ricardo augusto b. tiné

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Ricardo Augusto B. Tiné Ricardo Augusto B. Tiné Pós-Graduado em Língua Brasileira pela Pós-Graduado em Língua Brasileira pela Universidade Salgado de Oliveira- Universo; Universidade Salgado de Oliveira- Universo; Graduado em Letras pela Fundação Graduado em Letras pela Fundação Universidade do Tocantins –Unitins. Universidade do Tocantins –Unitins.

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Ricardo Augusto B. Tiné. Pós-Graduado em Língua Brasileira pela Universidade Salgado de Oliveira- Universo; Graduado em Letras pela Fundação Universidade do Tocantins –Unitins. Brasil! Mostra a tua língua: Estudo comparado. Nimi-curso: Faculdade Guaraí-FAG. Etimologia do Título:. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Ricardo Augusto B. Tiné

Ricardo Augusto B. TinéRicardo Augusto B. Tiné

Pós-Graduado em Língua Brasileira pela Pós-Graduado em Língua Brasileira pela Universidade Salgado de Oliveira- Universo;Universidade Salgado de Oliveira- Universo;

Graduado em Letras pela Fundação Universidade Graduado em Letras pela Fundação Universidade do Tocantins –Unitins.do Tocantins –Unitins.

Page 2: Ricardo Augusto B. Tiné

Brasil! Mostra a tua Brasil! Mostra a tua língua: Estudo língua: Estudo comparado. comparado.

Nimi-curso: Faculdade Guaraí-Nimi-curso: Faculdade Guaraí-FAG FAG

Page 3: Ricardo Augusto B. Tiné

Etimologia do Título:Etimologia do Título:

Brasil – do Tupi YMYRAPITÃ;Brasil – do Tupi YMYRAPITÃ;Mostra – do Latim MONSTRÃRE;Mostra – do Latim MONSTRÃRE;Tua – do Inglês médio THI;Tua – do Inglês médio THI;Língua – do Sumério DN’GHLíngua – do Sumério DN’GHṸ - nṸ - no o

LatimLatim antigo – DINGUA. antigo – DINGUA.

Page 4: Ricardo Augusto B. Tiné

““Hoje, já não falamos mais tupi, nem Hoje, já não falamos mais tupi, nem tampouco português - falamos sim, tampouco português - falamos sim, língua brasileira, pois o Brasil não é língua brasileira, pois o Brasil não é

Europeu, Africano, Asiático ou Europeu, Africano, Asiático ou Indígena. Somos a exata mistura de Indígena. Somos a exata mistura de

tudo isso. tudo isso.

Page 5: Ricardo Augusto B. Tiné

O que somos afinal?O que somos afinal?

Livres e soberanos?Livres e soberanos?

Sabemos o significado de liberdade e Sabemos o significado de liberdade e Soberania?Soberania?

Page 6: Ricardo Augusto B. Tiné

LIBERDADE é a faculdade que cada LIBERDADE é a faculdade que cada povo tem de decidir ou agir segundo povo tem de decidir ou agir segundo

a própria determinação.a própria determinação.SOBERANIA é o poder supremo que SOBERANIA é o poder supremo que

qualifica uma NAÇÃO em uma qualifica uma NAÇÃO em uma ordem que não deve sua validade a ordem que não deve sua validade a

nenhuma outranenhuma outra..

SeráSerá

Page 7: Ricardo Augusto B. Tiné

““A língua falada no Brasil não é assunto A língua falada no Brasil não é assunto nacional. O nome dela é matéria privativa nacional. O nome dela é matéria privativa do governo português que nos dá regras do governo português que nos dá regras de ortografia, enfeitadas de de ortografia, enfeitadas de comendascomendas.”.”

Page 8: Ricardo Augusto B. Tiné

““A Academia Brasileira de Letras manda A Academia Brasileira de Letras manda portadores de confiança a Lisboa para portadores de confiança a Lisboa para

referendarem em nome do nosso referendarem em nome do nosso GovernoGoverno, , normas de escrita que devem dirigir à distância a normas de escrita que devem dirigir à distância a

nossa pronúncia.”nossa pronúncia.” (Texto Extraído do relatório oficial enviado à Assembléia Constituinte de (Texto Extraído do relatório oficial enviado à Assembléia Constituinte de

1946) 1946)

Page 9: Ricardo Augusto B. Tiné

Língua brasileira. Língua brasileira.

Incompetência, submissão política ou Incompetência, submissão política ou um caso crônico de corrupção?um caso crônico de corrupção?

Page 10: Ricardo Augusto B. Tiné

1º - Mandarim – 1,7 bilhões1º - Mandarim – 1,7 bilhões2º - Inglês – 730 milhões2º - Inglês – 730 milhões3º - Hindi – 725 milhões3º - Hindi – 725 milhões4º - Castelhano – 500 milhões4º - Castelhano – 500 milhões5º - Árabe – 480 milhões5º - Árabe – 480 milhões6º - Francês – 365 milhões6º - Francês – 365 milhões7º - Russo – 280 milhões7º - Russo – 280 milhões8º - Brasileiro – 200 milhões8º - Brasileiro – 200 milhões24º - Português 50 milhões ???24º - Português 50 milhões ???

Page 11: Ricardo Augusto B. Tiné

““Dentro da genialidade “brasileira” não há Dentro da genialidade “brasileira” não há lugar para a genialidade lusitana. Se queremos lugar para a genialidade lusitana. Se queremos ver as coisas como são, a língua portuguesa é ver as coisas como são, a língua portuguesa é

um desastre sobre a nossa língua.” um desastre sobre a nossa língua.”

(Fortes, 1957, pag. 15) .(Fortes, 1957, pag. 15) .

Page 12: Ricardo Augusto B. Tiné

Assembléia Constituinte de 1946 e o Assembléia Constituinte de 1946 e o problema da nossa autonomia linguística.problema da nossa autonomia linguística.

Page 13: Ricardo Augusto B. Tiné

O Governo cria comissão técnica?O Governo cria comissão técnica?

1879 - ABL1879 - ABL 1930 - 1930 -

CNLD CNLD

denominação justa da língua que falamos?denominação justa da língua que falamos?

Page 14: Ricardo Augusto B. Tiné

o Governo Federal nomea uma comissão o Governo Federal nomea uma comissão mista de gramáticos, professores, mista de gramáticos, professores,

jornalistas e escritores.jornalistas e escritores.

(E os Lingüistas, glutólogos, filólogos etc?(E os Lingüistas, glutólogos, filólogos etc?))

Page 15: Ricardo Augusto B. Tiné

O Ministro da Educação, Raul Leitão da O Ministro da Educação, Raul Leitão da Cunha, perturbando a marcha normal das Cunha, perturbando a marcha normal das coisas e sem se importar com a extensão coisas e sem se importar com a extensão do problema, convidou alguns senhores de do problema, convidou alguns senhores de

seu convívio. seu convívio.

Page 16: Ricardo Augusto B. Tiné

Essa comissão estarreceu a Nação inteira. Essa comissão estarreceu a Nação inteira. Em Em sete diassete dias resolveu que a língua falada resolveu que a língua falada

no Brasil é a língua portuguesa.no Brasil é a língua portuguesa.

Ohohohohoh!Ohohohohoh!

Page 17: Ricardo Augusto B. Tiné

Descobriu-se posteriormente que todos os Descobriu-se posteriormente que todos os integrantes desta comissão eram pessoas integrantes desta comissão eram pessoas

declaradamente contrárias à declaradamente contrárias à sobrevivência da língua brasileira como sobrevivência da língua brasileira como fato Nacional e valor cultural, digno de fato Nacional e valor cultural, digno de

estudo e disciplina.estudo e disciplina.

Page 18: Ricardo Augusto B. Tiné

Ilustres portugueses, como Hipólito Ilustres portugueses, como Hipólito Raposo, lastimavam que nem nas colônias Raposo, lastimavam que nem nas colônias portuguesas haja mais possibilidade de se portuguesas haja mais possibilidade de se salvar a língua portuguesa como se fala salvar a língua portuguesa como se fala

por lá. por lá.

Page 19: Ricardo Augusto B. Tiné

A comissão ministerial não discutiu, não A comissão ministerial não discutiu, não documentou, não ofereceu margem a documentou, não ofereceu margem a

comentário. A sua ausência de qualquer comentário. A sua ausência de qualquer dúvida sobre o problema deram a essa tal dúvida sobre o problema deram a essa tal comissão um tom especial de soberania,comissão um tom especial de soberania,

de eternidade...de eternidade...

...que tornaram o seu parecer algo divino, ...que tornaram o seu parecer algo divino, acima das prerrogativas da Assembléia acima das prerrogativas da Assembléia Constituinte, modesta demais para falar Constituinte, modesta demais para falar sobre matéria de tamanha envergadura.sobre matéria de tamanha envergadura.

Page 20: Ricardo Augusto B. Tiné

A comissão atômica deliberou: A comissão atômica deliberou:

não cabe a NINGUÉM NO BRASIL RESOLVER não cabe a NINGUÉM NO BRASIL RESOLVER SOBRE ASSUNTO PRIVATIVO DA NAÇÃO SOBRE ASSUNTO PRIVATIVO DA NAÇÃO

PORTUGUESA, pois a tanto importa PORTUGUESA, pois a tanto importa perguntar o nome da língua falada em perguntar o nome da língua falada em

nossa terra.nossa terra.

OBS. Na Constituinte de 1988 a questão da nossa língua foi OBS. Na Constituinte de 1988 a questão da nossa língua foi tratada com o mesmo descaso que nas anteriores.tratada com o mesmo descaso que nas anteriores.

Page 21: Ricardo Augusto B. Tiné

A Assembléia Constituinte não pode A Assembléia Constituinte não pode legislar legislar sobre matéria da alçada de outra Naçãosobre matéria da alçada de outra Nação. . A língua é uma só – para o Brasil e Portugal. A língua é uma só – para o Brasil e Portugal.

Page 22: Ricardo Augusto B. Tiné

...P...Povo e cultura são indissociáveis. ovo e cultura são indissociáveis. A A língua portuguesa está cheia de alma lusitanalíngua portuguesa está cheia de alma lusitana. .

AGORA, NEM O CÉU NEM A TERRA JUNTOS FARÃO AGORA, NEM O CÉU NEM A TERRA JUNTOS FARÃO QUE ELA DEIXE DE SER A LÍNGUA DO BRASIL QUE ELA DEIXE DE SER A LÍNGUA DO BRASIL LITERÁRIO. E SÓ ESTE CONTA – proclama o LITERÁRIO. E SÓ ESTE CONTA – proclama o

filólogo português Vasco Botelho do Amaral. filólogo português Vasco Botelho do Amaral.

(“A Questão da Língua Brasileira” de Herbert Parente Fortes, (“A Questão da Língua Brasileira” de Herbert Parente Fortes, 1957 pag. 45, 46 e 47)1957 pag. 45, 46 e 47)

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Akiriri nde erenheng upi anhanga supéAkiriri nde erenheng upi anhanga supé.. ““Eu calo Eu calo enquanto falas em alma”.enquanto falas em alma”.

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No decreto-lei n°1.006/38, os membros da CNLD não No decreto-lei n°1.006/38, os membros da CNLD não poderiam requerer autorizaçãopoderiam requerer autorização

para uso de obras de sua própria autoria.para uso de obras de sua própria autoria.

Este artigo foi modificado logo em seguida, em julho deEste artigo foi modificado logo em seguida, em julho de

1939, com o decreto-lei n° 1.417, que revogou tal item e 1939, com o decreto-lei n° 1.417, que revogou tal item e permitiu a autorização de livros didáticos cuja autoria permitiu a autorização de livros didáticos cuja autoria

fosse de algum membro da CNLD: fosse de algum membro da CNLD:

Page 25: Ricardo Augusto B. Tiné

Valores em reais movimentados pelo Valores em reais movimentados pelo CNLD, MEC e PNLD :CNLD, MEC e PNLD :

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Page 27: Ricardo Augusto B. Tiné

2006 - R$ 563.700.000,00 no Ensino Fund.;2006 - R$ 563.700.000,00 no Ensino Fund.; 2006 - R$ 121.900.000,00 no Ensino Médio2006 - R$ 121.900.000,00 no Ensino Médio

(Total em R$ 685.600.000,00)(Total em R$ 685.600.000,00)

Page 28: Ricardo Augusto B. Tiné

2007 - R$ 620.000.000,00 no Ensino Fund.; 2007 - R$ 620.000.000,00 no Ensino Fund.; 2007 - R$ 220.000.000,00 no Ensino Médio;2007 - R$ 220.000.000,00 no Ensino Médio;

(Total R$ 840.000.000,00)(Total R$ 840.000.000,00)

Page 29: Ricardo Augusto B. Tiné

2008 - R$ 559.700.000,00 no Ensino Fund.;2008 - R$ 559.700.000,00 no Ensino Fund.; 2008 - R$ 186.700.000,00 no Ensino Médio;2008 - R$ 186.700.000,00 no Ensino Médio;

(Total R$ 746.400.000,00)(Total R$ 746.400.000,00)

Page 30: Ricardo Augusto B. Tiné

O MEC é o maior comprador de livros do mundo.O MEC é o maior comprador de livros do mundo.

OBS.: Esses dados foram recolhidos da Associação OBS.: Esses dados foram recolhidos da Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos (ABRALE). Brasileira de Autores de Livros Educativos (ABRALE).

Page 31: Ricardo Augusto B. Tiné

Eles nos levam...Eles nos levam...

No Grito!!!No Grito!!!

Page 32: Ricardo Augusto B. Tiné

““A língua brasileira é refúgio nefasto e A língua brasileira é refúgio nefasto e nojento de ignorância do idioma pátrio, nojento de ignorância do idioma pátrio,

recurso vergonhoso de homens de recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo.”cultura falsa e de falso patriotismo.”

Napoleão Mendes de Almeida, no prefácio do seu livro Napoleão Mendes de Almeida, no prefácio do seu livro “Gramática Metódica da Língua Portuguesa”, 42ª ed. 1998. “Gramática Metódica da Língua Portuguesa”, 42ª ed. 1998. p.7.p.7.

Page 33: Ricardo Augusto B. Tiné

O mundo reconhece, menos nós. O mundo reconhece, menos nós.

Antonella Annovazzi VallardiAntonella Annovazzi Vallardi..

Page 34: Ricardo Augusto B. Tiné

Ásio-Americano.Ásio-Americano.

“ JÂR URGANA, AGAD TE SUMERMURU....” ( O bom rei Urgana construiu a Suméria )

JÂR = senhor, rei. No tupi Taba-jaras – senhores das tabasGoia-jaras – senhores de Goiás. Na Pérsia temos Jâr-Dario. O Tsar da Rússia tinha o mesmo título.AGAD – em tupi é igual a agatu ou acatu e significa bomA conjunção “TE” é igual nas antigas línguas: ET no gregoTE no latim ITÉ no tupi, como em ita-ité (pedras) , batur-ité (montes altos),SUMER – é o título do rei UrganaMU – significa nas leis de Urgana “construiu”. No tupi temos Cara-muru que é o mestre de obras da escola dos cários. Da mesma origem são:Muru e murare no latimMauer e maueru no germano e;Mur e muren no alemão do baixo.

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Tribos portuguesas – séc.VII a.c.Tribos portuguesas – séc.VII a.c. Celtas, celtiberos, lusitanos, vetões, gallaicos, Celtas, celtiberos, lusitanos, vetões, gallaicos,

brácaros, coelenos, equesos, gróvios, leunos, brácaros, coelenos, equesos, gróvios, leunos, límicos, pésures, tamagani, zoelas, torudos, límicos, pésures, tamagani, zoelas, torudos, gregos, fenícios, cartagineses e árabes.gregos, fenícios, cartagineses e árabes.

OBS. Só os árabes descobriram Portugal por 600 OBS. Só os árabes descobriram Portugal por 600 anos.anos.

Page 36: Ricardo Augusto B. Tiné

Contra a verdade não há argumento.Contra a verdade não há argumento.

Para classificar o germânico, foi usado o Para classificar o germânico, foi usado o critério de uma tradução da bíblia, no critério de uma tradução da bíblia, no século IV.século IV.

““CATECISMO NA LINGOA BRASILICA, NO CATECISMO NA LINGOA BRASILICA, NO QVAL SE CONTEM A SVMMA DA DOCTRINA QVAL SE CONTEM A SVMMA DA DOCTRINA CRISTÔ. CRISTÔ. (Lisboa, 1618 – Pedro Crasbeeck ).(Lisboa, 1618 – Pedro Crasbeeck ).

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Escrita Cuneiforme da Suméria.Escrita Cuneiforme da Suméria.

Page 38: Ricardo Augusto B. Tiné

Evolução da EscritaEvolução da Escrita

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Inscrições Fenícias em Pouso Alto PB (1871)Inscrições Fenícias em Pouso Alto PB (1871)

Page 40: Ricardo Augusto B. Tiné

Inscrições hititas em Ingá PBInscrições hititas em Ingá PB

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Entre o rio Xingu e o rio AraguaiaEntre o rio Xingu e o rio Araguaia

“Existem coisas estranhas" – Assim escreveu Fawcett que também localizou estranhos monumentos em meio às florestas inexploradas.

Page 42: Ricardo Augusto B. Tiné

Encontrado na Floresta AmazônicaEncontrado na Floresta Amazônica

Page 43: Ricardo Augusto B. Tiné

Encontrado no sertão da Bahia (Doc. 512)Encontrado no sertão da Bahia (Doc. 512)

Page 44: Ricardo Augusto B. Tiné

No caso da língua portuguesaNo caso da língua portuguesa..

O Latim Vulgar e o galego contribuíram com O Latim Vulgar e o galego contribuíram com cerca de 90% das palavras cerca de 90% das palavras ditasditas portuguesas. portuguesas.

Embora as línguas nativas da Ibéria tenham se Embora as línguas nativas da Ibéria tenham se constituído muito antes da colonização romana, constituído muito antes da colonização romana,

poucos traços dessas línguas persistiram no poucos traços dessas línguas persistiram no português.português.

Page 45: Ricardo Augusto B. Tiné

No caso da língua brasileira.No caso da língua brasileira.

O Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas O Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi (Antônio Geraldo da Cunha, 1978) de Origem Tupi (Antônio Geraldo da Cunha, 1978)

é, sobre tais aspectos, de um valor tal, que é, sobre tais aspectos, de um valor tal, que passará a ser necessariamente ponto de passará a ser necessariamente ponto de

referência para os pesquisadores da modalidade referência para os pesquisadores da modalidade falada e escrita do “português do Brasil”, quando falada e escrita do “português do Brasil”, quando

se falar em “empréstimos” vindos de fontes se falar em “empréstimos” vindos de fontes brasílicas ou afins:brasílicas ou afins:

Page 46: Ricardo Augusto B. Tiné

Tais empréstimos são abusivamente invocados, Tais empréstimos são abusivamente invocados, pois quando a teoria da língua portuguesa no Brasil pois quando a teoria da língua portuguesa no Brasil

não recorreu à noção de empréstimo, ela não não recorreu à noção de empréstimo, ela não respeitou os fenômenos fonológicos, sintáticos, respeitou os fenômenos fonológicos, sintáticos,

semânticos e morfológicos relacionados aos semânticos e morfológicos relacionados aos vocábulos que não são do seu acervo primitivo. vocábulos que não são do seu acervo primitivo.

No No corpus corpus lexical geral da “língua portuguesa no lexical geral da “língua portuguesa no Brasil” isso chega a ser trágico, já que, sem Brasil” isso chega a ser trágico, já que, sem exagero, no mínimo 90% desse exagero, no mínimo 90% desse corpuscorpus são são

empréstimos. empréstimos.

( Antônio Houaiss).( Antônio Houaiss).

Page 47: Ricardo Augusto B. Tiné

URUBICI-SC (4000 anos)URUBICI-SC (4000 anos)

Page 48: Ricardo Augusto B. Tiné

Reinado: 887 a 850 a.c.Reinado: 887 a 850 a.c.

Page 49: Ricardo Augusto B. Tiné

QUESTÕES ORTOGRÁFICAS:QUESTÕES ORTOGRÁFICAS:

kwetworeskwetwores - - SumérioSumério ChaturChatur – – SânscritoSânscrito Quattuor - Quattuor - LatimLatim QuatroQuatro – – PortuguêsPortuguês

Cuatro - Cuatro - CastelhanoCastelhano

Page 50: Ricardo Augusto B. Tiné

O jogo de O jogo de xadrezxadrez tem seu nome originário do tem seu nome originário do sânscritosânscrito pela associação dos termos pela associação dos termos chaturchatur e e angaanga (quatro partes, em referência aos quatro (quatro partes, em referência aos quatro elementos dos exércitos na época: elefantes, elementos dos exércitos na época: elefantes, cavalaria, carruagens (ou barcos) e infantaria, os cavalaria, carruagens (ou barcos) e infantaria, os quais eram as peças que compunham o jogo quais eram as peças que compunham o jogo antecessor do xadrez, o chaturanga). O vocábulo antecessor do xadrez, o chaturanga). O vocábulo chegou à nossa língua através da seguinte chegou à nossa língua através da seguinte evolução: (evolução: (sânscritosânscrito) ) chatur angachatur anga → → chaturangachaturanga → → ((persapersa) ) schatrayanschatrayan → → schatraynschatrayn → → shadraynshadrayn / / shadranshadran → ( → (árabeárabe) ) al xedrechal xedrech → → alxedrezalxedrez → → ajedrezajedrez ( (castelhanocastelhano) e ) e xadrezxadrez ( (portuguêsportuguês). No ). No oriente se tornou oriente se tornou XiangqiXiangqi ( (ChinaChina) e () e (xiangixiangi → → xongixongi) ) ShogiShogi ( (JapãoJapão). ).

Page 51: Ricardo Augusto B. Tiné

ORIGEM DAS PALAVRAS ORIGEM DAS PALAVRAS BRASILEIRAS.BRASILEIRAS.

ARAGUARI (MG)ARAGUARI (MG)ara’guá’ryara’guá’ryará: arara, papagaio + guá: vale, ará: arara, papagaio + guá: vale, enseada + r’y: rio, água. Rio do vale enseada + r’y: rio, água. Rio do vale das araras.das araras.

ARAPIRACA (AL)ARAPIRACA (AL)ará’pir’acaará’pir’acaará = mirá>YMYRA ou IBIRA- madeira ará = mirá>YMYRA ou IBIRA- madeira + pira: casca + áca: solta, frouxa: + pira: casca + áca: solta, frouxa: árvore de casca soltaárvore de casca solta

Page 52: Ricardo Augusto B. Tiné

ARAGUAINA TOARAGUAINA TO

Ará = arara + gua = enceada +ina = na, Ará = arara + gua = enceada +ina = na, da, para a, através, diante (sumério)da, para a, através, diante (sumério)

ARAXÁ (MG) Em português (Arachá).ARAXÁ (MG) Em português (Arachá).

ara’exáara’exáara: o dia, o sol + exá: a visão, de onde ara: o dia, o sol + exá: a visão, de onde se avista o dia, a paisagem. O planalto.se avista o dia, a paisagem. O planalto.

Page 53: Ricardo Augusto B. Tiné

AVARÉ (SP)AVARÉ (SP)abá’réabá’réaba: homem + ré: diferente, outro : aba: homem + ré: diferente, outro : nome que os índios deram ao padre, nome que os índios deram ao padre, o missionário e daí surgiu ABADE.o missionário e daí surgiu ABADE.

BAURU (SP)BAURU (SP)ymyrã’remaymyrã’remaybá:fruta+urú: cesto - cesto de ybá:fruta+urú: cesto - cesto de frutas.frutas.

Page 54: Ricardo Augusto B. Tiné

BURITAMA (SP)BURITAMA (SP)ybytu’catuybytu’catuburity: palmeira + tama, rama: terra. burity: palmeira + tama, rama: terra. Terra dos buritis, buritizeiros.Terra dos buritis, buritizeiros.

GRAVATÁ (PE)GRAVATÁ (PE)

Kaa’rakua’tãKaa’rakua’tãkaá: folha, planta, rákua: ponta, tã kaá: folha, planta, rákua: ponta, tã (antã) duro = folha de ponta dura.(antã) duro = folha de ponta dura.

Page 55: Ricardo Augusto B. Tiné

GUAÍRA (SP)GUAÍRA (SP)kuá’y’rákuá’y’ráguá: enseada, o vale + y: rio, água + rá: o guá: enseada, o vale + y: rio, água + rá: o que impede. Onde não se pode passar. As que impede. Onde não se pode passar. As águas da queda da cachoeira. águas da queda da cachoeira.

GUARÁ (SP)GUARÁ (SP)uyráuyráuirá: ave, pássaro. Nome da garça uirá: ave, pássaro. Nome da garça vermelha. (a’u’ara = o que devora. Nome vermelha. (a’u’ara = o que devora. Nome do lobo ou cachorro do mato).do lobo ou cachorro do mato).

Page 56: Ricardo Augusto B. Tiné

GUARAÍ TO.GUARAÍ TO.

A’u’ara = lobo, cachorro do mato + Y A’u’ara = lobo, cachorro do mato + Y = rio > rio dos guarás.= rio > rio dos guarás.

GURUPI (TO)GURUPI (TO)kuru’p'ykuru’p'ycuru: cascalho, pedregulho + pe: curu: cascalho, pedregulho + pe: local + y: rio. Rio do cascalho.local + y: rio. Rio do cascalho.

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IPIRANGA (PR)IPIRANGA (PR)

y: água, rio + piranga: vermelho. Água y: água, rio + piranga: vermelho. Água vermelha ou rio vermelho, barrento.vermelha ou rio vermelho, barrento.

ITABIRA (MG)ITABIRA (MG)

itá’piraitá’piraitá: pedra + pira (bira) erguida, itá: pedra + pira (bira) erguida, empinada.empinada.

ITAPIRATINS TO. Pedra de bico ITAPIRATINS TO. Pedra de bico empinado.empinado.

Page 58: Ricardo Augusto B. Tiné

ITAJAÍ (SC)ITAJAÍ (SC)

itá’ya’yitá’ya’yitá: pedra + ya: muitas + y: rio. Rio itá: pedra + ya: muitas + y: rio. Rio pedregoso.pedregoso.

ITAMARATI (MG)ITAMARATI (MG)

itá’mberá’tyitá’mberá’tyitá’mbará: pedra clara, cristal + t‘y: itá’mbará: pedra clara, cristal + t‘y: rio = rio dos cristais ou diamantes.rio = rio dos cristais ou diamantes.

Page 59: Ricardo Augusto B. Tiné

ITU (SP)ITU (SP)y’tuy’tuy: água + tu: queda = queda d’água, y: água + tu: queda = queda d’água, salto, cachoeira.salto, cachoeira.

IBIRAPUERA SP.IBIRAPUERA SP.

YMYRA ou YBYRA = madeira + YMYRA ou YBYRA = madeira + PUERA ou PUEVA = podre > Madeira PUERA ou PUEVA = podre > Madeira podre.podre.

Page 60: Ricardo Augusto B. Tiné

PARANAPANEMA (SP)PARANAPANEMA (SP)pará’nã’panemapará’nã’panemapará: o mar + nã: semelhante, pará: o mar + nã: semelhante, parecido + panema: ruim, parecido + panema: ruim, imprestável. Rio grande de pouca imprestável. Rio grande de pouca utilidade.utilidade.

Pirassununga, SPPirassununga, SPpirá’sunungapirá’sunungapirá: peixe + sununga: o barulho de pirá: peixe + sununga: o barulho de peixes.peixes.

Page 61: Ricardo Augusto B. Tiné

O"tupi"se tornou legalizado com a Carta O"tupi"se tornou legalizado com a Carta Régia de 30 de novembro de 1689: A Régia de 30 de novembro de 1689: A

língua geral era daqui em diante a língua língua geral era daqui em diante a língua oficial do Brasil, era ensinada pelos padres oficial do Brasil, era ensinada pelos padres

até aos próprios filhos dos colonos até aos próprios filhos dos colonos portugueses. portugueses.

Page 62: Ricardo Augusto B. Tiné
Page 63: Ricardo Augusto B. Tiné
Page 64: Ricardo Augusto B. Tiné
Page 65: Ricardo Augusto B. Tiné

A gramática só deve existir enquanto instrumento fiel de A gramática só deve existir enquanto instrumento fiel de registro da língua que a serviu como base, registro da língua que a serviu como base,

...Tendo como justificativa legítima para a sua elaboração, ...Tendo como justificativa legítima para a sua elaboração, regras precisas e claras em favor dos seus usuários. regras precisas e claras em favor dos seus usuários.

Jamais, ser ela, estorvo para quem a busca. Jamais, ser ela, estorvo para quem a busca.

Page 66: Ricardo Augusto B. Tiné

Tem que obedecer três Tem que obedecer três características fundamentais:características fundamentais:

1º - Ser natural, fornecendo aos usuários os 1º - Ser natural, fornecendo aos usuários os elementos necessários a sua aplicação,elementos necessários a sua aplicação,

2º - Ser adaptada ao usuário em questão, 2º - Ser adaptada ao usuário em questão,

3º - Descrever fatos reais utilizados pelo falante 3º - Descrever fatos reais utilizados pelo falante da língua e não fantasias e opiniões pessoais.da língua e não fantasias e opiniões pessoais.(Mário A. Perini)(Mário A. Perini)

Page 67: Ricardo Augusto B. Tiné

Para gramático “lusófono” Para gramático “lusófono” responder.responder.

Em uma situação em que alguém pergunta:Em uma situação em que alguém pergunta:

-Por que você fez isso?-Por que você fez isso?E a resposta é:E a resposta é:-Você quer mesmo saber o______?...-Você quer mesmo saber o______?...

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OBS: Eu estou respondendo (porque), OBS: Eu estou respondendo (porque), estou também perguntando (por que), estou também perguntando (por que),

está antes do artigo"o" (porquê) e está antes do artigo"o" (porquê) e também está em final de frase e antes também está em final de frase e antes de um ponto de interrogação, (por quê)de um ponto de interrogação, (por quê)

O porquê na frase acima, equivale a O porquê na frase acima, equivale a "motivo“ e "razão"."motivo“ e "razão".

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Portugal não conseguiu nem sequer uma Portugal não conseguiu nem sequer uma palavra genuinamente portuguesa para palavra genuinamente portuguesa para denominar o seu país e o seu povo, pois denominar o seu país e o seu povo, pois

“Portugal” é um nome híbrido derivado de “Portugal” é um nome híbrido derivado de “Portus” de origem latina(itálica) e “Kálos” “Portus” de origem latina(itálica) e “Kálos” de origem grega que significa “belo”. Já o de origem grega que significa “belo”. Já o nosso velho idioma conseguiu nomear o nosso velho idioma conseguiu nomear o

nosso pais e o nosso povo com uma nosso pais e o nosso povo com uma palavra composta por aglutinação, palavra composta por aglutinação,

puramente de verbetes tupi: YMYRAPITÔ puramente de verbetes tupi: YMYRAPITÔ onde YMYRA significa madeira, e PITà onde YMYRA significa madeira, e PITà significa cor de “BRASA”, vermelha.significa cor de “BRASA”, vermelha.

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Nenhuma nação que almeje ser Nenhuma nação que almeje ser moderna, com responsabilidade e justiça moderna, com responsabilidade e justiça

para o seu povo, deve construir os para o seu povo, deve construir os alicerces de um futuro promissor sem alicerces de um futuro promissor sem assumir com coragem e honestidade assumir com coragem e honestidade

intelectual o verdadeiro passado intelectual o verdadeiro passado histórico que sustenta a identidade histórico que sustenta a identidade

coletiva de suas próprias origens como coletiva de suas próprias origens como povo soberano. povo soberano.

(Ricardo Tiné).(Ricardo Tiné).