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Page 1: SADEAM 2013 CADERNO DE GESTÃO · a oferta de educação infantil de forma a atender, no mínimo, aos seguintes percentuais da população de até três anos: 30% até o quinto ano
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SADEAM 2013SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO EDUCACIONAL DO AMAZONAS

CADERNO DE GESTÃO

ISSN 2238-0264

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ROSSIELI SOARES DA SILVASECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINO

CALINA MAFRA HAGGESECRETÁRIA EXECUTIVA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

JOSÉ AUGUSTO DE MELO NETOSECRETÁRIO EXECUTIVO ADJUNTO DE GESTÃO

OCEANIA RODRIGUES DUTRASECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA PEDAGÓGICA

MARIA DE NAZARÉ SALES VICENTIMSECRETÁRIA ADJUNTA DA CAPITAL

ALGEMIRO FERREIRA DE LIMA FILHOSECRETÁRIA ADJUNTA DO INTERIOR

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA

MARIA NEBLINA MARÃESDIRETORA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA

JANE BETE NUNES RODRIGUESGERENTE DE AVALIAÇÃO E DESEMPENHO

EQUIPE TÉCNICA

CLÁUDIA MARIA PEREIRA DA COSTA JANDER FREITAS DA SILVA SHIRLENE NORONHA GUIMARÃES

PEDAGOGA / PSICÓLOGAMATEMÁTICOESTATÍSTICO

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ROSSIELI SOARES DA SILVASECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINO

CALINA MAFRA HAGGESECRETÁRIA EXECUTIVA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

JOSÉ AUGUSTO DE MELO NETOSECRETÁRIO EXECUTIVO ADJUNTO DE GESTÃO

OCEANIA RODRIGUES DUTRASECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA PEDAGÓGICA

MARIA DE NAZARÉ SALES VICENTIMSECRETÁRIA ADJUNTA DA CAPITAL

ALGEMIRO FERREIRA DE LIMA FILHOSECRETÁRIA ADJUNTA DO INTERIOR

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA

MARIA NEBLINA MARÃESDIRETORA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA

JANE BETE NUNES RODRIGUESGERENTE DE AVALIAÇÃO E DESEMPENHO

EQUIPE TÉCNICA

CLÁUDIA MARIA PEREIRA DA COSTA JANDER FREITAS DA SILVA SHIRLENE NORONHA GUIMARÃES

PEDAGOGA / PSICÓLOGAMATEMÁTICOESTATÍSTICO

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Sumário � DADOS GERAIS................................................................................. 6

1. Apresentação .....................................................................................................................7

2. Indicadores Sociodemográficos ....................................................................................8

2.1. Dados populacionais ...............................................................................................................8

2.2. Distribuição da população por faixa etária .......................................................................8

2.3. Evolução da população estadual .........................................................................................9

3. ”Janela de Oportunidade Demográfica” ..................................................................... 11

� O DESAFIO DAS METAS ................................................................ 12

Meta 1 ...................................................................................................................................13

1. Educação Infantil – 4 e 5 anos ...............................................................................................13

2. Educação Infantil – 0 a 3 anos ..............................................................................................13

3. O Planejamento da oferta da Educação Infantil ................................................................13

Meta 2 ....................................................................................................................................15

1. Todas as crianças de 6 a 14 anos no Ensino Fundamental de nove anos ................15

2. Conclusão do Ensino Fundamental ......................................................................................16

Meta 3 ....................................................................................................................................17

1. Toda a população de 15 a 17 anos na escola ....................................................................17

2. Taxa líquida de matrícula ........................................................................................................18

3. Conclusão do Ensino Médio ...................................................................................................19

Metas de Universalização ..................................................................................................19

Meta 5 ....................................................................................................................................20

1. Resultados do SADEAM – 3° Ano do Ensino Fundamental ............................................21

Meta 6 ....................................................................................................................................22

Meta 7 ....................................................................................................................................23

1. Resultados do IDEB...................................................................................................................23

2. Posição em relação às metas nacionais .............................................................................24

3. Ensino Fundamental – Anos Iniciais .....................................................................................24

4. Ensino Fundamental – Anos Finais .......................................................................................25

5. Ensino Médio ..............................................................................................................................25

Meta 9 ....................................................................................................................................25

1. Alfabetização da população de 15 anos ou mais ..............................................................26

2. Analfabetismo funcional ..........................................................................................................27

Meta 10 ..................................................................................................................................28

Meta 11 ..................................................................................................................................29

� REFERÊNCIAS .................................................................................. 30

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DADOS GERAIS

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7Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

1. Apresentação

Uma visão do estado da educação em cada unidade da federação avaliada pelo CAEd foi apresentada aos gestores educacionais por meio dos Cadernos de Gestão 2011 e 2012. O propósito foi oferecer uma representação da realidade do seu sistema educacional, por meio de indicadores criteriosamente selecionados para favorecer uma gestão baseada em fatos e evidências. Ou seja, uma gestão que utilize informações seguras e atualizadas para orientar a tomada de decisões e responder às necessidades reais do sistema. O pressuposto é que quanto mais se conhece a realidade, maiores as chances de que os recursos sejam investidos em políticas e ações comprovadamente mais eficazes e capazes de produzir resultados mais próximos daquilo que se deseja.

Os indicadores utilizados tinham como principais fontes os dados do Censo Escolar, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), os da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) e os do Censo Demográfico, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram utilizados, ainda, os dados da Prova Brasil e do SAEB, além da base de dados das avaliações realizadas pelo CAEd.

O Caderno de Gestão 2013 mantém os objetivos originais e a consulta às mesmas fontes de dados. No entanto, focaliza a abordagem na descrição e análise de aspectos mais diretamente relacionados a metas previstas no projeto de lei do Plano Nacional de Educação, ainda em tramitação no Congresso Nacional. Do conjunto de metas relativas à Educação Básica, foram selecionadas e serão monitoradas aquelas que podem ser acompanhadas por indicadores que apresentem os seguintes requisitos: facilidade de acesso, possibilidade de formação de série histórica e facilidade de identificação da origem, registro e manutenção dos dados.

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8 Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

2. Indicadores Sociodemográficos

O acompanhamento das metas selecionadas, pela variedade de aspectos envolvidos, requer a utilização de indicadores que, muito frequentemente, utilizam dados sociodemográficos na sua composição.

Para facilitar a descrição e análise da situação do sistema de ensino e a avaliação das possibilidades do estado de cumprir as metas estabelecidas, um conjunto de informações, que será utilizado ao longo de todo esse Caderno de Gestão, é apresentado nessa seção.

2.1. Dados populacionais

Segundo dados do Censo Demográfico, a população do estado, em 2010, era de 13.483.985 habitantes, com um acréscimo de 671.428 habitantes (23,9%) desde 2000. Essa taxa de aumento é superior à da Região Norte (23,0%) e à do Brasil (12,34%) (Tabela 1). A população urbana é predominante e aumentou de 74,9% para 79,1% do total, entre 2000 e 2010.

Tabela 1 População – Brasil, Norte e Amazonas – 2000 e 2010

População em 2010 População em 2000 Taxa de Crescimento

Brasil 190.755.799 169.799.170 12,3%

Norte 15.864.454 12.900.704 23,0%

Amazonas 3.483.985 2.812.557 23,9%

Fonte de dados: IBGE - Censo Demográfico 2000 e 2010

2.2. Distribuição da população por faixa etária

Observa-se, tanto no estado como no Brasil, uma participação progressivamente menor das faixas etárias iniciais na composição da população total (Gráfico 1). Esse fenômeno pode reduzir a pressão por novas vagas na Educação Básica e abrir a oportunidade de redirecionar os investimentos para a melhoria da qualidade da educação.

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9Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Gráfico 1 Evolução da Composição da População Total, por Sexo e Grupos de Idade

Brasil e Amazonas – 1991,2000 e 2010Brasil Amazonas

05

101520253035404550556065707580

0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08

FemininoMasculino

------- 1991 -------- 2000 ------- 2010

05

101520253035404550556065707580

0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08

FemininoMasculino

------- 1991 -------- 2000 ------- 2010

Fonte de dados: IBGE - Censo Demográfico 2000 e 2010

Há predominância de homens nas faixas etárias de 0 a 24 anos e, nas faixas subsequentes, progressivo predomínio da população feminina. No total, em 2010, 50,0% da população é constituída por mulheres. Fenômeno semelhante se repete quando são examinadas as matrículas na educação básica.

2.3. Evolução da população estadual

A população total do estado aumentou 27,7% entre 2000 e 2012. Além disso, houve aumento em três das faixas de 0 a 17 anos, correspondentes à educação básica (Tabela 2).

As taxas mais altas de crescimento estão nas faixas de 6 a 10 anos (11,8%), de 11 a 14 anos (23,0%) e de 15 a 17 anos (12,3%) (Tabela 2), o que pode afetar significativamente a demanda em alguns municípios. O planejamento para o atendimento escolar dessas faixas etárias precisa levar em conta esse fato, procurando identificar os municípios em que a taxa de crescimento é mais elevada.

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10 Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Tabela 2 Composição da População Total, por Faixa de Idade

2000, 2010 e 2012 – Amazonas

População em 2000

População em 2010

População em 2012

Taxa de Crescimento

populacional (%) 2000-2012

Taxa de crescimento anual

População total 2.812.557 3.483.985 3.590.985 27,7% 2,1%

0-3 anos 309.504 294.994 306.083 -1,1% -0,1%

4-5 anos 156.447 154.259 153.651 -1,8% -0,2%

6-10 anos 358.638 393.063 400.937 11,8% 0,9%

11-14 anos 268.576 313.697 330.288 23,0% 1,7%

15-17 anos 204.462 227.444 229.708 12,3% 1,0%

18-24 anos 420.605 476.982 496.224 18,0% 1,4%

25 anos e mais 1.094.325 1.623.546 1.674.094 53,0% 3,6%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000 e 2010. Estimativa de População, 2012.

O planejamento do atendimento de várias metas do PNE deve considerar também a variação da população por faixa etária, como mostrado na Tabela 2. O número de municípios com aumento populacional é maior nas faixas de 11 a 14 anos e de 15 a 17 anos, correspondentes à 2ª etapa do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, respectivamente (Tabela 3).

Tabela 3:Número de municípios segundo variação da população, por grupo de idade

2000 a 2012 – Amazonas

Grupo de idade Total Municípios Aumento populacional Redução populacional População Estável

Municípios 62 30 32 0

0-3 anos 62 28 34 0

4-5 anos 62 46 16 0

6-10 anos 62 53 9 0

11-14 anos 62 51 11 0

25 anos e mais 1.094.325 1.623.546 1.674.094 53,0%

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000 e Estimativa de População, 2012.

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11Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

3. ”Janela de Oportunidade Demográfica”

O Brasil está passando por uma etapa muito favorável da sua transição demográfica, vivendo o que os especialistas chamam de dividendo demográfico ou “janela de oportunidades demográfica”

Esse fenômeno é relativamente raro (resultado das mudanças nas taxas de mortalidade e fecundidade do passado) e produz alterações na estrutura etária da população, como pode ser observado no Gráfico 1, e se manifesta em todos os estados brasileiros.

Em relação à educação, o pressuposto é que uma menor taxa de fecundidade acaba resultando numa participação menor das faixas etárias iniciais na composição da população, o que pode resultar em menor demanda por matrículas na educação básica. Isso gera a possibilidade de crescimento da poupança do governo e permite redirecionar os investimentos, antes concentrados nas necessidades de ampliação do sistema escolar, para a melhoria da qualidade da educação.

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O DESAFIO DAS METAS

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13Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Meta 1

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de quatro e cinco anos e ampliar a oferta de educação infantil de forma a atender, no mínimo, aos seguintes percentuais da população de até três anos: 30% até o quinto ano de vigência deste PNE e 50% dessa população até o último ano.

1. Educação Infantil – 4 e 5 anos

Em 2012, de uma população de 154 mil crianças de 4 e 5 anos, 78 mil estavam matriculadas na escola. Atender a totalidade dessa população implicará no aumento de 104 mil novas matrículas até 2016, ou seja, aproximadamente 26 mil por ano, em média, a partir de 2013.

A participação da rede privada na pré-escola é significativa: 14,0% das matrículas. Se essa participação fosse mantida invariável, 14 mil de 104 mil novas matrículas, necessárias para universalizar o atendimento na faixa de 4 a 5 anos, deveriam ser criadas nessa rede de ensino. Como o estado não determina a política de expansão das matrículas da rede privada, o esforço para cumprimento da meta deverá ser realizado pelo poder público. Mais exatamente, caberá às prefeituras municipais a tarefa de ampliar o número de matrículas para que a meta seja cumprida, porque a participação das redes estadual e federal na pré-escola é insignificante.

2. Educação Infantil – 0 a 3 anos

Em 2012, de uma população total de 306 mil crianças de 0 a 3 anos, aproximadamente 9 mil encontravam-se matriculadas nas escolas públicas e privadas no estado.

A meta prevê o atendimento de 30% até o quinto ano de vigência do PNE (ou seja, 92 mil matrículas) e de 50% até o último ano (153 mil matrículas), aproximadamente. No primeiro caso, a ampliação das redes municipais deverá incluir na creche 83 mil novas crianças, em cinco anos, e, no segundo, 144 mil, o que representa 14,4 mil novas matrículas a cada ano, em média.

3. O Planejamento da oferta da Educação Infantil

É especialmente importante que o planejamento da oferta desse nível de ensino considere a evolução da população nas faixas de 0 a 3 anos e de 4 e 5 anos. Embora a população total venha crescendo no estado (27%, entre 2000 e 2012), há redução nestas faixas etárias (Tabela 2), o que pode afetar a demanda em alguns municípios. Em metade dos municípios houve redução da população nas duas faixas etárias.

Os Gráficos 2 e 3 mostram a diferença do atendimento escolar nas duas faixas consideradas. Na faixa de 0 a 3 anos (Gráfico 2), 98,4% dos municípios têm uma taxa de atendimento escolar muito baixa, inferior a 25%. Esses municípios possuem 99,7% da população nessa faixa etária considerada.

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14 Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Apenas 1,6% dos municípios atendem entre 25% e 50% da população de 0 a 3 anos. Praticamente, nenhum município atende a mais de 50%.

Gráfico 2:Distribuição dos Municípios por Faixa de Taxa de Atendimento Escolar

0 a 3 anos - Amazonas - 2012

98,4%

1,6% 0,0% 0,0%

97,4%

2,6% 0,0% 0,0%

99,7%

0,3% 0,0% 0,0%

MENOR QUE 0,25 0,25 A 0,5 0,5 A 0,75 MAIOR QUE ,75

TAXA DE ATENDIMENTO

No. Municípios Matrícula 0 a 3 anos População 0 a 3 anos

Fonte: IBGE-PNAD (2012) e Estimativa de População (2012), INEP - Microdados Censo Escolar (2012)

Na faixa de 4 a 5 anos, o perfil de distribuição dos municípios se modifica, sensivelmente, com maior concentração nas faixas de atendimento superiores a 50% (Gráfico 3). Verifica-se que quase metade dos municípios, que respondem por 3/4 das matrículas, já possuem taxa de atendimento superior a 50%. Aqueles que possuem taxa de atendimento inferior a 25% são poucos (apenas 3,2%) e neles existem apenas 0,4% das matrículas.

Gráfico 3: Distribuição dos Municípios por Faixa de Taxa de Atendimento Escolar

4 e 5 anos - Amazonas - 2012

3,2%

48,4%

40,3%

8,1%

0,4%

23,7%

71,1%

4,9%1,7%

31,2%

64,1%

3,0%

MENOR QUE 0,25 0,25 A 0,5 0,5 A 0,75 MAIOR QUE ,75

TAXA DE ATENDIMENTO

No. Municípios Matrícula 4 a 5 anos População 4 a 5 anos

Fonte: IBGE-PNAD (2012) e Estimativa de População (2012), INEP - Microdados Censo Escolar (2012)

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15Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Nenhum dos municípios do estado atingiu, ainda, a universalização. Das 76 mil novas matrículas que serão necessárias para atender toda a população infantil de 4 e 5 anos, 38 mil (50%) deverão ser criadas em apenas 5 municípios (Figura 1), os quais respondem por 52,6% da população nessa faixa etária.

Figura 1: Distribuição dos 5 municípios que concentram 50% das novas matrículas a serem criadas na faixa de 4 a

5 anos - Amazonas – 2012

Fonte: IBGE - Estimativa de População (2012), INEP - Microdados Censo Escolar (2012)

Meta 2

Universalizar o Ensino Fundamental de nove anos para toda população de seis a quatorze anos e garantir que pelo menos 85% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o quinto ano de vigência deste PNE, elevando esse percentual a 95% até o último ano.

1. Todas as crianças de 6 a 14 anos no Ensino Fundamental de nove anos

Traduzida em termos de taxa de escolaridade líquida, 100% das crianças dessa faixa deverão estar matriculados no Ensino Fundamental, até o quinto ano de vigência do PNE. Em 2012, essa taxa era de 91,0%. Ou seja, de uma população de 731 mil crianças, 9,0% não estão matriculadas no Ensino Fundamental. Metade dessas crianças está concentrada em apenas 14 municípios (Figura 2).

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16 Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Figura 2 Distribuição dos 14 municípios que concentram 50% das crianças de 6 a 14 anos

que não estão matriculadas no Ensino Fundamental - Amazonas – 2012

Fonte: IBGE - Estimativa de População (2012), INEP - Microdados Censo Escolar (2012)

2. Conclusão do Ensino FundamentalA garantia de que pelo menos 85% ou 95% dos alunos de 6 a 14 anos concluam o Ensino Fundamental na idade recomendada depende essencialmente da eficiência desse nível de ensino. Elevadas taxas de reprovação ou de abandono impedem alcançar essas metas, seja em cinco ou em dez anos, em razão do seu efeito sobre o fluxo escolar.

Considerando todas as redes de ensino, a taxa média de distorção idade/série no Ensino Fundamental, em 2012, era de 34,0%. Pode-se observar, no Gráfico 4, que ela é crescente e atinge um máximo de 44,6% no 6º ano. Além disso, mantém-se num patamar elevado, superior a 30%, desde o 3º ano.

Gráfico 4: Taxa de Distorção Idade-Série, por Ano Escolar do Ensino Fundamental

Amazonas – 2012

6,1

20,3

31,634,3

38,4

44,6 43,4 42,5 43,7

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º AnoFonte: INEP - Taxa de Distorção Idade Série

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17Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Na rede estadual, considerada isoladamente, a situação não é melhor: a taxa média de distorção idade-série é de 32,1%, chegando a alcançar 42,7% no 9º ano. Nessas condições, o cumprimento da meta estabelecida somente será possível com grande esforço de melhoria da eficiência do sistema de ensino e do fluxo escolar.

Meta 3

Até o quinto ano de vigência deste PNE, universalizar o atendimento escolar para toda a população de quinze a dezessete anos e elevar a taxa líquida de matrículas nessa faixa etária no Ensino Médio para 75%; e, até o final de vigência deste PNE, atingir o índice de noventa por cento de jovens de dezenove anos com o Ensino Médio concluído e a taxa líquida de matrículas na faixa etária de quinze a dezessete no Ensino Médio de noventa por cento.

1. Toda a população de 15 a 17 anos na escola

Em 2012, de cada 100 jovens de 15 a 17 anos, 84 estavam matriculados na escola. A maior parte desses jovens está no Ensino Médio (43,1%) e nos anos finais do Ensino Fundamental (45,1) (Gráfico 5).

Gráfico 5: Matrícula de Jovens de 15 a 17 anos, por Nível e Modalidade de Ensino

Amazonas - 2012

3,9%

45,1% 43,1%

0,5% 0,2%

7,2%

FundamentalAnos Iniciais

FundamentalAnos Finais

Ensino Médio EducaçãoProfissional

EducaçãoEspecial

EJA

Fonte: Microdados Censo Escolar (2012

Nessa faixa etária encontram-se fora da escola aproximadamente 22,5 mil jovens de 15 a 17 anos, constituindo-se esse o desafio de universalização da educação a ser cumprido até o quinto ano de vigência do PNE. Apenas 16 municípios concentram metade desses jovens (Figura 3).

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18 Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Figura 3: Distribuição dos 16 municípios que concentram 50% dos jovens de 15 a 17 anos

que não estão matriculadas na escola - Amazonas – 2012

Fonte: IBGE - Estimativa Populacional 2012, INEP -Microdados Censo Escolar (2012)

2. Taxa líquida de matrícula

De cada 100 jovens de 15 a 17 anos, aproximadamente 46,6 estão matriculados no Ensino Médio. Como a população nessa faixa etária é de 230 mil, aproximadamente 107 mil jovens, desta faixa de idade, estão matriculados no Ensino Médio. A Meta 3 prevê aumentar para 75% o percentual de jovens nesse nível de ensino, até o quinto ano de vigência do PNE, e para 90% até o final de dez anos. Isso significa incluir no Ensino Médio 13 mil alunos por ano, nos primeiros cinco anos, em média, e mais 34,5 mil nos cinco anos finais. No entanto, o cumprimento dessa meta está na dependência principalmente da melhoria da eficiência do Ensino Fundamental, porque 45,1% dos jovens de 15 a 17 anos estão retidos nesse nível de ensino. Apenas secundariamente, o cumprimento da meta depende da oferta de novas vagas no Ensino Médio. Será preciso reduzir a taxa de reprovação e de abandono para tornar possível o cumprimento da meta. (Tabela 4).

Tabela 4:Taxas de Rendimento do Ensino Médio, Redes Estadual e Municipal

Brasil e Amazonas – 2012

ANODependência Administrativa

BRASIL AMAZONAS

Taxas de: Taxas de:

Aprovação Reprovação Abandono Aprovação Reprovação Abandono

2012Estadual 76,4 13,1 10,5 81,4 6,1 12,5

Municipal 79,6 10,8 9,6

Fonte de dados básicos: INEP – Sinopse Estatística da Educação Básica, 2012

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19Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

3. Conclusão do Ensino Médio

As taxas de rendimento, apresentadas na Tabela 4, resultam numa distribuição das matrículas progressivas e significativamente menor do 1º para o 3º ano desse nível de ensino. No 1º ano, estão 39% das matrículas; no 2º ano, esse percentual cai para 33% e, finalmente, no 3º ano, chega-se a apenas 28%.

A taxa de distorção para o Ensino Médio corrobora esse quadro. As taxas de distorção, conforme mostrado no Gráfico 6, são decrescentes, a partir da 1ª série, e muito elevadas em todas as séries desse nível de ensino, no Brasil e no estado.

Gráfico 6:Taxas de Distorção Idade-Série, por Ano Escolar do Ensino Médio

Brasil e Amazonas – 2012

34,929,4 26,8

49,1 49,347,8

1ª Série 2ª Série 3ª Série

Brasil Amazonas

Fonte: Microdados Censo Escolar (2012)

Esse nível de ensino possui, portanto, uma eficiência muito baixa, o que coloca dúvida em relação à possibilidade de se conseguir alcançar a taxa de 90% de jovens concluindo o Ensino Médio até os dezenove anos.

Metas de Universalização

Exame conjunto das metas de universalização de 4 a 5 anos, de 6 a 14 anos e de 15 a 17 anos.

O Estado possui 62 municípios. O exame conjunto das metas de universalização da educação escolar mostra que:

• 50% das novas vagas a serem criadas estão concentradas em:

» 5 municípios, para a faixa de 4 a 5 anos;

» 14 municípios, para a faixa de 6 a 14 anos;

» 16 municípios, para a faixa de 15 a 17 anos.

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20 Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

• No total, 23 municípios concentram, no mínimo, 50% das novas vagas a serem criadas para todas as três faixas de idade.

• O município de Coari concentra 3% das novas vagas a serem criadas para a universalização da educação escolar nas faixas de 4 a 5, 3% de 6 a 14 e 6% de 15 a 17 anos.

Figura 4: Municípios que concentram a criação de novas vagas para a universalização da educação escolar –

Amazonas – 2012

Fonte: IBGE - Estimativa Populacional 2012, INEP - Microdados Censo Escolar (2012)

Meta 5

Alfabetizar todas as crianças até o final do segundo ano do Ensino Fundamental.

Com a implantação em todo o país do ensino fundamental de nove anos, as crianças de seis anos passaram a viver uma experiência singular em suas vidas: ingressar no primeiro ano do ensino fundamental de uma escola pública. A matrícula escolar um ano mais cedo tem permitido reduzir os acentuados desníveis educacionais das crianças mais pobres que, ao entrarem nas escolas aos sete anos, lá encontravam outras que começaram a estudar mais cedo, na pré-escola. Essa defasagem as prejudicava, às vezes, de forma irremediável, porque afetava a sua autoestima e desenvolvia nelas um sentimento de inferioridade em relação aos colegas.

As consequências de tal situação são conhecidas e ficam retratadas nos indicadores educacionais, anualmente, renovados pelo Censo Escolar. Agora, o acesso à escola pública aos seis anos de idade não depende mais da condição econômica ou social da família. Esse direito tornou-se realidade

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mais cedo para todas as crianças e os professores passaram a ter mais tempo para desenvolver um trabalho melhor com elas, especialmente com aquelas das parcelas mais carentes da população.

A esse primeiro passo, seguiu-se a decisão de assegurar a alfabetização das crianças aos sete ou oito anos de idade. “Todas as crianças sabendo ler e escrever”, foi o lema adotado por um número crescente de estados e municípios. Os bons resultados que vêm sendo obtidos testemunham a favor do acerto dessa medida. Agora, alfabetizar todas as crianças até o final do 2º ano do Ensino Fundamental se transformou em meta do Plano Nacional de Educação.

1. Resultados do SADEAM – 3° Ano do Ensino Fundamental

No estado não é feita avaliação das crianças no 2º ano do Ensino Fundamental. No entanto, pode-se ter uma visão da situação do estado em relação à alfabetização por meio dos resultados do SADEAM – Sistema de Avaliação de Desempenho Educacional do Amazonas. Esse sistema avalia o desempenho das crianças, em Língua Portuguesa e Matemática, de todas as crianças matriculadas no 3º ano desse nível de ensino.

Análise dos resultados de 2012 mostra que os alunos da rede estadual já atingiram, em média, 538,4 pontos em Escrita e 534,3 em Leitura. Nas redes municipais, mostram que eles já atingiram, em média, 511 pontos em Escrita e Leitura. Esses índices são maiores do que os 500 pontos mínimos para que sejam considerados com Conhecimento Avançado na disciplina. Na rede estadual, entre 2011 e 2012, houve um aumento da proficiência em escrita de 2,4% e 1,6% em leitura.

Em Matemática, a pontuação média em 2012 foi 791 pontos na rede estadual e 779,3 nas redes municipais, o que indica que o conhecimento dos alunos nesta disciplina ainda é considerado Básico, desempenho muito aquém do esperado para a série escolar em que se encontram.

Tão importante como prestar atenção na evolução da proficiência média é acompanhar a evolução do percentual de alunos por padrão de desempenho. Os padrões de desempenho adotados pelo SADEAM são Abaixo do Básico, Básico, Proficiente e Avançado.

No Gráfico 7, pode ser observada a diferença da distribuição dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, quando se considera Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática. Entre os alunos avaliados em Língua Portuguesa, 65,2% e 72,6% obtiveram padrão de desempenho avançado em Leitura e Escrita, respectivamente. Em Matemática, por outro lado, apenas 8,4% dos alunos são considerados avançados na disciplina e 48,9% detêm conhecimentos considerados básicos.

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Comparando com o ano de 2011, os resultados em 2012 mostram um aumento na porcentagem de alunos com padrão de desempenho avançado.

Gráfico 7:Distribuição dos alunos do 3o Ano do Ensino Fundamental, em Língua Portuguesa (Leitura e escrita) e

Matemática. Rede estadual – AMAZONAS – SADEAM – 2011 e 2012.

10,9

10,9

8,1

7,1

9,9

7,8

10,2

6,3

10,7

10,0

51,8

48,9

12,0

10,1

19,9

17,7

31,2

34,9

66,8

72,6

61,3

65,2

7,1

8,4

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2011

2012

2011

2012

2011

2012

LP -

Esc

rita

LP -

Leitu

raM

atem

atic

a

Abaixo do Basico Básico Proficiente Avançado

Meta 6

Oferecer educação em tempo integral para 25% dos alunos das escolas públicas de educação básica.

A educação de tempo integral, pelo seu impacto positivo no desenvolvimento das crianças e dos jovens, vem sendo apontada como um caminho indispensável em direção a uma educação de qualidade.

No Brasil, em 2012, considerando-se os alunos que estavam em turmas com sete ou mais horas de duração e os que estavam em turmas com carga horária menor, mas que, somado o tempo de atividade complementar, alcançava-se as 7 horas diárias, quase 2,2 milhões de matrículas no Ensino Fundamental já eram em tempo integral. No estado, existiam 65 mil matrículas em tempo integral (distribuídas conforme Gráfico 8), correspondendo a 8,6% da matrícula total em todas as redes de ensino.

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Gráfico 8:Matrícula em Tempo Integral no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa - Amazonas - 2012

45

20.146

44.473

739

Federal Estadual Municipal Privada

Fonte: Microdados Censo Escolar (2012)

Considerando apenas a rede pública de ensino (federal, estadual e municipal), o estado está distante da meta estabelecida pelo PNE. Seria necessário ampliar em 11 mil novos alunos em tempo integral, por ano, em média, para que a meta de 25% fosse cumprida ao final de dez anos.

Meta 7

Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB:

Quadro 1 - Metas para as médias nacionais do IDEB

IDEB 1º ano 3 ano 5º ano 7º ano 10º ano

Anos iniciais do EF 4,9 5,2 5,5 5,7 6,0

Anos finais do EF 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino Médio 3,9 4,3 4,7 5,0 5,2

Fonte: Mec - Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação

1. Resultados do IDEBOs progressos obtidos pelas escolas estaduais são corroborados por avaliações em larga escala realizadas pelo INEP/MEC e pelo próprio estado. Na Tabela 5, é apresentada a série histórica do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da rede estadual.

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Tabela 5:IDEB – Rede Estadual, Amazonas, 2005 a 2011

Nível de Ensino 2005 2007 2009 2011

Anos iniciais EF 3,30 3,90 4,50 4,80

Anos finais EF 2,70 3,30 3,60 3,90

Ensino Médio 2,30 2,80 3,20 3,40

Fonte: INEP - IDEB, 2005 a 2011

2. Posição em relação às metas nacionais Verifica-se que os resultados do IDEB, obtidos em 2011, eram inferiores aos previstos para o 1º ano de vigência do PNE, a diferença sendo maior no Ensino Médio.

3. Ensino Fundamental – Anos IniciaisNos anos iniciais, o estado possui o 9º maior IDEB do Brasil (3,3). Essa posição deve-se mais à sua taxa de aprovação (7º lugar) e menos à proficiência em Língua Portuguesa e Matemática (13º lugar).

De um total de 311 escolas estaduais avaliadas pela Prova Brasil, 25 já possuem IDEB maior ou igual a 6, ou seja, já alcançaram a meta estabelecida pelo PNE ou estão acima dela. A distribuição das escolas estaduais por faixa de IDEB é apresentada no Gráfico 9.

Gráfico 9:Distribuição das Escolas Estaduais Avaliadas na Prova Brasil, por Faixa de IDEB

5° Ano do EF, Amazonas - 2011

58

137

91

205 0

< 4 [4 - 5) [5 - 6) [6 - 7) [7 - 8) 8 >=

Fonte: Dados básicos INEP- IDEB (2011)

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4. Ensino Fundamental – Anos FinaisEmbora tenha alcançado o 5º melhor IDEB do Brasil, isso se deve mais à alta taxa de aprovação (a quinta maior do país) do que ao desempenho dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática (13º e 16º lugares nacionais, respectivamente).

Foram avaliadas pela Prova Brasil 330 escolas estaduais que oferecem os anos finais do Ensino Fundamental. Apenas 12 escolas obtiveram um IDEB igual ou maior que 5,5, ou seja, alcançaram a meta nacional do PNE. O desafio é bem maior, neste caso, como se pode inferir examinando a distribuição das escolas por faixa de IDEB (Gráfico 10).

Gráfico 10:Distribuição das Escolas Estaduais Avaliadas na Prova Brasil, por Faixa de IDEB

9° Ano do EF, Amazonas – 2011

19

153

137

19

2 0 0

< 3 [3 - 4) [4 - 5) [5 - 6) [6 - 7) [7 - 8) 8 >=

Fonte: Dados básicos INEP- IDEB (2011)

5. Ensino Médio

Em relação ao Ensino Médio, o estado poderia ter obtido uma colocação melhor (6º lugar) se os desempenhos em Matemática (17º lugar) e Língua Portuguesa (16º lugar) fossem melhores.

Meta 9

Elevar a taxa de alfabetização da população com quinze anos ou mais para 93,5% até o quinto ano de vigência deste PNE e, até o último ano, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional, ofertando vagas de educação de jovens e adultos para 50% da demanda ativa no quinto ano e 100% até o último ano deste PNE.

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1. Alfabetização da população de 15 anos ou mais

Para o IBGE, é considerada analfabeta a pessoa que declara não saber ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhece. Aquela que aprendeu a ler e escrever, mas esqueceu, e a que apenas assina o próprio nome são, também, consideradas analfabetas.

A taxa de analfabetismo no Brasil vem diminuindo progressivamente. No estado também, tendo alcançado 8,3%, em 2012 (Tabela 6).

Tabela 6:Taxa de Analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade (%)

Brasil e Amazonas - 2002 a 2012

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012

Brasil 11,9 11,6 11,5 11,1 10,5 10,1 10,0 9,7 8,6 8,7

Amazonas 6,3 6,6 9,0 6,7 7,8 7,9 8,8 7,3 8,4 8,3

Fonte: Todos pela Educação et. al. (2013) e PNAD (2012).

A taxa de analfabetismo do estado, da população de 15 anos ou mais de idade, é menor que a média da região Norte, mas é maior que a média nacional. De uma população total de 3,6 milhões, aproximadamente 2,5 milhões possuem 15 anos ou mais de idade e 210 mil são analfabetos. Examinando os analfabetos com 15 anos ou mais por grupos de idade, verifica-se uma grande discrepância entre eles: na faixa de 15 a 24 anos a taxa de analfabetismo é de 2,3% e na faixa de 65 anos ou mais a taxa alcança 30,1%.

Mantido o ritmo de crescimento da taxa de alfabetização, a meta de 93,5%, estabelecida pelo PNE, não será alcançada no prazo estabelecido (Gráfico 11). O comportamento da taxa de alfabetização, desde 2002, não permite prever um horizonte para a erradicação do analfabetismo.

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27Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Gráfico 11: Evolução da Taxa de Alfabetização da População de Jovens de 15 anos ou mais

2002 a 2012 (Projeção 2013 a 2014) – Amazonas

93,7

93,4

91,0

93,3

92,2

92,1

91,2

92,7

91,6

91,7

91,5 91,3

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014

Fonte: Todos pela Educação et. al. (2013) e PNAD (2012). Projeção 2013 e 2014: elaboração própria a partir dados históricos.

2. Analfabetismo funcional

Do ponto de vista do IBGE, analfabetismo funcional refere-se às pessoas que têm menos de quatro anos de estudo.

Tabela 7:População de 15 anos ou mais de idade com menos de 4 anos de estudo

Brasil e Amazonas - 2012

População de 15 anos ou mais

TotalCom menos de 4 anos de

estudo% com menos de 4 anos de

estudo

Brasil 150.622.053,00 27.790.713,00 18,4%

AMAZONAS 2.480.177,00 452.709,00 18,3%

Fonte: IBGE - Pnad (2012)

Os números apresentados na Tabela 7 são muito expressivos. No Brasil, são 27,8 milhões de analfabetos funcionais de 15 anos ou mais de idade. A meta do PNE é aumentar para quatro anos de estudo a escolarização de 13,9 milhões de pessoas, no prazo de dez anos. No estado, a tarefa também não é pequena: são 226 mil pessoas (50% da população analfabeta funcional) que deverão ter sua escolaridade aumentada para 4 anos ou mais, no mesmo período, uma quantidade média de 22,6 mil por ano, em dez anos.

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28 Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

Meta 10

Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

No Brasil, a oferta da EJA na forma integrada à educação profissional é ainda muito pequena. De um total de 2,56 milhões de matrículas na EJA de Ensino Fundamental, apenas 18,6 mil, ou seja, 0,7%, são na forma integrada com a educação profissional (Gráfico 12). No Ensino Médio, o quadro não é muito diferente: apenas 2,7% das matrículas são integradas com a educação profissional (Gráfico 12).

No estado, a situação também não é animadora. No Ensino Fundamental, de cada 1000 alunos do programa de Educação de Jovens e Adultos, apenas 2 cursam um curso de formação profissional (Gráfico 12). No Ensino Médio, são 17 alunos para cada 1000 matriculados na EJA (Gráfico 12).

Gráfico 12: Percentual de matrículas na EJA integrada à educação profissional, Ensino

Fundamental e Médio - 2012 - Brasil, Regiões e Amazonas

0,7% 0,5%1,2%

0,2% 0,5% 0,1% 0,2%

2,7% 2,9%

5,6%

1,2%

1,9% 1,6% 1,7%

Bras

il

Nor

te

Nor

dest

e

Sude

ste

Sul

Cent

ro-O

este

Amaz

onas

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte de dados básicos: INEP - Sinopse Estatística (2012)

Em 2012, existiam no estado 670 matrículas na EJA integradas com a educação profissional, no Ensino Fundamental e no Médio. A Meta 10 apresenta como desafio para o estado ampliar esse número, em dez anos, para 27,3 mil, valor correspondente a 25% das matrículas atuais da EJA.

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Meta 11

Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público.

Em 2012, as matrículas na educação profissional, no Brasil, correspondiam a 12,7% das matriculas regulares no Ensino Médio. Sendo 1.063.655 matrículas na educação profissional e 8.376.852 no Ensino Médio.

No estado, para cada 100 matrículas no Ensino Médio, existiam 12,0 na educação profissional, naquele mesmo ano. Triplicar as matrículas na educação profissional, como requer a Meta 11 do PNE, significa aumentar as atuais 21.8 mil matrículas para 65,4 mil. Nessas condições, o estado passaria a ter 36 matrículas na educação profissional para cada 100 no Ensino Médio regular.

Para se ter uma estimativa do custo de formação de tal número de alunos, pode-se utilizar o valor de R$8,50 para a hora-aluno, do PRONATEC, estabelecida em 2011, por meio das Resoluções no 61 e 62, do FNDE. Para um curso técnico não muito longo, de 1200 horas, o custo de formação de 65,4 mil alunos seria de R$700 milhões de reais.

O modo como a Meta 11 está formulada gera dificuldades crescentes para os estados que já investiram mais na ampliação das oportunidades de educação profissional, a ponto de, em alguns casos, inviabilizar seu cumprimento.

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30 Sadeam 2013 | Caderno de Gestão

IBGE – Censo Demográfico 2000 e 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ Acesso em: 23 de março de 2012.

IBGE - Estimativa de População, 2012. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ populacao/estimativa2012/default.shtm. Acesso em 16 de abril de 2014.

INEP - Microdados do Censo Escolar, 2012a. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/ basica-levantamentos-acessar. Acesso em: 16 de abril de 2014.

INEP - Sinopse Estatística da Educação Básica, 2012b. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse. Acesso em: 23 de março de 2012.

INEP- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), 2011. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/portal-ideb/planilhas-para-download. Acesso em: 16 de agosto de 2012.

INEP - Taxa de Distorção Idade Série, 2012c. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/ indicadores-educacionais. Acesso em: 16 de abril de 2014.

Ministério da Educação (MEC). Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=16478&Itemid=1107. Acesso em: 30/04/2014.

Todos Pela Educação, Editora Moderna. Anuário Brasileiro da Educação Básica. 2013. Disponível em http://www.todospelaeducacao.org.br/biblioteca/conteudo-tpe/1479/anuario-brasileiro-da-educacao-basica-2013/. Acesso em: 16 de abril de 2014.

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REFERÊNCIAS

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REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAHENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO

COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO TÉCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO

COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE

COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO

COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃOHENRIQUE DE ABREU OLIVEIRA BEDETTI

COORDENADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGNEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA

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AMAZONAS. Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino.

SADEAM – 2013 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 5 (jan./dez. 2013), Juiz de Fora, 2013 – Anual.

Conteúdo: Caderno de Gestão.

ISSN 2238-0264

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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