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Ficha Tcnica

Ttulo: Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo - 2010

Autoria: SEF/Departamento de Planeamento e Formao (Ncleo de Planeamento). Coordenao: Joo Atade e Pedro Dias Autores: Alexandra Ramos Bento; Lus Azambuja Martins, Rui Machado, Pedro Sousa

Junho de 2011

ISBN: Depsito Legal n. Tiragem:

EditorServio de Estrangeiros e Fronteiras Av. do Casal de Cabanas, Urbanizao Cabanas Golf, N 1, Torre 3, Piso 2 2734-506 Barcarena, Oeiras Stio Internet: http://www.sef.pt Portal de Estatstica: http://sefstat.sef.pt Telefone: 214 236 200 / 965 903 600 Fax: 214 236 640 E-Mail: [email protected]

O DPF-NP agradece o apoio e colaborao prestada pela Direco Nacional do SEF e por todas as unidades orgnicas do Servio, sem a qual a elaborao deste documento no teria sido possvel.

2Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

3Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo

Mensagem do Director Nacional Sumrio Executivo Imigrao e Asilo: Enquadramento Populao Estrangeira Residente Fronteiras Controlo da Permanncia Investigao Criminal Fraude Documental Proteco Internacional Nacionalidade Integrao Actuao Internacional Anexos EstatsticosServio de Estrangeiros e Fronteiras

5 6 12 16 24 32 40 46 52 56 58 64 74

4Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

MENSAGEM DO DIRECTOR NACIONAL

1. Passam cinco anos desde que o Servio de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) iniciou a produo de um relatrio anual dedicado s actividades desenvolvidas no domnio da imigrao, fronteiras e asilo (RIFA). Este relatrio afirmou-se como um documento de referncia para o conhecimento e anlise da realidade nacional nas reas da imigrao, fronteiras e asilo. Assumindo uma viso abrangente e acessvel, o RIFA responde ao crescente interesse da sociedade portuguesa pelos temas associados s migraes. Por outro lado, este relatrio no deixa de reflectir a cultura organizacional do SEF, assente numa postura sensvel a todas as dimenses que esta realidade encerra e no dilogo e colaborao com todos os actores relevantes na rea das migraes.

2. A complexidade dos processos migratrios contemporneos exige uma abordagem global, equilibrada e atenta aos sinais de uma realidade em constante mutao. Nesse sentido, a poltica nacional de imigrao estrutura-se em torno de quatro grandes eixos: regulao dos fluxos migratrios, promoo da imigrao legal, luta contra a imigrao clandestina e integrao dos imigrantes.

3. Assim, numa nova formulao e sem romper com os propsitos iniciais do RIFA, o relatrio de 2010 procura reflectir, de modo mais simples e direccionado, a realidade dos fenmenos migratrios em Portugal, bem como da actuao substantiva do SEF.

O Director Nacional

Manuel Jarmela Palos

5Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

SUMRIO EXECUTIVO

6Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

I Nota Prvia O SEF conseguiu responder aos desafios que lhe foram colocados na prossecuo de uma estratgia de modernizao e produtividade, assente na renovao tecnolgica, intensificao da actuao operacional; afirmao da interveno internacional, desburocratizao, melhoria das condies de atendimento ao pblico e valorizao dos recursos humanos, apesar dos rigorosos constrangimentos oramentais vividos em 2010. De forma sinttica, a actuao do Servio orientou-se pelos valores da eficcia, aproximao aos cidados e tutela dos seus direitos, numa abordagem global e integrada da realidade imigratria, com salvaguarda dos interesses subjacentes segurana. Estes valores, consolidados na cultura da organizao, tm permitido responder, de forma flexvel e eficaz, aos desafios com que a mesma se depara. Pela sua relevncia, em 2010 sobressai a Avaliao Schengen a Portugal, cujas concluses na vertente Fronteiras, so claramente elogiosas para o SEF e para os seus funcionrios. Pelo seu contributo para o prestgio de Portugal e do SEF, deve tambm realar-se a assinatura dos Memorandos de Entendimento entre Portugal e a Bulgria, Romnia e Liechtenstein para a cedncia do sistema SISone4ALL, tendo em vista a sua adeso ao Acordo de Schengen (15 de Novembro de 2010), e cujo software foi desenvolvido pelo Servio e pela empresa portuguesa Critical Software. De destacar tambm a continuidade da renovao tecnolgica, direccionada para a eficcia no controlo das fronteiras, em especial por via dos projectos PASSE, M Passe e RAPID e o esforo empreendido na vertente da aproximao aos cidados e da integrao de imigrantes, reconhecido, designadamente, na avaliao MIPEX III.

II Populao estrangeira residente A 31 de Dezembro de 2010, a populao estrangeira residente em Portugal totalizava 445.262 cidados (stock provisrio), o que representa um decrscimo do stock da populao residente de 1.97%, face ao ano precedente. Este decrscimo quebra a continuidade do crescimento sustentado que caracterizou a comunidade estrangeira em Portugal nos ltimos anos. Como nacionalidades mais representativas surgem o Brasil, Ucrnia, Cabo Verde, Romnia, Angola e Guin-Bissau, sem que se verifiquem alteraes em termos das dez principais nacionalidades, face ao ano precedente.

O Brasil mantm-se como a comunidade estrangeira mais representativa, com um total de 119.363 residentes, mantendo a tendncia de crescimento sustentado, que ocorre desde o incio do sculo. A Ucrnia permanece como a segunda comunidade estrangeira mais representativa (49.505), seguida de Cabo Verde (43.979), Romnia (36.830), Angola (23.494) e Guin-Bissau (19.817 cidados).

Em sntese, a par do decrscimo do stock de estrangeiros residentes em Portugal, verifica-se a consolidao do predomnio do Brasil, com decrscimo do peso relativo de Cabo Verde, Angola e Guin Bissau, comunidades estrangeiras tradicionais em Portugal, e dos designados novos fluxos migratrios do Leste Europeu (Ucrnia e Moldvia) e ainda a afirmao da Romnia como o Estado Membro da UE mais representativo em Portugal.

III Fronteiras No mbito do controlo das fronteiras em 2010 o SEF controlou 10.286.998 pessoas, das quais 9.059.580 nas fronteiras reas e 1.727.418 nas fronteiras martimas. Face ao ano anterior, estes valores representam um aumento respectivamente de 1,54% nas fronteiras areas e de 6,15% nas martimas. Aqueles valores corresponderam ao controlo de 68.066 voos (-0,83% face a 2009) e de 34.502 embarcaes (+2,33% face a 2009).

7Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

No que se refere admisso, em 2010 ocorreram 2.068 recusas de entrada em Portugal, o que traduz uma reduo de 19,34% face ao ano de 2009, confirmando a tendncia decrescente assinalada desde 2004. Em termos de nacionalidades mais relevantes, destacam-se o Brasil, Angola, Guin-Bissau, Senegal e Venezuela. Em 2010 foi dada continuidade aos projectos de implantao de novas tecnologias nas fronteiras, nomeadamente a instalao do sistema PASSE nas fronteiras martimas do Funchal e Sines; a concluso da instalao do sistema RAPID em todas as fronteiras areas nacionais, a implementao do sistema no Aeroporto de Porto Santo, e o incio da utilizao regular do Mobile PASSE (M-PASSE).

As concluses da Avaliao Schengen das fronteiras portuguesas, efectuada em 2010 realaram, nomeadamente, a estrutura centralizada e clara do SEF, a abertura e flexibilidade na implementao de novas tecnologias, e o profissionalismo e motivao dos colaboradores do SEF. De referir que neste ano, Portugal procedeu reposio excepcional dos controlos nas fronteiras internas nacionais, nos termos previstos na Conveno de Schengen, por ocasio da Cimeira da NATO em Lisboa (19 e 20 de Novembro de 2010). Em termos da actividade de controlo da permanncia, em 2010 sobressai a promoo de 9 615 aces de fiscalizao, o que representa um acrscimo de 5,16% face ao ano transacto. Deve ainda sublinhar-se que 6 786 aces foram realizadas de forma autnoma, expressando um crescimento de 3,29% face a 2009. Neste mbito, foi dada continuidade s designadas operaes de grande impacto, atravs da realizao de 15 operaes desta natureza, focalizadas em objectivos estratgicos determinados.

IV Controlo da Permanncia No domnio do controlo de estrangeiros, em 2010, foram registadas 7.425 notificaes para abandono voluntrio, o que representa um acrscimo 7,17% face ao ano anterior. Durante o ano de 2010 foram instaurados 2.729 processos administrativos de expulso, constatando-se um acrscimo de 10,22% face a 2009. Quanto s readmisses, denota-se uma diminuio de 17,3% nas readmisses passivas (445) e de 11,69% nas readmisses activas (231). Em 2010 o SEF detectou 1.531 medidas cautelares, valor muito similar ao ano transacto. No ano em referncia, beneficiaram do programa de apoio ao retorno voluntrio 559 cidados estrangeiros, valor que reflecte um aumento de 46,7% face ao ano precedente. Em termos de nacionalidades mais representativas, sobressai o Brasil e, de forma distanciada, Angola, Cabo Verde, Ucrnia e S. Tom e Prncipe. No decurso de 2010 foram instaurados 21.148 processos de contra-ordenao, valor que representa um decrscimo global de 11,9% face ao ano transacto. No entanto, deve realar-se o crescimento de 12,28% das contraordenaes instauradas a entidades empregadoras por exerccio de actividade profissional no autorizada de estrangeiros. No se assinalaram alteraes dignas de registo em termos dos fluxos migratrios irregulares para Portugal durante o ano em referncia, face aos anos precedentes, verificando-se a clara predominncia dos fluxos da Amrica Latina, esmagadoramente provenientes do Brasil. frica apresenta-se como o segundo continente mais relevante, em termos de provenincia de fluxos irregulares. Ao nvel da Europa de Leste, a Ucrnia continua a ser representativa em termos de migrao irregular.

8Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

SUMRIO EXECUTIVO

V Investigao Criminal Na rea da investigao criminal, assinala-se o predomnio da criminalidade relacionada com o uso de documento falso/falsificado, o casamento de convenincia e o auxlio imigrao ilegal. Durante 2010 o SEF concluiu a investigao de 348 processos-crime. Por nacionalidade, prevalecem os arguidos de nacionalidade portuguesa, brasileira, de nacionalidade desconhecida, cabo-verdiana, guineense (Bissau) e indiana. Neste ano reala-se o processo designado por Trufas-Odessa, que levou condenao de 6 arguidos, de nacionalidade ucraniana, em penas entre 1 ano e 7 anos de priso efectiva, pelos crimes de associao de auxlio imigrao ilegal, auxlio imigrao ilegal e falsificao ou contrafaco de documento. Por outro lado, pela primeira vez, uma pessoa colectiva foi objecto de condenao pela prtica dos crimes de auxlio imigrao ilegal e falsificao ou contrafaco de documento. No ano em anlise foi atribudo o direito de residncia a 19 vtimas de crimes de auxlio imigrao ilegal, trfico de pessoas e lenocnio. Por outro lado, foi dada continuidade ao Programa No Ests Venda, para sensibilizao contra o trfico de seres humanos, e lanada a campanha Saferdicas que alerta para perigos e cuidados a ter na utilizao da Internet nomeadamente, em relao ao recrutamento para trfico de seres humanos.

VI Fraude Documental Em 2010 foram registadas 572 deteces de fraude documental relativas utilizao de documentos de viagem, de identificao e de residncia, representando uma variao negativa de -15,63% face a 2009, valor que confirma a tendncia de descida sustentada desde 2007, assinalada escala global.

VII Asilo e Proteco Internacional Em 2010 o nmero de pedidos de asilo em Portugal foi de 160, mais 15.11% do que no ano transacto. Daquele quantitativo, 84 pedidos foram apresentados em territrio nacional e 76 em Postos de Fronteira. Foram concedidos 6 estatutos de refugiado, a nacionais de pases africanos e asiticos (3 em 2009), e 51 autorizaes de residncia por razes humanitrias (45 em 2009), maioritariamente a nacionais de pases africanos. Neste ano foram reinstalados em Portugal 33 refugiados, de sete nacionalidades, que se encontravam sob proteco do ACNUR, nomeadamente na Ucrnia, Sria, Lbia, Bielorrssia e Moambique. J no quadro da recolocao, no mbito da solidariedade europeia a Malta, Portugal acolheu 6 beneficirios de proteco internacional.

VIII Nacionalidade No quadro das competncias do SEF no que refere concesso da nacionalidade portuguesa, em 2010 foram apresentados 32.415 pedidos de parecer, valor que espelha o acrscimo substancial do universo de estrangeiros que solicita e acede nacionalidade portuguesa. Neste mbito, destacam-se os pedidos de nacionais de Pases de Lngua Oficial Portuguesa (Brasil, Cabo Verde, Angola e Guin-Bissau), bem como algumas nacionalidades do leste da Europa (Moldvia e Ucrnia). Em 2010 o SEF emitiu 17.376 pareces para acesso nacionalidade, 17.095 dos quais positivos. Por nacionalidade, destacam-se os pedidos do Brasil, Cabo Verde, Angola, Ucrnia e Guin-Bissau.

9Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

IX Integrao No que se prende com a interveno do SEF na vertente da integrao de imigrantes, no ano em anlise sobressai a avaliao pelo MIPEX III, que classifica Portugal em primeiro lugar no ranking das polticas de reagrupamento familiar e em quarto lugar no acesso dos imigrantes a autorizaes de residncia permanentes, reas onde a interveno do Servio determinante. Neste contexto, destacam-se ainda os resultados alcanados nos programas SEF em movimento, dirigido a pessoas com dificuldades de deslocao, e SEF vai escola, destinado regularizao documental de menores que frequentam o ensino portugus.

Na vertente do atendimento ao pblico, sublinham-se a implementao de um sistema de workflow na gesto documental (SIGAP) e a inaugurao do novo Posto Desconcentrado de Atendimento de Alverca/Vila Franca de Xira, para atendimento de cidados estrangeiros moradores na regio norte da rea Metropolitana de Lisboa. O SEF lanou ainda o SISTEMA ISU Interface SEF-Universidades para validao simplificada da situao documental de estrangeiros que frequentem o ensino superior, implementado na Universidade de Lisboa, Universidade de Aveiro, no Instituto Politcnico de Bragana e na Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro.

Como contributo para o conhecimento e reflexo sobre as temticas da imigrao e asilo, sobressaem os estudos temticos sobre A satisfao das necessidades de mo-de-obra atravs da imigrao: o caso portugus e Migrao temporria e circular em Portugal, produzidos no contexto da Rede Europeia das Migraes, da qual o SEF Ponto de Contacto Nacional. No mbito desta rede foram tambm elaborados os relatrios anuais de poltica e estatstica, versados nas evolues anuais em matria de migraes e asilo.

X Actuao Internacional Na rea da actuao internacional, no ano de 2010, ocorreram 138 participaes do SEF em eventos de mbito internacional, valor que espelha um decrscimo de 58,2 % face a 2009, por razes de conteno oramental. Uma expressiva maioria destas participaes ocorreu no mbito da Unio Europeia, onde se destacou a participao/ interveno de peritos do SEF no Comit Estratgico Imigrao, Fronteiras e Asilo (CEIFA), Grupo de Alto Nvel Asilo e Migrao (GANAM), Rede Europeia das Migraes (REM) e ainda no mbito dos trabalhos do Sistema de Informaes Schengen (SIS II).

No ano de 2010 ocorreram tambm cinco Misses de Avaliao da Correcta Aplicao do Acervo Schengen a Portugal, nos domnios da Proteco de Dados, Cooperao Policial, Fronteiras Areas, Fronteiras Martimas e Vistos. O SEF prosseguiu a sua actuao no mbito das actividades da Agncia Europeia FRONTEX, sendo de sublinhar a participao na primeira operao das Equipas de Interveno Rpida nas Fronteiras (RABIT) na fronteira grecoturca, e em quatro operaes de fronteiras areas. No quadro das Parcerias para a Mobilidade, da Unio Europeia, no ano de 2010 o SEF deu continuidade ao desenvolvimento de diversas iniciativas e projectos para Cabo Verde, Moldvia Peru e Ucrnia. No contexto extra europeu o SEF interveio ainda em diversos projectos na rea das migraes, asilo e trfico de seres humanos do Centro Internacional para o Desenvolvimento de Poltica Migratria (ICMPD) e da Organizao Internacional para as Migraes (OIM). No ano em referncia o SEF acolheu, ainda, a Conferncia da Fraude e Imigrao (IFC 2010), estrutura que rene especialistas europeus e americanos do campo da documentao de identificao e de viagem no seio da imigrao e do controlo de fronteiras.

10Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

SUMRIO EXECUTIVO

Na vertente da cooperao portuguesa, destaca-se a participao no Programa de Cooperao Tcnico-Policial do MAI, atravs de formao e assessoria para Angola, Cabo Verde, Guin-Bissau e So Tom e Prncipe. No domnio das novas tecnologias, em 2010 foi instalado o sistema de controlo de fronteira PASSE em Cabo Verde, So Tom e Prncipe e Timor-Leste, tendo ainda sido encetadas diligncias para a sua instalao no Aeroporto de Bissau. No ano em anlise, o SEF tambm participou activamente na produo do passaporte biomtrico de Cabo Verde. No mbito da cooperao bilateral com o Brasil, em 2010 sobressai a assinatura de um Protocolo sobre o RAPIDProjecto Piloto e a adopo de um Plano de Aco bianual de cooperao.

Com recurso ao financiamento comunitrio, em 2010 foi incrementada a rede de Oficiais de Ligao de Imigrao, com nove elementos destacados no Brasil, Angola, Cabo Verde, Guin-Bissau, So Tom e Prncipe, Senegal, Moambique, Ucrnia e Rssia.

Em sntese, pesem embora os constrangimentos de ordem financeira que condicionaram decisivamente a actuao do Servio em 2010, o esforo conjugado de toda a organizao permitiu alcanar resultados quantitativos e qualitativos muito relevantes, que asseguraram a continuidade da estratgia de afirmao do Servio, a nvel nacional, comunitrio e internacional.

11Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

IMIGRAO E ASILO: ENQUADRAMENTO

12Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Estrutura Institucional A Poltica Nacional de Imigrao e Asilo procura responder a padres de ordem tica, humanista e de interesse nacional, que numa abordagem global, integrada e equilibrada se estrutura em torno de quatro grandes eixos (figura 1).

Figura 1 Poltica Nacional de Imigrao e Asilo

1. Regulao dos Fluxos Migratrios

2. Promoo da Imigrao Legal

3. Luta contra a Imigrao Irregular

4. Integrao dos Imigrantes

A implementao e monitorizao das polticas de imigrao e asilo so da competncia do Ministrio da Administrao Interna (MAI), tutelando a entrada, permanncia, sada e afastamento de cidados estrangeiros de territrio nacional. A actuao do MAI, em particular pela interveno do SEF, incide em todos os eixos da poltica de imigrao e asilo, com primazia para os trs primeiros. Para estas polticas concorrem tambm contributos sectoriais, nomeadamente a poltica de integrao a cargo da Presidncia do Conselho de Ministros (PCM), a poltica de representao externa e concesso de vistos pelo Ministrio dos Negcios Estrangeiros (MNE) e as polticas de emprego, qualificao e segurana social pelo Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS) (figura 2).

Figura 2 Organograma institucional das polticas de imigrao e asilo

13Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Servio de Estrangeiros e Fronteiras O SEF1 constitui-se como o organismo que executa boa parte da poltica de imigrao e asilo, nomeadamente nas vertentes do controlo de fronteiras e de fiscalizao da permanncia de estrangeiros, investigao criminal no domnio do auxlio imigrao ilegal, trfico de seres humanos e crimes conexos, gesto e peritagem documental, asilo e proteco subsidiria, representao do Estado portugus e cooperao internacional (figura 3).

Figura 3 SEF: Misso, Viso e ValoresAssegurar o controlo das pessoas nas fronteiras, dos estrangeiros em territrio nacional, a preveno e o combate criminalidade relacionada com a imigrao ilegal e trfico de seres humanos, gerir os documentos de viagem e de identificao de estrangeiros e instruir os processos de pedido de asilo, na salvaguarda da segurana interna e dos direitos e liberdades individuais no contexto global da realidade migratria. Um servio de segurana prximo dos cidados, activo e eficaz na gesto dos fluxos migratrios e na construo do espao alargado de liberdade, segurana e justia Proximidade com os cidados estranModernizao e eficcia geiros Salvaguarda do interesse pblico Qualificao dos colaboradores

MISSO

VISO

VALORES

A estrutura orgnica do SEF hierarquizada verticalmente, sob dependncia do MAI, com autonomia administrativa, que compreende os seguintes rgos e servios: Directoria Geral, Conselho Administrativo, Servios Centrais e Servios Descentralizados (figura 4).

Figura 4 Estrutura Orgnica do SEF

1

Cf. Lei Orgnica do SEF, Decreto-Lei n. 252/2000, de 16 de Outubro (Artigo 1, n. s 1 e 2); Lei Orgnica do MAI, do Decreto-Lei 203/2006, de 27 de Outubro (Artigo 7); QUAR para o SEF

14Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

IMIGRAO E ASILO: ENQUADRAMENTOMedidas Legislativas Em matria de desenvolvimentos legislativos relevantes para as migraes e asilo, importa evidenciar, para o ano de 2010, os seguintes diplomas:

Resoluo do Conselho de Ministros n. 21/2010, de 26 de Maro: aprova o contingente global indicativo da concesso anual de vistos de residncia para a admisso em territrio nacional de cidados estrangeiros para o exerccio de uma actividade profissional subordinada. Esta Resoluo fixou o limite mximo de 3 800 vistos de residncia a conceder, desde a data da publicao da Resoluo e at 31 de Dezembro de 2010. Aquele valor inclui 40 vistos para a Regio Autnoma dos Aores e 10 vistos para a Regio Autnoma da Madeira. O quantitativo idntico ao valor estabelecido para o ano de 2009, mas representa uma diminuio significativa face ao contingente fixado em 2008 (8 500), em razo do cenrio de crise econmica e correspondente impacto no mercado de trabalho (Resoluo do Conselho de Ministros n. 50/2009, de 16 de Junho);

Portaria n. 1334-D/2010, de 31 de Dezembro: aprova os modelos de certificado de registo de cidado da UE, de documento de residncia permanente de cidado da UE, do carto de residncia de familiar de cidado da UE e as respectivas taxas, e a Portaria n. 1334-E/2010, de 31 de Dezembro, que fixa as taxas e os demais encargos devidos pelos procedimentos administrativos inerentes concesso de vistos em postos de fronteira, prorrogao de permanncia em territrio nacional, emisso de documentos de viagem, concesso e renovao de autorizaes de residncia, disponibilidade de escolta, colocao de estrangeiros no admitidos em centros de instalao temporria e prtica dos demais actos relacionados com a entrada e permanncia de estrangeiros no Pas;

II Plano para a Integrao dos Imigrantes (II PII) (2010-2013), aprovado pela Resoluo do Conselho de Ministros n. 74/2010, de 17 de Setembro: O PII II constitudo por 90 medidas que concretizam compromissos sectoriais do Estado, visando a plena integrao dos imigrantes, nomeadamente nas reas da cultura e da lngua, do emprego e da formao profissional e da habitao;

II Plano Nacional contra o Trfico de Seres Humanos (20112013), aprovado atravs da Resoluo do Conselho de Ministros n. 94/2010, de 29 de Novembro: Este Plano enuncia 45 medidas, estruturadas em torno de quatro reas estratgicas de interveno: Conhecimento; Sensibilizao e Preveno; Educao e Formao; Proteco e Assistncia e Investigao Criminal e Cooperao;

Portaria n. 674/2010, de 11 de Agosto: prorroga a durao do Programa Integrao Profissional de Mdicos Imigrantes (PIPMI), destinado a apoiar a integrao profissional de 150 mdicos imigrantes residentes em Portugal, com vista ao exerccio da medicina no mbito do Servio Nacional de Sade (SNS), at concluso do processo de equivalncia de habilitaes de todos os candidatos j admitidos.

15Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

www.imigrante.pt

POPULAO ESTRANGEIRA RESIDENTE

16Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Contexto No sculo XX, at dcada de 60, Portugal foi um pas de ndole predominantemente emigratria, onde os fluxos migratrios registavam um saldo claramente negativo. Com a revoluo de 25 de Abril de 1974 e a independncia dos actuais pases africanos de lngua portuguesa esta realidade alterou-se profundamente e, no incio da dcada de 80, verificou-se um aumento exponencial e atpico do nmero de estrangeiros residentes em Portugal. Os anos 90 caracterizam-se pela consolidao e crescimento da populao estrangeira residente, com destaque para as comunidades oriundas dos pases africanos de expresso portuguesa e do Brasil. No incio do sculo XXI, novos fluxos do leste europeu assumiram um sbito e inesperado destaque, em especial no caso da Ucrnia, pas que rapidamente se tornou numa das comunidades estrangeiras mais representativas. Em sntese, a primeira dcada do presente sculo caracteriza-se por um crescimento sustentado da comunidade estrangeira residente no pas.

O referido decrscimo do stock da populao residente (-1.97%) poder indiciar uma inverso da tendncia ao crescimento sustentado que caracterizou esta realidade nos ltimos anos. Para este decrscimo, e no ignorando as repercusses da actual crise econmica e financeira nas migraes, concorreu o crescimento do acesso nacionalidade portuguesa por parte de estrangeiros residentes.

Enquadramento tcnico-estatstico Conceito de estrangeiro residente Para efeitos estatsticos adopta-se um conceito

abrangente de estrangeiro residente em Portugal, que engloba os estrangeiros detentores de ttulo de residncia2 e os estrangeiros a quem foi prorrogada a permanncia de longa durao3.

Fontes estatsticas A partir de 2008 a informao estatstica sobre a populao estrangeira residente em Portugal passou a ser exclusivamente obtida a partir do SII/SEF4, atravs do desenvolvimento do projecto SEFSTAT. Em resultado deste processo, no ano de referncia de 2008

No final de 2010, a populao estrangeira residente em Portugal totalizava 445.262 cidados, quantitativo que representa um decrscimo do stock da populao residente de 1.97%, face ao ano precedente. Deste universo populacional, cerca de metade oriundo de pases de lngua portuguesa (49,51%), destacando-se o Brasil (26,81%), Cabo Verde (9,88%), Angola (5,28%) e Guin-Bissau (4,45%). As demais nacionalidades mais relevantes so a Ucrnia (11,12%) e a Romnia (8,27%).

ocorreu uma quebra de srie das estatsticas da populao estrangeira5 residente, que no deve ser ignorada na anlise evolutiva destes dados. Para alm de traduzir uma melhoria substantiva na qualidade e quantidade dos dados, esta alterao vem permitir melhor resposta aos imperativos do Regulamento Comunitrio sobre Estatsticas das Migraes e Proteco Internacional (Regulamento n. 862/2007) sobre dados nacionais da populao estrangeira residente e proteco internacional. No mbito do projecto SEFSTAT, em 2010 foi desenvolvido um Portal de Estatstica na Internet

2

Nos termos do conceito legal da Lei n. 23/2007, de 4 de Julho. 3 Prorrogao de vistos de estada temporria. Este universo no inclui os estrangeiros a quem nesse ano foi concedido um visto consular, cuja prorrogao (pelo SEF), por princpio, apenas ocorrer no ano seguinte. 4 SII/SEF Sistema Integrado de Informao do SEF: Base de dados do Servio de Estrangeiros e Fronteiras onde registada toda a informao relativa entrada, permanncia e afastamento de cidados estrangeiros de territrio nacional. 5 A explicitao tcnico-estatstica relativa nova fonte de informao e quebra de srie estatstica est detalhadamente enunciada no Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo de 2008.

(http://sefstat.sef.pt/), dedicado divulgao de informao estatstica sobre a populao estrangeira residente, possibilitando a desagregao ao nvel de concelho.

17Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Alteraes Legislativas A anlise da evoluo da populao estrangeira em Portugal no pode ser dissociada das alteraes legislativas ocorridas nos perodos em referncia. Na verdade, verifica-se que as grandes variaes esto directamente associadas s alteraes legislativas que, em igual perodo, permitiram a regularizao de cidados estrangeiros. Este facto claramente visvel nos perodos relativos s regularizaes extraordinrias (1992 e 1996), bem como adopo de instrumentos de regularizao da permanncia (autorizaes de permanncia, prorrogaes de permanncia e autorizaes de residncia com dispensa de visto por motivos excepcionais).Regularizao Extraordinria 1992 Decreto-Lei n. 244/98, 8 Agosto Regularizao Extraordinria 1996 Autorizaes Permanncia Decreto-Lei n. 34/2003, 25 Fevereiro Decreto Regulamentar n. 6/2004, 26 Abril Dispensa de Visto / Excepcional (artigos 88. e 89., n. 2) Lei n. 23/2007, 4 Julho

Prorrogao Permanncia (artigo 71.)

Decreto-Lei n. 4/2001, 10 Janeiro

Decreto-Lei n. 59/93, 3 Maro

Populao Estrangeira em Portugal (1980-2010) Evoluo da populao6 O crescimento sustentado dos estrangeiros residentes2010*443.055 451.742 436.020 401.612 332.137 274.631 263.322 249.995 238.929 223.997 207.587 191.143 178.137 175.263 172.912 168.316 157.073 136.932 123.612 113.978 107.767 101.011 94.694 89.778 86.982 79.594 73.365 67.484 58.674 54.414 50.750 126.901 32.661 93.391 183.833 183.655 174.558 5.741 55.391 46.637 2.207 2.449 4.257 28.383

Ano

em Portugal verificado na ltima dcada foi quebrado nos anos de referncia de 2005 e de 2010. Relativamente ao decrscimo do ano em apreo, este est associado ocorrncia simultnea de diversos factores, designadamente o aumento da atribuio de nacionalidade portuguesa (desde a ltima alterao lei da nacionalidade), a crise econmica e financeira que Portugal enfrenta (reduo do investimento e do emprego), bem como a alterao dos processos migratrios em alguns pases de origem (nomeadamente o Brasil e Angola).

2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 1984 1983 1982 1981 1980

Ttulos de Residncia Concesso e Prorrogao de AP's Prorrogao de Vistos de Longa Durao

0

50.000

100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 500.000

6 A anlise sobre a evoluo da comunidade estrangeira em Portugal deve atender quebra na srie de dados de 2008, decorrente da nova metodologia de obteno de dados, em particular no caso de abordagens temporalmente mais dilatadas que a do trinio 2008-2010.

18Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

POPULAO ESTRANGEIRA RESIDENTE

Distribuio geogrfica da populao estrangeira A distribuio territorial da populao estrangeira evidencia uma concentrao predominante na zona litoral do pas, com destaque para os distritos de Lisboa (189.220), Faro (71.818) e Setbal (47.935), coincidindo com as reas onde se concentra parte significativa da actividade econmica nacional. O somatrio da populao residente nestes trs distritos representa cerca de 69,39% do valor total do pas (308.973 cidados, face ao universo de 445.262), espelhando a assimetria na distribuio da populao estrangeira pelo territrio nacional. De salientar que o decrscimo de populao estrangeira verificado nestes trs distritos (-3,26%), face a 2009, superior ao decrscimo total (-1,97%). Para alm daqueles distritos, destacam-se ainda, por esta ordem, os distritos do Porto (27.112), Leiria (17.031), Santarm (14.460) e Aveiro (14.050).

Populao Estrangeira por Nacionalidade As nacionalidades de estrangeiros residentes mais representativas em Portugal so o Brasil (26,81%), Ucrnia (11,12%), Cabo VerdeOutros 21% Cabo Verde 10%So Tom e Prncipe 2%

Principais Nacionalidades StockBrasil 27% Ucrnia 11%

(9,88%), Romnia (8,27%) e Angola (5,28%). A Guin-Bissau (4,45%), Reino Unido (3,86%), China (3,53%), Moldvia (3,51%) e So Tom e Prncipe (2,36%) constituem igualmente comunidades de dimenso assinalvel a residir em territrio nacional. Este grupo de dez nacionalidades totaliza 79,78% da populao estrangeira com permanncia regular em Portugal (362.343 indivduos).

Rom nia 8% Angola 5%

Moldvia 4%

China 4%

Reino Unido 4%

Guin Bissau 4%

19Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Em 2010 no se verificam alteraes nas dez principais nacionalidades, face ao ano precedente. No entanto, em termos de posies relativas, a Moldvia (-24,71%) foi ultrapassada pelo Reino Unido (+5,03%) e China (+9,05%).UCRNIA BRASIL PAS

Principais Nacionalidades StockTTULOS DE RESIDNCIA 119.195 52.401 66.794 49.487 27.154 22.333 43.510 20.574 22.936 36.830 20.924 15.906 23.233 11.364 11.869 19.304 11.393 7.911 17.196 8.869 8.327 15.600 8.129 7.471 15.632 8.306 7.326 10.175 4.632 5.543 PRORROGAO DE VLDs 168 77 91 18 11 7 469 199 270 261 170 91 513 243 270 99 32 67 9 4 5 320 119 201

SEXO HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M

TOTAL 119.363 52.478 66.885 49.505 27.165 22.340 43.979 20.773 23.206 36.830 20.924 15.906 23.494 11.534 11.960 19.817 11.636 8.181 17.196 8.869 8.327 15.699 8.161 7.538 15.641 8.310 7.331 10.495 4.751 5.744

O Brasil representa actualmente cerca de 26,81% da comunidade estrangeira residente em Portugal, totalizando 119.363 indivduos (116.220 em 2009). Com um aumento de 2,70% face ao ano anterior, subsiste a tendncia de crescimento desta comunidade em territrio nacional, fenmeno que ocorre desde o incio do presente sculo.REINO UNIDO GUIN-BISSAU ANGOLA CABO VERDE

ROMNIA

A Ucrnia mantm-se como a segunda comunidade estrangeira mais representativa em Portugal (11,12%), cifrando-se em 49.505 o nmero de nacionais daquela origem a residir no pas (52.293 cidados em 2009). Desta forma, a tendncia de decrscimo desta

CHINA

MOLDVIA

SO TOM E PRNCIPE

nacionalidade, verificada no binio anterior, acentuada no presente ano (-5,33%). A terceira comunidade mais expressiva a oriunda de Cabo Verde, com 43.979 cidados residentes (48.845 em 2009), significando 9,88% da populao estrangeira em Portugal. A representatividade desta nacionalidade tem vindo a decrescer nos ltimos anos, tendncia confirmada no ano em referncia (-9,96%).

A Romnia manteve, em 2010, a tendncia crescente observada nos ltimos anos (+13,47%), atingindo os 36.830 residentes (32.457 em 2009), consolidando-se como a nacionalidade de um Estado Membro da Unio Europeia com maior nmero de residentes em territrio nacional e a quarta principal comunidade estrangeira (8,27%) em Portugal.

Angola mantm a quinta posio (5,28%), com 23.494 residentes (26.557 em 2009), evidenciando um decrscimo face ao ano transacto (-11,53%).

A Guin-Bissau assume-se como a sexta comunidade (4,45%), com 19.817 cidados (22.945 em 2009), registando um decrscimo (-13,63%).

De assinalar que o efectivo das comunidades originrias dos PALOP tem vindo a decrescer, de forma consistente, nos ltimos anos.

20Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

POPULAO ESTRANGEIRA RESIDENTEPopulao estrangeira por gnero A estrutura da populao estrangeira em Portugal por gnero apresenta uma configurao prxima da paridade. Historicamente, e nos ltimos anos a imigrao masculina tem assinalado ndices superiores feminina, apesar desta tendncia ter sido gradualmente atenuada, por via do reagrupamento familiar. No ano em apreo verifica-se uma reduo do efectivo masculino (-3,77%), face ao ano anterior. Assim, a diferena percentual entre225.564; 51% 219.698; 49%

Populao estrangeira por gnero

ambos os gneros ficou reduzida a 2%, sendo o sexo masculino superior ao feminino. Populao estrangeira por gnero/origem

A desagregao por gnero relativamente distribuio por grandes zonas geogrficas de origem, revela que a predominncia do gnero masculino se mantm para todos os continentes, com excepo do continente americano, onde se regista uma supremacia do sexo feminino, nomeadamente oriundo da Amrica do Sul. No entanto, a reduo do efectivo masculino de nacionais de pases da

UE Outros da Europa frica Am rica sia Ocenia Aptrida / Desconhecido 18709 128 127 320

55629 39220 55282 56564 12543 34467

47595

53389 71553

Homens Mulheres

2420000 40000 60000 80000 100000 120000 140000

Europa extra UE e de frica contribuiu decisivamente para a aproximao paridade de ambos os gneros.

De salientar que os PALOP, com excepo da Guin-Bissau, registam alguma predominncia do gnero feminino, o que poder encontrar razes no acesso nacionalidade portuguesa da populao masculina que integrou os primeiros fluxos imigratrios.

Populao estrangeira por grupo etrioHomens Mulheres

A populao estrangeira residente em idade activa ascende a 85,47% (populao estrangeira com idades compreendidas entre 15 a 64 anos). Outro aspecto relevante na estrutura populacional prende-se com a percentagem de jovens (entre os 0 e 14 anos), que totaliza 10,21% da populao estrangeira, associada a um ndice de potencialidade de 119,43%, aspecto a considerar na perspectiva do crescimento demogrfico.740 30 20 10 0 10 20 30 40 Milhares

> 65 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4

7

Relao de populao feminina em perodo frtil.

21Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Para melhor leitura, foram constitudos grandes grupos etrios: 0 - 19 anos, 20 39 anos, 40 64 anos e mais de 65 anos. Assim, a populao potencialmente activa tem maioritariamente idades compreendidas entre os 20 e 39 anos (47,83% da populao estrangeira). De notar que a populao estrangeira

Populao Estrangeira Residente (Grandes Grupos Etrios)POPULAO ESTRANGEIRA EM TERRITRIO NACIONAL POR GRANDES GRUPOS ETRIOS

GRUPO ETRIO SEXO 0 - 19 HM 72.710 37.573 35.137 20 - 39 212.971 104.518 108.453 40 - 64 141.275 74.445 66.830 65 e mais 18.306 9.028 9.278 445.262 225.564 219.698 TOTAL

TOTAL

H M

masculina activa (74.445), face ao gnero feminino (66.830), superior no grupo etrio dos 40 aos 64 anos, o que exprime a composio dos primeiros fluxos migratrios para Portugal.

Fluxo Imigratrio8 em 2010 Em 2010 foram registadas 50.747 emisses de primeiros ttulos de residncia. Este valor representa uma quebra de 17,41% na emisso de novos primeiros ttulos face ao ano de 2009 (61.445). No ano em anlise, a concesso de autorizaes de residncia, ao abrigo dos regimes previstos na Lei de Estrangeiros, foram referentes ao reagrupamento familiar (11.595), ao exerccio de actividade profissional (10.323) e a estudo (5.250). A emisso de certificados e cartes de residncia a cidados da Unio Europeia e seus familiares (Lei n. 37/2006, de 9 de Agosto) atingiu um total de 22.178 ttulos emitidos (16.137 a nacionais de estados europeus, 2.533 a estrangeiros oriundos de frica, 2.921 da Amrica e 661 da sia).

As atribuies de primeiros ttulos de residncia foram mais representativas nos casos do Brasil (16.165), Romnia (6.047), Cabo Verde (4.223), Ucrnia (2.057), Reino Unido (1.763), Espanha (1.664) China (1.653), Guin-Bissau (1.567), Bulgria (1.367) e Angola (1.317).

Emisso de Ttulos de Residncia - Principais Nacionalidades

Brasil 33% Outros 25%

Relativamente s dez nacionalidades mais representativas de 2010 para efeitos de emisso de primeiro ttulo, face ao ano precedente, h a assinalar que a Moldvia deixou de estar includa neste grupo de nacionalidades (1.152), lugar que foi ocupado pela Espanha (1.664).

Angola 3% Bulgria 3% Guin Bissau 3% China 3% Espanha 3% Reino Unido 3%

Romnia 12% Cabo Verde 8% Ucrnia 4%

8

Emisso de primeiros ttulos de residncia dados provisrios

22Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

POPULAO ESTRANGEIRA RESIDENTE

H ainda a destacar que, no ano em anlise, estas nacionalidades coincidem com as dez nacionalidades mais representativas do stock de residentes, com excepo de Espanha (que no stock substituda por So Tom e Prncipe). Verifica-se ainda que os fluxos de entrada das cinco principais nacionalidades seguem a representatividade identificada no ano transacto. A emisso de novos ttulos a nacionais dos pases mais representativos decresceu em 2010, excepto nos casos de Espanha (+13,58%) e da Guin-Bissau (+5,52%).

Quanto desagregao por gnero, verifica-se o predomnio de ttulos emitidos a cidados do sexo feminino (26.083), designadamente nos casos do Brasil (9.245), Cabo Verde (2.250), Ucrnia (1.197), China (859), Moldvia (640) e Angola (705). Das principais nacionalidades, regista-se uma preponderncia do sexo masculino na Romnia (3.415), Reino Unido (937), Espanha (896) e Guin-Bissau (811).

23Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

FRONTEIRAS

24Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

dos postos de fronteira externa nacionais9. No contexto da poltica migratria portuguesa, o SEF tem empreendido uma estratgia de reforo do controlo de fronteiras, em especial no que se refere utilizao das novas tecnologias, esforo reconhecido a nvel nacional, da Unio Europeia e internacional. No ano

on tei ras

O SEF a entidade nacional responsvel pelo controlo

e ord Co na

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o a ctu aa od

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pe sso as n

n cio era op

ula

Co ntr olo

gen a Portugal, em ambos os casos, com resultados amplamente positivos.

da

do controlo de fronteiras internas e a Avaliao Schen-

cir c

em anlise deve sublinhar-se a reposio excepcional

CONTROLO DE FRONTEIRAS

al e m i nte fro ras

A actuao do SEF no controlo de fronteiras privilegia quatro eixos fundamentais: qualificao, informao, tecnologia e cooperao. Para a presente abordagem, de realar o tratamento e anlise da informao obtida junto de diversas fontes, potenciando a eficcia do controlo de fronteiras, designadamente por via da anlise de risco de fronteiras. Neste contexto, tambm relevante o contributo da cooperao, desenvolvida a nvel interno, no quadro das relaes internacionais (da Unio Europeia, CPLP ou bilateral), com o contributo dos Oficiais de Ligao e de Imigrao e a actuao no mbito da Agncia Europeia FRONTEX. Por sua vez o suporte da tecnologia potencia a eficcia e a eficincia, na perspectiva da segurana interna e da celeridade do servio prestado aos beneficirios. A ttulo de exemplo, enunciam-se o sistema de controlo de fronteiras (PASSE) e a fronteira electrnica (RAPID). A coordenao da actuao operacional, atravs do Centro de Situao de Fronteiras (CSF), tem como principais instrumentos:

Anlise de risco.Actuao do SEF no Controlo de Fronteiras A interveno do SEF no domnio do controlo das fronteiras opera-se numa perspectiva integrada relativamente circulao de pessoas nas fronteiras, coordenao da actividade operacional nas fronteiras e anlise de risco.

De notar que esta actuao foi reconhecida como boa prtica no domnio do controlo de fronteiras, pela Avaliao Schengen a Portugal, no ano em anlise.

Coordenao da participao activa em operaes nacionais ou europeias de controlo de fronteira e represso da imigrao ilegal;

Recolha, tratamento e anlise de informao operacional; Produo de notas tcnicas e alertas referentes actividade de controlo de fronteira; Emisso de acreditaes e credenciaes.

9 Fronteiras externas, na acepo da Conveno de Aplicao do Acordo de Schengen (CAAS), entendem-se as fronteiras entre Estados Terceiros e Estados signatrios do Acordo. No caso portugus, apenas se verifica a existncias de fronteiras externas areas (nos aeroportos e relativamente aos voos que com provenincia ou destino em territrios dos Estados no vinculados CAAS) e martimas (portos martimos, exceptuando as ligaes no territrio portugus e as ligaes regulares de transbordo entre estados partes na CAAS).

25Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Na esfera de actuao do CSF importa salientar a participao na preparao e organizao da Cimeira NATO em Lisboa, no decurso da qual foi reposto temporariamente o controlo nas fronteiras internas nacionais, bem como a participao no dispositivo de segurana da visita Papal e do Presidente da China.

Assim, evidencia-se a emisso de 21 notas tcnicas e 76 alertas, o controlo de voos privados em aerdromo (487 voos, principalmente no aerdromo de Cascais), a emisso de 227 licenas especiais de embarque e a emisso de 15.314 acreditaes e credenciaes (13.559 no mbito do Sistema de Segurana Interna).

Notas Tcnicas: 21 Alertas: 76

Controlo Voos Privados: 487

Licenas Especiais de Embarque: 227 Acreditao e Credenciao: 15.314

Quanto vertente de anlise de risco, destaca-se o estudo prospectivo de fluxos migratrios realizado pela Unidade de Anlise de Risco. Esta unidade procedeu, tambm, preparao de relatrios quadrimestrais de prospeco da ameaa em fronteira, bem como, em conjunto com o CSF, preparao de alertas para modi operandi no trabalho operacional.

Os resultados do controlo da circulao de pessoas nas fronteiras so expressos por um conjunto de indicadores quantitativos, tais como o nmero de cidados controlados, recusas de entrada ou vistos concedidos.Cimeira OTAN 2010

A actuao do SEF no mbito da Cimeira OTAN visou a preveno da entrada de cidados ou grupos referenciados como habituais causadores de conflitos ou alteraes da ordem pblica ou comportamentos susceptveis de comprometer a segurana dos cidados nacionais e estrangeiros que acorreram a Portugal por ocasio daquele evento. Com fundamento na ameaa grave ordem pblica e segurana interna, atravs da Resoluo do Conselho de Ministros n. 86/2010, de 10 de Novembro, procedeu-se reposio do controlo das fronteiras internas, entre os dias 16 e 21 de Novembro, a ttulo excepcional, conforme o n. 1 do artigo 23. do Cdigo de Fronteiras Schengen. O SEF desenvolveu uma abordagem dual, ao nvel da actuao operacional e da credenciao de pessoas:

Na vertente de actuao operacional, procedeu-se ao planeamento e desenvolvimento de uma operao de carcter pluri-regional, envolvendo 450 elementos em cada um dos seis dias da Operao de Grande Impacto. Dela resultou o controlo de 229.385 pessoas nos postos de fronteira e postos de passagem autorizados; 291 recusas de entrada; 22 detenes e apreenso de material diverso (armas proibidas, propaganda anti-OTAN e estupefacientes); Em termos de credenciao, foram efectuados 10.851 procedimentos, com o empenho de sete efectivos.

Fronteiras Areas No mbito do controlo das fronteiras areas, em 2010 foram objecto de controlo 68.066 voos, valor que traduz um muito ligeiro decrscimo face68066

Voos sujeitos a controlo68633

aos voos controlados no ano precedente (-0,83%).Esta reduo observa-se tanto no movimento de chegadas (-1,02%) como no de partidas (-0,63%).TOTAL

34095

33971

34448

34185

Chegadas 2010

Partidas

TOTAL

Chegadas 2009

Partidas

26Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

FRONTEIRASMovimentos de voos nos aeroportos internacionais10PF001 C hegadas Partidas C hegadas Partidas C hegadas Partidas C hegadas Partidas C hegadas Partidas C hegadas Partidas C hegadas Partidas C hegadas Partidas 28 19 65 59 964 957 611 603 1853 1830 3134 3233 11989 11886 15451 15384

Os aeroportos de Lisboa (30.835 voos) e de Faro (23.875 voos) so os que mais se destacam, com 45,30% e 35,08% dos voos controlados, respectivamente. Seguem-se os aeroportos do Porto (6.367 voos) e Funchal (3.683 voos), representando 9,35% e 5,41% respectivamente. Esta representatividade consistente com os valores registados nos ltimos anos.

Deve ainda assinalar-se a diferena entre Lisboa e Faro, em termos de provenincia e destino dos voos controlados. Em Lisboa o controlo distribui-se, de forma equilibrada, entre grandes reas de provenincia e de destino, nomeadamente Unio Europeia no Schengen (11.438), outros destinos europeus (1.580), frica (8.254), Amrica do Sul (6.788) e Amrica do Norte (2.775). J em Faro, cerca de 95% dos controlos reportam-se a voos de e para a Europa no Schengen (22.754). No que respeita a passageiros controlados11, verificou-se um ligeiro acrscimo (+1,54%) face ao ano anterior, totalizando 9.059.580 pessoas. Deste universo, 5.539.481 passageiros tinham nacionalidade de Estados Membros da UE no signatrios do Acordo de Schengen (61,1%), sendo 3.520.099 nacionais de pases terceiros (39,9%). ANO2010 2009

PF008

PF007 PF006

PF005 PF004

PF003 PF002

LISBOA(PF001)

FARO(PF002)

PORTO(PF003)

MADEIRA(PF004 e PF008)

AORES(PF005, PF006, PF007)

TOTAL9 059 580 8 922 432

4 366 817 4 065 792

3 343 478 3 450 152

781 840 767 823

455 865 478 502

111 580 160 163

Em termos de controlo documental e electrnico (com recurso ao RAPID e PASSE), foram controlados 4.948.451 passageiros, representando 54,62% do total de passageiros controlados. De salientar que o controlo documental electrnico tem permitido aumentar a qualidade do controlo de fronteiras e obter ganhos de produtividade e de tempos de espera muito expressivos para a boa gesto do trfego aeroporturio. Controlo documental e electrnico (RAPID e PASSE)Outr os Itli a Fr ana Espanha Angol a 66. 332 71. 987 93. 428 118. 810 121. 207 251. 238 266. 104 743. 457 972. 151 1. 652. 517 4. 948. 451 591. 220

O facto de as principais nacionalidades controladas documental e electronicamente serem da Unio Europeia devese, sobretudo, utilizao do RAPID para efeitos de passagem na fronteira aquando do controlo de voos externos.

Canad Estados Uni dos Ir landa Br asi l Por tugal Rei no Uni do TOTAL

10

PF 001 Aeroporto de Lisboa; PF 002 Aeroporto de Faro; PF 003 Aeroporto do Porto; PF 004 Aeroporto do Funchal; PF005 Aeroporto das Lajes; PF 006 Aeroporto de Santa Maria; PF 007 Aeroporto de Ponta Delgada; PF 008 Aeroporto de Porto Santo 11 Dados ANA Aeroportos de Portugal.

27Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Fronteiras Martimas No que respeita ao controlo de fronteiras martimas,PF201

Embarcaes/Navios Controlados124515 3322 1464 826 2587 1083 912 1199 1551 1106 4351 3542 3158 18 109 552 548 865 285 2249 164

em 2010 registou-se um acrscimo sustentado do nmero de embarcaes controladas, face ao ano anterior, ascendendo a 34.502 os navios objecto de controlo (+2,33% face a 2009).

PF202 PF203 PF204 PF205 PF206 PF207 PF208 PF209

Por posto de fronteira, evidenciam-se os portos/ marinas de Lisboa (4.515 embarcaes) e Vilamoura (4.351), tendo ambos os portos registado um crescimento assinalvel do nmero de embarcaes controladas (+46,02% e +9,38%, respectivamente). Os portos/marinas de Portimo (3.542), Leixes (3.322) e Lagos (3.158) so tambm de destacar em termos de embarcaes controladas. Quanto ao tipo de embarcaes, sobressaem as de recreio (64,05%), seguidas das comerciais

PF211 PF214 PF215 PF216 PF217 PF218 PF220 PF222 PF223 PF224 PF227 PF228

Tipo de Embarcaes/Navios Controlados22037

(32,40%). Para tal distribuio contribui o facto de a totalidade de embarcaes controladas nas marinas de Vilamoura, Portimo, Lagos e Cascais (2.249) serem de recreio. J os portos de Lisboa, Leixes, Sines e Setbal concorrem para a relevncia do controlo navios comerciais. As embarcaes de recreio (22.037) assumem-se como a tipologia mais expressiva, seguida dos navios comerciais (11.149) e de cruzeiros (900).Cruzeiro141

179 900

11149

Comerc iais

Pesc a

Recreio

Outros

O crescimento sustentado do controlo de embarcaes nos postos de fronteira martima reflecte-se na tendncia de crescimento do nmero de pessoas controladas, que totalizaram 1.727.418 pessoas (+6,15%), repartidas por 1.157.281 passageiros (+7,88%) e 570.137 tripulantes (+2,81%).8536 4321

Origem de Passageiros Controlados394531

As principais origens dos passageiros controlados em fronteiras martimas so a Unio Europeia (394.531) e o continente americano (149.631).U.E. 149631 15677 Outros Europeus fric a Amric as sia e Oceania

12 PF 201 - Porto de Lisboa; PF 202 - Porto de Leixes; PF 203 - Porto de Setbal; PF 204 - Porto de Viana do Castelo; PF 205 Porto de Sines; PF 206 - Porto da Figueira da Foz; PF 207 Porto de Aveiro; PF 208 - Porto do Funchal; PF 209 - Porto de Ponta Delgada; PF 211 - Porto da Horta; PF 214 - Marina de Vilamoura; PF 215 Marina de Portimo; PF 216 - Marina de Lagos; PF 217 Porto de Olho; PF 218 Porto de Peniche; PF 220 - Porto da Nazar; PF 222 Porto de Pvoa do Varzim; PF 223 - Porto de Porto Santo; PF 224 - Porto de Angra do Herosmo; PF 227 Marina de Cascais; PF 228 Porto de Sesimbra.

28Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

FRONTEIRASOrigem de Tripulantes Controlados34386

Tipo de Movimento de Fronteira1017958 906199

51226 307209546660 527284

1262968249 78996 11458 2010 2009 2010 14728 2009 2010 2009 71074 87523 12074 2010 12561 2009 2010 2009 2010 2009

60254

Passageiros

Tripulantes

Passageiros

Tripulantes

Passageiros

Tripulantes

U.E.

Outros Europeus

frica

Amricas

sia e Oc eania

DESEMBARQUES

EMBARQUES

ESC ALAS

Relativamente aos tripulantes, as principais origens so os continentes asitico (307.209) e americano (60.254).

Quanto natureza de movimento de fronteira, regista-se uma tendncia para o aumento do nmero de escalas (+12,33%), representando 90,58% do total de movimentos de pessoas alvo de controlo de fronteiras martimas. Vistos concedidos em Postos de Fronteira Em termos de resultados da actividade de controlo fronteirio, evidencia-se o crescimento sustentado do nmero vistos concedidos em postos de fronteira. Em 2010 foram concedidos, a ttulo excepcional, 12.052 vistos (+7,40%). Neste contexto, deve assinalar-se a entrada em vigor do novo Cdigo Europeu de Vistos13, a 5 de Abril de 2010. O facto de este Cdigo ter eliminado a tipologia de vistos de trnsito, integrando-os na tipologia de vistos de curta durao, relevante para a anlise dos dados em apreo, concorrendo para explicar o acrscimo do nmero de vistos emitidos na fronteira, face aos anos precedentes. Refira-se ainda que nos postos de fronteira martimos que emitido o maior nmero de vistos na fronteira, consequncia das tripulaes serem, geralmente, constitudas por nacionais de pases terceiros. No entanto, o posto de fronteira do aeroporto de Lisboa o principal emissor de vistos na fronteira, secundado pelos quatro principais portos martimos (Lisboa, Leixes, Sines e Setbal). Recusas de Entrada As recusas de entrada em Portugal a estrangeiros4196Visto Especial (Art 49) Visto de Trnsito 3007 104 89 137 Visto de Curta Durao

Vistos Concedidos nos Postos de Fronteira1189 1767 8908 6894 9366

2008 2009 2010

Recusas de Entrada - Evoluo4335 4146

que no reuniam as condies legais de admisso ascenderam a 2.068 (-19,34% face a 2009). Estes valores confirmam uma tendncia decrescente a este nvel que se regista desde 2004.2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2474 2637 3700 3590

3963 3598

2564

2062

2007

2008

2009

2010

13

Regulamento (CE) n. 810/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009, que estabelece o Cdigo Comunitrio de Vistos

29Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

A reduo consistente do nmero de recusas de entrada dever-se- a um conjunto de factores, nomeadamente a alterao das dinmicas econmicas e migratrias, o combate fraude documental e a generalizao de documentos com elementos biomtricos, a actuao junto dos pases de origem, nomeadamente atravs dos oficiais de ligao de imigrao. A quase totalidade das recusas de entrada em territrio nacional ocorreu em postos de fronteira area, ascendendo a 2.054 casos (99,32% do valor global). Por posto de fronteira, a esmagadora maioria de recusas de entrada ocorreu no Aeroporto de Lisboa (1.899), em resultado do elevado nmero de ligaes areas internacionais (pases terceiros) que tm esta cidade como destino. Recusas de Entrada por Posto de Fronteira2432

Recusas de entrada por nacionalidade

2010 20092062

1899

1340

7 PF 001

10

146

113

1

3

2

5

7

1Total Brasil

100 Angola

97 Guin Bissau

82 Senegal

61 Venezuela

PF 002

PF 003

Outros PF's Areos

PF 201

Outros PF's Martimos

Cerca de 65% das recusas de entrada em territrio nacional incidem sobre cidados nacionais do Brasil (1.340), mormente no Aeroporto de Lisboa, tendo por fundamento predominante a ausncia de visto adequado finalidade da estada. De forma muito distanciada, seguem-se os nacionais de Angola (100), GuinBissau (97), Senegal (82) e Venezuela (61).C digo (03)

Recusas de entrada por fundamentos1416 36 47 172 C digo (04) 93 86 129 608 C digo (06) 2 5 2 676 C digo (08) 199 C digo (09) 230 197 188 48 59 64 6 5 1 12 4 3 340 496 851 1431 723 954 C digo (07) 258 283

2010 2009 2008

C digo (05)

Os principais fundamentos da recusa de entrada em Portugal foram a ausncia de motivos que justificassem a entrada (680), a ausncia de visto adequado ou visto caducado (609) e a existncia de indicaes para efeitos de no admisso no Espao Schengen (231). Recusas de entrada por nacionalidade e fundamentos14475 456

C digo (10)

C digo (11)

C digo (15)

C digo (16)

Por nacionalidade, a recusa de entrada a cidados brasileiros tem como principal fundamento a ausncia de visto adequada finalidade da estada (475), seguido pela no comprovao do objectivo e das condies da estada (456). De notar ainda que parte assinalvel das recusas de entrada a cidados guineenses tem por

Cdigo Cdigo Cdigo Cdigo Cdigo Cdigo18 8 16 1

(04) (05) (06) (08) (09) (10)

52 9 15 2 15 32 10 1 27 27 7 2 1 8 35 11 18 9 1 3 1 7 31 5 12

fundamento a utilizao de documentos fraudulentos (59 das 97 recusas de entrada).

Brasil

Angola

Guin Bissau

Senegal

Venezuela

14

Fundamentos de Recusa de Entrada: Cod. 03 Ausncia Doc. Viagem ou Doc. Caducado; Cod. 04 Doc. Falso ou falsificado; Cod. 05 Utiliz. Doc. Alheio; Cod. 06 Ausncia visto ou visto caducado; Cod. 07 Visto falso ou falsificado; Cod. 08 Ausncia motivos que justifiquem entrada; Cod. 09 Ausncia de meios de subsistncia; Cod. 10 Indicaes para efeitos de No-Admisso no espao Schengen; Cod. 11 Estrangeiros menores desacompanhados; Cod. 15 Cumprimento de Medida Cautelar; Cod. 16 Outros

30Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

FRONTEIRAS

Analiticamente, a presso migratria exercida pelas trs principais nacionalidades na fronteira externa portuguesa (Brasil, Guin-Bissau e Angola) tem como principais factores explicativos as relaes histrico-culturais, a lngua comum e as significativas comunidades nacionais estabelecidas em Portugal. Sem prejuzo da ponderao de outros factores relevantes, a anlise dos supra referidos valores no deve ignorar o contexto do regime de iseno de vistos para turismo ou negcios aplicvel aos nacionais do Brasil, contrariamente ao que sucede com Angola e Guin-Bissau. As recusas de entrada a nacionais do Senegal e da Venezuela estaro predominantemente associadas a fluxos migratrios destes pases para outros Estados Membros da Unio Europeia, nomeada e respectivamente Frana e Espanha.

Medidas tcnicas e administrativas no Controlo de FronteirasNo que se refere a medidas adoptadas em 2010 na rea do controlo de fronteiras, sobressai a consolidao do programa de aplicao das novas tecnologias, tendo como principais destaques:

Instalao do sistema PASSE nos postos de fronteira martima externa do Funchal e Sines; Incio da utilizao do Mobile PASSE15 (M-PASSE), para controlo a bordo de embarcaes, bem como em operaes mveis no terreno e ainda em fronteiras areas em aces fora das linhas de controlo;

Concluso do processo de instalao do sistema RAPID em todas as fronteiras areas nacionais, com a implementao do sistema no aeroporto de Porto Santo. Por outro lado, o sistema foi actualizado e procedeu-se a um segundo estudo de campo, com a durao de dois meses, nos aeroportos internacionais de Lisboa e Faro, com o objectivo de testar o novo software;

Implementao, em fase piloto, do sistema Advanced Passenger Information System (APIS), envolvendo trscompanhias transportadoras (TAP, BA e SATA), permitindo a consulta dos dados dos passageiros no sistema PASSE e precedendo a sua chegada.

Outros eventos relevantes para a actividade de Controlo de FronteirasNos termos do artigo 2., n. 2, da Conveno de Aplicao do Acordo de Schengen, em 2010 Portugal procedeu reposio excepcional dos controlos nas fronteiras internas nacionais, por ocasio da Cimeira da NATO em Lisboa (19 e 20 de Novembro de 2010). Esta reposio foi relevante para a avaliao da capacidade de resposta dos servios e foras de segurana nacionais e da interoperabilidade dos sistemas tecnolgicos de apoio ao controlo de fronteiras e da permanncia de estrangeiros em territrio nacional, bem como no que se prende com a cooperao luso-espanhola.

Na vertente fronteiras externas, a Avaliao Schengen a Portugal, realizada em 2010, indicou um conjunto de resultados globalmente muito positivos no que refere ao cumprimento dos principais procedimentos e recomendaes do Catlogo Schengen. Efectivamente, foram enunciadas diversas boas prticas no domnio do controlo de fronteiras (anlise de risco, cooperao internacional com os pases vizinhos, a rede de Oficiais de Ligao e a participao activa na FRONTEX, estrutura centralizada e clara do SEF, abertura e flexibilidade na implementao de novas tecnologias) e o profissionalismo e motivao dos colaboradores do SEF.15

Este equipamento assenta no sistema SMILE (Sistema Mvel de Suporte ao Controlo Documental e Recolha de Dados Biomtricos), que permite a leitura de documentos para controlo de fronteiras e suporte s aces de fiscalizao em territrio nacional.

31Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

CONTROLO DA PERMANNCIA

32Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

A actuao do SEF em territrio nacional, aqui abordada, engloba o controlo e fiscalizao da permanncia e actividades de cidados estrangeiros em territrio nacional. A actuao fiscalizadora incidiu nos vrios ramos de Fiscalizao No mbito da actividade de controlo da permanncia, em 2010 as Direces Regionais do SEF actividade econmica, tendo tambm por referncia o conhecimento de indcios de prtica criminal envolvendo estrangeiros.

empreenderam 9 615 aces de fiscalizao; 6 786 de forma autnoma e 2 829 em colaborao com outras foras e servios de segurana (figura 6), nomeadamente a GNR, PSP, PM, PJ, ASAE, DGAIEC, ACT, Segurana Social, Cuerpo Nacional de Policia e Guardia Civil. Este resultado expressa um acrscimo de 5,16% do nmero de aces de fiscalizao face ao ano transacto, sustentado no crescimento da actuao autnoma (+3,29%) e em colaborao com outras foras e servios de segurana Por outro lado, foi privilegiada a deteco de situaes de trabalho ilegal, bem como a anlise cuidada a pedidos de concesso de ttulos de residncia com indcios de utilizao de meios de prova fraudulentos (relaes laborais, casamentos, permanncia em Portugal). Deste modo, foi possvel detectar ilcitos criminais relativos a falsificao de documentos (nomeadamente contratos de trabalho), casamentos de convenincia e auxlio imigrao ilegal.

(+9,95%).

ACES DE FISCALIZAO TOTAL GERAL AUTNOMAS CONJUNTAS

DR NORTE 1.841 1.493 348

DR CENTRO 2.917 2.175 742

DRLVTA 2.402 1.452 950

DR ALGARVE 1.995 1.287 708

DR MADEIRA 116 106 10

DR AORES 344 273 71

TOTAL 2010 9.615 6.786 2.829

TOTAL 2009 9.143 6.570 2.573

A Direco Regional do Centro constitui-se como a unidade orgnica com maior volume de aces de fiscalizao empreendidas (2.917), sendo determinante para este resultado o nmero de aces em controlos mveis efectuadas no CCPA de Vilar Formoso (1.821), principal ponto de entrada terrestre no pas.

Neste contexto, evidenciam-se as aces de fiscalizao em controlos mveis (2.852). ainda de realar a actuao fiscalizadora no mbito da instruo de procedimentos administrativos da vertente documental do SEF (1.842), bem como a estabelecimentos de restaurao (1.585), a terminais de transportes (1.036) e a estabelecimentos de diverso nocturna (412).

Aces de Fiscalizao por rea de actividade2852

1842 1827 1585 1284 1103 933 831 1568

1227 1036

358 175 167 8 Total Total Conjuntas Autnomas Autnomas 240 195 45 Conjuntas 85 Total 60 Autnomas 25 Total Total 205

412 257 155 285 107 Total Conjuntas 178 15 Total Total Conjuntas Conjuntas Conjuntas Total Autnomas Autnomas Autnomas Outras Conjuntas 170

Conjuntas

Conjuntas

Autnomas

Autnomas

Conjuntas

Total

Autnomas

Estabelecimentos Hoteleiros

Estaleiros

Actividade Agrcola

Terminais de Transportes

Estabelecimentos Estabelecimentos de restaurao de diverso nocturna

Via Pblica

Autnomas

Controlos Mveis

Diligncias solicitadas pela rea Documental

33Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Como resultados destas aces de fiscalizao, foram identificados 247.529 cidados, 3.847 dos quais nacionais de pases terceiros emPRINCIPAIS NACIONALIDADES

Estrangeiros identificadosIDENTIFICADOS TOTAL Brasil Cabo-verde Guin-Bissau China Ucrnia Angola 48.551 13.813 2.239 1.515 2.675 3.717 1.392 EM SITUAO ILEGAL 3.860 2.200 224 179 169 163 130 PERCENTAGEM DE ILEGAIS 8,0% 15,9% 10,0% 11,8% 6,3% 4,4% 9,3%

situao irregular. De evidenciar que a maior parte dos cidados identificados ocorreu em aces de fiscalizao no mbito de controlos mveis (160.251) e a terminais de transporte (35.873).

Operaes de carcter pluri-regional Operaes de Grande Impacto Dando continuidade a um modo de actuao operacional com uma abrangncia pluri-regional, iniciado em 2009, com resultados significativos no combate criminalidade associada aos fenmenos migratrio, em 2010 foram empreendidas 15 Operaes de Grande Impacto (OGI), de acordo com uma actuao estruturada e focalizada em determinados objectivos estratgicos.

Operaes de Grande Impacto 2010Raiana I (Fevereiro) Europa (Fevereiro) Raiana II (Fevereiro) Alto Impacto 2010 1 fase (Maro) Castelo (Maro) Alcatra (Maro) Alta Competio (Maro) Privado (Abril) Pastor (Maio) Alto Impacto 2010 2 fase (Maio) SEF24 (Junho) Hermes 2. Fase (Outubro) Camilo (Outubro) CimNATO (Novembro) Royal (Dezembro)

Aces de fiscalizao 1 093

Identificados 269 399 Detectados em situao irregular 534 Detenes por permanncia irregular 111 Notificaes de Abandono voluntrio 201 Notificaes de comparncia 222

Autos de contra-ordenaes instaurados: 154 (Por emprego de mo-de-obra ilegal: 108)

Detenes de mbito criminal: 46 (fraude documental: 27; posse de estupefacientes: 8).

Deve ainda notar-se que o teste operacional do Projecto SMILE (Sistema Mvel de Identificao Local de Estrangeiros) foi realizado no mbito da OGI Raiana II. Em fase de testes operacionais, esta nova ferramenta tecnolgica permite, de forma clere, a leitura de documentos em aces de controlo de fronteiras, fiscalizao e investigao. Este equipamento valida a informao contida nos documentos, atravs do acesso imediato s bases de dados relevantes (SEF, Schengen, Interpol) e recolhe dados biomtricos e informao sobre a situao documental do estrangeiro, bem como eventuais medidas administrativas ou judiciais que sobre ele impendam. Por outro lado, este equipamento procede verificao dos elementos de segurana dos documentos, minimizando o risco de fraude documental. Afastamentos O cidado estrangeiro que tenha entrado ou permanea em territrio portugus de forma irregular pode ser alvo de notificao para abandono voluntrio do pas ou de processo de expulso administrativa. No mbito do processo administrativo de afastamento, o estrangeiro em situao irregular pode ser conduzido fronteira, para abandono do pas, caso manifeste tal inteno. A expulso pode ainda constituir uma pena acessria pela prtica de um crime, detendo, neste caso, natureza judicial. Neste contexto releva ainda a figura da readmisso, quando, nos termos das convenes internacionais, um estrangeiro seja encontrado irregularmente num Estado, vindo directamente de outro.

34Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

CONTROLO DA PERMANNCIANotificaes para Abandono Voluntrio (NAV) No domnio do controlo de estrangeiros, em 2010, foram registadas 7.425 notificaes para abandono voluntrio na sequncia de aces de fiscalizao, o que representa um ligeiro acrscimo face ao ano anterior (7,17%) e em consonncia com a tendncia crescente e sustentada verificada desde 2007.2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20102909 2007 4874 6155

Notificaes para Abandono Voluntrio evoluo8076 7.425 6816 6928

Por nacionalidades, tal como nos anos transactos, o Brasil (4.116) destaca-se dos demais pases, perfazendo cerca de 55% do total de notificaes. Como nacionalidades mais representativas seguem-se4.116

NAVs - principais nacionalidades

Cabo Verde (599), Guin-Bissau (413), Ucrnia (362) e Angola (338). Face a 2009, verifica-se um crescimento do nmero de notificaes relativas a nacionais das cinco principais nacionalidades.Brasil Cabo Verde599 413 362 338 1.597

Guin Bissau

Ucrnia

Angola

Outros

Processos de expulso administrativa (PEA) Durante o ano de 2010 foram instaurados 2.729 processos de expulso administrativa, tendo sido proferidas 772 decises de expulso e 655 de arquivamento, totalizando a concluso de 1.427 procedimentos . Aquele valor expressa um acrscimo de 10,22%, face ao ano transacto e traduz um aumento sustentado do nmero de processos instaurados desde 2008. Como nacionalidades mais representativas evidenciam-se o Brasil (1.173), Cabo-Verde (374), Guin-Bissau (222), Angola (210), Ucrnia (115) e Marrocos (72), tal como sucedera no ano de 2009. Deste conjunto de pases, somente a Ucrnia viu reduzida a sua expresso, sendo de assinalar o crescimento da Guin-Bissau (+33,73%) e de CaboVerde (+27,65%).Brasil C abo-Verde Guin Bissau Angola Ucrnia 374 222 210 115 72 Marrocos 11731231 1382 2138 1948 2003 1965 2726 2659 2729 2536 2476

Processos de expulso administrativa evoluo

16

2000

2001

2002 2003 * 2004 *

2005

2006

2007

2008

2009

2010

PEAs por nacionalidade

16 Deve referir-se que a instruo e execuo de decises proferidas em processos de expulso administrativa em que existam medidas de coaco privativas da liberdade ou se verifiquem indcios de envolvimento em prticas criminais revestem natureza prioritria.

35Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Afastamentos Executados No ano em anlise foram afastados de territrio nacional 720 estrangeiros: 418 no mbito de expulses administrativas (art. 149. da Lei n. 23/2007, de 4 de Julho), 169 em sede procedimento de conduo fronteira (art. 147. da Lei n. 23/2007) e 133 em cumprimento de decises judiciais de pena acessria de expulso (art. 151. da Lei n. 23/2007).418

Afastamentos executados169

133

Conduo Fronteira

Judiciais

Administrativas

Afastamentos executados - evoluo Face a 2009, verifica-se um decrscimo dos afastamentos executados (-7,57%), que se fica a dever, essencialmente, reduo acentuada das penas acessrias de expulso (-20,36%), sendo que a expulso administrativa regista um decrscimo quase inexpressivo.259 91 94 60 99 414 459 420 253 162 183 204 167 120 213 167 133 397 204 319 221

Conduo Fronteira Judiciais Administrativas TOTAL784

919

785

779 720

553

571

715

514

396 327 452 423 189 418

169

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Readmisses A readmisso17 consiste no afastamento e devoluo ao Estado de onde provm directamente um cidado estrangeiro em situao irregular, no mbito de acordos celebrados para esse efeito.

Relativamente a readmisses, permanece a tendncia para o decrscimo da utilizao deste mecanismo de cooperao policial no domnio das migraes, nomeadamente quanto s readmisses passivas (em que Portugal o pas requerido). Em 2010, Portugal foi requerido em 368 readmisses passivas, das quais 220 foram solicitadas por Espanha e 148 por Frana. As readmisses activas totalizaram 204, das quais 194 foram solicitadas a Espanha, 6 a Frana e 4 a Marrocos. Relativamente ao ano de 2009, denota-se uma diminuio de 17,3% nas readmisses passivas (445) e de 11,69% no caso das readmisses Readmisses 2010 2009 2008 Total 572 676 1.026 Activas 204 231 427 Passivas 368 445 599

Readmisses passivas Em termos de nacionalidades mais representativas, na readmisso passiva destacam-se o Brasil (129), seguido de Cabo Verde (80), Guin-Bissau (25), Ucrnia (18) e Paquisto (14).25 18 14 80 129 111

Brasil

Cabo Verde

Guin Bissau

Ucrnia

Paquisto

Outros

17

Artigo 163. e seguintes da Lei n. 23/2007, de 4 de Julho.

36Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

CONTROLO DA PERMANNCIAReadmisses activas No caso das readmisses activas, para alm de o Brasil (69) permanecer como a principal nacionalidade, relevam ainda Marrocos (15), Nigria (14), China (12) e Guin-Bissau (11). Face ao ano anterior, assinala-se o crescimento do peso das readmisses de nacionais de Marrocos e o decrscimo de nacionais daBrasil 15 14 12 11 69 84

Marrocos

Nigria

China

Guin Bissau

Outros

De forma sinttica, dir-se- que os dados relativos s readmisses constituem um indicador sobre a composio dos fluxos migratrios irregulares com origem ou trnsito em Portugal (no caso das readmisses activas) e com origem noutros Estados da UE, designadamente Espanha e Frana (no caso das readmisses passivas). Regresso voluntrio Ao abrigo de um Protocolo celebrado com a Organizao Internacional para as Migraes (OIM), o Estado portugus apoia o retorno voluntrio aos pases de origem de cidados estrangeiros18, de forma sustentada e digna. Em 2010 beneficiaram do programa de apoio ao retorno voluntrio 559 cidados estrangeiros, valor que reflecte um aumento de 46,7% face ao ano precedente. Em termos de nacionalidades mais representativas, sobressai claramente o Brasil (452) e, distanciados, Angola (50), Cabo Verde (14), Ucrnia (12) e S. Tom e Principe (9). Embora o Programa tenha registado um crescimento muito significativo, a interpretao deste valor, no contexto da realidade migratria actual, merece algum cuidado, por se tratar de um universo de dimenso reduzida. Contra-ordenaes A lei de estrangeiros estabelece um conjunto de deveres cujo incumprimento sancionado por um elenco de contraordenaes, competindo ao SEF a aplicao das respectivas coimas. Neste contexto merece destaque o regime contra-ordenacional que sanciona o emprego ilegal de estrangeiros enquanto instrumento de combate a este fenmeno. De um total de 21.148 processos de contraordenao instaurados em 2010, valor que representa um decrscimo de 11,9% face ao ano transacto, 20.443 reportam-se ao quadro legal de estrangeiros (Lei n. 23/2007, de 4 de Julho) e 705 ao regime legal aplicvel aos cidados da Unio Europeia e seus familiares em territrio nacional (Lei n. 37/2006, de 9 de Agosto).2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 15781 13959 13273 19600 23994 19859 21148

Retorno Voluntrio OIM452

50 14 Brasil Angola Cabo Verde 12 Ucrnia 9 So Tom e Prncipe 22 Outros

Contra-ordenaes Instauradas Evoluo33353

18

Artigo 139. da Lei n. 23/2007, de 4 de Julho.

37Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Em termos evolutivos, aps um acrscimo acentuado de 2007 para 2008 (coincidente com a entrada em vigor da actual lei de estrangeiros ento publicada), assiste-se a um decrscimo do nmero de processos instaurados. No entanto, importa sublinhar o crescimento de contra-ordenaes instauradas a entidades empregadoras pelo exerccio de actividade profissional no autorizada de estrangeiros, facto indiciador do10422 8127

Contra-ordenaes instauradas por tipo

impacto positivo da actividade fiscalizadora do SEF. Se no perodo de 2008 (1.113) a 2009 (969) se verificou um decrscimo de 12,94%, os valores de 2010 (1.088) expressam um crescimento de 12,28% face ao ano precedente. Das entidades patronais constitudas arguidas nos processos de contra-ordenao, por nacionalidade, relevam a portuguesa (805), a brasileira (171), a chinesa (45) e a indiana (10).

1088

1511

Permanncia Ilegal

Falta de Declarao de Entrada

Trabalho Ilegal

Outros

No que respeita ao excesso de permanncia19, de um total de 8.127 processos instaurados, salienta-se o decrscimo acentuado de nacionais do Brasil (4.884 em 2010 face a 8.232 em 2009). Em termos de relevncia, sobressaem ainda os nacionais da Ucrnia (699), Cabo Verde (600), China (325) e Angola (293). Relativamente falta de declarao da entrada20 por passagem em fronteira no sujeita a controlo, de um total de 1.511 processos instaurados, realam-se os nacionais do Brasil (558), Ucrnia (268), China (131), Turquia (38) e Moldvia (36). Finalmente, o total de processos de contra-ordenao instaurados por emprego de estrangeiros no habilitados21 ascendeu a 969. Saliente-se que a grande maioria das entidades patronais eram de nacionalidade portuguesa (756), seguindo-se as entidades de nacionalidade brasileira (117), chinesa (43) e polaca (9). Medidas Cautelares As medidas cautelares relativas a pessoas detectadas reportam-se informao constante nas aplicaes informticas disponveis no Sistema Integrado de Informaes do Servio de Estrangeiros e Fronteiras (SII/SEF) e respeitam a indivduos procurados e/ou referenciados quer por unidades orgnicas do SEF, quer por entidades externas ao SEF (autoridades judicirias e rgos de polcia criminal). Deteco de Medidas Cautelares Em 2010 foram detectadas 1.531 medidas cautelares, valor muito similar ao ano transacto (1.524). Por tipo de medida, sobressai o pedido de paradeiro no mbito do processo administrativo de expulso2280 72 54 1 MC PP PJ PE PN NA DC DS IE IS CP VD 70 19 253 231 303 346

(346), o pedido de paradeiro de autoridade policial (303) e o mandado de captura (253).

59

4 AD

2 AS

1 EE OP

2 MD

2 AM

19 20

Artigo 192. da Lei n. 23/2007, de 4 de Julho. Artigo 197. da Lei n. 23/2007, de 4 de Julho. 21 Artigo 198., n. 2, da Lei n. 23/2007, de 4 de Julho. 22 Paradeiro para Efeito de Expulso Artigo 141. n. 1, 148 e 161 da Lei n. 23/2007, de 4 de Julho.

38Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

CONTROLO DA PERMANNCIAMedidas Cautelares23 Verificando-se uma estabilizao dos valores de medidas cautelares detectadas desde 2008, evidencia-se, no entanto o ligeiro acrscimo de pedidos de paradeiro (+3,6%). O elevado acrscimo da descoberta de indicaes de no admisso em territrio nacional (+145,5%) reflectir, tambm, o facto de aquela medida ter sido implementada em 2009.Pedidos Paradeiro Mandados Captura Interdio de Entrada Interdio de Sada No Admissvel Outras TOTAL

2009938 316 114 52 22 82 1.524

2010972 266 72 67 54 100 1.531

Medidas Cautelares por Local de Deteco Quanto s reas de actuao onde as medidas foram detectadas, predomina a actividade de fiscalizao das Direces Regionais, Controlo de Fronteira e CCPAs. De sublinhar a expressividade da deteco de medidas cautelares nos cinco CCPAs existentes, indicador da relevncia deste tipo de unidades de cooperao policial.PF001 DRLVTA DRA

284

201

447

166

96 258 47

CCPA-Caya

DRN

PF003

OUTROS

Medidas CautelaresPF Area PF Martima CCPA DRs Investigao Criminal Outros TOTAL

Pedidos Paradeiro250 5 213 479 2 23 972

Interdio de Entrada42 0 10 19 0 1 72

Interdio de Sada50 0 0 5 0 12 67

Mandados Captura152 1 24 71 0 18 266

No Admissvel10 0 27 17 0 0 54

Outras51 1 2 45 0 1 100

Total555 7 276 636 2 55 1531

Indicaes no mbito da Conveno de Aplicao do Acordo Schengen

No domnio da cooperao policial no mbito da Conveno de Aplicao do Acordo de Schengen (CAAS), verificou-se um decrscimo generalizado das actividades desenvolvidas pelo Grupo Operativo do SEF no Gabinete SIRENE. No entanto ressalva-se a excepo do acrscimo relativo eliminao de indicaes relativas ao artigo 96. da CAAS (estrangeiro no admissvel nos Estados Schengen)

Sistema de Informao SchengenActividades do grupo operativo do SEF no Gabinete SIRENE Descobertas de Indicaes (HITS) em Portugal Indicaes portuguesas descobertas noutros EMs Validao indicaes artigo 96. da CAAS: 856; Eliminaes do artigo 96 da CAAS Revalidaes de indicaes do artigo 96. da CAAS 2010 636 88 856 376 708 3.646 76 216 2009 689 128 954 53 963 4.343 141 222

23

Agrupamento de Medidas Cautelares: Pedidos de Paradeiro (Paradeiro Autoridade Policial; Paradeiro Autoridade Judicial; Paradeiro para Expulso; Paradeiro para Notificao; Paradeiro em Processo de Asilo); Mandados de Captura; Interdio de Entrada; Interdio de Sada; No Admissvel (em territrio nacional); Outros (Deteco Simples; Cumprimento de Pena; Vigilncia Discreta; Adulto Desaparecido; Declarao de Contumcia; Autorizao de Sada)

Consultas solicitadas referentes a cartas de conduo Pedidos nacionais de cooperao policial (artigo 39. da CAAS) Pedidos externos de cooperao policial (artigos 39. e 46. da CAAS)

39Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

INVESTIGAO CRIMINAL

40Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

O SEF procede averiguao e investigao criminal dos ilcitos criminais associados de auxlio imigrao ilegal e outros com ele conexos, nomeadamente os crimes de trfico de pessoas e de casamento de convenincia. Em particular, a crescente relevncia do fenmeno do trfico de seres humanos imputa ao SEF a adopo de uma linha de actuao focada no combate s redes de imigrao e de mo-de-obra ilegais. De notar, ainda, a elevada complexidade da investigao deste tipo de criminalidade, em razo de factores como a organizao, a transnacioCriminalidade participada e movimento processual Em 2010 o SEF registou sob NUIPC 403 crimes, sendo o tipo de crime reportado maisTOTAL

Inquritos registados403 51 12 11 23 99 55 2 40 55 1 7 47

expressivo

o

de

uso

de

documento

falso/

Outros Crimes Lenocnio Trfico de Pessoas Outros crimes de falsificao Uso de Documento Falso / Falsificado Uso de Documento Alheio Outros crimes relacionados com a imigrao ilegal

falsificado (99), secundado pelos de casamento de convenincia (55) e uso de documento alheio (55).

No incio de 2010, o nmero de processos pendentes em investigao24 ascendia a 405 inquritos. Considerando a distribuio pelo Ministrio Pblico de 357 inquritos para investigao e a concluso de 348 processos no ano em anlise, transitaram 427 processos para 2011. Movimento Processual TOTAL Medidas Executadas 1. Pendente 420 2. Distribudos 357

Violao da Interdio de Entrada Casamento de convenincia Angariao de Mo-de-obra Ilegal Associao de Auxlio Imigrao Ilegal Auxlio Imigrao Ilegal

3. Concludos Arquivamento 128

4. Concludos Acusao 220

5. Transitados 427

Em 2010, o SEF executou 183 buscas (94 domicilirias, 31 a estabelecimentos, 50 a viaturas e oito buscas no domicilirias), procedeu a um conjunto assinalvel de apreenses, deteve 197 cidados por prtica de ilcitos criminais e constitui 552 arguidos.

Medidas ExecutadasArguidos 552 Buscas 183 Detenes 197

Apreenses 511 documentos; 8 viaturas; 4 armas 18.174 ; 3.100 ; 1.033 USD

Buscas Das 94 buscas domicilirias, d-se particular destaquesTOTAL

Buscas por Tipo de Crime8 31 2 2 0 0 0 1 1 Trfico de Pessoas 1 3 0 0 13 5 6 26 10 12 10 6 183 50 94

aos crimes de auxlio imigrao ilegal (37) e associaoOutros

de auxlio imigrao ilegal (36). Relativamente s 31 buscas efectuadas a estabelecimentos, evidenciam-se os crimes de auxlio imigrao ilegal (16), de associao de auxlio imigrao ilegal (6) e de lenocnio (6). As 50 buscas efectuadas a viaturas incidiram sobre os crimes de auxlio imigrao ilegal (16), associao de auxlio imigrao ilegal (14) e trfico de pessoas (10).

Lenocnio

TOTAL Outras No Domicilirias Viaturas Estabelecimentos Domicilirias

Falsificao/C ontrafaco de Documentos Outros crimes relacionados com a imigrao ilegal Angariao de Mo-de-obra Ilegal Associao de Auxlio Imigrao Ilegal

4

1 0 0 0 1 2 0 1 0 1 3 6 1 59 14 36 70 16 16 37

Auxlio Imigrao Ilegal

24

A instruo de processos-crime pelo SEF realizada pela DCIPAI e Direces Regionais dos Aores, Algarve, Centro, Madeira e Norte.

41Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

Apreenses Em termos de apreenses efectuadas em 2010, destacam-se 511 documentos, 18.174 euro, 3.100 libras (GBP) e 1.033 dlares americanos (USD), bem como 4 armas e 8 viaturas. Relativamente s apreenses de documentos, por crime em que foram utilizados, sobressaem as seguintes tipologias: crimes de uso de documento falso/ falsificado (156) e alheio (115), auxlio imigrao ilegal (107) e trfico de pessoas (85). Em termos de viaturas apreendidas, a repartio faz-se da seguinte forma: crimes de associao de auxlio imigrao ilegal (5), auxlio imigrao ilegal (2) e lenocnio (1).Numerrio (outras (Euro) divisas) 0 0 15.150 3.100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.617 1.033 407 0 0 0 18.174

Apreenses / Tipo do CrimeAuxlio Imigrao Ilegal Associao de Auxlio Imigrao Ilegal Angariao de Mo-de-obra Ilegal Violao da Interdio de Entrada Outros crimes relacionados imigrao ilegal Uso de Documento Alheio Uso de Documento Falso / Falsificado Falsificao/Contrafaco de Documentos Outros crimes de falsificao Trfico de Pessoas Lenocnio Crimes contra o patrimnio em geral TOTAL

Arma 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 4

Documentos 107 4 1 1 1 115 156 41 0 85 0 0 511

Viaturas 2 5 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 8

Outras 7 73 0 0 3 0 0 0 0 7 1 2 93

Detenes No mbito da vertente de investigao criminal o SEF procedeu deteno de 197 cidados. Das 115 detenes associadas fraude documental de realar as efectuadas por uso de documento falsificado (67), bem como pelo uso de documento alheio (43). Assinalam-se ainda as detenes por violao da medida de interdio de entrada (17), bem como as relativas a Outros (37) que, na sua maioria, se referem ao cumprimento de mandados de deteno. Arguidos Em 2010 foram constitudos 552 arguidos em sede de processos-crime, destacando-se o nmero de cidados portugueses (184), secundados pelos de nacionalidade brasileira (113).3 17 1 15 1 37 2 2 4 115

Detenes por Tipo de Crime

Auxlio Imigrao Ilegal Angariao de Mo de Obra Ilegal Outros crimes relacionados com a imigrao ilegal Trfico de Pessoas Crimes respeitantes a estupefacientes

Associao de Auxlio Imigrao Ilegal Violao da Interdio de Entrada Uso de Documento Alheio / Falso / Falsificado Lenocnio Outros

TOTALPRINCIPAIS NACIONALIDADES

ARGUIDOS 552 184 113 36 22 21 18

Portugal Brasil Desconhecidos Cabo-verde Guin-Bissau ndia

42Relatrio de Imigrao, Fronteiras e Asilo Servio de Estrangeiros e Fronteiras

INVESTIGAO CRIMINAL

Arguidos constitudos por tipo de crimeTOTAL Outros Crimes cometidos no exerccio de funes pblicas Crimes cometidos contra a autoridade pblica Crimes contra o patrimnio em geral Associao Criminosa Lenocnio Trfico de Pessoas Falsificao/Contrafaco de cunhos, marcas, chancelas, pesos e medidas Falsificao/Contrafaco de Documentos Uso de Documento Falso / Falsificado Uso de Documento Alheio Violao da Interdio de Entrada Casamento de convenincia Angariao de Mo de Obra Ilegal Associao de Auxlio Imigrao Ilegal Auxlio Imigrao Ilegal

552 44 3 3 2 1 35 19 1 75 80 36 26 54 7 77 89

Por tipo de crime, destacam-se os arguidos constitudos por auxlio imigrao ilegal (89), uso de documento falso/falsificado (80), associao de auxlio imigrao ilegal (77), falsificao de documentos (75) e ainda por casamento de convenincia (54).

Medidas de Coaco As medidas de coao mais gravosas (priso preventiva e domiciliria) esto relacionadas com criminalidade mais complexa, nomeadamente a associao de auxlio imigrao ilegal (preventiva: 7; domiciliria: 1) e auxlio imigrao ilegal (preventiva: 2). Destaque ainda 6 indicaes para colocao em CIT e o encerramento de 5 estabelecimentos.

Vitimao No decurso de 2010 o SEF sinalizou 208 vtimas de crimes, constituindo as nacionalidades mais relevantes a brasileira