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NACIONALIDADE

A nacionalidade pode ser adquirida de dois modos: Originária e Derivada.

Originária: Adquirida com o nascimento

Derivada ou Secundária: Adquirida por vontade posterior

Nacionalidade originária pode se dar por dois critérios:         Ius soli – É nacional aquele que nascer no solo do país (compreendendo

extensões territoriais como navios de guerra e navios mercantes em alto mar);

         Ius sanguinis – É nacional aquele que for filho, ou seja, que tiver o SANGUE de

nacional do país;

A opção, em qualquer tempo (mas depois de atingida a maioridade), pela

nacionalidade brasileira. Assim, os filhos de brasileiros nascidos no exterior que

vierem a residir no Brasil e, depois disso, alcançarem a maioridade, já poderão (de

imediato) ingressar em juízo (Justiça federal) a fim de exercer o direito de opção

pela nacionalidade brasileira. Nesse último caso, manifestada a opção, o Estado

não lhes pode negar o reconhecimento da nacionalidade, pois aqui se está diante

do que se denomina nacionalidade potestativa, que é aquela em que o efeito

pretendido depende exclusivamente da vontade do interessado.

Os que vierem a residir no Brasil enquanto menores terão que aguardar a

maioridade para o exercício do direito de opção, ficando na condição de brasileiros

natos sub conditione (qual seja, a condição de opção pela nacionalidade brasileira,

em qualquer tempo, após atingida a maioridade aos 18 anos). Aqui, tem-se que a

nacionalidade potestativa fica suspensa até alcançar-se a maioridade de 18 anos

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ATENÇÃO: as mudanças do art. 12, I, “c” da CF que ocorreram com a EC de revisão nº 3

de 1994 (tirou a possibilidade do registro em repartição competente no exterior) e a

EC nº 54/2007, pois as mesmas criaram uma situação para os nascidos entre as

duas revisões que está regulada no art. 95 do ADCT:

No Brasil a regra é o ius soli – nasceu em solo brasileiro será brasileiro. Contudo, temos

exceções onde a Constituição adotou o ius sanguinis.

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde

que estes não estejam a serviço de seu país;

        ius soli + não ser filho de estrangeiros que esteja a serviço do seu país no Brasil. É

a Regra da nacionalidade no nosso país

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer

deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

ius sanguinis + o trabalho no exterior para o BR

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam

registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República

Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela

nacionalidade brasileira;

        1º Parte: ius sanguinis + registro no exterior na repartição pública competente

(em regra consulados)

        2º Parte: nascimento no exterior + ius sanguinis + venha a residir no Brasil +

maioridade + opção pela nacionalidade

Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em

repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

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A nacionalidade derivada pode se dar por três motivos diferentes: casamento, trabalho ou residência, a constituição brasileira menciona somente a hipótese de residência como forma de adquirir nacionalidade originária para estrangeiro.

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários

de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade

moral;

1º Parte: poderão se naturalizar os estrangeiros que cumprirem os requisitos

constantes na lei (ATENÇÃO a Lei é Nova: Lei nº 13.445/17 – Lei de Migração);

2º Parte: poderão se naturalizar os indivíduos originários de países de língua

portuguesa que tenham residência ininterrupta de 1 ano no país e idoneidade moral.

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do

Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que

requeiram a nacionalidade brasileira.

NACIONALIDADE DERIVADA OU SECUNDÁRIA NO BRASIL

Posição do STF:"São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde

que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. A opção pode ser feita a qualquer tempo, desde que venha o filho de pai brasileiro ou de mãe

brasileira, nascido no estrangeiro, a residir no Brasil. Essa opção somente pode ser manifestada depois de alcançada a maioridade. É que a opção, por decorrer da vontade, tem

caráter personalíssimo. Exige-se, então, que o optante tenha capacidade plena para manifestar a sua vontade, capacidade que se adquire com a maioridade. Vindo o nascido no estrangeiro, de

pai brasileiro ou de mãe brasileira, a residir no Brasil, ainda menor, passa a ser considerado brasileiro nato, sujeita essa nacionalidade a manifestação da vontade do interessado, mediante a opção, depois de atingida a maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não manifestada a

opção, esta passa a constituir-se em condição suspensiva da nacionalidade brasileira." (RE 418.096, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 22-3-2005, Segunda Turma, DJ de 22-4-2005.)

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Para o estrangeiro não originário de país com língua portuguesa as exigências são a

residência ininterrupta no território nacional por mais de 15 anos, ausência de condenação penal e requerimento de naturalização.

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em

favor dos brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos

previstos nesta Constituição. (Parágrafo  com redação dada pela Emenda

Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

O caso do presente parágrafo trata-se de uma quase nacionalidade ou como a doutrina

tem chamado brasileiros por equiparação. A reciprocidade se evidencia no presente

caso, com o Decreto nº 3.927/01 promulgou o Tratado de Amizade, Cooperação e

Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de 2000.

§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados,

salvo nos casos previstos nesta Constituição.

art. 5º, LI

art. 12, 3º

art. 12, § 4º, I

art. 89, VII (Conselho da República – seis brasileiros natos)

art. 222 (propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão – brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos).

DISTINÇÕES CONSTITUCIONAIS

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Atenção, pois se todos os ministros do STF devem ser brasileiros natos,

temos mais um cargo que é exclusivo de brasileiro nato, contudo, o mesmo na está na lista do parágrafo 3º, que é o cargo de Presidente do CNJ (art. 103,

§ 1º, da CF).

Art. 12

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas;

§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade

nociva ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em

Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o

exercício de direitos civis;

VII – de Ministro de Estado da Defesa. (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional  nº

23, de 1999)

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