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Rogério Duílio Genari

Parabéns Colegas Biólogos,

2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. No dia 03 de setembrode 2010 comemoramos o Dia do Biólogo. Com esta edição especial daRevista BIOPARANÁ sobre biodiversidade fazemos uma homenagem avocê, Biólogo. O 31º aniversário de nossa profissão é uma data para sercomemorada todos os dias. O profissional Biólogo atua na EDUCAÇÃO denossos filhos, amigos e familiares, levando o conhecimento sobre os mis-térios e a importância da vida animal e vegetal em nosso planeta. Traba-lhamos na área de MEIO AMBIENTE para que a sociedade tenha um am-biente mais equilibrado, ajudando a minimizar e compensar os impactosnegativos de empreendimentos humanos, pesquisando e gerando novosconhecimentos a partir da mais nobre das matérias-primas: a natureza.Atuamos na área da SAÚDE com pesquisas que geram bem-estar e des-cobrem novos meios de combater as doenças. Estamos inseridos na áreade BIOTECNOLOGIA E PRODUÇÃO, colaborando com o agronegócio, napesquisa de novas técnicas e na sustentabilidade.

O nosso trabalho colabora com o crescimento do Brasil, ajudando a tor-nar a nossa sociedade mais sustentável. Fazemos isso com total respeitoao meio ambiente. Há mais de 31 anos, estamos inseridos nas Universida-des, Empresas, ONGs, Ministérios e Secretarias, Autarquias, Laboratóriosde Pesquisa, disponibilizando novas práticas de ação e descobertas, quetornam a vida das pessoas muito melhor.

Mas a luta não acabou, precisamos trabalhar ainda mais. Nosso país estácrescendo e a nossa profissão de Biólogo é muito importante para o Brasil.Você faz parte disso. O CRBio-07-PR é o órgão de fiscalização e orientação aoBiólogo. Atua para o exercício ético da profissão na defesa da sociedade.Neste Ano Internacional da Biodiversidade o nosso dever é mostrar à socie-dade a importância da vida em todas as suas formas, com respeito a todaselas, pois a sua complexidade e inter-relação em nosso planeta é que nos dáa possibilidade de estarmos aqui, de fazermos parte da grande teia.

Nos próximos dias estaremos exercendo o nosso poder de voto. O votoconsciente que o nosso BRASIL necessita. Quanto vale o seu voto? Como eleserá utilizado? Você conhece as pessoas em quem votará? Não esqueça, pois,além de votarmos certo, devemos cobrar dos eleitos o seu compromisso coma ética e o desenvolvimento sustentável.

Os Conselheiros do CRBio-07-PR desejam a você sucesso e muitas reali-zações na sua vida profissional e familiar.

CONSELHO REGIONAL DEBIOLOGIA DA 7ª REGIÃO - PARANÁ

Presidente:Rogério Duílio Genari

Vice-Presidente:Jorge Augusto Callado Afonso

Conselheira Secretária:Pollyana Andrea Born

Conselheiro Tesoureiro:Paulo Aparecido Pizzi

CONSELHEIROS TITULARESCésar Augusto Koczicki

Erick Caldas Xavier

Ivo Alberto Borghetti

Laurindo Dalla Costa

Mário Luis Orsi

Vergínia Mello Perin Andriola

CONSELHEIROS SUPLENTESAndrea Graciano dos Santos

Figueiredo

Deni Lineu Schwartz Filho

Edson Tadeu Iede

Fernanda Goss Braga

Gisley Paula Vidolin

Juliana Quadros

Maurício Frederico

Norma Catarina Bueno

Paulo Luciano da Silva

Vinícius Abilhoa

Endereço:Av. Marechal Floriano Peixoto,

170 - Conj.307 - 3º Andar

Centro - Curitiba - PR

CEP 80020-915

Fone/Fax: (41) 3079 0077

www.crbio-7.gov.br

BIOPARANÁPublicação trimestral do Conselho

Regional de Biologia da 7ª Região

- Paraná

COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO

PresidenteJorge Augusto Callado Afonso

Andrea Graciano dos Santos

Figueiredo

Edson Tadeu Iede

Erick Caldas Xavier

Jornalista ResponsávelKaren Monteiro (DRT–PR 2412)

Reportagem e ediçãoKaren Monteiro

Projeto gráfico e diagramaçãoSonia Oleskovicz

ImpressãoEditora Progressiva

Tiragem4 mil exemplares

Os artigos assinados são de

responsabilidade dos seus autores

Fale Conosco: SAB - Serviço deAtendimento ao Biólogo

pelo site www.crbio-7.gov.br

(41) 3079 [email protected]

[email protected]

IMPRESSO EM PAPEL RECICLATO

EDITO R I A L

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A vigésima terceira reunião plenária do CR-Bio-07-PR, em Cascavel, foi marcada pela dis-cussão de vários assuntos relevantes para acategoria profissional.

Os conselheiros abordaram o tema inclusãode Biólogos, por parte do Instituto Ambientaldo Paraná (IAP), na realização de relatórios am-bientais (cadastro de propriedades no SISLEG,autorizações florestais e outros), que deve seraceita mediante a realização de um curso decapacitação, ofertado aos profissionais inte-

ressados. No Ano Internacional da Biodiversi-dade, é pertinente essa discussão sobre incluirum profissional com o perfil do Biólogo, quetem visão ampla do processo de conservação.

SISLEG

SISLEG é Sistema de Manutenção, Recupe-ração e Proteção da Reserva Florestal Legal eÁreas de Preservação Permanente, que foi ins-titucionalizado por meio do Decreto Estadual387/99, estabelecendo um sistema estadual de

tem a presença de representantesPlenária em Cascavel

das universidades

DESTAQUE

Os participantes da 23ª plenária se reuniram em Cascavel para mais uma reunião itinerante.

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implantação de Áreas de Preserva-ção Permanente e de Reserva Legal,previstas no Art. 16 da Lei Federal4771/65 (Código Florestal). Temcomo diretrizes básicas a manuten-ção dos remanescentes florestaisnativos, a ampliação da coberturaflorestal mínima, visando a conser-vação da Biodiversidade e o uso dosrecursos florestais, além do estabe-lecimento das zonas prioritárias paraa conservação e recuperação de áre-as florestais pela formação dos cor-redores de Biodiversidade. O Para-ná é o pioneiro no sistema e um dospoucos Estados onde o governo dis-põe de um mecanismo eficiente pararealização dessas atividades.

Para preenchimento da Anotação de ResponsabilidadeTécnica (ART) pela internetsiga os passos que estão no tutorial disponível no site www.crbio-7.gov.br

O SERVIÇO DE ATENDIMENTOPERSONALIZADO VIA INTERNET

AGILIZA E AMPLIA O ATENDIMENTOQUE O CRBIO-7-PR PRESTA A SEUS

PROFISSIONAIS. VOCÊ AGORA PODEFAZER CONSULTA A CADASTRO,

ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO,CONSULTA DETALHADA DOS DÉBITOSEM ABERTO, EMISSÃO DE BOLETOS,

PARCELAMENTO DE DÉBITOS, ART ONLINE E EMISSÃO DE CERTIDÕES.

PARA ACESSAR

O acesso é pelo site www.crbio-7.gov.br

Clique no ícone ATENDIMENTOPERSONALIZADO VIA INTERNET

Ao acessar esse link aparece a tela ondevocê deve se identificar. Entre com seunúmero de inscrição. Caso você ainda nãopossua senha, deixe o campo SENHA embranco e clique no botão CRIAR SENHA.

Identifique-se agora por meio do CPF edata do nascimento para poder cadastrarsua senha.

Em seguida aparece o menu com todos osserviços que você tem acesso. Se tiveralguma dúvida clique na opção FALECONOSCO ou envie um e-mail [email protected].

Biólogo tematendimento

personalizado viainternet

PRESENÇA DAS UNIVERSIDADES

A 23ª reunião plenária teve a presença das BiólogasMargarete Nakatani, coordenadora do curso de CiênciasBiológicas da UNIOESTE e Sônia Aparecida de Mello, co-ordenadora do curso de Ciências Biológicas da UNIPAR –Universidade Paranaense de Cascavel. Sônia teve a opor-tunidade de participar pela primeira vez de uma reuniãoplenária. “Agora que são realizadas de forma itinerante pos-sibilitam a nossa participação e que nos mantenhamosinformados das ações, o que sem dúvida é importante paraacompanharmos o andamento das atividades e podermossaber como contar com o Conselho para nos auxiliar emquestões pertinentes a área de atuação. Neste encontrotive oportunidade de acompanhar discussões e decisõesde extrema relevância para os Biólogos além de conhe-cer outros colegas Biólogos que realizam trabalhos mui-to interessantes”, resume Sônia.

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Biólogos têm renovação delicenças ambientais

ampliada pelo IAPO presidente do CRBio-07-PR, Rogério

Duílio Genari, foi recebido pelo secretário doMeio Ambiente e Recursos Hídricos, JorgeAugusto Callado Afonso, e pelo presidentedo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vol-nei Bisognin para a cerimônia de assinaturada portaria 110 do Instituto Ambiental do Pa-raná que permite aos consultores ambientaiscom formação em biologia renovar automa-ticamente pedidos de Licença Ambiental deInstalação (LI) e Licença Ambiental de Ope-

ração (LO) dos empreendimentos sobre suaresponsabilidade. A medida desburocratiza oprocesso e os pedidos de renovação de li-cenças ambientais ganham mais agilidade.

O presidente, Rogério Duílio Genari, afir-ma que a portaria irá ampliar o mercado detrabalho e também promover um progressosustentável. “Esta integração fará com que a

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto

Callado Afonso e o presidente do Instituto Ambiental do Paraná

(IAP), Volnei Bisognin entregam a portaria assinada para o

presidente do CRBio-PR, Rogério Duílio Genari

sociedade tenha à sua disposição um númeromaior de profissionais para defender o meioambiente. Além disso, a valorização da pro-fissão aumenta a responsabilidade dos nos-sos Biólogos nos processos de licenciamentoambiental”, declarou.

O secretário do Meio Ambiente e Recur-sos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso dizque a portaria, além de representar a abertu-ra do campo profissional, significa a celerida-de que queremos no processo de licenciamen-to ambiental”. Para ele, a transversalidade daquestão ambiental permite que profissionaisde diferentes áreas possam atuar em prol daconservação dos recursos naturais.

Benefício para os registrados

Os Biólogos terão a análise de seus proces-sos acatados sem vistoria prévia. A medidamantém a responsabilidade técnica, civil e cri-minal do profissional pelas atividades registra-das, o que evita falhas na obra e impactos aomeio ambiente.

Os benefícios da portaria só serão válidospara os profissionais registrados no Conselhoe com documentação atualizada que realiza-rem os pedidos 120 dias antes do vencimentodas licenças. O órgão ambiental poderá solici-tar relatórios e documentos comprobatórios deauditorias de empreendimentos que necessitemde adequações. A portaria prevê ainda queexiste a possibilidade dos profissionais nãocumpridores das determinações perderem seusregistros junto ao IAP.

Os Biólogos poderão participar de um trei-namento, promovido pelo IAP, na área de licen-ciamento ambiental e elaboração de estudosde impactos ambiental.

Leia a íntegra da portaria no site do Conse-lho: www.crbio-7.gov.br

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Biólogos têm renovação delicenças ambientais

ampliada pelo IAP

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Os Biólogos registrados no CRBio têmcondições especiais na assinatura darevista Terra da Gente. A revistabrasileira de conservação ambientaltem como base a agenda positiva. Suaproposta é mostrar a biodiversidadebrasileira, a fauna, a flora e o usosustentável do meio ambiente. Terra da

Gente é mensal e possui tiragem de 25.000exemplares, distribuídos em todo o país.

É preciso informar o número de seu registroprofissional para obter o desconto.

Informações:

0800 703 3788

As parcerias do CRBio

O convênio com a Faculdade deApucarana prevê desconto de 10%

nos cursos de Pós-Graduação Lato Sensuofertados pela instituição de ensino.

Para ter acesso à Bolsa, o Biólogo deve

estar registrado no Conselho e nãopossuir débitos pendentes.

Informações:

(43) 3033 8900www.fap.com.br

Informações:

(43) 3375 7400www.unifil.br

O Conselho Regional de Biologia da 7ªRegião apóia a ABPROL, um fundo deAutogestão, administrado pela C.S.Assistance.

Os associados ganham o direito de usufruiro que existe de melhor em planos desaúde, desfrutando de benefícios comoplano odontológico UNIODONTO,academia de ginástica, desconto nacompra de medicamentos, atendimentos

via rede UNIMED em nível nacional,programas de prevenção e muitomais. Basta ser registrado no CRBio-07-PR eestar em dia com as anuidades. Dependentestambém são aptos a participar.

Informações: (41) 3028 6900 ou 3022 6964www.assistancesaude.com.br/

[email protected]

O convênio com a Pontifícia UniversidadeCatólica do Paraná-PUCPR é paraconcessão de Bolsa de 10% (dez porcento) nos cursos de Pós-Graduação LatoSensu, MBA Executivo e Especialização.Para ter acesso à Bolsa, o Biólogo deveestar registrado junto ao Conselho e não

possuir débitos pendentes.O benefício é estendido aos dependenteslegais do profissional registrado.

Informações:

(41) 3271 [email protected]

O Conselho e o Centro UniversitárioFiladélfia (UNIFIL) de Londrina firmaramconvênio que dá direito à bolsa de 10%nos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu,MBA Executivo e Especializações.

Para ter acesso à Bolsa, o Biólogo deve

estar registrado no Conselho e nãopossuir débitos pendentes.

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MERCADO DETRABALHO

A atuação dos guias deobservadores

avesde

FAZER UM PASSEIO PARA

OBSERVAR AVES PODE SER

BEM MAIS DO QUE UMA

OPÇÃO DE FINAL DE

SEMANA. PARA O BIÓLOGO

QUE GOSTA DESSA PRÁTICA,

EXISTE A POSSIBILIDADE

DELA SE TRANSFORMAR EM

FONTE DE RENDA. GUIAR

GRUPOS PARA REALIZAR

BIRDWATCHING É UMA

ATIVIDADE QUE, AOS

POUCOS, VAI GANHANDO

POPULARIDADE NO BRASIL,

PAÍS QUE OCUPA O

TERCEIRO LUGAR EM

NÚMERO DE ESPÉCIES DE

AVES NO MUNDO.

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Nos Estados Unidos, Europa e Austrá-lia é muito comum. As pessoas tornam-se observadoras de aves (birders) desdecrianças, com o incentivo dos pais. Clu-bes de observadores são mais do que co-muns. A atividade é tão popular que podeser comparada ao futebol aqui no Brasil.Esses amantes dos pássaros viajam porvários países em busca das espécies maisraras e de distribuição restrita.

No Brasil, o trabalho de profissionaisque organizam grupos para realizar a ati-vidade conhecida em todo mundo porbirdwatching vem sendo realizado hámais de 25 anos, mas de forma pontual.Dá para contar nos dedos de uma mãoo número de empresas que oferecem oserviço. Os destinos são para todas asregiões do Brasil, principalmente MataAtlântica (local de maior endemismo),Pantanal e Amazônia.

O interesse, por parte dos turistas,em observar espécies que só habitamo sul do Brasil aumenta gradativamen-te. Somente há alguns anos o Paranávem sendo incluído nos tours de obser-vação de pássaros. Os lugares mais bus-cados são os arredores de Curitiba, aSerra do Mar, principalmente a da Gra-ciosa, e a baixada litorânea, como abaía de Guaraqueçaba, onde é possívelver o papagaio-de-cara-roxa. Mas, olugar que recebe mais observadores éo Parque Nacional do Iguaçu, o mais vi-sitado não só no Paraná, mas tambémno Brasil. O grande fluxo acontece nãosó para ver aves, mas também para co-nhecer a beleza do ponto turístico.

Os brasileiros que mais têm pratica-do a observação de aves são fotógra-fos ou pesquisadores da área. São en-contros nacionais regulares que auxi-liam na divulgação do trabalho.

Para o Biólogo Raphael E. FernandesSantos (45.317-07D) que atua orientan-do turistas “a pouca popularidade da ati-vidade é vista com estranheza por parte

dos estrangeiros, pois com um país imen-so como o nosso, com tantos biomas eformações vegetacionais, que tem umagrande riqueza de espécies, não existeinteresse por parte da população em ge-ral. Nós temos tantos locais ótimos aquino Brasil, que são visitados praticamentesó por turistas estrangeiros”, comenta.

Como o turismo é voltado para quemvem de fora, o inglês é peça obrigatóriapara os guias.

DEMANDA

A maior demanda de trabalho é noperíodo de junho a outubro, chamado dealta temporada. É na seca que aconteceo período anterior ao acasalamento.Nessa época em que as aves estão ini-ciando a corte pré-nupcial, a atividadevocal é intensa. Elas também defendemmais agressivamente seus territórios, fa-cilitando a visualização.

Quanto à remuneração, depende donível de experiência. Somente o Biólogoque já trabalha há bastante tempo con-segue viver somente desse trabalho.

A maioria não é profissional Biólo-go e sim turismólogo ou apenas guia daEMBRATUR. “Isso nos destaca no ce-nário, pois guias Biólogos têm certa-mente um conhecimento mais apura-do sobre diversas questões ecológicasque atuam sobre as espécies em ques-tão. Isso nos faz ter um ótimo diferen-cial”, analisa Raphael.

A Curucaca (Theristicus

caudatus) ou Buff-necked

Ibis pode ser observada

no Paraná. Também é

conhecida regionalmente

como Curicaca ou

Caricaca. Pertence a

família Threskiornithidae.

Têm costumes

monogâmicos. Preferem

fazer seus ninhos no topo

das araucárias e nas

proximidades

das fazendas. Nesses

locais, em que se sentem

mais seguras, criam

normalmente um filhote

ao ano. Ele sai do ninho

quando tem praticamente

o tamanho dos pais.

Quando adultas chegam

a 50 cm de altura,

pesando em torno de 1,5

kg. Alimentam-se de

insetos e larvas coletados

na grama com seu bico

longo e curvo. Curucaca

significa ave das

araucárias.

O Biólogo Raphael E. Fernandes que atua como guia

de observadores de aves.

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CURSOS

Não existem cursos de especializa-ção nesta área, tampouco são minis-tradas aulas específicas em cursos degraduação. Os bons profissionais es-tudam por conta própria e o longo pe-ríodo de experiência é o que os tornamaptos para ser guias de observadoresde aves. A dedicação é individual e exi-ge muitas horas de campo, de prefe-rência, com pessoas experientes. Nãobasta saber, por exemplo, que deter-minado local é ótimo para observa-ção. É preciso procurar os bons pon-tos, conhecer os habitats específicospara determinadas espécies. O impor-tante é ir à região diversas vezes para,

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O Pavó (Pyroderus

scatatus) é considerado o

maior pássaro de hábitos

frugíveros da fauna

brasileira. Entre as diversas

aves que passam por

Curitiba em determinadas

épocas do ano, é uma das

mais incomuns. Não se

sabe exatamente de onde

ela vem. O pavó

geralmente fica no interior

da copa das árvores, por

isso é difícil de ser

visualizado. Pertencente à

família Cotingidae, a ave

está presente no Livro

Vermelho da Fauna

Ameaçada no Estado do

Paraná, lançado pelo

Instituto Brasileiro de Meio

Ambiente e Recursos

Naturais Renováveis

(IBAMA).

aí sim, começar a guiar.

Investimentos em viagens e com-pra de equipamentos são necessários.Um bom começo para se tornar ob-servador é ter um bom binóculo eum livro chamado guia de campo deaves. Quem quiser se aprofundar vaiprecisar de gravador com microfone,ipod com arquivos sonoros e caixa desom portátil, além de uma luneta eoutros acessórios. O aprendizadoessa ligado ao reconhecimento doscantos de cada ave. Essa é, sem dúvi-da, a parte que mais exige paciência ededicação. Porém, é isso que identi-ficará um bom guia.

Este Ano Internacional da Biodiversidade está sendo decisivo para a biodiversi-dade do planeta. A décima Conferência das Partes da Convenção sobre DiversidadeBiológica (COP-10/CDB) da Organização das Nações Unidas começa em outubro noJapão. A expectativa é que sejam definidas metas de conservação da biodiversidadepara os próximos 10 anos.

A definição de um mecanismo que regulamente o acesso aos recursos genéticosda biodiversidade e a repartição de seus benefícios (ABS, da sigla em inglês de “ac-cess and benefit sharing”) é um dos temas que têm gerado mais expectativas paraessa COP, principalmente por parte dos países em desenvolvimento, ricos em biodi-versidade. Eles esperam que seja assinado um protocolo internacional eficiente so-bre o tema. Isso envolve a discussão sobre o repasse de recursos, por parte dospaíses ricos, às nações em desenvolvimento, para a manutenção de seus biomas.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirma que “as discussões sobrebiodiversidade no mundo só irão avançar e assumir uma importância similar a do aque-cimento global se fizermos o que fizemos no IPCC (Painel Intergovernamental sobreMudanças Climáticas): colocarmos a variável econômica no centro do debate”.

BIODIVERSIDADE

Ano decisivo para

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No Ano da Biodiversidade, 69 aves estão cada vez mais difíceis de serobservadas no Paraná. O Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado

do Paraná, disponibilizado no site do Instituto Ambiental do Paraná,relaciona essas espécies. O desmatamento e a consequente destruiçãodos habitats é a principal causa da ameaça de extinção para os animais,especialmente para as aves, que têm uma estreita relação com avegetação. É o que ocorre com a gralha violeta (Cyanocorax cyanomelas),um dos mais belos pássaros do Paraná, da mesma família Corvidae dagralha azul (Cyanocorax coeruleus), ave símbolo do estado. Outro exemploé o papagaio-de-cara-roxa, que vive exclusivamente nas florestaslitorâneas do sul de São Paulo e Paraná. Os dados divulgados por órgãosambientalistas indicam que hoje existem somente quatro mil indivíduosdessa espécie. Por ser restrita ao seu habitat, é uma ave vulnerável. Masnão é só um problema de desmatamento. Essa espécie está incluída narota do tráfico de animais silvestres.

Em Curitiba existem minicursos de observação de aves. Uti-lizando binóculos para localizá-las, os alunos participantesrecebem informações teóricas e, em seguida, partem para aprática, que pode ser realizada em locais próximos, por exem-plo, ao jardim zoológico, onde existem trilhas e uma grandequantidade de animais.

Algum tempo atrás, periquitos e papagaios-verdadeiros sóeram vistos na capital em gaiolas. Atualmente, é possível vê-los em liberdade. Representantes dessas espécies fugiram decativeiros e começaram a se instalar na cidade, onde encon-traram condições para reprodução. Os periquitos necessitamapenas uma árvore oca para fazer ninhos, o que não é difícilde encontrar. Os papagaios-verdadeiros são observados tan-to em topos de árvores quanto pousados em prédios, já quepossuem território dentro da cidade.

Os ornitólogos costumam dizer que Curitiba é uma cidadebastante atrativa aos pássaros. Isso acontece em função daexistência de muitas árvores que asseguram alimento e con-dição para reprodução. Na capital, também há menor pres-são humana para que as aves se estabeleçam. Por essa razão,elas, em geral, sentem-se pouco ameaçadas pelas pessoas econvivem pacificamente.

Observação nos grandes centros

Espécies maisameaçadas

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FALAR DO RESPEITO À NATUREZA POR MEIO DA ARTE, FAZERCOM QUE O ACESSO A ELA NÃO FIQUE RESTRITO AO INTERIORDE UMA GALERIA OU MUSEU. A OBRA DE ARTE COM ALCANCEECOLÓGICO, SOCIAL E CULTURAL MOTIVA CADA VEZ MAISARTISTAS. ELES CRIAM, IMAGINAM, DEFENDEM UM MUNDOMELHOR. NÃO É DE HOJE QUE OS ARTISTAS AMBIENTAISUTILIZAM A ARTE PARA TENTAR TRANSFORMAR A REALIDADE. NADÉCADA DE 60, ELES ERAM CONHECIDOS POR PARTICIPAR DE UMMOVIMENTO CHAMADO LAND ART.

EDU

CA

ÇÃ

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E CU

LTU

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A imagem mostrada no telejornal denuncia-va um rastro de destruição, deixado por um va-zamento de petróleo no mar, que tirou o sonodo artista plástico Sebastião Souza e deu ori-gem a várias obras de arte e a um grande pro-jeto de preservação. O projeto Vale da Vida, naregião de Cornélio Procópio, é visto por Sebas-tião, que também é seu coordenador, comouma obra aberta. As pessoas que passam porali e que plantam árvores são consideradas co-autoras do trabalho. O espectador parte da crí-tica para uma ação prática e positiva.

O local já não tem mais função produtiva.Não é utilizado como produtor de grãos ou car-ne, mas de oxigênio para a vida selvagem quepoderá se instalar.

O Vale da Vida, diz o idealizador Sebastião,“é uma escultura em processo de expansão”.Essa visão é também conhecida por Land Artou Arte da Terra, um movimento artístico nas-cido nos anos 60 que tem por característica usar

protegerA arte de

Seres-humanos

“amarrados” pelo lixo na

obra do artista plástico

Sebastião Souza

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a natureza como suporte paraa realização de obras. Os artis-tas da Land Art abandonaramos museus e passaram a inter-vir nas paisagens naturais,como desertos, cânions, lagose mares e também nas áreasurbanas.

Muitos destes artistas tra-balhavam a partir da questãoque a obra só poderia ser sen-tida se o espectador estivessedentro dela. Após várias telas pintadas com o uso de diversas marcas, nuances e diferentes diluições de

tinta preta, o artista Sebastião Souza passou a usar como suporte não mais a tela de

algodão e sim câmaras de ar recortadas e esticadas em chassis para pintura, como nessa

tela em que peixes nadam em águas pretas.

É assim que a artista plástica Ilka Soares sesente hoje. No início de 2003, ela recebeu umdiagnóstico de câncer. Procurou vários médi-cos, mas as opiniões foram pessimistas. Pas-sou, então, a pintar freneticamente. “Resolvi

Em comunhãocom a natureza

que o resto de minha vida, fosse longo ou cur-to, seria aproveitado a cada minuto. Eu já ti-nha uma pesquisa antiga, desde a década de90, sobre animais em risco de extinção e decidipintá-los”, lembra. A pesquisa foi motivada porreportagens em revistas e em canais de TV acabo. A pesquisa incluía fotos, vídeos, textos,entrevistas, livros carinhosamente arquivadospor ela. “Sempre me emocionei com este pa-radoxo: animais muito mais fortes do que o ho-mem estão sendo destruídos por este preda-dor ‘racional’ insensível e ganancioso”. Com aprópria vida ameaçada, Ilka decidiu por em prá-tica o antigo projeto de pintar quadros sobreesses animais, usando como referência estéti-ca as fotos guardadas.

Ela se antecipou ao Ano da Biodiversidadee fez no ano passado uma exposição que mos-trou animais brasileiros seriamente ameaça-dos: a onça pintada, o lobo guará, a tartarugaverde, o veado campeiro, o tamanduá-bandei-ra, o papagaio de cara roxa, o boto cor-de-rosa,o colhereiro. A artista proveitou o evento parachamar a atenção sobre os dados alarmantesa respeito da vida dessas espécies.

Ilka Soares pintou espécies ameaçadas

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Ela sempre gostou de desenhar e pintar.Quando frequentava as aulas de Biologia na Fa-culdade Estadual de Londrina, Patrícia Giloni(25031/07-D) não tinha dificuldades para retra-tar os organismos que estudava. Sempre rece-bia elogios dos colegas, filhos e marido. Foi como apoio dele que iniciou o curso de pintura naEspanha. Detalhe: além de pintar, estudava emparalelo para o doutorado na Universidade es-panhola de León. Precisou pesquisar muito naárea de ecotoxicologia. Trabalhou com afinconos sistemas de depuração de esgotos domés-ticos por macrófitas e sua capacidade de absor-ção de nutrientes (N e P). Entre um estudo e outro para conter o aumento ex-cessivo de algas, ela fazia questão de deixar espaço para as aulas de pintura.

Patrícia, formada em Biologia desde 1995, se considera uma iniciante naarte da pintura. A primeira fase comoaprendiz se refletiu numa releitura deobras de pintores famosos. “A escolhadas obras sempre tem relação com aquestão ambiental. O primeiro quadro, Oentardecer de Vincent Van Goh vejo comouma busca pela simplicidade da vida, pelocontato com a natureza... Hoje em dia,muitas vezes, envolvidos pelo excesso detrabalho, pela correria cotidiana e o es-tresse causado pelas obrigações nos es-quecemos que é na simplicidade da vidaque podemos encontrar o equilíbrio deque necessitamos para sermos felizes“,comenta.

A Bióloga acredita que a arte permi-te ver a natureza com os olhos da imagi-nação. “O homem, muitas vezes, não seinclui como parte dela e sim como um serque domina e transforma a natureza. Naverdade, fazemos parte de um todo eacredito que a arte nos transcende e nosintegra com esse universo”, conclui.

Patrícia Giloni (à esquerda, com sua

professora de pintura) encontra na arte

uma forma de integração com a natureza.

Uma Biólogapintora

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Mais informações:[email protected]

A Bióloga Fernanda de Almeida atua em váriosprojetos de conservação

Nesta seção da revista BIOPARANÁ você fica

conhecendo iniciativas de Biólogos que

atuam no interior do estado. Participe,

enviando sua sugestão de reportagem para

[email protected] NO PARANÁ

Dourado (Salminus brasiliensis), piapara (Le-porinus elongatus), piaparão (Leporinus obtusi-dens) e piava (Schizodon intermedius). Segun-do análises realizadas pela Bióloga FernandaSimões de Almeida (66027/07-D) que atua emprojetos de conservação da Biodiversidade dasespécies da bacia hidrográfica do Rio Tibagi eParanapanema são esses peixes que merecemmais cuidado na região.

As três primeiras espécies são migratórias etêm sofrido pelas seguintes razões: represa-mento do rio, pesca – já que são espécies deimportância econômica – e repovoamentos re-alizados sem conhecimentos biológicos, desres-peitando as características de estruturação ge-nética de cada espécie. Esses peixes apresen-taram uma queda no tamanho populacional euma diminuição da variabilidade genética. Asconclusões foram obtidas com dados genéticose biológicos ao longo de dez anos de avaliaçãona região do médio e baixo Paranapanema.

nas bacias do Tibagi

O Dourado (Salminus brasiliensis) é um dos peixes que merecem mais

cuidados, de acordo com os estudos da Bióloga Fernanda de Almeida

e Paranapanema

Conservando a biodiversidade

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“Uma atitude já foi tomada para tentarreverter o processo. O fechamento, no perío-do da piracema, das escadas para transposi-ção de peixes existentes nas usinas de CanoasI e Canoas II – que estava causando uma de-pleção dos peixes à jusante – já tem ajuda-do. Atualmente estamos na fase do monito-ramento das espécies com intenção de pro-por melhores ações de manejo para a con-servação dessas e de outras espécies impor-tantes”, comenta Fernanda.

A Bióloga vem desenvolvendo, desde 2002,pesquisas na área de Genética Animal em cola-boração com projetos de conservação da Ictio-fauna e Variabilidade Genética nos Laboratóriosde Ecologia e Genética Animal (LAGEA) e Labo-

ratório de Ecologia de Peixes do Museu de Zoo-logia da Universidade Estadual de Londrina.

Fernanda participa dos seguintes projetos depesquisa: Monitoramento da Ictiofauna da Re-presa da usina Escola Mackenzie (Represa Capi-vara), Rio Paranapanema - parte I - Aspectos Bio-lógicos e parte II - Análise Genética. Eles fazem omonitoramento da manutenção da variabilidadegenética e estrutura populacional de dez espéciesque foram estudadas em um projeto, realizadoentre os anos de 2000 e 2003, intitulado “Carac-terização Genética da Ictiofauna do Reservató-rio de Capivara”. Fernanda é docente do Centrode Ciências Biológicas, Departamento de Biolo-gia Geral da Universidade Estadual de Londrina.Leciona na disciplina de genética.

Coordenar o laboratório de Ecologia eConservação de Mamíferos e Tartarugasmarinhas (LEC) do Centro de Estudos doMar da UFPR é um trabalho que envolve odesenvolvimento de muitas atividadespara a Bióloga Camila Domit (50.867-07D).Uma delas é o estudo de avaliação de im-pacto e qualidade ambiental, utilizando osbotos-cinza como sentinelas ambientais(bioindicadores).

O Boto-cinza é um cetáceo de peque-no porte, com comprimento máximo de2,06m e peso máximo observado de 121kg.Sua dieta inclui principalmente peixes, crus-táceos e cefalópodes, havendo indícios deseletividade de presas entre sexos e entrediferentes fases de desenvolvimento. Sãoobservados com frequência em grupos de2 a 10 indivíduos. Alguns podem ser obser-

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A Bióloga Camila Domit anota os dados do boto-cinza, que

morreu ao encalhar na praia

no litoralPesquisando cetáceos

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Mais informações:[email protected]

vados sozinhos, sobretudo em áreas protegi-das, como no interior das baías e estuários docomplexo paranaense. Os animais recém-nas-cidos apresentam uma região acinzentada nodorso e o corpo é róseo. A coloração cinzaocorre gradualmente conforme o animal sedesenvolve. Nos adultos, o dorso e as nada-deiras são totalmente cinzas, o ventre possuiuma pequena região rosada ou esbranquiça-da e nas laterais do corpo ocorrem manchascinza-claro. O comportamento também auxi-lia no reconhecimento dos infantes. Duranteos primeiros meses de desenvolvimento per-manecem sempre junto à mãe. Os maiores,que estão aprendendo a pescar e que em al-guns momentos estão afastados dos adultos,são facilmente reconhecidos, pois executamdiversos comportamentos de brincadeiras.

As principais ameaças que afetam a espé-cie estão diretamente relacionadas com o de-senvolvimento urbano nas regiões costeiras.As ações portuárias (dragagem, derrocagem,vazamentos de óleo), a captura incidental emredes de pesca, o choque com embarcações,o turismo desordenado, o molestamento porembarcações de turismo e lazer, além da ex-ploração e o desmatamento das zonas lito-râneas são algumas das ações responsáveispelo impacto negativo sobre os cetáceos.

A poluição é um problema sério. Além dacontaminação por agentes químicos, a ingestãode polietileno e náilon e a geração de ruído porfontes antrópicas afetam os botos/golfinhos, jáque os animais desenvolvem suas relações so-ciais e com o meio de forma essencialmenteacústica. Detonações subaquáticas, construçãode estruturas que avancem mar adentro ou mes-mo à beiramar e atividades de dragagem, causamdanos e podem levar à morte de baleias e golfi-nhos presentes nas proximidades, com lesões au-ditivas comprovadas. “É necessário estabelecerdistâncias e normas de conduta que garantammenor probabilidade de causar danos físicos aosmamíferos marinhos, acredita Camila”.

A população do boto-cinza no estado do Pa-raná foi estudada quanto à ecologia alimentar,a parâmetros biológicos, como idade, cresci-mento, desenvolvimento gonadal e dimorfismosexual. O número de botos em algumas baíasfoi estimado e o comportamento da espéciedescrito para a região. Ele vem sendo monito-rado em todas as Baías do Complexo Estuari-no de Paranaguá. Essa análise faz parte de umatese em andamento. Também vêm sendo de-senvolvidos estudos sobre a forma de uso dohabitat e os padrões de residência, além da in-teração com a pesca artesanal e os índices decontaminação nos tecidos.

O golfinho-rotador encalhou vivo no litoral do Paraná e a Bióloga Camila, de

roxo, acompanhada dos colegas, ajuda a levá-lo para o mar novamente.

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DEBATE

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NO ANO EM QUE REPRESENTANTES DE TODO MUNDO TÊM ENCONTRO

MARCADO, EM OUTUBRO, NA CONFERÊNCIA DE BIODIVERSIDADE DA

ONU, QUE ACONTECE EM NAGOYA, NO JAPÃO, A FIM DE AVALIAR OS

RESULTADOS DAS AÇÕES ASSUMIDAS EM 2002 PARA PRESERVAR A

BIODIVERSIDADE, A REVISTA BIOPARANÁ ABORDA UM TEMA QUE AFETA

DIRETAMENTE OS ECOSSISTEMAS: CORREDORES ECOLÓGICOS.

QUANDO O CONCEITO DE CORREDORES ECOLÓGICOS SURGIU NA

DÉCADA DE 90, DEFENDIA A MINIMIZAÇÃO DO IMPACTO PROVOCADO

PELA FRAGMENTAÇÃO DESSES LOCAIS. NOS FRAGMENTOS FLORESTAIS

ISOLADOS, OBSERVA-SE UM EMPOBRECIMENTO CONTÍNUO DE

POPULAÇÕES E ESPÉCIES, QUE ATINGE TODO O FUNCIONAMENTO DO

SISTEMA. O ESTABELECIMENTO DE CORREDORES É UMA ESTRATÉGIA

BASEADA NA NECESSIDADE DE SE CONECTAR FRAGMENTOS FLORESTAIS,

PERMITINDO O MAIOR FLUXO GÊNICO ENTRE AS POPULAÇÕES E

AUMENTANDO A ÁREA PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS ESPÉCIES.

O QUE ACHAM OS ESPECIALISTAS DESSA ESTRATÉGIA? DE QUE DEPENDE

A EFICIÊNCIA DOS CORREDORES? QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DE UNIR

DUAS POPULAÇÕES DE DETERMINADA ESPÉCIE, QUE ESTAVAM ISOLADAS

POR MUITO TEMPO?

Até onde vai a eficáciados

Ecológicoscorredores

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““O estabelecimento dos corredores ecológicos não é suficiente para pro-

mover a conservação da biodiversidade. Nas últimas décadas uma nova

modalidade da ciência tem tratado desta questão, a Ecologia da Paisa-

gem. Vários outros aspectos devem ser levados em consideração, como

por exemplo, o tamanho do fragmento e da faixa a ser conectada, a ma-

triz da paisagem, tipo de ameaças humanas, dentre muitos outros, que

inclusive variam consideravelmente de acordo com o ecossistema.

Outro aspecto de fundamental importância é o nível de alteração dos

fragmentos. Os fragmentos melhor conservados são a fonte da biodiversi-

dade de muitos grupos de animais e plantas e consequentemente de pro-

cessos funcionais. Os processos de restauração e da promoção do estabe-

lecimento de corredores não serão bem sucedidos se estes fragmentos não

forem conservados. Além de serem fontes de propágulos para a restaura-

ção dos ecossistemas, qualquer tipo de alteração acarreta perdas de bio-

diversidade, na maior parte das vezes irreversíveis.

Outro conceito de corredores está relacionado a gestão de grandes por-

ções do território, como é a política adotada pelo Ministério do Meio Am-

biente, chamada de corredores ecológicos. É o caso dos corredores da

Amazônia e da Mata Atlântica.

Estes dois conceitos se complementam visando a conservação da biodi-

versidade a partir da gestão da paisagem em diferentes escalas, espaci-

ais, econômicas, sociais e políticas. Nessa concepção, além dos aspectos

biológicos para uma estratégia ótima de seleção de fragmentos ao longo

da paisagem, suas conexões, conserva-

ção de áreas prioritárias, estabeleci-

mento e implementação de Unidades de

Conservação, é importante o desenvol-

vimento de instrumentos econômicos e

de políticas públicas.

Um dos primeiros passos para viabi-

lizar essas estratégias de conservação

são os chamados zoneamentos ecoló-

gicoS econômicos, já definidos há mais

de uma década como uma política pú-

blica importante, mas não implantada,

sem que se tenha uma explicação

razoável até o momento.

A partir das zonas estabelecidas e

definidas de acordo com a especificida-

de de cada região, se estabelece a ges-

tão da paisagem, incluindo o planejamento de corredores e principalmente

das áreas que precisam ser conversadas para não dilapidar mais ainda o

patrimônio natural tão necessário à sociedade.

Ricardo Miranda de Britez

(05.319/07-D) é Biólogo,

mestre em Ciências do

Solo e doutor em

Engenharia Florestal.

Trabalha com botânica,

ecologia vegetal, manejo

de Unidades de

Conservação e

restauração ambiental há

mais de 25 anos. Em

2001, coordenou um

estudo que apontou o

risco de extinção das

Florestas com Araucária

no Estado do Paraná.

Atualmente, integra a

equipe da ONG Sociedade

de Pesquisa em Vida

Selvagem e EducaçãoAmbiental – SPVS –, onde

coordena projetos que

aliam a temática

conservação da

biodiversidade e

mudanças climáticas.

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““Em paisagens fragmentadas, a manutenção da biodiversidade de-

pende, dentre outros fatores, da conectividade dos fragmentos. As co-nexões podem ser feitas por meio de corredores contínuos ou por pe-quenas áreas situadas entre os fragmentos, os chamados “steppingstones” ou pontos de conexão. As florestas ciliares podem formar co-nexões naturais entre habitats isolados, além de prestar importantesserviços ambientais. Quando bem conservadas, funcionam como cor-redores eficientes para muitos grupos animais, fornecendo-lhes abri-

go e alimento, além deuma área de passagem.

Daí a importância dasua preservação ou, na suaausência, recuperação. Amanutenção e a recompo-sição de todo e qualquer re-manescente florestal, inde-pendente do seu tamanhoe localização, aqui incluí-das as áreas de Reserva Le-gal, também é fundamen-tal para a formação deuma malha florestal, pormeio da formação de pon-tos de conexão. Sugere-seque, onde e quando possí-

vel, a recuperação dessas áreas seja induzida por meio de técnicas deatração de dispersores de sementes e nucleação como o uso de polei-ros artificiais para aves e de óleos essenciais de frutos para morcegos.A principal vantagem dessas técnicas, além do baixo custo em relaçãoà produção e ao plantio de mudas, é o grande potencial de reprodu-ção da composição e estrutura originais da vegetação local, dificilmenteatingida por meio do plantio de mudas. A efetividade dos corredores,originais ou recuperados, para a manutenção da biodiversidade, noentanto, precisa ser avaliada, inclusive para o seu correto delineamen-to (p.ex. dimensões, estrutura). Nesse caso devem ser empregados in-dicadores, tais como parâmetros populacionais das espécies de inte-resse, medidas do fluxo de indivíduos, propágulos ou genes entre osremanescentes, comparando o uso dos diferentes elementos da paisa-gem, notadamente dos corredores florestais. Com relação a problemade depressão por exocruzamento, isso realmente pode acontecer. Noentanto, sempre e quando falamos de corredores, a função éreconectar habitats que estavam conectados no passado recente, nãogeológico. Assim, corredores não devem ser instalados entre habitatsque nunca foram conectados. No entanto, em ambientes terrestres,essas considerações são mais teóricas do que práticas, já que dificil-mente um corredor vai conseguir unir ambientes ou ecossistemas com-pletamente isolados.”

Sandra Mikishi (08.466/

07-D) é Bióloga, mestre e

doutora em Zoologia,

pesquisadora da Embrapa

Florestas na área de

Ecologia. Desenvolve

pesquisas com ecologia de

aves e mamíferos,

frugivoria e dispersão de

sementes, manutenção e

recuperação de ambientes

florestais.

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E N T R E V I S T A

BOTÂNICOHATSCHBACHGERDT

20Gerdt em Sapitanduva, no litoral do Paraná. Por mais de 20

anos a reserva pertenceu a ele. Os anos passaram e o

botânico precisou vendê-la, pois já não podia viajar com

frequência para cuidar do local, que reunia as mais variadas

espécies. Gerdt fazia questão de manter as plantas

identificadas para que os visitantes, de várias partes do

mundo, pudessem ter informação sobre elas.

Ele perdeu as contas de quantas vezes osatendentes de hotel negaram pousada ou olharamdesconfiados depois de entrar na portaria todo cheiode barro, suado e despenteado por ter passado o diainteiro no meio da mata, fazendo coleta de espécies,primeiro, para a sua coleção particular; mais tardepara o museu que ele fundou em 1965 no PasseioPúblico. Hoje a sede do Museu é no Jardim Botânico.

Ao publicar essa entrevista com Gerdt Hatschbach,BIOPARANÁ quer fazer uma homenagem a essebotânico e químico que, em agosto, completou 78anos. Ele chega em 2010, no Ano da Biodiversidade,como o responsável por apresentar à ciência 500novas espécies. Hoje já não pode fazer mais longasexpedições, por recomendação médica. Após aangioplastia e com o marca-passo, colocado há doisanos, as viagens de coletas tiveram que sersuspensas. Mas, a saudade daquela época ficou. Emparte, ela é amenizada pelo meio período que Gerdtpassa no Museu, abrindo as incontáveis caixas eenvelopes de correspondências que chegam de todaparte do mundo, contendo espécies das maisvariadas.

Em seu artigo publicado originalmente em 01 desetembro de 1988, o jornalista paranaense jáfalecido, Aramis Millarch, lembra que nas suaspesquisas para colher espécimes da floraparanaense, o então jovem Gerdt Hatschbach foi umdos primeiros a escalar o Marumbi e outraselevações da Serra do Mar. Isso no início dos anos40. Quando o Brasil declarou guerra aos países doEixo, a sua atividade de cientista na Serra do Mar foiconfundida com a “de espião nazista”. Ao voltar deuma de suas expedições acabou preso. O que osalvou de ficar mais de um dia na prisão foi odiploma de colaborador voluntário, assinado peloentão interventor Manoel Ribas, pelos seus 10 anosde ajuda espontânea ao Museu Paranaense, “semnunca ter recebido um centavo”.

Trabalhando como representante comercial parasobreviver, Gerdt preferia sempre “os lugares maisdifíceis e inóspitos, mas que tinham uma fauna rica”e assim, dando mais atenção à coleta de exemplaresde plantas do que aos negócios, foi fazendo o seupróprio acervo - que, mais tarde, incorporaria aoMuseu Botânico.

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BIOPARANÁ: De onde vem essa

fascinação pelas plantas?

GERDT HATSCHBACH: Meu pai tinhafábrica de calçados e tambémuma coleção de orquídeas. Gos-tava delas e também dos insetos.Com 10 anos eu coletava ara-nhas. Colocava os insetos vivosdentro de caixas e guardava numquartinho próximo da cozinha danossa casa. Um dia minha mãeabriu a caixa e quase morreu desusto com aquele monte de ara-nhas lá dentro. Ficou brava comi-go. Um pouco mais tarde chegueia montar uma coleção de cincomil coleópteros (besouros e es-caravelhos). Com quinze anos, co-nheci o Padre Jesus Moure, espe-cialista em abelhas silvestres e queme ensinou muito sobre plantas.

BIOPARANÁ: O senhor tem ideia

de quantas espécies coletou

depois que começou a

trabalhar como auxiliar

voluntário da Subseção de

Invertebrados de Zoologia do

Museu Paranaense, em 1941?

GERDT HATSCHBACH: Perto de 80 milespécies foram coletadas pormim das 360 mil catalogados aquino Museu Botânico. Antes de fi-car guardadas aqui, ficavam nomeu laboratório que, primeiro,era de química, depois virou umlocal para abrigar as espécies queeu coletava.

BIOPARANÁ: Mesmo aposenta-

do o senhor continua traba-

lhando no Museu?

GERDT HATSCHBACH: Hoje vou aomuseu só meio período. Foi o queo médico liberou depois que co-loquei marca-passo dois anosatrás. Não posso mais fazer es-forço e viagens longas. A últimaque fiz foi para Minas Gerais, háuns seis anos.

Sabe que muitas vezes viajavacom o meu próprio carro, já queo museu não tinha dinheiro. Fizuma viagem longa assim para Per-nambuco. Algumas vezes viajavade avião. Mas não gosto muito,não. Numa viagem de volta deManaus, um dos motores falhoue o avião passou a voar muitobaixo. Imagina que só havia flo-resta lá embaixo... Depois disso,passei a ter receio de voar.

No museu separo as plantas eabro as correspondências quechegam de toda parte do mundo.O museu faz muitas permutas.Recebo caixas e caixas com es-pécies de vários países. Faz pou-co tempo, recebi quatro caixasque vieram do México.

BIOPARANÁ: O senhor viajou

muito coletando espécies de

plantas. Alguma dessas

viagens foi mais marcante?

GERDT HATSCHBACH: Comecei via-jando aqui pelo Paraná. Subi oMarumbi muitas vezes, mas nãoescalava os paredões porque nãogostava muito. Preferia a mata evegetação baixa, que apresenta-va espécies tão diferentes. Colo-cava minha mochila nas costas elá ia. Os amigos sempre acaba-vam me deixando para trás. Fica-va encantado com uma e outraespécie. Ia devagar para não dei-xar passar nenhuma diferente.

Nas muitas viagens que fazia para

coletar plantas Gerdt levava a mulher

Maria. O botânico fazia do carro

particular, veículo de trabalho.

Em 2003, o casal foi para Cristalina, em

Goiás. Toda planta que coletava, Gerdt

mostrava à mulher. O casal, que não

teve filhos, parece nas fotos, estar em

eterna lua-de-mel. O marido sempre se

lembrava de presentear Maria com sua

segunda paixão: as plantas.

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Sempre me lembro também deuma viagem para Manaus que eufiz em 74. Coletei muito materi-al lá, mais de mil espécies. Umaparte trouxe comigo para Curi-tiba e a outra pedi para um téc-nico de lá enviar para mim pelocorreio. Só que o material nun-ca chegou. Eram espécies mara-vilhosas. Até hoje me lembro dis-so com tristeza.

Um outro episódio que me cau-sou tristeza foi a vez que uma es-tufa pegou fogo no laboratório naminha casa. Os vizinhos vieramacudir. Foi um susto e uma frus-tração, depois de tanto trabalho.Isso faz muito tempo. Ainda nemera casado.

BIOPARANÁ: Quando o senhor se

casou?

GERDT HATSCHBACH: Em 1972. De-pois disso, a Maria me acompa-nhou na maioria das viagens decoleta.

BIOPARANÁ: O senhor sente

saudade daquela época?

GERDT HATSCHBACH: Sinto sim. Só oque não me agradava muito enão me agrada é a política. Naépoca da ditadura então... Acha-va um absurdo ter que cantar ohino nacional antes de começar aaula... Mas de maneira geral con-sidero a minha vida maravilhosa.Sempre fiz tudo que gosto...

Gerdt no Museu Botânico que hoje tem sede no Jardim Botânico.

Quando foi criado em 1965, funcionava no Passeio Público, em

Curitiba.

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Apesar dos significativos avanços científi-

cos e conservacionistas ocorridos no País

nos últimos trinta anos, o Brasil carece de

boas sínteses em linguagem acessível, tan-

to para os alunos de graduação e pós-gra-

duação como para os gestores de áreas

protegidas de projetos de conservação, de

comitês de bacias hidrográficas, de corre-

dores ecológicos e de projetos de recupe-

ração ambiental. O livro

oferece importante contri-

buição para que se possa

melhor orientar os esfor-

ços governamentais e pri-

vados de conservação da

biodiversidade no Brasil.

“Biologia da Conservação:

Essências” não é uma re-

visão exaustiva de todo o

campo da Biologia da con-

servação.

Uma característica dessa

obra é a ênfase dada ao

valor e à limitação das atu-

ais teorias e das modernas metodologias

disponíveis, bem como a farta apresenta-

ção de exemplos brasileiros. O livro vem pre-

encher uma lacuna na literatura nacional e

é demonstração do grau de maturidade da

comunidade científica brasileira.

L I V R O S

A Publicação traz conteúdo científico de

forma lúdica e destina-se a professores e

educadores que trabalham o tema biodi-

versidade com crianças e jovens. A obra é

uma adaptação brasileira de “Exploring

Biodiversity”, guia lançado pela Conser-

vação Internacional e pelo WWF nos Es-

tados Unidos.

O livro reúne textos e

atividades práticas.

Embora a faixa etária

recomendada para a

aplicação prática do

material seja a partir

dos 11 anos, os auto-

res ressaltam que di-

versas atividades po-

dem ser adaptadas

para grupos de crian-

ças mais novas e

adultos.

Foi preciso incluir um capítulo na publi-

cação original, já que a biodiversidade no

Brasil é diferente, mais rica. O livro tam-

bém aborda os corredores de biodiversi-

dade, que são pontes entre diferentes am-

bientes naturais e não existem nos EUA,

onde o livro fez muito sucesso.

O livro está disponível para download

nos sites:

Conservação Internacional

(www.conservacao.org)

WWF-Brasil (www.wwf.org.br).

Para adquirir um exemplar, enviar

solicitação para

[email protected]

EDITORA: Ed-Rima

Autores: Maria Alice dos Santos Alves

/ Helena de Gogoy Bergallo / Carlos

Frederico Duarte da Rocha

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guia de apoio aoseducadores do Brasil

INVESTIGANDO ABIODIVERSIDADE:

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