rio cooperativo n°3

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Revista para cooperativas

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rio cooperativo 3

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Ano I - nº 3 - Abril de 2006

O debate sobre a

criação de uma lei

estadual cooperativista

para o Rio de Janeiro.

PapoCooperativo

Entrevista com

o presidente da Unicafes,

José Paulo Ferreira.

Cultura

A Cooperativa de Agentes

Culturais e seu trabalho

de integração social.

Sucesso

O exemplo da Cooperforte,

a cooperativa de crédito

que mais cresce no Brasil.

E aindaE aindaE aindaE aindaE ainda

SeçõesSeçõesSeçõesSeçõesSeções

Capa

Nesta ediçãoNesta ediçãoNesta ediçãoNesta ediçãoNesta edição

AGENDA COOPERATIVISTA - Os eventos do mundo cooperativo.

EDITORIAL - Cláudio Montenegro.

SOCIAIS - O que acontecerá no Rio CoopShow 2006

CIRCULANDO - Um giro pelas principais notícias cooperati-

vistas do Rio de Janeiro e do Brasil.

LINHAS DO CRÉDITO - Wagner Guerra da Fonseca.

DIRETO AO PONTO - Maria de Fátima Moraes Rodrigues.

INTERIORES - Fernanda Almeida.

Agropecuária - A inauguração da fábrica de queijos da

Cooperativa de Macuco.

Trabalho - A integração social da Lucentes.

Trabalho - A Procoop busca consolidação como uma

empresa de consultoria de engenharia.

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2012

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ATUALIZE SEU CADASTRO! Envie os dados de sua cooperativa para receber a revista Rio Cooperativo. Nosso e-mail é [email protected].

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Trabalho - Como é o trabalho da Coopeti para controlar

o trânsito em épocas festivas.

Saúde - A psicologia da Unipsico Rio ao alcance de todos.

Serviço - Conheça o Exporta Fácil, o serviço de exporta-

ção dos Correios.

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DEFESA DO CONSUMIDOR - Tire suas dúvidas sobre co-

branças bancárias.

MÃOS À OBRA - Paulo Henrique Marinho.

DATA VÊNIA - Adriana Amaral dos Santos.

FIQUE POR DENTRO - Sidnei Augusto de Oliveira.

DIAGNÓSTICO - Liana França.

PÉ NA ESTRADA - Nélio Botelho.

SALA DE ESTAR - Um momento de descontração no seu dia-a-dia.

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rio cooperativo 5

CartasAgenda Cooperativista

“Ao Ilustríssimo Senhor Cláudio Montenegro, Editor

Executivo e Jornalista Responsável,

Através da presente correspondência, acusamos o

recebimento da revista Rio Cooperativo, enviada à

Excelentíssima Senhora Governadora, recebida neste

Gabinete em 06/01/2006. Agradecemos a gentileza

e aproveitamos para externar à toda equipe de Vossa

Senhoria nossos votos de sucesso.”

Fernando Peregrino, secretário de Estado e

Chefe de Gabinete da Governadora Rosinha

Garot inho

“Primeiramente parabenizo pela ótima idéia e

iniciativa e gostaria de saber informações sobre as

divulgações.” Maria Filomena Planas,

assistente de Marketing/Sicoob Central-PR

“Li o Rio Cooperativo (Ano I, nº 2, dezembro de

2005), gostei dos fundamentos mercadológicos e da

viabilidade dos assuntos publicados, todos muito

per tinentes, proporcionando ao leitor alternativas

referentes ao desempenho e a necessidade empresarial

diante do mercado cooperativista do século 21.”

Ronaldo Melo, gerente de RH da Estrelar t

Cooperat iva

“Saudamos o surgimento de mais uma revista, a Rio

Cooperativo, que vem contribuir para a consolidação

do cooperativismo no Brasil. Divulgaremos em nosso

site e muito apreciaríamos receber um exemplar de

cada edição para enriquecer o acervo de nossa

biblioteca. Parabéns e sucesso. Saudações

cooperativistas!” Dalci Matiello, coordenador

administrativo e Financeiro – OCERGS.

“Caros Senhores, informo-lhes nosso interesse em

adquirir uma assinatura da Revista Rio Cooperativo.

Seria para o Centro de Referência do SICOOB Central

Crediminas. Aguardamos resposta e agradecemos a

atenção dispensada.”

Davi A. Zaidan - Sicoob Crediminas/Gerência

de Marketing e Comunicação

Aos poucos, Rio Cooperativo vai conquis-

tando o público, não só cooperativista, mas de

todos os setores da sociedade fluminense e dos

demais estados. Confira algumas cor res-

pondências recebidas pela Redação.

I Encontro de Presidentesde CooperativasData: 2 de maioLocal: Centro Cultural e deExposições de Maceió (AL)Informações: OCB/AL (82)3350-3409

II Fórum Interdisciplinar da CriaçãoIntegrada e Cooperativismo naEstrutioculturaData: 3 a 5 de maio - Local: GoiâniaInformações: Struthio - (11) 4473-3503

1º Encontro de MulheresCooperativistas do RNData: 24 e 25 de maioLocal: Centro de TreinamentoJoão Paulo II, Natal (RN)Informações: (84) 3605-2531

FicoopFeira Internacional de CooperativasData: 1 a 4 de junhoLocal: Porto - PortugalInformações: WTM: (11) 2193-7740

Rio CoopShow 2006

Data: 26 a 28 de julhoLocal: Sede da Firjan – Centro (RJ)Informações: (21) 2233-5547 /E-mail:[email protected]/riocoopshow

Coopsportes 2006 – 1ª EtapaData: 4 a 6 de agostoLocal: Sesc Venda Nova – BeloHorizonte (MG)Informações: Ocemg - (31) 3284-5888

20º Seminário de Cooperativismo deCréditoData: 17 a 20 de agostoLocal: Caldas Novas (GO)Informações: Cecresp www.sicoobcentralcecresp.org.br

Feira Internacional das Cooperativas,Fornecedores e ServiçosData: 18 a 20 de outubroLocal: São Paulo (SP)Informações: WTM: (11) 2193-7740

Ficicoope

6º Congresso Brasileiro deCooperativas de CréditoData: 19 a 21 de julhoLocal: Blumenau (SC)Informações: Cecred: (47) 3231-4677

Fenacoop

rio cooperativo6

É preciso criar

uma consciência

cooperativista em

cada cidadão

fluminense e, em

paralelo com os

demais estados, em

cada cidadão

brasileiro.

Por uma consciênciacooperativista

Rio Cooperativo é uma publicação bimestral da

Montenegro Comunicação Corporativa

Rua da Conceição, 105, sala 1.909, Centro

CEP: 20051-011 - Rio de Janeiro - RJ

Telefones: (21) 2233-5547 / 2233-0712

E-mail: [email protected]

Site: www.montenegrocc.com.br

Editor executivo e jornalista responsável

Cláudio Montenegro (MTb 19.027)

([email protected])

Redação

Dardano Piranda ([email protected])

Projeto gráfico e programação visual

Fábio Louzada ([email protected])

Colaboraram nesta edição: Adriana Amaral, Iracy

Caldas, José Ribamar do Amaral Cypriano, Kenia Vida,

Maria de Fátima Moraes Rodrigues, Nélio Botelho, Paulo

Henrique Marinho e Wagner Guerra.

Publ ic idade

Entacoop - Tel.: (21) 2232-5718 / 3852-3015

Contatos

Tel.: (21) 2233-5547 / 2233-0712

E-mail: [email protected]

Distr ibuiçãoLideranças cooperativistas, dirigentes, gerentes, cooperados

e funcionários de cooperativas de todos os segmentos (agrope-

cuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional,

infra-estrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte

e turismo), empresários, administradores, assessores jurídicos,

auditores, contadores, profissionais de recursos humanos,

associações, sindicatos, federações e entidades de classe de

forma geral, órgãos e instituições governamentais, universidades,

fornecedores de produtos e serviços para cooperativas e

demais formadores de opinião.

Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de

seus autores, não correspondendo necessariamente à

opinião dos editores.

Capa desta edição: Igreja da Candelária - RJAgência JB / Françoise Imbrosi

Expediente

Editorial Cláudio Montenegro

“Não devemos fazer da lei um espanta-

lho / Armado para assustar as aves de rapi-

na, / Mas deixado sempre estático, de modo

que com o hábito / Ele não seja mais o seu

temor, e sim o seu o poleiro.” (Shakespeare,

em Medida por Medida, Ato II.)

As palavras do Bardo caem como

uma luva no atual momento que vive o

cooperativismo do Rio de Janeiro, ao dis-

cutir a elaboração de uma lei estadual

de apoio ao movimento cooperativo.

Certo e legítimo é

que o cooperativismo

fluminense precisa ga-

rantir sua representati-

vidade na esfera legis-

lativa, acionando os

deputados por eles es-

colhidos na composi-

ção da Frente Parla-

mentar Cooperativista

estadual. A própria

Frencoop-RJ já se

mostrou receptiva a

defender o movimento,

ainda mais num ano

eleitoral, em que seus

interesses pessoais vêm ao encontro de

seus eleitores.

Entretanto, o tema não pode simples-

mente ser jogado na Assembléia Legisla-

tiva sem uma profunda análise de objetivos

e metas a serem alcançados, beneficiando

a classe cooperativista como um todo.

O assunto precisa ser amplamente

debatido com os representantes de todos

os segmentos cooperativos e autoridades

do setor, a fim de levar à Frencoop uma

proposta séria, eficaz e inequívoca, que ga-

ranta a plena defesa do cooperativismo em

todas as frentes possíveis.

Não se trata apenas de garantir sua re-

presentatividade política, mas a dissemi-

nação do cooperativismo em nível educa-

cional, tornando-o tema presente nas es-

colas e criando uma consciência coopera-

tivista em cada cidadão fluminense e, em

paralelo com os demais estados, em cada

cidadão brasileiro.

Mas toda e qualquer ação só poderá

ser bem-sucedida se

forem colocadas de lado

todas as vaidades pes-

soais e bravatas de po-

der que costumam

circular pelo território

cooperativista. Respei-

tadas as diferenças e

interesses de cada gru-

po, a união deve preva-

lecer em nome do bem

comum.

Não se deve perder

a oportunidade que o

ano eleitoral nos propor-

ciona. É a hora de co-

brar dos representantes parlamentares

uma atuação mais direta e contundente

no que diz respeito ao cooperativismo.

É tempo de renascer para um novo

cooperativismo, em que o sentido da

palavra cooperação realmente seja valo-

rizado. Do contrário, como se pode fa-

zer uma corrente de pessoas sem que

elas dêem as mãos?

Boa leitura e saudações cooperativis-

tas a todos!

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Sociais

Foi dada a largada para o maior eventocooperativista do Rio

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Algumas palestras já começam a se definir para o 2º FórumRegional de Cooperativismo do Estado do Rio de Janeiro, queacontecerá durante o Rio CoopShow 2006,nos dias 26, 27 e 28 de julho, na sede daFederação das Indústrias do Estado doRio de Janeiro (Firjan), no centro do Rio.

É o caso de “O exemplo da Cooperforte– 21 anos fortalecendo o cooperativismode crédito”, que contará a história da maiorcooperativa de crédito do Brasil.

O painel “Cooperativas de saúde – umdiagnóstico do setor” discutirá o atualmomento do ramo.

“Empresa e cooperativa, parceria quedá certo” mostrará casos de sucesso daunião entre empresas que apóiam e estimulam o fomento decooperativas entre seus funcionários.

Também já estão confirmados os painéis “O Sebrae e ascooperativas de crédito de microempresários”; “Um panora-

ma jurídico das sociedades cooperati-vas”; “Produtos e serviços – a participa-ção de cooperativas no comércio”; “Ci-dadania, o verdadeiro caminho da coo-peração” e “Tecnologia a serviço das co-operativas”. Além das palestras “A forçada economia solidária – o papel daUnicafes”; e “A linha de atuação estraté-gica do Sebrae”.

Até o final de abril, a programação com-pleta do Fórum estará disponível no sitewww.montenegrocc.com.br/riocoopshow.Aos interessados, é melhor correr e ga-

rantir logo sua presença, pois este ano o Rio CoopShow seráainda mais concorrido.

rio cooperativo8

Circulando As notícias que circulam no mundo cooperativista

Em março, as mulherescomemoraram mais um diamundial dedicado a elas. Parafestejar a data, foi realizado,entre os dias 8 e 10 de março,no hotel Rio dos Frades,emTeresópolis, Região Serranado Rio de Janeiro, o Semináriode Mulheres Cooperativistasem Ação.

O encontro, que reuniu cer-ca de 120 mulheres de diver-sas cooperativas do estado, teve o objetivo de debater os seteprincípios cooperativistas, discutir seus pontos negativos epositivos, achar soluções para melhorar o cooperativismo noBrasil e debater a importância da mulher no movimento.

Entre os convidados especiais na abertura do evento, estive-ram a vice-prefeita de Teresópolis, Afafi Francis Ribeiro, a coor-denadora geral de autogestão cooperativista do Denacoop, Vera

“Sob a chancela da OCB/RJ e do SESCOOP/RJ, nós,mulheres cooperativistas, reunimo-nos no dia 8 de marçode 2006, em Teresópolis para comemorar com muito traba-lho o Dia Internacional da Mulher.

No encontro, que durou 3 dias, 120 mulheres trabalharamem busca de um caminho que levasse à construção de ummundo mais coerente com a natureza humana. Sonhamoscom um mundo onde mulheres e homens fossem livres parapensar e decidir por si mesmos; onde pudessem exercitar acidadania colhendo os erros e acertos de suas decisões; reco-nhecessem a interdependência que existe entre todas as cria-turas e, assim, admitissem que o problema de um é o proble-ma de todos e que “é dando que se recebe”; cultivassem apersistência e a paciência indispensáveis para realizar sonhose afastar frustrações; assumissem total responsabilidade pelosucesso ou fracasso de nossas vidas e, por isso, estivessemsempre preocupados e dispostos a aprender, conscientes, po-rém, de que, como os gansos, precisavam buscar força emseus pares para cada vez voar mais alto e mais rápido.

Queremos mudar a pele do mundo. Na verdade, quere-

mos envolvê-lo com os Princípios Cooperativistas.O Plano de Ação abaixo foi elaborado na tentativa de

iniciar a construção deste mundo sonhado:1. Capacitar e educar para uma cultura participativa;2. Incluir o Cooperativismo como disciplina obrigatória no

sistema educacional;3. Disseminar grupos de trabalho visando à ampliação

da consciência crítica;4. Reforma da legislação e tributação cooperativista;5. Fórum anual dos órgãos representativos e das Fren-

tes Parlamentares.Temos consciência de que o plano é ambicioso e muitos

obstáculos terão que ser removidos. Mas somos mulherese não fugimos à luta. E, como cooperativistas, sabemostambém que não poderemos fazer nada sem ajuda.

Esta carta é uma convocação a todos os homens e mulheresque, como nós, estão preocupados em construir um mundo melhor.É dirigida especialmente àqueles que têm esta responsabilidade.

Teresópolis, 10 de março de 2006.Mulheres cooperativistas em ação!”

Carta de Teresópolis

Mulheres cooperativistas se encontram em Teresópolis

Lúcia de Oliveira Daller, a ge-rente de infra-estrutura daOCB, Belmira Neves de Oli-veira, o presidente da UnimedTeresópolis, Rafael Palatinic.

A pedido da equipe técni-ca de mulheres que organiza-ram o evento, foi elaborada aCarta de Teresópolis, com ointuito de fazer valer a forçafeminina e todos os pontosdiscutidos no encontro. Den-

tre as soluções encontradas pelas mulheres que participaramdo encontro está a reformulação da legislação, o ensino docooperativismo no ensino fundamental, o desenvolvimento deestratégias de envolvimento do cooperado com a cooperativa ea implantação de projetos voltados para crianças.

O evento foi promovido pelo Serviço Nacional de Cooperati-vismo do Rio de Janeiro (Sescoop-RJ).

Através de dinâmicas em grupo, as par ticipantes do encontrodiscutiram a presença feminina no cooperativismo

Esta é a reprodução da Carta de Teresópolis, o documento elaborado pelas participantes do encontro, que se compro-meteram em divulgá-lo através da revista Rio Cooperativo. São resoluções que o grupo pretende cobrar das instituiçõesrepresentativas do cooperativismo no estado do Rio de Janeiro.

rio cooperativo 9

Circulando

A Federação Nacional das Cooperativas de Crédito Urba-no (Fenacred) realizou no dia 8 de abril sua Assembléia GeralOrdinária, em que definiu a extinção da Diretoria de Relaçõescom o Mercado. O cargo deixa de existir já na próxima AGO,onde será escolhida a nova diretoria da entidade.

O balanço do exercício de 2005 foi apresentado a 25 coo-perativas filiadas que compareceram à AGO. As sobras líqui-das deste ano ultrapassaram os R$ 22 mil.

A AGO definiu ainda o Conselho Fiscal até o próximo ano,com Nei Magalhães Ramalho (Coop B.Braun), Solange deSouza (Cocedae) e Irvani Cordeiro do Couto (Coopcredtransrio)como membros efetivos e Armando Braz da Silva (Coopeaton),Antônio Delfim Ribeiro (Coop Fabrimar) e Roberto Roxo(Cooppuc) como suplentes.

Fenacred reduz diretores

A presidente da Unicred Rio,Denise Damian (foto), foi eleita anova presidente da ConfederaçãoNacional das Cooperativas CentraisUnicreds. Denise substitui JayrPaula Gomes Gonçalves à frenteda Unicred Brasil, que congrega 9centrais e 132 singulares.

Nova presidente na Unicred Brasil

A fábrica da Cooperativa Central de Produtores de Leite(CCPL), em Colubandê, São Gonçalo (RJ), foi reinauguradaapós quatro anos de inatividade. A fábrica, com capacidadepara 500 mil litros de leite por dia, inaugura com 40% de suacapacidade e vai gerar cerca de 3.500 novos empregos dire-tos e indiretos.

Os produtos, com novas embalagens, serão vendidosinicialmente apenas na rede de mercados Carrefour.

CCPL volta à ativa

Cooperativa em Serra PeladaA Cooperativa de Minera-

ção dos Garimpeiros de Ser-ra Pelada (Coomigasp) seráresponsável pelas atividadesminerais de Serra Pelada, noPará. A Coomigasp recebeua aptidão da atividade mine-rária no local.

A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) apresentou umaumento no número de mulheres no Conselho deAdministração da entidade. Foram eleitas na última AGOcinco mulheres, elevando para 25% o número delas naadministração da ACI.

Apesar do avanço, apenas 16% das mulheres da entidadeparticiparam como delegadas na eleição.

Mais mulheres na ACI

rio cooperativo10

Circulando

As cooperativas agropecuárias serão distribuidoras daLandini do Brasil. O anúncio foi feito durante a inauguraçãode sua fábrica em São José dos Pinhais, Paraná.

A empresa já fechou parcerias com a C. Vale, de Palotina(PR), e com a Comigo (GO). A C. Vale tem 20 lojas, que atendema 7,2 mil cooperados. Já a Comigo possui 10 revendas.

Cooperativas venderão tratores Passeata contra PLS 171Representantes de cooperativas da agricultura familiar e

economia solidária participaram de passeata contra aaprovação do PLS 171/99, que trata da nova lei docooperativismo, do senador Osmar Dias (PDT-PR).

O principal motivo das manifestações é a discussão deuma lei plural, já que o projeto apresentado obriga àscooperativas a se filiarem à OCB (Organização dasCooperativas Brasileiras).

O Prêmio Cooperativa do Ano 2006 terá novidades. Criadoinicialmente apenas para o ramo Agropecuário, o prêmio in-corpora neste ano os ramos Consumo, Crédito, Infra-estrutu-ra, Saúde e Transporte.

O Prêmio é promovido pela Organização das CooperativasBrasileiras (OCB), Serviço Nacional de Aprendizagem doCooperativismo (Sescoop) e revista Globo Rural. Os interes-sados em divulgar os projetos podem se inscrever gratuita-mente, até o dia 10 de maio, nos seguintes sites:www.brasilcooperativo.coop.br ou www.globorural.globo.com.

Prêmio Cooperativa do Ano ampliado

A Cooperativa de Comu-

nicação e Apoio Social dos

Condutores Autônomos de

Belo Horizonte (Coopercasca

Ligue-Táxi BH) foi a primei-

ra cooperativa brasileira a

realizar uma eleição com ur-

nas eletrônicas, que teve o

acompanhamento do TRE-MG.

As eleições, realizadas em março, foram para a escolha da

diretoria que estará à frente da cooperativa até 2008. A urna eletrô-

nica acelerou o processo de contagem, com a nova diretoria sen-

do conhecido apenas dois minutos após o término da votação. O

presidente Evaldo Moreira de Matos foi reeleito.

Voto eletrônico na Coopercasca

As cooperativas de saúde divulgaram a “Declaraçãode Buenos Aires”, que é uma síntese das discussões dasPrimeiras Jornadas de Cooperativas de Saúde, realizadapela Organização Internacional de Cooperativas de Saú-de, em Buenos Aires, Argentina.

A declaração é um tratado para que as cooperativasmédicas da América (Argentina, Brasil, Colômbia,Paraguai, Uruguai e Canadá) atuem em conjunto pelapromoção à saúde em suas comunidades, a fim de re-duzir a desigualdade social.

Declaração de Buenos Aires

rio cooperativo 11

Um dia após a reinauguração da fábrica da CCPL, emSão Gonçalo, outra cidade fluminense fez a festa com suacooperativa de leite. Foi a Cooperativa Regional Agropecuáriade Macuco, que inaugurou sua fábrica de queijos, continuan-do os investimentos que vêm sendo feitos desde 2002 e am-pliando ainda mais seus negócios. O nomeda fábrica, Carlos José Baldini, foi uma ho-menagem a um dos fundadores da coope-rativa em 1939.

Estiveram presentes na inauguração osrepresentantes do Ministério da Agricultura,Sérgio Bogado e Rodolfo Tavares, o deputadoestadual Altineu Côrtes, o prefeito de Macuco,Rogério Bianchini, o presidente da CâmaraMarcelo Mansur e a vereadora Nana, querepresentou o deputado Luiz Sérgio, osuperintendente federal agropecuário, Pedro Cabral, além depresidentes de sindicatos da região e dos familiares do homenageadoCarlos José Baldini.

Os primeiros queijos que serão produzidos pela fábricasão o prato e o mussarela, que se juntam à família de queijosjá produzidos por Macuco (minas frescal, ricota, requeijãocremoso e requeijão tablete). Mas a fábrica irá produzir embreve outros queijos, como o provolone e o parmesão. “Dentrode um ano deveremos estar funcionando com a carga total”,explica o presidente da cooperativa, Sílvio Marini.

Além dos queijos, a Cooperativa de Macuco produz maisde 20 produtos derivados de leite, entre doces e bebidaslácteas, que rendem à instituição um faturamento anual deR$ 50 milhões. Com a nova fábrica de queijos Marini pretendeultrapassar os R$ 60 milhões.

Investir para crescer

A inauguração da fábrica de queijos não nasceu de forma fácil,mas os apoios recebidos por órgãos públicos tornaram possívelesse investimento: “Conseguimos uma conscientização dos nossossócios de que era preciso investir para chegar ao consumidor. Foi

um período longo, tivemos parcerias com oMinistério da Agricultura, a Secretaria de Agricultura,outros órgãos do estado e federais”, explicou Marini.

Uma festa regional para a inauguração não éexagero, já que o novo investimento de Macucocriará mais 20 empregos na cooperativa, que hojetem 150 empregados. Indiretamente serão criadosmais de 100 empregos.

O crescimento agora terá que ser bempensado, já que a cooperativa não deve expandirmais. Na AGO, realizada no mesmo dia da

inauguração da fábrica de queijo, o presidente expôs que acooperativa dará uma pausa, fechando para a inscrição de novoscooperados em 2006.

“Vamos fazer um planejamento. Primeiro ajustar o que já foifeito, colocar em plena carga. Certamente a cooperativa não iráparar de crescer, até porque acreditamos no potencial do mercadoe da região. E a cooperativa deseja estar bastante atuante noestado em termos de pecuária de leite”, garante o presidente.

O renascimento da CCPL não é visto como uma possívelconcorrência e sim uma grande aliada que surge para trabalharjunto a Macuco: “O estado do Rio tem uma particularidade:tem produção, tem mercado, mas não tem industrializaçãopara chegar ao consumidor. A CCPL vai ser uma grande opor-tunidade para que o consumidor atinja o consumidor do Riode Janeiro”, vislumbra Marini.

Detalhes da inauguração da fábrica e da fabricação de queijos

Fachada da Cooperativa Regional Agropecuária de Macuco

Agropecuária

Macuco inaugurafábrica de queijo

Investimento possibilitará

à Cooperativa um faturamento

de R$ 60 milhões

A família Baldini inaugurando a fábrica

rio cooperativo12

Rio Cooperativo - Como surgiu a Unicafes?

José Paulo Ferreira - A Unicafes foi criada em 21 de ju-nho de 2005, depois de quase dois anos de debates para asua construção. Vários encontros nacionais, regionais e esta-duais foram realizados (em 2004 e 2005) antes do I Congres-so Nacional, que aprovou a criação da Unicafes, seu estatutoe a diretoria da entidade. Havia uma necessidade manifestadapelas cooperativas de agricultura familiar e economia solidáriade que surgisse uma entidade voltada para esse nicho, quenão se sentia plenamente representado por nenhum dos sis-temas, órgãos, entidades ou associações existentes.

A Diretoria Executiva atual da Unicafes conta com um dire-tor de cada região, sendo assim formada: como presidente,José Paulo Crisóstomo Ferreira (Nordeste); vice-presidente,Jasseir Fernandes (Sudeste); secretário, Gervásio Plucinski(Sul); secretário de Formação, Silvio Ney Monteiro (Norte);tesoureiro, Valons de Jesus Mota (Centro-Oeste). Há, ainda,os conselhos administrativo e fiscal, além dos suplentes.

RC - Quais são seus objetivos e suas áreas de atuação?

José Paulo - A diretoria da Unicafes identificou algumas de-mandas através de encontros com as cooperativas filiadas epretende atendê-las ao longo deste e dos próximos anos. Opapel que a entidade representa é o de articular, integrar e repre-sentar as organizações do cooperativismo da agricultura familiare economia solidária de todo o país. Portanto, a Unicafes pre-tende viabilizar ações e assessorias especializadas em assun-tos econômicos, financeiros, administrativos, contábeis, jurídi-cos, cooperativos e de sustentabilidade. Para isso, deve realizarparcerias e convênios com entidades públicas e privadas, nacio-nais e internacionais. A Unicafes pretende promover a educaçãocooperativista e o desenvolvimento da economia solidária; apoiarações voltadas ao desenvolvimento econômico e social, geraçãode trabalho e renda; viabilizar estudos e pesquisas,desenvolvimento de tecnologias, produção e divulgação de infor-mações e conhecimentos técnicos e científicos para atender àsnecessidades de suas associadas.

A força da economia solidária

Em entrevista exclusiva a Rio Cooperativo, o presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e

Economia Solidária (Unicafes), José Paulo Crisóstomo Ferreira, aponta os caminhos para o desenvolvimento

cooperativista em todo o Brasil.

rio cooperativo 13

“A sociedade tem

compreendido melhor

a impor tância do

cooperativismo

como ferramenta contra

a pobreza, geração

de opor tunidades e

distribuição da riqueza.”

RC - Em quais estados a Unicafes está presente? Comofuncionam as centrais estaduais? Existe um plano paraatuar no Rio de Janeiro?

José Paulo - A Unicafes está presente em 26 estados. NoRio de Janeiro já existe uma coordenação provisória que vemfazendo o trabalho de articulação das cooperativas no estado.A responsável pela Unicafes Rio de Janeiro é a colega Gene-rosa de Oliveira Silva, da Cedro Cooperativa.

A Unicafes está organizada em âmbito regional, nas cincoregiões do país, com uma Coordenação Regional. As Unicafesestaduais estão se organizando, alguns estados já constituíramformalmente e outros ainda estão com suas coordenações Pró-Unicafes. Em cada estado as Unicafes constituem uma agendapolítica e mantêm uma articulação com a agenda da Nacional.

RC - A Unicafes já nasceu como uma potência, com maisde mil cooperativas filiadas. O que levou as cooperati-vas a aderirem ao sistema Unicafes?

José Paulo - A Unicafes representa um outro cooperativismo,que nasceu a partir dos movimentos sociais e da ação dos sindi-catos da agricultura familiar. A Constituição Federal de 88 abriuas portas para a livre organização da sociedade. Ela representaos vários sistemas/redes de cooperativas que estão construindouma economia que busca diminuir as desi-gualdades, combater a pobreza, respeitar omeio ambiente e promover uma inclusão so-cial na dinâmica da socieda-de com valoreshumanitários. A Unicafes representa esta von-tade política e é por esta razão que as coo-perativas se sentem parte e estão construin-do a Unicafes.

RC - Qual a sua visão pessoal docooperativismo no Brasil?

José Paulo - O crescimento docooperativismo da agricultura familiar e econo-mia solidária é um aspecto importante nomomento atual. O setor cresce mais de 120%a cada ano e deve continuar nessa tendência.Isso porque a sociedade tem compreendidomelhor a importância do cooperativismo comoferramenta contra a pobreza, geração de opor-tunidades e distribuição da riqueza. Essacompreensão também existe nos movimen-tos populares e nos governos de todas as es-feras, que têm incentivado cada vez mais aagricultura familiar e a economia solidária.

RC - O presidente Luiz Inácio Lula daSilva esteve presente na fundação da

Unicafes. Como você vê a atuação do Governo Federaljunto às cooperativas?

José Paulo - O presidente Lula tem contribuído bastantepara o cooperativismo no Brasil, seja no incentivo direto à cons-tituição de cooperativas, que ele passa em seus discursos,seja apoiando o fortalecimento das cooperativas já existen-tes, criando grupos de estudos para o cooperativismo. Eleainda poderá fazer muito mais, contribuindo para a legislaçãoda área e ampliando recursos para as cooperativas.

RC - Quais as principais metas da Unicafes para este eos próximos anos?

José Paulo - A Unicafes tem como metafortalecer as cooperativas já existentes,bem como ajudar a expandir o número decooperativas no Brasil. Além disso, pre-tende garantir o acesso ao crédito, a as-sistência técnica, a adequação às novastecnologias, acesso ao mercado internoe externo das cooperativas filiadas, a cons-trução de parcerias com diversos movi-mentos de agricultura familiar e economiasolidária e a consolidação das Unicafesnos estado, entre outros objetivos. Outrosobjetivos da Unicafes são promover ocooperativismo; fortalecer as Unicafesestaduais e regionais; viabilizar, atravésde uma agenda política, e construir políti-cas públicas - ATER, crédito de custeio,investimento e comercialização, e pesqui-sa, entre outras - que atenda aos inte-resses da agricultura familiar e economiasolidária; contribuir para que as coopera-tivas possam cada vez mais acessar omercado e construir novas relações; ofe-recer serviços especializados às redes decooperativas em seus diferentes ramos.

Papo Cooperativo José Paulo Crisóstomo Ferreira, presidente da Unicafes

A agricultura familiar cooperativista é o principal foco da Unicafes

rio cooperativo14

Imagine uma orquestra com muitos

músicos e instrumentos, que deve se

apresentar para uma platéia bastante

criteriosa. Ela precisa de um regente

com amplo conhecimento musical,

total controle sobre cada componente

do grupo e uma precisão cirúrgica

em cada movimento de sua batuta.

Pois é exatamente assim que funciona

a Cooperforte, a maior cooperativa de

crédito do Brasil, que tem como maestro

José Valdir Ribeiro dos Reis. José Valdir : “O cooperado é o rei”

Como música para os ouvidos

rio cooperativo 15

Sucesso

A força, que está até no nome, quase todos os cooperati-vistas, principalmente do ramo crédito, conhecem. Em primeirolugar entre as cooperativas de crédito brasileiras, em todosos números apresentados, a Cooperativa de Economia eCrédito Mútuo dos Funcionários das Instituições FinanceirasPúblicas Federais (Cooperforte), que compreende osfuncionários do Banco do Brasil, BASA, Caixa EconômicaFederal, Banco Central, BNDES e Banco do Nordeste,ultrapassou, em 2005, a marca de 76 mil cooperados e comativo circulante acima de R$ 392 milhões.

Em um ranking comparativo com as 50 maiores instituiçõesfinanceiras do Brasil, a Cooperforte mostra o porquê de seunome. A cooperativa aparece, por exemplo, em primeiro lugarem lucro ativo, terceiro em lucro por empréstimo e com índicede qualidade de carteira de 98,4%. Este índice mede o graude adimplência dos associados. A média dos bancos é de93,7%. Segundo o presidente da Cooperforte, José ValdirRibeiro dos Reis, o ranking serve para dar à cooperativa averdadeira noção de sua força: “Dizem que somos bons, maspara isso precisamos de comparativos. Bons em relação aoquê? Por isso fazemos este ranking.”

Mas não é só o ranking que determina a condição de uma gran-de cooperativa. Segundo o Comitê de Risco do Riskcoop (Sistemade Classificação de Risco de Cooperativas de Crédito da empresaLopes Filho & Associados), a Cooperforte se enquadra na classi-ficação A3, o mais alto grau que uma cooperativa pode receber.

Além disso, os prêmios recebidos da Associação Brasilei-ra de Telemarketing (ABT) em 2004, pelo trabalho social peloPrograma Passaporte do Futuro e, em 2005, como segundamelhor em qualidade de Call Center, comprovam o reconhe-cimento da Cooperforte como uma instituição de valor.

Forte e cidadã

Visando a praticar mais expressivamente o sétimo princípiocooperativista - interesse pela comunidade -, a Cooperforteteve aprovada em sua Assembléia Geral Ordinária de 2002 adestinação de 5% das sobras da cooperativa para o Fundo deResponsabilidade Social. Assim foi criado, em outubro domesmo ano, o Programa Passaporte para o Futuro, promoven-do a inclusão social de 40 jovens entre 17 e 21 anos, oriundosde famílias de baixa renda e em situação de risco social.

O projeto piloto foi instituído em Brasília, objetivando oresgate de cidadania, estímulo à solidariedade, cooperaçãomútua e empreendedorismo, inserindo o jovem no mercadode trabalho. Além disso, o Passaporte para o Futuro visa àprevenção de drogas, educação sexual, ética e relações inter-pessoais e capacitação profissional.

Com a expansão do projeto, a cooperativa criou em marçode 2003, o Instituto Cooperforte, que hoje administra noveprojetos que atendem diretamente a mais de 700 jovens em

oito cidades brasileiras: Brasília (DF), Salvador (BA), SãoLeopoldo (RS), São Paulo (SP), Itapevi (SP), Belém (PA), Niterói(RJ) e Florianópolis (SC). O reconhecimento maior do programafoi a conquista do prêmio da ABT de Responsabilidade Social.

Em Niterói (RJ), o Instituto Cooperforte, em parceria com aAABB-Niterói (RJ), a Associação Imaculado Coração de Mariae a Orquestra de Cordas da Grota, cuida da formação de oitojovens, que atuam como monitores de música (flauta, violino,violoncelo, violão e canto), para ensinar outros 70 jovens. Osalunos recebem bolsa-auxílio, ajuda-alimentação e vale-transporte, além de receberem aulas sobre cidadania, direitoshumanos, combate às drogas, protagonismo juvenil, coopera-tivismo e empreendedorismo. Ao final da capacitação o treinandoserá certificado pelo Senai como profissional de nível técnico.

Em prol do associado

Focada no bem-estar de seu associado, a Cooperforte temcomo principais fatores de seu sucesso a facilidade dos pro-dutos, e a primazia em atendimento ao cooperado, através detecnologia de ponta.

“Temos um telefone 0800, pelo qual o próprio cooperado so-licita seus empréstimos, da forma que lhe for mais conveniente.Quando um cooperado liga com um problema para resolver ouum sonho para realizar, você tem que proporcionar isso a ele.Na Cooperforte, o cooperado é o rei”, decreta José Valdir.

O cooperado da Cooperforte tem atualmente várias formasde se comunicar com a cooperativa: telemarketing, call center,URA, atendimento pessoal e internet. Essa busca incessantepelo melhor atendimento ao associado rendeu à cooperativa,em 2005, a categoria prata em telemarketing pela ABT.

Acima, os alunos de música mantidos pelo Instituto Cooperfor te;

na página ao lado, apresentação da Orquestra de Cordas da Grota

rio cooperativo16

Roda de Amigos

Fundada em 1984, por 33 funcionários do Banco do Brasil,a Cooperforte não parou de crescer desde então. A últimacampanha para conquistar cooperados, a Roda de Amigos,conquistou mais de 13 mil novos associados (um número quesozinho já corresponde à 6ª maior cooperativa de crédito dopaís, pelos dados da cooperativa e do Banco Central).

A Roda de Amigos funcionou como um marketing por indica-ção composto por duas fases. Na primeira, cada novo associadogarantiu 100 pontos a quem o indicou. Com 200 pontos, já erapossível retirar prêmios ou acumular para conseguir prêmiosmaiores. Nesta fase, foram distribuídas 525 bolsas de viagem,121 sanduicheiras, 65 rádios com CD e 246 DVDs. Na segundafase, os 10 primeiros associados que alcançaram um mínimo de1.000 pontos (10 associados indicados) ganharam uma viagem,com direito a acompanhante, para a Costa do Sauípe, na Bahia.

Com um universo de mais de 600 mil pessoas, o presidenteda Cooperforte garante que a cooperativa ainda tem muito o quecrescer e já escolheu um alvo para este ano. “Vamos concentrarnossos esforços para dobrar o quadro de associados dentro daCaixa Econômica”, planeja José Valdir.

Presença no Rio

Com mais de 11 mil cooperados no estado, a cidade doRio de Janeiro foi o quarto posto de atendimento criado pelaCooperforte, além de Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo.

Criado há seis anos, o PAC-RJ serve como um ponto derelações com os associados e de captação de recursos, jáque a facilidade do 0800 faz com que não haja necessidadede um posto operacional. “O depositante gosta de ter a presen-ça física”, explica o presidente José Valdir.

No Rio, a Cooperforte tem um grande foco nos convênioscom instituições educacionais. Entre as opções que o cooperadotem, estão as universidades Mackenzie, Unigranrio, Estácio deSá e Unibennett, além dos cursos de inglês Wizard e Wise Up.

Crise no crédito fluminense

A crise em que se encontram as cooperativas de créditodo Rio de Janeiro, após a quebra de sua central de crédito,(Cecrerj) entristece José Valdir, que também acumula o cargode vice-presidente da Confederação Brasileira das Cooperativasde Crédito (Confebrás).

“Foi um trauma não só para o Rio, mas para o sistema deforma geral, porém acho que a autoliquidação foi o caminhomenos traumático.Quem tem que traçar os rumos de umacooperativa é o associado e quem tem que traçar os rumosde uma central são as cooperativas filiadas. O cooperativismode crédito do Rio tem tudo para se reerguer e abrir uma novaCentral que dê realmente apoio às singulares. Uma singularsem central é muito complicado. Muitas não têm como viversem esse apoio”, avalia o dirigente.

Banco Central

Outra preocupação de José Valdir é a relação do BancoCentral do Brasil com as cooperativas. O presidente daCooperforte defende uma legislação cooperativista diferentedas normativas bancárias.

“Quando o Bacen determina uma norma ou uma resolução,elas não são estabelecidas para cooperativas de crédito esim para o sistema financeiro de forma geral. Uma cooperativapequena não tem como acompanhar as normas do Banco.Penso que o Bacen deveria ter um banco de normas só paracooperativas de crédito”, pondera o dirigente

José Valdir sugere ainda um órgão regulamentador separadodo Banco Central, como ocorre em outros países: “É umatendência natural que os bancos considerem as cooperativas decrédito como concorrentes. Os dirigentes do Banco Central sãobanqueiros, então para que facilitar a vida das cooperativas?”

Sucesso

A gerente do PAC-RJ, Lygia Bastos

Cena comum no PAC-RJ: o presidente José Valdir em visita ao Rio

rio cooperativo 17

Linhas do Crédito Wagner Guerra

Wagner Guerra da Fonseca é presidente da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos

Empregados da Ampla, vice-presidente da OCB/RJ e representante do Sindicoopcred junto à OCB/RJ.

O Rio de Janeiro foi o primeiro estadodo Brasil a criar uma Central de Cooperati-vas de Crédito, a Cecrerj. Para que a mes-ma tivesse êxito, podemos destacar duaspessoas que trabalharam arduamente parasua fundação. A sua fundadora, Alzira Silvade Souza, da Cooperativa de Furnas, queteve o apoio financeiro de José Carvalho,da Coobanlight. Podemos afirmar que aCecrerj nasceu das cooperativas de Fur-nas e da Cobanlight.

O Rio saiu na frente de outras filiadas àFeleme ( Fundação Leste Meridional). Nosoutros estados, o cooperativismo ainda nãoestava tão adiantado. A Cecrerj tinha comoprincipal objetivo a divulgação do coopera-tivismo no estado, apoio técnico, financeiro,além do fomento para criação de novascooperativas. Assim caminhou a Cecrerjpujante, imponente nos congressos ondesua diretoria se apresentava. Instalou-se, emsua sede própria, no centro comercial doRio de Janeiro. Tínhamos orgulho de mos-trar, aos visitantes, a nossa Central. Promo-veu diversos seminários , trazendo para oRio de Janeiro lideranças nacionais e inter-nacionais do cooperativismo de crédito. Nacriação do Bancoob, foi peça importante.

Mas, como nem tudo são flores, tive-mos dificuldades em algumas centrais.A do Espírito Santo teve sua liquidaçãodecretada pelo Bacen, fato lamentável,pois não se entende como uma insti-tuição financeira, que tem suas despe-sas todas rateadas pelos donos, conse-gue quebrar. E, finalmente, a Cecrerj en-cerra suas atividades, atolada em dívidase créditos duvidosos.

Dirão muitos: central de crédito só

serve para dar prejuízo! Vejam o prejuízoque causou às filiadas! Data vênia, discor-damos destes cooperativistas que pen-sam assim. Uma central de crédito émuito importante para o crescimento efortalecimento de suas filiadas. Dirãoque podemos ter todos os serviços pres-tados, por uma Central, com um customenor em outro órgão.

Concordamos, mas numa central decrédito encontramos, entre outras opera-ções bancárias, também liquidez, impor-tantíssimo para às cooperativas que têmdepósitos à vista e a prazo. Uma coope-rativa singular filiada a uma central, bemadministrada, fica tranqüila, pois sabe quepode, numa emergência financeira, contarcom o apoio dessa central.

Os fatos do Rio de Janeiro e do EspíritoSantos são casos isolados no universo decentrais em nosso país. Vamos mostraras centrais de crédito que estão bem admi-nistradas, onde o cooperativismo de créditotem crescido graças ao apoio das centrais.Vamos olhar os bons exemplos, quegraças a Deus são muitos. Não devemosdeixar de lado nossos ideais da criaçãode uma nova central de crédito. Umacentral onde todos participem, onde nãohaja dono. O que precisamos e juntarforças, pedir apoio a outros estados, aoBancoob, e vamos criar uma central coma pujança que o Rio de Janeiro, capitalcultural do Brasil, merece.

Depende de nós, e que Deus nosilumine para que esta central não tardea ser inaugurada, pois competência,bons técnicos e recursos, nós temos.Então, o que nos falta?

A importância de umacentral de crédito

rio cooperativo18

Direto ao Ponto Maria de Fátima Moraes Rodrigues

A partir da década de 60, a estratégia

passou a ocupar um espaço relevante no

mundo empresarial, resultado, talvez, da

urgência de romper com os tradicionais

planejamentos ou paradigmas inadequa-

dos a uma nova realidade empresarial que

se aproximava, trazendo para a vida das

empresas a necessidade de constantes

adaptações a um mundo em mutação.

Na década de 80, o debate e a adesão

ao planejamento estratégico adquiriram

amplitude e profundidade e o setor empre-

sarial visualizou o atingimento dos obje-

tivos através da clara missão e estratégia

em seus negócios.

No cooperativismo de crédito, o marco

legal foi a partir dos anos 90, trazendo a

visão da necessidade do profissionalismo

e capacitação aplicados ao setor.

Gradativamente, o sistema cooperativo

de crédito avaliou e buscou adaptar-se a

essa nova realidade, saiu da concha, ad-

quiriu visibilidade e seus gestores passa-

ram a ter a visão estratégica do negócio, ou

seja, o que desejam seus associados para

o futuro e como pode ser alcançado, reco-

nhecendo que o processo desestruturado

precisava de um planejamento estratégico,

trazendo a visão do sistema no futuro, que

somente seria alcançado através de um pla-

nejamento sistematicamente avaliado.

Inicialmente, descobrimos a necessidade

do orçamento anual, elaborado e cumprido, pas-

sando para as projeções e tendências, atingin-

do o planejamento de maior prazo.

Em síntese, o objetivo máximo da admi-

nistração ou gestão estratégica é o desen-

volvimento dos valores da corporação, sua

capacitação gerencial, suas responsabili-

dades como organização inserida na soci-

edade, os seus sistemas administrativos

que necessariamente têm a ver com o pro-

cesso de tomadas de decisão estratégica,

tática e operacional, em todos os níveis hie-

rárquicos, abrangendo os negócios e os di-

ferentes níveis de autoridade funcional.

A administração/ gestão estratégica

ultrapassa o processo sistemático de aná-

lise de informações, buscando o aprimora-

mento das pessoas, capacitando-as a pen-

sar estrategicamente, atingindo um proces-

so de mudança de comportamento.

Igor Ansoff, considerado o pai do planeja-

mento estratégico e da administração estra-

tégica, define-a como as regras e diretrizes

para decisão que orientam o processo de

desenvolvimento de uma organização. Con-

clusivo, portanto, que as decisões estratégi-

cas são aquelas que permitem à empresa

desenvolver-se e perseguir seus objetivos

da melhor forma, sem deixar de considerar

as suas relações com o seu ambiente.

As contínuas mudanças que ocorrem

no ambiente externo da empresa não po-

dem ser ignoradas.

Ansoff definiu que a administração es-

tratégica compartilha com a administra-

ção por objetivos, e a integração dos obje-

tivos traçados como base de uma visão

global da gestão. A administração estraté-

gica se interessa pelo papel dos objeti-

vos nas decisões estratégicas.

Não é possível imaginar, hoje, uma em-

presa cooperativa sem adotar uma gestão

estratégica em seus três níveis: o estratégi-

co, o tático e operacional. É um processo que

ocorre no nível estratégico da estrutura da

organização, envolvendo a cúpula e implica

na participação da Assembléia – órgão má-

ximo –, cooperados, diretoria e gerências,

que nortearão as atividades planejadas nos

demais níveis hierárquicos e, assim, esse

conjunto de atividades alcança a todos os

níveis da empresa e passa a ser denomi-

nado como planejamento empresarial.

Administração/Gestão Estratégicanas Cooperativas

“Não é possível imaginar, hoje,

uma empresa cooperativa sem

adotar uma gestão estratégica

em seus três níveis: o estratégico,

o tático e o operacional.”

As decisões se refletem nas pessoas,

no operacional em termos de produtos, ser-

viços, custos, tecnologia disponível e o seu

aprimoramento permanente, que ocorre

muito rápido, a captação de recursos, a sua

correta aplicação com o acompanhamento e

a supervisão de todas essas atividades, com

respostas rápidas às mutações de merca-

do. E isso, para as cooperativas de crédito,

só tem sido possível atingir por estarmos

estruturados em sistema, com as instituições

de cúpula que canalizam todas essas ações

e as retornam ao sistema, de forma planeja-

da e eficaz e com os custos racionalizados.

Os conceitos que devemos ter bem de-

finidos embasando as nossas ações são:

Finalidade – é o papel principal da em-

presa, definido pela sociedade em que está

inserida e compartilhada com empresas

similares dessa sociedade.

Missão – é a finalidade própria da em-

presa e o que a diferencia.

Objetivo – é um alvo que precisa ser

atingido para que a empresa possa cum-

prir suas metas. Traz a missão para ter-

mos específicos e mensuráveis.

Estratégia – é o programa geral para a

consecução dos objetivos da empresa e, por-

tanto, para o desempenho de sua missão.

Podemos considerar que a estratégia é o pa-

drão de resposta de toda organização ao seu

público-alvo, seu contexto e seu espaço de

atuação. A estratégia associa os recursos hu-

manos e os demais recursos de uma organi-

zação aos desafios e riscos de seu mercado.

A questão apresentada é ampla e en-

volve desafios ao adotarmos este modelo

de gestão, que pede etapas de planeja-

mento, análise estrutural, integração e, prin-

cipalmente, não temer as mudanças, sair

do cômodo e prático e enfrentar o novo.

Maria de Fátima Moraes Rodrigues é consultora especializada em Cooperativismo.

rio cooperativo 19

O sétimo princípio do cooperativismodestaca o interesse pela sociedade. Eesta também é uma preocupação forteda cooperativa de trabalho Lucentes,que tem como principal objetivo a inclu-são de minorias no mercado de trabalho,com cuidado para não discriminar ne-nhum tipo de pessoa. A cooperativatenta dar maior atenção a classes me-nos favorecidas pelo mercado de tra-balho, como negros, mulheres, obesose pessoas com idade mais avançada.

A Lucentes trabalha em projetos de-senvolvidos em parcerias com todas as es-feras governamentais, incentiva o desen-volvimento de pequenas comunidades eapóia instituições de caridade.

A competência dos trabalhos realiza-dos pela Lucentes é destacada pelo pre-sidente da instituição, Claudio Rocha:“Temos um número de clientes que dáuma sustentação boa para a cooperativa.Ninguém pode atualmente afirmar que

está estabilizado no mercado, masestamos com um pé firme”, pondera.

A cooperativa foi criada há três anoscom o nome de Acoopboss, e teve seuprimeiro contrato na área de construçãocivil, em um serviço para a Ponte S.A. Amudança de nome foi um pedido dos pró-prios cooperados, e o novo nome foiescolhido para um melhor marketing.

Bom atendimentoO principal foco de atuação da Lucentes

é em hospitais, mas também atua na presta-

ção de serviços em todos os níveis de esco-laridade, do fundamental ao superior. Rochaacredita que o mais importante para coope-rativa é manter o bom atendimento aosclientes. Esse bom atendimento vem dandoótimos resultados para o quadro social.

Dos quase 400 cooperados, 280 estãoem atividade, sem nenhum problema comcooperativa: “Nunca tivemos uma açãotrabalhista e nenhuma ação por burlar alegislação existente”, revela o presidente.

A cooperativa dá ainda educação, cur-sos e acompanhamento aos cooperados.

Rocha vê as lutas contra o preconceito nomercado com naturalidade: “Houve um caso,na esfera governamental, em que se assus-taram, quando viram que o presidente da coo-perativa era negro. Mas vamos conversandoe mostrando que o cooperado pode ser umgrande profissional, independente de sua cor.Às vezes tomamos umas pancadas des-sas, mas conseguimos resolver com o jeiti-nho brasileiro”, explica bem-humorado.

Cooperando com a igualdade social

Trabalho

Rocha e cooperados da Lucentes

rio cooperativo20

As cooperativas torcem agora pela aprovação de uma novalei federal, o Projeto de Lei 171/99, do senador Osmar Dias(PDT-PR), que tramita no Senado e teve sua votação adiadavárias vezes nos últimos seis anos.

Rio Cooperativo ouviu algumas autoridades do cooperati-vismo fluminense para saber a importância de uma legislaçãode incentivo ao sistema cooperativista. O resultado você con-fere a partir de agora.

Responsabilidade

O presidente da principal entidade cooperativista do esta-do, Francisco de Assis Souza França, elogia a aprovação dasleis de São Paulo e do Espírito Santo e do esforço feito pelosistema, ressaltando que este é um grande passo para ocooperativismo, principalmente no plano político.

“Todo esforço feito pelo sistema cooperativista,em conjunto com o Estado, para um melhor reco-nhecimento do cooperativismo é válido. Mesmoque não se consiga abranger dentro de uma leiestadual a solução para todos os problemas docooperativismo, consideramos um avanço o fatodos parlamentares começarem a se preocuparcom as nossas necessidades, demonstrando,desta forma, que a importância social e econômi-ca do cooperativismo está sendo reconhecida”,destaca o presidente da OCB/RJ.

Quanto à criação de um projeto para o coo-perativismo do estado, Assis acha que a ação deveser muito bem pensada, para que não fuja do reale possa ser aprovada: “Deve ser um projeto res-

ponsável, para ser discutido pelo conjunto das cooperativas. Umprojeto de lei desse nível deverá contemplar soluções para asprincipais necessidades do cooperativismo”, afirma o dirigente.

Entretanto, como essas necessidades não são exclusivasdo Rio de Janeiro, Assis defende uma postura de cautela en-quanto uma lei federal está em pauta: “Os principais entravescom as cooperativas estão no plano federal, por isso acredita-mos ser mais cuidadoso esperar o PLS 171 do senador OsmarDias, que trata da nova política nacional para o cooperativismo,ser aprovado no Senado e na Câmara, para definirmos quaisparâmetros deverão ser tratados num projeto de lei estadual”.

O presidente da OCB/RJ entende que uma lei estadualdeve ter uma dimensão com a mesma importância que tem oestado: “A discussão no Rio de Janeiro já acontece, mas pre-cisa amadurecer. Quando apresentarmos um projeto de lei,

queremos que ele venha a atender ao cooperati-vismo do Estado como ferramentasolucionadora dos entraves e alavancadora deoportunidades nos campos social e econômi-co. Queremos fazer a diferença.”

Educação cooperativista

Já o representante do ramo crédito e vice-pre-sidente da OCB/RJ, Wagner Guerra, defende oimediatismo na aprovação de uma lei para o Riode Janeiro. Para Guerra, pouco tem sido feito e ahora de se mobilizar a classe política é essa.

“Precisamos cobrar mais de nossos políticos.Por que não lançarmos candidatos, a cargos eleti-vos, oriundos do cooperativismo, para que tenha-

Tempo de renascerO ano de 2006 começou muito bem nos estados de São Paulo e Espírito Santo, que tiveram suas leis

estaduais cooperativistas aprovadas em janeiro. Os principais pontos de ambas as legislações,

além do estímulo ao movimento, estão na indicação de um representante do

cooperativismo para compor a Junta Comercial do Estado e na criação

de políticas que estimulem a inclusão do ensino

cooperativista nas escolas.

Com isso, chega a sete o número de estados

que têm sua própria política de estímulo ao

cooperativismo. Além do Espírito Santo e de

São Paulo, Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul,

Minas Gerais e Rio Grande do Sul aprovaram

leis semelhantes.

E como fica o Rio de Janeiro diante desta questão?

Qual é a impor tância de uma lei cooperativista própria para o estado?

“A discussão no Rio

de Janeiro já acontece,

mas precisa amadurecer.

Queremos fazer

a diferença.”

Francisco de Assis França

rio cooperativo 21

Capa

mos mais força para implantar, emnosso Estado, uma legislação vol-tada para o sistema cooperativo? Ahora é esta”, conclama o dirigente.

Guerra acredita que, no Rio, fal-ta educação cooperativista, diferen-temente de outros locais, onde otema é mais desenvolvido: “Comopoderemos obter esta educação coo-perativista? Com uma legislação queinclua o cooperativismo no currículoescolar dos jovens”, aponta.

A questão da educação coo-perativista é compartilhada pelapresidente da Federação das Cooperativas Habitacionais doEstado do Rio de Janeiro, Iracy Santana Caldas, que acreditaque uma política estadual de apoio não poderá ser iniciadasem a necessária divulgação do cooperativismo nas escolasdo primeiro e segundo graus e cursos técnicos, mostrandocomo realmente funciona este sistema de trabalho.

Para Iracy, o Governo Federal, de certa forma, reconheceque os tempos de globalização da economia acarretaram oacirramento da competitividade e a substituição de mão-de-obra por tecnologia avançada, o que trouxe o desemprego e adiminuição de ofertas de trabalho assalariado.

Na visão da presidente da Fecooherj, diante destes pro-blemas sócio-econômicos, o próprio Governo procura esti-mular as pessoas a se unirem em cooperativas, como formade garantir trabalho e renda para si e suas famílias.

“Todos certamente já ouviram falar sobre o cooperativismo.

Muitas pessoas chegam a afir-mar que o cooperativismo é omelhor meio para solucionarnossos problemas sócio-econô-micos. Mesmo assim, consta-tamos que ainda conhecemosmuito pouco sobre esse assun-to, em razão dos aspectos eco-nômicos e jurídicos que lhe sãopeculiares. Esse é um dos mo-tivos da dificuldade em se aprovaruma Lei, não só no Rio deJaneiro, como em outros esta-dos brasileiros”, analisa Iracy.

Vontade política

Já a assessora jurídica especializada em cooperativismo AdrianaAmaral, do Escritório Amaral, Bittencourt & Advogados Associa-dos, aponta que, para que o Rio de Janeiro possa enfim ter a sualegislação de apoio e incentivo ao cooperativismo estimulado pelasleis já em vigor, existem dois Projetos de Lei em curso (nº 178/03e 2.857/05) e uma Indicação Legislativa (nº 664/04).

“É provável que um desses projetos seja enfim promulgadoainda este ano. Infelizmente, existem neles os mesmos artigosrestritivos e inconstitucionais dos demais estados quanto ao re-gistro obrigatório na OCE local, mas os demais dispositivos sãoimportantes para o crescimento do movimento. Faço ressalvaapenas ao Rio Grande do Sul, que tem uma Lei de Incentivo aoCooperativismo sem criar tais restrições, operando apenas comos avanços e deixando de lado os retrocessos”, analisa Adriana.

Na opinião da advogada, o que falta para o estado do Rio possuiruma lei depende exclusivamente de vontade política, o que pode-ria ser sanado mediante a representação atuante da categoria.

“Acredito que a dificuldade esteja no consenso legislativo e navaidade que muitas vezes se destaca no processo em geral. Talvezpor isso a Indicação Legislativa te-nha sido a opção, pois sua aprova-ção tiraria a idéia de que tal lei foide autoria de ‘A’ ou ‘B’, abrangen-do uma comissão (de indicaçãolegislativa)”, afirma Adriana.

A advogada diz que uma lei es-tadual específica sobre o coope-rativismo representaria um gran-de avanço no cumprimento daspolíticas públicas de desenvolvi-mento social do Estado, uma vezque o cooperativismo é uma dasformas de inclusão social, geran-do trabalho, habitação e crédito.

“Precisamos de uma

legislação que inclua a

educação cooperativista

no cur rículo escolar

dos jovens.”

Wagner Guerra

“Faço ressalva ao

Rio Grande do Sul,

que criou uma lei sem

restrições, operando com

os avanços e deixando

de lado os retrocessos.”

Adriana Amaral

“Os aspectoseconômicos e jurídicos

do cooperativismosão alguns dos motivos

da dificuldade emse aprovar uma lei

cooperat iv ista.”

Iracy Caldas

rio cooperativo22

Capa

Moralização do sistema

Outro que adota o discurso da falta de vontade política é opresidente da Unimed Teresópolis, Rafael Palatinic: ”Prova-velmente falta vontade política, falta interesse ou até mesmonão exista uma solicitação formal e importante das coopera-tivas aos legisladores estaduais, fazendo com que estes en-tendam a importância e a necessidade desta lei para as co-operativas e, conseqüentemente, para o estado. Com certe-

za, isto traria benefícios de formaincalculável, assim como umanova visão e conscientização doproblema”, defende o médico.

Para Palatinic, uma lei esta-dual iria moralizar o sistema eacabar com as falsas cooperati-vas, as ‘coopergatos’.

“Os autores atuais falam queexiste trabalho, enquanto o empre-go está acabando e isso nos levaao associativismo, ou seja, ao coo-perativismo. No nosso caso, pode-ríamos assumir, quem sabe, alguns

hospitais, clínicas estaduais ou até federais, em parceria decomodatto, colocarmos em funcionamento com ganhos paratodos, principalmente para a população”, conclui o dirigente.

Por sua vez, o presidente da Federação das Cooperativas deTrabalho do Estado do Rio de Janei-ro, Antônio Carlos Procópio, vê comprudência uma política de legislaçãoestadual do cooperativismo.

“O Rio de Janeiro não pode sim-plesmente copiar as leis já existen-tes, e sim criar algo mais polêmicoaté pela importância que tem o Esta-do. Temos que criar algo mais impac-tante, uma lei diferente, que, de fato,possa ser aplicada, ao invés de umadas muitas leis que são feitas no Brasile não pegam. Falta ao Rio eficiênciacomo há em outros Estados”, avaliao presidente da Febracoop.

Voz no Legislativo

O presidente da Frente Parlamentar Cooperativista do Rio deJaneiro (Frencoop/RJ), deputado estadual Samuel Malafaia, afir-ma que sabe da importância do movimento e de suas premissas.

“Ao criar a Frencoop-RJ, em conjunto com parlamentares dediversos partidos, buscamos maior integração com o secretário deTrabalho e Renda, Marco Antônio Lucidi, que também está atentoaos benefícios que o cooperativismo traz para nosso Estado, e

com a OCB/RJ. Desta forma, o cooperativismo tem todo apoio doLegislativo Fluminense e do Executivo”, defende o parlamentar.

Malafaia destaca seu trabalho para estabelecer uma políticaestadual que permita ao cooperativismo contracenar com asdiferentes empresas, em se tratando de empreendimento eco-nômico, principalmente numa economia onde falta emprego:“Através das cooperativas, podem-se organizar frentes de traba-lho e impulsionar o crescimento noEstado do Rio de Janeiro.”

Quanto à lei aprovada em SãoPaulo, Malafaia acha que sua repercus-são poderá alavancar o cooperativismotambém no Rio de Janeiro. “Sem dúvi-da, o movimento cooperativista se for-talece com mais uma lei, mas temosque observar as peculiaridades de cadalocal. O Rio é um estado ativo em rela-ção ao cooperativismo, por isso, quan-to maior o movimento legislativo, me-lhor”, avalia o deputado.

Processo democrático

O presidente da Frencoop-RJ ressalta que a Alerj vem se des-tacando em relação a outras Assembléias Legislativas do país, nosentido de dar agilidade e qualidade a processos que vão ao encontroda desejada transformação social e proporcionando maior desen-volvimento para o estado do Rio.

“Estamos trabalhando nas leis existentes e verificando todos ositens que possam ser abordados, como encargos sociais, aposen-tadoria, convênios com o poder público, a obrigatoriedade de registroe os conflitos que possam existir nas áreas trabalhista e previdenciária”,afirma Malafaia, lembrando que, no Brasil, há espaço para os contra-tos de trabalho através da CLT, prestação de serviços e cooperativas.“São três modalidades de contratação legal que podem conviver har-moniosamente, reduzindo a valorização do capital face ao aumentoda valorização do trabalho. Não é tão difícil fazer a lei, mas temosque ter responsabilidade e observar os princípios jurídicos.”

Malafaia lembra ainda que, após esse processo, será precisopromover audiências públicas para ouvir as opiniões e sugestõesdas prefeituras, das cooperativas em todos os ramos e dos órgãosde classe, tornando o processo o mais democrático possível.

Se depender da vontade do deputado, a legislação cooperativistado Rio de Janeiro terá prioridade na Alerj. “É preciso muita discus-são, mas a Frencoop está agindo”, garante o parlamentar.

“Estamos trabalhando

nas leis existentes e

verificando os itens

que possam ser

abordados.”

Samuel Malafaia

“Uma lei estadual iria

moralizar o sistema

e acabar com

as ‘coopergatos’.”

Rafael Palatinic

“O Rio não pode

simplesmente copiar

as leis já existentes,

e sim criar algo mais

polêmico até pela

impor tância que

tem o Estado.”

Antônio Carlos Procópio

No fechamento desta edição de Rio Cooperativo, che-

gou à Redação a notícia da formalização do projeto de lei nº

3.239/2006, de autoria do deputado estadual Paulo Melo,

líder do PMDB na Assembléia Legislativa, que trata da Polí-

tica Estadual de Apoio ao Cooperativismo no Rio de Janeiro.

rio cooperativo 23

As leis já aAs leis já aAs leis já aAs leis já aAs leis já aprprprprprooooovvvvvadasadasadasadasadas

Capítulo I - Da Política Estadual De Apoio Ao CooperativismoAr t. 1º Fica instituída a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo,consistente no conjunto de princípios, objetivos, diretrizes, regras einstrumentos que visem o incentivo à atividade cooperativista e ao seudesenvolvimento no Estado.Art. 2º Para efetivar a política a que se refere esta lei, compete ao PoderPúblico Estadual:I - criar instrumentos e mecanismos que estimulem o contínuo crescimento daatividade cooperativista; II - apoiar técnica e operacionalmente o cooperativismo noEstado do Acre, promovendo, quando couber, parceria operacional para odesenvolvimento do sistema cooperativista; III - estimular a forma cooperativa deorganização social, econômica e cultural nos diversos ramos de atuação no Estado,com base nos princípios gerais do cooperativismo e da legislação vigente; IV -promover a inclusão do estudo do cooperativismo nas escolas, visando o surgimentoe o fortalecimento de uma cultura cooperativista no seio da população e a difusãoda atividade cooperativista; V - incentivar a organização da produção, do consumo,do crédito, do sistema habitacional e dos serviços a partir dos princípios docooperativismo; VI - promover estudos, pesquisas e eventos de forma a contribuircom o desenvolvimento da atividade cooperativista; VII - propiciar meios para umamaior capacitação dos cidadãos pretendentes ou associados das cooperativas;VIII - prestar assistência técnica com qualidade e eficiência às cooperativas sediadasno Estado; IX - promover, estimular e financiar programa de treinamento ecapacitação de cooperativismo; e X - estabelecer incentivos financeiros e fiscais paraa criação e o desenvolvimento do sistema cooperativo.Parágrafo único. Os objetivos das cooperativas serão os definidos emseus respectivos estatutos e sua estruturação legal obedecerá à legislaçãofederal per tinente.Capítulo II - Das Sociedades CooperativasArt. 3º São consideradas sociedades cooperativas, para efeitos desta lei, associedades regularmente constituídas nos termos da legislação federal edevidamente registradas na Junta Comercial do Estado do Acre - JUCEAC e

na Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Acre – OCB/AC.Art. 4º A JUCEAC, para efeito de arquivamento dos atos constitutivos dassociedades cooperativas, deverá exigir atestado emitido pela OCB/AC, noqual deverá constar que a cooperativa cumpriu com os requisitosestabelecidos para a sua constituição.Art. 5º Ficam isentos da cobrança de taxas e emolumentos pela JUCEACos documentos referentes ao arquivamento do processo de constituiçãode cooperativas, alterações estatutárias, prestações anuais de contase atas de assembléias gerais.Ar t. 6º Dentre os vogais designados pelo Governador para compor oPlenário da Junta Comercial do Estado do Acre, um recairá em nomeindicado pela OCB/AC, em lista tríplice.Art. 7º Entre os quinze membros e respectivos suplentes do Colegiadodo Conselho Estadual da Educação, um deles será indicado em listasêxtupla elaborada pelo seu presidente, da qual serão escolhidos trêsnomes pela OCB/AC, sendo referida lista tríplice encaminhada para nomeaçãopelo Governador do Estado, observado, no que couber, o disposto no art.4º da Lei 1.362, de 29 de dezembro de 2000, que reestrutura o ConselhoEstadual de Educação-CEE.Capítulo III - Dos Estímulos Crediticios GovernamentaisSeção I - Da Par ticipação Direta do EstadoArt. 8º O Poder Executivo adotará mecanismos de incentivo financeiro ecreditício às cooperativas para viabilizar a criação, a manutenção e odesenvolvimento do sistema cooperativo no Estado.Art. 9º Fica criado o Fundo de Apoio ao Cooperativismo - FAC, vinculadoà Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento EconômicoSustentável – SEPLANDS, destinado a:I - captar recursos orçamentários e extra-orçamentários oriundos deinstituições governamentais, planos e programas; II - financiar atividadesde capacitação, estudos, pesquisas, publicações, programas de assistênciatécnica, formação e informação, com o fim de melhorar a gestão do sistemacooperativista; e III - fomentar a implantação de projetos sustentáveisdesenvolvidos pelas sociedades cooperativas.§ 1º O FAC terá as seguintes fontes de recursos:I - dotação orçamentária específica; II - contribuições, doações e legados; III- receitas decorrentes dos rendimentos das aplicações financeiras; IV -receitas decorrentes de convênios, contratos ou acordos firmados pelo

Estado, com a União, com os Municípios e com outras entidades públicas ouprivadas, nacionais e internacionais junto à União Federal; V - receitasdecorrentes das amortizações de financiamentos e projetos; e VI - outrasrendas ou receitas eventuais e extraordinárias.§ 2º A administração do FAC será realizada pela SEPLANDS, através desua Gerência de Cooperativismo.§ 3º A OCB/AC poderá ser consultada a dar parecer técnico sobre aviabilidade dos projetos apresentados pelas cooperativas.Art. 10. Fica aberto ao orçamento vigente o Crédito Adicional Especial novalor R$ 10.000,00 (dez mil reais), conforme discriminação abaixo:613 – Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento EconômicoSustentável613.623.00.000.0000.0000.0000 – FUNDO DE APOIO AO COOPERATIVISMO613.623.20.000.0000.0000.0000 – Agricultura613.623.20.123.0000.0000.0000 – Administração Financeira613.623.20.123.0082.0000.0000 – Cooperativismo e Associativismo613.623.20.123.0082.2354.0000 – Atividades a Cargo do Fundo de Apoioao Cooperativismo - FAC3.0.00.00.00 - DESPESAS CORRENTES3.3.00.00.00 – OUTRAS DESPESAS CORRENTES3.3.90.00.00 - Aplicações Diretas3.3.90.30.00 – Material de Consumo - RP (01) 5.000,003.3.90.39.00 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica – RP (01)5.000,00Art. 11. Os recursos necessários à execução do Crédito Adicional Especial deque trata o art. 10 desta lei, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), serácompensado de acordo com anulação de dotação orçamentária do próprioOrçamento, nos termos do disposto no inciso III do § 1º, do art. 43 da Lei Federaln. 4.320, de 17 de março de 1964, conforme a seguir:613 - Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico-Sustentável613004 – RESERVA DE CONTINGÊNCIA613004.9999999999999.0000 - Reserva de Contingência9.0.00.00.00 - Reserva de Contingência9.9.00.00.00 - Reserva de Contingência9.9.99.00.00 - Reserva de Contingência9.9.99.99.99 - Reserva de Contingência - RP (01).....10.000,00Ar t. 12. Nas licitações promovidas pelos órgãos e entidades da

administração pública estadual, as sociedades cooperativas legalmenteconstituídas poderão habilitar-se em igualdade de condições com osdemais licitantes, observadas as normas previstas na legislação em vigor,especialmente a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993 e alterações.Art. 13. A participação de cooperativa em processos licitatórios estarácondicionada à apresentação de certificado de registro na OCB/AC ou emoutra organização de cooperativa estadual, conforme previsto na LeiFederal n. 7.764, de 16 de dezembro de 1971.Seção II - Da Política EducacionalArt. 14. O Estado do Acre primará pelo incentivo ao cooperativismo, dandoespecial atenção para a sua difusão nos meios estudantis, através dasseguintes ações: I - implantação do cooperativismo no currículo escolar do ensinofundamental e médio, com professores devidamente qualificados;II- desenvolvimentoda cultura cooperativista, através de atividades que visem o público em geral, bemcomo através dos meios de comunicação social; III - implantação de práticaspedagógicas com fins cooperativistas, especialmente nos programas voltados aodesenvolvimento econômico e social; e IV - realização de parcerias com as sociedadescooperativas para utilização dos estabelecimentos públicos estaduais de ensino,para fins de programação educacional e de atividades sociais.Art. 15. O Poder Público, quando recomendável ao atendimento das demandasda comunidade interessada, estabelecerá contratos com as cooperativas decrédito buscando a agilização do acesso ao crédito e à prestação de serviços, àarrecadação de tributos e ao pagamento de vencimentos, soldos e outrosproventos dos servidores públicos civis e militares, ativos e inativos e dos pensionistasda administração direta e indireta.Parágrafo único. As cooperativas de crédito poderão efetuar o desconto,na folha de pagamento, das contribuições e demais débitos a favor dasentidades, de titularidade dos servidores públicos civis e militares, ativose inativos, e dos pensionistas e associados, por opção destes, e desdeque as obrigações estejam respaldadas em estatuto, decisão assemblearou instrumento de crédito.Capítulo IV - Disposições FinaisArt. 16. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de sessentadias, contados da data de sua publicação.Ar t. 17. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Rio Branco, 27 de dezembro de 2004, 115º da República, 101º do Tratadode Petrópolis e 42º do Estado do Acre.Jorge Viana - Governador do Estado do Acre.

Acre - Lei nº 1.528,de 27 de dezembro de 2004

Espírito Santo - Lei nº 8257 de 17de janeiro de 2006.O Governador do Estado do Espírito Santo institui a Política Estadual doCooperativismo no Estado do Espírito Santo. Faço saber que a AssembléiaLegislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:CAPÍTULO I - DA POLÍTICA ESTADUAL DOC O O P E R A T I V I S M OArt. 1º Fica instituída a Política Estadual do Cooperativismo, que consiste noconjunto de diretrizes e regras voltadas para o incentivo à atividade cooperativistae ao seu desenvolvimento no Estado do Espírito Santo.Art. 2º O Poder Executivo Estadual atuará de forma a estimular as atividadesdas cooperativas, nos termos da lei, incentivando um sistema de sustentaçãopara o contínuo crescimento da atividade cooperativista.Art. 3º São objetivos da Política Estadual do Cooperativismo:I - criar instrumentos e mecanismos que estimulem o contínuo crescimento dasatividades cooperativistas; II - prestar assistência educativa e técnica às cooperativassediadas no Estado do Espírito Santo; III - estabelecer incentivos para aconstituição, manutenção, fomento e desenvolvimento do sistema cooperativistado Estado do Espírito Santo; IV - facilitar o contato das cooperativas entre sie com seus parceiros; V - apoiar técnica e operacionalmente o cooperativismono Estado do Espírito Santo promovendo parcerias para o desenvolvimento dosistema cooperativista estadual; VI - estimular a forma cooperativista de organizaçãosocial, econômica e cultural nos diversos ramos de atuação, com base nosprincípios gerais do associativismo e da legislação vigente; VII - estimular ainclusão do estudo do cooperativismo nas escolas visando a uma mudança deparâmetros de organização da produção e do consumo;VIII - criar mecanismos de triagem e qualificação da informalidade para implementaçãode novas sociedades cooperativas; IX - divulgar as políticas governamentais emprol das sociedades cooperativas do Estado; X - coibir a criação e o funcionamentode sociedades cooperativas irregulares; XI - organizar e manter atualizado ocadastro geral das sociedades cooperativas do Estado do Espírito Santo pormeio de informações a serem prestadas pela Junta Comercial do Estado doEspírito Santo - JUCEES sobre todos os registros de constituição e alteraçãonas sociedades cooperativas.§ 1º As escolas de ensino médio integrantes do sistema estadual de

ensino poderão incluir em seus currículos conteúdos e atividades relativosao cooperativismo e à cultura da cooperação.§ 2º Os conteúdos de que trata o § 1º poderão abranger informaçõessobre o funcionamento, a filosofia, a gerência e a operacionalização dascooperativas e do cooperativismo.CAPÍTULO II - DAS SOCIEDADES COOPERATIVASArt. 4º Para os efeitos desta Lei, são sociedades cooperativas aquelasregularmente registradas nos órgãos públicos competentes, na JUCEESnos termos da legislação federal per tinente e nos órgãos fazendáriosFederal, Municipal e Estadual, quando for o caso.Parágrafo único. A JUCEES exigirá, por ocasião do registro dos atosconstitutivos das cooperativas, o certificado comprobatório de análise eaprovação dos documentos e procedimentos constitutivos de cooperativas:pré-registro, de acordo com as normas e diretrizes do Programa deAutogestão, Monitoramento e Acompanhamento do Cooperativismo Brasileirodo Sistema de Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, emitidopelo Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado doEspírito Santo - OCB/ES.Art. 5º Para o regular funcionamento no âmbito do Estado, as cooperativasdeverão estar constituídas de acordo com as exigências da legislaçãofederal e estar devidamente registradas na OCB/ES, de acordo com a LeiFederal nº 5.764, de 16.12.1971.Ar t. 6º A JUCEES poderá firmar convênio com a OCB/ES para troca deinformações sobre registro, alteração e funcionamento das sociedadescooperativas.Art. 7º Os objetivos das cooperativas são os definidos em seus respectivosestatutos sociais, obedecendo-se, em especial, à Lei Federal nº 5.764/71, aos atos normativos do Banco Central do Brasil nos casos específicosdas cooperativas de crédito e à Lei Federal nº 9.867, de 10.11.1999,quando for o caso, sendo obrigatória a utilização da expressão“Cooperativa”.CAPÍTULO III - DAS RELAÇÕES DAS COOPERATIVASCOM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 8º O Poder Executivo poderá firmar convênios com cooperativas de créditoque possuam Certificados de Registro e de Regularidade Técnica da OCB/ES,visando a arrecadação de tributos estaduais, após atendidas as exigências daSecretaria de Estado da Fazenda - SEFAZ.Ar t. 9º Fica assegurada às cooperativas regularmente constituídas naforma da Lei Federal nº 5.764/71, e que atendam as demais exigênciaslegais e regulamentares vigentes, a consignação em folha de pagamentodas contribuições estatutárias e demais débitos de servidores públicosestaduais, civis e militares, ativos, inativos e pensionistas.Art. 10º. Nos processos licitatórios promovidos pelos órgãos do Poder ExecutivoEstadual, para prestação de serviços, obras, compras, publicidade, alienaçõese locações, poderão participar em igualdade de condições as cooperativaslegalmente constituídas, conforme Lei Federal nº 5.764/71.Ar t. 11º. A par ticipação das cooperativas nos processos licitatórios daadministração direta e indireta do Estado está vinculada à apresentaçãode Certificado de Registro na OCB/ES, previsto na Lei Federal nº 5.764/71, bem como do Certificado de Regularidade Técnica da OCB/ES e desdeque atendam as exigências específicas, notadamente as da Lei Federalnº 8.666, de 21.6.1993.CAPÍTULO IV - DO CONSELHO ESTADUAL DOCOOPERATIVISMO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO -C O N E C O PAr t. 12º. Fica criado e incluído na estrutura organizacional básica daSecretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo - SEDETUR,em nível de direção superior, o Conselho Estadual do Cooperativismo doEstado do Espírito Santo - CONECOP, órgão colegiado, deliberativo enormativo.Art. 13º. O CONECOP definirá as políticas públicas a serem adotadas peloEstado para o desenvolvimento das cooperativas e terá como competências:I - estabelecer as diretrizes das políticas de apoio ao cooperativismo;II - acompanhar a elaboração da proposta orçamentária do Estadopara o cooperativismo; III - estabelecer as diretrizes e os programas dealocação de recursos; IV - fiscalizar a aplicação de recursos; V - elaborar

seu regimento interno e suas normas de atuação.Ar t. 14º. O CONECOP será composto pelos seguintes membros:I - o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo, seuPresidente; II - 04 (quatro) representantes do Sindicato e Organizaçãodas Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo - OCB/ES; III -01 (um) representante da Secretaria de Estado de DesenvolvimentoEconômico e Turismo; IV - 01 (um) representante da Secretaria de Estadoda Saúde; V - 01 (um) representante da Secretaria de Estado doTrabalho, Assistência e Desenvolvimento Social; VI - 01 (um) representanteda Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura ePesca.§ 1º Os membros do CONECOP e seus respectivos suplentes serãoindicados ao Governador do Estado pelas respectivas entidades e por eledesignados.§ 2º O mandato dos membros do CONECOP será de 02 (dois) anos,permitindo 01 (uma) recondução sucessiva.§ 3º Os membros do CONECOP não perceberão qualquer tipo deremuneração e a par ticipação noConselho será função pública relevante.§ 4º As deliberações do CONECOP serão tomadas em forma de resolução,por deliberação da maioria simples, cabendo ao Presidente, além do votocomum o voto de desempate.§ 5º As reuniões serão presididas, na ausência do Presidente, pelo Vice-Presidente, indicado pelo Governador do Estado dentre os membros doCONECOP.Art. 15º. O CONECOP contará com uma secretaria executiva com a finalidadede integrar suas atividades e permitir a operacionalização de suasatividades administrativas.CAPÍTULO V - DISPOSIÇÃO FINALArt. 16º. Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar a presente Lei noprazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua publicação.Art. 17º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio daFonte Grande, em Vitória.

sociedade cooperativa deferido pela JUCEG.§ 2º A Junta Comercial do Estado de Goiás – JUCEG deverá adotar regimesimplificado para o registro das Sociedades Cooperativas, dispensandodocumentos, quando legalmente possível, e contemplando, no que couber,a Lei Especial do Cooperativismo.§ 3º A Junta Comercial do Estado de Goiás – JUCEG para o registro desociedade cooperativa observará esta Lei, ouvindo, se necessário, oConselho Estadual do Cooperativismo.Art. 4º - O Estatuto das Sociedades Cooperativas para ser aprovadodeverá atender aos seguintes preceitos:I – adesão voluntária, sem limitação, ao número de associados, salvo nocaso de impossibilidade técnica de prestação de serviços; II – variabilidadedo capital social representado por quotas-partes; III – limitação do númerode quotas-par tes do capital para cada associado, facultado oestabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for consideradomais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais; IV – inacessibilidadedas quotas-par tes do capital a terceiros, estranhos à sociedade; V –singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações econfederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividadesde crédito, optar pelo critério da proporcionalidade; VI – quorum parafuncionamento e deliberação da assembléia geral baseado no número deassociados e não no capital; VII – retorno das sobras líquidas do exercícioproporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberaçãoem contrário da assembléia geral; VIII – indivisibilidade dos fundos dereserva e de assistência técnica educacional e social; IX – neutralidadepolítica e indiscriminação religiosa, racial e social; X – prestação de assistênciaaos associados e, mediante previsão estatutária, aos empregados dacooperativa; XI – limitação da área de admissão de associados àspossibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.Ar t. 5º- O Estatuto da Sociedade Cooperativa, além de atender aodisposto no ar t. 4 o desta Lei, deverá estabelecer:I – a denominação, a sede, o prazo de duração, a área de ação e o objetivo dasociedade, bem como a fixação do seu exercício social e a data de seu balanço geral;II – os direitos e deveres dos associados, a natureza de suas responsabilidades

Dispõe sobre a Política Estadual de Cooperativismo e dá outras providências.A Assembléia Legislativa do Estado do Goiás, nos termos do ar t. 10 daConstituição Estadual, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Capítulo I - Da Política Estadual do CooperativismoArt. 1º - Fica instituída a Política Estadual do Cooperativismo, que consisteno conjunto de diretrizes e regras voltadas para o incentivo à atividadecooperativista e ao seu desenvolvimento no Estado.Ar t. 2º - São objetivos da Política Estadual do Cooperativismo:I – criar instrumentos e mecanismos que estimulem o contínuo crescimento dasatividades cooperativista; II – prestar assistência educativa e técnica às cooperativassediadas no Estado; III – estabelecer incentivos financeiros para a criação e odesenvolvimento do sistema cooperativo; IV – facilitar o contato das cooperativasentre si e com seus parceiros; V – apoiar técnica e operacionalmente ocooperativismo em Goiás, promovendo parcerias para o desenvolvimento doSistema Cooperativista Goiano; VI – estimular a forma cooperativa de organizaçãosocial, econômica e cultural nos diversos ramos de atuação, com base nosprincípios gerais do associativismo e na legislação vigente; VII – estimular ainclusão do estudo do cooperativismo nas Escolas, visando a uma mudança deparâmetros de organização da produção e do consumo; VIII – criar mecanismosde triagem e qualificação da informalidade, para implementação de novas sociedadescooperativas de trabalho; IX – divulgar as políticas governamentais em prol dassociedades cooperativas do Estado de Goiás; X – coibir a criação de SociedadesCooperativas irregulares, que tenham ou não intuito de fraudar as leis vigentesno País; XI – organizar e manter atualizado um Cadastro Geral das SociedadesCooperativas no Estado de Goiás, através de informações fornecidas pela JUCEGde todos os registros de Sociedades Cooperativas.CAPÍTULO II - DAS SOCIEDADES COOPERATIVASAr t. 3º - É considerada sociedade cooperativa, para os efeitos destaLei, a devidamente registrada nos órgãos públicos competentes e naJunta Comercial do Estado de Goiás – JUCEG e inscrita nos órgãosfazendários federal, estadual e municipal.§ 1º A Junta Comercial do Estado de Goiás – JUCEG celebrará convêniocom o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estadode Goiás – OCB/GO, que garanta a esta conhecer dos registros de

e as condições para sua admissão, demissão, eliminação e exclusão, bem comoas normas para sua representação nas assembléias gerais; III – o capital mínimo,o valor das quotas–partes para subscrição por associado, o modo de integralizaçãoda quota-parte e as condições para sua retirada em caso de demissão, eliminaçãoou exclusão de associado; IV – a forma de devolução de sobras registradas aosassociados ou de rateio de perdas por insuficiência de contribuição, para coberturade despesas da sociedade; V – a forma de administração e fiscalização dasociedade, a definição de seus órgãos e respectivas atribuições e normas defuncionamento e a representação ativa e passiva da sociedade em juízo ou foradele, bem como o prazo do mandato e o processo de substituição de seusadministradores e conselheiros fiscais; VI – as formalidades de convocação dasassembléias gerais e o quorum requerido para sua instalação e para validade dasdeliberações, vedado o direito de voto aos que nelas tiverem interesse particular,sem prejuízo da participação nos debates; VII – os casos de dissolução voluntáriada sociedade; VIII – o modo e o processo de alienação ou oneração de bem imóvelda sociedade; IX – o modo de reformar o estatuto; X – o número mínimo deassociados; XI – a obrigatoriedade de registro no Sindicato e Organização dasCooperativas Brasileiras no Estado de Goiás – OCB/GO.CAPÍTULO III - DOS OBJETIVOSAr t. 6º - Os objetivos das cooperativas são os definidos nos respectivosestatutos, que deverão utilizar o termo “cooperativa”, observada alegislação federal per tinente.CAPÍTULO IV - DO SISTEMA TRIBUTÁRIOArt. 7º - As sociedades cooperativas são a extensão do estabelecimentodos seus associados e as operações por elas realizadas por conta eordem de referidos associados constituem atos cooperativos e terãoadequado tratamento tributário de acordo com a Constituição Federal.CAPÍTULO V - DO CONSELHO ESTADUAL DO COOPERATIVISMOArt. 8º - Fica instituído o Conselho Estadual do Cooperativismo de Goiás – CECOOP-GO, integrando a estrutura organizacional da Secretaria do Planejamento eDesenvolvimento, composto por 10 (dez) membros, sendo 04 (quatro) membrosindicados pela OCB-GO, 01 (um) membro indicado pela Federação da Agricultura ePecuária de Goiás – FAEG, 01 (um) membro indicado pela Federação dos Trabalhadoresna Agricultura do Estado de Goiás – FETAEG, e 04 (quatro) membros escolhidos pelo

Governador do Estado de Goiás, que designará também o presidente.§ 1º- Os membros do Conselho serão nomeados pelo Chefe do Poder Executivo paraum mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma vez.§ 2º- Cada representante deverá indicar 1 (um) suplente.§ 3º- Os membros do Conselho não perceberão qualquer tipo de remuneraçãoe a participação no Conselho será considerada função pública relevante.§ 4º- As deliberações do Conselho Estadual do Cooperativismo deverão sertomadas em forma de resolução, por deliberação da maioria simples.§ 5º- O Conselho Estadual do Cooperativismo, na ausência de seu titular, serápresidido por vice-presidente a ser eleito pelos seus membros.Parágrafo único. O Conselho Estadual do Cooperativismo contará com umaSecretaria Executiva que será exercida pelo Gerente Executivo de Cooperativismoda Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento.Art. 9º - O CECOOP-GO definirá as políticas públicas a serem adotadas pelo Estadopara o desenvolvimento das cooperativas e terá como competência:I – estabelecer as diretrizes das políticas de apoio ao cooperativismo;II – acompanhar a elaboração da proposta orçamentária do Estadopara o cooperativismo; III – estabelecer as diretrizes e os programasde alocação de recursos; IV – fiscalizar a aplicação de recursos; V– elaborar o seu regimento interno e suas normas de atuação.CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAISArt.10º - O Poder Público deverá facilitar condições e mecanismos para que sejafacultado aos servidores públicos e militares, ativos e inativos e aos pensionistasda Administração direta e indireta, optarem pelo recebimento de seus vencimentos,remunerações, proventos e pensões, por meio de Sociedades Cooperativas deCrédito, ressalvados os contratos já celebrados.Ar t. 11º - Poderão habilitar-se nos processos licitatórios promovidospelos órgãos da Administração direta e indireta estadual, as sociedadescooperativas legalmente constituídas e observadas as normas previstasna legislação pertinente em vigor, especialmente a Lei federal nº 8.666,de 21 de junho de 1993, em igualdade de condições, desde que apresentemcertificado de registro na OCB-GO, conforme previsto na Lei federal n o5.764, de 16 de dezembro de 1971.Ar t. 12º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Goiás - Lei nº 15.109, de 2 de fevereiro de 2005.

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Ar t. 1° - A Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo terá comofinalidade o conjunto de atividades exercidas pelo poder público e privadoque venham a beneficiar direta e indiretamente o setor cooperativista napromoção do desenvolvimento social, econômico e cultural, desde quereconhecido seu interesse público.Art. 2° - São objetivos da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo:I - apoiar técnica e operacionalmente o cooperativismo no Rio Grande do Sul,promovendo, quando couber, parcerias operacionais para o desenvolvimento dosistema cooperativista; II - estimular a forma cooperativa de organização social,econômica e cultural nos diversos ramos de atuação, com base nos princípios geraisdo associativismo e da legislação vigente; III - estimular a inclusão do estudo docooperativismo nas Escolas, visando a uma mudança de parâmetros de organizaçãoda produção e do consumo; IV - promover estudos e pesquisas de forma a contribuircom o desenvolvimento da atividade cooperativista; V - divulgar as políticasgovernamentais para o setor; VI - organizar e manter atualizado um Cadastro Geraldas Cooperativas no Estado; VII - propiciar maior capacitação dos cidadãos pretendentesou associados das cooperativas.Art. 3° - Fica criado o Cadastro Geral das Cooperativas, organizado, mantidoe coordenado pelo Gabinete da Reforma Agrária e do Cooperativismo, devendoas cooperativas, legalmente instituídas e registradas, proceder anualmente àatualização dos dados junto ao mesmo.Art. 4° - Fica instituído o Conselho Estadual do Cooperativismo - CECOOP -, aoqual compete: I - coordenar as políticas de apoio ao cooperativismo; II- acompanhara elaboração da proposta orçamentária do Estado para o cooperativismo; III -estabelecer as diretrizes e os programas de alocação de recursos do Fundo deApoio ao Cooperativismo - FUNDECOOP -, previsto no artigo 8° desta Lei; IV -fiscalizar a aplicação dos recursos do Fundo de Apoio ao Cooperativismo; V -elaborar o seu Regimento Interno; VI - apreciar os projetos apresentados pelascooperativas e suas entidades representativas destinados a obter recursos do

FUNDECOOP, bem como exigir eventuais contrapartidas; VII - celebrar convênios comorganismos públicos ou entidades privadas para a execução de projetos de apoioao desenvolvimento do sistema cooperativista.Art. 5° - O Conselho Estadual do Cooperativismo será constituído por 18(dezoito) membros efetivos, com representação paritária de órgãos públicose entidades da sociedade civil organizada, da seguinte forma:I - um representante do Gabinete da Reforma Agrária e Cooperativismo; II- um representante da Secretaria da Fazenda; III - um representante daSecretaria da Agricultura e Abastecimento; IV - um representante da Secretariado Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais; V - um representanteda Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social; VI - um representanteda Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano; VII - um representanteda Secretariada Saúde; VIII - um representante da Secretaria de Energia,Minas e Comunicação; IX - um representante da Secretaria da Educação; X- nove representantes indicados pela entidade a que se refere o § 1° doart. 105 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, através da escolhaem Assembléia Geral, contemplando a diversidade dos ramos cooperativistas.§ 1º - Os membros do Conselho serão nomeados pelo Chefe do Poder Executivo paraum mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzido uma vez.§ 2° - Cada entidade deverá indicar formalmente 1 (um) representantetitular e 1 (um) representante suplente.§ 3° - Os membros do Conselho não receberão qualquer tipo deremuneração e a par ticipação no Conselho será considerada funçãopública relevante.§ 4° - Será assegurado aos membros do Conselho, dando emrepresentação do órgão colegiado, o direito a ressarcimento, pelo Estado,das despesas com transpor te e estada, quando ocorrerem.Art. 6° - O Conselho Estadual do Cooperativismo será presidido pelorepresentante titular do Gabinete de Reforma Agrária e Cooperativismo ou, em

sua ausência, pelo seu suplente.Ar t. 7° - As deliberações do Conselho Estadual do Cooperativismodeverão ser tomadas em forma de Resolução, por deliberação da maioriaabsoluta dos conselheiros.Art. 8° - Fica instituído o Fundo de Apoio ao Cooperativismo do Estado do RioGrande do Sul - FUNDECOOP - com o objetivo de estimular, mediante incentivofinanceiro, projetos cooperativos de desenvolvimento sustentável e atividadesde capacitação, estudo, pesquisa, assistência técnica, informação, publicações emprol do desenvolvimento das sociedades cooperativas, mediante convênios.Art. 9° - São atribuições do Fundo de Apoio ao Cooperativismo:I - captar recursos orçamentários e extra-orçamentários, oriundos de organismosgovernamentais, não-governamentais, e de pessoas físicas com objetivo dedesenvolver o cooperativismo; II - financiar atividades de capacitação com o fimde melhorar a gestão do sistema cooperativista; III - fomentar projetos dedesenvolvimento do cooperativismo.Art. 10 - O Fundo de Apoio ao Cooperativismo contará com as seguintes fontesde recursos: I - dotação orçamentária específica; II - contribuições, doações elegados; III - receitas decorrentes dos rendimentos das aplicações financeiras;IV - receitas decorrentes de convênios, contratos ou acordos firmados peloEstado, com a União, com os Municípios e com outras entidades públicas e/ouprivadas, nacionais e internacionais junto à União Federal; V - receitas decorrentesdas amortizações de financiamentos e projetos; VI - outras rendas ou receitaseventuais e extraordinárias.Art. 11 - O gerenciamento financeiro do Fundo de Apoio ao Cooperativismo -FUNDECOOP -, caberá à Caixa Estadual S.A. - Agência de Fomento/RS, que atuarácomo mandatária do Estado do Rio Grande do Sul na gestão, operacionalização dacontratação e cobrança administrativa dos financiamentos concedidos.Art. 12 - O CECOOP e o FUNDECOOP contarão com uma Secretaria Executiva,coordenada por um representante do Gabinete de Reforma Agrária e

Cooperativismo, com o objetivo de dar suporte técnico e os meio necessáriosoperacionalização e ao funcionamento da Política Estadual de Cooperativismo.Art. 13 - Poderão habilitar-se nos processos licitatórios promovidos pelosórgãos da Administração Direta e Indireta do Estado, as sociedadescooperativas; legalmente constituídas e observadas as normas previstasna legislação em vigor, especialmente a Lei n° 8.666, de 21 de junho de1993 e alterações, em igualdade de condições.Art. 14 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir no orçamento de 2003 créditoespecial no valor de R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), paraconstituição do Fundo de Apoio ao Cooperativismo - FUNDECOOP, criando UnidadeOrçamentária no órgão 08.00 - Gabinete do Governador.Art. 15 - O Poder Público Estadual, quando recomendável ao atendimentodas demandas da comunidade, estabelecerá convênios operacionaisprioritariamente com as cooperativas de crédito buscando a agilização doacesso ao crédito ao setor e da prestação de serviços, especialmentequanto à arrecadação de tributos e ao pagamento de vencimentos, soldose outros proventos dos servidores públicos civis e militares, ativos e inativos,e dos pensionistas da administração direta e indireta, por opção destes.Parágrafo único - Fica permitido às cooperativas de crédito o desconto na folhade pagamento das contribuições e demais débitos, a favor das entidades, detitularidade dos servidores públicos civis e militares, ativos e inativos, e dospensionistas, associados, por opção destes, desde que as obrigações estejamrespaldadas em estatuto, decisão assemblear ou instrumento de crédito.Art. 16 - Fica instituído como patrono das cooperativas do Rio Grande doSul o Padre Teodoro Amstad.Art. 17 - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei.Ar t. 18 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 19 - Revogam-se as disposições em contrário.Palácio Piratini, em Porto Alegre, 30 de outubro de 2003.

Rio Grande do Sul - Lei Nº 11.995, de 30 de outubro de 2003.

São Paulo - Lei nº 12.226, de 11 de janeiro de 2006.A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo decreta:Ar t. 1º - A Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo terá comofinalidade o conjunto de atividades exercidas pelo poder público e privadoque venham a beneficiar direta e indiretamente o setor cooperativista napromoção do desenvolvimento social, econômico e cultural, desde quereconhecido seu interesse público.Art. 2º - São objetivos da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo:I – apoiar técnica, financeira e operacionalmente o cooperativismo noEstado de São Paulo, promovendo, quando couber, parceria operacionalpara o desenvolvimento do sistema cooperativista; II – estimular a formacooperativa de organização social, econômica e cultural nos diversosramos de atuação, com base nos princípios gerais do cooperativismo eda legislação vigente; III – estimular a inclusão do estudo do cooperativismonas escolas, visando a uma mudança de parâmetros de organização daprodução e do consumo;IV – divulgar as políticas governamentais para o setor; V – propiciar maior

capacitação dos cidadãos pretendentes ou associados das cooperativas.Ar t. 3º - A Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo –OCESP indicará um vogal e respectivo suplente para compor a JuntaComercial do Estado.§ 1º A Junta Comercial, para efeito de arquivamento dos atos constitutivosdas sociedades cooperativas, deverá exigir atestado emitido pelaOrganização das Cooperativas do Estado de São Paulo – OCESP, no qualdeverá constar que a cooperativa cumpriu os requisitos legais para a suaconstituição.§ 2º Ficam as cooperativas obrigadas a registra-se na Organização dasCooperativas do Estado de São Paulo – OCESP, nos termos do art. 107da Lei Federal nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.Art. 4º - O sistema estadual de ensino incentivará o cooperativismo pormeio:I – do desenvolvimento da cultura cooperativista; II – do fomento ao desenvolvimentode cooperativas escolares; III – das práticas pedagógicas com fins cooperativistas;

IV – da utilização dos estabelecimentos públicos estaduais de ensino pelassociedades cooperativas para fins de programações em comum; V – dasinserções da educação cooperativista nos projetos político-pedagógicos dasescolas estaduais.Art. 5º - Nas licitações promovidas pelo poder público do Estado de São Paulo,para prestação de serviços, obras, compras, publicidade, alienações e locações,participarão as cooperativas legalmente constituídas.Art. 6º - Fica o Poder Executivo, por sua iniciativa ou por provocação da cooperativainteressada, autorizado a conceder em comodato, alienação por venda, ou doação,a cooperativas de todos os ramos, bens imóveis do Estado.Art. 7º - A participação das cooperativas nos processos licitatórios e naconcessão em comodato, alienação por venda, ou doação, da administraçãodireta e indireta do Estado estará vinculada à apresentação do certificadode regularidade na Organização das Cooperativas do Estado de SãoPaulo – OCESP, conforme previsto na Lei Federal nº 5.764, de 16 dedezembro de 1971.

Art. 8º - O poder público estadual, quando recomendável para atender àsdemandas de seu funcionalismo, estabelecerá convênios operacionais com ascooperativas de crédito, buscando a agilização do acesso ao crédito ao setore da prestação de serviços, especialmente quanto à arrecadação de tributose ao pagamento de vencimentos, soldos e outros proventos dos servidorespúblicos civis e militares, ativos e inativos, e dos pensionistas da administraçãodireta e indireta, por opção destes.Art. 9º - Fica permitido às cooperativas de crédito o desconto na folha depagamento das contribuições e demais débitos, a favor das entidades,de titularidade dos servidores públicos civis e militares, ativos e inativos,e dos pensionistas, associados, por opção destes, desde que as obrigaçõesestejam respaldadas em estatuto, decisão de assembléia ou instrumentode crédito.Art. 10º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventadias a contar da data de sua publicação.Ar t. 11º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Mato Grosso do Sul – Lei nº 2.830,de 12 de maio de 2004.Capítulo I - Da Política Estadual de CooperativismoArt. 1º - Compreende-se como Política Estadual de Cooperativismo o conjuntode princípios, objetivos e instrumentos que visem ao ordenamento das atividadesdas sociedades cooperativas, bem como toda atividade originária do setorpúblico ou privado em favor do Cooperativismo, desde que reconhecido seuinteresse público.Art. 2º As atribuições do Governo Estadual no apoio e estímulo ao cooperativismoserão executadas na forma desta Lei e das normatizações que surgirem emsua decorrência.§ 1º Esta Lei proclama e adota a legislação federal das sociedades cooperativas.§ 2º São consideradas regulares, para os efeitos desta Lei, as sociedadescooperativas que se constituem segundo as normas da legislação federal e queestejam registradas e cadastradas na forma do art. 5º desta Lei.Capítulo II - Do Arquivamento e do Registro dos Atos Cons-titutivos e do Cadastro Geral das Sociedades CooperativasArt. 3º A Junta Comercial, para efeito de arquivamento dos atos constitutivosdas sociedades cooperativas, deverá exigir atestado emitido pela organizaçãodas cooperativas brasileiras no Estado de Mato Grosso do Sul - OCB/MS, no

qual deverá constar que a cooperativa cumpriu com os requisitos estabelecidospara a sua constituição.Art. 4º A organização das cooperativas brasileiras do Estado de Mato Grosso doSul - OCB/MS indicará um representante para compor o plenário da Junta Comercialdo Estado de Mato Grosso do Sul, na forma prevista em lei.Art. 5º Ficam as cooperativas obrigadas a registrar-se na organização dascooperativas brasileiras do Estado de Mato Grosso do Sul - OCB/MS, nostermos do art. 107 da Lei Federal nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971,sendo livre sua filiação na mesma organização.Capítulo II I - Dos Estímulos GovernamentaisArt. 6º Nas licitações promovidas pelos órgãos de administração direta, fundosespeciais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades deeconomia mista e pelas demais entidades controladas direta ou indiretamentepelo Estado de Mato Grosso do Sul, as sociedades cooperativas não poderãoser afastadas das respectivas habilitações aos procedimentos licitatórios,desde que observadas as normas previstas da Lei nº 8.666, de 21 de junhode 1993 e alterações.Art. 7º As sociedades cooperativas que tiverem interesse em participar deprocedimentos licitatórios deverão apresentar certificado de registro na organizaçãodas cooperativas brasileiras no Estado de Mato Grosso do Sul - OCB/MS.Art. 8º O sistema estadual de ensino incentivará o cooperativismo por meio:

I- do desenvolvimento da cultura cooperativista; II- do fomento aodesenvolvimento de cooperativas escolares; III- das práticas pedagógicascom fins cooperativistas; IV - da utilização dos estabelecimentos públicosestaduais de ensino pelas sociedades cooperativas para fins de programaçõesem comum; V - das inserções da educação cooperativista nos projetos político-pedagógicos das escolas estaduais.Art. 9º O poder público estadual, quando recomendável para atender àsdemandas da comunidade, estabelecerá convênios operacionais prioritariamentecom as cooperativas de crédito, buscando a agilização do acesso ao crédito aosetor e da prestação de serviços, especialmente quanto à arrecadação detributos e ao pagamento de vencimentos, soldos e outros proventos dosservidores públicos civis e militares, ativos e inativos, e dos pensionistas daadministração direta e indireta, por opção destes.Parágrafo único - Fica permitido às cooperativas de crédito o desconto na folha depagamento das contribuições e demais débitos, a favor das entidades, detitularidade dos servidores públicos civis e militares, ativos e inativos, e dospensionistas, associados, por opção destes, desde que as obrigações estejamrespaldadas em estatuto, decisão de assembléia ou instrumento de crédito.Art. 10. Fica dispensada a licitação para fins de alienação de bens imóveisda administração pública (administração direta, entidades autárquicas efundacionais, inclusive as paraestatais) para cooperativas habitacionais,

desde que utilizados para programas habitacionais de interesse sociale respeite a legislação federal em vigor.Capítulo IV - Do Sistema TributárioAr t. 11. As operações realizadas entre cooperativas, configurando oato cooperativo, serão isentas da incidência de qualquer tributo decompetência do Estado.Art. 12. O poder público, mediante celebração de convênios com cooperativasde economia e de crédito mútuo, deverá criar facilidades, condições e mecanismospara que, nos Municípios onde não existam agências bancárias, seja facultadoaos servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas daadministração direta e indireta, optarem pelo recebimento de seus vencimentos,remunerações, proventos e pensões por tais modalidades de cooperativa, bemcomo que seja possível a arrecadação de tributos e o recolhimento das demaisreceitas públicas estaduais por tais estabelecimentos, após autorização daadministração fazendária.Capítulo V - Considerações FinaisArt. 13. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de trinta diasa contar da data de sua publicação.Ar t. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Ar t. 15. Revogam-se as disposições em contrário.José Orcírio Miranda dos Santos – Governador.

Minas Gerais – Lei nº 15.075, de 5 de abril de 2004.Capítulo I - Da Política Estadual de Apoio aoC o o p e r a t i v i s m oArt. 1º - Fica instituída a política estadual de apoio ao cooperativismo, queconsiste no conjunto de diretrizes e regras voltadas para o incentivo à atividadecooperativista e ao seu desenvolvimento no Estado.Art. 2º - Para efetivar a política a que se refere o art. 1º, compete ao poderpúblico estadual:I - criar instrumentos e mecanismos que estimulem o contínuo crescimento daatividade cooperativista; II - prestar assistência educativa e técnica às cooperativassediadas no Estado; III - estabelecer incentivos financeiros para a criação e odesenvolvimento do sistema cooperativo; IV - facilitar o contato das cooperativasentre si e com seus parceiros.Ar t. 3º - As escolas de ensino médio integrantes do sistema estadualde ensino incluirão em seus currículos conteúdos e atividades relativosao cooperativismo.Parágrafo único. Os conteúdos de que trata o caput deste ar tigoabrangerão informações sobre o funcionamento, a filosofia, a gerênciae a operacionalização do cooperativismo.Capítulo II - Das Sociedades CooperativasArt. 4º - É considerada sociedade cooperativa, para os efeitos desta Lei, adevidamente registrada nos órgãos públicos e entidades previstos na legislaçãofederal pertinente e na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais - JUCEMG.§ 1º A JUCEMG exigirá, por ocasião do registro de cooperativa, o pré-cer tificado de registro emitido pelo Sindicato e Organização dasCooperativas do Estado de Minas Gerais - OCEMG.§ 2º A JUCEMG adotará regime simplificado para registro de cooperativa edispensará documentos considerados inoportunos ou desnecessários.§ 3º A JUCEMG observará, quando do registro, se o ato constitutivo da cooperativaatende ao disposto nos arts. 4º, 15, 16 e 21 da Lei Federal nº 5.764, de 16 dedezembro de 1971.Art. 5º - O estatuto da sociedade cooperativa atenderá aos seguintes preceitos:I - adesão voluntária, sem limitação ao número de associados, salvo no caso deimpossibilidade técnica de prestação de serviços; II - variabilidade do capital socialrepresentado por quotas- partes; III - limitação do número de quotas-partes docapital para cada associado, facultado o estabelecimento de critérios de proporcionali-dade, se assim for considerado mais adequado para o cumprimento dos objetivossociais; IV - incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhosà sociedade; V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federaçõese confederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividade de crédito,optar pelo critério da proporcionalidade; VI - quórum para funcionamento e

deliberação da assembléia geral baseado no número de associados, e não nocapital; VII - retorno das sobras líquidas do exercício proporcionalmente às operaçõesrealizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da assembléia geral; VIII- indivisibilidade dos fundos de reserva e de assistência técnica educacional e social;IX - neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social; X - prestação deassistência aos associados e, mediante previsão estatutária, aos empregadosda cooperativa; XI - limitação da área de admissão de associados às possibilidadesde reunião, controle, operações e prestação de serviços.Art. 6º - O estatuto da sociedade cooperativa, além de atender ao dispostono art. 5º desta Lei, deverá estabelecer:I - a denominação, a sede, o prazo de duração, a área de ação e o objeto da sociedade,bem como a fixação do seu exercício social e da data de seu balanço geral; II - os direitose deveres dos associados, a natureza de suas responsabilidades e as condiçõespara sua admissão, demissão, eliminação e exclusão, bem como as normas para suarepresentação nas assembléias gerais; III - o capital mínimo, o valor da quota-parte,a quantidade mínima de quotas-partes para subscrição por associado, o modo deintegralização da quota-parte e as condições para sua retirada em caso dedemissão, eliminação ou exclusão de associado; IV - a forma de devolução de sobrasregistradas aos associados ou de rateio de perdas por insuficiência de contribuição,para cobertura de despesas da sociedade; V- a forma de administração e fiscalizaçãoda sociedade, a definição de seus órgãos e respectivas atribuições e normas defuncionamento e a representação ativa e passiva da sociedade em juízo ou fora dele,bem como o prazo do mandato e o processo de substituição de seus administradorese conselheiros fiscais; VI - as formalidades de convocação das assembléias gerais eo quórum requerido para sua instalação e para a validade das deliberações, vedadoo direito de voto aos que nelas tiverem interesse particular, sem prejuízo daparticipação nos debates; VII - os casos de dissolução voluntária da sociedade; VIII- o modo e o processo de alienação ou oneração de bem imóvel da sociedade; IX -o modo de reformar do estatuto; X - o número mínimo de associados; XI - aobrigatoriedade de registro na OCEMG como condição para seu funcionamento.Art. 7º - Entre os dez vogais e respectivos suplentes da JUCEMG designados apartir das listas tríplices a que se refere o inciso I do art. 12 da Lei Federal nº8.934, de 18 de novembro de 1994, em consonância com o Decreto nº 22.753, de9 de março de 1983, um recairá em nome indicado pela OCEMG, por meio da décimalista tríplice a ser encaminhada ao Governador do Estado.Ar t. 8º - É obrigatório o registro de cooperativa nos órgãos tributáriosestaduais, com a emissão da respectiva inscrição.Parágrafo único. Excetua-se do disposto no caput deste artigo a cooperativaque não se sujeita ao recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas àCirculação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS.Capítulo II I - Dos ObjetivosAr t. 9º - Os objetivos das cooperativas são os definidos em seusrespectivos estatutos, que deverão utilizar o termo “cooperativa”,observada a legislação federal per tinente.Capítulo IV - Dos Estímulos CreditíciosArt. 10° - O Poder Executivo adotará mecanismos de incentivo financeiroàs cooperativas, para viabilizar a criação, a manutenção e o desenvolvimentodo sistema cooperativo no Estado.Art. 11° - O Estado estudará mecanismos para a instituição do Fundo de Apoioao Cooperativismo do Estado de Minas Gerais - FUNDECOOP-MG -, destinado a:I - captar recursos orçamentários e extra-orçamentários oriundos de instituiçãogovernamental, não governamental ou de pessoa física com objetivo de desenvolvero cooperativismo; II - financiar atividades de capacitação, estudos, pesquisas,publicações, bem como programas de assistência técnica e informação, com o fimde melhorar a gestão do sistema cooperativista; III - fomentar projetos dedesenvolvimento sustentável do cooperativismo.Capítulo V - Do Sistema TributárioAr t. 12° - (Vetado).Ar t. 13° - (Vetado).Capítulo VI - Do Conselho Estadual do Cooperativismo - CecoopAr t. 14° - O Estado providenciará a criação do Conselho Estadual doCooperativismo - CECOOP -, a ser composto, de forma paritária, porrepresentantes do Governo e da OCEMG.§ 1º Terá assento no Conselho a que se refere o “caput” deste artigoum representante da Assembléia Legislativa, devendo a indicação recairsobre parlamentar integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismode Minas Gerais - FRENCOOP-MG.§ 2º Dentre os representantes indicados pela OCEMG, será asseguradatanto quanto possível a representação dos diferentes ramos cooperativistas,desde que estes estejam estruturados em centrais, federações ouconfederações e desde que estejam registrados no sistema OCB -Organização das Cooperativas Brasileiras.§ 3º O CECOOP ficará vinculado à Secretaria de Estado de DesenvolvimentoSocial e Espor tes - SEDESE.§ 4º O CECOOP terá uma secretaria executiva, à qual competirão as açõesoperacionais do Conselho e o fornecimento das informações necessáriasàs suas deliberações, a ser exercida pela Diretoria de Associativismo eCooperativismo da SEDESE.Art. 15° - O CECOOP definirá as políticas públicas a serem adotadas pelo Estado

para o desenvolvimento das cooperativas e terá como competência:I - coordenar as políticas de apoio ao cooperativismo; II - acompanhar aelaboração da proposta orçamentária do Estado para o cooperativismo; III -estabelecer as diretrizes e os programas de alocação de recursos do FUNDECOOP-MG; IV - fiscalizar a aplicação dos recursos do FUNDECOOP-MG; V - elaborar oseu regimento interno e suas normas de atuação; VI - apreciar os projetosapresentados pelas cooperativas e suas entidades representativas destinadosa obter recursos do FUNDECOOP-MG, bem como exigir eventuais contrapartidas;VII - celebrar convênio com entidade pública ou privada para a execução deprojetos de apoio ao desenvolvimento do sistema cooperativista.Art. 16° - As deliberações do CECOOP serão tomadas em forma de resolução,por decisão da maioria absoluta de seus membros.Parágrafo único. Os membros do Conselho não receberão qualquer tipode remuneração, bonificação ou vantagem e sua participação será consideradafunção pública relevante.Capítulo VII - Das Disposições FinaisArt. 17° - A sociedade cooperativa poderá habilitar-se em processo licitatóriopromovido por órgão ou entidade da Administração direta ou indireta do Estado emigualdade de condições com os demais licitantes, desde que apresente certificadode registro na OCEMG ou em outra organização de cooperativas estadual, conformeprevisto na Lei Federal nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.Art. 18° - A sociedade cooperativa que, após a sua constituição, descumpriros requisitos necessários para o registro previsto no § 3º do art. 4º destaLei terá seu registro cancelado e perderá os estímulos creditícios e isençõestributárias.Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput deste artigo, o CECOOP teráa função de fiscalização de ofício ou motivada por solicitação ou denúncia.Art. 19° - O poder público, por intermédio da administração fazendária, emcumprimento ao disposto na Emenda à Constituição do Estado nº 53, de 12 dedezembro de 2002, envidará esforços para autorizar cooperativa de crédito,mediante a celebração de contrato que assegure a justa remuneração por serviçosprestados, a realizar a arrecadação de impostos, taxas, contribuições e demaisreceitas de órgão ou entidade integrante da Administração Pública Estadual.Art. 20° - O poder público, na forma de legislação específica, criará condições quepossibilitem a servidor público ativo ou inativo e a pensionista receber remuneração,provento ou pensão por meio de cooperativa de crédito.Art. 21° - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de trintadias contados da data de sua publicação.Ar t. 22° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 23° - Revogam-se as disposições em contrário.

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Alguns devem estar se perguntandoo que esse tal de design tem a ver comcooperativismo... Na verdade, designtem haver com a vida de todos nós, estápresente em todos os momentos desdeque acordamos até quando voltamos adormir. Veja:

Triiimmmm........, toca o despertador,e Amélia, uma moça linda, de olhos muitovivos, levanta-se animada da cama, pegaseu telefone celular e liga para o namora-do (hoje é o primeiro aniversário doromance!!), combinam almoçar juntos, eela desliga logo porque está em cima dahora de sair para a escola onde trabalha,ela dá aulas de inglês para crianças.Amélia vai até o banheiro, abre a torneiraque não lhe escapa das mãos mesmoestando cheias de sabão,e lembra-se comorgulho que seu pai escolheupessoalmente todo o material deconstrução usado em sua casa. Elacomeça a tomar seu banho, e mesmo comos olhos fechados por estarem debaixo daágua do chuveiro, vai tateando, e consegueencontrar o seu xampu de camomilapreferido, aquele com embalagemarredondada nas laterais e topos retos, in-confundível! Logo após, senta-se para olanche da manhã, a mesa já está arrumada,o cheirinho do café que sua avó traz naque-la chaleira azul invade o ambiente... econfunde-se com o perfume das rosascolocadas estrategicamente pela mãe numlindo vaso de vidro, sobre o aparador da sala.

Amélia percebe que a margarina desempre está numa embalagem nova e(que engraçado!) teve a imediata sensa-ção de que seu sabor estaria mais leve,sei lá... Não se contém e experimenta logocom uma fatia de pão, ao mesmo tempoque começa a ler o rótulo, e comprovaque realmente o sabor está diferente, cla-

ro, também pudera, mudaram a compo-sição do produto, e pra melhor! Ela sedespede da família, lembra-se de pegar ojornal que gosta de ler todos os dias eentra no seu carro, orgulhosa, porque ocomprou com dinheiro que vem juntandodesde que começou a trabalhar. Colocao CD novo da Marisa Monte no cd-player,e vai cantarolando até o trabalho...

Nossa... daria pra falar sobre um diainteiro da vida de Amélia, mas ela temuma vida comum! Igual a de todos nós,e o design está presente no nosso coti-diano. Cada palavra em destaque nestetexto é um “produto do design”, ou seja,é resultado de um projeto elaborado porum designer (isso mesmo, com ‘er’ nofinal, denomina o profissional que desen-volve projetos de design).

E então, estamos ou não cercadosde design por todos os lados? As for-mas mais conhecidas de design são ográfico que cria identidade visual paraempresas e produtos; o de produto, quecria ou promove melhorias em objetosdos mais variados como móveis, carros,geladeiras, embalagens de alimentos; eo de interiores que busca adequação dosespaços às pessoas e às atividadesexercidas ali, melhorando aspectos es-téticos e funcionais, criando novos cli-mas que dêem ênfase a característicasparticulares de empresas, por exemplo.Essa “mudança de climas”, muitas ve-zes ajuda instaurar um “clima de mu-danças” e provoca tamanha motivaçãonas pessoas que fica mais fácil promo-ver crescimentos e alcançar objetivos co-muns. É principalmente sobre design deinteriores que vamos falar nos próximosnúmeros. Até lá!

Esse talde design

“A mudança de climas

provoca tamanha motivação

nas pessoas que fica mais

fácil promover crescimentos e

alcançar objetivos comuns.”

Fernanda Almeida

Fernanda Almeida é designer de interiores.

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Foi com a idéia de geração de trabalho e renda para todosque a Cooperac – Cooperativa dos Agentes Culturais saiu dopapel e do sonho e tornou-se uma cooperativa das artes epara as artes.

Surgida em 2001, no coração do centro do Rio de Janeiro,mais especificamente no Corredor Cultural da Rua do Lavradio,a Cooperac preocupa-se antes de tudo com a arte dos seuscooperados, fazendo com que os mesmos possam ser artistasem tempo real e apresentem para a sociedade seus trabalhosda melhor forma possível.

Com 52 associados, a Cooperac tem como foco acaptação de recursos, através da venda dos produtose serviços de seus agentes culturais. Na cooperativa,encontra-se um mix de artistas e de artes em geral,tais como atores, bailarinos, professores, produ-tores e agentes culturais, entre outros.

“Como o agente cultural, como pessoa físi-ca, encontra muitas dificuldades para conse-guir um patrocínio, ao se associar à Cooperac,ele encontra uma empresa estruturada quevai facilitar e muito a captação de recursos deseus projetos”, explica a presidente dacooperativa, Marli Fernandes.

Geração de renda

Para Marli a cultura no Rio começa a ser representativa,mas ainda falta muito. Existe muita coisa para se realizar ecriar credibilidade, principalmente quando o assunto é cultura,que muita gente não valoriza e acha extremamente supérfluo.“Na Bahia o PIB representa 80%, enquanto em nossa cidadeesse número é quase inexpressivo, 7%, mas já é uma grandecoisa. Por incrível que pareça, a cultura no estado começa ater mais espaço.” diz.

A presidente da Cooperac frisa que, através dacultura, é possível prover a geração de renda etrabalho e em longo prazo vir a ser a solução

para a administração cultural.A metodologia utilizada pelos profissionais

da cooperativa compreende a elaboração,produção e coordenação de projetos junto àsleis de incentivo à cultura e outras estraté-gias direcionadas às empresas públicas eprivadas. E ainda mostrar como o mercadocultural tem o poder de transformação, degeração de trabalho e renda e de respon-sabilidade social.

O diferencial da Cooperac está presente na

Crianças na oficina de papel marchée o Dança sobre Rodas (abaixo)

Em cena, o agente cultural

A culturA culturA culturA culturA cultura comoa comoa comoa comoa como

elemento gelemento gelemento gelemento gelemento gerererererador deador deador deador deador de

trtrtrtrtraaaaabalho é o objetibalho é o objetibalho é o objetibalho é o objetibalho é o objetivvvvvooooo

da Cooperda Cooperda Cooperda Cooperda Cooperacacacacac

rio cooperativo 27

A presidente Marli Fernandes: transformação através da cultura

forma como cada trabalho de cada cooperado é empregado,englobando todas as fases desde a criação, elaboração,enquadramento junto às Leis de Incentivo à Cultura - nos âmbitosmunicipal, estadual e federal -, passando pela captação de recur-sos e estratégias de marketing, entre outras ações.

“A idéia é que os projetos em andamento não terminemquando o patrocínio acabar. A intenção é que eles sejam auto-sustentáveis para que isso não ocorra, frustrando assimparticipantes e idealizadores”, destaca Marli.

Rompendo barreiras

Dos projetos fixos que a Cooperac desenvolve, estão oCaptar - Programa de Capacitação Contínua, o Dança sobreRodas e a Oficina de Papel Marché.

O Captar é um programa de capacitação contínua, voltadopara o interior do estado em parceria com outro projeto, oEncontro de Agentes Culturais.

O Dança sobre Rodas, com direção da cooperada PaulaNóbrega e patrocínio da Eletrobrás, oferece a deficientes físicosuma nova forma de expressão para o processo de integração,rompendo barreiras e combatendo preconceitos.

A Oficina de Papel Marché funciona na Escola Municipal VitorMeireles, em Jacarepaguá, e tem como diretor o cooperado Carlos

Cooperac

Kaia, que desenvolve o projeto junto com o Sesi/Firjan e com opatrocínio do laboratório Merck. Na oficina, composta de alunosdeficientes físicos, mentais, auditivos e com síndrome de Down,aprende-se a trabalhar com papel, bijouterias e origamis.

“Em cada projeto desse podemos perceber como a culturaé algo transformador. Cada dia que passa isso me emocionae me motiva a continuar”, afirma a presidente.

rio cooperativo28

A Procoop - Cooperativa de Profissionais em Projetos,Orçamentos e Obras surgiu em 1994, quando 24 profissionaisautônomos, que atuavam na elaboração de projetos eorçamentos, diante das dificuldades que enfrentavam isolada-mente, resolveram fundar uma cooperativa. Seu principalobjetivo era defender os interesses econômicos e sociais deseus cooperados, oferecendo serviços de engenharia.

Atualmente, a Procoop atua nas seguintes áreas: industrial,energia, petroquímica, plataformas off-shore, rodoviária, sanea-mento, hospitalar, siderúrgica, metalúrgica e construção civil. Dentrodestes segmentos, a cooperativa oferece os serviços de projetos,estudos técnicos, gerenciamento e planejamento, orçamentos,fiscalização, além da supervisão e inspeção de obras, instalaçõesde equipamentos, montagem industrial e obras civis.

A Procoop tem uma versatilidade muito grande, atendendotanto a empresas de engenharia e consultoria, prestando servi-ços terceirizados na atividade fim destas empresas, comoatendemos também a indústrias e empresas oferecendo assoluções de engenharia que estas necessitem.

Entre alguns de seus clientes, a Procoop destaca: Banco do

Uma cooperativabem projetada

Brasil, Caixa Econômica Federal, Furnas Centrais Elétricas,Petrobras, White Martins, Varig, Promon, IESA, PCE Engenharia,Conen, ABB Ltda, Cegelec, FSTP,CTCEA, entre outros.

Exemplo de organização

Para o presidente da Procoop, Mário Filho, o objetivo principalda cooperativa é crescer como empresa de engenharia, conso-lidando seu nome no mercado, que é bastante concorrido.

“Queremos nos firmar como uma empresa de consultoria deengenharia que executa serviços com qualidade, investindo na capa-citação profissional do nosso quadro social, e ser um exemplo deorganização cooperativista em nossa área de atuação. Tambémbuscamos uma maior participação dentro do sistema cooperativista,dando assim nossa contribuição para o cooperativismo no Rio deJaneiro”, destaca o presidente, que ocupa ainda o cargo de presi-dente do Conselho Fiscal da Organização das Cooperativas Bra-sileiras do Estado do Rio de Janeiro (OCB-RJ).

A Procoop possui cerca de 500 cooperados que contamcom o investimento na capacitação técnica e profissional, atra-vés de cursos oferecidos e ministrados dentro da sede dacooperativa e também via convênios com algumas entidadesda área técnica que oferecem cursos. Além disso, existe apreocupação de fortalecer o conhecimento sobre cooperati-vismo entre os cooperados, aumentando sua conscientizaçãopara que a Procoop seja exemplo de organização tambémdentro do sistema cooperativista.

Segundo Mário Filho, em todo Brasil, o cooperativismodemonstra crescimento, mas poderia ser melhor. O que aconteceno Rio de Janeiro é a mesma coisa. “É claro que o movimentocresceu, mas ainda são necessárias várias medidas para o queo cooperativismo no Estado alcance o lugar que merece. Entreelas, uma maior e melhor divulgação na mídia sobre osacontecimentos do sistema, não só as novidades, mas tambémo que já foi realizado e o que já se alcançou nos setores eco-nômico e social”, aponta o presidente.

Trabalho

O presidente da Procoop, Mário Filho

A equipe da Procoop

Os engenheiros e arquitetos

da Procoop trabalham com

afinco para se destacar

no concor rido mercado

da engenharia.

rio cooperativo 29

Razões para a tensão na contratação

de cooperativas de trabalhoNos dias atuais discute-se muito a pro-

blemática do limite legal da contrataçãodos serviços de cooperativas de trabalhoem processo de terceirização, pois, se deum lado os contratos de emprego são regi-dos pela legislação trabalhista, de outroas cooperativas são regidas pela legis-lação cooperativista.

Mas, ao longo das últimas décadas,alguns acontecimentos colaboraram paraessa zona de tensão, a saber:

a) Perfil empreendedor – historica-mente, o nosso povo não tem perfil de em-preendedorismo. Isso se deve muito à for-ma como fomos colonizados. Houve aquino Brasil uma colônia de exploração.Todas as nossas riquezas eram levadaspara a Europa e os nobres de confiançada Coroa Portuguesa precisavam receberdo Rei toda a infra-estrutura necessáriapara ficar aqui no Brasil, do contrário nãose fixavam. Diferente da colonização norte-americana, onde houve uma colônia depovoamento. As pessoas fugiam da per-seguição religiosa do Rei Henrique VIII ese fixavam na colônia. Chegaram lá econstruíram um país do marco zero, ondenão tinham absolutamente nada e hoje sãoa potência que são. Nós ainda estamosesperando que o “Rei de Portugal” venhanos trazer alguma coisa.

b) Legislação trabalhista – some-sea isso a legislação trabalhista, cujo orde-namento jurídico é a CLT, criada em 1943,através do Decreto Lei nº 5.452, de umgoverno populista, que teve como inspi-ração a Carta de Lavoro de Mussolini. Sobo rótulo de promover o bem-estar social,muitos direitos trabalhistas são geridospelo estado, como o FGTS e o PIS.Portanto, foi concessão do Estado e nãouma conquista do trabalhador, como afir-mam os defensores da CLT. Esta não seaplica facilmente às relações de trabalho

do setor de serviços e de tecnologia. Aocontrário, ingessa esses setores. A CLTfoi concebida em pleno desenvolvimentodo setor industrial, leia-se sobretudo aquio setor fabril. Conseqüentemente, um nú-mero imenso de trabalhadores encontra-se na informalidade.

c) Cultura cooperativista – ora, portodo o exposto, temos uma classe traba-lhadora voltada para uma culturaceletista. Como efeito de tudo isso, ocooperado acaba transferindo para osgestores da cooperativa ou, pior ainda,para os tomadores de serviços das coo-perativas a mesma postura que o empre-gado transfere ao seu patrão, pois acooperativa de trabalho tem como obje-to de seu ato cooperativo basicamente omesmo dos contratos de emprego. Nós,brasileiros, carecemos de uma culturaempreendedora, pois o próprio Estadomantém o trabalhador na condição departe mais frágil da relação do trabalho.Culturalmente não estamos preparadospara gerir o nosso próprio negócio, paragerir o próprio processo de vida. Preci-samos do Estado para nos tutelar.Somente os imigrantes europeus no Suldo Brasil conseguiram implantar essacultura empreendedora no país.

d) Planos econômicos, globalização,privatização e desemprego – desde ofim do regime militar até meados dos anos90, o país passou por diversos planoseconômicos de combate à inflação e que,na sua maioria, foram desastrosos. Ouseja, provocaram uma gigante cirandafinanceira, que permitia ao empresáriolucrar muito com a especulação no merca-do de capitais, fundos e ações e que faziacom que os mesmos não percebessemque, na realidade, os seus custos fixoseram elevados, porém eram cobertos comos ganhos no mercado financeiro. Com o

Paulo Henrique dos Santos Marinho é diretorde Economia e Finanças da Dominium Coop.

“Ainda estamos esperando

que o Rei de Por tugal venha

nos trazer alguma coisa.”

fim da inflação, a globalização perversada economia mundial, as privatizaçõesque ocorreram e com a abertura de nossaeconomia, a concorrência ficou acirrada,os empresários se depararam com umacarga tributária escorchante, sobretudo ostributos que incidem sobre a folha depagamento dos empregados. A alternativafoi a demissão em massa. E isso pressio-nou a sociedade a procurar formas alter-nativas de trabalho. Como conseqüência,tivemos um crescimento assustador dascooperativas de trabalho, que nasceramquase entregues à própria sorte.

Com uma sociedade sem culturacooperativista, uma legislação trabalhistainadequada e ultrapassada a esses novostempos da economia mundial e um Estadodespreparado e incapaz de atender a essademanda social, houve uma pressão porparte da classe trabalhadora por empregoe as cooperativas de certa forma absor-veram esses trabalhadores. Só que ascooperativas e os cooperados não esta-vam preparados para essa mudança, razãode todo esse desconforto que estamosvivenciando no momento. Mas uma boaadequação da Lei 5.764/71 e aindacolocar em prática os critérios editadospela OCB Nacional para as cooperativasde trabalho podem ajudar a resolver boaparte desse problema.

Mãos à obra Paulo Henrique Marinho

rio cooperativo30

Quando chega a época de festas, Natal, Ano Novo e Car-naval, o carioca já sabe que vem caos no trânsito, mas o queele nem imagina é que, ao lado de funcionários da prefeitura edo estado, estão cooperando também pela ordem outros tra-balhadores. São eles os associados da Coopeti – Cooperati-va Mista de Profissionais Autônomos, que atuam diariamentepara o bom funcionamento no trânsito de shopping centers,eventos, empresas e com mais intensidade ainda na épocado Carnaval, nos blocos de rua.

Foi pensando em minimizar o trânsito caótico e continuaratuando em suas antigas funções que um grupo de ex-funcio-nários da CET-Rio - Companhia de Engenharia de Tráfegocriou em agosto de 1995, a Coopeti. E é exatamente na épo-ca da folia que a turma da Coopeti mais entra em ação, emuitas vezes, nem mesmo é reconhecida.

A idéia de montar a cooperativa surgiu da desde então presi-dente, Denise Braga, que após ler uma matéria sobre cooperativase com a chancela do saudoso professor Darcy Pereira, resolveureunir esse grupo, que na época era de 527 pessoas, e criar acooperativa.

Cooperando com os blocos de rua

No Carnaval da Cidade Maravilhosa, afolia não acontece apenas dentro doSambódromo. Com mais de 40 blocos derua, oficiais e não-oficiais, que saem an-tes, durante e até depois do Carnaval e ar-rastam uma multidão de foliões, apenasos órgãos do governo não seriam suficien-tes. Para organizar o trânsito em tantospontos da cidade, com muitos blocos sa-indo no mesmo dia e às vezes até ao mes-mo tempo, a CET-Rio faz o planejamentoe a Coopeti oferece o suporte à PolíciaMilitar e à Guarda Municipal.

A Coopeti trabalha tentando amenizar o transtorno de quemse habilita a sair para a folia de carro, fechando o trânsito edirecionando o melhor caminho a motoristas e pedestres eorganizando o estacionamento na travessia dos blocos. O tra-balho dos cooperados, na realidade, pode ser consideradoaquele realizado nos bastidores da folia. Mesmo quando aCoopeti trabalhou na Marquês de Sapucaí, também ficaramde fora e desempenharam a mesma função, direcionamento eestacionamento de veículos. A CET-Rio cadastra os coopera-dos e distribui os pontos de trabalho durante essa época dafolia, todos uniformizados e devidamente equipados para obom desenvolvimento do tráfego durante a folia carioca.

Trabalho direcionado

Para a presidente da Coopeti, na época da fundação,cooperativa mista de profissionais autônomos seria a mistu-ra de várias funções, como o cargo que cada um exercia, jáque o grupo era formado por engenheiros, psicólogos, técni-cos, advogados, pessoal de limpeza, entre outros. Depoisque eles descobriram que mista seria cooperativa de traba-lho, de crédito, de produção, a Coopeti se descobriu umacooperativa multifuncional e focou o trabalho na parte de ope-

ração de trânsito e estacionamento.Hoje a Coopeti têm em seu quadro maisde 300 cooperados ativos, sendo 89prestando serviço para a Secretaria deEducação, no Hospital Tavares Macedocom a parte administrativa e com o CGA- Central Geral de Armazenagem, que,em parceria com a cooperativa, rece-beu medalha de bronze no Prêmio deQualidade Rio – PQ/RIO.

Com o trabalho direcionado, aCoopeti encontrou seu foco e tem comoclientes alguns dos maiores shoppings

Na folia tambémtem ordem

Trabalho

Cooperados da Coopeti atuando com a CET-Rio

Criada para auxiliar no controle

de trânsito junto à CET-Rio, a

Coopeti vem se destacando

principalmente nos períodos

festivos da cidade.

A presidente da Coopeti, Denise Braga (dir.)e a deputada Denise Frossard: reconhecimentoem nível federal

rio cooperativo 31

Equipe da Coopeti

do Rio como Barrashopping, New York City Center, Rio Sul,Downtown e empresas como TV Globo, Odebrecht, AndradeGutierrez e a CET-Rio. Segundo Denise, “o trabalho da Coopeticonsiste em descomplicar o trânsito não só com os nossosclientes fixos, mas também em grandes eventos, o carnavalde rua, shows, grandes obras”.

A cooperativa possui toda a infra-estrutura necessária parao suporte ao trânsito, como viaturas, cones de sinalização erádios. Além disso, os cooperados possuem seguro de vida ede doenças, diárias por afastamento, treinamentos periódi-cos de liderança, apito e postura. “Nosso cooperado é comoum soldado na rua, preocupa-se com a limpeza do seu unifor-me, seu sapato engraxado e seu trabalho em si para com apopulação”, frisa Denise.

Educação e união

Para Denise Braga, que ajudou a fundar a Coopeti há 10anos com um “escritório” montado literalmente na calçada deuma rua do centro do Rio, usando um orelhão como telefone eque teve como primeiro cliente a Micareta do Rio (em novem-bro de 1995), o futuro do cooperativismo só será brilhante atravésde muita cultura e educação.

“Nós, que estamos à frente da uma cooperativa ou de umadireção, que sentimos na pele e sabemos dos problemas queela passa, temos obrigação de mostrar alguns caminhos aosnossos cooperados. A massa mesmo não sabe de tudo o queacontece, por isso investimos constantemente na cultura e naeducação cooperativista”, defende a presidente.

rio cooperativo32

Data Vênia Adriana Amaral dos Santos

públicas: “que a cooperativa se abstenhade fornecer mão-de-obra a terceiros; queo presidente da cooperativa se abstenhade constituir, administrar e gerenciarcooperativas que tenham por objeto ofornecimento de mão-de-obra, tudo sobpena de multa diária por cooperadoprestando serviços a terceiros”.

A compreensão torna-se cada vez maisdifícil, à medida que, no cenário sócio-econô-mico do Brasil, segundo pesquisas, 60%da população vive na informalidade1 . O queme leva a supor que o MPT deveria sepreocupar com estes dados e pedir que asmesmas se adeqüem à lei, determinandoque a figura do gestor seja indispensável,sugerindo que o piso da categoria sejarespeitado (o que me parece bastante ra-zoável), que os sócios passem por umacapacitação cooperativista (para realmenteconhecer sobre quotas-partes, sobras etc.),ao invés de tentar extirpá-las, colocandomais trabalhadores na informalidade, umavez que o mercado formal não tem con-dições de absorvê-los.

E por falar em lei, o princípio constitu-cional da legalidade2 parece ser absoluta-mente desrespeitado por alguns juízestrabalhistas. Esses ainda fundamentam suasdecisões no Enunciado n° 331 do TribunalSuperior do Trabalho (que trata da terceiri-zação), abstraindo completamente que omesmo data de dezembro de 1993, ou seja,é anterior à Lei n° 8.949, de dezembro de1994, que inseriu o parágrafo único ao art.442 da CLT3. O negrito nas palavras “Enun-ciado” e “Lei” tem a finalidade de destacarque, apesar de ambas serem fontes do

Adriana Amaral dos Santos é advogada

especializada em Direito Cooperativo e sócia da

Amaral, Bittencourt & Advogados Associados.

Acredito que, como eu, toda a co-munidade ligada direta ou indiretamenteao ramo das cooperativas de trabalho ficoupreocupada com a notícia sobre a atuaçãoda “força-tarefa” do Ministério Público doTrabalho, em São Paulo.

A matéria, publicada no jornal “OGlobo” do dia 6/2/2006, trata ascooperativas de trabalho como uma ver-dadeira fraude e deixa clara a intençãode exterminá-las do universo trabalhistabrasileiro. É o retorno à expiação públicadas penas como exemplo a ser aplicadoàs demais cooperativas existentes.

Atuante no segmento, parei pararefletir sobre a conjuntura que seapresenta e ponderei os prós e contras,a relação custo x benefício e o quepoderia estar por trás do que chamamosde “caça às bruxas”.

As cooperativas de trabalho que bus-cam realizar suas atividades de maneiraséria reconhecem a existência de pes-soas mal-intencionadas que se utilizamdo segmento de maneira a buscar van-tagens para uma minoria que se perpetuano comando. O que não é um privilégiodeste setor, haja vista nosso cenário polí-tico e as atuais discussões no SupremoTribunal Federal quanto ao nepotismo nosórgãos públicos.

O que nos preocupa é uma excessivadepreciação do instituto “cooperativa detrabalho”. Um marketing negativo queafasta os bem-intencionados.

Continuando minha incansável reflexão,tento compreender a postura do MPT nospedidos constantes das ações civis

1 Ricardo Neves: consultor do Banco Mundial e da ONU, in “O Globo”, p. 36, Caderno Economia (19/2/2006).

2 Constituição Federal: “Art. 5°, II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

3 Art.442, parágrafo único da CLT: “Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e

seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.”

4 Lei n° 5.764/71 – “Art. 5° - As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero de serviço, operação ou atividade, assegurando-se-lhes

o direito exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão cooperativa em sua denominação.”

Direito, possuem “força” diferenciada, dadaa hierarquia das leis preconizada por HansKelsen e recepcionada pela doutrina brasi-leira, ou seja, um enunciado (sobretudo gené-rico) não pode prevalecer a uma Lei strictosensu (sobretudo específica). Enunciado éentendimento pretoriano (jurisprudência) quenão pode ser contra legem.

Vale destacar que o parágrafo únicodo art. 442 da CLT veio corroborar o quejá constava do art. 90 da Lei n° 5.764/71.Assim, a defesa do cooperativismo detrabalho também está embasada em leiespecial e em confronto com os alegadosarts. 3°, 4° e 9° da CLT, devemos observaro art. 4º da Lei nº 5.764/71: a) adesãovoluntária; b) capital representado porquotas; c) singularidade de voto etc.

São muitos os pedidos e decisõesdecorrentes de “achismos” sem embasa-mento legal, como os que dizem que ascooperativas de trabalho não podem sermúltiplas. Onde está escrito isto? Ao quese sabe o art. 5° da Lei n° 5.764/71 dispõeo contrário4 . Independente da profissão, oobjetivo dessas pessoas é o mesmo: serinserida no mercado de trabalho.

Buscando ansiosa a resposta paratais condutas, eu pergunto: será queeste ataque tem alguma relação com afalta de recolhimento de FGTS pelascooperativas de trabalho? Será que oFGTS pode ser considerado capital degiro do governo?

Será este um delírio da colunista quea esta subscreve no desespero porrespostas? Continuarei a refletir e peçoa ajuda do leitor... ([email protected])

A expiação pública

das cooperativas

de trabalho

“O que nos preocupa é

uma excessiva depreciação do

instituto ‘cooperativa de trabalho’.

Um marketing negativo que

afasta os bem-intencionados.”

rio cooperativo 33

É comum, por ocasião da coopera-tivação, o associado alegar que já contribuipara a Previdência Social e, portanto, nãodeve ter descontos para o INSS.

Vale, inicialmente, verificar se a con-tribuição é para o INSS mesmo. Estatutá-rios, Previdência Social Estadual, tipoIASERJ, ou municipal (PREVI-RIO), têmdescontos diversos do RGPS (Regimen-to Geral da Previdência Social) não con-siderados na contribuição ao INSS. Ocooperado terá, nesse caso, decontribuir para as duas previdênciassociais, podendo, porém, acumular osbenefícios desse órgãos, além do INSS.

Quanto à remuneração de cooperado,há que se considerar o princípio daobrigatoriedade: “Todos aqueles queexercem atividade remunerada estãoobrigados a contribuir com uma parcelade sua renda para a seguridadesocial”(O art. 195 da CF diz que a“seguridade social será financiada portoda a sociedade”).

Por quê?1. O estado precisa cumprir o prin-

cípio da universalidade.2. Os indivíduos são imprevidentes:

precisam ser conscientizados da impor-tância de sua inserção no regime previ-denciário. Prova dessa imprevidência foio período anterior à lei 10.666/03, quandoos cooperados tinham de contribuir parao INSS, não sendo obrigação da coope-rativa efetivar o recolhimento. Resultadodessa não obrigatoriedade para a coope-rativa é que poucos recolhiam sobre a re-muneração obtida na cooperativa ou re-colhiam a contribuição mínima.

3. O estado precisa das contribui-ções das pessoas que estão trabalhan-do para pagar àquelas que estão emgozo de benefício.

Sidnei Augusto de Oliveira éadministrador da Plus Life Cooperativa.

O art. 13 da Instituição Normativa (IN)MPS/SRP Nº 3 de 14 de julho de 2005esclarece: “No caso do exercício conco-mitante de mais de uma atividaderemunerada sujeita ao RGPS, a contri-buição será obrigatória em relação acada uma dessas atividades, observa-dos os limites mínimo e máximo dosalário de contribuição previstos. O tetomáximo de contribuição, atualmente, éde R$ 2.668,15.

Outra ponderação comum é que “jásou aposentado, não tenho interesse emnova aposentadoria”. O aposentado quetambém recebe remuneração da coope-rativa deve atentar para o art. 12 da IN jácitada: “Art. 12 - O aposentado porqualquer regime de previdência socialque exerça atividade remuneradaabrangida pelo RGPS é seguradoobrigatório em relação a essa atividade,nos termos do § 4° do art. 12, da Lei n°8112, de 1991, ficando sujeito àscontribuições de que trata a referida lei.”

Outra observação importante para ocooperado é o cuidado com o art. 53 daIN: “Art. 53. Após a cessação da atividade,o segurado contribuinte individual deverásolicitar a suspensão da sua inscrição noRGPS”. Se não o fizer, o INSS consideraráque ele está inadimplente, quando, na ver-dade, ele é um cooperado inativo, ou estásem trabalho ou se tornou celetista (em-pregado de empresa).

Está em vigor o novo modelo de GFIP(Guia de Recolhimento do FGTS e Infor-mações a Previdência Social), versão8.1,que trouxe mudanças significativasquanto à forma de geração e retificaçãoda GFIP. Há muita informação que podeser obtida em www.previdencia.gov.br.

Entendendoa Previdência

Fique por Dentro Sidnei Augusto de Oliveira

rio cooperativo34

Pensando em oferecer um tratamen-to digno a quem não pode pagar pelosaltos valores de mercado, a Unipsico amaior cooperativa de psicólogos do país,vem firmando seu trabalho.

A Unipsico Rio surgiu há oito anos epossui hoje cerca de 40 cooperados, já ten-do prestado mais de 80 mil consultas nasáreas de psicologia clínica, educacional,hospitalar e organizacional. “Embora nos-sa intenção esteja voltada para essas qua-tro áreas, elas acabam abrindo um grandeleque para outras possibilidades, como oatendimento para crianças, adultos, ges-tantes e deficientes físicos, além do servi-ço de orientação profissional e avaliaçãopsicológica. Fazemos também um serviçode supervisão para outros psicólogos, mi-nistramos cursos, palestras e seminários,além de consultorias para escolas e em-presas”, informa a presidente da UnipsicoRio, Marlene Dias da Silva.

O atendimento prestado pela coope-rativa é personalizado, com hora marcadae em consultórios particulares. Os profis-sionais cooperados passam por um rigo-roso processo de seleção antes de fazerparte do quadro. Depois, são capacitadosem cursos de atualização e aulas sobre ocooperativismo. A Unipsico Rio dispõe tam-bém de planos especiais para parceiroscomo Unimed, Unicred e Libra Navegação.

Liberdade assumida

Para a presidente da cooperativa, oimportante é que o paciente tenha a sualiberdade na hora da escolha do profissio-nal, local e horário de atendimento. “Para

um primeiro atendimento é necessária avinda do paciente até a nossa central parafazer um cadastro. Após isso, ele se diri-ge apenas ao consultório do profissionalque escolheu,” explica a psicóloga.

O slogan da cooperativa é “psicólogosao seu alcance”, buscando atender a to-dos da melhor forma e pelo valor que a pes-soa pode pagar. A Unipsico Rio possui umatabela de preços que é diferenciada ape-nas pela forma do atendimento, que podeser individual, em grupo, familiar, domiciliarou hospitalar; o valor da consulta individualnão varia e pacientes com plano de saúdetambém dispõem de desconto.

A Unipsico Rio foi fundada pensando naresponsabilidade social que compete a essetipo de profissional, já que o achatamentoda classe média e o desemprego fizeramcom que a classe passasse por uma baixa.Preocupados com esses problemas e tam-bém com uma camada da população que,até então, era excluída desse benefício, umgrupo de psicólogos se reuniu e daí surgiu acooperativa. “Boa parte da população queprecisa desse serviço muitas vezes não oprocura por falta de dinheiro, vergonha ouaté conhecimento mesmo. Queríamosdesmistificar que a psicologia é só para ricoou louco,” conta a Marlene.

Terceira via

Para a presidente, as cooperativas fun-cionam como pontes, já que atendem aospsicólogos não só na prestação de serviço,mas também na reciclagem da profissão,que requer estudo contínuo. A Unipsico Riooferece cursos internos e grupos operativos,

Com esse lema,

a Unipsico Rio vem

conquistando cada vez

mais cooperados e clientes.

com reuniões semanais para discutir temasadministrativos da cooperativa, questões téc-nicas, teóricas e clínicas da prática diária.Citando seu guru, o ministro da agriculturaRoberto Rodrigues, Marlene enfatiza que “ocooperativismo é a terceira via para a solu-ção social do desemprego”.

“Atualizar-se como terapeuta é sem-pre importante, mas não podemos deixarde nos atualizarmos também como coope-rativistas, pois a qualidade de nosso tra-balho é nosso grande diferencial. Estarsempre por dentro das ações do cooperati-vismo dentro do nosso país e do nossoestado,” destaca a presidente.

Oportunidade de renovação

A psicóloga Ludmilla Eugênio de Sou-za descobriu a Unipsico Rio através dafaculdade, está na cooperativa há ape-nas alguns meses, mas já fez vários aten-dimentos. “O mais importante de se tra-balhar em uma cooperativa como esta éa oportunidade de renovação que se vivedentro do consultório, abrindo um cam-po de trabalho e também a segurançade estarmos em grupo. Poder trocar comoutros colegas nos ajuda no dia-a-dia,”conta a recém-cooperada.

Já a psicóloga Elisa Rocha Cunhasoube da Unipsico Rio por colegas deprofissão e está na cooperativa há pou-co mais de seis meses. “Com a coope-rativa, o mito de clínica solitária desapa-rece, já que você tem a oportunidade detrocar com seus colegas experiênciastécnicas e até mesmo as clínicas, comoum caso novo por exemplo,” aponta.

Saúde a maisnunca é demais

Saúde

rio cooperativo 35

Dizem que beleza é fundamental. Aminha pergunta é: beleza ou valorizaçãoda imagem? Fico com a segunda opção.Quando uma pessoa está com a suaauto-imagem em ordem e tem conheci-mento da importância do seu visual nosrelacionamentos interpessoais, elaestará sempre transmitindo o que temde melhor, e com isso parecerá, aosoutros, uma pessoa LIIIIIIINDA!

A visão é um sentido muito apurado quepermite ao outro perceber muito mais doque queremos demonstrar. Em um primeirocontato é a visão que determina, empoucos segundos, o andamento daqueleencontro, tanto no campo profissionalquanto no pessoal. Nos exemplosextremos, é possível identificar estaimportância: a probabilidade de um homemcom roupas sujas e rasgadas, cabisbaixoe com ombros caídos ser um mendigo émuito maior do que ser um executivo quesofreu um seqüestro. Quem faz estediagnóstico instantâneo é a visão.

Depois do diagnóstico visual, ocorre oraciocínio. Contudo, a imagem “negativa”já está impressa no subconsciente dooutro e modificá-la despende grandeconsumo de energia. Portanto, no primeirocontato, o mais importante é o seu visual,depois o seu movimento corporal e porúltimo o que você FALA. Dependendo dos

dois primeiros itens, a sua fala pode serouvida ou não.

O primeiro passo para uma adequa-ção visual bem-sucedida é compreendera “fala” do seu corpo e da sua perso-nalidade. Ao exercitar a sua vaidade vocêestará aprendendo a cuidar da sua ima-gem pessoal. Em seguida, é importanteidentificar as peças que poderão serencaixadas neste contexto. Futilidadesà parte, roupas, maquiagem (para asmulheres), acessórios, corte de cabelosão as ferramentas essenciais pararatificar a “fala” do seu corpo. Portanto,não adianta achar que um terno ou umtailleur irão resolver o problema. Estasferramentas precisam estar em equilíbriocom o objetivo a ser alcançado. Oterceiro passo é responder as perguntasa seguir, se você estiver preparando-separa um encontro de negócios: 1. Qualé o negócio da sua empresa? 2. Qual éa imagem que a sua empresa querpassar? 3. Qual é a sua função naempresa? Se o negócio da empresaestiver associado a produtos informaiscomo uma loja de produtos esportivos,mesmo que o empresário seja muitotradicional, ele tem que adequar a suaprópria imagem à casualidade, utilizandocalça e camisa, por exemplo, mas como seu toque tradicional, para estar em

O corpo fala...e muito!

Liana França é diretora financeira da

Uniodonto Leste-Fluminense

Diagnóstico Liana França

equilíbrio com a sua personalidade.Neste caso, um terno pode gerar umabarreira no relacionamento com o cliente.

A expressão corporal também funcio-na como uma ferramenta estratégica doseu negócio. Conhecendo bem as arma-dilhas do corpo, podemos evitá-las, alémde poder analisar o outro de forma crítica,na tentativa de facilitar o diálogo entreos interlocutores. Movimentos como cru-zar os braços, colocar bolsa ou pastano colo denotam falta de comprometi-mento e insegurança de quem os rea-liza. Em contrapartida, um aperto de mãocaloroso mostra envolvimento e “olhar noolho” demonstra sinceridade. Estes sãoalguns exemplos de como o conheci-mento da expressão corporal pode ajudaro indivíduo a perceber melhor o outro,facilitando o diálogo e a negociação emqualquer situação.

Com a adequação visual realizada econdizente com o negócio da empresae conhecendo as armadilhas corporais,é possível ser ouvido como você deseja!Fale o que você tem a dizer e obtenha osucesso desejado! Bons negócios!

Entre em contato pelo e-mail:[email protected].

“O primeiro passo para uma

adequação visual bem-sucedida é

compreender a “fala” do seu corpo

e da sua personalidade.”

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Buscando aumentar o volume das exportações brasileiras,que na época representava menos de 1% das exportaçõesmundiais, foi criado, em 1998, pelo setor de comércio exteriorda Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) um novoe mais simples processo de vendas para o exterior parapequenos e micro produtores, o Exporta Fácil.

Além dos Correios, o produto reúne vários órgãos federais(Banco Central, Receita Federal, Secretaria de ComércioExterior, Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde,Exército, entre outros), na busca por uma menor burocraciapara os que precisam enviar seus produtos a outros países.

São três modalidades de exportação pela ECT: “Expressa”,com chegada garantida entre 2 e 5 dias úteis; “Prioritária”,com chegada garantida entre 6 e 11 dias úteis; e “Econômica”,com chegada garantida entre 15 e 30 dias. Cada exportadorpode enviar até US$ 10 mil por pacote, com até 30 kg e podeainda contratar um seguro que garante o recebimento do valorda mercadoria em caso de não pagamento do remetente.

A facilidade não está só no nome do produto, mas tambémno preço. Por eliminar uma série de burocracias, o exportadorque usa o Exporta Fácil não tem o custo do despachante(17% do custo) e tem o câmbio simplificado.

Pretendendo aumentar o volume de exportações, a ECT estáfocando as cooperativas como clientes por acreditar que oExporta Fácil irá alavancar o ramo de produção e de agricultura.

Desde que foi instituído, em 2001, o Exporta Fácil já exportouum volume de US$ 46 milhões, sendo que no primeiro ano,“apenas” US$ 8 milhões, em mercadorias, foram vendidas peloproduto da ECT.

Variedade e agilidade

Mas o Exporta Fácil é mais do que um simples serviço deenvio e recebimento. A ECT dá ao exportador uma assessoriapara que o produto não tenha problemas com a sua entradaem outros países e com a Organização Mundial de Comércio:“Existem produtos que são proibidos de entrar em algunspaíses, então nós explicamos isso ao exportador. E tambémque material pode entrar, o que é restrito, se a embalagematende ao comércio exterior”, explica o coordenador regionalde negócios dos Correios, Ricardo Mota, que avisa que oprocesso demorado é só o do primeiro envio: “Com o tempo, oexportador irá se adaptar às leis de cada país para o qual eleenvia seus produtos. Fazemos todo o acompanhamento daprimeira exportação. A partir daí o cliente pode fazer todo oprocesso de postagem através da internet, com a ECTgarantindo a entrega no prazo determinado.”

Para que seja realizado esse trabalho, que nasceu naDiretoria Regional do Rio de Janeiro, é necessário que hajaum treinamento diferenciado para os que atuam junto aoExporta Fácil: “Todos os funcionários que trabalham aquiconosco tem um curso básico de comércio exterior, para quepossamos pesquisar essas dúvidas”, explica Mota.

Entre os principais produtos exportados pelo Exporta Fácilestão bijuterias, joalherias, vestuário, livros e lingerie: “Temos várioscasos de sucesso de empresas que cresceram usando o ExportaFácil, como um grupo de lingerie que vende pela internet e umcliente que vende instrumentos de percussão”, informa asubgerente de comércio exterior dos Correios, Marilene Ferreira.

Exportar é oque importa

O Expor ta Fácil despacha remessas para o mundo todo

Através do Expor ta Fácil dos

Correios é possível enviar

encomendas para todo o planeta

de forma econômica e ágil

Serviço

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Pé na estrada Nélio Botelho

O fato histórico ocorrido em outubrodo ano passado, no auditório da OCB –Organização das Cooperativas Brasileiras,em Brasília, representa a esperança degrandes conquistas na economia do Paíse pode significar importante parcela na so-lução das grandes questões que envol-vem o trabalhador brasileiro.

Ali instalou-se, oficialmente, o ramoTransporte, somando-se aos demais 12ramos, reconhecidos pelo sistema OCB.Histórico porque, a partir de agora, ascooperativas de transporte – cargas epassageiros – passam a ocupar seusespaços, na qualidade de mais umacategoria de transporte, até então res-trita a empresários e autônomos.

Além do mais, começam a ganhar for-ça, todos aqueles profissionais que se en-contram na autogestão e na informalidade.No uso da palavra, procurei caracterizar aforça e o potencial próprio do transportenacional que agora, aliado aos demaisramos do cooperativismo, propiciará fértilintercâmbio de intercooperação, na rota daparticipação da solução das gravesquestões que afetam o País – saúde, trans-porte, habitação, consumo, crédito,produção, onde o papel das cooperativasnão é opção, mas sim obrigação para comseus cooperados e respectivos familiares.

O ramo Transporte, sem dúvida, vai in-fluir decisivamente, na criação de novascooperativas e, no fortalecimento das exis-tentes. Vale ressaltar que o ramo tem a

cobertura da OCB e suas ramificações es-taduais, através dos seus representantes,sob a coordenação nacional, para a qualtive a honra de ser eleito.

O início das atividades do ramo teve pros-seguimento nos dois dias subseqüentes –25 e 26 de outubro – com a realização do “ISeminário Nacional das Cooperativas deTransporte – Cargas e Passageiros”, no au-ditório Nereu Ramos, na Câmara dos De-putados, consagrado pela participaçãomaciça das cooperativas de transporte detodo o país, centenas delas, vindas de to-dos os estados da Federação. No Livro dePresenças, não faltaram registros das maio-res autoridades do País, expressivo núme-ro de deputados, além de senadores,ministros e, até mesmo, do representantedo Palácio do Planalto, devido à ausênciado presidente Lula, em viagem.

As palestras, proferidas por autênticosespecialistas, abordaram as questões demaior interesse do sistema – regulamen-tação, financiamentos, experiências exito-sas de transporte de cargas e passageiros,experiências de intercooperação, participa-ção de cooperativas em licitações públicas,transporte e mobilidade urbana, a condiçãodo cooperado pessoa jurídica, além da de-finição do “Ato Cooperativo” –, seguidas deamplos debates entre os presentes.

O seminário, que propiciou o conheci-mento das profundas dificuldades de to-dos os modais de transporte – caminhões,táxi, vans, ônibus, motoboys –, deixou de

ser um simples evento, transformando-senuma espécie de ampla reunião de traba-lho, que culminou com a definição deações, destinadas a definir soluções, ini-cialmente regionais, através de grupos detrabalho, reuniões e eventos, junto às au-toridades responsáveis, de maneira amostrar o início da nossa organização,caminho direto para exigir direitos e, im-plantar o respeito que o setor carece.

Notoriamente, a união faz a força. Foi oque se viu no Seminário. Uma unanimidadede predisposição de se fazer uma corrente,onde todos exercerão papel fundamental departicipação nas grandes questões a se-rem atacadas, única forma de garantia dofuturo desejado. Costumo dizer que ocooperativismo é um círculo fechado de ati-vidade. É uma irmandade. É uma seita.Aliás, com suas características, o futuro doBrasil está no cooperativismo.

Cooperativismo,

caminho de soluções

Nélio Botelho é representante nacional

do ramo Transporte junto à OCB.

“As cooperativas de transpor te

passam a ocupar seus espaços,

até então restritos a empresários

e autônomos.”

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Sala de EstarEntre umas e outras

Delicado: Vinho com aroma e gosto atenuados, constituição

pouco robusta, porém agradável.

Dourado: Cor amarela de reflexos dourados.

Duro: Indicativo de vinho excessivamente rico de tanino,

acidez e extrato seco.

Encorpado: Vinho com todas as características e

componentes que dão corpo ao produto.

Equilibrado: Vinho cujos componentes apresentam uma

justa proporção, especialmente a relação álcool-acidez.

Estruturado: Vinho que apresenta ótima constituição com

cor, corpo e grau alcoólico quantitativamente relevantes,

harmoniosamente proporcionais e consistentes.

Floral: Vinho que apresenta aromas de flores, brancas nos

vinhos brancos e vermelhas nos vinhos tintos.

Fino: Sensações odoríferas e/ou gustativas de vinhos de

qualidade harmoniosamente equilibradas.

Franco: Vinho absolutamente isento de defeitos.

Herbárceo: Vinho com sensação que lembra vegetais

(ervas) frescas.

Fonte: Vinícola Aurora (www.vinicolaaurora.com.br)

ABC do vinho

Comemorando 75 anos, a Cooperativa Vinícola Auroraestá lançando o Aurora 75, um elaborado vinho com cortede uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc (amescla clássica da região de Bordeaux, na França) dasafra 2002, selecionadas.

O vinho é uma homenagem às 16 famílias produtorasde uvas que fundaram a cooperativa.

Seu aroma é frutado, muito bem equilibrado, comdiscreta presença de madeira, resultado da passagempor barricas de carvalho francês e americano.

O Aurora 75 é um vinho muito bem estruturado comtaninos macios, redondo e retrogosto elegante e muito agra-dável. É vendido individualmente em garrafas de 750 ml.

Para contatos, o SAC Aurora é 0800-701-4555. O

endereço da Filial Rio é Rua Paulo e Silva, 30, São

Cristóvão, Rio de Janeiro-RJ, telefone: (21) 2580-2180.

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A Organização dasCooperativas Brasileiras(OCB) inaugurou um novosite institucional, o Brasil Cooperativo. Segundo a entidade,o objetivo de um novo site visa propiciar acesso rápido efácil às informações sobre o cooperativismo brasileiro.

O site ganhou um novo layout e está mais organizadoque seu antecessor e visivelmente mais bonito, mas suainformação, às vezes defasada em relação a outras OCE´s,ainda deixa a desejar. Mudou, mas ainda pode melhorar.

Acesse: http://www.brasilcooperativo.coop.br.

Navegar é preciso

Para uma cooperativa ser grande não

basta apenas a dedicação de sua

diretoria, mas a participação efetiva de

seus associados. E como trabalhar para

que os cooperados usufruam mais dos

serviços oferecidos pela cooperativa?

Essa é a questão de que trata o livro

“Fidelidade Cooperativa - Uma abordagem

prática”, de Leonardo Boesche. Publica-

ção da Ocepar, Sescoop/PR, é uma importante leitura para

diretores que pretendem atrair mais seus cooperados.

AtrAtrAtrAtrAtraindo o cooperaindo o cooperaindo o cooperaindo o cooperaindo o cooperadoadoadoadoado

Na Estante

Fidelidade Cooperativa - Leonardo BoescheOcepar/Sescoop/PR - 96 páginas

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