roberto pimentel - curso de direito constitucional vol. i

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  • 7/21/2019 Roberto Pimentel - Curso de Direito Constitucional Vol. I

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    www.ResumosConcursos.hpg.com.brApostila: Curso de Direito Constitucional Vol. I por Prof. Roberto Pimentel

    Apostila de Direito Constitucional

    Assunto:

    CURSO DE

    DIREI O CO!S I UCIO!A"

    Volume I

    Autor:

    PROF. ROBERTO PIMENTEL

    1

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    CAPTULO I

    NOES DE TEORIA GERAL DO ESTADODIREITO CONSTITUCIONAL. CONCEITO. OBJETO*

    Prof. Roberto Pime te!

    "#$ E%t&'o( )o )eito e e!eme to%

    O Estado corresponde organizao de um povo, localizado estavelmentesobre um territrio, sob o comando de um nico poder. O Estado da idade contempornea

    tem como principal caracterstica o ato de ser um ente poltico com um governoinstitucionalizado.

    !oda nao politicamente organizada, em decorr"ncia dessainstitucionalizao, deve ter sua orma de organizao pr#$estabelecida, para %ue o e&ercciodo poder possa ser limitado. 'om esse tipo de noo # %ue surgiu a id#ia de se impor aoEstado uma regulamentao, de se criar uma lei %ue o estruturasse, uma lei %ue l(e desseorganizao, en im, uma 'onstituio %ue l(e assegurasse estabilidade e perman"ncia.

    ) esse movimento decorrente da vontade do (omem de comandar seu destinopoltico e de participar na vida do Estado, estabelecendo um con unto mnimo de direitos egarantias a serem respeitados no s pelos governantes, mas pelos concidados, c(ama$seconstitucionalismo .

    +ossuem as sociedades elementos constantes e permanentes, tal assertivaaplica$se igualmente ao Estado %ue este se constitui em uma sociedade polticaorganizada.

    !ais elementos podem ser classi icados como materiais -populao e territrioe ormais -ordenamento urdico e o governo , al#m da inalidade %ue seria alcanar o bemcomum de todos os cidados. )ssim, # possvel identi icar %uatro principais elementosidenti icadores do Estado, a saber/ +ovo, !erritrio, 0overno 1oberano e Ordenamento2urdico.

    'omo elemento integrante do Estado, o conceito de povo encontra traocaracterizador no vnculo urdico$poltico %ue liga o indivduo ao Estado, criando umcomple&o de direitos e obriga3es recprocas.

    * -4otas doutrin rias e&tradas de obras dos autores )le&andre de 5oraes, )lessandro 0roppalli, +edro 1alvetti 4eto, )ndr# 6uiz 7orges 4etto e 18lvio 5otta 9 :illiam ;ouglas

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    "*$ Form&% 'e E%t&'o

    )s form&% 'e E%t&'o surgem %uando se busca classi icar os Estados deacordo com as rela3es %ue, entre si, apresentam seus elementos constitutivos -populao,

    territrio, governo e ordenamento urdico.+ortanto, segundo a doutrina pode$se classi icar os Estados entre Estados

    1imples ou

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    4o 7rasil so entidades componentes da >ederao a ederal e os 5unicpios. -art. D , caput , '> .

    ) orma ederativa de Estado # uma das %uatro cl usulas p#treas previstas na

    'onstituio da =epblica >ederativa do 7rasil de DFGG. -art. HI, J K , '>

    " $ Form&% 'e Go/er o

    )s form&% 'e 0o/er o1 correspondem ao modo pelo %ual o Estado se organizapara e&ercer o poder poltico, determinando, ainda, como se atinge o poder poltico e por%uanto tempo nele se permanece.

    )s tipologias cl ssicas das ormas de governo, identi icadas na doutrina

    cl ssica, so tr"s/ a de )ristteles, a de 5a%uiavel e a de 5ontes%uieu.+ara )ristteles a classi icao das 'onstitui3es tem como base o nmero de

    governantes, ou se a, monar%uia -governo de um s , aristocracia -governo de poucos e ademocracia -governo de muitos , com a ane&a duplicao das ormas c(amadas decorruptas -tirania, oligar%uia e demagogia .

    5a%uiavel as reduz a duas, a saber/ monar%uia e repblica, en%uanto %ue5ontes%uieu retoma a trilogia ao classi icar as ormas de governo em monar%uia, repblica edespotismo.

    ) nica inovao interessante deve$se ao mestre austraco Lans Melsen, %ue,partindo da de inio do Estado como ordenamento urdico, sustenta %ue o nico meio dedistinguir uma orma de governo de outra seria na indicao do modo pelo %ual umaconstituio regula a produo do ordenamento urdico. Este ordenamento poderia sercriado de orma (eterNnoma -os destinat rios das normas no participariam de suaproduo , o %ue resultaria na orma c(amada de autocracia, ou, com a participao dosdestinat rios na produo do ordenamento urdico -normas classi icadas como autNnomas ,o %ue resultaria na c(amada democracia.

    ) 'onstituio atual adota a =epblica como orma de governo com duascaractersticas principais/ a e!eti/i'&'e 'o m& '&t2rio e a tr& %itorie'&'e 'o m& '&toe!eti/o . ale ressaltar %ue esta # a primeira 'onstituio republicana brasileira onde & form&'e 0o/er o -o %e )o %tit3i em )!23%3!& 45tre& .

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    "6$ Re0ime% o3 Si%tem&% 'e Go/er o

    Os c(amados re0ime% 'e 0o/er o 7o3 %i%tem&% 'e 0o/er o$ mostram asrela3es %ue podem observar$se entre o +oder E&ecutivo e o +oder 6egislativo, ou ainda,

    seria o regime de governo uma esp#cie de t#cnica de organizao do +oder E&ecutivo.1o classi icadas pela doutrina como presidencialismo e parlamentarismo.

    O regime parlamentarista tem como caracterstica a diviso ntida entre a c(e iade governo e a c(e ia de Estado, sendo e&ercidas tais un3es por pessoas distintas.

    ;estarte, dependendo da orma de governo adotada, o +residente ou o5onarca -=ei ou ?mperador assumem a '(e ia do Estado e o +rimeiro$5inistro ou premier ac(e ia do governo -conduo dos negcios poltico$administrativos do Estado .

    2 no regime +residencialista, as un3es de '(e e de Estado e '(e e de0overno so e&ercidas simultaneamente pelo +residente da =epblica.

    ) partir dos conceitos acima e&postos pode ser traada uma radiogra ia doEstado >ederal brasileiro. +ortanto, o 7rasil # 3m& Re48b!i)& Fe'er&! 93e &'ot& o re0ime4re%i'e )i&!i%t& 'e 0o/er o .

    Em virtude do regime adotado o +residente da =epblica az as vezes de '(e ede 0overno -conduo poltico$administrativa dos interesses do governo , al#m disso, como'(e e de Estado, assume o +residente a representao do Estado >ederal brasileiro nasrela3es com outros Estados e assume o comando supremo das >>)) ->oras )rmadas .

    ":$ Or0& i;&,-o 'o E%t&'o Br&%i!eiro < S= te%e

    'omo dito, o 7rasil # um Estado >ederal composto pela unio indissolvel daederal e 5unicpios, todos entes autNnomos detentoresde compet"ncias prprias e compartil(adas -comuns e concorrentes dispostas no te&toconstitucional.

    'onsagrando a tradicional diviso de poderes baseada nos estudos de5ontes%uieu, temos uma diviso em tr"s poderes constitudos -E&ecutivo, 6egislativo e2udici rio , os %uais relacionam$se de orma independente e (armNnica, segundo ditamesconstitucionais -art. P , '> .

    "$se, portanto, %ue o Estado moderno, encontra$se organizado e estruturadode orma a podermos identi icar a orma de organizao de seus elementos constitutivos, aorma de e&erccio do +oder +oltico, o rol de direitos e garantias undamentais dos cidadose outros elementos estruturantes e undamentais.

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    ) atual 'onstituio brasileira inovou ao elevar o 7rasil condio de E%t&'oDemo)r2ti)o 'e Direito , %ue signi ica a eleio, pelo constituinte, dos undamentos da=epblica >ederativa do 7rasil como sendo/ a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa(umana, os valores sociais do trabal(o e da livre iniciativa e o pluralismo poltico -art. D , ? a

    , '> , al#m da previso e&pressa da ina astabilidade da participao popular na tomadadas decis3es polticas, contida no +ar gra o nico do art. D da 'onstituio B Q Todo o poderemana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termosdesta Constituio. .

    +ossui o Estado de ;ireito as seguintes caractersticas/

    a 1upremacia da 'onstituioAb 1uperioridade das leisAc 1eparao dos +oderes -separao de un3es estatais A

    d E&ist"ncia de direitos e garantias undamentaisA

    ">$ Direito Co %tit3)io &!( Co )eito e Ob?eto

    O instrumento ormal de organizao do Estado # modernamente denominadode Co %tit3i,-o , sendo o ramo do direito pblico respons vel pelo seu estudo, c(amado de'ireito )o %tit3)io &!. O direito constitucional # destacado por ser undamental organizao e uncionamento do Estado e tem por ob eto de estudo a constituio polticadesse ser %ue se convencionou c(amar de Estado.

    ;ireito 'onstitucional #, pois, (...) o ramo do direito pblico que estuda os princpios e normas estruturadoras do stado e !arantidoras dos direitos e liberdadesindividuais -c . +aulino 2ac%ues , estando tais normas em geral e&pressas no te&to de umaou de v rias leis undamentais, %ue recebem a denominao de Constituio .

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    1egundo 'elso )ntNnio 7andeira de 5ello, princpio #, por de inio, omandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele. 'omplementando a viso domestre paulista, entende$se como sistema a reunio ordenada de v rias partes %ue ormamum todo, de tal sorte %ue elas se sustentam mutuamente e as ltimas -princpios e&plicam

    as primeirasA2 o c(amado +rincpio 2urdico$'onstitucional # uma norma urdica

    %uali icada, ou se a, a%uela %ue, tendo um mbito de validade maior, orienta a atuao deoutras normas, mesmo as de nvel constitucional. Em resumo, os princpios constitucionaisso, de um s turno, elementos de direito positivo e guias das atividades interpretativa e

    urisdicionalA

    'oncebendo a 'onstituio como um sistema -um todo composto de partes %uecoe&istem de orma coerente e (armNnica , a importncia dos princpios constitucionaisreside no papel con ormador, integrador e sobretudo determinador do signi icado e do

    alcance das normas constitucionais, como tamb#m das normas in raconstitucionaisAO papel do princpio como elemento importante na interpretao da norma

    constitucional # to importante %ue o mestre mineiro =aul 5ac(ado Lorta costuma classi icara nossa 'arta 'onstitucional como pl#stica por con erir relevncia do ponto de vista(ermen"utico aos princpios e aos direitos e garantias undamentais. !al plasticidade derivadas possibilidades de i&ao de signi icados aos dispositivos constitucionais com o au&liodos princpiosA

    "*$ I ter4ret&,-o '&% Norm&% Co %tit3)io &i%

    ) interpretao consiste na t#cnica de desvendar o real signi icado da norma,tentar buscar a%uilo %ue o legislador e etivamente %uis dizer, a%uilo %ue ele pretende %uacontea.

    ) interpretao -t#cnica # di erente da erme 3ti)& , cu o conceito # maisamplo e se constitui como a ci"ncia %ue estuda e sistematiza os processos aplic veis paradeterminar o sentido e o alcance das normas.

    )nalisando a 'onstituio veri ica$se a preced"ncia em termos interpretativosdos princpios undamentais e dos direitos e garantias individuais, sem %ue isso importe nae&ist"ncia de (ierar%uia entre normas constitucionais, o %ue # corol rio da id#ia dasupremacia ormal do te&to constitucional. !ais elementos servem apenas comoinstrumentos valorativos para conduo de um processo interpretativoA

    ) 'onstituio >ederal ( de ser sempre interpretada, pois somente atrav#s dacon ugao da letra com as caractersticas (istricas e polticas do momento se encontrar omel(or alcance e signi icado da norma urdicaA

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    ) Lermen"utica do ;ireito 'onstitucional pode adotar as seguinte t#cnicas deinterpretao, em con unto ou isoladamente/

    #. I ter4ret&,-o 93& to &o %3?eito(

    1.1. i ter4ret&,-o &3t ti)& , %ue # a%uela pela %ual se busca o sentido da norma peranteo prprio rgo %ue a produziuA

    1.2. i ter4ret&,-o 'o3tri 2ri& , # a eita pelos estudiosos do direito, doutrinadoresA1.3. i ter4ret&,-o ?3'i)i&! , # a %ue decorre dos rgos udiciais -decis3es monocr ticas e

    urisprud"ncia .

    *. I ter4ret&,-o 93& to &o% meio%(

    2.1. i ter4ret&,-o 0r&m&ti)&!, # a utilizada mediante a e&trao do sentido de cadapalavra contida na normaA

    2.2. i ter4ret&,-o ! 0i)& , # a%uela em %ue se indaga da vontade da lei, mediante o usoda racionalidade -ratio le!is) A

    2.3. i ter4ret&,-o i%t ri)& , # a%uela %ue busca identi icar o momento social e polticoonde oi produzida a normaA

    2.4. i ter4ret&,-o te!eo! 0i)& , # a%uela %ue busca identi icar %ual a inalidade buscadapelo legislador ao elaborar a normaA

    2.5. i ter4ret&,-o %i%tem2ti)&, # a%uela %ue considera a norma como parte integrante deum sistema de normas, e %ue com ele deve compatibilizar$se.

    +. I ter4ret&,-o 93& to &o re%3!t&'o(3.1. i ter4ret&,-o 'e)!&r&ti/& , az$se %uando a norma urdica no tem o seu sentido

    ampliado nem restringido %uando de sua aplicaoA3.2. i ter4ret&,-o e te %i/& , ocorre %uando a lei # aplicada em sentido mais amplo %ue o

    nela contido -a lei disse menos do %ue devia dizer A3.3. i ter4ret&,-o re%triti/& , ocorre %uando a letra da lei disse mais do %ue devia dizer,

    devendo sua aplicao ser restringida em contedo eRou alcance.

    ) Lermen"utica constitucional obedece a alguns princpios %ue norteiam aredao e conse%@ente interpretao dos dispositivos constitucionais, tais como/

    a) Pri )=4io '& S34rem&)i& Co %tit3)io &! . +or esse princpio a 'onstituio est nopice do ordenamento urdico e nen(uma outra norma pode contrari $la, material ouormalmente, sob pena de incorrer em inconstitucionalidadeA

    b) Pri )=4io '& Im4er&ti/i'&'e '& Norm& Co %tit3)io &! o3 '& M2 im& Efeti/i'&'e . ) norma constitucional # imperativa, de ordem pblica e emana da vontade soberana

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    do povo. 4a interpretao de uma norma constitucional, portanto, o int#rprete devesempre assegurar no s a preval"ncia sobre outras normas de di erente grau(ier r%uico, como tamb#m con erir$l(e a maior e&tenso e plenitude possveis.

    c) Pri )=4io '& U i'&'e Co %tit3)io &! . ) 'onstituio deve ser vista sempre como

    um todo indivisvel, um con unto (armNnico de id#ias, no sendo admissvel apresena de contradi3es ou de normas colidentes.

    d) Pri )=4io '& Co )or' )i& Pr2ti)& o3 '& &rmo i;&,-o. +or tal princpio, busca$sea preservao dos direitos undamentais %uando em con lito com outros bens urdicosconstitucionalmente protegidos. ;eve$se, em suma, criar limites entre os diversosdireitos a im de (armoniz $los.

    4a interpretao de normas in raconstitucionais com v rios signi icadosinterpretativos possveis, o 1!> adota a concepo de %ue poder ser dada pre er"ncia aosigni icado ade%uado ou con orme a 'onstituio, evitando assim a declarao da

    inconstitucionalidade da norma e a conse%@ente retirada da mesma do ordenamento urdico.!al procedimento somente ser possvel diante da possibilidade de e&istirem mais de umaorma de interpretar a norma -no dizer de 'anotil(o, diante do c(amado Qespao de decisoS,e %ue dentre as v rias possibilidades de interpretao e&ista uma %ue se a compatvel com anorma constitucionalA

    "+$ C!&%%ifi)&,-o '&% Co %tit3i, e%

    ) 'onstituio pode ser concebida sob tr"s aspectos/ o sentido sociolgico, osentido poltico e o sentido urdicoA

    ;e acordo com o %e ti'o %o)io! 0i)o a 'onstituio pode ou no representaro e etivo poder social. 4o primeiro caso seria legtima -e&erccio e re le&o dos atores reais depoder , no segundo mera ol(a de papel ->erdinand 6assale .

    ) 'onstituio no %e ti'o 4o!=ti)o -'arl 1c(imitt , # concebida como decisopoltica undamental, por isso, somente elementos %ue traduzem esta deciso devem azerparte da 'onstituio. +ara 1c(imitt, ( a distino entre constituio ou mat#riaconstitucional - orma de Estado, 0overno, Trgos de +oder, direitos e garantias

    undamentais e lei constitucional, esta ltima apenas ormalmente constitucional por estarinserida na constituio, por#m possuir relevncia poltica undamental.

    4o %e ti'o ?3r='i)o , a constituio passa a ser concebida como normaundamental ou undamento de validade de todo o ordenamento urdico$positivo. ;estaconcepo (ier r%uica do ordenamento urdico, surge a id#ia de supremacia ormalconstitucional e de controle da constitucionalidade, ou se a, a constituio por servir deundamento de validade de todo o ordenamento urdico, deve ser preservada e mantendo$se

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    o e%uilbrio do sistema com a adoo de m#todos de controle da con ormao das normas(ierar%uicamente in eriores com o te&to constitucional.

    ;esta concepo decorre tamb#m a id#ia de rigidez constitucional. )

    concepo urdica da constituio no az distino entre o %ue # mat#ria constitucional ou o%ue no deveria estar inserido no te&to constitucional, pois, a supremacia sobre oordenamento decorre do simples ato da norma estar inserida no instrumento ormalconstituio -supremacia ormal . ;a decorre a necessidade da manuteno do e%uilbriosist"mico atrav#s da preservao da relao (ier r%uica -proteo da norma %ue con erevalidade a todo o sistema A

    +.#$ H3& to &o Co te8'o( )o %tit3i, e% m&teri&i%1 o3 %3b%t& )i&% e form&i%.

    Co %tit3i,-o m&teri&!, consiste no con unto de regras materialmente constitucionais,este am ou no codi icadas em um nico documentoA

    Co %tit3i,-o form&! , # a%uela consubstanciada de orma escrita, documentada.

    +.*$ H3& to Form&( )o %tit3i, e% e%)rit&% e -o e%)rit&%

    Co %tit3i,-o e%)rit& , # o con unto de regras sistematizado e codi icado em um nicodocumento -constituio legal A

    Co %tit3i,-o -o e%)rit& 7)o %3et3'i 2ri&$ , # o con unto de regras no reunidas em umte&to solene, mas baseadas em leis esparsas, costumes, urisprud"ncia e conven3es. -e&.'onstituio ?nglesa .

    +.+$ H3& to &o mo'o 'e e!&bor&,-o( )o %tit3i, e% 'o0m2ti)&% e i%t ri)&%

    Co %tit3i,-o Do0m2ti)& , con igura$se como um documento escrito e sistematizado por umrgo constituinte, a partir de princpios e id#ias undamentais da teoria poltica e do direitodominanteA

    Co %tit3i,-o i%t ri)& , # ruto da lenta e contnua sntese da (istria e tradi3es de umpovo -e&. 'onstituio ?nglesa .

    +. $ H3& to ori0em( )o %tit3i, e% 4rom3!0&'&% o3 o3tor0&'&%

    Co %tit3i, e% 4rom3!0&'&% 7'emo)r2ti)&% o3 4o43!&re%$, decorrem do trabal(o de uma )ssembl#ia 4acional 'onstituinte composta de representantes do povo, eleitos com ainalidade de elabor $la -e&. 'onstitui3es 7rasileiras de DGFD, DFUK, DFKH e DFGG A

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    Co %tit3i, e% O3tor0&'&%, so elaboradas e estabelecidas sem a participao popular,atrav#s da imposio pelo poder vigente -e&. 'onstitui3es 7rasileiras de DGPK, DFUV, DFHV eE' n IDRDFHF

    +.6$ H3& to e%t&bi!i'&'e( )o %tit3i, e% im3t2/ei%1 r=0i'&%1 %emi

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    b) orm&% 'e efi)2)i& )o ti'& o3 re'3t=/e! / t"m aplicabilidade imediata, plena, mas%ue podem ter reduzido seu alcance pela atividade do legislador in raconstitucional.E&/ art. W , X???A

    c) orm&% 'e efi)2)i& !imit&'&/ so a%uelas %ue dependem de emisso de umanormatividade utura para sua inteira e etividadeA"6$ Po'er Co %tit3i te

    C o Po'er Co %tit3i te a mani estao soberana da suprema vontade polticade um povo, social e uridicamente organizado. +ode$se classi icar os tipos de +oder'onstituinte em origin rio ou de primeiro grau e o +oder 'onstituinte derivado.

    O Po'er Co %tit3i te Ori0i 2rio estabelece a 'onstituio de um novoEstado. >onte de autoridade dos poderes constitudos, com eles no se con undindo. O+oder 'onstituinte Origin rio possui como caractersticas ser inicial, ilimitado, autNnomo e

    incondicionado.2 o Po'er Co %tit3i te Deri/&'o1 o3 3ti!i;& 'o 3m m&ior ri0or )ie t=fi)o1

    Com4et )i& Reform&'or&1 est inserido na prpria 'onstituio, pois decorre de umaregra urdica constitucional, portanto, su eito a limita3es e&pressas e implcitas e passvelde controle da constitucionalidade. +ode ser classi icado em Po'er Co %tit3i teReform&'or -alterao do te&to constitucional respeitando$se a regulamentao prescritapelo +oder 'onstituinte Origin rio e o Po'er Co %tit3i te De)orre te , pelo %ual osEstados$5embros e&ercitam a possibilidade de auto$organizar$se por meio de constitui3esprprias -caracterstica do Estado >ederal A

    +ara ser v lida uridicamente a re orma constitucional no pode (averdesconsiderao dos limites ormais e materiais %ue so postos pelo poder constituinteorigin rio nas normas de garantia da 'onstituio. !ais limites materiais incluem os direitos egarantias individuais -art. HI, J K , ? , dentre os %uais est inserido o c(amado princpio dodireito ad%uirido -art. W , XXX ? , pelo %ue ele no pode ser abolido pelo legisladorin raconstitucional, a includo o constituinte re ormadorA

    C e&ata, portanto, a assertiva de %ue no e&iste direito ad%uirido oponvel 'onstituio, no entanto, dvidas surgem %uanto e etividade dessa assertiva %uando setrata do e&erccio da compet"ncia re ormadora -poder constituinte derivado , pois, uma vez%ue se cuida, em verdade, apenas do e&erccio de uma compet"ncia de inida e limitada por

    %uem o instituiu, e no um e&erccio ilimitado, inaugural e incondicionado.

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    E ERCCIOS DE FI A@O*

    ID O ob eto do Estudo do ;ireito 'onstitucional #/a o povoAb o EstadoAc a 'onstituioAd a polticaA

    e o governo.IP ) =epblica >ederativa do 7rasil tem como orma de Estado/

    a Estado ;emocr tico de ;ireitoAb Estado >ederalAc Estado

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    b !odas as entidades ederativas possuem os tr"s poderesAc Os +oderes da unio so interdependentes e (armNnicos entre siAd )l#m das un3es tpicas, cada +oder pode e&ercer un3es atpicas por de er"ncia do

    te&to constitucionalA

    e )trav#s de emenda 'onstituio # possvel a supresso do supracitado sistema.

    IH ) =epblica, >ederao e +residencialismo so, para a 'onstituio de DFGG,respectivamente/

    a >orma de 0overno, >orma de Estado, 1istema de 0overno.b >orma de Estado, 1istema de 0overno, =egime de 0overno.c 1istema de 0overno, =egime de 0overno, >orma de Estado.d >orma de Estado, =egime de 0overno, 1istema de 0overno.

    e 1istema de 0overno, >orma de Estado, 1istema de Estado.IV O Estado >ederativo tem como caractersticas principais/

    a Eletividade dos mandat rios e temporalidade dos mandatos.b 1oberania e autonomia dos entes ederados.c ;iviso de compet"ncias entre os entes ederados e participao dos Estados$

    membros nas decis3es nacionais.d =epresentatividade dos mandat rios e soberania popular.e =elao rgida entre o +oder E&ecutivo e o +oder 6egislativo.

    IG O 0overno =epublicano tem como traos distintivos/a O acesso do povo ao poder.b ) diviso de compet"ncias entre as entidades ederativas.c ) eletividade dos mandat rios e a transitoriedade dos mandatos eletivos.d ) vitaliciedade e a (ereditariedade.e ) centralizao das decis3es polticas e administrativas.

    IF ) =epblica >ederativa do 7rasil se constitui em/a Estado =epublicano de ;ireito.b Estado >ederativo de ;ireito.c 4ao ;emocr tica de ;ireito.d Estado ;emocr tico de ;ireito.e Estado +opular de ;ireito.

    DI 1o undamentos da =epblica >ederativa do 7rasil/a ) soberania, a autodeterminao dos povos, a cidadania, a igualdade entre os

    Estados.b ) cidadania, a dignidade da pessoa (umana, a soluo pac ica dos con litos, a

    soberania.

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    c ) soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa (umana, os valores sociais dotrabal(o e a livre iniciativa e o pluralismo poltico.

    d ) soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa (umana, os valores sociais dotrabal(o e a livre iniciativa e o pluripartidarismo.

    e !odas as respostas anteriores esto corretas.

    DD 1egundo a atual 'onstituio, o poder # e&ercido pelo povo/a E&clusivamente por representantes eleitos.b +or representantes eleitos e nomeados.c E&clusivamente por representantes nomeados.d +or representantes nomeados ou diretamente.e +or representantes eleitos ou diretamente.

    DP 4o constitui undamento da =epblica >ederativa do 7rasil/a ) soberania.b O pluralismo poltico.c ) cidadania.d ) igualdade entre os Estados.e ) dignidade da pessoa (umana.

    DU O plebiscito realizado no dia PD de abril de DFFU teve como assunto/a >orma de Estado e >orma de 0overno.b >orma de 0overno e =egime de 0overno.c =egime de 0overno e =egime +oltico.d >orma de 0overno e >orma de Estado.e =egime +oltico e 1istema de Estado.

    DK ;entre outros, constitui ob etivo undamental da =epblica >ederativa do 7rasil/a 'onstruir uma sociedade desenvolvida.b 0arantir uma sociedade usta.c Erradicar a pobreza e a marginalizao.d E&tinguir as desigualdades sociais.e E&tinguir %ual%uer orma de discriminao.

    DW )s rela3es internacionais da =epblica >ederativa do 7rasil so regidas pelosprincpios/

    a ;a autodeterminao dos povos e da de esa da paz.b ;a independ"ncia nacional e repdio ao terrorismo e ao racismo.c ;e soluo pac ica dos con litos e preval"ncia dos direitos (umanos.d ;e concesso de asilo poltico e no interveno.e !odas as alternativas esto corretas.

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    DH 'onstitui ob etivo undamental da =epblica >ederativa do 7rasil, no plano internacional/a construir uma sociedade livre, usta e solid ria.

    b ?gualdade entre os povos.c 7uscar a integrao cultural entre os povos da )m#rica 6atina.d =epudiar o terrorismo e o racismo.e !odas as respostas anteriores esto corretas.

    DV ) 'onstituio originada de rgo composto por representantes do povo eleitosdiretamente no pode ser c(amada de/

    a votada.b promulgada.c outorgada.d popular.

    e democr tica.

    DG ) promoo do bem$estar de todos constitui um dos/a >undamentos da =epblica.b Ob etivos da =epblica.c +rincpios de Ordem ?nternacional.d +rincpios de e&presso da cidadania.e +ostulados b sicos do neoliberalismo.

    DF 4o se con igura como uno de uma constituio/a 4ormatizar a constituio do Estado.b >i&ar a 'apital >ederal.c ;e inir e limitar os +oderes +blicos.d >undamentar a ordem urdica da comunidade.e +roteger as liberdades individuais.

    PI 1o de e ic cia plena e de aplicabilidade imediata as normas constitucionais/a vedativas e as program ticas.b %ue con irmam prerrogativas e a%uelas %ue dependem de lei integrativa.c as de princpio program tico e as de princpio institutivo.d vedativas e as %ue con iram imunidades, isen3es e prerrogativas.e as de e ic cia contida e e ic cia limitada.

    PD C crit#rio para de inir uma norma como ormalmente constitucional o ato de %ue ela/a regulamente a orma de governo adotada.b preve a as esp#cies de lei %ue podem e&istir.c discipline os procedimentos de elaborao legislativa.d preve a o sistema eleitoral.e este a inserida no te&to da 'onstituio, independente da mat#ria %ue trate.

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    PP O poder constituinte derivado de re orma com ora para emendar a 'onstituio da=epblica >ederativa do 7rasil #/

    a inicial, incondicional e ilimitado.

    b soberano, permanente e incondicionado.c secund rio, limitado e condicionado.d tempor rio, autNnomo e limitado.e secund rio, soberano e permanente.

    PU )ssinale a alternativa ?4'O==E!)/a O poder constituinte origin rio # soberano, inicial, ilimitado e incondicional.b ) limitao circunstancial ao poder de re orma constitucional inibe %ue a 'onstituio

    >ederal se a alterada diante da ocorr"ncia de determinados eventos, como adecretao de interveno ederal, de estado de de esa ou estado de stio.

    c 4ormas constitucionais de e ic cia limitada so a%uelas %ue possuem aplicabilidadedireta e imediata, com possibilidade, todavia, de terem o seu alcance reduzido por

    obra do legislador ordin rio.d 4ormas materialmente constitucionais so a%uelas %ue integram a estruturaundamental do Estado, includas ou no no te&to constitucional.

    e O poder derivado est su eito a limita3es %uando e&erce a uno de regulamentar ote&to constitucional.

    PK 4o se con igura como princpio de Lermen"utica 'onstitucional/a +rincpio da 1upremacia 'onstitucional.b +rincpio da 5 &ima E etividade.c +rincpio da Larmonizao.d +rincpio da 6egalidade.e +rincpio da ederal de DFGG, pode ser classi icada como/a ormal, escrita, le&vel, promulgada e analtica.b 1int#tica, promulgada, rgida e dogm tica.c >ormal, rgida, analtica e (istrica.d >ormal, escrita, dogm tica, democr tica, rgida e analtica.e 5aterial, consuetudin ria, semi$ le&vel e analtica.

    GABARITO(ID cA IP bA IU bA IK cA IW dA IH aA IV cA IG cA IF dA DI cADD A DP dA DU bA DK cA DW eA DH cA DV cA DG bA DF bA PI dAPD eA PP cA PU cA PK dA PW d.

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    * -E&erccios e&trados da Obra$ireito Constitucional % Teoria, &urisprud'ncia e *uest+es de 18lvio 5otta e :illiam ;ouglas

    CAPTULO III

    DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS *

    +ro . =oberto +imentel

    #$ Ori0em e Fi &!i'&'e1urgem os direitos e garantias undamentais como disposi3es %ue limitam o

    poder estatal, podendo ser e&igidas omiss3es dos poderes pblicos de orma a evitaringer"ncias abusivas na es era individual. Os direitos undamentais podem ser de inidoscomo disposi3es meramente declaratrias, ou se a, %ue de inem %uais os direitos %ue oordenamento urdico entende devem ser ob eto de proteo consignada na 4orma>undamental. +or sua vez, as garantias, na viso do mestre =ui 7arbosa, constituemdisposi3es assecuratrias, ou se a, em de esa dos direitos limitam o poder estatal.

    *$ F3 '&me to%( Teori&%

    )s diversas teorias %ue tentam usti icar o undamento dos direitos (umanospodem ser resumidas na teoria "usnaturalista, teoria positivista e a teoria moralista ou deerelman-

    ) teoria usnaturalista undamenta os direitos (umanos em uma ordem superioruniversal, imut vel, inerente consci"ncia (umana. 2 a teoria positivista, undamenta ae&ist"ncia dos direitos (umanos na ordem normativa, en%uanto legtima mani estao dasoberania popular. +or sua vez, a teoria moralista encontra a undamentao dos direitos(umanos undamentais a partir da ormao de uma consci"ncia social sedimentada.

    +$ C&r&)ter=%ti)&%

    ) previso desses direitos coloca$se em elevada posio (ermen"utica emrelao aos demais direitos previstos no ordenamento urdico, apresentando diversas

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    caractersticas/ imprescritibilidade, inalienabilidade, irrenunciabilidade, inviolabilidade,universalidade, e etividade, interdepend'ncia e complementariedade-

    * -4otas doutrin rias e&tradas de obras dos autores )le&andre de 5oraes e 2os# ) onso da 1ilva

    $ C!&%%ifi)&,-o

    ) doutrina moderna classi ica os direitos undamentais de acordo com a ordemcronolgica em %ue tais disposi3es passaram a ser incorporadas ao te&to das constitui3es.;estarte, os direitos undamentais de 4rimeir& 0er&,-o so os direitos polticos e civis-realam o princpio da !iber'&'e A os direitos de%e03 '& 0er&,-o so os direitos sociais,econNmicos e culturais e realam o princpio dai03&!'&'e A os direitos deter)eir& 0er&,-o ,so os c(amados direitos de %o!i'&rie'&'e o3 fr&ter i'&'e , %ue englobam interesses degrupos menos determinados de pessoas, sem %ue (a a entre elas um vnculo urdico muitopreciso -direitos di usos .

    6$ N&t3re;& J3r='i)& '&% Norm&% 93e Di%)i4!i &m o% Direito% e G&r& ti&F3 '&me t&i%

    ) '>RGG disp3e %ue os direitos e garantias undamentais so de aplicabilidadeimediata, ou se a, independem da atuao do legislador in raconstitucional para %ue possamser e&ercidos. -)rt. W , J D

    Os direitos e garantias undamentais, contudo, no so absolutos, ou se a, ( o%ue se pode c(amar da aplicao do +rincpio da =elatividade dos direitos e garantiasundamentais, pois, a prpria e&ist"ncia de tais direitos limita a observncia intransigentedeles, al#m de %ue no se pode utilizar tais prerrogativas como orma de encobrir a pr ticade atos ilcitos. ) soluo, muitas vezes, # a interpretao (armNnica -princpio daconcordncia pr tica dos direitos e garantias undamentais, com vistas a a astar %ual%uerincompatibilidade.

    :$ De%ti &t2rio% '& Prote,-o

    O art. W ,caput , da 'onstituio >ederal a irma %ue Q!odos so iguais perante alei, sem distino de %ual%uer natureza, garantindo$se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no +as a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedadeS. )ssim, tais direitos protegem tanto as pessoas naturais, brasileiros ouestrangeiros no territrio nacional -estes ltimos ainda %ue apenas em tr/nsito , como aspessoas urdicas.

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    >$ O Direito i'&

    O direito vida # o mais undamental de todos os direitos, %ue constitui pr#$re%uisito para o e&erccio de todos os demais direitos, sendo considerado sob dois aspectospreponderantes, o direito de continuar vivo, bem como de conviver dignamente. )'onstituio protege a vida de uma orma geral, inclusive uterina.K$ Pri )=4io '& I03&!'&'e

    O princpio da igualdade -isonomia decorre da concepo cl ssica do %ue seria ustia, ou se a, o tratamento desigual de casos desiguais na medida em %ue so desiguais.Em outros termos, o %ue se veda # o tratamento desigual da%ueles casos %ue se encontramna mesma situao. O %ue realmente se protege so certas inalidades, somente se tendo

    por violado o princpio da igualdade %uando o elemento discriminador no se encontre aservio de uma inalidade acol(ida pelo direito.

    ?mportante, ainda, ressaltar a trplice inalidade limitadora do princpio daigualdade/ limitao ao le!islador- ao int0rprete1aplicador e ao particular . ;estarte, v"$se %uesomente pode ser considerado lesado o princpio da igualdade %uando o elementodiscriminador atuar de orma no amparada pelo direito, por isso, pode ser per eitamentepossvel, dependendo do caso concreto, a estipulao de limitao et ria para ingresso noservio pblico, desde %ue, veri icada a peculiaridade da situao -como no caso dosmilitares, nos termos do art. DKP, J U , X da '>RGG , tendo em vista o car ter teleolgico %uein orma o princpio da legalidade. =essalte$se %ue, em princpio, no poder (averdiscriminao por motivo de idade para admisso no servio pblico -art. V , XXX , por#m,con orme a irmado, depende sempre da avaliao da (iptese e da atuao do elementodiscriminador -no caso o elemento et rio em uno de inalidade acol(ida pelo direito.

    K.# I03&!'&'e e tre ome % e M3! ere% 7&rt. 6 1 I$

    A i03&!'&'e e tre ome % e m3! ere%1 4re/i%t& o &rt. 6 1 I1 '&Co %tit3i,-o , deve levar em conta %ue se a igura impossvel %ual%uer discriminao emrazo do se&o -por si s , e&ceto nos casos em %ue a prpria '> cuida de discrimina$los -art.V , X ??? e X?X, art. KI, J D , DKU, JJ D e P e PID, J V e %uando a legislaoin raconstitucional utilize a discriminao como orma de atenuar os desnveis porventurae&istentes.

    $ Pri )=4io '& Le0&!i'&'e 7&rt. 6 1 II$

    +revisto no &rt. 6 1 II, da '>RGG, o princpio da legalidade visa garantir %ue spor meio das esp#cies normativas, devidamente elaboradas con orme as regras do processo

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    legislativo constitucional, podem$se criar obriga3es para o indivduo, pois as normas soe&presso da vontade geral.

    O princpio da legalidade no se con unde com o princpio da reserva le!al ,

    %ue o primeiro signi ica a submisso e o respeito lei, ou a atuao dentro da es eraestabelecida pelo legislador, en%uanto %ue o segundo consiste em estatuir %ue aregulamentao de determinadas mat#rias ( de azer$se necessariamente por lei ormal.

    #"$ Tr&t&me to Co %tit3)io &! '& Tort3r& 7&rt. 6 1 III e LIII$

    Outro direito undamental concebido pelo legislador constituinte origin rio, noart. W da '>, oi a previso de %ue ningu#m ser submetido a tortura nem a tratamentodesumano ou degradante -inciso ??? -princpio da proibio da tortura A bem como %ue a lei

    considerar crimes ina ian veis e insuscetveis de graa ou anistia a pr tica de tortura, otr ico ilcito de entorpecentes e drogas a ins, o terrorismo e os de inidos como crimes(ediondos D, por eles respondendo os mandantes, os e&ecutores e os %ue, podendo evita$los,se omitirem -inciso X6??? .

    ##$ Liber'&'e 'e Pe %&me to1 Direito 'e Re%4o%t& e Re%4o %&bi!i'&'e 4or D& oM&teri&!1 Mor&! o3 Im&0em 7&rt. 6 1 I e $

    ) garantia da liberdade de pensamento, o direito de resposta eresponsabilidade por dano material, moral ou imagem, previstos no art. W , ? e da '>,signi icam %ue a mani estao de pensamento # livre e garantida constitucionalmente, nopermitindo$se a censura pr#via em divers3es e espet culos pblicos e sendo vedado oanonimato -inciso ? . Os abusos porventura cometidos no e&erccio indevido damani estao de pensamento so passveis de e&ame pelo +oder 2udici rio com aconse%@ente responsabilidade civil e penal de seus autores -inciso . ) norma em comentopretende a reparao da ordem urdica lesada, se a por meio de ressarcimento econNmico,se a por outros meios, como por e&emplo o direito de resposta. -v. 6ei W.PWIRHV B 6ei d?mprensa

    #*$ Liber'&'e 'e Co %)i )i&1 Cre ,& Re!i0io%&1 Co /i),-o Fi!o% fi)& o3 Po!=ti)& eE%)3%& 'e Co %)i )i& 7&rt. 6 1 I e III$

    ) '> protege a liberdade de consci"ncia e religiosa -de crena , bem como aplena proteo liberdade de culto e as liturgias -desde %ue no contr rio ordem,

    1 Os crimes (ediondos esto previstos na 6ei n G.IVPRFI e os crimes de tortura esto de inidos na 6ei F.KWW, deIVRIKRDFFV -art. D .

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    tran%@ilidade e sossego pblicos e compatvel com os bons costumes -inciso ? , ao tempoem %ue tamb#m prev" %ue ningu#m ser privado de direitos por motivo de crena religiosaou de convico ilos ica ou poltica, salvo se as invocar para e&imir$se de obrigao legal atodos imposta e recusar$se a cumprir prestao alternativa, i&ada em leiP -inciso ??? .

    ?gualmente, o art. DW, ? da '>, prev" %ue a recusa de cumprir obrigao a todos imposta ouprestao alternativa acarretar a perda dos direitos polticos.

    #*.# A%%i%t )i& Re!i0io%& 7&rt. 6 1 II$

    ) previso do inciso ?? do art. W encerra um direito sub etivo da%uele %ue seencontra internado em estabelecimento coletivo, constituindo$se em norma de e ic cialimitadaU

    #+$ E 4re%%-o '& Ati/i'&'e I te!e)t3&!1 Art=%ti)&1 Cie t=fi)& e 'e Com3 i)&,-o 7&rt. 6 1I $

    ) liberdade de e&presso e de mani estao de pensamento no pode so rernen(um tipo de limitao pr#via, no tocante a censura de natureza poltica, ideolgica eartstica, sendo, contudo, possvel lei ordin ria a regulamentao das divers3es eespet culos, classi icando$os por ai&as et rias a %ue no se recomendem, bem como de inirlocais e (or rios a %ue se am inade%uados.

    # $ I /io!&bi!i'&'e I timi'&'e1 i'& Pri/&'&1 o r& e Im&0em

    Os direitos intimidade e prpria imagem ormam a proteo constitucional vida privada, salvaguardando um espao ntimo intransponvel por intromiss3es ilcitase&ternas, tanto para as pessoas sicas %uanto urdicas.

    #6$ I /io!&bi!i'&'e Domi)i!i&r 7&rt. 6 1 I$

    ) regra constitucional da inviolabilidade domiciliar possui e&ce3es previstas naprpria '>, assim a casa # asilo inviol vel do indivduo, ningu#m nela podendo penetrar semconsentimento do morador, salvo/ a em caso de lagrante delito ou desastre, ou para prestarsocorro, ou b ainda, durante o dia, por determinao udicial. 1abe$se %ue a noo2 '>. art. DKU e 6ei n G.PUFRFD B 1ervio 5ilitar alternativo3 E&iste regulamentao desse inciso em relao s oras armadas -6ei n H.FUPRGD e aos estabelecimentosprisionais -6ei n V.PDIRGK $ 6ei de E&ecu3es +enais

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    constitucional de domiclio tem amplitude maior do %ue no direito comum, considerandoBsecomo tal o local delimitado e separado %ue algu#m ocupa com e&clusividade, a %ual%uerttulo, inclusive pro issionalmente. ) possibilidade de invaso domiciliar, durante o dia e pordeterminao udicial, su eita$se denominada cl#usula de reserva "urisdicional .

    #:$ Si0i!o 'e Corre%4o ' )i& e 'e Com3 i)&,-o 7&rt. 6 1 II$

    O sigilo de correspond"ncia e de comunicao -art. W , X?? , possibilita emcertos casos a interceptao tele Nnica desde %ue por ordem udicial, para ins deinvestigao criminal ou instruo processual penal e nas (ipteses %ue a lei estabelecer-6ei n F.PFHRFH . ) interceptao poder ser determinada pelo uiz de o cio ou a

    re%uerimento da autoridade policial -somente na investigao criminal ou do representantedo 5inist#rio +blico, sempre em autos apartados, preservando$se o sigilo das dilig"ncias,grava3es e transcri3es respectivas.

    ) gravao clandestina, # a%uela em %ue a captao e gravao da conversapessoal, ambiental ou tele Nnica, se d por meio de um dos interlocutores, ou por terceirapessoa com o seu consentimento, sem %ue (a a con(ecimento dos demais interlocutores.Essa conduta a ronta o inciso X do art. W da '>, di erentemente das intercepta3estele Nnicas %ue so realizadas sem o consentimento dos interlocutores e %ue a rontam o art.W , inciso X?? da '>. )le&andre de 5oraes entende %ue se admite a possibilidade degravao clandestina com autorizao udicial, mesmo diante da aus"ncia de previso legal,nos casos de legtima de esa dos direitos (umanos undamentais, ou se a, os direitosundamentais no podero ser utilizados como orma de escudo protetor para pr tica de atosilcitos.

    #>$ I /io!&bi!i'&'e 'e D&'o%( Si0i!o% B& )2rio e Fi%)&!

    ) inviolabilidade do sigilo de dados -art. W , X?? complementa a previso aodireito intimidade e vida privada, na medida em %ue considera$se as in orma3es iscais ebanc rias como parte da vida privada da pessoa sica ou urdica. +ara %ue se a possvel a %uebra do sigilo iscal ou banc rio e&istem certosre%uisitos, a saber/

    a autorizao udicial ou determinao de '+? ou re%uisio do 5+ -art. DPF, ?, da'> A

    b e&cepcionalidade da medidaAc individualizao do investigado e do ob eto da investigaoAd obrigatoriedade da manuteno do sigilo em relao s pessoas estran(as causaAe utilizao dos dados somente para a investigao %ue l(e deu causaA.

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    O 1!> entende %ue o 5+ -tanto >ederal como Estadual no pode ter acessoao sigilo banc rio e iscal, mediante o direito de re%uisio de in orma3es previsto na 6ei'omplementar n VWRFU, sendo necess ria a autorizao udicial.

    Em relao recente 6ei 'omplementar n DIW de DI de aneiro de PIID, %ueprev" a possibilidade de %uebra do sigilo iscal e banc rio pelas autoridades e agentes iscaisda e 5unicpios, sem necessidade de autorizao udicial -art. H , amaioria da 2urisprud"ncia tem se posicionado pela inconstitucionalidade dessa disposiolegal.#K$ Direito 'e Re3 i-o 7&rt. 6 1 I$

    ) '> garante %ue todos podem reunir$se paci icamente, sem armas, em locaisabertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde %ue no rustrem outrareunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas e&igido pr#vio aviso autoridade competente, tratando$se, pois, de direito individual o de coligar$se com outras

    pessoas, para im lcito. 1o elementos da reunio/ pluralidade de participantes, tempo-durao limitada , inalidade -lcita, pac ica e sem armas e lugar - i&o ou mvel B e&.passeatas . !al direito pode, contudo, ser suspenso, nas (ipteses e&cepcionais de Estadode ;e esa e Estado de 1tio.

    # $ Direito 'e A%%o)i&,-o 7&rt. 6 1 II & I$

    C plena a liberdade de associao, de modo %ue ningu#m poder sercompelido a associar$se ou mesmo permanecer associado, desde %ue para ins lcitos,vedada a de car ter paramilitar, sendo %ue sua criao e, na orma da lei, a de cooperativas,independem de autorizao, vedada a inter er"ncia estatal em seu uncionamento.

    ) associao s poder ser compulsoriamente dissolvida ou ter suas atividadessuspensas por deciso udicial, e&igindo$se, no caso da dissoluo compulsria, o trnsitoem ulgado da deciso.

    )s entidades associativas devidamente constitudas, %uando e&pressamenteautorizadas, !"m legitimidade para representar seus iliados udicial ou e&tra udicialmente,possuindo legitimidade ad causam para, em substituio processual, de ender em 2uzodireitos de seus associados, sendo desnecess ria a e&pressa e espec ica autorizao decada um de seus integrantes.

    *"$ A4re)i&,-o 'e Le%-o o3 Ame&,& 'e Direito 4e!o Po'er J3'i)i2rio 7&rt. 6 1 $

    +rev" a '>, no art. W , XXX , %ue a 6ei no e&cluir da apreciao do +oder2udici rio leso ou ameaa a direito, # a princpio da ina astabilidade do acesso ao +oder2udici rio -direito de ao e de prestao urisdicional B princpio do livre acesso . 4a novaordem constitucional, a instncia administrativa no precisa ser e&aurida como condio ao

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    acesso ao +oder 2udici rio, a nica e&ceo # o acesso pr#vio, em certos casos, 2ustia;esportiva -'>, art. PDV, J D . +or outro lado, o 1!> irmou entendimento no sentido de%ue ine&iste direito sub etivo ao duplo grau urisdicional.

    *#$ Direito A'93iri'o1 Ato J3r='i)o Perfeito e Coi%& J3!0&'& 7&rt. 6 1 I$

    ) '> a irma %ue a lei no pre udicar o direito ad%uirido, o ato urdico per eito ea coisa ulgada. )ssim, a '> prev" a imutabilidade das c(amadas cl usulas p#treas -art. HI,J K , ? , ou se a, a impossibilidade de emenda constitucional pre udicar os direitos egarantias individuais, entre eles, o direito ad%uirido -art. W, XXX ? .

    +ode$se de inir como direito adquirido a%uele %ue se incorporou de initivamenteao patrimNnio pessoal do indivduo, ou se a, %ue pode ser a %ual%uer momento invocado,usu rudo, independentemente da vontade al(eia, e %ue, mesmo no caso da e&ist"ncia decondio ou termo para incio de sua ruio, tal condio per az$se inalter vel ao arbtrio deterceiros. 2to &urdico er eito # a%uele %ue se aper eioou, %ue reuniu todos os elementosnecess rios a sua irmao, debai&o da lei vigente. Coisa &ul!ada # a deciso udicialtransitada em ulgado, em outros termos, a deciso udicial de %ue no caiba recurso-6?'', art. H , J U A

    **$ Pri )=4io 'o J3i; N&t3r&! 7&rt. 6 1 II e LIII$

    O princpio do uiz natural, consagrado nos incisos XXX ?? e 6??? do art. W da'>, constitui$se em garantia indispens vel da segurana popular contra o arbtrio estatal,pois garante a imparcialidade do uiz, %ue o uiz natural # s a%uele integrante do +oder2udici rio, com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na '>, inclusive asregras atinentes compet"ncia e urisdio.

    *+$ Trib3 &! 'o J8ri 7&rt. 6 1 III$

    O 2ri # um tribunal popular, de ess"ncia e obrigatoriedade constitucional,regulamentado na orma de lei ordin ria e, atualmente, composto por um uiz de direito, %ueo preside, por PD urados, %ue sero sorteados dentre cidados %ue constem do alistamentoeleitoral do 5unicpio, ormando$se o 'onsel(o de 1entena com sete deles. ) '> assegura instituio do 2ri/ plenitude da de esa, o sigilo das vota3es, a soberania dos veredictos-%ue no e&clui a recorribilidade das suas decis3es contr rias a provas dos autos e a

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    compet"ncia para o ulgamento dos crimes dolosos contra a vida -apenas no aplic vel noscasos em %ue e&ista prerrogativa constitucional de oro .

    * $ E tr&'i,-o 7&rt. 6 1 LI e LII$

    Os incisos 6? e 6??, do art. W , prev"em as (ipteses constitucionais para ae&tradio, ou se a, o brasileiro nato amais poder ser e&traditado, o brasileironaturalizado somente ser e&traditado por cometimento de crime comum -praticado antes danaturalizao ou no caso de participao comprovada em tr ico ilcito de entorpecentes edrogas a ins, na orma da lei, independentemente do momento do ato. O estrangeiro poder

    ser e&traditado, (avendo vedao apenas nos crimes polticos ou de opinio. O pedido dee&tradio ser sempre encamin(ado ao 1!>, pois nunca se conceder e&tradio sem oseu pr#vio pronunciamento sobre a legalidade e proced"ncia do pedido, icando o +residenteapenas vinculado em caso de negativa pelo 1!>.

    *6$ De/i'o Pro)e%%o Le0&!1 Co tr&'it rio e Am4!& Defe%& 7&rt. 6 1 LI e L $

    ) '> incorporou o princpio do devido processo legal -%ue tem como corol riosa ampla de esa e o contraditrio %ue devero ser assegurados aos litigantes, em processo

    udicial ou administrativo, e aos acusados em geral -art. W , 6 . 'ontudo, o princpio docontraditrio nos processos penais no se aplica aos in%u#ritos policiais - ase investigatria .

    *:$ Pro/&% I!=)it&% 7&rt. 6 1 L I$

    1o inadmissveis no processo as provas obtidas por meios ilcitos, comdesrespeito ao direito material. 1omente em casos e&cepcionais tais provas podero serconsideradas, pois nen(uma liberdade pblica # absoluta.

    )s provas ilcitas -obtidas com desrespeito ao direito material Bv.!. mediantetortura, %uebra do princpio da inviolabilidade domiciliar, tele Nnica, direito intimidade, sigiloso esp#cie do g"nero provas ile!ais , %ue engloba tamb#m as c(amadas provas ile!timas ,%ue so a%uelas obtidas com desrespeito ao direito processual -v.!. %uebra do sigilobanc rio por mero decreto , estas ltimas so aproveit veis sempre %ue possvel sanar ode eito processual.

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    )s provas derivadas de provas ilcitas, de acordo com a posio atual do 1!>,contaminam as demais provas dela decorrentes, de acordo com a teoria americana dosrutos da #rvore envenenada.

    Em certos casos -e&cepcionais , contudo, ( a possibilidade de convalidaode provas obtidas por meios ilcitos com a inalidade de de esa das liberdades pblicasundamentais, ocorrendo na (iptese a c(amada le!tima de esa dos direitos 3umanosundamentais. ;e igual orma, no ( %ue se alar em violao intimidade, em se tratandode servidor pblico, %ue prevalece o princpio da publicidade de seus atos.

    *>$ Pri )=4io '& Pre%3 ,-o 'e I o) )i& 7&rt. 6 1 L II$

    ) '> estabelece %ue ningu#m ser considerado culpado at# o trnsito em ulgado da sentena penal condenatria, consagrando o princpio da presuno de inoc"ncia,

    o %ual, contudo, no a asta a constitucionalidade das esp#cies de priso provisrias -prisotempor ria, em lagrante, preventiva etc. .

    *K$ A,-o Pe &! Pri/&'& S3b%i'i2ri& 7&rt. 6 1 LI $

    4o sistema urdico brasileiro -art. DPF, ? o processo penal s poder serde lagrado por denncia ou %uei&a, sendo a ao penal pblica privativa do 5+, s podendoser e&ercida de orma subsidi ria pelo particular -ao penal privada subsidi ria da pblicaem caso de in#rcia do 5+ em adotar, no prazo legal -art. KH, '++ , uma das seguintesprovid"ncias/ o erecer a denncia, re%uerer o ar%uivamento do in%u#rito policial ou re%uisitadilig"ncias.

    * $ Pri%-o Ci/i! 7&rt.6 1 L II$

    Em regra no (aver priso civil por dvida, no 7rasil, e&ceto nos casos de/ ainadimplemento volunt rio de obrigao alimentciaA e, b do deposit rio in iel.

    +"$ Ro! E em4!ifi)&ti/o 7&rt. 6 1 * $

    Os direitos e garantias e&pressos na '> no e&cluem outros de car terconstitucional decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, al#m da e&ist"nciade outros de car ter in raconstitucional decorrentes dos tratados internacionais dos %uais o7rasil se a signat rio -art. W , J P . Em outros termos, o art. W no e&aure o rol de direitos egarantias do sistema constitucional p trio.

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    E ERCCIOS DE FI A@ODIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS *

    ID )ssinale a opo correta/a C plena a liberdade de associa3es para %ual%uer im.b C obrigatria a associao para %ue o indivduo goze dos direitos sociais.c )s associa3es podem ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades

    suspensas por ordem policial transitada em ulgado.d )s entidades associativas, ainda %ue no e&pressamente autorizadas, podem

    representar seus iliados udicial ou e&tra udicialmente.e ) criao de associa3es independe de autorizao do +oder +blico.

    IP ) liberdade de reunio est condicionada/a ao pagamento de ta&aAb autorizao da autoridade competenteAc a ser pac ica e desarmadaAd situao poltica da entidade %ue a promover Ae a ser em locais predeterminados pela autoridade competente.

    IU

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    b O brasileiro naturalizado ser e&traditado pela pr tica de crime comum depois danaturalizao.

    c C e&pressamente proibida a e&tradio de brasileiro.d O brasileiro nato nunca ser e&traditado.

    e 4o ( distino de tratamento entre o brasileiro nato e o naturalizado, nesse caso.

    IW )ssinale a opo correta/a C livre a e&presso de atividade intelectual, artstica, cient ica e de comunicao,

    admitida a licena e o controle pr#vio da publicao por motivo de segurana nacionalou para proteo da moral e dos bons costumes.

    b C livre o e&erccio de %ual%uer trabal(o, o cio ou pro isso independentemente de%ual%uer %uali icao pro issional.c C livre a mani estao de pensamento sem nen(uma restrio.d 4ingu#m ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.e C vedada a prestao de assist"ncia religiosa nas entidades civis e militares de

    internao coletiva.

    IH 4o %ue tange inviolabilidade da casa durante a noite, a 'onstituio >ederal assevera/a ) inviolabilidade no perodo noturno # absoluta.b ) inviolabilidade no perodo noturno so re abrandamento somente nos casos de

    inc"ndio.c ) inviolabilidade da casa no prevalece durante a noite em caso de lagrante delito,

    desastre ou para prestar socorro.d O asilo noturno torna$se viol vel por determinao udicial.e ;urante o perodo noturno a casa # o asilo inviol vel do indivduo, ningu#m nela

    podendo nunca penetrar sem o consentimento do morador.

    IV ) priso civil # permitida no caso de/a 'ondenao de initiva do devedor no uzo criminal.b Ocultao de bens em e&ecuo.c ;eterminao do 5inistro da >azenda nas (ipteses previstas em lei.d 'rime de peculato.e 4en(uma das op3es e verdadeira.

    IG )ssinale a opo correta/a ) lei regular a individualizao das penas e adotar , entre outras, a privao de

    liberdade,a multa e o banimento.

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    b O !ribunal do 2ri # competente para ulgar todos os crimes dolosos.c ) obrigao de reparar o dano nunca passar da pessoa do condenado.d )os litigantes, em processo udicial ou administrativo, e aos acusados em geral so

    assegurados o contraditrio e a ampla de esa com os recursos e meios a eles

    inerentes.e O civilmente identi icado nunca ser submetido a identi icao criminal.

    IF Os direitos e garantias individuais undamentais estabelecidos na 'onstituio soassegurados aos/

    a brasileiros natos e estrangeiros.b brasileiros e estrangeiros domiciliados no pas.

    c brasileiros natos.d brasileiros naturalizados e estrangeiros domiciliados no pas.e brasileiros e estrangeiros residentes no pas.

    DI )s associa3es s podero ser compulsoriamente dissolvidas/a depois de suspensas por deciso administrativa undamentada.b por deciso do 5inist#rio +blico.c por lei ederal.d pelo +residente da =epblica.e por deciso udicial transitada em ulgado.

    DD ) e&presso Qcoisa ulgadaS albergada na 'onstituio >ederal corresponde/a impossibilidade de alterao por deciso udicial.b ao ato urdico elaborado em con ormidade com a lei.c ao direito %ue pode ser e&ercido por seu titular.d ao direito ad%uirido.e ao ato urdico per eito.

    DP +ode o brasileiro nato ser e&traditado Ya 1im, desde %ue ten(a cometido crime a bordo de navio de guerra estrangeiro.b 1im, desde %ue ten(a cometido crime de tr ico ilcito de entorpecente e drogas a ins.c 1im, caso (a a reciprocidade de tratamento do pas re%uisitante.d 4o, em nen(uma (iptese.e 4en(uma das respostas anteriores est correta.

    DU O art. W da 'onstituio >ederal veda e&pressamente/a a liberdade de consci"ncia e de crena.b o direito de propriedade para o recon(ecidamente pobre.

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    c o direito de imprensad o anonimato e as associa3es de car ter paramilitar.e o anonimato e as associa3es de car ter lcito.

    DK ) 'onstituio declara como um dos direitos undamentais a inviolabilidade do sigilo dascomunica3es tele Nnicas, salvo/a para azer prova em processo administrativo.b por ordem udicial, para ins de investigao ou instruo processual penal.c por ordem udicial, para ins de instruo processual civil ou trabal(ista.d por ordem do 5inist#rio +blico, para ins de investigao criminal.e em mat#ria de segurana nacional.

    DW ) respeito da relao Estado$?gre a -religio , # possvel a irmar/a ) religio o icial do 7rasil # a 'atlica )postlica =omana.b O Estado brasileiro # leigo, mas a assist"ncia religiosa s >oras )rmadas # prestada,

    com e&clusividade, pela ?gre a 'atlica, atrav#s do icariato 'astrense.c O Estado # leigo, sendo assegurado o livre e&erccio dos cultos religiosos, vedado ederal estabelecerem cultosreligiosos ou ?gre as.

    d O Estado no # leigo, por%ue mant#m representao diplom tica na 1anta 1# eeste a, segundo previso constitucional e&pressa, os dias santos comemorados pela?gre a 'atlica.

    e O Estado no # leigo, por%ue os cemit#rios pblicos pertencem s 'rias 5unicipais epor elas so administrados.

    DH O direito de ampla de esa, untamente com o princpio do devido processo legal, #garantido pela 'onstituio >ederal. 'm relao ao tema, assinale a opo correta/

    a ) garantia de ampla de esa # incompatvel com a i&ao de prazos para aapresentao de provas e recursos no mbito administrativo.

    b +or ora da garantia da ampla de esa, todas as provas re%ueridas pelo acusadodevem ser admitidas pela autoridade %ue preside o processo contra ele aberto.

    c )s garantias constitucionais da ampla de esa e do devido processo legal t"maplicao e&clusiva nos processos administrativos ou udiciais em %ue algu#m se ac(ana condio de acusado de in rao administrativa ou criminal.

    d )ssim como o princpio do contraditrio, a garantia da ampla de esa # umadecorr"ncia do princpio segundo o %ual as partes litigantes devem ter tratamentoigualit rio por parte do uzo processante.

    e O ende a garantia da ampla de esa a produo de prova testemun(al, sem a presenado acusado, se este, intimado audi"ncia, a ela no comparecer sem motivo

    usti icado.

    DV -!'

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    a 1egundo a urisprud"ncia do 1upremo !ribunal >ederal, o princpio daproporcionalidade tem aplicao no nosso sistema constitucional por ora do princpiodo devido processo legal.

    b ) priso provisria no se compatibiliza com o princpio constitucional da presuno

    de inoc"ncia.c 1egundo a urisprud"ncia do 1upremo !ribunal >ederal, a determinao contida na leide crimes (ediondos no sentido de %ue os autores de determinados crimes cumprama condenao em regime ec(ado atenta contra o princpio da individualizao dapena.

    d ) condenao criminal pro erida com base e&clusiva em provas obtidas no in%u#ritocriminal # plenamente v lida.

    e O direito a permanecer calado est limitado estritamente es era do processocriminal.

    DG -)0ederal, a gravao de conversatele Nnica por um dos interlocutores, sem o con(ecimento dos demais, constitui provailcita se utilizada em %ual%uer processo udicial ou administrativo.

    e ) disposio do 'digo de +rocesso +enal brasileiro segundo a %ual o silencia doacusado pode ser interpretado em seu des avor oi recebida pela ordem constitucionalde DFGG.

    GABARITO(

    1) E, (art. 45, 67888) A IP ' - art. 45, 678) A IU 7(art. 45, 68) A IK ; (art. 45, 98) AIW ; (art. 45, 888)A IH ' (art. 45, 68) A IV E(art. 45, 96788) A IG ; (art. 45, 97) AIF E (art. 45, caput) A DI E(art. 45, 686) A DD )(doutrina) A DP ;(art. 45, 98) ADU ; (art. 45, 87 e 6788) A DK 7(art. 45, 688) A DW '(art. :, 8) A DH ;(doutrina) ADV ) ("urisprud'ncia do ;T

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    * -e&erccios e&trados da obra Q;ireito 'onstitucional $ !eoria, 2urisprud"ncia e DIII

    Zuest3esS, de 18lvio 5otta e :illiam ;ouglas, ?mpetus, F[ edio, =io de 2aneiro, PIIP

    CAPTULO I

    TUTELA CONSTITUCIONAL DAS LIBERDADES *

    +ro . =oberto +imentel

    #. GARANTIAS FUNDAMENTAIS

    )s 0&r& ti&% f3 '&me t&i% so de inidas como disposi3es assecuratrias%ue e&istem para garantir ou proteger os direitos undamentais dos cidados. Entre osinstrumentos organizados de proteo encontramos o 3abeas corpus, o 3abeas data, omandado de se!urana (individual e coletivo), o mandado de in"uno, a ao popular, aao civil pblica e o direito de petio-

    *. ABEAS CORPUS

    ) 'onstituio prev" em seu art. W , 6X ??? %ue Qconceder$se$ 3abeas corpussempre %ue algu#m so rer ou se ac(ar ameaado de so rer viol"ncia ou coao em sualiberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder.S. O 3abeas corpus #, portanto,uma garantia individual -da pessoa sica ao direito de locomoo, consubstanciada em umaordem dada pelo 2uiz ou !ribunal ao coator, azendo cessar a ameaa ou coao liberdadede locomoo em sentido amplo B o direito de indivduo de ir, vir e icar. -c . previsoe&pressa no art. W , X da '>

    O 3abeas corpus # uma ao constitucional de car ter penal e de procedimentoespecial, isenta de custas e %ue visa evitar ou cessar viol"ncia ou ameaa na liberdade delocomoo, por ilegalidade ou abuso de poder -%ue pode ser tamb#m de natureza

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    processual . 4o se trata, portanto, de uma esp#cie de recurso, apesar de regulamentado nocaptulo a eles destinado no 'digo de +rocesso +enal -'++ .

    ) legitimidade para a uizamento do L' # um atributo de personalidade, no se

    e&igindo a capacidade de estar em uzo, nem a capacidade postulatria, sendo umaverdadeira ao penal popular , %ual%uer pessoa -capaz ou incapaz, brasileiro ou estrangeiropode a uizar 3abeas corpus , em avor prprio ou de terceiro. ) pessoa urdica -segundoentendimento de )le&andre de 5oraes pode impetrar L' em avor de terceira pessoa- sica .

    O L' dever ser impetrado contra ato do coator, %ue poder ser tantoautoridade como particular. 4o primeiro caso, nas (ipteses de ilegalidade e abuso de poder,en%uanto no segundo caso, somente nas (ipteses de ilegalidade.

    ;esta%ue$se %ue na maior parte das vezes, a ameaa ou coao liberdade de

    locomoo por parte do particular constituir crime previsto na legislao penal, bastando ainterveno policial para az"$la cessar. ?sso, por#m, no impede a impetrao do L',mesmo por%ue e&istiro casos em %ue ser di cil ou impossvel a interveno da polcia paraazer cessar a coao ilegal -interna3es em (ospital, clnicas psi%ui tricas .

    Lipteses/ D L' preventivo -salvo$conduto e P L' repressivo ou 6iberatrio,em ambas as (ipteses sendo admissvel a concesso de liminar.

    ) compet"ncia para ulgamento do L' impetrado contra ato nico ou colegiadode !ribunais =egionais >ederais ou Estaduais # do 1!2, en%uanto %ue para ulgamento doL' a uizado em ace de !ribunais 1uperiores # do 1!> -con orme altera3es da E' n PPRFFaos arts. DIP, ?, i e DIW, ?,c da '> .

    4o # possvel a interposio de 3abeas corpus em relao ao m5rito daspuni3es disciplinares militares -art. DKP, JP , nada impede a apreciao do L' em relaoa %uest3es ob etivas outras -(ierar%uia, poder disciplinar, ato ligado \ uno e penasusceptvel de ser aplicada disciplinarmente .

    +. ABEAS DATA

    ) 'onstituio ederal prev" em seu art. W , 6XX?? %ue, conceder$se$ (abeasdata/ a para assegurar o con(ecimento de in orma3es relativas pessoa do impetrante,constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de car terpblicoA b para a reti icao de dados, %uando no se pre ira az"$lo por processo sigiloso,

    udicial ou administrativo.

    O 3abeas data pode ser de inido como o direito %ue assiste a todas as pessoasde solicitar udicialmente a e&ibio dos registros pblicos ou privados, nos %uais este amincludos seus dados pessoais, para %ue deles se tome con(ecimento e se necess rio or,se am reti icados os dados ine&atos ou obsoletos ou %ue impli%uem em discriminao.

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    O 3abeas data # uma ao constitucional, de car ter civil, contedo e ritosum rio -isenta de custas e despesas udiciais , %ue tem por ob eto a proteo do direitol%uido e certo do impetrante em con(ecer todas as in orma3es e registros relativos sua

    pessoa e constantes de reparti3es pblicas ou particulares acessveis ao pblico, paraeventual reti icao de seus dados pessoais.

    !em por inalidade azer com %ue todos ten(am acesso s in orma3es %ue o+oder +blico ou entidades de car ter pblico -1+', por e&emplo possuam a seu respeito.L dupla inalidade no L;. ) primeira re ere$se obteno de in orma3es e&istentes naentidade governamental ou da%uelas de car ter pblico. ) 1egunda, consistente em eventualreti icao de dados nelas constantes. O direito de reti icar eventuais in orma3es errNneas,obsoletas ou discriminatrias constitui um complemento insepar vel ao direito de acesso sin orma3es.

    ) urisprud"ncia do 1!2 e do 1!> irmou$se no sentido de %ue # necess rio

    provar a negativa na via administrativa para gerar o interesse de agir no 3abeas data. Esseentendimento oi adotado pela 6ei F.IWVRFV, %ue em seu art. G prev" %ue a petio inicial doL; deve ser instruda com a prova da negativa ao acesso s in orma3es ou do decurso dedeterminado prazo sem deciso.

    O L; pode ser a uizado tanto por pessoa sica -brasileira ou estrangeira%uanto por pessoa urdica, mas nunca em avor de terceiros -car ter personalssimo . +odeo L; ser a uizado em ace das entidades governamentais, da administrao pblica direta eindireta, bem como as institui3es, entidades e pessoas urdicas privadas %ue prestemservio pblico -ou de interesse pblico . ) '> traz um rol e&empli icativo de algumasautoridades %ue podem ser su eitos passivos de L; -'>, art. DIP, ?, dA art. DIW, ?, b .

    O procedimento do 3abeas data -assim como o da mandado de in uno nooi regulamentado imediatamente com a promulgao da '>, razo por%ue a doutrina e a

    urisprud"ncia aplicaram$l(e o procedimento do mandado de segurana, at# a edio da 6ein F.WIV de DP.DD.DFFV, cu a ementa prev"/ Qre!ula o direito de acesso = in ormao edisciplina o rito processual do 3abeas data S.

    +or im, entende )le&andre de 5oraes %ue no se aplica ao L; a restrio

    constante do inciso XXX??? do art. W da '>, em relao ao sigilo imprescindvel seguranada sociedade e do Estado.

    . MANDADO DE SEGURANA

    .# M& '&'o 'e Se03r& ,& I 'i/i'3&!

    O mandado de segurana # a ao constitucional -art. W , 6X?X posta disposio de toda pessoa sica ou urdica, rgo com capacidade processual ouuniversalidade recon(ecida por lei, para proteo de direito individual ou coletivo, l%uido e

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    certo, no amparado por 3abeas corpus ou 3abeas data , lesado ou ameaado de leso, porato de autoridade, se a de %ue categoria or e se am %uais orem suas un3es. -Lel8 6opes5eirelles , constitui$se, assim, em verdadeiro instrumento de liberdade civil e liberdadepoltica.

    O 51 poder ser/ a repressivo , de uma ilegalidade cometida, ou b preventivo , %uando o impetrante demonstrar usto receio de so rer uma violao de direitol%uido e certo por parte da autoridade impetrada. O 51 # uma ao constitucional, denatureza civil, cu o ob eto # a proteo de direito l%uido e certo, lesado ou ameaado deleso, por ato ou omisso de autoridade pblica ou agente de pessoa urdica no e&erccio deatribui3es do +oder +blico. O mbito de incid"ncia do m& '&'o 'e %e03r& ,& # de inidoresidualmente, pois somente caber seu a uizamento %uando o direito l%uido e certo a serprotegido no or amparado por 3abeas corpus ou 3abeas data.

    O 51 # ao constitucional de natureza civil, cabendo, em regra, contra todo

    ato comissivo ou omissivo de %ual%uer autoridade, no mbito dos +oderes de Estado e do5inist#rio +blico.

    C o meio correto para obteno de certid3es in ustamente negadas, pois nessecaso no se trata de in orma3es pessoais, mas de um direito l%uido e certo de obteno decertid3es -art. W , XXX? , no sendo o caso de 3abeas data , mas, por outro lado, o mandadode segurana no # o meio processual substitutivo da ao de cobrana, no sendo apto aproduzir e eitos patrimoniais relativamente a situa3es pret#ritas -anteriores ao a uizamento .4o entanto, ( algumas e&ce3es no %ue respeita a repercuss3es pecuni rias -por e&.reintegrao de servidores pblicos pelo 2udici rio .

    L li%uidez e certeza %uando a instruo probatria, documental, baste pararevelar tais atos, ou se a, direito l%uido e certo, autorizativo do mane o do>rit o mandamus# o %ue resulta de ato certo, capaz de ser comprovado de plano, por documentaoine%uvoca. -4o admite a dilao probatria

    +rovas inaceit veis ou insu icientes para tran%@ilo diagnstico do m#ritoconduzem ao decreto de car"nciaA provas aceit veis e su icientes, conduzem concessoAprovas aceit veis e su icientes demonstrando ser lcita a conduta da autoridade, levam denegao da segurana. O inde erimento constitui a repulsa da inicial por in#pcia -arts. PHV,? e PFW, par gra o nico, ambos do '+' .

    )utoridade coatora -su eito passivo # a%uela %ue, direta e imediatamente,pratica o ato, ou se omite %uando deveria pratic $lo, e no o superior (ier r%uico %uerecomenda ou bai&a normas para sua e&ecuo. 4o # %uem e&pede portaria, regulamento,instruo de ordem geral, gen#rica, mas o %ue e&ecuta o comando normativo e pode corrigira ilegalidade ou abuso de poder. +odero ser su eitos passivos do 51 os praticantes de atosou omiss3es revestidos de ora urdica especial e componentes de %ual%uer dos +oderesda

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    de direito privado com un3es delegadas do +oder +blico -p. e&. concession rias deservio pblico

    O 5agistrado no pode substituir de o cio a autoridade apontada como

    coatora, devendo e&tinguir o processo sem ulgamento do m#rito, por inocorr"ncia de umadas condi3es da ao -art. UID, K do '+' .

    6itisconsrcio passivo necess rio/ # indispens vel a citao do litisconsorte sobpena de nulidade da relao urdica processual. ?sto tem lugar %uando a deciso da causapre udica o litisconsorte -%ue pode ser particular como nos casos de concursos pblicos -osoutros candidatos %ue podem ser pre udicados com a modi icao do resultado do certame .

    O prazo para impetrao do mandado de segurana # de DPI dias, a contar dadata em %ue o interessado tiver con(ecimento o icial do ato a ser impugnado -ato coator .Este prazo # decadencial -no se suspende nem interrompe .

    +ara con erir e eito suspensivo a recurso o mandado de segurana devedemonstrar o dano irrepar vel ou de di cil reparao, a Q umaa do bom direitoS e a prova dainterposio tempestiva do recurso cabvel.

    ) compet"ncia para ulgamento do mandado de segurana depende da%uali icao da autoridade coatora como ederal, estadual ou municipal e o grau (ier r%uicoda mesma. ) segurana deve ser impetrada no oro ou domiclio uncional da autoridadeimpetrada.

    .* M& '&'o 'e Se03r& ,& Co!eti/oO M& '&'o 'e Se03r& ,& )o!eti/o -art. W , 6XX oi introduzido pela '>RGG,

    podendo ser impetrado por partido poltico com representao no 'ongresso 4acional -pelomenos um parlamentar na 'mara ou 1enado e organizao sindical, entidade de classe ouassociao legalmente constituda e em uncionamento ( pelo menos um ano, em de esados interesses de seus membros ou associados -em substituio processual .

    O 51 coletivo tem por ob eto a de esa dos mesmos direitos %ue podem serob eto do 51 individual, por#m direcionado de esa dos interesses coletivos em sentidoamplo, englobando os direitos coletivos em sentido estrito, os interesses individuais(omog"neos e os interesses di usos, contra ato ou omisso ilegais ou com abuso de poderde autoridade, desde %ue presentes os atributos da li%uidez e certeza.

    C necess rio o re%uisito da pertin"ncia tem tica em relao ao 51 coletivoa uizado por entidade de classe ou associao, no %ue tange aos seus ob etivosinstitucionais -o mesmo se aplicando aos partidos polticos como decidiu o 1!2 .

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    6. MANDADO DE INJUN@O

    O art. W , 6XX? prev" %ue, conceder$se$ mandado de in uno sempre %ue aalta de norma regulamentadora torne invi vel o e&erccio de direitos e liberdades

    constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania. O1!> decidiu pela auto$aplicabilidade do mandado de in uno, independentemente de leiregulamentando$o -art. W , J D .

    O mandado de in uno consiste em uma ao constitucional, de car ter civil ede procedimento especial, %ue visa suprir uma omisso do +oder +blico, no intuito deviabilizar o e&erccio de um direito, uma liberdade ou uma prerrogativa prevista na'onstituio >ederal, mas dependente de lei regulamentadora.

    )s normas constitucionais %ue permitem o a uizamento do mandado dein uno assemel(am$se s da ao direta de inconstitucionalidade por omisso e nodecorrem de todas as esp#cies de omisso do +oder +blico, mas to$s em relao snormas constitucionais de e ic cia limitada

    Os re%uisitos para o mandado de in uno so/ a alta de norma reguladora deuma previso constitucional -omisso do +oder +blico A e, inviabilidade do e&erccio dosdireitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania.

    O mandado de in uno poder ser a uizado por %ual%uer pessoa cu o e&ercciode um direito, liberdade ou prerrogativa este a sendo inviabilizado em virtude de aus"ncia denorma regulamentadora da '> -pode ser, inclusive, coletivo . O su eito passivo ser semprea pessoa estatal, por e&emplo, se a omisso or legislativa ederal, o mandado de in unodever ser a uizado em ace do 'ongresso 4acional, salvo se a iniciativa de lei or privativado +residente da =epblica -caso em %ue contra este ser a uizado o 5? .

    En%uanto no editada lei espec ica, o procedimento do 5? observar , no %uecouber, as normas do mandado de segurana -c . 6ei n GIUGRFI , embora o 1!> ten(a sepronunciado acerca da impossibilidade de liminar no 5?.

    Em relao natureza urdica da deciso udicial no mandado de in uno eseus e eitos, e&istem, no mbito do 1upremo !ribunal >ederal duas correntes distintas, aconcretista e a no concretista. +ela posio concretista, o +oder 2udici rio declara ae&ist"ncia da omisso e poder conceder o direito reclamado -deciso declaratria$constitutiva -alguns entendendo %ue de orma geral B er!a omnes , outros apenas emrelao ao caso sub "udice B inter partes , nesse ltimo caso, com ou sem i&ao de prazopara criao da norma . +ela posio no$concretista, adotada pela urisprud"ncia dominantedo 1!>, o +oder 2udici rio apenas pode atribuir ao mandado de in uno a inalidadeespec ica de ense ar o recon(ecimento ormal da in#rcia do +oder +blico sem darconcreo norma constitucional positivadora do direito postulado, limitando$se, em suma, a

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    declarar a mora do legislador in ra$constitucional -deciso meramente declaratria . Essacorrente # criticada por tornar os e eitos do mandado de in uno id"nticos ao da aodeclaratria de inconstitucionalidade por omisso, apesar de serem institutos diversos.

    :. DIREITO DE CERTID@O

    O direito de certido previsto no art. W , XXX? da '>, # o direito l%uido e certode %ual%uer pessoa obteno de certido para de esa de um direito, desde %uedemonstrado o seu legtimo interesse. ) esse direito corresponde o dever do Estado, salvonas (ipteses constitucionais de sigilo -c . art. W , XXX??? , em ornecer as in orma3essolicitadas, sob pena de responsabilizao poltica, civil e criminal.

    ) negativa estatal ao ornecimento das in orma3es englobadas pelo direito decertido con igura o desrespeito a um direito l%uido e certo, por ilegalidade ou abuso depoder, passvel, portanto, de correo por mandado de segurana.

    O direito de certido independe do pagamento de ta&as.

    >. DIREITO DE PETI@O

    C o direito %ue pertence a uma pessoa de invocar a ateno dos +oderes+blicos sobre uma %uesto ou uma situao. ) '> consagra no art. W , XXX? , o direito depetio aos +oderes +blicos, assegurando$o a todos, independentemente do pagamento deta&as, em de esa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. ) '> no obsta odireito de petio coletiva ou con unta.

    ) inalidade do direito de petio # dar$se notcia do ato ilegal ou abusivo ao+oder +blico, para %ue providencie as medidas ade%uadas -sob pena con igurar$se violaoa direito l%uido e certo, repar vel por 51 .

    K. A@O POPULAR

    O art. W , 6XX???, da 'onstituio >ederal, proclama %ue %ual%uer cidado #parte legtima para propor ao popular %ue vise anular ato lesivo ao patrimNnio pblico oude entidade de %ue o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e aopatrimNnio (istrico e cultural.

    ) ao popular, por muitos considerada instrumento de proteo, s o # emsentido lato , por%ue o indivduo age como substituto da coletividade visando a anulao deuma ato lesivo ao patrimNnio pblico e no propriamente a de esa de seus direitos

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    undamentais. +resentemente a ao popular ac(a$se regulamentada pela 6ei n K.VDV, dePF.IH.HW, %ue l(e con ere o rito ordin rio com algumas altera3es.

    Os re%uisitos da ao popular so a le!itimidade (condio de cidado

    brasileiro, que se tradu? na condio de eleitor), a ile!alidade do ato associada = lesividadedo ato ao patrim@nio pblico (todo ato que des alca o er#rio ou pre"udica a 2dministrao,assim como que o ende bens ou valores artsticos, culturais, ambientais ou 3istAricos dacomunidade).

    ) ao popular tem ins preventivos -dano potencial e repressivos da atividade-comissiva ou omissiva administrativa ilegal e lesiva ao patrimNnio pblico, podendo sempreser cogitada a concesso de medida liminar %ue suspenda o ato lesivo, visando preservao dos superiores interesses da coletividade. Outro aspecto a ser considerado #%ue a ao popular pode ter inalidade corretiva da atividade administrativa ou supletiva dainatividade -omisso do +oder +blico nos casos em %ue devia agir por e&pressa imposio

    legal. Zual%uer eleitor -cidado B brasileiro nato ou naturalizado e portugu"se%uiparado # parte legtima para propN$la como, tamb#m, para intervir na %ualidade delitisconsorte ou assistente do autor, ou mesmo, para prosseguir na demanda se deladesinteressar$se o postulante origin rio -art. H , J W .

    Embora se a possvel a de esa do 5eio )mbiente por meio de )o +opular, a )o 'ivil +blica constitui a ao mais apropriada para resguardo dos direitos di usos dasociedade. Zuando o ato produziu todos os seus e eitos a )o +opular no ser maiscabvel, sendo, portanto, a ao de responsabilidade civil o meio mais apropriado.

    1u eitos passivos na ao popular so/ a entidade lesadaA os autores eparticipantes do ato ou contratoA os bene ici rios do ato ou contrato lesivo. O 5+ atua comoparte pblica autNnoma incumbida de velar pela regularidade do processo, de apressar aproduo da prova e de promover a responsabilizao civil ou criminal dos culpados. -notem legitimidade ativa

    1e (ouver &b& 'o o '& &,-o , cabe ao 5+, se reputar de interesse pblicoseu ulgamento, dar prosseguimento mesma. ?sso no impede %ue o autor da ao populardesista e&pressamente da ao e com isso concorde o 5+, se ambos se convencerem daine&ist"ncia de undamento para seu prosseguimento e o3/er )o )or' )i& 'o% r53% .

    ) compet"ncia para processar e ulgar ao popular # determinada pela origemdo ato a ser anulado, o %ue serve como indicativo se ser a ustia ederal ou estadual o orocompetente. ;eve ser esclarecido %ue mesmo no caso de ao popular a uizada contra atodo +residente da =epblica, +residente do 1enado >ederal, 0overnador do Estado ou+re eito, ser processada e ulgada perante a 2ustia de primeiro grau ->ederal ou Estadual .

    'abvel o pedido de suspenso da liminar e da sentena ao +residente do!ribunal competente para apreciar o eventual recurso, nas a3es movidas contra o +oder

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    +blico, em caso de mani esto interesse pblico, ou de lagrante ilegitimidade, e para evitargrave leso ordem, sade, segurana e economia pblicas.

    4as a3es ulgadas improcedentes o autor icar , salvo comprovada m #.

    ?sento de custas udiciais e de Nnus da sucumb"ncia. ) condenao abranger asindeniza3es devidas -re