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REVISTA PEDAGÓGICA MATEMÁTICA - ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - EJA 2011 ISSN 2238-0264

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Page 1: SeçõeS - SADEAM · MATEMÁTICA - ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - EJA 2011 SeçõeS A importância dos resultados A escala de proficiência Padrões de desempenho estudantil

REVISTA PEDAGÓGICAMATEMÁTICA - ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - EJA 20

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SeçõeSA importância dos resultados

A escala de proficiência

Padrões de desempenho estudantil

O trabalho continua

ISSN 2238-0264

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ISSN 2238-0264

sADEAMrevISta PeDaGÓGICa

Matemática - anos Iniciais do ensino Fundamental – eJa

SISteMa De avalIação Do DeSeMPeNho eDuCaCIoNal Do aMazoNaS

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Governador do Estado do AmazonasOmar José Abdel Aziz

Vice-Governador José Melo de Oliveira

Secretário de Estado da Educação e Qualidade do EnsinoGedeão Timóteo Amorim

Secretária ExecutivaSirlei Alves Ferreira Henrique

Secretária Executiva Adjunta da CapitalAna Maria da Silva Falcão

Secretária Executiva Adjunta do InteriorMagaly Portela Régis

Departamento de Planejamento e Gestão FinanceiraMaria Neblina Marães

Gerente de Avaliação e DesempenhoJane Bete Nunes Rodrigues

Gerente de Pesquisa e EstatísticaSilvana da Silva Morais

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O TRABALHO CONTINUA

A ImpORTâNCIA dOs ResULTAdOs

A esCALA de pROfICIêNCIA

pAdRões de desempeNHO esTUdANTIL

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35

8

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30

36

40

46

50

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Os resultados da sua escola

A estrutura da escala de proficiência

domínios e Competências

O papel da avaliação no ensino de matemática

Abaixo do Básico

Básico

proficiente

Avançado

Com a palavra, o professor

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A importânciA dos resultAdos

as avaliações em larga escala realizadas pelo Sis-tema de avaliação do Desempenho educacional do

amazonas (SaDeaM), ao oferecer medidas acerca do progresso do sistema de ensino como um todo e, em particular, de cada escola, atendem a dois propósitos principais: o de prestar contas à sociedade sobre a efi-cácia dos serviços educacionais oferecidos à popula-ção, e o de fornecer subsídios para o planejamento das escolas em suas atividades de gestão e de intervenção pedagógica. Para as escolas, a oportunidade de receber os seus resultados de forma individualizada tem como finalidade prover subsídios para o planejamento de suas ações de aprendizagem. a revista Pedagógica, portanto, foi criada para atender ao objetivo de divulgar os dados gerados pelo SaDeaM de maneira que eles possam ser, efetivamente, utilizados como subsídio para as diversas instâncias gestoras, bem como por cada unidade escolar.

Nesta revista Pedagógica, você encontrará os resultados desta escola em Matemática para os anos Iniciais da educação de Jovens e adultos. Para a interpretação pedagógica desses resultados, a escala de proficiência, com seus domínios e competências, será fundamental. Com ela, torna-se possível entender em quais pontos os alunos estão em relação ao desenvolvimento das habilidades consideradas essenciais ao aprendizado da Matemática. Como você verá, o detalhamento dos níveis de complexidade das habilidades, apresentado nos domínios e competências da escala, prioriza a descrição do desenvolvimento cognitivo ao longo do processo de escolarização. essas informações são muito importantes para o planejamento dos professores, bem como para as intervenções pedagógicas em sala de aula.

os padrões de desempenho oferecem à escola os sub-sídios necessários para a elaboração de metas coletivas. assim, ao relacionar a descrição das habilidades com o percentual de alunos em cada padrão, a escola pode elaborar o seu projeto com propostas mais concisas e eficazes, capazes de trazer modificações substanciais para o aprendizado dos alunos com vistas à promoção da equidade.

também são apresentados, nesta revista, alguns arti-gos importantes sobre o ensino de Matemática e de-poimentos de professores que, como você, fazem toda a diferença nas comunidades em que atuam.

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os resultados desta escola no Sa-DeaM 2011 são apresentados sob seis aspectos, quatro deles estão impressos nesta revista. os outros dois, que se referem aos resultados do percentual de acerto no teste, estão disponíveis no CD (anexo à co-leção SaDeaM 2011) e no Portal da avaliação, pelo endereço eletrônico www.sadeam.caedufjf.net.

os resultAdos dA suA escolA

Permite que você acompanhe o percentual de alunos nos padrões de desempenho das avaliações realizadas pelo SaDeaM.

Informa o número estimado de alunos para a realização do teste e quantos, efetivamente, participaram da avaliação na sua coordenadoria e na sua escola.

apresenta a proficiência média desta escola. você pode comparar a proficiência com as médias do estado e da sua Coordenadoria Distrital/regional de educação. o objetivo é proporcionar uma visão das proficiências médias e posicionar sua escola em relação a essas médias.

resultAdos impressos nestA revistA

1. Proficiência média

2. Participação

3. Percentual de alunos por padrão de desempenho

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apresenta a distribuição dos alunos ao longo dos intervalos de profi-ciência no estado, na sua coordenadoria e na sua escola. os gráficos permitem que você identifique o percentual de alunos para cada padrão de desempenho. Isso será fundamental para planejar intervenções pe-dagógicas, voltadas à melhoria do processo de ensino e promoção da equidade escolar.

5. Percentual de acerto por descritor 6. Resultados por aluno

Cada aluno pode ter acesso aos seus resulta-dos no SADEAM. Nesse boletim, é informado o padrão de desempenho alcançado e quais habilidades ele possui desenvolvidas em Ma-temática para os Anos Iniciais da Educação de Jovens e Adultos. Essas são informações importantes para o acompanhamento de seu desempenho escolar.

resultAdos disponíveis no cd e no portAl dA AvAliAção

Apresenta o percentual de acerto no teste para cada uma das habilidades avaliadas. Esses resultados são apre-sentados por coordenadoria, escola, turma e aluno.

4. Percentual de alunos por nível de proficiência e padrão de desempenho

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A escAlA de proficiênciA

uma escala é a expressão da medida de uma grandeza. É uma forma de

apresentar resultados com base em uma espécie de régua em que os va-lores são ordenados e categorizados. Para as avaliações em larga escala da educação básica realizadas no Brasil, os resultados dos alunos em Matemá-tica são dispostos em uma escala de proficiência definida pelo Sistema Na-cional de avaliação da educação Básica (SaeB). as escalas do SaeB permitem ordenar os resultados de desempenho em um continuum, ou seja, do nível mais baixo ao mais alto. assim, os alunos que alcançaram um nível mais alto da esca-la, por exemplo, mostram que possuem o domínio das habilidades presentes nos níveis anteriores. Isso significa que o aluno do último ano do ensino Médio deve, naturalmente, ser capaz de dominar habilidades em um nível mais complexo do que as de um aluno do 5º ano do ensino Fundamental.

as escalas apresentam, também, para cada intervalo, as habilidades presentes naquele ponto, o que é muito importan-te para o diagnóstico das habilidades ainda não consolidadas em cada etapa de escolaridade.

a grande vantagem da adoção de uma escala de proficiência é sua capacidade de traduzir as medidas obtidas em diag-nósticos qualitativos do desempenho escolar. Com isso, os educadores têm acesso à descrição das habilidades dis-tintivas dos intervalos correspondentes a cada nível e podem atuar com mais precisão na detecção de dificuldades de aprendizagens, bem como planejar e executar ações de correção de rumos.

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A estruturA dA escAlA de proficiênciANa primeira coluna da escala são apresentados os grandes domínios do conhecimento em Matemática para toda a educação básica. esses domínios são agrupamentos de com-petências que, por sua vez, agregam as habilidades presentes na matriz de referência de Matemática. as colunas acima mostram a relação entre a escala e a matriz, para cada competência, trazendo os descritores que lhes são relacionados.

as habilidades, representadas por diferen-tes cores, que vão do amarelo-claro ao ver-melho, estão dispostas nas várias linhas da escala. essas cores indicam a gradação de complexidade das habilidades pertinentes a cada competência. assim, por exemplo, a cor amarelo-clara indica o primeiro nível de complexidade da habilidade, passando pelo laranja e indo até o nível mais complexo, representado pela cor vermelha. a legenda explicativa das cores informa sobre essa gradação na própria escala.

Na primeira linha da escala estão di-vididos todos os intervalos em faixas de 25 pontos, que vão de zero a 500. em tons de verde, estão agrupados os padrões de desempenho definidos pela Secretaria de estado da educação e Qualidade do ensino do amazonas (Seduc) para os anos Iniciais da edu-cação de Jovens e adultos. os limites entre os padrões transpassam a es-cala, no sentido vertical, da primeira à última linha.

espaço e Forma

localizar objetos em representações do espaço. D1

Identificar figuras geométricas e suas propriedades. D2, D3 e D4

reconhecer transformações no plano. D5

aplicar relações e propriedades. *

Grandezas e Medidas

utilizar sistemas de medidas. D7, D8, D9 e D10

Medir grandezas. D11 e D12

estimar e comparar grandezas. D6

Números e operações/ Álgebra e Funções

Conhecer e utilizar números. D13, D14, D15, D16, D21, D22 e D24

realizar e aplicar operações. D17, D18, D19, D20, D23, D25 e D26

utilizar procedimentos algébricos. *

tratamento da Informação

ler, utilizar e interpretar informações apresentadas em tabelas e gráficos. D27 e D28

utilizar procedimentos de combinatória e probabilidade. *

Domínios Competências Descritores

*as habilidades envolvidas nessas competências não são avaliadas nesta etapa de escolaridade.

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a gradação das cores indica a complexidade da tarefa.

Avan

çado

prof

icien

te

Básic

o

Abaix

o do B

ásico

esCALA de pROfICIêNCIA

pAdRões de desempeNHO esTUdANTIL pARA Os ANOs INCIAIs dA eJA

espaço e Forma

localizar objetos em representações do espaço. D1

Identificar figuras geométricas e suas propriedades. D2, D3 e D4

reconhecer transformações no plano. D5

aplicar relações e propriedades. *

Grandezas e Medidas

utilizar sistemas de medidas. D7, D8, D9 e D10

Medir grandezas. D11 e D12

estimar e comparar grandezas. D6

Números e operações/ Álgebra e Funções

Conhecer e utilizar números. D13, D14, D15, D16, D21, D22 e D24

realizar e aplicar operações. D17, D18, D19, D20, D23, D25 e D26

utilizar procedimentos algébricos. *

tratamento da Informação

ler, utilizar e interpretar informações apresentadas em tabelas e gráficos. D27 e D28

utilizar procedimentos de combinatória e probabilidade. *

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

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espAÇO e fORmAdomínios e competênciAs

os domínios da escala de proficiência agrupam as competências básicas ao aprendizado da Matemática para toda a educação básica.

ao relacionar os resultados de sua es-cola a cada um dos domínios da escala de proficiência e aos respectivos inter-valos de gradação de complexidade da habilidade, é possível diagnosticar, com grande precisão, dois pontos principais: o primeiro se refere ao nível de desen-volvimento obtido no teste e o segundo ao que é esperado dos alunos nas etapas de escolaridade em que se encontram. Com esses dados é possível implementar ações em nível de sala de aula com vis-tas ao desenvolvimento das habilidades ainda não consolidadas, o que, certa-mente, contribuirá para a melhoria do processo educativo da escola.

Professor, na Matemática, o estudo da Geometria é de fundamental importân-cia para que o aluno desenvolva várias habilidades como percepção, represen-tação, abstração, levantamento e valida-ção de hipóteses, orientação espacial; além de propiciar o desenvolvimento da criatividade. vivemos num mundo em que, constantemente, necessitamos nos movimentar, localizar objetos, ruas e cidades em mapas, identificar figuras geométricas e suas propriedades para solucionar problemas. o estudo deste domínio pode auxiliar a desenvolver, satisfatoriamente, todas essas habili-dades, podendo, também, nos ajudar a apreciar, com outro olhar, as formas geométricas presentes na natureza, nas construções e nas diferentes ma-nifestações artísticas. Neste domínio, encontram-se duas competências: a localização de objetos em representa-ções do espaço e a identificação de figu-ras geométricas e suas propriedades. estas competências são trabalhadas desde a educação Infantil até o ensino Médio, permitindo que, a cada ano de escolaridade, os alunos aprofundem e aperfeiçoem o seu conhecimento neste domínio, desenvolvendo, assim, o pen-samento geométrico necessário para solucionar problemas.

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0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

locAlizAr objetos em representAções do espAço

um dos objetivos do ensino de espaço e Forma em Matemática é propiciar ao aluno o desenvolvimento da competência de localizar objetos em representações planas do espaço. esta competência é desenvolvida desde os anos iniciais do ensino Fundamental, por meio de tarefas que exigem dos alunos, por exemplo, desenhar, no papel, o trajeto casa-escola, identificando pontos de referências. Para o desenvolvimento desta competência, nos anos iniciais do ensino Fundamental, são utilizados vários recursos, como a localização de ruas, pontos turísticos, casas, dentre outros, em mapas e croquis. além disso, o uso do papel quadriculado pode auxiliar o aluno a localizar objetos utilizando as unidades de medidas (cm, mm), em conexão com o domínio de Grandezas e Medidas.

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

alunos cuja proficiência se encontra no intervalo de 150 a 200 pontos na escala, marcado pelo amarelo-claro, estão no início do desenvolvimento desta competência. esses alunos são os que descrevem caminhos desenhados em mapas, identificam objeto localizado dentro/fora, na frente/atrás ou em cima/embaixo.

alunos cuja proficiência se encontra no intervalo amarelo-escuro, 200 a 250 pontos na escala, realizam atividades que envolvem referenciais diferentes da própria posição, como, por exemplo, localizar qual o objeto está situado entre outros dois. também localizam e identificam a movimentação de objetos e pessoas em mapas e croquis.

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0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

identificAr figurAs geométricAs e suAs propriedAdes

Nesta competência, a denominação de “figuras geométricas” será utilizada de forma geral para se referir tanto às figuras bidimensionais como às tridimensionais. em todos os lugares, nós nos deparamos com diferentes formas geométricas – ar-redondadas, retilíneas, simétricas, assimétricas, cônicas, esféricas, dentre muitas outras. a percepção das formas que estão ao nosso redor é desenvolvida pelas crianças, mesmo antes de entrarem na escola. Nos anos iniciais do ensino Fundamental, os alunos começam a desenvolver as habilidades de reconhecimento de formas utilizando alguns atributos das figuras pla-nas (um dos elementos que diferencia o quadrado do triângulo é o atributo número de lados) e tridimensionais (conseguem distinguir a forma esférica de outras formas).

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

No intervalo de 125 a 200 pontos, representado pelo amarelo-claro, os alunos começam a desenvolver a habilidade de associar objetos do cotidiano às suas formas geométricas.

No intervalo de 200 a 250 pontos, representado pelo amarelo-escuro, os alunos começam a desenvolver a habilidade de identificar quadriláteros e triângulos, utilizando como atributo o número de lados. assim, dado um conjunto de figuras, os alunos, pela contagem do número de lados, identificam aquelas que são triângulos e as que são quadriláteros. em relação aos sólidos, os alunos identificam suas propriedades comuns e suas diferenças, utilizando um dos atributos, nesse caso, o número de faces.

alunos cuja proficiência se encontra entre 250 e 300 pontos identificam algumas características de quadriláteros relativas a lados e ângulos e, também, reconhecem alguns polígonos, como, por exemplo, pentágonos, hexágonos, entre outros, considerando, para isso, o número de lados. em relação aos quadriláteros, conseguem identificar as posições dos lados, valendo-se do paralelismo. Com relação aos sólidos geométricos, esses alunos identificam os objetos com forma esférica a partir de um con-junto de objetos do cotidiano e reconhecem algumas características dos corpos redondos. a partir das características dos sólidos geométricos, os alunos discriminam entre poliedros e corpos redondos, bem como identificam a planificação do cubo e do bloco retangular. o laranja-claro indica o desenvolvimento dessas habilidades.

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0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

reconhecer trAnsformAções no plAno

existem vários tipos de transformações no plano. Dentre elas, podemos citar as isometrias que têm como características a preservação de distâncias entre pontos do plano como translações, rotações e reflexões e as transformações por semelhança que preservam a forma, mas não preservam, necessariamente, o tamanho. as habilidades relacionadas a esta competência dizem respeito às transformações por semelhança e, devido à sua complexidade, começam a ser desenvolvidas em níveis mais altos da escala de proficiência.

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 325 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

alunos que se encontram entre 325 e 350 pontos na escala, marcado pelo amarelo-claro, começam a desenvolver as habilidades desta competência. esses alunos são os que resolvem problemas envolvendo escalas e constante de proporcionalidade.

o amarelo-escuro, 350 a 375 pontos, indica que os alunos com uma proficiência que se encontra neste intervalo já conseguem realizar tarefas mais complexas, pois reconhecem a semelhança de triângulos a partir da medida de seus ângulos, bem como comparam áreas de figuras planas semelhantes dese-nhadas em uma malha quadriculada, obtendo o fator multiplicativo.

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GRANdeZAs e medIdAs

o estudo de temas vinculados a este domínio deve propiciar aos alunos co-nhecer aspectos históricos da constru-ção do conhecimento; compreender o conceito de medidas, os processos de medição e a necessidade de adoção de unidades-padrão de medidas; resolver problemas utilizando as unidades de medidas; estabelecer conexões entre grandezas e medidas com outros temas matemáticos como, por exemplo, os números racionais positivos e suas representações. através de diversas atividades, é possível mostrar a impor-tância e o acentuado caráter prático das Grandezas e Medidas, para poder, por exemplo, compreender questões relacionadas aos temas transversais, além de sua vinculação a outras áreas de conhecimento, como as Ciências da Natureza (temperatura, velocida-de e outras grandezas) e a Geografia (escalas para mapas, coordenadas geográficas). estas competências são trabalhadas desde a educação Infantil até o ensino Médio, permitindo que, a cada ano de escolaridade, os alunos aprofundem e aperfeiçoem o seu co-nhecimento neste domínio.

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0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

utilizAr sistemAs de medidAs

um dos objetivos do estudo de Grandezas e Medidas é propiciar ao aluno o desenvolvimento da competência: utilizar sistemas de medidas. Para o desenvolvimento desta competência, nos anos iniciais do ensino Fundamental, podemos solicitar aos alunos que marquem o tempo por meio do calendário. Destacam-se, também, atividades envolvendo culinária, o que possibilita um rico trabalho, utilizando diferentes unidades de medida, como o tempo de cozimento: horas e minutos e a quantidade dos ingredientes: litro, quilograma, colher, xícara, pitada e outros. os alunos utilizam também outros sistemas de medidas convencionais para resolver problemas.

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

No intervalo de 125 a 175 pontos, representado pelo amarelo-claro, os alunos estão no início do desen-volvimento desta competência. eles conseguem ler horas inteiras em relógio analógico.

No intervalo representado pelo amarelo-escuro, de 175 a 225 pontos, os alunos conseguem ler horas e minutos em relógio digital e de ponteiro em situações simples, resolver problemas relacionando dife-rentes unidades de uma mesma medida para cálculo de intervalos (dias e semanas, minutos e horas), bem como estabelecer relações entre diferentes medidas de tempo (horas, dias, semanas), efetuando cálculos. em relação à grandeza comprimento, os alunos resolvem problemas relacionando metro e centímetro. Quanto à grandeza Sistema Monetário, identificam quantas moedas de um mesmo valor equivalem a uma quantia inteira dada em reais e vice-versa.

alunos que apresentam uma proficiência entre 225 e 300 pontos, marcado pelo laranja-claro, desen-volvem tarefas mais complexas em relação à grandeza tempo. esses alunos relacionam diferentes unidades de medidas como, por exemplo, o mês, o bimestre, o ano, bem como estabelecem relações entre segundos e minutos, minutos e horas, dias e anos. em se tratando da grandeza Sistema Monetário, resolvem problemas de trocas de unidades monetárias, que envolvem um número maior de cédulas e em situações menos familiares. resolvem problemas realizando cálculo de conversão de medidas das grandezas comprimento (quilômetro/metro), massa (quilograma/grama) e capacidade (litro/mililitro).

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medir grAndezAs

outro objetivo do ensino de Grandezas e Medidas é propiciar ao aluno o desenvolvimento da competência: medir grandezas. esta competência é desenvolvida nos anos iniciais do ensino Fundamental quando, por exemplo, solicitamos aos alunos para medirem o comprimento e a largura da sala de aula usando algum objeto como unidade. essa é uma habilidade que deve ser amplamente discutida com os alunos, pois, em razão da diferença dos objetos escolhidos como unidade de medida, os resultados encontrados serão diferentes. e perguntas como: “Qual é medida correta?” É respondida da seguinte forma: “todos os resultados são igualmente corretos, pois eles expressam medidas realizadas com unidades diferentes.” além dessa habilidade, ainda nas séries iniciais do ensino Fundamental, também é trabalhada a habilidade de medir a área e o perímetro de figuras planas, a partir das malhas quadriculadas ou não.

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

No intervalo de 150 a 225 pontos na escala, amarelo-claro, os alunos conseguem resolver problemas de cálculo de área relacionando o número de metros quadrados com a quantidade de quadradinhos contida em um retângulo desenhado em malha quadriculada.

alunos cuja proficiência se encontra entre 225 e 275 pontos, representado pelo amarelo-escuro, realizam tarefas mais complexas, comparando e calculando áreas de figuras poligonais em malhas quadriculadas. em relação ao perímetro, demonstram a habilidade de identificar os lados e, conhecendo suas medidas, calcular a extensão do contorno de uma figura poligonal dada em uma malha quadriculada, bem como calcular o perímetro de figura sem o apoio de malhas quadriculadas.

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

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estimAr e compArAr grAndezAs

o estudo de Grandezas e Medidas tem também como objetivo propiciar ao aluno o desenvolvimento da competência: estimar e comparar grandezas. Muitas atividades cotidianas envolvem esta competência, como comparar tamanhos dos objetos, pesos, volumes, temperaturas diferentes e outras. Nas séries iniciais do ensino Fundamental, esta competência é trabalhada, por exemplo, quando solicitamos aos alunos que comparem dois objetos estimando as suas medidas e anunciando qual dos dois é maior. atividades como essas propiciam a compreensão do processo de medição, pois medir significa comparar grandezas de mesma natureza e obter uma medida expressa por um número.

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 175 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

alunos cuja proficiência se encontra entre 175 e 225 pontos, representado pelo amarelo-claro, estão no início do desenvolvimento desta competência. eles leem informações em calendários, localizando o dia de um determinado mês e identificam as notas do Sistema Monetário Brasileiro necessárias para pagar uma compra informada.

No intervalo de 225 a 275 pontos os alunos conseguem estimar medida de comprimento usando unidades convencionais e não convencionais. o amarelo-escuro indica o início do desenvolvimento dessa habilidade.

o laranja-claro, 275 a 350 pontos, indica que os alunos com uma proficiência que se encontra neste intervalo já conseguem realizar tarefas mais complexas relativas a esta competência, como, por exemplo, resolver problemas estimando outras medidas de grandezas utilizando unidades convencionais como o litro.

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

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NÚmeROs e OpeRAÇões/ÁLGeBRA e fUNÇões

Como seria a nossa vida sem os nú-meros? em nosso dia a dia, nos de-paramos com eles a todo o momento. várias informações essenciais para a nossa vida social são representadas por números: CPF, rG, conta ban-cária, senhas, número de telefone, número de nossa residência, preços de produtos, calendário, horas, entre tantas outras. Não é por acaso que Pitágoras, um grande filósofo e ma-temático grego (580-500 a.C), elegeu como lema para a sua escola filosófica “tudo é Número”, pois acreditava que o universo era regido pelos números e suas relações e propriedades. este domínio envolve, além do conhecimen-to dos diferentes conjuntos numéricos, as operações e suas aplicações à re-solução de problemas. as operações aritméticas estão sempre presentes em nossas vidas. Quantos cálculos temos que fazer? orçamento do lar, cálculos envolvendo nossa conta bancária, cál-culo de juros, porcentagens, divisão de uma conta em um restaurante, dentre outros. essas são algumas das muitas situações com que nos deparamos em nossas vidas e nas quais precisamos realizar operações.

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0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

conhecer e utilizAr números

as crianças, nos anos iniciais do ensino Fundamental, têm contato com os números e já podem perceber a importância deles na vida cotidiana. Já conhecem a escrita de alguns números e já realizam contagens. Nessa fase da escolaridade, os alunos começam a conhecer os diferentes conjuntos numéricos e a perceber a sua utilização em contextos do cotidiano. entre os conjuntos numéricos estudados estão os naturais e os racionais em sua forma fracionária e decimal. Não podemos nos esquecer de que o domínio de números está sempre relacionado a outros domínios como o das Grandezas e Medidas.

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

alunos que se encontram no intervalo de 100 a 200 pontos, representado pelo amarelo-claro, desen-volveram habilidades básicas relacionadas ao Sistema de Numeração Decimal. Por exemplo, dado um número natural, esses alunos reconhecem o valor posicional dos algarismos, a sua escrita por extenso e a sua composição e decomposição em unidades e dezenas. eles, também, representam e identificam números naturais na reta numérica. além disso, reconhecem a representação decimal de medida de comprimento expressas em centímetros e localizam esses números na reta numérica em uma articulação com os conteúdos de Grandezas e Medidas, dentre outros.

o amarelo-escuro, 200 a 250 pontos, indica que os alunos com proficiência neste intervalo já conseguem elaborar tarefas mais complexas. eles trabalham com a forma polinomial de um número, realizando composições e decomposições de números de até três algarismos, identificando seus valores relativos. Já em relação aos números racionais, reconhecem a representação de uma fração por meio de repre-sentação gráfica.

No laranja-claro, intervalo de 250 a 300 pontos, os alunos percebem que, ao mudar um algarismo de lugar, o número se altera. No que diz respeito a números racionais, eles conseguem transformar uma fração em número decimal e vice-versa. Neste intervalo, aparecem, também, habilidades relacionadas à porcentagem. além de estabelecer a correspondência de 50% de um todo à metade, conseguem comparar números racionais na forma decimal, quando eles têm diferentes partes inteiras.

No intervalo de 300 a 375 pontos, marcado pelo laranja-escuro, os alunos desenvolveram habilidades mais complexas relacionadas a frações equivalentes, conseguindo resolver problemas, identificando mais de uma forma de representar numericamente uma mesma fração. Por exemplo, percebem, com apoio de uma figura, que a fração meio é equivalente a dois quartos.

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0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

reAlizAr e AplicAr operAções

esta competência refere-se às habilidades de cálculo e à capacidade de resolver problemas que envolvem as quatro operações básicas da aritmética. envolve, também, o conhecimento dos algoritmos utilizados para o cálculo dessas operações. além do conhecimento dos algoritmos, esta competência requer a aplicação dos mesmos na resolução de problemas englobando os diferentes conjuntos numéricos, seja em situações específicas da Matemática, seja em contextos do cotidiano.

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

No intervalo representado pelo amarelo-claro, de 100 a 200 pontos, em relação à adição e à subtração, os alunos realizam operações envolvendo números de até três algarismos com reserva. Já em relação à multiplicação, realizam operações com reserva, tendo como multiplicador um número com um alga-rismo. os alunos resolvem problemas utilizando adição, subtração e multiplicação envolvendo, inclusive, o Sistema Monetário.

alunos, cuja proficiência se encontra no intervalo de 200 a 250 pontos, amarelo-escuro, em relação às operações, realizam subtrações mais complexas com quatro algarismos e com reserva. realizam, também, multiplicações com reserva, com multiplicador de até dois algarismos. realizam divisões e resolvem problemas envolvendo divisões exatas com divisor de duas ordens. além disso, resolvem problemas envolvendo duas ou mais operações.

No intervalo representado pelo laranja-claro, de 250 a 300 pontos na escala de proficiência, os alu-nos resolvem problemas envolvendo as diferentes ideias relacionadas à multiplicação em situações contextualizadas, além de realizar cálculo de expressões numéricas utilizando parênteses e colchetes com adição e subtração. também, calculam porcentagens simples (25% e 50%) e resolvem problemas reconhecendo que 50% correspondem à metade.

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TRATAmeNTO dA INfORmAÇÃO

o estudo da estatística, Probabilidade e Combinatória é de fundamental impor-tância nos dias de hoje, tendo em vista a grande quantidade de informações que se apresentam no nosso cotidiano. Na Matemática, alguns conteúdos são extremamente adequados para “tratar a informação”. a estatística, por exem-plo, cuja utilização pelos meios de co-municação tem sido intensa, utiliza-se de gráficos e tabelas. a Combinatória também é utilizada para desenvolver o tratamento da Informação, pois ela nos permite determinar o número de possibilidades para ocorrência de algum acontecimento.

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0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

ler, utilizAr e interpretAr informAções ApresentAdAs em tAbelAs e gráficos

um dos objetivos do ensino do conteúdo tratamento da Informação é propiciar ao aluno o desenvolvimento da competência: ler, utilizar e interpretar informações apresentadas em tabelas e gráficos. esta competência é desenvolvida nos anos iniciais do ensino Fundamental por meio de atividades relacionadas aos interesses das crianças. Por exemplo, ao registrar os resultados de um jogo ou ao anotar resultados de respostas a uma consulta que foi apresentada, elas poderão, utilizando sua própria forma de se expressar, construir representações dos fatos e, pela ação mediadora do professor, essas representações podem ser interpretadas e discutidas. esses debates propiciam novas oportunidades para a aquisição de outros conhecimentos e para o desenvolvimento de habilidades e de atitudes. revistas e jornais também auxiliam o professor na tarefa de proporcionar atividades para os alunos lerem, interpretarem e utilizarem as informações.

os alunos cuja proficiência se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a esta competência.

No intervalo representado pelo amarelo-claro, de 125 e 150 pontos, os alunos leem informações em tabelas de coluna única e extraem informações em gráficos de coluna por meio de contagem.

No intervalo representado pelo amarelo-escuro, de 150 a 200 pontos, os alunos leem informações em tabelas de dupla entrada e interpretam dados num gráfico de colunas por meio da leitura de valores no eixo vertical.

No intervalo representado pelo laranja-claro, de 200 a 250 pontos na escala, os alunos localizam infor-mações e interpretam dados num gráfico de colunas ou barras por meio da leitura de valores no eixo vertical e realizam a leitura de gráficos de setores.

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o pApel dA AvAliAção no ensino de mAtemáticA

as avaliações em larga escala re-alizadas no Brasil recolocaram a

questão das desigualdades escolares no centro dos debates, pois evidencia-ram a distribuição desigual da escolari-zação no país e trouxeram à tona o baixo desempenho dos alunos em várias disciplinas - inclusive em Matemática.

a análise da série histórica do Siste-ma de avaliação da educação Básica (SaeB) de 1995 a 2005, no 9º ano, revela que mais de 1/3 dos alunos apresentou desempenho abaixo do esperado na disciplina em todo o período.

um aspecto que chama a atenção é o aumento da proporção de alunos nessa situação. Considerando os resultados da rede estadual, em 1995, 31% tiveram desempenho abaixo do esperado; em 2005, eles chegavam a 40% do total. a faixa de desempenho esperado para a disciplina no 9º ano foi alcançada por apenas 11% dos alunos em 1995 e 8% em 2005.

Considerando juntos os resultados das redes estadual e municipal, constata-se que quase metade dos alunos matricu-lados em escolas públicas (estaduais: 40% em 2005 e municipais: 49% em 2005) situam-se na faixa abaixo do esperado na escala de Matemática do SaeB.

Se o recorte for o total de alunos que se encontram abaixo do nível cognitivo espe-rado para ano de escolaridade, o resul-tado é mais alarmante: 92% nas escolas estaduais e 94% nas escolas municipais.

esse cenário é, de fato, uma situação preocupante. No entanto, é preciso ter em mente, em primeiro lugar, que esse não é um problema exclusivo do Brasil e do ensino regular. ao con-trário, a fragilidade da aprendizagem em Matemática tem sido motivo para uma série de estudos, pesquisas e re-formas curriculares em várias partes do mundo e em várias modalidades de ensino como na educação de Jovens e adultos (eJa). Pesquisas nacionais e

internacionais destacam que existem alternativas para se reverter as pre-cariedades identificadas.

Currículo: ênfase na resolução de problemas

Na literatura, é possível compilar algumas justificativas que motivaram as reformas curriculares, ocorridas em diversos países (incluindo o Brasil), a partir dos anos 1980:

(1) por se achar que o ensino de Mate-mática tem produzido baixos resultados no desempenho dos alunos;

(2) pelo reconhecimento de que o mundo necessita de alunos com maio-res habilidades no uso de ferramentas matemáticas;

(3) pelos avanços educacionais que passaram a valorizar a aprendizagem coletiva, os conhecimentos prévios dos alunos e a construção do conhecimento pelos alunos.

No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN/MeC) de Matemática, de 1998, e as sucessivas avaliações de livros didáticos do Programa Nacional do livro Didático (PNlD/MeC) são dois importan-tes marcos no campo curricular. ambos foram decisivos para as reformulações nos currículos de Matemática no ensino Fundamental e levaram a uma amplia-ção das áreas de ensino abordadas ao longo do processo de escolarização.

as novas propostas curriculares iden-tificam os conhecimentos matemáticos como meios para se compreender e transformar a realidade. Portanto, o ensino e a aprendizagem devem levar os alunos a fazer observações sistemáticas de aspectos qualitativos e quantitativos da realidade. Devem, também, capacitá--los para selecionar, organizar e produ-zir informações relevantes.

Nesse contexto, a resolução de proble-mas assume papel central no ensino--aprendizagem, ressignificando o que

As novas

propostas

curriculares

identificam os

conhecimentos

matemáticos

como meios para

se compreender

e transformar

a realidade.

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era central para a disciplina. essas linhas seguem recomendações da agenda para a ação do Conselho Na-cional de Professores de Matemática dos estados unidos, divulgadas em 1980 e que, desde então, norteiam mo-dificações curriculares da Matemática escolar em várias partes do mundo.

o documento ressalta a importância dos aspectos sociais, antropológicos e linguísticos, além dos aspectos cogniti-vos – tradicionalmente valorizados nas discussões curriculares. Ganha força, então, a ideia de que a função do ensino (regular e eJa) é construir as compe-tências básicas do cidadão, retirando a ênfase do ensino propedêutico.

ao mesmo tempo, entra em cena uma concepção que rompe com a visão tra-dicional de que a Matemática é uma ciência neutra, acabada, e que seu en-sino deve conduzir à assimilação de um conjunto de normas prescritivas, como um conteúdo autônomo.

Modificam-se, então, os conteúdos a serem transmitidos: tratamento da Informação e Medidas e Grande-zas passam a ser vistos como áreas tão relevantes quanto aquelas mais tradicionais (Números, Álgebra e Geometria). Modifica-se também o entendimento de como o ensino e a aprendizagem devem se dar: os alunos devem ser conduzidos a fazer observações sistemáticas de aspectos qualitativos e quantitativos da realidade, capacitando-os para selecionar, organizar e produzir in-formações relevantes – habilidade fundamental numa sociedade da in-formação, como a nossa. Na eJa, em especial, o ponto de partida para um trabalho sistemático nessa disciplina deve ser o conhecimento matemático que o aluno jovem ou adulto já leva para a escola devido às suas diver-sas práticas sociais, como pegar um ônibus, realizar uma compra, receber um troco etc.

os papéis desempenhados por alunos e professores também se renovam, pois a ênfase recai sobre a construção do conhe-cimento pelo aluno, o trabalho em equipe e a comunicação em sala de aula. o pro-

fessor assume, nesse contexto, o papel de organizador da aprendizagem, enco-rajando os alunos a buscarem soluções para os problemas propostos, valorizando assim seus processos de pensamento e os incentivando a se comunicarem mate-maticamente, envolvendo-os em tarefas ricas e significativas (do ponto de vista intelectual e social).

Fica claro então que a escola, em todos os níveis, não pode se concentrar apenas na transmissão de fatos ou informações. Mais do que isso, cabe a ela promover o desenvolvimento das competências básicas para a cidadania e para a pro-fissão. e isso deve ser extensivo a todos, o que é fundamental para se combater a fragmentação, geradora de desigualda-des. assim, dentre as funções do ensino de Matemática destacam-se ensinar a pensar, abstrair, criticar, avaliar, decidir, inovar, planejar, fazer cálculos aproxima-dos, usar o raciocínio matemático para a compreensão do mundo, dentre outros.

a Matemática deve, ainda, contribuir para que o indivíduo participe do pro-cesso de produção do conhecimento e usufrua dele. o aluno deve ser in-centivado a se adaptar a novas situ-ações, a reconhecer suas habilidades lógico-matemáticas e a empregá-las em situações-problema. Para tanto, é fundamental que a Matemática seja apresentada à criança, ao jovem ou ao adulto como uma ciência aberta e dinâmica.

O efeito das reformas: o que dizem as pesquisas

Pesquisas realizadas no Brasil e em outros países apontam para uma série de resultados positivos obtidos a partir da ênfase na resolução de problemas nos processos de ensino e aprendiza-gem de Matemática.

Creso Franco, Paola Sztajn e Maria Isabel ramalho ortigão analisaram os resultados do Sistema de avaliação da educação Básica (SaeB) de 2001 e verificaram a melhoria do desempenho dos alunos, quando os professores en-fatizavam a resolução de problemas nas aulas de Matemática.

Entra em cena

uma concepção

que rompe com a

visão tradicional

de que a

Matemática é uma

ciência neutra.

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Nos Estados

Unidos,

documentos

oficiais elencam

características

de um ensino

que se pretende

renovador,

identificadas

a partir de

pesquisas

empíricas.

No reino unido, foi realizado um estudo longitudinal em duas escolas que adotam currículos e metodologias de ensino dife-rentes, durante três anos. Na primeira, os alunos trabalhavam em grupos, realizando projetos com duração de três semanas e que envolviam resolução de problemas; perguntavam à professora quando tinham dúvidas (conceitos eram introduzidos quan-do necessário) e as conversas em classe valorizavam os processos de pensamento dos alunos em relação à construção de conceitos. Na outra escola, o currículo de Matemática enfatizava a pesquisa da resposta correta de problemas típicos; os alunos trabalhavam individualmente em atividades que focavam a aplicação de regras e procedimentos.

ao serem expostos a problemas de res-posta aberta, os alunos da primeira escola tiveram mais sucesso do que seus pares e demonstraram ser mais capazes de usar seus conhecimentos, tendiam a usar mé-todos intuitivos em todos os problemas e não se deixavam influenciar pelo contexto.

outras pesquisas qualitativas evidenciam a importância do papel do professor na aprendizagem. Num estudo norte-ame-ricano, elizabeth Fennema e Megan loef Franke acompanharam uma professora durante quatro anos, verificando como ela ajudava os alunos a construir o en-tendimento de conceitos matemáticos e a buscar estratégias para solucionar problemas que envolviam situações co-tidianas. Como resultado, seus alunos se mostraram mais capazes de resolver problemas complexos do que outros alunos de mesmo nível escolar; usavam estratégias de alto nível e adaptavam seus procedimentos para resolver os proble-mas. Demonstravam segurança, tinham uma boa relação com a disciplina e se sentiam encorajados a persistir na busca da solução. em síntese, o estudo mostrou que um professor com uma boa compre-ensão das estruturas matemáticas e do pensamento matemático das crianças tem efeito positivo sobre a aprendizagem.

Nos estados unidos, documentos oficiais elencam características de um ensino que se pretende renovador, identificadas a partir de pesquisas empíricas. algumas delas integram a literatura e documentos brasileiros - como a valorização do co-nhecimento prévio dos alunos, o estímu-

lo ao engajamento de toda a classe nas atividades e a ampliação dos conteúdos ensinados, aproximando-os da vida. o papel do professor no sentido de ajudar o aluno a desenvolver a autoconfiança também foi citado.

esses estudos apontam caminhos, porém, mudar o ensino não é algo simples. Muitas vezes, os professores modificam algumas atividades, mas mantêm práticas tradicionais de ex-posição e abordagem dos conteúdos. também ocorrem situações em que os docentes adotam práticas que condu-zem os alunos à resolução de proble-mas, mas não possibilitam que eles discutam e confrontem suas soluções.

em alguns casos, os professores se sen-tem menos capazes de trabalhar com a agenda da reforma, por acreditarem que os alunos aprendem mais com o ensino tradicional. também existe a concepção de que, como os alunos pertencem a famílias menos abastadas, não neces-sitam de conhecimentos supostamen-te sofisticados.

o aluno, por sua vez, é o personagem principal no processo de ensino e apren-dizagem. Sem ele não há sentido no ensino propriamente dito. Mas, com o frenético avanço tecnológico, muitos jo-vens perderam o interesse naquilo que a escola tem a lhes oferecer, o que reforça a necessidade de uma profunda renovação das estratégias adotadas em sala de aula tanto do ensino regular, como em outras modalidades como a eJa.

Nesse cenário, uma boa apropriação dos resultados das avaliações pode ajudar muito.

Da avaliação à sala de aula

No Brasil, existe uma preocupação para que os resultados obtidos pelos alunos nas avaliações cheguem até os seus professores. Para que isso ocorra, normalmente, são elaborados boletins pedagógicos, que oferecem vários tipos de dados e informações aos professores: desde o número de alunos que participaram da avaliação até indicadores educacionais, médias obtidas nas provas e a distribuição per-

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A avaliação, bem

interpretada, é um

instrumento rico

e relevante para

o planejamento

de ações capazes

de melhorar a

aprendizagem.

centual dos alunos ao longo da escala utilizada.

No entanto, nem sempre é fácil com-preender e interpretar esses boletins, levando ao surgimento de dúvidas e questionamentos. uma delas diz res-peito aos resultados dos alunos. Nesse âmbito, é importante que o professor saiba que a compreensão desses, passa, necessariamente, pela com-preensão da escala de desempenho de Matemática, construída com base na teoria da resposta ao Item (trI).

uma escala de proficiência serve para ordenar o desempenho dos alunos do menor para o maior em um continuum e são cumulativas, explicam ligia Gomes elliot, Nilma Santos Fontanive e ruben Klein. Desse modo, se o desempenho de um grupo (ou escola) está situado numa determinada faixa, significa que ele domina as habilidades descritas nela e nos níveis anteriores.

É importante ter clareza de que toda es-cala resulta de uma construção humana. e, de forma análoga ao que ocorre com a escala de temperatura corporal medida pelo termômetro, as escalas usadas nas avaliações educacionais também atribuem valores numéricos ao desempenho dos alu-nos, posicionando-os de acordo com suas habilidades demonstradas nos testes. Na análise de uma escala, temos que consi-derar dois aspectos importantes: cumu-latividade e ordenamento. Quanto maior o ponto da escala, melhor o desempenho.

as escalas das avaliações em larga escala são diferentes daquelas que os professores utilizam em sala de aula – 0 a 10 ou de 0 a 100. No Brasil, as escalas de proficiência das avaliações externas geralmente são compatíveis com a escala do SaeB, variando no intervalo de 0 a 500.

outro ponto importante para a compre-ensão da escala é o entendimento dos significados dos seus números: ou seja, a sua interpretação pedagógica – o que é possibilitado por meio do confronto dos resultados com as descrições de habilidades e competências estabele-cidas nas matrizes de referência.

Finalmente, os professores devem aten-tar à distribuição dos alunos ao longo dos

níveis da escala, o que permite perceber a proporção de alunos nos distintos níveis de proficiência. a avaliação, bem interpre-tada, é, portanto, um instrumento rico e relevante para o planejamento de ações capazes de melhorar a aprendizagem.

Não existe uma resposta ou uma alter-nativa única, contudo, coletivamente, os professores podem encontrar novos ca-minhos. Para isso, é necessária a criação, na escola, de espaços que envolvam os professores em discussões e reflexões acerca da avaliação e do trabalho escolar, em especial, o ensino e a aprendizagem de Matemática.

Considerações finais

É importante enfatizar que a melhoria da aprendizagem perpassa necessa-riamente a formação do professor, a qual não deve se centrar apenas em as-pectos curriculares; também é preciso discutir as relações entre a educação e as desigualdades sociais, estimulando a reflexão sobre a rede de fatores que, direta ou indiretamente, influencia os resultados obtidos pelos alunos.

também é importante manter um olhar positivo para os docentes e o ensino de Matemática tendo em vista uma educa-ção pública de qualidade, em que todos aprendam e avancem nos estudos. Por isso, a escola precisa estimular o aluno a lidar com as diferentes linguagens mate-máticas, a pensar matematicamente e a transitar entre as subáreas da Matemática escolar.

o trabalho com problemas precisa também estimular o aluno a ler e a conversar com seus colegas sobre o que entendem dos dados e das infor-mações contidas no enunciado. este trabalho demanda uma atenção espe-cial por parte do professor no sentido de auxiliar seus alunos a traçarem previamente um plano de resolução. É importante que todos tenham clareza de que equacionar um problema é uma das etapas do processo de resolução.

essas ações em conjunto, embora não ocorram em um curto espaço de tempo, podem promover melhorias significativas no processo de ensino e aprendizagem em Matemática.

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pAdrões de desempenho estudAntil

Para uma escola ser considerada eficaz, ou seja, para fazer a dife-

rença na vida de seus usuários, ela deve proporcionar altos padrões de aprendi-zagem a todos, independente de suas características individuais, familiares e sociais. Se apenas um grupo privilegia-do consegue aprender com qualidade o que é ensinado, aumentam-se as desi-gualdades intraescolares e, como con-sequência, elevam-se os indicadores de repetência, evasão e abandono escolar. Na verdade, criam-se mais injustiças. esse é um cenário que, certamente, nenhum professor gostaria de ver em nenhuma escola.

o desempenho escolar de qualidade implica, necessariamente, a realização dos objetivos de ensino propostos. os padrões de desempenho estudan-til, nesse sentido, são balizadores dos diferentes graus de realização educacional alcançados pela escola. Por meio deles é possível analisar a distância de aprendizagem entre o percentual de alunos que se encontra nos níveis mais altos de desempenho e aqueles que estão nos níveis mais baixos. a distância entre esses extre-mos representa, ainda que de forma alegórica, o abismo existente entre aqueles que têm grandes chances de sucesso escolar e, consequentemente, maiores possibilidades de acesso aos bens materiais, culturais e sociais; e aqueles para os quais o fracasso es-colar e a exclusão social podem ser mera questão de tempo, caso a escola não reaja e promova ações com vistas à promoção da equidade. Para cada padrão, são apresentados exemplos de item* do teste do SaDeaM.

*o percentual de brancos e nulos não está contemplado nesses exemplos.

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as habilidades matemáticas caracte-rísticas deste padrão de desempenho são muito elementares e se relacio-nam diretamente com conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles entrarem para a escola.

as habilidades cognitivas relativas ao campo geométrico começam a se desenvolver a partir do momento em que os alunos começam a ver, sentir e movimentar-se no espaço que ocu-pam. eles, por exemplo, reconhecem a forma do círculo e localizam objetos em um referencial de malha quadri-culada a partir de suas coordenadas. Percebemos, ainda neste padrão, que esses alunos determinam a medida da área de uma figura poligonal cons-truída sobre uma malha quadriculada, demonstrando, também, coordenar as ações de contar.

No campo numérico, o ganho é maior em relação aos outros temas, eles demonstram mobilizar conhecimentos para resolver problemas com números naturais de até dois algarismos, envol-vendo significados de juntar da adição em diversos contextos sociais.

ABAIxO dO BÁsICO

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Até 150 pontos

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(M050429A9) Veja abaixo a folha quadriculada que Paulo recebeu com alguns desenhos.

Em qual quadradinho está o ?A) F3B) G4C) H1D) I5

este item avalia a habilidade de os alunos identificarem a localização de objetos em uma representação gráfi-ca envolvendo duas referências, uma horizontal e outra vertical.

Para resolver esse item, os alunos devem observar um referencial quadri-culado com cinco linhas – nomeadas e, F, G, h e I – e cinco colunas – numera-das de 1 a 5. em seguida, perceber que há nesse retângulo 4 desenhos e que a tarefa solicitada pelo comando seria identificar a localização do coração, cruzando a linha I com a coluna 5. Nota--se que 78% dos alunos assinalaram a alternativa correta D, demonstrando ter desenvolvido a habilidade avaliada.

um percentual pequeno dos alunos assinalaram as alternativas a (4,5%), B(4,5%) ou C (8,5%), provavelmente, por não ter se apropriado do contexto do item.

espera-se que, ao final dessa etapa de escolarização, os alunos sejam capazes de identificar a localização de objeto em mapas, croquis e outras re-presentações gráficas, até mesmo em referenciais de malha quadriculada, a partir de suas coordenadas.

A 4,5%

B 4,5%

C 8,5%

D 78,0%

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Neste padrão, as habilidades mate-máticas que mais se evidenciam são as relativas aos significados atribuídos aos números naturais, seja em um contexto social ou escolar. os alu-nos que se encontram neste padrão demonstram reconhecer e utilizar características do sistema de nume-ração decimal, tais como princípio do valor posicional, escrita por extenso de números e sua composição ou decom-posição em dezenas e unidades. eles, também, identificam na reta numérica esses números. além de compreender o significado dos algoritmos da adi-ção e subtração de números de até quatro algarismos e da multiplicação com número de um algarismo, esses alunos resolvem problemas envolven-do os diferentes significados da adição e subtração, estabelecendo relação entre diferentes unidades monetárias.

No campo geométrico, eles reconhe-cem um número maior de figuras geométricas bidimensionais, além de identificar a localização e movimen-tação de objetos em representações do espaço, tomando como referência a própria posição. o ganho é relati-vamente pequeno em relação ao pa-drão anterior.

Percebemos que, neste padrão, as ha-bilidades matemáticas relativas à lite-racia estatística começam a aparecer. o aluno começa a ler informações em tabelas de dupla entrada e interpretar informações explícitas em um gráfico de colunas. essa leitura é muitas vezes caracterizada pela percepção da altura da coluna, embora já se constate a lei-tura de valores no eixo vertical. Cabe ressaltar que a leitura de informações, neste padrão, quer seja em tabelas ou em gráficos de colunas, não requer ne-cessariamente que haja a compreensão da relação entre dados e informações.

as habilidades pertinentes ao campo Grandezas e Medidas também apare-cem neste padrão demonstrando que os alunos compreendem o procedimento para medir o comprimento de um obje-to com a utilização da régua graduada e relacionam metros com centímetros. eles também conseguem ler horas e minutos em relógio digital, mas ainda têm dificuldades em fazê-lo no caso de relógio de ponteiros. reconhecem a duração de um intervalo de tempo, e sabem relacionar dias e semanas e horas e minutos. também conseguem reconhecer as cédulas do sistema mo-netário nacional que representam uma quantia de dinheiro inteiro, sem centavos.

BÁsICO

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De 150 A 200 pontos

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(M050417A9) O gráfico abaixo mostra o resultado da pesquisa sobre os animais de estimação preferidos dos alunos da classe de Joana.

Quais animais empataram na preferência desses alunos?A) Cachorro e gato.B) Cachorro e passarinho.C) Passarinho e peixe.D) Peixe e tartaruga.

este item avalia a habilidade de os alu-nos lerem e interpretarem informações e dados apresentados em um gráfico de colunas.

Para resolver este item, os alunos devem interpretar no gráfico a quantidade de votos recebida por cada animal em uma pesquisa. Primeiramente eles devem identificar, no eixo horizontal, as 5 colunas que representam os ani-mais e, no eixo vertical, os números de zero a cinquenta, pontuados de dez em dez. em seguida, devem identificar as duas colunas que têm a mesma altura, relacionando-as aos animais associados a elas, no caso, o passarinho e o peixe. os alunos que assinalaram a alternativa C (45,0%) conseguiram interpretar cor-retamente o gráfico, demonstrando que já desenvolveram a habilidade avaliada.

os alunos que marcaram a alternati-va a (33,6%) devem ter considerado,

principalmente, o trecho do enunciado “animais de estimação preferidos”, não atentando-se que o comando solicita que sejam indicados os animais que empatam na preferência dos alunos.

a escolha das alternativas B (9,1%) ou D (7,7%) parece sugerir que os alunos foram atraídos pela alternativa que indica as duas primeiras ou as duas últimas colunas do gráfico.

o tratamento da Informação contribui para o desenvolvimento da leitura e in-terpretação crítica de fatos do cotidia-no, por meio de dados e informações apresentados em tabelas e gráficos. É importante que, no estudo estatístico, os alunos, além de voltarem-se para a reflexão e o questionamento, rela-cionem esse aprendizado às questões do meio social, que são significantes para o exercício da cidadania.

A 33,6%

B 9,1%

C 45,0%

D 7,7%

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(M050620A9) Resolva a conta abaixo.

820 x 3

O resultado dessa conta éA) 240B) 246C) 2 400D) 2 460

este item avalia a habilidade de os alunos calcularem o resultado de uma multiplicação de números naturais.

Para resolver este item, os alunos devem utilizar o algoritmo da multi-plicação para encontrar o produto de um número de três algarismos por um número de um algarismo. Não existe reserva envolvida nessa operação. os alunos que optaram pela alternativa D (72,3%) realizaram corretamente a operação, demonstrando que já desen-volveram a habilidade avaliada.

os alunos que assinalaram a alternativa C (10,5%) parecem não ter se atentado o suficiente para o enunciado e efetua-ram a multiplicação desconsiderando o 2 na ordem das dezenas, fazendo 800 x 3 = 2 400. os demais alunos que as-sinalaram as alternativas a (6,8%) e B (6,4%) demonstram não reconhecer a ação operatória da multiplicação.

É imprescindível que, ao final do 5º ano, os alunos tenham compreensão sobre os princípios matemáticos relaciona-dos aos procedimentos envolvidos no algoritmo da multiplicação, de forma a atribuírem significado a esse con-ceito. entender o processo operatório e ser capaz de resolver as operações estruturadas no algoritmo é uma habi-lidade indispensável para a resolução de problemas.

A 6,8%

B 6,4%

C 10,5%

D 73,2%

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(M04183CD) No número 74 532, o algarismo 5 representa A) 5 dezenas.B) 5 centenas.C) 5 unidades de milhar.D) 5 centenas de milhar.

este item avalia a habilidade de os alunos reconhecerem e utilizarem características do sistema de nume-ração decimal, no caso, o princípio do valor posicional.

Para resolver este item, os alunos devem, inicialmente, conhecer as or-dens que compõem o número dado: unidades, dezenas, centenas, unida-des de milhar e dezenas de milhar. a partir desse conceito, os alunos podem perceber que o algarismo 5 represen-ta a ordem das centenas, ou seja, ele representa 5 centenas. a alternativa correta foi assinalada por 31,5% dos alunos avaliados que demonstraram ter consolidado a habilidade avaliada.

os alunos que optaram pela alterna-tiva a (17,3%), C (24,4%) ou D (16,8%), possivelmente, não dominam, ainda, a habilidade avaliada ou fizeram uma leitura incorreta do número.

espera-se que nesse nível de ensino, os alunos demonstrem compreensão da estrutura do sistema de numeração decimal, sendo capazes de reconhecer, pelo menos, as cinco ou seis primeiras ordens de um número.

A 17,3%

B 31,5%

C 24,4%

D 16,8%

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o salto cognitivo que se percebe neste padrão em relação aos anteriores é o relativo ao campo Numérico que atin-ge o conjunto dos números racionais. Neste padrão, os alunos demonstram habilidade em lidar com significado de fração e resolvem problemas envolven-do subtração de números decimais, além de demonstrarem uma maior compreensão das ações operatórias envolvendo o algoritmo da divisão e da multiplicação de números de até dois algarismos. esses alunos ainda identificam a decomposição de nú-meros em sua forma polinomial e reconhecem a lei de formação de uma sequência numérica.

Percebemos neste padrão que há uma maior expansão do conhecimento ma-temático necessário à série, tanto no que tange à ampliação do leque de habilidades relativa à resolução de problemas, quanto na complexidade que exige do aluno um melhor de-sempenho ao lidar com o sistema de numeração decimal.

Consolida-se também a habilidade de interpretar dados em um gráfico de colunas por meio da leitura de valores no eixo vertical e a capaci-dade para resolver problemas que envolvem a interpretação de dados apresentados em gráficos de bar-ras ou em tabelas. além disso, são capazes de localizar informações em gráficos de colunas duplas e ler gráficos de setores.

os alunos conseguem estimar uma medida de comprimento usando uni-dades convencionais e não convencio-nais, como o pé, por exemplo. Sabem, também, determinar a medida do com-primento do contorno de uma figura poligonal desenhada em malha quadri-culada, mas não reconhecem ainda o significado da palavra perímetro.

em figuras poligonais desenhadas em uma malha quadriculada, os alu-nos conseguem comparar suas áreas, bem como determinar a sua medida, pela contagem de quadradinhos. Já conseguem ler horas e minutos em relógio de ponteiros, desde que sejam horas cheias e/ou meia hora. assim como no nível anterior, sabem relacionar dias e semanas e horas e minutos, mas avançam para outras unidades, como meses, trimestres e ano, e sabem, também, efetuar cálculos simples com essas unidades de medida de tempo. Determinam o intervalo de tempo transcorrido entre dois instan-tes, mas somente com horas inteiras, sem realizar transformação de unida-des. além de reconhecer as cédulas do sistema monetário nacional, neste nível, os alunos conseguem estabele-cer trocas de cédulas e moedas com valores monetários pequenos.

No campo Geométrico, eles identifi-cam figuras planas pelos lados e pelo ângulo reto, além de diferenciar, entre os diversos sólidos, os que têm super-fícies arredondadas.

pROfICIeNTe

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De 200 A 250 pontos

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(M050094A9) Um pessegueiro produz mais frutos no período que vai do mês de maio até o mês de outubro.Durante quantos meses do ano esse pessegueiro dá mais frutos?A) 8B) 6C) 4D) 2

este item avalia a habilidade de os alunos estabelecerem relação entre o início e o término de um evento e seu intervalo de duração.

Para resolver este item, primeiramen-te, os alunos devem apresentar o co-nhecimento prévio dos meses que com-põem o ano. em seguida, eles devem fazer uma leitura atenta do enunciado e, na sequencia, perceber que o período que vai de maio a outubro (maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro) con-siste em 6 meses. a alternativa correta, B, foi assinalada por 45,4% dos alunos avaliados, que demonstraram ter con-solidado essa habilidade.

os alunos que optaram pela alterna-tiva a (21,3%), possivelmente, deram como resposta a quantidade de meses correspondente ao período de outubro a maio. Já os alunos que optaram pela alternativa C (17,9%) devem ter des-considerado, na contagem, os meses de maio e outubro. os demais alunos que assinalaram a alternativa D (6,3%), provavelmente, não fizeram uma leitu-ra atenta do enunciado e marcaram a opção que indica apenas os meses de maio e outubro.

Problemas envolvendo unidades de medida de tempo são comuns no coti-diano dos alunos, por isso devem ser trabalhados desde os anos iniciais. espera-se, que nessa etapa de esco-larização, esses alunos sejam capazes de resolver problemas que envolvam essa habilidade.

A 21,3%

B 45,4%

C 17,9%

D 6,3%

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(M050594A9) Roberto trocou uma nota de 10 reais por moedas de 25 centavos.Quantas moedas ele recebeu em troca dessa nota?A) 40B) 35C) 25D) 10

este item avalia a habilidade de os alu-nos estabelecerem trocas entre cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasi-leiro em função de seus valores.

Para resolver este item, mais do que simplesmente reconhecer os valores das moedas, é preciso que os alunos sejam capazes, também, de estabelecer a correspondência entre os valores de uma nota de 10 reais e de uma moeda de 25 centavos. uma solução é que eles reconheçam, por exemplo, que 1 real equivale a 4 moedas de 25 centavos e, em seguida, usando a proporcionali-dade, inferir que 10 reais equivalem, então, a 10 X 4 = 40 moedas de 25 centavos. a alternativa correta, a, foi assinalada por 53,1% dos alunos avalia-dos, que demonstraram ter consolidado essa habilidade.

os alunos que marcaram a alternativa B (18,4%), possivelmente, não se apro-priaram corretamente do enunciado e deram como resposta a soma dos valo-res utilizados no enunciado. os demais alunos que assinalaram as alternativas C (14%) ou D (8,7%), possivelmente, ainda, não desenvolveram a habilidade avaliada pelo item e repetiram o valor da nota e da moeda citadas no enun-ciado respectivamente.

resolver problemas envolvendo tro-cas de cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro é uma habilidade que está diretamente relacionada com o cotidiano dos alunos, por isso é espe-rado que, nessa etapa da escolarização, esses alunos já possam lidar com si-tuações que envolvam essa habilidade.

A 53,1%

B 18,4%

C 14,0%

D 8,7%

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as habilidades matemáticas caracterís-ticas deste padrão exigem dos alunos um raciocínio numérico e geométrico mais avançado para a resolução de pro-blemas. eles diferenciam poliedros de corpos redondos, identificam a planifi-cação do bloco retangular, reconhecem alguns elementos da circunferência, diferenciam os tipos de ângulos; além de localizar números inteiros na reta numérica, identificam as diferentes re-presentações de um número racional, resolvem problemas envolvendo porcen-tagem ou as operações fundamentais em diversos contextos sociais, calculam o valor de uma expressão numérica en-volvendo números inteiros e decimais, inclusive potenciação.

Neste padrão de desempenho da escala de proficiência, há um salto qualitativo relevante: os alunos desenvolveram a capacidade de reconhecer o gráfico de colunas correspondente a dados apresentados de forma textual. tam-bém estabeleceram uma correspon-dência entre um gráfico de colunas e um gráfico de setores, quando ambos expressam os mesmos dados e as mesmas informações. Neste padrão, já há uma compreensão da relação entre dados e informações. No que se refere às tabelas de dupla entrada, a habilidade de interpretar os dados com as informações que satisfazem simul-taneamente às duas condições também está presente na escala.

Percebemos também que os alunos já conseguem atribuir significado para a palavra perímetro, bem como deter-minar a medida do perímetro de uma figura poligonal desenhada em malha quadriculada, formada pela composição de quadrados. Conseguem realizar a conversão entre metros e quilômetros, além de realizar cálculos simples en-volvendo essas unidades de medida de comprimento. além de determinar a medida da área de figuras poligonais desenhadas em uma malha quadricu-lada, como no nível anterior, os alunos atribuem sentido ao metro quadrado, como uma unidade de medida de área.

No trabalho com a grandeza ‘capa-cidade’, os alunos deste nível conse-guem estabelecer relações entre litro e mililitro, além de realizar estimativas utilizando o litro como unidade.

em relação ao nível anterior, avançam na habilidade de ler horas e minutos em relógio de ponteiros em situações mais complexas, tais como 8 horas e 50 minutos. além de identificar intervalos de tempo em situações mais comple-xas, os alunos efetuam operações com horas e minutos, fazendo a redução de minutos em horas. Identificam a repre-sentação numérica de medida de tem-peratura (°C) e conseguem relacionar as unidades de medida de massa grama e quilograma.

AvANÇAdO

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AcimA De 250 pontos

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(M050211A9) Luíza comprou um pote de achocolatado de 400 gramas e gastou 25% dele para fazer um bolo.Quantos gramas desse achocolatado ela gastou para fazer esse bolo?A) 100B) 300 C) 375D) 425

o item avalia a habilidade de os alunos resolverem problemas envolvendo no-ções de porcentagem.

Para resolver este item, os alunos devem saber relacionar as porcenta-gens 25%, 50% e 100%, percebendo que o total representa 100%, que 50% representa a metade do todo e 25% é a quarta parte do total, ou ainda, metade de 50%. a partir daí, os alunos conse-guem identificar que 50% do pote de achocolatado equivale a 200 gramas e consequentemente a porcentagem que luíza gastou (25%) equivale a 100 g de achocolatado. a alternativa correta, a, foi assinalada por 20,3% dos alunos avaliados que demonstraram ter de-senvolvido a habilidade.

os alunos que marcaram a alternativa B (11,8%), possivelmente, identificaram os 25% de 400, mas deram como res-posta a diferença entre 400 e o valor encontrado. Já os alunos que opta-ram pelas alternativas C (37,7%) ou D (21,7%), possivelmente, ainda, não desenvolveram a habilidade de operar com porcentagem e deram como res-posta a diferença e a soma, respectiva-mente, entre os valores 400 e 25.

espera-se que, nessa etapa de esco-larização, os alunos já sejam capazes de resolver problemas envolvendo o conceito de porcentagem, utilizando os percentuais 25%, 50% e 100% como partes conhecidas do todo.

A 20,3%

B 11,8%

C 37,7%

D 21,7%

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(M04216MG) Para fazer um bolo, vovó Lili gasta 21 kg de farinha de trigo.

Essa quantidade corresponde aA) 0,5 kgB) 5,0 kgC) 0,05 kgD) 0,005 kg

este item avalia a habilidade de os alu-nos identificarem diferentes represen-tações de um mesmo número racional.

Para resolver este item, os alunos devem fazer a correspondência entre as representações fracionária e decimal de um número racional. uma estra-tégia seria transformar a fração dada em uma fração decimal e, em seguida, escrevê-la na forma de um número de-cimal, ou seja, ,

21

105 0 5= = . uma outra

possibilidade seria efetuar diretamente a divisão, obtendo 1 2=0,5 . a alternati-va correta foi assinalada por 30,9% dos alunos avaliados, que demonstraram ter consolidado essa habilidade.

os alunos que marcaram a alternativa B (39,7%), possivelmente, erraram ao efetuar a divisão de 1 por 2, fazendo 1+2=5. as demais alternativas foram assinaladas pelos alunos que, possi-velmente, ainda, não desenvolveram a habilidade de efetuar divisões não exatas ou não se apropriaram corre-tamente do enunciado.

os alunos capazes de identificar dife-rentes representações de um número racional, ao relacionarem os conceitos de divisão, fração e porcentagem, são estimulados a compreender as diver-sas estratégias para a resolução de um mesmo problema.

A 30,9%

B 39,7%

C 12,4%

D 8,2%

'

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(M050040B1) A medida do lado de cada quadradinho da malha quadriculada apresentada a seguir é 1 cm.

Qual é a medida da área da parte sombreada?A) 3 cm2

B) 5 cm2

C) 6 cm2

D) 9 cm2

este item avalia a habilidade de os alunos resolverem problemas envol-vendo o cálculo de área de figuras planas, neste caso, com o apoio de malha quadriculada.

Para resolver este item, os alunos devem, inicialmente, conhecer a noção primitiva do cálculo de área, como a comparação entre uma superfície e a unidade de medida utilizada, ou seja, é preciso saber quantas vezes a unidade de medida em questão “cabe” na super-fície analisada e, com o apoio da malha quadriculada, efetuar essa contagem. Cabe ressaltar, porém, que os alunos devem observar a existência de qua-dradinhos fracionados e, ainda, devem perceber que a área de dois triângulos coloridos de cinza equivale à metade da área do quadradinho todo e, conse-quentemente, que a parte fracionada colorida de cinza equivale à área de 1 quadradinho inteiro. a partir daí, devem contar os quadradinhos inteiros - 4 - obtendo uma área total equivalente a 5

quadradinhos e, como o lado de cada um mede 1 cm, a medida da área procurada seria 5 cm². a alternativa correta foi as-sinalada por 32,1% dos alunos avaliados que demonstraram ter consolidado a habilidade avaliada.

o percentual considerável dos alunos que assinalou a alternativa a (32,1%) parece ter confundido a parte sombre-ada com a parte branca, e, ainda, des-prezaram os quadradinhos fracionados, contando apenas 3 quadradinhos. Já os alunos que assinalaram a alternativa C (23,8%) parecem ter contado como inteiros os quadradinhos fracionados. os alunos que assinalaram a alterna-tiva D (8,8%) parecem ter considerado a área total da malha.

a vivência de situações envolvendo medidas de superfície é bastante útil para que os alunos saibam diferenciar as grandezas perímetro e área, com-preendendo o processo de medição de cada uma delas.

A 32,1%

B 32,1%

C 23,8%

D 8,8%

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Governo estipula metas a partir de avaliação

com A pAlAvrA, o professor

incentivos pArA A educAção

Antonio pinheiro do nascimentoprofessor de matemática

antonio Pinheiro do Nascimento, licenciado em Matemática, comple-

tou 28 anos como docente. ele revela que, a princípio, se tornou professor, pois era sua única opção: “no município onde eu morava só tinha magistério”.

atuando em dez turmas com aproxima-damente 240 alunos, ele assegura que a função da escola na atualidade é suprir a falta de apoio dos pais e responsáveis, oferecendo “formação ao cidadão em todos os seus segmentos”, uma vez que a família tem estado afastada desse propósito.

Resultados e benefícios

o professor acredita que os resultados das avaliações externas beneficiam as escolas, à medida que possibilitam a elaboração de um plano de interven-ção pedagógica. em sua opinião, é preciso que a escola ofereça condi-

ções práticas de implementação das ações planejadas.

Nesse sentido, ele ressalta a impor-tância da análise e interpretação dos resultados para que o professor, com o apoio da gestão escolar, possa melho-rar as deficiências apontadas.

ele acredita que a metodologia utilizada na elaboração de testes de múltipla es-colha é útil em sala de aula. De acordo com ele, o processo avaliativo de múl-tipla escolha ajuda a entender melhor a forma como o aluno constrói seu raciocínio para responder à questão.

antonio conta que o governo propõe uma meta baseada no programa avaliativo, pela qual, com base na escala de proficiência, verifica-se o desempenho dos alunos sobre o que está sendo ensinado. “o governo ofe-rece incentivo de décimo quarto e décimo quinto salário para a escola”, informa.

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A consolidação de uma escola de qualidade

é uma exigência social. A aprendizagem

de todos no tempo e idade certos é um

dever dos governos democráticos.

Para tanto, as unidades escolares devem ser

autônomas, capazes de planejar e executar

seus projetos com o objetivo de garantir

a aprendizagem dos alunos. Tanto mais

eficazes serão as ações desenvolvidas pelas

escolas quanto mais informações acerca

de si próprias elas tiverem à disposição.

Nesse contexto, a avaliação se insere

como forte instrumento provedor de dados

sobre a realidade educacional. Portanto,

os resultados apresentados nesta revista,

para atingir o fim a que se destinam, devem

ser socializados, estudados, analisados e

debatidos à exaustão em suas múltiplas

possibilidades de uso pedagógico. Temos

certeza que isso já está acontecendo

em todas as escolas do Amazonas.

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Ficha Catalográfica

VOLUME 3 – MATEMÁTICA – Anos Iniciais do Ensino Fundamental - EJAAMAZONAS. Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino. SADEAM – 2011 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculda-de de Educação, CAEd. v. 3 (jan/dez. 2011), Juiz de Fora, 2011 – Anual

CARLOS, Pablo Rafael de Oliveira; COELHO, Janaína Aparecida Ponte; CUNHA, Cecilia Cavedagne; MORAES, Tatiane Gonçalves de (co-ord.); OLIVEIRA, Lina Kátia Mesquita; PAULA, Luciara Alves de; PEREIRA, Bruno Rinco Dutra; TINOCO, Dayane Cristina Rocha; ZAGNO-LI, Tiago de Paula.

Conteúdo: Anos Iniciais do Ensino Fundamental – EJA – Matemática

ISSN 2238-0264CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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REVISTA PEDAGÓGICAMATEMÁTICA - ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - EJA 2011

SeçõeSA importância dos resultados

A escala de proficiência

Padrões de desempenho estudantil

O trabalho continua

ISSN 2238-0264