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Rotinas da Fase Interna (Exercícios Práticos) parte 2

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Rotinas da Fase Interna (Exercícios Práticos)

parte 2

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A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e

treinamento de agentes públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras,

câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos, consórcios, institutos, fundações e

empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a

escola investe na qualidade e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Certificados de Participação

- Tira-dúvidas após a realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Corpo docente especializado e atuante na área

- Atendimento personalizado

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Material de apoio de qualidade

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno) onde será disponibilizado o certificado de

participação para impressão, grade programática, apostila digitalizada, material

complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat com outros

alunos e contato direto com professores.

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Público Alvo

- Servidores públicos municipais (secretários, diretores, contadores, advogados,

controladores internos, assessores, atuantes na área de licitação, recursos humanos,

tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao

Calçadão da XV, na Rua Clotário Portugal nº 41, com estrutura apropriada para realização de

vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando

índice médio de satisfação 9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada

ao trabalho.

Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da

transparência de seus atos mantendo em sua página eletrônica um espaço específico para esse

fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos e notas de avaliação dos alunos, todas as

certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços

públicos, a Unipública investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério

define seu corpo docente.

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Missão

Preparar os servidores municipais, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e

específicos sobre suas respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto

para a população quanto para os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade

proporcionando satisfação aos seus alunos e equipe de colaboradores.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO!

BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 Sede Própria: Rua Desembargador Clotário Portugal, n° 39, Centro.

www.unipublicabrasil.com.br

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Programação

Rotinas da Fase Interna (Exercícios Práticos) – parte 2 1 Qual Modalidade deverá ser aplicada?

a) Convite

b) Tomada de preços

c) Concorrência

d) Pregão

e) Leilão

f) Concurso

2 Como escolher o tipo?

a) Menor Preço

b) Melhor Técnica

c) Técnica e preço

d) Oferta ou lance

3 É possível agrupar em lotes? Ou não?

4 Como deve ser a participação da Comissão/pregoeiro/equipe de apoio

5 Como e quantos devem ser os Pareceres Técnicos/Jurídicos?

Professor:

Clayson do Nascimento Andrade: Assessor Jurídico do Tribunal de

Justiça-PR - Palestrante - Especialista em Direito Administrativo.

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ROTINAS DA FASE INTERNA

(EXERCÍCIOS PRÁTICOS) – PARTE 2

Clayson do Nascimento Andrade

TERCEIRIZAÇÃO

Recentemente tivemos a aprovação, na Câmara dos Deputados, do PL 4.330 que trata

da terceirização das atividades-fim da empresa tomadora dos serviços. O projeto seguiu para

o Senado e aguarda aprovação e posterior sanção da Presidente.

Como fica a Administração Pública diante deste novo cenário?

No projeto original a terceirização poderia abranger, inclusive, as atividades-fim do

setor público, ou seja, todas as atividades da Administração Pública poderiam ser

terceirizadas. Seria o “fim” do concurso público.

Todavia, o projeto ganhou nova redação e a questão referente à Administração

Pública ficou assim estabelecida:

Art. 1º Esta Lei regula os contratos de terceirização e as relações de trabalho deles

decorrentes.

(...)

§ 2º As disposições desta Lei não se aplicam aos contratos de terceirização no âmbito da

administração pública direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02/08

A IN 02/08 regulamenta – no âmbito da administração federal (órgãos integrantes do

Sistema de Serviços Gerais-SISG) – a contração de serviços, continuados ou não, com

destaque especial para as terceirizações.

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Mas o que é terceirização?

O Decreto Federal nº 2.271/97 estabelece que são as atividades essenciais ao

funcionamento do ente ou órgão e ao atingimento de sua finalidade institucional, mas

diversas de suas funções precípuas, correspondentes à sua atividade-fim.

Em seu art. 1º, § 1º o Decreto nº 2.271/97 dispõe que serão objeto de terceirização as

atividades de:

Conservação/Limpeza

Segurança/Vigilância

Transportes

Informática

Copeiragem

Recepção

Reprografia

Telecomunicações

Manutenção de prédios, equipamentos e instalações

Alguns cuidados que devem ser tomados na terceirização:

Art. 10. É vedado à Administração ou aos seus servidores praticar atos de ingerência na

administração da contratada, tais como:

I - exercer o poder de mando sobre os empregados da contratada, devendo reportar-se

somente aos prepostos ou responsáveis por ela indicados, exceto quando o objeto da

contratação prever o atendimento direto, tais como nos serviços de recepção e apoio ao

usuário;

II - direcionar a contratação de pessoas para trabalhar nas empresas contratadas;

III - promover ou aceitar o desvio de funções dos trabalhadores da contratada, mediante a

utilização destes em atividades distintas daquelas previstas no objeto da contratação e em

relação à função específica para a qual o trabalhador foi contratado; e

IV – considerar os trabalhadores da contratada como colaboradores eventuais do próprio

órgão ou entidade responsável pela contratação, especialmente para efeito de concessão de

diárias e passagens.

Jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL - IMPROBIDADE (...) CONTRATAÇÃO DE EMPRESA DE

TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA PENDÊNCIA DE CONVOCAÇÃO DE

CANDIDATOS APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO - ATIVIDADES

CONTRATADAS SIMILARES ÀS ATIVIDADES INERENTES AOS CARGOS

PÚBLICOS DO CONCURSO VIGENTE - ILICITUDE NA TERCEIRIZAÇÃO DE

ATIVIDADES-FIM DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - DEVER DE PROVER OS

CARGOS PÚBLICOS

TERCEIRIZAÇÃO

ATUAÇÃO COM PESSOALIDADE DO PRESIDENTE DA CÂMARA DE

VEREADORES DE FOZ DO IGUAÇU NA INDICAÇÃO DE PESSOAS PARA SEREM

CONTRATADAS PELA EMPRESA DE TERCEIRIZAÇÃO - PRESENÇA DO

ELEMENTO VOLITIVO (DOLO) NA CONDUTA IRREGULAR (...) IMPOSIÇÃO AO

EX-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DAS PENALIDADES DE SUSPENSÃO

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DOS DIREITOS POLÍTICOS POR 5 (CINCO) ANOS E MULTA CORRESPONDENTE A

10 (DEZ) VEZES O VALOR DA ÚLTIMA REMUNERAÇÃO (...)

(...) presença do elemento volitivo caracterizador do ato ímprobo, ou seja, a presença de dolo

na contratação irregular de pessoas para prestar serviços na Câmara. BUDEL tinha plena

ciência de seus atos e quis, deliberadamente, adotar as práticas tidas aqui por irregulares.

Fez do contrato administrativo um meio para empregar na Administração Pública, sem

concurso, pessoas do seu círculo de influência.

(...) o elemento volitivo se aperfeiçoa na vontade consciente e dirigida a favorecer

determinadas pessoas com vulneração aos predicados éticos de responsabilidade que

orientam a Administração Pública. (TJPR - 5ª C.Cível - AC - 1127310-8 - Foz do Iguaçu -

Rel.: Rogério Ribas - Unânime - - J. 09.12.2014)

Continuando na IN 02/08:

Art. 13. A Administração não se vincula às disposições contidas em Acordos e Convenções

Coletivas que não tratem de matéria trabalhista, tais como as que estabeleçam valores ou

índices obrigatórios de encargos sociais ou previdenciários, bem como de preços para os

insumos relacionados ao exercício da atividade. (Redação dada pela Instrução Normativa nº

3, de 16 de outubro de 2009)

FISCALIZAÇÃO NA TERCEIRIZAÇÃO

Art. 31. O acompanhamento e a fiscalização da execução do contrato consistem na

verificação da conformidade da prestação dos serviços e da alocação dos recursos

necessários, de forma a assegurar o perfeito cumprimento do contrato, devendo ser exercido

pelo gestor do contrato, que poderá ser auxiliado pelo fiscal técnico e fiscal administrativo do

contrato.

§2º (...) I - gestor do contrato: servidor designado para coordenar e comandar o processo da

fiscalização da execução contratual;

II - fiscal técnico do contrato: servidor designado para auxiliar o gestor do contrato quanto à

fiscalização do objeto do contrato; e

III - fiscal administrativo do contrato: servidor designado para auxiliar o gestor do contrato

quanto à fiscalização dos aspectos administrativos do contrato.

1. Fiscalização inicial (no momento em que a prestação de serviços é iniciada)

1.1. Deve ser elaborada planilha-resumo de todo o contrato administrativo. Ela conterá

informações sobre todos os empregados terceirizados que prestam serviços no órgão ou

entidade, divididos por contrato, com os seguintes dados: nome completo, número de

inscrição no CPF, função exercida, salário, adicionais, gratificações, benefícios recebidos,

sua especificação e quantidade (vale-transporte, auxílio-alimentação), horário de trabalho,

férias, licenças, faltas, ocorrências e horas extras trabalhadas.

1.2. A fiscalização das Carteiras de Trabalho e Previdência Social – CTPS, será feita por

amostragem. Todas as anotações contidas na CTPS dos empregados devem ser conferidas, a

fim de que se possa verificar se as informações nelas inseridas coincidem com as

informações fornecidas pela empresa e pelo empregado. Devem ser observadas, com especial

atenção, a data de início do contrato de trabalho, a função exercida, a remuneração

(corretamente discriminada em salário-base, adicionais e gratificações), além de demais

eventuais alterações dos contratos de trabalho.

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1.3. O número de terceirizados por função deve coincidir com o previsto no contrato

administrativo.

1.4. O salário não pode ser inferior ao previsto no contrato administrativo e na Convenção

Coletiva de Trabalho da Categoria - CCT.

1.5. Devem ser consultadas eventuais obrigações adicionais constantes na CCT para as

empresas terceirizadas (por exemplo, se os empregados têm direito a auxílio-alimentação

gratuito).

(...)

3.1 Devem ser evitadas ordens diretas da Administração dirigidas aos terceirizados. As

solicitações de serviços devem ser dirigidas ao preposto da empresa. Da mesma forma,

eventuais reclamações ou cobranças relacionadas aos empregados terceirizados devem ser

dirigidas ao preposto.

3.2 Toda e qualquer alteração na forma de prestação do serviço, como a negociação de

folgas ou a compensação de jornada, deve ser evitada, uma vez que essa conduta é

exclusiva do empregador.

3.3 Conferir por amostragem, diariamente, os empregados terceirizados que estão prestando

serviços e em quais funções, e se estão cumprindo a jornada de trabalho.

(...)

A Administração obriga-se a:

6.1. exercer a fiscalização dos serviços por intermédio de servidores especialmente

designados, na forma prevista na Lei no 8.666, de 1993;

6.2. disponibilizar instalações sanitárias;

6.3. disponibilizar vestiários com armários guarda-roupas; e

6.4. destinar local para guarda dos saneantes domissanitários, materiais, equipamentos,

ferramentas e utensílios.

MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Art. 22 da Lei nº 8.666/93:

1. Concorrência

2. Tomada de Preços

3. Convite

4. Concurso

5. Leilão

Art. 1º da Lei nº 10.520/02:

6. Pregão

1. Concorrência:

Para obras e serviços de engenharia – acima de R$ 1.500.000,00.

Para compras e serviços – acima de R$ 650.000,00.

Realizada entre quaisquer interessados que comprovem, em habilitação preliminar,

possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital.

Publicado o edital, deve-se aguardar 30 ou 45 dias (conforme incisos I e II do art. 21

da Lei nº 8.666/93) para o recebimento das propostas.

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2. Tomada de Preços:

Para obras e serviços de engenharia – até R$ 1.500.000,00.

Para compras e serviços – até R$ 650.000,00.

Realizada entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as

condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das

propostas.

Publicado o edital, deve-se aguardar 15 ou 30 dias (conforme incisos II e III do art. 21

da Lei nº 8.666/93) para o recebimento das propostas.

3. Convite:

Para obras e serviços de engenharia – até R$ 150.000,00.

Para compras e serviços – até R$ 80.000,00.

É a modalidade mais simples da Lei nº 8.666/93.

Realizada entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não,

escolhidos e convidados em número mínimo de 3 pela unidade administrativa.

O convite será estendido aos demais cadastrados, na correspondente especialidade,

que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação da

proposta.

Entre a publicação do convite e a abertura da licitação deve ser observado o prazo de

5 dias úteis.

Decisões do TCU sobre o convite:

Súmula 248.

Não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, na licitação

sob a modalidade convite, impõe-se a repetição do ato, com a convocação de outros possíveis

interessados, ressalvadas as hipóteses previstas no parágrafo 7º do art. 22 da Lei nº 8.666

Acórdão 710/2008 Plenário /1993.

Convidem para participar de licitação na modalidade convite somente interessados do

ramo pertinente ao objeto licitado.

4. Concurso:

Realizado para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a

instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores

(ex: escolha do projeto arquitetônico para o futuro Centro Judiciário de Curitiba)

5. Leilão:

Realizado entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a

Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de

bens imóveis (adquiridos em procedimentos judiciais ou mediante dação em pagamento), a

quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

6. Pregão:

Não há limites de valor para utilização do pregão.

Sua incidência é determinada pela natureza do objeto a ser contratado: utiliza-se a

modalidade se o bem ou serviço a serem contratados forem classificados como comuns.

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Entre a publicação do edital e a abertura da licitação, deve ser observado o prazo de 8

dias úteis.

No pregão, previu-se a inversão de fases: primeiro analisa-se o preço para depois se

analisar a habilitação, e esta, só do vencedor.

Há possibilidade de reduzir os preços propostos (mutabilidade das propostas)

Só há uma etapa recursal ao final do procedimento. Para interpor recurso tem que

estar presente na sessão e deve existir motivação.

Decisão do TCU sobre o Pregão:

Acórdão 1046/2008 Plenário (Voto do Ministro Relator)

A característica essencial do pregão é a de ser uma modalidade mais dinâmica e

flexível para a aquisição de bens ou contratação de serviços de interesse da administração

pública. Seus fundamentos principais são, especialmente, a ampliação da disputa de preços

entre os interessados, que tem como consequência imediata a redução dos preços

contratados, bem assim a alteração da ordem tradicional de apresentação e análise dos

documentos de habilitação e propostas de preço, e a mitigação das formalidades presentes

nas demais modalidades licitatórias. (...)

Acórdão 1046/2008 Plenário (Voto do Ministro Relator)

... Portanto, aliada à celeridade, a competitividade é característica significativa do

pregão e vem expressamente albergada não só no caput do art. 4º do Decreto nº 3.555/2000,

como princípio norteador dessa modalidade, como em seu parágrafo único: “as normas

disciplinadoras da licitação serão sempre interpretadas em favor da ampliação da disputa

entre os interessados, desde que não comprometam o interesse da Administração, a finalidade

e a segurança da contratação” (grifos acrescidos).

Pregão eletrônico:

É o mesmo pregão presencial, só que realizado no ambiente da internet. Por isso,

algumas pequenas alterações foram feitas nas regras a fim de viabilizar sua utilização.

Pregão eletrônico:

Em vez de se encontrarem num local físico, pregoeiro e licitantes se reúnem numa

“sala virtual”. Assim, participantes do Brasil inteiro podem se juntar à licitação sem que seja

necessário estarem presentes no local em que se realiza o certame. Isto sem dúvida amplia

muito a competição.

Utiliza-se um portal eletrônico para “hospedar” a licitação (ex. portal www.licitacoes-

e.com.br do Banco do Brasil).

COMO ESCOLHER A MODALIDADE CORRETA?

Primeiramente devemos identificar a natureza do contrato que estamos querendo

obter. Saber se estamos querendo obter bem/serviço ou alienar (“comprar ou vender”). Se a

intenção for a de alienar, dispomos de duas modalidades: leilão e concorrência.

Na alienação não podemos esquecer de que os bens públicos, quando estão afetados

ao poder público, são inalienáveis, ou seja, não podem ser vendidos. Assim, para vender é

preciso desafetar, no caso de bem imóvel, ou declarar a inservibilidade no caso de bem

móvel.

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Se a intenção é obter bem/serviço, devemos verificar se se trata de bem ou serviço

comum. A legislação nacional tem dado preferência à utilização do pregão. Assim, se ficar

constatado que se trata de bem ou serviço comum, o pregão terá preferência.

Pregão presencial ou eletrônico? Novamente cabe dizer que as normas nacionais dão

preferência ao eletrônico, mas dependerá do objeto, pois há situações em que o eletrônico

poderá não ser conveniente. Ex: contratação de serviços não continuados em municípios

pequenos.

Se o bem/serviço não for comum, o pregão não poderá ser utilizado. Deve-se, então,

verificar o valor estimado da contratação para a definição da modalidade licitatória.

Convite, tomada de preços, concorrência ou concurso.

Sem esquecer que a modalidade deve ser escolhida para a totalidade do conjunto de

obras, serviços ou aquisições que possa ser contratada concomitantemente. A preocupação

aqui é a de evitar o fracionamento indevido da despesa.

TIPOS DE LICITAÇÃO

O art. 45, § 1º, da Lei nº 8.666/93 estabelece os tipos de licitação (que servem de

critério de julgamento para a escolha da melhor proposta):

I – menor preço (Importante!!! Não há discussão acerca de qualidade como critério de

seleção da proposta, pois esta já está definida a partir das especificações técnicas constantes

do edital);

II – melhor técnica (serviços de natureza intelectual: projetos, estudos técnicos, engenharia

consultiva, etc.);

III – técnica e preço (serviços e produtos que admitam variação de qualidade em seus

aspectos técnicos, como equipamentos de informática de alta performance, por exemplo);

IV – maior lance ou oferta (alienação de bens ou concessão de direito real de uso).

ESCOLHA DO TIPO DE LICITAÇÃO

"a definição do tipo de licitação produz reflexos não apenas sobre o julgamento das

propostas. O próprio procedimento licitatório, em toda sua fase externa, variará consoante o

tipo de licitação. Uma licitação de técnica e preço se distinguirá de uma de menor preço já no

ato convocatório, pois dele deverão constar as exigências técnicas etc."

"Pode afirmar-se que a licitação de menor preço é cabível quando o interesse sob

tutela do Estado pode ser satisfeito por um produto qualquer, desde que preenchidos

requisitos mínimos de qualidade ou de técnica. Já as licitações de técnica são adequadas

quando o interesse estatal apenas puder ser atendido por objetos que apresentem a melhor

qualidade técnica possível, considerando as limitações econômico-financeiras dos gastos

públicos“

(Marçal Justen Filho)

CABIMENTO DO TIPO TÉCNICA E PREÇO

Art. 46. Os tipos de licitação 'melhor técnica' e 'técnica e preço' serão utilizados

exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na

elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia

consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e

projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no §4° do artigo anterior

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Art. 45. § 4o Para contratação de bens e serviços de informática, a administração

observará o disposto no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta

os fatores especificados em seu parágrafo 2º e adotando obrigatoriamente o tipo de

licitação "técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos

indicados em decreto do Poder Executivo.

Em caso de bens e serviços comuns de informática – nos termos do art. 1º da Lei do

Pregão (Lei nº 10.520/02) – não é obrigatória a adoção do tipo técnica e preço, podendo ser

utilizado o pregão como modalidade licitatória, realizando-se esta sob o tipo do menor preço.

PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO TÉCNICA E PREÇO

O instrumento convocatório deverá:

mencionar, em seu preâmbulo, o tipo de licitação a ser adotado (no caso "técnica e

preço"), fato que demonstra a importância deste tema, afinal, a forma de apresentação das

propostas e o critério de julgamento fazem parte da essência das regras do certame;

explicitar o procedimento a ser adotado para o julgamento das propostas, ou seja, sua

sequência detalhada de etapas

estabelecer os critérios de julgamento, os quais envolvem os diversos fatores de

julgamento, tais como qualidade, rendimento, durabilidade, prazo, dentre outros;

deverá estabelecer os pesos da nota técnica e da nota de preço que deverão compor a

média ponderada a que se refere o art. 46, § 2°, II, da Lei n° 8.666/93

JULGAMENTO DA LICITAÇÃO TÉCNICA E PREÇO

Nas licitações de técnica, o licitante deverá apresentar suas propostas e documentação

em três envelopes:

a) um destinado à documentação para habilitação;

b) um destinado à proposta técnica;

c) um destinado à proposta de preço.

Conforme preconiza o art. 46, da Lei n° 8.666/93, após a fase de habilitação, cujo

processamento se dará de forma idêntica às licitações segundo o critério "menor preço",

deverá haver a abertura dos envelopes contendo as propostas técnicas, as quais serão

avaliadas e valorizadas de acordo com o critério de julgamento previamente definido no

edital.

Tal critério compreende a atribuição de uma Nota Técnica ao licitante, a qual será

calculada, segundo fórmula definida no edital, em função das notas parciais dos fatores

técnicos de julgamento previstos no instrumento convocatório.

Esgotada a fase de avaliação e classificação das propostas técnicas, proceder-se-á a

abertura das propostas de preço, as quais serão, também, avaliadas e classificadas segundo os

critérios definidos no edital.

Concluídas as fases de valoração e avaliação das propostas técnicas e de preço, os

licitantes serão classificados de acordo com a média ponderada das notas de preço e de

técnica, conforme os pesos estabelecidos no instrumento convocatório. Será considerado

vencedor aquele que obtiver a maior média ponderada entre as notas técnica e de preço.

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EXEMPLO DE CRITÉRIO TÉCNICA E PREÇO

Contratação de consultoria

Nota da proposta técnica (NPT) variando de 0 a 100, onde: conhecimento do problema=nota

máxima de 30 pontos; plano de trabalho=nota máxima de 30 pontos; equipe técnica=nota

máxima 40 pontos

Nota de proposta de preços (NPP)=100.X1/X2

Onde: X2=valor da proposta; X1=(V0+M)/2, onde: V0=valor dos serviços orçados pelo

órgão licitante, M=média dos preços propostos pelos licitantes

Classificação - Nota Final (NF)=(7NPT+3NPP)/10

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

Lei Estadual nº 15.608/07 (mesma disciplina da Lei nº 8.666/93, mas apresentada de

forma resumida):

Art. 30. A inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento, as propostas e a

habilitação dos licitantes serão processadas e julgadas por comissão permanente ou

especialmente designada.

§ 1º No caso de convite, a comissão de licitação poderá, excepcionalmente, nas pequenas

unidades administrativas e em caso de exiguidade de pessoal disponível, ser substituída por

servidor formalmente designado pela autoridade competente.

§ 2º São competentes para designar as comissões de licitação, homologar o julgamento e

adjudicar o objeto ao licitante vencedor, os titulares máximos dos Poderes, dos órgãos

autônomos, das Secretarias de Estado e das entidades integrantes da Administração.

§ 3º As comissões de licitação, permanentes ou especiais, serão compostas por, no mínimo,

03 (três) membros, sendo pelo menos dois deles servidores efetivos pertencentes ao

quadro permanente do órgão da Administração responsável pela licitação.

§ 5º A investidura dos membros das comissões permanentes não excederá a 01 (um) ano,

vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período

subsequente.

§ 6º Os membros da comissão de licitação responderão solidariamente por todos os atos

praticados pela comissão, salvo se houver posição individual divergente que deverá ser

fundamentada e registrada na ata da reunião na qual tiver sido tomada a decisão.

PREGOEIRO

No Pregão não há comissão de licitação. Há um pregoeiro – responsável único pela

licitação – e sua equipe de apoio.

O pregoeiro decide sozinho, não precisa da concordância da equipe de apoio para

tomar decisões.

É o responsável pela condução da fase externa do pregão; é quem recebe as propostas

e os lances, analisa sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação; declara o

vencedor da licitação, adjudicando-lhe o objeto (se não houver recurso); conduz os trabalhos

da equipe de apoio; analisa os recursos.

O pregoeiro pode ser designado sem limitações temporais para esta designação –

diferentemente das comissões de licitação que devem ser renovadas ano a ano.

Joel de Menezes Niebuhr explica:

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“(...) o pregoeiro agrega praticamente as mesmas funções da comissão de licitação,

tal qual disposta na Lei nº 8.666/93, no que tange às demais modalidades. A função dele –

insista-se – é pôr em prática o edital, conduzindo a fase externa da licitação, recebendo

documentos e propostas, procedendo ao julgamento, à classificação das propostas, à

habilitação, recebendo os recursos e, se não os houver, adjudicando o objeto licitado ao

vencedor.”

O USO OU NÃO DE LOTES

É prático julgar licitação por lotes porque se ganha tempo.

Lote é a reunião de diversos itens em um só.

Numa licitação por item, julga-se individualmente cada item; numa licitação por lote,

junta-se diversos itens, soma-se seus respectivos preços e julga-se a totalidade dos itens de

uma só vez.

Adverte-se que a escolha por essa opção poderá gerar prejuízos para o erário

público, ferir princípios aplicáveis às licitações, e prejudicar terceiros interessados em

negociar com o órgão público.

Quando se adota a apresentação de preços por lote, cria-se a possibilidade de adquirir

certos itens por valor maior do que o devido (ofensa à economicidade).

É possível, também, que algum interessado a participar da licitação fique de fora, por

não possuir todos os itens componentes do lote (ofensa à vantajosidade).

Por isto, orienta-se a que não se aplique a escolha da melhor proposta através de

“menor preço por lote”.

Entretanto, em casos muito específicos, mediante justificativa técnica da necessidade

de agrupamento dos itens, é possível agregar produtos ou serviços em lotes, juntando aos

autos licitatórios o estudo indicador da inviabilidade técnica ou econômica deste

agrupamento.

Informativo nº 250/TCU, relativo a sessões de 7 e 8 de julho de 2015:

“O critério de julgamento de menor preço por lote somente deve ser adotado quando

for demonstrada inviabilidade de se promover a adjudicação por item e evidenciadas

razões que demonstrem ser aquele o critério que conduzirá a contratações economicamente

mais vantajosas.”

“... a adjudicação por lote é, em regra, incompatível com a aquisição futura por itens,

tendo em vista que alguns itens podem ser ofertados pelo vencedor do lote a preços

superiores aos propostos por outros competidores (Acórdão 2695/2013-Plenário) e que nas

licitações por lote para registro de preços, mediante adjudicação por menor preço global do

lote, deve-se vedar a possibilidade de aquisição individual de itens registrados para os quais

a licitante vencedora não apresentou o menor preço (Acórdão 343/2014-Plenário).”

PARECER JURÍDICO

Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo

administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização

respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual

serão juntados oportunamente:

(...)

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11

VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou

inexigibilidade;

(...)

Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos,

acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por

assessoria jurídica da Administração.

De acordo com a lei só há um momento em que o parecer jurídico se demonstra

obrigatório: momento do exame da minuta do edital/contrato/acordo/termo de ajuste.

O parecerista jurídico examina e deve aprovar/desaprovar a minuta.

A autoridade que subscreverá a minuta, antes de efetivá-la como instrumento

normativo, deverá seguir a conclusão exarada no parecer, deixando de publicá-la se não tiver

sido aprovada.

Nas situações de dispensa e inexigibilidade o parecer pode ser técnico, ou seja, não é

requisito de validade para estes procedimentos que haja um parecer jurídico prévio.

Nada impede, entretanto, que a autoridade determine ao jurídico a emissão de parecer

quando entender que sua decisão precisar ser orientada do ponto de vista da juridicidade.

É comum que os ordenadores de despesa determinem a emissão de parecer para as

contratações diretas do art. 25 e art. 24, incs. III em diante, bem como antes de homologar

resultados de licitação.

RESPONSABILIDADE NO PARECER JURÍDICO

Precedente recente do STF:

MS 29.137/DF

Secretário do Trabalho do Mato Grosso do Sul teve suas contas desaprovadas pelo

TCU, por ter promovido aditivo contratual sem embasamento legal.

Dentre suas razões de defesa alegou que o termo aditivo foi objeto de parecer

favorável da assessoria jurídica do órgão, sendo vinculativo para sua decisão.

Nas informações do MS o TCU afirmou que os pareceres não vinculam a ação do

gestor e que seria ônus deste comprovar a regular aplicação dos recursos recebidos.

MS 29.137/DF

Min. Carmen Lúcia – Relatora:

A responsabilidade é compartilhada; o parecer não exime o gestor;

Em caso de parecer favorável, o gestor não está vinculado ao parecer; em caso de parecer

desfavorável, o gestor fica vinculado ao teor do mesmo, estando impedido de celebrar o

ajuste e, se o fizer ficará, irremediavelmente, solitário na responsabilidade;

MS 29.137/DF

“Embora a aprovação do ato pela assessoria jurídica não vincule o Administrador a

ponto de substitui-lo em seu juízo de valor, isso não significa que o parecerista é

absolutamente isento de responsabilidade sobre suas manifestações. Se a prática do ato

administrativo está lastreada em manifestação favorável da unidade técnica, há convergência

de entendimentos e, em certa medida, compartilhamento de poder decisório entre o

Administrador e o parecerista, pelo que se tornam mutuamente responsáveis pelos danos que

possam causar ao erário.”

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MS 29.137/DF

“Dúvidas não remanescem sobre a inexistência de imunidade absoluta do advogado

público com relação às manifestações jurídicas emitidas em processos administrativos, razão

pela qual podem ser chamados a prestar esclarecimentos ao órgão de controle externo e,

eventualmente, ser responsabilizados por seus atos em caso de culpa, omissão ou erro

grosseiro.”

MS 29.137/DF

“Em síntese, não se está a afirmar a irresponsabilidade daquele que lavrou o parecer

que conferiu lastro jurídico à realização do termo aditivo impugnado, apenas a indicar que

sua corresponsabilidade pela prática do ato tido como ilegal pelo Tribunal de Contas da

União não desonera o Impetrante, razão pela qual não pode prosperar a pretendida

desresponsabilização defendida nesta ação.

(...) 10. Pelo exposto, voto no sentido de denegar a ordem de segurança.

STF, 2ªTurma, 18 de dezembro de 2012”

“A responsabilidade do emitente do parecer – tenha ou não dito parecer cunho

vinculante, seja ou não obrigatório – depende do conteúdo e das circunstâncias.

Em todos os casos, não se admite que o parecer teria cunho meramente „opinativo‟, tal

como se o emitente de um parecer fosse um inimputável, não subordinado ao dever de

formular a melhor e mais adequada manifestação possível. O que se deve ressaltar é que o

emitente de um parecer não pode ser punido nem responsabilizado por adotar uma dentre

diversas interpretações ou soluções possíveis e teoricamente equivalentes.

Cabe ao autor de um parecer examinar com cautela todas as circunstâncias do caso

concreto, apontando as possíveis divergências e revelando conhecimento técnico e jurídico

sobre os fatos, a ciência e a lei. A opção por uma dentre diversas alternativas dotadas de

idêntico respaldo não comporta responsabilização, mesmo que o parecer seja obrigatório e de

cunho vinculante. Mas a escolha por uma solução desarrazoada, tecnicamente indefensável,

incompatível com os fatos concretos, não respaldada pela doutrina e pela jurisprudência

acarreta a responsabilização de seu autor ainda que o parecer seja facultativo e não

vinculante.” (Marçal Justen Filho, Comentários... 14ª ed. Dialética: São Paulo, 2010, p.

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