estudos potenciomÉtricos ede solubilidade no sistema iodo … · mente o valor da constante de...
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ÚNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. INSTITUTO DE QUfMICA
Departamento de Química Fundamental
ESTUDOS POTENCIOMÉTRICOS E DESOLUBILIDaDE NO SISTEMa IODO/IODET8•.DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO DECALCULO DE CONSTaNTES DE EQUILIBRIO.
RUTH GRANHEN TAVARESTESE DE DOUTORAMENTO
Orientador:
Prof. Dr. EDUARDO ALMEIDA NEVES
SÃO PAULO - 1981
A memória de minha mae, CLARA, porsuas lições de tenacidade e amor avida.A me~ pai, AFONSO, e meus irmãos,ALVA, SaNIA, ELIAS, CtLIA, ANTaNIO,
ELIANA e LUCILtIA, como penhor dereconhecimento e afeto.
Meu especial ~econhecimento ao P~of
EDUARDO ALMEIDA NEVES, pelo in~sti
rnãvel apoio, consubstanciado por n~
tãvel contribuição cientifica ali~
da a inequ1vocas demonstrações deamizade.
Um trabalho desta natureza, pelas razões mes
Mas que lhe marcam a origem, sera, sempre, uma atividade emi
nentemente social.
Isto se dá pelo fato de que, para a sua exe
cuçao, incorporamos não só o esforço daqueles que nos antece
deram - abreviando a trilha por nós percorrida - como tamb~m
porque, sob tensão, s6 se tornou posstvelcom a colaboração
de inúmeras pessoas, cuja participação - em que pese sua im
portância - muitas vezes não se evidencia nos resultados.
O auxtlio que foi concedido primou pela ge-
nerosidade e inteligência; sinto-me profundamente grata por
isso
Ao amigo Dr. HILKIAS BERNARDO DE SOUZA, pelo
grande interesse demonstrado pela minha formação profissio-
nal, irrestrito apoio e confiança em mim depositada.
Ao GUTZ, NITA e LOCIO, pela leitura crttica
dos originais, excelentes discussões e sugestões.
Ao ZACHEU e ROBERTO pelo inestimãvel traba
lho no desenho de figuras.
Ao Prof. Dr. PASCOAL SENISE, diretor do Ins
tituto de Qutmica da USP, pelas facilidades concedidas.
A FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRARIAS' DO PARA, p!
la oportunidade.
A ELZA MICHELOTO, pela documentação biblio-
gráfica.
A EVA S. ZANELLATTO, pela cuidadosa datilo-
grafia.
Ao apoio financeiro do PEAS, CNPq e CAPES.
Aos PROFESSORES, POS-GRADUANDOS e FUNCIONA
RIaS do Instituto de Quimica da USP, pelo convivio amigo.
Aos queridos ZACHEU, NITA, GIGI, SiLVIA e LO
CIO, pela sólida amizade que cultivamos durante este perTo-
do.
Para todos esses, e muitos outros que me be
neficiaram com seu encorajamento, sugestões e amizade, expre~
so aqui meus sinceros agradecimentos.
INDICE
I - INTRODUÇAO 1
1.1 - Objetivos do Presente Trabalho 21.2 - Revisão da Literatura Sobre o Sistema 10-
do/Iodeto OG •••••••••• e •• O.D.;)OO.I).~o.eooti 4
11 - APRECIAÇOES GERAIS SOBRE MrTODOS DE CALCULO DECONSTANTES DE EQUILIBRIO EM SISTEMAS MONONUCLEA-RE S ....•..•••...•..•.....•••.•.......•.•...•... 17
1I.1 - Generalidades........................... 1811.2 - O Metodo Gráfico: Suas Vantagens e Desva~
tag·ens 19
I 1.3 - Metodos por Computadores 2211.4 - Apreciação Critica Sobre a Utilização de
Cálculos Computacionais ~.... 25
III - METODOS DE CALCULO DE CONSTANTES DE EQUILIBRIO DfSENVOLVIDOS NESTE INSTITUTO DE QUIMICA. CONTRIBU.!.ÇAO DO PRESENTE TRABALHO ~ 28
111.1 - O Metodo da Resolução de Equações Simul-tâneas Niveladas....................... 29
111.2 - O Metodo das Extrapolações MG1tiplas 32111.3 - O Metodo da Interpolação Regressiva. 34111.4 - O Processo Geral dos Minimos Quadrados p!
ra Resolução de Equações Simultâneas ... 35111.5 - O Metodo dos Minimos Quadrados Aplicado (
às Equações de Fo(X) Niveladas......... 40
111.6 - Programas Utilizados para Obtenção dasConstantes de Equillbrio pelo Matodo dosMinimos Quadrados 48
111.] - Aplicação da Sistemática de Cálculo Envolvendo o Prlnclpio dos Minimos Quadra-dos a um Sistema Modelo Hipotetico ..... 57
111.8 - Aplicação da Sistemática de Cálculo Envolvendo o Princípio dos Minimos Quadra-dos ao Sistema Sn(II)/F- 67
IV - ESTUDO POTENCIOM[TRICO DO SISTEMA IOOO/IODEIO,EM MEIO HOMOGf:NEO 73
IV.l - Generalidades 74IV.2 - Medidas Preliminares ~... 76IV.3 - Determinação do Potencial Condicional· do
Sistema em Meio Não-Complexante • 84
IV.4 - Cilculo de Fo(X} .. •......... 89IV.5 - cãlculo das Constantes de Formação 90IV.6 - Refinamento dos Valores das Constantes Ob
tidas ~........................... 92
V - ESTUDO DOS EQUILTBRIOS HETEROGrNEOS NO SISTEMAIODO/IODETO 98
V.l - Considerações Gerais 99
V.2 - Determinação da Solubilidade do Iodo naAusência e Presença de Tons lodeto. Medi-das de Potencial......................... 101
V.3 - Cãlculo dos Valores das Concentrações deIodeto de Equilibrio 104
V.4 - Tratamento dos Dados Obtidos............. 105V.S - Considerações .Sobre a Possibilidade de
Existirem em Equilibrio Apenas as Espê-- 2-c i es 13 e 16 .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
V.6 - Escolha do Modelo mais Apropriado 133
VI - REFINAMENTO FINAL DAS CONSTANTES DE FORMAÇAO DASESP[CIES MONONUCLEAR~S 135
VI.l - Considerações........................... 136VI.2 - Correção dos Valores de aL . l e 13 1 ,2."'. 141
VII - NOVAS CONSIDERAÇOES SOBRE O C~LCULO DAS CONSTAN-TES DAS ESP~CIES POLINUCLEARES 152
VII.l ~ Especulações Sobre a Existência de Ou-tras Especies 00.0 0.0..... 153
VII.2 - Uma Inusitada Função Oi ••• ••••••••••••• 154VII.3 - Decisão Pelo Número de Especies 159VII.4 = Especulações Sobre a Form-.ação de I~- 167
VII.5 - Especulações Sobre a Existência de I~- 169
VII.6 - Apresentação Final das Constantes deEqu i 1lbr i o o e e • o o ....... o u o o ... o o o o u ~_ o o c ~ ~ o 171
VIII - PERSPECTIVAS DE TRABALHOS FUTUROS E MEDIDAS PRE-.LIMINARES 0 •••••• 181
VIII.l - Espectrofotometria no Sistema Iodojlo-deto ." ..... l1Io ••••••••• O •••••••• .,) •• OIl'O •• 182
VIII.2 - Solubilidade do Iodo em Soluções de Ou-tros Haletos 194
VIrI.3 - Outra Possibilidade de Estudos no Sis-tema IodojIodeto 201
IX - PARTE EXPERIMENTAL 203
IX.l - Reagentes e Soluções 204IX.2 - Instrumentação.......................... 207IX.3 - Metodos 209
CONCLUSOES 214
RESUMO 219
ABSTRACT 221
GLossARIO ••••••••••• l! . 223
APrNDICE 228
REFERrNCIAS BIBLIOGRAFICAS •... 239
PARTE I
Introdução
2.
1.1 - OBJETIVOS DO PRESENTE TRABALHO
Entre a maioria dos trabalhos já realizados
na area de Quimica Ana1itica deste Instituto, sempre ficou d!
monstrada certa tendencia, ou mesmo um elevado grau de inte-
resse pelo estudo dos equi1ibrios de formação de complexos,
especialmente no que se refere a complexos ue haletos e pseu
do-ha1etos de citions metã1icos l - 6 .
Embora de caráter um pouco diferente, foi
feito um estudo de complexos do tipo po1iha1ogenados, ou me
lhor, po1ipseudoha1ogenados, com o sistema tiocianato/tio
cianogenio?, onde observou-se em estudos preliminares a for
mação não apenas de especies 1:1, mas tambem 2:1 e g possive1-
mente, 3:1. Apesar de serem complexos fracos, isto chamo!.'
atenção para o sistema iodo/iodeto, em relação ao qual a li
teratura, de um modo geral, se refere apenas a existência do
;on triiodeto, 13, como espécie mononuclear, tanto em meio
aquoso quanto em solventes não aquosos.
Alguns autores, entretanto, observaram que
3 .
em concentrações elevadas de iodeto e/ou iodo os resultados
não eram compat1veis com a formação apenas de triiodeto 8- 11 .
Essas discordâncias, nos resultados, foram atribuldas ã for
mação de outras especies complexas, mas a maioria dos auto
res - objetivando estudar somente o 10n triiodeto com mais
profundidade - evitava, via de regra, as condições em que es
sas especies poderiam vir a se formar, ou simplesmente ex
cluia esta possibilidade.
Em vista disso, julgamos oportuno re-exami
nar este sistema, 12/1-, em meio aquoso e numa faixa bem am
pla de concentração dos reagentes, com o interesse de eviden
ciar o maior numero poss1vel de especies complexas, determi
nando suas constantes de estabilidade.
Assim, o presente trabalho abrange, em li-
nhas gerais, os seguintes aspectos:
1. Estudo potenciométrico na presença de
iodeto, em condições que favoreçam a formação das especies
mononucleares, isto é, de um ou mais 10ns iodeto coordenados
a uma so molecula de iodo.
2. Estudo da solubilidade de iodo em solu-
ções de iodeto, em condições que propiciassem o aparecimento
tanto de espécies mononucleares quanto de polinucleares; es
tas 9 com participação de mais de uma molecula de iodo coorde
nada. Efetuaram-se medidas potenciometricas nestas soluções
de equillbrio heterogineo~ objetivando determinar as concen
trações de iodeto de equilibrio, necessárias ã análise do sis
tema.
4.
3. Estudo criterioso da aplicação de meto
dos de análise dos dados obtidos para a identificação das es
p~cies em equilíbrio e cálculo das constantes de formação,
combinando os dados resultantes das etapas 1 e 2, atraves de
aproximações sucessivas (cãlculo iterativo).
4. Estudos correlatos abrangendo revisão bi
bliográfica, apreciação crítica de mitodos de cãlculo de cons
tantes de equilíbrio e desenvolvimento de uma sistemãtica a
propriada, não só ao presente sistema, e de forma compatível
com os recursos disponíveis na área.
1.2 ~ REVISAO DA LITERATURA SOBRE O SISTEMA IODO/IODETO
o reconhecimento do poder de associação dos
íons haletos a moleculas de halogenios formando complexos iô
nicos - os polihaletos - remonta ao i nício da química moderna.
Desde então ,inúmeros trabalhos tem surgido com vistas a es
clarecer a natureza dos equillbrios desses complexos forma
dosu
A grande maioria dos trabalhos existe~tes
sobre o assunto está voltada para o sistema iodo/iodeto, ten-
do em vista o fato de o iodo possuir uma baixa solubilidade
em agua, e esta ser consideravelmente aumentada em soluções
de iodeto. As causas para este aumento de solubilidade foram
debatidas por muito tempo, ate se chegar a uma conclusão sa~
tisfatória.
BAUDRIMONT 12 verificou que, por meio de dis~
5 .
sulfeto de carbono, todo o iodo pode ser separado de uma so
lução ~e iodeto de potissio e concluiu que, desse modo i ne
nhum composto poderia existir em solução. Outros investiga
dores chegaram a conclusões semelhantes 8 . Estas conclusões
não são necessariamente verdadeiras, em vista do que hoje se
conhece sobre equillbrio qulmico. Dentro d~ssãs id~ias pode
mos, por exemplo, argumentar que a elevada solubilidade do io
do em dissulfeto de carbono explicaria- sua remoção do equill
brio,levando a um desaparecimento de qualqu~r espicie que se
forme.
LeBLANC e NOYES 13 , entretanto, verificaram
que o ponto de congelação de uma solução de iodeto de potás
sio e muito pouco alterado 'pela adição de iodo e, por outro
lado, a condutividade elitrica da solução e consideravelmen
te menor. Estes fatos só poderiam ser explicados admitindo
se a formação de outro composto na solução. Os mesmos resul
tados e conclusões foram obtidos, tambim com medidas crioscõ
picas, por PATERNO e PERATONER 14 .
Utilizando a Lei de Distribuição de uma subs
tancia entre dois solventes não misclveis JAKOWKIN 15 deter
minou, a 25°C, a quantidade de iodo não combinado em solução
de iodeto de potássio e, por aplicação da Lei de Ação das Mas
Sas, ve~ificou que seus resultados eram concordantes com a
existência de um equilibrio representado pela equaçao
KI + 12 ~ .. - KI 3 , ficando~ assim, definitivamente aceita a
existência do lon 13 em soluç"ão.
O equillbrio I(aq) + 12(5) tem
6 .
sido - a partir de então - bastante estudado em soluções aqu~
sas B- 11 ,16-31.
Estudando a solubilidade do iodo em solução
aquosa de iodeto dê potássio, NOVES e SEIDENSTICKER16 verifi
caram a formação de KI 3 ; ABEGG e HAMBURGER 32 , trabalhando tan
to em solução aquosa quanto em solução benzênica, encontraram
apenas KI 7 .
Com o objetivo de confirmar os resultados de
JAKOWKIN, e tambem para verificar a influência da temperatu
ra no valor da constante de dissociação da espécie KI 3 encon
trada por este, DAWSON 8 efetuou uma série de experimentos,
nas mesmas condições e também na temperatura de 13,5 0 C. Seus
resultados mostraram-se todos concordantes com os de JAKOWKIN ,
tendo observado, ainda, que a temperatura influencia grande
mente o valor da constante de dissociação do complexo.
DAWSON e GAWLER 17 verificaram que o nitroben
zeno possui um grande poder de solubilização do iodo (muito
maior quê o da água), e que nas soluções saturadas. de iodeto
de potássio, contendo pequenas concentrações de iodo, forma
se essencialmente KI 3 . E~ soluções saturadas. de iodo aespe
cie mais alta ê o KI g . Em trabalhos posteriores, efetuados
também em nitrobenzeno, DAWSON e GOODSON 18 estudaram o com~
portamento do sistema usando iodetos de outros metais alcali
nos, iodetos de amônio e de metais alcalino-terrosos e con-
cluiram que o limite máximo da formação de iodetos metálicos
e MI g9 o que tambem foi verificado por STRBMHOLM19.DAWSON80321
admite ainda a formação das espécies KI 3 , KI s ' KI 7 e KI g9 to-
7 .
das em equillbrio.
Com os dados obtidos por DAWSON 20 , KRVS 33
calculou os valores das constantes de estabilidade das espe
cies Ij, I S' I] e 19, adaptando equações deduzidas por YATSI
MIRSKI1 34 .
WASHBURN e STRACHAN 22 encontraram apenas I;
em seus experimentos de distribuição de iodo em água e tetra
cloreto de carbono, utilizando ácido iodld~ico e iodo como
reagentes. Por outro lado, BRAY e MacKAy 23 ,24 verificaram,
por meio de medidas de solubilidade e força eletromotriz, a
existência de outro poliiodeto - alem de 13 - que provavelme~
te seria o lon pentaiodeto, 15, A existência de 15' alem de
13, foi tambem verificada por outros pesquisadores 25 ,35-39.
Atraves de medidas de solubilidade - satu-
rando com iodo soluçõe~ de iodeto
a 2Soe, as.especies formadas são 13terminou as constantes de formação.
llNHART 26 encontrou2-e 114 para as quais
Recalculou ainda os
que,
de-
da-
dos de BRAY e MacKAy 23 bem como os de PARSONS e WHITTEMORE 27 ,
concluindo que, tambem para os dados desses autores, seria va
lida sua proposição de formação dessas duas espécies.
eHEESMAM e col. 28 , efetuando estudos de solu
bilidade no sistema NaI-I 2-H 20, a oOC, verificaram ausência
de fase s51ida correspondente ao Na1 3; os compostos obtidos
foram os sais duplos Nal.NaI 3 .6H 20 e NaI 3 .NaI S.4H 20. BRIGGS
e col. 29 , estudando o mesmo sistema a DOe e -15°C, corup~ova~
ram a existência - na fase s51ida - de complexos de baixa es-
tabilidade e bastante hidratados, do tipo Na 4 I 14 .(13-1S)H 20 ,
a.
Na Sl 11 .(17-19)H 20 e Na 21a.(10-11)H 20. A primeira dessas es
pecies se aproxima, em composição, do triiodeto de sódio.
JONES e KAPLAN 9 observaram - ao determinarem
a constante de equillbrio para a reação 1- + 12~ 13, a
25 0 C - que os resultados obtidos não apresentam qualquer va
riação sistemática com a concentração de iodo, entre os limi-
tes de 2 a 33% de saturação, nem com a concentração de iode-
to, entre os limites de 0,01 a 0,1 N. Entretanto, para con
centrações mais elevadas de iodeto, verificaram a existência
de variações indicando formação de outros poliiodetos.
BRIGGS e GEIGLE 40 , por sua vez, não obser
varam formação de KI 3 no sistema KI/I 2 , entre as temperaturas
de 75 0 C e 160 0 C e concentração de 12 entre 47 e 100 mol %.
Uma.discussão de caráter geral sobre a for-
maçao do lon 13, em equillbrio reverslvel, e feita por JO-
NES 41 .
Medidas de volume especlfico, executadas por
GIBSON 42 no sistema iodo/iodeto, revelaram pequenas quantida-
des de K1 3 .
MARTIN 43 observou que quando se titula iod0 9
com solução de tiossulfato de sódio, em presença de solução
de benzonitrila contendo água e iodeto de potássio, a adição
de amido i solução não produz coloração azul. Efetuou, en
tão, um estudo de distribuição de iodo entre água e benzoni
trila verificando que esta remove, quase completamentc 9 o io=
do da solução aquosa, o que explicaria o fenômeno observado.
9 .
Através de medidas de viscosidade e densida-
de em soluções de iodo e iodeto de potissio, tendo como sol
vente uma mistura igua-ilcool (~55% de ilcool), VENTURELLO e
AGLIARD1 44 evidenciaram a formação das espécies Kl.1 2, KI.31 2 ,
Kl.41 2 ou dos 10ns correspondentes 13, I] e 19, nao havendo,
segundo esses autores indlcios da presença da espécie Kl.21 2
ou Is'Para determinação do valor de ôH do triiode
to, AWTREY e CONNICK45,46 mediram espectrofotometricamente a
concentração deste 10n em diferentes temperaturas. Utilizan
do a constante determinada a 25 0C por JONES e KAPLAN 9 , calcu
laram a concentração de iodo para chegarem aos valores das
constantes de equi11brio da espécie em cada temperatura.
Desde o trabalho de JAKOWKIN 15 , tem sido ob
servado que 13nao e a única espécie em equillbrio com iodo e
iodeto. Em vista disso DAVIES e GWYNNE 10 re-examinaram este
sistema, em virias temperaturas, utilizando a técnica de par
tição entre fases aquosa e de tetracloreto de carbono. Cons-- 2- ~tataram a existência de 13 e 16 ' um dlmero do triiodeto, de-
terminando suas constantes de formação.
Ao estudarem, por via e5pectrofotomêtrtca~ o
equil1brio entre 1-, 12 e 13, em meio de HC10 4 1,0 M, 0,1 M e
0~05 M e nas temperaturas de 20 a 27 0C, KATZIN e GEBERT 47 ve
rificaram que a estabilidade do 10n 13 aumenta com o aumento
de tempe~atura. Este efeito é mais acentuado na solução m~is
ácida. Seus resultados sao o inverso daqueles encontrados
por outras t~cnicas8,9. Este fato foi posteriormente compro-
10.
vado pelos mesmos autores 48 em um estudo efetuado no mesmo
sistema por medidas de solubilidade de iodo em soluções de
iodeto de potássio t utilizando baixas concentrações dos rea
gentes para evitar a formação de poliiodetos mais altos.
Medidas de condutincia elitrica em soluções
de poliiodetos de tetrametilam6nio e tetrapropilam6nio t efe
tuàdas por POPOV t RYGG e SKELLy 49 t mostraram que o ion I] e
relativamente estável em altas concentrações dos reagentes;em
baixas concentrações ocorre dissociação em pentaiodeto t 1St e
iodo t 12 .
SAKELLARIDIS50,51 t baseando-se nO princlplo
do mitodo das variações cOhtinuas 52 t propôs um mitodo que pe~
mite determinar a constante Kt para uma espicie que - em cer-
tas condições experimentais - predomine em um equilibrio. O
valor dessa constante e determinado a partir de medidas ex-
perimentaistque podem ser efetuadas com precisão mesmo no
caso de complexos pouco estáveis t e da utilização de duas equ~
çoes simples. O mitodo proposto foi aplicado t pelo autor t a
espectrofotometria para estudar os equilibrios entre iodo e
iodeto de cálcio e entre iodo e iodeto de estr6ncio t em solu-
ções aquosas t sendo determinadas t respectivamente t as constan
tes de equilibrio das espécies Ca{I 3)2 e Sr(1 3)2.
DANIELE 53 efetuou medidas espectrofotometri
cas t nos dois comprimentos de onda de absorção máxima da es
pécie I3~ 288 e 350 nm, numa extensa faixa de concentrações
muito baixas de iodo e iodeto t em cinco temperaturas diferen
tes. Obteve resultados muito concordantes e concluiu que - p~
11.
10 menos na faixa de concentração em que trabalhou (iodo de
1,0 x 10- 5 a 5,0 x 10- 5 M e iodeto de 1,0 x 10- 5 a 0,08 M)
o unico complexo formado é o 13 s monômero. Medidas de ~H da
reação foram também obtidas.
A constante de estabi1idadê do complexo 13 ,
em acetonitri1a, foi determinada por DESBARRES 54 , através de
medidas potenciométricas. O autor verificou que neste sol
vente o lon 13 é um complexo muito mais estável que em agua,
o que permite evidenciar dois sistemas de oxi-redução: 13/1
12/1js de potenciais normais muito diferentes.
Com o objetivo de estudar a termodinâmica da
solubilidade do iodo e a formação do lon triiodeto, RAMETTE e
SANDFORD, Jr. 11 realizaram medidas espectrofotométricas, co
brindo uma ampla faixa de temperatura e em força iônica muito
baixa, para evitar desvios causados pela formação da espécie
l~-, já anteriormente verificada por DAVIES e GWYNNE 10 . As
absortividades molares medidas em 353 nm, comprimento de onda
de absorção mãxima da espécie 13, apresentaram uma relação li
near com a conce~tração de iodeto. Entretanto, em 287 nm (CO!
primento de onda do outro mãximo de absorção)~ a absortivida-
de decresce com o aumento da concentração de iodeto. Este
efeito, jã verificado anteriormente por dois outros auto-
tes 55 ,56, foi étribuido i formação de uma noVa espicie, pos
sivelmente l~-. Por outro lado, medidas de solubilidade de
iodo em soluções muito di1uidas de iodeto de potássio leva
ram a valores da constante de formação do ion 13 mais eleva
dos que os obtidos em outros traba1hos 10,45-48. Esta dife-
12.
rença foi explicada admitindo a formaçio da espicie I~, pen
taiodeto.
Nos últimos anos, a atenção dos investigado-
res esteve centralizada principalmente no comportamento e es
tabilidade dos poliiodetos em solventes não aquosos. PARKER 57 ,
POVAROVe BARBASHEVA SB , BREANT e SINICKI 59 ,60, por exemplo,
determinaram a constante de formação do lon 13 em dimetilfor
mamida.
Os potenciais de oxi-redução do par 12/1- f~
raro' estudados por MARCHON 61 em soluções de nitrobenzeno e ace
tonitrila. A constante de dissociaçio do Ton 13 foi a mesma
em ambos os solventes.
As constantes de formaçio do ion 13 foram
tambim determinadas em acetonitrila 62 , dimetilsulfõxid063 e
em etano1 64 .
Estudos voltamitricos da redução do iodo em
ãcido acetico glacial, em soluções contendo perclorato de so
dio, evidenciaram a formaçio do ion triiodet0 65 .
COURTOT-COUPEZ e L1 HER 66 obtiveram as cons-
tantes de formação dos 10ns 13 e 15, em soluções de carbona=
to de propileno, atravis de medidas potenciométricas.
As constantes de formação dessas espécies,
13 e 15, foram também determinadas, potenciometricamente, nas
misturas etanol-ãgua e acetonitrila-ãgua, por TRÊMILLON e
col. 6 ?, os quais verificaram que, em ambos os solventes, a
estabilidade do lon 13 aumenta consideravelmente com o aumen-
13.
to da concentração do solvente orgânico. Entretanto, nenhuma
tendência pôde ser observada com respeito ã constante de for
mação do ion I S.
A cinética do equi1ibrio entre I ,1 2 e 13foi estudada por MACAGNO e co1. 68 em soluções de acetonitri
la, usando eletrodogiratõrio de p1atina. BARBASHEVA e
col .69,70 tambim estudaram o sistema com eletrodo giratório
de platina, em dimetilformamida, é observaram duas ondas cor
respondendo as reaçoes 31 ~ I; + 2e e 2J; --~ 31 2 + 2e-.
Embora noSso interesse, ao fazer esta revi
sao, estivesse voltado para o comportamento do sistema iodo/
iodeto em ~bl~ção, cab~ acrescentar que existe~ ~umerosos tra
balhos a esse respeito porém realizados especificamente com
poliiodetos sõlidos 71 - 85 .
Do que se conhece atualmente sobre as estru
turas dos ions polihaletos ou, mais particularmente, 10ns po
liiodetos, grande parte foi devida, principalmente, a estu
dos de difração de raios-X dos sais cristalinos, .embora, ul
ttmamente, estes venham sendosubstituidos por outras tecni-
" 86tas como difração de neutrons,espectroscopia Mossbauer, etc ..
o ion triiodeto tem a propriedade de assumir
tanto uma forma simetrica quanto assimétrica (Fig. 1 ol)~ de=
pendendo da natureza do sal do qual o ion faz parte, Por
exemplo, no sal IASPhl+1131- sua estrutura é simétrica, en-
quanto em C51 3 e NH 4I] i assimétrica 84 .
14.
0-0--0
a) simétrica b) assimétrica
FIGURA 1.1 - Estrutura dos 10ns Triiodetos 86 .
o 10n pentaiodeto~ no complexo INMe411Isl,
apresenta uma estrutura aproximadamente planar em forma de
"V" (Fig. 1.2), onde cada "segmento" do "V" corresponde a um
10n li assimetrico. Este 10n pode entio ser representado por
II(I2)21-~ isto é duas moléculas de iodo coordenadas a um 10n
iodeto simples 85 .
FIGURA 1.2 - Estrutura do 10n 15 em Me 4N+ 86
o 10n 17, no complexo INEt4II7' tem sido ob
jeto de análises estruturais detalhadas 84 ,87,88. Em sua es
trutura (Fig. 1.3), associadas a cada 10n li, existem duas
moleculas de iodo e~ a cada molécula de iodo, um 10n li. Dal
. o complexo ser mais realisticamente representado por
INEt41+113(12)21-.
15 •
a=2.90~ Âb=J.43S Âc~.2.73S ..(
FIGURA 1.3 - Estrutura Reticular do 10n
A estrutura cristalina do sal INMe41Ig (Fig.
I.4) e considerada como sendo resultante da associação de
unidades de 10ns I] com moléculas de 12 adicionais 84 ,87,88.
. ... - +86FIGURA 1.4 - Estrutura Retlcular do lon 19 em Me4N
Como se ve, da literatura consultada,a falta
de trabalhos novos em meio aquoso sugere certa exaustão do
campo, como se tivessem sido dirimidas as dúvidas existentes
sobre as espécies que Se formam. O presente trabalholevan
t~ novamente a questão das espécies presentes, em vista das
discordâncias da literatura, e ainda por acreditarmos na exis
tencia de especies como I~- Acreditamos ainda que a expe-Il-:
~(,
16.
riência já adquirida pelo grupo na obtenção de constantes de
equillbri0 9 juntamente com o uso de processos modernos da câl
culos 9 podem levar a resul~ados significativos. A combinação
do metodo potenciometrico com o de solubilidade foi o ponto
fundamental para a elucidação do presente sistema 89 ,90.
PARTE 11
Aprectaçies 6erats Sobre Métodos de Cálculo de Constantes deEquil{br1Q 81 StSt8l11 Mononucleares.
18.
11.1 - GENERALIDADES
[ bastante extensa a literatura sobre trata-
mento de dados experimentais para obtenção ~as constantes de
equi11brio de complexos sucessivos em solução. Os procedi-
mentos gerais de tratamento de dados,bem como discussões de
métodos experimentais para aquisição desses dados, estão bem
descritos em textos como os de ROSS01TI-ROSSOTTI 91 , JONES 92 ,
YATSIMIRSKI1 34 , CROW93 , BECK94 e ROSSOTTI 95 •
De um modo geral, todos eles se utilizam de
funções matemãticas que relacionam essas constantes; obviamen
te as incõgnitas, iom a grandeza medida experimentalmente.
Dentre essas, a mais frequentemente ut;liza~
da ê a função de FRONAEUS Fo(X), definida como grau de com
p1exaçã096,97, expressa pela relação
n= 1 + }: Bi[X]i
i =1(11.1)
O uso tão difundido do tratamento dessa fun
çao, Fo(X), pode ser devido ã facilidade de se obtê-la por di
19.
versas tecnicas experimentais, quais sejam:
1. pot~nciometricas - atravês do metodo de
LEDEN 97 , quando sao efetuadas medidas de metal livre, ou atra
ves do metodo de FRONAEUS 98 , quando se efetua medidas de 1i
gante livre, convertendo-se a função de BJERRUM, n99 , em Fo(X'
por processo de integração.
2. polarográficas - como atraves do metode
de DeFORD e HUME 100 , medindo-se o potencial de meia onda,El / 2
e a corrente de difusão.
3. espectrofotometricas - atraves do metodo
de FRONAEUS 98 , obtendo-se os valores de n pelo metodo das so·
1uções correspondentes de BJERRUM10l~102 e integrando-se, a
seguir, a curva de n vs. 10g[X].
11.2 - O MrTODO GRAFICO: SUAS VANTAGENS E DESVANTAGENS
O tratamento original da função Fo(X), pro
posto por LEDEN 103 , consiste em se obter os valores das cons
tantes por extrapolações dos gráficos de funções subsidiárias
Fi(X) vs. [X], onde i varia de 1 a n.
A vantagem principal da utilização deste me
todo e a facilidade de detecção de erros acidentais, cometidos
durante a obtenção dos dados experimentais, pela observação
de pontos situados muito fora de uma curva ou reta usada nas
extrapo1ações.
20.
Outra importante vantagem da utilização de
metodos gráficos e a informação obtida sobre o número de es
pecies presentes no sistema. Dai a recomendação feita por d1
versos autores de sempre iniciar o tratamento dos dados, por
processo gráfico.
Entretanto, o uso de extrapolações gráficas
tem revelado alguns inconvenientes, tais como:
1. a anãlise dos mesmos dados, efetuada por
pessoas diferentes. pode conduzir a diferentes resultados, sen
do, portanto. bastante sujeito a erros subjetivos.
2. alg~mas vezes ocorre a impossibilidade de
serem obtidos dados experimentais que cubram, de maneira bem
distribulda. a região de predominância de cada espécie; ou
tras vezes ocorre de se obt~-los. mas com baixa precisão e/ou
exatidão. Isto dificulta grandemente a extrapolação.
3. Quando o sistema e constituido de várias
especies, as extrapolações gráficas de constantes intermediá
rias, como 82 , se o sistema apresenta quatro esp~cies, 83 , se
o sistema apresenta cinco espécies, ou 84 , se o sistema apre
senta seis especies. tornam-se muito diflceis. A dificulda
de decorre do fato de que os valores de Fi(X) representati
vos da especie MX i - se essa espécie for intermediária - en
contram-se numa faixa de concentração relativamente elevada
de ligante (região em que haja predominância da espécie) e,
como consequência, as extrapo1ações para concentração de 1;-
gante tendendo a zero são feitas com pontos às vezes muito
21 .
afastados da origem, causando incertezas, por vezes muito gra~
des, no valor encontrado para a constante.
4. Quando o sistema e constituído de varias
espécies e aquela cuja constante se deseja determinar aprese~
ta uma baixa estabilidade em relação às demais, o erro come-
tido na extrapolaçio ta~bém ê elevado.
5. Quando os complexos sao fortes e o méto
do de obtenção dos dados não fornece os valores das concen
trações de ligante livre, o procedimento torna-se muito de
morado e mais sujeito a erros, pois deve-se repeti-lo varias
vezes para se chegar, por aproximações sucessivas, aos valo
res das concentrações de ligante livre.
Estes ~spectos indiscutivelmente negativos,
frequentemente observados no decorrer do estudo de equilí
brios, fizeram com que inümeros investigadores se empenhas-
sem na procura de processos aperfeiçoados, que tornassem pos
sivel a obtenção de valores mais confiáveis para as constan
tes e com menor dispêndio de tempo. Contudo, é sempre reco-
mendãvel que seja feita a análise grafica do sistema,
de qualquer tratamento mais sofisticado.
antes
Para obtenção das constantes de equilíbrio
do sistema Cd{II)/piridina/Cl- ,por exemplo, GUTZ 104 utili
zou uma sistemática especial de tratamento de dados recorren
do. entretanto, ã analise prévia do sistema pelo metodo gra
fico.
A situação e bem mais complicada quando es-
22.
pécies polinucleares estão presentes. pois mesmo através dos
valores de n não se pode ter idéia das espécies existentes.
Este é o caso. por exemplo. do sistema Ni{IJ)/Nj estudado por
SUAR~Z105,106. onde o tratamento QOs dados experimentais e
muito ~iflcil de ser efetuado sem uma análise gráfica do sis
tema que produza informaç9és sobre quais espécies estão pre
sentes. O tratamento dos dados poderia, é verdade, ser feito
diretamente através de cálculo computacional, pelo procedime~
to das tentativas (Parte 11.3), mas ãs vezes ocorre chegar-se
a uma boa ~~lução matemática para o sistema, porém quimicame~
te inviável ou pouco provável.
11.3 - M[TODOS POR COMPUTADORES
Com o advento dos computadores e microproce~
sa~ores, a utilização dos mesmQs, objetivando o aperfeiçoame~
to dos cálculos de constantes de equillbrid, foi se tornando
cada vez mais frequente devido às inúmeras vantagens que apr~
sentam sobre o tratamento puramente gráfico, entre as quais:
1. a. utilização desses métodos está menos
sujeita a erros subjetivos. Os mesmos dados tratados por pe~
soas diferentes, através de um programa elaborado criteriosa=
mente, geralmente conduzem aos mesmos resultado~.
2. caso haja deficiência de dados experimen=
tais necessãrios ã obtenção dos valores das constantes, estes
23.
podem ser obtidos por interpolação entre os dados disponiveis
por diversos processos, inclusive por ajustamento de polinô
mios de grau adequado.
3. se o sistema e constituido por especies
de alta estabilidade, e as medidas experimentais não fornecem
os valores da concentração de ligante livre, podem ser elabo
rados programas que efetuem automatica e rapidamente as apro
ximações sucessivas necessárias ã obtenção destes valores.
Os computadores foram primeiramente utiliza
dos para cálculo de constantes de estabilidade por MacMASTERS
e SHAAp10?, os quais elaboraram um programa para tratamento
de medidas polarogrificas fundamentado no método grifico
ROSSOTTI e ROSSOTTI 108 . Trata-se do uso de recursos da
putação para aprimorar um metodo gráfico.
de
com-
Dal por diante inGmeros programas tem sur-
gido nao somente para tratamento da função Fo(X), mas tambem
par~ tratamento de outras funções obtidas a partir de medidas
l -f' 109 . - . 110 t f t -t .po. arogra lcas ,potenclometrlcas , espec ro o orne rl-
cas111-113 e calorimétricas l14 , entre outras.
Existe atualmente um numero razoavelmente
grande de programas, com peculiaridades prõprias, destinados
ã resolução de problemas bastante diversificados. Alguns fo
ram elaborados com a finalidade de aperfeiçoar processos gra
f1cos 9 com6 é o caso do programa desenvolvido por THUN e
cal ,115 onde e operada uma integração parabõlica da função de
FRONAEUS 98 , eliminando - desse modo- os erros cumulativos
24.
cometidos com o tratamento original. Há outros programas que
permitem solucionar sistemas de equações simultâneas com n
incõgnitas l16 e outros, ainda, baseados no principio dos mi-
nimos quadrados (detalhes sobre esse principio serão
dos no item 111.4).,
trata-
Os programas baseados no principio dos mini-!
mos quadrado$constituem a grande maioria dos procedimentos
computacionais, para determinação de constantes de
brio, já divulgados.
equili-
Fundam~ntalmente, os programas que tem por
base este ptincipio (doS mlnimos q~adrados) acham-se distri
buidos em dois grupos: aq~eles que determinam os valores das
constantes e aqueles que refina~ esses valores.
Entre os primeiros há dois casos a conside
rar. Em um deles, o numero de espécies deve ser previamente
conhecido através do método gráfico. O grupo de RYDBERG11 ?-121
utilila este tipo de procedimento. Outro caSo e aquele que
poderiamos denominar de "procedimento das tentativas " , ou se-
ja, prQpõ~-se um deter~inado modelo e calcul~m-se os valores
das constantes. CalCulam-se novos valores para outro modelo
e compara-se com o anterior.tendo por base algum parâmetro cQ
mo por exemplo o desvio padrão das constantes encontradas pa-
ra um e para outro modelo. Novos'modelos vão sendo propos-
tos ate que se encontre um que produza menor desvio padrão.
o segundo tipo de procedimento
to de constantes), largamente utilizado pelos grupos de PER
RIN122-124, BURGER e GAIZER125-129 e SILLrN130-133, consiste
25.
basicamente em se atribuir incrementos a valores de constan
tes previamente encontrados por algum processo de tratamen
to, ate que determinada condição seja alcançada; condição es-
sa peculiar a cada programa mas que, em resumo, consiste em
se obter o menor desvio entre os valores experimentais e os
calculados com as constantes obtidas.
Comentários e discussões mais detalhados so
bre esses metodos podem ser encontrados nas revisões de ROS
SOTTI e cal .134, GANS 135 , PERRIN 136 , MEITES 137 e GAIZER 138 .
o grupo de Quimica Ana1itica deste Institu-
to tem tambem desenvolvido alguns trabalhos nesse sentido,
como veremos na próxima parte (Capitulas 111.1 a 111.3).
11.4 - APRECIAÇAO CRITICA SOBRE A UTILIZAÇAO DE CALCULOS COM
PUTACIONAIS
O uso de cálculos computacionais para deter
minação de constantes de complexos não e aceito sem reservas
por todos investigadores. Há quem os critique com certa ve
emência. como e o caso de ROSSOTTI139 e HUME140, os quais de
fendem a tese de que os resultados obtidos por metodos gra
ficas são comparáveis aos obtidos por computadores,com a van
tagem do custo reduzido. HUME faz ainda serias advertências
ao uso indiscriminado e nao criterioso de metodos por compu
tadores.
Realmente, a utilização de computadores, pa-
26.
ra essa finalidade, exige considerações sobre algumas ques
tões fundamentais. Os erros sistemáticos nos experimentos p~
dem ser um "perigo" muito sirio no curso das avaliações. Em
casos mais simples eles podem somente levar a valores erro-
neos das constantes, mas pode ocorrer tambim de os erros sis
temáticos serem compensados por inclusão de uma constante de
equilibrio adicional, que na realidade não existé. Esses er
ros podem ser ~ventualment~ observados fazendo-se uma análi
se gráfica privia do sistema.
A seleção do modelo que descreva o sistema
em estudo e tambem um outro ponto muito importante. r neces
sário verificar vários modelos concebiveis - pode ocorrer que
os dados experimentais venham a ser descritos por mais de um
modelo. A decisão entre dois modelos que forneçam um ajusta
mento satisfatõrio deve ser baseada em considerações quimi-
caso
Finalmente, outra questão de fundamental
importância i a ponderação dos dados experimentais indivi-
duais, pois, ao se tentar resolver um sistema de equaçoes,
como por exemplo de Fo(X}, cujos valores variem desde os de
pequena ate os de alta ordem de grandeza, somente os ultimas
tornam-se significativos dentro do sistema de equações. O
problema reside, então, no fato de que - se apenas os valores
de Fo(X} mais altos é que são significativos - os resultados
obtidos pa"ra as primeiras constantes de formação, tais como
81 e 82 , estariam afetados de erro, tendo em vista que, para
as primeiras espécies, os valores de Fo(X} mais baixos ê que
27 .
sao representativos. Dai a necessidade de ponderação desses
valores para nivelá-los ã mesma ordem de grandeza, o que e
conseguido multiplicando-se ambos os membros de cada equaçao
por um fator de ponderação ou fator-peso adequado.
PARTE 111
Métodos de Cálculo de Constantes de Equil{h~10 DesenvolvidosNeste Instttuto de Qu{.icao Contribuição dd Presente Tra
balho.
29.
111.1 - O M[TODO DA RESOLUÇAO DE EQUAÇOES SIMULTANEAS NIVELA
DAS
O emprego de cálculo programado para determi
nação de constantes de estabilidade de complexos sucessivos,
pelo grupo de NEVES8,104,105,141-151 teve inTcio com o tra-
balho desenvolvido por MIlCKEN 141 , o qual propos uma nova sis
temática de cálculo dessas constantes atravis da resol'ução de
equaçoes simultâneas, de Fo(X), niveladas com um fator de po~
deração
onde Fo(X)max i o valor de Fo(X) correspondente a mais alta
concentração de ligante utilizada.
A operação nivelamento, cuja fi'nalidade e
significado serão melhor entendidos no desenvolvimento deste
capltulo, consiste em multiplicar cada equação por este fator
fi' aumentando os b~ixos valores de Fo(X)i para o valor ma-
30.
ximo, conforme a equaçao abaixo
A sistemática geral de trabalho adotada e a
seguinte:
1. Obtenção dos valores experimentais de...Fo(X) dentro da mais ampla faixa posslvel de concentração de
ligante; isto ~, que dS dados experimehtais sej~m representa
tivos para todbs os complexos, devendo cobrir ~ de modo regu
lar - valores de n desde aproximadamente 0,3 at~ m~ia unida
de abaixo do número máximo de coordénàção.
2. tratamento gráfico das funções de LEDEN,
Fi(X), para Se ter umàldêi-a do número de espécies presentes,
bem como para se desprezar pontos experimentais que se mos
trem afetados gro~seiramente de erroS ~xperimentais.,
3. Atribuição do peso apropriado (ponto cha
ve do método) ~ cada equação simultânea t o que, em outras pa-
lavras, significa multiplicar ambos os me~bros das equaçoes
pelo fator de ponderação fi' já mencionado. Esta etapa ê re!
lizada simultaneamente com a seguinte, usando-se cálculo pro
gramado.
4. Agrupamento dessas equaçoes simultâneas
em tantos grupos quantas forem as constantes que se deseja
determinar. O melhor crit~rio ê que este agrupamento seja
feito péla ordem crescente da concentração de ligante, visto
31 .
que dessa maneira somam-se termos exponenciais da mesma ordem
de grandeza. A fim de eiitar a atribuiçio de pesos diferen
tes. deve ser usado. preferencialmente. o mesmo número de equ~
çoes em cada grupo. Esta tarefa. envolvendo numerosos cãlcu
los, ficou extremamente simplificada devido ao uso de cálcu
lo programado. Fornecem-se ã calculadora (HP-97) apenas os
valores deFo( X)max e de pares das variáveis Fo( X) i e [X], em
sequência. até completar o grupo. Entio, a calculadora impri
me os coeficientes da seguinte equaçio simultânea
(111.3)
cujas incógnitas sao as constantes de estabilidade.
5. Reso1uçio do sistema de equaçoes por cál
culo matricial, em calculadora programãvel, quando entio ob
tem-se os va 1ores de 61 • 6~. ... , 6n . A ca 1cu 1adora HP -97
tem recursos p~ra resolver, apenas, ate matrizes 4 x 4.
Este procedimento de cálculo foi aplicado em
diversos sistemas141J144,145J149J151 com bons resultados. Co
mo contribuiçio ao metodo. fizemos neste trabalho um refina
mento, no sentido de aprimorã-lo, cuja discussio sera apre-
sentada no Cap't~10 111.5.
32.
111.2 - O MrTODO DAS EXTRAPOLAÇOES MOLTIPLAS
De acordo com a idéia de que, previamente a
utilização de métodos mais sofisticados, deve-se efetuar a
análise gráfica do sistema, CHIERICE 145 propos um método para
o aperfeiçoamento do tratamento gráfico de LEDEN, o qual con
siste na linearização de curvas Fi(X) vs. [X] cujos pontos
experimentais iniciem longe da origem.
A idéia baseou-se na hipótese de que, na re
gião de predominância da espécie complexa MX i , a função Fi(X),
descrita pelo polinômio
Fi(X) = 8i + 8i+l[X] + ..••.. + 8n [X]n-l (111.4)
pode ser representada, com boa aproximação, pela equaçao
(111.5)
onde ~ é um expoente ajustado por processo iterativo, e ~ um
parâmetro que resulta da lineariza ~da_curva. Existe, en
tão, um valor conveniente de b que ajusta a melhor reta na
forma
Fi(X) = 8i + a x (III.6)
onde x = (X]b. Um valor maior que este volta a "empená-la",
ou seja, uma curva convexa torna-se côncava.
33.
Nestas condições s o valor de 8i sera a in
terseção da melhor reta Fi(X) vs. [x]b ajustada.
Para efetuar estes cilculos foi escrito um
programa. para a calculadora HP-97. que faz o tratamento de
cinco pares de dados ti(X) e [X] ..
Obse~vou-ses entretanto i que os valores ex
trapolados pa~a as constantes s utilizando-se este procedimen
to. resultavam cada vez maiores a medida que se tomavam pon
tos. para a linearização da curvas mais afàstados da - origem.
Pbsterior~e~~~ SANTOS6~1~6 prop~~ u~ aperfeiço~mênto desse
proces~o o qual consi~te eM se efetuar. pàta uma mesma curva.
virias linearizações em regiõeS cada vez mais amplas da cur
va. mas todos se originando nO mesmo ponto. Cada lineariza
çao fornece um valor diferente para a constante. Entretanto.
verificou~se que o grifico dos virios valores extrapolados p~
ra as constantes em função da concentração mixima de ligan
te s respectiva a cadà faixas ê uma reta cuja extrapolação pa-
ra concentração de ligante igual a zero ê o valor da
tante 8i . Dal o nOme "extrapolação maltipla".
cons-
34.
111.3 - O METODO DA INTERPOLAÇAO REGRESSIVA
Este metodo, proposto também por SANTOS 6,147,148 , consiste em interpolar valores de Fo(X) para uma
região de concentração de ligante onde nao e possível obtê
los experimentalmente. Isto acontece, por exemplo, nos sis
temas Cu(I)/Nj, Cu(I)/Br- e Cu(I)/SCN-, entre outros, on
de ocorre precipitação das especies 1:1, impossibilitando a
obtenção de dados experimentais representativos para a pri
meira espéci'e~
o procedimento resultou da observação de
que a curva log Fo(X) vs. Cx ou [X] apresenta, em determina
do trecho de sua extensão, um comportamento semelhante ao de
uma curva potencial do tipo
(111.7)
Assim, com o auxilio de uma calculadora pro
gramáve1, ajustam-se pontos da curva 10g Fo(X) vs. [X] a uma
curva potencial e interpolam-se, entre a origem e o primeiro
ponto experimental dispon;vel, tantos valores de Fo(X) quan
tos forem necessários para o cálculo das constantes. O pro
cedimento, embora não seja de alta exatidão, foi demonstrado
ser, sem dúvida, um recurso importante de cálculo naqueles
casos onde há dificuldades experimentais de coleta de dados.
35.
111.4 - O PROCESSO GERAL DE MfNIMOS QUADRADOS PARA RESOLUÇAO
DE EQUAÇOES SIMUlTANEAS
O principio básico de cálculos por mlnimos
quadrados fundamenta-se no fato de que os melhores valores
dos parâmetros. que aparecem numa equaçao. sao aqueles que minimizam a soma dos quadrados dos desvios entre os valores cal
culados da variável dependente e os correspondentementé me
didos 152 .
Então. supondo-se que se deseje ajustar uma
serie de dados xl' Yl; x2 • Y2i ·····i XN• YN a unia
do tipo
Y = b x
e, supondo-se ainda que os erros· absolutos estejam
equação
(111.8)
normal-
mente distribuidos ao longo de toda a serie de dados. procu
rar-se-a o valor do parâmetro ~ que minimize a soma dos qua
drados dos desvios entre os valores calculados de Y (Yj,calc)
e os correspondentes valores de Y medidos (Yj). Este soma
tario, denominado função residual ~. e dado por
S = (111.9)
onde N ê o numero de dados utilizados para o ajustamento.
A condição de minimo para essa função ser~
alcançada quando aS/ab = o.
36.
Uma vez que os valores de Yj,calc. sao obti-
dos pela equaçao
temos que
b x·J
(III.10)
asab
= o =( 2 2 2)a (bxl - Yl) + (bx 2 - Y2) + ... + .(bx N - YN)
ab=
sendo, portanto, fácil demonstrar que
NL x . Yj
j=l Jb = N
L (x.}2j =1 J
Do mesmo modo, para determinar os
(III.l?)
melhores
valores de a e,b na eq~açao Y = a + bXi basta derivar S em
relação a ! e ~t quando então obtem-se duas equações envolven
do a e ~, de fãcil resolução.
Generalizando-se para um polinômio de ordem
!!., do tipo
y = ao + a'l x + a 2x2 + ...•••. +
a função residual S serã representada por
a xnn (III.13)
+ .•.•. + a xnn
37.
(I11.14)
Para determinar os melhores valores dos pa
râmetros, deve-se encontrar o m;nimo para ~ ou, em outras pa
lavras, derivar S em relação a cada um dos parâmetros:
NO 2r ( . 2 " )= = ao + alx + a2x + •.•...••••• + ahx - y
1
(11I.15.a)
+ + a EX""
(IlI.15.b)
(III.16.a)
Eyx • • • • • • • • • •• •• +- (I1I.16.b)
(I1I.l7.a)
+ a x" - y)x"n(I1I.18.a)
(I1I.18.b)
Fica-se. assim, com um sistema de n
çoes com n incógnitas do tipo
38.
equa-
LY = Nao + alLx + a LX2 + ••••• + ánLXn (11I.15.b)2
LYX =aoLx + a LX2 + a LX3 + ••••• + a Lxn+l (l1I.16.b)1 2 n
'LYX2 = atx2 + a LX3 + a LX4 + •.... + a LXn+2 (III.17.b)o 1 2 n
(l1I.18.b)
Os valores dos parâmetros podem, então, ser
obtidos por resolução desse sistema de equações, atraves de
cãlculo matricial.
Cada uma das equações e obtida derivando-se
a função S em relação a cada um dos parâmetros. Assim se te
mos, por exemplo. um polinômio de grau ~ cujo valor de ao e
seguramente conhecido, pode-se subtrai-lo dos v~lores de Y,
resultando a equação
+ •..•..•. + a xnn (ilI.19)
A função residual correspondente a essa equ~
çao e:
O sistema de equaçoes encontrado, derivando-
39.
se S em relação a a1 ' a2 , ••••• t an , sera então
l:(y - ao)x = a l:x 2 + a l:x 3 + + a l:x n+l (111.2l.a)1 2 ...... n
l:(y a )x 2 a l:x 3 4 a l:X n+2 (11I.2l.b)- = + a2l:x + ...... +o 1 n
+ .••... + (III.2l.c)
Há, pois, uma diminuição do numero de incóg
nitas e, consequentemente, do numero de equações necessárias
para a resolução do sistema. Nesse caso particular - em que
-~o e conhecido - elimina-se a primeira equaçao. Se!l e co-
nhecido, elimina-se a segunda equaçao, apos transposição do
termo correspondente para o primeiro membro da equação, e
assim por diante.
III.S - O METODO DOS MTNIMOS QUADRADOS APllCADO As
DE Fo(X) NIVELADAS
Mencionamos anteriormente (Capitulo141a sistemática de cálculo adotada por MilckrN para
mento das equações de Fo(X) niveladas com b fator
40.
EQUAÇOES
II!.1)
trata-
f· =1
Fo(X)inax
F (X):o 1
Apesar dos bons resultados óbtidoscom este
fator de nivelamento, não ficou bem esclarecido o significa
do matemático ou estatistico do mesmo. A idéia inicial, in
tuitiva, era a de converter os valóres exp~rimentais da fun-
ção Fo(X) a uma mesma grandeza - o valor máximo da
recorrendo-se ao fator pesO. Entretanto, éstudos
150 - 1 - d . 1 dres levaram a cone usao e que nlve ar to'as as
série
posterio
equàções
a um mesmo valor, Fo(X')max' significa nivelar, também a um
mesmo valor, os erros experimentais cometidos em cada valor
Fo(X)i' conforme demonstrado a seguir.
Os valores de Fo(X) são obtidos, potenciome
tricamente por exemplo, através de medidas experimentais de
AE~:s' referentes ao deslocamento do potencial condicional
E~', em meio não complexante, para E:', em meiocomplexante.
Essa variação de potencial é normalmente expressa pela equa-
çao:
o 'AE x , s = ·RT
nF(111.22)
41 .
podendo ser reescrita. para um valor qualquer Fo(X)i e para
o valor particular Fo(X)max' da seguinte maneira:
exp [-nF o'
](~Ex,s)iFo(X)i =
RT
exp r-nF o' .
1(ÓEx,s)max
Fo(X)max=RT
Conside~ando que as medidas
(111.23)
(111.24)
potenciomêtri-
cas estão afetadas de um fator de erro constante, o qual pro
voca um desvio dé + ~E nos valores medidos de ~EO'S' tem-sex,
então valores de Fo(X) afetados desse erro, F~(X}, expressos
pelas equaçoes:
{-( o' + ~E] }F' (X) .
nF (~Ex,s)i= expo 1 RT
exp { -
o'~E] }nF l(~Ex , s )ma x +
F~ (X }max =RT
(111.25)
(111.26)
A maneira como ~E afeta Fo(X}i e Fo(X)max e
vista pelas expressoes:
{nF[(~E~:s)i + ~E] } {. nF(~E~:s)i ]
= exp - - exp - -------.-~
RT RT
(IlI.27.a)
42 .
•. . t.F (X).o 1
00 mesmb modo
(1I1.27.b)
• up [-
~xp {. "F(la~:::~max • aE) }_
I )
~r~~o(~Js)mà~] (11I.2B.à)~T
Oi vi d i ri dô .. sti â eq. (lI í .28 . b) pela (lI I . 27 . b )
obtem-se b fator dé ni~élamanto, ,.. 1
I1F 6E- "_ I.
Ri
... nf, .6E
RT
(III .29.a)
.. . t.Fo P0rhaxf. =. .! o' ! =1 t.F,(X).o 1
Fo( ~)rllâj(
Fo(X)i(11I.29.b)
Isto prova que o fator peso que nivela cada
equaçao a uma mesma magnitude, Fo(X)max' e o mesmo fator que
nivela o erro cometido em Fo(X)i e Fo(X)max' O
to adotado por MILCKEN lida, pois, com equaçoes
43.
procedimen
simultâneas
provenientes de dados ajustados ao mesmo erro experimental.
Entretanto, o metodo de resolução de equa
çoes simultâneas utilizado por MILCKEN apresenta uma certa
arbitrariedade na escolha do número de equaçoes que deve com
por cada grupo. Quando se tem, por exemplo, um numero de
equaçoes de Fo(X) que não é divislve1 pelo número de incógni
tas, algumas devem ser eliminadas - para se evitar atribuição
de pesos diferentes aos grupos (item 111.1.4). A questão es
tã em se saber quais.dessas equações devem ser eliminadas,
uma vez que os resultados podem flutuar em funçio dessa ex
clusão.
Em face desse inconveniente, elaboramos um
programa, utilizando o principio dos minimos quadrados, para
tratamento das equações de Fo(X), ~i~~ladas com o fator
Por e~se metodo, todos os dados disponiveis
de Fo(X) e (X] sio processados de uma única vez não existin
do, portanto, a necessidade de dividirmos as equações em gru
pos; logo, o empecilho apresentado pelo procedimento de MIL
CKEN desaparece. O sistema de equações resulta da derivação
da função residua~ ~ em relação a cada ~arâmetro desconhecido
(como foi discutido no Capitulo 111.4), independentemente do
número de equações de Fo(X}, desde que igualou maior que o
44.
numero de incógnitas (do contrario o sistema ficaria incoeren
te).
Quando
fator de ponderação, fi
da eq. 111 .2.
nivelamos às equa~ões de Fo(X) com oFo(X)max
... .. A , , obtemos equações do tipofo(X)i
(111.2)
Como fi ~ uma variivel t6hhecida, medida ex
perimentalmente, podemos reescrever está equaçãó da seguinte
maneira:
" I I
i I'
A função ~esidual S sera. então, representa-. ,I!,
da por
Assim, derivando ~, em rêlação a cada uma
das constantes, para encOntrar o m{nimo desta função, temos
! .
+ •..•.
(III.32.a)
(I11.32.b)
45.
as N 2 2-= o = 2 l:((Bl[X]f. + B2[X] f· + + 13 [x]nf )-(F (X) -f ))[X] fa13 1 1 l' • • n i o max i i
2(III.33.a)
+ B l: [X] n+2f .2n 1
(III.33.b)
Bn[X] nf i )- (Fo(X)max-fi )) [x] nf i
(III.34.a)
. ( ) [ 1n [ -] n+1 2 [ Jn+2 2• . l: (Fo Xmax-fi) X f i = 131 X f i + 132 X f i +
(III.34.b)
A resolução da matriz resultante fornece, en
tão, os valores das constantes.
o procedimento adotado para obtenção dos va
lores das constantes por es~e método e - na sua fase ini
cial - exatamente o mesmo utilizado por MIlCKEN; ou seja~ de-
vemos em primeiro lugar obter, experimentalmente, valores de
FO(X) bem distribuldos, em uma ampla faixa de concentração
de ligante. Na impossibilidade de se obté-lo~ com essas ca
racterlsticas (uniformidade de distribuição experimental), e
conveniente recorrermos a algum processo de interpolação dos
mesmos.
Em seguida, convem efetuar com estes valores
a análise gráfica do si s tema, para se saber o numero de es=
pêciesque compoem o sistema, bem como para se excluir pon-
tos que se encontrem muito fora das curvas.
46.
Posteriormente, os dados de Fo(X) e [X] sao
introduzidos na calêuladora (HP-97), alimentada com o pro-
grama adequado (item 111.6.1), a qual efetua o nivelamento
dáS equações é forneta os coeficientes do sistema de equações
cóMo d á~tesent~do ná folhá 47.
Pode~os obser~a~, neste sistema de equaçoes,
que os coefiqientes em diagonal (assinaladOs com linha trace
jada) slo igu~i~~ E~ta caracterfitica per~ite significativa
econOmia de meM5riãs i na elaboração do programa, a ponto de. I .
tornar posslval ó tràtamanto de sistemas dê ate seis espe-
cies com a calculàdora HP-97.
A~~s a obtençio dos coefitientes, os valo-
reS das constantes são calcul~dos ~or resolu~io da matriz na
prõpria calculadora HP-97. at~ matriz 4 x 4, ou em outra cal-
culadora que possua mais recursos dememõria para
até 6 x 6.
matrizes
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:+6 6
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f/
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L-~
VIIII
II vI IV
48.
111.6 - PROGRAMAS UTILIZADOS PARA OBTENÇAO DAS CONSTANTES DE
EQUILIBRIO PELO METObo DOS MINIMOS QUADRADOS
Para obtenção dos valores das constantes de
equillbrio necessitamos, basicamente, da utilização de dois
prOgramas, tendo em vista que a calculadora HP-97 não possui
récUrsos suficientês para resolução em uma unica etapa.
o primeiro progràma permite a obtenção do
sistema de equaçõeS, como O âpresentado na folha 47, e o se
gUndo a resolução desse sistema de equações por cálculo ma
tricial.
Á HEWLETT-PAtKARD já fornece, para a calcu
ladora HP-97, programas para resOlução de matriz 3 x 3 (car
tâo SD-10A) e 4 x 4 (cartões MA1-07Al e MA1-07A2), cujas lis-
tagens e instruçõe~ para uso encontram-se descritos nos ma-
nuaiS de instrução da própria calculàdora 1S3,154.
A resolução de matrii 4 x 4, no entanto, per
tence a um conjunto de programas matemáticos que devem ser
adquiridos separadamênte. Em vista disso, achamos oportuno
apresentar a listagem desse programa, bem como as instruções
para sua utilização (item 111.6.2).
49.
1. Programa para Obtençio ,do Sistema de Equações (Programa 1)
Este programa permite calcular os coeficien
tes das equaçoes apresentadas na folha 47, "6 qu~l" foi escri
to para siste~as" constituldoS"de ati seis espicies.
Como seraobserv~do no ltem (B) (instruções
para uso do programa 1), dependendo do comando pressionado
para salda dos dados (s~ B ou f), a calculadora fornecerã re
sultados correspondentes a sistemas constituldos de quatro
espicies (adapta~do-se tambim atris espicies) ou de seis es
picies (adaptando-se tambim a cinco espécies).
A razao para esses dois tipos de comando e
que a ~alculadora HP-97 pode resolver matrizes 3 x 3 e 4 x 4,
e a ordem de introdu~io dos dados (por coluna) e diferente
daq4e1a normalmente usada (por 1inhal em outras calculado-
ras de maior porte (como a HP-9Sl0). Nio fosse este fato, po
derlamo~ ter escrito o programa 1 apenas com um comando de
salda de dados e, dependend6 do sistema,e1iminarlamos aque
les grupos de resultados quenao nos interessassem.
A) Listagem do Programa 1.
50.
otn *LBLA 045 X 089 PRTX 133 P"t:-S 177 PRTX002 STOB 046 ST+O 090 RCL9 134 RCLO 178 RCL2(J03 k:t.y 047 RCLC 091 PRTX 135 PRTX 179 PRTXOÓ4 STOC 048 x 092 P"t:-S 136 SPC 180 RCL3005 RCLA 049 ST+l 093 RCLO 137 RCL7 181 PRTX006 RCLB 050 RCLC 094 PRTX 138 PRTX 182 RCL40'07 . 051 X 095 RCLl 139 RCL8 183 PRTX·.008 STOD 052 ST+2 096 PRTX 140 PRTX 184' P"t:-S009 X 053 RCLC 097 P-;tS 141 RCL9 185 RCL3010 STOE 054 X 098 SPC 142 PRTX 186 PRTX011 RCLA 055 ST+3 099 RCL9 143 p~s 187 SPC012 RCLD 056 RCLC 100 PRTX 144 RCLO 188 p~s
013 057 X 101 p~s 145 PRTX 189 RCLO014'" :.- X 058 ST+4, -,_. 102 RCLO 146 RCL1 190 PRTX015 ST+O 059 RCLC 103 PRTX 147 PRTX 191 RCLlQ16 RCLC 060 X 104 RCL1 148 RCL2 192 PRTX
°l P X 061 ST+5 105 PRTX 149 PRTX 193 RCL2IJ lJ ST+l 062 RCLC 106 RCL2 150 P"t:-S 194 PRTX(J19 RCLC 063 X 107 PRTX 151 RCLl 195 RCL3Ó2'O X 064 ST+6 108 p"t:-s 152 PRTX 196 PRTX021 ST+2 065 P~S 109 BPC 153 SPC 197 RCL4022 RCLC 066 RTN 110 RCLO 154 RCL8 198 PRTX()23 X 067 *LBLB 111 PRTX 155 PRTX 199 RCL5()24 ST+3 068 RCL6 112 RCLl 156 RCL9 200 PRTX025 RCLC 069 PRTX 113 PRTX 157 PRTX 201 p"t:-s026 X 070 RCL7 114 RCL2 158 P"ts 202 RCL4027 ST+4 071 PRTX 115 PRTX 159 RCLO 203 PRTX028 RCLC 072 RCL8 116 RCL3 160 PRTX 204 SPC029 X 073 PRTX 117 PRTX 161 RCLl 205 p-;t.S030 ST+5 074 RCL9 118 RTN 162 PRTX 206 RCLl031 RCLE 075 PRTX 119 *LBLC 163 RCL2 207 PRTX0~2 x2 076 SPC 120 RCL6 164 PR'1'X 208 RCL20[$3 S'1'+6 077 RCL7 121 PRTX 165 RCL3 209 PRTX034 RCLC 078 PRTX 122 RCL7 166 PRTX 210 RCL3035 X 079 RCL8 123 PRTX 167 P"tS 211 PRTX036 ST+7 080 PRTX 124 RCL8 168 RCL2 212 RCL4037 RCLC 081 RCL9 125 PRTX 169 PRTX 213 PRTX038 X 082 PRTX 126 RCL9 170 SPC 214 RCLE;039 ST+8 083 p~s 127 PRTX 171 RCL9 215 PRTX040 RCLC 084 RCLO 128 P~S 172 PRTX 216 RCL6041 X 085 PRTX 129 RCLO 173 p~s 217 PRTX042 ST+9 086 P"t:-S 130 PRTX 174 RCLO 218 P~S
043 P"ts 087 SPC 131 RCLl 175 PRTX 219 RCL5044 ReLe 088 RCL8 132 PRTX 176 RCL1 220 PRTX
221 R'l'N
51.
B) Instruções Para Uso do Programa 1
(1) Introduzir õ pr.ograma na calculadora
(2) Dado de Armazenamento': Fo(X rmax STO A
-(3 ) Dados de Entrada e Comando:
(X] 1 . pressionar tecla ENTER
Fo(X') 1 pressionar comando A
[X] pressionar tecla. max
Fo(X)max pressionar comando
ENTER
A
(4) Dados de Salda:
(i) Para sistemas constituldos de tris ou quatro espe~
cies, pressionar comando B. A calculadora imprime
cinco grupos de resultados, com quatro dados cada,
os quais correspoodem. aos seguintes termos do sis-
tema de equações ~a folha 47, todos at~ a
IV:
linha
lQ grupo ;ir- .. ~ coeficien.tes da coluna I
2Q grupo" " coeficientes da coluna 11
3Q grupo r; ) -coeficientes da coluna 111
49 grupo -=+ coeficientes da coluna IV
5Q grupo ;-;; ==-> coeficientes da coluna VII
OBSERVAÇAO: Para os sistemas constitutdos de três es ~
pecies; deve-se desprezar o quarto grupo
de resultados e o ültimo dado de cada um-
SQ)dos quatro gru po-s restantes (lQ, 29, 3Q e
52.
(ii) Para sistemas constituldos de cinco ou seis espe
cies. pressionar o comando C. A calculadora for
nece seis grupos de resultados~ com sete dados
cada. os quais corre~pondem. respectivamente, aos
valores dos cOeficientes das linhas I a VI, do
sistema de equações da folha 47.
2. Programa Para Resolução do Sistema de Equações Para Quatro
Espécies. Por cálculo Matricial
Este programa. dividido em duas partes. cal
cula os valores dos parimetros (constantes 8i) das equaçoes
apresentadas na folha 47. para sistemas constituldos de qua
tro espécies.
A) Listagem do Programa ~154
l~ PARTE: Montagem da Matriz 4 x 4 (cartio MA1-a7Al).
53.
001 *'tBLA 0'46 2 oiJi ~~t3(;t 136 GTOO 181 STOC(j02 5 O?17 RCh6 Oi)2 p~s 13'1 RCL5 182 RCLD00 B STOI 0~8 GSBa ()~ 6 2 138 RCL6 183 RCLC004 1 04~ 3 O~4 R~iÉ 139 ST05 184 GSBEd05 STOB 050 Rct'1 Ó95 xa=y? 140 x*"y 185 RCLB006 STOC 051 GS'Ba 096 GiJ'oo 141 ST06 186 RCLC/)07 *LBL9 052 4 09~ 1 142 RCL9 18'/ GSBEi008 RCLB 053 RC!J8 Ó9~ o 143 RCLA 188 x-t:.y
lO9 RCLC 054 GSBa Ô99 K 14*1 STI)9 189 SToi10 í 055 :1 i~l!) ÔS13b 145 X~y 190 xti'
! 11 o 056 RciY/J j~i :1 14~ STOA 191 RCLD~12 . 057 x=Y? 1@2 a~iJ(J i 4 '? 192 RCLC..iH' 058 GT()O loá 5. '·3 + 148 4 193 4&14 Ris 059 GSÉb 1/)4 GSB'ê 149 p~s 194 X015 FO? 060 1 105 . 4 150 GSBb 195 +(),16 PRTX 061 GSBa 106 G$8d 151 ptS 196 STOI(J~7 SToi 062 2 *t8LO
' ,*LBLO 197 IH107 152
0~8 tSZI 063 GSBà 108 p+ 155 RCL5 198 SToi+8019 4 064 3 109 RCLD 154 CHS 199 RTN. l'
nCLB 06$ 110 Sp·HJ *LBLEo,fO GSSa cns 155 200021 XiY? 066 4 111 STi-1 156 RCt9 201 4022 aTOO 06'1 GSBa 112 STf2 157 RCL6 202 X023 RCLC 068 *iBtO 113 ReLl 158 x 203 +O~4 x=Y? 069 RtJL5 114 RCL4 159 RCLA' 204 STOI025 GTOB 0'10 êHS 115 X 160 + 205 CLX086 1 0'11 S1+6 116 ST+5 161 STOA 206 RCLiotn STOB 072 STf'l 117 RCL2 162 p-ts 207 RTN() 2'8 + 073 S(JIi-8 118 RCL4 163 RTN 208 *L13L4029 STOC 074 9 119 x 16-4 *LBEa 209 HCL-i030 GT09 075 S'1'OI 120 ST+6 165 AlBS 210 8'1'013ô3í *LELO 076 GSBd 121 Rcil 166 Rátc 211 ISZI032 1 077 GSBd 122 RCL8 167 X>Y? 212 RCL6033 + 078 GSBd 123 x 168 RTN 213 aSBe034 STOB 0'19 2 124 ST+9 119 R-} 214 RCL7035 GT09 080 STOB 125 RCL2 rio STOC 215 aSBe036 *LBLB 081 STOD 126 RCL8 1? 1 R~ 216 ReLa037 o 082 p~s 127 X 172 STOB 217 GSBe038 STOO 083 RCLO 128 ROLÁ 173 RTN 218 RTN039 1 084 ABS 129 + 174 *LI3Lb 219 *LBLe040 STOB 085 STOC 130 STOA 175 ST+O 220 RCLB041 STOD 086 3 131 RCL5 176 Rt:LE 221 X042 STOE 087 RCLl 132 AÉS 177 CHS 222 S'l'+i043 RCL5 088 GSBa 133 ROL6 178 STOE 223 1SZ!044 ABS 089 4 134 ABS 1 '19 BTN 224 RTN045 STOC 090 RCL2 135 X~Y? 180 *LBLa
2~ PARTE: Solução da Matriz 4 x 4 (cartão MA1-07A2).
54.
001 *LBLA 040 *LBLO 079 RCLD 118 ST+3 157 PRTX002 RCLE 041 RCL1 080 X 119 RCLC 158 FO?003 RCL5 042 RCL6 081 X=O? 120 ST';'3 159 RTN004 X 043 X 082 GTOO 121 RCL3 160 Ris005 p~s 044 ST+2 083 STOI 122 CHS 161 RTN006 RCLO 045 RCL1 084 RCLi 123 . STOB 162 *LBLC007 X 046 RCL7 085 RCL3 124 P-;t.S 163 GSBc008 RCL5 047 X 086 STOi 125 RCLO 164 1009 X 048 ST+3 087 X+.Y 126 STOC 165 STOl010 P~S 049 RCL1 088 ST03 127 RCL4 166 GSBa011 RCLA 050 RCL8 089 *LBLO 128 RCL3 167 GSBc012 X 051 X 090 P-;t.S 129 P"tS 168 1013 RTN 052 ST+4 091 RCJ-6 - 130 ROLB· 169 ST02·014 *LBLB ··053 RCLO 092 P1:S 131 X 170 GSBa015 ST04 054 RCLD 093 RCL3 132 ST+1 171 GSBc016 R~ 055 f 094 X 133 CLX 172 1017 ST03 056 INT 095 ST+4 134 RCLB 173 ST03018 R~ 057 X=O? 096 RCLA 135 X 174 GSBa019 ST02 058 GTOO 097 ST~4 136 ST+2 175 GSBc020 R~ 059 STOI 098 RCL4 137 RCLC 176 1021 ST01 060 RCLi 099 CHS 138 STf2 177- ST04022 *LBLa 061 RCL2 100 STOB 139 RCL9 178 GSBa023 RCLO 062 STOi 101 P~S 140 RCL2 179 CLX024 1 063 X1:Y 102 RCL5 141 CHS. 180 RTN025 O 064 ST02 103 STOC 142 X 181 *LBLc026 STOD 065 *LBLO ~04 RCL9 143 ST+l 182 CLX027 . 066 P~S 105 RCL8 144 RCL5 183 ST01..028 FRC 067 RCL2 106 RCL7 145 STfl 184 ST02029 RCLD 068 RCL1 107 P1:S 146 FO? 185 ST03030 X 069 P-;t.S 108 RCLB 147 SPC 186 ST04031 INT 070 RCL2 109 X 148 ReL1 187 RTN032 X=O? 071 X 110 ST+1 149 GSB5 188 *LBLE033 GTOO 072 ST+3 111 CLX· 150 RCL2 189 PO?034 STOI 073 CLX 112 RCLB 151 GSB5 190 GTOO035 RCLi 074 RCL2 113 X 152 RCL3 191 SFO036 ROLI 075 X 114 ST+2 153 GSB5 192 1037 SToi 076 ST+4 115 CLX 154- RCL4 193 RTN038 X~Y 077 RCLO 116 RCLB 155 *LBL5 194 *LBLO039 ST01 078 FRC 117 X 156 FO? 195 CFO
196 o197 RTN
55.
B) Instruções Para USd do Programa 2
Para facilitar o entendimento deSsas instru-
ções, utilizaremos corno referência o sistema de equações abai
xo, mais simplificado, o qual corresponde àquele apresentado
na folha 47 (linhas de I a IV e colunas de I a IV e VII).
k1 xl + k2 x5 + k3 xg + k4 xi3 = Yl
kl x2 + k x6 + k3 xld + k4 x14 = Yi2
k1 X· + k2 xl + k3 xll + k4 x15 = Y33
kl x4 + k2 xã + k3 x12 + k4 x16 ~ Y4
9BS~RVAÇ~Q: O primeiro grupd de resultadós do programa 1
corresponde â sequéncia xi a x4' o segundo gr~
po x5 a xB~ o terceiro Xg a x12' o quarto Xlj
a x16 e o último ~rupo dê rêsultado$ ã sequerr
cia Yl a Y4'
(1) Ihtroduzir na calcUladora o programa "montagem da ma
triz 4 x 4" (l! pârtê do p~ograma a. Gârtio MA1-01Al)
(2) Pressionar comando A
(3) Dados de Entrada e Comando:
Xl pressionar tecla RIS
X2 ' pressionar tecla RIS
x16 pressionar tecla RIS
56.
OBSERVAÇAO: NAo DESLIGAR A CALCULADORA
(4) Introduzir o programa "soluçio da matriz 4 x 4 (2~ par
te do programa 2, cartio MA1-07A2)
(5) Pressionar Comando E
(6) Informar i calculadora o numero de algarismos signifi
cativos desejado para os valores das constantes (por
exemplo, para três algarismos significativos: DSP 2
SC I)
(7) Dados de Entrada e Comando:
Yl pressionar tecla ENTER
Y2 pressionar tecla ENTER
Y3 pressionar tecla ENTER
Y4 pressionar comando A
(8 ) Dados dé Salda: klk2k3k4
57.
111.7 - APLICAÇAO DA SISTEM~TICA DE C~LCULO ENVOLVENDO O PRIN
cf PIO DOS MfNIMOS QUADRADOS A UM SISTEMA MODELO HIPO
TETICO
Com o objetivo de testar seu procedimento de
cálculo, MILCKEN efetuou uma série de testes em sistemas exp~
rimentais (reais) e em um sistema modelo hipotético155 , ao
qual também aplicamos a sistemática de cálculo proposta no
presente trabalho.
o sistema modelo adotado possui quatro espe
cies complexas, com as seguintes constantes globais de forma-
çao:
61 = 35,00 M- l
62 = 350,0 M- 2 64 = 2000
A partir desJas constantes, foram calculadoso' o'
valores de Fo(X), Fo(X)calc.' e os de 6E x ,s' 6E ca1c .' para diversas concentrações do complexante imaginário, supondo-se
que foram efetuadas medidas potenciométricas com sensibilida
de até décimos de mi1ivGlts, utilizando-se um eletrodo do ti
po M2+/M (Tabela 111.1).
Para que este sistema se aproximasse de um
sistema real e considerando-se que medidas cuidadosas de po
tencial tenham sido efetuadas, afetaram-se os . valores dei
8E~alc. de e~ros que va~iaram de -0,2 mV a 0,2 mV; e~ros e~~
ses distribuldos aleatoriamente em toda a série de poten~
ciais.
58.
TABELA 111.1 - Dados Calculados para o siste~a Modelo Hipotético e Si.ulados por
Atribuição de Erro de -0,2 ~v a 0,2 .V, sobre as Medidas Potenciomé
triCIS 1'u •
[ll)(M) Fo(ll)calc.o' -" hEo ' "( V) "Fo(ll)up. • F1(1l)*nel lc. -AEc11c .(V) up.
2,000 37071 3,8216 0,1352 0,1351 3.68xl04 18400
1,750 22303 3,7873 0,1286 0,1288 2,26xl0 4 12914
1.500 12485 3,7393 0,1212 0,1212 l,25xl04 8J33
1,250 6353,0 3,6682 0,1125 0.1123 6,25xl03 4999
1.000 2836,0 3,5561 0,1021 0,1022 2,86xl03 2859
0,8500 1604,0 :3,4543 0.0948 0,0947 l,59xl03 1869
0,7500 1046,8 3,3634 0,0893 0,0895 I,06xl0 3 1412
0,6500 652,22 3,2463 0,0832 0,0832 652 1002
0,5000 287,25 2,9983 0.0727 0,0725 283 564.0
0,4100 161;71 2.7896 0,0651 0.0654 163 359,1
0,3750 126.62 2.6927 0,0622 0,0621 126 333,3
0,3100 77,361 2,4847 0,0559 0,0561 78,S 250,0
0,2500 46,469 2.2562 0.0491 0,0493 46,5 182,0
0,2000 28,800 2.0347 0,0432 0.0430 28,4 137,0
0.1700 20,946 1,8855 0,0391 0,0391 21,0 117,7
0,1500 16 ,656 1.7775 0.Ol61 0,0361 16,6 104.0
0,1300 13,025 1,6607 o,ono 0.0332 13,3 109,2
0,1200 11,432 1.5982 0.0313 0,0313 11 ,4 86;67
0,09370 7,8768 1 .4159 0,0265 0.0264 7,82 72,79
0,07500 5.8469 1,2631 0,0227 0.0228 5,89 65.20
0,06560 4,9662 1,1755 0,0206 0,0205 4,95 60,21
0,05620 4.1723 1 ,0779 0,0184 0,0185 4,23 57,47
0,04695 .3.4710 0,9694 0,0160 0,0160 3,47 52,61
0,03750 2,8324 0,8417 0,0134 0,0132 2,79 47,73
0,03280 2,5427 O,7"OU 0.0120 0,0120 2,55 47,26
0.02810 2.2728 0,6923 0,0105 0,0105 2,26 44,84
0.02500 2 ,1016 0,6361 0,0095 0,0097 2 ,13 45,20
0,02000 1 ,8439 0,5380 0,0079 0,0018 1,84 42,00
(*) calculado co. Fo(ll)exp. (valor si.ulado) e entregue a quatro colaboradores para
análise 9ráfica do sistema.
59.
afetados de erros,
utilizados tan
simulariam aque-
equaçoesdas
Com os valores de àE~~lc.
calculados os de Fo(X) que,
"àE o ", foramexp.
1es experimentais, "Fo(X)exp."' os quais foram
to no cálculo das constantes pelo procedimento
simultâneas niveladas, como no cã1cu10 de Fl(X), para que se
efetuasse o tratamento gráfico pelo metodo de lEDEN 103 .
Como a análise gráfica do sistema seria efe
tuada para efeito de comparação de resultados, MIlCKEN soli-
citou a quatro pessoas, com experiência no campo, para que,
isoladamente, efetuassem tal análise, para evitar o fator pe~
soal durante as extrapolações gráficas, já que os valores reais
das constantes eram por ele conhecidos.
Os valores dessas constantes foram tambem
por nos calculados, por minimos quadrados, conforme o proce-
dimento descrito nas Partes 111.5 e 111.6.
Com o conjunto de constantes obtido em cada
tratamento, calculamos os valores de àE~:s e os desvios entre
estes e os de "6E~;p.", contidos na tabela 111.1.
A tabela 111.2 apresenta uma comparaçao en
t~e oS resultados obtidos com os diversos tratamentos de da~
dos. Como parâmetro de comparação utilizamos o desvio padrão
da media dos desvios mencionados no parágrafo anterior.
Cabe então justificar a escolha desse parâm~
tro e, para isso, titi1izaremos o mesmo modelo adotado em tex-
tos de estatistica,quando do estudo de análise por regres-
são.
60.
TABELA 111.2 - Comparação Entre os Valores das Constantes de
Formação do Sistema Modelo Hipotetico, Obti-
dos Por Diversos Tratamentos dos Dados Experi-
mentais da Tabela 111.1.
-: f ~
61 62 6) 64 s(mV) OBSERVAÇOES
35,00 350,0 450,0 2000 0,13 Sistema original hipo-tetico
37,0 280,0 1050 11 00 1 ,29 Tratamento Gráfico efe-tuado por diferentes
35,0 360,0 405,0 2038 0,13 pessoas, sem çonheci-menta do verdadeiro r~
34,Q 394,0 320,0 2079 0,18 sultado, ou dos resul-tados obtidos pelos
36,5 315,0 600,0 1860 0,27 outros 155
Tratamento Ma tr i c i a1 ~
34.94 354,9 425,4 2018 0,13 pelo Metodo de MIL-CKEN 155
Tra tamento Ma tr i c i a1 ,34,98 352,0 444,3 2002 O, 13 por Minimos Quadrados
(presente trabalho)
'"--"-- -
61.
Consideremos o ajustamento de uma reta ao s~
guinte conjunto de pontos experimentais de Xi-Vi ao qual de
sejamos ajustar uma reta: 2,00-3,0; 4,50-8,0; 7,00-7,0.
Com esses dados várias retas podem ser ajus
tadas (Figura 111.2). O problema se resume, então, na esco
lha do critério que será adotado para se optar por um dos
ajustamentos, como sendo o melhor.
O desvio é definido como a distância verti
cal dos valores observados de V, Vi,exp., a uma linha ajus
tada, ou seja, (Vi,exp. - Vi ,ca1c.), onde Vi,calc. é o valor
ajustado de V, ou a ordenada da linha (Figura 111.1).
Consideremos que o desvio seja positivo qua~
do Vi,exp. está acima da linha ajustada (Figura 111.2).
Como tentativa de encontrar um critério de
escolha de uma das retas da Figura 111.2, imaginemos que a
melhor reta seja a que minimize a média dos desvios (m),
E(Vi,exp. - Vi ,ca1c.)m =
N
onde N e o numero de pontos experimentais.
(111.35)
Observamos que as retas (a) e (b), na Figu
ra 111.2, ajustam-se igualmente bem aos valores de Viexp. Em
ambos os casos, os desvios positivos compensam perfeitamen
te os negativos (m = O), embora, mesmo intuitivamente, possa
mos dizer que - entre as duas - a "melhor" reta seria a (a).
Conc1uimos, assim, que este não e um bom critério de opção.
y
.,
reta
aju
stad
a
KyV
.'-y
."'1
./x
,,e
xp,,
·CeI
C.
y. 8 6 4 2
m=O bn
l:1
;3s2
=2,
0
(a)
,
.'1
',
2L-5
0m=
OIm
l=3,
3
I$.
2=12
,6I
(b)
y~
m.O
8Im
l::l.0
2,-
I6~
s=3
,0"
FIG
URA
11
1.2
.-Possibili~
.- .- "dade~
,de
ajustame~
4~1
/ ",
.-,y
...-
.to
depo
ntos
aum~
2
reta
.II
,(c)I
0'1
I.
I1
N
n?
4~
A
\._
_X
FIG
URA
111.
1-'
Rep
rese
nta
çao
gra
fica
dod
esv
ioen
tre
Yi~e~p
eV
i,c
a1
c.'
Vimos que neste caso o principal
63.
problema
foi a consideração dos sinais (houve compensação dos desvios).
Então, como posslvel soluçio para esse problema, consideremos
o criterio de que a melhor reta será ~ que minimiza a
dos valores absolutos dos desvios,
media
E((vi,exp. - Vi ,ca1c.)Im I =
N(111.36)
Neste caso, nao haverá compensaçao dos des-
vios. Este seria um bom criterio para escolhermos a reta
111.2.a (Imla = 1,3), pois o valor da media para o ajustamen
to 111.2.b e superior (Imlb = 3,3).
No entanto, tambem este criterio
uma desvantagem. Atraves dele conc1uimos que o
apresenta
ajustamento
III.2.c (Imlc = 1,0) seria melhor que o 11I.2.a (Imla = 1,3).
Contudo, este ajustamento 111.2.c talvez não fosse realmente
o melhor, já que não representa todos os pontos experimentai~
obtidos. O ajustamento 111.2.a pode ser preferive1
considera todos esses pontos.
porql!e
Finalmente, vejamos o que ocorrera se ado
tarmos o criterio de que a melhor reta ajustada deverá mini
mizar a media do somatório dos quadrados dos desvios,
22 E(Vl· ,exp. - V
1" ,ca1c.)
s =N
(IIí.37)
Este criterio tambem resolve o problema dos
sinais dos desvios (pois estes são elevados ao quadrado), e
64.
por ele concluimos que o melhor ajustamento seria o da reta2 2 2III.2.a (Sa = 2,0, sb = 12,6, Sc = 3,0).
A magnitude do parâmetro de avaliação do er-
ro fica, no entanto, exacerbada, por se elevar os desvios ao
quadrado.
Corrige-se esta distorção extraindo a raiz
quadrada, ou seja, calcula-se o desvio padrão:
s =2E{Vi,exp. - Vi,calc.)
N -1( I I I .38 )
Este e, portanto, o melhor parâmetro a ser
utilizado para efeito de comparação entre os valores obtidos
para as constantes através dos vários tratamentos dos dados
"experimentais" do sistema modelo hipotitico.
Voltando ã análise dos resultados apresen-
tados na Tabela 111.2, verificamos que apenas um dos colabo
radores que analisaram o sistema pelo mitodo gráfico obteve
bons resultados. Em um dos casos o valor do desvio padrão
foi de 1,29 mV, evidenciando, assim, a grande influência do
fator pessoal neste tipo de tratamento.
Os resultados obtidos tanto pelo procedimen
to de MIlCKEN quanto por mínimos quadrados são satisfatórios.
Ambos j bem como um dos resultados obtidos pelo método gráfi
co, forneceram o mesmo valor para o desvio padrão, que aque-
1e o.btido com as constantes verdadeiras. A diferença
entre esses resultados - em favor do procedimento por
maior
mini-
65.
mos quadrados - é no erro sobre o valor de a3 .
A terceira espécie complexa (MX 3) possui uma
baixa estabilidade em re1qção ãs demais, principalmente em r~
1ação ã quarta espécie (K1 '= 35, K2 = 10, K3 ;;; 1,3 e K4 = 4,4).
Não exi~te, em toda a faixa de concentração de 1igante, nenh~
ma região de predo~inância ~aquela especie (Figura 111.3). De!
se modo, ê de se esperar que - por qualquer metodo de trata
mento de dados - se obtenha um erro maior em B3 que nas ou
tras constant~$.
Com efeito. o -valor de a3 obtido por mlnimos
quadrados apresentou um erro de 1% em relação ao valor real,
superior aos das demais constantes mas, no entanto, bastante
inferior aos obtidos pelos dois outros métodos, que foram de
5% e 10%, respectivamente, para os procedimentos de MIlCKEN e
gráfico.
~ - ~ I~~
-----
do
-u~
-1,2
-o.e
"-0
,40,
010
9[X
)
FIG
URA
IIY
.3-
Dia
gram
ade
dis
trib
uiç
ão
das
esp
ecie
sex
iste
nte
sno
sist
ema
mod
elo
hip
ote
tico
."4
-1-2
-3-4
8 1=3,9
8M
,8 2=
352,
0M
,83=
444,
3M
e8 4
=200
2M
.
C"
C"
67.
111.8 - APLICAÇAO DA SISTEMATICA DE CALCULO ENVOLVENDO O PRIN
clplO DOS MINIMOS QUADRADOS AO SISTEMA Sn(II)/F
Este sistema foi estudadQ por HALL e SLA
TER 156 , por medidas potenciométricas. em força i~nic~ 0,85 M,
usando eletrodo de estanho (amálgama) e eletrodo sel~tivo ao
fluoreto. Estes autores encontraram três complexos, SriF~ SnF2~ SnFj, cujas const~ntes globais de formação (Tabel~ 111.3)
foram oalculadas - utilizando um computador IBM 1620 - ~tra
vés de análise de regressão, por ajustamento dos pontos expe
rimentais (não ponderados) a uma curva cubica, ~sando o prin
clpio dos m;niMos quadrados.
BOND e TAYLOR15 ? ao estudarem este, , mesmo
~istema, polarograficamente, encontraram valores bastante dilferentes, daqueles obtidos por HALL e SLATER, para as cons-,
tantes de formação destas mesmas espécies. Em vista disso
BOND15B reanalisou os dados obtidos por HALL e SLATE~,peloI
metodo clássico de LEDEN 103 , e pelo procedimento cQmputacio-! '
nal de MARQUARDT 159 , sem atribuição de pesos aos da~os (en-
contrando um valor negativo para al ) e ponderando os' dados
experimentais. No ultimo caso os resultados mostrar~m uma
boa concordância com aqueles obtidos gráficamente (Tabela
111.3), mas bastante diferentes dos obtidos por HALL e SLA
TER~ ,
MILCKEN 160 aplicou aos dados experiment~is
de HALl e SlATER o processo de cálculo por agrupamento de equ~
ções simultâneas niveladas, obtendo valores (Tabela III.~) tam
&8,.
TABELA 111.3 - Valores das Constante~ de Formaçio do Sistema
Sn(II)/F~, a Partir dos Dados Experimentais O~
tidos por HALL e STALER 156 , cujo Tratamento
foi efetuado por diversos processos.
OBSERVAÇOES
1 ,80xl 06
3,0 xl04
5,79xl08
1,5 xl08
l,77xl08
2,0 xl0 10
Obtidos por HALL e SLATER156 ,
por ajustamento dos pontosexperimentais (sem pondera~
çio) a uma curva cúbica, usa~
do o principio dos mTnimos·quadrados
Obtidos ~or BOND 158 , pelo m!todo gráfico deLEDEN 103
3,96xl04Obtidos pOTB'OND158 , pelo me
1 51 1D8 ,lO· t.odo de MA-RQ-UARDT 159 , com po;, x l,a9~]O'
deraçio de dados experimen-tais
4,62xl04
3,76xl04
8,90xl08
9,84xl08
Obtidos por MILCKEN 160 , pêlo2,64xl010 metodo de Agrupamento das
Equações Simultâneas Niveladas
2,40xl010 Obtidos por MTnimos Quadra~
dos, presente trabalho
69.
bem comparáveis aos obtidos por BOND com o processo gráfico.
Ao ~istema Sn(II)/F e medidas de HAll e
SlATER tambem aplicamos a sistemática de cálculo por minimos
quadrados desenvolvida no presente trabalho (Partes 111.Se
.11.6). para efeito de comparaçao. tendo em vista est~s dados
já t~rem sido analisados por quatro tratamentos diferentes.
Devemos consider~r. no entanto, que este não e um sistema mui
to favorável i aplicaçio de tal procedimento* .pois, como as
cQncentrações de fluoreto de equilibrio foram obtidas expe-
rimentalment~(eletrodos~letivo), existem erros éxperimen-
tais nos valores das concentrações de ligante livre, aparen-
. o •temente superlores aos de ~Eexp.'
Uma alternativa para minimizar esses erros
nas concentrações de fluoreto de equilfbrio. seria a norma
lizaçio da curva CF- vs. [F-] , ou log CF- \ls. [F-I, t="igura
111.4, onde podemos observar que. realmente, alguns pontos n~
çessitariam de tal ajustamento. Em todo caso, como em nenhum
dos quatro tratamentos anteriores esta normalizaçio foi con
siderada, tambem nós nio a consideramos.
A Tabela 111.4 apresenta, alem dos dados ex
perimentais obtidos por HAll e SlATER, os desvios sobre os vá
(~) A~ equações utilizadas para elaboração do programa queutiliza o principio dos mTnimos quadrados (Capitulo 111.5),levam em conta apenas os erros experimentais sobre os valores da variável dependente. no caso Fo(X) ou fiEo', con~siderando inexisterites ou insignificantes os da variávelindependente
CF-X'02~
(M)
~
4 3 2 1
10
8irr-
"iP
J~r
J-4
,0-3
,5-3
.0-2
,5-2
,0-1
,5
109
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72.
lores de ôEo ', encontrados em cada tratamento, bem como os
desvios padrão, podendo-se observar que os resultados obti
dos com o metodo proposto no presente trabalho são. compara
veis aos obtidos com os três tratamentos anteriores.
P1 RTE IV
Estudo PotenctOlÍtrtco do Stat_ IodaIl odeto, .. Meio HOIO-A
geneo.
74.
IV.l - GENERALIDADES
A id~ia inicial paraexecuçao dest~ traba
lho adveio do fato de o sistema tiocianato/tiocianogênio apr~
sentar mais de uma esp~cie complexa, com coordenação de pelo
menos dois lons tiQcianato para uma molécula de tiocianogê
nio? Para o sistema iodo/iodeto, apenas a formação do lon
13 e normalmente considerada nos textos de QUlmica Inorgâni
ca e QUlmica Analltica.
o exame da literatura, no entanto, demons-
trou que a formação apenas do lon triiodeto não está assim
tão bem estabelecida. Existem algumas duvidas em relação a
formação de ~ma outra es~écie mononuclear, provavelmente 1:
(PARTE 11.2)11.
o trabalho acima mencionado se refere aos
experimentos de RAMETTE e SANDFORD,Jr. 11 , nos quais os auto
res, objetivando estudar a termodinâmica de formação do tri
iodeto, efetuaram um estudo acurado de solubilidade, em va
rias temperaturas e em força i5nica muito baixa, tanto para
75.
evitar desvios causados pela posslve1 formação de outras es
pécies com maior conteudo de iodo, como também para que pu
dessem considerar iguais os coeficientes de atividade dos
10ns iodeto e triiodeto.
Para este fim, os autores obtiveram solu-
çoes saturadas de iodo, pela passagem de água através de uma
coluna que continha iodo ressub1imado . finamente pulverizado.
Esta soluçã~ saturada era recebida em um recipiente conten-
do solução de iodeto de potássio 0,1 M, e as absorbâncias das
soluções resultantes eram medidas, em um dos comprimentos de
onda de absorção máxima do 10n triiodeto, 353 nm.
Os autores verificaram, neste comprimento de
onda de 353 nm, a existência de uma relação linear entre as
absortividades molares do lon triiodeto e a concentração de
iodeto, numa faixa de concentração de iodeto até 1 M. Em
287 nm - onde.existeo outro máximo de absorção do 10ntri-
iodeto - a absortividade decresce com o aumento da concen-
e
t~ação de iodeto. O fato foi atribuldo i posslvel formação
do lon I~- Nenhuma experiência ou comentário posteriores fo
ram feitos com respeito i formação desta espécie, pois os au
tores - estando interessados em estudar apenas a espécie 13 --
efetuaram suas medidas em 353 nm, comprimento de onda onde
não havia interferência daquela outra espécie formada.
RAMETTE e SANDFORD, Jr. mencionam, ainda, que
FRENCH e EFFENBERGER 56 já haviam conjeturado 50=
-. 2- .bre a probabilidade de formação dessa especle, 14 ' tendo, os
ultimos, concluldo inclusive pela formação de outras espe-
76.
cies, além de tri- e tetra-iodeto. Infelizmente, nao nos foi
posslvel consultar os trabalhos ori~inais que devem trazer as
evidências para as conclusões obtidas por estes autores.
Em decorrência deste dado adicional, somado
ã constatação das espécies existentes no sistema tiocianato/
tiocianogênio, efetuamos um estudo não somente para averiguar. - . - 2- -a eXlstencla dessa especie, 14 ' ou outras especies mononu-
cleares, mas também objetivando determinar, em caso de seu
aparecimento, os valores de suas constantes ~lobais de for-
maçao.
IV.2 - MEDIDAS PRELIMINARES
o estudo foi iniciado através de medidas
de potencial em soluções contendo iodo em concentração cons
tante e iodeto de potássio em concentrações variáveis. A
força iônica do meio foi ajustada com solução de nitrato de
potássio, e o pH mantido na região ácida com solução~tampão ãci
do acetico/acetato de sódio, para evitar hidrôlise
do 161,182.
do io-
No entanto, a dispersão observada nos resul
tados era bastante acentuada. Verificamos posteriormente que,
com o passar do tempo, os potenciais medidos - para uma mes
ma solução - aumentavam ligeiramente. Para as concentrações
····-·"mais baixas de iodeto, quando as concentrações de nitrato eram
mais elevadas, este efeito era mais acentuado.
77.
Se estivesse havendo perda de iodo, apesar
de as soluções estarem contidas em recipientes herméticos, a
variação no potencial deveria ter sido no sentido da diminui
çaoe nao do aumento do pot~ncial medido. Desse modo, deve
ria estar ocorrendo alguma reação que produzisse iodo, pos
sivelmente oxidação do iodeto pelos 10ns nitrato do eletróli
to de suporte.
Para verificação da ação .oxidante do nitrato
sobre o iodeto, preparamos soluções de iodeto de potássio, em
algumas das concentrações utilizadas p~ra a experiência an
~erior, ajustando igualmente a força iônica do meio com solu
ção de nitrato de potássio. Estas soluções foram deaeradas,
pela passagem de nitrogênio, e conservadas em recipientes her
meticos, ao abrigo da luz. Observamos que, num espaço de tem
po relativamente pequeno (minutos), as soluções tornavam-sé
amareladas, indicando a formação de iodo, e que o tempo neces
sário para essa formação era tanto menor quanto maior a con-
centração de nitrato. Esta experiência evidenciou, port~n-_
to, a interferência do 10n nitrato nas medidas efetuadas.
Em vista disso, houve a necessidade de mu
dança de eletrólito de suporte, optando-se por perclorato de
sódio e, em consequência dessa escolh-a., a mudança de iodeto
depotâssio para iodeto de sódio, já que o perclorato de po
tássio e um sal pouco sol~vel em soluções aquosas.
O estudo envolveu, éntão, medidas de poten=
cial em soluções contendo: iodetode sódio, numa faixa de con
. centração de 1,7 mM.a ..0.,7.5 -H; iodo, numa concentração ana 1i-
78.
tica constante igual a 0,5 mM; solução-tampão ácido acetico/
acetato de sódio (0,1 M/O,Ol M), para manter ácido o meio e
assim evitar hidró1ise do iodo, e perclorato de sódio; para
ajustar a força iônica das soluções para 1,0 M.
A sistemática geral de trabalho adotada foi,
em linhas gerais, a seguinte:
1. Medida de potencial em cada solução com
as caracterlsticas acima mencionadas,uti1izando eletrodo de
platina combinado com eletrodo de prata/cloreto de prata.
2. Cálculo dos potenciais condicionais do
sistema ~m meio complexante, E~' .
3. Determinação do valor do potencial con-
dicional do sistema em meio não complexante, E~'.
4. Análise gráfica do sistema, para verifica
ção do numero de espécies presentes.
5. cálculo dos valores das constantes de for
maçao dos complexos evidenciados.
6. Refinamento dos valores das constantes ob
tidas, através de cálculo iterativo.
A reversibilidade e consequente obediência
ã Equação de Nernst, do sistema iodo/iodeto, já foi verifica-
da anteriormente 163,164. Mesmo assim, ainda quando das ex-
periências utilizando iodeto de potássio, confirmamos esta
constatação, acompanhando o potencial de uma célula contendo
79.
40 m1 de solução de iodeto de potássio 2,0 M (tamponada com
solução de ácido acetico/acetato de sódio, 0,1/0,01 M), na
qual o iodo era gerado cou1ometricamente.
Uma corrente de 10,00 mA era aplicada duran
te um certo tempo (com a solução sob agitação constante) e o
potencial medido. A corrente era aplicada por mais um perlo
do de tempo, e novamente o potencial era medido, e assim su-
cessivamente, ate um tempo total de 5120 s. Os dados
dos estão contidos na Tabela IV.1.
- Cálculo da Concentração de Iodo Gerada, CI 2
obti-
O equivalente eletroqulmico, que ê a massa
(em gramas) transformada por-um Coulomb, e dada pela ~xpres-
sao.:
Eq. Eletroq. = M
Z x F(IV.l)
onde Me o peso molecular do iodo, Z e o numero de elétrons
envolvidos na reaçao de eletrodo e F e o Faraday' (96485 cou
lombs .mo1- 1)165.
A massa transformada por ~ coulombs e:
m = Eq. Eletroq. x i x t
onde i é a corrente aplicada (em Ampires) e t o tempo (em se
·glAndos).
80.
TABELA IV.1 - Valores de potencial, Eexp .' concentração total
de iodo, CI ' e 10g CI ' obtidos a 250C por ap1 i2 2 -
caça0 de corrente constante de 10,00 mA, em so-
lução de KI 2,0 M, tamponada com solução de
HAc 0,1 M/NaAc 0,01 M, com intervalos de tempo
10garitmicos.
t(s) Eexp . (V) CI x10 5 (M) - 10g CI2 2
O - - -
5 0,1559 0,6478 5, 189
10 0,1651 1 ,296 4,888
20 0,1742 2,591 4,587
40 O, 1831 5,182 . 4,286
80 O, 1921 10,36 3,985
160 0,2011 20,73 3,683
320 0,2102 41 ,46 3,382
640 0,2191 82,91 3,081
1280 0,2281 165,8 2,780
2560 0,2372 331 ,7 2,479
5120 0,2461 663,3 2,178
I
81.
Assim,
m =j
M x i x t
Z x F(IV.2)
o numero de mo1s, ~, e dado pela relação
n = m
M, (IV.3)
e a concentr~ção de iodo gerada e:
CI·n ou CI
m x 1000 (IV.4)= -- =2 V 2 M x v
onde V e v sao, respectivamente, o volume da solução expres,..
sos em litros e em mililitros. Assim,
x M x vm =
1000
Substituindo-se esta expressa0 em
tem-se:
CI
= 1000 x i x t2 Z x F x v
(IV.5)
(IV.2),
Nas nossas experiências; = 0,01000 A, Z = 2
e v = 40,00 ml,de modo que a concentração de i odo gerada pode
ser calculada pela expressa0
CI = 1,2955 x 10-6 x t2
As concentrações de iodo calculadas
tram-se na Tabela IV.l.
(IV.6)
encon-
82.
- Verificação da Equação de Nernst
o To" iodeto e oxidado a iodo de acordo com
a equaçao simplificada
Se o sistema segue a Equação de Nernst, te
mos, a 25 0 C - temperatura em que foram efetuados os experime~
tos - que:
= EO ' + 0,05916 log2
(IV.7)
o'Eexp . = E - 0,05916 log CI- + 0,02958 lOg CI2
Desde que as concentrações de iodo
(IV.8)
geradas
sao muito baixas (Tabela IV.l), a concentração de iodeto prati
çamente não varia, de modo que o segundo termo da direita da
equação acima pode, com boa aproximaçáo, ser incorporado ao'constante E e teremos então que
E = EO" + 0,02958 10g CI. exp. 2 (IV.9)
Verificamos que a relação entre Eexp . e 10 9
ê linear (Figura IV.l) e que o coeficiente angular da re-CI. 2ta, obtida por ajustamento dos pontos experimentais pelo me~
todo dos mTnimos quadrados, foi igual a 0,02993 V. muito pro
ximo, portanto, do valor te5rico (0,02958 V), apresentando um
Eexp.(mV)
240
210
130
n ... 1-5
FIGURA IV.1
1-4
-. Relação entre Eexp . e 10g el12/1- onde o iodo foi obtid0 2
te. i~10.DO mA e CKI =2.0 M.··
83.
-3 109 CI 2
para o sistemacou1ometricamei1~
84.
desvio de apenas 0,35 mV, nessa tangente.
Desse modo, ficou constatado que o
realmente obedece a Equação de Nernst.
sistema
IV.3 - DETERMINAÇAo DO POTENCIAL CONDICIONAL DO SISTEMA EM
MEIO NAo COMPLEXANTE (E~')
Como o sistema 12/1- segue a Equação de Nernst,
os potenciais medidos são expressos pela equação:
(IV.10)
O valor
em meio nao complexante,
Ido potencial condicional do sistema
o I
Es ' sofre - devido ã complexação-
deslocamento para valores mais negativos. Temos, então, po
tenciais condicionais do sistema em meio complexante, E~', v~
riãveis com a concentração de iodeto, expressos pela
çao:
equa-
(IV.ll)
Entretanto, tambem devido ã complexação, não
dispomos das concentrações de iodeto de equilibrio, de modo
que, inicialmente, podemos calcular, atraves dos potenciaiso"medidos, apenás ~alores aproximados, Ex ' dos potenciais con-
35.
dicionais do sistema em meio complexante:
0" 0,05916= Ex + 10 92
(IV.12)
Tendo em vista a grande dispersão dos poten
ciais medidos (Figura lV.2), utilizamos, em todos os cálculos
de que trata esta parte, valores normalizados, Enorm .; norma
lização essa feita graficam~nte.
Os valores de E~" calculados (Tabela lV.2)
sao colocados em gráfico, contra as concentrações anallticaso'de iodeto, C1-, para extrapolação do valor de Es (Figura
IV" 3) •
Podemos observar, nesta Figurá IV.3, uma cur
va descendente acentuad~, m~s no entanto, o inicio desta cur
va, ou seja, os cinco primeiros P9~tos experimentais, apre-
1 i -
D-esse modo, em· pri-
obtido por regressãoo"(Ex vs. CI-),
e r 2 =
near desses cinco primeiros pontos experimentaiso'chegando-se aos seguinte~ resultados: Es . = 0,4159 V
~intam ~ma relação praticamente linear.r~ - , •.
meira aproximação, o valor E~ foi
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87.
TABELA IV.2 - Valores Experimentais e Normalizados, em pri
meira aproximação, relativos ao sistema Iodo/
I od e to. CI = 0,5 mM e I = 1, O M. '2
o
E (V) CI -xl03 (M) Eno rm. (V) o" (V) Fo(X) F1 (X)exp. Ex
0,4780 ,1,695 0,4780 0,4117 1 ,385 226,9
0,4668 2,442 0,4668 0,4099 1 ,595 243,8
0,4567 3,281 0,4567 0,4074 1,940 286,4
0,4471 4,315 0,4471 0,4048 2,367 316,8
0,4395 5,340 0,4395 .0,4027 2,792 335,6
0,4256 7,881 0,4253 0,3985 3,872 364,4
0,4148 10,41 0,4150 0,3953 4,955 380,1
0,3998 ,15,43 0,4003 0,3908 7',072 393,5
0,3895 20,45 0,3895 0,3872 9,338 407,8
0,3709 35,47 0.3685 0,3804 15,92 420,5
0,3550 50,48 0.3550 0,3759 22,47 425,3
0,3399 75,49 0,3395 0,3708 33,58 431 ,6
0.3285 100,5 0,3285 0,3671 44,61 434,0
0,3066 175,5 0,3068 0,3597 79,17 445,4
0,2929 250,5 0,2929 0,3550 114,7 453,8
0,2766 375,5 0,2769 0,3494 177,3 469,6
0,2657 500,5 0,2655 0,3454 242,5 482,5
Oç2566 625,5 0,2565 0,3421 312,8 498,5
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89.
IV.4 - CALCULO DE Fo(X)
A variação do potencial ,t.Eo ' s ' do sistema emx, .meio não comp1exante, E~', para valores mais negativos ~meio
comp1exante, E~', está diretamente relacionada ao grau de com
p1exação, Fo(X), como será demonstrado a seguir.
Combinando-se as equações (IV.10) e (IV.ll),
tem-se:
o' o' o' [I ]Ex - E = t.Ex,s = 0,05916 10g _2_ (IV.13)s 2 C1. 2
Como a função Fo(X) e expressa pela relação
temos:
(IV.14)
= 0,05916 1092
Assim,
= O, O591 6 10g Fo(X) (I V. 15 •a )2
-2t.Eo 'x,S
0,05916(IV.15.b)
Os valores de Fo(X) calculados atravis dessa
expressa0, Tabela IV.2, são aproximados - tendo em vista queo' o Itambém aproximados são os valores Es e Ex ' este ültimo sen-
o" .do. na verdade, Ex .
90.
IV.S - CALCULO DAS CONSTANTES DE FORMAÇAO
Uma vez obtidos os valores de Fo(X), ana1is~
mos o sistema, pelo método de LEDEN, atraves do gráfico da
função subsidiária F1(X) vs. [I-J, onde
(IV.16)
Tambem neste caso, inicialmente calculamos
valores aproximados de F1(X), utiliz.ndo na equação (IV.16)
as concentrações anallticas de iodeto, em lugar das concen-
trações de equi1ibrio.
O gráfico F1(X) vs. CI - (Figura IV.4), evi-- 2-denciou a formação de duas espécies, 13 e 14 . A existência
da especie· 1:- ficou claramente evidenciada pois, se exis
tisse somente Ij, a reta obtida teria sido paralela ao ~ixo
das abcissas.
O ajustamento desta reta, pelo principio dos
minimos quadrados, utilizando os oito últimos pontos
mentais, forneceu os seguintes resultados para 81 , 82res aproximados) e coeficiente de determinação, r 2 :
-1 -2 2423 M ~ B2 = 121 M e r = 0,9991.
experi-
(va10-
=
...(X
)~,
rl~
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con
--1
-2
trad
os
por
reg
ress
aoli
near:
B,=
423
1M
eB 2=1
21M
.
\O .....
92.
IV.6 - REFINAMENTO DOS VALORES DAS CONSTANTES OBTIDAS
Como mencionamos anteriormente, todos os va-o I o I
lores, Ex ' Es ' Fo(X), Fl(X) e, consequentemente, Bl e B2 ,
são aproximados, tendo em vista a impossibilidade de se me
dir as concentrações de iodo e iodeto de equilibrio.
De posse dos valores das constantes, efetua
mos correçoes sucessivas das concentrações de iodeto, par,a en
contrarmos as concentrações de eq~ilibrio, com o auxilio de
um programa elaborado para a calculadora HP-97 (Apêndice 1).\
Este programa uiiliza a combinação das equações (IV.17) e
(IV.18).
-n =B
l[1-] + 2B
2[1-]2
1 + B1 [1-1+ S2[C]2
(IV.17)
c I(IV.18)
As concentrações de i odo de equ t1ibri o, [I 2J ,sao obtidas, apos o cálculo das concentrações de iodeto de
equillbrio, através da expressão:
= (IV.19)
De pos se des ta melhor aproximação das concentra
93.\
çõesde iodo e iodeto de equilibrio. recalculamos os valores
de E~' e E~', utilizando, respectivamente. as equações (IV.10)
e (IV.ll) e voltamos ao cálculo de Fo(X} e F1(X}, atraves das
equações (IV.15.b) e (IV.16). respectivamente. para nova de
terminação das constantes. Repetimos este procedimento ate
convergência dos valores de B1 e B2 •
A Figura IV.5 representa o diagrama de blo
cos de procedimento aqui adotado.
o valor medio encontra para oo I . -/ f) o-Ç (.) (dl
Es foi de 0,4153 V C:!: 0,8 mV}C: r I
potencial
Os resultados finalmente obtidos sao apre
sentados na Figura IV.6, contruida com os valores de Fl(X) e
[I-J contidos.na Tabela IV.3.
Os valores das constantes, para as especies
13 e I~-, obtidos por ajustamento da reta F1(X} vs. [I-J fo
ram, respettivamente, B1 = 409 M- 1 e B2 = 109 M- 2 , com um coe
ficiente de determinação, r 2 , igual a 0,9998.
Observa-s~ que os valores de F1(X}, para con
centrações de iodeto muito baixas « 100 mM), apresentam uma
grande dispersão, a qual pode ser atribuida a erros nos va1o~
res dos potenciais que - mesmo de pequena monta - podem afe
tar acentuadamente os valores de f 1(X}, quando as concentra
ções de 1iga~te, [I-J, são próximas de zero. Em virtude dis~
50 s apenas os pontos experimentais obtidos em concentração de
iodeto superior a 100 mM foram utilizados para o cãlculo das
constantes.
94.
Obtenção de Enorm .
(E vs. CI -)exp.
Cálculo EOx
(eq. IV.12)
- oExtrapolaçao Eso"
( Ex vs. CI - )
FIGURA IV.5 - Fluxograma de Tratamento dosDados Experimentais Obtidosem Meio Homogêneo
Extrapolação 61e 6
(Fl(X) vs. 2 [I-])
SIM
Cálculo Fo(X) e F1(X)(eq. IV.14.a e IV.
15 )
NAO
- 1 o EOCa 1c u o Es e x
(eq. IV.10 e IV.11)
Correção [C]e[I2]
(eq. IV.16, IV.17 eIV.18)
TABE
LAI'
.I-
Val
ore$
ob
tid
os
.p5
iv
irio
scic
los
deaproaimaç~es
sucess
ivas.
rela
tiv
os
aosi
ste-
-I-2
o'
••Io
do
/to
det
o.
Cl2
'.0
.5m
M.
8 1•
40
9",
,1 2
•1
09
"e
E s•
0,41
53V
.
CI-X
l03
(14)
(I-)
al0
3(M
)6
",
1E n
orll
.(V
)(1
2:.1
0(M
)I
E~(V
)E~
(V)
,Fo
(X)
FI(X
)I
1,69
50,
4780
1,50
4
I30
9.5
0.40
950.
4156
I1
,571
)38
0.9
2.44
Z0,
.466
82.
205
26
2.8
0.40
730
.41
55
1.86
439
1.0
3.28
10.
4567
3.00
5I.
224.
20.
4051
O.4
1!14
I2,
204
400.
64.
315
0.4
471
4.00
4I
189,
4I
0,40
29I
0.41
54,
2.61
940
4,4
5.3
40
0.43
955.
004
164.
0I0.
4010
O.4
154
I3.
030
I4
05
.6,
7.88
10,
4253
,7,5
0312
2.7
0.39
720,
4153
4,07
3I
409,
510
.41
0,41
5010
,00
98.0
00.
3943
0.41
535,
108
I41
0,7
15.4
30.
4003
15
,00
69.8
30,
3900
0.41
537,
133
408,
920
,4S
0,38
9520
.00
54.2
00.
3866
'0.4
152
1/.3
0241
5.1
35,4
70.
3685
35.0
032
,37
I0.38
000,
4152
15.5
741
6,4
50',4
80.
3,55
050
.00
23.0
20,
3757
0.41
5221
,83
416.
775
.49
0.33
95-7
4,99
15.4
9
IO,3
706
I0,
4152
32,4
241
9.0
100,
50.
3285
99,9
9
I11
.63
0,36
70I
0,41
53I
42,9
4I
419,
417
5,5
0,30
681
75
,06.
586
I0.
3597
0,41
53i
75,9
1I
428.
125
0.5
0.29
2925
0.0
I4.
543
I0.
3549
0.41
531
09
,843
5.2
I
375,
50.
2769
375.
02.
946
I0.
3493
0.41
5316
9,5
449,
450
0.5
0,26
5550
0.0
I2.
148
0,34
530,
4154
231,
646
1,3
625,
50,
256.
562
4.9
1,67
10.
3421
0,41
5329
8.5
476.
175
'0.5
0,24
9174
9.9
I1.
355
0,33
940.
4153
368.
949
0,6
!:
I
des
vio
,p8d
rioI
0,00
01
ID U'1
FI(X
)
480
460
440
10
02
00
30
05
00
60
0[1
-J(m
M)
FIG
URA
IV.6
-O
bten
ção
de8 1
e8 2
após
vã~ios
cic
los
deap
roxi
maç
ões
suce
ssiv
as.
Val
o-b
--1
-2
res
oti
do
spo
rre
gre
ssao
lin
ear:
8 1=409
Me
8 2=109
M.
Y:)
0'1
97.
Este conjunto de dados passou por mais um
processo de refinamento que leva em conta a contribuição de
outras espécies complexas, além do 13 e I~-,e utiliza os va
lores de Eexp . no lugar de Enorm .. Este refinamento, que le
vou às constantesfinai~, será apresentado na PARTE VI, apos
a determinação das constantes das demais espécies do sistema.
o valor normalmente aceito para a constan
te da espécie I; e considerado mais alto, da ordem de 700 M-l.
A constante encontrada no presente trabalho é mais baixa, quer
se exclua ou não a presença de I~- Há razões para isso, as
quais serão discutidas na próxima parte da tese, referente ao
estudo de solubilidade de iodo em soluções de iodeto.
PARTE V
Estudo dos Equtl:{brtoa Heterogêneos no Stst_ locb'lodeto.
99 .
. V.l - CONSIDERAÇOES GERAIS
Após evidenciadas as espécies mononucleares- 2-13 e 14 e determinadas suas constantes de formação, procura-
mos observar a existência de especies polinucleares, ou seja
com mais de uma molécula de iodo coordenada, considerando es
ta molécula como núcleo central de coordenação.
A formação de poliiodetos,com mais de uma mo
lecula de iodo coordenada, tem sido observada por alguns pes
quisadores -não ~penas em meio orginico 17- 21 ,44,49,66,67, mas
tambem em soluções aquosas 9- 11 , 23-26, 35-39 - sempre que as co.!!.
centrações de iodeto e iodo ou apenas de iodo são elev~das.
Examinamos, inicialmente, a viabilidade de
estuda~~ o sistema em meio homogêneo, mas as equações encon-
tradas seriam de dificil tratamento matemático, tendo em vis
ta o desconhecimento das concentrações de equilibrio tanto de
iodo quanto de iodeto, tornando pouco prático o estudo nesse
meio.
Resolvemos então trabalhar em meio hetero-
geneo, saturando de iodo soluções de iodeto, em concentrações
100.
variiveis. Desse modo, a concentraçio de iodo no equilibrio
heterogêneo e constante e igual ã sua solubilidade em agua,
desde que não haja variação no coeficiente de atividade da
molicula de iodo, o que i uma suposiçio bem fundamentada, por
ser uma espicie neutra.
Além do mais, sendo o iodo a fase sõlidá, no
equillbrio heterogêneo
o potencial qulmico das duas reaçijes torna-se igual. Havendo
consumo de 12{aq.} para form~r outras espécies, ocorre uma
dissolução da fase s5lida ati restabelecer-se a situação de
equillbrio, na qual [1 2]aq. = constante = ko .
Deste modo a constante ko se mantém desde a
condição de saturação de iodo na ausência de iodeto, até as
condições de saturação em elevadas concentrações analitieas de
iodeto.
Efetuamos ainda medidas poteneiomitrieas da
razao [1 2J/[I-J 2 , o que possibilitou um fieil acesso aos va
lores de [1-], ji que a concentraçio de iodo de equilibrio e
um valor conhecido.
A combinação da medida da solubilidade do
iodo na ausência de iodeto com as medidas de potencial nas so
luções contendo iodeto foi, portanto, o ponto chave para a so
lução do sistema.
o estudo abrangeu as seguintes etapas:
101 .
1. Determinação da solubilidade de iodo na
ausência de 10ns iodeto.
2. Determinação da solubilidade do iodo em
soluções de iodeto de sódio de concentrações variáveis (0,016
a 0,936 M), acidificadas com tampão ácido acetico/acetato de
sódio (0,1/0,01 M), mantida a força iônica em 1,0 M com solu
ção de perclorato de sódio.
3. Medidas potenciomêtricas com eletrodo de
platina combinado, nessas soluções saturadas, para permitir o
cálculo das concentrações de iodeto de equilfbrio.
4. Tratamento dos dados para obtenção dos va
lores das constantes das espécies evidenciadas.
V.2 - DETERMINAÇAO DA SOLUBILIDADE DO IODO EM AGUA E EM SOLU
ÇOES DE IODETO. MEDIDAS DE POTENCIAL
Durante as determinações da solubilidade do
iodo em soluções de iodeto, além de iodeto, utilizamos tam
pão ácido acético/acetato para manutenção do meio ácido, e
perclorato de sódio para manter a força iônica. Desse modo,
realizamos a determinação da solubilidade do iodo na ausência
dos 10ns iodeto não apenas em água.mas também na presença de
cada um dos reagentes acima mencionados, com o objetivo de ve
rificar alguma interferência dos mesmos.
Os resultados obtidos, por titulação com
tiossulfato, estão reunidos na Tabela V.l, onde podemos ob-
102.
serva r a inexistência de qualquer interferência dos reagentes
utilizados na solubilidade do iodo em igua. As diferenças o~
servadas estão dentro do erro experimental. Em vista disso,
consideramos como valor da solubilidade de iodo, na ausência
de iodeto, a media entre os resultados obtidos nos
meios (1,080 x 10-3 M).
TABELA V.1 - Solubilidade do iodo em alguns meios, na
cia de iodeto.
quatro
-ausen-
MEIO
H20
H3CCOOH (0,1 M)
H3CCOOH (0,1 M)/H3C-COONa (0,01 M)
NaC104 (1,0 M)
Med ia
SOLUBILIDADE (M)
1,083 x 10- 3
1,073 x 10-3
1,088 x 10-3
1,077 x 10-3
1 ,080 x 10 - 3
Após determinarmos a solubilidade' do iodo na
ausencia de 10ns iodeto, efetuamos uma série de medidas dessa
solubilidade em sua presença, bem como medidas de potencial
nessas soluções saturadas.
Os resultados obtidos estão contidos na la-
bela V.2.
103 .
•TABELA V.2 - Dado. obtidos por medidas de solubilidade de iodo e de potencial em so-
luções de iodcto. I; 1.0 H e [1 2] = ko o 1.08 II1H.
52357B
SI
17
56
4566
83
1941
570941193442
757061447
3
12
O
5
~
9(;
-CI -xl0 3 (H) [ (V) [1-]xl0 3 (H) C xl0 3
(l~ ) C12 ·exp. 12 ,mono
- ~-,
16.00 0.4455 10.14 -7.785 5.
32.00 0.4281 19.95 15.66 9.
48,00 0,4181 29.45 23.76 14.
f>4 ,00 0.4111 38,67 32,40 18.
80,00 0.4057 47.71 40.50 22.
104.0 0.3993 61 ,21 53.55 28.
120.0 0.3959 I 69,87 63.00 , 32.
136,0 0.3930 78.22 7Z ,00 36.
160.0 0,3894 89,99 83.25 41 •
184.0 0,3861 10~,3 97,20 47.
200,0 0,3842 110.2 107.4 51 •,'224.0 0.3817 121,4 121 ,5 56,
:240.0 0.3803 128.2 129.6 59,
',64,0 0.3782 1'39,2 144,7 64,
2811.0 0,3762 150.4 158.8 70.
312.0 0,3744 161.3 175,0 75.
336,0 0.3730 170.4 185.4 79.
360,0 0.3715 180.6 202,8 84,
384.0 0.3701 '190.7 218.4 69.
408,0 0.3668 7.00.6 231.9 94.
456.0 0.3665 219.4 264.2 103.
512.0 0.3641 240,9 300.6 114,
568,0 0.3621 260,4 334.9 124.
624,0 0.3602 200.4 372.3 134,
680.0 0.3585 299.6 409,8 144.
144.0 0.3568 320.1 451.4 154.
806.0 0.3552 340.6 494.0 165,
872.0 0.3537 361 .1 539,1 175.
936,0 0.3523 381,3 585.9 186.
(*) Valores calculados admitindo apenas a formação de Ij (61 409) e I~- (~2 109)
104.
V.3 - CALCULOS DOS VALORES DAS CONCENTRAÇOES DE 100ETO DE EQU!
LIBRIO
Através dos valores dos potenciais medidos
em cada solução saturada, podemos calcular as concentrações
de iodeto de equillbrio através da Equação de Nernst (Eq.
IV.10), que após rearranjo torna-se
o IE - Es0,02958
( V• 1 )
Para o cilculo desses valores, f6i necessa
rio recorrermos ao valoi do potencial condicional do sistema.
em meio não complexante, igual a b,4153 V, ji determinado an
. teriormente (PARTE IV).
Como o valor da concentração de iodo livre
ê constante e igual a ko (1 ,080 x 10-3 M), tornou-se simples
calcular as concentrações de iodeto de equillbrio, cujos va
lores são apresentados na Tabela V.2.
105.
V.4 - TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
Como as constantes de formação das espécies
mononucleares 13 e I~- já haviam sido determinadas, potencio
metricamente, em meio homogêneo (PARTE IV), inicialmente cal
culamos os valores das concentrações analiticas de iodo que
deveriam ter sido obtidas,caso apenas essas espécies existis
sem em equilibrio, através da expressio:
CI
= [1 2] + [1 3-J + [1 42-]2,mono (V.2.a)
ou
CI = [I 2J + a1 [I 21[I -] + f3 2 [I 2] [I -] 22,mono (V.2.b)
podemos
elevados
a
A comparaçao entre os resultados obtidos ex
Equaçãoperimentalmente, (C 1 p)' e os calculados com2,ex .V.2.b (Tabela V.2) é apresentada na Figura V.l, onde
observar que os primeiros sio sistematicamente mais
que os ultimos, evidenciando, desse modo, a existência de ou
tros poliiodetos, além dos mononucleares.
Podemos observar também que os gráficos
CI vs. [I-J e CI - vs. [I-J (Figura V.l e V.2) sao cu r-2,exp.vas acentuadas, o que indica nio apenas poliiodetos com coor-
denação de mais de uma molecula de iodo, mas com coordenação
de mais de um lon iodeto, pois, se nao existisse esse ültimo
tipo de composto, as relações CI2
,exp. vs. [1-] e C1- vs. [1-]
seriam praticamente lineares, já que a contribuição da espe-
CI 2
(mM
)
500
37 25 12
o50
FIG
URA
V.1
-10
015
02
00
.25
030
0[1
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~'1)
So
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2J=k
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1 4.
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8 2=109
M.
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Cijr
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50
20
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10
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----------
•
FIG
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V.2
-V
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çio
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e[I
-J.
Med
idas
de[I
-J~fetuadas
emm
eio
het
ero
gên
eo.
--'
o '-I
108.
2-cie 14 ' que possui dois ions iodeto coordenados, e muito pe-
quena (8 2 = 109 M- 2).
Imaginamos, a principio, a formação alem- 2-de 13 ~ 14 - de dois outros poliiodetos, o lon pentaiodeto,
15, e o lon hexaiodeto, I~-, ambos já anteriormente evidencia
dos em meio aquosol0~11~23~24.
Para tratamento dos dados obtidos, utiliza-
mos t rês d i f er e nte s p r oces s os, sendo que em doi s de1es as con~
tantes foram determinadas por dois métodos de cálculo - agru-
pamento de equações simultâneas ... .e mlnlmos quadrados (PARTE
111) - conforme será apresentado nos três itens seguintes
(V.4.1 a V.4.3).
1. Tratamento da Curva CI~. 2
Conforme mencionado acima, consideramos a- - 2- - 2-formação das especies 13 , 14 ' 15 e 16 Assim, as concen-
trações totais de iodo obtidas na titulação com tiossulfato
são descritas pela equação*
(*) Passaremos, a partir de agora, a representar as constan
tes de formação das espécies 13 e I~- por 81 ,1 e 81 ,2'respectivamente, tendo em vista a existencia de espéciespolinucleares, ou seja, com mais de uma molécula de iodocoordenada.
109.
c = [1 2J + [1 3] + [I~-] + 2[1 5J + 2[1~-J (V.3.a)12 ,exp.
ou
C = [I 2] + 13 1 , 1 [1 2] [1-] + 81 ,2[1 2J [1-J 2 +12,exp.(V.3.b)
+ 28 2,1 [1 2J2 [I-J + 28 2 ,2[1 2J
2 [1-]2
Como os valores de [1-], [1 2],81 ,1 e 81 ,2
sao conhecidos, podemos subtrair da equação V.3.b os três pr!
meiros termos do lado direito, o que significa subtrair desta
equação os valores de CI2
,mono' calculados
V.2.b, quando obtemos:
com a equaçao
Considerando
KS,l = 28 2 , 1 [1 2] 2 = 213 2 ,1 k2o
228 2 ,2 k2
KS,2 = 28 2 ,2[1 2J = o
temos:
(V .5)
(V .6)
(V .7)
Esta equaçao foi tratada pelos métodos do
agrupamento de equações simultâneas e dos mlnimos quadrados,
ambos com pequenas modificações, por não se tratarem de da-
dos de Fo(X). O fator de nivelamento (fator peso)
do fo i :
util i za-
f. =1
11 o.
(V.8)
Oesta maneira, os diferentes valores de so
lubilidade ficam ajustados para uma mesma magnitude, nivelan
do tambem a magnitude do erro experimental.
a) Tratamento por Agrupamento de Equações Simul
tâneas.
Quando multiplicamos cada equaçao simultâ
nea V.7 pelo fator de nivelamento fi (Eq. V.8), obtemos equa
ções do tipo:
C' f12
x i (V .9)
Reunimos, então, os dados Ci vs. [I-j (Tab.2
V.3) em dois grupos com quatorze pontos cada (o primeiro gru-
po do primeiro ao décimo quarto pontos e o segundo grupo do
décimo quinto ao vigésimo oitavo pontos), utilizando o progr!
ma contido no Apêndice 2, obtendo o seguinte sistema de equa-
çoes:
-1 -11,8248 x 10 KS,l + 2,0103 x 10 KS ,2 = 9,3120 x 10- 2
2,,1529 = 1,8435
Resolvendo a matriz 2 x 2 pela regra de Cra-
TABELA V.3 - Valores das concentrações de iodo e de to
de to correspondentes apenas às espéctes p~
ltnucleares. para cada (1-]. [1 2] • ko' lIl •l• 409 e 111.2 • 109. (Ver equações V.4 •
V.U).
[1-]11103 (M) C' ~103 (M) Ci-1I103 (M)12
10.14 2.215 1.362
19.95 5.719 3.139
Z9.U 9.571 5.341
38~67 I 14.06 7,89847.71 18.08 10.6761.21 24.99 14.87
69.87 30.48 18.12
78.22 35.65 21.7989.99 41.47 28.36
102.3 49.f9 34.02
110.2 56.21 38.31
121.4 65.05 45.46
128.2 69.94 51.26
139.2 79.90 58.82
150•• 88.58 65.82
161.3 99.55 73.28
170.4 105.7 83.55
180.6 !l8,l 91.93190.7 U8.8 100.5200.6 I J7.5 109.]
UV, .. 1611.S li8.3
2411.1 186.' I!U .11
'.0,. lIO •• 11',.
280." 211t, I "01.1
299.6 265.8 227.0
320.1 296.9 258.5
340.6 328.8 289.6
361.1 363.1 320.7
381.3 399.2 352.0
111 .
112.
mer 166 , obtemos os valores de KS,l e KS ,2
KS , 1 = 2, 91 64 x 10- 1
K = 1,9848S,2
Substituindo KS,l e KS,2 nas Equações V.5 e
V.6, obtemos, finalmente, os valores de 82 ,1 e 82 ,2:
82 ,1 = 1,25 x 105
82 ,2 = 8~51 x 105
b) Tratamento por Minimos Quadrados.
çao V.8 e:
A função residual ~ correspondente a Equa-
Derivando S em relação a KS,l e KS,2' para
encontrar os minimos da função, obtivemos o sistema de equa-
ções V. 11 .
{V.11 :
113.
Introduzindo os dados experimentais com o a~
xl1io do programa 'contido no Apêndice 3, chegamos ã aos resul
tados:
Após resolução pela regra de Cramer, resul
taram os seguintes valores para KS,l e KS ,2
KS t 2 = 2 t 1111
e t consequentemente t
5 -262 t 1 = 1,14 x 10M
5 -3B2t2 = 9,05 x 10 M
2. Tratamento da Curva CI~
Como CI - e [1-] sao valores conhecidos e cor
respondem a uma equação do tipo:
(V.12)
114.
Podemos, tamb~mneste caso, calcular os va-
lores das concentrações anallticas de iodeto correspondentes
apenas ã formação das esp~cies mononucleares 13 e 1~-
(V.13)
Subtraindo estes dos valores de c1- obtemos
equaçoes do tipo
C' =1(V.14)
considerando
KS ,3 = 8 2 ,1[1 2J2 = 82 ,1 k2
(V.15)oe
KS,4 = 28 2 ,2 [1 2] 2 = 28 2 ,2 k2 (V.16)o
temos,
peso
Esta equaçao, apos nivelamento com o
(V.17)
fatol"
J
torna-se
f. ::1
c -1 ,max.C1- .
,1
(V.18)
(V.19)
11 5.
Os dados correspondentes ã EquaçãoV.19 (Tab.
V.3) foram tambem tratados pelos métodos do Agrupamento de
Equações Simultâneas e dos Minimos Quadrados.
a) Tratamento por Agrupamento de Equações Si-
mu1tâneas.
O sistema de equaçoes obtido com os dados Cie [I-J, usando o programa contido no Apendice 2 e o conjunto
de pontos dividido em dois grupos (do mesmo modo que no item
V.4.l.a), foi o seguinte:
2,1085 x 10-1 KS,3 + 2,3110 x 10- 2 KS ,4 =
2,2353 -1KS ,3 + 6,31 21 x 1O KS ,4 = 1 ,6149
Após resolução dessa matriz 2 x 2, pela re-
gra de Cramer, obtivemos
KS ,3 = 1, 1856 x 10- 1
KS , 4 = 2, 1386
e, por substituição desses valores nas Equações V.15 e V.16 ,
116.
b) Tratamento por Minimos Quadrados
A função residual S para a Equação V.19 e da
da pela expressa0
(V.20)
DerivandQ S em relaç~o a KS ,3 e KS ,4 obtemos
o sistema de Equações V.21.
(V.21)
Introduzindo os dados atravis do programa
contido no Apêndice 3 e resolvido pela regra de Cramer., ,che
gamos aos seguintes resultados:
7,9863 KS ,3 + 1,1168 KS,4 = 3,3227
1,1168 KS ,3 + 2,3584 x 10- 1 KS ,4 = 6,3544 x 10-1
KS ,3 = 1, 1625 x 10- 1
KS ,4 = 2, 1439
Ap6s substituição nas Equaç6es V.15 e V.16,- 2~obtivemos constantes deforma~ão das espicies 15 e 16
11 7 .
3. Cálculo de B2,1~2,2 através da função Fo,O(M,X)
Considerando a formação de espécies mono e
binucleares a função Fo(X) (Eq. 1V.14) pode ser ampliada para
FO,O(M,X),~ujos valores, calculados pela Equação V.22
lizando [1 2J = ko e os dados de C12
,exp. contidos na
V.2, são apresentados na Tabela V.4.
uti-
Tabela
(V.22)
A Equação V.22 pode também ser escrita em
função das constantes de formação das espécies complexas. As
sim,
(V.23)
comos va 1or es de B1 ,1 e B1 ,2 (4°9 e 109, r es ~
pecttvaMente)~ podemos calcular Fo(X)mono - atrav~s da Equa
ção V.24 - e subtrai-lo de FO,o(M,X), obtendo a Equação Vo25 j
ou ainda a função. (Eq. V.26):
TABELA V.4 - Valores das funções ~ e Fl ,l(M,X), obtidas a par
tir de FO,O(M,X). utilizando, respectivamente, as
Equações V.26 eV.40.
(I-JX10 3 (M) FO,O(M,X) ~xl04 Fl ,l(M,X)
1Q,14 7,208 9,551 611,6
19 ,95 14,50 12,47 676,6
29,45 22,00 14,11 713,2
38,67 30,00 15,77 750,0
47,71 37,50 16,42 765,0
51,21 49,58 17.68 794,069,87 58,33 18.88 820,1
78,22 66,67 19.71 [;39,9
89,99 77,OIJ 19.93 845,7
102,3 90,00 20.99 869,8
110.2 99,44 22,05 893,2
121,4 112,5 23.13 918,2
128,2 120.0 23,55 928,0
139,2 134.0 24.78 955.~ ,150.4 147,0 25,41 970,6
161.3 162.0 26,62 998,0
170.4 171,7 26,74 1002
180.6 187.8 28,19 1034
190.7 202.2 29.11 1055
200.6 214.7 29 .53 1065",-..'
219.4 244.6 31.51 1110
240,9 278.3 33,29 1151
260.4 310.1 34.85 1187
280.4 344,7 36.56 1226
299.6 379.4 38,18 1263
320,1 417 ,9 39.90. 1303
340.6 457,4 41.52 1340
361.1 499 .1 43.25 1379
381.3 542.S 45.02 1420
118.
119 .
(V.24)
(V.25)
(V.26)
Esta função ~,quando colocada em grãfico vs.
[I-J (Fig. V.3),fornece uma reta,cujo coeficiente linear ê o
valor de B2;, e o angular o valor de B2 ,2'
Os valores de ~ e [1-], juntamente com os de
C F (M X) e F (X) encontram-se reunidos na Tabela12 ' 0,0' o . mono'V.4.
A regressao linear dos 29 pontos ~ vs. [1-J
forneceu os seguintes resultados:
B2 ,1 1 ,17 105 -2= x M
B2 ,2 8,84 10 5 -3= x M
r 2 = 0,9937
~xl0-5
o5
101
520
2530
[I-]
x1O
2(t
,,)
FIGU
RAV
.3-
xtr
apo
laçã
ode
B 21
eB 2
2'
Val
ores
ob
tid
os
por
reg
ress
ãoli
near:
B 21
=5
-2'
,5
-3'
1,1
7x
l0M
e8 2
,2=
B,B
4xlO
M.
-'
N o
121 •
4. Comparação Entre os Resultados Obtidos com os Diversos Tra
tamentos dos Dados Experimentais.
A Tabela ~.S reune os cinco valores obtidos
para cada constante (B 2,1 e B2 ,2)'
(B 2,2)' Obtidos em Dados Conti
V.3 e V.4, Cujos Tratamentos Fo-
TABELA V.S - Valores das Constantes de Formação das- 2-
I S (B 2 ,1) e 1 6
dos nas Tabelas
Especies
ram Efetuados por Diversos Processos.
B2 ,1 B2 ,2 OBSERVAÇCfES
Calculados com os dados Ci e [I -] ,lOS 105
_ 2Simul-1 ,25 x 8,51.x por Agrupamento de Equaçoes
tâneas.
1 ,14 x lOS 9,OS.x 105 Calculados com os dados C i e [I -] ,12
por M'lnimos Quadrados.
Calculados com os dados Cl- e [I -] ,
I1 ,02 x lOS 9,17 x 10 5 por Agrupamento de Equações Simul-
tâneas.
9,97 104 9,19 x 10 5 Calculados com os dados Ci- e [I -] ~x
por Mínimos Quadrados.
1 , 17 x 105 8,84 x lOS Calculados por tratamento da fun-
ção FO,O(M,X).
1 ,12 x 105 8,95 x 105 Media1 ,06 x 104 2,84 x 104 Desvio padrão, s.
122 o
Podemos observar uma boa concordância entre
os resultados obtidos com os diversos tratamentos dos dados
experimentais.
Desse modo, admitimos como valores finais p~
- 2-ra as constantes de fQrmaçiodas espicies I S e 16 a midia en
tre os valores obtidos em cada tratamento:
13 2 ,1 = 1,1 (:!:. 0,1) x lOS M- 2
( ) X 105 M- 313 2 ,2 = 9,0 :!:. 0,3
v.s - CONSIDERAÇOESSOBRE A POSSIBILIDADE DE EXISTIREM EM EQUI
lTBRIO APENAS AS ESP(CIES 13e I~-
Com respeito às espicies presentes no siste
ma iodo/iodeto, em soluções aquosas~ parece existir um con
senso sobre a formação de poliiodetos limais altos" que o 130
No entanto, existem discordâncias quando se deseja identifi
car quais são esses poliiodetoso
BRAV e MacKAy23,24, por exemplo, observaram
que, em sol~ções de iodeto saturadas de iodo, a relação [I-JI
[Ij]que - de acordo com a Lei de Ação das Massas - deveria ser
constante, apresenta um decriscimo considerivel a medida que
se aumenta a concentração de iodeto. Esses autores cogitaram
(apenas) sobre a possível formação do 10n Iso
Entretanto, os experimentos de DAVIES e GWVN
NE 10 demonstraram q~e Seus resultados não seriam compatíveis
123.
com a formação da, ,e-spécie I S. Seus dados experimentais se
riam melhor represéntados considerando a formação da espécie2-16 .
Por Gutro lado, RAMETTE e SANDFORD, Jr. 11 ,em
trabalho posterio~, verificaram a exist~ncia de outro poli-
iodeto, além de li, mas que, no entanto, este não poderia ser.. 2- .o lon 16 p01S, ao analisarem os dados através de uma função
estabelecida pelos autores, considerando a formação dessa es
pécie I~- os resultados obtidos para a função deveria aumen
tar linearmente com a concentração de iodeto e, ao contrário,
foi observada uma constãncia nos resultados; embora esses não
correspondessem apenas ã formação de 13. Os autores conclui
ram, então, que os resultados seriam melhor explicados con
siderando a formação da espécie I S.Com os resultados obtidos no presente traba
lho, podemos assegurar, de imediato, a existência da especie2-.1 6_ pois, caso não hbuvesse a formação dessa espécie, as re-
lações CI2
vs. [I-J e CI - vs. [I-J seriam 1 ineares, o que
ocorreu (Capitulo V.4).
nao
Assim, com o objetivo de testar outro modelo
passivel de ajustar-se aos dados experimentais por nós obti-
dos, consideramos a possibilidade de formação das- 2~
13 e 16 ' apenas.
espécies
Os·dados experimentais de CI ' CI - e [I-J2
'(Tabela V.2) foram~então, tratados pelos mesmos processos ji
utilizados anteriormente (Capitulo V.4).
124.
1. Tr a ta mento da Cur va CI vs. l!..=12
Neste caso, os dados experimentais de CI 2sao descritos pela equação:
(V .27 .a)
ou
(V .27 .b)
onde:
(V .28)
e
(V.29)
A Equação V.27.b foi então tratada pelos me
todos do Agrupamento de Equações Simultâneas e dos Minimos
Quadrados, utilizando o mesmo fator de nivelamento ante~ior,
descrito pela Equação V.8.
a) Tratamento por Agrupamento de Equações Simul
tâneas.
Ao multiplicarmos a Equação V.27.b pelo fa
tor peso fi (Eq. V.8), obtemos,
(V.3D)
Introduzindo os dados CI e [1-] divididos em2
125.
dois grupos, obtemos o sistema de equaçoes V.31
8,4286 kS,l + 5,9833 x 10- 1 kS,2 = 7,3183
6,1344 "S,l + 1,4341 kS ,2 = 7,5164(V.31)
o qual, apos resolução pela regra de Cramer, fornece os se
guintes valores para kS,l e kS,2:
kS ,2 = 2,1931
Substituindo estes valores nas Equações V.28
e V.29, obtemos
b) Tratamento por Mlnimos Quadrados
A função residual S para a equaçao V.30 e:
(V.32)
Derivando S em relação a kS~l e kSg2 obtemos
126.
o seguinte sistema de equações:
(V.33)
[ J [l 2 2· [ -] 3 2 [-14 2E(C 1 - 12 } 1 fi = kS,l 1 fi + kS,2 1 fi2
o sistema de equaçoes encontrado com os da
dos experimentais e:
7,8394 kS ,l + 9,6090 x 10-1 ks ,2 = 7,6869
9,6090 x 10-1 kS,l + 1,8249 x 10-1 kS ,2 = 1,0872
Este sistema de equaçoes, apos resolução pe
la regra de Cramer e substituição dos valores encontrados nas
equaçoes V.28 e V.29, fornece os resultados para as constan-- 2-tes de formação das especies 13 e 16
kS, 1 = 7,0590 x 10-1
kS 2 = 2,2407. ,
81 , 1 = 654 M- l
82 ,2 9,61 105 -3= x M
127.
2. Tratamento da Curva CI~
Os valores de CI -, considerando a formação
de 13 e I~-, sao descritos pela equação:
(V.34)
Substituindo nesta equaçao as equaçoes V.28
e V.29, temos:
(V.35)
Multiplicando a equaçao V.35 pelo fator fi'
expresso pela equação V.18, resulta:
(V.36)
a qual foi tratada ~elos metodos do Agrupamento de Equações
Simultâneas e por Minimos Quadrados.
a) Tratamento por Agrupamento de Equações Si-
multâneas.
Somando membro a membro os dados correspon
dentes ã Equação V.36, os quais foram divididos em dois gru-
paz de quatorze pontos cada, obtemos o sistema de
abaixo:
equaçoes
128.
7,0545 kS,l + 5,1128 x 10-1 kS,2 = 5,1535
6,0604 kS , 1 + 1 ,4506 kS ,2 = 6,1476
Resolvendo este sistema de equaçoes obtemos
os valores de kS,l e kS,2:
kS,l = 6,0725 x 10-1
ks ,2 = 1,7010
os quais, apos substituição nas equações V.28 e V.29, forne
cem:
13 1 , 1 = 56 2M -1
BZ,2 = 7,29 x 10 5 M- 3
b) Tratamento por Mlnimos Quadrados.
A função residual S correspondente a Equa-
çao V.36 e:
° sistema de equaçoes V.38 cor~esponde ao
encontrado apos derivaçio de S em relação a kS,l e kS ,2=
129 .
(V .38)
~(CI- - [1-j)I-.I·-]2f1,2 = k ~[I-]3f 2 k ~[I-J4f 2L. S,IL. . i + S,2L. - i
o qual, apos resolução pela regra de Cramer, fornece
kS, 1 = 5,5736 x 10- 1
kS,2 = 2,3855
Os valores de 81 ,1 e 82 ,2 foram encontrados
substituindo-se kS,l e kS,2 nas equações V.28 e V.29.
82 ?= 1,02 x 106 M- 3~ ' 'r .
3. Cálculo de 81,1~2,2 Atraves do Tratamento
fO,O(M,X)
da Função
Os valores de FO,O(M,X), considerando a for
maçao das especies 13 e I~-, corre~pondem àqueles anteriorme~- \te calculados com a Equaçao V.22 e contidos na Tabela V.4
Cf tem V. 4.3) •
No entanto, a equaçao correspondente a esses
valores em função das constantes de formação dos
torna-se:
complexos
130.
(V.39)
Podemos, então, calcular os valores da fun-
çao subsidiãria F1 , 1 (M,X) (Tabela V.4), atraves da
sao:
expres-
Fl ,l(M,X)FO,O(M,X) - 1
= = (V.40)
o grãfico Fl ,l (M,X) vs. [1-] (Figura V.4) for
nece uma reta, cujo coeficiente linear e o valor de 81 ,1 e o
coeficiente angular, 213 2 ,2[1 2J.
A regressão linear dos pontos F1 ,1(M,X) vs.
[I~J, forneceu os seguintes resultados:
coeficiente linear = 682
coeficiente angular = 1 ,937 x 10 3
r 2 = 0,99945
os quais correspondem aos valores de 13 1 ,1 e 82 ,2 relacionados
abah:o:
81 ,1 = 682 M-1
13 2 ,2 = 8,97 x 105 M- 3
F1
,1(M
~X)
~~
1400
s
1200
~ ,I
1000 80
0
510
15
2025
30[I
-]x
1O2
(M)
FIG
UR
A\/
'.4-
Ex
trap
o1
ação
de8 1
,1e
8 2,2
.V
alo
res
ob
tid
os
po
rre
gre
ssão
lin
ear:
S1,
1=
682
M-1
e8 2
,2=
8,9
7x
10
5M
-3.
...J
W ...J
132 .
4. Comparação Entre os Resultados Obtidos
As constantes 13 1 ,1 e 13 2 ,2 correspondentes às- 2-especies 13 e 16 ' obtidas em cada tratamento dos dados expe-
rimentais, estão reunidas na tabela V.6.
TABELA V.6 - Valores das Constante de Formação das Especies- 2-13 (13 1 ,1) e 16 . (13 2 ,2)' Admitindo que Apenas Es-
ses Complexos Coexistem em Solução.
13 1 , 1 13 2 ,2 OBSERVAÇOES
660 9,40 x 10 5 Calculados com os dados CI2
e [1-1, porAgrupamento de Equações Simultaneas.
654 9,61 x 10 5 Calculados com os dados ·C12
e [I -] , porMlnimos Quadrados.
562 7,29 x 10 5 Calculados com os dados CI - e [I - ] ' porAgrupamento de Equa~ões Simultâneas.
516 1 , O2 x 106 Calculados com os dados C - e [I - ] , porIMinimos Quadrados.
682 8,97 10 5 Calculados por tratamento da funçãoxFo,o(M,X).
615 9,09 x 105 Media
72 1 ,10 x 10 5 Desvio jJadrão ( s )
133.
Portanto, os valores medios das constantes
foram:
81 ,1 = 615 C!:. 72) M- l
82 ,2 = 9,1 (:!:. 1,1) x 10 5 M- 3
V.6 - ESCOLHA DO MODELO MAIS APROPRIADO
Podemos obseivar, das anilises dos resulta
dos efetuados nos Capitulos V.4 e V.5, que, realmente, a es-
colha de um modelo que represente os dados experimentais ob-
tidos e uma tarefa muito dificil. Ambos os modelos testados
fornecem resultados matematica e quimicamente possiveis.
Observamos, inclusive, que o valor encontra
do para a constante de formação da especie 13, quando consi
deramos apenas a formação desta e da especie I~-, 615.:!:: 72 M- l
aproxima-se mais dos valores constantes na literatura, da or
dem de 700 M- l , do que aquele por nós obtido durante os expe
rimentos em meio homogineo, 409 M- l (PARTE IV).
No entanto, a compatibilidade dos resultados
= e~t~e os virios tipos de tratamento - encontrados quando ad- 2- - 2-mitimos a hipótese do primeiro modelo (1 3 , 14 ' 15 e 16 ), e
bastante superior ã dos resultados encontrados quando da ad-- 2-missio do segundo modelo (1 3 e 16 ). Para a primeira hip5te-
se o desvio padrão encontrado para a constante B2 ,1 foi igual
a 1,1 x 104 e de 2,8 x 104 para a constante 62,2' ou seja. da
134.
ordem de 9% e 3%, respectivamente.
Por outro lado, os desvios encontrados quan-
do se testa a segunda hipótese, foram de 72 para 81 ,1 e de
1,1 x 105 para 82 ,2; da ordem de 12% em ambos os casos.
Devemos notar que essa diferença torna-se
ainda mais acentuada quando consideramos que e menos critico
encontrarem-se maiores desvios percentuais quando os valores
das constantes são elevados (8 2 ,1 = 1,1 x lOS) do que quando
esses valores são mais baixos (8 1 ,1 = 61S) e, no presente ca
so, ocorreu exatamente o inverso. O desvio encontrado para
82 ,1 (valor mais elevado) foi de 9% e para 81 ,1 (valor mais
baixo) de 12%, ou seja, o Gltimo foi superior ao primeiro.
Isso, sem levar em conta o desvio encontrado para 82 ,2' que
para o primeiro modelo testado foi de 3%, valor bastante in
ferior ao encontrado para o segundo modelo (12%).
Assim, acreditamos que o primeiro m~delo tes
tado representa mais apropriadamente os dados experimentais que
o segundo.
Esta, no entanto, nao foi a conclusão final.
AlgMns fatos nao observados nesta parte, serão anal iS'ados na
PARTE VII, qu~ndo se chegou a uma conclusão diferente desta i
mais representativa dos dados experimentais.
PART E VI
... ,Refinllento Final das Constantes de Fo~açao das EspeciesMononucleares.
136.
VI.l - NECESSIDADE DE REFINAMENTO DAS CONSTANTES
Os valores obtidos pa ra as constantes glo-
bais de formação das espécies 13, 2- 15 2- também podem14 ' e 16 '
ser expressos em termos das constantes parciais abaixo:
81 , 1 = 409 M- 2 ; Kl ,1 = 409 M- l
81 ,2 = 109 M- 2 ; Kl ,2 = 0,267 M- l
1 , 1 10 5 -2 } K2 , 1 269 -182 , 1 = x M = M
82 ,2 9,0 10 5 M- 3 } K2 ,2 8,1.8 -1(Consid~= x = M
rando a formação da espécie 12- a partir de 15).6
Observe-se que o valor de Kl ,2 e muito pequ!
no em comparaçao ao de K2,1' principalmente, e de K2,2. As
sim, durante as experiências efetuadas em meio homogêneo (PA!
TE IV)~ quando fo~am determinadas as constantes de formação- - 2-das especies 13 e 14 ' o~ resultados obtidos poderiam ter 50-
- 2-frido influência da formação daquelas espécies (1 5 e 16 ),te~
137.
do em vista serem muito mais estáveis que a especie I~-*
Para verificação quantitativa desta hipóte
se, construTmos um diagrama de composição a partir da percen
tagem de espécies binuc1eares formadas, calculada com base no
seguinte raciocTnio:
A função FO,O(M,X) pode ser representada,
por combinação das equaçoes V.22 e V.23 (pág. i17) pela
seguinte expressão:
(VI.1)
que, apos rearranjo, toma a forma:
sendo, esta uma equaçao do segundo grau (ax 2-bx-c = O) cuja
resolução fornece os va1nres de FO,O(M,X) para cada concen-
(*) Observação feita pelo Prof. Ora H.E. TOMA, durante o exa
me de qualificação.
138.
tração de ligante onde
a = 1 c = S2,1 CI2
[I-l + S2,2 CI2
[I-]2)
x = FO,O(M,X)
Por outro lado, a concentração analítica de
iodo correspondente apenas ao iqdo livre e às espécies mono
nucleares, 13 e I~-, é dada pela expressão:
Como,
então,
CI 2 ,total
FO,O(M,X)(VI.4)
cI 2 ,tota1CI mono = Fo(X)mono (VI.5)
2' FO,O(M,X)
Deste modo, a percentagem de espécies mono
nucleares pode ser calculada através da Equação VI.6,
100 Fo(X)mono
FO,O(M,X)(VI.6)
e a p~rcentagem de espécies binucleares por:
% bi = 100 - % mono (VI.7)
139.
Assim, para construção do diagrama de com-
posição, utilizando as equações VI.6 e VI.? e os valores das
constantes globais de formação relacionadas no inicio deste
~pitu10, calculamos as percentagens das espécies binuc1ea-
res, para uma faixa de concentração de iodeto de equilibrio
que variou de5 mM a 1,0 M.
Embora apenas a curva para CI = 0,5 mM fos2
se de interesse para o presente estudo (concentração ana1iti-
ca de iodo em que foram desenvolvidos os estudos descritos na
PARTE IV), ainda assim, com fins ilustrativos, construimos cur
vas em quatro diferentes concentrações analiticas de iodo
(Figura VI.1), onde podemos observar a evolução da percenta~
gem das espécies binucleares com o aumento de CI .2
Verificamos, pela curva b da Figura VI.l, que
a contribuição das espécies binucleares atinge um máximo
(-6%) na região de concentração de iodeto entre 2 e 3 mM (re
lação iodo/iodeto grande). A partir da concentração de iode
to utilizada para extrapo1ação de Bl ,l e B1 ,2 (-100 m~1), es
sa contribuição e relativamente baixa (1% no máximo), o que
evidencia muito pouca interferência dessas espécies binuclea-
res nos valores encontrados para as constantes de- 2-das espécies 13 e 14 .
formação
concentracão de iodo ~ mM•
%b·1
15
5
-3
d
c
-2
140.
a -0,1
b - 0,5
c - 1,0
d - 2,0
-1
- 2-FIGURA VI.1 - Percentagens das espicies binuc1eares 15 e 16 9 na re
gião de predominância das mononucleares 13 e I~-
141.
VI.2 - CORREÇAO DOS VALORES DE 81 ,1 E 81 ,2
Embora tenhamos observado muito pouca contr!
buição das espécies binucleares na região de predominância
das mononuc1eares, mesmo assim, esta contribuição foi descon-
tada, considerando que os valores de Fo(X) calculados ante
riormente (Tabela IV.3), utilizando a equação IV.15.b, corres
pondiam, na realidade, a valores de Fo,o(M,X), descritos pela
equaçao
(VI.8)
(VI.9)
Desde que os valores de 82 ,1 e 82 ,2 sao co
nhecidos (PARTE V), calc,u1amos (FO,O(M,X)bi - 1), os quais f~.
raro subtraidos dos valores de FO,O(M,X), obtendo-se então
Fo(X)mono' correspondentes apena~ is espécies mononucleares
e, a partir destes, os de F1(X), através da Equação IV.16 (T!
bela VI.1).
Esses valores de F1(X) foram colocados em
gráfico em função dos valores de [1-] contidos na Tabela IV.3
(Figura VI.2), e forneceram, por regressão linear, os seguin~
142.
TABELA VI.l - Valores de Fo(X) (Eq. VI.8) e Fl(X) (Eq. IV.16)correspondentes às espécies mononucleares, 13 eI~-, obtidos após subtração das espécies binucleares dos valores de FO O(M,X). CI = 0,5 mM,
5 ' 5 o· 282 ,1 = 1,lxlD , 82 ,2 = 9xl0 e Es = 0,4153 V.
FO,o(M,X) (Fo , o (M , X) bi _,) Fo(X)mono F1(X)
1 ,571 0,1066 1 ,464 308,5
1 ,864 0,1325 1 ,732 331 ,8
2,212 0,1531 2,059 352,5
2,625 0,1733 2,452 362,7
3,044 O, 188 2 2,856 370,8
4,092 0,2141 3,878 383,5
5, 128 0,2321 4,896 389,6
7,167 0,2585 6;908 393,9
9,338 0,2742 9,064 403,2
15,61 0,3173 15,29 408,3
21 ,81 0,3553 21 ,46 409,2
32,45 0,4102 32,04 413,9
42,94 0,4657 42,47 414,8
75,80 0,6176 75,18 423,9
11 0,1 0,7604 109,4 433,5
170 il 3 0,9853 169,3 448.9
232,5 1 ,204 231 ,3 460,6
298,3 1 ,409 296,9 473,5
368,1 1 ,599 366,5 487,4
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500
400
300
200
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420
440
460
F,
(X)
144.
tes resultados:
Bl ,l = 405 M- 1
Bl ,2 = 111 M-2
Observamos, assim, uma diferença muito pe-
quena entre esses resultados e aqueles obtidos na PARTE IV
(alteração de 1% em Bl,l e de 2% em Bl ,2)'
Por este motivo, após verificação da exis-
tência das especies I] e 19, objeto de considerações na pro
xima parte, não efetuamos um novo refinamento dessas constan-
tes B1 , 1 e Bl ,2' Os fatores exponenciais com respeito as con
centrações de iodo de equillbrio ([12]2 e [1
2] 3) tornam ir-
risórias as contribuições dessas espécies (I] e 19), na re-
9ião de predominância das mononuc1eares.
Tendo em vista que dispomos das concentra-
çoes de iodeto de equillbrio e do potencial condicional do
sistema em meio não complexante (E~' = 0,4153 V), podemos cal
cu1ar a s va1or es de E~ I . ut i1 i za ndo, na Equação I V. 11 , os va"'
lares dos potenciais medidos, E p' em vez dos valores nor~ex .ma1izados, Enorm .' para encontrarmos valores de constantes
mais representativos dos dados experimentais.
Assim, com os valores de E~' calculados da. I
maneira acima descrita e o de E~ , calculamos FO,O(M,X)(Equa-
çio IV.15.b) e, em seguida, Fo(X)mono e Fl(X), após descon-
- - - 2-tar a contribuiçao das especies binuc1eares 15 e 16
145.
(Equa-
ções VI.8, VI.9 e IV.16). Estes .va10res estão reunidos na
Tabela VI.2.
Os valores de 13 1 ,1 e 61 ,2 foram obtidos por
regressão linear dos pontos F1(X) vs. [1-], utilizando um prQ
grama apropriado que fornece os desvios padrão das
teso
constan-
Os resultados obtidos, apos rejeição dos seis
primeiros pontos, por situarem-se numa região não representa-
tiva das especies, e do decimo ponto, por apresentar
muito elevado (Figura VI.3), foram:
61 , 1 403 (!. 2) -1= M
61,2 = 115 (!. 9) M- 2
r 2 = 0,9447
desvio
Estes resultados apresentam uma boa concor
dância (dentro do erro experimental) com os valores obtidos
atraves dos potenciais n.orma1izados (6 1 ,1 = 405 e 61 ,2 = 111).
Os desvios encontrados, entre os valores deo I
Ex calculados com as constantes obtidas (6 1 ,1 = 403 e (31,2 ::::
115) e os experimentais estão relacionados na Tabela VI.3.
A Figura VI.4 apresenta o diagrama de dis
tribuição das especies mononucleares, correspondente aos da~
dos contidos na Tabela VI.4, os quais foram calculados com as
expressoes:
146.
TABELA VI.2 - Dados obtidos co. os potenciais medidos. Eexp .' para cál
culo das constantes de formação das espécies mononuclea-
res.
Eexp • (Y) [1-])(103 (M) o' (V) Fo •o (M,X) Fo(X)mono F1(X)Ex
0~4780 1.504 0.4087 1,672 1,571' 379,9
0,4668 2.205 0.4073 1,864 1,732 331,8
0,4567 3,005 0,4051 2,212 2,059 352.5
0.4471 4.004 0,4029 2.625 2,452 362,7
0,4395 5.004 0,4010 3,044 2,856 370,8
0.4256 7.503 0.3975 3.997 3,778 370,3
0.4148 10.00 0,3941 5.208 4.980 398,0
0.3998 15.00 0.3895 7,451 7,202 413,5,
0.3895 20,00 0.3866 9,338 9,064 403,2
0,3709 35,00 0,3824 12 ,95 12,57 330,5
0,3550 50,00 0.3757 21 ,81 21,46 409,2
0~3399 74,99 0.3710 31,45 31 ,03 400,4
0.3285 99,99 0.3670 42,94 42,47 414,8
0,3066 175,0 0.3595 76,99 76,38 430,7
0,2929 250,0 0,3549 110,1 109,4 433,5
0.2766 375.0 0.3490 174,3 173,4 459,7
0.2657 50:>,0 0,3455 228,9 227,7 453,4
0,2566 624.9 0.3422 296,0 294,6 469,8
0,2490 749,9 0.3393 370,9 369,4 491 ,2
F,(X
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,2=
l1S
M.
.... ~ '-l
148.
TABELA VI.3 - Desvios entre os valores de EO' p e os ca1cux.ex .
-1lados com as constantes obtidas: 13 1 •1 = 403 M •-2
81 .2 = 115 M .
[I -] x103 (M)o I
(V)o I
(V) d o' (mV)E E . Exx.exp. x.calc.
1 .504 0.4087 0.4092 0.51
2.205 0.4073 0.4071 -0.17
3.005 0.4051 0.4051 0.00
4.004 0.4029 0.4029 0,05
5.004 0.4010 0.4011 0,10
7.503 0.3975 0.3974 -O, 11
10,00 0.3941 0.3945 0,42
15.00 0.3895 0.3902 0,67
20.00 0.3866 0.3869 0,32
35.00 0.3824 0,3803 -2,10
50,00 0.3757 0,3759 0,22
74.00 0.3710 0.3708 -0,17
99.99 0.3670 0,3671 0,15
175.0 0.3595 0,3598 0,33
250.0 0.3549 0,3550 0,14
375.0 0,3490 0.3495 0,45
500.0 0,3455 0,3454 -0,13
624.9 0.3422 0,3421 -0,08
749,9 0,3393 0.3394 0,11
media 0,04
desvio padrão 0,57~--.~._-
TABELA VI.4 - Valores das percentagens das especies mononuclea
res e da [1 2J, calculados para construção do dia
grama de distribuição.
[1-Jx103 (M) -1 og [1-] a·o (~) al,l(l) a1 ,2 (S)
1.000 3.00 11 ,21 28,12 0,01
2,000 2,10 . 55,36 44,62 0,03
4,000 2.40 38,26 61 ,61 0,01
6.000 2.22 29,22 10,66 0,12
8,000 2.10 23,63 16,19 0,17
10,00 2.00 19.84 79,94 0,23
12.00 1.92 17,09 82,63 0,28
16.00 1.80 13,37 86,23 0,39
20,00 1 .10 10.98 88.51 0,51
28,00 1 ,55 8.08 91 ,19 0.73
32.00 1 ,49 1,14 92,02 0,84
36,00 1.44 6.38 92,66 0.95
40.00 1.40 5.18 93,16 1 ,06
48.00 .1.32 4.85 93,86 1,29
64.00 1.19 3.67 94,60 1 .73
80.00 1 .10 2.94 94.89 2.17
100.0 1,00 2.i6 94.94 2,71
160.0 0.80 1 .46 94.24 4,30'
200.0 0.10 1.16 93.50 5.34"
280.0 0.55 0.81 91.85 7.34
320.0 0.49 0.71 90.99 8,31
360.0 0.44 0.62 90.12 9,26
400.0 0.40 0.55 89.26 10.19
480.0 0.32 0.45 87.55 11 ,99
560,0 0,25 0.38 85,89 13,73640,0 0;19 0,33 84,28 15,39
120.0 0,14 0,29 82,72 11.00
800.0 0.10 0.25 81,21 18,54
960.0 0,02 0.20 78.34 21.46100e 0.00 0.19 77 .65 22,16
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151.
(VI.10)
(VI.ll)
(VI.12)
sendo os valores de Fo(X) calculados com a equaçao V.24.
P ART E VU
-' ,Novas Consideraçoes Sobre o Calculo das Constantes das Espe-
eies Pol1nueleares.
153.
VII.l - ESPECULAÇOES SOBRE A EXIST[NCIA DE OUTRAS ESP(CIES
Como a diferença encontrada entre os valores
das constantes ~l,l e Sl,2 inicialmente e apos o refinamento
foi muito pequena, não achamos necessário recalcular as cons~
tantes das espécies polinucleares.
Entretanto, ao analisarmos com maior rigor
os resultados encontrados nos e~perimentos em meio heterogê
neo*, verificamos que, se a ~nica espécie com c06rdenaçã6 de
mais de uma molécula de iodo para um ion iodeto fosse o ion
IS' a relação KS,1/KS,3 (eq. V.5 e V.15, oriundas, respectiv~
mente, do tratamento dos dados CI vs. [1-] e CI - vs. [1-]) de2
veria ser igual a 2,0 ou muito pr5ximo de dois, porque:
2S2,1 k~=
S2 , 1 k~(VII.l)
(*) No desenvolvimento desta Parte consideramos apenas os re~
sultados obtidos com"a sistemática de cálculo envolvendoo principio dos minimos quadrados.
154.
Os resultados ob~ervados foram:
KS,l = 2,6526 x 10-1
KS ,3 = 1, 1625 x 10-1
ou seja, relação KS,1/KS ,3 = 2,3 (- 14% de erro).
Isto pode ser uma forte evidenciade que exis
te pelo menos mais uma outra especie em equil1brio. Então ha
veria na Equação VII.1 mais um ou dois termos somando-se aqu~
1es do numerador e denominador, devido ã formação de I] e
ainda 19, como se verá a seguir.
VII.2 - UMA INUSITADA FUNÇAO n'
Uma outra evidencia de que existe formação
de pelo menos mais uma espécie complexa, além de 15, vem da
seguinte consideração:
A função numero medio de 1igantes, n, e ex
pressa pela relação entre a concentração de 1igante comp1exa
do e a concentração ana11tica do metal.
Na presente análise, pretendemos verificar
a coordenação de mo1eculas de iodo ao 10n iodeto. Já vimos
que e poss;vel a coordenação de uma molecula, quando temos a
especie Ij, e de duas moléculas, quando temos a especie I S..Agora iremos discutir sobre a viabilidade da coordenação de
155.
mais de duas moleculas de iodo, considerando para isso o Ton
iodeto como o nucleo central de coordenação (fazendo o papel
de metal) e o iodo como ligante.
-Desse modo, a função n pode ser escrita da
seguinte maneira:
-n =c 1
(VII .2)
-No entanto, a função n, expressa dessa for-
ma, pode fornecer muito poucas informações sobre o numero de
coordenação, tendo em vista a formação de especies com rela
ção 1- : 12' 1: 1, 2: 1, 1: 2, 2: 2, a1em de ou t r as .
Por outro lado, . ,- que as constantes de for-Ja
das especies 13, 2- 2- conhecidas, podemos cal-maçao 14 e 16 sao
cular os valores de uma inusitada função -. correspondentesn ,
apenas a coordenação de duas ou mais moleculas de iodo,con
forme será apresentado a seguir.
Tendo em vista a consideração de especies
com duas ou mais moleculas de iodo coordenadas a um Ton iode-
to, alem das espécies já evidenciadas, a Equação V.3.b. pode
ser reescrita na forma:
(\111.3)
156.
Subtraindo de CI2
,exp. os quatro primeiros
termos do lado direito da Equaçao VII.3, obtemos valores de
Ci ' os quais correspondem ao somatório das concentrações de2
iodo complexado, nas formas que desejamos identificar,
(VII.4)
Do mesmo modo, a Equação V.12 pode ser rees-
crita na forma:
CI- = [C] + 81 ,1 [1 2J[1-] + 281 ,.2[1 2J [1-]2 + 282,2[1212[I-J2 +JI
(VII.5)
e, subtraindo de CI - os quatro primeiros termos do lado direi
to desta equação, obtemos:
(VII.6)
A Equação VII.6 corresponde, então, ao soma-
tõrio das concentrações de iodeto complexado nas formas que
desejamos identificar.
"
Deste modo, os valores de nl, corresponden-
tes apenas a especies com mais de uma molecula de iodo coor-
denada a um 10n iodeto, serão dados pela relação entre as
equaçoes VII.4 e VII.6, ou seja, pela relação entre a concen
tração de iodo complexado e iodeto complexado,
157 ,
nil3 i ,1[I 2J
iC" E12 i=2o' = = (VII.7:C"- n
Bi , 1 [I 2JiI Ei=2
oesde que a concent r açã.o de i odo 1 i vr e é con~
tante (igual a ko )' nas soluções de equi1ibrio heterogêneo l
devemos também encontrar um valor de o' constante em toda
a serie de medidas.
Os resultados encontrados sao
na Tabela VII.1.
Se existir apenas a espécie IS'
apresentado~
então, qualquer que seja o v'a10r da constante 13 2 ,1' ri' =' 2,0.
Observamos que, dos vinte e nove valores ob
tidos (Tabela VII.1), vinte estão acima de dois. Assim, con
c1uimos que não apenas a especie 15 está presente.
Se, além de 15, existir a espécie 17~
(VII .9)
e "I pode assumir um valor no intervalo entre 2,0 e 3,0 (2<n'<3),
Evidenciamos, desse modo, grande probabi1i-
TABELA VII.l - Dados de Ciz
(Eq. VII.4), Ci- (Eq. VII.6) e de o'(Eq. VII.7), para verificação do número de moléculas
de iodo coordenadas com um 10n iodeto.
3 CI-Xl03 (M) [1-]xl03 (M) C" xl03 <M) Ci-X103 <M) oICIZ.exp.x~O (M) 12
7.785 16 1.0.14 1.999 1 .145 1 .7515.66 32 19 .95 4,884 2.304 2.1223,76 48 29.45 7,750 3,521 2.20
32.40 64 38,67 10,92 4.759 2,30
40.50 80 47.71 13,30 5.894 2,26
53.55 104 61 .21 17 ,12 7.002 2.45
63.00 120 69.87 20,23 7,866 2,57
72,00 136 78.22 22,80 8,943 2,55
83.25 160 89.99 24.47 11 .36 2.1597.20 184 10Z.3 27,71 12.04 2.30
107.4 200 11 0.2 30,74 12.83 2.40
121.5 224 121 .4 34.09 14.50 2.35
129.6, 240 128.2 35.42 16.74 2,12
144.7 264 139.2 39.24 13.17 2,16
158.8 288 150.4 41.07 18.31 2.24
175.0 312 161,3 44.91 18,63 2.41
185.4 336 170.4 44,71 22,60 1 ,98
202.8 360 180.6 49,62 23,45 2.12
218.4 384 190.7 52,43 24,10 2.18
231.9 408 200.6 52,98 24,78 2.14
264.2 456 219 ,4 59.42 27.27 2,13
300.6 512 240.9 64,41 29.21 2.21
334.9 568 260.4 68.45 34.27 2.00
372.3 624 280.4 73 .09 36,21 2.0?409.8 680 299.6 77 .39 38,59 2,01
451.4 744 320.1 81.79 43,40 1,88
494.0 808 340.6 85.23 46,05 1 .85
539.1 872 361,1 89,39 46,96 1,90
585.9 936 381.~ 93,98 46.76 2,01
•.média 2,2
desvio padrão 0,2
158.
159.
dade de existir a espécie I] em equil1brio, pois o valor me
dio de n l encontrado foi igual a 2,2. Não podemos, todavia,
pensar que apenas essas espécies existam em solução, pois se
admitirmos a formação da espécie 19,
(VII.10)
podemos encontrar valores de nl entre 2,0 e 4,0 (2,0<n l <4,0).
VII.3 - DECISAO PELO NOMERO DE ESP(CIES
Considerando inicialmente apenas a forma
çao de 15 e 17, as equaçoes V.5 e V.15 .. terão, respectivame~
te, as formas:
(VII.ll)
(VII.12)
tendo-se, então, o seguinte sistema de equaçoes:
-6 -9 10-12,3328 x 10 13 2 ,1 + 3,7791 x 10 13 3 ,1 = '2,6526 )(
1,1664 x 10-6 2,1 + 1,2597 x 10- 93 ,1 = 1,1625)( 10~1
o qual fornece os seguintes valqres para as constantes:
160.
13 2 , 1 = 7, 16 x 104
13 3 ,1 = 2,60 x 10 7
Como o valor d~ 13 1 ,1 e 403, ter;amos:
Kl , 1 = 403
K2 ,1 = 178
K3 ,1 = 363
ou seja, o valor de K3 ,1 e bastante superior ao de K2 ,1 (apr~
ximadamente o dobro).
Esta parece ser apenas uma solução
tica do sistema, mas nao uma soluça0 real.
A razao para um valor aparente tão
matemã-
elevado
de K3 ,1 pode ser a existincia de uma outra espicie, como o
;on 19, pois, nDrmalmente, durante a formação gradual de com
plexos, Kl >k 2>K3 , a menos que ocorra alguma mudança de con
figuração, o que não seria o caso, conforme já discutido no
capitulo 1.2. Um grande- número de sistemas guarda, inclusi
va j uma relação linear entre 109 Ki e i (ou i_l)167, confor
me apresentado na Figura VII.l.
161
log K·1
6
5
4
3
2
1
o
-11 2 3 4 5 6 i
FIGURA VII.l - Log Ki em função de i para vários sistemas corr
plexos. A linha pontilhada representa valor
extrapolado 16 ?
Por outro lado, nao dispomos de uma tercei-
ra equaçao para calcular os valores de 13 2 ,1,133,1 e 134 ,1' di~
pomos apenas das equações VII.ll e VII.12, que, considerando
a formação de 15, I] e 19, tomam as formas,
KS,1 = 2 k213 2 ,1 + 3 k3
~3,1 + 4 k484 ,1 (VII.13)o o o
KS,3 = k213 2 ,1 + k3
13 3 ,1 + k4
f3 4 , 1 (VII.14)o o o
162.
Desse modo, utilizamos no cálculo dos valo
res das constantes uma sistemática baseada na suposição da li
nearidade entre log K. vs. i, conforme apresentado a seguir.1
No sistema, objeto do presente estudo, se
considerarmos a existência de uma relação linear entre log Ki,
e i, teremos:
ou seja:
log = log = log (VII.15)
= = = f (VII.16)
Assim,
K2 , 1 =Kl , 1
(VII.17)f
K3 ,1 =Kl,l
(VII .18)f2
K4 ,1 =Kl,l
(VII .19)f3
ou ainda,
81 , 1 = Kl , 1 (VII .20)
2
82 ,1 = 81 ,1 K2 ,1 =Kl ,1
(VIl.21)f
163.
83,1 = 82 , 1 K3,1 = ( Kl , 1 )3 (VII.22)f
4
84 , 1 = 83, 1 K4 ,1 =Kl , 1
(VII.23)f6
Devemos, então, encontrar um valor de f que
satisfaça a equação VII.13, ou melhor, que forneça constan-
tes com valores tais que - após substituição na equaçã"o VII.13 .
satisfaçam a condição KS,l = 2,.6526 x 10-1 .
Este valor de ! pode ser encontrado, por cá}
culo iterativo, atravis do programa contido no Ap~ndice4 que,
em linhas gerais consiste no seguinte:
Parte-se de um determinado valor de f e cal-
culam-se valores de 82,1' 83 ,1 e 84 ,1 (Equações VII.20 a VII.23),
. já que Kl,l i conhecido (403 M-l ).
Subst~tui-~e esses valores na Equação VII.13
·~e compara-se o resultado encontrado, KS,l,calc., com o valor
~experimenta] (2,6526 x 10-1 ). Se este resultado for supertor
,ou inferior ao experimental ~ incrementa-se ou decrementa-se;
f~ sucessivamente, ati que a condição de igualdade entre. ~~.f·
Ks,l,calc. e KS,l,exp. seja alcançada.
Como f de partida utilizamos a relação en~
tre Kl,l e K2 ,1 encontrada quando calculamos o valor de 62 ,1
considerando apenas a formação de 15e I] (folha 160).
.finicial =403178
164.
Os resultados finalmente encontrados foram:
f = 1,7610.-'
K1 , 1 403 M- 181 , 1 403 -1= ~ = M
K2,l 229 M- 1 .. 8 9,2 104 -2= = x M2, 1
K3 ,1 130 M- 1 ) 83 , 1 1 ,2 107 -3= = x M
K4 ,l 73,8 M- 1 ) 8'4 , 1 8,8 108 -4= = x M
Ao substituirmos os valores dessas constan
tes na Equação VI I. 14, encon tramos um va 1or de 1,2362 x 10 -1 ,- -1enquanto o valor experimental e 1,1625 x .10 , ou seja, houve
um desvio de - 6%.
Verificamos ainda, utilizando o mesmo proce-
dimento, qual o valor de f que satisfaz a Equação VII.14, pa-1ra KS,3 = 1,1625 x 10 , e os resultados encontrados foram:
f = 1 ,8508
K1 , 1 403 M- 1 ') 8",1 403 -1= = M
K2,l 218 ,.,-1 .,82 , 1 8,8 104 -2
= = x M
K3 ,l = 118 M- 1 ,83 ,1 = 1 , O x 107 M- 3
K4,l 63,6 M- 1===> 84 ,1 6,6 108 -4= = x M
Substituindo os valores das constantes acima-1na Equação VII.13, encontramos KS,l = 2,4667 x 10 (Ks,l,exp.=
2,6526 x 10-1 ). Hou~e um desvio de - 7%.
165.
Como pode ser observado (Tabela VII.2)t hou
ve uma boa concordancia entre os resultados obtidos com os da
dos CI vs. [I-]2
[I -] (tra tamento
sultados finais
(tratamento de KStl ) e com os dados CI -,-
de KSt3 )t de modo que consideramos como
a media entre os dois resultados:
f3 2tl 9 104 -2= x M
f3 3tl 1 107 -3= x M
f3 4tl 8 108 -4= x M
vs.
re-
Calculando-se com esses resultados o valor
de ~'(Equaçio VII.10)t encontra-se:
~I = 2 t 1
muito prõximo t portanto t do valor experimental:
jil = 2 t 2
r oportuno mencionar que considerações esta-
tlsticas foram feitas t para se determinar o fator f t o qual
nao seria exatamente o mesmo para todas as etapas de forma-
çao de complexos sucessivos. Discussio ampla sobre o assun
to se encontra no texto de BECK16 ? Entretanto t as observa-
ç5es experimentais mostram discordancias com os fatores mera-
mente estatisticos. Dal se ter adotado a sistemática acima
para o cálculo das constantes referentes ã formaçao de 15,1] e
166.
TABELA VII.2 - Valores das constantes parciais de adição(~,l:
e das constantes globais de formaçio (Bm,l) p~
ra as espécies Is' I] e 19, obtidas por trata-l
mento dos dados C1 vs. [I-J (KS,l) e CI - vs.2
TRATAMENTO DEME:DIA
KS,l Ks ,3
K2 ,1 229. 218 224
K3 ,1 130 118 124
K4 ,1 73,8 63,6 68,7
62, 1 9.~2 x 104 8,8 x 104 9. x 104
63 ,1 1,2 x 10 7 1,0 x 107 1 x 10 7
64 , 1 8,8 x 108 6,6 x 108 8 x 108
167.
I~. Os valores "reais" serao, certamente, muito prõximos dos
encontrados e dificilmente estariam em outra ordem de grande-
za.
De qualquer forma, houve concordancia mais
que satisfatória entre os dados acima discutidosi com os da
dos experimentais.
VII.4 - ESPECULAÇOES SOBRE A FORMAÇAO DE I~-
Efetuamos uma and1ise (ã semelhança da ana
lise feita para KS,l e KS,3) dos resultados obtidos para as
constantes KS,2 e KS,4 (equações V.6 e V.16, respectivamente,
pag$. 109 e 114).
Vimos que - pelo fato de CI vs. [1-] e CI -2
vs. [1-] Serem curvas acentuadas - haveria formação de espe-
cies com mais de um 10n iodeto coordenado, e concluimos pela
existência da espécie I~- (relação iodo: iodeto = 2:2).
No entanto, não especulamos sobre a forma
çao de espécies com mais de duas moléculas de iodo coordena
das a dois 10ns iodeto.
Se o 10n I~- for a única espécie formada, en
tão,
Por outro lado, no caso da formação de espe-
cies com, por exemplp, três moléculas de iodo coordenadas a
168.
dois 10ns iodeto (espécie Iã-), as equaçoes V.6 e V.16 tor
nam-se
(VII.24)
(VII .25)
e, consequentemente, teremos
Os resultados obtidos foram:
KS 2 = 2,1111, -
K = 2,1439S,~
Houve, portanto, uma excelente concordãncia
entre os resultados (KS,2 =KS,4)' de modo que po~emos ex
cluir a possibilidade de formação da espécie I~-, ou de qual
quer outra espécie com maior numero de moléculas de iodo coor
denadas a dois 10ns iodeto.
169.
VII.S - ESPECULAÇOES SOBRE A EXISTrNCIA DE I~-
A formação da espécie I~- pode ser interpre
tada como resultante da dimerização do lon Ij
2 13 ~'<==~'
ou seja. a espécie I~- seria resultante de uma auto-associa
ção do lon 13.
Dentro da idéia de que algumas espécies apr~
sentam auto-associações sem limite. que são as denominadas au
to-associações indefinidas 168- 1 ?O. poderia ocorrer o mesmo
com relação ao lon Ij. Assim. poderia também haver formação
de um trimero. tetrâmero, etc .• desde que o presente siste
ma se enquadrasse no referido esquema. tão comum na formação
de misce1as ou agregados.
Admitir formação dessas espécies (I~-.
etc.). a partir do tri iodeto. seria o mesmo que admitir FO.O(M.X)
(Eq. V.23) variando não apenas com a concentração de iodeto
ao quadrado, também cubo, quarta potência. etc .• .-mas ·ao a Ja
que:
3 I 3 .1 2~ 3- [I~-J 3 [ -] 3+ -e--- 19 = B3 •3 .ko I
4 I - 4- [1~2]. 4 4
+ 4 12 ~ 112 = 84 •4 ·ko [I-]
n 1 [I ~~J
170.
No entanto, observamos que a função ~ (equa
çao V.26) vs. [1-] (Figura V. 3 ) e uma reta e, caso a hipô-
tese da auto-associação indefinida fosse verdadeira, deveria
mos obter uma curva.
Assim, ~odemos concluir que o presente sis
tema, nas condições em que foi estudado, nao apresenta este
fenômeno de auto-associação indefinida, onde partes hidrofô-
bicas de uma espécie se reunem, como ocorre com detergentes
e ions de ácidos carbox11icos. A aparente dimerização do Ij
seria causa~a. por razões puramente estruturais em que existem
condições de se formar uma espécie binuclear, onde dois 10ns
iodeto se acham coordenados a duas moléculas de iodo, contor-
nando fatores coulômbicos de se terem duas cargas negativas re.!!.
nidas numa unica especie. Tais fatores coulômbicos ligados
a um certo tipo de estrutura e que poderiam impedir a forma3-ção de 19 .
171.
VII.6 - APRESENTAÇAO FINAL DAS CONSTANTES DE EQUILIBRIO
O sistema 12/1- é de considerável importân
cia na QuTmica Ana1Ttica e QuTmica Inorgânica por suas múlti
plas aplicações, inclusive em cinética de reaçoes. O conhe
cimento mais exato da composição do meio, poderá ser um fator
importante em qualquer estudo de caráter quantitativo envol
vendo interações com o sistema iodo/iodeto. Desde longa data
a forma do iodo como 13 é tida como a única existente numa
consideração' simplificada deste sistema, o que não correspon
de ã realidade, como foi visto no desenvolvimento do presen-
te trabalho.
Há pois, necessidade de se considerar este
sistema numa forma mais realistica, levando-se em conta os
outros equilTbrios, além do bem conhecido referente ã forma
ção da espécie 13.Uma condição particularmente interessante e
o trabalho em condições de equilibrio heterogêneo, onde a con
centração de iodo livre adquire um valor constante,
em equilTbrio com uma [I"":], proveniente de um valor
estando
inicial
CI -, de cuja diferença resulta um valor definido de solubili
dade, CI •2
O objetivo deste capitulo é dar um caráter
prático ao manuseio das constantes de equilibrio, procurando
relacionar de forma clara o compromisso entre CIZ
9 C1-, [I-J
e as concentrações das espécies complexas.
172.
Nas condições de saturação t os equi1Tbrios
existentes sao os seguintes:
12 (s)ko ... I ko [1 2J=< .2(aq.)
k12(s) I - 1 • 1 ,
li(aq. ) k1 t 1 [I iJ / [I -J+ =(aq. ) '<
k[1~-J/[I-J212 (s) + 21 - 1,2"'1 2- .
k1 t 2 =(a q . ) '< 4 (aq.)t
k21 2 (s) I - 2 .1 ....
15(aq.) k2t 1 [I 5J / [I -]+ =(a q . ) 'C
k .
31 2 (s) I - 3.1 ",17(aq.) k3t 1 [I 7J/ [1-]+ (a q . ) 'C =
k41 2 (s) + I-(aq.)
4.1 ....19(aq.) k4t1 = [I 9J/ [1-]'<
k[I ~ -] / [I -] 221 2(s) 21 - 2.2, 12- . k2t2+ =(aq. ) ... 6 (aq.)t
A esses equi1Tbrios heterogêneos correspon-
dem os seguintes equi1Tbrios homogêneos:
812 + I
1 .1 .... 13 81 t 1 = k1t1 /ko'<
8 2-12 211 .2",
81 t 2 k1 t 2/ ko+ ... 14 ; =
21 2 I82, 1 >.
I; 82 t 12+ .... = k2t1 /k o;)
31 2 I83 t 1 ...
I] 83t 13+ = k3t1 /k o'<.
41 2 I84 t 1 ....
19 84 t 14+ '< = k4t1 /k o
2I? 2182 t 2 ... 2-
B2t22+ - 16 ; = k2t2 /ko
173.
Os resultados das constantes de equilfbrio
obtidas para o sistema iodojiodeto estão reunidos em diagra
mas, figuras VII.l e Vil.2, onde podemos ter uma visão glo
bal dos equillbrios envolvidos neste sistema. A figura VII.l
se refere aos ~quilibrios heterogêneos existentes ea figura
VII.2 aos equilibrios homogêneos.
Um outro diagrama útil de ser apresentado e
,o de distribuição das esp~cies nas condições de saturação
(Figura VII.3), construido com o auxilio das equações:
(VII.27)
ao,O(%)1 x 10O (V 11 .28 )=
Fo,o(M-,X)
al,l(%) = aO,o(%) 81 , 1 [I.-J (VII .29)
a l ,2(%) = ao,o(%) 81 ,2 [I -] 2 (VII .30)
a2 , 1(% ) = 2ao ,0(%) 82 ,1 ko [I -] (VII.3l)
a3,1 (%) = 3ao ,0(%) 83 ,1 k2 [I -] (VII .32)o
a4 ,1(%) = 4ao ,0(%} 84 , 1 k3 [I -] (VII.33)o
a2 ,2(%} = 2aO,0(%} 82 ,2 ko[I -] 2 (VII.34)
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-
177 .
Neste diagrama podemos observar a região de
predominância de cada espécie e temos uma idéia melhor sobre
quais espécies predominantemente compõem o sistema. Verifica-
mos que t fundamentalmente t existem em equilibrio as espécies
13t"15 e I~- As espécies I] e particularmente I~- e 19>.con
tribuem com uma percentagem. muito pequena, em toda a faixa de
concentração de iodeto.
Utilizando os valores das constantes globais
de formação, o valor dek o e as equaçoes VII.3 e VII.5 (fo
lha 155) as quais, considerando todas as espécies evidencia
das t após rearranjo tomam as formas,
CI ko + (8 1 ,lko +2 3 4= 28 2 ,lko + 383 ,lko + 484 ,lko )
2
+ (8 1 ,lko2 [ -] 2+ 282,2kO) I
e
CI - [I -] (8 1 ,lko +2 3 4
= + 82 ,lko + 83 ,lko + 84 ,lko )
(VII.35)
(VII .36)
é posstvel calcular para diversas concentrações de iodeto de
equilibrio os correspondentes valores das concentrações ana
liticas de iodeto e de iodo.
Com estes dados ([I-J, CI - e CI ) podemos2
construir uma espécie de nomograma (Figura VII.4), o qual e
de muita utilidade prática, como pode ser observado nos exem-
plos a seguir:
60
0
----
---
--
--
--
---
---
-.--
-:.,
---
----
---
---
-
'200
c 1-
ou[I
-](m
M)
No
mo
gra
ma
ap
rese
nta
nd
oa
co
rre
sp
on
dê
ncia
en
tre
CI2
'C
1-
e[I
-].
B"1
=4
03
M-1
;8
1,2
=1
15
-2
4-
27
-3
-8
-~
5-3
....M
;8
2,1
=9
x1
0M
;8
3,1
=lx
l0M
;8
4,1
=8
x1
0M
e8
2,2
=9
xl0
M.
~
Cu
rva
(a);
CI
vs.
Cy-
-e
cu
rva
(b):
CI
vs.
[I-J
.2
2
FIGU
RAVI
1.4
-
o
100
200
300
400
toa
C1 2
(mM
)
179.
1. Se desejamos, por exemplo, obter uma so
lução de iodo numa concentração total de 0,1 M, em que con
centração ana11tica de iodeto deve ser obtida a solução satu
rada? ap5s atingir o equi11brio, qual seri a concentraçio de
iodeto livre?
Com o auxilio do nomograma apresentado na Figura VII.4 temos um fici1 acesso a estes valores, bastando
para isso traçar uma paralela ao eixo das abcissas, na altu
ra do eixo das ordenadas correspondente a CI = 0,1 M, de mo-2
do que esta intercepte as duas curvas a e ~ (conforme repre-
sentado na figura). Ap5s projetarmos o ponto de intersecção
de cada curva no eixo das abcissas obtemos os respectivos va
lores de CI - e [I-J. Para o exemplo em questão CI - = 0,192 M
e [I-] = 0,105 M.
Se a concentração total de iodo desejada for
0,5 M as concentrações de iodeto analitica e de equi1ibrio s~
rao, respectivamente, 0,808 M e 0,345 M, e assim sucessivamen
te.
2. Quando saturamos de iodo uma solução de
iodeto 0,6 M, qual seri ~ concentração total de iodo e a de
iodeto de equi11brio?
Para isso e necessirio traçar uma perpendi
cular ao eixo das abcissas no ponto CI - = 0,6 M, ate que esta
reta intercepte a curva (a). Em seguida, projetamos este po~
to de intersecção no eixo das ordenadas quando então encontra
mos o valor de CI (0,35 M). A linha de projeção intercepta2
a curva (b). Projetando o ponto de cruzamento no eixo das
180.
abcissas encontramos o valor da [I-J (= 0,27 M).
3. No exemplo anterior, quais as
gens de cada espécie complexa?
percenta-
No exemplo acima a concentração de iodeto de
equi11brio encontrada foi igual a 0,27 M. O logaritmo deste
valor é -0,57. Para sabermos a percentagem de cada especie
complexa, devemos recorrer ao diagrama de distribuição de es-
pêcies apresentado na Figura
10g[I-J = -0,57,existem
15; 2,9% de I]; 0,3% de
VII .3, qnde podemos encontrar que, quando- 2-33,7% de 13 ; 2,6% de 14 ; 16,3% de
- 2-19 e 43,9% de 16 Os 0,3% restantes
encontram-se na forma de iodo livre.
E claro que estas generalizações sao vil idas
apenas nas condições em que estudamos este sistema; ou seja,
a 250C, 1 = 1,0 M e para uma faixa de concentração ana1itica
de iodeto de O a 1 M.
"
PARTE VIII
Perspectivas de Trabalhos Futuros e Medidas Prelilinares.
182.
VIII.1 - ESPECTROFOTOMETRIA NO ~ISTEMA 10DO/IODETO
Na literatura consultada sobre o estudo da
formação de complexos no sistema iodo/iodeto, relativamente
poucos são os trabalhos que utilizam o metodo espectrofotó-
metrico para a determinação de constantes 11 ,45-4?,53.
A especie 13, considerando ser a unica exis
tente em equi1ibrio, apresenta duas intensas bandas de absor-
çao; uma em torno de 350 nm e outra em torno de 288 nm,
absortividades molares bastante elevadas, da ordem de 104
ambos os comprimentos de onda 11 ,45,46,53 o que permite
tuar estudos em baixas concentrações dos reagentes.
com
em
efe-
Por outro lado, o metodo fica restrito ape
nas ao estudo das especies mononuc1eares, pois a utilização
de concentrações elevadas (região de predominância das binu
c1eares) provoca uma absorção alem do limite máximo aconse1h~
ve1 para estudos desta natureza, por mais que utilizemos cami
nho õtico inferior a 1 cm.
Alem disso, o ion iodeto - em concentrações
elevadas - e oxidado ~ iodo por ação da luz (especialmente na
183.
região do ultra violeta), formando 13 e outras especies.
Pensamos então em efetuar um estudo espectr~
fotometrico do sistema, em baixas concentrações dos reagen-
tes, para determinar as constantes de formação das especies
13 e 1~- e suas absortividades molares.
Para este fim, procuramos inicialmente veri-
ficar as condições em que este estudo poderia ser efetuado.
Do mesmo modo que para as medidas potencio
metricas, o meio foi tamponado com solução de ácido acetico/
acetato de sódio e a força iônica mantida em 1,0 M com solu
ção de perclorato de sódio.
As soluções de iodeto e de p~rclorato + tam
pao nao apresentam bandas de absorção na região de 750 a 270
nm (Figura V11I.l).
As soluções de iodo, ao contrário, apresen
tam três bandas de absorção em torno de 463, 350 e 286 nm (Fi
gura VII I. 1 ) .
As soluções contendo iodo, tampão, perclora
to e iodeto, ou seja, as soluções contendo os complexos, apr~
sentam duas bandas de absorção em torno de 350 e 285 nm, cu
jas intensidades aumentam com o aumento da concentração de
iodeto (Figura V111.2). Verificamos então que o iodo absor
ve na mesma região do complexo.
Partindo do principio de que as condições
mais favoráveis de medidas espectrofotometricas são aquelas
em que apenas os complexos formados absorvem, procuramos en-
A
097
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
O,1
090
250
300
350
400
450
500
550
600
700
À(n
m)
FIG
URA
VII
I.!
-E
spec
tro
sde
abso
rção
:(a
)ta
mpã
oHA
c0,
1M
/NaA
c0,
01M
+N
aC10
4(b
)io
det
o4
,Bx1
0-4
M+
solu
ção
(a)
-2-
(c)
iod
eto
1,O
x10
M+
solu
ça0
(a)
(d)
iodo
2,2
xlO
-4M
+so
luçã
o(a
)
--'
00~
A
0,9
185.
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
O, 1
0,0
c
FIGURA VIII.2 - Espectros de absorção do iodo e do sistema 12/1-:-5 -(a) iodo 4,96xl0 M + tampao HAc 0,1 M/NaAc 0,01
M + NaCl0 4 .(b) iodeto 2,4xlO-4 M + solução (a)(c) iodeto 1 ,2xlO- 3 M + solução (a)
contrar uma concentração de iodo tal que sua
fosse mlnima (Figura VIII.2).
186.
interferência
Quando apenas uma espécie complexa absor-
ve, o cálculo da sua constante de formação e bastante sim-
ples, mas no presente sistema, onde ocorre a formação de duas
espécies e a segunda é muito mais fraca que a primeira (8 1 >
82), a situação é bem mais complicada, principalmente se os
valores dos coeficientes de extinção molar das duas espécies
forem muito próximos.
Mesmo neste caso o cálculo das constantes
ainda seria simples, se houvesse a possibilidade da utiliza
ção do método de McCONNEL e OAVIOSON 171 , o qual consiste em
efetuar medidas de absorbância de várias soluções onde a re
lação CM/CX seja elevada (pelo menos igual a 10), para garan
tir a formação apenas da primeira espécie complexa (MX). Oes-
se modo, determina-se os valores de 81 e E1 . Posteriormente,
seriam efetuadas medidas em condições de existência das duas·
espécies tendo-se apenas dois outros valores a determinar (8 2
e E 2).
No entanto, para o sistema iodo/iodeto essa
sistemática nao é aplicável, tendo em vista a formação da~
espécies po1inuc1eares.
VATSIMIRSKII 172 propos um método de cálculo
que permite encontrar os valores das constantes de formação e
as caracterlsticas espectrais.para sistemas com várias espe
cies complexas, conforme descrito a seguir.
Após obtidos os valores de absorbãncia (A)
187.
das soluções contendo os complexos MX i , para várias concen
trações do 1igante (X), e posslve1 calcular valores das ab
sortividades molares medias (~) atraves da equação:
-E = A (VIII.l)
onde ~M e a concentração analitica do ion metálico e ~ o cam;
nho ótico.
De acordo com a lei de BOUGUER~LAMBERT-BEER,
as absorbânc;as das soluções podem ser expressas pela
çao
equa-
A
~
(VIII.2)
Combinando-se a equaçao do balanço de massa
CM = [M] + [MX] + + [MXnJ
com as equaçoes VIII.1 e VIII.2, obtem-se:
(VIII.3)
_ E o + E 161 [X] +E =
1 + 61 [X] +
(VIII.4)
Subtraindo-se EO
de ambos os lados da Equa
ção VIII~4, resulta:
...........(VIII.5)
onde fiE = -E - EO ; fiEl = El - EO ; flE n = En - EO •
188.
Tem-se, deste modo, para cada medida de ab
sorbância, uma equação do tipo VIII.S.
A solução proposta por YATSIMIRSKII para re
solver essas equaçoes consiste no tratamento de uma serie de
funções auxiliares.
A função auxiliar mais simples e dada pela
expressão:
[x](VIII.6)
Substituindo esta equaçao na Eq. VIII.S
(VIII.7)
A extrapolação gráfica desta função f 1 vs.
[X], para [X] = O fornece
lim f l = al = âE1B l[X] ~O
(VIII.8)
Uma segunda função auxiliar pode ser encon-
trada:
A extrapolação, para [X] = O, desta
(VIII .9)
função
189.
fornece o seguinte valor:
1im f 2[X] -+- O
(VIII.10)
Deste modo, n funções auxiliares podem ser
obtidas
f· =1
f· 1 - a. 11 - 1 -
[x](VIII.ll)
e, consequentemente, ~ equaçoes.
No entanto, para resolver o sistema, sao ne
cessárias 2n equações, já que além das constantes 8i , os va
lores de €; também precisam ser determinados.
As outras equações podem ser encontradas in
troduzindo-se uma nova variável y:
y = 1
[x](VIII.12)
Dividindo-se o numerador e o denominador do
lado direito da equação VIII.5 por [X]n obtem-se, após subs
tituição na eq. VIII.12,
n -1Y
(VIII.13)
A extrapo1ação de ~E para y = O, fornece
lim /1E = bl = /1E ny-+O
190.
(VIII.14.a)
maneira:
Outra função auxiliar e obtida da seguinte
1Jl l = (VIII.15)
O limite de 1/)1 para y-+ O e:
(VIII.16)
De maneira anãloga a anterior podem ser ob
tidas as funções 1f'2' tP 3 ' .... 't 1Jl n- l , tendo-se deste modo as
~ equações necessãrias ã resolução do sistema.
Assim, para um sistema constituido de duas
especies, sao obtidas as equações:
a l = /1 E181 (VIII.8)
/1E:2 822 (VIII .10)a 2 = - /1 E: 181
b1 = /1 E: 2 (VIII.14.b)
b2 = (/1E: l - /1E: 2)81 (VIII.16.b)B2
Efetuamos, então, uma serie de medidas de
absorbancia em soluções contendo iodo - 5 x 10- 5 M e iodeto
191.
em concentrações que variaram de 1,2 x 10-4 M a 0,1 M, em
À = 350 nm.
Os resultados obtidos (Tabela VIII.l) foram
tratados pelo metodo de YATSIMIRSKII.
As extrapolações gráficas (dificeis de serem
efetuadas) forneceram os seguintes resultados:
a 1 = lH:l·B l 1 ,9 x 10 7
.1e: 2 ·B 22 1 ,2 10 10a2 = - tle:1B l .:. - x
bl =. M: 2 .:. 2,7 x 104
b2 (tle:l .1e: 2)81 - 45= - 132':'
Com esses resultados obtemos:
Encontramos um valor muito baixo para 81 e
negativo para 82 ,
Considerando que existe apenas a especie 13necessitamos apenas das equações VIII.8 e VIII.14.a, a qual
assume a forma
(VIlI.14.c)
TABELA VIII.l - Valores das funções auxiliares de YATSIMIRSKII obtidos
atraves de medidas de absorbância no sistema iodo/iode
to(*). CI = 4,985 x 10- 5 M, I = 1,0 M, À = 350 nm.2
CI- (mH) A âE x 10- 3 f 1 x 10- 5 -f2 x 10-8 Y x 10-1- tJl l
0,120 0.108 2,166 180,5 103,9 833,3 3,0040,160 0,140 2,808 175,5 109,3 625,0 3,9030,200 0,171 3,430 171 ,5 107,5 500~0 4,7540,240 0,197 3,952 164.7 118,1 416,7 5,5800,420 0,310 6,218 148,1 107,0 238,1 8,8120,540 0,372 7,462 138,2 101 ,5 185,2 10,660,700 0,438 8,786 125,5 96,41 142,9 12.890,860 0,502 10,07 117,1 88,27 116,3 14,731,00 0,553 11 ,09 110,9 82,07 100,0 16,11
1.20 0,602 12,08 100,6 76,98 83,33 118'1 51,50 0,674 13,52 90,13 68,58 66,67 20,522,00 0,796 15,97 79,84 56,58 50,00 22,473,00 0,912 18,29 60,98 44,01 33.33 26,725,00 1,046 20,98 41,96 30,21 20,00 31 ,09
10,0 1,170 23,47 23,47 16,95 10,00 37,3120,0 1,258 25,24 12,62 9,019 5,000 39,3030,0 1,296 25,60 8,666 I 6,145 3,333 36,09
-. -- I - - -- ! I -.40,0 1 ,316 26,40 . 6,600 4,660 I 2;500!32;08
50,0 1 ,316 26,40 5,280 3,754 2,000 40,10
100 1,336 26,80 2,680 1,903 1,000 40,10
(*) Para as soluções onde C1- ~ 1,2 mM util izamos caminho ótico de 1,000
em e para as soluções onde CI -' ~ 1,5 mM util izamos caminho ótico de
0,500 em sendo os valores das absorbâncias convertidos para 1,000 cm.
192,
193.
e dos resultados encontrados de a1(1,9 x 107) e b1 (2,7 x 104).
Assim, o valor encontrado para 13 1 e:
-113 1 = 704 M
Ambos os resultados (B 1 :;; 704 e E1 ;;;2,7 x 104 )
estão muito próximos 'daqueles existentes na literatura. Cabe
mencionar, no entant~, que 'estes resultados espectrofotomi
tricos não invalidam a'existência da espécie I~- O que po
demos dizer é que o métódo e~pectrofotométrico não tem con
dições de preéisão e exatidão capazes de resolver o sistema,
o que não ocorre com o método potenciométrico. Os dados ex
perimentais satisfazem bem ã simplificação de uma única espe
cie e, portanto, ã existência de apenas um valor de E. De fa, --to, este valor de 13 1 esta tambem coerente com o encontrado
por medidas de solubilidade de iodo em soluções de iodeto,
quando adotamos a simplificação de existência de apenas 13.Entretanto, o tratamento rigoroso dos dados leva, como foi
visto, a evidências de outras espécies (PARTE V).
No presente caso caberia apenas, para fins
ana1lticos, verificar a lei de BOUGUER-LAMBERT-BEER em diver-
. 50S comprimentos de onda. Eventuais desvios poderiam ser cau
sados por formação de espécies binucleares. Este sistema io
do/io~eto poderia servir como método muito senstvel para de-
terminação ,de cargas envolvidas em processos cou10mêtricos.
Para este fim poderia ser feito um diagrama linear (ou não) en
tre a carga e a absorbincia.
194.
VIII.2 - SOLUBILIDADE DE IODO EM SOLUÇOES DE OUTROS HALETOS
Ao determinarmos a solubilidade do iodo em
soluções dos demais haletos (f-, Cl e Br-) encontramos os re
sultados contidos na Tabela VIII.2.
TABELA VIII.2 - Solubilidade do iodo em soluções de F-, Cl e
Br-.
Meio (0,5 M)
NaF t HCI04 1,0 ~M
NaCl
NaBr
Solubil idade do Iodo (mM)
1 ,068
2,129
8,495
Observamos que esta solubilidade decresce no
sentido 1-, Br-, Cl e F-. Em soluções de fluoreto houve, in
clusive, um pequeno decrescimo deste valor em relação ao da
solubil idad'e do iodo em água (1,08 mM), embora isto possa ser-
simple~mente um efeito II sa lting-out ll,: resultante da força iô-
nica. CARTE.R e HOSKINS 173 já haviam observado que, em solu~
ções de fluoreto, a solubilidade do iodo decresce com o pe-
rlodo de agitação. Entretanto a solubilidade por nos obser
vada sob agitação por 1 hora ou 1. hora e 15 minutos não apre
sentou diferença mai~r que a prevista pelo erro experimental
dessas determinações.
Por outro lado, observamos que nas soluções
de brometo existe um aumento considerável (em relação
195.
a da
água) na solubilidade do iodo t sendo cerca de oito vezes mais
alta.
Fazendo analogia com o que ocorre em solu-
çoes de iodeto t este aumento de solubilidade pode ser devido
i formaçãotpelo menos,da espécie I 2Br- t a qual já foi obser
vada através de estudos espectrofotométricos174-179 e de so
lu~ilidade173,180,181.
Inicialmente tentamos efetuar os estudos
através de medidas potenciométricas em soluções contendo iodo
0,5 mM t iodeto 1 tO mM e brometo em concentrações variáveis
(Ot02 a 0,8 M) mas t além de os valores dos potenciais medi-
dos serem bastante instáveis t haveria a possibilidade de for
mação de complexos mistos.
Assim t efetuamos medidas de solubilidade t
saturando de iodo soluções de brometo t na ausência de 10ns
iodeto.
Os resultado~ obtidos sao apresentados na
Tabela VIII.3.
. A concentração total de iodo~ na hipótese de
coordenação de apenas uma molécula de iodo t é dada pela ex-
pressao:
N[I2Br~-]CI = [1 2] + L
2 i=l
NBi [I 2J [B r -] iCr = [1 2] + L
2 i=l
(VIII.17.a)
(VIII.17.b)
196.
TABELA VIII.3 - Solubilidade do iodo em soluções de Brometo,
tamponadas com solução de HAc 0,1 M/NaAc 0,01
M. [1 2] = ko = 1,08 x 10 - 3 M, I = 1, O M.
0,100
0,200
0,300
0,400
0,500
0,600
0,704
0,800
0,904
1 ,000
CI (mM)2
2,380
3,872
5,485
6,917
8,389
9,922
"11,13
14,22
15,65
197.
o grãfico Cr vs. CBr - (Figura VIII.3) ê uma2
reta, o que indica a existência de uma unica especie pois:
(VIII.17.c)
A regressao linear dos dados CI vs. [Br-]2
forneceu os seguintes resultados:
coeficiente 1in ea r = 1,02 x 10- 3
coeficiente angular = 1,47 x 10- 2
r 2 = 0,9997
Como intersecção deverlamos ter obtido o va-
lor de ko (1,08 x 10- 3) e, no entanto, o valor obtido foi
1,02 x 10- 3 (5,6% de desvio). Mesmo assim, para cilculo do
valor de al , utilizamos o valor de ko experimental anterior
mente obtido. Assim:
inclinação = al [1 2] = 81ko-1al = 13,6 M
-2= 1.47 x 10 , então
houve
A correçao nos valores de CBr - para
demonstrou uma variação muito pequena de modo que não
necessidade de corrigirmos o valor de 81 encontrado.
BELL e BUCKLEy176 não observaram uma rela-
çao linear entre os valores de solubilidade de iodo e a con~
centração de brometo, tanto para brometo de potãssio quanto
14
12
10
8
6
4
2
0,2 0,4 0,6 0,8
198.
FIGURA VIII.3 - Solulidade do iodo em soluções de brometo de sódio [1 2J=k o=1 ,08 mM, 1=1 iO M.
para brometo de sódio (Figura VIII.4), observando
uma diferença acentuada no comportamento dependendo
199.
inclusive
do sal
usado. Para as soluções de brometo de sódio a solubilidade
do iodo aumenta, passando por um máximo em torno de CBr- == 5M,
para em seguida sofrer um decréscimo.
Nos nossos experimentos, observamos uma re
lação 1inear entre CI e CBr - mas a concentração máxima de bro2
meto utilizada foi apenas um pouco superior ã minima emprega-
da por BELL e BUCKLEY. Além do mais o presente trabalho foi
efetuado em condições de força iônica constante. Em força iQ
nica variável um crescente efeito"salting-out"se opoe ao au-
mento da solubilidade do iodo em brometo.
Por outro lado, não podemos eliminar a hipó
tese de formação da espécie 14Br (2I 2 .Br-) proposta por LA
MER e LEWINSHON 175 , pois se admitirmos a formação dessa es
pecie a equação VIII.17.c assume a forma
(VIII.18)
a qual também representa uma equaçao de reta cuja inclinação
(considerando [1 2J = ko ) corresponde a:
ao inves de B1,lko ' simplesmente.
No entanto, apenas com os dados que
(VIlI.19)
dispo-
mos, nada pode ser afirmado com respeito aos va10~es das cons
oor-
X
o o~ r-~.~
r-
~o 00~
O MaBr~O.~ \O
cv~
/OE/O c::t~
tTIOEO N~
IC(
200.
o 100 200 300 400 500 600 700
Gramas de sal por litro
FIGURA VIII.4 - Solubilidade do iodo em soluções de KBr e NaBr 180 .
201.
tantes de formação dessas especies.
o presente estudo para ser elucidativo deve-
ra ser s obviamente s mais completos cobrindo ampla faixa de
variação de ligante.
VIII.3 - OUTRA POSSIBILIDADE DE ESTUDOS NO SISTEMA IODO/IODE
TO
Como pode ser observados a combinação das m~
didas de solubilidade do iodo com as de potencial fac i1 i tou
bastante o tratamento dos dados experimentais s já que possi
bilitou o acesso aos valores das concentrações de iodo e de
iodeto de equillbrio s no meio heterogêneo.
Por outro 1ado t essa condição de [12] = ko = con~
tante implica na perda de um grau de 1iberdade. impossibil itan-
do que se chegues com maior seguranças aos valores das cons-
tantes de formação das espécies 15, I] e 19. Para este fim
precisamos recorrer a hipôtese da existência de uma linearida
de entre log Ki e i f PARTE VII).
A situação teria sido bem diferente se a con
centração de iodo de equillbrio variasse. em toda a serie de
medidas s quando então teriamos uma variivel a mais a ser mani
pulada.
Assim s seria conveniente efetuarem-se medi
das em meio homogêneos onde a concentração de iodo nao fosse
constante mas que pudesse, de alguma maneira, ser determ;na~
202.
"
da, pois,quando existe a formação das espécies polinucleares,
o consumo tanto de iodo quanto de iodeto é muito elevado, pr~
vocando uma diferença muito grande entre as concentrações ana
liticas e as de equilibrio, de modo que seria inviavel o tra
tamento dos dados por aproximações sucessivas.
A concentração de iodo de equilibrio pode-
~ia, por exemplo, ser determinada por medida de distribuição
entre duas fases (aquosa e organica). A concentração de iodo
na fase orgânica (tetracloreto de carbono ou clorofórmio) de
ve ser d i r e t amente pr opor c i ona 1 a [I 2J. Esta medida de [I 2Jcombinada com medidas potenciométricas da razão [1 2]/[I-i po
deria levar a [I-J possibilitando a analise do sistema em
condições de [1 2J variavel.
PART E IX
Parte Experilental.
204.
IX.l - REAGENTES E SOLUÇOES
1. Iodeto de Sódio
A solução estoque de iodeto de sódio 2 M
foi preparada por pesagem do reagente (Merck) e diluição apr~
priada. Sua padronização foi efetuada potenciometricamente
com solução de permanganato de potássio padronizada, utili
zando eletrodo de platina como indicador e, como eletrodo de
referincia, o de calomelano saturado. A água us~da para pre
paraçao da solução era recentemente fervida e resfriada e a
solução acondicionada em frasco escuro, ao abrigo da luz. Se!
pre que a solução era usada, antes de vedar o frasco, passa
va-se uma corrente de nitrogênio para eliminar oxigênio e pr~
venir a oxidação do iodeto a iodo.
2. Iodo
Durante as determinações de solubilidade
foi utilizado o iodo ressublimado Merck. As soluções de
iodo utilizadas nas determinações em meio homogêneo foram ob
tidas por dissolução deste reagente em ãgua recentemente fer-
20S.
vida e resf~iada, sob agitação a 2So, durante ° periodo de 1
hora. A solução saturada, após filtração era transferida pa
ra uma bureta de zero automático da Fisher, e padronizada com
solução padrão de tiossu1fato de sódio (titulação biamperome
trica), pouco tempo antes do uso.
3. Perc10rato de Sódio
o sal (Merck) foi recrista1izado dissol
vendo-o em água e, apos filtração em funil de placa porosa,
a solução foi ~vaporada em banho-maria ate atingir super-sat!!
raçao. A solução super-saturada foi deixada em repouso ã te~
peratura ambiente, durante 24 horas, quando ocorreu a recris
ta1ização do sal. Após filtração em funil de placa porosa o
sal foi recolhido em cápsula de porcelana e deixado em desse
cador por mais 24 horas.
Com o sal seco (em estufa a 100-llO°C) foi
preparada a solução estoque a - 7 M, a qual foi padronizada
gravimetricamente182 e utilizada para manter a força iônica
em 1,0 M em todos os experimentos.
4. Tampão ácido acetico/acetato de Sódio (pH
- 3,76)
A solução-tampão estoque foi preparada na
proporçao 10:1 (ácido acetico 1 M/acetato de sódio 0,1 M), ut!
lizando-se ambos os reagentes da Merck. Esta solução (dilu!
da 10 vezes) foi usada para manter ° pH das soluções de tra
balho na região ácida, evitando-se desse modo a hidrólise do
iodo.
206.
5. Tiossulfato de Sódio
A sdlução - 0,1 N foi preparada por pesa~
~
gem da quantidade apropriada do sal (Merck), usando-se agua
recentemente fervida e resfriada, e acondicionada em frasco
escuro, adicionando-se clorofórmio para evitar ação bacteric!
da. A padronização foi efetuada através de iodato de potãs
sio183 pouco tempo antes do uso.
6. Amido
A suspensao - 1% foi obtida, para uso ime
diato, dissolvendo-se a quantidade apropriada de amido solu
vel (Merck) em pequena quantidade de água e, após obtida uma
pasta, adicionava-se mais água deixando-se ferver durante 5
minutos. Após resfriamento filtrava-se através de algodão.
A suspensão de amido (2 ml) foi utilizada como indicador nas
titulações com tiossulfato.
7. Brometo de Sódio
A solução estoque foi preparada com o sal
(Backer), apos três recristalizações sucessivas 182 , e padro
nizada volumetricamente com nitrato de prata e tiocianato de
amônio 184 .
207.
IX.2 - INSTRUMENTAÇAO
Neste capTtulo serao apresentadas as especi
ficações apenas dos principais instrumentos utilizados no de
senvolvimento dos trabalhos:
1. CoulEmetro Metrohm Herisau t modelo E211A t
calibrado com uma resistência padrão de
100t OOO Q.
2. Potenciômetro digital Orion Research t mo
delo 801A t com precisão de ~ Otl mV.
3. Polarógrafo Sargent,modelo 111, para as
titulações biamperometricas.
4. Eletrodos:
a) Platina combinado com Ag/AgCl em clo
reto de sódio 3t O Mt Metrohm Herisau,
modelo EA 217, para as medidas poten
ciometricas;
b) Redes de Platina (. 3,4 em e • 1,2 cm),
para produção coulometrica de iodo;
c) Eletrodo com dois fios de platina Me
trohm Herisau, modelo EA 235 t para as
titulações biamperometricas.
5. Buretas de pistão Metrohm de capacidades
variadas.
6. Cela Metrohm, modelo EA 876-20.
208.
7. Dispositivo utilizado para as titulações
de iodo nas soluções heterogêneas:
9
d
c
a
y
.c:~:~:,:I;:~:;bJ b
h
(a) solução saturada de iodo(b) bureta de pistão adaptada com tubos de vidro (c) e (d)
com terminais em forma de capilar.No tubo (c) foi inserida uma placa porosa de vidro sinter~
zado (e).(f) aliquota da solução saturada de iodo a ser titulada.(g) bureta contendo solução de tiossulfato de sadio.
(h) agitador magnetico.
8. Espectrofotômetro Beckman, modelo
para registro dos espectros.
209.
OB-G,
9. Espectrofotômetro Zeiss, modelo PM Q 11,
para as leituras ponto a ponto.
10. Cubas de quartzo Beckman, com caminho
ótico de 1,000 e 0,500 cm, com tampas de
teflon, para as medidas espectrofotometri
caso
IX.3 - MtTOOOS
1. Medidas potenciometricas em meio homogê-
neo.
Para determinação das constantes de esta-
bilidade das especies mononucleares, antes de serem efetua-
das as medidas de potencial o eletrodo era deixado em conta
to com solução de cloreto de sódio 3 M, durante um periodo deo1 hora, a 25 + 0,1 C, para obter-se maior estabilidade nas me
didas.
As soluções de trabalho - contendo iodo
0,5 mM, iodeto em concentrações que variaram de 1,695 a 750,5
mM, tampão de ãcido acetico 0,1 M/acetato de sódio 0,01 M e
perclorato de sódio em quantidade suficiente para ajustar a
força iônica do meio para 1,0 M - eram preparadas em balões
vo1um~tricos. os quais eram envolvidos com papel a1uminizado
(para abrigar da luz) e parcialmente imersos em banho termos-
210.
tatizado a 25 + O,loC, durante o periodo de 1 hora.
Estas soluçõ~s eram transferidas para a
cela - mantidas sob agitação constante e termostatizadas a
25 + O,loC - e as medidas de potencial eram efetuadas.
2. Medida~ de solubilidade nas soluções he
terogêneas.
Soluções contendo iodeto, em concentra
çoes que variaram de 16 a 936 mM, tampão ácido acetico 0,1 M/
acetato de sódio 0,01 M e perclorato de sódio em quantidade
suficiente para ajustar a força iônica para 1,0 M, eram pre
paradas e transferidas para erlenmeyers que ficavam imersos
em banho termostatizado a 25 + O,loC (a um nivel um pouco su
perior ao das soluções). Um excesso de iodo era adicionado a
essas soluções, de modo q~e ainda restasse corpo de chão após
deixadas sob agitação constante, nos recipientes hermeticos,
por um perlodo de 1 hora, para obtenção das soluções satura
das.
° tempo de agitação de 1 hora e superior
ao minimo necessário para se conseguir a saturação, naquela
velocidade de agitação. Foi escolhido após uma serie de tes~
tes efetuados da seguint~ maneira:
Deixava-se agitando as soluções (para uma
determinada concentração de iodeto) durante intervalos de tem
po crescentes (de 15 minutos a 1 hora e meia) e, após cada
intervalo, determinava-se a concentração total de iodo, por
titulação com tiossulfato. ° tempo de agitação em que nao
211 .
mais se observou aumento no valor dessa concentração foi sem
pre inferior a 1 hora mas, por medida de precaução, este ul
timo foi adotado. Os testes foram efetuados tanto para a
concentração mais baixa de iodeto quanto para a mais elevada.
Para verificação da influêntia da quanti
dade de fase sólida (iodo) nos resultados obtidos foram efe~
tuadas determinações em que quantidades crescentes de iodo
eram adicionadas. Não foram observadas variações na concen
tração total de iodo dissolvido, com a variação da quantida
de de fase sólida. Essa verificação também foi efetuada para
a concentração mais baixa de iodeto e para a mais alta.
As soluções saturadas obtidas eram deixa
das em repouso durante 5 minutos, filtradas e uma aliquota
era retirada para determinação da concentração total de iodo.
Para est~ fim foi utilizado o dispositivo apresentado no ca
pi tu 1o VII 1. 2 .
Uma outra aliquota era transferida para
a cela para medida do potencial.
A determinação da concentração total de
iodo foi efetuada por titulação com tiossulfato de sõdio,usa~
do amido como indicador, exceto para as concentrações mais
baixas de iodeto, quando essa titulação foi feita biampero
metricamente devido ã concentração total de iodo ser muito
baixa.
Esta mesma sistemática de trabalho foí
adotada nas determinações da solubilidade do iodo nas solu-
ções de brometo.
212.
3. Medidas espectrofotometricas.
As soluções de trabalho - contendo iodo
4 s985 x 10- 5 M, iodeto em concentrações que variaram de 1,2 x
10-4 a Osl Ms tampão acido acetico 0,1 M/acetato de sódio 0,01
M e perc10rato de sódio em quantidade suficiente para ajus-
tar a força iônica para 1 sO M - eram preparadas em balões vo
1umétricos s mantidos sob o abrigo da luz, e termostatizadas a
25 + OsloC.
Para efetuar as medidas espectrofotome-
tricas as soluções eram transferidas (com auxilio de seringas
hipodérmicas de vidro) para as cubas de 1 sO cm (quando as so-
1uções apresentavam C - ~ 1 s2 mM) ou de Os5 cm (quando as so-l
1uções apresentavam C - ~ 1 s5 mM) .I
A util i zação das cubas de Os5 cm se de-
veu ao fato de as soluções com CI -' ::, 1 s5 mM apresentarem va
lores de absorbância superiores ã maxima aconse1have1 (Os65)
quando se utilizava cubas de l s0 cm. Após obtidos s esses va
lores de absorbância eram convertidos para caminho ótico de
1 s O cm.
C.luaões
Res180
Abstract
,61ossario
214.
CONCLUSOES
Este trabalho nos permitiu tirar as seguin-
tes conclusões:
1. O tratamento das equaçoes de Fo(X), niveladas com o fator
peso fi = Fo(X)max/Fo(X)i' atravis do procedimento por mtnimos qua
drados e preferivel -ao do agrJpamento de equaçoes simul
tâneas p-or não necessitar da div'isão dos dados experimen-
tais em grupos. Esses dados entram na calculadora ~m qual
quer sequência. Com qualquer numero de dados de "X " e "y ",
superior ao numero de incógnitas, obtemos um sistema de
equaçoes que não depende de fatores pessoais no
dos dados experimentais (PARTE 111).
2. Soluções de nitrato de potãssio nao podem ser
arranjo
utilizadas
como eletrólito de suporte pari estudos no sistema iodo/
iodeto, devido ao fato de o ion nitrato oxidar iodeto a io
do e causar instabilidade nas medidas potenciometricas (C~
pitulo IV.2, p. 76).
3. E possivel encontrar, em primeira aproximação, o valor do
potencial condicional do sistema 12/1-, atraves da extra~
- o·polaçao, para CI - = O, da curva Ex vs. CI -. Este valor
pode ser posteriormente refinado, por aproximações suces
sivas, utilizando a Equação de Nernst (Capitulos IV.3 e
21 S.
IV.6, pp. 84 e 92}.
4. Através de medidas de potencial, em meio homogêneo, no sis
tema iodo/iodeto ficaram claramente evidenciadas as espe
cies mononucleares Ij e I~-, ao invés de apenas Ij, embo
ra esta última (I~-) seja muito menos estável que a pri
meira (8 1 ,1 > 81 ,2)' O valor encontrado para a constan
te de formação da espécie Ij foi inferior iqueles existen
tes na literatura (PARTE IV).
S. A combinação das medidas potenciométricas da relação [1 2J/[1-J 2 com a medida da solubilidade do iodo em água permi-
tiu um fácil acesso aos valores de· [I-J (Capitulo
p. 84 ).
I V.3 ,
6. O estudo em meio heterogêneo, através de medidas de poten
cial e de solubilidade no sistema iodo/iodeto, forneceu e-
vidências da formação de especies polinucleares.
condições de saturação a concentração de iodo de
Nestas
equ il i -
brio e constante, desde a situação de saturação de iodo na
ausência de 10ns iodeto ate para a saturação em elevada
concen tração de 10ns i odeto . Des te modo [1 2J = ko = so 1u
bil idade de iodo em água (Capitulo V.4, p. lOS).
7. O tratamento inicial dos dados obtidos em meio heterogê-
neu levou ã conclusão da existência das especies binuclea-- 2- - 2-res I s e 16 , A hipótese de formação de apenas 13 e 16
levou ao resultado da constante de formação da espécie 13
216.
comparável aos da literatura, o que justifica a diferença
encontrada quando dos estudos em meio homogineo (CapItu
lo V.4, p. 105 e Capltu10 V.5, p. 122).
8. A análise mais rigorosa da relação KS ,1./KS ,3 obtida expe
rimentalmente (CapItulo VI 1.1, p. 153 ), juntamente com os
resultados experimentais de uma inusitada função nl (Capl-
tulo VIL2, p. 154), permitiu a constatação da existin-
cia, alim de I~, de. outras espicies com coordenação de
mais de uma moléculà de iodo com um lon iodeto: I] e 19(CapItulo VII.3, p. 159).
9. O cãlculo dos valores das constantes de formação das es-
pécies I~, I] e 19 foi efetuado utilizando o princIpio da
linearidade entre log Ki e i. Os valores das constantes
encontrados estão coerentes com duas diferentes funções
referentes aos sistemas homogineo e heterogineo (CapItulo
VIL3, p. i59).
10. As espécies que predominam no equillbrio heterogêneo sao
13, 15 e I~- (Figura VII.3, p. 176).
11. Dos diversos equilibrios de adição, cabe mencionar que a
afinidade de uma molécula de iodo para o 10n 13e bem maior
que a afinidade deste lon para o lon 1-, certamente devi
do a problemas eletrostãticos. Entretanto, a afinidade do- 2- - .iodo para a especie bicarregada 14 é partlcularmente al-
ta, para formar I~-, mas a adição posterior de mais uma mo
217.
lecula de iodo nao foi observada, o que poderã servir de
base para especulações sobre a estrutura desses complexos
(Figura VII .2, p. 175).
ser considerada como resultante da. - 3-
Ent, e ta nto, o t r i mer o (I 3)3 ' ou 19 '
2-12. A formação de 16 pode
dimerização do lon Ij.
não se forma, excluindo tendências de ocorrer o fenômeno
de auto-associação indefinida como ocorre com ions orgâni-
cos (Capitulo VII.5, p. 169).
13. A obtenção dos valores das constantes de formação de todas. - 2- - - 2-as especies componentes do slstema (1 3 , 14 ' 15 , 17 e 16 )
possibilitou a construção de um nomograma (Figura VII.4, p.
178) de grande utilidade pritica para trabalhos envolven
do as especies complexas do sistema iodojiodeto (Capitu-
10 VII.6, p.171).
14. Na faixa de concentração dos reagentes em que o estudo foi
efetuado, não existe a formação da especie I~- ou de qual
quer outra especie c~m maior numero de molecu1as de iodo
coordenadas com dois ions iodeto (Capitulo VII.4, p. 167).
15. O metodo espectrofotometrico, apesar de ser bastante sen
sivel ao sistema iodojiodeto, não demonstrou poder de re-
solução para o sistema (Capitulo VIII.1, p. 182).
16. Medidas de solubilidade do iodo em soluções de outros ha
1etos revelaram que esta decresce no sentido 1-, Br-, Cl
218.
e F (Cap;tu10 VIII .2. p. 194).
17. Atraves de um estudo preliminar de solubilidade do iodo
em soluções de brometo ficou evidenciada a formação da es
pecie 12Br-. podendo. no entanto. haver formação de outras
especiescom mais de uma mo1ecu1a de iodo coordenada. Es
te estudo nece~sita. portanto. de complementação (Capitu
10 V11 I. 2. p. 194).
219.
RESUMO
Apresentamos uma revisão bibliográfica so
bre a formação de complexos no sistema iodo/iodeto.
Efetuamos uma apreciação geral sobre métodos
de cálculo de constantes de equilibrio em sistemas mononuclea
res, incluindo os métodos desenvolvidos neste Instituto de
Qu imi ca.
Desenvolvemos uma sistemática de cálculo de
constantes de equilibrio de complexos mononucleares, baseada
no principio dos minimos quadrados, a qual é um aperfeiçoa
mento de uma sistemática anteriormente proposta pelo grupo de
trabalho.
Estudamos o sistema iodo/iodeto em meio ho-
mogêneo, através de medidas de potencial, evidenciando duas- 2-espécies mononucleares, 13 e 14 ' com as seguintes constan-
tes de formação, obtidas a 250C, e condições de força iônica
1,0 M, mantida com perc10rato de sódio:
Efetuamos estudos em meio heterogêneo, na
/
220.
mesma temperatura e condições de força iônica, com a fase so
lida em equi1Tbrio com Tons iodeto. Através de medidas de p~
tencia1 e de solubilidade, evidenciamos quatro especies binu-- - - 2-cleares: 15 , 17 , 19 e 16
Combinando os dados obtidos em meio homogê
neo e em meio heterogêneo obtivemos os valores das constan
tes de formação dessas espécies binuc1eares:
62 ,1-'=[I 5J 9 x 104 M- 2
[I 2J2[l-I=
63, 1[1 7J 1 x 10 7 M- 3= =
[I 2J3[I -]
64 1[I9J 8 x 108 M- 4=
[1 2] 4 [I -]=
. ,
62 2[I ~-J
9 x 10 5 M- 3=
[I 2J2[I -] 2=.,
A obtenção desses valores envolveu uma se-
rie de recursos de cilculo, processos de ensaio e erro e con
siderações de diversas hipóteses de tratamento de dados.
Foram considerados outros equi1Tbrios corre
latos e ainda perspectivas de trabalhos futuros.
Medidas de solubilidade de iodo em soluções
de brometo levaram ã evidência da espécie 12Br-,
221.
ABSTRACT
A bibliographie review on eomplex formation
at the iodine/iodide system is presented.
An outline and diseussion about ealeulation
of equilibrium eonstant was eonsidered, irieluding those me
thods developed at this Chemistry Institute.
A systematie approaeh to ealeulate equili-
brium eonstants from potentiometrie data was developed, on
basis of the use of the least square treatment of data. This
proeedure is an extension of former studies in this group of
work.
The iodine/iodide system was studied in a
homogenium aqueous medium, at 25,00C, and ionie strength 1,0
M, held with NaC10 4 . The following final results were abtai
ned, for the eonstants of the mononuelear speeies:
/3'[I j]
403 M- l= =1,1 [I 2J [I-J
a1 ,2[I ~-J
115 M- 2=[1 2J [I -J 2
=
A series of measurements were earried out in
a heterogenium medium where solid iodine was in
with iodide ions in the working solutions. The
equil ibrium
eombination
222.
of such solubility data with the potentiometric ones lead to
evaluate the presence of the following binuclear species: IS'I]. 19e I~- lhe following formation constant were determi
ned at the conditions above mentioned:
13 2 •1[I SJ
9 x 104 M- 2=[I 2J2 [I-~
=
13 3. 1[I ]J
1 x 10 7 M- 3=[I 2J3 [1-]
=
13 4. 1[1 9J 8 x 108 M- 4=
[I 2J4 [I-]=
13 2•2[I ~-J
= 9 x 105 M- 3=[I 2J2 [I -] 2
lo obtain this formation constant several
strategies were used as to solve a cumbersome puzzle. with
several hypothesis being worked out and checked.
Other related equilibria were considered as
well as prospect for future work.
Measurements of the solubility of iodine in
bromide solutions lead to evidence of 12Br specie.
223.
GLossARIO DE ABREVIAÇOES E STMBOLOS
A absorbância
AO Angstrom
Ac acetato
antilog antilogar1tmo de base 10
ao fração da espécie central de coordenação (M n+ ouI2~ 'no equil1brio dé formação de espécies mononucleares
ao,o fração de iodo no equil1brio heterogêneo de formaçãode espécies polinucleares
an fração das espécies mononucleares no equil1brio homogeneo
fração das espécies com coordenação de mde iodo com n 10ns iodeto, no equil1brioneo.
bl 1ndice que indica espécies binucleares
moleculasheterogê-
Bi constante global de formação do complexo com i liga~
tes
Bm,n constante global de formação de espécies com m moléculas de iodo e n 10ns iodeto coordenados
C concentração anal1tica em mols/l
c l concentração anal1tica da qual ·foi subtra1da a contribuição das espécies mononucleares
[ ]
cale.
d
e
E
o IE
exp
exp.
224.
concentração molar de equllibrio
lndice indicando valor calculado
desvio entre o valor experimental e o calculado
variação de
variação deo I o'Es para Ex
derivada parcial
bas,e dos 10gar1'tmos neperianos
potencial
potencial condicional padrão
expoente de base e
lndice indicando valor experimental
potencial de meia onda
potencial condicional do sistema em meio nao complexante
etilamina
o'Ex potencial condicional do sistema em meio complexan-te
absortividade molar, em l.mol-l.cm- l
absortividade molar media l.mol-l.cm- l
Somatório
225.
F constante de Faraday96485 coulombs.mol-1
fi fator de nivelamento ou fator peso
grau de complexação em sistemas mononucleares (função de Fronaeus)
valor de Fo(X) af~tado de erro
FO,O(M,X) grau de complexação em sistemas polinucleares
função subsidiãria de Leden, correspondente a formação,de comple~os mononucleares
Fl,l(M,X) função correspondente i formação das espicies li e2-
16 .
função auxiliar cor.respondente i formação das especies polinucleares no sistema iodo/iodeto
i
I
j
corrente ou 1ndice indicando o numero de ligantes
força iônica
1ndice indicando um ponto experimental particular
K. constante parcial de adição para a espicie complexa1
contendo i ligantes
constante parcial de adição para a espicie contendom moleculas de iodo e n 10ns iodeto coordenados
KS •, 1
constante da solubiiidade do iodo em agua
km,n constante de equi11brio heterogêneo para a especiecontendo m moleculas de iodo e n 10ns iodeto coordenados.
226.
caminho ótico
ln
10g
À
M
m
Iml
mA
max.
mono
mV
N
n
logaritmo de base e
109arítmo de base 10
comprimento de onda em nm
concentração molar ou íon metálico ou metal no estado de oxidação zero ou peso molecular
íon metálico no estado de oxidação i+
media dos desvios
media dos valores absolutos dos desvios
mil i amperes
índice que indica o valor máximo
met il ami na
índice que indica especies mononuc1eares
milivolts
numero de pontos experimentais
numero de coordenação da ultima especie complexa ounumero de eletrons ou numero de mols
~ numero medio de ligantes (função de Bjerrum)
"I número medio de ligantes correspondentes ã fo~mação
de espeties com mais de uma mo1ecula de iodo coor-denada com um ion iodeto
nm
norm.
Q
R
s
t
T
v
v
x
z
227.
nanometro
indice indicando valor normalizado
carga eletrica
constante dos gases
coefici~nte de determinJção (minimos quadrados)
segundos ou desvio padrão
função residual = somatõrio dos desvios ao quadrado
media do somatório dos quadrados dos desvios
tempo
temperatura
volume em mililitros
volts ou volume em litros
ligante
numero de elétrons envolvidos na reaçao de eletrodo
i'Apend1cI
Este apêndice reune os princi
pais programas de cãlculo uti
lizados no desenvolvimento da
presente tese e escritos para
a calculadora HP~97.
229.
1. PROGRAMA PARA CALCULO DE [1-] e [1 2], EM APROXIMAÇOES SU
. CESSIVAS
A - LISTAGEM
001 *LBLA 021 RCL5002 STOO 022 •õ003 ST04 023 RCL3004 *LBLC 024 X005 RCL4 025 RCLO006 RCLl 026 X:tY00'1 X 02'1008 ST05 028 PRTX009 ST06 029 ST04010 1 030 *LBLD011 ST+5 031 GSBC012 RCL4 032 RTN013 X 2 033 *LBLB014 RCL2 034 RCL3015 X 035 RCL5016 ST+5 036 .
';"'
01'1 2 03'1 PRTX. 018 X 038 SPC
019 ST+6 039 RTN02Q RCL6 040 RIS
B - INSTRUÇOES
(1) Gravar o programa
(2) Dados de armazenamento:
(31 , 1 STO. 1
(31 ,2 STO 2
CI STO 32
(3) Informar ã calculadora o numero de algarismos sig-
nificativos
230.
(4) Dado de entrada e comando
C1- pressionar comando A
(5) Dados de saída:
[1-], em primeira aproximação
[1-], em segunda aproximação
OBSERVAÇAO: Quando houver convergência no valor de
[I-J, PRESSIONAR TECLA R/S.
(6) Pressionar comando B
(7) Dado de saída : [1 2J
231 .
2. PROGRAMA PARA OBTENÇAO DOS SISTEMAS DE EQUAÇOES SIMULTA
NEAS NIVELADAS V.9 e V.19 CUJAS INCOGNITAS SA0 9 RESPECTI-
A - LISTAGEM
001 *LBLA 019 x2
002 STOO 020 RCL4003 Rt 021 X004 STOl 022 ST+7005 Rt 023 RTN006 ST02 024 *LBLB007 RCL3 025 DSP4008 X-;t.Y 026 SCI009 • 027 RCL6õ
010 ST04 028 PRTX011 RCLO 029 RCL7012 X 030 PRTX013 ST+5 031 RCL5014 RCLl 032 PRTX015 RCL4 033 tJ016 X 034 ST05017 ST+6 035 ST06018 RCLl 036 ST07
037 RTN
B - INSTRUÇOES
(i) Obtenção do sistema de Equações V.9
(1) Gravar o programa
(2) Dado de armazenamento:
C STO 312 9 max .
(3) Dados de Entrada e Comando
CI pressionar tecla ~NTER
2 .[I -] pressionar tecla ENTER
CI pressionar comando A12
232.
OBSERVAÇAO: Devem ser introduzidos todos os dados, CI 2[I-J e Ci - na sequência acima - corres
2pondentes ao primeiro grupo de equaç~es si
multâneas
(4) Pressionar Comando B
Dados de Salda: E[I-] .fi
E[I -] 2 . f i
ECi .fi2
(5) Repetir as instruções (3) e (4) para o segundo
grupo de equações simultâneas
(ii) Obtenção do sistema de equaçoes V.19
As instruções para obtenção desse sistema de
sao praticamente iguais às anteriores, modifica
se apenas os dados de armazenamento e entrada (in~
truções 2 e 3) que devem ser:
instrução (2): C -I ,max. STO 3
instrução (3): CI - pressionar tecla ENTER
[I-J pressionar tecla ENTE R
Ci- pressionar Comando A
Os dados de salda são: E[I-].fi
E [I -] 2 . f i
233.
3. PROGRAMA, USANDO O PRINCIpIO DOS M!NIMOS QUADRADOS, PARA
OBTENÇAO DOS SISTEMAS DE EQUAÇOES V.11 e V.21 CUJAS IN-
COGNITAS sAO, RESPECTIVAMENTE, KS,l' KS,3 e KS,2' KS •4
A - LISTAGEM
001 *LBLA 024 ST+7002 STOO 025 RCLl003 Rt 026 X004 STOl 027 ST+8005 Rt 028 RCLl006 ST02 029 X007 RCL3 030 ST+9008 X~Y 031 RTN009 . 032 *LBLB..010 ST04 033 RCL7011 x2 034 PRTX012 X 035 RCL8013 RCLO 036 PRTX014 X 037 RCL5015 S.T+5 038 PRTX016 RCLl 039 SPC017 X 040 RCL8018 ST+6 041 PRTX019 RCL4 042 RCL9020 x2 04 :5 PRTX021 RCLl 044 RCL6022 x2 045 PRTX023 X 046 SPC
047 RTN
a - INSTRUÇOES
(i) Obtenção do sistema de equaçoes V.11
(1) Gravar o programa
(2) Dado de armazenamento:
C .. STO 3I 2 ,max
234
(3) Dados de entrada e Comando:
(C I )1 pressionar tecla ENTER2
[I -] 1 pressionar tecla ENTER
(C i )1 pressionar Comando A2
C pressionar tecla· ENTERI2 ,max ..[I-J ,max. pressionar tecla ENTER
Ci2
,max. pressionar Comando
(4) Pressionar Comando B
Dados de salda: r[I-]2. fi 2
r[I-]3. fi 3
rCi [I-J .fi 2
2
E [I -] 3 . fi 2
E [I -] 4 . f i 2
ECi [I-J 2 .fi 2
2
A
(ii) Obtenção do sistema de Equações V.2l
Para obtenção desse sistema de equações, mo
difica-se apenas as instruções (2)e (3):
instrução (2): C - sro 3I ,max.
instrução (3): (CI-)l pressionar tecla ENTER
[I-J 1 pressionar tecla ENTER
(Ci~)l pressionar Comando A
235.
c - pressionar tecla ENTERI ,max.
[I-J 'max. pressionar tecla ENTER
Ci-,max. pressionar Comando A
Os dados de saida sao: E[I-]2. fi 2
E [I -] 3 . f ;2
EC i -[I -] . f ;2
E [I -] 3 . f ;2
E [I -] 4 . f ;2
EC I [I -] 2 . f ;21
2.
236.
4. PROGRAMA PARA OBTENÇAo DO FATOR f (EQ. VII.15)
A - LISTAGEM
(i) Obtenção do fator f que satisfaz a Equação VII.12
( KS, 1 )
001 *LBLA 024 RCLI002 RCL1 025 4003 x2 026 yX004 RCL2 027 RCL2005 · 028 6;-
006 2 029 yX007 X 030 .
;-
008 RCLO 031 ·4009 x2 032 X010 X 033 RCLO011 ST04 034 4012 RCLl 035 yX013 RCL2 036 X014 · 037 ST+4·015 3 038 RCL2016 yx. 039 PRTX017 3 040 RCL4018 X 041 PRTX019 RCLO 042 RCL3020 3 043 ST+2021 yX 044 SPC022 . X 045 *LBLB023 ST+4 046 GSBA
047 RTN
(ii) Obtenção do fator f que satisfaz a Equação VII.13
(KS,3). O programa usado para este fim e bãsi-
camente o mesmo do listado acima. Basta sup~;mir
os passos de numeros 006, 007, 017, 018, 031 e
032.
237.
B - INSTRUÇOES
(1) Gravar o programa
(2) Dados de armazenamento:
STO O
a1 ,1 STO 1
finicia1 STO 2
i nc remento STO 3
(3) Pressionar Comando A
(4) Dados de salda: f
KS,1,ca1c. (ou KS,3,ca1c.)
OBSERVAÇ~O: A calculadora imprime vários ciclos automa
ticamente. Se o incremento introduzido na
memória 3 for negativo, observam-se valo-
res cada vez ma i ores pa ra KS ,l ,ca 1c . (ou
Ks ,3,ca1c.). Quando estes valores forem
superiores acs de KS,l (ou KS,3) experime.!!.
tais PRESSIONAR TECLA RIS e passar ã ins-
trução seguinte.
(5) Introduzir na memória 2 o valor de f corresponden
te ao ultimo valor de KS ,1,ca1c. (ou KS ,3,calc.)i!!.
ferior ao experimental
(6) Introduzir na memória 3 um incremento menor que o
anterior
(7) Pressionar comando A e proceder da mesma maneira
238.
indicada na instrução (4)
(8) Repetir as instruções (5), (6) e (7) ate obter
Ks,l,calc. = Ks,l,ex p . (ou Ks ,3,calc. = Ks ,3,ex p .)
239.
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