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Page 1: Riscos e proteção Tribunal de Nuremberg – 9/12/1946 23 pessoas (20 médicos) – crimes de guerra Experimentos com seres humanos Código de Nuremberg (19/08/1947)
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Riscos e proteção• Tribunal de Nuremberg – 9/12/1946

• 23 pessoas (20 médicos) – crimes de guerra• Experimentos com seres humanos

• Código de Nuremberg (19/08/1947)• Marco na história da humanidade• Aspectos éticos envolvidos na pesquisa com seres

humanos (restito na prática) • Lembrar o Tribunal de Nuremberg – manter a memória

da humanidade

Hossne, W.S.,2006

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• Declaração de Helsinki – 1964• Associação médica mundial – documento ético mais

importante para a regulamentação da pesquisa clinica envolvendo seres humanos

• Crimes nazistas• Testagem de radiação• Joseph Mengele – gemelaridade

• Elaborada sob espírito humanista 20 anos após o final da segunda guerra

• Ainda hoje – valores incontestáveis – países signatários

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• Diretrizes Internacionais• CIOMS/OMS

Risco? Proteção? – “feições” diversas• Leitmotiv – Motivo condutor

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Brasil – Grupo Executivo de Trabalho – MS – 1995• leitmotiv

• Desencadear a discussão em vários segmentos da sociedade• Toda pesquisa – riscos em diferentes dimensões• Não ter caráter normativo ou de código de ética• Proteção e defesa da dignidade humana• Não apresentar viés corporativo• Contemplar a operacionalização• Ter força legal• Efetivo controle social

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Resolução CNS 196/96• Não se limita ao caráter de declaração ou código• Gênese e conteúdo de natureza Bioética• Centrada na proteção ao sujeito da pesquisa• Cria e oferece condições operacionais• Reflexão ética• Controle social

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Conceito:

Bioética

“Conjunto organizado de reflexões construtivas, no qual cada pessoa toma posição quanto à situações conflituosas referentes à vida e saúde humanas.”

Segre, M. 1999

Pensar “bioéticamente”:• Cultura• Religião• Vivências e experiências

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Bioética• Não é política• Prever o que os outros vão achar melhor• Deve emergir da mente e do coração de cada um• É reflexão, diálogo e discussão

Princípios básicos:

Coragem de assumir suas próprias posições

Respeito às posições dos outros

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Bioética

A ciência não é ética ou anti-ética

Sua utilização a tornará:• Aceitável• Recomendável• Proibida

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Sujeito Resolução 196/96

“... O ser humano nunca poderá ser considerado como objeto de pesquisa...”

Titular de seus direitos – autonomia Dono de suas ações e decisões Proprietário da dignidade humana

Defesa da dignidade humana Sujeito da pesquisa Sujeito-pesquisador

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Riscos Documentos internacionais

“...cuidadosa avaliação dos riscos em relação aos benefícios...”

Pesquisadores eticistas Quantificar os riscos Res. 01/88 CNS

Biossegurança Vigilância sanitária

Res. 196/96 Possibilidade de danos

Fisicos Psiquicos Morais Intelectuais Morais Sociais espirituais

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Danos Res. 196/96

“... Agravo imediato ou tardio, ao indivíduo ou à coletividade com nexo causal comprovado, direto ou indireto, decorrente do estudo científico...”

Vulnerabilidade Incapacidade Riscos e beneficios??

Mecanismos de proteção

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Proteção Res. 196/96

“sistema de proteção” T.C.L.E. – sujeito livre e esclarecido

Apresentação dos esclarecimentos Evitar limitação à autonomia Documento de proteção Não isenção de responsabilidade

C.E.P. – defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade

Uso de placebo e wash-out Garantia de privacidade, confidencialidade e não

estigmatização Garantia de retorno de benefícios Acompanhamento, tratamento e orientação Ausência de conflito de interesses

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Riscos e benefícios Assegurar ao sujeito da pesquisa

Atendimento Assistência integral Suspensão da pesquisa Informação de efeitos adversos Indenização Continuidade de tratamento

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Riscos e benefícios Elaboração do protocolo

Metodologias aplicadas Objetivos Justificativa

Cuidados de proteção Paracerista ad hoc Grupos vulneráveis, comunidades e

coletividade C.E.P.

Garantir e resguardar os direitos dos voluntários, acompanhar o desenvolvimento dos projetos, receber denuncias e apurar responsabilidades

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CONEP Coordenar o sistema de CEP

Coordenar, supervisionar, acompanhar e fiscalizar aspectos éticos

Autoridade para rever responsabilidades Proibir ou interromper pesquisas

Definitiva ou temporariamente Requisitar protocolos Comunicação de eventos adversos à

ANVISA Responsabilidade do pesquisador e co-

responsabilidade do CEP Revistas e Financiadores

Registro e aprovação CEP - CONEP

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Res. 196/96 Não é lei Detem força do ponto de vista

legal OAB Procuradoria da república Infrações:

Julgamento Conselhos de ordem profissional Justiça comum

Código civil e Penal

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Julgamentos – T.C.L.E. Res. 196/96 e Resoluções complementares Sistema de proteção

CONEP-CEP CNS MS Secretaria da Ciência e Tecnologia DECIT ANVISA Conselhos profissionais Ministério público Justiça comum

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Outros instrumentos de proteção Cadernos de ética em pesquisa Manual operacional para comitês de

ética em pesquisa Manual operacional para sujeitos de

pesquisa Auditoria Sindicância

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Pensar bioéticamente! Hai Kai

Cotidiano e ética

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Kai Kai Poema originário do Japão, consta originalmente de 17 sílabas

em três versos: o primeiro de cinco, o segundo de sete e o terceiro de cinco

Paulo Leminski traz o hai-kai, porém adaptando-o, ou seguindo uma tendência já em voga no Brasil à estrutura do poema moderno, ou seja, sem a rima.

O hai-kai é anti-retórico, liso e simples;  Isso deriva das categorias estéticas japonesas:  *Kirei: o límpido, o lindo, *Wabi: a penúria, a miséria(tão simples que decepciona), *Yugen : a profundidade, o mistério  

O hai-kai é uma imagem, tem economia verbal, humor e objetividade, características centrais da poesia moderna

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Como fazer hai-kai, de acordo com Paulo Leminski- Você tem a fórmula do conteúdo, que é o que os

poetas contemporâneos obedecem, ao invés da contagem de sílabas;

-Escolha temas simples: natureza, primavera, verão, outono, inverno;

- O primeiro verso expressa algo permanente, eterno- O segundo, introduz uma novidade, um fenômeno;- O terceiro e último, é a síntese;