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Árvores e arbustos na vegetação natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil***. Paulo Brack * Rodrigo Schütz Rodrigues * Marcos Sobral * * Sérgio Luiz de Carvalho Leite * RESUMO É apresentado um estudo sobre a flora arbórea e arbustiva nativa do Município de Porto Alegre e sua ocorrência em seus diferentes tipos de vegetação natural. Encontraram-se 248 espécies, dentre as quais 171 de árvores e 77 de arbustos, pertencentes a 64 famílias. Os resultados demonstram que cerca de 1/3 das espécies arbóreas nativas do Estado do Rio Grande do Sul ocorrem em Porto Alegre. Enfatiza-se a necessidade de proteção destes elementos florísticos devido ao sério risco decorrente da rápida expansão urbana da cidade. Palavras-chave : florística, árvores, arbustos, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. ABSTRACT Trees and shrubs in the natural vegetation of Porto Alegre, Rio Grande do Sul State, Brazil. A survey of the species of trees and shrubs from Porto Alegre city, Rio Grande do Sul State, Brazil and their occurrence in the different types of natural vegetation are presented. There were found 248 species, 171 species of trees and 77 species of shrubs ranked in 64 families.The results *Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Paulo Gama, 40, 90046-900, Porto Alegre, RS - Brasil. **Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Ipiranga 2752, 90610-000, Porto Alegre, RS - Brasil. *** Publicado em Iheringia n. 51 1998. * *

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Árvores e arbustos na vegetação natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul,

Brasil***.

Paulo Brack *

Rodrigo Schütz Rodrigues *

Marcos Sobral * *

Sérgio Luiz de Carvalho Leite *

RESUMO

É apresentado um estudo sobre a flora arbórea e arbustiva nativa do Município de Porto

Alegre e sua ocorrência em seus diferentes tipos de vegetação natural. Encontraram-se 248

espécies, dentre as quais 171 de árvores e 77 de arbustos, pertencentes a 64 famílias. Os

resultados demonstram que cerca de 1/3 das espécies arbóreas nativas do Estado do Rio Grande

do Sul ocorrem em Porto Alegre. Enfatiza-se a necessidade de proteção destes elementos

florísticos devido ao sério risco decorrente da rápida expansão urbana da cidade.

Palavras-chave : florística, árvores, arbustos, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

ABSTRACT

Trees and shrubs in the natural vegetation of Porto Alegre, Rio Grande do Sul State, Brazil.

A survey of the species of trees and shrubs from Porto Alegre city, Rio Grande do Sul State,

Brazil and their occurrence in the different types of natural vegetation are presented. There were

found 248 species, 171 species of trees and 77 species of shrubs ranked in 64 families.The results

*Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Paulo Gama, 40,90046-900, Porto Alegre, RS - Brasil.**Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Ipiranga 2752, 90610-000, Porto Alegre, RS - Brasil.*** Publicado em Iheringia n. 51 1998.**

showed that a third part of the Rio Grande do Sul State native trees occured in Porto Alegre. It is

emphasized the conservation importance of these species due to the fast urbanization of the city.

Key words : floristics, trees, shrubs, Porto Alegre, Rio Grande do Sul State.

INTRODUÇÃO

As matas e outros tipos de vegetação com espécies arbóreas ocorrem de maneira relictual no

Município de Porto Alegre, principalmente ao longo dos morros e áreas inundáveis da margem

do lago Guaíba e seus tributários. Muitas destas comunidades vegetais e dos elementos florísticos

que as compõem são pouco conhecidos e paulatinamente vêm sofrendo danos crescentes devido à

rápida expansão urbana.

Vários autores realizaram estudos sobre a composição florística e estrutura da vegetação em

Porto Alegre e municípios vizinhos. LINDMAN (1906) descreveu as diferentes formações

campestres (campo subarbustivo, campo paleáceo e gramado), além de mencionar alguns tipos de

mata ocorrentes nesta região.

Segundo RAMBO (1950), muitas das espécies tropicais higrófilas teriam penetrado no Rio

Grande do Sul através da chamada “Porta de Torres”, enquanto os elementos temperados ou mais

xerofíticos teriam influência ocidental através do Escudo Cristalino Rio-grandense. RAMBO

(1954) listou 1288 espécies da flora fanerogâmica para o antigo território do município de Porto

Alegre – o qual abrangia área pelo menos quatro vezes maior que a atual - destacando sua origem

fitogeográfica e caracterizando alguns endemismos. Segundo este autor, a flora existente na

região estudada tem procedência principalmente dos contingentes da flora do Brasil Central, de

caráter essencialmente campestre, da mata pluvial do Litoral e da bacia do Paraná. RAMBO

(1956) apresentou 11 formações edáficas dos morros graníticos da Serra do Sudeste (Escudo

Cristralino Rio-grandense): campo limpo, campo sujo, vassourais, matinhas arbustivas ou

subarborescentes, mato arborescente ou alto, mato de parque, capões, matos de galeria ou

anteparo, mata virgem, capoeira e palmares, salientando algumas espécies que determinam a

fisionomia de cada formação.

LUÍS (1960) apresentou uma relação de 1490 espécies de angiospermas para Porto Alegre,

com chaves de identificação para as mesmas.

BAPTISTA & IRGANG (1972) estudaram a comunidade arbórea de uma mata no Município

de Viamão, próximo de Porto Alegre, numa área de 200 m², encontrando 85 espécies distribuídas

em 36 famílias. BAPTISTA et. al. (1979) realizaram uma caracterização das comunidades

vegetais presentes na Reserva Biológica do Lami, em Porto Alegre e apresentando uma listagem

florística com 298 espécies nativas, pertencentes a 85 famílias.

WAECHTER (1985, 1990) descreveu os tipos de vegetação das restingas da Planície

Costeira, incluindo observações sobre a Reserva Biológica do Lami.

AGUIAR et al. (1986) realizaram um estudo da flora e fisionomia da vegetação de dez

morros graníticos de Porto Alegre e Viamão, sendo listadas 867 táxons vegetais de 119 famílias

nestes locais, atribuindo à região do Alto Uruguai a origem predominante da flora arbórea dos

morros graníticos da região metropolitana.

GÜNTZEL et al. (1994) desenvolveram um trabalho sobre a cobertura vegetal de 44 morros

de Porto Alegre, apontando que ainda restam cerca de 4.500 hectares de matas nestes locais.

Destacam-se ainda os trabalhos de SCHULTZ & PORTO (1971), KNOB (1978), AGUIAR

et al. (1979), LONGHI-WAGNER & RAMOS (1981), MOHR (1995) e RODRIGUES (1996).

Considerando a necessidade de conhecer as formações naturais do Município, realizou-se o

presente levantamento florístico e a caracterização das comunidades arbóreas e arbustivas,

também como forma de contribuir para a sua urgente preservação e recomposição.

MATERIAL E MÉTODOS

Localização e condições físicas

A área de estudo compreendeu o Município de Porto Alegre, situando-se entre as

coordenadas 29º 57’a 30º 16’ S e 51º 01’ a 51º 16’ W (Fig.1), sendo que a área total do município

corresponde a 47.630 ha.

O Município está inserido nas unidades geomorfológicas do Escudo Rio-grandense e da

Depressão Central, além de sofrer influência da Planície Costeira (VIEIRA, 1984).

A região do Escudo Rio-Grandense, também chamada de Serra do Sudeste, abrange cerca de

65% da área do município. A maior elevação é representada pelo Morro Santana, com 314 m de

altura, enquanto o nível mais baixo do cristalino é formado por colinas de 30 m (PORTO

ALEGRE, 1975). As rochas do complexo gnáissico-granítico dão condições para a formação de

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solos muitas vezes rasos – Litólicos - no topo dos morros, ou mais ou menos profundos areno-

argilosos nas encostas, geralmente Podzólicos Vermelho-Amarelo (IBGE, 1986), cobertos

preferentemente por vegetação herbácea ou arbustiva. Estes solos de topos dos morros podem

apresentar déficit hídrico no verão, favorecendo a ocorrência de uma vegetação campestre,

estando a vegetação arbórea distribuída principalmente ao longo das encostas e vales.

A região da Depressão Central ocupa a parte oeste do município e representa uma extensão

da faixa central do Estado, correspondendo em sua maior parte à bacia do rio Jacuí. O relevo é

rebaixado, levemente ondulado a plano, próprio de terrenos sedimentares gondwânicos. Os solos

hidromórficos desta região são geralmente Aluviais eutróficos e Planossolo eutrófico (IBGE,

1986), formados predominantemente por material síltico-argiloso (VIEIRA & RANGEL, 1988).

Ocorrem muitas vezes alagamentos freqüentes devido às poucas condições de drenagem,

apresentando muitas vezes uma vegetação anfíbia, ora arbórea, ora herbáceo-arbustiva, desde a

orla do lago Guaíba e rio Gravataí até extensões variáveis de alguns quilômetros além de suas

margens.

A influência da Planície Costeira é evidenciada através de uma planície arenosa baixa

formada por sedimentos do Quaternário, com altitude nunca superior a 5 m, distribuídas em

faixas principalmente na zona sul do Município e parte do lago Guaíba. Os solos são Planossolos

eutróficos e Aluviais eutróficos e distróficos (IBGE, 1986). Na zona sul, na localidade do Lami,

verificam-se alguns cordões de paleodunas paralelos e em seqüência, cobertos por vegetação de

restinga arbórea e arbustiva, alternados a banhados, correspondendo às condições das antigas

margens arenosas do lago Guaíba.

De acordo com a classificação de Koeppen, o clima de Porto Alegre corresponde ao subtipo

"cfa", apresentando temperatura média anual de 19,5 °C e índice pluviométrico de 1.300 mm

anuais ( FERRARO & HASENACK, 1995). Podem ocorrer ocasionalmente um ou dois meses

secos durante o verão, trazendo conseqüências diretas limitadoras à vegetação arbórea dos topos

de morro, onde o solo tem baixa capacidade de retenção de água, além do maior alastramento de

incêndios nesta estação.

Método

Este trabalho é o resultado de mais de 10 anos de coletas e estudos realizados pelos autores

sobre a flora de Porto Alegre. Foram consideradas como espécies nativas deste Município as

árvores e os arbustos com ocorrência natural dentro de seu território.

Efetuaram-se várias dezenas de excursões a campo a fim de confirmar ou buscar novos

registros de espécies para esta região. Foram consultados os herbários ICN, HAS e PACA, tendo

sido incluídas na listagem as espécies as quais possuíam exsicatas para exame. Foi incluído um

registro referencial de herbário para cada espécie, com exceção de três espécies sem coleta, mas

avistadas em condições naturais no município. Foram inseridas na listagem somente as plantas

com sementes (Spermatophyta), sendo que as Magnoliophyta foram apresentadas de acordo o

sistema APG III (2009).

As formas biológicas consideradas obedeceram os seguintes critérios: Arbustos, com

ramificações desde a base, altura até 2,5 m e DAP (diâmetro na altura do peito ) entre 1,0 e 5,0

cm, sendo incluídas, entretanto, algumas espécies subarbustivas que, apesar do menor diâmetro,

apresentam xilopódio e demais partes totalmente lenhosas, caso constatado na família Myrtaceae;

Árvores, as plantas com DAP acima de 5,0 cm, subdivididas em cinco categorias de altura

(valores aproximados): Arvoretas, acima de 2,5 e até 5,0 m; Árvores baixas, acima de 5,0 e até

9,0 m; Árvores médias, acima de 9,0 e até 15,0 m; Árvores altas, acima de 15,0 m. Foram

consideradas também formas biológicas como: Arbustos apoiantes (DAP entre 1,0 e 5,0 cm) e

Árvores apoiantes (DAP acima de 5,0 cm ).

No que se refere as comunidades vegetais, tomou-se por base a classificação de

WAECHTER (1990) para a Planície Costeira, com as devidas modificações, devido à falta de

maiores estudos na região e pela dificuldade em ser adotada aqui a proposta de IBGE (l992, 1986

), já que esta é muito ampla e sem maior detalhamento. A denominação destas comunidades

obedeceu critérios ecológicos ou fisionômicos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tipos de vegetação

Os principais tipos de comunidades vegetais com presença de árvores e arbustos em Porto

Alegre são apresentados a seguir (Fig. 2) :

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Comunidades arbóreas

Comunidades florestais

matas higrófilas

matas mesófilas

matas subxerófilas

matas psamófilas (matas arenosas)

matas brejosas (matas turfosas)

matas ripárias (matas ciliares)

Comunidades savânicas (butiazais)

Comunidades litófilas (vegetação arbóreo-arbustiva de campos pedregosos)

Comunidades predominantemente arbustivas

Comunidades terrestres

vassourais

capoeiras

Comunidades anfíbias

maricazais

sarandizais

Comunidades herbáceo-arbustivas

campos pedregosos (campos de morros e colinas)

banhados

A seguir são descritos os tipos de vegetação:.

Matas higrófilas (matas altas)

As matas higrófilas, assim chamadas por RAMBO (l956), correspondem ao tipo de

comunidade florestal que ocorre nos fundos de vale e encostas sul dos morros, constituindo-se

algumas vezes em comunidades relictuais com forte influência da Floresta Pluvial Tropical

Atlântica (Floresta Ombrófila Densa).

RAMBO (1956) também denominou este tipo de vegetação de porte avantajado como

"Floresta Pluvial Subtropical”, segundo a qual "assemelhando-se em viço e composição às matas

subtropicais do planalto, na vertente nordeste do Morro Santana, no município de Porto Alegre,

enfim em todos os pontos da Serra do Sudeste, onde as condições edáficas o permitem,

encontramos essas matas, correspondentes ao clima do Rio Grande do Sul". Grande parte das

espécies da mata higrófila apresenta sua rota migratória através da chamada "Porta de Torres"

(RAMBO, 1950), com seu limite fitogeográfico mais austral coincidentemente próximo ao

paralelo 30°de latitude. Aí, os contrafortes dos morros graníticos do extremo nordeste do Escudo

Cristalino, onde justamente situa-se Porto Alegre, atuam como barreira edáfica ou climática a

muitas espécies de origem tropical.

As condições do relevo nos fundos de vales ou encostas sul dos morros permitem uma maior

umidade relativa do ar, ao contrário dos cumes e encostas norte dos morros. Outros fatores como

a maior profundidade dos solos e a maior capacidade de armazenamento de água, em comparação

a terrenos de topos de morro, proporcionam condições mais seletivas para o crescimento de uma

vegetação de grande porte e maior riqueza florística que as demais comunidades florestais.

A mata higrófila contém espécies que destacam-se pela ampla superfície foliar (latifoliadas),

podendo-se salientar neste caso a figueira-purgante (Ficus adhatodifolia), a canela-ferrugem

(Nectandra oppositifolia), o uvá-de-facho (Hirtella hebeclada) e o pau-de-tamanco

(Dendropanax cuneatum), entre outras.

Em relação à estrutura da floresta, que atinge entre 12 e 20 m de altura, verifica-se a presença

de três ou quatro estratos arbóreos. O estrato superior, de 15 a 20 m, possui elementos típicos

como o tanheiro (Alchornea triplinervia), a cangerana (Cabralea cangerana), a canela-ferrugem

(Nectandra oppositifolia), a figueira-purgante (Ficus adhatodifolia), o mata-olho (Pachystroma

longifolium) e a batinga (Eugenia rostrifolia). No estrato arbóreo médio, verifica-se a presença de

catiguá (Trichilia claussenii), uvá-de-facho (Hirtella hebeclada), ingá-feijão (Inga marginata),

pau-de-tamanco (Dendropanax cuneatum), entre outras. No estrato arbóreo inferior, ocorrem

arvoretas como a laranjeira-do-mato (Gymnanthes concolor), o cincho (Sorocea bonplandii), o

pau-de-arco (Guarea macrophylla), o café-do-mato (Faramea marginata), o pau-de-cutia

(Esenbeckia grandiflora), o bacupari (Garcinia gardneriana) e o guamirim-uvá (Eugenia

verticillata). No estrato arbustivo, verificamos a presença de pariparoba (Piper gaudichaudianum

) e cafeeiro-do-mato (Psychotria spp.), ocorrendo algumas vezes neste estrato um emaranhado de

taquarinha ou criciúma (Chusquea tenella e Merostachys sp.).

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Matas mesófílas

As matas mesófílas, ou mesohigrófilas, são constituídas por uma comunidade florestal que

ocupa a porção média ou baixa dos morros, ou mesmo em terrenos mais ou menos planos, onde

as condições ambientais não sejam extremadas.

Seus elementos florestais não apresentam grande seletividade e têm ampla distribuição no

Estado, estando presentes ainda na maior parte das matas secundárias do município.

A altura da mata é de 10 a 15 m, sendo encontrados 2 a 3 estratos arbóreos. No estrato

superior, podem ser citadas a maria-mole (Guapira opposita), o camboatá-vermelho (Cupania

vernalis), o açoita-cavalo (Luehea divaricata) e o capororocão (Myrsine umbellata). No estrato

médio ou inferior, destacam-se o leiterinho (Sebastiania brasiliensis), o cocão (Erythroxylum

argentinum), o chá-de-bugre (Casearia silvestris), e a pitangueira (Eugenia uniflora).

Matas subxerófilas

As matas baixas ou capões encontrados nos topos ou encostas superiores dos morros

apresentam fatores ambientais fortemente opostos às condições encontradas nas matas altas dos

fundos de vales. O solo é muitas vezes raso (litossolo), ocorrendo freqüentemente afloramentos

graníticos (matacões), sendo sua textura grosseira, com feições próprias de solos com baixa

retenção hídrica. Com respeito ao mesoclima, estes locais de topo de morro estão sujeitos a uma

maior exposição solar e a ventos mais intensos.

A denominação de mata subxerófila é adotada aqui para caracterizar este tipo de vegetação

de ambientes mais secos, onde morfologicamente a vegetação também evidencia tendência de

redução da superfície foliar e escleromorfismo.

A altura média do dossel é de 6 a 12 m. A estratificação é mais simplificada do que na mata

higrófila, com a presença de 2 ou 3 andares arbóreos. Pode ocorrer algumas vezes um estrato de

indivíduos emergentes, chegando a alcançar 15 m, constituído por timbaúva (Enterolobium

contortisiliquum), capororocão (Myrsine guianensis) e maria-mole (Guapira opposita). No

estrato médio ou superior, entre 6 e 10 m, verifica-se a presença de aroeira-brava (Lithrea

brasiliensis), branquilho (Sebastiania commersoniana), chá-de-bugre (Casearia silvestris),

mamica-de-cadela (Zanthoxylum hiemale), cocão (Erythroxylum argentinum), carne-de-vaca

(Styrax leprosum), e aguaí-mirim (Chrysophyllum marginatum). No estrato arbóreo inferior, entre

3 a 6 m, encontramos arvoretas das seguintes espécies: camboim (Myrciaria cuspidata), embira

(Daphnopsis racemosa), guamirim (Eugenia hyemalis), coração-de-negro (Maytenus

cassineformis). No estrato arbustivo, podem ser encontrados poucas espécies, tais como o assa-

peixe (Trixis praestans), o carrapicho (Triumfetta semitriloba) e Pavonia sp.

Na beira da mata, ocorrem algumas espécies típicas tais como o guamirim (Gomidesia

palustris), o cambará (Gochnatia polymorpha) e a sete-sangrias (Symplocos uniflora).

Algumas vezes, é encontrada também a “matinha de mirtáceas” (RAMBO, 1956), vegetação

associada a afloramentos rochosos de grandes dimensões e com composição típica pelo

predomínio de mirtáceas. Seu porte situa-se entre 6 e 8 m de altura, e entre as espécies que se

destacam podem ser citados os camboins (Myrciaria cuspidata e M. delicatula), a pitangueira

(Eugenia uniflora) e os guamirins (Eugenia hyemalis e Myrcia palustris).

A mata subxerófila apresenta composição floristica similar à dos capões das regiões mais

secas do Escudo Cristalino e oeste do Estado, sendo esta flora proveniente da região chaquenha e

pampeana do Paraguai e Argentina, bem como das matas psamófilas da porção sul da Planície

Costeira.

Matas psamófilas (Mata de restinga arenosa)

Na zona sul de Porto Alegre, existem paleodunas em faixas ou línguas de areia (restingas),

entremeadas por banhados ou outras áreas úmidas, correspondentes às margens de antigas

transgressões e regressões do lago Guaíba.

A vegetação que cobre estes terrenos arenosos é formada por matas ou capões de 6 a 10

metros de altura, em meio a campos de pastagens. Evidencia-se alguma tendência xeromórfica

nas folhas de muitas espécies através da consistência coriácea, do reduzido tamanho e da

superfície lustrosa.

O estrato arbóreo superior é constituído comumente por branquilho (Sebastiania

commersoniana), aguaí-mirim (Chrysophyllum marginatum), ipê-amarelo (Handroanthus

pulcherrimus) e capororocão (Myrsine guianensis), entre outras. Podem ser observadas nesta

mata de restinga algumas espécies emergentes e de grande importância fisionômico-paisagística,

tais como a figueira-de-folha-miúda (Ficus organensis), que alcança até mais de 15 m de altura,

o jerivá (Syagrus romanzoffiana) e a timbaúva (Enterolobium contortisiliquum). O estrato

arbóreo médio ou inferior tem a presença constante de camboim (Myrciaria cuspidata),

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pitangueira (Eugenia uniflora), guamirim (Eugenia hyemalis), catiguá (Trichilia claussenii) e

pau-de ervilha (T. elegans).

Como espécies arbóreo-arbustivas típicas da orla da mata, que formam também pequenas

moitas, salientam-se o pessegueiro-do-campo (Eugenia myrcianthes), a tuna (Cereus

hildmannianus), a arumbeva (Opuntia monacantha), e o rabo-de-cavalo (Ephedra tweediana).

No estrato herbáceo-arbustivo da orla da mata ocorrem o arbusto camará (Lantana camara e L.

megapotamica), e as espécies herbáceas, samambaia-peluda (Polypodium lepidopteris), banana-

do-mato (Bromelia antiacantha) e peperômia (Peperomia pereskiifolia). Muitos destes elementos

florísticos são comuns à mata subxerófila dos morros graníticos.

Nas proximidades da mata psamófila ocorre um tipo de campo arenoso secundário, com

escassa cobertura vegetal, por entre moitas arbustivo-arbóreas, possuindo como espécies lenhosas

a vassoura-vermelha (Dodonaea viscosa), o limoeiro-do-mato (Randia ferox) e o camboim

(Myrciaria cuspidata).

Na vegetação psamófila destaca-se a gimnosperma Ephedra tweediana, que ocorre desde as

zonas arenosas do Uruguai e da Argentina até a zona sul de Porto Alegre, correspondendo ao seu

limite setentrional de distribuição.

Matas ripárias

As matas ripárias, chamadas comumente de matas ciliares ou matas em galeria, ocorrem

junto aos cursos d'água, tendo composição florística variável conforme as condições da margem

tanto do lago Guaíba quanto dos arroios ou rios em que se encontram.

As matas ciliares em terrenos arenosos ou hidromórficos do lago Guaíba geralmente ocorrem

internamente à vegetação de juncal, sendo esta última composta quase exclusivamente por junco

(Scirpus californicus). O juncal, no limite com a mata ripária, pode apresentar-se ocupado

parcialmente por indivíduos jovens de sarandis (Sebastiania schottiana) e salgueiros (Salix

humboldtiana).

Internamente ao juncal e externamente à mata ripária ocorre muitas vezes o sarandizal, sendo

esta uma formação arbóreo-arbustiva anfíbia das margens do lago Guaíba e rios tributários. Nesta

estão presentes arbustos típicos de banhados como o cambaí-vermelho (Sesbania punicea), o

maricá (Mimosa bimucronata), o sarandi-branco (Cephalanthus glabratus), o sarandi-vermelho

(Sebastiania schottiana), o sarandi (Phyllanthus sellowianus) e o hibisco-do-banhado (Hibiscus

cisplatensis).

Na mata ripária propriamente dita, na seqüência após o juncal e o sarandizal, ocorrem outros

elementos arbóreos pioneiros de maior porte, tais como o salgueiro (Salix humboldtiana), a

corticeira-do-banhado (Erythrina crista-galli) e o ingá-banana (Inga vera). A mata ripária

madura tem composição variável, apresentando entretanto espécies típicas como o aguaí-mata-

olho (Pouteria gardneriana), o sarandi-amarelo (Terminalia australis), o tarumã-preto (Vitex

megapotamica), o camboinzão (Myrciaria floribunda), e a figueira-de-folha-miúda (Ficus

organensis). Na mata ripária dos arroios, podem ser encontrados ainda arbustos ou arvoretas

freqüentes tais como o camboim (Myrciaria cuspidata), o cafeeiro-do-mato (Psychotria

carthagenensis) e o taquaruçu-de-espinho (Guadua trinii).

As matas ripárias do Município de Porto Alegre são semelhantes em sua composição florística

às matas da bacia do rio Jacuí. Faltam, porém, elementos de grande porte provenientes das bacias

dos rios Uruguai e Paraná, tais como o angico (Parapiptadenia rigida) e o ipê-roxo

(Handroanthus heptaphyllus).

Matas brejosas ou turfosas

As matas brejosas ou turfosas têm origem na região da Planície Costeira, sendo pouco

comuns no Município de Porto Alegre e estando restritas a pequenos terrenos coluviais. O dossel

é irregular, entre 8 e 15 m, apresentando como espécies típicas de maior porte o tarumã-branco

(Citharexylum myrianthum), a embaúba (Cecropia pachystachya), a figueira-purgante (Ficus

adhatodifolia), a corticeira-do-banhado (Erythrina crista-galli) e o jerivá (Syagrus

romanzoffiana).

Butiazal

Os butiazais são formações savanóides onde a cobertura predominante é o campo com uma

maior ou menor densidade de butiazeiro (Butia odorata), este atingindo entre 5 a 9 metros de

altura.

Esta formação está quase extinta em Porto Alegre, sendo talvez a mais ameaçada, existindo

algumas pequenas manchas na parte leste e nordeste do Município. Seu grande valor

fisionômico-paisagístico confunde-se com seu valor histórico pois representa um tipo de

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vegetação que caracterizava algumas zonas de campos da cidade há mais de um século atrás.

Junto ao butiazal é comum o chamado campo sujo (campo misto) com elementos herbáceos

e arbustivos, formado por espécies nativas e as vezes subespontâneas, com a maria-mole

(Senecio brasiliensis), a vassoura-branca (Baccharis dracunculifolia), a carqueja (Baccharis

trimera), o alecrim-brabo (Vernonia nudiflora), a camaradinha (Lantana camara), entre outros.

Vegetação arbóreo-arbustiva de campos pedregosos

Muitas vezes nos campos pedregosos dos morros, nas fendas ou ao redor de matacões, são

encontrados pequenos agrupamentos arbóreo-arbustivos insulares ou mesmo alguns elementos

arbóreos isolados. Pode ser citada como espécie exclusiva destas formações a criúva (Agarista

eucalyptoides). Outras espécies comuns nestas condições são o capororocão (Myrsine guianensis),

a aroeira-do-campo (Schinus weinmanniifolius), os camboins (Myrciaria delicatula, M. cuspidata

), as vassouras (Eupatorium spp.), o barbasco (Buddleia thyrsoidea) e o cambará-do-campo

(Gochnatia orbiculata).

Capoeiras, vassourais e maricazais

A vegetação arbóreo-arbustiva de transição entre a mata e o campo pode apresentar

diferenças marcantes conforme suas condições de origem.

A capoeira é uma comunidade arbustivo-arbórea que ocorre em locais originalmente

florestais, desmatados e posteriormente abandonados. A fase sucessional, ou regenerativa natural,

varia consideravelmente conforme a proximidade com o fragmento florestal remanescente e

outras condições ambientais, determinando por conseguinte a estrutura e a composição florística

deste estádio vegetacional. São espécies típicas da capoeira: o fumo-bravo (Solanum

mauritianum), a canema (Solanum pseudoquina), a grindiúva (Trema micrantha), a vassoura-

branca (Baccharis dracunculifolia), a camaradinha (Lantana camara), a vassoura-vermelha

(Dodonaea viscosa) e as vassouras (Eupatorium inulifolium e Eupatorium spp.).

O vassoural possui menor riqueza específica do que a capoeira, podendo apresentar certa

homogeneidade fisionômica determinada pela presença de arbustos chamados popularmente de

"vassouras". Um dos elementos mais comuns do vassoural é a vassoura-vermelha (Dodonaea

viscosa), espécie pantropical e típica de terrenos arenosos e mais ou menos alterados, ocorrendo

na parte leste do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, esta espécie é encontrada com freqüência

junto aos campos periodicamente incendiados dos morros, juntamente com outras espécies tais

como o alecrim-brabo (Heterothalamus psiadioides), a carqueja (Baccharis trimera), a

camaradinha (Lantana camara), entre outras. O vassoural pode ser formado ainda pela vassoura-

branca (Baccharis dracunculifolia) ou por outras espécies arbustivas do gênero Eupatorium.

O maricazal é uma vegetação que ocorre em planícies úmidas, principalmente nas zonas

norte (Bacia do rio Gravataí) e sudoeste (próximo às margens do lago Guaíba). Apresenta

dominância quase que exclusiva do maricá (Mimosa bimucronata), com altura entre 1,5 e 5m e

com rápido crescimento. Associados ao maricazal podem ocorrer alguns campos de várzea e

banhados.

Campos seixo-rochosos

Os campos seixo-rochosos são os típicos campos de topos de morros e terrenos ondulados de

Porto Alegre, apresentando geralmente espécies arbustivas, que ocorrem freqüentemente junto a

seixos ou afloramentos graníticos. Estas comunidades herbáceo-arbustivas são semelhantes

àquelas dos campos da região do Escudo Rio-grandense., sendo que a cobertura herbácea é

formada basicamente por gramíneas, compostas e leguminosas. Os arbustos mais comuns

pertencem à família Myrtaceae, sendo conhecidos popularmente como araçás-do-campo

(Campomanesia aurea, Psidium luridum, P. incanum e Eugenia dimorpha). Ocorrem também

representantes de outras famílias como as espécies Gochnatia orbiculata e Eupatorium spp.,

Schinus weinmanniifolius, quina-cruzeiro (Colletia paradoxa) e cocãozinho (Erythroxylum

microphyllum). É importante ressaltar que muitas destas espécies são raras em Porto Alegre

exclusivas destas formações.

Banhados

Os banhados distribuem-se, juntamente com os campos de várzea e maricazais, nas zonas

norte e sudoeste do Município. A altura é muito variável conforme a presença ou não de maricás

ou outras espécies lenhosas. As espécies arbustivas comuns dos banhados são o sarandi-amarelo

(Cephalanthus glabratus), o cambaí (Sesbania punicea) e o hibisco-do-banhado (Hibiscus spp.).

O estrato herbáceo, no qual os arbustos são encontrados, pode apresentar como elementos típicos

as tiriricas (Cyperus spp., Rhynchospora spp.), a cruz-de-malta (Ludwigia spp.), o aguapé-

13

comprido (Pontederia cordata), a taboa (Typha sp.), o chapéu-de-couro (Echinodorus

grandiflorus), o caraguatá-do-banhado (Eryngium pandanifolium), a grama-boiadeira (Leersia

hexandra), entre outras.

Considerações sobre a flora e a vegetação

Em Porto Alegre foram encontradas espontaneamente na vegetação natural 248 espécies de

árvores e arbustos, pertencentes a 63 famílias de Magnoliophyta (Angiospermae) e 1 família de

Gymnospermae, Ephedraceae (Quadro 1).

Ocorrem 171 espécies de árvores nativas, distribuídas em 53 famílias. A família Myrtaceae é

a mais numerosa floristicamente, com 27 espécies (Fig. 3).

Os arbustos estão representados por 77 espécies, pertencentes a 30 famílias. A família

Asteraceae destaca-se com 17 espécies arbustivas. (Fig. 4).

Em comparação com a flora arbórea do território do Rio Grande do Sul, as espécies

encontradas em Porto Alegre correspondem a aproximadamente 1/3 das 515 espécies apontadas

por REITZ et al. (1983) para o Estado. O total de 248 espécies de árvores e arbustos que ocorrem

nos cerca de 50.000 ha. de Porto Alegre supera, por exemplo, o total de 224 espécies apresentado

por LOMBARDO (1964) para os cerca de 25 milhões ha. do Uruguai.

O total de 248 espécies arbustivas ou arbóreas corresponde a cerca de 1/5 do total de 1288

espécies, apresentado RAMBO (1954), e 1/6 das 1490 espécies citadas por LUIS (1960) para a

flora da grande Porto Alegre. Este baixo valor sugere que, apesar da riqueza de árvores e arbustos

da flora de Porto Alegre, as demais formas biológicas apresentam expressiva representatividade

no município. É importante considerar, entretanto, que a extensão de território abrangida pelos

autores citados era mais ampla que a atual, dificultando assim comparações consistentes.

Aspectos como raridade, endemismo ou conservação das espécies da flora do Rio Grande do

Sul não foram devidamente estudados. Entre as espécies ameaçadas apresentadas por MELO

FILHO et al. (1992), é encontrada em Porto Alegre a canela-preta (Ocotea catharinensis). São

ainda consideradas em vias de extinção a corticeira-da-serra (Erythrina falcata) e as figueiras do

gênero Ficus, em questão, F. adhatodifolia, F. cestrifolia e F. lushnathiana, segundo FEPAM

(1992).

Sobre a origem fitogeográfica da flora arbórea de Porto Alegre, são necessários estudos

adicionais. No que se refere à mata higrófila, pode-se salientar o caráter predominantemente

tropical da maioria das espécies, as quais provavelmente têm origem na Floresta Ombrófila

Densa (Mata Atlântica). Em Porto Alegre ocorrem elementos que penetram no Estado

exclusivamente pela “Porta de Torres”, como Geonoma schottiana, Coussapoa microcarpa,

Colubrina glandulosa, Dendropanax cuneatum, Garcinia gardneriana, Esenbeckia grandiflora e

Tibouchina asperior (RAMBO, 1950).

O butiazal, a mata psamófila, a mata higrófila e a mata ripária foram as comunidades

vegetais que se destacaram pela grande seletividade e raridade, encontrando-se sob forte

ameaçada decorrente da rápida expansão urbana.

CONCLUSÕES

As 248 espécies de árvores e arbustos de 64 famílias de plantas com sementes presentes em

Porto Alegre evidenciam uma grande diversidade específica, considerando-se a extensão do

Município. A riqueza específica pode ser explicada pela posição geográfica de Porto Alegre,

onde se encontram diversas correntes migratórias da flora regional e através da ocorrência de

diferenças ambientais - principalmente em relação ao relevo, à drenagem e ao tipo de solo-

determinantes das quatorze comunidades nativas onde se desenvolvem as espécies arbóreo-

arbustivas.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Nélson Matzenbacher, Mara Ritter, Bruno Irgang, João Larocca, Cláudio

Mondin, Fábio Mohr, Nélson Silveira, Lilian Mentz e Renato Záchia pelo auxílio na

determinação, a Rodrigo Cambará Printes, Luis Fernando Brutto e Marcos Fialho pelo auxílio nas

coletas e elaboração da lista; à Secretaria Municipal do Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de

Porto Alegre e em especial aos técnicos Magda S. Arioli e José Guilherme Fuentefria.

Agradecemos ainda à Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul pela bolsa RHAE- CNPq

concedida ao primeiro autor no ano de 1994 para o desenvolvimento de parte do trabalho.

15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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71-3).

Fig. 1. Mapas de localização do município de Porto Alegre.

Fig. 2. Perfil esquemático com os principais tipos de vegetação com presença de árvores e arbustos em Porto Alegre.

Legenda relativa à vegetação: MHG = mata higrófila; MMF = mata mesófila; MSX= mata subxerófila; MPS = mata

psamófila; MRP= mata ripária; MBJ= mata brejosa; BUT = butiazal; VAC = vegetação arbóreo-arbustiva de campos

pedregosos; VAS = vassoural; CAP = capoeira; MAR = maricazal; SAR = sarandizal; CPD = campo pedregoso;

BHN = banhado.

Fig. 3. Histograma das famílias com maior número de espécies arbóreas em Porto Alegre.

19

Fig. 4. Histograma das famílias com maior número de espécies arbustivas em Porto Alegre.

Quadro 1. Listagem da flora arbórea e arbustiva de Porto Alegre

Legenda:

Hábito: arb (arbusto), abp (arbusto apoiante), avt (arvoreta), avb (árvore baixa), avm (árvore média), ava (árvore alta), avp (árvore apoiante).

vegetação: mhg (mata higrófila), mmf(mata mesófila), msx (mata subxerófila), mps (mata psamófila), mrp (mata ripária), mbj (mata brejosa), m (mata sem diferenciação

de categoria), but (butiazal), vac (vegetação arbóreo-arbustiva de campos pedregosos), vas (vassoural), cap (capoeira), mar (maricazal), sar (sarandizal), cpd (campo

pedregoso), bhn (banhado).

s/c = sem coleta, porém avistada em Porto Alegre.

Família Nome científíco Nome popular Hábito Vegetação

1. Acanthaceae Justicia brasiliana Roth alfavaca-do-mato arb mhg

2. Acanthaceae Ruellia angustiflora (Nees) Lindau ex Rambo alfavaca-do-mato arb mhg

3. Anacardiaceae Lithrea brasiliensis March. aroeira-brava avm msx, m

4. Anacardiaceae Schinus molle L. aroeira-salso avm msx, vac

5. Anacardiaceae Schinus polygamus (Cav.) Cabr. assobiadeira avt msx

6. Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi aroeira-vermelha avb cap

7. Anacardiaceae Schinus weinmanniifolius Mart. ex Engl. aroeira-do-campo arb cpd

8. Annonaceae Annona maritima (Záchia) H.Rainer araticum avb mps, mhg

9. Annonaceae Annona sylvatica A. St.-Hil. araticum avb mhg

1

0.

Aquifoliaceae Ilex brevicuspis Reiss. congonha avb mhg

1 Aquifoliaceae Ilex dumosa Reiss. caúna avt msx

1

2.

Araliaceae Dendropanax cuneatum (DC.) Dcne. et Panch. pau-de-tamanco avm mhg

1

3.

Arecaceae Bactris setosa Mart. tucum avt mhg

1

4.

Arecaceae Butia odorata (Barb.Rodr.) Noblick & Lorenzi butiá avm cpd, but

1

5.

Arecaceae Geonoma schottiana Mart. guaricana-do-brejo avt mhg

1

6.

Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassm. gerivá avm m

1

7.

Asteraceae Baccharis articulata (Cham.) Pers. - arb vas, cap

1

8.

Asteraceae Baccharis cf. pseudomyriocephala Teod. vassoura arb cap, msx

1

9.

Asteraceae Baccharis dracunculifolia DC. vassoura-branca arb vas, cap

2

0.

Asteraceae Baccharis patens Baker - arb cap, cpd

2

1.

Asteraceae Baccharis spicata (Lam.) Baill. vassoura arb cap, vas

2

2.

Asteraceae Bidens laevis (L.) B.S.P. picão-do-banhado arb bnh

2

3.

Asteraceae Calea cf. myrtifolia Baker - arb cpd

2

4.

Asteraceae Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabr. sucará avb m

2

5.

Asteraceae Dasyphyllum tomentosum (Spr.) Cabr. sucará avm mmf

2 Asteraceae Eupatorium cruciatum (Vell.) Ariza vassoura-do-campo arb cap

22

2

7.

Asteraceae Eupatorium intermedium DC. - arb vas, cpd

2

8.

Asteraceae Eupatorium inulifolium H.B.K. - arb cap

2

9.

Asteraceae Eupatorium laevigatum Lam. erva-de-cobra arb cpd, vas

3

0.

Asteraceae Eupatorium tremulum Hook. et Arn. chirca arb vas, bhn

3

1.

Asteraceae Gochnatia orbiculata (Malme) Cabr. cambará-do-campo arb cpd

3

2.

Asteraceae Gochnatia polymorpha (Less.) Cabr. cambará avb msx, vac

3

3.

Asteraceae Heterothalamus psiadioides Less. alecrim-do-campo arb vas, cap

3

4.

Asteraceae Piptocarpha sellowii (Sch.-Bip.) Baker cipó-prata avp mhg

3

5.

Asteraceae Radlkoferotoma berroi (Hutch.) King et Robinson - arb cap

3

6.

Asteraceae Trixis praestans (Vell.) Cabr. assa-peixe arb cap, msx

3

7.

Asteraceae Vernonia tweedieana Baker mata-pasto arb cap

3

8.

Bignoniaceae Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. ipê-verde avb mps, mhg

3

9.

Bignoniaceae Jacaranda micrantha Cham. caroba avm mhg

4

0.

Bignoniaceae Handroanthus pulcherrimus (Sandwith) S.O.Grose ipê-amarelo avm mps, m

4 Bignoniaceae Tecoma stans H.B.K. falsa-caroba avt cap

4

2.

Boraginaceae Varronia curassavica Jacq. balieira arb cap

4

3.

Boraginaceae Cordia americana (L.) Gottshling & J.E.Mill. guajuvira ava mmf, msx

4

4.

Boraginaceae Cordia ecalyculata Vell. maria-preta avm mhg

4

5.

Boraginaceae Cordia monosperma (Jacq.) R. et S. - arb cap

4

6.

Buddlejaceae Buddleia brasiliensis Jacq. ex. Spreng. barbasco-de-folha-larga arb cap

4

7.

Buddlejaceae Buddleia thyrsoidea Lam. barbasco-de-folha-fina arb cap, cpd

4

8.

Cactaceae Cereus hildmannianus K. Sch. tuna avt mps, msx

4

9.

Cactaceae Opuntia monacantha Haw. arumbeva arb mps, vac

5

0.

Cannabaceae Celtis cf. iguanaea (Jacq.) Spreng. taleira arb mmf

5

1.

Cannabaceae Celtis sp. taleira avp mhg

5

2.

Cannabaceae Trema micrantha (L.) Blume. grindiúva arb cap

5

3.

Caricaceae Vasconcellea quercifolia A. St.-Hil. mamoeiro-do-mato avt m

5

4.

Celastraceae Maytenus cassineformis Reiss. coração-de-negro avt msx

5

5.

Celastraceae Maytenus cf. dasyclados Mart. coração-de-bugre avt m

24

5

6.

Cervantesiaceae Acanthosyris spinescens (Mart. & Eichler) Griseb. sombra-de-touro avm msx

5

7.

Cervantesiaceae Jodina rhombifolia Hook. et Arn. espinheira-três-pontas avb msx

5

8.

Chrysobalanaceae Hirtella hebeclada Moric. ex A.P.DC. cinzeiro avm mhg

5

9.

Clusiaceae Garcinia gardneriana (Pl. et Tr.) Zappi bacupari avt mhg

6

0.

Combretaceae Terminalia australis Camb. sarandi-amarelo avt sar, mrp

6

1.

Cunoniaceae Lamanonia ternata Vell. guaperê avm mhg

6

2.

Ebenaceae Diospyros inconstans Jacq. maria-preta avb m

6

3.

Ephedraceae Ephedra tweediana (Fisch. et Mey.) Hunz. rabo-de-cavalo abp mps

6

4.

Ericaceae Agarista eucalyptoides (Cham. et Schl.) G. Don criúva avt vac

6

5.

Erythroxylaceae Erythroxylum argentinum O. Sch. cocão avb m

6

6.

Erythroxylaceae Erythroxylum deciduum St.Hil. cocão avt m

6

7.

Erythroxylaceae Erythroxylum microphyllum St.Hil. cocãozinho arb cpd, vac

6

8.

Erythroxylaceae Erythroxylum myrsinites Mart. cocão avt m

6

9.

Euphorbiaceae Alchornea triplinervia (Spreng.) M.Arg. tanheiro ava mhg

7

0.

Euphorbiaceae Gymnanthes concolor Spreng. laranjeira-do-mato avt mhg, mmf

7

1.

Euphorbiaceae Pachystroma longifolium (Nees) Johnst. mata-olho avm mhg

7

2.

Euphorbiaceae Sapium glandulosum (L.) Morong pau-de-leite avm mmf, mbj

7

3.

Euphorbiaceae Sebastiania brasiliensis Spreng. leiterinho avb mmf

7

4.

Euphorbiaceae Sebastiania commersoniana (Baill.) Smith et Downs branquilho avb mrp, msx

7

5.

Euphorbiaceae Sebastiania schottiana M.Arg. sarandi-vermelho avt sar, mrp

7

6.

Euphorbiaceae Sebastiania serrata (M.Arg.) M.Arg. branquilho avb msx

7

7.

Fabac. - Caesalp. Apuleia leiocarpa (Vog.) Mcbr. grápia ava mrp

7

8.

Fabac. - Caesalp. Bauhinia forficata Link pata-de-vaca avb cap, mrp

7

9.

Fabac. - Caesalp. Senna pendula (Willd.) H.S.Irwin & Barneby fedegoso avt cap

8

0.

Fabac. - Caesalp. Senna corymbosa (Lam.) Irwin et Barneby fedegoso arb cap, mps

8

1.

Fabaceae – Faboid. Dalbergia frutescens (Vell.) Britton rabo-de-bugio avp mhg, mmf

8

2.

Fabaceae – Faboid. Erythrina crista-galli L. corticeira-do-banhado avb bnh, mrp

8

3.

Fabaceae – Faboid. Erythrina falcata Benth. corticeira-da-serra ava mhg

8

4.

Fabaceae – Faboid. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. rabo-de-bugio avb mhg

8

5.

Fabaceae – Faboid. Lonchocarpus nitidus (Vog.) Benth. canela-do-brejo avb mrp

26

8

6.

Fabaceae – Faboid. Machaerium paraguariense Hassl. pau-de-malho avm mhg

8

7.

Fabaceae – Faboid. Machaerium stipitatum (DC.) Vog. pau-de-malho avm mhg, mmf

8

8.

Fabaceae – Faboid. Ormosia arborea (Vell.) Harms pau-ripa avb mhg

8

9.

Fabaceae – Faboid. Sesbania punicea (Cav.) Benth. cambaí-vermelho arb bnh

9

0.

Fabaceae – Faboid. Sesbania virgata (Cav.) Pers. cambaí-amarelo avt cap

9

1.

Fabaceae – Mimos. Albizia edwallii (Hoehne) Barneby et Grimes pau-gambá avt mhg, mps

9

2.

Fabaceae – Mimos. Calliandra tweedii Benth. topete-de-cardeal avt mrp, msx

9

3.

Fabaceae – Mimos. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Mor. timbaúva ava mmf, mps

9

4.

Fabaceae – Mimos. Inga affinis DC. ingá avm mhg

9

5.

Fabaceae – Mimos. Inga marginata Willd. ingá-feijão avb mhg

9

6.

Fabaceae – Mimos. Inga sessilis (Vell.) Mart. ingá-ferradura avm mhg

9

7.

Fabaceae – Mimos. IInga vera Willd. ingá-de-beira-de-rio avm mrp

9

8.

Fabaceae – Mimos. Inga virescens Benth. ingá-verde avm mhg

9

9.

Fabaceae – Mimos. Mimosa bimucronata (DC.) O.Ktze. maricá avt mar, cap

100 Fabaceae – Mimos. Senegalia bonariensis (Gillies ex. Hook. & Arn.) Segler & Eblinger unha-de-gato abp mrp, cap

100 Escalloniaceae Escallonia bifida Link et Otto canudo-de-pito arb cap

101

.

Icacinaceae Citronella gongonha (Mart.) Howard congonha avt mmf, mbj

102

.

Lauraceae Aiouea saligna Meiss. canela-fogo avm mhg

103

.

Lamiaceae Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke gaioleira avt mhg

104

.

Lamiaceae Vitex megapotamica (Spreng.) Mold. tarumã-preto avm mmf

105

.

Lauraceae Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr. canela-frade avt mhg

106

.

Lauraceae Nectandra grandiflora Nees caneleira avm mhg

107

.

Lauraceae Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez canela-fedorenta ava mhg

108

.

Lauraceae Nectandra oppositifolia Nees canela-ferrugem ava mhg

109

.

Lauraceae Ocotea catharinensis Mez canela-preta avm mhg, mps

110

.

Lauraceae Ocotea diospyrifolia (Meiss.) Mez caneleira avm mhg

111

.

Lauraceae Ocotea puberula Nees canela-guaicá ava mhg, mmf

112

.

Lauraceae Ocotea pulchella Mart. canela-lageana avm mps, mmf

113

.

Loganiaceae Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. esporão-de-galo avt mmf

114

.

Lythraceae Heimia salicifolia Link et Otto erva-da-vida arb cap

28

115

.

Malvaceae Abutilon grandiflorum (Willd.) Sw. - arb cap

116

.

Malvaceae Abutilon umbelliflorum St. Hil. - arb cap

117

.

Malvaceae Hibiscus diversifolius Jacq. guaxima-de-espinho arb bnh

118

.

Malvaceae Hibiscus lambertianus H.B.K. - arb bnh

119

.

Malvaceae Hibiscus selloi Goerke - arb bnh

120

.

Malvaceae Luehea divaricata Mart. et Zucc. açoita-cavalo ava mmf

121

.

Malvaceae Triumfetta abutiloides St. Hil. carrapicho-peludo arb cap, msx

122

.

Malvaceae Triumfetta semitriloba L. carrapicho arb cap, msx

123

.

Melastomataceae Leandra australis (Cham.) Cogn. pixirica-peluda arb cap, mbj

124

.

Melastomataceae Miconia sellowiana Naud. pixirica arb cap

125

.

Melastomataceae Miconia cinerascens Miq. pixiricão arb cap

126

.

Melastomataceae Miconia hyemalis St.Hil. et Naud. pixirica-cinzenta arb cap, mbj

127

.

Melastomataceae Tibouchina asperior (Cham.) Cogn. - arb bnh

128

.

Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart. cangerana ava mhg

129

.

Meliaceae Cedrela fissilis Vell. cedro-vermelho ava mhg

130

.

Meliaceae Guarea macrophylla Vahl pau-de-arco avb mhg

131

.

Meliaceae Trichilia claussenii C.DC. catiguá avm mhg

132

.

Meliaceae Trichilia elegans A.Juss. pau-de-ervilha avt mhg

133

.

Monimiaceae Hennecartia omphalandra Poisson gema-de-ovo avt mhg

134

.

Monimiaceae Mollinedia elegans Tul. pimenteira-do-mato arb mhg

135

.

Moraceae Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. figueirão ava mhg, mmf

136

.

Moraceae Ficus adhatodifolia Schott figueira-purgante ava mhg

137

.

Moraceae Ficus cestrifolia Schott figueira-de-folha-miúda ava m

138

.

Moraceae Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. tajuva avm mhg

139

.

Moraceae Sorocea bonplandii (Bail.) Burg., Lanj. et Boer cincho, sorococó avt mhg

140

.

Myrtaceae Blepharocalyx salicifolius (Kunth) Berg guamirim-murta avb mbj

141

.

Myrtaceae Calyptranthes concinna DC. guamirim-ferro avt mmf

142

.

Myrtaceae Campomanesia aurea Berg araçá-do-campo arb cpd

143

.

Myrtaceae Campomanesia rhombea Berg guabiroba-crespa avb m

144

.

Myrtaceae Campomanesia xanthocarpa Berg guabiroba avm m

30

145

.

Myrtaceae Eugenia bacopari Legr. guamirim-pimentão avt mhg

146

.

Myrtaceae Eugenia dimorpha Berg araçá-do-campo arb cpd

147

.

Myrtaceae Eugenia florida DC. - avb mhg

148

.

Myrtaceae Eugenia hyemalis Camb. aperta-cu avt m

149

.

Myrtaceae Eugenia involucrata DC. cerejeira-do-mato avb mhg

150

.

Myrtaceae Eugenia multicostata Legr. pau-alazão avm mhg

151

.

Myrtaceae Eugenia ramboi Legr. batinga avb mhg

152

.

Myrtaceae Eugenia rostrifolia Legr. batinga avm mhg

153

.

Myrtaceae Eugenia verticillata (Vell.) Angely guamirim-uvá avt mhg, mrp

154

.

Myrtaceae Eugenia uniflora L. pitangueira avt m

155

.

Myrtaceae Eugenia uruguayensis Camb. guamirim avt mps, mmf

156

.

Myrtaceae Hexachlamys edulis (Berg) Kausel et Legr. pessegueiro-do-campo avt mps, vac

157

.

Myrtaceae Myrceugenia myrtoides Berg camboim-cinzento avt cap, msx

158

.

Myrtaceae Myrcia glabra (Berg) Legr. guamirim-araçá avt mmf

159

.

Myrtaceae Myrcia palustris DC. guamirim avt msx, vac

160

.

Myrtaceae Myrcia multiflora (Lam.) DC. camboim avt mmf

161

.

Myrtaceae Myrcianthes gigantea (Legr.) Legr. guamirim-araçá avb mhg

162

.

Myrtaceae Myrcianthes pungens (Berg) Legr. guabiju avm mmf

163

.

Myrtaceae Myrciaria cuspidata Berg camboim avt mps, msx

164

.

Myrtaceae Myrciaria delicatula (DC.) Berg camboim avt msx, vac

165

.

Myrtaceae Myrciaria floribunda (West ex Willd.) Berg camboim avm mrp

166

.

Myrtaceae Myrrhinium atropurpureum Schott guamirim-pau-ferro avt msx, mps

167

.

Myrtaceae Plinia rivularis (Camb.) Rotm. guapuriti avb mrp

168

.

Myrtaceae Psidium cattleyanum Sab. araçá-amarelo avt mbj

169

.

Myrtaceae Psidium incanum (Berg) Burr. araçá-das-pedras arb cpd

170

.

Myrtaceae Psidium luridum (Spr.) Burr. araçá-das-pedras arb cpd

171

.

Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.) Reitz maria-mole avm mmf

172

.

Nyctaginaceae Pisonia aculeata L. unha-de-tigre avp mps, msx

173

.

Oleaceae Chionanthus filiformis (Vell.) Green - avm mhg

174

.

Onagraceae Ludwigia sp. cruz-de-malta arb bnh

32

175

.

Phyllanthaceae Phyllanthus sellowianus M.Arg. sarandi arb sar, mrp

176

.

Phytolacaceae Phytolacca thyrsiflora Fenzl. ex Schmidt caruru-bravo arb cap

177

.

Phytolacaceae Phytolacca dioica L. umbu ava mmf

178

.

Phytolacaceae Seguieria aculeata Jacq. cipó-limoeiro-do-mato abp m

179

.

Piperaceae Piper gaudichaudianum Kunth pariparoba-do-mato arb mhg

180

.

Piperaceae Piper xylosteoides Steud. pariparoba-do-mato arb mhg

181

.

Poaceae Guadua trinii (Nees) Rupr. taquaruçu-de-espinho arb mrp

182

.

Polygonaceae Ruprechtia laxiflora Meiss. marmeleiro-do-mato avb mrp, mps

183

.

Proteaceae Roupala brasiliensis Klotz. carvalho-brasileiro avm mhg

184

.

Primulaceae Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. capororoquinha avm m, cap

185

.

Primulaceae Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze capororoca avb mhg

186

.

Primulaceae Myrsine laetevirens (Mez) Arech. capororoca-do-brejo avb mbj

187

.

Primulaceae Myrsine loefgrenii (Mez) Otegui capororoca avb mhg

188

.

Primulaceae Myrsine parvula (Mez) Otegui capororoca avt mmf

189

.

Primulaceae Myrsine umbellata Mart. capororocão avm m, vac

190

.

Quilla jaceae Quillaja brasiliensis (St.Hil. et Tul.) Mart. sabão-de-soldado avm msx, mmf

191

.

Rhamnaceae Colletia paradoxa (Spreng.) Esc. quina-cruzeiro arb cpd

192

.

Rhamnaceae Colubrina glandulosa Perk. sobraji avm mhg

193

.

Rhamnaceae Scutia buxifolia Reiss. coronilha avb msx

194

.

Rosaceae Prunus myrtifolia (L.) Urb. pessegueiro-do-mato avm mmf

195

.

Rosaceae Rubus urticifolius Poir. amora-do-mato abp mhg, cap

196

.

Rubiaceae Cephalanthus glabratus (Spreng.) K.Schum. sarandi-branco arb mrp, bnh

197

.

Rubiaceae Chiococca alba (L.) Hitch. cainca avp m

198

.

Rubiaceae Chomelia obtusa Cham. et Schl. rasga-trapo avp m

199

.

Rubiaceae Faramea montevidensis (Cham. & Schltdl.) DC. café-do-mato avt mmf, mhg

200

.

Rubiaceae Guettarda uruguensis Cham. et Schl. veludo avt m

201

.

Rubiaceae Psychotria brachyceras M.Arg. cafeeiro-do-mato arb mhg, mps

202

.

Rubiaceae Psychotria carthagenensis Jacq. cafeeiro-do-mato arb mrp, mmf

203

.

Rubiaceae Psychotria leiocarpa Cham. et Schl. cafeeiro-do-mato arb mhg

204

.

Rubiaceae Psychotria myriantha M.Arg. cafeeiro-do-mato arb mhg

34

205

.

Rubiaceae Randia ferox (Cham. & Schltdl.) DC limoeiro-do-mato avt mps, msx

206

.

Rubiaceae Rudgea parquioides (Cham.) M.Arg. pimenteira arb mhg

207

.

Rutaceae Esenbeckia grandiflora Mart. pau-de-cutia avt mhg

208

.

Rutaceae Zanthoxylum hyemale Lam. mamica-de-cadela avb mmf

209

.

Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Lam. mamica-de-cadela avm mmf

210

.

Salicaceae Banara parviflora (Gray) Benth. farinha-seca avm mmf, mhg

211

.

Salicaceae Casearia decandra Jacq. guaçatunga avt mmf

212

.

Salicaceae Casearia silvestris Sw. cha-de-bugre avb m

213

.

Salicaceae Xylosma cf. pseudosalzmannii Sleumer sucará avm msx

214

.

Salicaceae Salix humboldtiana Willd. salseiro, salgueiro ava mrp

215

.

Sapindaceae Allophylus edulis (St.Hil.) Radlk. chal-chal avb mmf

216

.

Sapindaceae Cupania vernalis Camb. camboatá avm mmf

217

.

Sapindaceae Dodonaea viscosa (L.) Jacq. vassoura-vermelha avt vas

218

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Sapindaceae Matayba elaeagnoides Radlk. camboatá-branco avm mmf

219

.

Sapindaceae Matayba guianensis Aubl. camboatá-branco ava mhg

220

.

Sapotaceae Chrysophyllum gonocarpum (Mart et Eichl.) Engl. aguaí-guaçu avm mmf

221

.

Sapotaceae Chrysophyllum marginatum (Hook. et Arn.) Radlk. aguaí-mirim avt mmf

222

.

Sapotaceae Pouteria gardneriana (DC.) Radlk. aguaí-mata-olho avm mrp

223

.

Sapotaceae Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk. mata-olho avt mrp

224

.

Sapotaceae Syderoxylum obtusifolium (Roem.et Sch.) Penn. coronilha avm mmf

225

.

Simaroubaceae Picramnia parvifolia Engler pau-amargo avb mhg

226

.

Solanaceae Cestrum corymbosum Schl. coerana-amarela arb cap

227

.

Solanaceae Cestrum strigillatum R.et P. coerana arb mmf

228

.

Solanaceae Solanum concinnum Schott ex. Sendtn. joá-velame arb cap

229

.

Solanaceae Solanum guaraniticum St. Hil. jurubeba arb cap

230

.

Solanaceae Solanum mauritianum Scop. fumo-bravo avt cap

231

.

Solanaceae Solanum pseudoquina St. Hil. canema avt cap

232

.

Solanaceae Solanum sanctaecatharinae Dunal canema avt mmf

233

.

Solanaceae Solanum sp. - arb mmf

234

.

Solanaceae Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz. esporão-de-galo avt cap

36

235

.

Styracaceae Styrax leprosum Hook. et Arn. carne-de-vaca avb msx

236

.

Symplocaceae Symplocos celastrinea Mart. ex Miq. sete-sangrias avt mmf

237

.

Symplocaceae Symplocos uniflora (Pohl) Benth. sete-sangrias avt msx, vac

238

.

Thymelaeaceae Daphnopsis racemosa Griseb. embira avt msx

239

.

Urticaceae Boehmeria caudata Sw. urtiga-mansa arb Mhg

240

.

Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul embaúba avm mbj, cap

241

.

Urticaceae Coussapoa microcarpa (Shott) Rizzini figueira-mata-pau ava mhg

242

.

Urticaceae Urera nitida (L.) Brack urtigão arb mhg

243

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Ver Verbenaceae Aloysia gratissima (Gill. et Hook.) Tronc. cidró-silvestre arb cap

244

.

Verbenaceae Citharexylum montevidense (Spreng.) Mold. tarumã-de-espinho avm mmf

245

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Verbenaceae Citharexylum myrianthum Cham. tarumã-branco avm mbj

246

.

Verbenaceae Lantana camara L. camaradinha arb cap, vas

247

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Verbenaceae Stachytarpheta cayennensis (L.Rich.) Vahl. gervão arb cap

248

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Verbenaceae Verbena ephedroides Cham. - arb cap