rogério dias regazzi especialista em acústica, vibrações e

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Instrutor: Rogério Dias Regazzi 1 APRESENTAÇÃO: REQUISITOS MÍMIMOS PARA VIBRAÇÃO EM BARCO INSTRUTOR Rogério Dias Regazzi Especialista em Acústica, Vibrações e Soluções Sustentáveis M.Sc e Engenheiro de Segurança do Trabalho Diretor 3R Brasil Tecnologia Ambiental Diretor Isegnet.com.br e inovando no Isegnet Livros: Perícia e Avaliação de Ruído e Calor - Passo a Passo Soluções Práticas de Instrumentação e Automação (Utilizando a Programação Gráfica LabVIEW) Integração do conhecimento PREVENÇÃO PARCERIA 3R BRASIL & ISEGNET NOSSO OBJETIVO COM ESTE MATERIAL A responsabilidade dos profissionais de engenharia transcende as questões puramente mercadológicas e capitalistas. O CREA vem aumentando sua presença e informando gestores e empresas sobre as questões relativas às especificidades e requisitos mínimos de capacitação e conhecimento para que se tenha o foco nos princípios mínimos envolvidos com saúde, segurança, meio ambiente, sustentabilidade, com a valorização do regionalismo, e, o direito do consumidor. Muitos desconhecem da necessidade de certidões de registro em órgãos públicos para a realização de serviços especiais. Os profissionais de universidades, professores, quanto engenheiros de órgão públicos que militam na área também devem ter esses registros emitidos pelos órgãos de classe.

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Instrutor: Rogério Dias Regazzi 1

APRESENTAÇÃO: REQUISITOS MÍMIMOS PARA VIBRAÇÃO EM BARCO

INSTRUTOR Rogério Dias Regazzi

Especialista em Acústica, Vibrações e Soluções Sustentáveis M.Sc e Engenheiro de Segurança do Trabalho

Diretor 3R Brasil Tecnologia Ambiental Diretor Isegnet.com.br e inovando no Isegnet

Livros:

Perícia e Avaliação de Ruído e Calor - Passo a Passo Soluções Práticas de Instrumentação e Automação

(Utilizando a Programação Gráfica LabVIEW) Integração do conhecimento ⇒⇒⇒⇒ PREVENÇÃO

PARCERIA 3R BRASIL & ISEGNET

NOSSO OBJETIVO COM ESTE MATERIAL A responsabilidade dos profissionais de engenharia transcende as questões puramente mercadológicas e capitalistas. O CREA vem aumentando sua presença e informando gestores e empresas sobre as questões relativas às especificidades e requisitos mínimos de capacitação e conhecimento para que se tenha o foco nos princípios mínimos envolvidos com saúde, segurança, meio ambiente, sustentabilidade, com a valorização do regionalismo, e, o direito do consumidor. Muitos desconhecem da necessidade de certidões de registro em órgãos públicos para a realização de serviços especiais. Os profissionais de universidades, professores, quanto engenheiros de órgão públicos que militam na área também devem ter esses registros emitidos pelos órgãos de classe.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 2

Tanto nas auditorias privadas e fiscais quanto nas instruções normativas, ordens de serviços ou recomendações internacionais, a co-responsabilidade dos gestores frente a aquisições de materiais e serviços de terceiros, principalmente quando se está tratando de questões de saúde, segurança e meio ambiente, é muito séria. Muito se fala ou comenta com relação aos profissionais de saúde e segurança do trabalho que atuam nas questões de medição, inspeção e monitoramentos ambientais, sem se preocupar com as necessidades mínimas de aptidões e capacitação para entender e aplicar Normas Técnicas. São esquecidos que as Normas Técnicas fazem menção à capacitação do profissional, principalmente quando estão envolvidas questões técnicas complexas de engenharia. Vaso de pressão, acústica e vibrações quanto sistemas de geração e distribuição de potência e fundações são bons exemplos. No caso de vaso de pressão, ar-condicionamento, acústica e vibrações são requeridos como nas Normas Técnicas formação mínima de graduação em engenharia mecânica, quanto também nos casos que envolvem eletricidade que requeri especialidade em engenharia elétrica. O mesmo ocorre com as engenharias: naval e civil. Essas formações deveriam se estender não só para questões de projeto como para medições, avaliações e monitoramento. Contudo, algumas normas referentes a estas questões não são claras quanto à capacitação do profissional. Neste contexto e devido a inúmeras dúvidas de internautas, preparamos este material referente a uma importante área do conhecimento, focadas nos requisitos mínimos para a questão de monitoramento de nível de pressão sonora e vibrações em embarcações. O monitoramento constante de vibração como fator inovador a ser integrada a instrumentação de embarcações e Iates que primam pelo conforto é um diferencial competitivo, é uma tendência normativa. Vamos conhecer um pouquinho essa importante área para exigir de nossos parceiros, colaboradores e terceirizados serviços confiáveis e de qualidade, evitando atender meramente questões de pro-forma ou documentais; sem qualquer respaldo técnico e legal quando são requisitados. 1. PRINCÍPIO A menor anomalia em um sistema dinâmico causa variações na intensidade das vibrações do sistema. Em alguns casos, ocorrem picos de intensidade que excedem o nível de Nível de Pressão Sonora e Vibração recomendado ou normal. Para atingir este objetivo devem ser consideradas as freqüências naturais dos vários tipos de vibração: globais, de subgrupos e locais. As vibrações globais dizem respeito à viga-navio e englobam vibrações verticais e transversais devido à flexão, vibrações torsionais e vibrações longitudinais. Por vibração de subgrupos entendem-se vibrações em áreas maiores como as superstruturas, chaminé, casario, zona de ré do casco e do leme, etc. As vibrações locais são as que ocorrem num elemento estrutural: chapas e painéis (anteparas, partes de pavimentos, chapas de pavimentos entre reforços, balizas,

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 3

sicórdias, trincanizes, longitudinais), vigas (mastros, veio, gruas), sistemas elásticos com massas concentradas (auxiliares, caldeiras, condensadores). Nas vibrações locais o comportamento dinâmico do elemento não é significativamente afetado pelos elementos circundantes. Os níveis destas vibrações podem ser bastantes elevados e, quando este fenômeno ocorre numa zona de passageiros e/ou tripulação, pode ser uma causa de problemas (ref ANÁLISE DE VIBRAÇÕES NO SELF-SERVICE DE UM NAVIO DE PASSAGEIROS, Regina Esteves e José Manuel Gordo). 2. CONCEITOS Vibração é o movimento, oscilação de objetos ou estruturas. Quando, através do tato, sentimos a oscilação de uma corda de violão, sabemos intuitivamente o que é uma vibração. Podemos dizer que ela está vibrando e, inclusive, ver o movimento. Este movimento é periódico, isto é, ele completa o ciclo a cada intervalo de tempo. A vibração pode ser causada por desigualdade de massas em rotação, isto é, rodas desbalanceadas, ajustes e tolerâncias incorretas, peças de movimentos alternativos, por desequilíbrio dinâmico, eixos desalinhados e fluídos em escoamento turbulento, etc. Diz-se que um corpo vibra quando descreve um movimento oscilatório em relação a uma posição de repouso (referência). Se tivermos uma pequena massa presa a uma mola, e comprimirmos a mola, daremos início a um movimento vibratório, ou seja, a mola, comprimida, empurrará a massa em sentido contrário, dando origem à vibração; que é um movimento de vai -e- vem numa determinada direção. De fato, todos os objetos materiais podem vibrar, contudo, nem sempre podemos perceber o movimento através do tato. Por exemplo, o ar ao redor da corda também se movimenta, e o tato nada nos indica, apesar das duas oscilações serem essencialmente semelhantes. Por costume, se a oscilação for facilmente detectável pelo tato, ela é chamada simplesmente de “vibração”. Se for detectável pelo sistema auditivo, é chamada de som, ou vibração sonora. A ISO classifica as vibrações da seguinte forma: • Vibrações Contínuas Comumente encontradas em estruturas excitadas por máquinas rotativas como bombas e alguns compressores. Máquinas alternativas também são outros exemplos. • Aleatórias ou de Multi-frequências (banda larga) Esse tipo de vibração não é comumente encontrada em edificações. A ISO propõe o estudo em terças de oitava ou valor global sendo que o primeiro é o mais preferido. • Intermitente Essa excitação é caracterizada por manter determinado nível de vibração por um considerado número de ciclos; um caimento transiente e subseqüente repetição do evento similar. Podem ser excitações de alguns segundos. São encontradas no interior de edifícios que sofrem influência de tráfico ou de máquinas de partidas constantes ou de serviços intermitentes.

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• Choque impulsivo Excitação caracterizada por uma rápida subida para um valor de pico seguido de um decaimento. É encontrada nos arredores de construções de edifícios e pontes, podem ser também encontrada em processos de fabricação como forjamento, corte e estampagem de peças ou qualquer outra máquina de impacto. As vibrações impulsivas devem ser apresentadas em valores de pico (peak unit). O fator de 0,71 deve ser multiplicado as medições em r.m.s. As intermitentes são tratadas como contínua no instante considerado. Apresentam os mesmos limites de incômodo, o que difere é o tratamento por número de eventos por dia. O ser humano apresenta maior sensibilidade nas direções x e y quando em baixa freqüência. Isso pode ser visto na curva padrão combinada das três direções e é obtido para o caso mais crítico dos eixos z, x e y. As curvas de ponderação são montadas usando as respostas nas freqüências de 8 Hz a 80 Hz na direção z e as respostas entre 1 Hz e 2 Hz na direção x/y. Os valores para as freqüências entre 2 Hz e 8 Hz são obtidas da interpolação das duas curvas. Estas curvas são constantemente utilizadas para avaliar o efeito no ser humano conforme região investigada. 3. DEFINIÇÕES Apresentaremos abaixo algumas definições importantes para podermos aprofundar nossos conhecimentos sobre vibrações, são elas: A) Amplitude: é o valor máximo, considerando a parte de um ponto de equilíbrio, atingido pela grandeza que está sendo considerada, que pode ser, dependendo do interesse específico, o deslocamento, a velocidade, a aceleração ou a pressão. No caso das “vibrações”, são utilizadas as três primeiras grandezas. No caso das vibrações sonoras, utiliza-se a pressão. B) Freqüência: é o número de vezes que a oscilação é repetida, na unidade de tempo. Normalmente é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). C) Comprimento de onda: é a distância percorrida, para que a oscilação repita a situação imediatamente anterior, em amplitude e fase. Normalmente, é designada pela letra lambda (λ). Ligando o comprimento da onda com a sua freqüência pode-se obter a velocidade de propagação da vibração, na forma seguinte:

C = f . λλλλ

onde: C = velocidade de propagação (m/s) f = freqüência da oscilação (Hz) λ = comprimento de onda (m)

D) Período: é o intervalo de tempo necessário para que um ciclo se complete, para que o corpo ou sistema parta de um ponto, execute os movimentos e retorne ao estado inicial. O

período é designado pela letra T, e é o inverso da freqüência, isto é, f1 T =

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 5

E) Pressão sonora: variação dinâmica na pressão atmosférica que pode ser detectada pelo ouvido humano. Normalmente, é medida em N/m2, unidade de pressão denominada Pascal (Pa). (1 Pa = 1 N/m2). F) Potência sonora: total da energia sonora emitida por uma fonte, por unidade de tempo. G) Intensidade sonora: quantidade média, em um ponto específico, de energia sonora transmitida numa determinada direção, através de uma unidade de área perpendicular à direção da propagação do som. H) Amortecedor: qualquer meio capaz de dissipar a energia vibratória de um meio vibrante. I) Integrador: filtro elétrico utilizado para converter o sinal vibratório de aceleração em um sinal, cuja amplitude é proporcional ao deslocamento ou à velocidade. J) Acelerômetro: sensor cujo sinal elétrico é proporcional à aceleração. k) Isolamento: redução da capacidade de um sistema para reagir a uma excitação ou para gerar uma excitação. No caso das vibrações é obtida isolamento através do uso de suportes resilientes. No caso do som, através de materiais e estruturas diversas. L) Isolante da vibração: suporte resiliente que reduz a transmissão da vibração. M) Som: energia transmitida por vibrações no ar (ou outros materiais) e que causa a sensação de audição, quando o som não é desejado, é molesto ou nocivo, deve ser chamado de ruído. N) Ruído: fenômeno físico que, no caso da acústica, indica uma mistura de sons cujas freqüências não seguem nenhuma lei precisa; é freqüente encontrar “ruído” sendo utilizado no sentido de som indesejável, deve ser lembrado que ruído, além do fenômeno físico, inclui componentes subjetivos de percepção sonora. O) Reverberação: é a permanência de um som depois que a fonte de som deixa de emiti-lo, tempo de reverberação é o tempo, em segundos, em que a pressão sonora, em uma freqüência específica, caia para 60 db depois que a fonte para de emitir som. P) Onda estacionária: onda periódica com uma distribuição fixa no espaço, que é o resultado da interferência de ondas de mesma freqüência e tipo, é caracterizada pela existência de amplitudes máximas e mínimas, fixas no espaço. Q) Nível RMS: É o valor eficaz ou média quadrática, representa a energia média das vibrações, isto é, o seu poder destrutivo expressa pela raiz quadrada da média aritmética de um conjunto de valores quadráticos instantâneos, é a pressão efetiva obtida a partir de valores instantâneos num determinado intervalo de tempo.

( )∫=T

o

2 dt t x T 1 XRMS

R) Nível de Pico a Pico: É a maior amplitude que as vibrações atingem na oscilação de freqüência em um ciclo completo em torno do eixo.

Sen wt X XP o=

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S) Nível Médio: É o valor que representa a média da amplitude entre o valor máximo e o eixo.

∫=T

o dt x T 1 XM

T) Aceleração: É a variação da velocidade com o quadro do tempo (m/s2). U) Deslocamento: É a movimentação do corpo ou sistema em relação a um ponto de referência. V) Índice de redução sonora (SRI ou R) – É um índice utilizado para expressar a

propriedade de isolamento entre ambientes em dB. Pode ser obtido em oitavas ou terças de oitavas. O R normalmente se refere a propriedade de produtos e materiais portanto obtido em Laboratório e estimado no ambiente, enquanto o SRI é utilizado para avaliação do isolamento real medido entre os ambientes.

X) Diferença de nível sonoro padronizado (D) – A diferença de nível de pressão sonora padronizado é utilizada para avaliar o isolamento de ruído aéreo entre salas. A diferença de nível de pressão sonora por uma partição vai depender da absorção na sala de recebimento. É recomendado que a diferença de nível medido seja corrigida conforme o tempo de reverberação da sala de recebimento (padrão de 0.5 segundos).

Z) nível de pressão sonora de isolamento de impacto (L) – Índice de avaliação de isolamento sonoro do piso.

Z1) Ruído estrutural – Onda sonora que viaja de um espaço a outro não através do ar mas através das estruturas das construções. É conhecido como som “structureborn”. Esta é uma forma de transmissão “flanking”. Estes podem ser transmitidos a longas distâncias com pouca atenuação e ser re-irradiados em outro ambiente causando problema distante da fonte original de ruído.

Z2) Coeficiente de transmissão de som (TC) – O coeficiente de transmissão de som é uma medida da energia do som incidente que passa através de parede, porta, partição ou qualquer barreira. O som não passa realmente através da parede, a energia de som incidente provoca vibração na parede ou barreira que vibra e então irradia som para o espaço de recebimento.

Z3) Coeficiente de absorção sonora (α) – Esta é a quantidade usada para descrever a capacidade de absorção sonora de um material. Para um material perfeitamente absorvedor, o índice “α” deve ter um valor de 1, enquanto para um perfeitamente refletor, deve ter o valor de zero. O coeficiente de absorção varia com a freqüência e também com o ângulo no qual o som incide no material. Devido à dependência angular é comum medir o coeficiente de absorção de materiais em campos de som difuso para que o som efetivamente bata no material por todos os ângulos de incidência. O coeficiente de absorção medido sob essas condições é conhecido como coeficiente de absorção sonora de incidência randômica.

Z4) Noise criteria (NC) – O conceito de NC foi originalmente desenvolvido nos EUA para classificação de ambientes com aplicações comerciais. O cálculo do NC é baseado nas bandas de oitava em dB comparadas as curvas de referência padrões estabelecidas pela literatura. O valor de NC será o da primeira curva acima da interceptação da oitava de freqüência medida no ambiente em dB.

Z5) Noise rating number (NR) – Índice de classificação de ambiente utilizado em projetos acústicos na Europa. O cálculo do NR é baseado nas bandas de oitava em dB

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 7

comparadas as curvas de referência padrão estabelecidas pela literatura. O valor de NR será a mais alta curva que intercepta a oitava de freqüência medida no ambiente em dB.

Dados Técnicos Importantes:

Fig. 1 - Pontos de medição Pavimento 5, zona de ré de uma embarcação

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 8

Através dos dados apresentados podemos verificar o grau de conhecimento necessário para realização de medição de vibração para a questão de enjôo, conforto, trabalho eficiente e insalubridade. Só para se ter uma idéia do grau de conhecimento metrológico que o especialista deve ter para não cometer erros de medição e avaliação. Os dados fornecidos neste caso são em níveis globais “peak” em mm/s e fornecido as freqüências mais relevantes. Medição Peak, por exemplo não quer dizer na detecção Peak dos equipamentos de medição que relaciona velocidade de detecção, isto é, deriva e a histerese de subida e descida. O valor Peak neste caso é uma unidade que está relacionada com a amplitude de oscilação. O valor RMS, por exemplo, é igual a 0,707 do valor Peak e este dado é fundamentais para a calibração e verificação do equipamento de medição. Requisitos relacionados ao conforto: Requisitos relacionados ao conforto de ruído e vibração em grandes barcos e embarcações do tipo iate, geralmente caem em três categorias básicas:

� Limites de ruído quando a embarcação está em andamento e quando fundeado ou no cais; � Vibração limites quando embarcação está em andamento e quando fundeado ou no cais; � Privacidade acústica entre os diferentes espaços

Nos últimos anos várias sociedades de classificação de embarcação começaram a publicar regras para Conforto. As regras da classe incluem limites de tolerância para ruído (nível de pressão sonora) e vibração: Para NPS Limites:

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 9

Isolamento acústico:

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 10

Medições com analisador de freqüência em motor diesel em diferentes configurações. Este processo permite identificar e analisar as características das fontes principais para a questão do impacto do ruído e controle coletivo na propagação/transmissão das ondas sonoras. As medições foram realizadas de forma contínua em 360 graus ao redor do motor.

Localização: Motor a diesel – Medição para avaliação e

caracterização da fonte. Medição no sentido horário a 1 m do motor.

Principal Fonte: Motor com “descarga velha”.

Ponderação (Lin)

Unidade dB[2.000e-05 Pa], RMS)

Data/Horário: 17/01/2011 13:39

16 Hz 61,4 dB(lin)

31.5 Hz 91,4 dB(lin)

63 Hz 93,2 dB(lin)

125 Hz 87,4 dB(lin)

250 Hz 92,1 dB(lin)

500 Hz 94,1 dB(lin)

1 kHz 89,0 dB(lin)

2 kHz 90,1 dB(lin)

4 kHz 87,9 dB(lin)

8 kHz 84,7 dB(lin)

16 kHz 80,3 dB(lin)

Leq = 96,7 dB(A) Leq = 100,4 dB(lin)

#134 [Média] Hz dB (Lin) Hz dB (Lin)500 94.1 16 k 80.3

50

60

70

80

90

31.5 63 125 250 500 1 k 2 k 4 k 8 k 16 k

A* 96.7

Lin* A* NR Ec*#134 Leq 20ms A dB SEL dB19/08/10 08:43:12:560 96,5 0h00m43s720 113,0

#134 Leq 20ms Lin dB SEL dB19/08/10 08:43:12:560 100,7 0h00m43s720 117,1

#134 Rápido 20ms A dB SEL dB19/08/10 08:43:12:560 96,6 0h00m43s720 113,0

#134 Pico 20ms C dB SEL dB19/08/10 08:43:12:560 115,7 0h00m43s720 ---

Espectro

7080

90

100

110120

43m00 43m10 43m20 43m30 43m40 43m50

Localização: Motor a diesel – Medição para avaliação e

caracterização da fonte. Medição no sentido horário a 1 m do motor.

Principal Fonte: Motor com “descarga Nova”.

Ponderação (Lin)

Unidade dB[2.000e-05 Pa], RMS)

Data/Horário: 17/01/2011 13:49

16 Hz 62,9

31.5 Hz 88,4

63 Hz 88,3

125 Hz 91,6

250 Hz 99,5

500 Hz 95

1 kHz 86,9

2 kHz 88,3

4 kHz 86,2

8 kHz 84,7

16 kHz 79,8

Leq = 96,9 dB(A) Leq = 102,3 dB(lin)

#134 [Média] Hz dB (Lin) Hz dB (Lin)500 95.0 16 k 79.8

50

60

70

80

90

100

31.5 63 125 250 500 1 k 2 k 4 k 8 k 16 k

A* 96.9

Lin* A* NR Ec*#134 Leq 20ms A dB SEL dB19/08/10 08:40:54:680 96,4 0h00m48s820 113,3

#134 Leq 20ms Lin dB SEL dB19/08/10 08:40:54:680 102,3 0h00m48s820 119,2

#134 Rápido 20ms A dB SEL dB19/08/10 08:40:54:680 96,5 0h00m48s820 113,4

#134 Pico 20ms C dB SEL dB19/08/10 08:40:54:680 119,2 0h00m48s820 ---

Espectro

7080

90

100

110120

40m00 40m10 40m20 40m30 40m40 40m50 41m00

Localização: Motor a diesel – Medição para avaliação e

caracterização da fonte. Medição no sentido horário a 1 m do motor.

Principal Fonte: Trado “sem descarga”.

Ponderação (Lin)

Unidade dB[2.000e-05 Pa], RMS)

Data/Horário: 17/11/2010 13:54

16 Hz 72,9

31.5 Hz 99,4

63 Hz 102,1

125 Hz 103,9

250 Hz 108,5

500 Hz 107

1 kHz 103,1

2 kHz 109,6

4 kHz 110,7

8 kHz 107,8

16 kHz 101,5

Leq = 115,7 dB(A) Leq = 116,8 dB(lin)

#134 [Média] Hz dB (Lin) Hz dB (Lin)31.5 99.4 16 k 101.5

30

40

50

60

70

80

90

100

110120

31.5 63 125 250 500 1 k 2 k 4 k 8 k 16 k

A* 115.7

Lin* A* NR Ec*#134 Leq 20ms A dB SEL dB19/08/10 08:45:09:660 115,7 0h00m29s340 130,4

#134 Leq 20ms Lin dB SEL dB19/08/10 08:45:09:660 116,8 0h00m29s340 131,5

#134 Rápido 20ms A dB SEL dB19/08/10 08:45:09:660 115,7 0h00m29s340 130,4

#134 Pico 20ms C dB SEL dB19/08/10 08:45:09:660 143,9 0h00m29s340 ---

Espectro

60

80

100

120

140

45m10 45m15 45m20 45m25 45m30 45m35 45m40 45m45 45m50

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 11

Para vibração ( faixa de medição: 5Hz a 100Hz):

� DNV — Rules for Ships, Part 5 Chapter 12 — Comfort Class (July 1995) � RINA — Rules for the Evaluation of Noise and vibration Comfort on Board Pleasure

Vessels � Lloyd s - Provisional Rules, Passenger and Crew Comfort, Feb. 1999 � ABS — Guide for Passenger Comfort on Ships, December 200

Nestes valores ainda são inseridas as tolerâncias e os números de pontos. As medições devem ser realizadas com instrumentação com capacidade de medição acima de 1 Hz. Este é outro ponto importante. A maioria dos equipamentos medem a partir de 10Hz não tendo capacidade nem referência para baixa freqüência. Como estamos relacionando questões de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente onde são comparados valores absolutos de amplitude a limites Normativos e Legais, o sistema de medição deve ter referência em baixa freqüência, onde estão situadas a faixa mais sensível para o corpo humano. As medições normalmente são realizadas com acelerômetro como transdutor o que faz com que os medidores tenham circuito de integração para que possamos passar da unidade de aceleração de m/s2 para a de velocidade de mm/s. Não é recomendado medir em mm/s e passar para m/s2 devidos aos inúmeros erros envolvidos na derivação do sinal.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 12

4. VIBRAÇÃO E SAÚDE A higiene ocupacional estuda as vibrações do ponto de vista da saúde, fadiga e conforto do trabalhador. As normas internacionais ISO, NIOSH e ACGIH apresentam procedimentos e estudos nessa área, não definitivos, mas oferecendo metodologias e limites de tolerância para avaliação ocupacional da vibração. Uma exigência básica de todo trabalho vibratório, seja no projeto das máquinas que usam energia vibratória, seja obtendo e mantendo o bom funcionamento de aparelhos mecânicos, está na capacidade de se conseguir uma avaliação exata dessa vibração por meio da medição e análise. No Brasil ainda não existe uma norma da ABNT que estabelece de forma clara uma metodologia para avaliação da vibração no corpo humano. A legislação pertinente ao assunto está limitada a NR-15 Anexo 8, tendo como referência as normas internacionais ISO 2631 e ISO 5349. Vale ressaltar que existem no âmbito mundial outras normas e procedimentos mais restritivos que complementam as questões da exposição às vibração no corpo humano. Como, exemplo podemos citar as normas americanas da ACGIH que estabelecem os limites de tolerância, e as da NIOSH que estabelecem critérios de amostragem. Todo corpo sólido, como um órgão do corpo humano, pode vibrar. E todo corpo tem uma freqüência aonde ele vibra mais, que é sua freqüência de ressonância, ou freqüência natural. Nesta freqüência, quando o corpo é colocado em movimento vibratório, a amplitude tende a crescer continuamente. Na verdade, logo ocorrerá uma falha, ou quebra; no caso de um órgão do corpo humano poderá ocorrer uma hemorragia interna ou outro tipo de lesão grave. Por isto, é perigoso submeter o corpo humano a vibrações que estejam na freqüência natural de algum órgão vital. Sabemos, porem, que muito antes de se chegar a este ponto, já existem efeitos adversos no organismo, como desconforto, falta de concentração para o trabalho, tensão (estresse), fadiga excessiva, alteração da circulação sangüínea, etc.

5. EFEITOS DAS VIBRAÇÕES O corpo humano é sensível a diversas influências externas sejam elas físicas, químicas ou biológicas. Se for pensado como uma estrutura, os ossos do corpo humano seriam os elementos de suporte, como as vigas e colunas de uma construção; e os músculos seriam os “motores”, que movimentam esta estrutura articulada. Dentro desta estrutura, estão todos os demais órgãos, que podem ser comparados a elementos sólidos formando sistemas mecânicos, que reagem como qualquer outra estrutura a estímulos físicos externos (forças). Para fim de modelagem matemática, os elementos rígidos podem ser os ossos e os órgãos, e os elásticos a pele e os músculos.

Os efeitos das vibrações sobre o corpo humano são do tipo mecânico, isto é, são gerados deslocamentos dependendo da freqüência e da energia (aceleração) com que são produzidas, podendo ocasionar graves conseqüências como, por exemplo, rompimento de ligamentos e órgãos internos devido aos diferentes efeitos em cada uma das partes atingidas.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 13

Em alguns casos as vibrações são empregadas, como energia útil, como por exemplo: em britadores, peneiras vibratórias, compactadores de concreto, marteletes, rompedores e perfuratrizes. Porém, podem acarretar efeitos nocivos para aqueles que se expõem durante a jornada de trabalho diariamente e de forma prolongada.

As vibrações podem ser forças destrutivas agindo no equipamento e geralmente no homem que o opera. Podemos dizer que a exposição prolongada à determinados tipos de vibrações produzem em primeiro lugar, lesões ao sistema nervoso das extremidades inferiores, podendo também ocasionar polineurites com angioespasmo, vertigem e convulsões.

As vibrações mecânicas (na faixa de, aproximadamente, 0,1 a 1.000 Hz e de intensidade 0,1 a 100 m/s2 de aceleração rms) atuam em regiões diferentes do organismo, em função das características específicas que apresentam e da susceptibilidade individual que varia muito entre diferentes tipos de indivíduos.

Na faixa de 0,1 a 1 Hz, as vibrações com acelerações de 5 a 100 m/s2 provocam enjôo ou náuseas. Na mesma faixa, com acelerações inferiores a 0,5 m/s2, praticamente não se apresentam problemas.

Exposições a vibrações com menos de 16 Hz, de alta energia (níveis de 140 dB ou mais), causam, por ação mecânica, um afundamento do tórax, dando a sensação de constrição no peito e tosse. Se as freqüências estiverem entre 3 e 6 Hz, o efeito pode ser ainda mais acentuado. Em experiências com animais, tem sido verificado que, nessa faixa de freqüência, não há necessidade de oscilações de grande amplitude, para provocar deslocamentos importantes de segmentos corporais, havendo, também, alterações de motricidade da musculatura lisa.

É sabido que nas faixas inferiores do espectro de 0,63Hz a 8 Hz, os efeitos são predominantemente físicos, tais como desarranjos estomacais, enjôos e indisposição; nas faixas mais elevadas, os efeitos atingem os órgãos internos e sistema cardiovascular.

Entre as exposições mais freqüentes destacam-se: as operações de tratores, caminhões pesados, principalmente os fora de estrada, máquinas de terraplanagem e de mineração, incluindo as de plantas de tratamento de minérios, empilhadeiras, helicópteros, ambientes náuticos e vibrações transmitidas por movimentos de fluido em tubulações.

A faixa de ressonância do corpo humano se encontra entre 4 e 8 Hz; essas freqüências baixas são na maioria dos casos inferiores às freqüências das vibrações provocadas por equipamentos. As vibrações de baixa freqüência são mais sentidas nas viagens marítimas onde são causadoras de enjôos, mal estar, dor de cabeça, etc.

No caso das freqüências mais altas (20 Hz a 300 Hz), os efeitos localizam-se, principalmente, nos membros superiores: cotovelos, articulações, mãos e dedos. Estes problemas são provocados por equipamento manual vibrante (martelete), de uso muito difundido na construção civil, podendo ser do tipo:

• ósteo-articular: artrose do cotovelo, necrose dos ossos dos dedos e deslocamentos anatômicos;

• muscular ou angio-neurológico, como por exemplo a doença de Raynaud (dedos brancos e insensíveis)

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• nervosos, alterando a sensibilidade táctil.

Quando o operador trabalha em pé, recebe as vibrações pelos pés e as transmite aos membros inferiores e parte inferior do tronco. Quando em pé e acionando manetes e alavancas, pode estar recebendo vibrações nos membros inferiores e superiores. Os operadores que trabalham sentados, tais como: motoristas e tratoristas, recebem vibrações no tronco, transmitidas através do assento, tendo os seus efeitos nos órgãos internos.

As vibrações transmitidas às mãos podem atingir os membros superiores quando não amortecidos. Esses efeitos são transmitidos pelos manetes, alavancas de comando ou volantes de direção, essas vibrações têm entre os seus efeitos mais sérios, a Síndrome de Raynaud, que consiste na degeneração gradativa do tecido vascular e se caracteriza pelo branqueamento das mãos e dos dedos que com o tempo se tornam azulados, podendo culminar com a necrose dos tecidos; isto poderá ocorrer em intervalo de tempo difícil de precisar, pois depende de fatores inerentes a cada caso, tais como, susceptibilidade do indivíduo, freqüência da vibração, tempo de exposição e da transmissão da vibração (elementos de contato), quase sempre aparecem após dois anos de exposição.

Entre as vibrações de alta freqüência, encontram-se os marteletes e ferramentas manuais, tais como furadeiras, rebarbadores, lixadeiras, esmerilhadeiras, ferramentas pneumáticas de impacto (aperto de parafusos) e moto-serras, principalmente estas últimas, são extremamente nocivas e causadoras da Síndrome de Raynaud. O operador pode ser afetado por visão turva, perda de equilíbrio, falta de concentração e dependendo da freqüência e amplitude da vibração, sofrer perdas irreversíveis nas funções dos órgãos internos.

Geralmente, as mãos agem como elemento amortecedor da vibração, delas para outras partes dos membros superiores, principalmente nas freqüências que compreendem a faixa de 150 à 200 Hz, segundo a conclusão de pesquisas realizadas.

6. ANÁLISE DA VIBRAÇÃO Na prática, os sinais de vibração consistem geralmente de inúmeras freqüências, as quais ocorrem simultaneamente, de modo que, de imediato, não se pode notá-las simplesmente olhando para as respostas de amplitude com relação ao tempo, nem determinar quantos componentes de vibração há e onde eles ocorrem. Tais componentes podem ser reveladas comparando-se a amplitude da vibração à sua freqüência. A subdivisão de sinais de vibração em elementos individuais de freqüência, que é chamada de Análise de Freqüência, é uma técnica que pode ser considerada como base para o diagnóstico da medição da vibração. O gráfico que mostra o nível de vibração em função da freqüência é chamado de Espectrograma de Freqüência.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 15

8

0

fj

α

640 j 0.31

5

0.4

0.5

0.63 0.

8 1

1.25 1.

6 2

2.5

3.15 4 5

6.3 8 10

12.5 16 20 25

31.5 40 50 63 80 100

125

Octave Frequencies [Hz]

0.0

0.3

0.5

0.8

1.0

1.3

1.5

1.8

2.0

2.3

2.5

Res

ulta

do W

h Z

Rol

o O

pera

ndo

Mov

ime n

tand

o []

Resultado Wh Z Rolo Operando Movimentando []

Resultado Wh X Rolo Operando Movimentando []

Resultado Wh Y Rolo Operando Movimentando []

Aleq.w (Eixo Z) Aleq.w (Eixo X) Aleq.w (Eixo Y)

1.21 0.89 0.37

Freq (Hz) Aceleração (w)

1.0

1.3

1.6

2.0

2.5

3.2

4.0

5.0

6.3

8.0

10.0

12.5

16.0

20.0

25.0

31.5

40.0

50.0

63.0

80.0

100.0

125.0

0.01

0.00

0.02

0.02

0.03

0.06

0.07

0.05

0.03

0.03

0.02

0.03

0.04

0.07

1.04

0.57

0.05

0.14

0.07

0.08

0.06

0.03

Fig. 2 – Medição com 800 Pontos com um canal e padronizada em 1/3 de oitavas em três canais

Quando analisamos as vibrações de uma máquina, normalmente encontramos um número importante de elementos de freqüência periódica, os quais estão diretamente relacionados aos movimentos fundamentais de diversas peças da máquina. Portanto, através da análise de freqüência podemos descobrir a causa da vibração indesejável. 7. CARACTERÍSTICAS DA VIBRAÇÃO É interessante destacar que há vibrações não detectáveis por órgãos sensoriais humanos. Na verdade, apenas uma pequena porção das vibrações se comporta desta forma. Na Acústica, são estudadas as vibrações mecânicas que podem dar a sensação subjetiva de audição. O organismo humano está sujeito aos efeitos das vibrações, quando elas apresentam valores específicos de amplitude (intensidade) do fenômeno e de freqüência. As vibrações são representadas graficamente da mesma forma que as ondas sonoras, contudo diferem na faixa de freqüência. É denominada freqüência natural, aquela própria. Característica do corpo, quando este vibra livre de interferências. A vibração forçada é aquela que atua por ação de uma força externa ao sistema. O amortecimento é absorção da energia de um corpo vibrante por outro corpo ou sistema, com redução sistemática da amplitude de vibração. A ressonância é a soma das energias da vibração natural do sistema e da vibração forçada quando estas são iguais em freqüência. A sensação sonora tem sua origem em um movimento vibratório transmitido ao ouvido, quase sempre por intermédio do ar. Para que a perturbação seja audível, é necessário que a freqüência e a intensidade estejam compreendidas dentro de certos limites. Devem ainda ser levadas em conta, certas características do som, que o tornam audível e permite diferenciar os diversos sons. Do ponto de vista da Higiene Ocupacional, interessa determinar as características das vibrações ou dos sons que podem causar efeitos nocivos, com o objetivo de especificar medidas de controle tais, que eliminem ou reduzam os riscos a níveis suportáveis e compatíveis com a preservação da saúde e trabalho eficiente.

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8. RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA Para pequenas amplitude e baixas freqüências, a estrutura do corpo humano pode se considerado como uma combinação de diversos sistemas mola- massa. Numa aproximação muito simples, os ossos seriam os elementos rígidos, e os músculos os elementos elásticos. O olho, por exemplo, seria considerado como uma massa apoiada em molas. os nervos e músculos que o sustentam e movimentam. Estes presos no crânio, que seria uma estrutura rígida. O estômago seria outra massa, apoiada em molas (tecido orgânico elástico) presas na estrutura rígida do tórax (costelas) . Todos os órgãos, deste modo, podem ser considerados como massas apoiadas em molas, com freqüência natural própria. Uma estrutura complexa como o corpo humano tem um comportamento que é, na verdade, representado pôr uma curva contínua, a sua “resposta em freqüência” num dado intervalo, onde se destacam as freqüências naturais dos órgãos. O que esta curva nos diz é como o corpo responde, de acordo com a freqüência da vibração que atua sobre ele. 9. FREQÜÊNCIAS DE TRABALHO Se a resposta em freqüência do corpo humano é complicada, como saber quais freqüências medir? Mais uma vez, a resposta é dada pela normalização. Se não fosse assim, os resultados não seriam comparáveis, e não haveria como estabelecer limites. Para a vibração aplicada ao corpo humano como agente de físico que pode caracterizar uma exposição insalubre, mede-se a vibração na faixa de 1 Hz a 80 Hz. Na verdade, as Normas definem um campo de freqüências, as terças de oitava de 1 a 80 Hz como veremos na prática nos estudos de caso. O que são oitavas e terças? Para simplificar o trabalho de medição, convencionou-se que uma oitava é o intervalo aonde a freqüência maior é o dobro da menor. Então, os nossos intervalos de oitava são de 1 a 2 Hz o primeiro, de 2 a 4 Hz o segundo, de 4 a 8 Hz o terceiro, e assim sucessivamente. O intervalo de oitavas, por sua vez, é dividido em terças – como o próprio nome diz, uma terça é 1/3 de uma oitava. Por exemplo, no segundo intervalo de oitavas, (de 2 a 4 Hz) as terças intermediárias seriam 2,67 Hz e 3,33 Hz; no terceiro intervalo (4 a 8 Hz), teríamos 5,3 Hz e 6,6 Hz. A norma ISO 2631 para vibração do corpo humano estabelece que todas as terças de 1 a 80 Hz devem ser avaliadas assim como as freqüências de medição para a vibração mão-braço estão estabelecidas na norma ISO 5349.

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GRÁFICOS DA ACELERAÇÃO MÉDIA EQUIVALENTE EM 1/3 DE OITAVAS DA EXPOSIÇÃO DE MAIOR RISCO (A.Leq) NOS EIXOS Z, X E Y PONDERADOS EM Wh

GHE (2) WBV Encalso / Retro Escavadeira / Diesel 160/ Dutra-RJ

( deslocamento no terreno)

GHE (2) WBV Encalso / Retro Escavadeira / Diesel 160/ Dutra-RJ

( movimentação de material e carregamento de caminhão)

0.31

5

0.4

0.5

0.63 0.

8 1

1.25 1.

6 2

2.5

3.15 4 5

6.3 8 10

12.5 16 20 25

31.5 40 50 63 80 100

125

Octave Frequencies [Hz]

0.0

0.3

0.5

0.8

1.0

1.3

1.5

1.8

2.0

2.3

2.5

Res

ulta

do W

h Z

Esc

avad

eira

se

desl

o can

do []

Resultado Wh Z Escavadeira se deslocando []

Resultado Wh X Escavadeira se deslocando []

Resultado Wh Y Escavadeira se deslocando []

Aleq.w (Eixo Z) Aleq.w (Eixo X) Aleq.w (Eixo Y)

0.29 0.28 0.28

Freq (Hz) Aceleração (w)

1.0

1.3

1.6

2.0

2.5

3.2

4.0

5.0

6.3

8.0

10.0

12.5

16.0

20.0

25.0

31.5

40.0

50.0

63.0

80.0

100.0

125.0

0.02

0.02

0.07

0.06

0.15

0.16

0.06

0.04

0.03

0.08

0.03

0.03

0.03

0.03

0.04

0.09

0.01

0.01

0.01

0.00

0.00

0.00

0.31

5

0.4

0.5

0.63 0.

8 1

1.25 1.

6 2

2.5

3.15 4 5

6.3 8 10

12.5 16 20 25

31.5 40 50 63 80 100

125

Octave Frequencies [Hz]

0.0

0.3

0.5

0.8

1.0

1.3

1.5

1.8

2.0

2.3

2.5

Res

ulta

do W

h Z

Esc

avad

eira

Ope

rand

o []

Resultado Wh Z Escavadeira Operando []

Resultado Wh X Escavadeira Operando []

Resultado Wh Y Escavadeira Operando []

Aleq.w (Eixo Z) Aleq.w (Eixo X) Aleq.w (Eixo Y)

0.31 0.53 0.28

Freq (Hz) Aceleração (w)

1.0

1.3

1.6

2.0

2.5

3.2

4.0

5.0

6.3

8.0

10.0

12.5

16.0

20.0

25.0

31.5

40.0

50.0

63.0

80.0

100.0

125.0

0.38

0.31

0.14

0.07

0.07

0.04

0.04

0.03

0.02

0.02

0.01

0.01

0.00

0.00

0.01

0.03

0.01

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

Fig. 3 – Medição ideal de vibração no corpo humano onde são apresentados os valores ponderados globais e por 1/3 de oitava

Para caracterizar os efeitos no homem da vibração existente em um ambiente através de uma única quantidade e, para simplificar medições para situações em que a análise do espectro é difícil ou inconveniente, o sinal de vibração global para a amplitude de freqüência 1 a 80 Hz pode ser avaliado através de um circuito elétrico. A perda de inserção deve ser zero para a banda 4 a 8 Hz para medições az e para a banda 1 a 2 Hz para medições ax e ay . As características do circuito não devem se desviar mais que ± 1 dB entre duas bandas de freqüências e mais que ± 2 dB para as outras bandas de freqüência. As duas freqüências fixas são 6,3 Hz e 31,5 Hz para medições az e 1,25 Hz e 31,5 Hz para medições ax e ay. TABELA I - Valores numéricos de “nível de eficiência reduzido (fadiga)" para aceleração da vibração na direção

longitudinal az (pé - cabeça).

Aceleração (m/s2)

Tempo de Exposição

Freqüência (centro

da banda de 1/3 de

oitava)

24 h 16 h 8 h 4 h 2,5 h 1 h 25 min 16 min 1 min 1,0 0,280 0,425 0,63 1,06 1,40 2,36 3,55 4,25 5,60

1,25 0,250 0,375 0,56 0,95 1,26 2,12 3,15 3,75 5,00 1,6 0,224 0,335 0,50 0,85 1,12 1,90 2,80 3,35 4,50 2,0 0,200 0,300 0,45 0,75 1,00 1,70 2,50 3,00 4,00 2,5 0,180 0,265 0,40 0,67 0,90 1,50 2,24 2,65 3,55

3,15 0,160 0,235 0,355 0,60 0,80 1,32 2,00 2,35 3,15 4,0 0,140 0,212 0,315 0,53 0,71 1,18 1,80 2,12 2,80 5,0 0,140 0,212 0,315 0,53 0,71 1,18 1,80 2,12 2,80 6,3 0,140 0,212 0,315 0,53 0,71 1,18 1,80 2,12 2,80 8,0 0,140 0,212 0,315 0,53 0,71 1,18 1,80 2,12 2,80

10,0 0,180 0,265 0,40 0,67 0,90 1,50 2,24 2,65 3,55 12,5 0,224 0,335 0,50 0,85 1,12 1,90 2,80 3,35 4,50 16,0 0,280 0,425 0,63 1,06 1,40 2,36 3,55 4,25 5,60 20,0 0,355 0,530 0,80 1,32 1,80 3,00 4,50 5,30 7,10 25,0 0,450 0,670 1,0 1,70 2,24 3,75 5,60 6,70 9,00 31,5 0,560 0,850 1,25 2,12 2,80 4,75 7,10 8,50 11,2 40,0 0,710 1,060 1,60 2,65 3,55 6,00 9,00 10,6 14,0 50,0 0,900 1,320 2,0 3,35 4,50 7,50 11,2 13,2 18,0 63,0 1,120 1,700 2,5 4,25 5,60 9,50 14,0 17,0 22,4 80,0 1,400 2,120 3,15 5,30 7,10 11,8 18,0 21,2 28,0

Os valores acima definem o limite em termos de valor eficaz (RMS) da vibração de frequência simples (senoidal) ou valor eficaz na banda de um terço de oitava para a vibração distribuída.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 18

Nível reduzido de conforto: Presume-se que o nível reduzido de conforto, que deriva de vários estudos feitos pelas indústrias de transporte, situe-se, nesta Norma Internacional, a aproximadamente um terço dos níveis correspondentes do nível de eficiência reduzido (fadiga); presume-se, além disso, que siga a mesma dependência de freqüência e tempo. Valores para o nível reduzido de conforto são, conseqüentemente, obtidos a partir dos valores correspondentes para a nível de eficiência reduzido (fadiga) por uma redução de 10 dB. No caso de transporte, o limite reduzido de conforto está relacionado com as dificuldades de realizar operações tais como comer, ler e escrever. 10. DIRETIVAS EUROPEIAS Diretiva 2002/44/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 25 de Junho de 2002 relativas às prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (vibrações) (décima sexta diretiva especial na acepção do n.o 1 do artigo 16.o da Diretiva 89/391/CEE) O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Européia, e, nomeadamente, o n.o 2 do seu artigo 137.o, Tendo em conta a proposta da Comissão [1], apresentada após consulta ao Comitê Consultivo para a segurança, higiene e proteção da saúde no local de trabalho, Tendo em conta o parecer do Comitê Econômico e Social [2] (Diretiva Européia), Após consulta ao Comitê das Regiões, Deliberando nos termos do artigo 251.o do Tratado [3], tendo em conta o projecto comum aprovado em 8 de Abril de 2002 pelo Comité de Conciliação, Considerando o seguinte: (1) De acordo com o Tratado, o Conselho pode adotar, por meio de diretivas, prescrições mínimas com vista a promover a melhoria, nomeadamente das condições de trabalho, a fim de garantir um melhor nível de proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores. Essas diretivas devem evitar impor disciplinas administrativas, financeiras e jurídicas contrárias à criação e ao desenvolvimento de pequenas e médias empresas. (2) A comunicação da Comissão relativa ao seu programa de ação para a aplicação da Carta comunitária dos direitos sociais fundamentais dos trabalhadores prevê que sejam estabelecidas prescrições mínimas de saúde e segurança respeitantes à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos. Em Setembro de 1990, o Parlamento Europeu adotou uma resolução sobre este programa de ação [4] que convidou, nomeadamente, a Comissão a elaborar uma diretiva especial no domínio dos riscos associados ao ruído e às vibrações bem como a qualquer outro agente físico no local de trabalho. (3) Numa primeira fase, será necessário introduzir medidas que protejam os trabalhadores contra os riscos devidos às vibrações, atendendo aos seus efeitos sobre a saúde e a segurança dos trabalhadores, nomeadamente às perturbações musculo-esqueléticas, neurológicas e vasculares que provocam. Essas medidas

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 19

visam não só garantir a saúde e a segurança de cada trabalhador considerado isoladamente, mas também criar uma plataforma mínima de proteção para o conjunto dos trabalhadores, que evitará possíveis distorções de concorrência. (4) A presente diretiva fixa prescrições mínimas, o que dá aos Estados-Membros a possibilidade de manter ou adotar disposições mais favoráveis para a proteção dos trabalhadores, em particular no que se refere à fixação de valores inferiores para o valor diário que desencadeia a ação ou para o valor-limite de exposição diária a vibrações. A execução da presente diretiva não pode justificar uma regressão em relação à situação existente em cada Estado-Membro. (5) Um sistema de proteção contra as vibrações deve limitar-se a estabelecer, sem pormenores inúteis, os objetivos a atingir, os princípios a respeitar e os valores fundamentais a utilizar, a fim de permitir aos Estados-Membros aplicar de forma equivalente as prescrições mínimas. (6) A redução da exposição às vibrações é conseguida mais eficazmente pela adoção de medidas preventivas desde a fase de concepção dos postos e locais de trabalho, bem como pela seleção do equipamento e dos processos e métodos de trabalho, de modo a reduzir prioritariamente os riscos na origem. As disposições relativas ao equipamento e aos métodos de trabalho contribuem para a proteção dos trabalhadores que os utilizam. (7) As entidades patronais devem adaptar-se ao progresso técnico e aos conhecimentos científicos em matéria de riscos associados à exposição a vibrações, com vista a melhorar a proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores. (8) No que diz respeito aos sectores da navegação marítima e aérea, na situação atual da técnica não é possível respeitar em todos os casos os valores-limite de exposição relativa às vibrações transmitidas a todo o organismo. É necessário prever possibilidades de derrogação devidamente justificadas (grupo controle – 3R Brasil) (9) (10) A presente diretiva constitui um elemento concreto no âmbito da realização da dimensão social do mercado interno. (11) As medidas necessárias à execução da presente diretiva serão aprovadas nos termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão [6], Objetivo e âmbito de aplicação: 1. A presente diretiva, que constitui a décima sexta diretiva especial na acepção do n.o 1 do artigo 16.o da Diretiva 89/391/CEE, estabelece prescrições mínimas em matéria de proteção dos trabalhadores contra os riscos para a sua segurança e saúde resultantes ou susceptíveis de resultar da exposição a vibrações mecânicas. 2. As prescrições da presente diretivas aplicam-se às atividades nas quais os trabalhadores estão ou podem estar expostos, durante o trabalho, a riscos devidos a vibrações mecânicas.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 20

3. A Diretiva 89/391/CEE aplica-se plenamente a todo o domínio referido no n.o 1, sem prejuízo de disposições mais rigorosas e/ou específicas previstas na presente diretiva. Para efeitos da presente, entende-se por: a) "Vibrações transmitidas ao sistema mão-braço", as vibrações mecânicas que, quando transmitidas ao sistema mão-braço, implicam riscos para a saúde e para a segurança dos trabalhadores, em especial perturbações vasculares, lesões osteo-articulares, ou perturbações neurológicas ou musculares; b) "Vibrações transmitidas a todo o organismo", as vibrações mecânicas que, quando transmitidas a todo o organismo, implicam riscos para a saúde e para a segurança dos trabalhadores, em especial patologia da região lombar e lesões da coluna vertebral. Valores-limite de exposição e valores de exposição que desencadeiam a ação (Diretiva Européia): 1. Para as vibrações transmitidas ao sistema mão-braço: a) O valor-limite de exposição diária normalizada, correspondente a um período de referência de 8 horas, é fixado em 5 m/s2 (w); b) O valor de exposição diária normalizada, correspondente a um período de referência de 8 horas, que desencadeia a ação é fixado em 2,5 m/s2 (w). 2. Para as vibrações transmitidas a todo o organismo (corpo inteiro): a) O valor-limite de exposição diária normalizada, correspondente a um período de referência de 8 horas, é fixado em 1,15 m/s2 ou, à escolha do Estado-Membro, num valor de dose de vibrações de 21 m/s1,75; b) O valor de exposição diária normalizada, correspondente a um período de referência de 8 horas, que desencadeia a ação é fixado em 0,5 m/s2 ou, à escolha do Estado-Membro, num valor de dose de vibrações de 9,1 m/s1,75. 11. OBRIGAÇÕES DAS ENTIDADES PATRONAIS Determinação e avaliação dos riscos: 1. No cumprimento das obrigações estabelecidas no n.o 3 do artigo 6.o e no n.o 1 do artigo 9.o da Diretiva 89/391/CEE, a entidade patronal avalia e, se necessário, mede os níveis de vibrações mecânicas a que os trabalhadores se encontram expostos. 2. O nível de exposição às vibrações mecânicas pode ser avaliado por meio da observação das práticas de trabalho específicas e recorrendo às informações pertinentes sobre o nível provável de vibrações correspondente ao equipamento ou ao tipo de equipamento utilizado nas condições de trabalho em causa, incluindo informações fornecidas pelo fabricante do material. Esta operação é diversa da

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medição, que exige o emprego de aparelhos específicos e de metodologia apropriada. 3. A avaliação e a medição mencionadas no n.o 1 devem ser planificadas e efetuadas pelos serviços competentes a intervalos apropriados, tendo especialmente em conta as disposições do artigo 7.o da Diretiva 89/391/CEE, relativas às competências (pessoas ou serviços) necessárias. Os dados obtidos a partir da avaliação e/ou medição do nível de exposição às vibrações mecânicas devem ser conservados de forma a que possam ser posteriormente consultados. 4. Em conformidade com o disposto no n.o 3 do artigo 6.o da Diretiva 89/391/CEE, a entidade empregadora, ao proceder à avaliação dos riscos, deve dar especial atenção aos seguintes aspectos: a) Nível, tipo e duração da exposição, incluindo a exposição a vibrações intermitentes ou a choques repetidos; b) Valores-limite de exposição e valores de exposição que desencadeiam a ação estabelecidos no artigo 3.o da presente diretiva; c) Efeitos sobre a saúde e a segurança dos trabalhadores sujeitos a riscos especialmente sensíveis; d) Efeitos inquéritos sobre a segurança dos trabalhadores resultantes de internações entre as vibrações mecânicas e o local de trabalho ou outros equipamentos; e) Informações prestadas pelos fabricantes do equipamento de trabalho de acordo com as disposições das diretivas comunitárias aplicáveis; f) Existência de equipamentos alternativos concebidos para reduzir os níveis de exposição às vibrações mecânicas; g) Prolongamento da exposição a vibrações transmitidas a todo o organismo para além do horário de trabalho, sob a responsabilidade da entidade patronal; h) Condições de trabalho específicas, tais como trabalho a baixas temperaturas; i) Informação apropriada resultante do controle e vigilância da saúde, incluindo exames e informação publicada, na medida do possível. 5. A entidade patronal deve dispor de uma avaliação dos riscos, A avaliação dos riscos deve ser registrada em suporte adequado de acordo com a legislação e as práticas nacionais e pode incluir uma justificação por parte da entidade patronal que demonstre que a natureza e a dimensão dos riscos relacionados com as vibrações mecânicas tornam desnecessária uma avaliação mais pormenorizada dos mesmos. A avaliação dos riscos deve ser regularmente atualizada, especialmente os casos em que tenha havido alterações significativas que a possam desatualizar, ou em que os resultados da vigilância da saúde demonstrem a sua necessidade.

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Disposições com vista a evitar ou reduzir a exposição: 1. Tendo em conta o progresso técnico e a disponibilidade de medidas de controlo dos riscos na fonte, os riscos resultantes da exposição a vibrações mecânicas devem ser eliminados na fonte ou reduzidos ao mínimo. A redução destes riscos baseia-se nos princípios gerais de prevenção estabelecidos no n.o 2 do artigo 6.o da Directiva 89/391/CEE. 2. Com base na avaliação dos riscos a que se refere o artigo 4.o, sempre que sejam excedidos os valores de exposição estabelecidos no n.o 1, alínea b), e no n.o 2, alínea b), do artigo 3.o, a entidade patronal estabelece e implementa um programa de medidas técnicas e/ou organizacionais destinadas a reduzir ao mínimo a exposição a vibrações mecânicas e os riscos que dela resultam, tomando em consideração: a) Métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição a vibrações mecânicas; b) A escolha de equipamento de trabalho adequado, bem concebido do ponto de vista ergonômico e que, tendo em conta o trabalho a efetuar, produza o mínimo de vibrações possível; c) A instalação de equipamento auxiliar destinado a reduzir o risco de lesões provocadas pelas vibrações, por exemplo assentos que amorteçam eficazmente as vibrações transmitidas a todo o organismo e pegas que reduzam as vibrações transmitidas ao sistema mão-braço; d) Programas adequados de manutenção do equipamento de trabalho, do local de trabalho e das instalações existentes no local de trabalho; e) Concepção e disposição dos locais e postos de trabalho; f) Informação e formação adequadas dos trabalhadores para que utilizem corretamente e de forma segura o equipamento de trabalho, por forma a reduzir ao mínimo a sua exposição a vibrações mecânicas; g) Limitação da duração e da intensidade da exposição; h) Horário de trabalho apropriado, com períodos de repouso adequados; i) O fornecimento aos trabalhadores expostos de vestuário que os proteja do frio e da unidade. 3. Os trabalhadores não podem em caso algum ser sujeitos a exposições acima do valor-limite de exposição. Se, apesar das medidas postas em prática pela entidade patronal nos termos do disposto na presente diretiva, o valor-limite de exposição for ultrapassado, a entidade patronal tomará medidas imediatas para reduzir a exposição para valores inferiores ao valor-limite de exposição, determinará as razões por que o valor limite de exposição foi ultrapassado e corrigirá as medidas de proteção e prevenção em conformidade, por forma a evitar que o valor-limite de exposição seja novamente ultrapassado.

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12. TÉCNICAS DE ENSAIO As técnicas de análise de vibrações estão bem desenvolvidas e vão dos métodos mais simples (medição dos valores médios das amplitudes de vibração) até os mais complexos (correlações e espectros de correlações). Exemplificando, na verificação do grau de desbalanceamento de um eixo, geralmente é suficiente a medição da amplitude e da fase de vibração na freqüência de rotação, verificados através de um acelerômetro conectado radialmente em um dos mancais do eixo. Em outros casos, quando se está procurando anomalias localizadas tais como áreas com erosão ou trincas nas pistas dos mancais, são necessárias técnicas especiais que isolam os sinais provenientes das anomalias, do ruído de fundo. Para os ensaios mais complicados nos setores aeronáuticos e aeroespacial, são usados instrumentos mais sofisticados que chegam a arquivar as especificações da máquina, os dados de referência com os resultados do ensaio inicial e os pontos de medição, a freqüência, a amplitude e as características de fase dos sinais de vibração registrados, as condições de trabalho de quaisquer gráficos tais como o "gráfico de dinamismo". Desta forma as operações de manutenção podem ser estabelecidas compilando-se um "diário" para a máquina em questão e comparando-o com o "gráfico de dinamismo", acompanhando deste modo o comportamento do sistema ao longo do tempo. 13. LIMITAÇÕES E FATORES DE INFLUÊNCIA Mesmo as mais complexas técnicas de medição localizada são afetadas pelo distúrbio causado por outras fontes de vibração da máquina investigada ou por intempérie e variáveis de influência; Algumas vezes a interpretação dos sinais é complicada ou a medição apresenta erro grotescos relacionados a sensibilidade do transdutor a questões de taxa de amostragem. Necessitando sempre realizar verificação com calibrador de vibração antes e após as medições, obtendo as referências para avaliação confiável dos dados de medição. O aumento na sensibilidade da medição pode resultar no aumento overloads, quando os sinais captados não correspondem a reais anomalias ou são superiores a faixa dinâmica empregada; Normalmente dentre os fatores de influência externos que podem influenciar nas medidas são a temperatura ambiente, o ruído acústico, a deformação de base, o ruído tribo-elétrico, as influências dos campos magnéticos e as correntes de malha. Dentre estes os mais importantes, e que devem ser constantemente verificados são a temperatura, o looping de terra, o contato da carcaça e a deformação de base. Com relação a fatores internos podemos citar o projeto do mecanismo do elemento piezo-elétrico que influencia o desempenho dos acelerômetros. Dependendo de

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como ele é montado, o elemento piezo-elétrico pode ser submetido à compressão ou cisalhamento. Os montado por cisalhamento chamados de tipo delta shear são de maior sensibilidade e atenuam os problemas de deformação de base. As principais fontes de erro de um sistema de medição de vibração têm origens externas. Por outro lado as características construtivas do sistema de medição e o seu funcionamento e precisão provocam perturbações que são consideradas internas e, que também modificam as funções de transferências introduzindo ruídos nas saídas dos equipamentos. A análise do comportamento do sistema de medição tenta classificar as fontes de erro em: entradas modificadoras que alteram as funções de transferências e, entradas de interferência que alteram os sinais relacionados com as grandezas físicas. 14. APRESENTAÇAO DAS ANOMALIAS OU DOS OBJETOS O espectro de vibrações a ser observado nas medições pode ser obtido com o auxílio de sensores (acelerômetro, transdutores eletromagnéticos, etc.) e convertidos em sinais elétricos, os quais são enviados para um osciloscópio, digitalizados, registrados na forma de gráfico ou integrados em modernos equipamentos de medição portáteis. A metodologia de cálculo do valor ponderado da aceleração agora á aplicada a todas as condições de vibração do corpo inteiro, na faixa de 0,8 a 80 Hz, e também para a vibração mão/braço, na faixa de freqüência apropriada. O valor ponderado da aceleração é dado pela fórmula

ap = [Σ (ai Wni )2]1/2

Sendo ai o valor da aceleração na i- ésima freqüência, e Wni o valor do índice de ponderação Wn na i-ésima freqüência, aonde o índice n indica qual a situação de medição – corpo inteiro sentado no eixo x, corpo inteiro sentado no eixo z, medição de vibração transmitida pela mão, etc. 15. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO E TRANSDUTORES O progresso no campo dos microprocessadores tornou possível a digitalização de sinais, o que antes era processado de forma analógica. As técnicas foram estabelecidas através do uso de sensores de deslocamentos baseados na interferometria a laser, fato que proporciona alta confiabilidade e baixo custo, e que são capazes de medições de vibrações sem contato, até de freqüências muito baixas. Os avanços da inteligência artificial, tal como aqueles aplicados nos sistemas dedicados, encontram aplicações na forma integrada e simultânea do uso de informações provenientes de diferentes sensores (vibrações, temperatura, pressão, carga, etc); desta forma a operação de uma máquina pode ser continuamente corrigida ou paralisada imediatamente no caso de uma anomalia séria, antes de seu

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colapso; quando focado o campo da manutenção preditiva, transcendendo para a proativa. Os transdutores de vibração são os elementos que dentro da cadeia de medição são os responsáveis em relacionar a vibração mecânica com a resposta elétrica. São utilizados principalmente nas áreas de manutenção preventiva e análise de estruturas mecânicas. Como exemplos pode-se destacar a manutenção de turbinas de avião, motores elétricos, bombas, compressores, vibrações em tubulações, ensaios mecânicos, teste de embalagens, vibração transmitida ao corpo humano (saúde), entre outros. 16. UNIDADES DE MEDIDA DE MEDIDA A quantidade primária usada para descrever a intensidade de um ambiente vibratório, independente do tipo de transdutor ou “pick-up” usado nas medições reais, deverá ser a aceleração. A aceleração deveria normalmente ser expressa em metros por segundo ao quadrado (m/s2) Em trabalho fisiológico costuma-se frequentemente expressar aceleração em unidades não dimensionais g, onde 1 g é o valor da aceleração normal devido à gravidade atuando na superfície da Terra. Esta prática é lícita dentro do contexto de trabalho experimental à disposição, desde que, quando for feita referência aos limites dados nesta Norma Internacional, o valor normal internacional de gn seja usado para conversão a valores de aceleração expressos em metros por segundo quadrado. A grandeza de uma vibração, isto é, a aceleração (ou, se mencionados, a velocidade ou deslocamento), deveria ser expressa como um valor médio quadrático - RMS (valor eficaz = raiz quadrada da média dos quadrados). Quando os valores máximos são medidos, estes devem ser convertidos adequadamente a valores eficazes, antes da referência aos limites dados nesta Norma Internacional. Para a descrição adequada de vibração, a qual é marcadamente não senoidal, irregular ou de banda larga, o fator de pico (razão de pico máximo para o valor eficaz) da função tempo deve ser determinado ou calculado: os limites dados nesta Norma Internacional deveriam ser considerados muito experimentais no caso de vibrações, tendo altos valores de pico (isto é, superiores a 3; veja abaixo). Os parâmetros de vibração são universalmente mensuráveis em unidades métricas, de acordo com as normas ISO. A constante gravitacional “g” ainda é largamente usada para designar os níveis de aceleração, embora esteja fora do sistema ISO de unidades correntes. Felizmente, porém, um fator de quase 10 (9,81), relaciona as duas unidades, de modo a simplificar a conversão mental com uma tolerância de 2%. Normalmente apresenta-se a freqüência numa escala logarítmica. Isto tem o efeito de ampliar as freqüências menores e comprimir as freqüências mais altas na escala, resultando assim uma mesma exatidão percentual em toda a largura da escala e mantendo suas proporções a um nível razoável. As escalas logarítmicas também são usadas para traçar amplitudes de vibração; o que permite que uma escala de decibéis seja usada como auxiliar na comparação

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de níveis. Um decibel (dB) é o coeficiente de um nível qualquer em relação a um nível de referência, e por isso não tem dimensões. Porém para se determinar os níveis absolutos de vibração, deve ser estipulado o nível de referência conforme norma ISO 1683 (10-6). Podemos, por exemplo, dizer que um nível de vibração é 10 dB maior do que um outro, sem maiores explicações. Porém, se dissermos que um nível de vibração é de 85 dB, teremos que compará-lo a um nível de referência.

( ) dB a a log 20 La o=

onde La = nível de aceleração em dB (escala logarítmica)

a = aceleração medida em m/s2 ao = nível de referênca zero = 1 x 10 -6 m/s2

A aceleração, nas Normas ISO, tanto é dada em m/s2 como dB (decibel). Os valores medidos em dB, também poderão ser convertidos como: aceleração em m/s2 e velocidade em m/s, conforme as equações a seguir: Valores da aceleração :

( ){ } 2sm 20 120 - La antilog a ==

onde: a = aceleração a ser calculada a partir da medição em dB

Valores da Velocidade:

( )dB V V log 20 Lv o=

onde: dB sm 10 x 1 V -9

o ==

( ){ } sm 20 180 - Lv antilog V == Lv = níveis em dB V = velocidade em m/s

17. RECOMENDAÇÕES PARA EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO É recomendado que a Publicação IEC 184 seja usada para especificar os transdutores de vibração e a Publicação IEC 222, para especificar o equipamento auxiliar, incluindo amplificadores, equipamento seletor de freqüência e sistema condutor. A ISO 8041 refere-se ao tipo que pode ser 1 ou 2, aos filtros em 1/3 de oitavas e a verificação da cadeia de medição e sua rastrabilidade. Com referência ao julgamento subjetivo da intensidade vibratória, parece que o tempo de integração para a percepção de vibração humana diminui de 2 a 0,8s, sobre a banda de freqüência de 2 a 90 Hz. Análise de vibração de banda larga ou aleatória. Na medição de vibração aleatória ou distribuída, da qual a análise de banda estreita não excedendo um terço de oitava, é o método apropriado de descrição, os filtros de banda de um terço de oitava usados em qualquer rede analítica ou de gravação estarão de acordo com a Publicação IEC 225. A amplitude de freqüência dada na Publicação IEC 225 deve, consequentemente, ser extrapolada para freqüências mais baixas correspondentes.

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Para algumas aplicações será apropriado equipar a aparelhagem eletrônica de medida de vibração com filtro de freqüência em 1/3 de oitavas com integração (aleq), definida como correspondente aos limites para vibração vertical (az) e horizontal (ax e ay) dados, respectivamente, no parágrafo 4, tabelas 1 e 2 e figuras 2a e 3a (ver a Nota 2 de 4.2.4) da ISO 2631. Uma rede assim definida não se desviará de ± 1 dB dos valores recomendados, para mais de duas freqüências fixas; 6.3 Hz e 31,5 Hz para medições az e 1,25 Hz para medições az e ay. Tempo de exposição A Norma 2631 inclui um procedimento de computação (veja o parágrafo 4.4) para avaliar exposição diária efetiva à vibração. Isto é feito levando-se em consideração, o quanto for possível, as variações na intensidade de vibração e qualquer intermitência ou interrupção de exposição à vibração, que possa ocorrer durante o período. Sempre que forem feitas medições de exposição humana à vibração, que varie em intensidade ou que for descontínua, o registro do tempo desta exposição deverá ser anotado em detalhe. A utilização de equipamentos integradores que fornecem a média ponderada no tempo da aceleração por 1/3 de oitavas a leq, permite a medição direta da exposição e a identificação das freqüências mais elevadas para implementação de medidas de controle individuais ou coletivas ou de engenharia. Pontos a Lembrar!

� A insalubridade por exposição às vibrações acima dos limites de tolerância (LT) é considerada de grau médio, cabendo ao trabalhador o adicional de 20 % sobre o salário mínimo legal vigente no país.

� Torna-se bastante complicada a interpretação da NR 15 quanto à descaracterização da insalubridade aos trabalhadores expostos às vibrações acima do LT, na medida em que não são aplicáveis medidas de ordem coletiva ou individual que atenuem a exposição dentro níveis aceitáveis definidos pelos documentos técnicos e legais.

� Baseado no aspecto citado acima, existindo uma exposição às vibrações acima do LT, medidas de ordem administrativas devem ser adotadas, como por exemplo, a redução da jornada de trabalho e/ou revezamentos dos trabalhadores de modo a diminuir o tempo de exposição.

� Destaca-se, que para a eliminação da insalubridade por vibrações se faz necessário obrigatoriamente, a avaliação quantitativa do nível de exposição segundo critérios definidos pelas Normas ISO, para as quais foram estabelecidos limites de tolerância.

� No Passado: Embora as vibrações devam ser quantificáveis os juízes do TRT, tem admitido, baseado no princípio da economia processual, o critério qualitativo, isto é sem necessidade de avaliação ambiental quanto ficar constatado a existência de outro agente insalubre de mesmo grau de insalubridade ou maior. No caso das vibrações elas estão sendo acompanhadas pelo ruído, caso seja caracterizada a insalubridade pelo ruído, dispensa-se a avaliação quantitativa das vibrações.

� No Passado: O exemplo acima se torna claro na medida em que se sabe que os adicionais de insalubridade não são acumulativos e será aplicável, sempre, aquele que for de maior valor monetário.

18. VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS AO SISTEMA MÃO-BRAÇO (Diretivas Européias) 18.1. Avaliação da exposição: A avaliação do nível de exposição às vibrações transmitidas ao sistema mão-braço baseia-se no cálculo do valor da exposição diária normalizada num período de referência de 8horas, A (8) expressa como raiz quadrada da soma dos quadrados (valor total) dos valores eficazes da aceleração ponderada em frequência,

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determinados segundo as coordenadas ortogonais a hwx, a hwy, a hwz, tal como definido nos capítulos 4 e 5 e no anexo A da norma ISO 5349-1 (2001). A avaliação do nível de exposição pode ser efectuada através de uma estimativa baseada nas informações relativas ao nível de emissão dos equipamentos de trabalho utilizados fornecidas pelos fabricantes destes (aplicado com restrições para projeto e identificação do risco) e da observação das práticas de trabalho específicas, ou por medição para a comprovação através de avaliação quantitativa. 18.2. Medição: Quando se procede à medição nos termos do n.o 1 do artigo 4.o (Diretiva Européia): a) Os métodos utilizados podem incluir a amostragem, que deverá ser representativa da exposição pessoal do trabalhador às vibrações mecânicas em questão; os métodos e aparelhos utilizados devem ser adaptados às características próprias das vibrações mecânicas a medir, ao ambiente circundante e às características do aparelho de medida, em conformidade com a norma ISO 5349-2 (2001); b) No caso de aparelhos que devam ser seguros com ambas as mãos, as medições serão efetuada em cada mão. A exposição é determinada por referência ao valor mais elevado; serão igualmente fornecidas informações sobre a outra mão. 18.3. Interferências: O disposto no n.o 4, alínea d), do artigo 4.o aplica-se em especial no caso de as vibrações mecânicas interferirem com a manipulação correta dos comandos ou com a leitura dos aparelhos indicadores. 18.4. Riscos indiretos O disposto no n.o 4, alínea d), do artigo 4.o, aplica-se em especial no caso de as vibrações mecânicas interferirem com a estabilidade das estruturas ou com o bom estado e a segurança dos elementos de ligação. 18.5. Equipamentos de proteção individual Os equipamentos de proteção individual contra as vibrações transmitidas ao sistema mão-braço podem contribuir para o programa de medidas referido no n.o 2 do artigo 5.o (Diretiva Européia). 19. VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS A TODO O ORGANISMO (Corpo Inteiro) (Diretivas Européias) Veículos aéreos, terrestres e aquáticos, bem como maquinarias (da indústria ou agricultura) expõem o homem à vibração mecânica, interferindo no seu conforto, na eficiência do seu trabalho e, em algumas situações, na saúde e segurança. No Brasil faz-se apenas referência aos limites de saúde e segurança como o anexo 8 da NR-15.

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Os limites referenciados na ISO 2631 são fornecidos para uso de acordo com os três critérios geralmente reconhecíveis de preservação do conforto, eficiência de trabalho e segurança ou saúde. Os limites estabelecidos segundo tais critérios são denominados, respectivamente, nesta Norma Internacional como: “nível de conforto reduzido”, “nível de eficiência reduzida (fadiga) / proficiência”, “limite de exposição”. Há, basicamente, três tipos de exposição humana à vibração:

a) Vibrações transmitidas simultaneamente à superfície total do corpo e/ou a partes substanciais dele. Isto acontece quando o corpo está imerso em um meio vibratório. Há circunstâncias em que isto é de interesse prático, por exemplo, quando ruídos de alta intensidade no ar ou na água excitam vibrações no corpo.

b) Vibrações transmitidas ao corpo como um todo através de superfícies de

sustentação, como os pés de um homem em pé, ou as nádegas de um homem sentado, ou a área de sustentação de um homem recostado. Este tipo de vibração é comum em veículos, em construções em movimento vibratório e nas proximidades de maquinário de trabalho.

c) Vibrações aplicadas a partes específicas do corpo, como cabeça e membros.

Exemplos destas vibrações ocorrem por meio de cabos, pedais ou suportes de cabeça, ou por grande variedade de ferramentas e instrumentos manuais.

É também possível reconhecer condições em que o incômodo da vibração indireta seja causado pela vibração de objetos externos (como um painel de instrumentos). Esta Norma Internacional aplica-se principalmente à circunstância b, particularmente onde a vibração é aplicada através da principal superfície de sustentação do homem sentado ou em pé. No caso de vibrações aplicadas diretamente a indivíduo recostado ou em repouso, há dados insuficientes para fazer-se recomendação segura; isto é particularmente verdadeiro em relação à vibração transmitida diretamente à cabeça, onde a tolerância em geral é reduzida. A tolerância pode também ser reduzida quando coexistem as condições b e c. Eventualmente, entretanto, os limites para um homem sentado ou em pé podem também ser usados para o indivíduo recostado ou em repouso. Deve-se ponderar que surgirá circunstância em que a aplicação rigorosa desse limite será inapropriada. 19.1. Avaliação da exposição A avaliação do nível de exposição às vibrações baseia-se no cálculo da exposição diária A (8) expressa como aceleração contínua equivalente para um período de 8 horas, calculada como o mais elevado dos valores eficazes, ou o mais elevado dos valores de dose de vibração (VDV) das acelerações ponderadas em freqüência determinadas segundo os três eixos ortogonais ( wx, wy, e wz ) , para um trabalhador sentado ou em pé), de acordo com os capítulos 5, 6 e 7, com o anexo A e com o anexo B da norma ISO 2631-1 (1997). Nesta Norma Internacional, limites separados estão especificados conforme a vibração esteja na direção (anatomicamente) longitudinal (az) ou plano transverso (ax ou ay).

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A avaliação do nível de exposição pode ser efetuada através de uma estimativa baseada nas informações relativas ao nível de emissão dos equipamentos de trabalho utilizados fornecidas pelos fabricantes (aplicado com restrições para projeto e identificação do risco) e da observação das práticas de trabalho específicas, ou por medição. Os Estados-Membros têm a faculdade de, no que se refere à navegação marítima, considerar apenas as vibrações de freqüência superior a 1 Hz. 19.2. Medição Quando se procede à medição nos termos do n.o 1 do artigo 4.o, os métodos utilizados podem incluir a amostragem, que deverá ser representativa da exposição pessoal do trabalhador às vibrações mecânicas em questão. Os métodos utilizados devem ser adaptados às características próprias das vibrações mecânicas a medir, ao ambiente circundante e às características do aparelho de medida. 19.3. Interferências O disposto no n.o 4, alínea d), do artigo 4.o, aplica-se em especial no caso de as vibrações mecânicas interferirem com a manipulação correta dos comandos ou com a leitura dos aparelhos indicadores. 19.4. Riscos indiretos O disposto no n.o 4, alínea d), do artigo 4.o, aplica-se em especial no caso de as vibrações mecânicas interferirem com a estabilidade das estruturas ou com o bom estado e a segurança dos elementos de ligação. 19.5. Extensão da exposição O disposto no n.o 4, alínea g), do artigo 4.o, aplica-se em especial quando, dada a natureza da atividade, o trabalhador beneficia de instalações de repouso supervisadas pela entidade empregadora; salvo em caso de força maior, as vibrações transmitidas a todo o organismo nessas instalações devem ser reduzidas para um nível compatível com o seu objetivo e condições de utilização. 19.6. Curvas de ponderação Na avaliação prática de qualquer vibração, cuja descrição física pode ser dada em termos destes fatores, três critérios humanos principais podem ser distinguidos. São eles: a) A preservação da eficiência de trabalho (“Nível de eficiência reduzido (fadiga)”); b) A preservação da saúde ou segurança (“Limite de exposição”) ; C) A preservação do conforto (“nível de conforto reduzido”). Cada um desses limites é definido graficamente para a direção longitudinal (az) - (figuras 2a e 2b) e direções transversas (ax , ay) - (figuras 3a e 3b). Para obter os valores limites a partir da curva de fadiga / trabalho eficiente:

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• limites de exposição: multiplicar os valores de aceleração por 2 (2dB maior); • nível de conforto reduzido: dividir aceleração por 3,15 (10 dB menor).

Limite de Exposição (saúde ou segurança) ou LT O limite de exposição em função da freqüência e tempo de exposição é, de modo geral, como no nível de eficiência reduzido (a fadiga), mas os níveis correspondentes são multiplicados por 2 (6 dB mais alto). Em outras palavras, o nível máximo de exposição seguro é determinado – para qualquer condição de freqüência, duração e direção – dobrando-se os valores estabelecidos para o critério de nível de eficiência reduzida (fadiga) - (ver as Figuras 2a, 2b e 3a, 3b e Tabelas 1 e 2). Exceder o limite de exposição não é recomendável sem justificativa especial e precauções, mesmo que nenhuma tarefa deva ser executada pelo indivíduo exposto. NOTAS IMPORTANTES 19.6.1- O limite de exposição recomendado, foi estabelecido em aproximadamente metade do nível considerado como limiar de dor (ou limite de tolerância voluntária) para indivíduos saudáveis, sobre um assento em vibração. (Tais níveis de limite têm sido analisados, em pesquisas de laboratório, para indivíduos do sexo masculino). 19.6.2 - Em determinadas freqüências, tanto acima como abaixo da banda de sensibilidade máxima, os níveis de aceleração permitidos para curtos tempos de exposição, de acordo com o limite de exposição e o nível de eficiência reduzido (fadiga), excedem 7m/s2, sendo equivalente ao valor máximo de aproximadamente 10m/s2 ou aproximadamente 1 g para vibração senoidal. Tal vibração na direção vertical pode fazer com que o sujeito levante de seu assento ou plataforma, a não ser que seja contido de maneira eficaz. É improvável que o salto constitua um problema real, todavia, em freqüências superiores a 20 Hz, o deslocamento relativamente pequeno, mesmo a altos níveis de aceleração, pode ser tal que cause complicações aos tecidos do corpo. TABELA 3 da ISO 2631 - Fatores de avaliação relativos à banda de freqüência de sensibilidade (*) de aceleração

máxima para as curvas de respostas das figuras 2a e 3a.

Fator de ponderação Freqüência [Hz]

(freqüência central de banda

de um terço de oitava) Vibrações longitudinais (Figura 2a) Vibrações Transversais (Figura 3a)

1.0 0.50 = - 6 dB 1.00 = 0 dB 1,25 0,56 = - 5 dB 1,00 = 0 dB 1.6 0,63 = - 4 dB 1,0 = 0 dB 2,0 0,71 = - 3 dB 1,0 = 0 dB 2,5 0,60 = - 2 dB 0,80 = - 2 dB 3.15 0.90 = -1 dB 0.63 = - 4 dB 4,0 1,00 = 0 dB 0,5 = - 6 dB 5.0 1,00 = 0 dB 0,4 = - 8 dB 6,3 1.00 = 0 dB 0,315 = - l0 dB 8.0 1,00 = 0 dB 0,25 = - 12 dB 10,0 0,80 = - 2 dB 0,2 = - l4 dB 12,5 0.63 = - 4 dB 0,16 = - 16 dB 16,0 0.50 = - 6 dB 0,125 = - l8 dB

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 32

20,0 0,40 = - 8 dB 0,1 = - 20 dB 25,0 0,315 = - 10 dB 0.08 = - 22 dB 31,5 0,25 = - 12 dB 0.063 = - 24 dB 40.0 0.20 = - 14 dB 0.05 = - 26 dB 50,0 0,16 = - 16 dB 0,04 = - 8 dB 63.0 0.125 = - 18 dB 0,0315 = - 30 dB 80.0 0.10 = - 20 dB 0,025 = - 32 dB

(*) 4 a 8 Hz no caso de vibração ±az 1a 2 Hz no caso de vibração ±ay ou ±ax

Em casos em que a exposição à vibração, seja ela contínua por mais de 24 h, os limites especificados nesta Norma Internacional devem ser considerados aplicáveis a cada período de 24 h ou à parte remanescente disso; em outras palavras, ao computar-se um tempo de exposição total equivalente, o período sobre o qual a exposição individual será integrada está limitado a 24 h. 20. CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS A colocação dos acelerômetros precisa ser bem pensada, por duas razões:

a) Observe com cuidado a direção da vibração que você quer medir, e como ela está sendo transmitida ao indivíduo;

b) O acelerômetro deve ser rigidamente fixado ao elemento vibrante. O melhor é aparafusá-lo, mas, em vibrações verticais, por exemplo piso vibrante é possível fixá-lo com adesivo (cera, por exemplo). O importante é garantir uma boa adesão.

Algumas freqüências naturais do corpo humano:

a) Vibrações longitudinais (direção z, coluna):

• corpo se comporta como uma massa unitária ate 2 Hz;

• Em um ser humano sentado, a 1a. Freqüência natural está entre 4 e 6 Hz;

• Para um homem em pé, a 1o ressonância ocorre entre 5 e 12 Hz;

• A ressonância da cabeça ocorre entre 20 e 30 Hz.

b) Vibrações transversais (direções x e y)

• Há uma grande diferença entre vibração transversa e longitudinal.

• Todas as freqüências de ressonância estão entre 1 e 3 Hz;

c) Vibração braço-mão.

• Com uma ferramenta adequada, operando a 30/40 Hz, a amplitude de vibração diminui de 35% a 65% da palma para as costas da mão;

• A maior atenuação ocorre na junta do ombro.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 33

Devem ser seguidos alguns aspectos importantes no preparo da avaliação, são eles:

a) É conveniente realizar uma verificação com calibradores manuais com nível de 9,81 m/s2 e 100 Hz antes e depois das medições realizadas, para checagem da integridade do equipamento utilizado.

b) Se a vibração se mantiver contínua, pelo menos 1 minuto, podemos fazer a medição off-line usando um analisador de largura de banda de 1250 Hz. A teoria utilizada na elaboração das Normas pressupõe que o corpo humano é um sistema mecânico linear passivo. Esta idealização só é válido para amplitudes de vibração reduzidas e de baixas freqüência.

c) Os dados constantes das Normas pressupõem também que se está lidando com efeitos de vibração sobre indivíduos de boa saúde.

d) Temos que considerar que a norma estabelece critérios gerais de avaliação, quer dizer, nos fornece os limites mínimos para que a partir destes sejam elaborados critérios específicos através de pesquisas e experiências fundamentadas.

e) Segundo a NR-15, norma regulamentadora do Ministério do Trabalho, as atividades onde o trabalhador fica exposto a vibrações que superam os limites estipulados pelas normas ISO 2631 e ISO 5349 são classificadas como insalubres de grau médio.

Método para a medida e a avaliação da transmissibilidade da vibração das luvas na palma da mão EPI’s para atenuação da vibração.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 34

Testing Gloves Using ISO 10819/ANSI S3.40 (ErgoAir® AntiVib®)

Atividades com maior risco de exposição à vibração

Examples of occupational vibration exposure Industry Type of Vibration Common Source of Vibration

Agriculture Whole body Tractors Boiler making Hand-arm Pneumatic tools Construction Whole body

Hand-arm

Heavy equipment vehicles

Pneumatic tools, Jackhammers Diamond cutting Hand-arm Vibrating hand tools Forestry Whole body

Hand-arm

Tractors

Chain saws Foundries Hand-arm Vibrating cleavers Furniture manufacture Hand-arm Pneumatic chisels Iron and steel Hand-arm Vibrating hand tools Lumber Hand-arm Chain saws Machine tools Hand-arm Vibrating hand tools Mining Whole body

Hand-arm

Vehicle operation

Rock drills Rivetting Hand-arm Hand tools Rubber Hand-arm Pneumatic stripping tools Sheet Metal Hand-arm Stamping Equipment Shipyards Hand-arm Pneumatic hand tools Shoe-making Hand-arm Pounding machine Stone dressing Hand-arm Pneumatic hand tools Textile Hand-arm Sewing machines, Looms Transportation Whole body Vehicles

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 35

21. PROCEDIMENTOS E CÁLCULOS Medição de Valores em RMS Se o sinal para análise for de curta duração ou a sua magnitude varia substancialmente com o tempo, uma simples medição não será suficiente; nestas condições deve-se usar um integrador. Faixa de Freqüência A faixa de freqüência do analisador de 1/3 de oitava deve ser no mínimo de 5 a 1.500; o transdutor de vibração deverá ser leve o suficiente para a aplicação específica. Localização e Montagem de Transdutores de Vibração A medição deverá ser efetuada após a identificação do ponto onde a energia da vibração entra na mão do operador, por exemplo. O transdutor deverá ser fixado à estrutura vibrante, onde a mão estiver apoiada, se os valores de vibrações variam significativamente, deverá ser registrado o maior valor, o qual esteja no ponto de contato com a mão. Exposição Diária Se a exposição diária total, compreende diversas exposições de acelerações ponderadas em diversas freqüências, a aceleração equivalente deverá ser calculada pela seguinte equação:

( ) ( ) ( )[ ]21

m

1 I

2

mm ti ti eq a T 1 T eq. a

= ∑=

onde: am eq (ti) = aceleração equivalente em determinado tempo

∑=

=m

1 I

ti T = somatória dos tempos de exposição

T = duração total de toda a exposição

Exemplos:

1) Foram medidas as acelerações ponderadas em freqüência na exposição de um operador de moto-serra cortando diferentes tipos de madeira, com os tempos e respectivas acelerações:

1 hora – 15 m/s2

3 horas – 12 m/s2

5 horas – 10 m/s2; pede-se, calcular a aceleração equivalente.

( )( ) 2

2 1 222

m sm 11,34 9

5 x 10 3 x 12 x 15 9 eq a =

+=

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 36

2) Da carta de Calibração do Acelerômetro temos:

Sqa - charge sensitivity pC/ms-2

Sva - voltage sensitivity mV/ms-2

Ct - capacitance (incluing cable)

Cc - cable capacitance

Ct = Ca + Cc (1)

Da definição de carga:

Q = V. C implicando em Sqa = Sva . Ct Q → Coulamber ( C ) V → Volts ( V ) C → Farads ( F )

3) Da análise dimensional:

SqamVms

pFpC

ms= × ⇒

−2

3

2

10

Exemplos: Sqa = 9,99 pC/ms-2 Ca = 1232 pF Sva = 7.43 mV/ms-2 Cc = 113 pF

Ct = 1345 pF (capacitância total) Sqa = Sva . Ct

SqamVms

pF SqaV

mspF= × ⇒ = × ×

−7 43 1345 9993

102

3

2.

Sqa = 9.993 pC/ms-2 A unidade na formula se mantém, por exemplo, “a” em m/s², “v” em mm/s e “d” em micrometro. a – aceleração ; v – velocidade ; d - deslocamento Nota: para se evitar cálculos desnecessários utiliza-se calibrador de vibração para configurar o equipamento de medição em função do transdutor utilizado.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 37

22. ESTUDO DE CASO REAL (Corpo Inteiro e Mãos e Braços) Planilha do Excel – Prática

<Relatórios e laudos padrão 3R Brasil Tecnologia Ambiental>

A.1) Motorista - Ônibus ano 2006 da Viação XXXX

Máquina / Meio de Transporte: Ônibus ano 2006.

Modelo / Tipo: veículo longo com dois eixos (Fig.4).

Funcionamento: Motor a diesel.

Local: Pátio, Av. XXXX Xavier e redondezas.

Cargo: Motorista (ver no PPRA outras funções pertencentes ao mesmo GHE).

Região Atingida: Corpo Inteiro (ISO 2631).

Faixa de Freqüência: 0,63 Hz a 80 Hz.

Medições: na direção z e x no banco do motorista.

Aceleração Global (máxima eixo Z) Aw (a(lin)): 0,70 m/s2 (com ponderação).

Nota: Ver documento base do PPRA e Carteira de Trabalho.

Fig. 4 – Medição no banco do Ônibus ano 2006. EIXO Z (BANCO) – Piores casos

Motorista (veículo ano 2006) - Banco

Eixo Z – via de paralelepipedos

Media da Operação

Eixo Z - via de asfalto

Media da Operação

Hz m/s2 (W) m/s2 (W) m/s2 (W) 1.0 -23.8 0.031153 0.045551 1.3 -12.8 0.111045 0.078614 1.6 -13.2 0.108143 0.128529 2.0 -7.9 0.214042 0.114948 2.5 -8.1 0.248028 0.245188 3.2 -8.0 0.319890 0.281838 4.0 -12.1 0.240160 0.155060 5.0 -15.7 0.170412 0.138516 6.3 -16.3 0.161436 0.084723 8.0 -14.6 0.192975 0.117625

10.0 -10.3 0.301995 0.167880 12.5 -8.5 0.339234 0.248599

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 38

16.0 -9.2 0.266686 0.172187 20.0 -10.2 0.196562 0.087801 25.0 -10.5 0.153109 0.067608 31.5 -14.7 0.074473 0.045394 40.0 -15.9 0.050408 0.026152 50.0 -14.5 0.046291 0.034714 63.0 -17.9 0.023686 0.037975 80.0 -26.8 0.006053 0.004753

Nível Global 0.86 m/s2 (W) 0.62 m/s2 (W)

Média Ponderada 0,70 m/s2 (W)

Fig. 5 – Medição no encosto do motorista.

EIXO X (ENCOSTO)

Motorista (veículo ano 2006) - Encosto

Eixo X – via de asfalto lis

Media da Operação

Hz m/s2 (W) m/s2 (W) 1.0 -13.3 0.104352 1.3 -15.6 0.080445 1.6 -13.0 0.110662 2.0 -13.2 0.116279 2.5 -15.0 0.112073 3.2 -12.4 0.192752 4.0 -16.5 0.144710 5.0 -20.6 0.096939 6.3 -22.8 0.076384 8.0 -21.4 0.088206

10.0 -19.6 0.103514 12.5 -17.7 0.117625 16.0 -17.9 0.097949 20.0 -22.2 0.049374 25.0 -23.1 0.035892 31.5 -22.7 0.029648 40.0 -21.7 0.025852 50.0 -14.3 0.047370 63.0 -13.9 0.037540 80.0 -22.2 0.010280

Nível Global 0.42 m/s2 (W)

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 39

O nível de vibração ponderado médio no eixo Z (azw) para o pior caso é de 0,86 m/s2(w) . O valor foi calculado para vibração no eixo “Z” em ambiente para vias com paralelepípedo, não retratando a realidade para atividade contínua. Portanto, para este caso foi estabelecido o valor para o pior caso a média ponderada com peso 1 (um) para ambientes com paralelepípedo e 2 (dois) para asfalto liso. Portanto, o valor utilizado para análise é: 0,70 m/s2(w). Segundo tabela I de limite de exposição o valor encontrado para as medições está abaixo do limite de tolerância (TLV) para 9 horas em vias pouco asfaltadas. Verificou-se através das diversas medições que a exposição à vibração nas pistas com asfalto liso pode chegar a valores acima de 0,62 m/s2(w). Para estes casos não há superação do limite de exposição para atividades contínuas acima de 10 horas.

A.2) WBV - Encalso / Retro Escavadeira / Diesel 160/ Dutra-RJ

Máquina / Meio de Transporte: Retro Escavadeira

Modelo / Tipo: Diesel 160

PISO: Terra batida e barro, sem inclinação e piso rígido (pavimentação de via)

Local: Obra de pavimentação na Rodovia Presidente Dutra / Nova Iguaçu - RJ

Cargo: Operador de Retro Escavadeira (ver no PPRA outras funções pertencentes ao mesmo GHE).

Região Atingida: Corpo Inteiro (ISO 2631).

Faixa de Freqüência: 0,63 Hz a 80 Hz.

Medições: na direção z, x e y no assento e no encosto.

Aceleração Global (máxima eixo X) Aw (a(x)): 0,53 m/s2 no eixo X com ponderação e Aw (a(x,y,z)): 0,89 m/s2 combinada e ponderada nos três eixos (média para todo o período).

Nota: Nivelamento e compactação de terreno. Ver documento base do PPRA.

GRÁFICOS DA ACELERAÇÃO MÉDIA EQUIVALENTE EM 1/3 DE OITAVAS DA EXPOSIÇÃO DE MAIOR RISCO (A.Leq) NOS EIXOS Z, X E Y PONDERADOS EM Wh

GHE (2) WBV Encalso / Retro Escavadeira / Diesel 160/ Dutra-RJ

( deslocamento no terreno)

GHE (2) WBV Encalso / Retro Escavadeira / Diesel 160/ Dutra-RJ

( movimentação de material e carregamento de caminhão)

0.31

5

0.4

0.5

0.63 0.

8 1

1.25 1.

6 2

2.5

3.15 4 5

6.3 8 10

12.5 16 20 25

31.5 40 50 63 80 100

125

Octave Frequencies [Hz]

0.0

0.3

0.5

0.8

1.0

1.3

1.5

1.8

2.0

2.3

2.5

Res

ulta

do W

h Z

Esc

avad

eira

se

desl

o can

do []

Resultado Wh Z Escavadeira se deslocando []

Resultado Wh X Escavadeira se deslocando []

Resultado Wh Y Escavadeira se deslocando []

Aleq.w (Eixo Z) Aleq.w (Eixo X) Aleq.w (Eixo Y)

0.29 0.28 0.28

Freq (Hz) Aceleração (w)

1.0

1.3

1.6

2.0

2.5

3.2

4.0

5.0

6.3

8.0

10.0

12.5

16.0

20.0

25.0

31.5

40.0

50.0

63.0

80.0

100.0

125.0

0.02

0.02

0.07

0.06

0.15

0.16

0.06

0.04

0.03

0.08

0.03

0.03

0.03

0.03

0.04

0.09

0.01

0.01

0.01

0.00

0.00

0.00

0.31

5

0.4

0.5

0.63 0.

8 1

1.25 1.

6 2

2.5

3.15 4 5

6.3 8 10

12.5 16 20 25

31.5 40 50 63 80 100

125

Octave Frequencies [Hz]

0.0

0.3

0.5

0.8

1.0

1.3

1.5

1.8

2.0

2.3

2.5

Res

ulta

do W

h Z

Esc

avad

eira

Ope

rand

o []

Resultado Wh Z Escavadeira Operando []

Resultado Wh X Escavadeira Operando []

Resultado Wh Y Escavadeira Operando []

Aleq.w (Eixo Z) Aleq.w (Eixo X) Aleq.w (Eixo Y)

0.31 0.53 0.28

Freq (Hz) Aceleração (w)

1.0

1.3

1.6

2.0

2.5

3.2

4.0

5.0

6.3

8.0

10.0

12.5

16.0

20.0

25.0

31.5

40.0

50.0

63.0

80.0

100.0

125.0

0.38

0.31

0.14

0.07

0.07

0.04

0.04

0.03

0.02

0.02

0.01

0.01

0.00

0.00

0.01

0.03

0.01

0.00

0.00

0.00

0.00

0.00

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 40

Análise dos valores de Exposição A(8) Ponderado

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tempo de Exposição Diária (horas)

Val

ore

s d

e A

(8)

m/s

2

GHE (1) WBV / Encalso / Rolo Carneiro / RV029 / Dutra-RJ / Eixo ZGHE (1) WBV / Encalso / Rolo Carneiro / RV029 / Dutra-RJ / Eixo XGHE (1) WBV / Encalso / Rolo Carneiro / RV029 / Dutra-RJ / Eixo Y

Análise dos valores de Exposição A(8) Ponderado

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tempo de Exposição Diária (horas)

Val

ore

s d

e A

(8)

m/s

2

GHE (1) WBV / Encalso / Escavadeira / Dutra-RJ / Eixo ZGHE (1) WBV / Encalso / Escavadeira / Dutra-RJ / Eixo XGHE (1) WBV / Encalso / Escavadeira / Dutra-RJ / Eixo Y

� COMPARAÇÃO COM LIMITES NORMATIVOS DE SEVERIDADE PARA O CORPO

INTEIRO:

TABELA III.A – CORPO INTEIRO (Orientação RTX e Diretiva Européia)

Medidas de controle da exposição a vibração nos três eixos para jornadas oito(8) horas diárias podem ser estabelecidas limitando o tempo de exposição na condição de maior risco (EMR). Para tal os valores de aceleração média com ponderação (Aw) devem ser apresentada em m/s² rms:

São recomendados um padrão de exposição para a vibração de corpo inteiro, contendo as seguintes informações em relação a aceleração normalizada da vibração de corpo inteiro A(8) em 8 horas medidas em m/s² rms e o valor equivalente da dose de vibração (8 horas) estimada (eVDV), medida em m/s1.75:

• A(8) < 0,5 ou eVDV < 9,1 - Conseqüência de baixo risco. Os trabalhadores devem receber treinamento para conscientização.

• A(8) > 0,5 ou eVDV > 9,1, mas A (8) < 1,15 ou eVDV < 21 – Conseqüência de risco moderado. Os trabalhadores devem receber treinamento para conscientização e fazer algum tipo de acompanhamento médico. Recomenda-se que o encarregado pergunte pelo menos uma vez ao ano aos funcionários se alguém está com algum sintoma, caso em que o colaborador será encaminhado a um médico. Todos os trabalhadores deverão ser incentivados a relatar quaisquer sintomas relacionados à vibração; conforme plano de controle da exposição a vibração.

• A(8) > 1,15 ou eVDV > 21 – Conseqüência de alto risco. Treinamento e acompanhamento médico conforme recomendação acima, mas também a verificação de monitoramento contínuo e controles da exposição de maior risco, conforme estratégia e processos que forem viáveis.

Note que os níveis de vibração médios durante o dia de trabalho que resultam em um A(8) de 0,5 m/s² ou 1,15 m/s² são tomados como base para o controle da exposição seguindo a tabela a seguir:

Hours 16 8 4 2 1 0.5

m/s² (ação) 0,35 0,50 0,71 1,0 1,4 2,0

m/s² (LT) 0,81 1,15 1,6 2,3 3,2 4,6

Seguindo diretiva Européia 2002/44, aplicamos para os dois casos de exposição a vibração no corpo humano os valores de aceleração Aw() em diferentes tempos de exposição diária são:

TABELA DE CÁLCULO DE A(8) - Cálculos a partir dos dados de medição da Vibração no Corpo Inteiro

TEMPO GHE (1) WBV / Encalso / Rolo Carneiro / RV029 / Dutra-RJ

Eixo Z

GHE (1) WBV / Encalso / Rolo Carneiro / RV029 /

Dutra-RJ Eixo X

GHE (1) WBV / Encalso / Rolo Carneiro / RV029 /

Dutra-RJ Eixo Y

GHE (2) WBV Encalso / Retro Escavadeira / Diesel 160/ Dutra-RJ

Eixo Z

GHE (2) WBV Encalso / Retro Escavadeira / Diesel 160/ Dutra-RJ

Eixo Y

A(8) Eixo Z Eixo X Eixo Y Eixo Z Eixo X AC. Medido

(m/s2 w) 1,21 0,89 0,37 0,31 0,53 TED(h) 1,21 1,25 0,52 0,31 0,74

1 0,43 0,44 0,18 0,11 0,26 2 0,61 0,62 0,26 0,16 0,37 3 0,74 0,76 0,32 0,19 0,45 4 0,86 0,88 0,37 0,22 0,52

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 41

5 0,96 0,99 0,41 0,25 0,59 6 1,05 1,08 0,45 0,27 0,64 7 1,13 1,17 0,48 0,29 0,69 8 1,21 1,25 0,52 0,31 0,74

São destacados as faixas próximas aos limites de tolerância e de ação em função da aceleração ponderada normatizada Aw(8) na condição de maior risco conforme recomendado pela Norma Européia e ACGIH e ISO 2631-1. São aplicadas para corpo inteiro as ponderações Wk para o eixo Z e Wb para os eixos X e Y de acordo com a Norma ISO 8041. Analisando os valores, verifica-se que o eixo Z na maioria dos casos é o que apresenta maior valor de amplitude de vibração. No entanto, os diferentes pesos atribuídos a cada um dos eixos ponderados (x * 1,4; y * 1,4 e z * 1,0) podem alterar essa tendência como apresentado no exemplo acima, pois o valor de exposição diária A(8) mais elevado no eixo Z, não é verifica em todos os casos quando aplicado o fator multiplicador, passando a preponderar-se o eixo X . Através dos gráficos pode-se observar que o tempo de exposição diária dos trabalhadores que operam o Rolo com Carneiro deverá ser inferior a 5 horas segundo a ACGIH e 7 horas segundo a 2002/44 para não ultrapassar os limites de tolerância (LT), e, também de acordo com os intervalos da Tabela IIIA. Em ambos as normas o Limite de ação para o Rolo será superado se trabalho contínuo por mais de 3,5 horas na condição de maior exposição conforme valor do limite de ação admissível (0,5 m/s2 para 8 horas e 0,71 para 4 m/s2 horas). Contudo, para a composição do A(8) através do Leq da atividade pode-se utilizar a média ponderada em diferentes situações de exposição, tomando como referência para todo o período a atividade de 1 hora. Para a retro-escavadeira haverá apenas a superação do limite de ação após 7,5 horas se trabalho contínuo. Vale lembrar que o ambiente onde foram realizadas o monitoramento é favorável, devido as medições terem sido realizadas em via de terra batida, sem inclinações, desníveis, depressões e obstáculos.

B.1) Operação com Martelete/Rompedor Pneumático (GHR – Grupo Homogêneo de Responsabilidade)

Máquina / Equipamento: Rompedor Pneumático. Funcionamento: Ar-Comprimido.

Local: Canteiro de obra XXXX Sociedade Técnica em Engenharia S.A.

Empresa: SEMONT SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA

Colaborador: Severino Ferreira da Silva e Adriano Silva Pereira. Devidamente treinados em operação com a ferramenta. Luva: Fabricante: Jobeluv Indústria e Comércio Ltda

CA: 8801

Região Atingida: Mão e Braços (Mão Direita ~ Esquerda).

Faixa de Freqüência: 6,3 Hz a 1250 Hz.

Medições: na direção x , y e z

Aceleração Global A (a(w)): 17,3 m/s2 ponderado. Medição realizada na mão direita. Registro em carteira: Operador de Maquina.

Nota: desmonte de rocha (pior caso). Ver documentos referentes à função na empresa.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 42

Fig. 6 – Detalhe da área mais crítica com desmonte de rocha.

Fig. 7 – Detalhe da medição com acelerômetro na mão sobre a luva.

• Conhecimento/prática na utilização e posturas na utilização do equipamento. Deve-se realizar programa de postura através de laudos ergonômicos para o grupo homogêneo analisado.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 43

Fig. 8 – Detalhe da verificação com calibrador e da medição no eixo “z” no pior caso.

O nível de vibração ponderado no eixo z e x (azx) mão direita na operação de corte é de 17,3 m/s2. O valor foi calculado para vibração no eixo z,x e segundo tabela II e III apresenta risco alto para trabalho contínuo com a ferramenta durante uma jornada de mais de 1:00 hora

Operação com Rompedor Pneumático Eixo Z e X Eixo Z e X

Hz dB( ref. 1V) m/s2 m/s2 w

6.3 7.3 2.317395 1.684746

8.0 5.5 1.883649 1.644426

10.0 5.2 1.819701 1.730536

12.5 5.7 1.927525 1.846569

16.0 9.1 2.851018 2.554512

20.0 24.9 17.579236 13.746963

25.0 19.5 9.440609 6.108074

31.5 14.2 5.128614 2.661751

40.0 17.2 7.244360 2.977432

50.0 18.8 8.709636 2.821922

63.0 23.2 14.454398 3.700326

80.0 23.0 14.125375 2.853326

100.0 23.4 14.791084 2.366573

125.0 22.2 12.882496 1.636077

160.0 20.2 10.232930 1.033526

200.0 18.6 8.511380 0.680059

250.0 18.3 8.222426 0.521302

315.0 17.8 7.762471 0.390452

400.0 17.8 7.762471 0.308946

500.0 17.5 7.498942 0.235467

630.0 17.3 7.328245 0.179542

800.0 18.6 8.511380 0.158312

1000.0 20.0 10.000000 0.135000

1250.0 21.0 11.220185 0.100308

Freqüência mais elevada: 20 Hz / Nível Global: 46,3 m/s2 17,3 m/s2 (W)

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 44

contínua. Para o valor medido o tempo máximo de operação contínua com a ferramenta ligada e desligada no pior caso (operando rompendo rocha) para mãos e braços é em torno de 3 a 4 horas devido às constantes paradas da ferramenta, sendo o limite de ação atingido quando computado 1:30 de trabalho com pausas.

B.2) HAV / Encalso / Martelete Pneumático / TEK 10 / Arrasamento e Aparas / Dutra-RJ

Máquina / Equipamento: Martelete

Fabricante/Modelo: TEK 10

Funcionamento: Pneumático

Local: Obra de pavimentação na Rodovia Presidente Dutra / Nova Iguaçu - RJ

Função: Marteleteiro

Região Atingida: Mão e Braços (Mão Direita e Esquerda).

Faixa de Freqüência: 6,3 Hz a 1250 Hz.

Medições: nas direções X , Y e Z

Resultados da Aceleração Global nos Eixos:

Gatilho: Eixo Z (a(wz)) 11,45 m/s2 , Eixo X (a(wx)) 14,31 m/s2 e Eixo Y (a(wy)) 18,88 m/s2 . Valor ponderado em wh conforme ISO 5349. Medição realizada na mão direita no gatilho (pior caso). Valor considerado para a avaliação a(wy) = 18,88 m/s2 , pior caso, e, cerca de 50% mais elevada que nos outros eixos conforme operação em função de posições fixas das mãos (como verificado na condição ligado sem operar). Há constantes trocas de posição das mãos e apunhadura alterando as direções da vibração preponderante em relação aos eixos, conforme observação.

Nota: Operação com martelete para arrasamento e aparas. Ver documentos de SSMA da Empresa.

GRÁFICOS DA ACELERAÇÃO MÉDIA EQUIVALENTE EM 1/3 DE OITAVAS DA EXPOSIÇÃO DE MAIOR RISCO (A.Leq) NOS EIXOS Z, X E Y PONDERADOS EM Wh

GHE (3) HAV / Encalso / Martelete Pneumático / TEK 10 / Arrasamento e

Aparas / Dutra-RJ (GATILHO)

GHE (3) HAV / Encalso / Martelete Pneumático / TEK 10 / Arrasamento e

Aparas / Dutra-RJ (APOIO)

0.31

5

0.4

0.5

0.63 0.

8 1

1.25 1.

6 22.

5

3.15 4 5

6.3 8 10

12.5 16 20 25

31.5 40 50 63 80 100

125

160

200

250

315

400

500

630

800

1000

1250

Octave Frequencies [Hz]

0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

6.0

7.0

8.0

9.0

10.0

11.0

12.0

13.0

14.0

15.0

16.0

17.0

18.0

19.0

20.0

Niv

el M

edio

Gat

ilho

Eix

o Z

[]

Nivel Medio Gatilho Eixo Z []

Nivel Medio Gatilho Eixo X []

Nivel Medio Gatilho Eixo Y []

Aleq.w (Eixo Z) Aleq.w (Eixo X) Aleq.w (Eixo Y)

11.45 14.31 18.88

Freq (Hz) Aceleração (w)

6.3

8.0

10.0

12.5

16.0

20.0

25.0

31.5

40.0

50.0

63.0

80.0

100.0

125.0

160.0

200.0

250.0

315.0

400.0

500.0

630.0

800.0

1000.0

1250.0

0.22

0.40

0.87

1.85

3.61

7.43

8.71

5.32

13.08

2.24

1.20

1.03

0.50

0.38

0.31

0.32

0.37

0.43

0.32

0.12

0.05

0.06

0.08

0.05

0.31

5

0.4

0.5

0.63 0.

8 1

1.25 1.

6 22.

5

3.15 4 5

6.3 8 10

12.5 16 20 25

31.5 40 50 63 80 100

125

160

200

250

315

400

500

630

800

1000

1250

Octave Frequencies [Hz]

0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

6.0

7.0

8.0

9.0

10.0

11.0

12.0

13.0

14.0

15.0

16.0

17.0

18.0

19.0

20.0

Niv

el M

edio

Apo

io E

ixo

Z []

Nivel Medio Apoio Eixo Z []

Nivel Medio Apoio Eixo X []

Nivel Medio Apoio Eixo Y []

Aleq.w (Eixo Z) Aleq.w (Eixo X) Aleq.w (Eixo Y)

3.49 3.72 6.06

Freq (Hz) Aceleração (w)

6.3

8.0

10.0

12.5

16.0

20.0

25.0

31.5

40.0

50.0

63.0

80.0

100.0

125.0

160.0

200.0

250.0

315.0

400.0

500.0

630.0

800.0

1000.0

1250.0

0.52

1.07

1.18

1.25

1.32

1.98

1.76

0.98

4.61

0.98

0.39

0.28

0.12

0.12

0.09

0.08

0.07

0.08

0.10

0.04

0.02

0.01

0.02

0.01

O nível de vibração ponderado para atividade com ferramenta ligada na mão do gatilho, operando e avançando foi de 18,88 m/s2 (eixo – pior caso) com a ferramenta ligada ou avançando medido na mão de apoio, conforme figura c, foi de 6,06 m/s2 (eixo – pior caso), e, podem ser considerados para a atividade pertencente ao GHE durante a jornada semanal. A atividade conforme grau de severidade apresenta risco alto para a jornada de trabalho. O limite de tolerância é atingido em menos de 1 hora de trabalho se operação contínua, sendo o limite de ação atingido em menos de 30 minutos segundo o critério Europeu.

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 45

Contudo, para a atividade com a mão no Gatilho alternando 50% do tempo operando com a mão no Apoio quando observado um período de uma hora: o martelete fica desligado 40% do tempo, ligado 10% do tempo e efetivamente executando a tarefa avançando em 50% do tempo. Neste caso o nível equivalente contínuo (aw.leq) médio ponderada para a atividade será de 6,8 m/s2 . Portanto, os limites de tolerância não serão superados se mantidas as funções pertencentes a este GHE trabalhando nesta atividade até 2 horas por dia, cinco vezes por semana. > a.Leq Acw (x,y,z) = 0,1 x 6,06 + 0,5 X (0,5 x 18,60 + 0,5 x 6,06) = 6,8 m/s2 Nota Importante: os valores apresentados só poderam ser aplicados se no procedimento de utilização do martelete e no treinamento na operação do mesmo, for comprovada a alternância entre as mãos de apoio e gatilho durante a jornada de trabalho. Esta metodologia identificada como 3R.REGAZZI.PUC_WBV permite balizar os grupos homogêneos e identificar as atividades que merecem um acompanhado mais detalhado como um estudo, identificando e customizando todo o processo de medição de vibração no corpo humano de forma atemporal. Pode ser verificado na tabela A de resultado dos GHEs nas atividades de exposição de maior risco (EMR) em função dos parâmetros normativos e limite de exposição, a exatidão, objetividade e repetibilidade do método empregado. Foram aplicados critérios metrológicos reprodutivos, rastreáveis, claros, conservador, característico da atividade e com maior exatidão (instrumentação verificada e calibrada). Nos gráficos de medição são informadas as acelerações globais nos três eixos e uma tabela com as bandas de freqüência e os resultados em m/s2 (w) na direção mais relevante em operação no pior caso. Uma metodologia semelhante é aplicada nos países Europeus, incluindo Portugal, e aceita como premissa para aquisição de novas maquinas e equipamentos a partir de dados operacionais da vibração no corpo humano fornecidos pelos fabricantes. A nova diretiva Europeia também vem regulamentou este procedimento. Nota Importante: a utilização de dosímetros de vibração além de não permitir auditar os dados de medição ocasionando erros elevados devido a sinais espúrios que contaminam a média da aceleração, dentre outros problemas de medição da vibração transmitida, só fornecem valores específicos para aquele momento e aquela condição que pode ser de menor ou maior exposição, não retratando de forma clara a realidade, além de não permitindo a aplicação de medidas de controle seja pelo conhecimento das freqüência críticas, seja pelo tempo de exposição na condição de maior risco nas freqüências perigosas para o corpo humano. Portanto, o dosímetro de vibração individualiza os dados de tal forma que só podem ser aplicados naquele tempo, espaço e a circunstância da operação, dificultando uma análise clara e objetiva da exposição.

� COMPARAÇÃO COM LIMITES NORMATIVOS DE SEVERIDADE PARA MÃO E BRAÇO:

TABELA III.B – Mão e Braços (Orientação de Severidade) – Ponderação Wh (ISO 5349)

• A(8) < 2.5 – Conseqüência de baixo risco. Os trabalhadores devem receber treinamento para conscientização.

• A(8) > 2.5 mas < 5.0 – Conseqüência de risco moderado. Os trabalhadores devem receber treinamento para conscientização e fazer algum tipo de acompanhamento médico (veja a Seção 6). Recomenda-se que o encarregado pergunte pelo menos uma vez ao ano aos funcionários se alguém está com algum sintoma, caso em que o funcionário será encaminhado a um médico. Todos os funcionários devem ser incentivados a relatar quaisquer sintomas relacionados à vibração.

• A(8) > 5.0 – Conseqüência de alto risco. Treinamento e acompanhamento médico conforme acima, mas também a verificação de controles conforme sugerido na Seção 7.1 e a implementação do que for viável.

Observe que os níveis de vibração médios durante o dia de trabalho que resultam em um A(8) de 2.5 m/s² ou 5.0 m/s² são:

Hours 16 8 4 2 1 0.5

m/s² (ação) 1.8 2.5 3.5 5.0 7.1 10

m/s² (LT) 3.5 5.0 7.1 10 14 40

Instrutor: Rogério Dias Regazzi 46

� DADOS DOS DE MEDIÇÃO FORNECIDO PELO FABRICANTE DE UM MARTELETE ESPECÍFICO (NACKA):

Ref. http://isegnet.porta80.com.br/siteedit/site/pg_secao.cfm?codsec=6&codsub=60

http://isegnet.porta80.com.br/siteedit/site/pg_materia.cfm?codmat=128

http://isegnet.porta80.com.br/siteedit/arquivos/3R_NI_9234_VCH_%20VIBRACAO%20CORPO%20H

UMANO%20_11%20red.pdf

http://isegnet.porta80.com.br/siteedit/site/pg_materia.cfm?codmat=97 __________________