Para usá-lo basta conectar ao

microcontrolador nos pinos (TX e RX) e fazer a comunicação serial.

A seguir na tabela 3, tem as características técnicas do módulo:

Tabela 3-Tabela das características do HM-10

Protocolo Bluetooth Bluetooth Especificação V4.0

BLE

Frequência de operação: 2.4Ghz ISM band

Potência de Transmissão ≤4dBm

Sensibilidade ≤-84dBm a 0,1% BER

Taxa de Transmissão: Assíncrono: 6 kbps

Síncrono: 6 kbps

Fonte de alimentação: + 5VDC 50mA

Dimensão Física: 27mm x 13mm x 2.2mm.

Alcance Até 100 metros em campo

aberto

Fonte: ARDUINOCC,2017

A figura 8 mostra o módulo Hm-10

16

Figura 8-Módulo HM-10

Fonte: Própria

CâmeraUSB

Câmeras USB são câmeras de imagens que usam a tecnologia USB 2.0

ou USB 3.0 para transferir dados de imagem. Câmeras USB são projetados para

facilmente interface com sistemas de computador dedicado, usando a mesma

tecnologia USB que é encontrado na maioria dos computadores. A

acessibilidade da tecnologia USB em sistemas de computador, bem como a taxa

de transferência de 480 Mb/s de USB 2.0 faz Câmeras USB ideal para muitas

aplicações de imagem. Uma seleção crescente de câmeras USB 3.0 também

está disponível com taxas de transferência de dados de até 5 Gb / s.

Figura 9-Camera USB usada no projeto

Fonte: Própria

17

4.2-Métodos

Nessa parte do projeto iremos descrever como foi desenvolvido cada

módulo citado anteriormente nos materiais.

Projeto

Primeiramente, para o projeto foi levantado um estudo sobre aonde

poderia ser aplicado a ideia do projeto. Conforme foi discutindo com alguns

profissionais da área de saúde e procurando mais sobre cuidado de idosos, o

uso do projeto seria ideal para uma central de cuidado de idosos.

Nessa central, que por acaso seria adaptado como um conjunto de

kitnets ou studios, cada idoso teria seu próprio quarto para uma maior

privacidade. Na figura 10, segue uma projeção de como poderia ser feito a

central de idosos feita pelo escritório de arquitetura Afalo e Gasperini: Figura 10-Projeção feita pelo escritório de arquitetura Aflalo e Gasperini para o Vila Dignidade, desenvolvido pela Secretaria da Habitação e Companhia de Desenvolvimento Habitacional e

Urbano (CDHU)

Fonte: TORQUATO, 2017

Após esse estudo da aplicação, foi levantado um estudo do uso do

Arduino em cima do projeto. Pois, como já possuía o microcontrolador e o

potencial de desenvolvimento dele é grande. Os outros periféricos como o

acelerômetro, câmeras, módulos de Bluetooth foram comprados para se

conectar com o Arduino.

18

O diagrama a seguir representa como vai ser a estrutura do projeto e

seus módulos. Onde o Arduino e o acelerômetro se conectam com o computador

via Bluetooth, a câmera via USB para o computador e este conectado com a

central via Rede.

Arduino

No Arduino foram conectados, o MPU-6050 e o HM-10 da seguinte forma:

no caso do MPU-6050, ele é conectado no pino de 5V do Arduino e no Pino GND

para a alimentação do sensor. Para a transferência dos dados do sensor para o

Arduino conectamos o pino analógico A4 do Arduino no pino SDA e o pino

analógico A5 no pino SCL do MPU.

Na figura 11 temos a conexão do Arduino com o MPU:

Figura 11-Imagem da ligação do Arduino com o MPU-6050

Fonte: ARDUINOCC,2017

Notebook Sensor de

queda

Central de

Monitoramento

Câmera

Bluetooth Rede

USB

19

No caso do HM-10 com o Arduinos conectamos os pinos de alimentação

do Bluetooth em 3,3 V e no GND, e para a transferência de dados conectamos

o RX do HM-10 no TX do Arduino e o TX do HM-10 no RX do microcontrolador.

Figura 12- Ligação do Arduino com HM-10

Fonte: ARDUINOCC,2017

MPU-6050

Após estudar as referências bibliográficas foi identificado que o MPU-6050

é o mais utilizado e indicado pois apresenta uma resposta mais rápida e não

recebe tantos ruídos.

O programa a seguir foi implementado no Arduino para utilizar o MPU-6050:

#include<Wire.h>

//Nessa parte do programa temos a inicialização das variáveis do

programa

const int MPU=0x68; //I2C address of MPU-6050

int16_t AcX,AcY,AcZ,Tmp,GyX,GyY,GyZ;

int16_t dx,dy,dz;

int OldAcX,OldAcY,OldAcZ,OldTmp,OldGyX,OldGyY,OldGyZ;

int AcSensitivity =10000;

boolean moved=false;

int n=0;

20

void setup(){

//Nesse bloco ocorre a inicialização do MPU-6050

Wire.begin();

Wire.beginTransmission(MPU);

Wire.write(0x6B);//PWR_MGT_1 register

Wire.write(0);// set to zero(wake up the MPU-6050)

Wire.endTransmission(true);

Serial.begin(9600);

}

void loop(){

//Nas linhas a seguir temos os comandos para aquisição e registro dos

dados obtidos do acelerômetro e colocados nas variáveis descritas no começo

Wire.beginTransmission(MPU);

Wire.write(0x3B);//Starting with register 0x3B(ACCEL_XOUT_H)

Wire.endTransmission(false);

Wire.requestFrom(MPU,14,true);

AcX=Wire.read()<<8|Wire.read();

AcY=Wire.read()<<8|Wire.read();

AcZ=Wire.read()<<8|Wire.read();

Tmp=Wire.read()<<8|Wire.read();

GyX=Wire.read()<<8|Wire.read();

GyY=Wire.read()<<8|Wire.read();

GyZ=Wire.read()<<8|Wire.read();

// A seguir temos os comandos para descobrir a diferença do dado da

aceleração e cada eixo anteriormente obtida com a nova.

dx=abs(AcX-OldAcX);

dy=abs(AcY-OldAcY);

dz=abs(AcZ-OldAcZ);

// Nessa parte do programa temos a lógica do definindo a queda, se as

diferenças entre as acelerações foram maiores que a sensibilidade envia “1” para

o bluetooth.

if(dx>AcSensitivity || dy>AcSensitivity || dz>AcSensitivity){

moved=true;

21

n=n+1;

}

if(moved==true & n>2){

Serial.println("1");

}

//Definindo o aceleração nova como antiga para um novo ciclo

OldAcX=AcX;

OldAcY=AcY;

OldAcZ=AcZ;

moved=false;

delay(100);

}

Dentro da programação a linha onde tem o comando (int AcSensitivity

=10000;) foi definida a sensibilidade do sensor em relação a queda, podendo ser

alterada para um melhor desempenho, contudo após alguns testes esse valor de

10000 foi dado como sensibilidade boa para o controlador de queda.

Caso o programa detectar a mudança brusca de variáveis, ele irá

mandar um sinal de “1” para o Serial e dele será mandado para o HM-10. E este

mandará esse dado para o computador.

HM-10comoPC

O HM-10 é pareado com o computador e cria-se automaticamente uma

porta serial virtual. No projeto, a informação da ocorrência de queda é transmitida

por essa porta serial. A transmissão do dado pelo Arduino devido a programação

descrita no item anterior é recebida e analisada pelo programa feito no LabView.

A programação será explicada no item 3.2.5 sobre o programa do Labview.

22

UsandoCâmeraUSB

Inicialmente no projeto era para usar utilizar uma câmera IP, devido ao

fato do programa do LabView necessitar de um hardware de aquisição de

imagem para esse tipo de câmera. Como não estava disponível e fora do

orçamento para o projeto, será utilizado uma câmera USB.

Ela atende o necessário para visualizar o dentro do quarto e irá facilitar

a identificação do alerta de queda.

Quando ocorrer a queda o sensor irá acionar a câmera e está ira mandar

a imagem para o computador na central de atendimento.

ProgramanoLabView

Para falar sobre o programa vamos separar em 4 partes para um melhor

entendimento:

OPainelcentral

O painel central é parte visual do programa aonde será controlado a

kitnet de exemplo do projeto. Pode-se aumentar o número de painéis para criar

um controle de outras kitnets ao mesmo tempo, mas para o projeto iremos utilizar

um como exemplo. Pela figura 13 vemos um visual simples, porém que

conseguirá informar e confirmar caso haja a ocorrência de queda; Figura 13-Painel visto no computador da Central

Fonte própria

No quadro a esquerda temos aonde vai aparecer a imagem da câmera.

Ao lado, um visor de alerta que quando estiver preto nada ocorreu e caso mude

para vermelho é sinal de uma queda.

23

E os dois botões de stop são para pausar o programa, um no caso é

para parar a gravação e o outro o programa.

AConexãodarede

Para a conexão do computador da central com o computador da kitnet

foi estudado um exemplo onde há emissão de um dado através de dois

programas feito no LabView. Estes chamados de Cliente e Servidor. A figura 14

e 15 demonstra o programa do Cliente. Na parte visual do programa Cliente

(Figura 14), o campo String 2 é onde você coloca o dado que quer transmitir. No

diagrama de blocos (Figura 15) vemos como é feita a transferência de dados.

Temos os blocos TCP Listen e o TCP Write, eles são os blocos onde o primeiro

faz a conexão com o servidor e o outro manda o dado para a rede. Figura 14-Programa do cliente (Diagrama Visual)

Fonte: Própria

Figura 15-Programa do Cliente (Diagrama de Blocos)

Fonte Própria

24

No programa do servidor fica instalado no computador da Central de

monitoramento. Na figura 17 temos os blocos de comando TCP Open

Connection e TCP Read. O primeiro conecta com o computador da kitnet através

do IP do computador da mesma e o segundo lê os dados emitidos pelo TCP

Write do programa Cliente e mostrado no campo String 3.

Foi emitido um dado número 1 no programa do Cliente e recebido com

sucesso o mesmo dado no programa do servidor na String 3.

Figura 16-Programa Servidor (Diagrama Visual)

Fonte Própria

Figura 17-Programa Servidor (Diagrama de Blocos)

Fonte Própria

25

Descriçãodapartedacâmera

No Labview para usar as imagens das câmeras precisa-se instalar a

extensão Vision and Motion. No projeto, a Unesp forneceu a possibilidade de

usar essa extensão pois na versão com a licença de estudante não é possível

obter.

Na figura 18, temos a estrutura para aquisição da imagem e ao lado o

menu para obter esse VI de aquisição. Esse VI é chamado Vision Acquisition e

é obtido clicando na aba Vision and Motion e indo na categoria Vision Express. Figura 18-Localiazação do Bloco Vision Acquisition no Labview

Fonte própria

Aaquisiçãodosdados

A aquisição dos dados é feita através do Arduino (no caso, o HM-10 mais

o MPU-6050) e bluetooth do computador da kitnet. Na figura abaixo, temos parte

do programa do LabView onde ele irá captar o dado enviado por bluetooth feito

pelo Arduino. Temos os blocos VISA Serial e VISA READ, onde pelo que vimos

anteriormente sobre o HM-10, ao parear com o computador a conexão se

estabelece através de uma porta serial. Assim, para o Labview reconhecer e

recolher os dados usamos esses blocos Visa Serial para estabelecer a conexão

com o HM-10, o setup desse bloco será descrito posteriormente e Visa Read

para ler o dado enviado. O bloco onde há um relógio é apenas um bloco para

esperar o tempo da conexão do programa com a porta serial, antes do bloco Visa

Read tentar ler o dado. Na figura 19, a temos a visualização dos blocos descritos

anteriormente.

26

Figura 19-Parte do Programa sobre aquisição de dados via bluetooth no labview

Fonte própria

27

5.ResultadoseDiscussões

5.1-ProgramasClienteeServidor

Com todas as partes estudas e desenvolvidas, o resultado é a junção de

todas as quatro partes comentadas anteriormente e que formam dois programas.

Um dos programas é chamado Cliente, onde ficará instalado no

computador da kitnet. A figura 20 é a imagem do programa. Figura 20-Programa Completo do Cliente (Computador da Kitnet)

Fonte própria

Na parte superior da figura temos o painel frontal do programa e na parte

inferior é a parte do diagrama de blocos. O painel frontal é simples, composto

por um led para alerta de queda, um seletor de porta para a conexão com

bluetooth do sensor de queda e a leitura do sinal do mesmo.

O diagrama de blocos (no Apêndice A tem a figura em maior escala) é

composto por um TCP Listen para conectar com o computador da central através

da porta definida por 8006 como uma porta na rede, um bloco chamado Visa

Serial que faz a inicialização da conexão com a porta por onde o sinal de

28

bluetooth do aparelho irá emparelhar e enviar os dados, conforme falado no item

“Aquisição de dados”. Nesse bloco definimos o setup: o timeout de 1000

(Timeout especifica o tempo, em milissegundos, para as operações de gravação

e leitura. O padrão é 10000), o baud rate de 9600(Baud rate é a taxa de

transmissão. O padrão é 9600), data bits em 8 (o número de bits nos dados

recebidos. O valor dos bits de dados é entre cinco e oito. O valor padrão é 8),

deixamos a parity (especifica a paridade usada para cada quadro a ser

transmitido ou recebido) como 0 para não ter paridade e por último definimos a

porta serial com que vai ser feita a conexão de pareamento do bluetooth. Depois

desse bloco vem o Visa Read que vai ler o dado que está sendo transmitido para

a porta selecionada e enviar para o próximo bloco.

O bloco seguinte é um bloco que recebe o dado em string enviado do

Visa read e transforma em numeral. E deste bloco partimos para o TCP write

que envia o dado recebido para a rede.

O outro programa é chamado Servidor onde é instalado no computador

da Central de monitoramento das kitnets. A figura 21 mostra o programa e sendo

que na parte superior dela é o painel frontal visto pelo administrador da central e

a parte de baixo o diagrama de blocos com a lógica do programa.

29

Figura 21-Programa Completo do Servidor (Computador da Central)

Fonte Própria

O painel frontal foi descrito anteriormente na parte 1 do item 3.2.5. E

agora descrevemos como é o diagrama de blocos (figura ampliada no Apêndice

B) do Labview desse programa. O primeiro bloco é o TCP Open Connection,

onde este é setado com o IP do computador da Kit net e com a porta da rede

8006. Esse bloco serve para se conectar na rede com o programa Cliente da Kit

net para a inicialização do programa. Após a inicialização, temos o TCP Read

que é o bloco que faz a leitura dos dados enviados na rede pelo TCP Write do

programa Cliente. O dado recebido é transformado em numeral e mostrado na

leitura. Se o numeral for igual a ”1” a caixa de condição será “true” ou seja, irá

ocorrer o evento dentro do loop. Caso não for igual, a caixa de condição será

“false” e dentro do loop é vazio que manterá o status anterior. O evento na qual

caso a condição for verdadeira é acionar o Vision Acquisition, comentada

anteriormente na parte 3 desse mesmo item 3.2.5.

30

Resumindo o Setup do programa temos a seguinte tabela: Tabela 4-Tabela do Setup dos Programas

Programa Cliente Dado Bloco Setup Porta TCP Listen 8006

Timer Ciclo Timer 100 Time Out VISA Read 10000

Baud Rate VISA Read 9600 Data Bits VISA Read 8

Parity VISA Read 0 Tempo Timer 10

Programa Servidor Dado Bloco Setup

IP TCP Open 192.168.0.6 Bit TCP Read 1

Timer Ciclo Timer 100 Fonte própria

Assim, resumindo a lógica do funcionamento dos programas de uma

forma simples com blocos é:

31

5.2-TestesdoProjeto

Cada passo do projeto foi testado, desde os sensores, as câmeras e

Arduino. Foi possível analisar que devido alguns problemas técnicos do

computador, o programa do Labview gera um certo delay com relação a

ocorrência de queda com o alerta. Mas, apesar desse atraso, o os testes tiveram

sucesso na sua execução. Ao testar, girando bruscamente o MPU-6050 o

programa reconhece que foi gerado um sinal de queda para a Central (programa

Servidor).

Foi possível analisar com os testes que não só o sinal foi enviado pelo

HM-10 e recebido pelo computador com sucesso, mas a imagem adquirida pela

câmera USB pelo programa do Labview.

32

6.0-Conclusão

A proposta do trabalho foi desenvolver um protótipo de um sistema de

monitoramento de idosos para uma central de atendimento. Um sistema onde o

cuidador ficasse em um computador monitorando os quartos ou kitnets. Esse

sistema inclui o protótipo de sensor de queda e uma câmera para verificar a real

queda do idoso e um painel no computador da central de fácil visualização.

No que diz respeito ao proposto o protótipo e a interface do painel

responderam as expectativas, apresentando um reconhecimento de uma

possível queda e a visualização do quarto de forma clara e fácil para o cuidador.

Sobre o painel visto pelo cuidador no computador da central, podemos

observar a facilidade de visualização do alerta de queda e da imagem da câmera.

Como o programa foi desenvolvido no LabView, ele cria a possibilidade de

aumentar o número de câmeras e de sensores para ser observados no painel.

Um outro ponto de melhoria seria aumentar o número de câmeras para maior

visualização do quarto.

Em relação ao programa LabView, podemos dizer que ele facilita muito

o desenvolvimento de projetos pelo fato da facilidade da interação da parte do

hardware com a parte do software vista no projeto. Contudo, como o programa

precisa ter licenças para poder utilizar algumas ferramentas, isso atrapalha na

inclusão de alguns hardwares, com por exemplo uma câmera IP, o programa

que foi utilizado precisaria de um hardware de aquisição de imagem para

câmeras IP, o que não foi possível adquirir. Nesse ponto, uma melhoria para

uma futura implementação seria o uso do PHP que não necessitaria do uso

desse hardware de aquisição de imagem.

Do ponto de vista do Arduino UNO, escolhido para ser o

microcontrolador do projeto devido ao fato de já ter disponível para a criação de

um projeto, ele desenvolve com muita facilidade as infinitas possibilidades de

projetos e além de ser um microcontrolador mais barato e que utiliza a linguagem

de programação em C, que foi ensinada durante o curso. Um ponto de melhoria

identificado seria trocar o microcontrolador Arduino Uno para um Micro Pro

Arduino para otimizar o tamanho do sensor de queda como foi feito no trabalho

33

do MERLIM(2012) utilizando um microcontrolador pequeno como o

dsPIC30F3012.

Algumas melhorias que poderiam ser incluídas em projeto futuro, além

das citadas acima seria:

-A inclusão de sensores para controlar o batimento cardíaco do idoso.

-A inclusão de mais aparelhos para um teste de maior escala.

-A inclusão de outros sensores em outros pontos do quarto, como por

exemplo um sensor de pressão na cama.

-Inclusão de uma automatização residencial no quarto com acesso da

central.

Com todas as observações, testes, e conclusões pode-se afirmar que

apesar de ser um protótipo, ele permite muitas melhorias em suas características

e a possível inclusão de outros cuidados dos idosos não só o monitoramento de

queda. E apesar de ser um protótipo ele atende de forma satisfatória a proposta

inicial de monitoramento da queda do idoso, e também abre uma discussão

sobre aumentar o desenvolvimento de mais projetos e pesquisas nessa área de

automação para a área de saúde, pois conforme falado na introdução, e

conversado com pessoas dessa área a uma grande necessidade aparelhos e

automações para facilitar o trabalho das pessoas que cuidam da nossa saúde.

34

7.0- Referências

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Arduino”<http://blog.filipeflop.com/sensores/tutorial-acelerometro-mpu6050-

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2012 e chega a 29,6 milhões”; Disponível em:<

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2013-agencia-de-noticias

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/projetos-com-arquitetura-acessivel-facilitam-a-vida-dos-idosos.htm> Acessado

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38

ApêndiceAFigura 22-Diagrama de bloco do Programa Cliente

Fonte própria

39

ApêndiceBFigura 23-Diagrama de Blocos Programa Servidor

Fonte própria