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ROTEIRO TURÍSTICO - ROTEIRO TURÍSTICO DO MÉDIO TEJO – OUTROS ROTEIROS POSSÍVEIS Luís Mota Figueira (Doc. de Trabalho da Disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura- Curso de Licenciatura em Gestão Turística e Cultural) (Texto adaptado do original, em fase de edição em livro, para uso exclusivo dos participantes da reunião da CIMT de dia 31 de Março de 2011, no âmbito do Parceria existente entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar, e do Projecto “Roteiro Turístico do Médio Tejo”, aprovado pelo Conselho Executivo da CIMT em 28 Janeiro de 2011) 1 Roteiro Turístico do Médio Tejo (REPOSITÓRIO de RECURSOS NATURAIS E CULTURAIS e de ATRACTIVOS TURÍSTICOS) Sinopse para Encontro de Trabalho da CIMT Tomar (31 Março de 2011)

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ROTEIRO TURÍSTICO - ROTEIRO TURÍSTICO DO MÉDIO TEJO – OUTROS ROTEIROS POSSÍVEIS

Luís Mota Figueira (Doc. de Trabalho da Disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura- Curso de Licenciatura em Gestão Turística e Cultural) (Texto adaptado do original, em fase de edição em livro, para uso exclusivo dos participantes da reunião da CIMT de dia 31 de Março de 2011, no âmbito do Parceria existente

entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar, e do Projecto “Roteiro Turístico do Médio Tejo”, aprovado pelo Conselho Executivo da CIMT em 28 Janeiro de 2011)

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Roteiro Turístico do Médio Tejo

(REPOSITÓRIO de RECURSOS NATURAIS E CULTURAIS e de ATRACTIVOS TURÍSTICOS)

Sinopse para Encontro de Trabalho da CIMT

Tomar (31 Março de 2011)

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ROTEIRO TURÍSTICO - ROTEIRO TURÍSTICO DO MÉDIO TEJO – OUTROS ROTEIROS POSSÍVEIS

Luís Mota Figueira (Doc. de Trabalho da Disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura- Curso de Licenciatura em Gestão Turística e Cultural) (Texto adaptado do original, em fase de edição em livro, para uso exclusivo dos participantes da reunião da CIMT de dia 31 de Março de 2011, no âmbito do Parceria existente

entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar, e do Projecto “Roteiro Turístico do Médio Tejo”, aprovado pelo Conselho Executivo da CIMT em 28 Janeiro de 2011)

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Introdução

Pretende-se com o Roteiro Turístico1:

-determinar as condições que estruturam a investigação/acção;

-detalhar a proposta de modo a ser avaliada pelas Entidades que entendam

pronunciar-se sobre ela;

-suscitar o aparecimento de outros Roteiros temáticos; (tal como o Roteiro Turístico do Médio Tejo, estudado numa óptica de optimização dos recursos naturais e culturais,

através da investigação científica desenvolvida no Instituto Politécnico de Tomar, segundo os princípios do sistema de ensino

superior politécnico.)

-usá-lo como instrumento valorizador dos recursos naturais e atractivos turístico-

culturais.

Visão

O Roteiro pode ser visto como o sítio onde se guarda alguma coisa, como um depósito,

como uma compilação ou, como um compêndio. É com esta visão global que entendemos

qualquer Roteiro, pelo facto de ele se poder constituir como o lugar de referência de dados

para o que lhe está subjacente, quer em termos naturais, quer em termos culturais. Por

conseguinte trata-se da criação de um repositório informativo.

Para a elaboração do Roteiro Turístico do Médio Tejo e para a criação de outros

Roteiros, necessários à dinamização turística nacional, propomos este tipo de enfoque, que

segue as directivas estratégicas do PENT e, especificamente, as que estão associadas ao

produto “Touring”.

Metodologia

Segue-se a lógica organizativa decorrente da ENDS - Estratégia Nacional de

Desenvolvimento Sustentável, do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, do PENT

– Plano Estratégico Nacional do Turismo, do PNOT – Plano Nacional de Ordenamento do

Território e demais enquadramentos jurídicos e regulamentares.

O Roteiro, seguindo as determinações reguladoras e regulamentadoras do Estado,

propõe a estruturação de Rotas, de Itinerários e de Circuitos.

O desenho do Roteiro Turístico do Médio Tejo é um exercício académico que, com a

cooperação da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo2, pode significar uma nova forma de

colaboração entre a Academia e os Municípios, bem como com outros Actores Territoriais. A

visão prospectiva que sustenta este tipo de trabalho em parceria posiciona-se na ambição de

desenvolver, ainda mais, o Turismo e a Cultura, factores de coesão social e geradores de

receita. A Economia da Cultura é já hoje uma realidade que abre oportunidades para que os

recursos endógenos da região do Médio Tejo possam transformar-se em atractivos quer

culturais, quer turísticos mediante processos de activação.

1 Conceito desenvolvido em trabalho na Universidade de Aveiro, entre 2007 e 2010 no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial. 2 Na reunião de 18.01.2011 da CIMT foi aprovado o projecto “Proposta de parceria IPT-CIMT, no âmbito da disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura” e que

abarca uma série de acções: realização de um encontro de trabalho; organização do Roteiro Turístico do Médio Tejo; Seminário sobre Gestão Autárquica de Turismo e Cultura

no Médio Tejo.

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ROTEIRO TURÍSTICO - ROTEIRO TURÍSTICO DO MÉDIO TEJO – OUTROS ROTEIROS POSSÍVEIS

Luís Mota Figueira (Doc. de Trabalho da Disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura- Curso de Licenciatura em Gestão Turística e Cultural) (Texto adaptado do original, em fase de edição em livro, para uso exclusivo dos participantes da reunião da CIMT de dia 31 de Março de 2011, no âmbito do Parceria existente

entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar, e do Projecto “Roteiro Turístico do Médio Tejo”, aprovado pelo Conselho Executivo da CIMT em 28 Janeiro de 2011)

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Caracterização do Roteiro (Roteiro do Tejo; Roteiro Turístico do Médio Tejo; Roteiro do

Turismo Militar do Médio Tejo; outros Roteiros temáticos segundo a estratégia do Produto

“Touring – Turismo Cultural e Religioso”, conforme definido no último Congresso

Internacional realizado na Bolsa de Turismo de Lisboa de 2011)

Como depósito de informações, consideradas como de utilidade para a actividade

turística3 e cultural, o Roteiro é o lugar de referência informativa por excelência.

Como compilação, o Roteiro reunirá textos científicos e técnicos relevantes para se

considerarem abrangidos os campos de saber específicos do objecto a que se referem, Rio

Tejo e, muito particularmente, à sua activação turístico-cultural.

Como compêndio, o Roteiro conterá as principais sínteses sobre o objecto que

caracteriza e expressa, tendo particular atenção ao factor didáctico da compilação de dados,

ou seja, ao fornecimento sistemático de informação genérica mas, também, de informação

estruturada, consoante o tipo de procura.

Como ferramenta de apoio aos decisores políticos, aos gestores institucionais, aos

operadores turísticos, aos programadores culturais, aos professores, aos investigadores, aos

estudantes, aos agentes políticos autárquicos, aos técnicos da administração pública, aos

turistas, e ao público em geral, o Roteiro dará respostas, em conformidade com as suas

valências internas e com o tipo de procura selectiva.

Em suma, o Roteiro será o repositório informativo estruturado por domínios do

saber e estará disponível para fornecer as informações necessárias às actividades turístico-

culturais.

Utilidade para os Operadores turísticos

O Roteiro servirá, portanto, como ponto de referência de conhecimento sobre a

temática escolhida. Numa dimensão turístico-cultural, é o suporte ideal para a estruturação de

Rotas temáticas. As Rotas, estruturadas com Itinerários de vocação regional que, devidamente

desenhados, ligam e articulam Circuitos Locais entre si, criam uma rede racional de percursos,

capazes de contribuirem para dinamizar o território.

O Roteiro deverá conter muito tipo de informação. A informação sobre um

determinado lugar natural, sobre um monumento geológico ou outra formação natural, sobre

um elemento edificado classificado como património local, nacional ou mundial, bem como

uma determinada aldeia ou lugar, sobre locais onde se poderá pernoitar, comer, ver a

paisagem, adquirir combustível para o veículo, obter uma bilhete para um espectáculo ou,

ainda, como chegar mais rapidamente a um hospital ou aceder à compra de um penso rápido

para um corte acidental, etc., é passível de ser encontrada em vários pontos físicos de acesso

informativo.

Fundamentação do Roteiro

Os links da web, ligando o cidadão ou o consumidor ao mundo informativo,

possibilita-lhe a Aquisição de Bens e Serviços: estes caminhos digitais são vias de descoberta

informativa, importantes para a resolução de muitos problemas decorrentes do uso da

informação.

O papel do Roteiro é, nesta perspectiva, fulcral no processo de aquisição informativa

pelos interessados mostrando a Oferta estruturada.

3 Incluindo todas as tipologias clássicas e as emergentes e, nestas últimas, o designado turismo científico.

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Em Turismo há duas variáveis muito sensíveis: o Acolhimento, forma como se

manifesta a hospitalidade e como se estabelece a confiança do visitante face ao território que

vai apropriando na sua marcha mais rápida ou mais lenta de visita; as Actividades, capazes de

motivar a uma maior delonga da estada dos visitantes. O aspecto muito relevante é o que

decorre dos gastos dos turistas que, por um lado atenuam os custos de operação e, por outro,

constituem benefícios directos e indirectos, pela Receita que suscitam à actividade económica

local. Acresce ainda, neste contexto, que a Fidelidade a um destino não tem que ser

necessariamente colada apenas à fruição turística e cultural. A iniciativa privada necessita de

estruturas promocionais que a administração pública deverá assegurar. Neste preciso espaço

de parceria estratégica o Roteiro pode significar, na dinamização local de Turismo e de Cultura,

um Ponto de encontro para partilha de recursos, métodos e resolução de problemas.

Criação do Roteiro

No “Roteiro...” disporemos de dados de referência para se aceder ao conhecimento

multidisciplinar de um determinado território ligando, Recursos endógenos, Atractivos

Turístico-Culturais e Conhecimento.

Como se observou anteriormente a estruturação do Roteiro, inicia-se com a a

inventariação dos Recursos endógenos e transformação destes Recursos em Atractivos.

(Trabalho que está muito dele já realizado em sede de intervenção municipal e intermunicipal e

que deve ser visto como alavanca para o processo de Roteirização)

Fig.1 – Esquema-síntese para Estruturação de Percursos. Exemplo para o Roteiro do Tejo, apresentado na Sessão-Debate promovida pela

ARH Tejo no LNEC – Lisboa, em 25.11.2010 (Elaboração nossa)

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A lógica do Roteiro centra-se na importância das pré-existências, naturais e culturais

do território, explicados à luz da obra da Natureza e da obra Humana, bem como nas criações

contemporâneas. Os municípios portugueses são depositários dessa informação gerada pelos

seus serviços, e ela que pode contribuir para qualificar o Roteiro turístico nacional.

O Roteiro, enquanto repositório de dados com importância turística e cultural é a peça

central de qualquer iniciativa de Roteirização. O Roteiro pode ter uma lógica de fundamento

que ultrapasse as necessidades turísticas imediatas e pode responder, integrada e

credibilizadamente, a outros tipos de procura de informação aí depositada, estruturada e

disponibilizada (para os cidadãos em geral, para a rede escolar, para a rede empresarial, etc).

Esta funcionalidade multimodal do Roteiro requer, por isso, uma Comissão de Gestão

do Roteiro, quer numa perspectiva administrativa, quer numa perspectiva de capacitação dos

conteúdos.

Nesta perspectiva o Roteiro deverá dar respostas válidas às questões que a produção

de Rotas e o alinhamento da Oferta destas e de outros segmentos e produtos turísticos

suscita. Na óptica da Oferta poderá estruturar-se como «montra» do tema que veicula.

O Roteiro e as suas Rotas cumprem 2 papéis fundamentais: a activação do território

para práticas turísticas na dimensão económica e social e, implícitamente, a activação do

território com o objectivo de incluir as populações locais nos processos de desenvolvimento de

base territorial.

Do Roteiro às Rotas

A captação de informação para a elaboração de Rotas, de Itinerários e de Circuitos é

facilitada pela existência de dados que, credibilizados pela Comissão de Gestão do Roteiro,

assegura a qualidade inerente à formalização e desenvolvimento de produtos para consumo

na actividade turística. A actividade da iniciativa privada procura estes dados que, do lado da

Oferta poderão significar notoriedade territorial e captação de investimento e receita.

A organização das actividades pode ser facilitada quando o Roteiro responde às

seguintes questões:

▪ indicações de destinos;

▪ disponibilização de informação sobre tipos de atractivos naturais e culturais de localidades e

regiões;

▪ informação mapeada e de acesso fácil sobre localizações, com detalhes sobre tipos de

atractivos;

▪ descrição detalhada de pontos de atracção natural e turístico-cultural;

▪ indicação de vias de acesso;

▪ indicação e detalhe comercial sobre meios de acomodação disponíveis;

▪ apresentação de opções de restauração e de outros serviços;

▪ apresentação dos meios de transporte disponíveis;

▪ indicações de bens e serviços;

▪ outras indicações específicas.

A actualização e creditação4 permanente dos dados é outra condição relevante para o

sucesso das actividades.

4 A creditação é fornecida pelo mercado e pelas qualidades reconhecidas a cada Destino, a cada Produto turístico, a cada atractivo, quer por Operadores, quer pelos

Consumidores.A certificação é, na actual conjuntura de desenvolvimento turístico, factor preponderante de um processo irreversível e que em breve futuro se imporá como mais

um aspecto incontornável de regulação do sector.

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O Roteiro como montra de uma Região

O Roteiro pode significar o reforço competitivo de uma região: para isso, o

investimento na sua criação e desenvolvimento, bem como a partilha de informação em rede,

são condição de base para o sucesso das iniciativas turísticas e comerciais e nomeadamente de

produtos turísticos como, por exemplo, o anterior “Touring Cultural e Paisagístico”, substituído

e renovado pelo “Touring - Turismo Cultural e Religioso”.

O Roteiro é, também, um produto didáctico, porque os seus conteúdos podem servir

os sistemas de ensino e formação de recursos humanos. A pedagogia do turismo pode

associar-se, em sede de Roteiro, à pedagogia do património. A amortização dos custos de

organização, activação e funcionamento do Roteiro dependerá, naturalmente, das frentes de

utilização que ele puder satisfazer e das receitas que estas gerarem.

A utilização deste sistema é óbvio, na perspectiva da facilitação autárquica em matéria

de gestão de turismo e cultura. Os técnicos autárquicos também podem obter vantagens no

seu desempenho técnico através da consulta e obtenção de informação possibilitada pelo

acervo do Roteiro. Esta componente informativa e formativa do Roteiro é óbvia.5 O garante de

trabalho municipal autónomo, pelo lado da promoção institucional do território, em termos do

desenho de Circuitos locais6, fomentando parcerias úteis à actividade turístico-cultural onde a

iniciativa privada tem papel relevante, é outra vantagem que o Roteiro institui. A qualificação

das autarquias e das empresas do sector poder-se-á realizar através de redes de cooperação,

por exemplo, na produção de itinerários regionais e, consequentemente, de rotas nacionais, e

internacionais7. Não esqueçamos, contudo, o valor da competitividade territorial de iniciativa

autárquica. Assim, a inclusão de rotas e itinerários formatados e disponíveis no mercado faz

todo o sentido8, aliando-as a novas iniciativas comerciais.

Um Roteiro Urbano, de cidade, por exemplo, pode agregar nele as rotas, os itinerários

e os circuitos locais que, dentro da sua identidade mandante, concorrem para ilustrar aspectos

dessa «unidade na diversidade», de natureza citadina.

A lógica de estruturação de rotas adapta-se a cada realidade territorial concreta. Por

isso, serve as escalas: cidade, município, região, país, continente, globo.9 A diferenciação dos

territórios e dos destinos turísticos marcam-se pela singularidade fisiográfica e cultural e pelo

que efectivamente os diferencia dos concorrentes situados na mesma envolvente geográfica.

Por exemplo, o território dominado pelo rio Tejo, a sua bacia hidrográfica é, simultaneamente,

uma unidade territorial que o curso de água expressa e, também, um conjunto de diversidades

naturais e culturais das duas margens e da nascente à foz, com potencial turístico a explorar

numa gestão integrada e integradora, de base territorial.

5 O actual projecto de qualificação do turismo nacional em sede de PENT, haverá de ter em consideração este segmento da promoção de iniciativa autárquica, que tem crescido

em quantidade de propostas marcantes e em muitos casos, em qualidade de intervenção. A iniciativa de criação de Guias Municipais de Turismo e Cultura que, com esta ou

outra designação, temos vindo a referir desde há uns anos tem pertinência na sua formulação, está claramente enunciado, porque os municípios precisam deste tipo de

profissionais, e é exequível, porque a aplicação profissional daquelas competências é óbvia e tem futuro. Os licenciados em Turismo integram-se neste perfil profissional.

Contudo, nesta como em outras situações, a vontade política é determinante, porque é ela que, legislando, assegura a regulação de novos perfis profissionais emergentes no

sector. Os estudos que temos vindo a concretizar em sede da disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura no IPT mostram-nos que há espaço de progressão para

melhorar a prestação autárquica neste domínio. O aumento de qualidade no Turismo também reclama este tipo de medidas. 6 A estruturação de Circuitos locais como produtos autênticos de cada autarquia, porque aproveitam os recursos endógenos de cada território autárquico, e a sua associação em

ligação a outros municípios, sob a figura operacional dos Itinerários regionais que, face a um desenho optimizador de recursos, se constituem como bases de criação de Rotas

temáticas com expressão e visibilidade nacionais, pode funcionar na lógica de ordenação ascendente: recurso/atractivo/circuito/itinerário/rota. 7 Há um aspecto que importa relevar neste domínio. O Brasil tem no seu Ministério do Turismo um forte apoio aos operadores empresariais e instituicionais que tratam do sector

nos seus vários domínios. A título de exemplo refira-se o número considerável de publicações técnicas em http://www.oficinaprojectrosmunicipais.com/pp-turismo.htm ,

dedicado precisamente à organização da promoção autárquica do turismo. O título “Módulo Operacional 7 – Roteirização Turística” ilustra a preocupação da estrutura

governamental no apoio que presta à produção turística nacional. É um bom exemplo que pode ser inspirador. E, se a Roda já está inventada…

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Roteiro e construção de Rotas: proposta de abordagem técnica

De um ponto de vista de caracterização do produto «Rota», ele é geralmente centrado

numa componente patrimonial, tangível e/ou intangível que, como núcleo forte do produto,

lhe dá identidade. A estruturação interna da rota, iniciada com este ponto central, orienta-se

na lógica de agregação de recursos endógenos da região que, entendidos como potenciais

atractivos turísticos se cruzam com as infra-estruturas, equipamentos e todo o tipo de

manifestações naturais ou culturais que se podem encontrar no território e concorrem para o

desenho final de itinerários e circuitos, compondo-a.

Numa perspectiva de activação do Roteiro, as diferentes durações e condições de

execução das rotas, quer em viagens independentes, quer em viagens organizadas deverão

possibilitar ao Cliente a descoberta, o conhecimento e a exploração do destino. Por isso, o

fornecimento de dados ao repositório é condição de base para o sucesso do empreendimento.

As rotas temáticas são instrumentos efectivos do desenvolvimento territorial e motivam os

Actores que actruam na sua área geográfica ou que com ela contactam em termos de Negócio.

São necessários incentivos para que as Organizações locais dispersas ao longo de cada rota,

suscitem e desenvolvam criatividade útil à captação de investimento, ao aumento da

empregabilidade e, portanto, ao aumento de serviços e produtos geradores de receita. As

Organizações externas, também fazem parte desta Activação, pelo que significam de

investimento externo. Neste sentido, as pré-existências de actividades turísticas e culturais

deverão poder «arrastar» novas realizações empresariais e institucionais suscitando Procura e

captação de visitantes com capacidade para visitar o território, e prolongar a sua estada.

A Rota é, nesta linha de pensamento, um produto que se destina a ser comercializado

pelos canais de distribuição e estabelece uma Cadeia de valor de grande importância para as

economias locais. A ligação entre promotores e utilizadores, a intermediação realizada pelos

Operadores Turísticos e a influência das populações locais definindo destinos e produtos

turísticos numa área geografiacmente vasta é qualitativamente maior, caso exista a referência

a um Roteiro que lhes dá sustentabilidade, legitimidade e valor10. Nesta dimensão, a

Segmentação do mercado, para incremento das fontes de receita, é importante para que os

agentes e actores que dão sentido rentável ao produto turístico possam responder, com

qualidade, às necessidades diversas impostas pela procura.O processo de estruturação de

Roteiros não pode alhear-se desta questão central.

No domínio de estruturação do Roteiro há questões territoriais e administrações

centrais, regionais e locais a ter em consideração, nomeadamente em função das

comunidades residentes e dos impactes dos fluxos turísticos sobre as suas vidas.

Roteiros Municipais e Roteiro Turístico do Médio Tejo: que desenhos de Rotas?

É possível que, numa perspectiva integrada, os processos de estruturação de Roteiros,

que propomos, possam contribuir, numa lógica de escala e de aproveitamento de recursos

humanos e disseminação de sinergias em rede, para que a construção do Roteiro Turístico do

Médio Tejo se consiga materializar de um modo cooperativo? Admitimos este cenário.

Admitindo-se também a partilha de dados fichados e com interesse para o Turismo

poderemos, em termos de sinopse final, considerar o Desenho da Rota dependente do Roteiro

10 Na perspectiva turística e cultural, a criação de uma Agenda Roteiro do Tejo, integrando as iniciativas do “PolisTejo”, da “Candidatura do Rio Tejo a Património Mundial”,

da “Candidatura da Cultura Avieira a Património Nacional”, e de todo o elenco de iniciativas que, ao longo da BHRTejo e sob várias iniciativas europeias, regionais, nacionais

e municipais, se encontram já programadas ou em vias de programação, é um passo crucial para a validação desta e de outras metodologias de trabalho. Na perspectiva turística,

esta questão é, por razões óbvias, dominante e decisiva para a operacionalização do Roteiro do Tejo. A abertura desta Agenda aos principais interessados é outra questaão

ponderosa e estratégica, a considerar como prioritária.

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e da sua apresentação, por exemplo, num Portal de Roteiro XPTO..., nas seguintes

considerações:

1. O mapeamento do território como processo de sinalização dos recursos naturais e culturais, e dos atractivos turísticos é, vital. O Roteiro haverá de reservar uma secção de Estudos onde Relatórios, Dissertações, Teses, e outros documentos científicos e técnicos possam ser colocados à disposição para consulta pública.

2. As motivações culturais, turísticas, científicas, de lazer, de repouso, geográficas, históricas, gastronómicas, etc., devem ser respondidas e contribuir para que cada rota seja única, inovadora, consistente e motivadora da curisosidade do turista. O uso de mapas geográficos explíticos e de leitura fácil é um requisito óbvio. O acervo cartográfico entretanto criado pela CIMT nesta matéria é de óbvia utilidade. O Roteiro haverá de compartimentar uma secção de Cartografia nas modalidades que forem consideradas pertinentes, claramente necessárias e exequíveis;

3. O desenho atractivo e coerente da Oferta deverá responder às necessidades locais e unir pontos de interesse turístico, através de percursos adequados para que turistas visitem atractivos, realizem actividades e utilizem os serviços disponíveis. Assim, a extensão geográfica de cada rota deverá ser bem definida em termos dos itinerários que a compõem e, por sua vez, na articulação dos circuitos ligados a cada itinerário. O Roteiro haverá de conter uma secção dedicada a Actividades com definição das que em cada percurso e em cada ponto de paragem são oferecidas, incluindo informação sobre gestão dos tempos, diversidade de actividades componentes de cada circuito, etc.

4. Potenciada pelo Roteiro, a Rota, como produto básico estruturado, pode ser comercializada pelos Operadores no modo que estes entenderem mais rentável. Do lado do promotor local, o Operador e o seu Cliente deverão poder aceder a informações sobre a extensão total da rota e sua organização interna em itinerários e circuitos.O tempo gasto em cada ponto da rota determina, por vezes a opção de operacionalização, compra e consumo dos potenciais interessados no produto. A indicação de custos por cada unidade autónoma da rota quando oferecida por um Operador é determinante para o seu êxito comercial. O Roteiro deverá incluir as rotas disponíveis em todo o território, na secção Rotas com referência aos Roteiros Municipais de Turismo onde estas se inserem ou cruzam.

5. Respondendo a uma imagem atractiva, particular e, portanto, pré-determinada, a Rota regista um espaço geográfico definido e determina-se por itinerários e por circuitos dotados de tempos minímos e tempos máximos de permanência ou não (no primeiro caso, quando servem eventos ou são viagens organizadas por Operadores; no segundo, de acordo com os ritmos impostos pelo utilizador da rota, sem viagem organizada por outrem). O Roteiro deverá organizar-se com uma secção Municípios do Roteiro, assinalando-os com os dados de contacto, nomeadamente com o pelouro do Turismo. A exploração que os turistas poderão realizar nos territórios autárquicos é deveras relevante.(O Projecto “5Castelos-5Rios” pode integrar-se, como pré-existência, neste domínio, bem como outros projectos congéneres)

6. Quanto à fruição dos percursos, a Rota deve pecorrer-se com facilidade e poder integrar-se noutras rotas, itinerários ou circuitos próximos ou de outros ambientes territoriais. Como oferta organizada e elaborada localmente (considerando pontos de partida, intermédios e de chegada), a Rota reclama uma gestão unitária que possa atender aos interesses dos vários agentes intermediários (operadores e outros prestadores de bens e serviços). O Roteiro deverá conter uma secção dedicada aos empresários do sector designada de Operadores Turísticos, com indicação suficiente para identificação e contacto fácil com cada entidade registada.

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entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar, e do Projecto “Roteiro Turístico do Médio Tejo”, aprovado pelo Conselho Executivo da CIMT em 28 Janeiro de 2011)

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7. A participação das comunidades locais é estratégica no âmbito da criação e comercialização da Rota porque, sendo parte da oferta regional, ela ajuda aos processos de desenvolvimento económico de base territorial. O Roteiro terá vantagem em estruturar-se com uma secção designada de Parceiros Locais, dedicada a Associações Cívicas, Individualidades e Outras Entidades não governamentais, com vista a uma gestão integrada de todos os stakholders interessados em participarem no Roteiro.

8. A acção unificada na elaboração e gestão da Rota ajuda a reduzir custos de projecto, de exploração e de gestão, facilita o acesso a mercados e melhora as condições de vida locais, pelo que significa de processo de captação de receita directa e indirecta para fazer crescer a economia local. O Roteiro deverá conter uma secção Comissão de Gestão do Roteiro dedicada à administração das componentes necessárias à manutenção e desenvolvimento do repositório, nomeadamente no domínio do marketing territorial.

9. A identidade de cada Rota deverá ser exposta nos suportes e materiais de orientação geográfica, bem como na imagem corporativa que lhe deverá dar destaque gráfico. A sinalização e a distribuição das placas gráficas rodoviárias e outras (de acordo com as necessidades impostas pelo projecto de sinalização), acertadas com a regulamentação em vigor é um aspecto central e sensível de todo o processo. O Roteiro deverá conter uma secção de Galeria de Imagens para arquivo das fotos, desenhos, esquemas, etc, e demais identidades gráficas. Quanto à orientação de elementos para estruturação do produto, o envolvimento que

será necessário para que se possa chegar ao momento de introdução da Rota como produto

específico de consumo turístico é complexo e deverá ser ordenado em face de objectivos

operacionais propostos pelas Entidades políticas e administrativas.

Contudo, são os Operadores turísticos que determinam o valor comercial de cada

Rota, em função da Procura mas, também, tendo em consideração as capacidades de manobra

do lado da Oferta e da promoção, na organização de acções que dão visibilidade e

credibilidade a cada um destes produtos turísticos.

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ROTEIRO TURÍSTICO - ROTEIRO TURÍSTICO DO MÉDIO TEJO – OUTROS ROTEIROS POSSÍVEIS

Luís Mota Figueira (Doc. de Trabalho da Disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura- Curso de Licenciatura em Gestão Turística e Cultural) (Texto adaptado do original, em fase de edição em livro, para uso exclusivo dos participantes da reunião da CIMT de dia 31 de Março de 2011, no âmbito do Parceria existente

entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar, e do Projecto “Roteiro Turístico do Médio Tejo”, aprovado pelo Conselho Executivo da CIMT em 28 Janeiro de 2011)

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A estruturação de percursos é tarefa técnica multifacetada. Vejamos uma proposta

para a sua estruturação.

Nº Designação Especificidade

1 Nome do percurso Nome comercial ou marca

2 Região Localização com coordenadas geográficas

3 Tipologia Circuito, Itinerário ou Rota

4 Forma de realizar A pé, de bicicleta, carro, combóio, avião, etc.

5 Nível de dificuldade De acordo com normativos (ver em 4:forma de realizar)

6 Início-Ponto de partida Referências geográficas/toponímicas/etc.

7 Final-Ponto de chegada Referências geográficas/toponimicas/etc.

8 Época recomendável Mês/Estação, mais adequados

9 Distância e duração De acordo com a forma de realização

10 Altitudes acima do nível do mar Indicações para cuidados de saúde

11 Etapas Definição dos sub-percursos e descrição geral

12 Pontos de interesse turístico Pontos incontornáveis e importantes

13 Vias e caminhos a utilizar Públicos e, eventualemente, privados

14 Paragens obrigatórias Por motivos de reabastecimento, saúde, ou outros

15 Paragens facultativas Para diversificar as atenções e acudir a pedidos

16 Cartografia de apoio Mapas dados aos clientes, para sua orientação

17 Tipo de vestuário aconselhado Em acordo com o percurso e suas exigências

18 Detalhes de observação Enfatizar a paisagem/fauna/flora/etc.

19 Outros percursos regionais Os que se cruzam com o percurso

20 Ofertas dentro do percurso Festivais,romarias,feiras, e outros eventos

21 Serviços disponíveis Comércios, postos de abastecimento, etc.

22 Produtos turísticos ao longo do percurso Gastronomia/Vinhos, Golfe, Tur.Equestre,etc.

23 Outras ofertas dentro do percurso De várias proveniências

24 Imagens de apoio Brochuras e outros materiais

25 Sinalização Pontos e esquemas de orientação

26 Comunicação Promoção e publicidade

27 Orçamentos e custos Custo de produção/Custo de aquisição

Fig.2 – Esquema-síntese para Estruturação de Percursos. (Elaboração nossa.)

Seguidamente, vejamos uma proposta de activação dos atractivos turísticos de uma

Região e a orientação específica desse processo de trabalho com o objectivo de criação de

uma Rota.

Rota11: elementos e estruturação.

1. Nome da Rota

Deverá traduzir clara e fortemente a experiência a oferecer. A sua pertinência, a clareza com

que se apresenta, e a exequibilidade, são condições inerentes à sua qualidade.

(A facilidade de compreensão por todos os intervenientes na operacionalização da rota sobre

a sua proposta temática e proposta de actividades a desenvolver nos seus itinerários e

circuitos, é factor de sucesso).

2. Elementos estruturais da Rota

São identificados geograficamente pelos “Ponto de partida” e “Ponto de chegada”, como

“fortes atmosferas temáticas”, marcantes da experiência turística (física e emocional) e, pelos

restantes elementos inseridos nos Itinerários e nos Circuitos, definindo, em conjunto, uma

estrutura lógica e com identidade específica .

(Do prestígio do tema orientador da rota depende, em parte, a sua qualidade)

3. Corpo da Rota 11 Em http://turismodeportugal.pt (adaptação nossa)

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Luís Mota Figueira (Doc. de Trabalho da Disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura- Curso de Licenciatura em Gestão Turística e Cultural) (Texto adaptado do original, em fase de edição em livro, para uso exclusivo dos participantes da reunião da CIMT de dia 31 de Março de 2011, no âmbito do Parceria existente

entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar, e do Projecto “Roteiro Turístico do Médio Tejo”, aprovado pelo Conselho Executivo da CIMT em 28 Janeiro de 2011)

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Constituído pelos elementos situados entre partida e chegada, oferece um produto onde

hospitalidade, paisagem, patrimónios, aglomerados populacionais, e bens e serviços diversos

etc., são harmonicamente integrados em itinerários e em circuitos. É da extensão espácio-

temporal de cada visita que se deverá decidir se ela é programada como circuito local, como

itinerário regional ou como rota nacional ou internacional.

(A lógica de ligação entre os componentes deverá ser clara e estável)

4. Itinerários no corpo da Rota

Numa lógica de grupo coeso e homogéneo mas, simultaneamente, articulado e dotado de

componentes autónomos, os Itinerários unem os Circuitos, são cronometrados e orientados

com vias de acesso aos variados bens tangíveis e intangíveis, e aos serviços disponibilizados ao

visitante e ao turista. Os Itinerários podem ser consumidos isoladamente ou integrados num

conjunto, de acordo com as disponibilidades de tempo ou de capacidade financeira dos

consumidores.

(O sistema de sinalização, os apoios vários a dar ao viajante e a qualidade da informação

disponibilizada são vitais para a articulação entre itinerários e circuitos)

5. Circuitos no corpo da Rota

Organizados como visitas locais nos pontos de interesse turístico mais relevantes dos

Itinerários, podem ser consumidos um a um ou em conjuntos. Estão posicionados nos nós de

partida, de paragem, de visita e de chegada dos itinerários a que dão estruturação.

(A disponibilidade de interlocutores qualificados nos locais de visita, devidamente

identificados com a rota é outro factor de sucesso a considerar como muito relevante)

6. Duração, Preços de aquisição de Serviços, e Conteúdos: Circuitos-Itinerários-Rota

A determinação de tempos, de custos de bens e serviços prestados, é obrigatória para a

comercialização da Rota. Os custos estão associados à operação necessária a satisfazer os

consumidores com um produto dirigido a indivíduos que fruem o território quando viajem sós,

em pequenos, médios e/ou grandes grupos.

(O compromisso entre o que a promoção e desdobráveis oferecem e o que efectivamente os

clientes percepcionam como serviços prestados depende da organização de horários e

actividades)

7. Marca distintiva da Rota

Deverá possibilitar a leitura e percepção únicas dentro de um contexto roteirístico mais amplo,

da região. O roteiro de uma dada região pode conter várias rotas temáticas que se podem

cruzar e/ou complementar. A marca “Rota do Cavalo e do Ribatejo” ou a marca “Rota

Templária”deverão sustentar-se em iconografia específica para cada uma delas e subordinar-

se, estrategicamente, à marca “Portugal”, como observa o PENT.

(A elaboração de um símbolo gráfico expressando a identidade da rota e a sua densificação

enquanto sinal corporativo patente em todos os materiais promocionais e de controlo de

actividades e comunicação interna e externa é importante.)

8. Preço e canais de distribuição da Rota

No processo de comercialização, a decisão sobre os preços dos produtos, recai na escolha dos

operadores credenciados pelo regulamento da Rota e na forma como cada produto é criado,

distribuído e consumido. Os Operadores organizam as suas próprias rotas e estabelecem os

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ROTEIRO TURÍSTICO - ROTEIRO TURÍSTICO DO MÉDIO TEJO – OUTROS ROTEIROS POSSÍVEIS

Luís Mota Figueira (Doc. de Trabalho da Disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura- Curso de Licenciatura em Gestão Turística e Cultural) (Texto adaptado do original, em fase de edição em livro, para uso exclusivo dos participantes da reunião da CIMT de dia 31 de Março de 2011, no âmbito do Parceria existente

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roteiros que comercialmente mais lhes interessam e de acordo com a sua estratégia de

mercado.

(A procura constante de novos elementos que reforcem a qualidade e variedade da oferta de

actividades e de produtos a consumir no percurso da rota deverá ser preocupação central.)

Comissão de Gestão da Rota

Numa rota que se pretenda relacionada com o desenvolvimento local de base regional é

indispensável. A organização de Regulamento estipulando deveres, direitos e obrigações das

entidades membros da Rota, estipulando o funcionamento sob padrões de qualidade sujeitos a

avaliação independente, é desejável. Dela decorre, em última análise, a eficácia da proposta

roteirística e das possibilidades da sua exploração comercial.

(A entidade que gere a rota determinará os requisitos a cumprir, as obrigações e os direitos

dos membros para manter os padrões de qualidade que permitem diferenciar a rota no

mercado competitivo em que ela se insira.)

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ROTEIRO TURÍSTICO - ROTEIRO TURÍSTICO DO MÉDIO TEJO – OUTROS ROTEIROS POSSÍVEIS

Luís Mota Figueira (Doc. de Trabalho da Disciplina de Gestão Autárquica de Turismo e Cultura- Curso de Licenciatura em Gestão Turística e Cultural) (Texto adaptado do original, em fase de edição em livro, para uso exclusivo dos participantes da reunião da CIMT de dia 31 de Março de 2011, no âmbito do Parceria existente

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ROTEIRO TURÍSTICO DO MÉDIO TEJO

GATC – 2010/2011

(Trabalho prático da Disciplina)

1. Constituição de Equipas de Alunos (2 por cada) e por cada Município da Comunidade

Intermunicipal do Médio Tejo. (11 municípios no Médio Tejo)

Intervenção da CIMT (Eng.ª Ana Paula Remédios: caracterização da Comunidade

Intermunicipal do Médio Tejo e «estado da arte» da gestão autárquica de turismo e

cultura)

2. Pesquisa das pré-existências de cada Município, por cada Equipa. (troca de impressões

no final de todas as Aulas)

3. Apresentação da Estrutura do trabalho de cada Equipa (e correcção em conjunto com o

Docente).

4. Trabalho de Campo e Organização dos dados. (acompanhamento do Docente em Aulas

e em Tutoria)

4.1. Rotas municipais existentes

4.2. Rotas externas que passam pelo território municipal

4.3. Proposta de nova ou novas rotas

4.4. Redacção prévia do trabalho

5. Elaboração e Apresentação do trabalho em Aula. (últimas Aulas do Semestre:

correcções a observar) (Apresentação dos trabalhos – com a presença de Técnicos das Autarquias

que queiram assistir: evento a organizar no IPT)

6. Redacção final e formatação segundo as normas IPT (seguir as orientações segundo o

normativo IPT)

7. Entrega em CD, versão Word (no Secretariado e no dia do Teste teórico)

Nota: outros aspectos decorrentes da dinâmica do trabalho serão tratados no desenvolvimento dos trabalhos.

Luís Mota Figueira

23.03.2011