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Mol-TaGGe Arte, cultura e vintage Uma montagem de informações e notícias sobre arte, artistas, brechós, cultura, dança, design, escultura, estilos, moda, pintura, teatro, vintage e muito mais http://mol-tagge.blogspot.com Pin-Ups Museus Acessórios Moda Música Cinema Artistas Grandes Obras Brechós Vintage Ano I - n. 1 - 2008-2009 Pintura Arte Naïf Designer Dança Escultura

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Page 1: RevistaMol-TaGGe2

Mol-TaGGeArte, cultura e vintage

U m a m o n t a g e m d e i n f o r m a ç õ e s e

not íc ias sobre arte , art is tas , brechós,

cultura, dança, design, escultura, estilos,

moda, pintura, teatro, vintage e muito mais

http://mol-tagge.blogspot.com

Pin-Ups

Museus

Acessórios

Moda

Música

Cinema

Artistas

GrandesObras

Brechós

Vintage

Ano I - n. 1 - 2008-2009

Pintura

Arte Naïf

Designer

Dança

Escultura

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Mol-TaGGe

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Mol-TaGGe

Arte, cultura e vintage

Page 4: RevistaMol-TaGGe2

A idéia de montar uma revista com alguns artigosdo Mol-TaGGe, escolhidos aleatoriamente, é umagradecimento às pessoas que prestigiaram o blogdurante o decorrer de seu primeiro ano deexistência.

Foi um ano de muito trabalho, muitas indas evindas, muitos erros e acertos... Mas blogar meensinou muito mais que apenas blogar.

Além dos detalhes técnicos, dos quais ainda apa-nho – e como! –, mostrou-me realidades diferen-tes, trouxe-me amigos dos mais distantes lugaresdeste país e de além-fronteiras. Aumentou meuconhecimento em assuntos de meu interesse, de-talhes que provavelmente desconheceria. Incenti-vou-me a voltar a estudar e, com certeza o maisimportante, abriu-me às nuvens.

A antiga expressão é mais atual que nunca. Estarnas nuvens é uma nova realidade. Uma realidadeque ainda apalpamos com certo cuidado, pois, nela,estamos na idade do chip. E, na verdade, não sa-bemos voar.

Estar nas nuvens significa muito mais que estarem algum lugar sem cercas ou limites. É umaoportunidade de transcendê-los e de tambémobservarmos o que a ausência desses elementosnos adiciona e nos faz melhor.

AIDÉIA

MarGGaMarGGaMarGGaMarGGaMarGGa

Autora do Mol-TaGGe

Page 5: RevistaMol-TaGGe2

Mol-TaGGe

MarGGaMarGGaMarGGaMarGGaMarGGa

MarGGaMarGGaMarGGaMarGGaMarGGa

E foi nas nuvens, que construi o Mol-TaGGe.

Muitos me perguntam qual o significado deste título.

Mol é sobrenome de uma amiga muito querida, design de moda.Um dia conversando sobre montagens, vintage etc., tive a idéiado Mol-TaGGe.

No desenvolvimento da idéia, muita coisa da qual gostaria de fa-lar fugia do vintage, estava na arte, era pura cultura. Resolvi cos-turar os vários temas e criar uma MOMOMOMOMOntagem de arte, cultura evinTAGGETAGGETAGGETAGGETAGGE. Assim, vou trabalhando nossas conversas, viajandopaixões, revisitando algumas, redescobrindo outras, encontran-do novas...

Então, estejam preparadas(os), o ideal do Mol-TaGGe é oferecerinformações sobre a natureza desses seres.

BJos no coração de cada uma(um) de vocês!

Page 6: RevistaMol-TaGGe2
Page 7: RevistaMol-TaGGe2

Aos amigos que têm acompanhado o Mol-TaGGe

durante estes últimos doze meses -

inclusive os que não estão representados no quadro ao

lado -, e aos demais visitantes ,

Agradecimento muito especial aos amigos:

Beth Cruz - do Leões e Cordeiros;

Ceó Pontual - do Frases Ilustradas;

Jeferson Campano - do JM Digital; e

Luka Almeida - do Luka Free.

muito obrigada!

Page 8: RevistaMol-TaGGe2

se estivermos despidosdo orgulho, da razãoe da lógica.

Quando

a ARTEapreende o mais alto que está atrás das coisas,

elanosrevela,nosremete,

ÀÀÀÀÀ BELEZABELEZABELEZABELEZABELEZA SUPREMASUPREMASUPREMASUPREMASUPREMA

aDÉLIA pRADOaDÉLIA pRADOaDÉLIA pRADOaDÉLIA pRADOaDÉLIA pRADO

Page 9: RevistaMol-TaGGe2

ARTEARTEARTEETRAARTE

E T R A

Page 10: RevistaMol-TaGGe2
Page 11: RevistaMol-TaGGe2

Ilusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de Ótica

O termo ilusão de óticarefere-se a todas as sensações produzidas pelosistema visual humano que nos fazem ver coisasque não estão realmente presentes, ou vê-las demaneira diferente daquela que realmente são. Ascausas para este fenômeno podem ser fisiológicasou cognitivas.

Existem vários tipos de ilusão de ótica,mas vou falar apenas das “Anáglifas 3D”, que sãoas mais utilizadas pelos artistas, embora em umaobra possam ser usados vários dos tipos conheci-dos. Quem se interessar pode buscar maiores in-formações no site Portal da Oftalmologia.

A ilusão conhecida como Anáglifas 3D,ou visão em três dimensões, ou estereoscópica,decorre do fato de possuirmos visão binocular (doisolhos). Se fecharmos um deles, perdemos muitoda noção de distância entre os objetos. Este fenô-meno é causado pela distância entre nossos olhosque, por isto, captam a imagem do mesmo objetoem posições diferentes. É esta superposição deimagens que nos dá a sensação de uma terceiradimensão.

M. C. Escher (Holanda, 1898-1972), foi um dos primeiros ar-tistas a se utilizar deste recurso em favor da arte.Ficou conhecido por suas xilogravuras, litografiase meios-tons (mezzotints). Em seus trabalhos re-presentava construções impossíveis, preenchimen-tos do plano, explorações do infinito e as meta-

Ilusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de ÓticaIlusão de ótica é arte? Esta é a pergunta. E a resposta é: a

rigor, não. Ilusão de ótica não é arte, mas se faz arte com

ilusão de ótica. E é esta a prerrogativa da arte: usar de

todos os meios possíveis para produzir o belo, por mais

horrendo que possa parecer às vezes.

morfoses (padrões geométricos entrecruzados quese transformam gradualmente em formas comple-tamente diferentes).

Côncavo e Convexo (1955), litografia

Moebius Strip II (1963), xilogravura em

vermelho preto e cinza-esverdeado (à esquerda) e

Nós (1965), xilogravura em vermelho verde e marrom (à direita)

é Arte?é Arte?é Arte?é Arte?é Arte?é Arte?é Arte?é Arte?é Arte?é Arte?

AAAAArrrrrttttteeeee

Page 12: RevistaMol-TaGGe2

Galeria (1956), litografia

O recurso da ilusão de óticatem sido utilizado com certa freqüência por um número cada vez maior de artistas. Li Wei Li Wei Li Wei Li Wei Li Wei é um deles.Chinês de Hubei, nasceu em 1970 e mora atualmente em Pequim. Seu trabalho fotográfico é inovadore curioso, mas não passa de ilusão de ótica e, no entanto, como dissemos: é arte!

Love at the high place 2

Belvedere (1958), litografia

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Page 13: RevistaMol-TaGGe2

The baby leaves away from Dream Like Love

Julian Beever,inglês, é outro grande artista da atualidade que lida maravilhosamente bem como a ilusão de ótica.Beever usa como tela as calçadas da Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos, entre outros países.

1313131313Julian, por ele mesmo

Page 14: RevistaMol-TaGGe2

Feeding Fish Rainha Elizabeth I – Oxford Street/Londres

Informações:

POSTADO POR MarGGa - 28/5/2009

Créditos

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John Pugh,     norte-americano, é o mais recente artista a chamar a atenção da mídia. Em sua obra mais difícil,segundo ele, Mana Nalu (O Poder da Onda), chegou a assustar os moradores de Honolulu, inclusive osbombeiros. Outras imagens podem ser vistas no site oficial de Pugh.

Palo Alto

Mana Nalu (a mais difícil obra do artistaPalo Alto

http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/2009/05/090527_galeriailusaootica_ba.shtml

BBC Brasil http://rv.cnt.br/viewtopic.php?f=1&t=388Religião é Veneno 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilus%C3%A3o_de_%C3%B3ticaWikipédia 

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/05/ilusao-de-otica-e-arte.html

Page 15: RevistaMol-TaGGe2

Falsificadores de arteFalsificadores de arteFalsificadores de arteFalsificadores de arteFalsificadores de artesão artistas?são artistas?são artistas?são artistas?são artistas?Falsificadores de arteFalsificadores de arteFalsificadores de arteFalsificadores de arteFalsificadores de artesão artistas?são artistas?são artistas?são artistas?são artistas?

Hans van Meegeren (1889-1947), estudou arte arte arte arte arte na “Haia Academie”, obtendo licen-ciatura em 1914. Contam que foi um pintor pintor pintor pintor pintor comalgum talento, mas que se recusou a subornar umcrítico e, por isto, teve sua carreira encerrada. Estefato também o teria levado a iniciar suas falsifica-ções.

Falsificadores de arte são artistas? Ao conhecer as

pinturas de Hans van Meegeren esta pergunta é

inevitável e nos leva a uma reflexão sobre o tema.

van Meegeren

Van Meegeren surge para o mundoem 1945, depois da 2ª Guerra Mundial, quando acoleção de obras de arte do nazista HermannGoering foi encontrada. Entre os 1200 quadros ha-via um Vermeer – “Mulher surpreendida em adulté-rio”, vendido ao ex-comandante da Luftwaffe por vanvanvanvanvanMeegerenMeegerenMeegerenMeegerenMeegeren.

Encontrado pela polícia, o ex-pintor era então dono de um bem sucedidoclube noturno. Segundo disse em seu interrogató-rio, sua fortuna havia sido feita através da vendade seis Vermeer, adquiridos de uma família italia-na.

Mulher Surpreendida em Adultério

A casa-barco onde van Meegeren

mantinha seu clube noturno 1515151515

AAAAArrrrrttttteeeee

Page 16: RevistaMol-TaGGe2

Pressionado,van Meegeren confessou ter falsificado obrasde Hals, Hooke e Vermeer. No total, foramonzeVermeers, dois Pieter de Hooke, dois Gerardter Borchs, três Frans Halses e um Dirck Baburen.Para provar que não estava mentindo vanvanvanvanvanMeegeren Meegeren Meegeren Meegeren Meegeren pintou seu último Vermeer: “O JovemCristo Ensinando no Templo”.

1616161616

Cristo e os Discípulos em Emaús 

O melhor Vermeer de van Meegeren

O Hooke (Pieter de), de Meegeren

O interessante nas falsificaçõesde van Meegeren é que ele não falsificou as obras,ou seja, ele não copiou obras de Vermeer, Halses,Hooke, ele incluiu no catálogo desses artistas obrasque eles não haviam pintado. Obras que os maio-res conhecedores de arte arte arte arte arte da época divulgaramcomo novas pinturas pinturas pinturas pinturas pinturas descobertas.

A última Ceia 

Um Vermeer de van Meegeren

Mulher Bebendo

Halses por van Meegeren

Page 17: RevistaMol-TaGGe2

Van Meegeren falsificou as assinaturas dos pintores e não suaspinturas. Isto faz dele um falsificador único e ex-clusivo. Um artista?

Julgado e condenado, no último dia para recorrer da sentença, Meegerensofreu um ataque cardíaco e foi hospitalizado, mor-rendo após um segundo ataque, em 30/dez./1947,aos 58 anos.

As16 assinaturas superiores são de Vermeer.

Fonte - De Vries: «Jan Vermeer van Delft, Londres, 1948. 

As seis assinaturas inferiores são

as falsificadas por Meegeren nas pinturas .

VanVanVanVanVanMeegeren Meegeren Meegeren Meegeren Meegeren 

porporporporpor

Informações:

POSTADO POR MarGGa - 13/8/2009

Créditos

1717171717

VanVanVanVanVanMeegeren Meegeren Meegeren Meegeren Meegeren 

http://www.answers.com/topic/han-van-meegeren

Answers Trópico http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/1519,1.shl

MY Studios http://www.mystudios.com/gallery/han/sign.html

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/08/falsificadores-arte-1-van-meegeren.html

Page 18: RevistaMol-TaGGe2

Os Sonhos deOs Sonhos deOs Sonhos deOs Sonhos deOs Sonhos de

Akira KurosawaAkira KurosawaAkira KurosawaAkira KurosawaAkira Kurosawa

Os Sonhos deOs Sonhos deOs Sonhos deOs Sonhos deOs Sonhos de

Akira KurosawaAkira KurosawaAkira KurosawaAkira KurosawaAkira Kurosawa

O menino tinha um sonho: 

dar vida à sua pessoal maneira de veras coisas. Quando via um livro sobreCézanne, tudo a sua volta setransformava em Cézanne; se opintor fosse Van Gogh, o mundo

era goghiano.

O menino fez-se homem, desenhou, pintou, ilustrou jornais e revistas, mas o sonho continuava sendo apenas isto, um sonho.

1818181818

AAAAArrrrrttttteeeee/////CCCCCiiiiinnnnneeeeemmmmmaaaaa

Page 19: RevistaMol-TaGGe2

Akira – o luminoso –,agora homem, continuava sonhando. A inspiração definitiva viriaenvolta nas rotas páginas de “O sonho de um homem ridículo”(Dostoievski -1877).

Enfim atenderia a seu menino interior,com a filmagem de “Sonhos” , filme de abertura do 43º Festivalde Cannes (1990).

Konna yume wo mita – vi um sonho assim. Com esta frase é iniciado cada um dos oito episódios do filme,que seriam nove, mas Kurosawa preferiu retirar aquele que sechamaria Voar.

De Voar,o episódio que não figurou no filme, restaram os desenhos deKurosawa.

A rígida hierarquia japonesaestá representada em dois episódios, período da infância do cineasta. Sol em meio da chuva, retrata osonho de uma criança que desobedece os pais para presenciar um casamento de raposas. O pomar depêssegos, em uma festa da primavera o menino encontra os espíritos dos pessegueiros em flor.

A arte buscada como um objetivo se faz presente no desejo de ser pintor do jovem. Em Corvos, onde Kurosawa é interpretado por nin-guém menos que Martin Scorcese, um aprendiz de pintor procura Van Gogh nos trigais da Holanda paracom ele aprender a arte da pintura (não deixe de ver o vídeo no blog, é imperdível!não deixe de ver o vídeo no blog, é imperdível!não deixe de ver o vídeo no blog, é imperdível!não deixe de ver o vídeo no blog, é imperdível!não deixe de ver o vídeo no blog, é imperdível!). Já em Nevasca,o líder de uma expedição, junto com seu grupo, se vê em meio a uma tempestade de neve na monta-nha.

Page 20: RevistaMol-TaGGe2

A guerra e as bombassão os sonhos aterradores de Akira. São três episódios referentes a esta atrocidade da raça humana: OTúnel, Monte Fuji em vermelho e O demônio chorão.

Por fim, a esperança,retratada em O Povoado dos Moinhos.

Informações:

POSTADO POR MarGGa - 28/4/2009

Créditos

2020202020http://mol-tagge.blogspot.com/2009/04/os-sonhos-de-akira-kurosawa.html

Martin Scorcese como Vincent Van Gogh

Adoro Cinema

Baby Schmitt

http://www.adorocinema.com/filmes/sonhos/sonhos.asp

http://www.babyschmitt.com.br/videozenossonhosdekurosawa.htm

Escrever Cinema

Nipo Cultura

Imagens

Viajar na

viagem

Arteria

http://www.nipocultura.com.br/?p=439

http://www.escrevercinema.com/KuorosawaSonhos.htm

http://www.arteria.com/

http://www.blogger.com/viajarnaviagem.splinder.com/archive/2008-05

AAAAArrrrrttttteeeee/////CCCCCiiiiinnnnneeeeemmmmmaaaaa

Page 21: RevistaMol-TaGGe2

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ooooouuuuu

AAAAArrrrrttttteeeee/////PPPPPiiiiinnnnntttttuuuuurrrrraaaaa

O encontro entre arte,

medicina e morte 

não é uma invenção de

Gunther Von Hagens (dr.

Morte), mas remonta ao

Renascimento. Esta tríade

se eternizou na pintura de

Rembrant (Holanda, 1606-

1669), intitulada A lição

de anatomia do dr. Tulp,

obra que guarda detalhes

interessantíssimos.

Dissecando umaDissecando umaDissecando umaDissecando umaDissecando uma

pintura de Rembrantpintura de Rembrantpintura de Rembrantpintura de Rembrantpintura de Rembrant

A Lição de Anatomia do Dr. Tulp

O quadro retrata a dissecação de um cadáver (Adriaen Adriaensz,condenado a morte por enforcamento, por ter fur-tado um casaco), realizada em 31/jan./1632, parauma assistência de sete pessoas. Na época, a dis-secação só era permitida em cadáveres de crimi-nosos, realizadas por eminente membro da Uni-versidade, com propósitos educativos ou demons-trações públicas em Teatros de Anatomia (anfite-atros com bancadas).

Na cena,     o dr. Tulp (Amsterdã, 1593-1674, descreveu cli-nicamente o Beribéri), está sentado em uma pol-trona e usa chapéu, detalhes que o hierarquizasobre os demais. Alguns afirmam que os assisten-tes eram administradores municipais; outros,que eram membros da alta burguesia de Ams-terdã; e, um terceiro grupo, acredita serem ci-dadãos da classe média de Amsterdã edois deles clínicos.

Encontro entre Arte, Medicina e MorteEncontro entre Arte, Medicina e MorteEncontro entre Arte, Medicina e MorteEncontro entre Arte, Medicina e MorteEncontro entre Arte, Medicina e Morte

Page 22: RevistaMol-TaGGe2

2222222222

Usando chapéu,o dr. Tulp está senta-do em uma poltronae tem o olhar distan-te do ato que realiza- pensaria filosofica-mente sobre a natu-reza humana (?), adicotomia corpo ealma? (vejam imagemao lado);

ao redor do corpo,sete acadêmicos as-sistem à dissecaçãodo cadáver;

os dois assistentes, àesquerda, olham desoslaio;

as três figuras centrais olham para o livro “DeHumani Corporis Fabrica”, de Andrea Vesalius, queestá ao pé do cadáver (veja mais sobre este livrono blog Spiritus Litterae);

o que tem um papel na mãoparece olhar diretamente parao pintor.

o que está atrás dos demais, parece posar para umretrato e, como o médico, tem o olhar no espaçovazio;

Page 23: RevistaMol-TaGGe2

2323232323

A postura dos personagensrealmente leva à crer que não se tratavam de ho-mens da ciência, interessados no conhecimento ci-entífico, mas homens públicos. A

Pitorescamente,o chapéu usado pelo dr. Tulp indica sua hierarquiasobre a assistência.

A dissecação também guarda detalhes interessantes:naquela época, iniciava-se a autopsia pela aber-tura das cavidades, devido à rápida deteriorizaçãodas vísceras, o que não acontece na cena propos-ta, cujo o exame começa pelos membros (mãoesquerda);

com a mão esquerda omédico reproduz o movi-mento que é executadopelos dedos quando dacontração do músculopinçado.

há uma imprecisão técnica quanto ao membro dis-secado, uma inversão na representação da inser-ção do músculo flexor superficial dos dedos queTulp está pinçando. Anatomicamente este mús-culo se origina no lado interno do cotovelo e nãodo lado externo como está representado no qua-dro (teria Rembrandt pretendido destacar a im-portância da mão tanto para o cirurgião quantopara o artista?);

Detalhes clínicosdo cadáver podem ser percebidos na pintura: 

apresenta-se preservado e com as característicasdo livor mortis (observe a imagem ao lado);

nas pernas é possível observar um traçado de co-loração azulada desde o tornozelo até os joelhos(hipóstases – má circulação –, ou varizes?) - ob-serve a veia que se destaca na perna direita;

uma tênue linha, forma uma prega, no lóbulo daorelha direita (coronariopatias, a cardiopatiaisquêmica?) - infelizmente a imagem não permiteque o detalhe seja apreciado.

O quadrofoi pintado por encomenda do Dr. Tulp, que con-tratou os serviços de Rembrandt para documentara dissecção, provavelmente para comemorar o pri-meiro ano das aulas de anatomia dadas porele noTeatro de Anatomia de Anthoniesmarkt.

Page 24: RevistaMol-TaGGe2

Ao final, o quadro foi afixado em uma das salas daguilda (associação dos médicos).

O uso da dissecação de um cadáver humanocomo base para uma produção artística, portanto,não é recente, não é uma inovação de Von Hagens.O mesmo Rembrant tem outra obra na qual usa aautopsia como tema: A aula de anatomia do dr.Joan Deyman (veja imagem ao lado), mas este éoutro assunto.

 A aula de

anatomia do dr.

Joan Deyman

Informações:

POSTADO POR MarGGa - 25/5/2009

Créditos

2424242424

Imagens

Apenas a título de ilustração,algumas imagens do trabalho de Gunther VonHagens, também conhecido como “escultor de ca-dáveres” ou o “Salvador Dali do corpo humano“.

A criatura e o criador

A seu método,o “artista” dá o nome de plastinação - imersão doespécime ou orgão dissecado “em acetona paraevacuar toda a água do corpo”.

ArScientia

Wikipédia

http://www.arscientia.com.br/materia/ver_materia.php?id_materia=57

http://pt.wikipedia.org/

http://spacecollective.org/RuudKempers/2320/The-Inner-net

http://geoconger.wordpress.com/2008/02/14/1134/

Conger

Ruud Kempers

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/05/encontro-entre-arte-medicina-e-morte-ou.html

Page 25: RevistaMol-TaGGe2

A real origem do Samba,enquanto ritmo ou dança, não é bem definida. Apalavra, imagina-se, seria originária de Angola,derivada de “Semba” – expressão da línguaKinbusquer, que significa “toque de umbigos”,como se fosse um chamado para a dança, muitocomum na África.

Foi no Rio de Janeiroque o samba cresceu, desenvolveu-se e se tornouum gênero musical genuinamente brasileiro. Umapaixão nacional, como se costuma dizer.

A Praça Onze (foto abaixo)foi o reduto de seu nascimento. Lá morava HiláriaBatista de Almeida, a “Tia Ciata”, doceira, anfitriãdas festas e, certamente, a grande mãe do samba.A música não era bem vista, chegou a ser proibi-da, por ser alta, não civilizada e feita por negros.

Sambar Sambar Sambar Sambar Sambar é verboé verboé verboé verboé verbo

que se conjugaque se conjugaque se conjugaque se conjugaque se conjuga

no corpono corpono corpono corpono corpo

Sambar é verbo que se conjuga nos movimentos do

corpo. O Brasil adotou sua paternidade, desde que,

no Rio de Janeiro, nasceu o primeiro samba

brasileiro.

2525252525

Ciata,no terreiro de sua casa, reunia o melhor do samba.Entre eles: Donga, João da Baiana, Pixinguinha eSinhô. Mas, apesar da proibição, Tia Ciata não “ar-redou pé”. Em sua casa foi feita a primeira compo-sição brasileira: “Pelo Telefone”, de autoria deDonga e Mauro de Almeida.

Tia Ciata

“A polícia sem mais aquela cercava a casa da gen-te, onde estava o pessoal se divertindo, mandavachamar o dono da casa e perguntava por que es-tava fazendo festa? Já ouviu pergunta mais idiota?Toda a cidade se divertia com festas familiares eeles vinham em cima da gente. Sambista eramalvisto, violão também. Nós fizemos a músicaautêntica, a verdadeira música brasileira, en-quanto eles dançavam valsas e polcas”.

(Donga)

AAAAArrrrrttttteeeee/////DDDDDaaaaannnnnçççççaaaaa

Page 26: RevistaMol-TaGGe2

No ato de sambartodas as partes do corpo são usadas. Ou seja, nodecorrer da dança, os centros de movimento sealteram isoladamente, o que é chamado polizentria.Os homens normalmente isolam a cabeça, os om-bros e o tórax. A mulher costuma isolar o tórax,barriga, a pélvis (quadris e nádegas), braços e per-nas. Contudo, não há uma diferença rígida entre odançar feminino e o masculino.

Existem vários estilos de sambar.Individualmente, são vários os passos do samba, oque acentua sua complexidade, por um lado, maso que, ao mesmo tempo, dá ao dançarino enormeespaço para a criação. Já o samba em dupla é umcaso à parte, onde, para cada estilo, existe um con-junto de regras.

2626262626

Os estilos do sambar em dupla,além do samba de gafieira, são muitos:

samba de breque: dançado como o samba degafieira, tem como diferencial as paradas súbitas,conhecidas como breques, que acompanham amelodia;

samba-canção: a música é melódica e suave e osambar, às vezes, chega a se parecer com o bolero,devido a seu andamento lento. Entretanto, o cor-reto seria usar os passos do samba de gafieira;samba-enredo: apesar de não ser uma dançaenlaçada, pode ser assim dançada, como no casodo mestre-sala e porta-bandeira. As característi-cas exigidas a este casal são muitas e merecemum post no futuro;

samba de gafeira: também conhecido como o“samba carioca”, tem muita ginga e elegância,grandes deslocamentos no salão. Conheça maissobre este estilo em nosso próximo post.

samba-rock, sambalanço oupagode paulista: sambadançado com os braços, commuito “swing” e marcação.Na verdade, é uma mesclados movimentos do rockcom os passos do samba degafieira. No samba rockexistem vários passos, mui-tos dos quais criados pelodançarino.

No blog você pode assistir aum vídeo com uma apresen-tação de Carlinhos de Jesus e Roberta.

Informações:

POSTADO POR MarGGa - 24/6/2009

Créditos

Wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Samba

http://www.vinicius.de/Vinícius

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/06/sambar-movimento-corpo.html

  http://www.passosecompassos.com.br/cursos.asp

http://daniellathompson.com/Photos/Praca_Onze/Praca_Onze.jpgPraça 11

Passos e Compassos

Page 27: RevistaMol-TaGGe2

A história do Tio Sam (Uncle Sam),surgiu de uma brincadeira entre os soldados du-rante a guerra contra a Inglaterra, em 1812. A partirde então, os órgãos de propaganda política norte-americanos transformaram sua representação ,principalmente através de pôsteres, em símbolo dopatriotismo e da capacidade dos esforços de guerradaquela nação. O personagem passou a ser utili-zado em todas as campanhas de guerra dos EUA.

Na Guerra de 1812, os soldados recebiam os supri-mentos alimentícios em barris,nos quais inscrevia-se “U.S.”, si-gla para United States e logo elasforam associadas ao nome deSamuel Wilson (foto), fornecedordo governo, fabricante e comer-ciante de carne em conserva.

Somente em 1916, durante a 1ª Grande Guerra, queo Tio Sam ganhou a aparênciaque tem hoje, no famoso pôsterde alistamento, desenhado peloilustrador James MontgomeryFlagg (imagem ao lado), queusou sua fisionomia para cons-truir o personagem.

Os símbolos só exercem efeito sobre o povo, quando este ignora sua imposição por parte dogrupo dominante, por isto os personagens usadosfazem parte da cultura popular, caso específico doTio Sam, que foi idealizado como um típico cida-dão norte-americano, que joga baseball, conversacom as crianças, cumprimenta as pessoas na ruaetc.

Tio Sam, por Thomas Nast (1876). O personagem é um homem loiro,

relativamente jovem, de cartola negra e não possui ao cavanhaque.

A encarnação da nacionalidade norte-americanana figura de um ancião, a usar roupas extravagantes,apresenta como simples algo complexo, o que se per-cebe nos pôsteres de convocação para alistamento ouparticipação nos esforços de guerra, de compra debônus de guerra, entre outros (veja a seguir).

Por trás da representação icônica do Tio Sam, está também a inexistência, à época das grandes guer-ras, de um forte líder político popular, ao contrário doque ocorria na Inglaterra (Churchill), União Soviética(Stalin) e na Alemanha (Hitler). Nem mesmo as figurasdos presidentes Roosevelt, Truman ou do gal.Eisenhower criaram o vínculo popular necessário àpersonificação do ícone. O que, aliás, Tio Sam con-seguiu muito bem nestes quase dois séculos.

AAAAArrrrrttttteeeee/////DDDDDeeeeesssssiiiiigggggnnnnn

GGGGGrrrrráááááfffffiiiiicccccooooo

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Page 28: RevistaMol-TaGGe2

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Informações:

POSTADO POR MarGGa - 14/5/2009

Créditos

Tio Sam jogando baseball (pôster do período

da 1ª Guerra) - “Publicity Committee:

Citizens Preparedness Association”

U. S. Navy “Aqui está ele, Sir” - Charles

Dana Gibson (um dos primeiros criadores

das pin-ups)

Interessante neste pôster o uso de um

segundo símbolo estadunidense, inclusive

mais antigo que a do Tio Sam,

a Columbia (encarnação feminina da Nação)

Compre Bônus Extra - NC Wyeth (1942) Observem que apenas o punho da roupa

remete à representação icônicaCuriosa a força usada pelo “salvador”

Rare-Posters

UFRGS http://www.ufrgs.br/propesq/livro3/artigo_charteris.htm

http://www.rare-posters.com/

UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - A figura do Tio

Sam na propaganda Política dos Estados Unidos em Guerra - Charteris

Santos dos Santos, Fábio Chang de Almeida , Marlise Giovanaz

(orientadora)

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/05/tio-sam-icone-dos-estados-unidos.html

Page 29: RevistaMol-TaGGe2

Este poster não é extremamente ilustrativo quanto à afirmação de que a criação de um

ícone nacional norte-americano teve como base a ausência de um forte líder político popular

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Camille Claudel (1864-1943), nasce em Fère-en-Tardenois, Aisne. Aos 21 anos,após a produção de suas primeiras obras – “A ve-lha Helena” e “Paul aos treze anos” –, é admitidacomo aprendiz no ateliê de August Rodin.

No ateliê de Rodin, Camille se sobressai, tornando-se sua aluna, mo-delo predileta e amante. Mantendo-a a parte, ele aprivilegia. Ela trabalha de forma incansável, dedi-ca-se às suas orientações e lhe serve, sendo res-ponsável pelos pés e mãos de suas obras.

A escultura “A Porta do Inferno”é produzida nesta época e é a primeira obra feitapelos dois artistas. Naqueles dias Camille Claudelainda vivia com os pais e a família ignorava suarelação com Rodin.

Camille e Rodin –sob a promessa dele de que abandonaria sua com-panheira de anos, Rose Beuret –, passam a viverpublicamente como amantes, em uma velha man-são, e a transformam em atelier. Transcorria o anode 1888. A família de Camille, indignada, recusa ocontato com a artista.

Camille Claudel eCamille Claudel eCamille Claudel eCamille Claudel eCamille Claudel eo amor até os limiteso amor até os limiteso amor até os limiteso amor até os limiteso amor até os limitesimpossíveis da loucuraimpossíveis da loucuraimpossíveis da loucuraimpossíveis da loucuraimpossíveis da loucuraCamille Claudel, por um amor levado além dos

limites, chega à loucura. Por um amor alucinado,

rompe os laços sociais e morais do século XIX.

Escultora à sombra de seu mestre, a ele dedicou não

só sua arte, mas sua sanidade e, com ela, sua vida.

Camille produz “Sakuntala”,rebatizada de “Abandono”, inspirada no conto dopoeta hindu Kalidassa: uma mulher grávida pro-cura o marido, mas, tendo perdido a insígnia que aidentificava como rainha, ele não a reconhecerá,tomando-a como impostora. “Sakuntala”, deses-perada, retira se. Uma chama, em forma de mu-lher, a levanta e ambas desaparecem.

Camille produz como nunca:

Busto de Rodin

AAAAArrrrrttttteeeee/////EEEEEssssscccccuuuuullllltttttuuuuurrrrraaaaa

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Reconhecida pela críticacomo artista genial e de estilo próprio, a socieda-de, frente à sua vida de concubinato com Rodin,não a perdoa e a impede de concorrer a concursospara realização de obras públicas.

Camille engravida.Rodin a envia de “férias” para o interior, aos cuida-dos das “fazedoras de anjo”. Toda sua dor fica es-tampada em outra belíssima obra “A PequenaCastelã”. Sua atitude a transforma, aos olhos doirmão Paul, em uma mulher “impura e suja”.

Camille escreve a Rodin:“Parece que saio à noite pela janela de minha tor-re, suspensa numa sombrinha vermelha com a qualponho fogo na floresta!!!” Sua sombrinha verme-lha certamente é a devastação que lhe causa naalma este amor não assumido e, por consequência,as acusações sociais por conviver com um homemmais velho em concubinato.

Em 1892,Camille rompe com Rodin. Monta seu próprio ate-liê na ilha de Saint Louis. Transcorrem sete anosnos quais desafia seu ex-mestre, nega-lhe sua aju-da e, desesperadamente, tenta conseguir enco-mendas. Torna-se alcoólatra e protagoniza váriosescândalos. Consegue realizar duas exposições desuas esculturas, às quais não comparece, por es-tar muito acabada e feia para se expor. Escreve aoprimo Thierry: Você não me reconhece mais, vocêque me viu tão jovem e tão brilhante no salão deChacrise.

Camille foi impedida de apresentaruma de suas mais belas obras, “A Idade Madura”ou “O Caminho da Vida” (um homem velho abraçauma senhora, enquanto uma jovem de joelhos su-plicante agarra-se aos seus dedos. O olhar do ho-mem dirige-se para a senhora, e sua mão tenta

“A Pequena Castelã”

O rosto puro da menina dirige um morto olhar para o céu

Duas de suas escultruas, são premiadas.

A Valsa (1891-1893)

O Clotho (1893-1897), é uma das três Moiras

que determinam o destino dos homens,

ela tem o poder de fiar a vida e cortá-la quando quiser

3232323232

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escapar da jovem suplicante - imagem ao lado).Depois disto, ela se isola completamente.

Em cartas a Eugène Blot, dono de uma galeria que veiculava suas escultu-ras, diz não poder comparecer às exposições pornão ter roupa adequada: sou como pele de asnoou Cinderela, condenada a cuidar da lareira semesperança de ver chegar a fada ou o Príncipe en-cantado que deve mudar minha roupa de pele oucinzas em vestidos cor do tempo.

Os vizinhos a escutavam gritar:o canalha do Rodin! Começa a se imaginar perse-guida. Transforma o meio artístico, antes ideal,em ”o bando de Rodin”, que seduz e convence atodos contra ela. Teme que suas idéias e desenhossejam roubados, executados e, tendo sucesso, seunome seja excluído.

Eu serei perseguida por toda minha vidapela vingança deste monstro, o perseguidorAuguste Rodin. Até a morte, Camille permanecerácerta de que Rodin a persegue.

O modelo Henri Asselin,em uma manhã, a encontrou desfeita, tremendode medo, armada de vassoura. Ela lhe disse: Estanoite dois indivíduos tentaram forçar a minha ja-nela. Eu os reconheci, são dois modelos italianosde Rodin. Ele lhes ordenou que me matassem. Euo incomodo. Ele quer me fazer desaparecer. Umtempo depois o modelo recebe a seguinte comu-nicação: Seu busto não existe mais, durou o tem-po que vive as rosas.

Depois deste episódio,em julho, todos os anos, Camille destrói a marte-ladas todas as suas esculturas e some por algumtempo. Seu ateliê transforma se em um lamentá-vel espetáculo de ruína e devastação.

Em março de 1913 seu pai morre.Era ele que a mantinha financeiramente neste pe-ríodo. Seu primo, Charles Thierry, comunica-lhe,por carta, o falecimento. Em resposta, Camille lhe

escreve: O pobre papai nunca me viu como eu sou;sempre lhe fizeram crer que eu era uma criatura odi-osa, ingrata e má. Era necessário, para que o outropudesse tudo usurpar. Na carta, Camille afirma que afamília vai logo interná-la em uma casa de loucos: pormais que eu me encolha em meu pequeno canto, ain-da sou demais.

Camille não estava errada.Com a morte do pai, Louise, sua mãe, estava livrepara tomar as providências que acreditava corretas.Louise conseguiu um atestado com um médico ami-go da família e vizinho de Camille. O laudo deinternação certificava que Camille Claudel sofria deperturbações intelectuais muito sérias; tinha hábitosmiseráveis, era absolutamente suja, nunca se lavava;que havia vendido todos os seus móveis; passava suavida completamente fechada, só saindo à noite; e quetinha enorme pavor do “bando de Rodin”, sendo, por-tanto, necessária sua internação em uma Casa de Saú-de.

Uma análise interessantíssima sobre Camille,foi feita por Elisabeth da Rocha Miranda:“Preterida pela mãe e pelo amante, ela não tem lugarno desejo do Outro. Camille trai o pai na medida emque se apaixona por Rodin em detrimento de sua pró-pria obra. Ela fracassa em superar o mestre, para opai. Assim já não pode pertencer ao clã Claudel,devastada perde a dignidade em sua guerra como grande homem que lhe custou os olhos da

3333333333

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cara”.Referindo-se à sua paixão por Rodin,em uma de suas cartas Camille Claudelescreve: Teria feito melhor comprando belos ves-tidos e belos chapéus que realçassem minhas qua-lidades naturais do que me entregar à minha pai-xão pelas construções duvidosas e os grupos maisou menos ásperos (...) esta arte está mais de acordocom as grandes barbas e caras feias do que comuma mulher relativamente bem dotada pela natu-reza.

Camille Claudel viveria seus últimos 30 anosprisioneira em um asilo. Escrevia constantementeà mãe, pedindo-lhe, desesperada, para que a sal-vasse e lhe tirasse daquele inferno. A resposta erasempre implacável.

As cartas de Lousise para o diretor do asilo,proibiam que Camille se correspondesse com quemquer que fosse: “suas cartas poderiam servir àque-les que faziam campanha contra a famíliaClaudel”. Segundo Louise: “Camille tem idéias asmais extravagantes, suas intenções são, sob o pon-to de vista da família, sempre muito más, ela nosdetesta, e está sempre pronta a nos fazer todo malque puder”.

Uma soma cada vez maior em dinheiroera a resposta de Louise a Camille e ao diretor doasilo. Ela tinha horror a “qualquer aproximação comesta filha que só trazia a vergonha e desonra”.

A última carta da artista,escrita em 1930 e dirigida a Paul, dizia: Hoje, 3 demarço, é o aniversário de minha internação! Faz17 anos que Rodin e os marchand de objetos dearte me enviaram para fazer penitência nos asilos.Eles é que mereciam estar nesta prisão, pois elesapoderaram-se da obra de toda minha vida atra-vés de B. que conta com sua credulidade e a demamãe e de Louise. Eles diziam: nós nos servimosde uma alucinada para encontrar nossos temas! É

a exploração da mulher o esmagamento daartista de quem se quer espremer sangue!Tudo isto no fundo sai da cabeça diabólica

3434343434

de Rodin. (...) Tem novidades de Paul? De que ladoele está agora? Ainda tem a intenção de me deixarmorrer em um asilo de alienados? É bem cruel paramim. Isto não é lugar para mim.

É a Rodin que Camille culpapor sua internação. Segundo Elizabeth RochaMiranda, ”para todos os assuntos ela era ponde-rada, mas enlouquecia ao ouvir o nome daqueleque roubou sua alma/obra. Loucura femininaimponderável, delirante, enfurecida e enlutada atéo fim de seus dias, tal qual sua mãe, que não lheperdoou ser mulher.”

Busto de Paul Claudel aos treze anos

Sakuntala

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Créditos

3535353535

“Passeando nos jardins do Museu Rodin e saboreando,

usufruindo tanta beleza, deparei-me repentinamente com sua

gigantesca ‘Porta do Inferno’. A emoção estética comove-me

até as lágrimas, choro soluçando , profundamente tocado,

lamentando por Rodin e por mim mesmo... Até hoje ainda sinto

um nó na garganta ao ver esta porta! Sinto todo o sofrimento

das estátuas coladas naquele portal soldado, enormidade fundida

em um bloco único; a poesia tenebrosa do monstruoso portal

que nunca, jamais poderá ser aberto... Eternamente selado...

Todas as obras inacabadas ou nunca realizadas, todos os esboços

esquecidos e trancados no inferno criativo de cada artista... O

‘’salão dos recusados’’ das idéias rejeitadas no meu inconsciente,

retorcidas e injustiçadas, que nunca ninguém vai ver.

A Porta do Inferno é o Nigredo, a ‘Obra em Negro’ dos

Alquimistas, a noite escura da alma descrita pelos místicos

europeus, a descida ao inferno do herói mítico, Orfeu, Hercules

etc. Talvez tudo fosse mera projeção do meu inconsciente...”

(Flávio Calazans | 16/08/2002)

Apesesar de “A porta do Inferno” estarnos

jardins do Museu Rodin, a obra foi executada

pelo escultor e Camille Claudel, apesar de os

louros serem creditados somente ao “mestre”.

Suplicante

Profundo pensamento

(1898-1905) Dorso de MulherA velha Helena

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/06/camille-claudel-amor-loucura.html POSTADO POR MarGGa - 19/6/2009

Associação Universitária de Pesq. em Psicopatologia Fundamental

Informações:

http://www.fundamentalpsychopathology.org/anais2006/4.30.3.1.htm

Mundo Cultural http://www.mundocultural.com.br/index.asp?

Wikipédia  http://pt.wikipedia.org/wiki/Camille_Claudel PhotoTravel’s Weblog

http://www.aletria.com/

http://www.camilleclaudel.asso.fr/

http://www.myspace.com/jesa

http://www.beatrix.pro.br/arte/biografias/camille-claudel

http://phototravel.wordpress.com/paris/museu-rodin/

Aletria: contos e outras histórias

Associação Camille Claudel

MySpace da Jessa

Página da Beatriz

Imagens

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O movimento surgiudepois da realização da “Grande Exposição dos Tra-balhos da Indústria de todas as Nações”, ou “GrandeExposição”, como é mais conhecida, realizada em1º/5/1851, em Londres. Esta foi a primeira expo-sição internacional da indústria e é considerada oprimeiro fórum internacional do mundo moderno.

Arts and Crafts, ou Artes e Ofícios, 

foi um movimento estético inglês, do século XIX,

que defendia o artesanato criativo – como

alternativa à industrialização e à produção em série

–, e o fim da distinção entre artesãos e artistas.

Hyde Park (1851), local geográfico da “Grande Exposição”

Atualmente localizado no centro de Londres

Além destes méritos,a Grande Exposição fez surgir o movimento “Artese Ofícios”. Explico: a exposição foi um sucesso,mas a apresentação dos objetos industriais um fra-

ConConConConConheheheheheçaçaçaçaça ooooo MoMoMoMoMovivivivivimenmenmenmenmentototototo“Arts and “Arts and “Arts and “Arts and “Arts and CraCraCraCraCrafts”fts”fts”fts”fts”

O Palácio Cristal, onde foi realizada a Grande Exposição.

“Uma jóia dos primórdios da arquitetura do ferro

e uma das construções mais notáveis da época vitoriana”

O Artes e Ofícios,liderado pelo designer inglês William Morris e pelocrítico de arte John Ruskin, era contrário a algu-mas práticas marcantes da época, entre elas:

- ao revival formalista;- à imitação de modelos históricos pela indústria;- ao ecletismo;- aos produtos falsificados, chamados, à época,pechisbeque.

Seus objetivos:· unir os artistas-artesãos· renovar qualitativamente o artesanato,· produzir e divulgar os objetos manualmente.

casso, tanto em gosto, quanto em qualidade. Nacrítica e na rejeição a este tipo de produção indus-trial é que está a origem do movimento Arts andCrafts.

AAAAArrrrrttttteeeee/////HHHHHiiiiissssstttttóóóóórrrrriiiiiaaaaa

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William Morris. Peacock and Dragon, material decorativo,

Morris and Co., 1878

Papel de parede de “Alcachofra” ,

de John Henry Dearle para William Morris & Co.,

1897 (Victoria and Albert Museum)

Créditos

3737373737

Informações:Imagens

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/05/conheca-o-movimento-arts-and-crafts.html

http://pt.wikipedia.org/

http://www.esec-josefa-obidos.rcts.pt/

http://www.multiarte.50megs.com/

http://teoriadodesign.blogspot.com/

http://ana-pt.livejournal.com/828.html

Wikipédia 

Escola Básica Josefa de Obidos 

MultiArte 

Ana_pt

Teoria do Design

POSTADO POR MarGGa - 8/5/2009

O Arts and Crafts é uma arte sóbria e equilibrada e que se fixou nahistória por suas linhas inspiradoras de paz e pornão ter deixado morrer a produção artesanal.

O movimento teve um único pecado: não conseguiru conciliar o artesanal à produçãoindustrial, mas, de qualquer forma, abriu caminho.E, pelo bem da arte, outros o usaram, como oBauhaus e Deutsche Werkbund (mote para um postfuturo).

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Em linhas gerais,o Modernismo da Semana de 1922 atualizou oambiente da arte brasileira através das vanguardaseuropéias. Ao mesmo tempo, fez nascer umconsciente projeto de criação genuinamentenacional.

Oswald de Andrade (1890-1954),em 1924, escreveu o “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, onde equilibrava duas forças: a cultura docolonizador (civilizada e intelectual) e a cultura docolonizado (nativa e primitiva), através daassimilação floresta e escola.

Antropofagia: a arte moderna

brasileira é vintage. O modernismo

nasce no Brasil na década de 20, pelas

mãos de seus dois maiores expoentes,

Tarsila do Amaral e Oswald de

Andrade.

(((((...)...)...)...)...)

A Poesia Pau-Brasil é uma sala deA Poesia Pau-Brasil é uma sala deA Poesia Pau-Brasil é uma sala deA Poesia Pau-Brasil é uma sala deA Poesia Pau-Brasil é uma sala de

jantar domingueira, com passarinhosjantar domingueira, com passarinhosjantar domingueira, com passarinhosjantar domingueira, com passarinhosjantar domingueira, com passarinhos

cantando na mata resumida dascantando na mata resumida dascantando na mata resumida dascantando na mata resumida dascantando na mata resumida das

gaiolas, um sujeito magro compondogaiolas, um sujeito magro compondogaiolas, um sujeito magro compondogaiolas, um sujeito magro compondogaiolas, um sujeito magro compondo

uma valsa para flauta e a Maricotauma valsa para flauta e a Maricotauma valsa para flauta e a Maricotauma valsa para flauta e a Maricotauma valsa para flauta e a Maricota

lendo o jornal. No jornal anda todo olendo o jornal. No jornal anda todo olendo o jornal. No jornal anda todo olendo o jornal. No jornal anda todo olendo o jornal. No jornal anda todo o

presente.presente.presente.presente.presente.

Nenhuma fórmula para aNenhuma fórmula para aNenhuma fórmula para aNenhuma fórmula para aNenhuma fórmula para a

contemporânea expressão do mundo.contemporânea expressão do mundo.contemporânea expressão do mundo.contemporânea expressão do mundo.contemporânea expressão do mundo.

Ver com olhos livres.Ver com olhos livres.Ver com olhos livres.Ver com olhos livres.Ver com olhos livres.

Temos a base dupla e presente – aTemos a base dupla e presente – aTemos a base dupla e presente – aTemos a base dupla e presente – aTemos a base dupla e presente – a

floresta e a escola. A raça crédula efloresta e a escola. A raça crédula efloresta e a escola. A raça crédula efloresta e a escola. A raça crédula efloresta e a escola. A raça crédula e

dualista e a geometria, a álgebra e adualista e a geometria, a álgebra e adualista e a geometria, a álgebra e adualista e a geometria, a álgebra e adualista e a geometria, a álgebra e a

química logo depois da mamadeira equímica logo depois da mamadeira equímica logo depois da mamadeira equímica logo depois da mamadeira equímica logo depois da mamadeira e

do chá de erva-doce. Um misto dedo chá de erva-doce. Um misto dedo chá de erva-doce. Um misto dedo chá de erva-doce. Um misto dedo chá de erva-doce. Um misto de

O Correio da Manhã,em 18/mar./1924, diria sobre a “Poesia Pau-Brasil”:

AntropofagiaAntropofagiaAntropofagiaAntropofagiaAntropofagiaArte modernaArte modernaArte modernaArte modernaArte modernaé vintageé vintageé vintageé vintageé vintage

AntropofagiaAntropofagiaAntropofagiaAntropofagiaAntropofagiaArte modernaArte modernaArte modernaArte modernaArte modernaé vintageé vintageé vintageé vintageé vintage

Abaporu

Tarsila do Amaral (1886-1973),em 11/jan./1928, oferece a Oswald de Andrade,como presente de aniversário, uma de suas recentespinturas, que viria a ser a propulsora dasformulações teóricas da “arte modernabrasileira”. 4141414141

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O quadro de Tarsila do Amaralretratava um “homenzinho” de pés enormesfincados na terra, a cabeça apoiando-se em umadas mãos, cercado pela secura do serrado, sob océu, ao lado de um enorme cacto verde. Seu nome?Em tupi-guarani, Abaporu; em português,Antropófago (aquele que come carne humana). 

Nascia o clube e a revista da Antropofagia,e a “arte moderna brasileira”. Na “Revista deAntropofagia” foi publicado o “ManifestoAntropofágico”, escrito por Oswald de Andrade.Nele, o escritor reelabora o conceito tido, até aquelaépoca, de que a Europa era o centro cultural domundo e, a América, selvagem e canibal.

Teoricamente,o Manifesto Antropofágicoadmite o “eurocentrismo”,mas afirma ser ocanibalismo a característicaque possibilita aosamericanos deglutirem eruminarem o importado,transformando-o em artegenuinamente nacional.

O Manifesto Antropofágico,diria, entre outras tantasafirmações poéticas deOswald de Andrade:

“(...) Nunca fomos catequizados. Fizemos foi

Carnaval. O índio vestido de senador do Império.Fingindo de Pitt. Ou figurando nas óperas deAlencar cheio de bons sentimentos portugueses.Já tínhamos o comunismo. Já tínhamos a línguasurrealista. A idade de ouro.(...) Perguntei a um homem o que era o Direito. Eleme respondeu que era a garantia do exercício dapossibilidade. Esse homem chamava-se GalliMathias. Comi-o.(...) Se Deus é a consciência do Universo in-criado,Guaraci é a mãe dos viventes. Jaci é a mãe dosvegetais.Não tivemos especulação. Mas tínhamosadivinhação. Tínhamos Política que é a ciência da

distribuição. E um sistema social-planetário. (...)”

A Negra (1923 – precursora do período)

O Ovo ou Urutu

Oswald de Andrade,em 1928, ainda não havia abandonado as teorias do“Movimento Antropofágico”. Entretanto, acrescentou-lhe o tempero da crítica: o canibal só digere o que lheapetece, o que lhe convém, destruindo o restante,preservando sua barbárie e sua primitividade. O autortransforma em metáfora uma imagem original (ocanibal), em um processo ativo, crítico e criativo, quecaracterizaria o modernismo brasileiro.

Tarsila do Amaraldesarticula a forma construtiva, estilizando as formasarredondadas e as cores emblemáticas nacionais, (tonsfortes de verde, amarelo, azul, laranja e roxo). A artemoderna de Tarsila do Amaral liga-se ao selvagem,ao primitivo, sem perder o aprendizado da vanguarda.As obras modernistas de Tarsila foram:

Page 43: RevistaMol-TaGGe2

Informações:

Itau Cultural

Antropofagia

POSTADO POR MarGGa - 21/10/2008

CréditosImagens

Amém, Desejo... Amém!!! Jornal LivreMuseu de Arte Contemporânea

Portal UERJ

Zulu.Com

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC

http://www.antropofagia.com.br/antropofagia/pt/man_antropo.html

http://www.amemdesejoamem.blogspot.com/http://www.jornallivre.com.br/

http://www.macvirtual.usp.br/

http://www.febf.uerj.br/pesquisa/semana_22.html

http://www.zulu452.blogspot.com/

http://mol-tagge.blogspot.com/2008/10/antropofagia-arte-moderna-e-vintage.html

A

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A Lua (1828) Floresta Sol Poente

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Betty BoopBetty BoopBetty BoopBetty BoopBetty Boop nasceu nos estúdios de Dave eMax Fleischer.Surgiu como uma garota independente, ino-vadora, retratando sem rodeios os anseiosdasmulheres mulheres mulheres mulheres mulheres daquela época. Causou tama-nho impacto que foi convidada a se retirar decena. Ainda assim, a sensual dançarina decabaré entrou para a história. É issomesmo, Betty BoopBetty BoopBetty BoopBetty BoopBetty Boop era uma dançarina de ca-baré! Até hoje frequenta o imaginário femi-nino, sejam de adolescentes, jovens, senhoras ouavós.

Betty Betty Betty Betty Betty foi criada pelos ilustradores Grim Natwick, um veterano animador dos estúdiosda Walt Disney, e Dave Fleischer. Para que se en-tenda a genialidade dos dois artistas, basta res-saltar que as animações eram realizadas atravésde uma mesa giratória, onde eram montados oscenários (feitos de recortes de papelão), sobre osquais eram colocados os desenhos. Nesse sistemade produção foi que nasceu Betty BoopBetty BoopBetty BoopBetty BoopBetty Boop e outro fa-moso personagem, o Popeye

Ah!, adorava aqueles desenhos! Muitas vezes tiveque comer espinafre para “ficar fortinha” comooPopeye.

A históriaA históriaA históriaA históriaA históriade Bettyde Bettyde Bettyde Bettyde BettyBoopBoopBoopBoopBoopA história de Betty Boop começa na década

de 30 e é escrita até hoje por mulheres jovens

e adultas. Betty Boop é quase uma herança de

mãe para filha. Como banda desenhada, é a

madrinha do Mol-TaGGe.

Em 1930, fazia sucesso como cantora Helen Kane(foto abaixo). É com ela que começa a história dea história dea história dea história dea história deBetty BoopBetty BoopBetty BoopBetty BoopBetty Boop. Helen tinha um rosto engraçadinho

4545454545

Page 46: RevistaMol-TaGGe2

(parecendo fuinha, acho), e uma voz (que me per-doe!) esganiçada. Um prato e tanto para caricatu-ristas, vocês concordarão comigo. Isso não pas-sou despercebido pelos Fleischer. Criaram, então,pelas mãos de Natwick, uma cadelinha, para sercoadjuvante do cachorro Bimbo, em uma série cha-mada “Talkartoons”.

Ouçam a voz de Helen Kaneno blog e percebam que não estou exagerando emnada quando digo que a vozinha da moçoila eraesg..., digo, muito aguda.

Na década de 30,as mulheres     haviam subido as saias, cortado seuslongos cachos e dançavam o Charleston. Suas rou-pas mudaram drasticamente, jogaram fora osespartilhos, passaram a usar seda artificial. As me-lindrosas, com suas ligas à mostra, estavam emalta. Não deu outra, as orelhas foram trocadas porargolas douradas, os olhos ganharam em tama-nho e pestanas, o vestido traduzia a época (justose curtos, mostrando a liga), a voz... nada melhorque a vozinha esga..., digo, doce, parecida com ade Helen.

Isso mesmo, Betty Boop foi uma cadelinha –uma poodle francesa – antes de ser gente.Permitindo-me uma inversão de percepção:Helen Kane é a cara da Betty Boop, não é?

Mas Betty     não tem cara de fuiinha! Com o sucessode Betty Boop na animação inicial, seus criadoresresolveram transformá-la em gente.

Assim emergiu das mentes criativas de Natwick eDave, em 1932, na animação “Minnie the Moocher”, aamada Betty Boop, uma doce dançarina de cabaré.

Todos se renderam a ela.Tornou-se um ícone para as mulheres. BettyBoop levou às pessoas os novos costumes:

− talvez tenha sido o primeiro ícone feminino co-nhecido;− única personagem mulher     a protagonizar dese-nhos durante muito tempo;− provavelmente também a única a viver situaçõesreais em seus roteiros;− − − − − Betty Boop era, se não de nacionalidade, de des-cendência judia – seus pais foram claramente iden-tificados nos desenhos como judeus (retratados an-tipaticamente, é claro!);− com seu jeitinho meigo, realizava o proibido: ojazz, a liberdade dos cabarés, o “sex appel”;

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Page 47: RevistaMol-TaGGe2

CréditosInformações e Imagens

A Hebraica

Betty Boop Star 

Paranóia de Mulheres

http://www.hebraica.org.br/sitenovo/

http://www.paranoiasdemulheres.blogspot.com/

http://www.projectosermulher.blogspot.com/Projecto Ser Mulher

TV Sinopse 

Wikipédia PT

Wikipédia EN

http://www.tvsinopse.kinghost.net/

 http://www.pt.wikipedia.org/

http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page

http://www.bettyboopstar.com.br/

− tinha um namorado novo a cada desenho(danadinha ela!);− era independente, solteira, auto-suficiente;− desempenhava funções nada convencionais paramulheres de qualquer credo;− fazia tudo às claras, diante de seus milhões deespectadores.

Mas a moçinha foi censurada.Em 1934, o novo Código de Produção americanocensurou Betty Boop. Em nome da “moral e dosbons costumes”, Betty não poderia exibir mais seusdecotes, suas roupas insinuantes, sua cinta-liga...

Os Fleischer modificaram sua imagem, vestiram-na até o pescoço, apesar dos seios insi-nuantes sobressaírem sobre as malhas colantes.Finalmente, após anos de perseguição, em 1939,o Comitê Moralizador (é de fazer rir!) proibiu suaaparição.

Depois de 1939, Betty faz apenas breves aparições. Nos anos 80,fez uma ponta em um musical para a televisão CBS,“The Romance of Betty Boop” (1985), no filme “WhoFramed Roger Rabbit?” (1988), e num desenho ani-mado especial, de 1997. No mais, ficou restrita aosquadrinhos.

Betty Boop vingou,nos acessórios, nas bolsas, nas blusas e camisetas,bonés, sapatos, relógios, pôsteres... E ainda desfilapelas ruas das cidades. Assim, a artista banida deHollywood permanece sendo um ícone e, talvez, man-tenha vivo em muitas mulheres     de hoje o sonho deser livre.

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/09/historia-de-betty-boop.html 4747474747POSTADO POR MarGGa - 28/10/2008

Page 48: RevistaMol-TaGGe2

Nem sempre moda brechó é vintage.

Moda Brechó é o usado quase novo. Na verdade, só

não é novo porque foi usado. Mesmo o vintage é

pouco usado e parece que se congelou no tempo.

No Brechóencontram-se marcas importadas, roupas de griffe,acessórios, jóias, bijuterias, artigos para decora-ção... E, o melhor, sempre a preços muito, muuito,

em conta. Bom, há que se considerar queestamos falando de Brechós e não “michós”.

MODAMODAMODAMODAMODABRECHÓ ÉBRECHÓ ÉBRECHÓ ÉBRECHÓ ÉBRECHÓ ÉVINTAGEVINTAGEVINTAGEVINTAGEVINTAGE

Outro detalhe importante,quem compra em Brechó sabe algumas coisas es-senciais, principalmente velhos ditados:

- “não deixa para amanhã o que pode fazer hoje”- “não deixa para amanhã o que pode fazer hoje”- “não deixa para amanhã o que pode fazer hoje”- “não deixa para amanhã o que pode fazer hoje”- “não deixa para amanhã o que pode fazer hoje”O grande segredo é: gostou, comprou. Se deixarpara o outro dia provavelmente não vai encontrara peça, que normalmente é única e exclusiva;

- “mulher não chora, lava as pupilas” - “mulher não chora, lava as pupilas” - “mulher não chora, lava as pupilas” - “mulher não chora, lava as pupilas” - “mulher não chora, lava as pupilas” “ mas“breshions” lavam as pupilas antes de saírem decasa, porque se cair os penduricalhos da peça!...Baú-bau, mais uma roupita encalhada no armá-rio;

4848484848

... nem tudo, ou todo,brechó é vintage

- “mulher não tem preguiça, descansa a beleza”- “mulher não tem preguiça, descansa a beleza”- “mulher não tem preguiça, descansa a beleza”- “mulher não tem preguiça, descansa a beleza”- “mulher não tem preguiça, descansa a beleza”“ mas as aficionadas deixam para descansar a be-leza em casa, depois do Brechó , e provam tudo oque vão comprar, pois sabem que Brechó não tro-ca, não aceita devolução, muito menos reclama-ção. Viu antes, comprou porque quis. Comprou,está comprado;

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Moda brechó tem algo emcomum com o Vintage:e-s-t-i-l-o

Quem se veste em brechó pode ser tudo,menos comunzinha, igualzinha, patricinha, qual-quer coisa “inha”. 

Não, não precisam chorar desesperadamente.A internet tem brechós online do mais alto nível,que não deixam nada a desejar aos brechós físi-cos.

POSTADO POR MarGGa ON 02/10/2008http://mol-tagge.blogspot.com/2008/10/re-postagem.html

Créditos

Inspiração 

Guia da Semana http://www.guiadasemana.com.br

Imagens 

FrouFrou Brechó

http://froufroubrecho.blogspot.com/ 

Mídia Independente

www.midiaindependente.org

Louvre 809 - que habita a loja da r. augusta 1360

www.louvre809.com

4949494949

Com certeza, há muito de vintage no brechó.Mas nem tudo, ou todo, Brechó é vintage. O quenão impede “ ao contrário “, que as amantes de umou outro, se regalem nos Brechó s das “boas” cida-des do Brasil. Porque, afinal, se na cidade não tivernem um brechó , nem “unzinho”, com certeza nemé tão boa assim. Mas...

- “o batom é uma arma feminina que deixa mar-- “o batom é uma arma feminina que deixa mar-- “o batom é uma arma feminina que deixa mar-- “o batom é uma arma feminina que deixa mar-- “o batom é uma arma feminina que deixa mar-cas fatais”cas fatais”cas fatais”cas fatais”cas fatais”, portanto, têm o maior cuidado commanchas, furinhos, rasguinhos, risquinhos,arranhõezinhos, pontinhos que se soltam sutilmen-te, e outros tantos “inhos” que acabam com a be-leza da roupa, do colar, da penteadeira, do abajurmaravilhoso...

Page 50: RevistaMol-TaGGe2

O amor nunca morre de morte

natural. Ele morre porque nós

não sabemos como renovar a sua

fonte. Morre de cegueira e dos

erros e das traições. Morre de

doença e das feridas; morre de

exaustão, das devastações, da

falta de brilho

Anais Nin

Page 51: RevistaMol-TaGGe2

Anaïs NinAnaïs NinAnaïs NinAnaïs NinAnaïs Nin Anaïs (com trema!, mesmo depois da reforma

ortográfica) Nin. Francesa, escritora, modelo,

manequim, bígama, bissexual, boêmia etc. etc. etc. 

Assista Henry e June,direção de Philip Kaufman (1990). Vale a pena! Mas,não aconselho aos conservadores e àqueles comproblemas cardíacos.

Nasceu em Neuilly,subúrbio parisiense, em 21/fev./1903. Mãe:dinarmaquesa, filha de cônsul. Pai: pianista e com-positor cubano. Não podia dar boa coisa. O paiacabou abandonando a família.

Começou escrevendo uma carta ao pai -“que nunca enviou”,e prosseguiu escrevendo a talcarta que acabou transformando-se em diário, maistarde publicado.

Após o abandono do pai,a família foi para os Estados Unidos, onde Anaïscresceu. Abandonou os estudos; foi modelo e ma-nequim; casou-se com Hugh Guiler; conviveu comH. D. Lawrence - autor de “O Amante de LadyChatterley”, e seu círculo de amigos. Conheceu ocasal June e Henry Miller – “profeta da sensualida-de”, “pornógrafo”, “maldito”, autor de “Sexus,Nexus, Plexus” e “Trópico de Câncer” (muito inte-ressante!). “Amou” os dois. ... ... ... Regressou aParis.

Com a aproximação da Segunda Guerrafoi forçada a voltar à América, onde, sem sucesso,tentou publicar seus livros. Não conseguindo edi-tora que lhe desse crédito, Anaïs aceitou convitefeito por um anônimo para escrever contos eróti-cos. Esses contos, mais tarde, comporiam os li-vros “Delta de Vênus” e “Passarinhos”. 

Publicados seus romances,a partir da década de 50, passou a ser editada naEuropa, com grande sucesso.

Anaïs era, acima de tudo,uma mulher muito além de seu tempo. Uma apai-xonada, visceral. Por natureza, íntima e surreal.

“Não vemos as coisas como são: vemos as coisascomo somos.”

“Me nego a viver em um mundo ordinário comouma mulher ordinária. A estabelecer relações or-dinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei aomundo. Me adapto a mim mesma.”

“Eu escolho um homem que não duvide de minhacoragem que não me acredite inocente quetenha a coragem de me tratar como umamulher.” 5151515151

Page 52: RevistaMol-TaGGe2

“Querido Colecionador”.

Nós o odiamos! O sexo perde todo o seu poder e seu vigor quando

é explícito, exagerado, quando é uma obsessão mecânica. Transfor-

ma-se em tédio. O senhor nos ensinou melhor do que ninguém, o

erro de não misturar sexo com emoções, apetites,desejos, luxúria,

fantasias,

caprichos, vínculos pessoais, relações profundas que mudam sua

cor, sabor, ritmo, intensidade.

Não sabe o que está perdendo com sua observação microscópica da

atividade sexual, excluindo os aspectos que são seu combustível:

intelectuais, imaginativos, românticos, emocionais.

Isto é o que dá ao sexo sua surpreendente textura, suas transfor-

mações sutis, seus elementos afrodisíacos. O senhor reduz seu

mundo de sensações, o faz murchar, mata-o de fome, dessangra-o.

Se nutrisse sua vida sexual com toda a excitação que o amor injeta

na sua sensualidade, seria o homem mais potente do mundo. A

fonte da potência sexual é a curiosidade, a paixão. O senhor está

vendo sua chaminha extinguir-se asfixiada. A monotonia é fatal

para o sexo.

Carta dirigida ao editorCarta dirigida ao editorCarta dirigida ao editorCarta dirigida ao editorCarta dirigida ao editor

que lhe comprava os contos eróticosque lhe comprava os contos eróticosque lhe comprava os contos eróticosque lhe comprava os contos eróticosque lhe comprava os contos eróticos

Sem sentimentos, inventividade, disposição, não há surpresas na cama.

O sexo deve ser misturado com lágrimas, riso, palavras, promessas,

cenas, ciúmes, invejas, todos os componentes do medo, viagens ao exte-

rior, novos rostos, romances, histórias, sonhos, fantasias, música, dan-

ça, ópio, vinho.

Sabe quanto o senhor está perdendo por ter esse periscópio na ponta do

seu sexo, quando poderia gozar um harém de maravilhas diferentes e

novas? Não existem dois cabelos iguais, mas o senhor não nos permite

perder palavras na descrição do cabelo; tampouco dois cheiros, mas se

nos expandimos o senhor berra: “Deixem a poesia de lado!”. Não exis-

tem duas peles com a mesma textura e jamais a luz, a temperatura ou as

sombras são as mesmas, nunca os mesmos gestos, pois um amante

quando está excitado pelo amor verdadeiro, pode percorrer a gama de

séculos de ciência amorosa.. Que variedade, que mudanças de idade, que

variações na maturidade e na inocência na perversão e na arte!... 

Temos nos sentado durante horas nos perguntando como é o senhor. Se

tem negado ao seus sentidos seda, luz, cor, cheiro, caráter, temperamen-

to, agora deve estar completamente murcho. Há tantos sentidos menores

fluindo como afluentes do rio do sexo, nutrindo-o. Só a pulsação unâni-

me do coração e do sexo podem criar o êxtase”.

Créditos

5252525252 POSTADO POR MarGGa - 16/7/2009

Informações:

http://www.fundamentalpsychopathology.org/anais2006/4.30.3.1.htm

Imagens

http://www.npg.org.uk/National Portrait Gallery British Council

guardian.co.uk

O Blog do Guaciara

Reading Room(além das obtidas no National Portrait Gallery)

http://www.britishcouncil.org/

http://www.guardian.co.uk/

http://guaciara.wordpress.com/

http://www.readingroom.spl.org.uk/

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/07/maior-galeria-retratos-icones-gays.html

Ah!, Anaïs Nin... Há tanto que se falar dela. Masnão em um blog, onde as pessoas buscam a infor-mação rápida, ligeira, informações coriscas. Massempre que ouvirem falar dela, agucem os ouvi-dos, e observem, mesmo os que a odeiam não con-seguem evitar uma ponta furtiva de admiração.Anaïs tem o mesmo cheiro de Clarice Lispector,tão intensa quanto, tão visceral quanto, tão alémde nós quanto. E-X-T-R-E-M-A-M-E-N-T-E V-I-N-T-A-G-E, vintagéssima, vintagérrima,vintagíssima!

Anaïs morreu em 14 de janeiro de 1977, aos 74anos, em Los Angeles, provavelmente rodeada deanjos.

Page 53: RevistaMol-TaGGe2

CarrosCarrosCarrosCarrosCarros antigosantigosantigosantigosantigos em uma em uma em uma em uma em umareportagem de 1998reportagem de 1998reportagem de 1998reportagem de 1998reportagem de 1998

A edição da revista “Quatro Rodas”, em

fev./98, fez uma reportagem sobre

carros antigos. Quais os 25 carros você

deveria dirigir antes de morrer? Esta era a

pergunta à qual a matéria se propunha a

responder. Vamos lá: acelere!

A reportagemfoi dividida pela revista em cinco seções: “experi-ências únicas, mitos, carros surpreendentes, car-ros para a vida toda e falsos mitos”.

UM PUNHADO DE JÓIAS RARAS

Esqueça a música de elevador,a comida de avião e os carros iguais uns aos ou-tros. Nada que não tenha vibração e sabor podedar a idéia do que significam essas cinco experi-ências únicas de dirigir, seja um diabólicoLamborghini, um caríssimo Bentley, um luxuosooff-road Range Rover ou um prosaico Cintrën.

Bentley TurboBentley TurboBentley TurboBentley TurboBentley Turbo - Ou-tros carros podem irde 0 a 100 km/h em10 segundos, mas ne-nhum dá a sensaçãode tamanha massa –silenciosa e luxuosa –se movendo rapida-mente.

Caterham 7Caterham 7Caterham 7Caterham 7Caterham 7 - Desenhado por Colin Chapman, oCaterham 7 continua brilhando depois de quaren-ta anos. Não é à toa – com muita potência e poucopeso, tem uma dirigibilidade fantástica. Depois deguiá-lo, você vai achar que os outros carros estãoandando embaixo d’água.

Citroën 2CVCitroën 2CVCitroën 2CVCitroën 2CVCitroën 2CV - Com uma aparência única, ele unecondução macia e confortável a um motorque segue o conceito do Porsche 911. Ouseja, é puro prazer de dirigir. 5353535353

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Lamborghini DiabloLamborghini DiabloLamborghini DiabloLamborghini DiabloLamborghini Diablo - Ele nasceu para exibir a fú-ria de um motor V12 de 5700 cm3. Se a idéia dedirigir algo tão poderoso provoca um frio na barri-ga, você vai se derreter quando o V12 começar aroncr. No dia em que puder guiar um, engate aterceira e acelere até o ponteiro do conta-girosmarcar 8 500 rpm, já na linha vermelha. É ines-quecível.

Range RoverRange RoverRange RoverRange RoverRange Rover - Lançado em 1969, foi o primeirooff-road de gente fina. Sentado ao volante, numaposição acima dos automóveis comuns nas ruas,você tem até o direito de esnobar. Afinal, está numjipe que parece subir montanhas com um pé nascostas.

A ESSÊNCIA DAS LENDAS

Estes cinco carros foram capazes de povoar sonhos,como a Ferrari e o Jaguar E-Type, e definir novosrumos do automóvel, como os pequeninos Fusca eMini-Cooper. Nestes, a velocidade ou a potênciado motor chegam a ser irrelevantes. É isso quemarca os mitos: passar à história apenas por terexistido.

Ferrari Testarossa Ferrari Testarossa Ferrari Testarossa Ferrari Testarossa Ferrari Testarossa - Provavelmente o pôster maisvendido da história do automobilismo. Sonho de

todo adolescente, a Testarossa não decep-cionaria ninguém que empunhasse seu vo-lante. Depois de sentar num banco baixíssimo

e se maravilhar com o painel, o felizardo acelera-ria fundo e ouviria o belo ronco do motor de dozecilindros, sem se importar com o fato de ela nãofazer curvas como deveria.

Jaguar E-TypeJaguar E-TypeJaguar E-TypeJaguar E-TypeJaguar E-Type - Um típico caso em que o mito setorna real. O estilo deste jaguar faz cair o queixo,o motor o leva a mais de 200km/h e a dirigibilidadeé ótima. O motorista sente o carro sempre ‘na mão’,manejando uma direção incrivelmente leve, queresponde rápido nas curvas.5454545454

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MGBMGBMGBMGBMGB - Um dos mais aclamados clássicos. Mas seráque seu fãs se deixaram levar pela emoção? Sim, eé por isso que você deveria guiá-lo. Para ver que omotor nem e tanta coisa e o comportamento éapenas correto. Mas, depois que a capota abaixa,tudo vira charme.

Mini-Cooper SMini-Cooper SMini-Cooper SMini-Cooper SMini-Cooper S - Nunca algo tão pequeno fez tan-to sucesso. Por ser minúsculo, redefiniu o con-ceito de velocidade, pois faz curvas como nenhumoutro. Assim, não é de estranhar que tenha ven-cido tantos ralis.

Wolkswagen FuscaWolkswagen FuscaWolkswagen FuscaWolkswagen FuscaWolkswagen Fusca - Pouco importa se é lento e arisco,o que conta é sua simplicidade e robustez. Virou len-da não pelo que é, mas pelo que representa: simples-mente o carro mais vendido da história.

HERÓIS DESCONHECIDOS

Discretos, passaram despercebidos pelas ruas.Você não daria nada por eles além de um olharcomplacente, mas o Citroën DS e o Morris Minorforam carros inovadores. E por trás de aparênciade sobriedade de um Mercedes S500, um FordMondeo ou um Nissan Bluebird há reações surpre-endentes. Basta saber acelerá-los.

Citroën DSCitroën DSCitroën DSCitroën DSCitroën DS - Jamais houve um carro tão diferentede seus contemporâneos. Em 1955, o DS tinha umfundo plano aerodinâmico, um câmbio assistido(era preciso apenas empurrar a alavanca para frente

e para trás) e direção hidráulica. Do lado de den-tro, havia espaço de sobra para as pernas, ebancos em que o corpo afundava. ... um carrotão confortável para se andar. 5555555555

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Ford MondeoFord MondeoFord MondeoFord MondeoFord Mondeo - Criado para agradar a pessoas co-muns. Mas você tem de se render ao equilíbrio desuas formas e à suavidade e à precisão com que éconduzido, mesmo na versão com motor V6 (quenão é vendida no Brasil).

Merceder S500Merceder S500Merceder S500Merceder S500Merceder S500 - Sedãs de luxo como este costu-mam ser um tédio, mas não o S500. Além de fres-curas como portas que se fecham sozinhas, ele secomporta como um enorme esportivo, com a agi-lidade e a potência de um motor V8 de 5.0 litros.Tudo isso, é claro, sem perder a classe.

Morris MinorMorris MinorMorris MinorMorris MinorMorris Minor - Nasceu em 1948 com coisas quepouca gente havia ouvido falar, direção com pinhãoe cremalheira. Ágil, deixava para trás muitoscarrões da década de 50.

Nissan BluebirdNissan BluebirdNissan BluebirdNissan BluebirdNissan Bluebird - Foi o carro perfeito pra a classemédia, confortável e confiável. Só quem o acele-rou descobriu quanto ele era veloz e ágil.

COMPANHEIROS INSEPARÁVEIS

Alguns carros têm tudo o que é precisopara que você goste deles. Do motor potente eveloz ao grande prazer de dirigir que proporcio-nam, todas as partes estão em perfeita harmonia.Seja um estonteante Porsche 911, um luxuoso es-portivo BMW M5 ou um pequeno Citroën Saxo, es-tes automóveis são para a vida toda.

Audi QuattroAudi QuattroAudi QuattroAudi QuattroAudi Quattro - Mesmo tendo saído de linha em1989, o Quattro tem uma personalidadenunca alcançada por outro Audi. Seu chassie os pneus largos o fazem grudar no chão.

Adicione a isso um motor de 220 cv, pise no ace-lerador e delicie-se.5656565656

Page 57: RevistaMol-TaGGe2

BMW M5BMW M5BMW M5BMW M5BMW M5 - É um carro grande, mas tem tudo o queum esportivo precisa: motor potente e estabilida-de fantástica, com a vantagem de poder levar trêsamigos para compartilhar a alegria. Até parece oparaíso.

Citroën Saxo VTSCitroën Saxo VTSCitroën Saxo VTSCitroën Saxo VTSCitroën Saxo VTS - É Um hatchback com cara dequem vai fazer a festa. E faz, com suas reaçõesprecisas mesmo zunindo em alta velocidade, emgrande parte graças aos esplêndidos pneus.

Porsche 911Porsche 911Porsche 911Porsche 911Porsche 911 - Como os bons vinhos e a boa mú-sica, é preciso conhecê-lo para amá-lo. Em suasprimeiras gerações, que tinham problemas dedirigibilidade, já era um clássico. Seu motor rosnacomo um gato afiando as garras. O chassi tem otamanho ideal para atacar as curvas, tanto em bai-xa, quanto em alta velocidade. Um carro para seconviver durante muitos anos.

VW Corrado VR6VW Corrado VR6VW Corrado VR6VW Corrado VR6VW Corrado VR6 - Omotor V6 levou o corpu-lento sedã à categoriados carros inesquecíveis.Apesar do peso extra nafrente, ele se comportabem nas curvas tanto va-zio quanto carregado.Você nunca vai se cansarde um automóvel queparece adivinhar comovocê quer conduzi-lo.

BONITINHOS E NADA MAIS

Não se deixe levar pela primeira impressãonem pela fama que eles possuem. Aqui estão cin-co freqüentadores de qualquer lista de carros clás-sicos, mas são apenas falsos mitos. Da durezadoJeep ao motor estupidamente rápido do JaguarXJ220, estes são automóveis que dão mais prazersendo admirados do que dirigidos.

AC CobraAC CobraAC CobraAC CobraAC Cobra - A receita deveria ter sido um sucesso:um chassi esportivo dos anos 50 com um motorV8 dos anos 60. Só que desandou, pois a acelera-ção é apenas boa, a agilidade nas curvas é pouca e

a suspensão, dura. Mas todo mundo o adoraporque seu desenho não tem sequer um can-to reto. 5757575757

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Aston Martin Virage VolanteAston Martin Virage VolanteAston Martin Virage VolanteAston Martin Virage VolanteAston Martin Virage Volante - Um dos mais acla-mados esportivos britânicos, é um decepção ao serdirigido. O motor de 440 cv não consegue empur-rar suas 2 toneladas com rapidez, e o motoristatem de brigar com o volante para que ele faça cur-vas.

Jaguar XJ220Jaguar XJ220Jaguar XJ220Jaguar XJ220Jaguar XJ220 - Mesmo para um supercarro, oCJ220 é extravagante demais. Extremamente rá-pido, é muito grande para rodar na cidade e tem adireção muito pesada para ser pilotado em estra-das normais. Más notícias para um carro que custaquase US$700 000.

JeepJeepJeepJeepJeep - Encara trilhas off-road com valentia, mas éabsolutamente desconfortável. A suspensão e osbancos são duros como pedra e a aceleração, len-ta como um elefante. Bom mesmo, só o charme.

VW Karmann-GuiaVW Karmann-GuiaVW Karmann-GuiaVW Karmann-GuiaVW Karmann-Guia - Bonito, com o apelo da re-beldia dos anos 60, sua aparência prometia muito,mas era apenas um visual esportivo sobre um chasside Fusca, e ainda com menos espaço interno. Sóvale à pena andar na versão com motor 1.6, que,embora pouco veloz, tem um bom torque, o quedá mais graça à condução.

Créditos

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Informações e Imagens :

http://mol-tagge.blogspot.com/2009/07/carros-antigos-hoje-nao-1998.htmlPOSTADO POR MarGGa - 21/7/2009

Exceto os parágrafos iniciais, texto e imagens foram obtidos na revista “Quatro Rodas”, fev./1998, p. 82/87-91.

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Redação e Editoração Gráfica

MarGGa

Fonte

Blog Mol-TaGGe

http://mol-tagge.blogspot.com

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