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Roteiro de Oraçãona Vida Diária

Edição 82 - Janeiro 2016

Roteiro de Oração na Vida Diária

Escolho um texto bíblico. Defino a duração da oração. Busco um LUGAR tranquilo e

agradável que ajude a me concentrar.Encontro uma boa POSIÇÃO corporal.

Faço SILÊNCIO interior e exterior. RESPIRO lentamente, suavemente. Tomo

CONSCIÊNCIA de que estou na PRESENÇA de DEUS. Faço com devoção o sinal da cruz.

PEÇO a DEUS Nosso Senhor para que todos os meus desejos, pensamentos e sentimentos

estejam voltados unicamente para o seu louvor e serviço. Peço a GRAÇA que verdadeiramente

DESEJO receber de DEUS.

LEIO o texto devagar, saboreando as palavras que mais me “tocam”. REFLITO por que esta frase, palavra, ideia

me chama a atenção. CONVERSO com Deus como um amigo: falo, escuto, peço, louvo, pergunto, silencio,

seguindo os sentimentos experimentados na oração.

Recordo o meu ENCONTRO com DEUS. Anoto o que foi mais importante na oração: o texto mais significativo

(palavras, frases e imagens); os pensamentos predominantes; os questionamentos; os sentimentos de consolação ou

desolação; se houve apelos e como me senti diante deles.

Entusiasmadamente damos início ao ano de 2016! Como diz o poeta, o nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos, mas a beleza da caminhada depende dos que vão conosco! Além do “novo” que este ano nos apresenta, inicia-se também, o Jubileu da Misericórdia. O Papa Francisco coloca no centro das atenções o Deus misericordioso, que convida a todos a voltar-se a Ele. Neste sentido, os Roteiros de oração do ano de 2016 serão voltamos ao tema das Bem-Aventuranças e neste mês de janeiro, elencaremos pontos sobre a misericórdia divina: “Bem-Aventurados os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia” Mt 5, 7. Recordaremos, na segunda semana, o Voluntariado Jovem do Programa Magis Brasil, que acontecerá entre os dias 9 e 23 de janeiro, no Anchietanum. Este é o tempo da misericórdia para que possamos caminhar juntos. Que com a Porta Santa possamos repetir com o Papa: “Aperite mihi leva justitiae, ingressus in eas confitebor Domino” que significa “Abram-me as portas da justiça, entrando por elas confessarei ao Senhor”. Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um.

Oração preparatória para todos os dias Senhor, que todos os meus pensamentos, ações e afetos sejam puramente ordenados ao seu serviço e louvor.


Primeira SemanaO mistério da misericórdia

O Papa Francisco inicia a Bula de Proclamação do Jubileu da Misericórdia com a seguinte frase: “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai”. Nesta primeira semana, celebramos a Solenidade da Epifania do Senhor. A estrela que aparecida no céu acende, nas suas mentes e corações, uma luz que os move à procura da grande Luz de Cristo. Peçamos a graça de ir ao encontro da luz para encontrarmos a plenitude da verdade e crescermos na convicção da misericórdia: “Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”.

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, dai-nos a graça de um coração misericordioso.

SábadoSexta

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo

9 de janeiro de 2016



Mc 6, 45-52 “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”

Lc 4, 14-22a “Hoje se cumpriu esta palavra da Escritura.”

Lc 5, 12-16 “Quero, sejas purificado!”

Jo 3, 22-30 “É necessário que ele cresça, e eu diminua.”





Solenidade da Epifania do Senhor Mt 2, 1-12 “Ajoelharam-se diante dele e o adoraram.”

Mt 4, 12-17 “Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo.”

Mc 6, 34-44 “Os Reis de toda terra hão de adorar-vos, ó Senhor.”


Segunda SemanaMisericórdia é doação de si

Nesta segunda semana de janeiro, rezemos pelo Voluntariado Jovem do Programa Magis Brasil, que começou ontem, dia 9. O Voluntariado é uma experiência de inserção social e cultural para jovens que desejam desafiar-se a conviver, participar, aprender e trocar experiências comunitárias com diferentes pessoas, através de seus costumes, seus modos de vida, suas riquezas e suas necessidades, sempre “prontos para qualquer boa obra” Tt 3, 1. Entender a misericórdia como ato de doação de si é ir contra a cultura da indiferença: “... no seio de uma cultura da indiferença, que não raramente acaba por ser cruel, o nosso estilo de vida seja, pelo contrário, cheio de piedade, empatia, compaixão, misericórdia, extraídas diariamente do poço de oração” Papa Francisco - Homilia de Natal 2015. Somente um coração misericordioso se doa na gratuidade, pois é generoso! O serviço prestado ao irmão, portanto, é um ato de misericórdia. Que nesta semana possamos nos unir em oração ao Voluntariado Jovem e nos questionar quanto a nossa busca pela doação de si. A misericórdia que me alcança se torna serviço ao irmão?

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, que possamos estar prontos para qualquer boa obra.

SábadoSexta

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo





Sl 39 “Eis que venho fazer, com prazer, vossa vontade, Senhor!”

Mc 1, 40-45 “Eu quero, fica purificado!”

Mc 2, 1-12 “Filho, os teus pecados são perdoados.”

Sl 20 “Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra.”




Solenidade do Batismo de Jesus Lc 3, 15-16. 16, 21-22 “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte que eu.”

Mc 1, 14-20 “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens.”

Mc 1, 21b-28 “Meu coração se alegrou em Deus meu Salvador.”


Terceira SemanaEterna é a sua misericórdia

Nesta terceira semana de oração, somos convidados a rezar o refrão que aparece em cada versículo do Salmo 136: “Eterna é a sua misericórdia”. Segundo a Bula de Proclamação do Jubileu Misericordiae Vultus, “a misericórdia torna a história de Deus com Israel uma história da salvação. É como se quisesse dizer que o homem, não só na história, mas também pela eternidade, estará sempre sob o olhar misericordioso do Pai”. Isso nos impulsiona a não esquecermos que a miséria da condição humana, marcada pelo pecado é resgatada pelo amor e misericórdia de Deus e o perdão é algo que todos nós necessitamos, por isso, “Eterna é sua misericórdia”. Assim, somos convidados a seguir o caminho da doação, justiça e caridade para chegarmos ao coração do Pai: o caminho da misericórdia! Consequentemente, sinto que o perdão de Deus para conosco é um ato de amor? Tenho buscado o caminho que perpassa o crivo do perdão – a mim mesmo (a) e ao outro – como ato de misericórdia? Que nesta semana, possamos recordar, diariamente, deste versículo bíblico, como alguém que insistentemente bate em nossa porta: “eterna é a sua misericórdia”!

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, dai-nos a graça de sentir o teu perdão e perdoar como ato de misericórdia.

SábadoSexta

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo





Mc 3, 1-6 “Levanta-te! Vem para o meio!”

Mc 3, 7-12 “Tu és o Filho de Deus.”

Sl 56 “Piedade, Senhor, tende piedade.”

Mc 3, 20-30 “Se uma família se divide internamente, ela não consegue manter-se.”




2º Domingo do Tempo ComumJo 2, 1-11 “Eles não tem vinho!”

Mc 2, 18-22 “Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha...”

Beatos Jesuítas Mc 2, 23-28 “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado.”


Ilustrações: Cláudio Pastro | Textos: Thaty Sousa | Diagramação: Rodrigo Silva

Quarta SemanaA Misericórdia dissipa o julgamento

Na vida cotidiana a verdade sobre a misericórdia de Deus, expressa na Sagrada Escritura, repercute-se como eco perene: “Quem me vê, vê o pai” (Jo 14, 9). Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa (Papa Francisco). São Tomás de Aquino escreve que “é próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência” (Suma Teológica, II-II, q. 30, a. 4). Na busca de viver a Bem-Aventurança da misericórdia- “Bem-Aventurados os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia” Mt 5, 7 -, somos convidados a perceber que a misericórdia foi usada primeiramente para conosco. A vista disso, qual o meu olhar para com os meus erros e erros alheios? Sinto que misericórdia de Deus me alcança?

Pedido para todos os dias da semana: Senhor, dai-nos a graça de experimentarmos a sua infinita misericórdia.

SábadoSexta

QuintaQuarta

TerçaSegunda

Domingo





Mc 4, 1-20 “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”

Mc 4, 21-25 “Considerai bem o que ouvis!”

Mc 4, 26-34 “O Reino de Deus é como quando alguém lança semente na terra.”

Mc 4, 35-41 “Passemos para outra margem.”




3º Domingo do Tempo Comum Sl 18 “Vossas palavras, Senhor, são espírito de vida.”

Conversão de São Paulo, ApóstoloMc 16, 15-18 “Ide por todo mundo, a todos pregai o evangelho.”

Lc 10, 1-9 “Pedi, pois ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua colheita.”


Solenidade do Batismo de Jesus Com toda a Igreja, celebramos a solenidade do Batismo do Senhor. O batismo de

Jesus no rio Jordão nos revela a identidade do Nazareno, filho de Maria: Ele é o Filho de Deus, o Messias esperado para “anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação dos presos, e dos cegos a recuperação da vista, para libertar os oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4, 18-19). Jesus não tinha necessidade de ser batizado, mas os primeiros teólogos afirmam que, com o seu corpo, com a sua divindade, no batismo benzeu todas as águas, para que as águas tivessem o poder de conferir o Batismo. Assim Jesus mostra-se solidário a toda a humanidade que peregrina necessitada do Amor misericordioso de Deus. O Tempo Comum é o tempo litúrgico em que os cristãos são chamados a viver seu batismo com mais vigor, em meio “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias” (GS 1) de nossa época, dando um testemunho perene da providência de Deus. Façamos deste poema nossa oração neste dia tão especial.

Não amanheças, Senhor, que ainda meus olhos

não aprenderam a ver-te no meio da noite.

Não me fales, Senhor, que ainda meus ouvidos

não logram te escutar nos barulhos da vida.

Não me abraces, Senhor, que ainda meu corpo não percebe tua pele

nos abraços e na brisa.

Não me adociques Senhor, que ainda minha garganta não saboreia tua ternura, no meio do amargo.

Não me perfumes, Senhor, que ainda meu olfato não cheira tua presença no meio da miséria.

Batiza meus sentidos com o lento decorrer de tua graça encarnada, fluindo por meu corpo.

Benjamin Gonzalez Buelta, sj.

Batiza meus sentidos


Beatos JesuítasNo dia 19 de janeiro fazemos memória dos seguintes Beatos Jesuítas: Tiago Sales,

Guilherme Saultemouche, Tiago Bonnaud e companheiros, José Umbert, João Nicolau Cordier. Os santos e beatos da Igreja são aqueles que cuja vida se tornou modelo e testemunho do seguimento de Jesus Cristo. Ler e refletir a vida desses bem-aventurados nos entusiasma na busca pela santidade. Para nos ajudar na oração de hoje, sugerimos a reflexão dos beatos Tiago Bonnaud e Guilherme Saultemouche.

Tiago e Guilherme eram franceses. Tiago Sales nasceu em 1556 de família modesta. Em criança já mostrava amor excepcional pela oração. Seus triunfos como professor também não conseguiram diminuir sua humildade. Seu amor ao Santíssimo o inspirava constantemente. Numa época conturbada – a França estava mergulhada num período de guerras religiosas – desenvolveu um brilhante tratado sobre a Eucaristia. Redigiu um caderno no qual precisava a doutrina católica, fortemente contestada pelos hereges, e entregou o manuscrito aos ministros protestantes de Aubenas. Foi preso, torturado e morto. O dogma da Eucaristia foi motivo mais explícito do martírio. Guilherme Saultemouche nasceu em 1557. Irmão Jesuíta, acompanhava o padre quando foi preso. Poderia ter escapado mas preferiu o martírio dizendo que lhe parecia pecado se assim não o fizesse. Foram beatificados por Pio XI em 1926.

“O ato mais excelente de amor de Deus é dar o sangue por Ele”. “Não me separarei de vós, meu Padre, morrerei convosco

pela verdade da doutrina que defendeis”.

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