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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE PONTE DE LIMA

Projeto Curricular de Estabelecimento - Creche e Jardim de Infância

1 Rua General Norton de Matos, 502

4990-118 Ponte de Lima

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Projeto Curricular de Estabelecimento

“SABER SER,

SABER ESTAR”

Triénio 2014/2017





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As equipas pedagógicas das valências Creche e Jardim-de-Infância

Cristina Miranda Conceição Redondo

Cristina Sá Elsa Machado

Felisbela Alves Gorete Pereira

Margarida Carneiro Irina Lima

Nadège Meireles Mª das Dores Serrenho





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ÍNDICE

PÁG.

Introdução 3

I-Caracterização do meio 4

II-Caracterização da Instituição 8

III-Objetivos para a Creche e Jardim de Infância 11

IV-Diagnóstico e Plano de Ação: Identificação do problema / Fundamentação

para a escolha do tema / Finalidades do projeto 14

V- Previsão de Procedimentos de Avaliação 17

Nota final 18

Bibliografia 19

Anexos 20





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INTRODUÇÃO

Este Projeto Curricular de Estabelecimento foi elaborado pela equipa educativa

das valências creche e jardim-de-infância da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de

Lima, de modo a ser o meio propulsor das práticas pedagógicas a serem praticadas nesta

instituição.

Sendo elaborado para o triénio 2014-2017, este projeto pretende auxiliar crianças,

educadoras, ajudantes da ação educativa e pais nas suas atitudes diárias para

proporcionar um ambiente educativo, baseado em aprendizagens lúdicas, mas rodeado

de civismo.

Pretende-se deste modo, após ter sido diagnosticado na avaliação final do projeto

“aprender a brincar” a dificuldade de ouvir e respeitar o outro, que as crianças e adultos

descubram a importância de saber ser para saber estar, isto é, só num ambiente educado,

harmonioso, tranquilo e unido se poderá viver de forma salutar, com uma tomada

crescente da consciencialização de valores fundamentais para a boa convivência entre

todos os membros que compõem a nossa comunidade educativa.





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I - CARACTERIZAÇÃO DO MEIO

A Vila de Ponte de Lima caracteriza-se essencialmente por ser uma zona de forte

impacto turístico, um concelho com uma grande riqueza patrimonial, quer arquitetónico,

quer arqueológico, quer paisagista.

O Concelho de Ponte de Lima é um dos 10 Concelhos que integram o distrito de

Viana do Castelo, região denominada por Alto Minho, ocupando uma posição central

do Vale do Lima. Estende-se numa área de 321 Km2, constituída por 39 freguesias e

com uma população 43498 habitantes, sendo a sua disposição bastante dispersa.

Pela sua posição geográfica beneficia de um importante nó de comunicação

rodoviário, proximidade de infra estruturas portuárias (Viana do Castelo, Leixões e

Vigo) e aeroportos de Porto e Vigo.

Banhada pelo rio lima, a vila encontra-se delimitada a norte pelos Concelhos de

Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Arcos de Valdevez; a sul pelo Concelho de

Barcelos; a nascente pelo Concelho de Vila Verde, Ponte da Barca e parte de Arcos de

Valdevez e a poente pelos Concelhos de Viana do Castelo e Caminha.

Com uma base economia pouco diversificada tem algum destaque o sector

secundário - Industrias. A agricultura, pesca e pecuária (sector primário) apresentam-se

apenas como atividades de subsistência.

O comércio (sector terciário) tem ganho alguma importância não só com a

continuidade do comércio tradicional bem como o aparecimento de vários

hipermercados.

A atividade turística revela-se em vários níveis: aumento de oferta de emprego e

dinamização de atividades complementares como o comércio e restauração, o qual tem

contribuído para o melhoramento do património histórico e cultural, com ajuda de

algumas infra estruturas de apoio, como o campo de golfe, o centro hípico, clube

náutico, clube de ténis, pavilhão desportivo municipal, piscinas municipais, campo de





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futebol, minis campos de futebol, clube de caça e pesca, entre outros proporcionando a

pratica de diversos desportos.

Verifica-se a existência de locais importantes para a conservação da natureza, as

praias fluviais, percursos pedestres, as eco vias, os miradouros, as lagoas de Bertiandes

e de S. Pedro de Arcos, o Festival de Jardins, Jardim do Arnado, entre muitos outros

que contribuem para a prática de desportos, proporcionando o convívio, o lazer e o

descanso entre a população e os turistas que visitam o concelho.

A nível turístico podemos também acrescentar vários lugares de culto, paisagens e

edifícios/monumentos que os que nos visitam poderão apreciar, as Pontes Romana e

Medieval, a Torre de São Paulo, o Solar de Bertiandos, o Paço de Calheiros, a Capela

do Anjo da Guarda, a Igreja da Misericórdia, a Torre Velha (cadeia), a Mesa dos 4

Abades, entre muitos outros lugares.

É ainda de realçar a importância dos "Caminhos de Santiago" como importante

fator de promoção turística da região, não só do concelho, como também do Alto

Minho. O troço em causa, que integra o "Caminho Português de Santiago", atravessa

Ponte de Lima e constitui uma das velhas rotas de peregrinação.

Todos estes recursos, a que se junta a gastronomia, o folclore, o artesanato, as

romarias, as épocas festivas (Feiras Novas e Vaca das Cordas), as feiras (quinzenal,

semanal - feirão, feira das antiguidades e velharias) e as lendas conferem a Ponte de

Lima uma vocação fortemente turística.

O turismo de habitação tem-se referenciado em diversos ramos de

disponibilidade, Turismo em espaço rural, Agro Turismo, Albergues de montanha,

Casas de Abrigo, Pousada da Juventude, Hotéis, SPA, pensões, Solares e um Albergue

de peregrinos.

O Arquivo Municipal, a Biblioteca Municipal, o Teatro Diogo Bernardes, Espaço

Internet, Museu dos Terceiros, o Museu Rural, o Museu do Brinquedo Português, o

Palacete de Villa Moraes, o Paço do Marquês, a Oficina das Artes, a Expo lima (parque





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de exposições), entre outros, assumem também funções culturais, de investigação e

educação.

No que diz respeito à educação pode-se "Ser educado" em Ponte de Lima, desde

bebé (creche) a adulto (universidade). Podemos assim encontrar instituições particulares

e escolas públicas: Creche e Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Ponte

de Lima, Jardim de Infância de S. Martinho, Creches nos Centros Paroquial e Social de

Fornelos e Vitorino de Piães, Instituto Britânico, Academia de Musica, escola de

música, Universidade Sénior e uma universidade (Universidade Fernando Pessoa) a

nível particular.

No que se refere ao ensino público, este tem sido objeto de grande transformação

nos últimos anos, indo ao encontro da Carta Educativa. A requalificação das

infraestruturas levou à construção de 9 Centros Escolares, na sua maioria para a

população do Pré-escolar e 1º ciclo.

A par destas ofertas, também encontramos infra estruturas de qualidade a nível de

saúde: o Hospital Distrital de Ponte de Lima/Hospital Conde de Bertiandos, Centro de

Saúde (com varias extensões de saúde espalhadas por varias freguesias do concelho),

varias clínicas particulares com variados serviços (cardiologia, dermatologia, nutrição,

medicina dentária, analises clínicas, pediatria, entre outras) que têm protocolos com o

Ministério da Educação e a Segurança Social permitindo que algumas crianças

beneficiem de alguns serviços (terapia da fala, fisioterapia, outros); Farmácias e Cruz

Vermelha - Núcleo.

No referente à Segurança Publica, a PSP (esquadra), GNR (posto territorial e

unidade nacional de transito de Ponte de Lima), Tribunal e Bombeiros Voluntários

fazem parte da área destinada ao zelo deste concelho.

Ainda é de referenciar a existência de um Gabinete de Atendimento ao Munícipe -

GAM, um Gabinete de Inserção Profissional - GIP, a Câmara Municipal, Juntas de

Freguesias, Cartórios Notarial e uma Estação de Correio.





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Podemos também encontrar Instituições de Solidariedade Social como a Santa

Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, a Casa de Caridade Nossa Senhora da

Conceição, vários Centros Sociais, Casas do Povo, Lares e APPACDM (centro de

atividades), os quais prestam serviços como o apoio domiciliar, centro de convívio,

ATL e o acolhimento de idosos e crianças em Lares.

Sendo considerada a mais antiga Vila de Portugal, Ponte de Lima apresenta um

ambiente rico em cultura, gastronomia, educação, turismo, tradições, no qual se

encontram inseridas a Creche e o Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia.





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II - CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, com sede na rua General Norton

de Matos, nº 103, da vila de Ponte de Lima, foi fundada em 2 de Agosto de 1530 por

alvará régio de D. João II.

A Santa Casa da Misericórdia possui várias valências, entre as quais o Lar de

Jovens D. Maria Pia/ São José, Lar de Idosos, Jardim de Infância, Creche, RS.I.

(Rendimento Social de Inserção) e Cantina Social.

Assim sendo, o Lar de Jovens D. Maria Pia/ S. José possui uma lotação para 40

jovens do sexo masculino, frequentando atualmente 22. O Lar de Idosos tem uma

capacidade para 85 utentes, que se encontra completa.

Em parceria com a Segurança Social, o Rendimento Social de Inserção abrange e

apoia 87 famílias carenciadas do Concelho de Ponte de Lima.

A Cantina Social faz uma entrega diária de 42 refeições.

A valência do Jardim de Infância, situado na Villa Moraes tem uma capacidade de

62 crianças a qual está completa neste início de ano letivo. Quanto à valência da Creche,

situada junto ao Jardim de Infância possui capacidade para 96 crianças, frequentando de

momento 84 crianças.

Estas duas valências funcionam de segunda a sexta-feira, com o horário de

abertura às 07H45m e encerramento às 19H15m. Possuem um regulamento interno pelo

qual se regem.

No Jardim de Infância existem, atualmente, como recursos humanos, 5

Educadoras, mas apenas 3 têm funções letivas. Uma das educadoras está ausente por

baixa prolongada e outra educadora está ausente por motivos de doença, tendo sido

substituída pela educadora Irina. Assim sendo, existem 3 educadoras na valência jardim,





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assumindo uma delas a função de coordenadora, 4 Ajudantes de Ação Educativa, em

que uma exerce a função de acompanhamento nos transportes da Instituição (manhã e

tarde), uma Auxiliar dos Serviços Gerais e duas funcionárias do IEFP (Instituto de

Emprego e Formação Profissional) a exercer as funções de Serviços Gerais, contando

também com o apoio de uma vigilante familiar, também ela do I.E.F.P.

Na Creche existem 5 Educadoras, tendo uma delas o cargo de coordenadora.

Existem 12 Ajudantes de Ação Educativa, em que duas exercem a função de

acompanhamento nos transportes da Instituição (manhã e tarde) e uma vigilante familiar

do IEFP.

As educadoras da instituição têm uma carga horária de 35 horas semanais, as

ajudantes da ação educativa 37, a Auxiliar dos Serviços Gerais tem de carga horária 38

horas bem como as funcionárias do IEFP.

Colocadas pelo Ministério da Educação existem duas Educadoras de Intervenção

Precoce, que apoiam 4 crianças com necessidades educativas especiais nas duas

valências, uma destas crianças realiza uma sessão de terapia da fala (semanal) com uma

terapeuta da fala na valência do jardim-de-infância.

Nas valências existem 3 cozinheiras e 3 Auxiliares de Cozinha, funcionando estas

em regime rotativo. A instituição conta com a presença de 3 motoristas que asseguram

os serviços de transporte das crianças e outros utentes da Santa Casa da Misericórdia.

O espaço físico do Jardim de Infância é composto por um recreio, um ateliê, uma

sala de televisão, casas de banho e lavatórios, uma sala para materiais de limpeza (para

as duas valências), um espaço para cacifos, um refeitório que tem à sua disposição uma

casa de banho com pequenos lavatórios e uma cozinha comum às duas valências

possuindo esta uma casa de banho, uma despensa, bem como um espaço para os cacifos.

No piso superior, existem três salas de atividades, uma sala de reuniões, uma sala

destinada à biblioteca e outras atividades como por exemplo a Aula de Enriquecimento





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Curricular (A.E.C) de Inglês e um dormitório para o grupo dos 3 anos. Nas

extremidades existem seis casas de banho pequenas e 2 grandes.

Quanto ao espaço físico da Creche destacam-se 2 recreios, uma sala de televisão,

1 refeitório comum para as crianças de 1 e 2 anos, 6 salas de atividades, 6 dormitórios, 2

berçários compostos, cada um deles, por dormitórios, salas parque e copas, 6 casas de

banho, 1 sala de isolamento, 1 sala de atendimento e reuniões. Também existe um

espaço com cacifos para as funcionárias.

Quer a Creche, quer o Jardim de Infância beneficiam de um acordo de cooperação

com a Segurança Social assim como um protocolo com a Câmara Municipal de Ponte

de Lima que permite às duas valências usufruir dos espaços da Piscina Municipal, da

Biblioteca Municipal e Lagoas.





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III - OBJETIVOS PARA A CRECHE E O JARDIM DE

INFÂNCIA

Ao definir Creche e ao expor os seus objetivos, constata-se que estes se

complementam, destinam-se a crianças dos 0 aos 3 anos de idade, que precisam de uma

atenção redobrada e adequada à sua faixa etária, proporcionando-lhes sempre um

ambiente calmo e seguro.

Assim sendo, refere-se que a Creche possui objetivos gerais tais como:

Proporcionar o bem-estar e o desenvolvimento integral das crianças num clima

de segurança afetiva e física, durante o afastamento parcial do seu seio familiar, através

de um atendimento individualizado;

Colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e

responsabilidades em todo o processo evolutivo das crianças;

Colaborar de forma eficaz no despiste precoce de qualquer inadaptação ou

deficiência assegurando o seu encaminhamento adequado;

É de referir que existem orientações curriculares para a educação pré-escolar, mas

que em relação à Creche estas não existem, existem pois manuais de apoio do

Ministério da Segurança Social. O Manual de Processos-Chave em Creche é utilizado

como referência na observação contínua das crianças.

Assim, para a Creche, e segundo este Manual existem para cada fase de

desenvolvimento da criança vários comportamentos desejáveis. Os comportamentos

observáveis estão dispostos por competências pessoais e sociais, competências físicas

e motoras, interesse e competência efetiva na aprendizagem e ainda interesse pela

segurança e saúde.





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As COMPETÊNCIAS PESSOAIS E SOCIAIS abrangem questões como a

exploração do próprio corpo, a requisição de apoio do adulto, participação na sua

alimentação e procura do conforto, entre outros.

Quanto às COMPETÊNCIAS FÍSICAS E MOTORAS, dizem respeito à

motricidade grossa, motricidade fina, locomoção, …

Do INTERESSE E COMPETÊNCIA EFECTIVA NA APRENDIZAGEM,

constam a vontade da criança em aprender e a habilidade para o fazer.

O INTERESSE PELA SEGURANÇA E SAÚDE respeita à tomada de

consciência de situações de perigo/segurança e consciencialização para hábitos de

higiene.

Relativamente ao Jardim-de-Infância, este rege-se pela Lei-quadro da Educação

Pré-escolar. Esta estabelece como princípio geral que a educação Pré-escolar é a

primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida. Este

princípio fundamenta todo o articulado da lei e dele decorrem os objetivos gerais

pedagógicos para a educação Pré-escolar:

Estimular as capacidades de cada criança e favorecer a sua formação e o

desenvolvimento equilibrado de todas as suas potencialidades;

Contribuir para a estabilidade e a segurança afetivas da criança;

Favorecer a observação e a compreensão do meio natural e humano para melhor

integração e participação da criança;

Desenvolver a formação moral da criança e o sentido da responsabilidade,

associado ao da liberdade;

Fomentar a integração da criança em grupos sociais diversos, complementares

da família, tendo em vista o desenvolvimento da sociabilidade;

Desenvolver as capacidades de expressão e comunicação da criança, assim como

a imaginação criativa, e estimular a atividade lúdica;

Incutir hábitos de higiene e de defesa da saúde pessoal e coletiva;





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Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e

promover a melhor orientação e encaminhamento da criança.

Estes objetivos enquadram os fundamentos das OCEPE (Orientações Curriculares

para a Educação Pré-escolar), que constituem a principal referência no apoio à prática

pedagógica do educador de infância.

Segundo as “Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar” (despacho n.º

5220/97, de 10 de junho), na educação pré-escolar, as áreas de conteúdo curriculares

devem promover a construção do saber de forma integrada, numa perspetiva de

formação global a construção articulada do saber. Isto significa que as diferentes áreas a

contemplar não devem ser vistas como compartimentos estanques, mas abordadas de

uma forma globalizada e integrada, servindo de base ao planeamento e à avaliação

educativa. As áreas de conteúdo curricular dividem-se em:

• Área de formação pessoal e social;

• Área de expressão/comunicação que compreende três domínios:

- Domínio das expressões com diferentes vertentes – expressão motora, dramática,

plástica e musical;

- Domínio da linguagem e abordagem à escrita;

- Domínio da matemática;

• Área do conhecimento do mundo.

Para definir e avaliar as competências que as crianças devem adquiridas no Pré-

escolar, serão utilizadas as Orientações Curriculares e as Metas de Aprendizagem para o

Pré-escolar, estabelecidas pelo Ministério da Educação (Anexo1) e objetivos desejáveis

para cada faixa etária (Anexo 2). Relativamente à Creche, as crianças terão as suas

competências definidas e avaliadas pelos mesmos parâmetros, através dos objetivos

desejáveis para cada faixa etária contidas no Manual de Processos-Chave em Creche

(Anexo 2.A).

A avaliação do desenvolvimento das crianças será facultada trimestralmente aos

encarregados de educação (Anexo 3).





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IV - DIAGNÓSTICO E PLANO DE AÇÃO:

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA / FUNDAMENTAÇÃO PARA A

ESCOLHA DO TEMA / FINALIDADES DO PROJETO

A sociedade dos nossos dias está repleta de trabalhadores noturnos e por turnos,

de trabalhadores a fazer mais horas do que as que o corpo aguenta, de trabalhadores que

têm de fazer quilómetros para chegar ao trabalho ou mesmo ir para longe de casa

trabalhar. Estes trabalhadores são também, na sua maioria, pais, os pais das nossas

crianças.

E porque as circunstâncias da vida não lhes facilita a função parental, na medida

em que dão por si já cansados para a exercer, tornam-se, por vezes, uns estranhos para

os seus filhos. Estes pais acabam por fazer a vontade aos filhos, sem sequer pensar. Dão

por si a deixar nas mãos dos seus filhos decisões que ainda deviam ser dos pais. Dão por

si a permitir muito mais do que alguma vez acreditaram vir a permitir.

Também o facto de os filhos terem a presença de demasiados educadores (pais,

avós, tios, vizinhos, …) e, por vezes, não haver uma definição conjunta do que deve ser

a sua educação, leva a desentendimentos na forma de educar, que originam uma

dificuldade na aquisição de regras, atitudes e valores por parte das crianças.

Assiste-se, hoje em dia, a situações impensáveis há uns anos atrás. Filhos que

desrespeitam os pais, crianças que não sabem dizer uma palavra de agrado, não

respeitam os outros, crianças que não sabem comportar-se em conformidade com o

local onde estejam. São crianças que não ouvem, não obedecem, não respeitam, não

reagem, não se interessam por atividades que não envolvam muita tecnologia.

Neste sentido, a equipa pedagógica acredita que este seja o problema a ser

trabalhado. Maturana (2002) diz que “Na infância, a criança vive o mundo em que se





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funda a sua possibilidade de converter-se num ser capaz de aceitar e respeitar o outro a

partir da aceitação e do respeito de si mesmo.”

No que ao tema diz respeito, “Saber Ser, Saber Estar”, encontram-se intimamente

ligado os objetivos a atingir e o problema a trabalhar.

É nos primeiros anos de vida que a criança vai adquirindo os valores da sociedade

em que vive. O educador é um modelo dos valores que lhes queremos transmitir e toda

a ação educativa é orientada por estes valores.

O espaço educativo deve proporcionar à criança, de modo sistemático, uma das

suas primeiras experiências de vida democrática. Ela vai aprender a viver em grupo, a

trabalhar com os outros, com a consequente distribuição de tarefas e gestão de

problemas de forma participativa. Através das vivências do dia-a-dia a criança deverá

interiorizar referências do que é certo e errado, do que pode ou não fazer, bem como o

respeito que deve ter por si e pelos outros, base essencial para a boa formação cívica.

Ao trabalhar este tema, pretende-se:

- Trabalhar competências sociais ao nível da cooperação, da negociação e do

trabalho em equipa;

- Desenvolver competências ao nível dos sentimentos;

- Desenvolver o respeito por si mesmo e pelo outro;

- Desenvolver o respeito pela pluralidade de culturas;

- Formar cidadãos autónomos, livres e solidários;

- Educar para a tolerância;

- Preservar valores básicos para a vida em sociedade.

Na tentativa de promover estes valores junto das crianças, pode-se constatar a

existência de diversas atividades que se encontram definidas no Plano Anual de





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Atividades (Anexo 4). Criar um espaço que apele à cooperação e à solidariedade está

subjacente às práticas de vida democrática. É através de um ambiente rico estimulador

da atividade lúdica que se procurará estabelecer o elo de ligação entre as crianças, o

outro e o mundo que a rodeia.

No entanto, não pode ser esquecido outro grande objetivo a que esta equipa

pedagógica se dispõe: transmitir estes valores a quem mais perto está da criança: a

FAMÍLIA!

A educação em ambiente escolar deve sempre ir de encontro ao que são as crenças

dos encarregados de educação, mas deve também levar algo novo ao ambiente familiar.

Sendo esta problemática uma consequência da vida familiar moderna, não pode ser

trabalhada sem que haja um envolvimento familiar progressivamente maior.





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V - PREVISÃO DE PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Com prazo previsto de três anos, este projeto deverá passar por diversas fases de

avaliação por forma a determinar a sua atualização e o seu sucesso.

O Plano Anual de Atividades, assim como os Projetos Curriculares de Grupo,

serão aliados na determinação de objetivos a atingir a curto prazo que permitirão

alcançar as metas a que este Projeto Curricular de Estabelecimento se propõe.

Através das reuniões da equipa pedagógica, reflexões pessoais, planos de

desenvolvimento individuais, avaliações e contactos com a comunidade tirar-se-ão

conclusões acerca do êxito ou não das propostas de trabalho, fazendo as alterações que

pareçam necessárias sempre que aparente ser preciso. Fazem parte da comunidade as

crianças, seus encarregados de educação, o pessoal afeto às valências e a comunidade

alargada.





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NOTA FINAL

A equipa pedagógica pretende desenvolver um projeto com metas muito difíceis

de alcançar, mas tem principalmente o intuito de lançar a pequena semente que há de

desabrochar ao longo do percurso de vida escolar que as crianças que iniciam nas nossas

valências.

Utopia! Quimera! Sonho! Não, simplesmente um projeto… ! Um projeto que

pretende ser o meio orientador, o guia para proporcionar as crianças um ambiente

lúdico, educativo repleto de aprendizagens, mas um ambiente dirigido ao saber estar em

sociedade.

Este projeto não ambiciona incutir nas crianças saberes adquiridos, objetivos pré-

estipulados, mas sim, e principalmente, facultar-lhes atividades onde possam descobrir

o seu “Eu”, e reconhecer também o “Eu” do outro; construindo assim um ambiente

pedagógico onde os interesses, necessidades de todos serão tidos em consideração para

a construção de um mundo melhor.





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BIBLIOGRAFIA

LEI-QUADRO DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR – Lei 5/97 de 10 de Fevereiro.

Manual de Processos-chave Creche (2º edição), Segurança Social.

Metas de aprendizagem.dge.mec.pt/educação-pre-escolar/apresentacao

Ministério da Educação. (1997). Orientações Curriculares para a educação pré-

escolar. Editorial do Ministério da Educação.

Ministério da Educação (1998), Qualidade e Projeto na Educação de Infância,

Departamento da Educação Básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar.

Ministério da Educação, Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

(1997). Gestão do Currículo na Educação Pré-escolar.

Wikipédia e Portal Virtual da Câmara Municipal de Ponte de Lima





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ANEXOS





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