sabadão edição 173

8
Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3 DO POVO JORNAL SABADAO °°° Distribuição gratuita °°° EDIÇÃO Nº 173 - A NO 5 - 9 DE JULHO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA Baixe o leitor de QR Code em seu celular ou acesse: https://www.facebook.com/billy.mao.50/videos/10206321494745687/ Veja a visita da reportagem com o prefeito Manoel frias Filho na Estação de Tratamento de Esgotos de Borebi que já está em funcionamento Duas mortes foram re- gistradas em pontes que seguem sem manutenção desde enchente de janeiro Seis meses depois dos estra- gos causados pela inundação que atingiu Lençóis Paulista em janeiro, as pontes da re- gião baixa da cidade ainda não receberam manutenções. Em reportagem da imprensa re- gional a Prefeitura de Lençóis alegou extravio em documen- tação que seria entregue ao Governo Estadual, que seria responsável pela liberação dos recursos provenientes da decretação do estado de cala- midade. Pág. 5 Homem é assassinado no Jd. Primavera Homem é pego com drogas em buzina e preso por tráfico EDITORIAL A passagem da tocha olímpica por Lençóis Paulista, assim como em outras cidades por onde esteve ou estará o sím- bolo dos Jogos Olímpicos vem causando polêmica por, supostamente, representar também a cultura do “pão e circo”. Página 3 Hoje tem a sensacional do Sto. Expedito Feijoada Vicinal Benedito Dalben precisa de manutenção A Polícia Militar de Lençóis Pau- lista apreendeu na tarde de terça-feira, dia 5, um rapaz de 27 anos, acusado de tráfico de entorpecentes. De acordo com o sargento Lucas, da Força Tática, A.V.S.J. foi parado na rodovia Osny Mateus, próximo a empresa Belmont, quando a viatura cruzou com o veí- culo Corsa do acusado, que seguia sentido Macatuba. Página 6 Seis meses depois, cidadão ainda corre risco em pontes destruídas Mané Frias deverá ser candidato à reeleição em Borebi POLÍCIA PERIGO Café com Política - Página 2 Usuários e moradores da zona rural da região do Boqueirão e Rio Claro entraram em contato com a redação do jornal Sabadão do Povo, esta semana, para relatar o perigo em trafegar pela rodovia vicinal José Benedito Dalben. Para os usuários, a falta de ma - nutenção em um trecho da via, na altura do KM 9, estaria colocando diariamente em risco de aciden- tes os veículos que trafegam pelo local. Página 6 Marise recorre e perde no Tribunal de Contas por compra de bancos O Tribunal de Contas do Estado novamente negou recurso interposto pelo ex-prefeito José Antônio Marise (PSDB), no caso que apura irregu- laridades na compra de bancos de madeira para escolas do município, quando ainda era prefeito, em 2007. A última tentativa de Marise foi com o ingresso de embargos de declaração, que teve acórdão contrário publicado no último dia 2 de julho. Página 4 Farol aceso durante o dia nas estrada passa ser obrigatório A partir desta sexta-feira, dia 8, o uso do farol baixo aceso durante o dia em rodovias é obrigatório. Quem for flagrado com as luzes apagadas será multado em R$ 85,13, por infração leve, e terá quatro pontos na carteira de ha- bilitação. O objetivo da medida é aumentar a segurança nas estradas, reduzindo o número de acidentes frontais. Fotos: Billy Mao Foto do leitor ETE de Borebi jogará água limpa no córrego das Antas e rio Lençóis Uma das maiores conquistas do povo de Borebi, nos últimos anos, foi a construção e entrada em funcionamen- to da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), que há cerca de 30 começou a garantir que toda a água devolvida ao Córrego das Antas, antes como esgoto, agora seja tratada e limpa. As lagoas ainda estão em período de maturação e vão fazendo o tratamento gradativo de todo o esgoto captado. Os primeiros testes da obra foram realizados em novembro do ano passa- do, dentro do cronograma determina- do pela empresa que executou a obra, cujo valor é de cerca de R$ 3,7 milhões, e que é supervisionada pelo DAEE, do governo estadual. Página 4 Uma “rixa” antiga entre dois ho- mens, amigos no passado, acabou em tragédia na tarde de terça-feira, dia 5, no Jardim Primavera, em Lençóis Paulista. Um deles morreu. Este foi o primeiro homicídio do ano em Lençóis Paulista. Segundo informações, André Aparecido Sobrinho, 35 anos, conhecido no bairro como Kaká, teria entrado em uma residência para brigar com o morador, que não teve o nome revelado. Kaká teria começado a briga com o morador, com a esposa do ex-amigo e com uma senhora, idosa e acabou sendo agredido com um cabo de machado e teve ferimento na cabeça. O suspeito pelo crime se apresen- tou nesta sexta-feira, dia 8, na de- legacia local e prestou depoimento ao delegado Marcos Jefferson, que havia requerido sua prisão tempo- rária, mas teve pedido negado pela Justiça. O homem deve responder ao processo em liberdade. Página 6

Upload: sabadao-do-povo

Post on 05-Aug-2016

218 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Publicação semanal. Versão digital.

TRANSCRIPT

Page 1: Sabadão edição 173

Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3

DO POVOJORNAL SABADAO

°°° Distribuição gratuita °°°

EDIÇÃO Nº 173 - ANO 5 - 9 DE JULHO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE

PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA

Baixe o leitor de QR Code em seu celular ou acesse:https://www.facebook.com/billy.mao.50/videos/10206321494745687/ Veja a visita da reportagem com o prefeito Manoel frias Filho na Estação de Tratamento de Esgotos de Borebi que já está em funcionamento

Duas mortes foram re-gistradas em pontes que seguem sem manutenção desde enchente de janeiro

Seis meses depois dos estra-gos causados pela inundação que atingiu Lençóis Paulista em janeiro, as pontes da re-gião baixa da cidade ainda não receberam manutenções. Em reportagem da imprensa re-gional a Prefeitura de Lençóis alegou extravio em documen-tação que seria entregue ao Governo Estadual, que seria responsável pela liberação dos recursos provenientes da decretação do estado de cala-midade. Pág. 5

Homem é assassinado no Jd. Primavera

Homem é pego com drogas em buzinae preso por tráfico

EDITORIALA passagem da tocha olímpica por

Lençóis Paulista, assim como em outras cidades por onde esteve ou estará o sím-bolo dos Jogos Olímpicos vem causando polêmica por, supostamente, representar também a cultura do “pão e circo”. Página 3

Hoje tem a sensacional

doSto. Expedito

Feijoada

Vicinal Benedito Dalben precisa de manutenção

A Polícia Militar de Lençóis Pau-lista apreendeu na tarde de terça-feira, dia 5, um rapaz de 27 anos, acusado de tráfico de entorpecentes. De acordo com o sargento Lucas, da Força Tática, A.V.S.J. foi parado na rodovia Osny Mateus, próximo a empresa Belmont, quando a viatura cruzou com o veí-culo Corsa do acusado, que seguia sentido Macatuba. Página 6

Seis meses depois, cidadão aindacorre risco em pontes destruídas

Mané Frias deverá ser candidato à reeleição em Borebi

POLÍCIA

PERIGO

Café com Política - Página 2

Usuários e moradores da zona rural da região do Boqueirão e Rio Claro entraram em contato com a redação do jornal Sabadão do Povo, esta semana, para relatar o perigo em trafegar pela rodovia vicinal José Benedito Dalben.

Para os usuários, a falta de ma-nutenção em um trecho da via, na altura do KM 9, estaria colocando diariamente em risco de aciden-tes os veículos que trafegam pelo local. Página 6 Marise recorre e perde

no Tribunal de Contaspor compra de bancos

O Tribunal de Contas do Estado novamente negou recurso interposto pelo ex-prefeito José Antônio Marise (PSDB), no caso que apura irregu-laridades na compra de bancos de madeira para escolas do município, quando ainda era prefeito, em 2007. A última tentativa de Marise foi com o ingresso de embargos de declaração, que teve acórdão contrário publicado no último dia 2 de julho. Página 4

Farol aceso durante o dia nas estrada passa ser obrigatório

A partir desta sexta-feira, dia 8, o uso do farol baixo aceso durante o dia em rodovias é obrigatório. Quem for flagrado com as luzes apagadas será multado em R$ 85,13, por infração leve, e terá quatro pontos na carteira de ha-bilitação. O objetivo da medida é aumentar a segurança nas estradas, reduzindo o número de acidentes frontais.

Fotos: Billy Mao

Foto do leitor

ETE de Borebi jogará água limpa no córrego das Antas e rio Lençóis

Uma das maiores conquistas do povo de Borebi, nos últimos anos, foi a construção e entrada em funcionamen-to da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), que há cerca de 30 começou a garantir que toda a água devolvida ao

Córrego das Antas, antes como esgoto, agora seja tratada e limpa.

As lagoas ainda estão em período de maturação e vão fazendo o tratamento gradativo de todo o esgoto captado.

Os primeiros testes da obra foram

realizados em novembro do ano passa-do, dentro do cronograma determina-do pela empresa que executou a obra, cujo valor é de cerca de R$ 3,7 milhões, e que é supervisionada pelo DAEE, do governo estadual. Página 4

Uma “rixa” antiga entre dois ho-mens, amigos no passado, acabou em tragédia na tarde de terça-feira, dia 5, no Jardim Primavera, em Lençóis Paulista. Um deles morreu. Este foi o primeiro homicídio do ano em Lençóis Paulista.

Segundo informações, André Aparecido Sobrinho, 35 anos, conhecido no bairro como Kaká, teria entrado em uma residência para brigar com o morador, que não teve o nome revelado. Kaká teria

começado a briga com o morador, com a esposa do ex-amigo e com uma senhora, idosa e acabou sendo agredido com um cabo de machado e teve ferimento na cabeça.

O suspeito pelo crime se apresen-tou nesta sexta-feira, dia 8, na de-legacia local e prestou depoimento ao delegado Marcos Jefferson, que havia requerido sua prisão tempo-rária, mas teve pedido negado pela Justiça. O homem deve responder ao processo em liberdade. Página 6

Page 2: Sabadão edição 173

2LENÇÓIS PAULISTA, 09 DE JULHO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

POLÍTICA

A n á l i s e d o S a b a d ã o

C a f é c o m P o l í t i c a Ta n i a M o r b i

DISK MARMITEX3269-2300

Ofertas válidas até o dia 11/07/2016 ou enquanto durar o estoque

Diskentrega: 14-32692300

www.ssexpedito.com.br

AS MELHORES CARNES ESTÃO AQUI!

SUPERMERCADO SANTO EXPEDITO

R. Rio Grande Do Sul, 367, Vila CruzeiroLencois Paulista - SP - Telefone: (14) 3269-2300

Ofertas

Prefeitura tentar levantar dinheiro com venda de títulos para pagar IPREM

Força tarefa municipal visaria alavancar eleição de vice

Projeto aprovado em primeira discussão prevê venda de TDAs para honrar compromissos com IPREM; vereadores afirmaram que acordo que previa dinheiro para o hospital não foi cumprido pela Prefeitura

Hoje tem a sensacional

do Expedito

Feijoada

Engano - A máxima do PSDB em Lençóis Paulista é inaugu-rar obra sem que esteja fun-cionando. A velha maneira de fazer política na base da en-ganação. A recém inaugurada creche do Maria Luiza IV é um exemplo disso.

Exemplos - Com a ETE, foi a mesma coisa: colocaram pla-cas, chamaram políticos, fize-ram festa e o serviço não fun-cionou. Gastos perto de R$20 milhões, continua jogando es-goto direto no rio.

Falta médico - A constata-ção da falta de médicos na UPA é diária pela população lençoense. Enquanto a Câma-ra faz esforços para mandar dinheiro para o hospital, a Prefeitura faz manobras para pagar contas de outras pas-tas. Seria uma pedalada?

Babel - Até hoje não foi mos-trado quanto o município esta gastando e quanto gastará com a passagem da tocha olímpica pela cidade. Uma informação que o povão gostaria de saber, mas, sem maquiagem!

Meio ano - Na quarta-feira, dia 13, completa-se seis me-ses da enchente que atingiu a cidade, destruindo casas, comércio e a história de mui-ta gente. Desde lá, as pontes da Vila Repke, Contente e a ponte da Frigol, estão sem manutenção, colocando em risco de acidentes quem tra-fega pelo local.

Alerta - Como o jornal Sa-badão do Povo vem alertando semanalmente sobre o pro-blema, as pessoas estão muito mais atentas para evitar que algo drástico aconteça.

Latido - O Canil Municipal estaria sendo construído ao lado da Usina de Reciclagem e Compostagem. Mas, ninguém falou nada oficialmente sobre o assunto.

Mordida - Apesar dos esfor-ços de alguns vereadores, até o momento não foi informado de onde teria saído a verba para construção, já que a Pre-feitura tem alegado que não há dinheiro para nada, nem para remédios nos postos de saúde.

Bandeide - Por outro lado, um Canil e Centro de Zoono-ses demorou 16 anos para ter início a construção. O atual CZ, serve como canil, mas em pés-simas condições. A nova cons-trução, que deve ser usada como bandeira política nesta eleição, só acontece graças aos grupos de apoio à causa animal

e à pressão que exercem.

Cenário político - A motiva-ção política para mudanças em Lençóis Paulista poderá colocar no páreo eleitoral mais um can-didato a prefeito. O professor Marcos, do PT, deverá anunciar sua pré-candidatura com pelo menos seis candidatos a verea-dor na próxima semana.

Espera - A semana que vem será decisiva para vários pré-can-didatos. Devido ao curto período de campanha, 45 dias, quem realmente for candidato precisa decidir-se logo, para não deixar a ‘tocada’ para última hora.

Cola - Sabedores dessa cor-rida maluca, várias reuniões deverão nortear os pré-can-didatos na semana que vem.

Sorriso - Em Borebi, o atual

prefeito Manoel Frias Filho teria acenado que está dis-posto a concorrer a reeleição. Com uma grande aprovação de seu nome como prefeito, segundo informações, na ca-sa dos 75%, Mané dependeria de uma reunião familiar para bater o martelo.

Trabalho - Mané Frias está no auge de sua carreira po-lítica e, com o apoio da po-pulação, pode terminar seus projetos para a cidade. Entre eles, as 158 casas, já anuncia-das e um outro loteamento na cidade. Além disso, Mané está interessado mesmo é no de-senrolar do Distrito Industrial e Empresarial do município.

Emprego - Segundo o pre-feito, fomentar o desenvolvi-mento econômico no muni-cípio tem que ser prioridade.

Para o prefeito, parte da in-fraestrutura do DI está pronta, como asfalto, tratamento de esgoto entre outras coisas.

Ponte quebrada - Em Lençóis Paulista a sucessão à prefeita Izabel Cristina ainda está meio conturbada. O vice-prefeito tem visto sua rejeição aumen-tar, inclusive por não aparecer em eventos de interesse da população, como a audiência que ocorreu durante a sema-na. Isso, embora ele estivesse participando de outros eventos sociais e reuniões, mas sem a presença do povão.

O cofre - Mesmo o vice con-tando com a força da máqui-na, sua candidatura estaria esbarrando na ânsia da po-pulação por mudanças e uma nova forma de fazer política para o cidadão.

Uma força tarefa para ten-tar eleger o vice-prefeito José Antônio Marise, candidato à sucessão da prefeita Izabel, esta-ria em curso desde o início desta semana quando caminhões, máquinas e veículos da frota municipal começaram a circu-lar com ainda mais frequência pelas ruas da cidade de Lençóis Paulista. A informação parte de uma fonte ligada diretamente ao poder público municipal.

Atento à informação, o jor-nal Sabadão constatou inúme-ras ações na cidade, a maioria relacionadas com a enchente que atingiu o município em janeiro deste ano, há seis meses.

Entre as “ações” estaria tam-bém a construção do Canil

Municipal, ao lado da usina de reciclagem e compostagem. Ainda, a propagação de vídeos e postagens em redes sociais exal-tando a administração atual.

Obras como a reforma e ma-nutenção das pontes atingidas na cidade também estariam no plano de ação. Recapes nas ruas ainda não deverão ser possíveis, mas, a operação tapa buracos está ampliada por todas as ruas e bairros.

Segundo um interlocutor no Paço Municipal, a estratégia de mostrar que a cidade está a todo vapor contaria, supostamente, com o dinheiro economizado pela Câmara Municipal, cerca de um milhão de reais, que teve indicação de ser revertido

para entidades assistenciais no início deste ano e que não foi destinado e dividido entre

Tânia MorbiDepois da tentativa de ace-

lerar a votação do projeto que permite a Prefeitura de Lençóis Paulista alienar Títulos da Dívi-da Agrária (TDA), a proposta foi aprovada apenas em primei-ra votação, e não em regime de urgência, na sessão da Câmara de segunda-feira, dia 4, após a confirmação de que a Prefei-tura não destinará os recursos gerados pela venda dos títulos para a área da Saúde, como queriam os vereadores, mas sim para pagamento de dívidas junto ao IPREM (Instituto de Previdência Municipal).

TDAs são títulos imobiliá-rios da dívida pública federal, decorrentes de desapropria-ções de imóveis rurais ou de aquisição amigável de imóvel rural pelo INCRA para fins de reforma agrária. Segundo o pro-jeto da Prefeitura de Lençóis, o município possui um total de 5.854 títulos sob custódia do Banco do Brasil, recebidos em decorrência do pagamento de valores referentes ao ITR (Im-posto Territorial Rural), do exercício de 2015. Pela lei apro-vada pela Câmara, o município faz a alienação dos títulos, após determinados os valores junto ao Banco do Brasil e, depois de estabelecido o preço mínimo de venda, ficam disponíveis para negociação.

De acordo com os verea-dores, foi definido junto ao Executivo que a os recursos seriam destinados ao hospital Nossa Senhora da Piedade. Porém, a falta de garantia do cumprimento do acordo gerou a insegurança na aprovação em

votação única, uma vez que em resposta encaminhada ao vereador Ailton Tipó (PMDB), a Prefeitura informou que o dinheiro seria encaminhado para pagamento de dívidas do IPREM, uma vez que devido ao período eleitoral, o município não pode fazer aditamento de contrato com entidades, como o hospital, visando aumentar o repasse de recursos.

“Ela (prefeita Izabel) res-pondeu: ‘quanto a aplicação de recursos, serão utilizados no pagamento do aporte do IPREM do ano de 2016.’ O dinheiro para o IPREM, não adianta querer maquiar. Ficou combinado aqui que a gente autorizaria a venda dos títulos se viesse um docu-mento efetivo, compromisso efetivo de dar dinheiro para o hospital. Não tem nada disso aqui”, afirmou.

O argumento de que o re-curso decorrente da venda dos títulos iria sanar a falta de medi-camentos em postos de Saúde, alegada pela base da prefeita, foi questionada por Jonas. “Se tá faltando remédio, a culpa não é nossa. Se não estando dando reajuste para servidores públi-cos, a culpa não é dos vereado-res, é falta de planejamento da Prefeitura. Está atestado aqui para todos nós que ela vai pagar uma dívida com o IPREM. Se não está pagando IPREM, como vai mandar dinheiro para o hospital ou para a Saúde?”

A bancada do PSDB tentou defender que o dinheiro da venda dos títulos iria para a Saúde, apesar das informações contrárias divulgadas por Tipó

e de não constar no projeto, ou em outro documento oficial, a garantia da destinação.

A defesa da destinação foi feita com base em matéria de jornal e divulgação em rádio da cidade, para a qual Jonadabe ressaltou. “Nós não vamos votar isso aí (se referindo ao jornal). Não vamos votar matéria de jornal e o que foi dito na rádio. Nós votamos o projeto”, disse.

Tipó relembrou fato seme-lhante ocorrido do final do ano passado quando, Câmara e Prefeitura fizeram um acordo de que o dinheiro economizado pelo Legislativo e devolvido à Prefeitura seria destinado para entidades assistenciais, o que não teria sido feito pela Prefeitura, que teria destinado o dinheiro para pagamento de contas do SAAE, antes de apro-vada a isenção da cobrança dos consumo de prédios públicos.

O presidente da Câmara Anderson Prado (REDE) endossou a s pa lavra s de Tipó, sobre o não cumpri-mento do acordo por parte da Prefeitura. “Essa Câmara economizou recurso, indicou para que o Executivo dire-cionasse nossas economias para diversas entidades e o Executivo não cumpriu. Deixou as entidades a ver navios. Nós economizamos, devolvemos a economia e o Executivo não mandou o dinheiro para as entidades. Pagou a conta do SAAE, que tem R$ 10 milhões em seus cofres”, lamentou.

Após a informação de que o dinheiro não iria para a Saúde, vários vereadores retiraram a

assinatura do pedido de regime de urgência e o projeto foi apro-vado em primeira discussão.

Para Narde l i da Si l va (PMDB), um dos vereadores a evitar a urgência, destacou que a forma votada não atra-palha em nada o andamento da proposta. “Não somos contra o projeto. Está dentro do prazo pedido pela prefei-ta”, afirmou.

O projeto volta para nova discussão e segunda votação após o recesso parlamentar de duas semanas, quando os vereadores voltam a se reunir, a partir do dia 25.

Outro ladoAtravés de sua assessoria, a

Prefeitura voltou a defender que o dinheiro da venda dos títulos será destinado para “despesas gerais de Saúde”, sinalizando que o dinheiro não deve ir, especificamente, para amparar os cofres do hospital Nossa Senhora da Piedade, como querem os vereadores da oposição. Mesmo assim, a destinação seria de forma indireta, de acordo com o e-mail, pois os recursos irão inicialmente para o Instituto de Previdência, e chegarão na Saúde, apenas após um “rema-nejamento orçamentário”

Na resposta, embora afirme que o município está em dia com os aportes do IPREM, tanto da contribuição patro-nal quanto dos aportes do déficit técnico atuarial, a Prefeitura pretende usar o dinheiro da venda dos TDAs, “para pagamento de valores devidos ao IPREM”.

R$ 2,99 2 lt

REFRIGERANTE SUKITA

R$ 14,985KG

ARROZ SAFRASUL

R$ 4,99 1 LT

CERVEJA BRAHMA

R$ 1,19350 ML

BISCOITOS RECHEADOS NIKITO

as entidades. Para dar mais veracidade a estratégia, a lim-peza de áreas estratégicas e de maior visibilidade, bem como o aprofundamento da calha do rio Lençóis, seria outra forma de minimizar a imagem negativa causada com a baixa eficiência da Defesa Civil para coordenar ações preventivas no episódio de janeiro.

Coincidentemente, a ar-rancada para a ação começou no mesmo período que se inicia o trâmite eleitoral e é exatamente neste momento que a força da máquina ad-ministrativa parece entrar em ação para, supostamente, buscar o benefício ao vice prefeito, candidato tucano.

Page 3: Sabadão edição 173

A audiência pública sobre a enchente que serviu para eximir a “culpa” de proprietários de repre-sas em Borebi serviu também para mostrar uma falha cometida durante o processo de levantamento pelo DAEE e tudo que envolveu as re-presas. Ora, como poderia ter ficado de fora represas construídas dentro dos territórios lençoense e agudense?

Além de explicitar a visão fechada do órgão que avaliou apenas as re-presas borebienses, as declarações do representante do DAEE na audiên-cia, mostraram também o quanto de ineficiência o órgão tem sobre as construções de represas que são libe-radas por eles. Isso pelo simples fato de quê não há fiscalização na obra para saber se o que está aprovado no papel está realmente sendo feito.

Num outro viés, vem a in-formação do próprio DAEE que a primeira represa teria se rompido entre 20 e 21 horas do dia 12/01/2015, mostrando que as informações passadas por este

jornalista durante aquele evento estavam corretas e as fontes , como já se sabia, eram sérias e honestas.

Demonstrando total transparência e responsabi-lidade pelos levantamentos e avaliações feitas, a pro-motora Débora Orsi Dutra assumiu que a falha sobre não ter incluído Agudos e Borebi no levantamento das repre-sas pode ter partido do Ministério Público. Uma nova audiência, com novos levantamentos poderá ser realizada envolvendo as Áreas de Preservação Permanente.

Apesar de especulado que com a audiência o assunto da enchente se encerra, a verdade é que a expla-nação coloca novos elementos na discussão e remete para a Defesa Civil parte da responsabilidade na condução pífia sobre o episódio.

Se quem deveria fiscalizar as represas não o fez e quem deveria avisar a população de forma con-tundente também “lavou as mãos”,

poderiam os atingidos entrarem com processos judiciais contra Pre-

feitura e Defesa Civil.De tudo que foi discu-

tido na audiência o que mais preocupa é a questão de retirar as pessoas da área de preservação. Caso isso ocorra, parte da Vila Contente será desabitada. Mas e quanto ao centro da

cidade, que é cortado pelo rio? É uma situação bastante complexa que deverá levar em conta inú-meros fatores não apenas a falsa impressão de que apenas o bairro na periferia é atingido.

Outro fator que me chamou a atenção é quanto à possibilidade real de uma nova inundação atingir a cidade. Bom, estamos a seis meses do final do ano e início de janeiro, época em que as chuvas se acen-tuam. Não pode ser um período de espera e nem de braços cruzados. Será necessário ação eficaz.

Esta semana, em pleno período eleitoral, recebemos a draga do

Estado, através também do DAEE, para realizar o aprofundamento da calha do rio Lençóis. Ótimo que, mesmo servindo de bandeira para candidatos, ela esteja fazendo aquilo que já poderia ter feito em outros anos. Como disse um cidadão em rede social, “antes um pouquinho tarde, do quê nunca”. Concordo. No entanto, essa política de deixar para tentar resolver depois que estragos são feitos, eu não concordo.

Penso que a política precisa trabalhar à frente dos aconteci-mentos. Principalmente os que atingem diretamente o cidadão. Essa política de remediar não cabe mais em uma sociedade como a que vivemos, quando interesses maiores, de um seleto grupo, pretere os cidadãos e famí-lias que se esforçam para manter a cidade em pé e funcionando através de seus impostos, de seu consumo e seu trabalho.

Billy Mao é jornalista - repór-ter fotográfico

OPINIÃO 3

FALE CONOSCO CNPJ: 14.647.331./0001-22

IE: 416.050.229.111

WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR

Jornalista Responsável: Tânia Morbi Mtb: 52.193

Redação e administração Lençóis Paulista Rua André Bacili, 45

Telefone – (14) [email protected]

CONTATO COMERCIAL: (14) 99658-9731Sugestão de Pautas: (14) 3263-1740

Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob

número 008 - Folha 15 - Livro B1

TODOS OS ARTIGOS SÃO DERESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES

Tiragem: 3.000 exemplaresNa internet: http://issuu.com/billymao/docs

Lençóis Paulista - Borebi Macatuba

Para enviar foto de acontecimentos na [email protected] WhatsApp 99825-9382

Vivendo o melhor da idadepr. Antônio CArlos CAbrAl

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

CHARGE ONLINE - DUKE

EDITORIAL

billY MAo

Naquela manhã as pessoas da cidade acordaram assustadas, sem nenhum motivo aparente, apenas um susto sem explicação, como quem acorda de um pesadelo. Alguns descreveram como um es-trondo repentino dentro do peito.

Não acordaram lentamente e nem tranquilamente. Parecia um presságio coletivo. Foi assim que pessoas de todas as idades se le-vantaram quase todas no mesmo horário. Era fim da madrugada. Os únicos acordados eram os vi-gias noturnos, que, apesar disso, também sentiram um mal estar no peito, como um surto de adrenali-na sem explicação.

Ah, me esqueci, as pessoas prateadas também se levantaram naquele horário.

Sim, as pessoas prateadas. Naquele tempo a cidade era ge-rida por uma porção de pessoas prateadas. Era uma classe da ci-dade que se considerava especial. Curiosamente a população deu a estas pessoas o poder de gerenciar e controlar a cidade.

O grande problema é que as pessoas prateadas tomavam me-

didas usando como critério seus próprios gostos, necessidades e vontades, que não eram os mesmos da população em geral, os que não eram prateados.

Existiam os que rece-biam dinheiro e os que não recebiam nada para defender o controle dos prateados, e essas pessoas tinham a grande expectati-va de, milagrosamente, tor-narem-se prateadas. Imaginavam que isso ocorreria se conquistassem a confiança dos prateados.

Uma pena, pois não haviam entendido o que eram os prateados.

Os prateados, caro leitor, eram seres que nasciam reluzentes, mas não estou falando da cor da pele, era uma aura que os revestia em prata, chega a ser difícil explicar com palavras. Todo prateado tinha a certeza de que teria um futuro garantido, não passaria fome, não teria dificuldades em encontrar um bom emprego, nunca seria humilhado e sempre teria um vasto leque de possibilidades e caminhos na vida.

Naquele fim de madrugada os

prateados colocaram roupa espor-tiva, pois passaria uma tal “Tocha Sagrada” na cidade, com a chama

prateada. E os prateados e seus defensores estavam amplamente felizes, pois demonstrava o quanto o governo prateado era bom e fazia a cidade parecer relevante no cenário na-cional.

As pessoas normais, que acordaram de súbito, ficaram intri-gadas, e algumas sequer sabiam da tal Tocha Sagrada. Ficaram todos refletindo sobre a sensação ao acordar. A manhã havia chegado e rojões foram ouvidos na cidade.

Todos foram às ruas. E os prateados passavam com a tal Tocha, revezando-se com pes-soas normais no carregamento. De repente, um prateado bem pequeno, que já era um senhor, candidato a líder dos prateados, pegou a Tocha Sagrada, que, naquele momento, começou a verter lama ao invés de labaredas.

Uma substância viscosa e mar-rom sujou os prateados e não parava de jorrar. O prateado bai-

xinho disse a todos para manter a calma, que estava tudo sob controle. Alguns ficaram, outros correram. E aos poucos a cidade foi sendo coberta pela lama da tocha dos prateados, que arras-tou vidas, histórias, sentimentos. Chega a ser difícil descrever aquele cenário triste e caótico em um texto tão pequeno.

A cidade ficou de luto, e quan-do a lama baixou, os prateados disseram que não tinha como ser prevista tal surpresa. Contudo, tentaram convencer a todos sobre a necessidade de que continuas-sem no comando de tudo, pois eram prateados. Colocaram o pequeno senhor prateado como líder, a ser escolhido pelo povo para comandar a todos. Um povo que ainda tinha lama na sola dos sapatos e nas palmas das mãos, lama que nenhuma tocha pratea-da seria capaz de retirar.

O que aconteceu depois disso, conto nas próximas semanas.

Railson Rodrigues é Advogado, pós-graduando em Direito Muni-cipal, Assessor Legislativo.

rAilson roDriGUEs

A cidade dos prateados

Os outros ângulos da audiência pública

Pão, circo e as urnas de outubro

Corria o mês de março de 2008, quando fui abordado na rua por uma pessoa conhecida que me perguntou se eu praticava algum esporte. Lhe res-pondi que não, mas que na juventude sim. Então gentilmente me convidou para treinar voleibol adaptado para idoso, se gostasse poderia integrar a equipe nas competições regionais e até estaduais. Passou-se uma semana e eu não havia decidido por conta de princípios pessoais. Mais uma semana e um novo convite, agora por outras pessoas amigas. Então resolvi assistir a um dos treinos e de imediato me incluíram no grupo para treinar. Foi um começo difícil em uma atividade da qual nunca havia participado e não me sentia atraído, apesar de o Brasil ter sido campeão mundial da modali-dade. Com algum esforço me integrei ao grupo, participando de todos os treinos até que uma oportunidade para compor a equipe surgiu, criando uma expectativa positiva. Ganhei um

par de tênis novos de meu filho, logo minha filha me presenteou com outro par de tênis para treinamento. Tinha o incentivo dos compa-nheiros, o apoio irrestrito da minha família e o estímulo de amigos que me encorajaram a romper com os paradigmas. Então integrei a equipe no meu primeiro Jogos Regionais do Idoso, em Itapetininga.

Além da atividade da qual par-ticipo, há ainda o voleibol adaptado para mulheres acima de 60 anos, e outras 14 modalidades esportivas que fazem parte do calendário dos Jogos Regionais do Idoso (JORI) e Jogos Estaduais do Idoso (JEI). Lençóis tem se destacado principalmente na modalidade voleibol Masculino, tendo sido campeão regional por sete vezes consecutivas, uma vez campeão estadual e várias vezes vice campeão na categoria 60 anos. Em 2016, devido ao avanço da idade dos atletas, a Diretoria

de Assistência e Promoção Social, além de manter a equipe de 60 anos do

voleibol masculino, criou a equipe de voleibol masculino com atletas com idade acima de 70 anos, que sagrou-se campeã dos jogos regionais realizados em Botucatú no mês de março e campeã esta-dual em Barretos no mês de

julho, competindo com outras onze cidades do estado.

Outra atividade da qual participo juntamente com minha esposa é a ginástica oriental para a terceira idade por nome “Liang Kong - Dezoito Terapias Para a Saúde”, dentro do programa “Vida Ativa”, que inclui além dos exercícios terapêuticos duas vezes semanais, massagens pelos próprios alunos, exercícios respirató-rios, caminhadas, confraternizações, intercâmbios com outras cidades da região e também apresentações pú-blicas nos eventos oficiais da cidade

com apoio total do poder público municipal que estimula a qualidade de vida, saúde física e espiritual e relacionamentos saudáveis.

Em seus ensinos, Jesus sempre enfatizou valorizar aquilo que o di-nheiro não compra: a tranquilidade, a solidariedade, o amor mútuo, a lucidez, a coerência, a unidade e a saúde, entre outras coisas. Que o objetivo estivesse focalizado mais no “ser” do que no “ter” e aprendessem a enfrentar os problemas reais do dia a dia e não os problemas imaginários criados na mente deso-cupada, sabendo atuar no seu mundo interior como agentes modificadores da sua história emocional, intelectual ou social, amando trabalhar em equipe, como verdadeiros vencedores, capazes de brilhar nas áreas mais ricas da inteli-gência e do espírito humano.

Antônio C. Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.

A passagem da tocha olímpica por Lençóis Paulis-ta, assim como em outras cidades por onde esteve ou estará o símbolo da continuidade dos Jogos Olím-picos vem causando polêmica por, supostamente, representar também a cultura do “pão e circo”, forma de política desenvolvida pelo Império Romano, que durante muito tempo foi eficaz como meio de ma-nipular a população, oferecendo o mínimo que teria direito, mas com a dose certa de festa que desviava sua atenção de questões políticas, determinantes para a garantia de bem estar.

Hoje, mesmo sem ter a total noção disso, parece que a população protesta exatamente contra esse princípio, de se manter o controle das massa esfomea-da, distraindo-se com o barulho dos fogos de artifício.

A ideia de que a máxima “pão e circo” represen-tava o controle da população passiva e facilmente guiada, se manteve até por volta da metade do século XX, quando a sociedade ainda acreditava que este tipo de política havia sido criada para controlar a massa submissa, através da qual a classe rica incentivava pobres a dar atenção apenas à satisfação de sua fome, através do pão, distraindo-os com o circo.

Este significado foi questionado posteriormen-te, por estudiosos que defendiam que a população romana não era assim tão passiva, e que trabalha-va duro el amesma par asaciar a sua fome, sem esperar as migalhas entregues pelos burgueses.

As duas visões, de antes e depois da avaliação do “pão e circo” parece se fundirem nos dias atuais, quando o circo é proposto através de shows midiáticos que tendem a desviar a atenção daquilo que realmente atinge as classes mais pobres - a falta do pão - seja pelos baixos salários pagos, seja pelo altíssimo custo de vida imposto, seja pela falta total de incentivo a novas formas de se garantir ao trabalhador lençoense o sustento de sua família. Isso, enquanto o povo trabalhador lençoense, acostumado nos últimos anos a conquistar o pão de cada dia, se mantém firme na luta por sua dig-nidade, contando apenas com seu próprio esforço, sem esperar que o poder público o represente e cumpra com sua tarefa de propiciar uma vida mais estável e menos árdua, enquanto lhe oferece o circo como forma de distração.

Ao menos enquanto a tocha olímpica estiver nas ruas de Lençóis Paulista, devem imaginar seus administradores públicos, ninguém vai pensar no desemprego, surgido após anos de falta de incenti-vo a novas empreas ou pela política que estrangula o crescimento da maioria das empresas locais.

Ninguém vai lembrar que após seis meses, pon-tes e acessos próximos a bairros pobres da cidade continuam colocando cidadãos em risco, porque para a administração, seu reparo e consequente ga-rantia de segurança para os pobres usuários que por ali trafegam nunca foi prioridade, após a enchente que os destruiu. Entre tantos outros problemas.

A diferença entre o passado e o que parece estar ocorrendo atualmente é o quanto a população é capaz de suportar essa política conservadora e ul-trapassada que a impõe uma má qualidade de vida, vendida de forma cara, como se fosse a vida perfeita.

Pelo que se percebe, este limite de paciência já se esgotou, por isso, apagar a o fogo da tocha olímpica na ruas da cidade, talvez não seja a melhor forma de manifestar essa mudança, mas sim, aguardando mais dois meses e meio para que essa manifestação de torne plena e incontestável, nas urnas.

LENÇÓIS PAULISTA, 9 DE JULHO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

”Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade

opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão?

Quem, mais que eles, para ir compreen-dendo a necessidade da libertação?”

Paulo Freire

Page 4: Sabadão edição 173

Decisão desta semana mantém condenação do TCE em processo que apura irregularidades na compra de bancos

4LENÇÓIS PAULISTA, 9 DE JULHO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Marise perde de novo ao tentar reverter decisão negativa do Tribunal de Contas

Estaca - MST de olho na fazenda Ipiranga

Meio ambiente - Mané Frias durante visita a ETE de Borebi: “funciona”

Da redaçãoO Tribunal de Contas do

Estado novamente negou recurso interposto pelo ex-prefeito José Antônio Marise (PSDB), no caso que apura irregularidades na compra de bancos de madeira para escolas do município, quando ainda era prefeito, em 2007. A última tentativa de Marise foi com o ingresso de embar-gos de declaração, que teve acórdão contrário publicado

no último dia 2 de julho.A ação que apontou as

irregularidades foi instaurada após o exames das contas do ex-prefeito. A fiscalização concluiu que as despesas eram irregulares porque, em con-junto, ultrapassavam o valor previsto para a compra com dispensa de licitação. Para o Tribunal, o prefeito aprovou compras do mesmo produto com a mesma empresa, em sete ocasiões diferentes, entre

os meses de janeiro e novem-bro de 2007, o que demonstra fracionamento da compra, quando deveria realizar a li-citação na modalidade carta convite. O valor total das compras foi de R$25.695,00.

O ex-prefeito se defendeu alegando que foram materiais diferentes para unidades es-colares diferentes e que cada uma das compras não ultra-passou o limite de R$ 8 mil.

No primeiro acórdão, a

Primeira Câmara do TCE, em sessão de 26 de fevereiro de 2013, manteve os votos dos Conselhei-ros Renato Martins Costa (pre-sidente e relator), Cristiana de Castro Moraes e Dimas Eduardo Ramalho, que acompanharam a fiscalização, julgou irregulares as dispensas de licitação e as respectivas notas de empenho, aplicando ao ex-prefeito multa no valor correspondente a 155 Ufesps (atualizadas hoje no valor de R$ 3.650,00)

Marise ingressou então com recurso ordinário, que foi negado em março deste ano, pelo Tribunal Pleno, após a assessoria técnica do TCE considerar que as razões apresentadas não modificavam o processo e a Secretaria Geral manter a conclusão de que hou-ve fracionamento da compra. O novo acórdão, que manteve as irregularidades foi publicado no dia 16 de maio deste ano.

Os embargos de declaração

interpostos, que tiveram o voto desfavorável do conse-lheiro Samy Wurman, foram julgados pelo Tribunal Pleno no dia 1º de junho. No voto, o conselheiro destacou a tentativa do ex-prefeito em rediscutir o mérito da ques-tão, o que já não cabia na altura do processo.

No acórdão, de 2 de julho último, os conselheiros man-tiveram a decisão e a multa aplicada ao ex-prefeito.

Da reportagemUma das maiores conquistas

do povo de Borebi, nos últimos anos, foi a construção e entrada em funcionamento da ETE (Estação de Tratamento de Es-goto), que há cerca de 30 dias começou a garantir que toda a água devolvida ao Córrego das Antas, antes como esgoto, agora seja tratada e limpa.

As lagoas ainda estão em período de maturação e vão fazendo o tratamento gradativo de todo o esgoto captado.

Os primeiros testes da obra foram realizados em novembro do ano passado, dentro do cronograma determinado pela empresa que executou a obra, cujo valor é de cerca de R$ 3,7 milhões, e que é supervisionada pelo DAEE (Departamento de Águas e energia Elétrica) do governo estadual.

A estação começou a ser construída em 2014, após o município ser beneficiado pelo programa Água Limpa, do Go-verno do Estado, que liberou recursos para a obra que vai melhorar a qualidade de vida de seus 2.100 habitantes. Até en-tão, a cidade não contava com o tratamento do esgoto, que era despejado praticamente in natura nos córregos que cortam o município.

A estação de tratamento foi anunciada pelo próprio governador Geraldo Alckmin

ETE de Borebi entra em funcionamento

durante sua visita à cidade para a inauguração das casa popu-lares em 2014. Na ocasião, o governador garantiu ao prefeito Manoel frias filho que a obra estava garantida e beneficiaria a cidade e a vizinha, Lençóis Paulista.

Foram construídos emis-sários, estação elevatória de esgotos, linha de recalque e a Estação de Tratamento, pro-priamente dita. Para que a obra fosse realizada, a Prefeitura de-sapropriou uma área de cerca de 48 mil metros quadrados, pelo valor de R$ 124 mil.

Embora esteja em funciona-mento, a ETE será inaugurada oficialmente apenas após o

período eleitoral, conforme determina a legislação.

Para o prefeito Manoel Frias Filho, que acompanhou a re-portagem às lagoas, não apenas Borebi passará ter melhor qua-lidade de vida mas, também, Lençóis Paulista.

“Antes da ETE todo o esgoto produzido em Borebi era lançado direto no córrego das Antas, que deságua no rio Lençóis. Isso aumentava os custos de tratamento da água do rio que abastece Lençóis Paulista”, contou.

Apesar da pouca quanti-dade de esgotos produzido em Borebi e da distância entre uma cidade e outra,

foi percebido a influência do esgoto na água logo acima do SAAE, em Lençóis. O fato foi apontado pela Cetesb em laudo de 2011.

Para o prefeito Manoel Frias, Borebi passará a ser exemplo de resultado ambiental no que diz respeito ao tratamento de esgo-to. “Não adianta começar o tra-balho e não terminar. São tantas cidades que gastam absurdos e, no entanto o resultado é quase insignificante para a qualidade de vida do cidadão”, apontou.

Manoel Frias espera poder inaugurar a ETE logo após o período eleitoral, depois de outubro. “O que importa é que está funcionando”, comentou.

Um acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), vem sendo insta-lado às margens da Rodovia da Amizade (KM 2), ao lado de Borebi, desde que o grupo deixou a fazenda Ipiranga, após reintegração de posse determi-nada pela Justiça na semana passada. Cerca de 120 famílias estão cadastradas para integrar o acampamento, que já tem barracas de lona sendo erguidas.

De acordo com Jeferson Diego Gonçalves, dirigente regional do MST na região de Promissão, o objetivo é perma-necer no local para reivindicar a posse da fazenda Ipiranga, que segundo o movimento, faz parte da nova estratégia do Incra para dar continuidade à reforma agrária, que é de-sapropriar terras com dívidas com o Governo Federal. “O governo sinalizou que, devido à crise, não vai desapropriar áreas neste momento, focando apenas as que têm dívida como forma de manter o processo de reforma agrária. A ideia é montar acampamento base e intensificar o processo de luta pela liberação da área de 1.700 hectares”, afirmou.

Diego afirmou que na re-gião, além de Borebi, existem outras áreas com dívidas a serem sanadas com a União, em cidades como Jaú, Barra Bonita e Lençóis Paulista, pro-priedades de grande e pequeno porte. “Então, o MST convida famílias da região que têm o sonho de ter a própria terra e que queiram lutar por isso, para se unir à gente”.

Na sua opinião, o acampa-mento deve abrigar um número maior do que as famílias cadas-tradas, uma vez que tem sido grande a procura de famílias que, devido ao desemprego, estão deixando as cidades, onde não conseguem pagar aluguel, para se unir a movimentos so-ciais. “Muitas famílias encon-tram saída na lona, unindo-se ao movimento. Quando o país entra em crise, as pessoas vão buscar outras saídas, como a lona. A solução é imediata, por-que as pessoas vão ter moradia e ter uma vida digna. Com isso, os movimentos sociais em todo país está crescendo”, avaliou.

Segundo o dirigente, não existe prazo para que o gru-po deixe o acampamento, já que a estratégia é ocupar a

propriedade quantas vezes for preciso, como forma de luta pelo uso da área, que atualmente tem plantações de eucalipto, mas que de acordo com o MST, pode abrigar até 150 famílias. “Vamos ficar até

MST monta acampamento permanente em Borebi na beira da estrada

que o Incra se posicione, pegue o processo, venha até aqui na região e faça o laudo da área”. Diego afirmou que além das plantações de eucalipto, não existem outros grandes investimentos em toda a extensão da área.

LEI MUNICIPAL Nº. 525/2016 FIXA O SUBSÍDIO DO PREFEITO E DO VICE PREFEITO DO MUNICÍPIO DE BOREBI, PARA VIGORAR NO EXERCÍCIO DO MANDATO DE 1º DE JANEIRO DE 2.017 À 31 DE DE-ZEMBRO DE 2.020 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. MANOEL FRIAS FILHO, Prefeito do Município de Borebi, Es-tado de São Paulo, no uso das atribuições que me são conferi-das por Lei, FAÇO SABER que, a Câmara Municipal de Borebi, APROVOU, e eu SANCIONO e PROMULGO a seguinte Lei Municipal: ARTIGO 1º - O subsídio mensal do Prefeito do Município de Borebi, para o mandato a iniciar-se em 1º de Janeiro de 2.017, será de R$ 13.758,46 (treze mil setecentos e cinquenta e oito reais e quarenta e seis centavos).ARTIGO 2º - O subsídio mensal do Vice Prefeito do Municí-pio de Borebi para o mandato a iniciar-se em 1º de Janeiro de 2.017, será de R$ 3.850,00 (três mil e oitocentos e cinquenta reais).ARTIGO 3º - Fica assegurada a revisão anual dos subsídios de que trata esta Lei, na mesma data e com o mesmo índice de reajuste dos servidores municipais, aplicando-se a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC-IBGE (base Dezembro) a partir de Janeiro de 2.017.ARTIGO 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua pu-blicação.

MANOEL FRIAS FILHO

Prefeito Municipal

Publicada na Diretoria dos Serviços Administrativos em 30 de Junho de 2016.

CARLOS ROBERTO DE PAULA LIMADiretor Municipal de Planejamento, Administração e Finanças EXPOSIÇÃO DE MOTIVOSTemos a honra de encaminhar, para apreciação dessa Egré-gia Casa de Leis, o presente Projeto de Lei que determinará o subsídio do Prefeito e do Vice Prefeito do Município de Borebi para a próxima legislatura de 01 de Janeiro de 2.017 a 31 de Dezembro de 2.020.Esclarecemos ainda, que estamos cumprindo as determina-ções da legislação vigente, bem como os pressupostos regi-mentais.

JOÃO LIMA DE SOUZAPresidente da Câmara

VALDINEIA APARECIDA BUENO FERREIRAPrimeira Vice Presidente

REGINALDO CASAR MARTINSSecretário

PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBI

[email protected]

TRABALHOS ACADÊMICOSMestranda em Educação, Pedagoga, Especialista em Docência do Ensino Superior, Alfabetização e Letramento, Educação Especial e NeuropsicopedagogiaOferece: - Suporte em montagem de Resenhas, Artigos Científicos, Projetos e Assessoria em Trabalhos de Conclusão de Cursos Superiores.

(14) 9-8173-3615

Procuro serviço de motorista, Ajudante ou servente de pedreiro. Tenho um bom conhecimento da cidade e já faço

entregas há mais de 20 anos.

Busca de emprego

Meu telefone é 996956940, Claudio

Fotos: Billy Mao

Page 5: Sabadão edição 173

GERAL 5LENÇÓIS PAULISTA, 9 DE JULHO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

Apesar de inquérito concluir que donos de represas não podem ser responsabilizados por enchente de janeiro, durante audiência, engenheiro do DAEE afirmou que órgão não fiscaliza construção de represas para as quais emite autorização

Fotos: Billy Mao

Ao concluir parte do inquérito da enchente, MP cobrada Prefeitura plano da DC e de planejamento urbano

Falta de manutenção em pontes e rede de esgoto dura seis mesesNesta próxima terça-feira,

dia 13 de julho completa-se exatos seis meses da enchente que assolou Lençóis Paulista inundando casas, comércio e ruas da cidade. Passado os seis meses, pouco foi feito para cooperar com os atingidos.

Valores arrecadados e que deveriam ser repartidos entre os atingidos ainda enfrentam os trâmites da burocracia e não chegaram nas mãos de todos que necessitam.

Pontes afetadas no perí-metro urbano continuam bloqueadas colocando em risco cidadãos, pedestres e motoristas. As pontes da Vila Repke, Vila Contente e a que liga a Vila Mamedina com o Primavera, estão do

mesmo jeitos durante todo este tempo.

A reportagem do jornal Sa-badão do Povo fez um levanta-mento sobre locais que ainda não receberam manutenção e constatou que alguns pontos da zona rural, também atingidos, ainda não tiveram manuten-ção. Um dos locais é o aterro na estrada que liga a Chácara das Flores à região de Virgílio Rocha. Ali uma das represas no município de Lençóis Paulista, também se rompeu.

As passagens pelas estra-das municipais que ligam Lençóis Paulista a Borebi, também rompidas em janei-ro, continuam interditadas.

A passagem que liga a re-gião do Jardim Itamaraty,

zona urbana de Lençóis Pau-lista, com as Chácaras São Judas Tadeu, recebeu manu-tenção e o aterro foi refeito. O acesso está liberado desde o início de junho.

Já os emissários de esgoto que escorrem para o rio da Prata e Lençóis, no perímetro urbano estão, lentamente, sendo atendidos pelo SAAE e recebendo manutenção.

No entanto, o despejo de esgoto direto no rio Lençóis continua ocorrendo no bairro rural Progresso. Lá, o rompi-mento da tubulação que leva o esgoto para as lagoas de de-cantação rodou com a cheia e o esgoto vai diretamente para o rio, sem nenhum tipo de trata-mento, também há seis meses.

Tânia MorbiA audiência pública realizada

pelo Ministério Público, através da Promotora de Justiça Débora Orsi Dutra, na terça-feira, dia 5, no Rotary Club, para expor parte das conclusões alcançadas pelo inquérito civil instaurado após as enchentes de janeiro, serviu para reforçar a fragili-dade das ações da Defesa Civil do município, ao revelar que Lençóis Paulista não conta com planos oficiais que deveriam nortear medidas preventivas, e do DAEE (Departamento Esta-dual de Água e Energia Elétrica) enquanto órgão que fiscaliza as represas. O inquérito não foi concluído, mas descartou a responsabilidade dos donos de represas de Borebi pelos danos causados pela enchente.

O engenheiro do DAEE Rubens Sérgio Vieira Domin-gues e o Promotor Ricardo Takashima Kakuta participa-ram da audiência, que teve a presença de vários diretores municipais e de cerca de 50 vítimas da enchente.

De acordo com a promotora, o inquérito teve o objetivo de apurar a situação das represas em Borebi e acompanhar o desenvolvimento das atividades direcionadas pelo município para solucionar ou minorar no-vos prejuízos. A parte concluída é relativa à apuração das condi-ções das represas e barragens e teve como principal base para os resultados o laudo emitido pelo DAAE, que minimizou a contribuição do rompimento das construções, dando ênfase à quantidade de chuva que ocor-reu no período como principal causador dos danos.

Como o jornal Sabadão do Povo já havia divulgado, foram consideradas apenas as represas existentes em Borebi, e não em Agudos ou Lençóis Paulista. Destas, seis diques e três tan-ques tiveram rompimento. O departamento estadual levou cerca de 90 dias para concluir o trabalho, iniciado em 18 de janeiro, e emitir o laudo.

Antes, o CAEx (Centro de Apoio Operacional à Execução), que oferece suporte técnico às Promotorias e Procuradorias de Justiça, havia emitido parecer afirmando que as represas ha-viam contribuído significativa-mente com a inundação.

Porém, de acordo com Dé-bora Orsi, o laudo do DAEE é mais completo e contém mais dados, uma vez que o departa-mento é responsável pela fisca-lização e concessão de outorgas. Como já havia sido divulgado, o laudo apontou que as águas das represas contribuíram em

cerca de um metro no nível final a que chegou a inundação.

“O primeiro laudo que re-cebi foi do CAEx e confesso que, quando o recebi comecei a fazer uma ação cautelar con-tra os donos de represas. Mas, percebi que precisava de mais dados, das respostas para os quesitos que fizemos, do laudo do DAEE, precisava estar mais segura para uma medida judi-cial. Com o laudo do DAEE, que mostrou que as maiores represas que não se romperam tinham outorga, considerando as menores que romperam, mas tinham pedido de desativação, Termo de Ajustamento de Conduta de 2006 com MP e o volume de chuva, juridicamen-te falando ficou inviável para o MP uma ação contra donos de represas”, declarou a promoto-ra, durante a audiência..

O inquérito deve prosseguir, de acordo com a promotora, já que ainda é aguardado o levantamento que será feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, que vai definir o destino dos imóveis invadidos pela en-chente. Os laudos do Instituto irão apontar quais casas, ruas e prédios das áreas de risco pode-

rão ser preservadas ou quais de-verão ser removidas para evitar novos danos à população, entre outros apontamentos, como a viabilidade de construção de pis-cinões para contenção das águas.

PMRRUma das informações apre-

sentadas durante a audiência, pela promotora Débora Orsi é a necessidade de implantação no município dos Plano Mu-nicipal de Redução de Riscos e Plano de Contingência da Defesa Civil.

De acordo com o MP, as indicações estão no laudo do CAEx, que aponta a impor-tância de várias ações de pla-nejamento de uso e ocupação do solo, entre elas, evitar uma que já ocorre em Lençóis, que é a ocupação de áreas de preservação permanente. “O CAEx fala também no Plano de Contingência da Defesa Civil. A Prefeitura vem fazendo este trabalho, mas ele precisa ser aprimorado, com o plano da Defesa Civil e do município, por que a gente sabe que se aconteceu desta forma não estamos livres de que volte a acontecer, mas não sabemos como”, disse.

No caso do Plano Muni-cipal de Redução de Risco, a promotora também destacou

a importância de que ele seja concluído. Segundo ela, o plano deve contemplar ações de apoio técnico e financeiro, como instrumento de plane-jamento com diagnósticos das medidas de segurança e meios necessários para o estabeleci-mento de prioridades.

DAEE não fiscaliza in loco construção de represas

O engenheiro do DAEE ((Departamento Estadual de Água e Energia Elétrica) Ru-bens Sérgio Vieira Domingues, que acompanhou a audiência, afirmou que o órgão não faz a fiscalização da parte estrutural das represas, sendo responsável apenas pelas partes hidráulicas e hidrológicas dos projetos. Mesmo assim, afirma que o departamento não tem con-dições de fiscalizar os projetos para garantir que o que for apresentado nos projetos será executado nas obras. “A função do departamento é analisar os processos das represas que chegam até eles, mas apenas as partes hidrológica e hidráulica. O DAEE tem que acreditar no que você fala. Você vai apresentar o projeto de uma represa, tenho que acreditar e não posso duvidar das suas informações”, afirmou.

A razão seria a forma buro-

crática de atuação do órgão, definida em Legislação, e a falta de mão de obra para cobrir todo o Estado. O escritório técnico de Bauru, ao qual Lençóis está submetido, pertence à Bacia do Baixo Tietê. Os pedidos de autorização para construção de represas são analisados com base nos dados apresentados em projeto pelo proprietário. Depois da análise em Bauru, os dados vão para Birigui, que encaminha para São Paulo, que faz a publicação da autorização em Diário Oficial. O escritório de Bauru é responsável por 19 municípios. “Não há con-dições de fiscalizar e garantir que o proprietário vai fazer o que declarou no projeto. Te-mos que acreditar. Não temos condições de ir até o local para averiguar se o que está sendo informado é ou não correto”, afirmou o engenheiro.

Na apresentação do projeto, é assinado pelo proprietário um Termo de Compromisso de Responsabilidade, no qual ele se responsabiliza pelas informa-ções apresentadas, mas apenas pelos cálculos hidrológicos e de dimensionamento, já que o departamento não é responsá-vel pela estrutura das represas. “Agora, como vou saber se você, de fato, está passando informações corretas, não há fiscalização para aprovação de projeto”, define.

Segundo Sérgio, o escritório de Bauru não tem informações sobre o número de proprietá-rios que foram acionados por descumprir o termo de respon-sabilidade. Mas, em caso de descumprimento, o DAEE faz notificação, depois efetua multas.

Em sua apresentação durante a audiência, Sérgio confirmou informação que foi divulgada no dia 12 de janeiro, pelo Facebook do jornal Sabadão do Povo, que o rompimento da primei-ra represa ocorreu em Borebi entre 20h e 21h, fato que vem sendo negado pela Defesa Civil do município, que alega que o rompimento se deu após as 24h.

Presidente da CEI enaltece participação popular

Durante a audiência, falaram sobre o ocorrdio e a necessidade de ações preventivas, vítimas que foram atingidas, entre mo-radores e comerciantes, além de vereadores, como Ailton Tipó, presidente da “CEI da Enchen-te”, que apura na Câmara res-ponsabilidades pelo ocorrido.

Para ele, é imprescindível que ao final do inquérito do MP, seja feito um TAC com o município para garantir que ações preventivas serão real-

mente executadas. “O nosso pedido é que seja feito um TAC que determine um prazo de 15, 10, 5, não importa, para que eles que se organizem, seja o prefeito que for, que faça re-servas com a responsabilidade de cumprir, porque se não por no papel, eles sempre vão falar isso, que não tem dinheiro, e não tem mesmo, porque eles gastam onde não era para gas-tar”, lamentou

O incentivo dado pelo Pro-motor Ricardo Takashima Ka-kuta, para que a população e as vítimas da enchente participem da Defesa Civil foi enaltecida pelo presidente, como forma de aumentar a representação social. “Por que hoje são só dois integrantes, o senhor José Anto-nio Marise, vice- prefeito (afas-tado) e Luis Eduardo Conti, diretor de Planejamento, e não existe nenhuma ata do trabalho da Defesa Civil. Como se pode fazer um planejamento depois de 2011, para enfren-tar uma futura enchente, se não existe uma ata? Como se organizaram e se prepararam para este momento e avisar as pessoas?, questionou.

Como exemplo negativo, Tipó mencionou que durante os 20 depoimentos dados a CEI, as vítimas foram unâni-mes em declarar que não houve nenhum alerta, por parte da Defesa Civil, de que era para sair de casa e retirar móveis ou mercadorias, pelo contrário, a orientação foi de que poderiam ficar, apenas erguendo seus per-tences. “Eles desencorajaram os moradores que queriam tirar seus móveis”, lamentou.

Em atendimento à solicita-ção da CEI, segundo Tipó, a única prova apresentada dos alertas feitos pela Defesa Civil e Prefeitura foi um CD com a gravação de uma sonora de uma rádio local, veiculada após as 22h15 do dia 12. “Quem, na-quela situação, ia ficar ouvindo rádio”, indagou.

Prefeitura e Defesa CivilO jornal Sabadão falou com

o atual responsável pela Defesa Civil Evandro Dalben, que assumiu após afastamento do coordenador José Antônio Marise. Ele afirmou que a DC tem um plano de ação, mas não soube assegurar se segue os mol-des do Plano de Contingência. A reportagem tentou contato com o diretor de Obras, An-tônio Silveira, para confirmar informações sobre o Plano de Redução de Riscos, deixou recados com sua secretária, na Engenharia, mas não teve retor-no até o fechamento da edição.

Trabalho - Promotora Débora Orsi Dutra diante do inquérito da enchente

Nada - Placa indica obras, no entanto nada foi feito no local atingido

Page 6: Sabadão edição 173

6LENÇÓIS PAULISTA, 9 DE JULHO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Homicídio no Jardim Primavera resultou de brigas antigas entre os envolvidosVítima teria invadido casa de suposto agressor, atacado duas mulheres e tentado fugir por matagal próximo ao bairro

A C A S A C A I UCOLUNA POLICIAL

Vicinal José Benedito Dalben colocamotoristas em risco de acidentes

Lotérica é assaltada na rua XV de novembro, centro de Lençóis

Usuários e moradores da zona rural da região do Bo-queirão e Rio Claro entraram em contato com a redação do jornal Sabadão do Povo esta semana para relatar o perigo em trafegar pela rodovia vicinal José Benedito Dalben.

Para os usuários, a falta de manutenção em um trecho da via, na altura do KM 9, estaria colocando diariamente em risco de acidentes os veículos que trafegam pelo local.

Devido às irregularidades

do asfalto na vicinal e a falta do calçamento no trecho, em 2014 um motorista faleceu no local depois de bater de frente com outro veículo.

A reclamação repercutiu também na Câmara Municipal levada pelo vereador Jonadabe de Souza. O vereador alertou e fez requerimento pedindo atenção do poder Executivo na recuperação da via.

Um usuário e motorista informou à reportagem que uma placa apontando que o

trecho estaria em obras foi colocada no final de 2014 para alertar os motoristas que o local estaria com mo-vimentação de máquinas, no entanto, o motor i s ta informou que desde então nenhum equipamento, ma-quinário ou manutenção ocorreu no local.

A reportagem já havia cons-tatado no início do mês de ju-nho que a placa indicava obras sem que nenhuma manutenção ocorresse no local. A mesma atitude tomada na rodovia continua ocorrendo na Vila Contente, onde uma placa avisa sobre obras na ponte atingida pela enchente no início do ano.

Um assalto na manhã de quarta-feira, dia 6, em uma lotérica na Rua XV de No-vembro, no centro de Len-çóis Paulista, assustou quem ouviu disparo de arma de fogo logo pela manhã, depois da saída de dois assaltantes.

Uma mulher que estava na fila para entrar na lotérica contou que dois rapazes, um de blusa vermelha e outro com uma blusa preta, sem esconder os rostos, chegaram armados no estabelecimento. Enquan-to um dos rapazes entrou

direto até os guichês, o outro foi ordenando que as pessoas na fila entrassem na lotérica.

Os assaltantes teriam leva-do cerca de R$2 mil do esta-belecimento e ninguém ficou ferido. Ao saírem, um dos rapazes efetuou um disparo e mais adiante, já em fuga, disparam outro e fugiram tomando rumo ignorado.

A Polícia Militar foi cha-mada e fez diligência por bairro durante a amanhã, sem sucesso em encontrar os assaltantes.

A Polícia Militar de Lençóis Paulista apreendeu na tarde desta terça-feira, dia 5, um rapaz de 27 anos, acusado de tráfico de entorpecente. De acordo com o sargento Lu-cas, da Força Tática, A.V.S.J. foi parado na rodovia Osny Mateus, próximo a empresa Belmont, quando a viatura cruzou com o veículo Corsa do acusado, que seguia senti-do Macatuba.

Na abordagem, durante revista, foram encontrados 21 pinos de cocaína, que estavam no volante do veí-culo onde deveria funcionar a busina. Como o rapaz já era conhecido dos meios policiais por tráfico, já tendo

PM prende rapaz de 27 anoscom drogas na busina de carro

cumprido prisão pelo mes-mo crime, os policiais foram até sua residência, no bairro Bela Vista, e com autorização de sua mãe, localizaram no quarto do rapaz, dentro de um tênis, outros 42 pinos da droga, prontos para a venda. Também foram apreendidos quatro celulares e R$ 150 em dinheiro,que estavam com o acusado.

A.V.S.J. foi autuado em fla-grante por tráfico e conduzido à Delegacia de Polícia, onde o delegado de plantão deveria ratificar a prisão.

De acordo com a polícia, A.V.S.J. era conhecido por fazer tráfico de drogas entre Lençóis Paulista e Macatuba.

Billy MaoUma “rixa” antiga entre dois

homens, amigos no passado, acabou em tragédia na tarde de terça-feira, dia 5, no Jardim Primavera, em Lençóis Paulista. Um deles morreu.

Segundo informações, André Aparecido Sobrinho, 35 anos, conhecido no Primavera como Kaká, teria entrado em uma residência para brigar com o morador, que não teve o nome revelado. Kaká teria começado a briga com o morador, com a esposa do ex-amigo e com uma senhora, idosa e acabou sendo agredido com um cabo de ma-chado e teve ferimento na cabeça.

Já machucado, Kaká teria saído do local e seguido até uma residência próxima onde, depois de permanecer alguns instantes, se apossou de uma faca de cozinha, voltando em seguida para a casa onde havia ocorrido o desentendimento, logo depois do morador, espo-so da mulher agredida, ter se ausentado do local.

Neste momento, André teria pulado o muro e no interior da casa, agredido a esposa do

homem e a idosa. Além de esfaquear a mulher e agredi-la com pauladas, Kaká danificou eletrodomésticos e parte do imóvel. Depois de ter agre-dido as mulheres, na ausência do dono da casa, saiu da local

deixando uma camiseta ensan-guentada na calçada.

Segundo as informações colhidas no local com teste-munhas do ocorrido, quando o esposo chegou e percebeu o o que havia acontecido, pegou

seu carro, juntamente com seu cunhado e foi em busca do agressor, enquanto vizinhos chamavam o SAMU para aten-der a mulher ferida.

Ainda segundo declarações extraoficiais, o esposo conseguiu

encontrar e “atropelar” Kaká em uma rua próxima, batendo, inclusive, com seu veículo, um Chevette, em um muro de uma residência. Em seguida Kaká teria fugido em direção ao mato próximo ao bairro .

André foi encontrado por moradores. Ao lado, no capim, havia um pedaço de madeira com sangue. Kaká foi levado

para a UPA mas teria chegado sem vida na Unidade.

O suspeito pelo crime se apresentou nesta sexta-feira, dia 8, na delegacia local e pres-tou depoimento ao delegado Marcos Jefferson, que havia re-querido sua prisão temporária, mas teve pedido negado pela Justiça. O homem deve respon-der ao processo em liberdade.

Foi encerrada esta semana, ao menos temporariamente, a greve dos oficiais administrati-vos do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), de São Paulo, que havia sido iniciada no dia 20 de junho. O Sind-caesp, sindicato que representa a categoria, divulgou que a paralisação é temporária para que os trabalhadores tenham tempo de acompanhar as deci-sões que serão tomadas junto ao

departamento, no período em que estará atuando um grupo de trabalho misto, formado por representantes dos servi-dores e patronais, havendo a possibilidade de retomada da paralisação, caso as tratativas não avancem.

O Detran também confir-mou a suspensão da paralisa-ção, que deve proporcionar que unidades como a de Lençóis Paulista passem a

atender normalmente e que os prazos para a liberação de documentos voltem ao normal. “Ficou acordado que serão criados grupos de trabalho, formados por re-presentantes dos servidores e do órgão, para analisar as reivindicações.

O desconto feito na folha de pagamento pelos dias não trabalhados será ressarcido mediante compensação”,

disse em nota o Detran.De acordo com o Sind-

caesp, propostas apresenta-das no início da paralisação permanecem como ponto de partida para o grupo de tra-balho. “A recomposição das perdas permanece em 28% para já ou em 35% em três parcelas, bem como a elabo-ração do Plano de Carreira contingencial, permanece”, divulgou a entidade.

Servidores do Detran no Estado suspendemgreve e atendimento se normaliza

Homicídio - Camiseta usada por André, dei-xada na calçada e porta destruída por invasor

Há anos - Placa indica obra que nunca aconte-ceu; local já foi palco de acidente fatal

Triste - Ma-deira com marcas de sangue no lo-cal do crime; faca usada por André, dentro da casa e muro com marcas

Ligue e faça sua reserva. Você paga a entrega e a garantia de ter o jornal todos os sábados, em sua residência! Você paga, em média, R$ 2,00 por entrega do exemplar durante o ano todo.

33,00R$

PARA RECEBER 1 ANO3x Reserve seu exemplar:

3263.17403263.1740ASSINE O SABADÃO

Page 7: Sabadão edição 173

7SAÚDELENÇÓIS PAULISTA, 9 DE JULHO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

MUSCULAÇÃO - CONDICIONAMENTO FÍSICOFUNCIONAL (COM PROF. ANDRÉ CAPELLARI)

Receitaspara você!Chef Paulo Campanholi

CARnE MEChADA

Ingredientes:1 Kg acém ou fraldinha 4 dentes de Alho01 cebola01 pimentão verde01 pimentão vermelho05 a 06 pimentas cambuci 03 tomates Meio copo azeite Quanto Baste salQB pimenta-do-reino QB folha de louro Modo de preparo :1. Corte a carne em pedaços médios que facilitem para desfiar.2. Cozinhe a carne com sal, pimenta do reino e folha de louro; na panela de pressão até conseguir soltar as fibras. 3. Desfie a carne com um garfo. 4. Corte os pimentões e pimenta em forma de palitos, alho e cebola em cubinhos e tomate sem a pele e sementes cortados também em cubinhos.5. Refogue alho,cebola, pimentão, pimenta, tomate no azeite, em seguida junte a carne e cozinhe em fogo médio por 15 a 20 minutos com a panela tampada.6. Corrija sal e pimenta. Pode ser servida com arroz branco ou no pão. Bom apetite!!

lEonArDo HEnriqUE DA silvA

Meio ambiente e biodiversidade:sustentabilidade

Sustentabilida-de, expressão que nos dias atuais tor-nou-se comumente utilizada, palavra da moda associada a anúncios de pro-dutos e serviços, discussões no meio acadêmico, propa-gandas de revistas e jornais, presente em todos os setores da sociedade, entretanto a maçan-te divulgação, pouco traduz a sua essencialidade.

Constantemente nos depa-ramos com situações onde são sugeridas aplicações e ações sustentáveis, sejam em super-mercados – na forma de como levamos nossas compras – ou sobre como descartamos nos-sos resíduos, um movimento onde todos somos levados a repensar sobre o modo em que levamos nossas vidas.

Por muitos, o cuidado com o meio ambiente é uma obrigação governamental e de empresas onde sua pro-dução baseia-se na extração de recursos naturais. Mas afinal, qual a importância em ser sustentável?

Para entendermos o con-ceito de sustentabilidade an-tes é necessário observar o planeta, o mundo em que vivemos, o qual nos abriga, fornecendo alimento, água e ar, ou seja, sustenta as necessi-dades fundamentais para vida. Entretanto, os avanços tecno-lógicos e necessidade por bens de consumo em grande escala tem ultrapassando os limites do planeta. As alterações no ambiente aceleram as mu-danças climáticas, tonificando eventos cataclísmicos, como enchentes, furacões e outros fenômenos naturais.

Recursos naturais são ele-mentos presentes na natureza para formação ou obtenção de benefícios à população – também chamados de serviços ecossistêmicos, os quais são provisionados pelo homem. Nem sempre são fontes reno-váveis, e sua ausência causaria

grandes prejuízos a vida no planeta. A água é um dos recursos naturais essenciais para to-dos organismos e tornou-se escassa em diversas re-giões em razão ao desmatamento e

perda da biodiversidade.O conceito mais dissemi-

nado para o termo susten-tabilidade é a definição de ações humanas conscientes na utilização de recursos naturais tendo em vista a preocupa-ção com as futuras gerações. No entanto, ainda que esta definição esteja correta, não remete a amplitude do seu valor, sendo necessário com-preender que fazemos parte de um sistema interligando, natureza-homem.

A ideia de uma socieda-de sustentável é aquela onde cada pessoa contribui para minimizar os danos ao meio ambiente, fazendo necessário maior valorização da natureza, promovendo novos hábitos, como reciclar o lixo, diminuir o desperdício da água, preser-var os ambientes naturais e a biodiversidade, se aderir ao uso de materiais retornáveis, mini-mizar a geração de poluentes entre outros.

Um governo é formado por pessoas, uma empresa é constituída por pessoas, uma comunidade é um conjunto de pessoas, seja representando um coletivo ou individuali-zado, cada cidadão faz parte do meio em que vive, e está conectado a ele sendo bene-ficiado e responsável por sua existência. Em suma, a susten-tabilidade é um mecanismo pelo o qual todos precisam se envolver em prol da preserva-ção do meio ambiente.

Leonardo henrique da Silva, graduando em Ciên-cias Biológicas e Pesquisa-dor Ambiental.Com Camila Carvalho, graduando em Ciências Biológicas.

Adolescente se alimenta mal e risco à saúde cresce

Nós somos a energia para o futuro.

Honramos as conquistas do passado,trabalhamos para criar o presentee inovamos para o futuro.

2design

Da redaçãoUma pesquisa inédita feita

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o Ministério da Saúde, mostra que adolescen-tes seguem uma dieta de alto risco para problemas cardio-vasculares, renais e obesidade. A lista de problemas é extensa: refrigerante é o sexto alimento mais consumido, só metade toma mais de 5 copos de água por dia, 80% consomem sódio em excesso e todos ingerem menos cálcio e vitamina E do que o adequado. O trabalho tem por base um inquérito com estudantes de 12 a 17 anos, fei-to em 1.247 escolas espalhadas pelo País.

“Vivemos em uma transi-ção do padrão africano, onde a fome era prevalente, para o padrão americano, onde a obesidade predomina” afirmou a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde, Fátima Marinho. A epidemiologista considera que o fenômeno identificado agora entre adoles-centes já ocorre há alguns anos na população adulta. “Nossa tarefa é tentar reverter esse pa-drão, sobretudo com população mais jovem.”

O conjunto de hábitos re-tratado na pesquisa preocupa.

Mais da metade faz refeições sempre ou quase sempre na frente da TV. Quando não é o prato de comida, é o salgadi-nho. Dos entrevistados, 40% disseram que comem petiscos enquanto estão com o aparelho ligado e 73,5% passam duas horas ou mais vendo TV ou no computador.

Arroz e feijãoA boa notícia está na perma-

nência do hábito brasileiro de colocar no prato arroz e feijão. São os itens de alimentação mais consumidos pelos jovens,

com 81,75% e 67,95%, respec-tivamente. No entanto, doces e refrigerantes, com 44,97% e 39,33%, por sua vez, estão mais bem colocados do que frutas e hortaliças (33,97%). No Nor-deste, o consumo de frutas e hortaliças é tão baixo que não figura entre os 20 alimentos mais usados.

O padrão entre adultos é ainda mais desanimador. Es-tudo feito por telefone com moradores com mais de 18 anos das capitais do País mostra que 19% do brasileiros têm o hábito

de consumir refrigerantes e su-cos artificiais e 20% consomem doces 5 vezes por semana ou mais. O hábito reflete direta-mente na obesidade: 18,6% são obesos - em 2010, eram 15%.

Endocrinologista do Cen-tro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Tarissa Petry diz que, por praticidade, brasileiros estão deixando de consumir alimentos naturais, mas que isso pode trazer sérias consequências para a saúde. (Fonte: JCNET /Estadão Conteúdo)

Page 8: Sabadão edição 173

8LENÇÓIS PAULISTA, 9 DE JULHO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL