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1 ROTEIRO DO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO – FORMULÁRIO CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO 1 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 1.1 Contexto educacional No cenário da economia mundial, a revolução proporcionada pela Tecnologia da Informação (TI) permitiu uma aceleração no desenvolvimento econômico em boa parte do mundo. A utilização das referidas tecnologias vem transformando todas as atividades humanas, desde os setores econômicos tradicionais até as utilidades domésticas, o entretenimento, a segurança, a defesa, a educação, a saúde e administração pública (ACATE – Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia, 2011) No que se refere ao Brasil, o mercado brasileiro de software e serviços movimentou 21,4 bilhões de dólares em 2011, somando as exportações, que chegaram a 1,9 bilhão de dólares. O crescimento da receita total foi de 12,4% em comparação a 2010, segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) em parceria com a empresa de consultoria IDC. Em 2013, o setor representou 8,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. E de acordo com os dados da Secretaria Nacional de Políticas de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), este número deve crescer para 10,7%. Ainda de acordo com o MCTI, o impulso será dado pelo aumento das exportações. Além disso, o número de empregados do setor tenderá a crescer e alcançar os três milhões. Em 2014, o mercado doméstico de TI (que inclui hardware, software e serviços) movimentou 60 bilhões de dólares, de acordo com a ABES. Ainda de acordo com a ABES, em 2014 foram identificadas cerca de 12.660 empresas dedicadas ao desenvolvimento, produção, distribuição de software e prestação de serviços no mercado nacional. Dentro deste contexto, cinco estados se destacam no setor de TI: Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2012 o PIB catarinense era o sexto do país, sendo que a economia do estado está caracterizada pela concentração de diversos polos industriais, e o polo relativo à tecnologia concentra-se na região da Grande Florianópolis, onde está localizado o curso de Ciência da Computação, objeto deste documento. Em 2015, o setor de tecnologia de Santa Catarina cresceu 15%, em detrimento ao encolhimento de 3,7% do setor no país, conforme informações da ACATE.

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1

ROTEIRO DO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO – FORMULÁRIO

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

1 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

1.1 Contexto educacional

No cenário da economia mundial, a revolução proporcionada pela Tecnologia da

Informação (TI) permitiu uma aceleração no desenvolvimento econômico em boa parte

do mundo. A utilização das referidas tecnologias vem transformando todas as

atividades humanas, desde os setores econômicos tradicionais até as utilidades

domésticas, o entretenimento, a segurança, a defesa, a educação, a saúde e

administração pública (ACATE – Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia,

2011)

No que se refere ao Brasil, o mercado brasileiro de software e serviços movimentou

21,4 bilhões de dólares em 2011, somando as exportações, que chegaram a 1,9 bilhão

de dólares. O crescimento da receita total foi de 12,4% em comparação a 2010,

segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Software

(ABES) em parceria com a empresa de consultoria IDC. Em 2013, o setor representou

8,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. E de acordo com os dados da

Secretaria Nacional de Políticas de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação (MCTI), este número deve crescer para 10,7%. Ainda de acordo com o

MCTI, o impulso será dado pelo aumento das exportações. Além disso, o número de

empregados do setor tenderá a crescer e alcançar os três milhões. Em 2014, o

mercado doméstico de TI (que inclui hardware, software e serviços) movimentou 60

bilhões de dólares, de acordo com a ABES.

Ainda de acordo com a ABES, em 2014 foram identificadas cerca de 12.660 empresas

dedicadas ao desenvolvimento, produção, distribuição de software e prestação de

serviços no mercado nacional.

Dentro deste contexto, cinco estados se destacam no setor de TI: Pernambuco, São

Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2012 o PIB catarinense era o

sexto do país, sendo que a economia do estado está caracterizada pela concentração

de diversos polos industriais, e o polo relativo à tecnologia concentra-se na região da

Grande Florianópolis, onde está localizado o curso de Ciência da Computação, objeto

deste documento. Em 2015, o setor de tecnologia de Santa Catarina cresceu 15%, em

detrimento ao encolhimento de 3,7% do setor no país, conforme informações da

ACATE.

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Segundo a Brasscom (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da

Informação e Comunicação), a contratação de profissionais de TI deve ter um

aumento de 30% até 2016. Entretanto, segundo a companhia SOFHAR Gestão &

Tecnologia, empresa especializada em soluções de TI, essa tendência trará uma

reflexão para a busca de novas estratégias de recrutamento nas companhias, pois

apesar do mercado ter uma demanda crescente por novos profissionais de TI, há

escassez de mão de obra qualificada. No estado de Santa Catarina, esta realidade

não é diferente. Dos cinco estados que mais se destacam em TI no país, Santa

Catarina é o que apresenta menor número de graduados ocupando postos de

trabalho: 15% dos empregados tem ensino fundamental; 55% tem ensino médio; e

30% tem graduação. A região da Grande Florianópolis segue este padrão.

Tais dados geram uma preocupação para os empregadores da área de TI em Santa

Catarina, que tem como principais desafios a formação e qualificação de mão de obra.

E para alcançar tal formação/qualificação é necessário que o curso de graduação

esteja alinhado às tendências e inovações da área, dentro do tripé ensino, pesquisa e

extensão. Neste sentido, foi criada a matriz curricular do curso de Ciência da

Computação aqui apresentado, a qual está em constante atualização no que diz

respeito a suas ementas, e sofre reformulações curriculares sempre que necessário,

de maneira a atender as tendências mundiais e as necessidades e realidade do

mercado regional e nacional.

Agregado a isto, o curso está sempre procurando ofertar aos alunos cursos de

extensão sobre novas ferramentas, metodologias e/ou linguagens de programação, a

fim de atualizá-los mediante as novidades do mercado. Para os egressos do curso a

Universidade oferece também a oportunidade de cursos de especialização e o

Mestrado em Computação Aplicada.

Como se observa, trata-se de um curso que visa atender a demanda regional e

nacional, formando profissionais na área de computação que possam contribuir para o

progresso da ciência e tecnologia das comunidades onde estiverem inseridos.

1.2 Políticas institucionais no âmbito do curso

O Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José, desenvolve

estratégias e ações em sintonia com a Direção do Centro de Ciências Tecnológicas da

Terra e do Mar – CTTMar, ao qual está integrado. O Centro, por sua vez, articula-se

às políticas da IES. A partir desta conexão, promovem-se atividades para a melhoria

do processo ensino-aprendizagem, entre as quais iniciativas de interdisciplinaridade,

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flexibilização e internacionalização curricular, interação das esferas do ensino,

pesquisa e extensão.

O diálogo está na base da gestão institucional e é orientado por dois documentos-

base: o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, que detalha metas, ações,

metodologia de implementação dos objetivos e cronogramas; e o Projeto Pedagógico

Institucional – PPI.

O PPI presta suporte ao PDI, orientando a implementação de programas de ensino,

pesquisa e extensão focados na prestação de serviços à comunidade e ao

cumprimento da função social da Instituição.

Caracterizado como um plano de referência para a ação educativa constitui a base

organizadora do Projeto Pedagógico de cada um dos cursos da UNIVALI. O Projeto

Pedagógico do Curso – PPC é o instrumento de gestão acadêmico-administrativa que

evidencia o curso em movimento, cuja elaboração e execução resultam da ação

conjunta da coordenação, de professores e alunos em direção à concretização de

objetivos do curso.

Refletindo as políticas institucionais resumidas em ambos, o PPC identifica aspectos

que dão sustentabilidade à implementação do curso, como necessidades do mercado,

competência técnico-pedagógica, aplicação dos fundamentos metodológicos,

contexto, corpo discente, corpo docente e carga horária por disciplina. Estrutura a

oferta de estágios, pesquisa e extensão, o sistema de avaliação e planejamento.

A execução e o cumprimento das metas são geridos pelos indicadores qualitativos e

quantitativos estabelecidos no Planejamento Estratégico. Averiguados periodicamente

em seminários e reuniões de acompanhamento, estes resultados envolvem os

diversos níveis da estrutura hierárquica. A Comissão Própria de Avaliação (CPA) tem

papel relevante nesse processo ao proceder à avaliação interna da Instituição.

As ações constantes do Projeto Pedagógico do Curso de Ciência da Computação,

Campus Kobrasol – São José, alinhadas às políticas estabelecidas no PDI e no PPI,

envolvem: redimensionamento e aperfeiçoamento dos programas e processos de

ensino, pesquisa e extensão, tendo por base os documentos oficiais da Instituição e as

próprias referências fornecidas por PDI e PPI; manifestação, em eventos, publicações

e documentos, da correspondência entre o PPC e as diretrizes contidas no PDI e PPI;

socialização dos indicadores qualitativos e quantitativos da Autoavaliação Institucional

e dos respectivos resultados; tomada de decisão informada pelos resultados da

Autoavaliação Institucional e pelo Plano de Ação proposto pela Comissão Própria de

Avaliação – CPA; atuação conjunta com a Direção de Centro focalizada nos

propósitos, diretrizes e metas institucionais, a partir das decisões emitidas pelos

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órgãos da administração central; revisão e atualização bienal do PPC consoante às

diretrizes do Plano de Desenvolvimento Institucional, do Projeto Pedagógico

Institucional e das políticas governamentais para o ensino superior.

1.3 Objetivo do Curso

Formar profissionais com sólida base científica, tecnológica e experimental em

Informática, por meio da integração entre teoria e prática, qualificando-os para atuar

de maneira ética e empreendedora no desenvolvimento e suporte de sistemas

computacionais.

1.4 Perfil profissional do egresso

O Bacharel em Ciência da Computação deverá ser capaz de identificar, analisar,

projetar, implementar, implantar, avaliar e manter sistemas computacionais eficientes e

seguros, com base em metodologias e técnicas apropriadas, seguindo preceitos éticos

e científicos. O profissional estará apto, também, a iniciar seu próprio negócio de

desenvolvimento e consultoria em sistemas computacionais.

1.5 Estrutura curricular

Atendendo à Resolução CNE/CES no. 2, de 18 de junho de 2007 (que dispõe sobre a

carga horária mínima e procedimentos relativos a integralização e duração dos cursos

de graduação e bacharelados na modalidade presencial) e seguindo as

recomendações do Currículo de Referência da Sociedade Brasileira de Computação

(SBC,1999), bem como as Diretrizes Curriculares de Cursos da Área de Computação

e Informática (CEEInf/SESu/MEC, 1999), a matriz curricular do curso está organizada

em 3030 horas, distribuídas ao longo de oito semestres, das quais 2850 horas

(94,06%) com disciplinas obrigatórias e 180 horas (5,94%) com Atividades

Complementares.

A estrutura curricular foi concebida levando-se em conta aspectos de inclusão que vão

além de procedimentos e técnicas pedagógicas específicas, uma vez que tem origem

na ausência de barreiras atitudinais aos processos de interação de todo e qualquer

estudante. Cada pessoa, independentemente de sua condição física ou intelectual, é

um cidadão com direitos, deveres e dignidade a serem representados a partir do

entendimento da integridade inerente à condição humana.

Tal princípio, que embasa o conjunto de atos regulatórios garantidores do acesso e

permanência da pessoa com deficiência no ambiente acadêmico, perpassa a matriz

curricular de modo a contribuir para a conquista, pelo educando, de seu espaço,

reconhecimento e autonomia, sendo transversal ao longo de todo o curso.

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As disciplinas que contemplam a matriz curricular do curso foram organizadas para

contemplar quatro eixos de formação. Básico: cujas disciplinas abordam os conteúdos

fundamentais da área de computação, com o suporte da área da matemática;

Tecnológico (aplicado ou profissional): as disciplinas aplicam os conhecimentos

básicos na construção de sistemas computacionais e no desenvolvimento tecnológico

da computação; Complementar: as disciplinas propiciam aos acadêmicos o

conhecimento nas áreas de atuação profissional com potencial de aplicação em

computação; e Humanístico: as disciplinas abordam aspectos relacionados com a

dimensão social e humana, necessários para uma atuação profissional responsável.

A identidade do curso também está contemplada na matriz curricular, a partir de

disciplinas que contribuem para o fortalecimento das linhas de pesquisa,

especialmente Inteligência Artificial, Redes de Computadores, Segurança

Computacional, Engenharia de Software e Visão Computacional.

A matriz curricular contempla ainda a flexibilização curricular, por meio das disciplinas

denominadas de Tópicos Especiais em Programação (5o período) e Tópicos Especiais

em Computação (5o e 6o períodos). Nestas disciplinas, a escolha dos temas/assuntos

a serem trabalhados pode variar de um semestre letivo para outro e deve considerar

as necessidades de formação profissional não atendidas pelas outras disciplinas do

curso, bem como a evolução da área de computação.

Outro componente de flexibilização são as Atividades Complementares, cujo objetivo é

compor a carga horária das atividades curriculares de forma a contribuir com o perfil

profissiográfico descrito no PPC. Diante da diversidade de atividades complementares

ofertadas/disponíveis, o aluno tem a possibilidade de ampliar e complementar sua

formação, podendo aprofundar seus conhecimentos linguísticos, suas práticas de

pesquisa, suas habilidades e competências em ambiente real via estágio.

Ao longo dos oito semestres de curso, o aluno pode integrar os conhecimentos

teóricos às habilidades práticas, seja através das Atividades Complementares, seja

através de estratégias de ensino diversas utilizadas nas disciplinas, tais como:

seminários, palestras, análise e implementação de sistemas computacionais,

elaboração de protótipos, estudos de caso, dentre outros.

As atividades práticas e as estratégias pedagógicas utilizadas na sua realização

possibilitam a interdisciplinaridade ao longo do curso. Tudo isto culmina no

desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso, quando os alunos escolhem

uma área temática com base nos conceitos teóricos e práticos trabalhados ao longo

dos quatro anos do curso para desenvolver seu projeto de pesquisa.

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1.6 Conteúdos curriculares

Os conteúdos curriculares estão distribuídos em disciplinas ao longo dos oito

semestres letivos do curso, seguindo uma ordem cronológica adequada à condução e

à dependência dos conteúdos e respeitando as diretrizes da área e o perfil desejado

do egresso. As ementas das disciplinas do curso de Ciência da Computação, Campus

Kobrasol – São José são revisadas e atualizadas quando necessário, no intuito de

modernizar e otimizar o conteúdo e o planejamento das aulas, alinhado ao mercado de

trabalho e às necessidades atuais da sociedade.

Algumas vezes as alterações consistem basicamente na reordenação das unidades de

ensino, viabilizando o aprendizado e a compreensão dos conteúdos. Outras vezes,

consistem na inserção de ementas novas e/ou substituição por temas mais

atualizados, ajustados ao perfil profissional do egresso. Todas as alterações são

sugeridas pelos professores responsáveis de cada disciplina, discutidas pelo

Colegiado do Curso e deferidas dependendo da pertinência e importância. Vale

ressaltar que os professores buscam se basear nas tendências em nível mundial no

ensino da área de Computação, como o relatório curricular ACM/IEEE CS Computer

Science Curricula.

À medida que estas atualizações acontecem há também a adequação da bibliografia

básica e complementar referente aos conteúdos de cada disciplina. A bibliografia

referente a cada disciplina é semestralmente revisada pelos professores, no momento

do cadastro de seu plano de ensino no sistema em sua Intranet, e novos livros são

solicitados, procurando manter a bibliografia atualizada na Biblioteca Institucional.

Atendendo as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana - Resolução

CNE/CP no. 01 de 17 de junho de 2004, o curso de Ciência da Computação, Campus

Kobrasol – São José, tem trabalhado o assunto na disciplina de Informática e

Sociedade. Além das abordagens em sala de aula, ocorrem algumas atividades em

conjunto com o curso de Direito do mesmo campus, a fim de debater questões

relativas às minorias.

No que se refere a Lei no. 9.795 de 27 de abril de 1999 e Decreto no. 4.281 de 25 de

junho de 2002, que trata da necessidade de integração da Educação Ambiental às

disciplinas, o curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José tem

trabalhado este assunto de maneira dinâmica, buscando sempre atualizar as ementas

em relação ao tema. As questões relativas à sustentabilidade, inicialmente eram

tratadas no curso pela disciplina de Administração em Informática, que aborda

temáticas sobre TI Verde, e na prática, os alunos e professores buscam dar suas

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contribuições diminuindo o uso de papel. Atualmente todos os trabalhos e apostilas

são socializados no ambiente virtual da UNIVALI denominado “Material Didático”. Além

disto, todo o material de aula é disponibilizado online, evitando e/ou minimizando

assim o uso de cópias impressas. Porém, o corpo docente do curso continuou a

analisar outras possibilidades de abordar tais questões e a partir de pesquisas

realizadas detectou-se que a questão de sustentabilidade no que se refere à Ciência

da Computação, pode ser tratada em dois grandes grupos temáticos: TI Verde e

Computational Sustainability.

O estudo sobre as duas abordagens fez com que as disciplinas de Inteligência

Artificial, Engenharia de Software (7º período) e Arquitetura de Computadores (4º

período) tivessem suas ementas repensadas e passaram a ofertar conteúdos

referentes a tais questões.

Quanto às Diretrizes Nacionais para Educação em Direitos Humanos, conforme

disposto no Parecer CNE/CP no 8 , de 06 de março de 2012, que originou a Resolução

CNE/CP No 1, de 30 de maio de 2012, o curso de Ciência da Computação, Campus

Kobrasol – São José tem trabalhado questões relativas ao acesso das pessoas com

deficiência a informação; questões de gênero e questões relativas ao bullying de

diferentes formas, a saber: quanto as questões de acessibilidade, o tema é discutido

nas disciplinas de Informática e Sociedade e Engenharia de Usabilidade (conteúdo

referente a Interfaces Especializadas) e a partir disto, alunos voluntários passam a

desenvolver pesquisas, sob orientação de professores do curso, relacionadas ao

desenvolvimento ou aplicação de artefatos em sala de aula ou no mercado de trabalho

para auxiliar pessoas com deficiências no exercício da profissão na área de TI. Quanto

às questões de gênero, em 2016 iniciou-se um estudo no curso sobre a participação

de mulheres nos cursos da área de Computação e a partir da parceria com o projeto

Meninas Digitais da SBC, um calendário de atividades está sendo elaborado para ser

posto em prática nos próximos semestres. Em abril de 2016, ocorreu o primeiro

evento: Workshop das Meninas Digitais foi realizado pela SBC a fim de sensibilizar

professores e alunos sobre o tema. Quanto à questão de bullying, os alunos do curso,

sob a forma de voluntariado, participam do Grupo de Estudos do curso de Direito do

campus Kobrasol, que trata desta questão junto a adolescentes da rede pública do

município, desenvolvendo aplicativos que possam ajudar na sensibilização de

adolescentes e jovens sobre o tema. Este trabalho é feito sob a supervisão de um

professor do curso. A ideia é que em 2017 os trabalhos voluntários relativos aos

artefatos para pessoas com deficiência, e ao bullying, se transformem em projetos de

extensão do curso.

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1.7 Metodologia

A UNIVALI, como instituição universitária, fundamenta seu compromisso com a

produção da ciência e com a universalização do saber. Para tal, no seu Projeto

Pedagógico Institucional - PPI orienta seus cursos de graduação para a promoção de

um processo educacional que leve em conta a realidade histórico-social, a formação

de valores que dignificam o homem e a apropriação de princípios científicos de

produção do conhecimento e sua consequente extensão à sociedade.

Nesse sentido, o processo educacional na UNIVALI sustenta-se em uma ação

pedagógica dinâmica que pressupõe uma postura investigativa do professor e do

aluno frente ao conhecimento e ao domínio dos modos de sua produção. Trata-se da

proposição de um ensino que conduza o aprender a pensar, a integrar e relacionar

conceitos, a produzi-los e avaliá-los com rigor, precisão, correção, clareza e que

permitam a elaboração do pensamento de forma mais refinada do que o senso-

comum. Sustentado nesses princípios, o Curso de Ciência da Computação busca

articular teoria e prática, aproximando os domínios genéricos e específicos das

atividades profissionais.

De acordo com as DCNs, os cursos de graduação, em qualquer área do

conhecimento, devem atender a três objetivos fundamentais: a) flexibilizar a

estruturação dos cursos, buscando a diversificação de experiências de formação

para atender a variedades de circunstâncias geográficas, político-sociais e

acadêmicas, ajustando-se ao dinamismo da área e viabilizando o surgimento de

propostas pedagógicas inovadoras; b) recomendar procedimentos e perspectivas

essenciais, buscando a qualidade e objetivando sintonia com posições

majoritariamente defendidas pelas instituições e entidades representativas da área; c)

estabelecer critérios mínimos de exigência, no que se refere à formulação e à

qualidade da formação, funcionando como parâmetro básico de adequação e

pertinência para os cursos da área.

O atendimento a estes objetivos permite que o perfil do egresso no curso de Ciência

da Computação transpareça as competências e as habilidades adquiridas: demonstre

a capacidade de adequação à complexidade do mundo contemporâneo; propicie uma

visão integradora e ao mesmo tempo, especializada do seu campo de trabalho;

favoreça a consciência crítica quanto ao uso do instrumental teórico e prático do seu

curso; inspire uma atitude ética, inovadora e solidária em todas as suas ações.

Portanto, pensar o caminho metodológico do curso é pensar o processo de ação-

reflexão-ação e a indissociabilidade do ensino/pesquisa e extensão. Nessa relação de

ensino-aprendizagem, o aluno se torna investigativo, descobridor, transformador e

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produtor do conhecimento; o professor, por sua vez, se torna um articulador e,

principalmente, parceiro de seus alunos no processo do aprender. Ele propicia

situações de aprendizagem aos alunos que instiguem a capacidade interrogativa, o

exercício da dúvida e da atividade crítica, as artes da argumentação e da discussão,

orientadas para a compreensão dos problemas fundamentais de nossa própria

condição e de nossa época.

Na organização curricular, questões relacionadas à acessibilidade pedagógica e

atitudinal são solucionadas por meio de diversificadas estratégias de ensino definidas

pelos professores do curso nos seus planos de ensino, tais como: aulas expositivas

dialogadas, estudos de caso, ambientação profissional, pesquisas de campo, estudos

dirigidos, simulações, seminários, discussão de textos, desenvolvimento de protótipos,

entre outros. Enfim, viabilizam aprendizagens que alternam o trabalho individual com o

de grupo e uma abordagem pedagógica dialética, o que contribui para melhoria do

desempenho dos alunos.

Essas estratégias são organizadas pelos docentes após revisão dos planos de ensino,

reuniões pedagógicas e implementadas nas formações continuadas, momentos nos

quais se realizam as discussões teórico-metodológicas que norteiam o ensino

buscando a coerência das ações com o perfil do egresso definido no PPC e com o

desempenho dos alunos no decorrer do semestre.

Desde a sua concepção, o Curso de Ciência da Computação busca aproximar o

acadêmico da vivência prática do mercado e das novas tecnologias utilizadas na área,

mesclando ao máximo os conceitos teóricos e as atividades práticas.

Em algumas disciplinas, a forma como os conteúdos são trabalhados merecem

destaque, conforme descrito a seguir.

A disciplina de Informática e Sociedade aborda as questões relativas à inclusão digital

e às questões étnico-raciais por meio de debate estruturado na forma de júri simulado.

Os alunos se preparam estudando textos, filmes, documentários e depois trazem para

a discussão aspectos que interferem na vida da sociedade hoje, em razão da

ampliação do acesso às Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC´s),

destacando os efeitos decorrentes de seu uso. Em seguida, os alunos são divididos

em acusação (levantando os pontos negativos da utilização das TICs na sociedade)

e, em defesa (suscitando os pontos positivos relacionados às TICs), além de um

corpo de juízes que profere a sentença favorável à acusação ou à defesa, diante da

análise dos elementos e argumentos trazidos para o debate. Com isto, busca-se

estabelecer a relação entre a universalização de serviços para a cidadania e os

desafios ligados à inclusão digital, assim como realizar uma abordagem reflexiva sobre

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as questões étnico-raciais que permeiam a sociedade do conhecimento. Assuntos

como a inclusão digital de idosos e as manifestações do racismo e suas formas de

discriminação promovidos através das redes sociais são largamente debatidos pelos

alunos no júri simulado.

Já na disciplina de Inglês Instrumental, os textos utilizados nas aulas focam temas

relativos às inovações tecnológicas. A partir do trabalho com os textos, os alunos

devem apresentar um seminário apresentando a inovação, o local onde a mesma foi

concebida, de onde foi retirada a informação (jornal, revista, site) bem como a opinião

a respeito da inovação (se contribui para a sociedade, se considera a questão da

sustentabilidade). Além disto, alguns temas são foco das listas de exercício como:

aquecimento global; Computational Sustainability (apresentando as diversas

aplicações da computação que podem auxiliar a sociedade em direção a um mundo

sustentável), e Web Science (seu comprometimento com a usabilidade universal, uma

vez que visa empoderar o indivíduo, revigorar a colaboração e desencadear a

criatividade social).

Na disciplina de Redes de Computadores busca-se levar os alunos a campo para

relacionarem teoria e prática. Nos semestres 2015/2 e 2016/1, o conteúdo IPV6 foi

ministrado no Centro de Gerência de Redes (CGR) da operadora Oi, em Florianópolis.

A parte teórica e os exemplos práticos deste conteúdo foram apresentados aos alunos

por um Especialista Sênior (no organograma da empresa denominado de Suporte

Nível 3). Logo após, foram apresentadas todas as áreas do CGR: Gerência de Dados

e Banda Larga, Gerência de Transporte, Gerência da Rede Móvel e Gerência da Rede

fixa/NGN, explicando as atividades de cada área e correlacionando com a referida

disciplina.

Além disto, vale ressaltar que a partir de 2016/2 a Semana Acadêmica dos cursos do

Campus Kobrasol passa a ser feita em conjunto, buscando temas de interesse comum

aos alunos destes cursos, o que vai trazer o elemento da interdisciplinaridade. Temas

como segurança dos dados, legado digital pós-morte; Webint (relacionando Dark Web

e DeepWeb) serão abordados nesta primeira edição por serem de interesse dos

cursos – a ideia é que sejam debatidos em conjunto por profissionais tanto do Direito

quanto da Ciência da Computação, fornecendo aos alunos a visão de duas áreas do

conhecimento sobre o mesmo assunto.

1.8 Estágio Curricular Supervisionado

Não se aplica ao curso de Ciência da Computação.

11

1.9. Estágio Curricular Supervisionado – relação com a rede de escolas da

Educação Básica

Não se aplica ao curso de Ciência da Computação.

1.10. Estágio Curricular Supervisionado – relação entre licenciandos, docentes e

supervisores da rede de escolas da Educação Básica

Não se aplica ao curso de Ciência da Computação.

1.11. Estágio Curricular Supervisionado – relação teoria e prática

Não se aplica ao curso de Ciência da Computação.

1.12 Atividades Complementares

Atividades Complementares têm como objetivo compor a carga horária das atividades

curriculares e flexibilizar a matriz curricular, de forma a contribuir com o perfil

profissiográfico descrito no PPC.

Entende-se por Atividades Complementares no Curso de Ciência da Computação,

todas as atividades relativas ao Ensino, Pesquisa, Produção Bibliográfica, Extensão e

Trabalhos Técnicos, previstas no Regulamento, devidamente comprovadas. O aluno

deve cumprir um total de 180 horas de atividades complementares ao longo do curso.

O curso oferece várias oportunidades para que o aluno possa cumprir as atividades

complementares nas 5 categorias estabelecidas no regulamento, a saber:

Ensino: o curso possui vagas para monitorias remuneradas nas disciplinas de Cálculo

e de Algoritmos e Programação, que podem ser preenchidas por alunos do curso; os

alunos podem participar como ouvintes de apresentação pública de defesa de

graduação na área ou área afim (todo semestre o curso tem uma semana dedicada às

defesas dos trabalhos de conclusão de curso, e os alunos são estimulados a

participar), e também podem participar das apresentações públicas de defesa das

dissertações do Mestrado em Computação Aplicada, que são realizadas no campus

Kobrasol – São José. Além disto, os alunos podem realizar cursos de língua

estrangeira gratuitamente através de plataforma online disponibilizada no website da

UNIVALI. Os alunos também são estimulados a realizarem estágios não obrigatórios,

cujas vagas são amplamente divulgadas pela coordenação do curso. No que se refere

a participação em cursos de curta duração ou eventos técnico-científicos, o curso

oferece aos alunos diversas oportunidades ao longo da formação: o congresso a nível

nacional realizado anualmente (Computer on the Beach, cuja sexta edição foi

realizada em 2016 – www.computeronthebeach.com.br); palestras ministradas por

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profissionais da área, geralmente egressos do curso com destaque na área; além de

disponibilizar vagas para os alunos do curso em treinamentos que ocorrem nos cursos

de Pós-Graduação associados ao curso. Em 2016, foram disponibilizadas 3 vagas no

Curso de Linux Embarcado, ofertado pela Pós-Graduação em Sistemas Embarcados.

Pesquisa: os professores do curso participam ativamente dos editais de pesquisa da

UNIVALI (PIBIC, PROBIC, PIBIT, PIPG, Artigo 170, Artigo 171) e com isto aprovam

projetos que fornecem bolsas para os alunos do curso. De 2013 a 2016, 21 alunos do

curso participaram de projetos de pesquisa de um destes editais.

Produção Bibliográfica: os alunos do curso são estimulados a publicarem os

resultados de seus projetos de pesquisa em eventos técnico-científicos ou periódicos.

Neste sentido, de 2013 a 2016, os alunos do curso publicaram 21 trabalhos, sendo

dois artigos completos em periódicos; sete artigos completos em anais de evento;

doze resumos em anais de eventos.

Extensão: o curso possui dois projetos de extensão (Capacitação em Informática de

Jovens da Grande Florianópolis para o Mercado de Trabalho e Inclusão Digital de

Idosos), em andamento e estes projetos conta com dois alunos bolsistas, que

participam ativamente das atividades junto com os professores. Estes bolsistas

participam de eventos de extensão e consequentemente, realizam publicações

referentes aos projetos. Além disto, o representante discente pode ser indicado para

representar o curso em algum órgão colegiado da UNIVALI. Os alunos também podem

participar de ações comunitárias promovidas pelo curso, campus ou universidade.

Quanto à organização de eventos técnico-científicos, os alunos podem participar

anualmente da comissão organizadora do Computer on the Beach (evento anual do

curso), ou de pequenos eventos nos quais o curso é responsável pela organização,

como o Hackjam ocorrido no final de 2015 e organizado pela ACATE, onde o curso foi

coorganizador. Os alunos também podem participar como voluntários em outros

programas de extensão da Universidade. Atualmente, os alunos do curso que

possuem bolsa do Artigo 170 participam como voluntários de um projeto que visa

melhorar a inserção de pessoas com necessidades especiais no curso.

Trabalhos Técnicos: os alunos podem ministrar cursos de curta duração em caráter

voluntário para seus colegas, como por exemplo, o minicurso de Introdução a

Computação Gráfica e a Oficina de Conversação em Inglês. Como os alunos são

estimulados a publicar seus trabalhos, consequentemente é possível que ganhem

prêmios com esta publicação, como aconteceu no final de 2015 com o trabalho de

conclusão de curso de um dos acadêmicos, que recebeu o Prêmio ANPET de

13

Produção Científica 2015, ofertado pela Associação Nacional de Pesquisa e Ensino de

Transportes.

1.13 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

O Trabalho Técnico-Científico de Conclusão de Curso - TTC do Curso de Ciência da

Computação, Campus Kobrasol – São José está respaldado pelas Diretrizes

Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Computação, definidas no

Parecer CNE/CES nº 136/2012, aprovado em 8 de março de 2012, e está

regulamentado pela Resolução No 023/CONSUN-CaEn/2015, que aprova o

Regulamento do Trabalho Técnico-Científico de Conclusão de Curso – TTC, o Estágio

Não Obrigatório e as Atividades Complementares do Curso de Ciência da

Computação.

Conforme previsto em regulamento, o Curso de Ciência da Computação, Campus

Kobrasol – São José apresenta três disciplinas referentes ao Trabalho Técnico

Científico de Conclusão de Curso, a saber:

Trabalho Técnico Científico de Conclusão de Curso – 6º período: tem carga

horária de 36 horas. O objetivo de tal disciplina é redigir a proposta de trabalho de

conclusão de curso ao longo do semestre para submetê-la à análise de uma banca

interna de professores. Caso a banca concorde que a proposta apresentada é

compatível com as habilidades e competências de um profissional de Ciência da

Computação, apresentando abrangência, relevância e complexidade adequadas para

um trabalho de conclusão de curso na área, ela é aprovada e o aluno poderá dar início

ao projeto na disciplina seguinte, no 7º período.

Trabalho Técnico Científico de Conclusão de Curso – 7º período: tem carga

horária de 72 horas. Nesta disciplina, o aluno pesquisará e projetará o que foi proposto

no documento aprovado na disciplina do sexto período. O acadêmico, sob a

orientação de seu professor orientador, redigirá a fundamentação teórica do trabalho e

deverá elaborar o projeto de pesquisa, descrevendo os passos necessários. Ao fim do

semestre, o documento será entregue a uma banca de avaliadores (internos e

externos) para análise do texto escrito e posterior avaliação da defesa pública do

trabalho pelo aluno. Caso obtenha as notas mínimas para aprovação (considerando o

trabalho escrito e a defesa pública), o acadêmico poderá executar o projeto na

disciplina referente ao Trabalho Técnico Científico de Conclusão de Curso, do 8º

período.

Trabalho Técnico Científico de Conclusão de Curso – 8º período: tem carga

horária de 72 horas. Nesta disciplina, o aluno irá implementar, validar e testar o que foi

projetado na disciplina anterior. Com o acompanhamento de seu professor orientador,

14

desenvolverá o que foi proposto no projeto e, ao fim do semestre, produzirá um

documento descritivo (relatório técnico-científico da pesquisa) que será entregue para

uma banca de avaliadores (internos e externos) que analisarão o texto escrito e,

posteriormente, a defesa pública do trabalho pelo aluno. Caso o acadêmico obtenha

as notas mínimas constantes de regulamento próprio da disciplina (considerando o

trabalho escrito e a defesa pública), ele estará aprovado.

A média mínima para aprovação nas disciplinas referentes ao Trabalho Técnico

Científico de Conclusão de Curso é 7,0.

1.14 Apoio ao discente

A UNIVALI adota uma política de atendimento ao discente que se baseia na

comunicação sistemática e contínua com a comunidade acadêmica. Ciente da

relevância de canais eficientes de comunicação oferece ao estudante informações em

três suportes: impresso, na internet e na intranet. No portal do aluno, na intranet, o

acadêmico acessa informações acadêmicas, financeiras e serviços da Biblioteca,

faz solicitações e processos como a matrícula online, tem endereço de correio

eletrônico individual e o programa Software Legal, que viabiliza obtenção gratuita de

licenças de softwares. Existe acesso à rede sem fio em todas as áreas da Instituição.

A Secretaria Acadêmica fornece informação e controla a documentação discente, que

é arquivada em pastas individuais.

Desde os anos 90, a UNIVALI disponibiliza serviços de atenção ao discente,

inicialmente por meio da implantação do Setor de Orientação e Assistência ao

Educando (SOAE). Nos anos 2000, fez avançar essa política com a implantação do

Programa de Atenção a Discentes, Egressos e Funcionários – PADEF para

acolhimento em forma de apoio psicopedagógico; apoio às áreas auditiva e visual.

Considerando-se a constante atualização da legislação, os processos de regulação,

avaliação e supervisão da educação superior, implantados pela Lei nº 10.861/04, que

instituiu o SINAES, o Decreto 5773/06, a Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro

de 2007, republicada em 29 de dezembro de 2012 e a Lei nº 13.005, de 25 de junho

de 2014, que aprovou o PNE, em 2014 tornaram-se medidas para a implantação do

Núcleo de Acessibilidade da UNIVALI – NAU, em substituição ao PADEF.

O NAU tem entre seus objetivos aprimorar os serviços antes realizados pelo PADEF

junto aos alunos da UNIVALI, acompanhando-os em sua trajetória de aprendizagem

no ambiente acadêmico e profissional. Integrante da estrutura da Gerência de Ensino

e Avaliação, o Núcleo organiza-se em três subdivisões: uma de atendimento e apoio à

15

acessibilidade; outra, intelectual; e uma terceira sensorial. A primeira, de acolhimento

inicial, está encarregada de fazer a triagem para posterior atendimento pelos demais

setores. O público-alvo são as pessoas com deficiência física visual e auditiva,

transtornos do espectro do autismo e outros que incidam sobre o processo de ensino-

aprendizagem, inclusive relacionados a altas habilidades/superdotação.

Os estudantes diagnosticados em grupos específicos, como os relacionados ao

espectro do autismo e altas habilidades ou superdotação, contam, na UNIVALI, com

políticas que visam assegurar-lhes o acesso, a permanência, a participação efetiva e o

sucesso no ensino superior. Tais políticas estão voltadas à inclusão social e

educacional e buscam ampliar as taxas de acesso e permanência.

Trata-se de iniciativas diversificadas que incluem equipes multiprofissionais

prestadoras de assistência ao corpo docente e discente. Apoiadas nas políticas

educacionais do governo federal e na legislação específica para esse fim intencionam

contribuir para a adaptação ao ambiente acadêmico, prevenindo fatores que possam

motivar a evasão.

Essas equipes são respaldadas pelo NAU, que responde pela organização de ações

que garantam a inclusão à vida acadêmica, por meio da redução ou eliminação de

barreiras pedagógicas, arquitetônicas e da comunicação e informação.

Ressalta-se, ainda, a oferta da disciplina de Libras, obrigatória nos cursos de

Licenciatura e Fonoaudiologia e disciplina optativa em todos os currículos dos cursos

de graduação, em conformidade com o Decreto nº 5.626 (BRASIL, 2005). Essa

recomendação busca a inclusão de alunos surdos, garantindo Libras como forma de

comunicação e expressão, amparada pela Lei nº 10.436 (BRASIL, 2002).

Outra iniciativa de inclusão diz respeito ao atendimento às comunidades de língua

estrangeira, para quem a UNIVALI mantém cursos de Língua Portuguesa específicos.

Abertos a todos os interessados, esses cursos se iniciaram há mais de 10 anos, com

as turmas formadas inicialmente mediante demanda. A partir de 2010, tornaram-se

regulares, de periodicidade semestral. Acadêmicos de outros países participantes do

Programa de Intercâmbio de Alunos (PIA), instituído pela Coordenadoria de Assuntos

Internacionais, frequentam essas aulas gratuitamente. A UNIVALI tomou a iniciativa

em contrapartida ao que fazem as IES estrangeiras com as quais mantém parceria.

Quando em temporada no exterior, os intercambistas da UNIVALI encaminhados pela

COAI dispõem, nessas Instituições, de cursos gratuitos do idioma do país escolhido

para o intercâmbio.

Ainda como parte da política de atenção ao discente a Instituição mantém um Banco

de Talentos para estabelecer ligação entre acadêmicos/egressos e empresas. Desde

16

2007, alunos e egressos podem cadastrar seus currículos via intranet e, as empresas,

selecionar os que correspondam ao perfil desejado. O acesso ao Banco de Talentos

se dá pelo portal do aluno e pelo portal do egresso. Este é um intermediador entre a

UNIVALI e o ex-aluno. Seu objetivo é manter relacionamento com informação e oferta

de serviços: notícias, oportunidades no mercado, empréstimos nas bibliotecas,

descontos nas mensalidades de pós-graduação, línguas e aulas no Setor de Esportes,

contato com ex-colegas, etc.

Quanto a bolsas de estudo, incluem os seguintes programas: Universidade para Todos

(ProUni); Lei Orgânica dos Municípios; Bolsa Funcionários, Professores e

Dependentes; Bolsa Coral UNIVALI, Bolsa Atleta, Bolsas de Pesquisa (Art. 170 da

Constituição Estadual, ProBIC, PIBIC e PIPG), Bolsa de Extensão, Bolsa Estágio,

Bolsa Monitoria, Bolsa Intercâmbio, Desconto Escola de Idiomas da UNIVALI, Bolsa

Egresso, Bolsa Convênio Empresa, Programa UNIVALI Mais, Mérito Estudantil,

Desconto-Família, Bolsa Ouro e Bolsa Aluno Multiplicador. Em termos de

financiamento: Programa de Financiamento Estudantil – FIES e de Apoio Financeiro a

Estudantes.

Os alunos do curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José são

contemplados, anualmente, com um número médio de 5 Bolsas de Pesquisa, das

diferentes modalidades, Art. 170 da Constituição Estadual, ProBIC, PIBIC e PIPG; e

em média quatro alunos são contemplados anualmente com Bolsa Monitoria e Bolsa

Extensão. Estas bolsas auxiliam a permanência do aluno na Instituição, auxiliando

financeiramente a sua manutenção no curso.

Intercâmbios também são oferecidos aos docentes, e ficam sob os cuidados da

Coordenadoria de Assuntos Internacionais (CoAI), cuja missão é inserir a UNIVALI no

cenário acadêmico internacional, fortalecendo a cooperação e a interação com

instituições de ensino superior estrangeiras, visando propiciar aos discentes,

oportunidades de expandir seus horizontes acadêmicos em um mundo globalizado.

1.15 Ações decorrentes dos processos de avaliação do curso

O Programa de Avaliação Institucional da UNIVALI iniciou-se na década de 1990 e

encontra-se consolidado. Com a promulgação da Lei nº 10.861, de 14 de abril de

2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES,

a UNIVALI deu continuidade a esse programa, ampliando-o para diferentes aspectos.

A cada semestre letivo, os acadêmicos e professores avaliam três grandes dimensões

institucionais: Infraestrutura e Serviços (Campus e Centro); Disciplina (s); e Curso.

Dessa forma, a Vice-Reitoria de Graduação, por meio da Gerência de Ensino e

17

Avaliação, articula projetos e atividades para a melhoria tanto do processo

comunicativo de seu público interno quanto da análise da evolução da qualidade dos

serviços que oferece.

Salienta-se que o processo de avaliação identifica e examina os pontos fortes e as

fragilidades do contexto acadêmico e administrativo, as condições estruturais e as

políticas gerenciais referentes aos recursos humanos, financeiros e físicos da

Instituição. Para isso, vale-se da atuação de uma Comissão Própria de Avaliação -

CPA, que subsidia as decisões institucionais, as quais resultam em ações específicas

para os cursos, tais como: fóruns de discussão dos projetos pedagógicos; formação

continuada de coordenadores; formação continuada de docentes; manutenção e

atualização de espaços físicos/ equipamentos e atualização do acervo bibliográfico.

Em face dos resultados apresentados, no Curso de Ciência da Computação, Campus

Kobrasol – São José, foram implementadas, entre outras benfeitorias: climatização de

ambientes; manutenção e atualização dos equipamentos e laboratórios de informática;

formação continuada de docentes e atualização de acervo bibliográfico. Sempre em

sinergia com o ambiente institucional como um todo.

No âmbito da Biblioteca, as melhorias incluem cuidados com mobiliário, acervo e

pessoal. No que diz respeito ao acervo, a Vice-Reitoria de Graduação tem uma política

própria de aquisição. Quanto ao pessoal, foram realizadas atividades de formação

continuada dos funcionários, adequação nas funções exercidas e ampliação de

sistema de atendimento online com novos terminais de consulta.

Em relação ao ambiente virtual de aprendizagem disponibilizado pela Instituição –

denominado “Material Didático online” – promoveram-se oficinas no programa de

formação continuada dos professores sobre atualização e uso das suas ferramentas.

A ferramenta está em constante aperfeiçoamento, sempre considerando os resultados

da avaliação institucional.

No âmbito do curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José, os

resultados da Avaliação Institucional são apresentados aos docentes em reuniões

semestrais para discussão, análise e gestão. Da mesma forma, as informações são

socializadas com os alunos em fóruns chamados de Parada Pedagógica, e também

através de informes via e-mail.

Com relação à infraestrutura, melhorias vêm sendo feitas no sentido de manter

sempre atualizadas as imagens dos laboratórios com os softwares atualizados e

corretamente instalados. Este item sempre foi apontado como problemático, mas

atualmente vem melhorando sua avaliação.

18

Quanto ao curso de graduação em si, os itens relativos à pesquisa e extensão tiveram

uma melhoria na avaliação, devido a uma maior visibilidade dada as atividades de

pesquisa e extensão do curso. Já a questão referente à Iniciação Profissional ainda

necessita de estudos por parte da coordenação e do Núcleo Docente Estruturante

(NDE) do curso, para traçar ações que possam melhorar este indicador.

Com relação a coordenação do curso, o item a ser melhorado refere-se à necessidade

de articulação com o mercado de trabalho. Este item já foi apontado em avaliações

anteriores e a coordenação buscou pesquisar o que os alunos e professores

esperavam em relação a articulação com o mercado de trabalho. Percebeu-se que os

alunos esperam que a coordenação do curso devesse negociar com as empresas

empregadoras as exigências solicitadas nas vagas, visto que muitas vezes, o que se

pede na descrição da vaga inviabiliza que alunos em início de curso possa se

candidatar. Neste sentido, a coordenação do curso passou a conversar com os

setores de RH das empresas para entender as necessidades e a partir disto, o curso

passou a ofertar Cursos de Extensão aos sábados a fim de capacitar os alunos em

algumas ferramentas que o mercado necessita e que não são abordadas no curso.

Quanto às disciplinas, os alunos apontaram que o grau de complexidade das

avaliações é alto, principalmente no que se refere às disciplinas dos três primeiros

períodos. Avaliando junto aos alunos, verificou-se que o problema não é exatamente o

grau de dificuldade das avaliações, mas sim a dificuldade de compreensão do

problema e deficiência de conceitos básicos, principalmente, no que se refere aos

conteúdos da linha de cálculo. Com isto, os professores desta área passaram a

pesquisar alternativas para apoiar os alunos no processo de ensino/aprendizagem e

também para estimulá-los a estudarem cálculo. Neste sentido, algumas ações foram

tomadas no começo de 2016/2: a organização da competição Rei da Derivada,

baseada em projeto criado na UnB; avaliação de como usar ambientes de apoio como

o Khan Academy e também um estudo sobre a utilização do conceito de Sala de Aula

Invertida na disciplina de Introdução ao Cálculo, visto que esta disciplina é uma

revisão do ensino médio. Somente o Rei da Derivada será implementado ainda em

2016, uma vez que os demais itens ainda merecem um estudo mais aprofundado.

Quanto à avaliação externa, o Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol –

São José submeteu-se à prova do ENADE em 2014, com 33 alunos, tendo obtido

conceito 3 e CPC 3. Vale considerar que o resultado geral dos alunos foi 47,5, ficando

acima da média do estado (45,5), da região Sul (46,8) e do país (44,4). No que se

refere à formação geral, a média foi 64,5, ficando novamente acima da média do

estado (60,6), da região Sul (60,7) e do país (59,8). E no que se refere aos

19

componentes específicos a média foi 41,9, ficando acima da média do estado (40,4),

um pouco abaixo da média da região Sul (42,1) e acima da média nacional (39,3).

1.16 Atividades de Tutoria

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

1.17 Tecnologias de informação e comunicação – TICs – no processo ensino-

aprendizagem

O histórico das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino-

aprendizagem na UNIVALI teve início em 2001 com a adoção do ambiente virtual

Teleduc como apoio a disciplinas presenciais dos cursos de graduação. No ano de

2006, a Universidade começou um processo de análise de plataformas para

substituírem o Teleduc, concluído ao fim de 2006, tendo sido escolhida a plataforma

Moodle. A partir dessa escolha, o Laboratório de Soluções de Software, grupo de

pesquisa ligado ao Curso de Ciência da Computação da UNIVALI, assumiu o

desenvolvimento e a customização do Moodle, que recebeu o nome de Sophia. Este

em 2008 passou a ser o ambiente oficial dos cursos de graduação EaD e, em 2009, de

toda a UNIVALI, atendendo aos cursos presenciais.

O Sophia oferece fórum de discussão, chat, ferramenta para envio de atividades com

controle de prazos, ferramenta Questionários, que permite ao professor fazer

avaliações online com correção automatizada, ferramentas de relatório de acessos e

disponibilização de materiais.

Além desses recursos foram desenvolvidas várias ferramentas específicas para as

necessidades da UNIVALI, tais como: caixa de mensagens - um e-mail interno ao

ambiente; portfólio - um repositório de trabalhos dos alunos que permite

compartilhamento entre aluno-professor e entre colegas, com a opção de professor e

acadêmicos fazerem comentários nos portfólios da turma.

O ambiente Sophia está integrado a todos os serviços da UNIVALI, desta forma o

aluno possui um único login e senha para toda a universidade e efetua o acesso ao

ambiente por uma interface chamada de Portal do Aluno. Neste mesmo local, o

acadêmico visualiza notas, programação acadêmica, questões financeiras e de

biblioteca. Disponível para todos os professores, muitos deles utilizam-no como forma

20

de sugerir materiais, organizar a disciplina, interagir com o grupo em fóruns de

discussão e comunicar-se pelo correio eletrônico.

Para otimizar o uso da ferramenta, a partir do 2º semestre de 2014 o Ambiente Sophia

foi utilizado somente nos cursos a distância e nas disciplinas semipresenciais. O apoio

às disciplinas presenciais passou a ter a ferramenta “Material Didático online”. Este

recurso é articulado ao plano de ensino online e tem como objetivo auxiliar os

professores na disponibilização de materiais tendo em vista as questões da

informatização, ambientais e a melhoria no processo ensino-aprendizagem.

Em paralelo ao uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem, os professores participam

de programa de formação continuada que oferece, entre outras alternativas, oficinas

sobre recursos educacionais, em conjunto com o Sophia.

Em 2014, disponibilizou para cada um dos seus alunos ativos e egressos um serviço

de e-mail com 50 gigabytes de espaço na caixa postal. Este serviço está integrado ao

Office online da Microsoft, tendo disponibilidade de 1 Terabyte de espaço na nuvem do

serviço OneDrive para a organização e elaboração de arquivos de texto, planilhas,

apresentações e anotações. Também desenvolveu aplicativos móveis – mobile – para

seus acadêmicos. No momento, dois aplicativos estão à disposição: o Univali,

contendo informações gerais sobre a Instituição, e o UNIVALI Notas, com dados

específicos do desempenho acadêmico e acessado mediante login e senha do próprio

aluno.

Para garantir que todos os acadêmicos empreguem adequadamente as TICs, os

professores incluem em suas aulas explicações sobre o funcionamento e a operação

dos recursos; aos calouros tais orientações são oferecidas já no evento de recepção

ao ambiente universitário e continuam a ser relembradas e/ou atualizadas no decorrer

da formação.

1.18 Material didático institucional

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

1.19 Mecanismos de interação entre docentes, tutores e estudantes

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

21

1.20 Procedimentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem

O processo ensino-aprendizagem na UNIVALI adota a cultura da avaliação formativa,

que busca auxiliar o ensino e orientar a aprendizagem, conforme procedimentos

estabelecidos no Regimento Geral da Universidade, aprovado pela Resolução n°

080/CONSUN/04.

A avaliação neste paradigma é concebida como um processo mediador na construção

do currículo, intimamente ligada à gestão da aprendizagem dos alunos, e tem como

objetivos: esclarecer acadêmicos e professores sobre o processo de aprendizagem

em ação; privilegiar a autorregulação do processo ensino/aprendizagem; diversificar a

prática pedagógica; explicitar o que se espera construir e desenvolver por meio do

ensino; tornar os dispositivos e critérios de avaliação transparentes; e ampliar o campo

de observação dos avanços e progressos do aluno pelo uso de variados instrumentos,

procedimentos e critérios de avaliação.

Esses objetivos se viabilizam nas normas regimentais vigentes e por meio da

transparência dos instrumentos e critérios de avaliação divulgados no plano de ensino,

da publicação periódica das médias parciais, da diversificação dos instrumentos e da

devolução, discussão e análise dos resultados com os acadêmicos.

Ao assumir a concepção da avaliação formativa, a Instituição busca qualidade de

ensino por meio da interação ensino/aprendizagem/avaliação. O atual sistema resulta

do compromisso da Universidade e de seus professores em promover uma avaliação

capaz de possibilitar aos alunos a construção de conhecimentos e o desenvolvimento

de habilidades e atitudes.

A avaliação compreende a frequência e o aproveitamento nos estudos, este, expresso

em notas. Será reprovado o acadêmico com média inferior a seis e/ou que não obtiver

frequência de, no mínimo, 75% da carga horária prevista para a disciplina. Para as

atividades de conclusão de curso, poder-se-á exigir frequência superior a 75% e média

acima de seis, desde que previsto em regulamento próprio, aprovado por CONSUN-

CaEn.

Os instrumentos de avaliação, os respectivos critérios e pesos são definidos

previamente no plano de ensino e/ou redefinidos no decorrer do semestre com ciência

dos acadêmicos, devendo resultar em três médias parciais: M1, M2, M3. As médias

parciais são publicadas, aproximadamente, nos períodos que completam um terço,

dois terços e ao fim da carga horária da disciplina, expressas por notas graduadas de

zero a dez, com duas casas decimais, sem arredondamento. É facultado ao

acadêmico requerer revisão da avaliação à coordenação de curso, observando-se as

normas específicas aprovadas pelo CONSUN-CaEn. O registro de notas e frequência

22

é efetuado no diário online, e ao fim do semestre é impresso, assinado e entregue à

coordenação para arquivamento na Secretaria Acadêmica Discente.

A partir das premissas apontadas acima, os professores do curso de Ciência da

Computação, Campus Kobrasol – São José aplicam em torno de oito tipos de

avaliação, sendo a prova escrita a mais aplicada (43,75%), seguida do

desenvolvimento de sistemas computacionais (18,75%) e seminários (15,62%). No

outro extremo, verificou-se que o mapa conceitual é utilizado por apenas um professor

em suas duas disciplinas.

1.21 Número de vagas

Entre as modalidades de ingresso aos cursos de graduação, a UNIVALI oferece o

Vestibular ACAFE, o Seletivo Especial, o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, a

Concessão de Vagas (por meio de transferência e/ou ingresso para diplomados) e o

Programa Universidade para Todos – ProUni.

O curso oferece anualmente 80 vagas, sendo 40 vagas no início do ano e 40 vagas no

meio do ano.

A matrícula – procedimento obrigatório a todos os acadêmicos e que ocorre

semestralmente, conforme calendário institucional – é realizada, no caso dos

candidatos classificados por meio dos processos seletivos de ingresso, no período

previsto em edital específico, na Secretaria Acadêmica do campus onde o curso é

oferecido, mediante a apresentação dos documentos específicos.

A programação acadêmica, definida pelo calouro no ato da matrícula e digitada no

Sistema Acadêmico/Financeiro da Universidade, é fornecida ao aluno, juntamente com

o contrato de prestação de serviços educacionais, o título bancário referente à primeira

parcela da semestralidade e o código de pessoa com a senha para utilização no

decorrer de sua vida acadêmica.

A partir do segundo período, já como veteranos, os alunos podem efetuar a matrícula

online, de acordo com os prazos estabelecidos em edital.

Aos alunos veteranos é facultado o direito ao trancamento, por um período máximo de

oito semestres, consecutivos ou alternados; seu retorno ao curso pode ocorrer com

observância do período de matrícula estabelecido em edital.

1.22 Integração com as redes públicas de ensino

23

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

1.23 Integração do curso com o sistema local e regional de saúde/SUS – relação

alunos/docente

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

1.24 Integração do curso com o sistema local e regional de saúde/SUS – relação

alunos/usuário

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

1.25 Atividades práticas de ensino

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

1.26 Atividades práticas de ensino para a área da saúde

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

1.27 Atividades práticas de ensino para Licenciaturas

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

2 CORPO DOCENTE E TUTORIAL

2.1 Atuação do Núcleo Docente Estruturante

Disposto pela Resolução nº 01/CONAES/2010, constituído na Universidade pela

Resolução nº 123/CONSUN-CaEn/2009, o NDE foi alterado pela Resolução nº 028/

CONSUN-CaEn/2010 e pela Resolução nº 023/CONSUN-CaEn/2012, de 31 de maio

de 2012. É de competência do Núcleo Docente Estruturante (NDE): formular,

implementar e desenvolver o Projeto Pedagógico do Curso – PPC, definindo sua

concepção, fundamentos e estratégias de execução, contribuindo para a consolidação

24

do perfil profissional do egresso; participar na atualização periódica do PPC;

participar nos trabalhos de reestruturação curricular para aprovação nos órgãos

competentes, zelando pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais; auxiliar

na supervisão dos processos de avaliação do curso e na análise dos seus resultados;

contribuir para a promoção da integração horizontal e vertical do curso, respeitando os

eixos/núcleos estabelecidos pelo PPC; participar na organização de estratégias de

interação com estudantes, egressos e entidades de classe, na busca de subsídios à

avaliação permanente do curso; contribuir para a articulação das atividades de ensino,

pesquisa e extensão do curso; desenvolver atividades de pesquisa e/ou extensão, por

meio de projetos de âmbito interno e externo; contribuir para a produção científica do

curso e representá-lo em organizações e/ou conselhos profissionais.

O NDE do Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José foi

atualizado em 2015, devido ao afastamento de um de seus componentes para Pós-

Doutorado, e sua nova composição foi nomeada pela Vice Reitoria de Graduação

através da Portaria 085/VRG/2015. O NDE é composto por seis professores, sendo

66,67% doutores e 33,33% mestres. Sua composição e atuação estão em

consonância com as determinações da Resolução no 023/CONSUN-CaEn/2012.

Desde sua formação, tem participado de reuniões de planejamento onde se avaliam e

discutem elementos do PPC.

Os componentes do NDE do curso de Ciência da Computação concentram as

atividades de pesquisa e extensão realizadas no âmbito do curso, como parte de sua

carga horária semestral, as quais se traduzem na oferta de bolsas para os alunos em

projetos de iniciação científica, prestações de serviço, projetos de pesquisa e extensão

institucionais e interinstitucionais. Além disto, 66,67% dos componentes do NDE

também atua no ensino de pós-graduação (mestrado) e 33,63% ministra aulas em

cursos de especialização, sendo responsáveis por uma significativa parcela da

produção científica do curso e promovem a integração dos alunos do curso ao

processo de geração de conhecimento científico e atuação nas práticas profissionais.

Ressalta-se ainda que além da coordenadora do curso, mais três membros do NDE já

foram coordenadores de curso de graduação e suas experiências no cargo contribuem

valiosamente para as discussões e decisões do NDE.

2.2 Atuação do (a) Coordenador(a)

A coordenação do Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José é

realizada pela professora Anita Maria da Rocha Fernandes, que atua na UNIVALI

desde 1998, quando foi contratada como docente para o curso de Ciência da

Computação no Campus Itajaí, nas disciplinas de Garantia e Controle de Qualidade

25

em Processamento de Dados, Tópicos Avançados em Computação e Estágio

Supervisionado em Ciência da Computação e a partir de 1999 também assumiu a

disciplina de Inteligência Artificial no referido campus. Em 2002 foi designada como

responsável pelos Projetos de Graduação em Ciência da Computação do Campus

Itajaí e também foi nomeada para a função de Chefe da Seção Administrativa do

Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar – CTTMar. Em 2005/2 passou a

ministrar a disciplina Inteligência Artificial no Campus São José.

Em 2007 foi designada para a função de coordenadora do Curso de Ciência da

Computação do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar – CTTMar no

Campus São José, e neste mesmo ano passou a ministrar aulas no Mestrado em

Computação Aplicada da UNIVALI.

Tem coordenado os trabalhos do Colegiado do Curso, conduzindo em 2009 a

reformulação da matriz que fez com que o curso, a partir de 2010 passasse a ser

ofertado em quatro anos. Também tem representado o curso ao longo deste período

na coordenação, nos colegiados superiores da Universidade: Câmara de Ensino

CaEn); Câmara de Pesquisa-Pós-graduação, Extensão e Cultura (CaPPEC) e Câmara

de Administração Superior (CAS).

As atividades da Coordenação de Curso são divididas em duas frentes: uma com foco

no atendimento aos alunos e professores e outra com foco no relacionamento do

curso com o mercado de trabalho e com grupos de pesquisa. O atendimento aos

alunos e professores ocorre semanalmente nos horários vespertino e noturno. Neste

acompanhamento é possível discutir com os professores o rendimento de suas

disciplinas e estratégias para auxiliar no aperfeiçoamento do processo de

ensino/aprendizagem. No atendimento aos alunos, busca-se auxiliá-los para a

melhoria do rendimento acadêmico e/ou da comunicação entre alunos/professores.

No relacionamento com o mercado de trabalho, a coordenação participa de reuniões

com o setor produtivo, buscando ampliar o número de vagas de estágio/emprego para

os alunos. Também a partir dessas reuniões, são propostos cursos de extensão para

acadêmicos e comunidade.

A coordenação também realiza atividades de pesquisa na área de Computação

(Inteligência Aplicada), com projetos de pesquisa dos quais participam alunos do

curso.

Além disto, a coordenação zela pela divulgação e visibilidade do curso, sendo

responsável pela organização dos cursos de extensão ofertados pelo curso à

comunidade, além de organizar desde 2010 o evento técnico-científico em nível

nacional Computer on the Beach.

26

Ressalta-se que a coordenadora de curso foi Secretária Regional da Sociedade

Brasileira de Computação – SBC em Santa Catarina de março de 2011 a dezembro de

2013 e é avaliadora ad hoc da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado

de Santa Catarina) desde 2014.

2.3 Experiência profissional, de magistério superior e de gestão acadêmica do(a)

coordenador(a)

A coordenadora do curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José,

possui Licenciatura em Ciências pela Universidade Vale do Rio Doce (1989),

graduação em Tecnólogo em Processamento de Dados pela Universidade Vale do Rio

Doce (1992), Mestrado em Ciências da Computação pela Universidade Federal de

Santa Catarina (1996) e Doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade

Federal de Santa Catarina (2000).

A coordenadora do Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José,

atua como docente no Ensino Superior desde 1998, quando ministrou a disciplina de

Análise e Projeto de Sistemas na UNIFRA em Santa Maria – Rio Grande do Sul.

Em 1998, iniciou as atividades como docente do magistério superior na UNIVALI com

a seguinte cronologia: em 1998/1 foi contratada para ministrar a disciplina de Garantia

e Controle de Qualidade em Processamento de Dados no curso de Ciência da

Computação do Campus Itajaí. Em 1998/2 assumiu também a disciplina de Estágio

Supervisionado em Ciência da Computação também no Campus Itajaí. Em 1999

passou a lecionar também a disciplina de Inteligência Artificial no referido campus. Em

2004 assumiu as disciplinas de Metodologia da Pesquisa e Estatística no Campus

Itajaí. Em 2005/2 passou a ministrar a disciplina de Inteligência Artificial no Campus

São José. Em 2009 no Campus São José, passou a dar aula também nas disciplinas

de Estágio Supervisionado – Engenharia de Computação e Trabalho Técnico

Científico de Conclusão de Curso – Ciência da Computação. Em 2010, também no

Campus de São José, assumiu a disciplina de Tópicos Especiais em Engenharia

Industrial Mecânica. Em 2010 ministrou a disciplina de Iniciação Técnico Científica no

Curso de Ciência da Computação no Campus São José. Ainda ministrou em 2012 a

disciplina de Aplicativos em Software Livre para o curso de Sistemas para Internet no

Campus Florianópolis. Em 2014 ministrou a disciplina semipresencial de Fundamentos

de Programação para Jogos e Entretenimento Digital, no curso de Design de Jogos e

Entretenimento Digital do Campus Florianópolis.

No que se refere a Pós-Graduação, de 2004 a 2008/1 compôs o quadro de

professores permanentes do Mestrado Acadêmico em Ciência e Tecnologia Ambiental

27

da UNIVALI ministrando a disciplina de Recursos Tecnológicos Aplicados a Ciências

Ambientais. A partir de 2008/1 passou a lecionar a disciplina de Inteligência Aplicada

no Mestrado em Computação Aplicada da UNIVALI, no qual é professora permanente

e membro do Colegiado. No que tange aos cursos de especialização, a partir de 2014

é responsável pela disciplina de Seminários no Curso de Especialização em Qualidade

e Engenharia de Software da UNIVALI no campus Florianópolis e a partir de 2015

passou a ser responsável pela disciplina de Seminários na Especialização em

Sistemas Embarcados da UNIVALI – Campus Kobrasol – São José.

Quanto a Gestão Acadêmica, a coordenadora atuou de 2002 a 2003 como Chefe da

Seção Administrativa do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar –

CTTMar; em 2007 assumiu a coordenação do curso de Ciência da Computação no

Campus São José; em 2008 assumiu também a coordenação dos cursos de

Engenharia de Computação e Engenharia Industrial Mecânica (ambos em processo de

desativação) no Campus São José e do Curso Superior de Tecnologia em Jogos

Digitais, no Campus Florianópolis. Em 2014/2 assumiu a coordenação do Curso de

Especialização em Qualidade e Engenharia de Software da UNIVALI e em 2015/1

assumiu também a coordenação do curso de Especialização em Sistemas

Embarcados da UNIVALI – Campus Kobrasol – São José.

Desde 2016/1 dedica-se a ministrar as disciplinas de Inteligência Artificial no curso de

Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José; Inteligência Aplicada no

Mestrado em Computação Aplicada da UNIVALI; e as disciplinas de Seminários nas

Pós Graduações em Qualidade e Engenharia de Software; e em Sistemas

Embarcados; bem como a coordenação do referido curso de Ciência da Computação

e dos dois cursos de Especialização já mencionados.

A coordenadora também atua ativamente como orientadora de Trabalhos Técnico

Científicos de Conclusão de Curso; e também como orientadora em projetos de

Iniciação Científica oriundos dos editais da UNIVALI. Orienta também no mestrado e

nos cursos de especialização. Em 2014 e 2015 atuou como consultora em projetos de

prestação de serviço do curso.

Atua como avaliadora de trabalhos submetidos a congressos nacionais (CSBC, SBIE e

Computer on the Beach) e internacionais (CISTI e CIACA). Avalia também os projetos

submetidos aos editais internos da UNIVALI e aos editais da FAPESC (Fundação de

Amparo a Pesquisa do Estado de Santa Catarina). É líder do Grupo de Pesquisa em

Inteligência Aplicada da UNIVALI (GIA), desde 2000. Tal grupo é credenciado pelo

CNPq.

28

Possui um software com registro no INPI (SARDA – Software Auxiliar na reabilitação

de distúrbios auditivos. 2007. Patente: Programa de Computador. Número do registro:

10109-0. Também é autora de três livros na área de Ciência da Computação.

2.4 Regime de trabalho do(a) Coordenador(a) do curso

A coordenadora mantém regime de trabalho de 40 horas na Instituição, executando

atividades de coordenação, pesquisa, orientação, bem como ministrando aulas tanto

no mestrado quanto na graduação e pós-graduação. Em sua divisão de carga horária,

a coordenadora dispõe em média por semestre de 20 horas de dedicação exclusiva a

coordenação do curso.

2.5 Carga horária de coordenação de curso

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

2.6 Titulação do corpo docente do curso

O corpo docente do Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José,

é composto por 19 professores, dos quais 94,74% são mestres e doutores.

2.7 Titulação do corpo docente do curso – percentual de doutores

O Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José, possui 19

professores, sendo que 47,37% são professores doutores (9 professores); outros nove

são mestres (47,37%) e um é especialista (5,26%). Dos nove mestres, três estão em

doutoramento.

2.8 Regime de trabalho do corpo docente do curso

Quanto ao regime de trabalho dos 19 docentes do Curso de Ciência da Computação

do Campus Kobrasol – São José, integrantes do quadro funcional da UNIVALI,

84,21% possuem carga horária integral ou parcial. Cinco professores (26,31%) tem

regime integral de trabalho, ou seja, com 40 horas semanais na instituição, e 11

(57,89%) trabalham em regime parcial, ou seja, de 12 a 39 horas semanais. Estas

horas são vinculadas à instituição e não necessariamente ao Curso de Ciência da

Computação, Campus Kobrasol – São José. Três docentes apresentam um regime de

trabalho categorizado como horista: dois são formados em Matemática e ministram as

disciplinas com foco em Cálculo, e o outro docente ministra a disciplina de Inglês

Instrumental.

Cabe ressaltar que a participação dos docentes em outros cursos e centros é

considerada positiva, uma vez que a integração com diferentes profissionais e

29

diferentes olhares tem se mostrado importante para a formação e o fortalecimento de

um grupo heterogêneo, generalista e diverso. Tal interação com outros cursos tem

também promovido, naturalmente, a integração de discentes e auxiliado a formação de

um contexto mais humanista. Estes aspectos contribuem para criar uma

multidisciplinaridade no curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São

José.

2.9 Experiência profissional do corpo docente

Dos 19 professores do curso, 94,74% (18) apresentam experiência profissional além

do magistério. Três professores possuem experiência somente em pesquisa, além da

docência (15,79%). Quatro professores atuam ou já atuaram como gerentes na área

de TI (21,05%). Três professores são diretores de empresas de TI (15,79%). Seis

professores (31,58%) trabalharam ou trabalham como consultores na área de TI.

Algumas das consultorias realizadas pelos professores referem-se à prestação de

serviços através da UNIVALI.

Além disto, oito professores (42,10%) atuam como professores em cursos de Pós-

Graduação; e seis (31,58%) ministram aula no programa de Mestrado de Computação

Aplicada. Três (15,79%) já foram coordenadores de curso de graduação e dois são

coordenadores de curso de graduação (10,52%).

Somente o professor da disciplina optativa – Libras – possui experiência exclusiva no

Magistério.

Esta experiência fora da docência colabora para melhorar a qualidade do ensino, pois

os professores trazem suas experiências para dentro da sala de aula, fazendo com

que os alunos tenham uma visão mais realista do mercado de trabalho.

2.10 Experiência no exercício da docência na Educação básica

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

2.11 Experiência de magistério superior do corpo docente

Verifica-se que o tempo médio de experiência no magistério superior dos professores

do curso é de 12,63 anos (considerando os dados referentes à coordenadora de

curso).

Percebe-se ainda que, dos 19 professores do curso, 26,32% (5 professores) têm mais

de 20 anos de experiência no magistério superior. Entre 10 e 20 anos de experiência

30

no magistério superior tem-se 6 professores (31,58 %). Oito professores (42,1%) têm

menos de 10 anos de experiência

Os números mostram que o corpo docente é composto de professores com muita

experiência no magistério superior e um grupo iniciante. Isto é salutar, pois o grupo

aprende com a experiência de cada um dos grupos e isto reflete no desempenho dos

professores em sala de aula.

2.12 Relação entre o número de docentes e o número de vagas

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

2.13 Funcionamento do colegiado do curso ou equivalente –

De acordo com o Regimento Geral da UNIVALI, em seu Capítulo VIII, Seção I, o

Colegiado do Curso é órgão consultivo em matéria de ensino, pesquisa, extensão e

cultura, sendo composto pelo coordenador do curso, quatro docentes escolhidos por

seus pares, e dois acadêmicos também escolhidos por seus pares.

O Colegiado funciona como núcleo complementar de tomada das decisões peculiares

ao curso, procurando estabelecer as metas e as estratégias condizentes com a

realidade circundante. Sendo assim, conforme Art. 62, Seção I, Capítulo VIII do

Regimento Geral da UNIVALI, compete ao Colegiado entre outras ações: participar

ativamente da administração acadêmica do curso; auxiliar no planejamento,

acompanhamento e avaliação do PPC; zelar pelo fiel cumprimento dos dispositivos

estatutários, regimentais e demais regulamentos e normas da UNIVALI; e,

acompanhar, avaliar e deliberar sobre alterações curriculares.

O Colegiado do Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José, tem

sua composição renovada da seguinte forma: a cada 2 anos para os representantes

dos professores e a cada um ano para os representantes dos alunos. Compõem o

Colegiado do Curso de Ciência da Computação a coordenadora do curso, quatro

professores eleitos pelos pares e dois alunos indicados pelos discentes. O Colegiado

atual do curso está regulamento pela Determinação 006/CTTMar/2015.

O Colegiado do Curso, geralmente se reúne uma vez a cada semestre, porém em

caso de necessidades emergenciais, o mesmo é convocado pela coordenação. Entre

os temas pautados nas reuniões estão as alterações das ementas das disciplinas,

avaliação dos projetos de Cursos de Especialização vinculados ao curso de Ciência da

Computação, Campus Kobrasol – São José, casos de recursos de alunos em relação

a processos, entre outros assuntos normalmente oriundos da administração superior.

31

Na estruturação do PPC, o Colegiado e os professores do NDE atuam junto à

coordenação do curso, discutindo e avaliando o documento a ser submetido à Vice-

Reitoria de Graduação. Após o retorno da avaliação do PPC, o Colegiado junto com os

demais membros do NDE faz uma reanálise e socializa o documento junto ao corpo

docente e discente.

2.14 Produção científica, cultural, artística e tecnológica

A UNIVALI adotou os indicadores do CNPq/Lattes como um dos critérios de sua

política de avaliação de desempenho do corpo docente. Assim, os docentes são

aconselhados a manter atualizados seus currículos junto ao Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Também possui um Sistema de Avaliação da Produção Institucional – SAPI, baseado

nos dados da Plataforma Lattes, considerando, para fins de pontuação, somente as

produções comprovadas junto à Instituição.

A produção científica dos docentes do curso de Ciência da Computação, Campus

Kobrasol – São José, foi satisfatória no período de 2013 a 2016 (setembro). Do total

de 19 professores, 14 apresentaram ao menos uma produção científica,

representando 73,68% do corpo docente do curso. Destes docentes, 5 (35,71%)

apresentaram mais de 20 produções de 2013 a setembro de 2016; 5 professores

(35,71%) apresentaram de 10 a 20 produções no referido período e 4 professores

apresentaram menos de cinco publicações (28,58%). Foram consideradas produções

neste caso: artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais; livros e

capítulos de livro; trabalhos completos ou resumos publicados em anais de evento,

projetos técnicos, artísticos e culturais e produção didático/pedagógica.

A produção docente do curso de 2013 a setembro de 2016 resultou em: 23 artigos

publicados em periódicos da área; 11 artigos publicados em periódicos de outras

áreas; 12 capítulos de livro da área; 8 capítulos de livro de outras áreas; 95 artigos

completos publicados em anais de eventos; 43 resumos publicados em anais de

congressos; 1 propriedade intelectual depositada; 3 propriedades intelectuais

registradas; 83 projetos/produção técnica; e 3 produções pedagógicas.

Destaca-se também que um dos professores do curso é Bolsistas de Produtividade do

CNPq.

2.15 Titulação e formação do corpo de tutores do curso

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

32

2.16 Experiência do corpo de tutores em educação a distância

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

2.17 Relação docentes e tutores – presenciais e a distância – por estudante

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

2.18 Responsabilidade docente pela supervisão da assistência médica

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

2.19 Responsabilidade docente pela supervisão da assistência odontológica

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

2.20 Núcleo de apoio pedagógico e experiência docente

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3 INFRAESTRUTURA

3.1 Gabinetes de trabalho para professores Tempo Integral

Os docentes com tempo integral no curso de Ciência da Computação, Campus

Kobrasol – São José, estão envolvidos com pesquisa e/ou extensão, sendo assim, os

mesmos ocupam distintos espaços dentro do campus, conforme a atividade.

Os professores com maior carga horária em pesquisa ocupam o laboratório de

pesquisa 4Vision, juntamente com seus bolsistas. Este laboratório fica no piso térreo.

Para atividades de orientação de trabalhos de conclusão de curso e outros

atendimentos discentes, os professores do curso utilizam uma sala no piso superior.

O campus Kobrasol – São José também possui uma sala específica para atividades

de gestão dos projetos de extensão, visto que os mesmos não são executados

necessariamente dentro das dependências do campus. A sala é compartilhada por

todos os projetos de extensão do campus.

33

Para atividades práticas relacionadas as disciplinas Circuitos Digitais, Arquitetura de

Computadores e Sistemas Operacionais, o curso dispõe do Laboratório de Sistemas

de Computação. E para as aulas práticas de Redes de Computadores e Sistemas

Distribuídos, os professores utilizam o Laboratório de Redes de Computadores. Os

professores que ministram estas disciplinas, ocupam no período da tarde estes

laboratórios para preparação de suas aulas.

Para uso dos professores horistas, vinculados particularmente ao ensino, há uma sala

de professores no piso superior.

Todos os espaços do campus dispõem de sistema de internet sem fio, facilitador do

planejamento e da execução de atividades docentes.

3.2 Espaço de trabalho para a coordenação do curso e serviços acadêmicos

O espaço de trabalho destinado às atividades da coordenação está localizado no piso

superior, setor 1, sala 1305 e conta com uma área de 97 m². A sala é subdividida em

seis compartimentos individuais e uma recepção com quatro estações de trabalho.

Destas seis salas, uma é utilizada pela coordenação do Curso de Ciência da

Computação, uma pela coordenação dos cursos de Administração e Tecnólogo em

Gestão de Recursos Humanos, uma pelo Apoio Pedagógico, outra pelo setor de

marketing e outra pela coordenação de extensão do campus. O espaço ainda conta

com seis computadores e uma impressora a laser.

No que se refere ao atendimento ao discente, no Campus Kobrasol – São José a

Secretaria Acadêmica localiza-se no piso superior, setor um, em sala com área de

52,29 m2 equipada com cinco computadores e uma impressora multifuncional. O

ambiente possui cinco estações de atendimento direto ao aluno e três longarinas com

três cadeiras cada. O corpo funcional é composto de quatro funcionárias que atendem

professores e alunos das 7h30min às 22h.

3.3 Sala de Professores

A sala dos professores, localizada no piso superior, setor 1, sala 1303, possui 56,82

m2 e está equipada com um computador, um televisor, uma bancada para notebooks,

impressora, mesas com cadeiras para reuniões e confortáveis poltronas, além de

disponibilizar internet sem fio para que os professores utilizem notebooks.

3.4 Sala de aula

À disposição do Curso de Ciência da Computação encontram-se dois laboratórios de

para aulas práticas específicas (1110 – Laboratório de Sistemas de Computação e

1203 – Laboratório de Redes de Computadores), uma sala mista (1202), dois

34

laboratórios para aulas de programação (1107 e 1306), um laboratório de pesquisa e

algumas salas de aula.

O laboratório de informática, localizado na sala 1107, piso térreo - setor 1, tem 51,72

m2, com capacidade para 40 alunos e está equipado com 30 computadores Intel Core

I5 - 3330 3.00 GHz; com 4 Gb de memória RAM, sistema operacional Windows 64 bits

e placa de wireless. Além disto, a sala disponibiliza bancadas para uso de notebooks.

O laboratório de informática, localizado na sala 1306, piso superior – setor 1, tem

51,72 m2, com capacidade para 40 alunos e está equipado com 30 computadores Intel

Core I5 - 3330 3.00 GHz; com 4 Gb de memória RAM, sistema operacional Windows

64 bits e placa de wireless.

A sala mista (1202) pode ser usada para aulas práticas e/ou teóricas. Ela está

localizada no piso intermediário - setor 1 com 42 m2 e capacidade para 25 alunos. É

equipada com 15 computadores Intel Core I5 - 3330 3.00 GHz; com 4 Gb de memória

RAM, sistema operacional Windows 64 bits e placa de wireless.

O laboratório de Sistemas de Computação fica no piso térreo, setor 1 (sala 1110),

possui 51,72 m2 e tem capacidade para 40 alunos, sendo equipado com 15

computadores Intel Core I5 - 3330 3.00 GHz; com 4 Gb de memória RAM, sistema

operacional Windows 64 bits e placa de wireless, além de bancadas para notebook.

Este laboratório é direcionado para as aulas práticas das disciplinas Circuitos Digitais,

Arquitetura de Computadores e Sistemas Operacionais. O laboratório ainda dispõe de

equipamentos específicos para as aulas práticas, tais como: 4 Kits FPGA Altera DE1-

SoC; 1 Kit FPGA Altera DE2; 8 Kits de desenvolvimento e gravação AVR.

O laboratório de Redes de Computadores fica no piso intermediário, setor 1 (sala

1203) com 42 m2 e capacidade para 25 alunos. É equipado com 15 computadores Intel

Core I5 - 3330 3.00 GHz; com 4 Gb de memória RAM, sistema operacional Windows

64 bits e placa de wireless, além de bancadas para notebook. Este laboratório é

direcionado para as aulas práticas de Sistemas Distribuídos e Redes de

Computadores. O laboratório ainda dispõe de 20 switches Ethernet gerenciáveis, 1

estação de rádio e 04 estações remotas. Além disto o laboratório conta com placas

Beaglebone e Raspberry que são compartilhadas, quando necessário, com o

laboratório de Sistemas de Computação.

O laboratório de pesquisa 4Vision fica localizado no piso térreo e serve de apoio para

aulas das disciplinas de Processamento Digital de Imagens e Computação Gráfica. A

estrutura do laboratório conta com 4 PC’s HP i5 com 8 GBRAM, 2NotebooksHPi3com

4GB RAM, 1 PC Dell DualCore com 4 GBRAM,1 iMaci5 com 8 GBRAM, 3 PC’s

DualCore, 1 Servidor de GPUX e um ES com 8 GBRAM, 1 Servidor de Dados Xeon

35

ES com 32 GBRam, 2 Servidores de processamento com dois processadores (cada)

Xeon E5 de 8 núcleos,com 3.6 TB de HD SAS (cada) e 32 GB de RAM (cada). Mais

um servidor Storage Fibre Channel.

As salas de aula estão localizadas no setor 2 (2108 e 2109), ambas com capacidade

para 42 alunos, sendo que a 2106 tem 47,48 m2 e a 2109 tem 52,71 m2.

Além das salas de aula, sala mista, laboratórios de informática e laboratório de

pesquisa, os alunos contam com um auditório de 300 m2, localizado no Setor 2, com

capacidade para 280 pessoas, para ser usado em eventos ou em palestras do

interesse de mais de uma turma do curso.

As salas de aula utilizadas pelo curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol –

São José, estão aptas para acomodar confortavelmente os alunos. São climatizadas e

equipadas com projetor multimídia e quadro branco.

Para alocação das turmas, considera-se o número de alunos matriculados, os

recursos necessários às atividades acadêmicas e às necessidades especiais de

alunos e professores.

Para garantir a manutenção, conservação e limpeza, o Campus conta com uma

equipe que trabalha nos períodos matutino, vespertino e noturno.

3.5 Acesso dos alunos a equipamentos de informática

Os laboratórios de informática do Campus Kobrasol – São José estão localizados nos

pisos intermediário e superior no setor 1.

Os três laboratórios estão equipados com 70 computadores contratados por leasing

que permite a troca periódica do equipamento, impedindo que fique obsoleto.

Todos os softwares destinados à prática pedagógica estão instalados e recebem

manutenção periódica do setor institucional de tecnologia da informação.

O acesso à internet é de banda larga e os usuários devem respeitar a política de

utilização da UNIVALI. Os laboratórios de informática estão equipados com

computadores com processador Intel Core I5 3330 3.00 GHz; com 4Gb de RAM e

sistema operacional Windows de 64 bits.

Todos os laboratórios, assim como todas as salas de aula do Campus Kobrasol – São

José, têm acesso à rede wireless.

As impressoras utilizadas pelos alunos ficam localizadas na recepção do campus, um

espaço com 23 m² onde estão instalados uma estação de trabalho com computador,

uma impressora a laser, uma impressora multifuncional e seis poltronas. Duas

36

funcionárias atendem os alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno e são

responsáveis pelos serviços de fotocópias e impressões.

3.6 Bibliografia básica

A bibliografia básica está registrada nos planos de ensino e respeita os critérios

estabelecidos no instrumento de avaliação dos cursos de graduação. Semestralmente,

os planos de ensino online são elaborados pelos docentes, validados pelo

coordenador e revisados pelo professor responsável pelo apoio pedagógico. Os

planos são disponibilizados na intranet durante todo o semestre letivo.

Para manter atualizado o acervo de livros, periódicos e multimeios, a Gerência de

Ensino e Avaliação orienta o corpo docente a incluir os títulos referentes à bibliografia

básica nos planos de ensino. Esta informação é a base para a aquisição de novos

títulos para o acervo das bibliotecas.

A Instituição mantém o Sistema Integrado de Bibliotecas da UNIVALI – SIBIUN. Trata-

se de um modelo composto por várias bibliotecas. Em Itajaí, estão localizadas a

Central Comunitária e duas setoriais: Setorial do Centro de Ciências da Saúde e

Setorial de Odontologia. Além dessas três, há uma em cada campus da Instituição:

Balneário Piçarras, Balneário Camboriú, Tijucas, Jardim Carandaí Biguaçu, Centro

Biguaçu, Sertão do Maruim – São José, Kobrasol – São José, e Florianópolis.

O SIBIUN tem a preocupação de proporcionar maior cooperação entre as suas

bibliotecas via Serviço de Empréstimos Interbibliotecas – SEIB, unindo competências e

recursos a fim de prestar serviços de qualidade com apoio a ensino, pesquisa e

extensão e facilitando a busca e a recuperação da informação.

Dentre as possibilidades de consulta online disponibilizadas pelas bibliotecas, destaca-

se o Sistema Pergamum, que permite acesso imediato às informações desejadas, no

qual está armazenado o vasto acervo de livros, periódicos, multimeios, literatura

cinzenta; incluindo a indexação de artigos das principais revistas adquiridas pelas

bibliotecas da UNIVALI nas diversas áreas do conhecimento.

É possível promover a circulação de materiais e o acesso ao acervo digital de cada

obra na íntegra, caso esteja em formato eletrônico. A consulta, a reserva e a

renovação de obras podem ser feitas nas próprias bibliotecas ou pela internet e a

devolução, em qualquer biblioteca da UNIVALI. Somada a essa variedade de

informação, o SIBIUN possui uma biblioteca virtual com diversos links para outras

fontes e bases de dados disponíveis na internet, com acesso livre ou restrito. São elas:

Wilson, Micromedex, Springer-Medicine, Business Source Premier, Hospitality &

Tourism.

37

A lista das bibliografias básicas de cada unidade curricular está disponível no item

Conteúdos Curriculares juntamente com o ementário.

3.7 Bibliografia complementar

A bibliografia complementar registrada nos planos de ensino respeita os critérios

estabelecidos no instrumento de avaliação dos cursos de graduação. Semestralmente,

os planos de ensino online são elaborados pelos docentes, validados pelo

coordenador e revisados pelo professor responsável pelo apoio pedagógico. Os

planos são disponibilizados na intranet durante todo o semestre letivo.

Para manter atualizado o acervo de livros, periódicos e multimeios, a Gerência de

Ensino e Avaliação orienta o corpo docente a incluir os títulos referentes à bibliografia

complementar nos planos de ensino. Esta informação é a base para a aquisição de

novos títulos para o acervo das bibliotecas.

O gerenciamento dessa bibliografia ocorre pelo mesmo Sistema Integrado de

Bibliotecas (SIBIUN), cujo acervo e acesso é operacionalizado pelo Sistema

Pergamum.

Além de todas as possibilidades, descritas no item Bibliografia Básica, há o acesso ao

acervo de outras bibliotecas por meio de sistemas de intercâmbio bibliográfico, que

permitem ao usuário dispor de publicações não constantes do acervo da UNIVALI, via

convênios com: Câmara Setorial de Bibliotecas da ACAFE, Centro Latino Americano e

do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – BIREME, Instituto Brasileiro de

Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT/COMUT, Rede Brasileira de Bibliotecas

da Área de Psicologia ReBAP, Rede de Apoio à Educação Médica – RAEM, Rede

Pergamum, Rede de Bibliotecas da Área de Engenharia – REBAE, Rede de

Informação em Comunicação dos Países de Língua Portuguesa – PORTCOM, Rede

Virtual de Bibliotecas – Senado Nacional – RVBI.

3.8 Periódicos especializados

O Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBIUN) adota uma Política de Formação e

Desenvolvimento de Coleções cujos subsídios orientam a tomada de decisão quanto à

seleção, aquisição e avaliação do acervo em seus diversos suportes, espaço físico,

áreas de interesse, categorização da clientela e manutenção preventiva da coleção

adquirida.

A Política de Formação e Desenvolvimento de Coleções é analisada anualmente para

possíveis atualizações. O resultado da análise orienta o SIBIUN no desenvolvimento

de seu acervo, para que este seja compatível com as necessidades informacionais

dos usuários e com a utilização racional da coleção, tendo como objetivos: apresentar

38

prioridades para aquisição; estabelecer critérios de seleção, critérios para evitar a

duplicação de títulos de periódicos e critérios de recebimento de doações;

proporcionar o crescimento racional do acervo; identificar os materiais e suportes de

informação adequados à formação do acervo; definir diretrizes para avaliação da

coleção; determinar princípios de descarte de material; assegurar a manutenção de

medidas preventivas de conservação.

Havia 243 títulos de periódicos com assinaturas ativas no período de janeiro a

julho/2015 nas bibliotecas da UNIVALI, com um total de 35.084 exemplares.

A UNIVALI é uma das integrantes da rede da Comunidade Acadêmica Federada

(CAFe), na qual a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior) disponibiliza acesso remoto ao portal de periódicos para professores,

pesquisadores, alunos de pós-graduação, graduação e funcionários da Instituição.

Internamente, nos campi da UNIVALI, o acesso ao Portal da CAPES é realizado por

faixa de IP. A UNIVALI também assina bases de dados da EBSCO em que se

encontram artigos indexados para as áreas de Administração, Turismo e Hotelaria,

como também a base Wilson, com áreas multidisciplinares.

As bibliotecas da UNIVALI realizam a indexação de artigos de periódicos científicos.

Atualmente, são mais de 43 mil artigos indexados ao banco de dados do Sistema

Pergamum.

3.9 Laboratórios didáticos especializados: quantidade

O Curso de Ciência da Computação possui dois laboratórios didáticos especializados:

Laboratório de Redes de Computadores (para as disciplinas de Redes de

Computadores e Sistemas Distribuídos) e Laboratório de Sistemas de Computação

(para as disciplinas de Arquitetura de Computadores, Circuitos Digitais, Sistemas

Operacionais); além de um laboratório de Pesquisa que dá suporte as disciplinas de

Processamento de Imagens e Computação Gráfica.

3.10 Laboratórios didáticos especializados: qualidade

O laboratório de Sistemas de Computação é equipado com 15 computadores Intel

Core I5 - 3330 3.00 GHz; com 4 Gb de memória RAM, sistema operacional Windows

64 bits e placa de wireless, além de bancadas para notebook. O laboratório ainda

dispõe de equipamentos específicos para as aulas práticas, tais como: 4 Kits FPGA

Altera DE1-SoC; 1 Kit FPGA Altera DE2; 8 Kits de desenvolvimento e gravação AVR.

O laboratório de Redes de Computadores é equipado com 15 computadores Intel Core

I5 - 3330 3.00 GHz; com 4 Gb de memória RAM, sistema operacional Windows 64 bits

e placa de wireless, além de bancadas para notebook. O laboratório ainda dispõe de

39

20 switches Ethernet gerenciáveis, 1 estação de rádio e 04 estações remotas. Além

disto o laboratório conta com placas Beaglebone e Raspberry que são compartilhadas,

quando necessário, com o laboratório de Sistemas de Computação.

O laboratório de pesquisa 4Vision conta com 4 PC’s HP i5 com 8 GBRAM,

2NotebooksHPi3com 4GB RAM, 1 PC Dell DualCore com 4 GBRAM,1 iMaci5 com 8

GBRAM, 3 PC’s DualCore, 1 Servidor de GPUX e um ES com 8 GBRAM, 1 Servidor

de Dados Xeon ES com 32 GBRam, 2 Servidores de processamento com dois

processadores (cada) Xeon E5 de 8 núcleos,com 3.6 TB de HD SAS (cada) e 32 GB

de RAM (cada). Mais um servidor Storage Fibre Channel.

3.11 Laboratórios didáticos especializados: serviços

O Lab 4Vision é um laboratório com foco em Visão Computacional criado a partir de

um convênio feito entre a UNIVALI e a Empresa Audaces, para prestação de serviços

a referida empresa. O convênio foi encerrado em 2016, porém outros trabalhos de

prestação de serviço também foram desenvolvidos no laboratório, como por exemplo

para a empresa Intelbras. Os serviços prestados neste laboratório têm foco em visão

computacional e internet das coisas.

Todas as atividades são desenvolvidas pelos professores do curso e alunos

selecionados para participarem das atividades.

3.12 Sistema de controle de produção e distribuição de material didático

(logística)

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.13 Núcleo de Práticas Jurídicas: atividades básicas

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.14 Núcleo de Práticas Jurídicas: atividades de arbitragem, negociação e

mediação

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.15 Unidades hospitalares de ensino e complexo assistencial, conveniados

40

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.16 Sistema de referência e contrareferência

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.17 Biotérios

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.18 Laboratórios de ensino para a área da saúde

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.19 Laboratórios de habilidades

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.20 Protocolos de experimentos

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação, conforme o Instrumento de

Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e à Distância, publicado pelo Inep/MEC

em 2015.

3.21 Comitê de ética em pesquisa

A apreciação ética de projetos de pesquisa é realizada por dois comitês

independentes, o Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP-UNIVALI)

e a Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA/Univali).

O Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP-UNIVALI) está

subordinado ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), vinculado à Comissão Nacional

de Ética em Pesquisa - CONEP/CNS/MS, e, portanto, respeita as características de

um órgão colegiado interdisciplinar e independente, de relevância pública, de caráter

consultivo, deliberativo e educativo, criado para defender os interesses dos

participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no

41

desenvolvimento da pesquisa de acordo com padrões éticos. A apreciação dos

protocolos de pesquisa segue as prerrogativas éticas previstas na Resolução nº 466,

de 12 de dezembro de 2012.

O CEP/UNIVALI foi instituído em 16 de abril de 1997 a fim de atender a necessidades

de pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí e também a demandas externas,

por solicitação da CONEP/CNS/MS. Teve seu registro renovado junto à

CONEP/CNS/MS, documentado por meio da CARTA CIRCULAR Nº 055/2013

CONEP/CNS/GB/MS de 23 de abril de 2013.

Na composição do CEP/UNIVALI vigente, conforme portaria de designação nº.

291/2014, de 18 de agosto de 2014, contam-se 48 membros, entre titulares e

suplentes. Reuniões são realizadas mensalmente, sendo o calendário divulgado por e-

mail, além de permanecer disponível na página da instituição (www.univali.br/etica).

Desde a sua criação, o CEP/UNIVALI dispõe de regulamento interno próprio. A última

atualização se deu em 2012. Atualmente, a tramitação ocorre por meio do sistema

Plataforma Brasil, criado em 2012, o qual consiste em um portal para inserção das

pesquisas envolvendo seres humanos realizadas em todas as instituições que atuam

nessa área em Território Nacional.

Pela Plataforma, o CEP recebe o protocolo da pesquisa e o pesquisador responsável

poderá acompanhar todas as etapas da análise através de seu login.

O CEP/UNIVALI tem exercido também seu papel educativo no âmbito dos cursos. O

programa “CEP/UNIVALI vai aos Cursos” leva representantes do Comitê a participar

das disciplinas de metodologia da pesquisa ou de bioética, discutindo com os

acadêmicos aspectos relacionados ao respeito aos seres humanos envolvidos em

pesquisas.

Ressalta-se que a coordenação do CEP disponibiliza agenda para os pesquisadores

que necessitam de orientação pessoal, no sentido de acolher suas demandas e

acompanhar a submissão dos projetos.

3.22 Comitê de Ética na Utilização de Animais (CEUA)

A Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA/Univali) é um colegiado

interdisciplinar e independente, criado para zelar pelo bem-estar de animais

utilizados em pesquisa e/ou em aulas práticas, vinculado ao CONCEA (Conselho

Nacional de Controle de Experimentação Animal), cujas atribuições foram instituídas

pela Resolução Normativa nº01/2010, com base na Lei nº 11.794/2008. A comissão

também se encontra credenciada junto ao Cadastro das Instituições de Uso Científico

42

de Animais (Ciuca) que objetiva contribuir ao desenvolvimento de pesquisa científica

de acordo com normativas estabelecidas pela SBCAL (Sociedade Brasileira da

Ciência de Animais de Laboratório).

A CEUA/UNIVALI foi instalada pela Portaria nº067/2010 e regulamentada por

Regimento Geral (Resolução nº. 034/CONSUN-CaPPEC/2010), compondo-se por 19

membros (titulares/suplentes), conforme Portaria nº 332/2014, de 20/11/2014.

Localiza-se no bloco F6 no Centro de Ciências da Saúde, térreo, com expediente de

segunda a sexta das 08h às 12h e das 13h30min às 17h30min. As reuniões de análise

de projetos envolvendo animais de laboratório ocorrem mensalmente. Os projetos são

protocolados online ou no setor próprio da CEUA. Os membros apreciam e relatam os

projetos, procedendo à votação quanto ao parecer final.

Além de suas atribuições regimentais, a CEUA capacita os usuários de animais de

laboratório, oferecendo cursos semestrais.

REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS

4.1. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso

O Curso de Ciência da Computação da UNIVALI atende as recomendações das

Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Graduação e das Diretrizes

Curriculares de Cursos da Área de Computação e Informática, instituídas pelo

Ministério da Educação – MEC, bem como está em consonância com Currículo de

Referência da Sociedade Brasileira de Computação – SBC.

As DCNs estabelecem entre seus objetivos: desenvolver competências profissionais

tecnológicas, gerais e específicas, para a gestão de processos e produção de bens e

serviços, e propiciar a compreensão dos impactos sociais, econômicos e ambientais

resultantes da produção, gestão e incorporação das novas tecnologias, incentivando o

desenvolvimento da capacidade empreendedora.

Atendendo a essas recomendações, a estrutura do curso ofertado pela UNIVALI volta-

se à formação de profissionais socialmente responsáveis no desenvolvimento e

suporte de sistemas computacionais para atender às necessidades das pessoas e das

organizações em âmbito regional e nacional, seguindo padrões de qualidade e

sintonizados no estado da arte da ciência e da tecnologia. Para tal, contempla

disciplinas específicas, principalmente nas subáreas que englobam a teoria da

computação, arquitetura de computadores, sistemas operacionais, redes de

computadores, algoritmos e programação, engenharia de software e inteligência

artificial. As disciplinas, organizadas em formação básica, tecnológica, complementar e

43

humanística, contribuem com o objetivo de formar o bacharel em Ciência da

Computação com capacitação técnico-científica para atuar de modo ético nas variadas

funções profissionais da área. Ainda, o profissional estará apto a iniciar seu próprio

negócio de consultoria, desenvolvimento e suporte de sistemas computacionais, bem

como continuar os estudos em cursos de pós-graduação.

A correspondência entre esses propósitos e as orientações das DCNs se evidencia no

PPC, direcionado para proporcionar ao acadêmico a construção de conhecimentos

requeridos para identificar, analisar, projetar, implementar, implantar, avaliar e manter

sistemas computacionais eficientes e seguros, com base em metodologias e técnicas

apropriadas, seguindo preceitos éticos e científicos.

O atendimento às DCNs na composição da matriz curricular e na organização dos

conteúdos programáticos permite que o perfil do egresso no Curso de Ciência da

Computação reflita as competências e as habilidades adquiridas; demonstre a

capacidade de adequação à complexidade do mundo contemporâneo; propicie uma

visão integradora e ao mesmo tempo especializada do seu campo de trabalho e

favoreça a consciência crítica quanto ao uso do instrumental teórico e prático do seu

curso, inspirando uma atitude ética, inovadora e solidária em todas as suas ações.

As atividades práticas e as estratégias pedagógicas utilizadas possibilitam a

interdisciplinaridade ao longo do curso, culminando no desenvolvimento do Trabalho

de Conclusão de Curso, quando os alunos escolhem uma área temática baseado nos

conceitos teóricos e práticos trabalhados ao longo dos quatro anos do curso para

desenvolver seu projeto de pesquisa.

4.2. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica

Não se aplica ao Curso de Ciência da Computação

4.3. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena,

nos termos da Lei N° 9.394/96, com a redação dada pelas Leis N° 10.639/2003 e

N° 11.645/2008, e da Resolução CNE/CP N° 1/2004, fundamentada no Parecer

CNE/CP N° 3/2004.

Com a finalidade de “promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no

seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil”, conforme preconiza a

legislação vigente (BRASIL, 2004), as matrizes curriculares em vigor na UNIVALI

determinam a inclusão de conteúdos relativos à diversidade étnica brasileira, os quais

podem ser trabalhados de duas maneiras: especificamente, com ementas

especialmente formuladas para esse fim, em disciplinas optativas; ou de modo

44

transversal, com temas correlatos perpassando o conteúdo de diversas disciplinas no

decorrer de toda a formação. Esta segunda modalidade mostra-se bastante eficaz,

fazendo com que a temática deixe de estar cristalizada em um momento da trajetória

acadêmica, para se constituir como parte inerente a ela e capaz de enriquecê-la.

Seja qual for o modelo, o objetivo é comum: contribuir para que o público acadêmico

construa conhecimentos e desenvolva valores e atitudes de valorização e respeito à

diversidade. E mais: reelabore a própria identidade, percebendo-se como resultado da

miscigenação que forjou a Nação Brasileira, de modo a interagir com o que é

considerado diferente – mas não desigual.

Importa garantir “o respeito aos direitos legais [...], na busca da consolidação da

democracia brasileira” (idem, ibidem), destacar as contribuições das várias etnias à

formação sociocultural do país e reforçar o sentido de pertencimento à grande

comunidade formada por um povo que compartilha o mesmo território, a mesma

língua, o mesmo cadinho de culturas originado da mescla de povos indígenas,

africanos, europeus, asiáticos – cada qual com sua contribuição de valor inestimável à

formação do Brasil.

No caso específico o curso de Ciência da Computação – Campus Kobrasol tem

trabalhado o assunto na disciplina de Informática e Sociedade. Além das abordagens

em sala de aula, ocorrem algumas atividades em conjunto com o curso de Direito do

campus Kobrasol, a fim de debater questões relativas as minorias. Em 2016/2 por

exemplo, os cursos de Direito, Administração, e Ciência da Computação do campus

Kobrasol reuniram seus acadêmicos no auditório para discutirem, a partir de um filme

que foi exibido, algumas questões da sociedade moderna, entre elas as questões

étnico-raciais. O filme escolhido foi Crash: no limite. Questionador, Crash - No Limite,

escrito e dirigido por Paul Haggis mostra uma visão agressiva e perturbadora das

complexidades que envolvem as questões raciais na América contemporânea. Ao

mergulhar de cabeça nas confusões ideológicas nascidas no pós 11 de Setembro em

Los Angeles, este drama urbano desenha as inconstantes intersecções entre

personagens pertencentes a diferentes etnias, que lutam para superar seus medos

enquanto suas vidas se cruzam.

4.4. Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, conforme

disposto no Parecer CNE/CP Nº 8/2012, de 06/03/2012, que originou a Resolução

CNE/CP N° 1, de 30/05/2012.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 é um marco nas políticas de

convivência em sociedade. Base para as legislações posteriores – e para um sem

45

número de códigos de ética e conduta – o documento é inspirador e perpassa outros

definidores importantes, como a Declaração das Nações Unidas sobre a Educação e

Formação em Direitos Humanos (Resolução A/66/137/2011). Junto com os demais

balizadores, como a Carta Magna de 1988, o conjunto ajuda a definir a postura da

UNIVALI em relação ao tema.

Direitos Humanos são contemplados nos PPs dos cursos como reflexo do que se

registra no PDI e no PPI de uma Instituição cujo surgimento remete à luta por acesso

ao Ensino Superior. Em 1964, a entidade que daria origem à UNIVALI surgiu em Itajaí

como fruto do movimento de estudantes secundaristas e de trabalhadores portuários.

Ávidos por conquistarem mais qualidade de vida a partir da qualificação profissional,

esses grupos mobilizaram-se em torno da criação de faculdades fora da capital do

estado.

O DNA da Instituição é, portanto, determinante de sua missão, visão, valores, os quais

perfilam a UNIVALI entre as entidades comunitárias de ensino superior, gestão

colegiada e caráter filantrópico. Ou seja: voltada à ampliação e à guarda dos direitos

essenciais à qualidade de vida. Tanto que a IES congrega uma série de cursos cujas

atividades se estendem à prestação gratuita de serviços. São exemplos as

graduações em Enfermagem e Odontologia – entre outras – que prestam assistência a

populações carentes de toda a região da Foz do Vale do Itajaí.

As iniciativas de natureza filantrópica desenvolvidas pela UNIVALI ao longo de toda a

sua trajetória confirmam a vocação institucional para assumir a defesa da dignidade

humana; lutar pela igualdade de direitos; fomentar o reconhecimento e a valorização

das diferenças; defender uma educação democrática, pautada em transversalidade,

vivência, globalidade e sustentabilidade socioambiental.

No que tange ao curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José, o

curso tem trabalhado questões relativas ao acesso das pessoas com deficiência à

informação; questões de gênero e questões relativas ao bullying de diferentes formas,

a saber: quanto as questões de acessibilidade, o tema é discutido nas disciplinas de

Informática e Sociedade e Engenharia de Usabilidade (conteúdo referente a Interfaces

Especializadas) e partir disto, alunos voluntários passam a desenvolver pesquisas sob

orientação de professores do curso, sobre artefatos que possam ser desenvolvidos

e/ou aplicados em sala de aula ou no mercado de trabalho para auxiliar pessoas com

deficiências no exercício da profissão na área de TI. Quanto as questões de gênero,

em 2016 iniciou-se um estudo no curso sobre a participação de mulheres nos cursos

da área de Computação e a partir da parceria com o projeto Meninas Digitais da SBC

(Sociedade Brasileira de Computação), um calendário de atividades esta sendo

46

elaborado para ser posto em prática nos próximos semestres. Em abril de 2016 o

primeiro destes eventos ocorreu, através de um Workshop das Meninas Digitais,

realizado pela SBC a fim de sensibilizar professores e alunos sobre o tema. Quanto a

questão de bullying, os alunos do curso, sob a forma de voluntariado, participam do

Grupo de Estudos do curso de Direito do campus Kobrasol, que trata desta questão

junto a adolescentes da rede pública do município, desenvolvendo aplicativos que

possam ajudar na sensibilização de adolescentes e jovens sobre o tema. Este trabalho

é feito sob a supervisão de um professor do curso. A ideia é que em 2017 os trabalhos

voluntários relativos aos artefatos para pessoas com deficiência, e ao bullying, se

transformem em projetos de extensão do curso.

Além disto, eventos são promovidos, juntamente com grupos de estudo do Curso de

Direito que tratam dos Direitos Humanos, a fim de criar um debate interdisciplinar

sobre esta questão. Em 2016/2 foi exibido o filme FREENET?, e foi feito um debate

entre alunos e professores dos cursos de Direito e Ciência da Computação. O filme

escolhido aborda os seguintes aspectos: Quem governa a rede? Com quais interesses

e com quais consequências? Será que somos mesmo livres para acessar conteúdo?

Sua privacidade está garantida? Quais direitos humanos são desrespeitados quando a

estrutura democrática da internet é ameaçada? Quem garante o direito de todos os

cidadãos a uma conexão rápida e de baixo custo? FREENET? é um filme

documentário colaborativo sobre o futuro da liberdade na Internet. Seu objetivo é

trazer a realidade dos bastidores da internet para o centro do debate global de forma

participativa e envolvente, e através da produção e intercâmbio de conteúdo visual,

sensibilizar e trazer informações para aqueles que mais sofrem as consequências das

últimas mudanças nas políticas de internet: os usuários da rede. O documentário é

uma realização de quatro entidades brasileiras comprometidas com o debate de

liberdade e defesa de direitos na rede: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor

(Idec), Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (CTS/FGV),

Instituto Nupef e Intervozes.

4.5. Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista,

conforme disposto na Lei N° 12.764, de 27 de dezembro de 2012.

Os estudantes diagnosticados em grupos específicos, como os relacionados ao

espectro do autismo e a altas habilidades ou superdotação, contam, na UNIVALI, com

políticas que visam assegurar-lhes o acesso, a permanência, a participação efetiva e o

sucesso no ensino superior.

47

Tais políticas estão voltadas à inclusão social e educacional e buscam ampliar as

taxas de acesso e permanência. Trata-se de iniciativas diversificadas que incluem

equipes multiprofissionais de que fazem parte pedagogos, técnicos de Educação,

profissionais de apoio pedagógico, psicólogos; prestadoras de assistência a corpo

docente e discente.

Apoiadas nas políticas educacionais do governo federal e na legislação específica

para esse fim, contribuem para a adaptação ao ambiente acadêmico, prevenindo

fatores que possam motivar a evasão mediante uma série de ações, entre as quais se

destacam: formação continuada do corpo docente (palestras e oficinas no Programa

de Formação Continuada) e do corpo técnico-administrativo visando à eliminação de

barreiras atitudinais e pedagógicas; desenvolvimento de práticas educacionais

inclusivas com uso de recursos adaptados e tecnologias assistivas; assistência

personalizada ao acadêmico e aos professores que com ele convivem, a fim de reduzir

os obstáculos ao relacionamento social característicos do transtorno do espectro

autista; estabelecimento de uma aproximação com os familiares dos atendidos, de

modo a que os profissionais da Universidade entendam o contexto de onde eles se

originam e como vêm sendo tratados clinicamente fora da Instituição.

Todas as medidas adotadas visam ao estabelecimento de condições propícias ao bem

estar do estudante autista, ajudando-o a adaptar-se e evitando sua evasão.

Essas equipes estão concentradas no Núcleo de Acessibilidade da UNIVALI – NAU -

que atende a todos os cursos e responde pela organização de ações garantidoras da

inclusão à vida acadêmica, por meio da redução ou eliminação de barreiras

pedagógicas, arquitetônicas e da comunicação e informação. Desde os anos 90, a

UNIVALI disponibiliza esse tipo de serviço ao discente, inicialmente por meio da

implantação do Setor de Orientação e Assistência ao Educando (SOAE). Nos anos

2000, fez avançar essa política com a implantação do Programa de Atenção a

Discentes, Egressos e Funcionários – PADEF para acolhimento em forma de apoio

psicopedagógico às áreas auditiva e visual. Incluiu-se nesse programa uma

brinquedoteca para filhos de acadêmicos e de colaboradores matriculados em cursos

noturnos ou em atividade no período.

Considerando-se a constante atualização da legislação, os processos de regulação,

avaliação e supervisão da educação superior, implantados pela Lei nº 10.861/04, que

instituiu o SINAES, o Decreto 5773/06, a Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro

de 2007, republicada em 29 de dezembro de 2012 e a Lei n.º 13.005, de 25 de junho

de 2014, que aprovou o PNE, em 2014 tomaram-se medidas para implantação do

Núcleo de Acessibilidade da UNIVALI – NAU, em substituição ao PADEF.

48

O NAU tem entre seus objetivos aprimorar os serviços antes realizados pelo PADEF

junto aos alunos da UNIVALI, acompanhando-os em sua trajetória de aprendizagem

no ambiente acadêmico e profissional. Integrante da estrutura da Gerência de Ensino

e Avaliação, o Núcleo organiza-se em três subdivisões: uma, de atendimento e apoio à

acessibilidade, outra, intelectual; e uma terceira, sensorial. A primeira, de acolhimento

inicial, está encarregada de fazer a triagem para posterior atendimento pelos demais

setores.

No curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José, há um interesse

dos professores em buscar conhecer melhor as questões referentes a pessoas com

algum tipo de deficiência. Em relação a isto, desde 2014 os professores vêm

participando de Oficinas no programa de Formação Continuada Docente que abordam

este tema e em 2016/1 ocorreu um Workshop de Tecnologias Assistivas no curso,

onde participaram os professores, a equipe do NAU e um representante do Núcleo de

Acessibilidade do Instituto Federal Fluminense que veio compartilhar suas

experiências. Além disto, alunos em serviço voluntário, trabalham na concepção de

melhores formas de incluir estas pessoas no ambiente universitário.

4.6. Titulação do corpo docente (art. 66 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de

1996)

No Curso de Ciência da Computação atuam 19 professores, dos quais 18 com

qualificação em programas stricto sensu, um percentual de 80%, atendendo, assim ao

artigo 66 da LDB, segundo o qual “A preparação para o exercício do magistério

superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de

mestrado e doutorado”. São 01 (um) especialista, 09 (nove) mestres e 09 (nove)

doutores.

4.7. Núcleo Docente Estruturante (NDE) (Resolução CONAES Nº 1, de 17/06/2010)

O NDE foi disposto pela Resolução nº 01/CONAES/10, constituído na Universidade

através da Resolução nº 023/CONSUN-CaEn/12. De acordo com o Artigo 7º desta

Resolução, é de competência do Núcleo Docente Estruturante (NDE): formular,

implementar e desenvolver o Projeto Pedagógico do Curso – PPC, definindo sua

concepção, fundamentos e estratégias de execução, contribuindo para a consolidação

do perfil profissional do egresso; participar na atualização periódica do PPC; participar

nos trabalhos de reestruturação curricular para aprovação nos órgãos competentes,

zelando pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais; auxiliar na

supervisão dos processos de avaliação do curso e na análise dos seus resultados;

contribuir para a promoção da integração horizontal e vertical do curso, respeitando os

eixos/núcleos estabelecidos pelo PPC; participar na organização de estratégias de

49

interação com estudantes egressos e entidades de classe, na busca de subsídios à

avaliação permanente do curso; contribuir para a articulação das atividades de ensino,

pesquisa e extensão do curso; desenvolver atividades de pesquisa e/ou extensão, por

meio de projetos de âmbito interno e externo; contribuir para a produção científica do

Curso e representá-lo em Organizações e/ou Conselhos Profissionais.

O NDE do Curso de Ciência da Computação é constituído por seis professores. Sendo

04 doutores e 02 mestres, os quais estão diretamente envolvidos nas atividades de

pesquisa, extensão e orientação no curso. Os componentes do NDE são: a

coordenadora do curso, professora Anita Maria da Rocha Fernandes, e pelos

professores Alessandro Mueller, Fernanda dos Santos Cunha, Eros Comunello,

Marcello Thiry e Raimundo Teive.

A atuação do NDE é voltada principalmente às discussões de planejamento e análise

de dados históricos visando compreender as movimentações que acontecem no curso

e que possam subsidiar ações e planejamentos de melhoria.

4.8. Denominação dos Cursos Superiores de Tecnologia

Não se aplica ao curso de Ciência da Computação

4.9. Carga horária mínima, em horas – para Cursos Superiores de Tecnologia

Não se aplica ao curso de Ciência da Computação

4.10. Carga horária mínima, em horas – para Bacharelados e Licenciaturas

A matriz curricular do Curso de Ciência da Computação possui 3.030 horas,

atendendo a Resolução n° 2, de 18 de Junho de 2007 do MEC, que estabelece a

carga horária mínima de 3.000 horas para os cursos de bacharelado da área de

Computação e Informática.

4.11. Tempo de integralização

O prazo regular e recomendado para cumprimento da matriz curricular é de 08

semestres (04 anos), respeitando a distribuição da matriz curricular. O prazo máximo

para integralização é o dobro do previsto na matriz, conforme disposto na Resolução

nº 024/CONSUN/2015 (Art. 77 do Regimento Geral da UNIVALI).

4.12. Condições de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade

reduzida, conforme disposto na CF/88, Art. 205, 206 e 208, na NBR 9050/2004, da

ABNT, na Lei N° 10.098/2000, nos Decretos N° 5.296/2004, N° 6.949/2009, N°

7.611/2011 e na Portaria N° 3.284/2003.

A Política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, publicada em

2008, considera que o acesso a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis

50

pressupõe a adoção de medidas de apoio específicas para garantir as condições de

acessibilidade, necessárias à plena participação e autonomia dos estudantes com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, em ambientes

que maximizem seu desenvolvimento acadêmico e social (BRASIL, 2008).

Em atenção aos requisitos legais de acessibilidade e à Política de Educação Inclusiva,

em 2014, a UNIVALI implantou o Núcleo de Acessibilidade - NAU, o qual responde

pela organização de ações institucionais que garantam a inclusão desse público alvo à

vida acadêmica, por meio da redução ou eliminação de barreiras pedagógicas,

arquitetônicas e da comunicação e informação.

Programas ou projetos com esse propósito, todavia, são anteriores à divulgação da

política em questão. Desde a década de 1990, a instituição vem tomando iniciativas

que visam atender às necessidades de ordem pedagógica, psicológica ou social da

comunidade acadêmica por meio do então denominado SOAE (Setor de Orientação e

Assistência ao Educando), organizado junto aos Centros e ao Núcleo de Educação.

Na década de 2000, com uma visão mais abrangente de inclusão e com o objetivo de

melhorar e aperfeiçoar o atendimento a todos os estudantes, implantou-se o Programa

de Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários – PADEF, com cinco

subprogramas: Nivelamento da aprendizagem nas áreas de Exatas e de Língua

Portuguesa, Apoio Psicopedagógico a Pessoas com Necessidades Especiais,

Acompanhamento Psicopedagógico, Portal do Egresso e Bolsa de Oportunidades. Em

2008, a partir da divulgação da Política Nacional de Educação Inclusiva, o PADEF foi

reestruturado, com seu foco direcionado ao atendimento dos estudantes com

necessidades especiais. Os demais subprogramas foram redistribuídos para outros

setores: o nivelamento coube aos cursos de graduação e o portal de egressos à

Assessoria de Comunicação e Marketing Institucional.

Em 2014, o PADEF passou a denominar-se Núcleo de Acessibilidade – NAU,

atendendo aos critérios requeridos pela legislação em vigor em relação às adequadas

condições de acessibilidade para estudantes com Deficiência, Transtornos Globais do

Desenvolvimento e Altas Habilidades.

Em face dos requisitos legais, o NAU da UNIVALI está organizado para garantir o

atendimento educacional especializado nas seguintes áreas com os respectivos

objetivos:

- Área de atendimento e apoio à acessibilidade: as ações nesta área visam a

identificar, imediatamente após a matrícula, as necessidades dos usuários para

posterior encaminhamento aos setores de apoio, notadamente as que se referem a

51

necessidades de adaptação de espaço físico, mobiliário e equipamentos, tal como a

oferta de tecnologias assistivas.

- Área intelectual: estruturada com ações que buscam orientar os estudantes nas

dificuldades que afetam o ensino e a aprendizagem, promovendo condições de

acessibilidade e permanência destes nos colégios e cursos da graduação. Abrange a

oferta de: a) atendimento psicopedagógico; b) atendimento psicológico e c)

nivelamento a estudantes em geral, e em especial àqueles com deficiências,

transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades, dos cursos de graduação

e dos colégios de aplicação. Os profissionais – Técnicos de Educação ou Professores

Responsáveis pelos Apoios Pedagógicos dos Centros de Ciência – que realizam o

atendimento nessa área têm formação de nível superior, preferencialmente em

Pedagogia ou Licenciaturas, ou ainda, formação em áreas de atuação dos centros.

- Área sensorial: tem por objetivo proporcionar apoio pedagógico e recursos adaptados

aos estudantes com deficiência visual – cegos e com baixa visão – matriculados nos

colégios de aplicação e nos cursos de graduação. O objetivo é proporcionar apoio

pedagógico e recursos destinados a esse público, por meio da produção de material

adaptado, como livros didáticos em Braille, material ampliado e digitalizado

(impressora Braille, máquina Pérkins, scanner; programas: Monet, Jaws; instrumentos:

Soroban). A equipe da área visual é formada por uma pedagoga, uma psicóloga e um

acadêmico de Pedagogia. Os atendimentos se realizam no Bloco F5, campus Itajaí.

- Área auditiva: desenvolve ações de apoio aos alunos surdos, mediante presença e

acompanhamento de tradutor e intérpretes de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais)

em sala de aula, nos cursos de graduação e no Colégio de Aplicação. A área também

busca assistir esses estudantes no que se refere à reabilitação fonológica no Setor de

Atendimento à Pessoa Surda - SAPS, no contraturno escolar. A equipe contratada

para oferta do Atendimento Educacional Especializado na área auditiva é integrada

por uma Fonoaudióloga, mestre em Distúrbios da Comunicação, e intérpretes de

LIBRAS.

Ressalta-se, ainda, a oferta obrigatória da disciplina de Libras nos cursos de

Licenciatura e Fonoaudiologia e como disciplina optativa em todos os currículos dos

cursos de graduação. De acordo com o Decreto nº 5.626 (BRASIL, 2005), a disciplina

de Libras deve ser inserida como obrigatória nos currículos dos cursos de formação de

professores e de Fonoaudiologia e como optativa nos demais cursos. Essa

recomendação busca a inclusão de alunos surdos, garantindo Libras como forma de

comunicação e expressão, amparada pela Lei nº 10.436 (BRASIL, 2002).

52

Adicionalmente, mas não menos importante, a Instituição tem organizado algumas

ações de garantia de acessibilidade. Entre elas citam-se: adequação arquitetônica ou

estrutural do espaço físico; adequação de sanitários, alargamento de portas e vias de

acesso, construção de rampas, instalação de corrimão e colocação de sinalização tátil

e visual; aquisição de mobiliário acessível, cadeira de rodas e demais recursos de

tecnologia assistiva; formação continuada do corpo docente e do corpo técnico-

administrativo visando à eliminação de barreiras atitudinais e pedagógicas, ao

desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas com uso dos recursos adaptados

e tecnologias assistivas, assim como da Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros

códigos e linguagens.

Em síntese, a administração superior da UNIVALI e seu grupo gestor vêm investindo

em planejamento e implementação das metas de acessibilidade preconizadas pela

legislação em vigor, bem como no monitoramento das matrículas dos estudantes com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, para provimento das condições de pleno acesso, permanência e

participação de todos na vida acadêmica.

O Curso de Ciência da Computação, integrante da Universidade do Vale do Itajaí,

vale-se de todos esses programas e ações institucionais, cumprindo assim os

requisitos legais no que diz respeito a condições de acessibilidade para pessoas com

deficiência ou mobilidade reduzida.

4.13. Disciplina de Libras

A disciplina de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais é ofertada como disciplina

optativa com 60 horas, podendo ser cursada entre o 1º e 8º período da matriz do

Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José. O aluno interessado

em cursar deve seguir as normas para a matrícula como outra disciplina qualquer do

curso.

4.14. Não se aplica - EAD

Não se aplica do curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José

4.15. Informações acadêmicas

A UNIVALI adota uma política de atendimento ao discente que se baseia na

comunicação sistemática e contínua com a comunidade acadêmica. Ciente da

relevância de canais eficientes de comunicação oferece informação impressa, na

internet e na intranet. No portal do aluno, na intranet, o acadêmico acessa informações

acadêmicas, financeiras e serviços da Biblioteca, faz solicitações e processos como a

53

matrícula online, tem endereço de correio eletrônico individual e o programa Software

Legal, que viabiliza obtenção gratuita de licenças de softwares. Existe acesso à rede

sem fio em todas as áreas da Instituição. A Secretaria Acadêmica fornece informação

e controla a documentação discente, que é arquivada em pastas individuais. Toda esta

interação digital está disponibilizada para os alunos através de dois aplicativos mobile

criados pela instituição para acesso às informações do portal do aluno e notas.

O fluxo de informações também se verifica por meio de folheteria (inclui catálogo de

cursos, jornais e revistas institucionais, folders e folhetos) sempre disponíveis ao

acadêmico, seja em forma impressa, seja em meio digital e atualizados

periodicamente.

Cada curso da UNIVALI dispõe de página institucional online, tanto na internet –

acessível à comunidade externa, quanto na intranet – plataforma exclusiva para os

regularmente matriculados em que cada disciplina presencial conta com um ambiente

virtual de apoio à aprendizagem denominado “Material Didático online”.

Nesses espaços e ambientes são fornecidas informações de interesse da vida

acadêmica, inclusive os relativos a bolsas de estudo e a intercâmbios internacionais.

Estes ficam sob os cuidados da Coordenadoria de Assuntos Internacionais (CoAI),

cuja missão é inserir a UNIVALI no cenário acadêmico internacional, fortalecendo a

cooperação e a interação com instituições de ensino superior estrangeiras.

O Curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José, estimula ações

neste sentido, propiciando a oferta de eventos científicos, palestras e fóruns com

profissionais e instituições nacionais e estrangeiras, socializando experiências de

docentes e acadêmicos em projetos nacionais e internacionais.

Quanto às bolsas de estudo, além das informações circulantes em meio impresso,

encontram-se disponíveis, no endereço www.univali.br/bolsas, esclarecimentos acerca

dos seguintes programas: Universidade para Todos (ProUni); Lei Orgânica dos

Municípios; Bolsa Funcionários, Professores e Dependentes; Bolsa Coral UNIVALI,

Bolsa Atleta, Bolsas de Pesquisa (Art. 170 da Constituição Estadual, ProBIC, PIBIC e

PIPG), Bolsa Estágio, Bolsa Monitoria, Bolsa Intercâmbio, Desconto Escola de Idiomas

da UNIVALI, Bolsa Egresso, Bolsa Convênio Empresa, Programa UNIVALI Mais,

Mérito Estudantil, Desconto-Família, Bolsa Ouro e Bolsa Aluno Multiplicador. Em

termos de financiamento: Programa de Financiamento Estudantil – FIES e de Apoio

Financeiro a Estudantes.

Ainda como parte da política de atenção ao discente, a Instituição mantém um Banco

de Talentos para estabelecer ligação entre acadêmicos/egressos e empresas. Desde

2007, alunos e egressos podem cadastrar seus currículos via intranet e as empresas

54

selecionar os que correspondam ao perfil desejado. O acesso ao Banco de Talentos

se dá pelo portal do aluno e pelo portal do egresso e é totalmente gratuito.

O portal do egresso (www.univali.br/egresso) serve como intermediador entre a

Universidade e o ex-aluno. Seu objetivo é manter relacionamento com informação e

oferta de serviços: notícias, oportunidades no mercado, empréstimos nas bibliotecas,

descontos nas mensalidades de pós-graduação, línguas, contato com ex-colegas.

4.16. Políticas de educação ambiental, conforme disposto na Lei N° 9.795/1999,

no Decreto N° 4.281/2002 e na Resolução CNE/CP N° 2/2012.

Considerando a Resolução CNE/CP N° 2/2012, que “Estabelece as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental”, e demais normativas da área, a

UNIVALI incorpora a seus princípios e valores educativos a dimensão ambiental,

entendendo-a como substrato sobre o qual o conhecimento emerge em suas múltiplas

faces. A Política Nacional de Educação Ambiental perpassa todos os níveis e

modalidades do processo de ensino-aprendizagem e articula-se à consolidação dos

direitos e deveres inerentes à cidadania, porquanto o cuidado com o meio ambiente

está diretamente relacionado ao respeito pelo outro e por si mesmo. Pois, em última

análise, danos ambientais estendem seus efeitos a todo o conjunto dos seres vivos no

planeta.

Desenvolver esse entendimento é uma das responsabilidades do sistema de ensino,

notadamente da Educação Superior. A UNIVALI adota posturas firmes e amplas de

adesão a esta causa, congregando número significativo de professores pesquisadores

em campo, partícipes de programas e projetos (governamentais e da iniciativa privada)

voltados à conservação e ao aproveitamento sustentável dos recursos naturais da

região e do país. A efervescência desse trabalho contagia o ambiente institucional,

contribuindo para estimular e aperfeiçoar a inserção de conteúdos de Educação

Ambiental em todos os centros e cursos.

A Educação Ambiental está, portanto, incorporada ao PPC de todas as graduações na

UNIVALI não somente por se tratar de condição essencial ao cumprimento da

legislação, mas principalmente porque o ambiente da IES favorece e dissemina a

importância desse tipo de conhecimento – reconhecido como fundamental. No âmbito

das matrizes curriculares, efetiva-se de duas maneiras: pela inserção de disciplinas

específicas; ou como tema transversal, integrante das demais disciplinas da matriz

curricular, conforme o curso.

Indo além das matrizes curriculares, a UNIVALI fomenta ações e estrutura espaços

pedagógicos no sentido de permitir “aos sujeitos a compreensão crítica da dimensão

55

ética e política das questões socioambientais, situadas tanto na esfera individual,

como na esfera pública.” (BRASIL, 2012).

O curso de Ciência da Computação, Campus Kobrasol – São José tem trabalhado

este assunto de maneira dinâmica, buscando sempre atualizar as ementas em relação

ao tema. As questões relativas a sustentabilidade, inicialmente eram tratadas no curso

pela disciplina de Administração em Informática, que aborda temáticas sobre TI Verde,

e na prática, os alunos e professores buscam dar suas contribuições diminuindo o uso

de papel. Atualmente todos os trabalhos e apostilas são socializados no ambiente

virtual da UNIVALI denominado “Material Didático online”. Além disto, todo o material

de aula é disponibilizado online, evitando/minimizando assim o uso de cópias

impressas. Porém, o corpo docente do curso continuou a analisar outras

possibilidades de abordar tais questões e a partir de pesquisas realizadas detectou-se

que questão de sustentabilidade no que se refere a Ciência da Computação, pode ser

tratada em dois grandes grupos temáticos: TI Verde e Computational Sustainability.

Este estudo sobre as duas abordagens fez com que algumas disciplinas tivessem

suas ementas repensadas no sentido de abordar estes temas. As disciplinas de

Inteligência Artificial, Engenharia de Software (7º período) e Arquitetura de

Computadores (4º período) passaram a ofertar conteúdos referentes a tais questões.