jornal sabadão do povo edição número 119

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LIXO | Sem controle, lixo e entulhos são colocados em caçambas e vão parar em ‘aterros controlados’ como este em Alfredo Guedes O vice-prefeito terá a chance, se for à Câmara na segunda-feira, dia 8, entre outras per- guntas feitas pelos vereadores de explicar para a população se é esgoto ‘in-natura’ ou qual substância continua sendo jogada no rio, no mesmo ponto onde o Sabadão do Povo noti- ciou em 2011; poderá também informar o que vem sendo despejado atualmente em vários pontos do rio Lençóis e córrego Corvo Branco, aparententemente, fora da ligação com a rede de emissários, e porquê as lagoas ainda despejam grande quantidade de espuma no rio. Até o fechamento desta edição, não havia sido confirmada a presença do diretor. Convidado a participar da sessão de segunda-feira, dia 8, pelo presidente do Legislativo lençoense Anderson Prado de Lima (PV), o vice-prefeito e diretor do SAAE, José Antonio Marise (PSDB), terá oportunidade de esclarecer sobre suposto despejo de dejetos no rio Lençóis e sobre eficiência da ETE JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE - WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR EDIÇÃO Nº 119 - ANO 4 - 6 DE JUNHO DE 2015 - LENÇÓIS PAULISTA - CIRCULAÇÃO REGIONAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SABADAO DO POVO Fotos: Billy Mao Presença de vice na Câmara pode elucidar dúvidas sobre a ETE Déficit de moradia continua alto na região Família quer guarda de netos que estão no Piauí Recape de ruas em Borebi continua na semana que vem Proibido desde 2014 “aterro controlado” persiste no Guedão Ao mesmo tempo em que sofre por sua perda prematura, a família de Miche- le Cristina Rocha, de 29, morta no dia 8 de maio, na cidade de Isaias Coelho, no Estado do Piauí, tenta trazer para Lençóis Paulista seus dois filhos, de dois e três anos, que ficaram com o pai, além de ingressar com o pedido pela guarda do filho de Michele, de 10 anos. Para os pais Josuel Rocha, de 54 anos, e Maria de Fátima Rocha, de 52 anos, a morte da filha está envolta em mistério, por ter ocorrido de forma muito rápi- da e por Michele não ter histórico de doenças graves. O relato do marido e do filho, que acompanhou o adoecimento da mãe, são contraditórios, segundo a família. A notícia de que a jovem toma- va remédio controlados também sur- preendeu a família. O atestado de óbito aponta como causa da morte problemas pulmonares. Página A Prefeitura de Borebi deve con- cluir na próxima semana a pavimen- tação e recape de ruas do município. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 500 mil na obra. O serviço, segundo a Prefeitura, teve início no dia 2 de junho, com o recapeamento de várias ruas da cidade, e deve ser concluído na semana que vem com a pavimentação de ruas que ainda não tinham asfalto. Página 4 Vereadores fazem reunião sobre Gasoduto O jornal Folha de S.Paulo publicou esta semana uma matéria apontando o desemprego e a defasagem na renda do trabalhador como a principal causa do aumento do índice de inadimplência do programa social Minha Casa, Mi- nha Vida, do Governo Federal. Mesmo com a redução do déficit habitacional proporcionado pelo Mi- nha Casa, Minha Vida, baixando em cinco anos o índice para 8%, segundo o IPEA, o número de famílias de baixa renda sem condição de adquirir um imóvel pelas vias normais de financia- mento continua crescendo. Em nossa região a situação não é tão diferente. Apesar do Estado de SP ser um dos mais ricos da União, o problema da moradia própria assola as cidades à medida que o desemprego e a perda salarial também vão se acen- tuando. Página 6 Proibidos desde o ano passado, sob lei de 2010, aterros controlados e despejos deliberados de lixo e entulho continuam ocorrendo em vários pon- tos do município de Lençóis Paulista. Nesta semana em que se comemora o Dia mundial do Meio Ambiente, o jornal Sabadão do Povo alerta, mais uma vez, sobre despejos clandestinos muito próximos do rio Lençóis, de córregos e nascentes. O aterro sani- tário de Lençóis estaria, na Usina de Compostagem, ficando novamente saturado devido a demanda urbana e locais afastados do centro urbano estão sendo usados. Página 9 PASTO | Casas populares em Agudos já foram ocupadas; construção segue em passos lentos enquanto cavalos e vacas pastam tranquilamente no quintal Vereadores, representante da em- presa GásBrasiliano Distribuidora S/A e o prefeito Tarcísio Abel (PP) se reuniram antes da sessão da Câmara, da última segunda-feira, dia 1º, para tratar da implantação do gasoduto no município. A reunião ocorreu após as dúvidas apresentadas pelo presidente da Comissão de Política Urbana e Social, Saúde, Obras e Meio Ambiente, da Câmara de Ma- catuba, vereador Wilson Barbirato (PPS), sobre o projeto. Página 5 Derrubado veto do Executivo ao projeto do SAAE Por seis votos a cinco, a Câmara de Vereadores de Lençóis Paulista rejeitou, na noite de segunda-fei- ra, dia 1º, o veto do Executivo às emendas feitas ao projeto que trata da proibição do despejo da água da chuva na rede de esgoto. As emen- das haviam sido apresentadas pelos vereadores Ailton Tipó Laurindo e Anderson Prado de Lima (PV). Na mesma sessão, os vereadores rejeita- ram um pedido de retirada do Exe- cutivo ao projeto que reorganiza o regime próprio de previdência social dos servidores públicos municipais, e define a aposentadoria especial. O projeto foi adiado. Aprovado por todos os vereadores, inclusive da base de apoio da prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB) o projeto, que trata dos casos de instalação irre- gular das redes de esgoto e de águas da chuva, teve as emendas vetadas, sob a alegação de que a iniciativa dos vereadores excedia suas prerrogativas e que tais mudanças e acréscimos só po- deriam ser feitos pelo Executivo, autor do projeto. Página 3

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Jornal semanal com distribuição gratuita em Lençóis Paulista, Borebi e Macatuba. Faça sua assinatura social e receba o jornal em sua casa: 3X R$33,00.

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Page 1: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

LIXO | Sem controle, lixo e entulhos são colocados em caçambas e vão parar em ‘aterros controlados’ como este em Alfredo Guedes

O vice-prefeito terá a chance, se for à Câmara na segunda-feira, dia 8, entre outras per-guntas feitas pelos vereadores de explicar para a população se é esgoto ‘in-natura’ ou qual substância continua sendo jogada no rio, no mesmo ponto onde o Sabadão do Povo noti-ciou em 2011; poderá também informar o que vem sendo despejado atualmente em vários pontos do rio Lençóis e córrego Corvo Branco, aparententemente, fora da ligação com a rede de emissários, e porquê as lagoas ainda despejam grande quantidade de espuma no rio. Até o fechamento desta edição, não havia sido confirmada a presença do diretor.

Convidado a participar da sessão de segunda-feira, dia 8, pelo presidente do Legislativo lençoense Anderson Prado de Lima (PV), o vice-prefeito e diretor do SAAE, José Antonio Marise (PSDB), terá oportunidade de esclarecer sobre suposto despejo de dejetos no rio Lençóis e sobre eficiência da ETE

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE - WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR

EDIÇÃO Nº 119 - ANO 4 - 6 DE JUNHO DE 2015 - LENÇÓIS PAULISTA - CIRCULAÇÃO REGIONAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

SABADAO DO POVO

Fotos: Billy Mao

Presença de vice na Câmara pode elucidar dúvidas sobre a ETE

Déficit de moradia continua alto na região

Família quer guarda de netos que estão no Piauí

Recape de ruas em Borebi continua na semana que vem

Proibido desde 2014“aterro controlado” persiste no Guedão

Ao mesmo tempo em que sofre por sua perda prematura, a família de Miche-le Cristina Rocha, de 29, morta no dia 8 de maio, na cidade de Isaias Coelho, no Estado do Piauí, tenta trazer para Lençóis Paulista seus dois filhos, de dois e três anos, que ficaram com o pai, além de ingressar com o pedido pela guarda do filho de Michele, de 10 anos.

Para os pais Josuel Rocha, de 54 anos, e Maria de Fátima Rocha, de 52 anos, a

morte da filha está envolta em mistério, por ter ocorrido de forma muito rápi-da e por Michele não ter histórico de doenças graves. O relato do marido e do filho, que acompanhou o adoecimento da mãe, são contraditórios, segundo a família. A notícia de que a jovem toma-va remédio controlados também sur-preendeu a família. O atestado de óbito aponta como causa da morte problemas pulmonares. Página

A Prefeitura de Borebi deve con-cluir na próxima semana a pavimen-tação e recape de ruas do município. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 500 mil na obra.

O serviço, segundo a Prefeitura, teve início no dia 2 de junho, com o recapeamento de várias ruas da cidade, e deve ser concluído na semana que vem com a pavimentação de ruas que ainda não tinham asfalto. Página 4

Vereadoresfazem reuniãosobre Gasoduto

O jornal Folha de S.Paulo publicou esta semana uma matéria apontando o desemprego e a defasagem na renda do trabalhador como a principal causa do aumento do índice de inadimplência do programa social Minha Casa, Mi-nha Vida, do Governo Federal.

Mesmo com a redução do déficit habitacional proporcionado pelo Mi-nha Casa, Minha Vida, baixando em cinco anos o índice para 8%, segundo o IPEA, o número de famílias de baixa renda sem condição de adquirir um imóvel pelas vias normais de financia-mento continua crescendo.

Em nossa região a situação não é tão diferente. Apesar do Estado de SP ser um dos mais ricos da União, o problema da moradia própria assola as cidades à medida que o desemprego e a perda salarial também vão se acen-tuando. Página 6

Proibidos desde o ano passado, sob lei de 2010, aterros controlados e despejos deliberados de lixo e entulho continuam ocorrendo em vários pon-tos do município de Lençóis Paulista. Nesta semana em que se comemora o Dia mundial do Meio Ambiente, o jornal Sabadão do Povo alerta, mais

uma vez, sobre despejos clandestinos muito próximos do rio Lençóis, de córregos e nascentes. O aterro sani-tário de Lençóis estaria, na Usina de Compostagem, ficando novamente saturado devido a demanda urbana e locais afastados do centro urbano estão sendo usados. Página 9

PASTO | Casas populares em Agudos já foram ocupadas; construção segue em passos lentos enquanto cavalos e vacas pastam tranquilamente no quintal

Vereadores, representante da em-presa GásBrasiliano Distribuidora S/A e o prefeito Tarcísio Abel (PP) se reuniram antes da sessão da Câmara, da última segunda-feira, dia 1º, para tratar da implantação do gasoduto no município. A reunião ocorreu após as dúvidas apresentadas pelo presidente da Comissão de Política Urbana e Social, Saúde, Obras e Meio Ambiente, da Câmara de Ma-catuba, vereador Wilson Barbirato (PPS), sobre o projeto. Página 5

Derrubado vetodo Executivo aoprojeto do SAAE

Por seis votos a cinco, a Câmara de Vereadores de Lençóis Paulista rejeitou, na noite de segunda-fei-ra, dia 1º, o veto do Executivo às emendas feitas ao projeto que trata da proibição do despejo da água da chuva na rede de esgoto. As emen-das haviam sido apresentadas pelos vereadores Ailton Tipó Laurindo e Anderson Prado de Lima (PV). Na mesma sessão, os vereadores rejeita-ram um pedido de retirada do Exe-cutivo ao projeto que reorganiza o regime próprio de previdência social dos servidores públicos municipais, e define a aposentadoria especial. O projeto foi adiado.

Aprovado por todos os vereadores, inclusive da base de apoio da prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB) o projeto, que trata dos casos de instalação irre-gular das redes de esgoto e de águas da chuva, teve as emendas vetadas, sob a alegação de que a iniciativa dos vereadores excedia suas prerrogativas e que tais mudanças e acréscimos só po-deriam ser feitos pelo Executivo, autor do projeto. Página 3

Page 2: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

2LENÇÓIS PAULISTA, 6 DE JUNHO DE 2015

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A renúncia de Blatter

Cleusa, uma jovem de 26 anos viveu 10 anos em uma cracolândia no centro da cidade de São Paulo consumindo crack e se prosti-tuindo para sustentar seu vício, vestindo roupas velhas e muito sujas. Se alimentava de restos de comida que encontrava pelos lixos depositados nas calçadas e exalava mau cheiro por falta de banho.

Depois de dez anos se arras-tando dormindo nas calçadas e sob marquises, foi alcançada por uma missionária que realizava seu trabalho em uma manhã de sábado naquela região. Depois da abordagem e muita insistência, a convenceu acompanhá-la para tomar um banho, vestir roupas decentes, se alimentar de forma digna e ouvir uma palavra de esperança para a vida inútil que vivia dia e noite, entorpecida pe-las drogas, sem condições sequer de raciocinar que aquela não era vida para um ser humano. Não ria, não chorava, falava somente o necessário para negociar seu corpo franzino e adquirir as drogas.

Seu primeiro contato com as obreiras da Cristolândia, foi marcante. Cleusa sentiu o cheiro

agradável do seu cor-po limpo. As roupas eram usadas, mas es-tavam limpas e chei-rosas. O alimento era quente e tinha um sabor do qual ela nem se lembrava mais e em cada rosto um sorriso de satisfação e alegria aos quais ela não conseguia corresponder, pois sentia em sua garganta um forte aperto. Após se alimentar foi-lhe oferecido uma cama com colchão, travesseiro e cobertas, para se deitar e descansar. Cercada de atenção, embora relutante, dei-tou-se adormeceu e só acordou na manhã de domingo com o alarido dos cânticos do culto matinal, do qual muitos outros ex-viciados participavam alegremente e a envolveram nesse clima espiritual e fraterno.

Os dias foram passando e aos poucos foi se descortinando diante de seus olhos a chance de uma mudança de vida, mediante o carinho dos obreiros da missão, que na maioria viveram como ela viveu. Abriu seu coração para Cristo, reco-

nhecendo como o Sal-vador de sua vida, que foi totalmente trans-formada. Não teve re-caída. Descobriu que podia pensar, sentir emoções positivas e começou a se encantar com a vida. A dire-ção da Cristolândia, viu em Cleusa grande

capacidade para o trabalho, sendo contratada pela Junta de Missões como funcionária para trabalhar na cozinha com carteira assinada.

No final do primeiro mês de trabalho em sua vida, recebeu seu primeiro salário e fez o que qual-quer mulher faria: Comprou rou-pas novas, foi a um salão e tomou um banho de beleza. Agora toda produzida e bem trajada, decidiu: “Vou realizar meu grande sonho; vou entrar em um shopping”. Pensou e fez. Desta vez nenhum segurança a impediu. Ninguém reconheceu aquela moradora de rua que muitas vezes foi impedida de entrar naquele luxuoso templo de consumo. Ficou deslumbrada. Nunca havia imaginado haver tan-ta coisa bonita e atraente dentro de

um shopping. A beleza exterior do seu corpo e das suas roupas, agora era o reflexo da beleza moral da nova criatura em que foi transfor-mada. “ Se alguém está em Cristo é nova criatura as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo”. (2 Cor. 5.17).

Cleusa continua na Cris-tolândia, agora resgatada de uma vida suja e inútil. Deus tem diri-gido sua vida e ela tem aprimo-rado sua capacidade de trabalho, tornando-se uma missionária ativa e uma vida abençoadora, unida a um grande exército de voluntários apoiados por entidades religiosas, ou governamentais e organizações filantrópicas, na dura batalha con-tra o império das drogas, lícitas ou não, mas que envolve idosos, homens, mulheres, jovens e até crianças, chafurdando preciosos talentos na lama de uma sub vida. Todos podemos contribuir de al-guma forma para que mais alguém possa tomar um banho de beleza para a glória de Deus.

Antônio Carlos Cabral é Ba-charel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.

Banho de belezapr. antonio carlos cabral

GabriEl bocornY GUiDotti

railson roDriGUEs

A espada, o mago e o reino

Balian era um cavaleiro do Reino de Lencosis, e, por aquelas terras, não havia muita opção de ofícios, ou se era cavaleiro, ou servo, ou membro do clero. A nobreza era composta apenas por aqueles que nasceram nobres. A sociedade era estática, estamos falando dos tempos de feu-dalismo, Idade Média.

Balian se tornou cavaleiro após treinamentos intensos, muito esforço e um pouco de sorte também, pois todos sabemos que tudo é uma ques-tão de estar no lugar certo, na hora certa e saber enxergar oportunidades.

Dentro da cavalaria, Balian bata-lhava com uma disposição incrível, e tinha suas metodologias de combate. O grande problema é que nosso personagem era demasiadamente insubordinado e relutava em cumprir ordens totalmente desnecessárias e onerosas, que colocariam em risco a vida de grande parte do exército, por puro preciosismo dos nobres.

A ideia era sempre chegar às bata-lhas em condições plenas para a vitó-ria, e, caso não fosse possível, que os generais pensassem em uma forma de se chegar ao confronto com a menor

desvantagem possível.Entretanto, no Rei-

no de Lencosis, as coi-sas não funcionavam para poupar vidas de soldados. Soldados sempre foram descar-táveis para os generais e para a nobreza em geral. E nessas rusgas com os generais, Balian passou a ser alvo dentro do próprio exército do Rei.

Foi assim que o puseram na linha de frente, para ser atingido o quanto antes. Mas não funcionava. O cava-leiro desviava das lanças e mantinha sua espada empunhada de tal forma que se defendia através do ataque. Parecia impenetrável.

Certa vez, em meio a um conflito, Balian presenciou um dos generais do Rei tripudiando sobre os servos dentro do feudo, banalizando-os, como se generais fossem deuses. E foi o estopim para nosso soldado. Ele empunhou sua espada e partiu para cima do saudável general. Após uma batalha rápida, a guarda do general separou a briga, mas ninguém se

atreveu a atacar Balian.O cavaleiro foi a jul-

gamento no palácio. Uma comissão, for-mada por nobres e por um bobo da corte, con-denou-o à morte. Na hora de ser cumprida a sentença, Balian achou uma brecha, lutou com alguns guardas, e esca-pou. E a morte não se

cumpriu para o cavaleiro. Ele havia permanecido vivo, mas foi banido do reino.

Condenado a sobreviver fora do feudo, Balian disfarçou-se e perma-neceu entre os camponeses. Até o dia em que foi resgatado por um mago que vivia nos arredores de Lencosis. O mago lhe proporcionou muito conhecimento, ensinou a domar seus instintos e o auxiliou no amadureci-mento. Afinal, ter uma espada e saber usá-la seria apenas o começo, mas a condenação de Balian provava que era preciso mais que isso para se lutar contra uma nobreza secular.

Com o tempo, Balian passou a treinar os garotos do reino, para que

se tornassem honrosos cavaleiros, ainda que lutassem pela permanência da nobreza e do “status quo” no rei-nado que imperava. Pois sabia que o valor de um homem estava no legado que ele deixava ao mundo, estava na partilha de conhecimento e de habilidades. A doação de si mesmo para o próximo e a busca por ser melhor a cada dia também lhe pa-receram pautas justas para viver. Se a garotada do feudo desejava entrar para o exército, Balian via honradez e necessidade nisso, pois era a comida na mesa, a possibilidade de edificar uma família e ter uma vida digna, então, nada mais justo que auxiliar a todos com o que mais sabia fazer: manusear a espada.

Não se sabia até quando duraria aquele reinado, mas, segundo minhas pesquisas, acabou logo, e a revolução no Reino de Lencosis se iniciou sob a liderança de um mago e de um grupo de cavaleiros que conseguiram acabar com o absolutismo naquelas terras. Mas isso é história para um outro dia.

Railson Rodrigues é estudante de Direito

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

Chargeonline.com.br - Charge do Nicolielo

Hipocrisiaambiental

Após 17 anos, Joseph Blatter deixa o comando da FIFA. Isso após ser reeleito para mais um mandato na semana passada. Surpresa? Surpresa mesmo foi a reeleição acontecer em meio ao pe-ríodo mais conturbado da história da entidade. A pressão era insu-portável. Dirigentes do futebol e até mesmo estadistas impuseram a saída. O suíço cedeu, temendo por sua honra e saúde. Resta saber se as provas vão indicar que ele estava em manipuladores do esquema.

A saída de Blatter é positiva para a democracia. Não de um país em especial, mas de uma en-tidade essencial para o mundo do futebol. 21 anos, convenhamos,

não é presidência, é reinado. As organizações que regem o esporte ainda estão na Idade Média. Não aceitam ingerências externas e mantêm os mesmos nomes no topo por décadas. Quando um clube, por exemplo, tem reclama-ções a fazer na justiça comum, é ameaçado de exclusão do quadro de competições. Cultura do medo.

Mas essa é outra história. Algu-mas personalidades que há pouco estavam nos palcos de entrega das taças agora constam numa lista de investigados. Entre eles, Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol, e José Maria Marin, ex-presidente da CBF. Marin, por imperativo moral, deve ser tratado como sus-

peito, até que se prove o contrário. Mas o mundo futebolístico não se esquece de um de seus cartões de entrada no meio.

Em 2012, durante a premiação após o jogo final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, Marin subtraiu, furtivamente, uma das medalhas que seriam entregues aos jogadores. Ele só não contava que as câmeras da televisão flagrassem o delito. Virou chefe máximo da CBF. Não sei se por medo ou inte-resse, mas os clubes nunca chiaram contra essa nomeação. Um homem que faz o que o fez jamais poderia chegar aonde chegou. A partir dali, tudo viraria suspeita.

O escândalo da FIFA ainda vai

dar muito pano para a manga. Blatter decidiu sair com dignida-de, ciente de que nada fez – em tese. Seu erro foi gostar do poder. Quanto aos outros, que a justiça puna e dê exemplo, embora a cor-rupção, neste mundo histriônico que vivemos, tenha se profissiona-lizado. Há sempre um novo caso. Homens e mulheres – de terninho e largos sorrisos – que você vê hoje na televisão, amanhã podem estar atrás das grades. Existe limite para a opulência imoral deste tipo de gente? Pelo visto, não.

Gabriel Bocorny Guidotti Ba-charel em Direito e estudante de Jornalismo

Na semana marcada pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a notícia de que entulho e restos de construção voltaram a ser jogados em uma área no bairro Rocinha não é motivo de comemo-ração. Assim, como não é razão de festejo a lentidão com que o problema é tratado no município, mesmo após a conquista de equipamento destinado ao processa-mento do material, que é contaminante se exposto no meio ambiente.

A resistência do município em ampliar o contrato com a Cooprelp, entidade que está à frente de um dos principais projetos implantados no município voltado ao meio ambiente, também é motivo de questiona-mento e reflexão, sem razões para celebra-ções, por enquanto.

Sobre o tema, também as dúvidas levan-tadas recentemente por cidadão lençoenses sobre supostos despejos irregulares de esgoto no rio Lençóis, acabam por cobrir com nuvens a tão festejada, tanto quanto polêmica, efetividade da Estação de Trata-mento de Esgoto.

Lençóis Paulista, na prática, ao longo de sua história, não somou grande número de ações efetivas que lhe garantam espaço entre as cidades que mais preservam. Selos, honrarias e títulos oficiais são sempre ques-tionáveis, por envolverem uma das piores agressões ao meio ambiente: o interesse político falando mais alto do que a preocu-pação e conscientização dos cuidados que devem ser tomados e da ação que resulte em preservação.

Nada faz mais mal ao ambiente do que a política rasteira, que preserva interesses financeiros de poucos em detrimento da vida de muitos.

Mas, existe sim o que se comemorar. O simples fato de a cidade toda ter água tratada e esgoto encanado, considerando a realidade de regiões do país onde isso ainda é um privilégio, já seria o bastante.

A preocupação demonstrada pelas empresas de médio e grande porte, mais suscetíveis a fiscalização e cobranças legais, que têm investido recursos para atender a essa mesma legislação é sim razão de comemoração.

Porém, como costumam afirmar inte-grantes do próprio poder público municipal de Lençóis Paulista, o mal da cidade é que quanto melhor fica, maior a cobrança feita pela população, como se o insuficiente já fosse o bastante para a maioria. Não é.

Cada árvore cortada de forma descui-dada, mesmo sob o manto da alegação oficial; cada gota de esgoto não tratado ou de restos de oficinas mecânicas (não vistos pela fiscalização para não ferir o interesse do proprietário, próximo ao governo); cada pedaço de terra contaminado pelo entulho mal separado; cada família que corre o risco de não ter os salários vindos do trabalho de separação de materiais recicláveis, ou cada porção de material reciclável que não é aproveitado porque o governo não acredita que a reciclagem do município não precisa aumentar (e que os 10% reciclados já são suficientes), são motivos para protesto e cobrança.

Cobrança, é claro, de quem faz sua parte, pois debruçar-se sobre a ineficiência do poder público, enquanto se contribui com a destruição do meio ambiente é pura hipo-crisia, que pode ser mortal para o ambiente e para a vida que resta dele.

“É mais fácil mudar a natureza do plutônio do que mudar a

natureza maldosa do homem”.

Albert Einstein

Page 3: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

POLÍTICA 3LENÇÓIS PAULISTA, 6 DE JUNHO DE 2015

Com derrubada, permanecem isentos imóveis antigos e válido prazo maior para adaptação de imóveis novos, mas Prefeitura pode recorrer à Justiça para manter projeto com cobrança de todos os imóveis irregulares, com prazo menor

Vereadores rejeitam veto doExecutivo ao projeto das redes de água e esgoto do SAAE

Tânia MorbiPor seis votos a cinco, a Câmara

de Vereadores de Lençóis Paulista rejeitou, na noite de segunda-fei-ra, dia 1º, o veto do Executivo às emendas feitas ao projeto que trata da proibição do despejo da água da chuva na rede de esgoto. As emen-das haviam sido apresentadas pelos vereadores Ailton Tipó Laurindo e Anderson Prado de Lima (PV). Na mesma sessão, os vereadores rejeitaram um pedido de retirada do Executivo ao projeto que reorganiza o regime próprio de previdência social dos servidores públicos mu-nicipais, e define a aposentadoria especial. O projeto foi adiado.

Aprovado por todos os vereado-res, inclusive da base de apoio da prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB) o projeto, que trata dos casos de instalação irregular das redes de esgoto e de águas da chuva, teve as emendas vetadas, sob a alegação de que a iniciativa dos vereadores excedia suas prerrogativas e que tais mudanças e acréscimos só poderiam ser feitos pelo Executivo, autor do projeto. A iniciativa também in-terveio nas prerrogativas do SAAE (Serviço Autônomo e Água e Esgo-to), responsável pelo abastecimento de água do município, de acordo com a justificativa do veto.

Com as emendas, os vereadores verdes defendiam que imóveis com autorização para moradia (habite-se) e que não tenham condição técnica comprovada de serem adequados, especialmente pelo desnivelamento da construção com o nível da rua, fossem isentos do que estabelece a lei, inclusive a cobrança de multa, que inicial-mente é de cerca de R$ 1300,00, mas pode dobrar. O prazo inicial da lei previa que as adequações deveriam ser feitas em 90 dias, mas foi prorrogado pela Prefeitura em 180, e novamente estendido em 360 dias, por uma das emendas dos vereadores, também vetada.

Como a lei original, que trata da proibição da interligação entre as redes de escoamento de água e esgoto, entre outras prerrogativas

do SAAE, é de 2009, e o projeto enviado pelo Executivo, no ano passado, acrescenta três parágrafos ao artigo que define a proibição, os vereadores que defenderam a derrubada do veto justificaram que a proposta enviada no ano passado apenas daria o aval da Câmara para a cobrança que já pode ser feita pela Prefeitura, uma vez que a multa já estava prevista na lei original.

“Nós fizemos emendas deso-brigando aqueles que têm direito adquirido. Aqueles que tiveram plantas aprovadas, não podem hoje sofrer penalidade do município, se o próprio município, lá atrás, há anos, décadas, aprovou a obra. Não pode dar prazo nenhum. Não pode obrigar o morador que já teve projeto aprovado a fazer uma obra. É importante derrubar o veto pelas pessoas”, explicou Tipó.

Os vereadores da base da prefeita se opuseram à derrubada do veto, justificando que o projeto apenas ampliava o prazo para que os proprietários de casas com ligação irregular fizessem a adequação e que a proibição está prevista em lei estadual. O líder da prefeita chegou a afirmar que a lei não previa multa para os imóveis irregulares, no que foi corrigido pelo vereador Tipó. “O artigo 15 fala que a primeira multa é de 10 MRVM, 10 são R$ 1.290,00. Está prevista na lei”, disse.

“Se estamos regulando tempo fica evidente que iremos multar. Se a prefeitura forneceu o Habite-se há décadas para o proprietário da casa como pode agora exigir que mude e desvalorizar o documento que eles emitiram antes? No meu entender fica claro que a Prefeitura quer multar a população”, comple-mentou Anderson Prado.

Para Nardeli da Silva, as casas que estão nessa situação, foram construí-das há muito tempo, por isso, cobrar a adequação implicaria em criar problemas para moradores antigos, tanto do centro quanto dos bairros. “O projeto diz sim, que vai aplicar multa baseado em lei estadual. São mais de mil casas que vão ser preju-dicadas. Já faz 15 anos que o setor de obras da prefeitura não autoriza o feito. As casas nesta situação são antigas”, reafirmou Nardeli.

Já André Paccola Sasso (PSDB) voltou a defender o projeto e a manutenção dos vetos alegando que a lei é de 2009 e só complementa leis anteriores, inclusive sobre a aplicação de multas, e que vários proprietários conseguiram provar que na época da construção, a orientação legal permitia que os imóveis fossem construídos com a ligação entre as duas redes.

Segundo Nardeli, como o pro-blema da ligação irregular das redes de águas pluviais e esgoto é antigo

e foi previsto no Plano Diretor do município, ele poderia ter sido re-solvido de outra maneira, inclusive para não afetar o funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto, cujo projeto também é posterior ao problema.

Humberto José Pita (PR) foi contra o veto. “A meu ver, o Execu-tivo está querendo autorização desta Câmara para cobrar uma multa que já existe há décadas. Cobre, sem o aval da Câmara. Sugiro que os mo-radores que se sintam ameaçados, que juntos, façam ação popular contra a lei, que é posterior à obra. Se não querem multar, que constem isso na lei. Que a prefeita entenda que penalizar as pessoas que têm, imóvel há 20 ou 30 anos, não é certo”, afirmou.

Após derrubada dos vetos, a Prefeitura pode recorrer à Justiça e ingressar com Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para manter o projeto original, sem as emendas dos vereadores, o que manteria a co-brança de multa a todos os imóveis do município com irregularidade e com prazo menor para adequação.

“Peço que a prefeita antes de entrar com uma Adin, entre em contato com a Casa de Leis para que possamos discutir outro projeto que contemple os anseios da Câma-ra e da população”, pediu Prado, presidente da Casa, após a votação.

Outro projeto que gerou debate no Legislativo, na noite de segunda-feira, dia 1º, e marcou um recuo do PSDB, para evitar nova der-rota na votação em plenário ao Executivo, foi a proposta que dispõe sobre a aposenta-doria especial dos servidores públicos por insalubridade. A prefeita solicitou a retirada do projeto, porém os vereadores Ailton Tipó Laurindo (PV), Gumercindo Ticianelli Júnior (DEM) e Jonadabe José de Souza (SDD) se posicionaram contra o pedido, o que fez com que a bancada do PSDB solicitasse o adiamento da votação, para análise do de-partamento Jurídico da Casa. O projeto foi adiado com unanimidade de votos.

Junior lembrou que os vereadores pedem o envio do projeto ao Executivo há dois anos, para que fosse feita a mudança no Estatuto dos Servidores, beneficiando

Governo tucano recua e pede adiamentodo projeto de aposentadoria especial

os servidores que recebem periculosidade, a chamada aposentadoria especial. O pe-dido foi para que a Prefeitura, obedecendo o que determinou o STF (Supremo Tribunal Fe-deral), em 2014, fizesse a ade-quação ao Estatuto e assim os servidores que contribuíram com o Regime Celetista, pu-dessem contar com estes anos no cálculo para aposentadoria através do regime Estatutário, em vigor no município.

“O servidor necessita da regulamentação desta lei para a aposentadoria. Não dá para entender. Demorou para en-viar a lei para Câmara e depois de duas ou três semanas pediu para retirar da pauta”, frisou Júnior, para justificar sua posição contra a retirada do projeto de votação.

Jonadabe também foi con-tra o pedido de retirada, mas votou favorável ao adiamento. Para ele, foram identificadas falhas no projeto, mas que

não justificavam a retirada e poderiam ser corrigidas com andamento normal. “Deve-ríamos pedir que a prefeita encaminhe projeto substituti-vo, porque se sair da discussão desta casa, vão jogar a culpa (pela não aposentadoria) para a Câmara”, afirmou.

Embora aponte que o pro-jeto enviado pelo Executivo não irá beneficiar nenhum servidor, por não prever a contagem dos anos de con-tribuição ao regime Celetista, Tipó também foi contra a re-tirada. “Pelo projeto, para um servidor fazer jus à aposenta-doria especial ele precisar ter 25 anos de contribuição ao Iprem (Instituto de Previdên-cia Municipal), ou seja, o ser-vidor que trabalhou 15 ou 20 anos na Prefeitura antes do Iprem, isso é jogado no lixo e a Prefeitura não reconhece isso para aposentadoria espe-cial. Aposentadoria especial é para aquele que trabalha

25 anos exposto aos agentes agressivos, é a lei que o STF mandou aplicar nas prefeitu-ras. Sou a favor de sobrestar o projeto para acharmos uma saída”, exclamou.

A proposta de apresentar emenda , s e gundo Tipó , pode ser vetada pelo Execu-tivo, então com o adiamen-to, ele e outros vereadores devem estudar uma maneira mais rápida e eficiente para que o s s e r v idore s s e j am beneficiados. “Se for para fazer as emendas, elas estão prontas. Do jeito que está o projeto, não vai aposentar ninguém”, adiantou.

“Acho que a Prefeitura percebeu que o projeto esta-va errado e decidiu retirar, mas se estava errado, porque não manda o certo? Mande o projeto bom que vai be-neficiar o servidor público que tem direito, que é a normativa federal”, concluiu Humberto Pita (PR).

QUEDA | Tipó discursa em sessão que rejeito vetos do Executivo

POSIÇÃO | Votaram a favor dos vetos os vereadores Emerson Carrit, Chico Naves, André Paccola Sasso, dodo Santana e Manoel dos Santos, todos da base do governo tucano

Na ativa - Em Macatuba corre à boca pequena, nas rodinhas políticas, que o ex-prefeito Coolidge estaria bastante animado com a possibilidade de concorrer a próxima eleição. O que para alguns grupos é uma notícia não muito agradável. Porém, para a maioria da população, segundo o que se ouve na cidade, uma eleição com Coolidge seria a salvação da política na cidade.

Amarra - Houveram várias tentativas de se juntar um grupo forte em Macatuba desde a eleição de Tarcísio Abel. Nestas reuniões o nome ovacionado sempre foi o de Coolidge. Remanescentes da eleição passada, tanto os da ‘oposição’, quanto da ‘situação’, se juntariam no caminhão do ex-prefeito.

Será ? - Caso isso realmente ocorra, poderá frustrar a intenção de vários expoentes que estariam buscando visibilidade para galgar o poder Executivo macatubense, jogando por terra sonhos ainda mal formulados.

Curral - Em Borebi, a reportagem do Sabadão do Povo foi vexatóriamente xingada com palavras de baixo calão pela ex-prefeita daquele município. Leila Ayub estava em uma ro-dinha de senhoras quando a viatura do jornal passou pela rua de sua residência. Sem titubear, a ex-prefeita e ex-primeira dama do município não perdeu tempo e soltou os impropérios.

Caiu - Apesar de aprovado por todos os vereadores, o projeto que trata da ligação entre as redes de águas pluviais e esgoto recebeu duas emendas dos vereadores Tipo e Prado de Lima, que foram vetadas pela prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB), sob o argumento de que os vereadores não poderiam propor as mudanças. O veto foi derrubado na noite de segunda-feira, por seis votos a cinco.

Pena - Durante a discussão, Tipó comentou sobre a intensificação que a Prefeitura tem promovido para arrecadar mais, segundo ele, penalizando a população de forma indevida.

Gana - “Não entendo porque a Prefeitura tem tanta gana em cobrar impostos. A crise chegou no município. Acharam que o município era intocável e não tomaram as providências para se preparar para a crise. Acharam que Lençóis sempre seria a cidade mais rica do interior. Isso mudou e quem de novo vai ter que pagar a conta é o povo”

Culpa - Após a derrubada dos vetos, Nardeli afirmou que em caso contrário, mesmo a lei anterior prevendo a cobrança da multa pela irregularidade, o prejuízo do morador seria creditado à Câmara. “Ficaria nas costas da Câmara. Porque é assim que eles fazem. Então, vocês não vão ter o voto do Nardeli (se referindo à bancada do PSDB) porque vão pagar o pecado. Tem um monte de coisas que foram jogadas no lombo da Câmara. Se deu errado, a Câmara autorizou”.

Origem - Ainda no debate do projeto das redes de água e esgoto, foi comentado a descoberta de despejos no rio Lençóis, que o SAAE defende serem efluentes industriais. Para resolver as dúvidas, na opinião de Nardeli, bastava identificar de ondem vêm os dutos, o que dispensaria a fiscalização da Cetesb, a quem a autarquia diz que cabe a fiscalização.

Poder - Porém, a influência do PSDB no governo estadual e suas ramificações, como no caso da Cetesb, na opinião de Nardeli, em muitos casos, é danosa para a população. “Mas, em Lençóis, existe o coronelismo. Tem apoio lá em cima, dane-se o resto da sociedade”, disse Nardeli.

Dois pesos... - O mesmo vereador criticou a forma como o poder municipal trata os problemas, dando importância ao que lhe for mais interessante no momento, sem considerar os interesses do povo, como no caso da cobrança pela regularização das redes de água e esgoto e a aposentadoria especial, que vem sendo adiada pela Prefeitura, apesar de uma lei federal que determina seu pagamento.

...Duas medidas - “As casas que emitem água da chuva no esgoto têm que regulamentar, porque tem lei estadual. Agora, tem lei federal, que manda a prefeita aposentar quem está apto e con-tribuiu com o INSS, mas se retira o projeto e não se atende a lei. Querem regulamentar uma situação porque tem uma lei, mesmo que para prejudicar as pessoas, mas quando tem lei a favor do funcionário, retira o projeto e não se cumpre a lei”, lamentou.

Despejo - O vice-prefeito e diretor do SAAE de Lençóis Paulista, José Antonio Marise, foi convidado à participar da sessão da Câ-mara nesta segunda-feira. A ideia é que o diretor elucide dúvidas dos vereadores e da platéia quanto ao despejo deliberado do que seria esgoto in natura nas águas do rio.

Dois canos - Marise deverá ir para a Câmara municiado de pro-tocolos expedidos pela Cetesb e outros, para fortalecer a máxima de que a ETE trata todo esgoto da cidade. Inclusive deverá levar o panfleto produzido para rebater matéria desse semanário.

A fonte - Segundo informações de uma fonte no SAAE, o diretor estaria um pouco apreensivo quanto a participação ou não na sessão. Para que a participação do diretor fique ainda melhor, do ponto de vista da discussão ambiental, aproveitando a Semana do Meio Ambiente, a presença da população e a liberação da “Tri-buna Livre”, abrilhantaria ainda mais os trabalhos legislativos.

Fala que eu não te escuto - Caso o presidente Anderson Prado de Lima resolva disponibilizar a “Tribuna Livre”, um cidadão que disse saber muito sobre a estação, que conhece bem os trâmites da construção e que viu tudo de perto o que ocorreu: de supostas panes em geradores, curto circuitos em bombas e os rompimentos das lagoas, deverá estar presente para cooperar na discussão apresentando perguntas bastante calientes.

Fotos: Billy Mao

Page 4: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

4LENÇÓIS PAULISTA, 6 DE JUNHO DE 2015

Reunião ocorreu após Barbirato sinalizar parecer desfavorável; projeto deve ser votado nas próximas semanas Vereadores, representante

da empresa GásBrasiliano Distribuidora S/A e o pre-feito Tarcísio Abel (PR) se reuniram antes da sessão da Câmara, da última segunda-feira, dia 1º, para tratar da implantação do gasoduto no município. A reunião ocorreu após as dúvidas apresentadas pelo presidente da Comissão de Política Urbana e Social, Saúde, Obras e Meio Ambien-te, da Câmara de Macatuba, vereador Wilson Barbirato (PPS), sobre o projeto do Executivo que determina onde o gasoduto irá ser implantado, distante cerca de três quilôme-tros do município e do distrito industrial. O projeto, que segue com pedido de votação em regime especial, não en-trou na pauta da sessão desta semana e não é certo que seja votado na semana que vem.

No projeto, a Prefeitura permite servidão de passagem ou concessão de área à empresa GásBrasiliano Distribuidora S/A para a implantação da rede de gás natural, com objetivo de estruturar e fomentar a ativi-

dade industrial, permitindo a “construção e ou ampliação de rede primária de distribuição de gás natural”, com reflexos positivos para atividade eco-nômica do município e de empresas locais.

Mas, para o presidente da Comissão, as dúvidas estão justamente relacionadas com o parque industrial e as em-presas ali instaladas, uma vez que segundo ele, a rede de gás será instalada a cerca de três

quilômetros da cidade, o que inviabilizaria o uso pelos em-presários que já demonstraram interesse pela matriz energética.

O encontro desta semana foi presidido pelo presidente da Câmara Marcos Soares de Góes e também participaram o vice-prefeito Odair Alvares Funes, o Sargento, e Francis-co José Araújo, assessor da diretoria e que representou a empresa no encontro.

Em nota enviada à repor-

tagem do jornal Sabadão do Povo, na semana passada, a GásBrasiliano afirmou que a implantação da rede de dis-tribuição de gás natural em Macatuba prevê, inicialmente, a instalação da rede primária (média pressão, com possibi-lidade de ampliação da rede. “A partir dela será possível a criação da chamada rede se-cundária, que é específica para distribuição do gás natural dentro do município. Quando

Gás Brasiliano envia representante para reunião política em Macatuba

houver interesse das indústrias locais pelo gás natural, a rede secundária” será expandida até cada um dos clientes, in-clusive para aqueles situados no Distrito Industrial”, diz a nota. Na reunião a empresa destacou que o custo do ramal secundário será por sua conta, sem custos para o município ou para a empresa consumido-ra, que deve arcar apenas com suas adaptações internas.

Embora o presidente da Co-missão tenha tentado negociar

que tal posicionamento da em-presa fosse incluído no projeto de lei, mesmo após a reunião a definição deve ficar apenas no acordo entre as partes.

O prefeito Tarcísio Abel avaliou a reunião na Câmara como positiva para esclarecer dúvidas e detalhes importantes sobre o projeto.

Por telefone, Barbirato disse que ficou satisfeito com o po-sicionamento da empresa, mas não adiantou quando o projeto deve entrar em votação.

O CMDCA (Conselho Mu-nicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Macatuba deu início ao processo de escolha unificado para membros do Con-selho Tutelar para o quatriênio 2016/2019. O candidato tem que ter ensino médio completo e disponibilidade para exercer a

função pública de conselheiro tutelar com dedicação exclusiva. A inscrição deve ser feita pes-soalmente, na sede do CMDCA (travessa Romualdo Antonio Scian, s/nº, Praça dos Trabalha-dores), até o dia 24 de junho, das 8h30 às 16h.

O conselho é composto por

cinco membros, escolhidos pela população para mandato de qua-tro anos, permitida uma recon-dução, mediante novo processo de escolha. Serão eleitos cinco conselheiros titulares e suplentes.

Para pleitear a função é pre-ciso ter reconhecida idoneidade moral, atestada por duas pessoas

alistadas eleitoralmente no mu-nicípio ou área de jurisdição do respectivo Conselho Tutelar, ter idade superior a 21 anos no ato da inscrição, residir no muni-cípio há pelo menos dois anos, apresentar certidões negativas da Polícia Civil, Polícia Federal, Justiça Estadual e Justiça Federal

e ter comprovada atuação na área da infância e juventude de, no mínimo, um ano no município. Esta atuação deve estar rela-cionada à promoção, proteção, protagonismo, controle social e gestão política dos direitos da criança e adolescente em insti-tuição registrada no CMDCA.

A divulgação dos locais do processo de escolha será no dia 5 de setembro e as eleições uni-ficadas no dia 4 de outubro. A divulgação dos resultados no dia 10 de outubro e a posse dos elei-tos no dia 10 de janeiro de 2016, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Diferente de Lençóis, Conselho Tutelar de Macatubafará eleição para escolher cinco novos membros

A falta de um Centro de Controle de Zoonoses no mu-nicípio tem impedido que a ONG São Francisco de Assis, de Macatuba, busque recursos estaduais e federais que pode-riam garantir a ampliação do seu trabalho de proteção dos animais, mas principalmente de castração, fundamental para o controle da população de animais de rua, segundo sua presidente Cleide Portieri de Barros. A falta de iniciativas pú-blicas voltadas para o controle da população animal da cidade foi tema de uma indicação apre-sentada pela vereadora Silvia Pedroso (PSDB), na sessão de segunda-feira, dia 1º.

Segundo Cleide, o recurso recebido pelo convênio com a Prefeitura é insuficiente para atender a demanda de animais, e a falta de um pro-jeto permanente de castração mantido pela Prefeitura, fez com que aumentasse o núme-ro de animais abandonados na cidade, um dos pontos ressaltados pela indicação da vereadora, que pede adoção de medidas que visem o controle populacional de cães e gatos; a proteção de animais domésti-cos (identificação, registro, es-terilização cirúrgica e adoção); a realização de campanhas de conscientização pública ressaltando a importância de tais medidas; a centralização e o registro de informações referentes às zoonoses.

“Houve um aumento das ocorrências envolvendo maus

Sem CCZ, atendimento a animais é restrito em Macatuba, diz ONG São Francisco

tratos e abandono de animais em nossa cidade. Este fenôme-no da procriação desordenada é consequência da ausência de conhecimento, falta de respon-sabilidade da população em re-lação a essa questão, da omissão das autoridades e da má distri-buição dos recursos públicos necessários ao tratamento es-pecífico dos animais, do incen-

tivo da guarda responsável, da punição de maus-tratos contra animais e de campanhas em massa de esterilização de cães e gatos”, justifica a vereadora.

Para ela, o controle de ani-mais é uma questão de saúde pública. “Uma vez que estes animais, soltos nas ruas sem o tratamento adequado para evitar as doenças, acabam con-

taminando a população”.A presidente da ONG re-

força que após a realização do último mutirão que castrou 180 animais, há cerca de dois anos, a entidade vem tentan-do viabilizar um novo evento junto à administração pública. O problema foi levado até o Executivo na semana passada, segundo a voluntária. “Falta uma política local voltada para este problema. Neste momento estamos tentando sensibilizar a Prefeitura para que faça novas castrações, já que ore curso mensal que recebemos é insu-ficiente. Mas o mais importante é a instalação do Centro de Zoonoses, que poderia abrir o município para receber mais verbas estaduais e federais, o que ajudaria a termos mais con-dições de cuidar dos animais, já que os recursos da Prefeitura são poucos. Nosso telefone não para de tocar, mas não conseguimos atender a todos”, lamentou. Segundo Cleide, a sede da ONG teria todas as condições para receber o Cen-tro de Zoonoses, devido sua boa estrutura, através de um novo convênio com a Prefeitura.

O maior número de atendi-mento é de cães doentes que são abandonados nas ruas por seus donos. Atualmente, a ONG é responsável por 18 animais, e seis voluntárias trabalham dire-tamente ligadas à organização, além da ajuda de um número ainda maior, que eventualmen-te contribui nas campanhas e arrecadação de doações.

EM BOREBI

A Prefeitura de Borebi deve concluir na próxima semana a pavimentação e recape de ruas do município. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 500 mil na obra.

O serviço, segundo a Pre-feitura, teve início no dia 2 de junho, com o recapeamento de várias ruas da cidade, e deve ser concluído na semana que vem com a pavimentação de ruas que ainda não tinham asfalto, além do recape do acesso à rodovia da amizade, que liga o município a Agudos, que tam-bém será recuperado.

A verba destina à obra foi conquistada pela Prefeitura de Borebi junto ao Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), através do Ministério das Cidades, e foram liberados

Prefeitura recupera ruas de Borebi e vai reformar ginásio

pela Caixa Econômica Federal.Além da recuperação de vias

do município, a prefeitura de Borebi também aguarda para os próximos dias a liberação de R$ 250 mil, também con-quistados através de convênio entre a Prefeitura e o Governo Federal e que serão destinados à reforma do ginásio municipal de esportes. Os recursos terão contrapartida de R$ 5 mil da Prefeitura e também serão liberados pela Caixa.

Na reforma estão previstas a implantação de alambrados atrás dos gols, melhoria na iluminação, pintura de toda estrutura do ginásio e qua-dra, e reforma do barracão onde será construída uma academia com espaço para desenvolvimento de aulas de artes marciais e dança.

Assessoria Câmara Macatuba

FECHADO | Reunião na Câmara esclareceu pontos do projeto

TUBO | Passagem do gasoduto por Lençóis

FALTA | Voluntárias da ONG São Francisco, de Macatuba, em ações em prol dos animais

NOVO | Homens trabalhando em Borebi

Billy Mao

Fotos: Divulgação

REGIÃO

Page 5: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

5LENÇÓIS PAULISTA, 6 DE JUNHO DE 2015

Borebi é a cidade que está em melhor situação; Lençóis Paulista ainda carece de residências populares; Macatuba aguarda assinatura com CDHU para implantação de novo bairro e Agudos tem 60 casas sem infraestrutura

Família lençoense tenta trazer netos, depois de conhecer realidade do local onde vivia mãe das crianças, de dois e três anos, que faleceu no dia 8 de maio

Déficit habitacional se manteve em Lençóis e região nos últimos 15 anos

Avós tentam guarda de netos, após suspeitarem de morte da filha no Piauí

Billy MaoO jornal Folha de S.Paulo

publicou esta semana uma ma-téria apontando o desemprego e a defasagem na renda do trabalhador como a principal causa do aumento do índice de inadimplência do programa so-cial Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Mesmo com a redução do déficit habitacional proporcio-nado pelo Minha Casa, Minha Vida, baixando em cinco anos o índice para 8%, segundo o IPEA, o número de famílias de baixa renda sem condição de adquirir um imóvel pelas vias normais de financiamento continua crescendo.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, seria necessário um in-vestimento de aproximadamen-te R$76 milhões até 2024. Este seria o valor necessário para sanar o défict de mais de 2 mi-lhões de famílias que necessitam de uma moradia no Brasil. Em 2012 foi estimado 5,2 milhões de famílias vivendo em situa-ções precárias sem condições de adquirir um imóvel.

Em nossa região a situação não é tão diferente. Apesar do Estado de SP ser um dos mais ricos da União, o problema da moradia própria assola as cida-des à medida que o desemprego e a perda salarial também vão se acentuando.

Lençóis PaulistaDo ano de 2000 até agora

poucas residências construi-das a partir de projetos sociais foram realizadas. Em Lençóis Paulista foram oferecidos os

bairros Ibaté e Jardim Caro-lina. 653 casas. O Ibaté, com 201 casas, foi feito através de convênio com o Governo Es-tadual e abrigou grande parte de funcionários públicos que tinham condições de pagar um financiamento mais volumoso. Já o Jardim Carolina, com 452 casas, foi por parceria com o Governo Federal através do projeto social Minha Casa, Minha Vida para famílias com menor renda. Depois de 2000 somente estes dois bairros

foram criados em sistema de moradia popular, além das 24 casas construídas pelo CDHU em Alfredo Guedes e das ou-tras 12 casas na Cecap.

O defict de moradia em Len-çóis Paulista continua grande, porém, o que deixa velada esta situação é que muitas famílias ainda dividem moradia ou moram de aluguel. O desem-prego que insiste em se acentuar também é um agravante para que as famílias busquem pela casa própria.

Borebi“É uma alegria, às vésperas

da mudança de ano, entregar mais 94 unidades habitacio-nais aqui em Borebi”, disse o governador Alckmin em de-zembro de 2013 à população e ao prefeito Manoel Frias Filho. As casas, construídas no novo bairro, têm dois e três dormi-tórios, sala, cozinha, banheiro e área construída de 56,67m² e 66m². As moradias possuem piso cerâmico em todos os cô-modos, azulejos no banheiro

e na parede hidráulica da co-zinha, laje, estrutura metálica nos telhados, muro de divisa entre os lotes, calçadas de acesso na frente das casas e sistema de aquecimento solar para água do chuveiro, o que reduz em até 30% o consumo de energia elétrica. O residencial possui ruas pavimentadas, paisagismo, quadra poliesportiva, equipa-mentos para prática de esportes e playground.

Os novos moradores já ins-talaram parabólicas, fizeram garagem e estão arborizando as ruas. As pinturas novas também estão aparecendo.

O último bairro popular fei-to na cidade foi o Auta Aguirra, antes do anos 2000. Além do bairro entregue em 2013 a atual administração prepara o terreno para a construção de mais 150 casas populares na cidade.

AgudosEm Agudos a situação de

moradias também está para-da no tempo. As 60 casas do programa Minha Casa, Minha Vida, prometidas para ser en-tregues no ano de 2012 foram invadidas em 2014 por cidadãos cansados da espera. Foi neces-sário a intervenção da Justiça para retirar os novos moradores.

Mesmo prometida para o final de 2014, as casa ainda continuam em estado de cons-trução. Segundo informações de trabalhadores do local, ainda faltaria fazer o acabamento ex-terno, piso e rede elétrica entre tantas outras benfeitorias.

A reportagem do Sabadão do Povo esteve no bairro Santa Cân-

dida, onde estão sendo feitas as casas e constatou mato alto nos quintais e animais soltos. As ruas são intransitáveis e a falta de infraestrutura no projeto é visível por todos os lados.

A pasta responsável pela implantação e vistoria da cons-trução, da qual faz parte o ex prefeito de Borebi, também havia extendido o feriado e não foi possível checar o prazo para a entrega do projeto.

MacatubaEm 2008, o então prefeito de

Macatuba, Coolidge Hercos Jú-nior, detalhou algumas priorida-des para o município e entre elas estava a construção de mais casas populares para colaborar na di-minuição do déficit habitacional do município. O então prefeito marcou reunião na Secretaria de Habitação para pleitear a constru-ção de 160 casas populares, mas com a burocracia do processo, não foi possível ver a concretização até o final de seu mandato.

O atual prefeito de Maca-tuba Tarcísio Abel divulgou em janeiro de 2015 que a área onde serão construídas as casas populares buscadas por Colid-ge já estava com o sistema de terraplanagem concluído.

O novo núcleo habitacional de Macatuba será construído nos Altos da Cidade e deverá ter pelo menos 160 residências. Os trâmites da implantação estão correndo e a previão era que o convênio com o CDHU fosse assinado ainda no primeiro semestre de 2015, porém, é provável que o projeto seja concluido até o próximo ano.

GERAL/REGIONAL

Tânia MorbiAo mesmo tempo em que sofre

por sua perda prematura, a família de Michele Cristina Rocha, de 29, morta no dia 8 de maio, na cidade de Isaias Coelho, no Estado do Piauí, tenta trazer para Lençóis Paulista seus dois filhos, de dois e três anos, que ficaram com o pai, além de in-gressar com o pedido pela guarda do filho de Michele, de 10 anos.

Para os pais Josuel Rocha, de 54 anos, e Maria de Fátima Ro-cha, de 52 anos, a morte da filha está envolta em mistério, por ter ocorrido de forma muito rápida e por Michele não ter histórico de doenças graves. O relato do marido e do filho, que acompa-nhou o adoecimento da mãe, são contraditórios, segundo a família. A notícia de que a jovem tomava remédio controlados também sur-preendeu a família. O atestado de

óbito aponta como causa da morte problemas pulmonares.

Michele e Arnaldo Mendes da Silva se conheceram em Lençóis, quando ele trabalhava em empresas da cidade. Depois de casados e do nascimento dos filhos, houve a decisão de mudar a família para o Piaui. “Ela não queria ir, até o dia de mudar falava que não queria, só foi para que os filhos não ficassem longe do pai”, contou o pai.

Segundo o pai, a família se mu-dou para a cidade de Isaias Coelho, distante cerca de 400 quilômetros da capital Teresina, há 10 meses, mas nas últimas semanas antes de morrer, Michele tinha expressado o interesse em voltar para Lençóis, devido às condições em que a família vivia.

Poucos dias depois do contato com a família, uma conhecida de Michele, que reside próximo de

sua casa, ligou para sua família em Lençóis para dizer que ela estava internada no hospital Re-gional Tibério Nunes, localizado na cidade de Floriano, a cerca de 200 quilômetros de Isaias Coelho, uma vez que o esposo não havia comunicado a família.

“Ele (Arnaldo) ligou para mim na quinta-feira e só disse que a Michele tinha morrido. Não fala-ram a hora, do que ela morreu, só falavam que tinha que enterrar”, contou Josuel. “Cada minuto a gente falava com uma pessoa dife-rente e ninguém falava nada com nada”, completou.

Ao saber da morte da filha, os pais viajaram para Piauí, mas ao chegar à cidade, tiveram difi-culdade para ter as informações sobre sua doença e morte, assim como não conseguiram fazer o translado do corpo de Michele,

para ser sepultado em Lençóis. De acordo com Josuel, a família de Arnaldo dificultou o acesso, a ponto de retirar o corpo de Michele da funerária onde estava

sendo velada, para fazer o velório em casa, ficando responsável pelo sepultamento. “Nosso objetivo era trazer o corpo dela para cá, mas eles dificultaram. Se tivessem facilitado

desde o começo a gente conseguia trazer”. Os pais de Michele pude-ram velar o corpo da filha apenas duas horas antes do sepultamento. Também afirmam que tiveram pouco acesso aos seus pertences. “Se tivesse trazido o corpo dela para cá, teríamos feito a autópsia, para ter certeza do que ela morreu”, afirmou Josuel.

Agora, apesar das dúvidas e con-tradições que envolvem a morte da jovem, a família tenta conseguir a guarda dos filhos de Michele, após conhecer a realidade em que viviam os netos, todos nascidos em Lençóis Paulista. “Onde os meus netos estão, o esgoto é a céu aberto, não tem energia e a água que usavam era do rio. A cidade é muito carente, não tem emprego, e eles passavam por dificuldade. As condições em que as crianças estão lá são quase desumanas. Por isso, achamos que aqui as crianças po-dem ficar melhor”, contou Josuel.

O jornal Sabadão do Povo tentou contato com Arnaldo, mas as ligações para o número do celular de uma irmã dele não foram atendidas.

LUTO | Josuel e Maria, tentam buscar netos: Michele (detalhe)

TETO | Homem trabalha na construção das casas em Agudos: obra está parada e entrega atrasada.

SP | Tarcísio e Antonio Kodi, do CDHU BOREBI | Casas com novos acabamentos CAROLINA | Entrega de chaves: MC,MV.

Fotos: Billy Mao

Billy Mao Assessoria Prefeitura de Lençóis PaulistaAssessoria Prefeitura de Macatuba

Page 6: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

6LENÇÓIS PAULISTA, 6 DE JUNHO DE 2015MEIO AMBIENTE

Page 7: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

MEIO AMBIENTE 7LENÇÓIS PAULISTA, 6 DE JUNHO DE 2015

#Aos 10 anos eu caçava passarinho com estilingue como a maioria dos garotos que moravam em sítios ou chácaras e achava que estava certo!

#Aos 13 anos eu cortava árvores para poder represar o rio e nadar, como meus amigos, e achava que era certo!

#Aos 17 anos, decidi que defenderia o meio ambiente e nosso habitat da forma que eu pudesse; até hoje, continuo achando que estou certo!

Billy Mao

Que nesta Semana do Meio Ambiente possamos nosconcientizar de nossos atos e defender quem nos dá vida!

5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBI

5 de junhoDia Mundial do Meio Ambiente

“Todo broto, deve ser regadoe fertilizado pela educação

para que cresça como árvorefrondosa e de bons frutos”

Em Borei, a Prefeitura investe em educação ambientalcomo forma de garantir o meio em que vivemos!

Page 8: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

SAÚDE8LENÇÓIS PAULISTA, 6 DE JUNHO DE 2015

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Pós Graduação pela Faculdade de Medicina da USP

Receitaspara você!Chef Paulo Campanholi

PANQUECA KAISERIngredientes:2 col. sopa passas sem semente4 col. sopa rum 4 unid. gemas3 col. sopa açúcar refinado1 pitada sal500 ml leite1 pitada açúcar de baunilha250 g farinha de trigo5 claras ovos4 col. sopa manteiga derretidaQb Açúcar confeiteiro p/ polvilhar.

MODO DE PREPAROColoque de molho as passas no rum por 30 minutos. Bata as gemas com o açúcar e o sal até ficarem espumosos. Adicione o leite junto com a baunilha em pó e a farinha. Misture tudo até a massa ficar homogênea e despeje sobre as passas e o rum. Bata as claras em neve. Com cuidado divida a massa em duas porções. Não mexa mais que o necessário até ter certeza que tudo está bem misturado. Aqueça uma frigideira grande com uma colher de manteiga em fogo baixo. Despeje metade da massa e frite-a por 4 minutos aproximadamente até que a panqueca cresça e tenha uma cor dourada. Vire a panqueca com ajuda de um prato. Adicione uma colher de sopa de manteiga novamente na frigideira e frite o outro lado da panqueca por mais 4 minutos aproximadamente. Divida a panqueca em porções e arrume-a num prato. Cozinhe a outra panqueca da mesma maneira. Divida em pedaços e coloque-os em cima da outra. Arrume os pedaços num prato aquecido polvilhe com açúcar de confeiteiro e sirva com geleia ou fruta em calda. Bom apetite!

Uva: veja benefícios da fruta para a saúde e beleza

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3263.17403263.1740PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBI/SP

EXTRATO DE CONTRATOExtrato de Aditamento de Contrato : Contrato Primitivo nº 031/2014,

Pregão nº 010/2014. Contratante: O Município de Borebi. Contratada: Sueli Camargo Batista Garcia ME. Objeto: Aditamento de prazo, para mais 120 (cento e vinte) dias para a entrega das mercadorias. Data: 20/08/2014.

Manoel Frias Filho - Prefeito Municipal.

Hieróglifos no Antigo Egito recordam o cultivo de uvas. A história atesta que povos antigos da Grécia, Fenícia e Roma cultivavam a fruta para alimentação e produção de vinho. Na Bí-blia, elas são mencionadas pela primeira vez na fazenda de Noé. E ainda são ligadas aos deuses Dionísio e Baco. As uvas são especialmente simbólicas, vistas sob vários significados e, nos tempos atuais, exaltadas pelos be-nefícios à saúde e à estética.

A nutricionista funcional Junia Bethonio enfatiza que a uva é estudada desde a mi-tologia grega, quando Baco recebia de lindas mulheres cachos de uva na boca. Rica em sais minerais, como cál-cio, ferro, fósforo, magnésio, sódio e potássio, e vitaminas C e do complexo B, ela é valorizada pelo fitoquímico polifenol resveratrol, substân-cia cardioprotetora, que ajuda no controle do colesterol, na diminuição de formação de coágulos sanguíneos, na prevenção da trombose e, por ser antioxidante, é amiga da longevidade ao prevenir o envelhecimento. E é uma substância anti-inflamatória. Segundo Bethonio, “a uva ver-melha tem mais resveratrol”.

Como não gosta de indicar álcool a ninguém, Junia desta-ca que basta um copo de suco de uva integral para obter os benefícios do resveratrol. “É suficiente.” A nutricionista lembra que a beleza e o bem-estar vêm de dentro para fora e, hoje em dia, além do suco,

a substância está presente até em cápsulas e balas. Sem falar que a fruta trata a pele com resultados a olhos vistos. “Na vinhoterapia, a pele absorve o resveratrol e agradece. Um ba-nho de imersão hidrata, previ-ne envelhecimento e regenera as células. Vale ressaltar que a uva tem vitaminas, minerais e frutose, que é carboidrato, gera energia e alimenta.”

De acordo com o resultado de uma pesquisa elaborada pelo Instituto Universitário Metodista IPA, do Rio Gran-de do Sul, em 2014, o suco de uva puro pode ajudar a perder a barriga, dilema de homens e mulheres, como

prevenir doenças. O suco protege o fígado, o coração, o sistema nervoso central e o cérebro, além de aumentar a imunidade do organismo e a longevidade. Para espe-cialistas, o ideal é incluir o suco integral na alimentação diária. Cascas e sementes são colocadas sobre a pele. Em seguida, é feita a esfoliação para renovação das células.

Uma taçaA sommelière Lícia Vieira,

proprietária da Gusto Distri-buidora, de bebidas finas, diz que as pessoas têm dúvidas quanto aos benefícios do tipo de vinho: branco, rosê ou tinto. “O tinto é o que faz bem, e não é preconceito. É que, na hora da vinificação (processo que transforma uva em vinho), a massera, a fermentação demora mais. O que chamamos de ‘sopa’, onde está a casca e toda as substân-cias saudáveis, fica mais tempo em contato e suga todos os benefícios que estão na casca.”

Lícia ensina que, geral-mente, o preço está ligado à qualidade. “Normalmente, os mais baratos, abaixo de R$ 10, são vinhos químicos, porque têm substâncias que aceleram a fermentação e há conservantes, não fazem bem

para beber nem para usar na pele. Não são feitos das uvas Vitis vinifera, próprias para a produção do vinho. Um bom produto não pode ter conser-vante e a fermentação tem de ser natural.”

Quanto ao suco, Lícia enfa-tiza que somente os sem mis-tura, 100% naturais, ou seja, sem adição de água e açúcar, fazem bem. Só assim tem-se a certeza de que foram feitos só de uva. “Os bons sucos, não se esqueçam, são pasteurizados, não têm conservantes. Os de caixinha e de embalagens te-trapark têm baixo percentual de uva, muita água, exagero de açúcar e conservantes.

Lícia chama a atenção para a caça às bruxas contra o álcool. “A campanha é acir-rada e contra qualquer tipo de álcool, mas o consumo moderado traz benefícios à saúde e isso não é apologia. Não é ruim tomar duas taças de vinho por dia. A diferença entre remédio e veneno está na quantidade. Uma taça faz bem, uma caixa, a pessoa morre de cirrose. O que vale é qualidade e moderação. Mui-tos não sabem, mas nos hospi-tais da França os doentes têm direito a uma taça de vinho no almoço, não de 600ml, claro, mas de 180ml.”

DOS DEUSES | Uva sempre foi relacionada a saúde em todos os tempos

SUAVE | O vinho é o néctar da fruta

Page 9: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

GERAL 9LENÇÓIS PAULISTA, 6 DE JUNHO DE 2015

Despejo de lixo e entulho continua ocorrendo na Rocinha, perto do rio

Onça ronda bairro rural Faxinal e devora capivara

Na semana do Meio Ambiente, reportagem flagra despejo continuado de lixo, pneus e entulho em área na Rocinha, aonde nascentes foram soterradas; aterro controlado ainda ocorre a céu aberto em Alfredo Guedes

para que tivesse fim. No mes-mo local já foi despejado lixo em uma distância de menos de 50 metros do rio Lençóis, acima da estação de tratamen-to de água.

A redação do Sabadão foi informada no final da tarde de quarta-feira, dia 3, véspera de feriado prolongado. Em virtude do horário, não foi possível acionar a assessoria da Prefeitura para saber se está sendo feito algum pro-cedimento de fiscalização na área, bem como se seria apli-cado alguma procedimento ao proprietário do terreno

Moradores da zona rural na região do Faxinal e Rocinha estão apreensíveis quanto a possibilidade de uma onça parda estar se alimentando na região. O receio aumentou de-pois que o produtor rural Hélio Ruiz encontrou, na sexta-feira a tarde, dia 29 de maio, parte de uma capivara de grande porte devorada na mata ciliar do córrego Faxinal.

Ruiz contou que estava em busca de inhãme, uma planta leguminosa que nasce em re-giões de terra úmida, quando ouviu um barulho estranho. “Ouvi como se alguém ou al-guma coisa houvesse pulado do alto para o chão. Um barulho meio abafado. Como não iden-tifiquei o que era, sai pela mata em busca de descobrir o que poderia ter ocorrido”, relatou.

Para o espanto do produtor, em baixo de uma árvore fron-dosa havia uma capivara com pelo menos o quarto dianteiro estraçalhado, como se alguma coisa tivesse devorado parte do animal. Ruiz deixou o local o mais rápido que pode, atra-

Billy MaoEsta semana a reportagem

do jornal Sabadão do Povo foi chamada para registrar o despejo de lixo e entulho em uma área particular situada no bairro rural da Rocinha. Quando a reportagem chegou haviam apenas montes de en-tulho e lixo, mas o veículo que estava despejando os dejetos não estava mais no local.

A Rocinnha recebe despejo de entulho desde o ano 2000. Até agora, 15 anos depois, a cena encontrada lá é a mes-ma: joga-se de tudo, de lixo a inservível, de restos industriais até entulho, restos de lages. Depois, de tempo em tempo, um trator esteira soterra tudo, limpando o local, como se nada tivesse sido despejado.

A área serviu para retirada de terra para construção civil e aterros por longos anos. A retirada da terra piçarrenta, supostamente, sem autorização ambiental, provocou uma gran-de erosão que está sendo preen-chida por despejos constantes.

Durante um período, no final do ano de 2014, segundo informou a diretoria de Meio Ambiente na época, os despejos na área cessaram depois de vá-rias notificações pela diretoria.

O despejo delliberado de entulho, lixo e outros dejetos na região da Rocinha, já foi exaustivamente apontado pelo Sabadão do Povo, porém, nada efetivamente foi feito

vessou o córrego e voltou para seu sítio.

“Na hora me lembrei do que havia me contado um amigo, que há poucos dias teria avista-do uma onça parda, com cerca de 100 quilos, em uma estrada aqui perto. Não quis ficar no local para ver se realmente era ela e voltei para a casa”.

Na manhã do sábado, dia 30, a reportagem do Sabadão do Povo voltou ao local com o produtor para certificar se a capivara ainda estaria no local. Depois de uma longa caminha-da pela margem do córrego, atravessá-lo e vasculhar a mata, nada foi encontrado. Sem de-sanimar, Ruiz quis insistir mais um pouco na busca e a cerca de 50 metros do local onde havia visto a capivara no dia anterior, estava o que restou dela.

Foi possível constatar que algum outro animal havia re-movido pelo menos a metade da capivara para depois arrasta seus restos pela mata. Os restos do animal abatido estavam aparen-temente frescos, com sinais de dilaceração recente, pois havia

sangue escorrendo.Pela cena encontrada, Hélio

Ruiz deduziu que o animal que atacou a capivara no dia anterior, deveria estar por per-to e achou melhor encerrar a reportagem naquele local.

Distante do local aonde se encontrava os restos da capivara e, supostamente, mais seguros, Hélio Ruiz contou que ficou

por crime ambiental.

HistóricoNa década de 2000 quando

parte da área situada nos fundos do bairro Maestro Júlio Ferrari e Maria Luiza IV começou a ser ocupada, depois do des-membramento, já surgia os primeiros despejos de entulho.

Uma nascente que escorria para o rio Lençóis foi sumaria-mente soterrada no processo de despejo e até restos de des-pojos do Cemitério Municipal foram encontrados no local desrespeitando, desde aquela época, as lei ambientais.

A área foi explorada durante muitos anos como fonte de terra piçarrenta para pavimen-tar estradas municipais o que ocasionou uma enorme erosão.

Com erosão a “terra” não tem o mesmo valor que uma área plana, principalmente na zona rural, com isso os despejo não teriam parado de ocorrer na busca de tapar o buraco aberto. Em dado momento, apenas terra e resíduos orgânicos esta-vam sendo despejados na área, porém, com o aquecimento na construção civil, os despejos voltaram a ocorrer.

Recentemente, a diretoria

de Meio Ambiente informou que uma usina de reciclagem de entulhos está perto de ser implantada no município. Se-gundo o órgão, a usina não tem grande capacidade e ainda estaria na espera de uma parte do maquinário para ser implantada.

A iniciativa privada também estaria interessada no entulho produzido na cidade mas, o custo para receber os entulhos não estaria sendo atrativo, principalmente para as empre-sas de caçambas.

O que é a lei de resíduos sólidos urbanos?

A Lei 12.305/2010, que criou a ‘Política Nacional dos Resíduos Sólidos’, tem o objeti-vo de tratar todos os resíduos e apresenta diretrizes para reduzir o volume de material depositado no meio ambiente em aproxima-damente 70%. O plano prevê a inserção social dos atuais catado-res, a proposição de incentivos tributários para as atividades voltadas para a reciclagem, a implementação de políticas ambientalmente adequadas e, obriga fornecedores a criarem políticas de destinação ambien-tal correta para eletroeletrônicos descartados, entre outras metas.

Em Lençóis Paulista, a Coo-prelp faz coleta seletiva nas ruas da cidade e coopera com a qua-lificação do município no selo Verde/Azul. A Adefilp também faz o trabalho de separação de produtos recicláveis.

Com a lei, os lixões a céu aberto e aterros controlados ficam proibidos, determinando que todas as administrações públicas municipais, indis-tintamente do seu porte e localização, devem construir aterros sanitários e encerrarem as atividades dos lixões e aterros controlados. As prefeituras tive-ram um prazo de quatro anos para cumprirem a legislação, vencido no ano passado.

O aterro sanitário de Len-çóis estaria ficando novamente saturado devido a demanda urbana. Locais de aterros con-trolados já foram exaustiva-mente explorados na região de Alfredo Guedes e até na divisa de Borebi. Apesar de ter o nome de “controlado” nestes locais não existe nenhuma forma de controle. Lixos de todos os tipos são despejados nestes locais colocando o ambiente em risco. O Sabadão do Povo mostrou em uma reportagem que produtos químicos estavam sendo despejados no aterro em Alfredo Guedes. Em outro momento, veneno e resíduos de oficina mecânica foram despe-jados no aterro que fazia divisa com Borebi, distante cerca de 300 metros de uma nascente afluente do rio Lençóis.

Em Alfredo Guedes um aterro continua sendo ponto de descarte diário, contrarian-do a lei 12.305/2010, delibe-radamente, a margem de um pequeno córrego.

preocupado de permenecer no local, pois, caso realmente fosse uma onça, poderia haver um ataque.

“Não sei se ela está sozinha ou com filhote e se está agres-siva. Não dá para correr risco sem saber do que se trata”, disse.

O produtor resolveu conta-tar a reportagem para registrar que existe a possibilidade de um animal de grande porte, como a onça parda, estar rondando aquela área.

“Sei que muita gente gosta de pescar um lambari, um bagrinho e muitas vezes essas pessoas vêm para a beira do rio sozinhas. Com a tranquilidade dessas matas e a distância dos sítios, um ataque a qualquer pescador poderia passar des-percebido e quando pudesse se dar conta, um ataque já poderia ter acontecido. Não custa nada alertar essas pessoas para que fiquem atentas”, alertou Hélio.

Além dos restos de uma ca-pivara, Ruiz encontrou várias pegadas de um felino de grande porte na região, registradas em seu celular.

A subseção Lençóis Paulista da OAB (Ordem dos Advo-gados do Brasil), apresenta a palestra Terapia do Riso: aprenda a rir de si mesmo, com a professora Ivone Engelmann. O evento será realizado no ple-nário da Câmara Municipal. No dia 11, próxima quinta-feira, às 19h30.

Ivone Engelmann é Pós-Graduada em Programação Neurolinguística pela UMC; Practtioner e Máster em PNL Hollon do Brasil; autora dos li-vros de bolso: Terapia do Riso: Aprenda a Rir de Si Mesmo I e II, Transformando um So-

nho em Realidade, Educar-se para a Felicidade: Através do Controle das Nossas Emoções, Cantoterapia; Você tem fome de quê?; Programação Neuro-

linguística e é palestrante do Departamento de Cultura e Eventos da OAB/SP.

A promoção do evento, que é aberto ao público, é da 182ª Subseção de Lençóis Paulista, cujo presidente é Lexandro Paulo Godinho Brigido, com apoio do departamento de Cultura e Eventos da OAB/SP, cujo diretor é Umberto Luiz Borges D’Urso

A inscrições serão feitas me-diante a doação de um litro de leite longa vida, no ato da ins-crição. Mais informações pelos telefones (14) 3263-1547 - 3264-7000 e 3264-9422.

OAB promove palestra que propõe riso como terapia com entrada grátis

O Instituto de Previdência Municipal de Lençóis Paulista abre inscrições na próxima semana para concurso público visando o preenchimento de uma vaga para o cargo de agente de benefícios previdenciários. A remuneração é de R$ 1.913,24, para carga horária semanal de 40 horas. Como pré-requisito é exigido que o candidato seja maior de 18 anos, tenha ensino superior completo em qualquer área e conhecimentos de infor-

IPREM realiza concurso para cargo de Agente de Benefícios Previdenciários

mática e do pacote de aplica-tivos OpenOffice (BROffice).

O edital do concurso estará disponível, a partir do dia 8, segunda-feira, e pode ser acessado pelo web site da Pre-feitura (www.lencoispaulista.sp.gov.br) na área serviços, cidadão, concursos IPREM. As inscrições vão até o dia 17 de junho. O edital também pode ser consultado na seda da autarquia, que fica na Rua Carlos Trecenti, 105.

Para se inscrever, o candi-dato deverá primeiramente se cadastrar informando seus dados no web site. Em seguida imprimir o boleto, para o reco-lhimento da taxa de inscrição e pagar em qualquer agência bancária. Caso o candidato não possua acesso à internet, poderá fazer a sua inscrição no Centro do Empreendedor, no programa Acessa São Paulo, na Rua Cel. Joaquim Gabriel, 11, Centro, das 8 às 16h.

SUJO | Despejo locaflagrado esta semana pela reportagem do Sabadão do Povo, na Rocinha e em Alfredo Guedes

MATO - Hélio Ruiz com os restos da capivara, deixados pela onça; ao lado, pegada do bicho fotografada pelo produtor rural

SABADAO DO POVO

Page 10: Jornal Sabadão do Povo edição número 119

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PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO:Mini pizza, pastel, torta de frango,espetinho, sopa de milho,porção de calabreza com mandiocae porção de batata frita.

DOCES:Bolos, paçoca, tortinhas, pudim,pamonha e bolo de Santo Antonio

Vinho quente, quentãochocolate quente e muito mais...

MISSA TODOS OS DIASEncerramento dia 13/0618h30 - Procissão saindo da Praça Juliano Lorenzetti, com destino a Igreja Matriz, em seguida, Missa com benção dos pães.Lema: Santo Antonio, advogado nosso, junto a Jesus.

Sob a regência do maestro João Maurício Galindo, a Ca-merata da Orquestra Jazz Sin-fônica do Estado de São Paulo realiza concerto neste sábado, dia 6, às 20h, no Espaço Cultu-ral Cidade do Livro. Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo foi criada em 1990, pela Secretaria de Estado da Cultura, com a proposta de dar tratamento sinfônico à música popular brasileira e universal. Sua formação, bastante singu-lar, une a orquestra nos moldes eruditos a uma big band de jazz. A orquestra já dividiu o palco com músicos brasileiros e in-ternacionais, como Tom Jobim, Gal Costa, João Bosco e muitos outros. João Maurício Galindo é o Diretor Artístico e Regente Titular da Jazz Sinfônica e Fábio Prado é seu regente ad-junto. Desde janeiro de 2012, a orquestra é administrada pela Organização Social de Cultura Instituto Pensarte.

Para celebrar o mês do Meio Ambiente e como parte das ati-vidades dos 40 anos da empresa, o Grupo Lwart traz o espetáculo teatral “O que você sabe sobre H2O?”, uma atração do projeto Circo Científico encenada pelos cientistas malucos da Mad Science.

A peça teatral, que une ciência e diversão, será apresentada, gratui-tamente, para alunos de seis escolas do ensino público da cidade entre os dias 8 e 12 de junho. Já no dia 13 de junho, uma apresentação aberta a toda população está agendada para acontecer no Espaço Cultural Cidade do Livro, às 19h30.

A peça “O que você sabe sobre H2O?” é desenvolvida por atores da Mad Science Global, empresa canadense que está presente em 29 países e leva entretenimento edu-cativo às pessoas. No espetáculo, os cientistas malucos estimulam crian-ças e adolescentes a aprenderem um pouco mais sobre as características da água e sobre a importância da preservação deste recurso natural indispensável à vida.

No total, estão marcadas 11 apresentações para aproximada-mente 1,7 mil alunos das escolas municipais do ensino funda-mental II e escolas Prefeito Ézio Paccola e Professora Antonieta Grassi Malatrasi.

A coordenadora de projetos da diretoria de Educação de Lençóis, Sabrina Amoedo dos Santos, des-taca que a parceria com o Grupo Lwart é mais uma das ações ino-vadoras e de grande diferencial

Grupo Lwart traz a Lençóis Paulista show científico da Mad Science

no currículo dos alunos da rede municipal de ensino.

“O que você sabe sobre H2O?” traz uma série de experiências malucas, como por exemplo, a de demonstrar que, apesar do nosso planeta ser composto por cerca de 70% de água, apenas uma pequena parte é potável. Todos os conceitos científicos, apresentados na peça, são passados de maneira divertida e interativa. Além deste experimen-to, o show também traz uma bolha de sabão gigante e o público se diverte com um banho científico.

Para a coordenadora de Projetos Sociais do Grupo Lwart, Danieli Roza, a ação é uma oportunidade de estimular que atitudes cotidia-nas, como tomar banho ou escovar os dentes, sejam realizadas de forma mais consciente.

O projeto Circo Científico utiliza recursos do ProAC e conta com o apoio da Prefeitura Munici-

pal de Lençóis Paulista e a execução da 3S Projetos.

Ao longo deste ano, o municí-pio de Lençóis Paulista, onde estão instaladas a Lwart Lubrificantes e Lwarcel Celulose, vai receber outras atrações preparadas espe-cialmente pela companhia para comemorar os 40 anos da empresa, com os aproximadamente dois co-laboradores próprios, suas famílias e a população da cidade. Estão previstos ainda um show, eventos culturais, a produção e lançamento de um livro sobre a sua história, entre outros.

Serviço: Show “O que você sabe sobre H2O?” aberto ao público, no dia 13 de junho, às 19h30, no Espaço Cultural Cidade Do Livro. Evento gratuito, com re-tirada dos ingressos de 8 a 12 de junho, na Casa da Cultura, das 8h às 17h30. Mais informações: (14) 3263-6525

Camerata da Jazz Sinfônica de São Paulo se apresenta no Espaço Cultural

Em família - Izabel Furtado de Oliveiira fez aniversário no dia 29 de maio e a data não passou em branco, com homen-gens das irmãs, filhos, amigos e do esposo Manoel. A equipe do Sabadão deseja felicidades a Bel, conhecida por seu talento à frente da equipe da cozinha da rotisserie do supermercado Santo Expedito. Parabéns!

Divulgação