revista_ilust_9

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    Foto:arquivoRicardoAntunes

    Nesta edio a Revista Ilustrar traz, atravs dos seus convidados,tcnicas que alcanam extremos na histria da arte e da ilustrao.

    Por um lado temos a milenar e tradicional tcnica de pintura japonesa, o

    sumi-, atravs do trabalho do mestre Massao Okinaka, na sesso Memria.J no extremo oposto, o mais moderno design grfico da atualidade, atravsdos trabalhos vigorosos do artista grfico Walter Vasconcelos.

    Entres os dois, esto presentes o delicado sketchbook de Sabrina Eras,uma aula completa do programa Painter pelo passo a passo de Hiro,Montalvo Machado falando sobre o evento mundial Sketchcrawl e, na seointernacional, o cartunista portugus e presidente do World Press Cartoon,Antnio Moreira Antunes.

    Como se no bastasse, todos mandaram dedicatrias de encher os olhos.Espero que goste.

    Dia 1 de Maio tem mais...

    DIREO, COORDENAO E ARTE-FINAL:Ricardo Antunes [email protected] DE ARTE:Neno Dutra - [email protected]

    Ricardo Antunes - [email protected]:Ricardo Antunes - [email protected]:COLABORARAM NESTA EDIO:

    ILUSTRAO DE CAPA:Walter Vasconcelos - www.drawger.com/vasconcelosLETTERING DA CAPA:Montalvo Machado - [email protected]: [email protected] DE REPRODUO: Esta revista pode ser copiada, impressa, publicada, postada,distribuda e divulgada livremente, desde que seja na ntegra, gratuitamente,sem qualquer alterao, edio, reviso ou cortes, juntamente com os crditosaos autores e co-autores.Os direitos de todas as imagens pertencem aos respectivos ilustradores de cada seo.

    2b

    EDITORIAL .........................................................................2 PORTFOLIO:Walter Vasconcelos ...........................................3 INTERNACIONAL:Antnio .................................................10 SKETCHBOOK:Sabrina Eras ................................................15 MEMRIA:Massao Okinaka ...................................................20 STEP BY STEP:Hiro ...........................................................26 15 PERGUNTAS PARA: Montalvo Machado ........................31 CURTAS............................................................................... 38 LINKS DE IMPORTNCIA ............................................39

    R

    evistaIlustrar

    Helena Jansen - [email protected]

    ERRATANa edio n 8 da Revista Ilustrar, na pgina 19a, aparece a informao que John SingerSargent era um pintor ingls. Ups! Falha nossa!

    John Singer Sargent era, apesar do nome, italiano (nasceu em Florena), mas era filho deamericanos. Teve a sua educao artstica na Europa, em especial na Frana, onde viveupor muito tempo, e depois na Inglaterra, por outro longo perodo, onde teve seu estdio.Viajou vrias vezes para os EUA, chegando a ficar 2 anos seguidos, onde fez vrias exposies.Mas foi na Inglaterra que acabou por falecer, e onde est sepultado.

    A informao j foi corrigida na edio passada, portanto sugerimos que faam um novodownload da edio. Obrigado.

    Hiro (Massao) - [email protected] Vilela (Massao) - [email protected] Shuman (Divulgao) - [email protected]

    Roberto Okinaka (Massao) - [email protected] Tokio (Fotografia - Massao) - [email protected] Machado (Massao) - [email protected]

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    P R I M E I R A SI N F L U N C I A S

    3b3a

    PORTOLO:WALRVASONCOS

    WALTER

    VASCONCELOStrabalho grfico do carioca WalterVasconcelos como uma viagem cheia de histrias,mas em um dilogo intimista, rico em mensagens,

    sinais e signos que no conjunto existem paraserem contemplados, enquanto os olhospercorrem todo um trajeto de riqueza visual.

    Walter utiliza todo tipo de material: papelvelho, tinta, manchas, fotos, tipologia, e dessa

    sopa visual surgem ilustraes visualmentepoderosas, normalmente acompanhadas de fina

    ironia e humor sutil.

    O resultado desse trabalho alcanoureconhecimento rpido no Brasile tambm no exterior, onde hojetrabalha com lugares to diferentescomo Canad, Estados Unidos,

    China, Europa e outros.

    Walter Vasconcelos tambm editorde arte da revista "Cincia Hoje das

    Crianas", e junto com Paulo Cavalcanteproduz a revista de arte independentechamada "Papel Brasil".

    Foto:arq

    uivoWalterVasconcelos

    W

    alterVasconcelos

    Acho que tive sorte. Meu pai, Fernando Silva,sempre trabalhou com desenho. Desde cedoeu fui acostumado a ver ilustraes, comics

    e artes grficas.Ele trabalhava para agncias de publicidadee eu, ainda criana, adorava ver aquelesanurios internacionais cheios de imagens etipologias.

    Comecei a trabalhar com artes grficas muitojovem; isso me deu muita experincia e muitainsatisfao tambm.

    O mercado vai te pautando e em pouco tempovoc acaba ficando sem nenhum controlesobre seu trabalho.

    Meu desenho sempre teve qualidade e boaaceitao, mas eu sentia que estava muitocomercial e parecido com o que era publicadona poca. Assumi o risco da mudana. Foiuma busca de um estilo prprio, tanto nodesenho como na concepo.

    Esse processo tem pelo menos 15 anos eaprendi que habilidade uma coisa ecriatividade outra. Acho que consegui umamistura interessante.

    Tento sempre manter um dilogo com ailustrao, o design grfico e as artesplsticas. Meu desenho est ficando cadavez mais livre e algumas vezes at bem

    abstrato.

    Na verdade, o importante tentar criarcaminhos novos e sempre manter a cabeaaberta.

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    I N F L U N C I A SA R T S T I C A S

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    PORTOLO:WALRVASONCOS

    PORTOLO:WALRVASONCOS

    Hoje acredito que as minhas influnciasesto bem diludas. Penso que meutrabalho, nestes ltimos anos, adquiriu umcarter muito prprio.

    Gosto de pensar na liberdade com que ascrianas desenham, nos desenhos dosloucos e tambm na diversidade da culturapopular.

    Procurei estabelecer e construir umuniverso paralelo, apenas meu, onde

    L I N G U A G E MP R P R I A

    Sou um cara apaixonado por imagens,qualquer tipo de imagem...

    Documentos velhos, tipografias,embalagens de supermercado, fotos,revistas, jornais, etc.

    Esses materiais sempre foram fontes deinspirao para mim. Recentemente eucomprei um livro de mapas antigos.Comecei a me abstrair de suas imagenscartogrficas e passei a ver formas, facese grafismos.

    tanto os seres humanos quanto osobjetos estejam integrados a este meumundo.

    Posso citar alguns artistas pelos quaistenho uma profunda admirao: Picasso,Mir, Matisse, George Herriman, ArthurBispo do Rosrio, Basquiat, Saul Steinberg,Tpies, Cy Twombly e Bill Traylor.

    Bill Traylor foi um ex-escravo do Alabamaque comeou a desenhar aos oitenta e

    trs anos e criou desenhos fantsticosapenas com pedaos de caixas de papelo,lpis, pincel e guache vagabundo.

    Esse tipo de inspirao acontece muitocomigo: olhar uma imagem e pensarcompletamente diferente do contedo

    que ela apresenta.Semana passada eu passei em frente aum cara que estava vendendo um montede bugigangas na rua.

    Dei aquela olhada bsica e comprei nahora vrias fotos antigas. Imagens dosanos 40... Eram de uma formatura dealguma faculdade.

    Aqueles rostos em spia sero modificadose fatalmente sero usados num prximotrabalho.

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    E X P R E S S I V I D A D EG R F I C A

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    Meus interesses variam muito; apenasacho que nos ltimos anos meu olhar

    vem cada vez mais se direcionando paraArtes Plsticas e Histria da Arte. Umabusca de informaes sobre os clssicose tambm sobre arte contempornea.

    Eu penso que nas Artes Plsticas comeamo novo, o estranho, o diferente, quemuitas vezes vo influenciar diversaslinguagens como o cinema, o design, amoda, os video-clips, a ilustrao, etc.

    Isso no nenhuma afirmativa ou teoria,apenas uma sensao minha. Meu foco a ilustrao editorial.

    PORTOLO:WALRVASONCOS

    PORTOLO:WALRVASONCOS L E N D O A

    I M A G E M

    A ilustrao tambm pode ser lida, decifrada- e digo isso sem nenhuma preocupaoem construir algo hermtico.

    Faz parte da dinmica da criao.

    A funo principal do desenho editorial ser um suporte para o texto, uma maneira

    de tentar esclarecer para o leitor o contedoda matria.

    Acredito tambm que muitas vezes hajaum lado "adorno". Seria muito chato folhearum jornal ou uma revista sem nenhumaimagem.

    Bem, isto so as regras bsicas, mas achoque podem ser totalmente subvertidas,principalmente quando se ilustra matriascomplexas e textos de articulistas.

    Para dizer a verdade, so as que eu maisgosto de fazer.

    J fiz algumas ilustraes onde o editor dearte ou de texto simplesmente me passouum pequeno "lead" ou um simples ttulo.

    Eu me senti muito respeitado, como se euestivesse sendo contratado para ter idias,e no apenas "decorar" uma pgina.

    claro que a ilustrao deve apresentarum link com o texto, mas cabe nela tambma viso, a interpretao do ilustrador. Edepois, tambm a do leitor, claro.

    No meu trabalho, coloco muitos elementos,e nem tudo far sentido para todos.

    Muitas vezes, pedem que eu explique ailustrao, mas s vezes alguns elementosno tm explicao, so grafismos, formasque do equilbrio ao trabalho, que ocompem.

    Mas sempre despertar uma leitura quepode ir alm do texto.

    Afinal de contas, sempre bom quebrarregras e fazer avanar suas concepes.

    Embora sendo uma atividade comercial,onde o desenho est sujeito a um textoe aprovao do editor, do designer,etc., penso que com talento, perseveranae alguma sorte, tambm possveldesenvolver um estilo autoral e apontar

    novos caminhos.

    Informe-se sobre o que est acontecendohoje, o que moderno e fashion, masleia sobre a Histria da Arte e seusmovimentos; provavelmente voc vai verque o moderno s vezes no to

    moderno assim...

    No tenha preguia, trabalhe muito, sejaeternamente curioso, mantenha a difcile necessria autocrtica, e, antes depensar em dinheiro, tirar onda ou ficarfamoso, seja apaixonado pelo que faz.

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    PORTOLO:WALRVASONCOS

    PORTOLO:WALRVASONCOS R E V I S T A C I N C I A H O J E

    D A S C R I A N A S

    H muitos anos trabalho como editor dearte da revista Cincia Hoje das Crianas.

    Minha viso como ilustrador, almde designer, sempre ajudou norelacionamento com os colaboradores darevista.

    Voc tem que saber que certo trabalhofunciona bem para determinado artista, eque para outro no vai render tanto.

    Devemos sempre tentar dar o mximo deliberdade para o ilustrador.

    Muita direo e excesso de palpites oufirulas acabam atrapalhando mais do queajudando.

    Afinal de contas, as pessoas que chamamosso grandes profissionais e querem semprefazer o melhor trabalho possvel.

    Outra coisa que conta muito numapublicao voc ter uma relaoequilibrada entre texto e arte.

    Sendo uma revista cientfica, tanto eu comoa editora de texto temos que nos reportara uma srie de informaes, procedimentose instncias para conseguirmos acertar tudoe cumprir o cronograma industrial queenvolve o produto final impresso.

    No uma tarefa fcil, mas legal saberque a Cincia Hoje das Crianas, umapublicao educativa, vai chegar, em abrilde 2009, ao nmero 200!

    Realmente me orgulho muito de ter sempretrabalhado ao longo destes anos com algunsdos melhores ilustradores do Brasil.

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    PORTOLO:WALRVASONCOS

    PORTOLO:WALRVASONCOS

    Uma publicao criada por mim,Cavalcante, Cruz e Lula Palomanes, no Riode Janeiro.

    Nossa revista surgiu de muitas discussesa respeito de arte, ilustrao editorial ereflexes sobre o prprio desenho de cadaum de ns. Foi uma seleo do trabalhode cada um, mas tambm foi uma maneira

    R E V I S T A P A P E L B R A S I L

    de mostrar que alguns caras pensavam odesenho com um olhar diferente.

    Ilustrao tambm pode ser uma expressode arte; o desenho isolado de um textotambm pode ser interessante e criativo.

    Publicamos tambm trabalhos do Jaca,Fbio Zimbres, Trimano e Henrik Drescher.Saram apenas dois nmeros, mas aPapel Brasil vista at hoje como umapublicao cult.

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    PORTOLO:WALRVASONCOS

    PORTOLO:WALRVASONCOS G R A F I S M O

    B R A S I L E I R O

    Existem grandes ilustradores no mercadopublicitrio e na rea de animao noBrasil que no deixam nada a dever aosartistas l de fora.

    Na rea editorial, eu penso que faltamtrabalhos mais arrojados e comconcepes mais interessantes.

    Vejo muita cpia, uma criatividade limitadae aquelas mesmas tendncias repetitivas.

    Este problema se deve tambm, emparte, aos prprios designers e diretoresde arte, que muitas vezes no possuemuma cultura grfica e seguem apenas oque est acontecendo na cena.

    Sobre brasileiros que trabalham para oexterior, eu citaria Eduardo Recife, Kako,

    Bruno Novelli e Flavio Morais, que viveem Barcelona. So caras que fazemdesenhos de alto nvel.

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    PORTOLO:WALRVASONCOS

    PORTOLO:WALRVASONCOS

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    ANTNIO

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    Foto:arq

    uivoAntnioAntunes

    A

    ntnioAntunes

    INTRNACONALANTNIO

    ascido na cidade deVila Franca de Xira, em Portugal, ocartunista e ilustrador Antnio MoreiraAntunes, ou simplesmente conhecidocomo Antnio, dos mais conhecidose celebrados artistas das terras lusas.

    conhecido tanto pelo seu talentoartstico quanto pelas crticas ferinasque faz atravs do seu trabalho, svezes causando polmicas.

    Colaborou com diversos jornaisportugueses, mas desde 1974

    colaborador permanente de um dosprincipais jornais do pas, o jornal"Expresso".

    Artista muito ativo, tem inmerosprmios internacionais em seu vasto

    currculo, onde, alm de organizardiversas exposies em Portugal,tambm acumula a funo depresidente e diretor do WorldPress Cartoon, iniciativa quecomeou em 2004.

    O cartunista, e, em especial, o cartunistaeditorial, deve ser claramente opinativo, devedefender valores,deve fazer do cartoon a suaafirmao de cidadania.

    H, no entanto, no cartoon,bons e mauscartunistas, cartunistas reacionrios elibertrios, defensoresda liberdade deexpresso e ortodoxos de todas as ideologias,como, de resto, noutrasreas de criao

    intelectual e artistica.

    DESDE MUITO CEDO ESCOLHEU O CAMINHO DAS ARTES,OPTANDO POR ESTUDAR COMUNICAO DE MASSASLOGO AOS 21 ANOS. O QUE O LEVOU A SEGUIR MAISTARDE ESPECIFICAMENTE PELO CARTOON?

    OS CARTOONS, EM ESPECIAL OS SEUS, SO QUASESEMPRE CRTICOS. QUAL O PAPEL ACHA QUE UMCARTUNISTA PODE TER NA SOCIEDADE?

    O que me levou ao cartoon foi o momentopr-revolucionrio, e, depois, o revolucionrio,que nos meus 20 anos (1974) existia emPortugal.

    Foi a forma que encontrei de participar nastransformaes polticas e sociais que aquise viveram (n.r.: em 1974 houve a Revoluodos Cravos em Portugal, revoluo pacfica

    que ps fim ditadura facista do Estado Novo,que durou 48 anos).

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    A poltica est em toda a sociedade einfluencia tudo.

    Mas, no caso portugus, o espaodisponvel para o cartoon quase tododedicado ao cartoon poltico, o queinfluencia, emuito, as nossas escolhas.

    INTRNACONALANTNIO

    INTRNACONALANTNIO

    Brad Holland e David Levine influenciaram-me, na minhaevoluo plstica, como cartunistas e ilustradores. Primeiro Levine, nos meus incios, e Holland mais tarde.

    Quanto s cermicas, que agora j so esculturasem bronze, acho que foi Rafael Bordalo Pinheiro queme influenciou mais.

    At este momento quase todas as peas que produzi

    so "filhas" de cartoons e inserem-se numacorrente - chamemo-la de Escultura Humorsticaque se v com frequncia nas cidades europeias.

    AS PESSOAS RETRATADAS NOS SEUS CARTOONSSO QUASE SEMPRE POLTICOS, OU PESSOASENVOLVIDAS COM A POLTICA. ACHA QUE A POLTICASER SEMPRE UMA BOA FONTE DE INSPIRAO?

    COM O DECORRER DO TEMPO, TECNICAMENTE O SEUTRABALHO FOI EVOLUINDO PARA UM CARTOON MAISSIMBLICO, ONDE A IMAGEM TRAZ SOZINHA A FORADA IDEIA, E MUITAS VEZES, DA CRTICA. ACHA QUE OSSMBOLOS PODEM TER MAIS PODER QUE A PALAVRA?

    PARALELAMENTE AOS CARTOONS, VOC TEM UMA PRODUO DECERMICAS, DERIVADAS MUITAS VEZES DOS PRPRIOS CARTOONS, ONDETEVE INSPIRAO A PARTIR DE OBRAS DE BRAD HOLLAND E DE DAVIDLEVINE. QUAL A IMPORTNCIA DO TRABALHO DELES?

    Cada autor deve procurar o estiloque mais se adeque s suas caractersticas e eu sou melhor em sntese queem narrao.

    A ausncia de palavras no cartoon torna-oum desafio mais difcil e complexo, mas, quando

    resulta , do meu ponto de vista, mais gratificantee, provavelmente, menos efmero.

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    INTRNACONALANTNIO

    INTRNACONALANTNIO

    Na ltima polmica volta dos cartoonsde Maom, os nicos que, regra geral,estiveram altura foramoscartunistas,criticando esta nova inquisio.

    O caso do "Preservativo Papal", de 1993,ensinou-me que existia um pas bemdiferente e melhor do que aquele que aIgreja Catlica idealizava e idealiza(anunciaram uma previso de um milhode assinaturas contra o meu cartoone

    COMO CARTUNISTA CRTICO, COMO V AS POLMICAS

    E A INTOLERNCIA EM RELAO A ALGUNSCARTUNISTAS DO MUNDO, EM ESPECIAL SOBRE OBRASRELACIONADAS AO EXTREMISMO RELIGIOSO?

    ALIS, VOC MESMO FOI VTIMA DESSA POLMICA,COM O CARTOON DO PRESERVATIVO PAPAL EM1993, NO?

    De resto, assistimos ao abrao cmpliceentre as vrias igrejas e covardia daclasse poltica (dos governos e dasoposies).

    Foi pattico mas esclarecedor dos perigosque a liberdade de expresso corre nosnossos dias.

    recolheram somente 20.000, apesar dacampanha militante desenvolvida em todasas igrejas).

    Recebi tambm a solidariedade de muitoscatlicos e, por ltimo, creio que as questesda sexualidade,depois dessa polmica,passaram a ser discutidas de uma formamais livre e desinibida.

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    O World Press Cartoon foi um sonhoquese tornourealidade.

    Foi o corolrio de tudo o que aprendi aolongo da minha j longa carreira,participando em muitos saleseanalisando as situaesprofissionais dos cartunistasem diferentespublicaese em diferentes pases.

    INTRNACONALANTNIO

    INTRNACONALANTNIO

    Sei que para muitos cartunistas oWorld Press Cartoon j o melhorsalo de cartoons do mundo, masquero faz-lo ainda melhor, assim queas circunstncias o permitirem.

    SOBRE O WORLD PRESS CARTOON, ONDE VOC

    DIRETOR E PRESIDENTE DO JURI, QUAL A GRANDECONQUISTA CONSEGUIDA COM OS EVENTOS QUE SETEM CRIADO DESDE 1994?

    E A PROJEO DO WORLD PRESS CARTOON

    NO MUNDO?

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    INTRNACONALANTNIO

    INTRNACONALANTNIO

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    SABRINA

    ERAS

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    Foto:arquivoSabrinaEras

    Sa

    brinaEras

    SKEHBOOK:SABRINAERAS

    abrina Eras faz partede uma nova gerao de ilustradoresque comea a atuar no mercado,fazendo sucesso com um desenhocheio de personalidade.

    Desde desenhos pessoais edelicados no grafite at ilustraesvetoriais e infogrficos, Sabrina

    tem trabalhado principalmentepara o mercado editorial.

    Mas algo em que ela trabalhaconstantemente o seusketchbook, com desenhos

    delicados, quase infantis, mas queaos poucos vai ganhandomaturidade e expresso.

    Sabrina comenta aqui sobre osketchbook com vrios exemplos.

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    SKEHBOOK:SABRINAERAS

    SKEHBOOK:SABRINAERAS

    Pra mim impossvel viversem um sketchbook.

    Uso pra tudo, idias quetenho e que depois iro virarilustraes, anotaes detrabalho, telefones, horrios.

    Tenho vrios com papisdiferentes, os quais usodependendo da minha

    vontade no dia.

    Sempre tenho um deles nabolsa, que carrego pra ondevou.

    s vezes a ideia surgequando estou no metr outomando um caf e se noestiver com meu sketchbookfico doida.

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    SKEHBOOK:SABRINAERAS

    SKEHBOOK:SABRINAERAS

    O sketchbook me dliberdade pra testar vriasidias e tipos de traosdiferentes, sempreocupao.

    Muitas vezes, quando faoalgo e vejo que aquilopode ser de alguma formautilizado em um trabalho,guardo a informao pra

    quando pintar algo emque eu possa aplicaraquilo.

    Testar coisas novas nemsempre possvel comprazos to apertados, foraque me relaxa ficarrabiscandoaleatoriamente, e, nessa,acabam surgindo coisasinteressantes.

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    SKEHBOOK:SABRINAERAS

    SKEHBOOK:SABRINAERAS

    Adoro desenhar figuras femininas.

    Sempre tive um trao mais infantil,pelas influncias que tive, mas isso

    mudou de uns anos pra c.

    Queria poder fazer personagensque no fossem s crianas.

    Levei muito tempo e gastei muitossketchbooks at conseguir

    me encontrar em um trao emque me sentia confortavel.

    Me soltei muito quando comeceia rabiscar com canetinhas em

    papis texturizados.

    Meu trao ficou mais fluido ecom mais movimento, o que

    casou bastante com otipo de coisa que eu jestava querendo fazer.

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    SKEHBOOK:SABRINAERAS

    SKEHBOOK:SABRINAERAS

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    MASSAO

    OKINAKA

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    Foto:arquivoRobertoOkinaka

    Ma

    ssaoOkinaka

    MEMRIA:MASAOOKINAKA

    No geral, o sumi- completamentediferente da forma de pintar praticadano Ocidente. Alis, tudo diferente.

    Nessa tcnica tudo conta: a postura, arespirao, a mentalizao, o ngulodo pincel, a forma de preparar a tintae de coloc-la no pincel.

    No existem esboo, pausas oucorrees: o trabalho comea e terminade uma vez, sem erros.

    Por isso o grau de concentrao enorme, incluindo a at a prpria

    composio do tema, que feitamentalmente - bom lembrar que osumi- surgiu com os monges budistasda China, que mais tarde o levarampara o Japo.

    O resultado uma obra extremamenterpida, fluida e delicada, mas ao mesmotempo vigorosa e altamente expressiva.

    Para conseguir esse resultado precisoanos de estudo, no mnimo 10 anos deestudo intenso e contnuo.

    ara conhecer a vida e aimportncia do artista japons MassaoOkinaka importante conhecer primeiroo que sumi-, tcnica a que Massaodedicou toda a sua vida, e o que precisopara se tornar mestre nela.

    Basicamente o sumi- a pinturatradicional japonesa, que utiliza a tintasumi para aguadas de tinta preta ou atinta gansai para cores, e uma tcnicaoriginria da China, e encontrada tambmna Coria - cada pas com caractersticasprprias.

    A tinta base que se usa o sumi (da onome da pintura em japons, sumi-,que significa "pintura com carvo"), umatinta preta feita a partir de fuligem dervores queimadas.

    Dessa fuligem pode ser preparado o sumi,na forma de uma barra slida, em lquidoou pasta.

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    Para ser um mestre em sumi- no Japoso escolhidos antes de tudo ospretendentes a artista, e no pas todo soselecionados apenas 10 discpulos a cadaperodo.

    Estes passaro a morar ao lado de seusfuturos mestres durante 10 anos,aprendendo tudo o que necessrio paraatingir o mesmo nvel.

    Nesse ponto, o seu professor ir atribuir-lhe com um nome artstico e ser criadoum ideograma a partir desse nome, ondeser feito um carimbo, para ser impressosempre em vermelho.

    uma espcie de graduao,reconhecimento pelo nvel alcanado -e o artista passa a ser herdeiro de ensinodo mestre.

    De forma bastante simplista esse ocaminho para se chegar a mestre desumi-.

    E aqui comea a histria de MassaoOkinaka.

    MEMRIA:MASAOOKINAKA

    MEMRIA:MASAOOKINAKA

    Com o aviso da interrupo, mestre Kakyoficou muito zangado, exigindo que Massaosasse de casa.

    Uma vez no Brasil, Massao se fixou, em umprimeiro momento, na cidade de Lins, interiorde So Paulo.

    Nesse comeo, Massao trabalhou duro naagricultura, pois pouco depois de sua chegadaao Brasil seus pais faleceram e ele ficou coma responsabilidade de cuidar dos 5 irmos, jque Massao era o filho mais velho.

    Sete anos depois, em 1940, Massao se mudapara a cidade da So Paulo, mudando tambmde vida, e voltando a se dedicar cada vez mais pintura.

    Paralelamente vinda de Massao, havia sidofundada em So Paulo o Seibi-kai, importanteorganizao criada em 1935 por artistas

    japoneses recm-chegados ao Brasil.

    No entanto, com a Segunda Guerra Mundial,o Seibi-kai teve que ser suspenso, retomandoas atividades somente em 1947, ano em queMassao passa a fazer parte da organizao.

    Ao ser reativado o Seibi-kai, Massao foi umdos primeiros a estar presente, ao lado denomes que viriam a ser grandes artistas noBrasil, como Manab Mabe, Tomie Otake, FlvioShir, Tikashi Fukushima, Kazuo Wakabayashie muitos outros.

    Nesse mesmo ano, se casa com Alina ReiTakaishi, tambm pintora e que fazia partedo grupo Seibi-kai.

    A partir da Massao passa a se dedicarcompletamente pintura, em especialao sumi-.

    Com o tempo, Massao Okinaka passou a lecionar

    em diversas importantes escolas, como a Faape a USP, e em diversos centros culturaisjaponeses, como a Aliana Cultural Brasil-Japo(onde deu aulas por 40 anos), a FundaoMokiti Okada e a Sociedade Brasileira de CulturaJaponesa, ambas em So Paulo, alm daparticipao em inmeras exposies,individuais e coletivas.

    Apesar de ser fundamentalmente artistaplstico, Massao eventualmente faziailustraes, sempre que era necessrio algodentro da pintura clssica japonesa.

    Nascido em 1913 em Kioto, cursou a partirde 1928, no perodo noturno, a Escola deBelas Artes de Kansai, onde teve comoprofessores Kuroda Jyutaro e NaraharaKenzo, e ao mesmo tempo, durante o diacomeou a estudar com o mestre OnishiKakyo a arte do sumi-.

    No entanto, em 1932, Massao teve quemudar-se para o Brasil junto com a famlia,ainda com 19 anos de idade. Mas haviaum drama: precisava parar os estudos desumi- pela metade, aps 5 anos deconvivncia com o exigente mestre Kakyo.

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    MEMRIA:MASAOOKINAKA

    MEMRIA:MASAOOKINAKA

    E o mestre Kakyo?

    Ainda no Japo e antes da partida de MassaoOkinaka para o Brasil, devido ao seu enormetalento e empenho na divulgao do sumi-, o mestre Kakyo tomou uma deciso.

    Reconheceu os esforos, o talento e aimportncia de Massao nas artes japonesas,e, apesar da interrupo do curso e contraas regras tradicionais, o reconheceu comomestre, atribuindo-o com o nome artsticode Bunsen, que significa "Fonte de Cultura",devido ao seu trabalho de divulgao daarte japonesa.

    E o reconheceu e nomeou Divulgador daArte do Sumi- no Ocidente

    Domo arigat, Sensei Okinaka.

    Assim acabou por fazer vrias ilustraeseditoriais (como por exemplo, para arevista Playboy) e participou na famosacampanha de anos atrs dos cigarrosCarlton com imagens orientais(infelizmente no foi possvel conseguiras imagens da campanha).

    Massao Okinaka faleceu em 2000, aos 87anos, de morte natural, depois de umavida inteira dedicada ao ensino e divulgaodo sumi-, produzindo mais de 5.000 obrasdurante a sua vida, onde acabou por

    ganhar vrios prmios e honrarias.

    A grande importncia de Massao Okinakafoi ter sido o artista japons que introduziua arte, a cultura e o ensino do sumi- noBrasil, e um dos primeiros a trazer apintura para todo o ocidente.

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    MEMRIA:MASAOOKINAKA

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    Material de pintura que pertencia a Massao Okinaka

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    HIRO

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    Foto:ar

    quivoRicardoAntunes

    Hi

    roKawahara

    SPBYSP:HIRO

    sta a segunda participaodo ilustrador Hiro na Revista Ilustrar, sedoque a primeira foi na edio n 7, ondecontou sobre a sua vida e carreira.

    Desta vez ele d uma aula de ilustrao,mostrando o passo-a-passo de algumasde suas obras, utilizando sempre oprograma Painter.

    Hiro mostra que, de forma simples, possvel domar o programa e tirar partidode seus recursos em efeitos brilhantes eeficazes.

    A ilustrao que ser destrinchada neste passo-a-passofoi uma capa para a revista Publish, que saiu em2008, com uma entrevista minha.

    Sem job, sem aprovao de diretor de marketing,essa era uma das poucas oportunidades de desenhar oque mais gosto: monstros e garotas, nonecessariamente nesta ordem.

    Como tudo na vida de um ilustrador, ao passaro desenho do campo das idias para o mundomanifestado, fiz um rabisco da capadiretamente no Painter X.

    Em rarssimas ocasies eu trabalho sobrepapel; mesmo no processo inicial j meacostumei a rafear e layoutar os trabalhosdiretamente no computador. Trabalhar numaCintiq ajuda muito o processo todo maisrpido do que trabalhar numa Tablet Wacomcomum.

    Sempre fao os esboos a lpis noPainter com a ferramenta Charcoal.

    O tracejado com ela muito mais macioe o resultado parecido com um trabalho feitocom grafite de verdade. Os clientes no percebema diferena de ter sido feito em um computador.

    O trao final nesse caso tambm foi feito como carvo digital, com a tinta em tom spia.

    Embora o trao seja mais delicado, ele maisrefinado as variaes da grossura do fio so bem sutis,mas fazem uma bela diferena no conjunto geral.

    Alm de trabalhar com o mercado publicitrioe editorial, Hiro muito famoso pelo seutrabalho de criao e ilustrao das toalhasde bandeja do McDonalds, trabalho quevem executando h anos e que se tornounico no mundo, uma vez que s no Brasilas toalhas tm um carter mais ldico.

    Em seguida, dou uma limpada no rabisco,melhorando os traos

    Geralmente eu passo de duas a trs traadassobre o desenho que acho que est adequado,at chegar no trao que acho correto.

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    SPBYSP:HIRO

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    Agoraamiguinhos, hora de abusardos layers,

    mesmo porqueeles so de graa.

    Comeo a pintar com aaquarela com tons bemmais fraquinhos, e cadavez que queroacrescentar detalhes ouaumentar o tom da cor,eu o fao em um novolayer.

    Eu sempre usoesse papel, italianwatercolor paperporque alm de

    soar chique,tambm tem umadas melhorestexturas para essepincel.

    Leva-se um tempoat aprender alidar com os nveisde presso para baixar os tons das cores daaquarela - trabalhar com uma Tablet Wacomno Painter condio sine qua non, que emlatim quer dizer, sem isso no tem conversa.

    O legal da aquarela digital quesomente quando voc comea abrincar com sobreposio de layers que a mgica comea a acontecer.

    As cores se fundem de maneira agradvele principalmente os efeitos da textura dopapel comeam a ficar mais evidentes; asfalhas de pintura ficam elegantes por causada porosidade que surge em algumas

    Em seguida, vem o tratamento de cor. Eu sou um viciado inveterado naferramenta aquarela do Painter. No a Watercolor, ferramenta de pinturasofrvel e odivel porque simula qualquer coisa menos aquarela.

    o pincel Digital Watercolor que uso, essasim simula a aparncia de uma aquarelaverdadeira na medida do possvel, poisacredito que nada substitui 100% a aquarelaverdadeira. Gonzalo Crcamo que o diga.

    combinaes de cores, geralmente com tonsmais escuros.

    Existem momentos em que a ordem dos layersinfluencia nos efeitos, ento eu sempre comeode baixo para cima, sendo que o ltimo layerde aquarela o mais superior).

    E por fim, dou pinceladas de guache brancopra realar os brilhos.

    O artboard dessa ilustrao temmais que o dobro do tamanhodo original: foi feita em60x60cm a 200 dpis.

    Nunca fao a ilustrao notamanho real; gosto da reduopara eliminar algumas falhas.

    Isso vem da prtica de fazerilustraes para as lminasde bandeja do McDonalds.

    O trao do monstro e dasereia foram feitos em layersseparados, no mesmodocumento.

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    SPBYSP:HIRO

    Com o monstropronto, deixoinvisveis os

    layers do dito-cujoe parto pra

    sereia,usando omesmoprocesso.

    Com a sereia pronta, deixo visveis os layersdo monstro e verifico o posicionamento dosdois.

    Com a posio agradvel para os dois, eu cubrode branco embaixo das partes que se encontram,pois a aquarela transparente e no quero queos traos se fundam.

    Por fim, dou umatapeada no fundo,jogando alguns layersde aquarela azul.

    Limpo as partes invasoras e ailustrao est pronta para serconsumida.

    Quer dizer, quase. Eu salvo ailustrao final em formato .psd,

    no modo RGB.

    Em seguida, abro novamente ailustrao no Photoshop para calibraralgumas cores e salvo o arquivo emformato tiff, modo cmyk.

    A vo algumas outras dicas do Painter, usandocomo exemplos ilustraes que fao para as lminasde bandeja do McDonalds. Alm dessas, muitasilustraes so feitas diretamente no Illustrator

    CS3, para dar uma variada de uma lmina paraoutra, mas isso fica pra outro tutorial.

    As ilustraes dessas lminas so simples e tmque ser rpidas, pois o tempo de produo nopassa de 5 dias, da criao, texto, pesquisa,desenho e finalizao.

    Ento elas sempre tm essa cara de vinheta,sem fundos elaborados, mas ganhando respeitona quantidade - algumas lminas tm at 60ilustraes.

    Em algumas lminas de bandeja eu uso o pincelSumi-e, Thick Blossom, para traar os desenhos.Neste caso, as ilustraes para a lmina dasOlimpadas da China - eu optei por este tipo de

    pincel porque ele bem gil.

    As variaes de grossura de trao so extremas,e, alm disso, o trao falhado, como se os pelosdo pincel dessem uma derrapada de vez emquando, dando um charminho.

    Alm disso, esse pincel ideal para desenharcoisas sem muitos detalhes pequenos. A aquareladigital novamente a esposa perfeita do sumi-e.

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    SPBYSP:HIRO

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    Esta outra o pincel que mais uso noPainter X para tracejar as ilustraesda lmina de bandeja: a ferramentaGuache - Detail Opaque.

    Ela tambm tem as variaes bemmarcantes de espessura, mas o trao mais uniforme, mas pode dar umasoltada de franga se voc usar muitapresso, gerando efeitos interessantes.

    Ele um pincel bem rpido e fluido.Nessas ilustraes para a lmina debandeja Amo Muito Tudo Isso foramusados o guache e pintadas novamentecom a minha adorada aquarela digital.

    No possuem variaes de grossura, mas otracejado muito preciso e rpido. E embora ostraos fiquem mais fortes, passam facilmente atextura do papel, evitando que eles fiquem pesadosdemais.

    Para esse tipo de trao o ideal que a pinturatambm seja mais forte, e nesse caso eu uso opincel Acrilics - Wet Acrilics por causa da texturae da facilidade de se trabalhar com variaes decor com essa ferramenta.

    Essas imagens do gigante vermelho fazem parteda prxima lmina de bandeja sobre Astronomia,em abril, no McDonalds.

    Finalmente, o terceiro tipo de trao feito no Painterque estou comeando a usar agora nas lminasde bandeja. Os traos feitos no pincel Pastel -Tapered Conte so como lenhadores mauhumorados - firmes, fortes, simples e sem frufrus.

    um trao bem diferente do normal, timo paradar uma variada no estilo.

    H

    iroKawahara

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    SPBYSP:HIRO

    SPBYSP:HIRO

    H

    iroKawahara

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    MONTALVO

    MACHADO/SKETCHCRAWL

    Foto:ar

    quivoRicardoAntunes

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO uma maratona mundial

    de desenho de locao,criado por Enrico Casarosa,

    artista de storyboard da Pixar.

    Um dia inteiro de desenho pelas ruas domundo inteiro, sozinho ou em grupo,com uma temtica urbana, retratandocada detalhe da cidade, desde a xcarado caf da manh at os reatores dospostes da esquina, passando por pessoas,

    motos, rvores, prdios, becos, etc.H um forum internacional onde sopostadas e arquivadas as imagens decada edio do evento, para que todospossam conhecer as cidades dosparticipantes atravs do olhar de cadaartista, e das fotos tiradas durante oSketchcrawl.

    O criador do evento fezuma experincia em agostode 2004, desenhando San

    Francisco por um dia inteiro,

    sem parar.Os registros aquarelados deste dia estono blog do Sketchcrawl.

    Mas o primeiro Worldwide Sketchcrawl,coletivo, organizado mundialmente,aconteceu em 21 de novembro de 2004.

    O prprio Enrico conta como tudo comeouem seu blog, dias depois de uma festa dedespedida de solteiro.

    eterano no mercado, MontalvoMachado conhecido no mercado por vriosmotivos. Entre clientes, pelo seu trabalhocomo ilustrador. E entre os colegas, pelafundao, h anos, do frum Ilustrasite,um dos mais importantes que j existiu.

    Depois do encerramento do frum, quefoi transferido para o Ilustragrupo,Montalvo passou por uma fase maisretirada, dedicando-se exclusivamente ilustrao e a seus workshops.

    Mas voltou este ano com toda fora,trazendo So Paulo o Sketchcrawl, eventointernacional criado nos EUA e destinado divulgao do sketchbook.

    Montalvo fala sobre o que o evento, comocorreu e como sero os eventos futuros.

    O QUE O SKETCHCRAWL?

    COMO SURGIU O EVENTO?

    Foto Mateus Rios

    Sketch Tarsis Cruz

    F

    otoGilT

    okio/SketchFernandaGuedes

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    O Enrico determina umadata a cada 3 meses,

    aproximadamente, e aspessoas se organizam para

    sair s ruas neste dia, postando seusdesenhos no Forum Internacional nos diasseguintes ao evento.

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO

    Esta foi a primeiraparticipao organizada,

    coletiva, do Sketchcrawl noBrasil. Outros brasileiros participaram antes,mas individualmente.

    Eu venho acompanhando o Forum h anos,e como no havia postagens de outrosbrasileiros a cada nova data, eu decidi

    participar, e fiz um post no meu blog, aSketcheria, chamando o pessoal paraparticipar.

    Outros colegas gostaram da idia e tambmpostaram nos seus blogs, listas, twitters,etc. e virou uma bola de neve.

    Em poucas semanas tnhamos organizadouma lista do Sketchcrawl-Brasil no Yahoo,e para o dia do encontro reservei uma mesapara 20 pessoas no Bar Gensio, na VilaMadalena, na cidade de So Paulo.

    Em 15 minutos a mesa estava tomada, econtinuava chegando gente aos montes.

    Eu imprimi 80 etiquetas com o logo doevento e um espao para os nomes, parafacilitar a identificao dos participantes,achando que metade iria sobrar, masacabaram rapidamente.

    Em meia hora o bar estava completamentelotado, dentro e fora, e at nas mesas ecaladas do outro lado da rua.

    Somente em So Paulo foram 120participantes, um recorde mundial noWorldwide Sketchcrawl, comentado comentusiasmo at pelo prprio criador doevento, em seu blog.

    Foi realmente impressionante ver aquelamultido subindo e descendo as ruas daVila Madalena, de cadernos na mo, algunscaminhando e desenhando ao mesmotempo.

    Tivemos tambm a participao de outrascidades paulistas como Santos e So Carlos,alm de Florianpolis, Goinia, Rio deJaneiro, Foz do Igua, Paran, Fortaleza,Natal e Minas Gerais.

    Isto varia muito, de acordocom o hbito de cada um.

    Lpis 6B costuma ser umconsenso para a maioria, tem gente queleva suas aquarelas, mas a gente v muitagente usando canetinhas hidrocor e aquelesmarcadores de ponta larga, com cheiro dethinner.

    Eu gosto muito destes marcadores, ecostumo fazer algumas combinaes entreeles e canetas esferogrficas gel da Uni-Ball, a mesma marca que faz as canetonasPosca, todas com um resultado parecido

    com o guache, de tinta bem opaca.

    Tambm gosto muito de usar lpis pastel,principalmente nos rabiscos iniciais de umdesenho.

    O suporte ideal para desenhar na rua ocaderninho mesmo. Nada de cavaletes oupranchetas grandes; o bom e velhosketchbook, pequeno, de preferncia, comvrios tipos diferentes de papel costumaser a melhor opo.

    Certamente, no apenasa escolha de um local

    bonito que deve ser levadoem considerao, mas o

    acesso fcil, a alimentao, e claro, aesttica e a representatividade temticadevem ser relevantes.

    E se a previso do tempo indicar chuva oufrio, pode-se escolher um local fechado,como museus e centros culturais, quetambm so muito inspiradores e podemser tema para belos desenhos.

    E QUAL A PERIDIOCIDADE? ESTA FOI A PRIMEIRAPARTICIPAO DO BRASIL? EQUANTOS COMPARECERAM?

    QUAIS OS MATERIAIS USADOS

    NO EVENTO, EM ESPECIALPOR ACONTECER NA RUA?

    OS LOCAIS ESCOLHIDOSINFLUENCIAM O RESULTADO?

    Sketch/Foto Montalvo Machado

    Foto Dani S

    S

    ketchEduardo

    Bajzek

    Sketch Rodrigo Solsona

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    O aprendizado o prmioque todos participantes levam para

    casa. Profissionais, amadores, estudantese leigos se fascinam com os desenhossaindo do branco do papel, e o maisinteressante nestes encontros ter acessoaos desenhos dos colegas, conhecer seusprocessos, entender suas tcnicas e

    principalmente ver os desenhos sendofeitos ao vivo, sem os recursos eletrnicosdo estdio.

    muito inspirador ver os outros desenhar, quase contagioso, motiva as pessoas adesenharem ainda mais, ou retomar seusestudos.

    como assistir a um show ao vivo, notem playback nem mixagem, e at oserros so bem-vindos, porque osketchbook experimental por definio, o espao ideal para quebrar regras elimites, convidando a encontrar novasalternativas e fazer descobertas.

    claro que errar faz parte desta aventura,no existe aprendizado sem erro.

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO

    O convvio provavelmentea nossa maior conquista, e isto

    muito importante para quem quer viver dodesenho.

    Nossa atividade costuma acontecer entre4 paredes, cada desenhista se fecha noseu mundinho na hora de produzir suasimagens, e muitos permanecem entocadospor uma vida inteira.

    O Sketchcrawl um convite a quebrarestas barreiras, conhecer seus iguais,esclarecer dvidas, trocar valiosasinformaes que nunca sero encontradasem livros, faculdades ou cursos.

    Essa integrao nunca foi to importantepara a sobrevivncia da profisso deilustrador.

    Derrubar o senso crtico, aceitando osprprios erros, aprender com eles, e seidentificar com outros colegas que passampelos mesmos problemas humaniza edesmistifica o "dom" do desenho.

    Eu no acredito em "dom", o que existede fato uma evoluo constante, lentae gradual, at se alcanar algum domnioda tcnica.

    No existem atalhos, o bom resultado o aprendizado fundamentado napersistncia e no prazer de desenhar.Nenhuma rea do conhecimento humanofoge a esta regra, e uma pequena dosede frustrao e dificuldade natural nocomeo de qualquer atividade.

    Estamos passando por um momento muitocrtico, as negociaes so cada vez maisdifceis com editores e clientes em geral,h muitos ilustradores desinformados,desgarrados das comunidades deilustradores, agindo de forma estabanadae prejudicial a todos, mas, ao conhecer econviver com nossos colegas, todosconseguem entender melhor osmecanismos da nossa profisso, expandirnossas possibilidades e saber comoproceder para se manter trabalhando bem,no presente e no futuro, de formaconsciente, lucrativa e sustentvel.

    Acima disto tudo h a amizade que seforma, e dela vem o prazer de convivercom pessoas interessantes e divertidaspor anos e anos.

    A amizade entre os ilustradores tem setornado cada vez mais slida e duradoura,e provavelmente a maior conquistapessoal e coletiva que se poderiaestabelecer entre estes profissionais.

    DE QUE FORMA VOCACHA QUE EVENTOS COMO

    ESSE PODEM AJUDAR NODESENVOLVIMENTO DOS

    ARTISTAS EM GERAL?

    FORA O DESENHO EM SI,DE QUE FORMA UM EVENTO

    COMO ESSE PODE AJUDARNA INTEGRAO ENTRE

    OS ARTISTAS?

    S

    ketch

    MarcioFerreri

    F

    otoMateusRios

    F

    otoMateusRios

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    Na verdade o Sketchcrawldemanda uma logstica muito simples,porque no h inscrio, taxas ouburocracias.

    Da minha parte foi mais o trabalho deacender o pavio, porque a vontade dedesenhar em grupo, na rua, estava latenteem muitas pessoas.

    Eu comecei pela escolha do local e horrio,depois promovi um networking de blogs,listas e e-mails, e por fim criei um Flickr-Pro para armazenar as fotos.

    O resto aconteceu espontaneamente.Paraos participantes ainda mais fcil, bastase informar sobre o dia do prximo eventoe participar, sozinho ou em grupo.

    Talvez seja esta a frmula de tamanhosucesso: a simplicidade e a acessibilidade.

    O nico problema foi uma diferena na horade fechar a conta no Bar Gensio.

    Aprendemos com isto que os prximosencontros sero em lugares abertos,pblicos, e cada um paga a sua prpriaconta.

    Provavelmente o melhor do evento foi olharem volta e se sentir "um suricate entre os

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO

    Certamente, o Sketchcrawl foi um sucessomuito alm das nossas maioresexpectativas, e teve um retorno tambmsurpreendente.

    Na semana seguinte o jornal O Estadopublicou uma matria de pgina inteirasobre o evento, houve diversas entrevistasonline ou por telefone, h contatos com

    jornalistas, fotgrafos e ONGs que seinteressaram em divulgar e participar das

    prximas edies, enfim, comeamos bem,e o futuro parece muito promissor.

    O prximo Worldwide Sketchcrawlacontecer em 11 de Abril de 2009, emesmo com apenas uma participaocoletiva no Brasil, o evento gerou umaansiedade e uma expectativa to grandepara os prximos encontros, que algunscolegas tm se reunido nos fins-de-semanapara desenhar, aquecendo seus cadernospara a prxima maratona mundial.

    Mesmo com mais de 24 anosna profisso, foi somente nos ltimos

    4 anos que o sketchbook se tornou partedo meu cotidiano, depois de ter feito oworkshop Dirio Grfico com o ilustradorRenato Alarco.

    Este curso foi muito marcante para mim,e literalmente explodiu minha cabea.

    Eu pude ver infinitas possibilidades comos sketchbooks, lidar com novas tcnicas,reutilizar papis, posters e telas, h muitotempo encostadas, alm de ter aprendidoa fazer meus prprios cadernos.

    Atualmente tenho levado meus sketchbookspara todo canto, e desenhar deixou de seruma atividade de estdio para mim.

    Seja em uma viagem de frias ou numcaf da manh na padoca, eu carregominha "unidade mvel" com canetas,canetinhas e canetes, alguns cadernos,e estou sempre rabiscando.

    Isto tem me ajudado a melhorar muito omeu trao, meu senso de cores e minhacapacidade de improviso.

    Meu trabalho como um todo cresceu comeste novo hbito, que no tenho a menorinteno de abandonar.

    seus iguais", como disse o Hiro em seu blog,quando participou do Bisteco Ilustrado pelaprimeira vez.

    realmente incrvel olhar ao seu redor e vermais de uma centena de pessoas com umaafinidade em comum: a paixo pelo desenho.

    Todos com seus cadernos, seus olhares baixos,concentrados, e um instante depois ver obrilho nos olhos e o sorriso aberto e francoentre os "suricates", finalmente unidos.

    Isto no tem preo, realmente justifica evalida qualquer esforo.

    Outra sensao muito boa saber que,naquele exato momento, centenas ou talvezmilhares de outros desenhistas estoparticipando tambm e fazendo exatamenteo mesmo, desenhando suas cidades emdiversas localidades do mundo.

    No dia seguinte, ao escanear os cadernos, aidentificao tambm bate forte; todos estoconectados neste mesmo ritual digital, eansiosos por ver e mostrar o que fizeram.

    H tambm uma ao solidria promovidapelos integrantes do Sketchcrawl, na qualforam doados produtos no-perecveis,encaminhados Casa Assistencial MariaHelena Paulina - CAMHP, atravs da indicaodoprojeto CidadeEscola Aprendiz.

    muito gratificante fazer parte de um eventosocialmente til, colaborando com alimentose produtos de higiene para uma instituioque depende unicamente de doaes para semanter funcionando.

    ORGANIZAR UM EVENTOCOMO ESSE NO FCIL.

    QUAIS FORAM ASMELHORES COISAS

    DO DIA E OS PROBLEMASQUE ENFRENTOU?

    J EXISTE O BISTECOILUSTRADO, JANTARDOS ILUSTRADORESQUE VIROU EVENTO

    IMPERDVEL.O SKETCHCRAWLSO PAULO PRETENDE

    FAZER PARTE DO CALENDRIODE EVENTOS DA ILUSTRAO?

    PARA VOC, COMOILUSTRADOR E ARTISTA,QUAL A IMPORTNCIA

    PESSOAL DE UMSKETCHBOOK?

    F

    otoMontalvoMachado

    Foto Mateus Rios

    S

    ketch

    RoldrigoSolsona

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    35 b35a

    Toda a atividade artsticadepende da persistncia e

    continuidade para se desenvolver.

    O sketchbook permite ao artista que seexercite diariamente, e esta prtica levaa uma observao mais apurada, faz apessoa enxergar temas "desenhveis"

    at nas coisas mais simples.

    O olhar se torna mais receptivo, e omundo ao seu redor percebido deforma diferente, mais bonita e maisinteressante.

    O sketchbook aguou meus sentidos, ehoje costumo desenhar mentalmente,at quando no estou desenhando nopapel.

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO

    15PERGUNTASPRA:MONTALVOMACHADO

    Eu sempre trabalheicom ilustrao sob a

    forma de briefings,orientaes e diretrizes do cliente ou dodiretor de arte sobre os objetivos daquelaimagem.

    Confesso que foi um processo um tantodifcil encontrar meu tema preferido,deu um branco quando fui confrontadocom a liberdade total no desenho.

    Mas acabei encontrando no desenho delocao um caminho muito pessoal, e osketchbook acaba sendo um suporte

    natural para isto.

    Gosto muito de viajar e desenhar novaspaisagens, mas nem sempre possvelparar e desenhar tudo.

    Ento eu fotografo com o olhar dedesenhista, j pensando naquela imagemno caderno, e entre um job e outrocostumo desenhar partindo destas fotos,trazendo de volta o clima e as memriasvividas durante a viagem.

    H vrios grupos formadoscom o sketchbook em foco.

    De fanticos por Moleskine, como oMoleskinerie e MoleskineCity, at os UrbanSketchers um blog especfico para desenhosurbanos de locao.

    No Brasil temos o Flickr do Sketchcrawl-Brasil, com fotos e desenhos dos participantesde diversos pontos do pas, h tambm alista do Sketchcrawl-Brasil, formada paraorganizar os encontros de norte a sul do pas,a Sketcheria, blog que tem os sketchbookscomo assunto principal, e o workshop DirioGrfico do Renato Alarco.

    Nenhuma. um eventoaberto, gratuito e

    descompromissado, paraquem gosta de desenhar - e mesmo quemdesenha pouco ou no desenha se sentebem-vindo no evento, porque no se tratade concurso, e ningum est l para criticaros trabalhos, e sim para se divertir.

    E no vejo a hora de participar do prximo.

    E DE QUE FORMA OSKETCHBOOK PODEAPRIMORAR O SEU

    TRABALHO COMOILUSTRADOR?

    TEM PREFERNCIAPOR ALGUM TEMA

    ESPECFICO?

    H OUTROS ENCONTROSOU MOVIMENTOS COMO

    O SKETCHCRAWL,EM ANDAMENTO?

    EXISTE ALGUMA RESTRIOPARA PARTICIPAR DO

    SKETCHCRAWL?

    S

    ketchGustavoRinaldi

    Sketch Carlos Hiro

    Sketch Dani S

    S

    ketchSamuelRodrigues

    F

    otoMontalvoMachado

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    DICA DE LIVRO 1

    O que acontece quando se junta em ummesmo espao textos dos melhores

    escritores brasileiros - como Olavo Bilac,Machado de Assis e Augusto dos Anjos -

    com desenhos de alguns dos grandesilustradores e quadrinistas do Brasil - comoSamuel Casal, Eloar Guazzelli e Kleber Sales?

    O resultado uma obra inesperada,estimulante e imperdvel, chamada DomnioPblico - Literatura em Quadrinhos, srie delivros da Editora Rag e que j vai no segundo

    volume, destinado a todo tipo de leitor.

    venda nas melhores livrarias.

    DICA DE LIVRO 2

    O livro O Que Qualidade em Ilustrao no Livro Infantile Juvenil: Com a Palavra o Ilustrador um conjunto de

    opinies de diversos profissionais da rea, organizado pelaescritora Ieda de Oliveira.

    O livro dividido em duas partes: na primeira soapresentados 7 artigos de ilustradores renomados, e, nasegunda parte, 14 depoimentos relacionados, dando umaviso geral do panorama da profisso e atuao doilustrador.

    Editora DCL Difuso Cultural. Nas melhores livrarias.

    DICA DE LIVRO 3

    DICA DE LIVRO 4

    DICA DE LIVRO 5

    Uma coleo bem interessante, a srie Contando a Artede... apresenta a vida e a obra de grandes artistasbrasileiros, e sempre ricamente ilustrada... Nuncafoi to fcil conhecer arte.

    Aldemir Martins, Tarsila do Amaral, Di Cavalcantiso s alguns nomes dos 34 volumes da srie.Os livros so da Editora Noovha Amrica, e podemser encontrados nas livrarias ou no site da editora:

    http://www.noovhaamerica.com.br

    Um dos mais respeitados ilustradores brasileiros,Rui de Oliveira escreveu em 2008 o livro PelosJardins Boboli: Reflexes Sobre a Arte de IlustrarLivros Para Crianas e Jovens.

    O livro rene ensinamentos e a viso deste que um dos maiores ilustradores de literaturainfantil do Brasil, alm de comentrios sobre

    os maiores ilustradores e os filmes de animaomais interessantes.tima leitura para professores, profissionaisque lidam com imagens ou simplesmente paraquem se interessa pelo mundo da imagem.

    Editora Nova Fronteira. Nas melhores livrarias.

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    CURTAS

    O ilustrador e cartunista Spacca continua com afora toda.

    Em 2008 lanou o livro D. Joo Carioca, lanadopela Editora Companhia das Letras, contando naforma de histria em quadrinhos a histria davinda da Famlia Real Portuguesa para o Brasil.

    O livro, que divertido e esclarecedor, foi umsucesso, acompanhando a comemorao dos 200anos da vinda da famlia real.

    Agora Spacca se prepara para lanar um novoprojeto, dessa vez em cima da obra de JorgeAmado, Jubiab.

    Aos poucos Spacca vai deixando detalhes dolivro em um blog criadoespecificamente para o projeto, e

    a expectativa de que seja lanadoem maio de 2009.

    Agora aguardar:

    http://jubiaba.blogspot.com

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    GUIA DO ILUSTRADOR- Guia de Orientao Profissional

    ILUSTRAGRUPO - Frum de Ilustradores do Brasil

    SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil

    ACB / HQMIX- Associao dos Cartunistas do Brasil / Trofu HQMIX

    ABIPRO - Associao Brasileira dos Ilustradores Profissionais

    AEILIJ - Associao de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil

    ADG / Brasil - Associao dos Designers Grficos / Brasil

    ABRAWEB - Associao Brasileira de Web Designers

    CCSP - Clube de Criao de So Paulo

    www.guiadoilustrador.com.br

    http://br.groups.yahoo.com/group/ilustragrupo

    www.sib.org.br

    www.hqmix.com.br

    http://abipro.org

    www.aeilij.org.br

    www.adg.org.br

    www.abraweb.com.br

    Aqui encontrar o contato da maior parte das agncias de publicidadede So Paulo, alm de muita notcia sobre publicidade.www.ccsp.com.br