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RIO PERCUSSÃO PRODUÇÕES 2210 - 2042 |

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Ed i t o r a ç ão : G roove P roduçõe s e Ed i çõe sFo to : J o s i e l Kon r ad

Capa : G roove P roduçõe s e Ed i çõe s55 21 2205 -0105 • 55 21 98682 -0105

r i ope r cu s s ao@gma i l . c om

Dedico a Edgard Rocca (Bituca), Roberto Gnattal i e

Odilon Costa que me ensinaram muito sobre a música brasi leira.

© Copyright by RIO PERCUSSÃO PRODUÇÕES

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Sobre o autor .............................................................................................................................. 2Prefácio ............................................................................................................................................ 3O Samba Carnavalesco ........................................................................................................... 4O Samba de Sambar ................................................................................................................ 4O Compasso do Samba ......................................................................................................... 6Compassos ...................................................................................................................................... 7A Bateria no Samba ................................................................................................................. 8Exercícios ........................................................................................................................................ 9Contando ....................................................................................................................................... 10Ritmos .............................................................................................................................................. 11Roda de Samba ........................................................................................................................... 14

índice

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N O C O M PA S S O D O S A M B A

Guilherme Gonçalves

No exterior, destaque para cursos, no SAMBALA em Los Angeles , Drummers Collective em Nova Iorque além of icinas em Long Beach e Chicago.

É autor de dois livros: O Ritmos Pelas Subdivisões com Edgard Rocca e O Batuque Carioca em parceria com Odilon Costa.

Integrou por 11 anos (1998 - 2009) a bateria da Escola de Samba Acadê-micos do Grande Rio. É integrante da ala de compositores da GRESEP de Mangueira, foi autor do samba enredo para o carnaval de 2004.

Em 2004 fundou GRIP - Grupo Rio Percussão, espaço que tem como

objetivo difundir e ensinar os diversos aspectos da percussão popular, erudita e contemporânea e que recebe estudantes do Brasil e do mundo através do Rio Percussion Project, projeto este que ensina estrangeiros um pouco da música popular brasileira.

Atuou como Julgador do quesito Bateria em três edições (2006 a 2008) dos desf iles das Escolas de Sambas de Vitória/ES. Foi cronista de bateria do site CARNAVALESCO.

Em 2010 escreveu e dir igiu o musical A Febre do Samba que já foi assistido por mais de quarenta mil pessoas.

Em 2014, realizou o Cur ta metragem BATUQUE (https://www.youtube.com/watch?v=pecr-G05Dbs) que foi apresentado como par te das programações culturais na Copa do Mundo do mesmo ano.

Em 2018 lançou o curso O Batuque Carioca OnLine com a par ticipação de 40 percussionistas e mais de 10 horas de gravações.

Nascido no Rio de Janeiro, iniciou seus estudos musicais em 1977, na Escola de Música Villa-Lobos, com Edgard Rocca. Formou-se no Berklee College of Music em Boston, EUA, em 1986, onde também estudou com Alan Dawson e Gary Chaffee Dean Anderson e outros.

De volta ao Brasil atuou com as Or-questras Sinfônica Nacional, Pró Música do Rio de Janeiro e Sinfônica do Paraná . Apresentou-se nas Bienais de Música Contemporânea de 1989 e 1993. Tocou também com diversos grupos e ar tistas da música popular tais como a Orquestra Tabajaras, Rio Jazz Orchestra, Rio Dixieland Jazz Band, Orquestra do Conservatório de MPB de Curitiba, Juarez Araujo, Idriss Boudrioua, Ale-xandre Carvalho, em Duo com o baterista Pascoal Meirelles, Chico Oliveira, Garganta Profunda, Marvio Ciribelli, Leo Jaime, Bibi Ferreira, etc.

É professor de percussão da Escola de Música Villa-Lobos do Rio de Janeiro desde 1986. Em 1994 implantou o curso de bateria e percussão no Con-servatório de Música Popular Brasileira de Curitiba onde lecionou até ano 2000. Em 1999 assumiu a direção do Curso de percussão na Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ onde no ano 2000 foi coordenador do 1º Festival de Percussão da UERJ/RJ .

Ainda na área educacional par ticipou de diversos cursos e of icinas no Brasil com destaque para o Estúdio Ópera de Maringá - PR , Of icina de MPB em Itajaí - SC, e as Of icinas de Música de Curitiba. Em 1999, coordenou o 1º Festival de Percussão Popular de Curitiba.

sobre o autor

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Foi no dia 27 de novembro de 1916 que Ernesto dos Santos, o Donga, registrou na Biblioteca Nacional o que seria considerado, por muitos, o primeiro samba!

Embora registrado por Donga, muitos afirmam que “Pelo Telefone” teria sido uma composição coletiva criada durante as rodas de batuques que aconteciam na casa da baiana Hilaria Batista, Tia Ciata, uma Mãe de Santo que constantemente abria o seu terreiro para encontros musicais.

Há muita controvérsia deste ter sido ou não o primeiro samba, mas é certo que até então ne-nhum samba carnavalesco, como foi descrito na primeira gravação, teve o sucesso que “Pelo Tele-fone” teve no carnaval de 1917.

Musicalmente falando, o que se produzia no quintal da Tia Ciata era uma mistura de vários estilos, tais como: maxixe, música nordestina e batuque e não tem muita a ver com o samba que conhecemos hoje!

o samba carnavalesco

o samba de sambar

Por volta dos anos 20 do século passado um ritmo que conhecemos hoje como teleco-teco, criado Alcebiades Barcelos no Largo do Estácio, definiria o samba.

A partir deste ritmo um grupo de jovens compositores criou um novo jeito de compor. Este novo estilo foi batizado por Ismael Silva como “O Samba de Sambar”.

Embora frequentadores das “Casas de Obrigação”, e das rodas de capoeiras da Cidade Nova, esta nova geração de compositores não se deixou influenciar e, baseados neste novo ritmo, com um estilo próprio, e mesmo sem serem grandes instrumentistas criaram lindas melodias de “enorme pureza” como definiria o escritor e fotografo Humberto Franceschi em seu livro. Samba de Sambar do Estácio.

Este novo estilo, mais apropriado para desfilar, daria origem também à primeira escola de samba: a Deixa Falar.

Para ajudar os desfiles da Deixa Falar, novamente Alcebiades Barcelos, o Bide, sapateiro de ofício que era, em uma lata de manteiga colocou uma pele animal num dos lados. Estava criado o Surdo!

Entre 1928 e 1933 este grupo foi responsável pala formatação do samba carioca.

Era ali no Largo do Estácio produzidas, sem dúvida nenhuma, a melhor música do Brasil na época.

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Perceba a diferença rítmica entre a música produzida na casa da Tia Ciata e a dos componentes do Estácio. O primeiro, baseado no maxixe, com um ritmo menos sincopado em dois tempos. Já o segundo, bem mais sincopado e com 4 tempos.

Ritmos em que se baseava os samba criados na Cidade Nova

Teleco-teco ritmo criado por Alcebiades Barcelos, o Bide

Nas próximas páginas vamos ver as diferentes formas de se escrever o samba, os ritmos, os instru-mentos de percussão de uma roda de samba e finalmente como adaptar estes ritmos a bateria!

Se você quiser se aprofundar mais e conhecer o universo das baterias da escolas de samba re-comendo o livro O Batuque Carioca e também o curso O Batuque Carioca On Line, ambos escritos e realizados em parceria com o Mestre Odilon Costa!

mais informações:riopercussao.com

https://www.facebook.com/riopercussao

youtube.com/c/RioPercussãoProduções

https://www.instagram.com/riopercussao

Divirtam-se!

Guilherme Gonçalves

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Muito se discute sobre qual o compasso “correto” de se escrever o samba.

Há muito tempo ficou padronizado que a melhor forma de se escrever era em 2 tempos. Pre-ferencialmente no compasso de 2X4.

Foi assim que aprendi e foi assim que, mesmo depois de não concordar com isso, continuei escre-vendo assim evitando polêmicas.

Na verdade nunca consegui entender o porquê do 2X4. Ouvi várias explicações musicais, mas até hoje nenhuma me convenceu. Tem até a história de que os copistas antigamente ganhavam por compasso... e por isso...

O que sempre me chamou a atenção, é que nunca vi nenhum sambista contando em 2! Sempre em 4!

É fato que o samba se baseia na figura rítmica do teleco-teco que tem 4 tempos! Mas também é fato que 2 + 2 = 4! Resumindo ambas as maneiras podem estar corretas?

Porén o ritmo que define o samba, o teleco-teco, é um ritmo fixo. Ou seja, é sempre tocado da mesma maneira. Sempre começando com a pausa de semicolcheia! Isto gera confusão.

Em muitos arranjos e até mesmo em livros sobre música, já vi escrito começando pelo terceiro tempo (quando escrito em 4X4) ou pelo segundo compasso, comecando com duas colcheias! Quando isso acontece o ritmo estará atravessado!

Eu mesmo já estive em situações em que estava escrito errado, e eu sem perceber tocava da maneira correta, não como a partitura mas de acordo com o que a música pedia!

Outro pereigo do samba escrito em dois tempos, é que muitas vezes, numa linha do penta-grama aparecem escritos um número ímpar de compassos. Quando isso acontece quebra-se a métrica visual. Seria como se, escrito em 4, escrevêssemos a metade de um compasso numa linha e a outra metade na outra!

o compassos do samba

teleco-teco correto em 2X4

teleco-teco correto em 4X4

teleco-teco atravessado

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Outra confusão é que numa escola de samba por exemplo, muitas vezes é ensinado o Teleco-teco começando pelo 3º tempo (duas colcheias). E isso é mais um fator de confusão. O motivo para isso é simples! É muito mais difícil ensinar o ritmo começando por uma pausa de semicolcheia, principalmente para quem não tem uma educação formal em música.

Começar nesta pausa é tão difícil de ser executada por um naipe de tamborins, (que em alguns casos pode chegar a 40 ritmistas), que nas escolas de samba eles utilizam um compasso de entrada para ser mais seguro! Abaixo veja esta entrada escrita em 4X4 e 2X4.

Com a chagada da Bossa Nova, começou também a escrever o ritmo em 4 por 4 mas de outra maneira. Neste caso, baseando o ritmo nas colcheias e não nas semicolcheias. Isto deu origem a uma quarta maneira de se escrever o samba. Desta vez no compasso 2X2! Ou quem sabe até no 4X2.

Na minha opinião escrever em 4, além de evitar atravessamento, facilita a leitura!

Na verdade a maneira de se escrever não irá interferir na execução e nem no suingue.

O que sugiro é: aprenda todas as maneiras e faça a sua opção ou quem sabe suas opções!

Veja os exemplos na página seguinte!

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entrada do teleco-teco em 4X4 (2 compassos)

entrada do teleco-teco em 2X4 (4 compassos)

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compassos

figuras rítmicas em 4X4 e 2X2

teleco-teco em 4X4 e 2X2

eXemplo syncopation (ted reed) pg 38 em 2X4 e 2X2

compassos

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Como na maioria dos estilos musicais populares do Brasil, o samba não foi feito para a bateria! A Bateria foi inventada para o Jazz na mesma época que o samba era inventado aqui! Jose Ramos Tinhorão relata que Harry Kosarin, que era pianista e baterista, teria em 1919 intro-duzido o instrumento no Brasil, que na época ficou conhecida com bateria americana. Os primeiros bateristas a criarem uma linguagem brasileira foram Luciano Perrone (1908 - 2001), Valfrido Silva, (1904 - 1972) e João Batista Chagas Pereira, o Sut (1905 - ?). Na época se tocava principalmente nos tambores transferindo as ”levadas” dos instrumentos de percussão para a bateria. Sut atuando com Carmem Miranda, apresentou o samba para o Mundo. Perrone influenciou Radamés Gnattali, com quem trabalhou quase toda sua carreira, a colocar os ritmos do samba em todos os seus naipes da orquestra. A partir dos anos 30, apareceram “tipos de samba”, o que foi decorrente não só de fatores musicais, mas também de fatores relacionados a padrões social e à sua finalidade comercial. En-tre os tipos de samba surgiram: Samba de Terreiro, Partido Alto, Samba Enredo, Samba Canção, Bossa Nova... Outra grande e definitiva transformação na maneira de se tocar samba na bateria surgiu com Edison Machado (1934 – 1990) e Hildofredo Correa que, influenciados pelo Bee Bop americano, criaram o “samba no prato” e o “pedal a 2”. Os anos 50 foram os anos das orquestras e dos bailes. Destacam-se grandes bateristas como Edgard Rocca, o Bituca (1934 – 1996), Plínio Araujo (1921 – 2015), Wilson das Neves (1936 – 2017) e outros. Nos anos1960, a música instrumental se popularizou através da Bossa Nova e do Samba-jazz. Foram importantes nessa época os bateristas: Edson Machado (1934 – 1990), Milton Banana (1935 – 1999), Wilson das Neves (1936 – 2017), Rubinho Barsotti (1932), Hélcio Milito (1931 – 2014), Dom Um Romão (1925 – 2005). Outros bateristas surgidos na Bossa Nova que fazem parte importante da bateria brasileira: Airto Moreira (1941), Robertinho Silva (1941), Paulinho Braga (1942), Chico Batera (1943), Pascoal Meirelles, (1944) Nenê – Realcino Lima (1947), Tutty Moreno (1947), Zé Eduardo Nazário (1952) e muitos outros!

Felizmente esta é uma história que ainda esta sendo escrita!

a bateria no samba

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Nas páginas seguintes alguns ritmos para você conhecer a linguagem do samba!

A partir destes ritmos voce poderá criar seus próprios exercícios. Não utilizei acentuação ou out-ros tipos de artilulações para que você possa experimentar e criar suas próprias.

Alguns dos ritmos são usados normalmente para os surdos, outros para os tamborins , caixas, repiniques etc. Você pode utilizá-los em outros instrumentos e no nosso caso adaptá-los à bateria.

Aí vão algumas sugestões de como praticar.

1 - APRENDA INICIALMENTE TODOS OS RITMOS TOCANDO COM UMA DAS MÃOS NUM TAMBORIM OU NUMA CAIXA. SE QUISER PONHA UM OSTINATO PARA OS PÉS.

2 - FAÇA OS MESMOS EXERCÍCIOS AGORA TOCANDO COM AS DUAS MÃOS ALTERNADAMENTE OU BASEANDO A ORDEM DAS MÃOS NAS SEMICOLCHEIAS (D-E-D-E).

3- TOQUE SEMICOLCHEIAS (D-E-D-E) ALTERNADAMENTE, ACENTUANDO CADA RITMO ESCRITO.

4 - TOQUE OS RITMOS COM UMA DAS MÃOS E PREENCHA EM SEMICOLCHEIAS TODA A SUBDIVISÃO, COMPLE-TANDO ASSIM 16 NOTAS EM CADA EXERCÍCIO! DESTA MANEIRA NÃO TEREMOS UNÍSSONOS ENTRE AS MÃOS. REPARE QUE VOCÊ ESTARÁ TOCANDO DOIS RITMOS DIFERENTES EM CADA MÃO.

5 - ESCOLHA UM RITMO PARA USAR COMO CONDUÇÃO NA MÃO DIREITA A SER TOCADO NO PRATO, NO HI-HAT, NA PELE DA CAIXA OU EM OUTRO LUGAR QUE VOCÊ ESCOLHER. COLOQUE OUTRO RITMO PARA OS PÉS (BOMBO E HI-HAT). COM A MÃO ESQUERDA TOQUE OS DEMAIS EXERCÍCIOS! FAÇA ISSO COM VÁRIOS OSTINATOS TANTO PARA A CONDUÇÃO QUANTO PARA OS PÉS.

6 - TOQUE OS RITMOS COM AS MÃOS EM UNÍSSONO E DOIS LUGARES DIFERENTES (EX. PRATO E CAIXA) UTILI-ZANDO TAMBÉM DIFERENTES OSTINATOS DE BOMBO E HI-HAT.

7 - TENTE APLICAR AS LEVADAS DOS INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO NA BATERIA.

8 - VOCÊ PODE TAMBÉM APLICAR TODAS AS LEVADAS QUE ESTÃO ESCRITAS NO LIVRO O BATUQUE CARIOCA!

9 - E, FINALMENTE, ESCREVA SEUS RITMOS NA SEGUNDA COLUNA DA PÁGINA 10 E NAS PÁGINAS 12 E 13 CRIE SUAS PRÓRPIAS LEVADAS.

exercícios

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repique de mão

tan-tan

roda de samba

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