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Londrina · junho 2016 · ano XVI · n°193 "Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em Vós"

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Londrina · junho 2016 · ano XVI · n°193†

"Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em Vós"

Vida em Ação N°193 Junho | 2016

Expediente

2 Voz do Pastor

Eis o cordeiro de Deus

(43) 3339 0252 [email protected]

DIRETOR: Pe. José Rafael S. Durán

JORNALISTA: Carolina Thomaz

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO Rosângela Vale, David Dequech Neto, Paulo Briguet, Rosana de Andrade, Katia Baggio, Roberto Francisco e Cecília Fraga

TIRAGEM: 1.500 exemplares

DESIGN e DIAGRAMAÇÃO Somma Studio sommastudio.com

Padre José Rafael Solano Durán ∂ Pároco

3374 3440 3374 3499

Cidade do Vaticano (RV)

Prezados paroquianos e paroquianas. Com sua licença para neste mês de junho poder chegar de novo até cada um de vocês. Junho é o mês do Coração de Jesus, padroeiro da nossa Arquidiocese, junho é também o mês de São João Batista e junho é o mês de São Pedro e São Paulo. Um mês marcado por momentos vivos de fé e de alegria e que culturalmente tem muito a ver com a nossa identidade de brasileiros e sul americanos.

Nossa comunidade paroquial desde já percebe que neste tempo de graça o Espirito Santo vem nos comunicando grandes novidades. Uma paroquia que sabe que a intercessão dos Santos é vital para a comunhão. Os santos e santas intercedem por nós para nos fazer partícipes das alegrias do céu. Uma comunhão que não que se rompe com facilidade pois desde a nossa profissão de fé suplicamos para que esta comunhão nos prepare para a vida eterna.

Celebrar o Coração de Jesus é sinônimo de vida. Somente o coração bombeia o ar e o sangue necessário para que a igreja possa continuar anunciando a boa nova. Tive a oportunidade como já comentei de participar na França desta grande festividade e não perde nada para a nossa. Nossa catedral neste ano, esteve lotada de fieis e de padres que na nossa realidade suplicam pela nossa santificação.

Nós sacerdotes precisamos de muita oração. A oração pelo seu pároco é vital para que ele possa exercitar seu ministério com santidade, com alegria e sobre tudo com grande dedicação.

Juntos vivemos este grande chamado a uma vocação universal. Somos convocados a não perdermos de vista o nosso ideal cristão que é este: “Sermos santos”. Uma santidade que

3Mundo católico

O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado (18/6), na Praça São Pedro, milhares de peregrinos e fiéis, provenientes de diversas partes da Itália e do mundo, para a audiência jubilar.

Em sua catequese o Papa refletiu sobre a passagem evangélica onde diz que “depois da sua ressurreição, Jesus apareceu diversas vezes aos discípulos, antes de ser elevado à glória do Pai”. Em uma destas aparições, o Senhor indica o conteúdo fundamental da pregação que os apóstolos deveriam oferecer ao mundo, que o Papa assim classificou:

“Podemos sintetizá-la em duas palavras: ‘conversão’ e ‘perdão dos pecados’. São dois aspectos que classificam a misericórdia de Deus, que, com amor, cuida de nós”.

Hoje, porém, em sua catequese, o Santo Padre explicou apenas a primeira palavra: “conversão”, que está presente em toda a Bíblia, de modo particular na pregação dos profetas, que convidavam, continuamente, o povo a “voltar para Deus”, para pedir-lhe perdão e mudar seu estilo de vida:

“Converter-se, segundo os profetas, significa mudar de direção e dirigir-se novamente ao Senhor, na certeza de que ele nos ama e o seu amor é sempre fiel”.

De fato, conversão foi a primeira

Catequese do Papa Francisco

palavra da pregação de Jesus: “Convertam-se e acreditem no Evangelho”. Com este anúncio, disse Francisco, Jesus se apresenta ao povo, pedindo que acolha a sua palavra, como última e definitiva que o Pai dirige à humanidade. Em relação à pregação dos profetas, Jesus insiste ainda mais sobre a dimensão interior da conversão, com a qual toda a pessoa é envolvida, coração e mente, para se tornar criatura nova. E o Papa ponderou:

“Quando Jesus convida à conversão, não o faz para julgar as pessoas, mas a partir da proximidade, da partilha da condição humana e, portanto, da estrada, da casa, da mesa. A misericórdia com os que tinham necessidade de mudar de vida acontecia com a sua presença amável, envolvendo cada um na sua história de salvação”.

Com este seu comportamento, Jesus tocava a profundidade do coração das pessoas, que se sentiam atraídas pelo amor de Deus e impelidas a mudar de vida. Aqui Francisco citou algumas con-versões, como a de Mateus e Zaqueu, que aconteceram precisamente assim, porque se sentiram amados por Je-sus e, por meio dele, pelo Pai. E o Papa insistiu: “A verdadeira conversão, insistiu o Papa, acontece quando acolhemos

se constrói no dia a dia, no cotidiano das nossas vidas e até na sujeira dos nossos pecados. Deus se vale de tudo para nos santificar, nos exige constantemente uma mudança de vida uma conversão definitiva.

Estarei em Roma participando do encontro dos padres Gualandianos (Piccola Missione per i sordomuti). Lhes peço que me acompanhem com a sua oração, pois sendo ciente da minha pequenez preciso da vossa ajuda.

Desde já vos peço que nos unamos numa só prece por dois motivos: o segundo retiro das santas Missões Populares - em 27 e 28 de agosto de 2016- , e pela nossa VINCENFEST que celebrará as Bodas de Prata da nossa paroquia, do dia 19 a 27 de setembro de 2016.

Sua presença é vital e sua participação a razão de comemorarmos. Não deixe de participar. Meu abraço fraterno e minha gratidão.

Em Cristo.

o dom da graça e o claro sinal da sua autenticidade é quando percebemos das necessidades dos irmãos e nos sen-timos prontos a ir ao seu encontro”. O Santo Padre concluiu a sua catequese desta audiência jubilar dizendo: “Quan-tas vezes sentimos a exigência de uma mudança que envolve toda a nossa vida!” Por isso, exortou os fiéis a seguir este convite do Senhor sem obstinação, porque somente abrindo-nos à sua mis-ericórdia podemos encontrar verdadeira vida e verdadeira alegria.

Após a sua catequese, Francisco passou a cumprimentar os diversos grupos de peregrinos presentes na Praça São Pedro. Eis a sua saudação que fez aos presentes de língua portuguesa:

“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sejam bem vindos! Saúdo a todos convidando-os a pedir ao Senhor uma fé grande para verem a realidade com o olhar de Deus e uma grande caridade para se aproximarem das pessoas com coração misericordioso. Confiem em Deus, como a Virgem Maria! Sobre vocês e suas famílias, desça a bênção do Senhor”.

Assim, o Papa concedeu a todos a sua Bênção Apostólica. (MT)

Conversãodo Coração

Vida em Ação N°193 Junho | 2016Santidade Santidade

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Todo dia 03 de junho Londrina para. O feriado municipal é dedi-cado ao Sagrado Coração de Jesus, padroeiro de nossa cidade. Mas, na Igreja Católica do mundo todo ganhou outro significado, também muito profundo, a partir do pontificado de Bento XVI. O então papa estabeleceu que junto com a celebração do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja deve orar pela santificação dos padres.

POR QUÊ PADRES SANTOS?Ninguém melhor para responder esta pergunta do que Dom Al-bano, bispo emérito de Londrina. “O padre é, antes de tudo, um amigo de Jesus. Assim, tem que viver como amigo de Jesus” dispara o bispo, logo no início da conversa.

Dom Albano explica que o Sagrado Coração de Jesus é uma imagem plástica para simbolizar que Jesus, o Bom Pastor, é o modelo, e todo padre deve seguir o exemplo e se comportar como uma cópia de Jesus, e distribuir amor assim como Jesus o fez para com todos.

Mas, não foi apenas Bento XVI a exaltar ações pela santifi-cação dos sacerdotes. João Paulo II dedicava toda quinta-feira da Semana Santa a destacar uma lista de conselhos dirigida aos padres. Na quinta-feira Santa de 2005, por exemplo, após 27 anos de pontificado e apenas um mês antes de morrer, a carta do sumo pontífice aos sacerdotes manifestava “indi-cações de espiritualidade sacerdotal”. João Paulo II escreveu: se toda a Igreja vive da Eucaristia, a existência sacerdotal deve a título especial tomar « forma eucarística ». Por isso, as palavras da instituição devem ser, para nós, não apenas uma fórmula de consagração, mas uma « fórmula de vida ». E, entre os conselhos ao longo da mensagem, o papa querido destacou como os padres devem consumar sua existência: de forma profundamente agradecida; uma existência doada; uma existência salvada, para poder salvar; uma existência evocativa, no sentido de manter vivos os milagres de Deus para seu povo; uma vida consagrada; uma vida voltada para Cristo e eucarís-tica, na escola de Maria.

Dom Albano lembra que o fundamento das orientações dos papas é bíblico. “É uma regra de conduta presente no Evange-lho de Mateus: sede santo como vosso Pai celeste é santo”. O bispo emérito de Londrina observa que o padre lida diariamente com elementos sagrados, por isso, deve agir com coerência, deve viver as coisas de Jesus de forma a manter o sacro em sua própria existência.

SANTOS DE PALETÓS, SANTAS DE SAIASMas, porque o compromisso de buscar a santificação é apenas dos padres? Na verdade, não é. Todo cristão verdadeiro, que busca viver em comunhão com Deus, precisa assumir essa missão. “Todo batizado tem que cuidar da própria santificação e dos que estão a sua volta”, dispara, mais uma vez, Dom Albano.

Famoso por suas historinhas, especialmente nas redes sociais, Dom Albano, ilustra esta matéria com uma delas. “Um frade viveu e trabalhou a vida toda em um convento. Certo dia,

idoso, caiu doente. No momento de sua partida, fraco e sem conseguir falar, ele gesticulava pedindo um objeto. Seus com-panheiros se esforçavam, mas não conseguiam entender o que o bom frade pedia. Um sugeriu: “quer a chave do sacrário?” O frade acenou que não. “Então, quer a Bíblia?” E, com a cabeça relutante, fez nova recusa. Depois de várias tentativas, alguém arriscou: “quer uma agulha e um fio de linha?” Aliviado, o fradinho sorriu. Por muitos anos ele foi o alfaiate do convento. A santidade dele se fez através do ofício exercido com amor e dedicação e com esses objetos quis se despedir deste mundo para buscar o Reino de Deus.

Dom Albano lembra que a constituição dogmática Lumen Gentium (Luz dos Povos), um dos documentos mais impor-tantes publicados a partir do Concílio Vaticano II, fala sobre a vocação universal à santidade.

Cristo é a Luz dos Povos. A partir da Lumen Gentium, a Igreja busca consolidar sua vocação como uma comunidade de cristãos espalhados por todo o mundo e constituintes do Corpo Místico de Cristo. “Por isso, os santos não são, jamais, apenas os usuários de batinas e hábitos. Eu sonho com santos de calças e paletós, com santas de blusas e saias nos altares do Senhor, porque a santidade é, deve ser, universal.”

O bispo fala sobre São Paulo, sobre a vida dele antes de “ba-ter de frente” com Jesus. De perseguidor de cristãos a um dos pilares do Cristianismo, Paulo provou que todos podemos mudar radicalmente o rumo de nossas vidas. A ponto de declarar: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20).

Dom Albano acrescenta que a santidade se torna uma vocação universal através do batismo e da prática dos nosso ofícios com amor, como fez o fradinho. Nosso pastor emérito afirma que todas as nossas vocações nos são úteis em busca da santificação. Devemos buscar a santificação exercendo nos-sas funções da vida cotidiana. Ele, na função de bispo, o padre na condução dos fiéis, o marido e a esposa, no matrimônio, e assim, todo cristão. “As funções que desempenhamos aqui na Terra não são a última vocação. A vocação última, a que pre-cisamos buscar da forma mais perfeita, é sermos santos”.

UM RECADODom Albano comenta sobre as críticas que a Igreja Católica rece- be por canonizar pessoas. Ele destaca o papel fundamental que alguns cristãos cumprem no processo de santificação da huma-nidade. “Acusa-se a Igreja de fabricar santos. Eles não entendem que, na verdade, o que nós fazemos é reconhecer os heróis”.

E, manda um recado para os políticos: “é preciso que os corruptos tomem consciência, ainda que tardia, de que estão no pecado do orgulho, do abuso de poder, da exploração do homem honesto. Para eles, a Igreja tem uma mensagem muito clara, a de que o Brasil precisa levar a sério o Evangelho.”

O sábio pastor critica a forma como “baratearam” o Evan-gelho. “É preciso pregar e praticar o Evangelho de forma inte-gral, com fé total, através da caridade para com todos.”

E, propõe: “é preciso manter contato permanente com a Bíblia e fazer sua leitura diária para que se resgate a busca pela santidade.” E, voltando a João Paulo II, lembrou que o papa ficou feliz com o processo de canonização de Madre Paulina. “Ele falou que o Brasil precisa de santos.”

Kátia Baggio

Não só os padresSede Santos, assim como vosso Pai celeste é Santo (Mt 5,48)

Dom Albano Muitas outras definições de santidade

Com a experiência que acumulou ao longo de sua vida pessoal e sacerdotal, o bispo emérito de Londrina explica, com muitas outras palavras e frases, porque é preciso buscar a santificação:

Santidade é andar direito, segundo a verdade, a justiça e o amor;

Santidade é buscar a vida bonita de Deus em nós. Não é luxo, é obrigação;

A santidade não é um pacote pronto, é um processo educativo na busca interior;

Santificação faz parte de uma obra progressiva: de um lado está a Graça de Deus, que é para todos. Do outro lado está nosso livre arbítrio, e é aí que mora o perigo;

Santos não são os certinhos, são os que lutam na castidade, no perdão, na fé, na caridade;

Os santos canonizados foram inteligentes, pois escolheram esta meta em vida;

Todo dia a gente constrói a nossa santidade;

A vontade de ser santo é a mesma vontade de ser parecido com Jesus em tudo. Não igual, porque não conseguimos ser perfeitos, mas parecidos, o máximo que pudermos;

Na eternidade vão sobrar dois grupos: o dos santos e santas e o dos diabos e diabas. Qual vai ser o seu? Se acha óbvio que é o primeiro, fica a pergunta: já começou a buscar sua santidade hoje?

A vocação última, a que precisamos buscar da forma mais perfeita, é sermos santos

Vida em Ação N°193 Junho | 2016

São Pedro . 29 de junho

6 Santos juninos

Qual a importância das Festas Juninas para a tradição católica, especialmente no Brasil?Frei Douglas Vuitik: A antiguidade das comemorações juninas no Brasil é datada do início do século XVII, quando os índios participavam de todos os festejos portugueses com muita vontade, porque eram amigos das novidades, como no dia de São João, por causa das fogueiras e capelas. São João, também, é conhecido como o São João do Carneirinho por estar com um carneirinho aos braços. Os carneirinhos representam o próprio Jesus Cristo, apontado por João Batista como o verdadeiro Cordeiro de Deus. Festejar o nascimento deste santo é festejar a pureza daquele que vem com a grande missão de indicar a ação de Jesus no meio do povo.

O mês de junho é tradicionalmente marcado pelas festas juninas, nas esco-las, igrejas, clubes, etc.. As festas juninas somam hoje contribuições culturais de vários povos que aqui se estabeleceram como o passar do tempo. Pode-se dizer que esse conjunto de culturas foi um arranjo perfeito e mobiliza romarias de turistas para apreciarem suas alegres e descontraídas festas.

O Brasil é um país muito rico em acervo cultural, mas é de fundamental importância conhecê-lo, para que possamos compor a identidade de nosso povo. E uma delas é a festa junina, que relembra os costumes do interior, tendo a religiosidade popular, a simplicidade, a

alegria e a fartura como características principais. Através destas manifestações folclóricas, mantêm-se vivas as tradições e costumes de um povo, preservando sua identidade para futuras gerações.

O sr. saberia apontar a origem de alguns símbolos juninos – como a fogueira, por exemplo?Frei Douglas Vuitik: A origem da fogueira vem da antiga Grécia, onde o povo cultuava o fogo como um deus. Os judeus também tinham grande apreço e cuidado para com o fogo. A Igreja Católica adotou o fogo em diversas celebrações, sendo usado em turíbulos com incenso ou em uma simples vela acesa. Em Portugal, cria-se a fogueira (grande fogo), que simboliza a chegada do solstício de verão no hemisfério norte, época da colheita. Ao redor da fogueira, o fogo louvava a Deus pela colheita realizada, com danças, comidas típicas, etc. No calendário católico a data marca o nascimento de São João Batista (24 de junho), assim sendo adotada como festa tradicional de junho.

A quadrilha é originária de velhas dan-ças populares de áreas rurais da França e da Inglaterra. Foi introduzida no Brasil pela corte real portuguesa, em 1822. As quadrilhas se tornaram a dança oficial dos saraus do Rio de Janeiro e logo caíram no agrado popular nacional. Sucessivos pro-cessos de aculturação fizeram a dança ser praticada ao ar livre e ser assimilada pelo calendário da Igreja Católica em festas celebradas em junho. As roupas são in-

conceitos fundamentais para a vida de Igreja e principalmente na vida de irmãos.

Gostaríamos que o sr. falasse um pouco sobre cada um dos santos juninos e a sua importância para a Igreja.Frei Douglas Vuitik: Os santos demonstram fidelidade e amor a Cristo. Foram fiéis seguidores de seus ensinamentos e principalmente testemunharam em

Em todo o Brasil, as festas juninas continuam a ser comemoradas geração após geração. No entanto, às vezes as pessoas se esquecem daqueles que deveriam uma atenção muito maior: os santos cristãos que estão na origem das festividades: Antônio, João, Pedro e Paulo. Em entrevista ao jornal Vida em Ação, o Frei Douglas Vuitik, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, fala sobre o simbolismo e o significado dos santos juninos para a Igreja.

Os donos da festaSantos juninos 7

Rosângela Vale

Santo Antônio nasceu em Lisboa, em 1195, e foi batizado com o nome Fernando de Bulhões. Em 1220, trocou o nome para Antônio, ingressando na Ordem Francis-

cana. Padroeiro dos pobres e considerado o santo casamenteiro, também é invocado para

achar objetos perdidos. A devoção foi trazida de Portugal.É um dos santos honrados nas populares festas de junho e diver-sos costumes folclóricos estão ligados a ele. No Brasil algumas moças em busca de um namorado ou marido retiram o Menino Jesus dos braços de Santo Antônio e só o devolvem quando arranjam um relacionamento.

Uma prece especial é feita ao santo para que ele ajude a encontrar objetos perdidos; no dia da sua festa muitas igrejas distribuem pães especialmente abençoados, os “pãezinhos de Santo Antônio”, que devem ser guardados junto dos mantimentos para que não falte alimento na casa. A religiosidade em torno de Santo Antônio é grande em muitas cidades brasileiras.

São João Batista, cuja festa de nasci-mento é comemorada no dia 24 de junho, era filho de Zacarias e Isabel. Segundo os relatos bíblicos, sabemos pelas palavras do

anjo Gabriel que João foi concebido ao casal quando já se encontravam em uma idade

bem avançada. Como predito pelo profeta Isaías, antes do Messias viria um precursor, aquele que prepararia os caminhos antes de sua vinda; e, no decorrer das sagradas escrituras, ela mesma nos revela que o Precursor do Messias foi João, o Batista, que apontou a vinda de Jesus. Convém recordar que Batista não era seu sobrenome, Batista quer dizer de seu ofício profético, que realizava o Batismo nos judeus que se convertiam com sua pregação. Ainda quando estava sendo gestado no ventre de Isabel, João percebe a presença de Jesus e estremece de alegria, por ocasião da visita de Maria à sua prima Isabel.

Com voz intensa e decidida, incomodou os que promoviam as injustiças. Suas intenções eram as de recordar ao povo judeu: “O Reino dos Céus está próximo. Arrependei-vos”. Sua coragem na missão o fez prisioneiro e depois decapitado, a pedido da enteada de Herodes, Salomé, pois estava a mãe de Salomé desconcertada com as denúncias do homem de Deus.

São Pedro também tem parte de sua vida registrada pelo Novo Testamento. Era um pescador no mar da Gal-

iléia. Foi chamado por Cristo para tornar-se “pescador de

homens”. O nome se origina quando Simão declarou "Tu és Cristo, o filho de Deus vivo", ao que Je- sus respondeu “Tu és Pedro e sobre essa Pedra edificarei minha Igreja”, entregando-lhe as “chaves do reino do Céu” e o poder de “ligar e desligar”. Os evangelhos dão testemunho da posição de destaque ocupada por Pedro entre os discípulos de Jesus. No entanto, mesmo assegurando que jamais trairia Cristo, negou conhecê-lo por três vezes, quando seu mestre foi preso.

A tradição, que não está relatada explicitamente no Novo Testamento, conta que Pedro teria sido crucificado em Roma. Conta-se que ele pediu para ser crucificado de ca-beça para baixo, para não igualar-se a Jesus. No local onde foi sepultado, ergueu-se a basílica do Vaticano. O seu dia é 29 de junho, também sendo comemorado o dia do Papa, já que São Pedro foi o primeiro papa.

Paulo foi um perseguidor dos discípulos de Jesus. Paulo era um fervoroso seguidor da tradição judaica

e acreditava que os segui-dores de Jesus iam contra a

sua crença. Mas, em uma missão em Damasco, Paulo viu uma luz no céu que questionou o motivo de sua perseguição. Foi nesse momento que Paulo mudou de lado e passou a defender os cristãos. E também foi nesse momento que Saulo (seu nome original) ficou conhecido como Paulo. Paulo foi um dos principais difu-sores do Cristianismo, principalmente entre os gentios. Suas cartas são de fortalecimento das primeiras comuni-dades cristãs citadas no Novo Testamento.

spiradas na cultura rural, do campo. Jun-tamente com a quadrilha, há o casamento caipira, que é sempre motivo de longos festejos, simbolizando a união matrimo-nial, familiar e da própria comunidade.

As paróquias têm um papel fundamental na preserva-ção das tradições juninas, com a participação das famílias. Em algumas regiões do país, como o Nordeste, a força das Festas Juninas é imensa. Como o sr. tem visto o cultivo dessa tradição no Norte do Paraná?Frei Douglas Vuitik: As festas juninas são cercadas de alegorias, bem como as comidas e danças e demais festejos alegres em prol da convivências das pessoas. As paróquias têm esse papel de manter viva a chama da vida comunitária e um dos pontos de união são as festas, em especial nessa época as juninas. Porém, não podemos ficar presos às festividades culturais, devemos ter em mente que antes de festejar com danças e comidas, temos a espiritualidade. Celebramos: Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo.

Na região do Nordeste, a Festa Junina é de grande porte e um marco turístico a nível nacional. Em nossa região do Norte do Paraná, as celebrações e festividades aos Santos também são fortes, porém em nível local de paróquias, ou cidades que levam o nome do santo. A riqueza do mês de junho é a religiosidade de um povo simples que mostra sua fé, embasada na presença de Deus, no trabalho, na família e no encontro com os amigos. Cada paróquia, cada cidade, faz reviver esses

suas vidas que é possível levar uma vida radical, de entrega e de sacrifício para um bem maior. A doação de vida a Cristo desses santos tornou-se modelo para nós hoje. Num mundo que nos apresenta vários caminhos, encontramos o caminho trilhado pelos santos que indicam a nossa meta que é Cristo Jesus. Os mártires como os

santos demonstraram fidelidade e amor a Cristo, porém os mártires derramaram seu sangue, foram mortos por Cristo. Deixaram de viver para seguir a Cristo. Na perseguição contra os cristãos, o sangue de um mártir era a semente de novos seguidores de Cristo.

Santo Antônio . 13 de junho

São Paulo . 29 de junho

São João Batista . 24 de junho

Vida em Ação N°193 Junho | 2016 Ética cristã

Carol Thomaz de Aquino

É comum dizer que os jovens são o futuro da humanidade, e isso é de fato verdade. Eles representam um presente importante e um futuro de novas atitudes em vários aspectos. Nessa edição do “Vida em Ação” vamos conhecer um pouquinho do futuro da nossa paróquia.Temos dois grupos de jovens bem conhe-cidos na São Vicente de Paulo, o Sedecias e o Príncipe da Paz. Há também o grupo de amigos da comunidade Canção Nova que recebe pessoas de todas as idades. Vamos começar pelo Sedecias que é o mais antigo da paróquia e já atua com os adolescentes há 19 anos. Você sabe o que significa Sedecias? “É um nome bíblico que significa "Yahweh nossa justiça”, explica a coordenadora Giovanna Pedrini Pereira. A jovem tem 20 anos, estuda psicologia na PUC e coordena o Sedecias junto com o estudante de jornalismo Arthur Nascimento Santos. Ambos participam do grupo desde 2012 e assumiram a responsabilidade de ori-entar os adolescentes no início de 2015. Atualmente 170 servos compõe a equipe de serviço do Sedecias e esse ano a expectativa é receber mais 80. No mês de Julho acontecerá o Vinde, encontro que receberá adolescentes de 13 a 18 anos para dar início a essa caminhada. Esses jovens e adolescentes se reúnem todo fim de semana. Aos sábados a equipe de

hoje tem 60 participantes que tem entre 18 e 29 anos. “Temos seis ministérios, Crescimento, Pastoreio, Intercessão, Música, Palavra e Mariano. Cada ministério completa o grupo com suas particularidades”. Os jovens se reúnem todos os domingos no auditório da paróquia às 17h 30min.

O Príncipe da Paz também utiliza as redes sociais para divulgar seu trabalho e calendário. Além disso, os próprios participantes contam sobre essa ex-periência para outros jovens. “Buscamos sobretudo mostrar o amor de Cristo para com todos, e ter uma abasteci-mento pessoal com Deus a cada final de semana” enfatiza Rafael e completa, “se vamos à igreja, nós o fazemos porque nos gera uma felicidade, porque sa-cia nossas vontades, sacia todo nosso coração. Desta forma, é necessários que nós cristãos coloquemos em prática tudo que Jesus nos ensinou, principal-mente no ponto de não julgar o próximo, mas sim amar. Logo, através da nossa alegria, e através das nossas mudan-ças, podemos ser testemunhas para que outros entrem nessa caminhada. E a espiritualidade é alimentada com a prática através de adorações, momentos de louvores, vivência da missa e a ex-

Ética Cristã

periência pessoal de diálogo com Deus”. O Amigos da Canção Nova é um

terceiro grupo que acolhe jovens na nossa paróquia. Com uma filosofia diferente, recebem pessoas de todas as idades, desde crianças até idosos. Os encontros acontecem nas quartas-feiras, dentro da igreja, logo após a missa. “Temos Jesus em nosso coração e Jesus sempre fala para todas as idades, sem separar. Praticamos essa experiência em família, por isso somos abertos a pessoas de todas as idades. Entendemos que há uma forma de vida sem conhecer Jesus e outra após conhecer Jesus. Por isso é importante um casal falar de Jesus para seus filhos mesmo antes da sua fecundação”, explica Carlos Roberto de Oliveira, membro do Amigos da Canção Nova.

De acordo com ele, a quantidade de pessoas varia nos encontros de quarta-feira, de 30 a 100 participantes. Além disso, o grupo não é somente da região da paróquia, pessoas de toda a cidade se encontram para rezar e falar de Jesus. Em Londrina há um único Amigos da Canção Nova mas, segundo a coordenadora Odete Perdomo, existem vários grupos no Brasil difundindo a missão e o carisma da Canção Nova para todas as pessoas.

No primeiro fim de semana do mês de junho foi realizado um encontro ecumênico na paróquia e contou com a participação de 225 pessoas. Segundo Odete, esse encontro foi direcionado

para os jovens. “O Amor Acredita em Mim” trouxe o palestrante Adriano Gonçalves que discorreu sobre a teologia de São João Paulo II, abordando tópicos sobre o namoro, a castidade e o amor verdadeiro”.

O Vida em Ação conversou com a garota Glória Oliveira, 19 anos, evan-gélica da Igreja Templo Central de Canaã de Fortaleza Ceará. Ela está em Londrina há pouco tempo e foi convidada para participar do Amor Acredita em Mim e aceitou o convite. A jovem confessou que no primeiro dia ficou receosa porque nunca havia participado de um encontro ecumênico, mas que logo esse receio passou. Declarou que se sentiu acolhida e ficou muito feliz com a experiência, “foi maravilhoso, eles falaram de amor e me senti muito bem”. Glória disse que depois desse encontro acredita que é realmente possível a vivencia ecumêni-ca, “sem preconceito, sem rivalidade”.

Se você quer participar do Sedecias fale com a Giovanna aos domingos de manhã. No Príncipe da Paz, o Rafael estará a sua disposição também aos domingos mas no fim da tarde. E se você quer conhecer o Amigos da Canção Nova, a Odete ficará feliz em te receber nos encontros que são realizados toda quarta-feira à noite, depois da missa.

Todos os grupos ficarão felizes em poder receber você para essa experiência de fé.

serviço tem o momento de crescimento e aos domingos às 9 horas da manhã, no auditório da paróquia, acontece o encontro aberto a toda a comunidade. “O crescimento dentro do grupo é feito através de pregações e formações. O objetivo é o de formar, não só novos cristãos, mas principalmente “Santos do século XXI” - como disse São João Paulo II -. Buscamos também sempre estar em contato com creches e asilos para poder fazer não só nosso crescimento espir-itual, mas também social. O nosso Pároco o Padre Rafael, sempre nos ajuda nessa missão de crescimento, nos agraciando com palestras e nos apoiando sempre que acionado”, conta. Giovanna disse que as redes sociais são bastante utilizadas para convidar os adolescentes a partici-parem do grupo, todos podem acessar o facebook e o instagram: gruposedecias, facebook.com/GrupoSedecias. A divul-gação é feita também no “"Sedecias Day", que são dias em que todos do grupo vestem a camiseta do Sedecias para ir à aula, trabalhar ou sair”.

Segundo a coordenadora do Sedecias é essencial mostrar que Deus está inserido no nosso cotidiano. “São João Paulo II diz que Deus precisa de Santos sem véu e batina, ou seja, Santos que não deixem a santidade por medo de viver uma vida normal. E sempre motivamos eles a olharem para a própria vida e história e ver que sempre cabe ali, um pouco mais de Deus, e que Ele pode mudar tudo aquilo que parece impossível a eles”.

Para Giovanna uma frase dita por Santa Terezinha do Menino Jesus define bem o serviço do Sedecias: "Parece-me que agora nada me impede de levantar vôo, pois não tenho mais grandes desejos a não ser o de amar até morrer de amor."

Já o grupo Príncipe da Paz é coordenado pelo Rafael Loni Martins, 21 anos e estudante de engenharia elétrica. A coordenação do grupo é recente, ele assumiu nesse mês de Junho de 2016. Rafael contou que o Príncipe da Paz foi criado em 2012 e

O amor de Deus distribuído pelos nossos jovens

"O grupo surgiu através de muita oração, inicialmente algumas pessoas se reunião para rezar em intenção ao grupo mesmo, a sua criação, e o nome Príncipe da Paz surgiu justamente desta forma, através da oração", Rafael Loni Martins - coordenador do Príncipe da Paz

Mais de 150 adolescentes participam do grupo Sedecias O palestrante Adriano Gonçalves falou do Amor Verdadeiro para os jovens

O grupo Sedecias atua na paróquia São Vicente de Paulo desde 1997

Os adolescentes do Sedecias consideram importante as ações concretas, há o crescimento espiritual e também o social

A garota Glória é evangélica e participou do encontro, e disse que a experiência foi maravilhosa

"O Amor Acredita em Mim" - encontro ecumênico realizado pelo grupo Amigos da Canção Nova

98 Vida em Ação N°193 Junho | 2016

Vida em Ação N°193 Junho | 2016

(43)9993-5698 • (43)3322-5871

10 Reflexão

Seu almoço deDomingo muito mais gostoso!

A 2 minutos do Shopping Catuaí. (43)3323-2100Atendemos também casamentos e batizados.

O demonstrativo financeiro está à disposição dos paroquianos na secretaria da paróquia.

Uma questão de fé!Você participa do Dízimo?

San Longino, por Lorenzo Bernini (1639)

11Refugiados

Paulo Briguet

Francisco Vêneto (pt.aleteia.org)

Quem de nós, na infância ou mesmo na vida adulta, já não perdeu algum objeto e, para encontrá-lo, invocou a ajuda de São Longuinho? Quando eu e minha querida Vó Maria reencontrávamos o objeto perdido, davamos três pulinhos gritando: “Achei, São Longuinho! Achei, São Longuinho! Achei, São Longuinho!” Confesso a vocês que faço isso até hoje. É engraçado e parece que a Vó Maria está outra vez comigo.

Um dia tive a curiosidade de pesquisar a respeito de São Longuinho. Seria apenas uma lenda piedosa, uma brincadeira de criança, um costume folclórico? Não, não é. A existência de São Longuinho acha-se confirmada pela tradição milenar da Igreja Católica e possui fundamento na leitura dos Evangelhos.

Longuinho (em latim, Longhino) era o nome de um soldado romano que presenciou a crucificação de Jesus. Longhino quer dizer “lança”. Diz a tradição que foi ele quem feriu o lado do corpo do Jesus, já morto: “Um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água.” (Jo 19,34) O sangue e água do Sagrado Coração jorraram nos olhos do militar, que imediatamente se curou da doença que lhe afetava os olhos (algumas fontes dizem que ele era cego de um olho e recuperou a visão no ato). Foi ele, portanto, quem pronunciou a frase que se encontra nos três Evangelhos sinóticos: “Vendo o centurião o que acontecia, deu glória a Deus e disse: Na verdade, este homem era um justo.” (Lc 23,47) Mateus e Marcos atestam que o centurião considerou Jesus “o Filho de Deus”.

Como se sabe, o lado ferido de Jesus simboliza o advento da

Existem cerca de 200 países no mundo todo. Somente 12 superam a marca de 100 milhões de habitantes. Há outros 15 países que possuem de 50 a 100 milhões. A maioria dos países da Terra, cerca de 60% deles, possui, cada um, menos de 10 milhões de moradores. A maioria dos países tem menos habitantes que o Estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

Este cenário torna ainda mais espantoso um dado chocante divulgado nesta semana: o número de pessoas refugiadas em nosso planeta atingiu a marca histórica de 65,3 milhões.

Se todas essas pessoas privadas do direito à própria pátria for- massem uma nação, elas seriam o 21º país mais populoso do mundo.

• Existem mais refugiados em nosso planeta do que habitantes na Itália. O Reino Unido, um dos países mais populosos da Europa, tem menos habitantes do que a soma das pessoas que hoje vagam forçadamente pela face da Terra. A África do Sul, que é o quinto país mais populoso de todo o continente africano, tem 10 milhões de pessoas a menos que o “não-país” dos refugiados.

• Dessa descomunal população vagante, a maioria, ou 40,8 milhões, é composta pelos chamados “deslocados internos”, ou seja, pessoas que foram forçadas a sair da própria casa e a se deslocar dentro dos seus países de origem. Os refugiados que tiveram de fugir para outros países somam 21,3 milhões de pes-soas. Os 3,2 milhões restantes são os chamados “requerentes de asilo”, ou seja, a pequena parcela dos refugiados que está aguardando resposta para o seu pedido de refúgio em países industrializados. São estes últimos que constituem a face mais “midiática” do drama humanitário, já que eles formam as multi-dões que, nos últimos meses, têm chegado à Europa e, por con-seguinte, às televisões e redes sociais do mundo todo. A grande maioria dos refugiados, no entanto, continua bastante invisível

Igreja no mundo. A partir daquela chaga no corpo do Homem-Deus, passamos a contar com os ensinamentos que abrem os nossos olhos, como abriram os olhos de Longuinho, do cego Bartimeu, do perseguidor Saulo (convertido em São Paulo) e de tantos outros ao longo da história.

Um fato que a alguns passa despercebido, mas tem grande relevância, é que o evangelista São João, logo após a passagem em que jorram sangue e água de Jesus, apresenta-se como o testemunho de todos aqueles acontecimentos: “O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais.” (Jo 19,35) Naturalmente, como ocorre em toda a Bíblia, o sen-tido e a localização dessa frase não se explicam pelo acaso. O ato do soldado Longuinho, que a partir daquele momento passa a enxergar a plenitude da verdade, representa o percurso de cada um de nós, nascidos pecadores e transformados em per-sonagens da salvação por obra de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A transformação de Longuinho foi completa. De torturador de Jesus, ele se transformou em pregador da Palavra. Isso o torna o primeiro pagão a aderir ao cristianismo, talvez precedido apenas por aquele centurião romano (militar como Longuinho) que não se julgou digno de receber Jesus em sua morada — linda prece que repetimos em todas as missas, antes da Comunhão. Longuinho deixou a farda, tornou-se um monge na Ásia Menor e teria morrido ainda no governo de Pôncio Pilatos, tendo os dentes quebrados e língua cortada. Se renegasse a fé em Cristo, seria perdoado. Preferiu a decapitação. Protomártir da Igreja, tal como Santo Estevão, Longuinho teve a sua canonização confirmada no final do século X, pelo papa Silvestre II.

Sobre a tradição de santo “localizador” de objetos perdidos, há uma hipótese bastante curiosa. Diz-se que Longuinho era um homem de baixa estatura. Durante as festas no período imperial de Roma, ele era designado para procurar objetos perdidos debaixo das mesas pelos convidados. Para isso, ele utilizava uma pequena tocha, uma lanterna. De certa forma, isso o aproxima do filósofo Diógenes de Sinope, que andava pelas ruas de Atenas com uma lanterna em pleno dia, dizendo: “Procuro um homem justo!” Em Jerusalém, Longhino encontrou o homem que Diógenes procurava.

Quando Maria e José perderam o menino Jesus por três dias, em Jerusalém, foram encontrá-lo no Templo, maravilhando os sábios e anciãos com a sua sabedoria. A resposta de Jesus no momento em que Maria e José o reencontram é um sinal para cada um de nós: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (Lc 2,49)

Glorioso São Longuinho, lanterna e lança de Deus, ajudai-nos a reencontrar Jesus sempre!

Achei, São Longuinho!

Números que choram

A história do soldado que feriu Jesus com a lança e hoje nos auxilia a encontrar aquilo que perdemos

Os refugiados formam o 21º “país” mais populoso do mundo

para o mundo ocidental, “confinada” a lugares mais distantes e, por isso mesmo, passível de ser mais facilmente ignorada.

• 86% dos refugiados em todo o mundo estão em países de renda média ou baixa, perto das áreas de conflito. Este índice chega a 90% quando se incluem os refugiados palestinos sob os cuidados da UNRWA, organização do Sistema ONU dedicada exclusivamente a esta população.

• Os países que mais recebem refugiados no mundo são a Turquia, o Paquistão e o Líbano, devido à proximidade das suas fronteiras com as áreas de origem da maioria dos refugiados: a Síria (4,9 milhões) e o Afeganistão (2,7 milhões). O terceiro país que mais “gera” refugiados é a Somália, com 1,1 milhão.

• Os países com maior número de deslocados internos são Colôm-bia (6,9 milhões), a Síria (6,6 milhões) e o Iraque (4,4 milhões). O Iêmen, em 2015, foi o país que mais ocasionou novos deslocados internos: 2,5 milhões de pessoas, ou 9% da população.

• Quanto aos 3,2 milhões de pedidos de refúgio, 2 milhões foram apresentados só em 2015. O país que mais recebeu pedidos de refúgio foi a Alemanha, com 441,9 mil. Em segundo lugar, os Estados Unidos receberam 172 mil pedidos, muitos deles de pessoas que fogem dos conflitos armados na América Central, em particular em El Salvador, Guatemala e Honduras.

• As crianças representam 51% do total de refugiados no planeta – e é preocupante a quantidade delas que foram separadas dos pais e vagam sozinhas pelo mundo. Das solicitações de refúgio, 98,4 mil vieram de crianças desacompanhadas, o maior número já visto na história.

• O Brasil abriga 8.731 refugiados de 79 nacionalidades, sendo 2.252 sírios. Os dados são do Comitê Nacional de Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça.

ChinaÍndiaEstados UnidosIndonésiaBrasil

REFUGIADOSTailândiaReino UnidoItália

1º2º3º4º5º

21º22º23º24º

1.372.470.0001.278.160.000321.968.000255.780.000205.002.000

65.300.00065.104.000

64.800.00060.725.000

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