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Roteiro de Oraçãona Vida Diária

Edição 91 - Outubro 2016

Escolho um texto bíblico. Defino a duração da oração. Busco um LUGAR tranquilo e

agradável que ajude a me concentrar.Encontro uma boa POSIÇÃO corporal.

Faço SILÊNCIO interior e exterior. RESPIRO lentamente, suavemente. Tomo

CONSCIÊNCIA de que estou na PRESENÇA de DEUS. Faço com devoção o sinal da cruz.

PEÇO a DEUS Nosso Senhor para que todos os meus desejos, pensamentos e sentimentos

estejam voltados unicamente para o seu louvor e serviço. Peço a GRAÇA que verdadeiramente

DESEJO receber de DEUS.

LEIO o texto devagar, saboreando as palavras que mais me “tocam”. REFLITO por que esta frase, palavra, ideia

me chama a atenção. CONVERSO com Deus como um amigo: falo, escuto, peço, louvo, pergunto, silencio,

seguindo os sentimentos experimentados na oração.

Recordo o meu ENCONTRO com DEUS. Anoto o que foi mais importante na oração: o texto mais significativo

(palavras, frases e imagens); os pensamentos predominantes; os questionamentos; os sentimentos de consolação ou

desolação; se houve apelos e como me senti diante deles.

Roteiro de Oração na Vida Diária

O Mês das Missões, celebrado na igreja do mundo, nos traz muitas matérias para a oração. Podemos nos perguntar: O que é missão? Qual é a nossa missão? Como vivemos nossa missão? Como experimentamos o amor de Deus na missão? Para aprofundar essa proposta, indicamos, nesse Roteiro de Oração de Outubro, um percurso por temas e leituras que colocarão a missão dentro de uma realidade encarnada, em diálogo com a comunidade. Nesse tempo, a Companhia de Jesus inicia sua 36ª Congregação Geral, em que padres e irmãos jesuítas do mundo todo elegerão um novo superior geral e tratarão de diversos temas contemporâneos, inclusive a missão da Igreja. Que o Espírito Santo nos ilumine!

Oração preparatória para todos os dias Senhor, que todos os meus pensamentos, ações e afetos sejam puramente ordenados ao seu serviço e louvor.


Primeira SemanaMissão e Juventude

O apelo missionário da juventude é muito evidente: a inquietação, a curiosidade, a vontade, o ânimo e tantas outras características fazem parte dessa constante procura dos jovens por uma atuação no mundo, sobretudo nas fronteiras. No entanto, o receio, o medo e até mesmo a desconfiança estão presentes nesse itinerário espiritual. Em nossa oração podemos nos perguntar: sou muito jovem para essa missão? Estou preparado suficiente para ir à fronteiras mais distantes? Esse diálogo profundo com Deus aconteceu também com o profeta Jeremias: “Ah, Senhor, eu não sei falar, porque sou jovem” (Jr 1,6).

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, dai-nos a graça de ter um coração inquieto para a missão.

SábadoSexta

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo

8 de outubro de 2016



Memória de Beato Diogo de San VítoresJo 15, 1-5 “Vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim.”

Lc 10, 25-37 “E quem é meu próximo?”

Memória de Nossa Senhora do RosárioLc 1, 26-38 “Eis aqui a serva do Senhor.”

Gl 3, 22-29 “Todos vós sois um só, em Jesus Cristo.”





27º Domingo do Tempo ComumLc 17, 5-10 “Se tivésseis fé.”

Festa de São Francisco de BorjaMc 10, 42-45 “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir.”

Memória de São Francisco de AssisLc 10, 38-42 “Uma só coisa é necessária.”


Nessa semana em que a Igreja do Brasil celebra a Festa de Nossa Senhora Aparecida, somos convidados a rezar o tema da missão e a pessoa de Maria. Vimos na semana anterior o mistério da Anunciação: “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1, 38). Nessa semana somos convidados a contemplar mais de perto a pessoa de Maria, que convive com o Cristo e guarda todos os mistérios em seu coração. Maria, com sua doçura, nos ajuda a rezar: como Maria se dispõe ao serviço? Como ela se afeta com a missão? O que Maria me inspira na missão? Como Maria se coloca diante do Cristo? Uma fala especial de Maria nos aponta para uma direção: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2, 5).

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, inspirai-nos, com o exemplo de Maria,

para que estejamos atentos a todos os teus sinais.

Segunda SemanaMissão e Maria

SábadoSexta

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo





Festa de Nossa Senhora AparecidaJo 2, 1-11 “Fazei tudo o que ele vos disser.”

Sl 31(30) “Nas tuas mãos entrego meu espírito.”

Festa de São João Ogilvie Rm 5,1-5 “A esperança não decepciona.”

Sl 8 “Que coisa é o ser humano, para dele te lembrares?”




28º Domingo do Tempo ComumLc 17, 11-19 “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou.”

Lc 1, 39-45 “Bendita és tu entre as mulheres.”

Gl 5, 1-6 “É para a liberdade que Cristo nos libertou.”


Inspirados pela Laudato Si, a Encíclica do Papa Francisco que aborda o cuidado com a casa comum, podemos refletir a nossa missão de buscarmos outra direção na responsabilidade para com o planeta. Nesse itinerário espiritual, somos convidados a assumir a direção que nos afasta da destruição gerada por opções egoístas e que tem como norte a consciência de que o mundo criado por Deus se apresenta como uma trama de relações na qual todas as criaturas estão interligadas e assumem um papel importante e necessário ao “projeto de paz, beleza e plenitude” (53) sonhado por Deus.

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, sede nossa força na luta em defesa da irmã terra

e dos abandonados do mundo.

Terceira SemanaMissão e o cuidado com a casa comum

SábadoSexta

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo





Memória de Santo João Brébeuf e CompanheirosMt 16, 21-28 “Renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

Lc 12, 49-53 “Pensais que eu vim trazer paz à terra?”

Ef 4, 1-6 “Há um só corpo e um só espírito.”

Sl 121 (120) “O Senhor é como sombra que te cobre.”




29º Domingo do Tempo ComumLc 18, 1-8 “Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele?”

Lc 12, 13-21 “Guardai-vos de todo tipo de ganância.”

Lc 10, 1-9 “Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias.”


A missão daqueles que seguem o Cristo não pode ser outra senão o encontro com os nossos irmãos e irmãs, sobretudo os mais empobrecidos e excluídos. A atitude profética de anunciar a Boa-Nova com gestos e palavras exige do missionário/a que ele/a supere qualquer tipo de comodismo, libertando-se do próprio querer e interesse para buscar aquilo que mais o aproxima do próximo e, assim, de Deus. Por isso, não há como ser um missionário fiel ao Evangelho sem um coração profundamente capaz de se sensibilizar com a dor e com os apelos do outro, não há como ser um verdadeiro discípulo sem um coração misericordioso. Nesse Ano Santo da Misericórdia, sejamos missionários inebriados pela misericórdia de Deus e busquemos seguir Jesus Cristo através das obras de misericórdia, no encontro com cada um de nossos irmãos e irmãs que mais sofrem.

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, concedei-nos a graça de um coração misericordioso para sermos

missionários fieis da vossa Boa-Nova.

Quarta SemanaMissão e Misericórdia

SábadoSexta

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo





Lc 13, 22-30 “Não sei de onde sois.”

Lc 13, 31-35 “Preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã.”

Mc 1, 14-18 “Convertei-vos e crede na Boa-Nova.”

Fl 1, 21-26 “Para mim, de fato, o viver é Cristo e o morrer, lucro.”




30º Domingo do Tempo ComumLc 18, 9-14 “Quem se exalta será humilhado, quem se humilha será exaltado.”

Tg 2, 14-17 “Que adianta alguém dizer que tem fé, quando não tem obras?”

Lc 13, 18-21 “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo?”


Ir e estar nas fronteiras de nosso mundo não se trata apenas de uma questão geográfica – e muitas vezes não é. Mas é se fazer presente em situações e contextos que não há ninguém ou que ninguém se importa. Podemos enumerar diversas fronteiras sociais, espirituais e relacionais que somos chamados a servir, ser presença, levar a reconciliação. Quais seriam esses contextos e situações? Podemos pensar dentro de nossas vidas, em uma escala do menor e local para o maior e global, e trazer na memória e em nossa oração tantas pessoas que ocupam essas fronteiras, sejam aquelas forçadas a uma condição de exclusão, ou as que se dispõem a servir nessa realidade.

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, fazei-nos sensíveis aos apelos das fronteiras do mundo.

Ilustrações: Cláudio Pastro | Textos: Clara Mabeli, Davi Caixeta e Osvaldo Meca | Diagramação: Rodrigo Silva

Quinta SemanaMissão e Fronteira

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo

Memória de Beato Ruperto MayerMt 11, 28-30 “O meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”

Fl 2, 5-11 “Haja entre vós o mesmo sentir e pensar que no Cristo Jesus.”

31º Domingo do Tempo ComumMemória do Beato Domingos Collins - Lc 19, 1-10 “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa.”Festa de Santo Afonso RodriguesFl 2, 1-4 “Cada um considere os outros como superiores a si.”

Memória dos fiéis defuntos1Jo 3, 1-3 “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu.”

SábadoSexta Mt 6, 25-34 “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus.”

Festa de todos os Santos e Beatos da Companhia de JesusJo 12, 24-36 “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só.”

2 de novembro de 2016




1º de novembro de 2016




São Francisco de Borja Santo do dia - 3 de outubro

Francisco de Borja era espanhol e, vice-rei da Catalunha, casado e com oito filhos. Ao conhecer a Companhia de Jesus afeiçoou-se tanto a ela que fundou em sua região uma Universidade e entregou à Companhia. Quando sua esposa morreu, renunciou ao mundo e se

tornou jesuíta, trilhando generosamente o espírito de Santo Inácio. Teve que fugir de Roma para não ser feito cardeal. Ordenado sacerdote, foi eleito Geral da Companhia de Jesus. Caracterizou-se por sua devoção ao Santíssimo Sacramento. Em seu tempo a Companhia organizou casas de formação e abriu missões em países da América Latina. Recebeu o jovem Estanislau Kostka no Noviciado de Roma. Foi canonizado por Clemente X em 1671.

Beato Diogo de San Vítores Santo do dia - 6 de outubro

Nasceu em Burgos (Espanha) no ano de 1627, filho de nobres de grande fortuna. Muito cedo manifestou seu desejo de entrar para a Companhia de Jesus, idéia que encontrou forte oposição em sua família. Durante a Festa da Anunciação teve uma visão da Virgem

que confirmou seus desejos e, em 1640, ingressou no Noviciado da Companhia. Exemplo de devoção e dedicação, foi ordenado sacerdote em 1651. Inflamado de ardor missionário, teve que aguardar até 1660 para que seu desejo se realizasse. Enviado para a missa nas Filipinas, lá exerceu o ofício de Mestre de Noviços, Prefeito de Estudos e Professor de Teologia. Lutou pela criação da missão nas ilhas Marianas. Foi beatificado por João Paulo II em 1985.


Filho de nobres calvinistas foi enviado para a Europa para aperfeiçoar os estudos. Converteu-se à fé católica graças à influência do Pe. Cornélio van den Steen. Estudou no Colégio dos Escoceses e outros Institutos Superiores. Em novembro de 1599 foi admitido na Companhia de

Jesus e, depois da habitual preparação, foi ordenado sacerdote em Paris no ano de 1610. Depois de insistentes pedidos obteve licença para voltar à sua pátria. Durante um curto espaço de tempo exerceu diversos ministérios apostólicos em Glasgow, quando foi preso por traição ao não reconhecer a autoridade espiritual do rei Jaime I. Foi atormentado com suplícios e depois morto no dia 10 de março de 1615, por não ceder às chantagens e ao medo, e ter defendido até o fim o primado espiritual do Papa. Foi canonizado em 1976 por Paulo VI.

A missão dos jesuítas no Canadá, entre os índios Hurons, foi uma das mais desafiantes. Nela, os missionários tiveram que superar dificuldades e espectro do insucesso. Pela resistência crescente e obstinada, o ritmo das conversões era lento. Em 1641, a missão não tinha

ainda mais de 60 cristãos. As dificuldades aumentaram a partir de 1642, quando os guerreiros índios Iroqueses iniciaram a invasão das terras Hurons, arrasando aldeias e martirizando cruelmente os missionários. Estes, jovens sacerdotes e irmãos dotados de espírito missionário e grande observância religiosa, na síntese do Cristo Companheiro e Crucificado, viveram a doutrina dos Exercícios Espirituais. A recompensa veio com a dispersão dos poucos Hurons cristãos que sobreviveram: a semente do cristianismo espalhou-se pelos povos da América Setentrional. Foram canonizados pelo Papa Pio XI em 1930.

São João Ogilvie Santo do dia - 14 de outubro

Santo João Brébeuf e Companheiros Santo do dia - 19 de outubro


Nasceu em Youghal (Irlanda) no ano de 1566. Sua vida é um convite à contemplação do chamamento do Rei Eterno (EE 91-98). Numa época de perseguições religiosas, deixou sua terra e foi alistar-se no exército católico, em luta contra os calvinistas. Já como capitão de cavalaria,

depois de conhecer o trabalho dos jesuítas, decidiu seguir mais de perto o Rei Eterno. Apresentou-se ao provincial de Castilha (Espanha) e foi enviado para Santiago de Compostela para a primeira provação. Pronunciados os votos, foi enviado para Irlanda. Feito prisioneiro em batalha, os inimigos de sua fé comemoraram a oportunidade de ver um jesuíta renunciar à fé. Todavia, torturas, promessas, solidão e abandono, intervenções, tudo resultava inútil. Foi enforcado in odium fidei em 1602, e beatificado pelo Papa João Paulo II em 1992.

Nasceu em Segóvia (Espanha) em 1533, filho de uma família de comerciantes. Aos 10 anos conheceu os jesuítas e se impressionou muito com o exemplo deles. Todavia, a morte prematura do pai afastou qualquer ideal religioso, pois teve que se dedicar ao comércio para

ajudar a família. Acabou se casando por volta de 1560 mas, tendo morrido sua mãe, mulher e filhos, retornou o seu desejo de consagração, que passou então a ocupar lugar central em sua vida. Entrou para a Companhia de Jesus como irmão em 1571. No mesmo ano foi mandado para Palma de Maiorca, onde exerceu, até sua morte, o ofício de porteiro no Colégio de Monte Sião. Foi provado ao extremo, mas muito favorecido por Deus com notáveis dons. O amor à Virgem, a permanente busca de Deus e a caridade para com o próximo foram os pilares da sua espiritualidade. Morreu em 1617 e foi canonizado pelo Papa Leão XIII em 1888.

Beato Domingos Collins Santo do dia - 30 de outubro

Santo Afonso Rodrigues Santo do dia - 31 de outubro


Ruperto Meyer nasceu em 1876, em Stuttgart (Alemanha). Fez seus estudos no seminário local e foi ordenado em 1899. Ingressou em 1900 no Noviciado de Feld-kich (Áustria). Como a Companhia de Jesus estava proibida na Alemanha, realizou seus estudos no exterior e, após, ocupou o cargo de sócio do mestre de noviços. Posteriormente encarregou-se da pastoral dos imigrantes em Munique, onde exerceu seu apostolado em ambiente anti-clerical e em meio as guerras e crises alemãs. Destacou-se no trabalho com os mais pobres e na força da pregação. Foi diretor das Congregações Marianas. Perdeu a perna esquerda quando atuou como capelão militar, mas não se abateu. Foi voz de destaque contra o nazismo, tendo sido preso três vezes em 1937 e 1938. Acabou num campo de concentração em 1939 e, por fim, confinado numa abadia beneditina desde 1940. Lá faleceu em 1945. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 1986.

Beato Ruperto Mayer Santo do dia - 3 de novembro

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