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ricardo antunes
so paulo / Lisboa
www.ricardoantunes.com
Dia 1 dia de Ano Novo...
ais um ano se inicia, e para todos ns o ano que passou teve coisasboas e ruins, erros e acertos, sonhos concretizados e projetos deixados para o futuro.
Entramos em 2011 com a vontade e a energia para que possamos acertar mais,concretizar mais e que as coisas boas sejam uma constante.
E entre essas coisas boas, eu pessoalmente acredito que a ilustrao, comoforma de arte de massa, pode levar a beleza e a inspirao a todos, fazendodesse mundo algo melhor e mais colorido.
Este novo ano que comea tambm um ano de novos projetos, e entre os projetosda Ilustrar est a Reference Press, que j falamos na edio anterior, e, a partir dessaedio n 20, tambm temos uma nova seo na Ilustrar, a seo ESPAO ABERTO, ondeamigos, leitores e fs da revista podero ter a oportunidade de divulgar seus trabalhos.
Com a presena desses amigos a revista ca cada vez mais bonita, e alm delestemos tambm, nesta edio n 20, a participao na seo Portfolio do caricaturistamineiro Quinho Ravelli, seguido de Amilcar Pinna no Sketchbook.
O passo a passo ca por conta de Will Murai, com uma pin-up de dar gua na boca,e a seo 15 Perguntas com o ilustrador das capas da Fables, Joo Ruas.
A seo Internacional recorda o grande ilustrador falecido prematuramente, PatrickNagel, que deniu toda uma poca com seu estilo inconfundvel.
E como sempre temos tambm as colunas de Brad Holland, falando sobre suasrecordaes familiares e as inuncias delas em seu trabalho, e Renato Alarco,sobre dicas para quem quer fazer deste 2011 o Ano do seu portfolio - alm, claro, dos participantes da seo Espao Aberto.
Espero que gostem, e dia 1 de maro tem mais.
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EDITORIAL: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
PORTFOLIO: Quinho Rave l l i . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . .4
COLUNA INTERNACIONAL: Brad Ho l land . . . . . .. . 12INTERNACIONAL: Patr ick Nagel . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .15
SKETCHBOOK: Amilcar P inna . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 21STEP BY STEP: Will Mura i . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
COLUNA NACIONAL: Renato A larco . . . . . . . . . . . . . .33
15 PERGUNTAS PARA: Joo Ruas . . . . . . . . . . . . . . .. . . 36
ESPAO ABERTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48
CURTAS.............................................................. 59
LINKS DE IMPORTNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
DIREO, COORDENAO E ARTE-FINAL: Ricardo [email protected]
DIREO DE ARTE: Neno Dutra - [email protected] Ricardo Antunes - [email protected]
REDAO: Ricardo Antunes - [email protected]
REVISO: Helena Jansen - [email protected]
COLABORARAM NESTA EDIO:
ILUSTRAO DE CAPA: Joo Ruas - [email protected]
PUBLICIDADE: [email protected]
DIREITOS DE REPRODUO: Esta revista pode ser copiada, impressa, publicada, postada,distribuda e divulgada livremente, desde que seja na ntegra, gratuitamente, sem qualqueralterao, edio, reviso ou cortes, juntamente com os crditos aos autores e co-autores, eindicando o site da Revista Ilustrar.
Os direitos de todas as imagens pertencem aos respectivos ilustradores de cada seo.
Angelo Shuman (Divulgao) - [email protected] Dumas (Patrick Nagel) - [email protected]
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arquivoRicardoAntunes
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A Revista Ilustrar tem o prazer de anunciar a criao da Reference Press, sua maisnova editora, destinada publicao de livros de grandes ilustradores e artistas,nacionais e internacionais, publicados em parceria com a editora americanaBrandstudio Press.
O primeiro lanamento o aguardado livro de ilustraes de Benicio, Sex & Crime- The Book Cover Art of Benicio, uma mostra de algumas de suas famosas pin upsque ilustraram diversas capas de pocket books ao longo de dcadas. Belas mulheres,sensualidade, crimes e espionagem em ilustraes com o genial talento de Benicio.
Os lanamentos seguintes so: o livro com as incrveis heronas de Hiro Kawahara,o segundo volume de ilustraes de Benicio e uma coletnea indita com artistas.
Houve uma mudana de datas, e o livro ser lanado em MARO, no site daReference Press: www.referencepress.com
Acompanhem pelo Twitter da Revista Ilustrar a data dos lanamentos: @revistailustrar
Reference Press. A sua referncia em arte.
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QUINHO
ilustrador, jornalista,chargista e caricaturista mineiro,Quinho Ravelli, tem trabalhado emespecial com jornais da regio de
Minas, principalmente os jornaisO Estado de Minas e jornal
Aqui, alm de trabalhar como grupo Dirios Associadosh mais de 15 anos.
Seu comeo no podiater sido melhor, com
Ziraldo apadrinhandoseu trabalho depoisde ter participado dosalo de Humor Henl.
Com seu trabalhode charge voltado
principalmente para acrtica poltica, Quinho
expressa no humor todoo contexto poltico atual.
Eu era um menino muito tmido,introspectivo. Ento usava a minhadesenvoltura no desenho pra meaproximar das pessoas.
Na escola, j ilustrava acontecimentosmarcantes da turma em forma decartoons, charges ou histrias emquadrinhos. A partir da, vi que era oque eu gostaria de fazer na vida.
No interior de Minas no havia muitoespao para ilustrao, ento queipor um tempo perdido entre um
comrcio menor e outro, produzindocartazes de eventos, reproduzindoa leo quadros clssicos e coisas dotipo, at participar do Salo Nacionalde Humor Henfil em 95, ganharo primeiro lugar em charge e serapadrinhado pelo Ziraldo.
Ele me convidou para uma exposiocoletiva de cartunistas mineiros noRio, no palcio do Catete e a partir dafui convidado a trabalhar nos DiriosAssociados em Belo Horizonte, ondeestou at hoje.
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QUINH O Ravelli
Belo horizonte
quinhoravelli@hotmai l.com
http://quinhoilustrador.blogspot.com
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Foto:arquivoQuinhoRavelli
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So muitas as inuncias. Aquino Brasil, principalmentea turma do Pasquim.
Muitas vezes, diante deum determinado desaocomplicado, procuro meperguntar como ltimorecurso: Como tal
artista resolveria isso?
A partir da voudirecionando o trabalhocomo uma colcha deretalhos.
Creio que quase nada h demim nos trabalhos que fao,devo tudo aos outros.
I N F L U N C I A S
O trabalho na redao um desaodirio. H pouco tempo e tudo deveser resolvido com ecincia.
Tenho conscincia que trabalhonum grande jornal e que preciso
responder altura com o meutrabalho. Muitas vezes difcilcar concentrado no trabalho daprancheta, pois a minha editoriano muito isolada e as pessoascirculam por ela. Raramente leioum texto completo para ilustr-lo.
No o ambiente mais adequadopra se fazer uma charge diria,mas fao o que posso em meios ilustraes que chegam a todomomento. Muitas vezes umsufoco.
Mas no m das contas, quando
saio, me sinto bem por ter sidocapaz de cumprir o meu papelpor mais um dia.
D I R I O SA S S O C I A D O S
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Eu no vivi na fase da ditadura, masobviamente que a charge poltica nessa
poca transcendia o humor pelo humor,o que a tornava mais forte do pontode vista contestador.
Porm, com a abertura, o foco pde seampliar tambm a outros temas, comoesportes, costumes, msica, cincia,religio, etc.
Hoje a poltica continua a ser abordadade maneira cida pelas charges e
continua a ser o tema central, masassuntos diversos so abordados com
maior frequencia do que na poca daditadura. E o que mudou foi apenaso cenrio poltico, no a qualidadedos chargistas.
Basta constatar isso fazendo umavisita ao chargeonline. V-seclaramente que h chargistas atuaisque funcionariam de maneira magncano clebre Pasquim, se tivessem claro, vivido naquela poca.
C A R T O O N P O L T I C O
O cartum uma linguagem direta. como uma frase de impacto que leva reflexo.
Muitas pessoas procuram se inteirarsobre um assunto quando veem umacharge interessante sobre o mesmo.
Da mesma forma que uma ilustraopode despertar o interesse do leitor
por um texto.
O que vejo de melhor no papel dochargista essa capacidade de fazercom que as pessoas se interessempela informao, pelo que lhes afetadiretamente.
O C A R T U N I S T AC O M O C R T I C O
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Nas caricaturas procuro captar,sobretudo, a personalidade.
Quando andamos pelas ruas,principalmente as de grande
diversidade humana, podemosnotar que cada pessoa tem suaparticularidade e que a suaimagem nos d dicas preciosas
a respeito de como ela .
Muitas vezes, ao notarmostamanha quantidade demscaras e corpos diferentes,
a conscincia esquecidade que somos criaturasconvivendo num planetarapidamente vem tona.
A S C A R I C A T U R A S
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Invernos em Ohio
por Brad Holland
Pode ser vero no Brasil, mas invernoem Ohio. O Natal sempre me fazpensar em minha infncia por l. NoOhio, a neve parecia sempre cair nosferiados e as nossas famlias distantessempre vinham juntas, mesmo que emuma pequena cidade como Fremont,onde tnhamos parentesco com tantaspessoas que nem sequer conhecamosa maioria delas.
Ohio um estado grande no Centro-Oeste da Amrica. Ele muitas vezesconsiderado a configurao tpica
americana. Thomas Edison nasceu l.Tambm Ulysses Grant, que venceu aGuerra Civil Americana. Neil Armstrong,o primeiro homem a pisar na lua, veiode Ohio. Assim como Clark Gable emilhares de outras pessoas cujas aesvoc deve conhecer, mas cujo local denascimento talvez no.
As pessoas no costumam pensar emOhio como sendo na fronteira com oCanad, mas . A linha traada entreo meio do lago Erie, o quarto maiordos cinco Grandes Lagos da Amricado Norte e o dcimo terceiro maiorlago do mundo. Eu cresci a poucos
quilmetros ao sul de l. Ns raramentepodamos captar a cidade prximade Cleveland em nosso velho rdio avlvulas, mas as estaes de rdio de
Ontrio (no Canad) vinham clarasatravs da gua. No inverno, osventos canadenses aoitavam pelagua tambm. O riacho atrs de nossoceleiro congelava. Crianas da vizinhanasaam para patinar. O crepsculo vinhamais cedo. E em noites limpas as luzes
do norte acenavam como bandeirasiridescentes no cu do rtico.
Ns crescemos na orla da cidade e beira de uma cultura que j tinhaquase desaparecido do mainstream.Meus amigos na cidade cresceram comdiscos, carros e lmes. Meus irmose eu vaguevamos pelos milharaisno vero e caminhando e fazendorudo em meio mata silenciosa noinverno. Eu nunca vi um filme deadolescentes nem tive um toca-discos,mas eu tenho lembranas claras deratos-almiscarados escorregando pelamargem do riacho lamacento ou uma
doninha sentada com ar furtivo na neve.
Fremont, como a maioria do Ohio, foicolonizada por alemes l pelos anosde 1700. Os parentes da minha avtinham vindo da Alscia. Os parentesdo meu av vieram mais tarde. Nossafamlia prxima veio de Kaisers, Kisers,Overmyers e Wagners. Ns nuncativemos certeza de como ns tnhamosparentesco com os Krause e Kessler(embora soubssemos que tnhamos)
- ou para os Titsworth e Fangboner, naverdade - e francamente - ns camosfelizes de no saber o quo pertopoderamos ter nos chamado Titsworthou Fangboner. Desistimos de tentarfazer qualquer distino talmdicaentre primos em terceiro grau deduas geraes diferentes e primosem segundo grau de trs geraesdiferentes. Ns apenas assumimosque temos parentesco com todos nacidade, mas s podamos conrmarprimos de primeiro grau comoverdadeiros parentes - a menos que,naturalmente, algum parente de fraldasaparecia com duas cabeas e um rabopara provocar admirao.
Todos os meus parentes eramqueridos para mim, mas minha ave eu compartilhamos de um lao quetranscende os laos familiares. Talvezeu tenha esquecido as coisas que me
aconteceram na semana passada ou hum ano, mas me lembro com clarezada viso das tardes que passei com ela,metade de um sculo atrs.
Sempre que eu ia aparecer na suaporta, coberto de manchas de grama novero, embrulhado como uma mmiano inverno, sujo de lama na primavera,ou com bolsos cheios de castanhasno outono, minha av sempre mecumprimentava como se eu fosse oanjo Gabriel anunciando a segundavinda. Todo vero ela insistia para queeu a visitasse durante um ms. Em
jantares de feriado, ela me fazia sentarao lado dela, na cabeceira da mesa.
No corao da nossa unio estavam ashistrias que ela costumava ler paramim. Ela leu-me histrias at queeu pudesse l-las para ela, e depois,quando comecei a escrever as minhas
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prprias, ela tambm as ouviu. Ashistrias que preferamos eram mitosdo velho mundo e fbulas, e lendasfolclricas to sombrias e slidas comoa moblia de sua casa. Mas nem todasas histrias eram mitolgicas. No ritualde ler e ser lido, a minha av tinhaaberto uma pequena e baixa porta paramim sobre o passado de sua famlia.L dentro, eu encontrei os espritos dosparentes que estavam mortos h muitotempo, mas que, vivos novamentenos contos de minha av, haviam setornado to reais para mim como ospersonagens de fico.
Quando criana, minha av era afavorita de seu av. Ele tinha lido paraela, como ela agora lia para mim. Elelhe contou histrias e, com o tempo,ela contou as histrias para mim. Entreelas estavam as histrias da atuaodele durante a Guerra Civil Americana.
Christian Kiser tinha se alistado na
infantaria da Unio, aos 19 anos. Elelutou durante quatro anos e quasefoi capturado em Vicksburg, no rioMississippi. Ele escapou e viveu paracontar para sua neta sobre isso.
E ela viveu para me contar.Durante a guerra, ele carregava umapequena garrafa de cnfora azul. Ele adeu a ela. Ela a deu a mim. Mais tardeem sua vida, o jornal local fez um perlsobre ele e publicou sua foto. Ele deua ela o bloco de madeira que foi usadopara a impresso. Ela o deu a mim. Euainda tenho isso, uma vaga, arranhadaimagem vermelha e preta, gravada emao e presa a um bloco pequeno demadeira. Eu valorizo isso mais do quequalquer coisa que eu j comprei.
Para muitas pessoas da minha idade,e certamente para os mais jovens, aGuerra Civil Americana um assuntolivresco ou de uma srie que viram nateleviso pblica. Mas para mim foi umconto contado duas vezes, passadodiretamente - com apenas um salto - apartir de campos de batalha de Shiloh,Chattanooga e Lookout Mountain. Apequena porta baixa que a minha avabriu para o passado de sua famlia
havia se tornado a minha entrada para oprprio passado.
Desde ento, o tempo nunca temcorrido o mesmo para mim. Grandeparte da arte que eu fiz em minhavida tem sido um esforo para nivelaro tempo e comprimir os diferentesestados de conscincia em ummomento congelado. uma das formasem que a arte diferente de se contarhistrias. No entanto, ela veio a mimdas histrias que ouvi naquelas tardescalmas na casa da minha av em Ohio.
Quando eu tinha 17 anos, peguei
um nibus para Chicago e comeceia trabalhar l como artista. No anoseguinte, novamente em Ohio, a minhaav morreu. Ela e outros tantos que euamei j se foram, exceto nas memriasto claras para mim, que muitas vezessinto como se eu s precisasse voltarpara casa para encontrar todos elesainda por l. Em algum sentido, elesesto l - esto vivos na memria -mas eu nunca fui do tipo de se refugiarem sentimentalismo.
A cada ano que passa, as memriadeles se tornam mais remotas eaumentar a obscuridade a cadagerao. Com o tempo, para os outros,eles podem ser pouco mais do queum nome aqui, uma histria ou duasali, ou uma foto riscada que ningumconsegue identicar. As pessoas queeram to familiares para mim setornaro Titsworth e Fangboner paraoutra gerao incerta de como elesesto relacionados. E, com o tempo, atmesmo seus nomes, agora enterradosem livros empoeirados, desaparecero
em bases de dados sem sentido.E, no entanto, essa no a ltimapalavra. Nunca . Os protocolos dememria transcendem a vaidade denossas vidas. As coisas que maisgostamos - um compromisso coma verdade e beleza, a coragem deagir sobre os nossos compromissos,a premissa da prpria civilizao -essas coisas nunca so garantidas.Cada gerao tem que encontr-las e
preserv-las de abusos ou recuper-lasa partir do ferro-velho. E isso nuncaseria possvel sem as fotos riscadas egarrafas de cnfora azul, as imagense histrias que herdamos e passamosadiante, ou aquelas que fazemos a nsmesmos e deixamos para trs.
As coisas que criamos, estes momentosdo passado - ou do presente, que logoser passado - so os portadores dememria, o DNA de nossa cultura.Alguns fragmentos do que preservamosou criamos continuar a existir, muitasvezes descados e esbatidos pela idade,muitas vezes um simples fantasmadas nossas intenes, muitas vezesincompreendidos ou descaracterizados,ou mesmo no atribudos a ns, masvitais para a persistncia de tudo oque esperamos para perpetuar o nossocurto perodo de tempo na Terra. Estaspequenas coisas so grandes coisas.
Aprendi isso h alguns anos, nas tardes
na casa da minha av no Ohio.
Ilustraes e fotos: Brad Holland 2010
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PATRICKNAGEL
pop art de Patrick Nagelprecisa de uma pequena introduo.Seu estilo minimalista deniu umaera com mulheres sedutoras, que setornou a mais emblemtica de qualquergerao. Seu elegante trabalho grcoe sua forma de retratar a mulhercontempornea fez a concepofigurativa antes de ele parecerimediatamente antigo.
Hoje sua sensibilidade e estilo nicoscontinuam a ressoar em geraes de
jovens designers, ilustradores e artistasque encontraram inspirao em seuestilo marcante.
Nagel estava na vanguarda de umanova onda de ilustrao em LosAngeles, no nal dos anos 70 e incio
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dos anos 80, re-imaginando as artesgrcas e o processo de denio deLos Angeles como o epicentro dasartes visuais premiadas. Era umarelao de reciprocidade: Los Angelesinfluenciou seu estilo envolventee em troca ele deixou sua marcaindelvel na cidade e muito alm.
Atravs da polinizao cultural cruzada,a sua obra absorveu o momento - dafotograa de moda de Guy Bourdine de Helmut Newton, passando pelainuncia no visual de vdeos demsica de David Bowie, Robert Palmere George Michael, at criar a capa dolbum do Duran Duran.
Patrick Nagel nasceu em Dayton,Ohio em 1945 e foi criado em OrangeCounty, na Califrnia.
O Incio
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Estados unidos
contato no site
www.patricknagel.com
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Depois de voltar de sua excurso noVietname, estudou Belas Artes naChouinard Art Institute e California
State University, Fullerton, onde recebeuseu BA em 1969, em pintura e designgrco. Em seguida, ele ensinou no ArtCenter College of Design, ao mesmotempo estabelecendo-se como designerfree-lancer e ilustrador, com annciosmemorveis para Ballantine Scotch, IBMe capas para a revista Harpers.
Em meados dos anos 70 ele comeou ailustrar histrias para a revista Playboy,trazendo a exposio instantnea e
a arte do cartaz no tinha sidoutilizada na sua melhor forma,surgiu uma oportunidade paramudar o status quo.
Nagel, em parceria com aMirage Editions e a grcaespecializada em arte de JeffWasserman, procurou recuperara beleza e a fora que os
cartazes tiveram na culturapopular, voltando a um modelocriado na virada do sculo, comartistas como Toulouse Lautrece A. M. Cassandre.
Eles tentaram produzir a maisalta qualidade em arte impressacom silk-screen manual, quetambm iria servir como artepublicitria colecionvel para
com um grande pblico apreciando asua obra. Seus anos de trabalho comPlayboy estabeleceram-no como o
herdeiro aparente do artista de pin-upsdos anos 50, Alberto Vargas, e deu aNagel o tema que iria continuar a utilizarpara ilustrar a mulher recm-liberada.
Ao longo dos ltimos cem anos, a artedo cartaz foi uma das mais humildes,inuentes e difundidas de todas as artes.Mas nos EUA da dcada de 1970, onde
A Arte do Cartaz
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as empresas. Na carreira de Nagel, 60edies limitadas em impresses silk-screen foram feitas e vendidas aps olanamento, e as mulheres icnicas deNagel encontraram seu caminho parao reconhecimento mundial.
A mulher de Nagel complicada o que a chave para seu apelo subliminar. Elaquer ateno, s vezes exageradamente,mas permanece distante. Ela pareceinteligente, senhora de si, mas afastada.Nagel disse muitas vezes que elerealmente no queria conhecer muitobem essas mulheres. Imaginou-ascomo criaturas da noite, que bebiame fumavam muito. Talvez, mas elaspermanecem sempre no controle.
Na tradio pin-up da mulher como
objeto, o retrato que Nagel faz delas uma ruptura com o passado, reetindoo papel em rpida mutao dasmulheres na Amrica. Seu estilo evoluiusutilmente ao longo dos tempos.Sua mulheres dos anos setenta somostradas como mais suaves, maisvulnerveis e inocentes do que assuas mais fortes, mais autoconantesmulheres dos anos oitenta.
O mundo da moda e da msica fechouum crculo completo... De volta dcadade oitenta, a apreciao de uma dcadaextravagante, repleta de colaboraescriativas e arte inovadora. Hoje, 25 anosaps a morte do artista, ele consideradoum dos gigantes da ilustrao americanacom trabalhos em grandes colees emuseus ao redor do mundo.
Patrick Nagel faleceu a 4 de fevereirode 1984, aos 38 anos de idade. Nessadata, o artista participou durante 15minutos no evento Aerobathon paraangariar fundos para a AssociaoAmericana do Corao. Mais tarde, elefoi encontrado morto em seu carro,e os mdicos determinaram que elehavia sofrido um ataque cardaco.
Na poca de sua morte, mais de 80.000
pessoas eram donas de uma ediolimitada dos posters e litograas dePatrick Nagel.
A Revista Ilustrar agradece a JenniferDumas, viva de Patrick Nagel, portoda a ateno e carinho no contatoque tivemos, ao disponiblizar as
imagens e o texto para esta seo.
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Suas Mulheres
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AMILCAR
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Acredito que a partemais agradvel doprocesso de qualquertrabalho quando vocfaz os sketches.
Eu fao bastantesketches de
aquecimento antes decomear um trabalho.
O sketchbook superdivertido; eu ouso para descansar, daacabo achando novassolues para o meudesenho.
ascido em Ilhabela (litoral de SP)e morando em So Paulo, Amilcar Pinna ilustrador e quadrinista freelancer,e f de primeira de quadrinhos,mangs e videogame, que acabampor inuenciar seu trabalho.
Tem desenvolvido algunsprojetos autorais de quadrinhos,
quando no est trabalhandopara editoras americanas ouilustrando livros para editorasnacionais. Para o exterior jdesenhou personagens como XMen, Hulk, entre outros, e maisrecentemente uma edio do
Superman para a DC comics.
Suas maiores inuncias so osartistas da Capcom (Street Fighter)e Katsuhiro Otomo (Akira).
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Amilcar Pinna
So Paulo
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Foto:arquivoAmilcarPinna
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Sketchbooks so muitodivertidos e importantes naeterna busca do artista! Eles teajudam a desencanar um pouco,desenhar sem tanta expectativa.
Assim voc acaba resolvendomelhor o desenho. Adorotreinar composies comos meus sketches.
O sketchbook um grandeamigo do artista.
O tema aquele que pintar nacabea na hora mesmo, masadoro desenhar guras femininas.
Nonsense bem bacanatambm de se desenhar!
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WILL MURAIillian Hideki Murai,
ou Will Murai como maisconhecido, nasceu emMogi das Cruzes, cresceuem Aruj, e hoje trabalhaem So Paulo.
Descendente de japoneses,aos 25 anos j artista porvocao, designer grcopor formao, ilustradorpor opo, skatista porpaixo e concept artist
de games por prosso.
Trabalhando para clientescomo W/Brasil, DC Comics,Marvel Comics, LewLara/TBWA, AlmapBBDO,Editora Abril, e muitosoutros, William mostraaqui toda a sua tcnica comum passo a passo de umapin-up de dar gua na boca.
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Introduo
Esboo
Esse passo a passo que eu vou mostrarpra vocs , primeiramente, resultadoda minha experincia prossional.
Como todo artista, eu gosto muito develejar em ideias que muitas vezes se
perdem e evaporam antes de carem propapel ou em um PSD.
Para que eu pudesse de algumamaneira organizar o processo criativopara que ele fosse plausvel em ummundo de prazos e demandas, semperder a espontaneidade, eu separeimeu processo de criao em 4 partes:esboo, desenvolvimento, nalizao eps-produo.
Cada uma dessas etapas pode serdiferente, dependendo do trabalho,mas elas tm se mantido nessa mesmasequncia desde que comecei a
trabalhar com ilustrao, e a maneiraque eu me sinto confortvel quandodesenvolvo minhas peas.
Alguma das vantagens de dividir o
a hora mais divertida, onde tudo possvel! Sendo um trabalho pessoal ou
comissionado, o importante nessa etapa no perder nenhuma ideia.
Desenhando de forma rpida e clara oque vier na cabea, por mais absurdaque parea.
Ideias absurdas tm a capacidade degerar muitos ganchos que levam outras ideias, e isso que importantenessa etapa. Propostas, sugestes econceitos.
processo em partes que voc podeorganizar melhor os momentos emque pode ser livre, e quando ser maisfocado, mantendo sempre a viso dotodo. Ajuda tambm a ter uma ideiapreliminar de como a pea vai parecer
quando estiver pronta, que til paradetectar necessidade de ajustes nacomposio, paleta, ambientao, etc.
Esse processo tambm tem umacaracterstica voltada ao resultado. Seique parecem palavras de um gerenteengravatado chato e no de um artista,mas todos os trabalhos comissionados(ilustraes publicitrias, conceptart, comics) envolvem dinheiro docontratante e prazos de entrega quemuitas vezes no so amigveis.
Ento importante que todos osenvolvidos estejam cientes do que est
sendo desenvolvido, e vejam a evoluodo trabalho em cada etapa, para que,no nal do projeto, no acontea de oseu trabalho ser uma coisa diferente doque o contratante tinha na cabea.
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1. Sketches
2. Sketch Escolhido
Nesse caso estou fazendouma pea pessoal, o queme d mais liberdade.
A diferena para umtrabalho comissionado que as propostasseriam mais direcionadasao produto/ideia docontratante.
hora de pegar osesboos mais promissorese desenvolv-los,acrescentando informaespreliminares de cor,ambientao, volume ecomposio.
No nal dessa etapa j
teremos uma viso bemprxima de como a peavai car quando pronta,portanto no tenha medode experimentar vriasverses da imagem.
3. Sketch Colorido
4. Paleta
Outra tarefa importante aqui aescolha de referncias visuais. Eugosto de escolher fotos para meajudar a acrescentar uma pitada deveracidade no meu trabalho quando setrata de luz e cor. Ajuda tambm comoreferncia para aqueles elementosque voc no domina, ou que temdiculdade de pintar. Monte um set eimprima ou deixe aberto ao seu lado.
Dica: Denir uma paleta limitada antesde comear a imagem importante.Pense em highlight light, mid tonee shadows. Podem variar durante odesenvolvimento, mas na hora danalizao devem estar bem denidas.No tenha medo de acrescentaruma cor inusitada na sua paleta,para acabar com a monotonia!
Brinque com o pincelgrande nesse momento.
No se preocupe com oslimites dos elementos, poisessa mistura de cor vai serbem til na hora de denira ambientao.
A inteno denir omood da pea.
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5. Pinceladas
6. Evoluo
Inicialmente eu pensei nafranja do lado esquerdo.
Mas devido luz que euescolhi, ser melhor faz-la do lado direto, para que
as sombras projetadas noatrapalhem o rosto.
Tambm inclinei a cabeaum pouco pra trs e mudeia posio do brao paramelhorar a composioe o uxo do trao.
No nal desse estgio,voc ter algo parecidocom isto.
Manchas e pinceladassoltas, mas que j contmmuita informao sobrecomo a pea car.
Passe a nalizar assimque estiver satisfeito.
7. Imagem paraFinalizao
8. Detalhe
Depois que as melhoresideias nascidas no esbooforam desenvolvidas eganharam forma, chegou
a hora do polimento.
Essa etapa no tem muitosegredo, uma questode detalhismo.
V at onde voc julgarnecessrio.
Se voc no tem certezade como desenhar certaparte da imagem, procureuma foto.
No invente, mas tambmno copie.
Faa a sua interpretao
da referncia.
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11. Overview
Essa uma caracterstica domundo digital. As ferramentas deedio de imagem oferecem umagama enorme de opes, e seriaum excesso de purismo da nossaparte, artistas visuais, no usufruirdessas que s tm a contribuircom a qualidade do produto
nal. Mas, como tudo que bom,bonito e barato, pode viciar. Nodeixe que essas ferramentas sesobreponham personalidade doseu trabalho, que se mostra nasetapas de sketch, desenvolvimentoe nalizao. A ps-produo a cereja do bolo.
9. Imagem e Referncia
10. Opes de Pernas
Se voc achar que deveacrescentar alguma melhoriaou modicao nesse estgio,tente fazer como na etapaanterior.
Marque as formas e asmanchas, e depois passe analizar. Nesse caso eu noestava feliz com a posio daperna esquerda.
Fiz algumas opes atencontrar a que mais meagradava e passei a nalizarnovamente.
No nal dessa etapa apea j est praticamentepronta, e j pode comeara receber os tratamentosde ps-produo.
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12. Screenshot de Layer Adjustment e Tools
Uso alguns layers adjustmentspara uniformizar as corese tambm algumas texturaspor cima.
Pode ser papel scaneado oufeito pelos brushes.
13. Texturas
Depois aplicar as texturas enalizar. E isso!
Espero que esses pensamentos
que eu adquiri sejam teis paratodos que desejam seguir essecaminho!
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Sobre como dar
Banho em Deuses
por Renato Alarco
Em 2011 eu vou parar de vez comaqueles projetinhos que no tm nadaa ver...
Este ano eu no quero mais ter quelidar com aqueeele tipo de cliente...
No ano novo eu vou deixar para trs omeu emprego...
Ao espocar dos fogos, tantas frases soditas internamente... Quem tem algumaf trata tambm de pedir a Deus aqueleempurrozinho bsico de sempre: umavida boa, farta, com sade e feliz.
Os desejos, sonhos e expectativasa cada incio de ano so muitos.Pedidos so lanados aos cus, evm de toda parte. So tantos que opesssoal que trabalha l em cima, nasuperintendncia dos milagres, temprecisado fazer hora extra para anotartanta demanda neste incio de 2011.
Mas os pedidos so confusos, dizem.
Est difcil para o cu entender o queestas pessoas realmente querem.As frases que chegam l no alto separecem mais com lamentos, ranger de
dentes, aporrinhao.
O que vocs querem, mortais?
Se voc ainda um estudante,recm-formado ou simplesmente umprossional j bem gasto por aquele
esmeril dirio de tarefas aqum do seutalento e criatividade, este incio de ano bastante propcio para reetir sobreuma possvel carreira como ilustrador.
Voc tem ideia do tipo de ilustrador quequer ser?
Como j se sabe bem, existemdiferentes reas de atuao nestaprosso: livros, revistas, jornais,games, sites, embalagens, vdeosinstrucionais, animao...
Faz ideia por onde comear?
diante de perguntas simples comoesta, que muitos empacam (e logocorrem para acender suas velas emchamado ao sobrenatural...).
Mas ouo algum ali a dizer, quaseenvergonhado:
Este ano eu quero me tornar ilustradorprossional e... no fao ideia por ondedevo comear.
timo. Este pelo menos teve a coragem
de se apresentar. E formulou o seudesejo de maneira objetiva, dizendoapenas Eu quero.
Neste momento h mais perguntasque respostas, e, justamente porisso, procura-se uma revista comoa Ilustrar. Informar-se, conhecerartistas, estilos, e tambm receberorientao prossional um percurso
dos mais simples, hoje, graas internet. Aproveite.
Pode-se aprender muito tambmconversando diretamente com osprossionais, buscando saber delessobre as dores e delcias da vidade frila. Os artistas esto por a,plenamente acessveis para um papofranco nos muitos encontros por todoo Brasil: tem o Bisteco Ilustradode So Paulo, o Baio Ilustrado deFortaleza, o Rabisco de Braslia, oEmpado Ilustrado de Goinia, OGuisado de Manioba ilustrado de...(estou at planejando aqui no Rio um
Feijo Ilustrado em 2011...). Enm,h diversos caminhos para algumse informar sobre como se tornar umilustrador prossional.
Neste incio de ano, recomendo quevoc respire fundo algumas vezes ereserve alguns minutos de reexopara imaginar como ou onde vocespera estar daqui a dois ou mesmocinco anos nesta prosso. Criar estaprojeo, presume-se, deve ser umatarefa fcil para uma pessoa visualcomo voc.
Est pronto? O seu portfolio est
pronto? a primeira coisa de que vocvai precisar. Entenda-se por portfolio umgrupo de pelo menos 12 imagens que,preferencialmente, sejam parentesentre si, ou que tenham o mesmo
DNA grco. Estas 12 imagens devemser excelentes, como as 12 laranjasque voc espremeria para fazer umadeliciosa jarra de suco. Se uma daslaranjas ali estiver podre, voc j sabeo sabor que o seu suco ter.
Seu portfolio no precisanecessariamente estar impresso oupublicado em um blog, basta apenas
existir, por enquanto. Mas se for paracolocar sua produo em um blog,por favor mantenha-a bem longe dasfotos daquele voo duplo de asa delta,da Micareta em Dezembro e sobretudodaquela pessoa que conheceu namadrugada do dia 31 pulando 7ondinhas na beira do mar.
Vamos para a prxima pergunta. Existealgum mercado de ilustrao, algumveculo ou mdia, para os quais desejatrabalhar?
Isso tambm importante no comeo.Ajuda a dar foco na sua busca. Aqui
vai uma dica simples: se o seu lance ilustrar livros infantis, pode retirar doseu portfolio aqueles montros portandoarmas, e tambm os zumbis e todacriatura assustadora e sem cabea. Osanimais vestidos de terno e tambmos personagens japoneses podem porenquanto car reservados para aspginas do seu sketchbook.
Se o que voc quer ilustrar parajornais e revistas de poltica, economiae sociedade, pode j retirar da pastaos centauros, os drages e seusguerreiros, as caveiras furiosas commil exploses de plasma ao redor e
tambm as rulas espiraladas. Paraestas imagens h as empresas quefazem games e lmes, e outras quelidam com surface design, enm,existem os clientes que possuemdemandas super especcas. Mascuidado para no se tornar umilustrador super especco, pois vocpoder car de molho, na gaveta dosprojetos super especcos, que no soto frequentes.
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renato alarco
Rio de janeiro
www.renatoalarcao.com .br
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Compreenda, sobretudo, que voc temque dar a isca conforme o gosto dopeixe que quer sgar. Seja portantocoerente nas escolhas do seu portfolio.
E ento, j anotou os endereos decorrespondncia das empresas eprossionais para os quais desejatrabalhar? Essa informao est amarrada minha prxima pergunta: j projetouo seu material promocional? (ou...nem faz ideia do que seja o promo?)
O promo, que pode ter o formatoe o design que voc desejar, deve,principalmente, conter o seguinte:suas 12 imagens impressas. Umpostal ou carto contendo informaescomo o seu site, e-mail, endereo etelefone. Uma breve carta na qual vocse apresenta e diz porque quer ilustrarpara aquele cliente.
Idealmente, o promo deve ser umapea grca interessante, numaembalagem bonita e funcional o
suciente para transmitir a reboquemensagens subliminares positivascomo: ol, sou um ilustradorprossional, original, criativo, tenhoautoestima e respeito por meutrabalho, me-liga-vai-ser-bom-trabalhar-comigo-voc-vai-ver!
Um belo promo saber tambmesquivar-se do temeroso destino que oespera logo ali ao lado da mesa do seucliente: a lixeira. Procure fazer com queo seu futuro contratante se sinta comose houvesse recebido um presente pelocorreio: o seu material promocional!Dica: pessoalmente, no recomendo
enviar promos na forma de CD, muitomenos e-mails com anexos PDF de 8mb (que vo estagnar terrivelmente aperformance da caixa de e-mails do seucliente). No deixe que seu trabalho
vire poeira digital ao simples apertarde um boto.
Para comear voc vai precisar de uns40 promos. Se 3 deles resultarem emcontratos fechados voc corre o risco dese ocupar por at um semestre inteiro.Enviando seu material promocional emfevereiro, com sorte, voc j arrumatrabalho para maro. Mas se esta metafor um tanto otimista demais, percebaque ela pode ser dividida em reasmenores para serem trabalhadas poretapas, sempre tendo em vista o seuobjetivo nal.
Lembre-se, sobretudo, que, se voc aindano tem 12 imagens, esta deve ser a suameta nmero um. Neste caso recomendoque voc faa deste 2011 o ano do seuportfolio. s ele que pode abrir asportas para a sua carreira como ilustrador.
Perguntas como estas que coloqueiaqui so de grande valia na deniode estratgias prossionais. medida
que voc mesmo elabora as respostasvai realizar o direcionamento do seufoco. Ao especicar claramente os seusobjetivos, listando os seus recursosdisponveis e tambm tudo aquilo queacredita que ainda falta para chegarl, voc j estar traando estratgiaspara atingir a sua meta de ser umilustrador. Que outros recursos voc
cr que precisa? Estudar tcnicas?Ser assistente de algum artista e vercomo funciona? Por quanto tempoacha que deve se preparar atresolver se aventurar?
Em turmas de doze alunos do meucurso de Ilustrao, calculo que atum tero deles efetivamente viver100% de ilustrao (algum j ouviuisso de algum professor?). Quando digoisso aos grupos de trabalho em sala,procuro no xar o olhar em ningumem especial, para que no se sintamavaliados para bem ou para mal. Digo-lhes sempre que o melhor desenhistaou o aluno mais talentoso do grupono ser necessariamente o mais bem-sucedido na prosso. um conjuntode inteligncias (e no simplesmenteo estilo) o grande diferencial de umilustrador bem-sucedido, acredito eu.
Uma das inteligncias que nossaprosso demanda a interpessoal, aque est relacionada com a maneira
como interagimos com as pessoas.Sendo a ilustrao uma atividadecolaborativa (sim, pois h sempre umdiretor de arte ou um editor do outrolado da linha a nos dar pitacos), estaforma de inteligncia - temperadapela divina pacincia - so, portanto,requisitos fundamentais.
Outro ponto que precisa car bemclaro que a ilustrao, alm deuma atividade artstica, cultural,autoral, opinativa, etc., tambm umnegcio. Esta uma atividade que sefaz em troca de dinheiro, e atravsda qual lida-se necessariamente com
contratos, prazos e com clientes.Lembrar disso saber tambm que, aose tornar ilustrador, voc ter optadopor uma prosso que deve lhe permitirviver dignamente, pagar suas contas,ter o seu teto, comida na mesa,equipamentos, pagar a escola dos lhos,a capoeira, a natao, o lazer (no meucaso um restaurante japons bom devez em quando), etc. Esta no umaprosso para se car de pires na mo
esperando que milagres caiam do cu.Nem tampouco uma prosso que seescolhe com sonhos em ser rico (isso sacontece com gente como o Ziraldo ou oAllan Sieber). Mas tudo possvel.
Sempre enfatizo que h diversasmaneiras de se trabalhar comilustrao, algumas delas nonecessariamente como ilustrador.Paradoxal? Com certeza no.
H um tipo de prossional cujo passe valioso no nosso mercado: diretores dearte ou editores que entendam de fatode ilustrao, que conheam design ecultura visual, que sejam familiarizadoscom o processo de criao deimagens. Melhores ainda so aquelesque possuem um repertrio visualprprio, que tm profundidade cultural,densidade de ideias e, sobretudo, quesaibam que sua funo ao trabalharcom o ilustrador tirar dele o melhorpela via do entusiasmo e no pela viada pentelhao.
Acreditem, h poucos prossionaiscom este perl l fora.
Este pode ser um timo nicho detrabalho para quem ama ilustrao,mas que, de uma forma ou de outra,no conseguiu deslanchar umacarreira 100% como ilustrador. E noh nada de menor nisso. H exemploscomo o de Steve Heller, autor de maisde 80 livros sobre ilustrao, designe cultura visual, ex-diretor de arte docaderno literrio do New York Times,dentre outras aventuras. Na dcada de1960, ele sonhava em seguir carreira
como cartunista, mas foi dissuadidopelo conselho de seu melhor amigo,ningum menos que Brad Holland.
Heller tornou-se ento uma dasguras-chave em diversos momentoscruciais da ilustrao contempornea(como no resgate da nossa atividade,moribunda ali pelos anos 2000), fosseescrevendo artigos para as principaisrevistas internacionais de design, fosse
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colocando semanalmente, em destaquena capa do NY Times Book Review enos seus artigos, belas ilustraes.
H tambm os designers que, depois dedcadas resolvendo problemas projetuaise solucionando desaos na comunicaoinstitucional de seus clientes, decidemparar tudo e partir para uma bem-sucedida carreira como ilustrador(como foi o caso de Craig Frazier).
Os ilustradores prossionais queremtrabalhar com parceiros que tenhamtalento para o dilogo e sagacidade deobservao. desejvel que nossospartners saibam a importncia demanifestar sentimentos sinceros deempolgao medida que nossasideias para seu projeto sigam evoluindocontinuamente, do esboo artenal. Que eles sejam inteligentes nasquestes da visualidade um must.
No pedir demais que nos dmliberdade para sugerir e que tambm
nos ouam. E ainda, que sejammenos ansiosos com o resultado emais envolvidos com o caminho a serpercorrido para se chegar at ele.
O bom editor, aquele com olhardiligente e atento, bom comunicador, a pessoa que vai saber apontar emnossos esboos e estudos algo quepode conduzir o trabalho a uma direobem-sucedida. Ele no pode se omitir.
H momentos em que o ilustradorno se d conta que, embora tenhadesenhado uma porta, ainda no aabriu sucientemente para explorar o
que ela escondia. A matria bruta dosnossos esboos pode estar a esconderalgo que, justamente o apontamentode um bom e raro editor, vai nos ajudara desvendar (ou quem sabe fazer
daquilo uma bela pea de portfolio).
Uma excelente ilustrao muitas vezessurge como fruto desse ambiente derespeito e de boa comunicao entrens e eles, os prossionais com quem
estamos lidando (editores, designers,diretores de criao).
No se tornar um ilustrador pode sera melhor coisa a acontecer com voc- lembre-se tambm que esta umapossibilidade. Pense que, ao tornar-seum grande editor, um timo designer,diretor de arte ou de criao, do tiporaro que sabe usar ilustraes em seusprojetos e consegue criar o ambientede empatia to necessrio para tirar omelhor dos seus parceiros ilustradores,voc ser um profissional com umgrande diferencial no mercado. E assim,aps muita conversa, a ilustrao vaidando seus saltos evolutivos.
No lme A Viagem de Chihiro, huma passagem que me fez reetirbastante sobre estas e outras ideiasdescosturadas que ocuparam minhasreexes ao nal de 2010.
Na grande Casa de Banhos ondetrabalha a pequena Chihiro, um estranhovisitante acabara de chegar: um Deus.Ele era enorme, imundo e horrendo.Pessoas afastavam-se, enojadadas comseu fedor, at que Chihiro foi escolhidapara atend-lo e conduzi-lo at umaenorme banheira. Adentrando a casavagarosamente e deixando atrs de sium incrvel rastro de imundcie, o Deussujo e de passo pesado parecia mesmocarregar no corpo todos os resduosemocionais do universo.
Ao despejar uma forte corrente de guasobre o corpo da criatura, a menina se
desequilibrou e caiu no lodaal da salade banho. Sob fantstico jorro dgua,e prestes a se afogar, Chihiro tateou atagarrar-se a uma ponta proeminenteno enorme corpo lamacento (algocomo um enorme espinho preso).
Com a ajuda de todos ao redor, amenina prendeu uma corda ali naquelaponta e, juntos, comearam a pux-la para assim extrair o espinho.
A Revista Ilustrar agradece a participao especial de Eldes nas ilustraes desta seo:
www.eldes.com
medida que a pea ia se desgarrando,arrastava com ela toda a poluio queantes compunha a prpria substnciado Deus. A sequncia espetacular
e mostra a personagem da meninaChihiro conseguindo nalmente libertarum maravilhoso esprito luminoso queestava ali, oculto sob a sujeira.
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JOO RUASe seu estdio no centro
de So Paulo, Joo Ruas temdesenvolvido uma slidacarreira artstica, que aospoucos vem conquistandoespao no mundo da ilustrao,dos quadrinhos e das artes.
So de sua responsabilidade,hoje, as capas da srieamericana Fables, substituindoo renomado ilustrador e artistaplstico James Jean, onde Joo
conseguiu impor seu prprioestilo, conseguido grandesucesso.
Com uma trajetria quepassa por faculdade dedesign, vivncia em Londrese empregos em empresas de
jogos e produtoras de cinema,Joo Ruas conta um pouco desuas experincias e da suaforma de ver o mundo.
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muito difcil dizer... Acho que maisdo que influncia no trabalho, amemria que ca que realmente conta,e isso ultrapassa o mbito da arte.
So essas memrias que constroema nossa personalidade.
Voc declarou vrias vezes que oi muito
infuenciado na inncia pelos quadrinhos,em especial Peanuts, Turma da Mnicae Homem Aranha. Que inluncias elestiveram no seu trabalho atual?
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http://feral-kid.com
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Eu acho que sim, no no sentido decriar algo funcional, mas criar um oudiversos processos funcionais.
Em design h um certo exerccio deplanejamento que muito til na horade tentar projetar o nmero de horasque sero gastas em um projeto oua sequncia de cada etapa e comoelas reagiro uma com a outra... essapreviso essencial.
Voc ormado na aculdade combacharelado em Design. Essa ormaono design tem ajudado de algumaorma na concepo das ilustraes?
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Acho que foi muito bom para crescercomo pessoa, mas ainda tenhominhas dvidas se realmente mefez bem prossionalmente. s vezespenso que eu perdi tempo.
O trabalho na rea de gamesbasicamente muito corporativo e
isso ia contra o meu pensamento.Tenho muitos amigos trabalhandocom games e os respeito muito, mascreio que preciso ter uma certapersonalidade e at talento parasuportar algumas presses que sufocama sua verdadeira vontade ou estilo emprol de uma linha de produoou para respeitar alguma hierarquia.
Depois da aculdade voc viveudurante 3 anos em Londrestrabalhando com concept designde jogos. Como oi essa experincia?
Por qu?3 4
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O que me afetou e ainda afeta opoder que cenas banais e cotidianastm e como eram exploradas, almde um senso de design simples,mas extremamente efetivo, quecombinavam pintura, designstreamline e tipografia.
Parte da infuncia no seu trabalhovem dos ilustradores da ase de ouroda ilustrao americana, nos anos40/50. Como eles o aetaram?
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Ouvi e li muita coisa e de certa formafoi sim uma presso, mas eu tenteiltrar o que realmente importava.
A maior presso era a minha mesmo,porque eu sabia que existiriam tais
comparaes desde o primeiro contatoque tive com a DC, e se em algummomento eu pensei em declinar aproposta, seria devido a esse fato.
Voc j disse em vrias entrevistasque quando oi chamado para azeras capas da Fables, substituindoJames Jean, o seu maior receio eraser comparado a ele. Soreu presso,de alguma orma, quando assumiuesse trabalho?
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Eu penso que a comparao poderiame marcar de forma negativa,mas eu acho que agora esto
comeando a perceber que h umcerto distanciamento, principalmenteno meu trabalho pessoal.
Mas a comparao no era no bom sentido?7
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A revista tem alguns pontosextremamente adultos, comomuitos ttulos da DC, ento pensei
em buscar algo mais visualmentemisterioso do que infantil.
Tudo o que proponho no aprovado;anal vrias pessoas esto envolvidase cada uma com a sua (experiente)opinio, mas o processo bem abertoe de fcil dilogo.
No entanto, mais de um ano depois,voc acabou impondo com sucessoum estilo bem mais pessoal. Quala abordagem que voc procuroudar nas capas?
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Acho que sempre houve... KentWilliams e Phil Hale nem sequertocaram no digital, pelo que sei. O queeu acho que depois de alguns anoscomearam a tentar emular um artradicional ao digital, e na maioria dasvezes muito mais fcil simplesmentefazer tradicionalmente para pular asdores de cabea.
Alm disso, o simples fato de ter algosendo feito no mundo real, que podeser tocado, em vez do binrio, muitograticante, para mim pelo menos.
Logicamente as ferramentas digitaisso innitamente mais acessveis erpidas em certos casos.
A sensao geral que se tem hoje em dia que, em plena era digital e com todosos recursos tecnolgicos disponveis parase ilustrar, cada vez mais tem havidouma volta ao material tradicional nailustrao, como se v em artistas comoKent Williams, James Jean ou PhillHale, e tambm o seu caso. Acha que s uma moda ou tem havido um realinteresse pelo tradicional?
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Essa uma pergunta difcil... Muitopouco do meu trabalho vem desonhos, acho que as cores podemtransparecer essa ideia, mas naverdade a maioria das ideias temuma relao com o cotidiano, abeleza dos momentos simples.
Seu trabalho tem, quase sempre, umlirismo surrealista. uma orma deabordar seus prprios sonhos?
Na verdade foi uma abordagemda mitologia atravs do dia a dia,de como o grandioso e o nfimoso irmos.
E dentro desse universo acabouutilizando smbolos, imagens epersonagens desenvolvendo todauma mitologia prpria, que vocaplicou na srie Inner Myth Pt. 1.Do que se tratava?
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Acho que pelo fato de ter aprendidoaquarela cedo e sozinho, com tcnicaspouco ortodoxas, eu criei uma relaocom esse meio que exige muitomenos pensamento do que o leo,
por exemplo, que comecei a aprenderh pouco mais de um ano.
Acho que muito do que fao j regrado a partir das limitaes daaquarela mesmo antes de comeara pintura, ento acho que sim,a tcnica no s refora comodelimita essa aura.
Nesse sentido, a tcnica de suapreerncia a aquarela. Acha quea delicadeza da tcnica reora aaura surreal das suas pinturas?
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Acho que sim, acho isso bemdemocrtico e me atrai. O gurativismodessas peas aguou tanto o olharde um construtor quanto o de umconoisseur de arte, e talvez isso tenhasido o que irritou o mundo das belasartes por tanto tempo.
Acho que estamos num momento detransio e de mais aceitao dessasnarrativas visuais.
Um dos motivos do sucesso de NormanRockwell que cada obra isolada deletem toda uma histria para contar, como se ossem ilmes em um nicoquadro. Aparentemente acontece omesmo em seus trabalhos, como seossem histrias ou momentos emsuspenso. Acha que essa maneirade contar histrias, em imagens nicas,permite uma maior interao trabalhandocom a imaginao de quem v?
Eu produzi muito pouco... Tenhoalgumas ideias guardadas na gaveta,quem sabe no futuro eu tenha algo.
A ideia de uma coletnea com histrias
de uma ou duas pginas me agrada.
Falando sobre histrias, voc j produziuquadrinhos, mas atualmente tem sededicado mais ilustrao. Pretendevoltar a produzir histrias mais longasem quadrinhos?
Eu sa da Lobo/Vetor h 2 anos edesde ento eu quase no tenho tidotempo para trabalhos publicitrios.
Acho que alguns so genuinamente
interessantes, mas a relaode agncia / cliente / ilustrador,especialmente aqui no Brasil,ainda precisa de ajustes.
Paralelo ilustrao editorial, vocj trabalhou nas produtoras VetorZero e Lobo, azendo storyboards econceptboards, um trabalho muito maiscomercial e bem longe do universosurreal de suas ilustraes. De algumaorma o trabalho nas produtoras ajudoucomo um contraponto nas ideias?
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Revista Ilustrar
Agora a Revista Ilustrar tem umanova seo chamada ESPAO ABERTO,abrindo espao para os leitores, fs e amigosque queiram ter seus trabalhos divulgado na mais
importante revista de ilustrao do Brasil.
Para participar simples: mande um e-mail com o ttuloESPAO ABERTO para [email protected] o nome, e-mail e site que pretenda ver publicados,uma autorizao simples de publicao dos trabalhos na revista,e no mnimo 6 ilustraes a 200 dpi (nem todas podero ser usadas).
A Ilustrar vai disponibilizar para cada artista selecionado4 pginas inteiras. Por isso escolham seus melhores trabalhos;esta pode ser a oportunidade de ter seus trabalhos publicadosao lado dos maiores prossionais do mercado.
Espao Aberto, a sua entrada na Revista Ilustrar.
Nova seo:
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belo horizonte
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http:// www.vacanani ca.blogspo t.com
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Porto alegre
www.amoraleite.com
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www.mauricioplanel.com
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CURTAS
P I N -U P F I L E S
PR OJ E TO PAS S E - PAR TOU T
C EN R I OS D E D ES EN HO AN I MADO
ART IN THE P I C TURE
A ilustradora Renata Polydoro teve umaideia bacana: criar uma exposio comdesenhos feitos em restos de passe-
partout, ou seja, o miolo que sobra damoldura interna de um quadro, evitandoassim o desperdcio.
O projeto est aberto a vrios artistasque queiram participar, com uma novaexposio todos os meses:
http://projetopassepartout.wordpress.com
Precisa fazer uma rpida consulta sobre pintores,pinturas ou movimentos artsticos?
O site Art in the Picture tem uma boa lista comos principais artistas, fcil de consultar, temexplicaes claras e muito bem organizadocom o principal para se conhecer e entenderartistas e movimentos artsticos:
www.artinthepicture.com
J se falou sobre esse site antes aqui naIlustrar mas vale a pena reforar: esse dos melhores sites que existe sobrecenrios de desenhos animados.
E a importncia em reforar sobre esse site que infelizmente ele deixou de funcionar.
Seu proprietrio, o artista Rob Richards,no vai poder dar continuidade em seuprojeto, mas pelo menos vai manter osite no ar com todo o formidvel arquivode cenrios colocados l:
http://animationbackgrounds.blogspot.com
Gosta de pin-ups? Quer saber tudo sobre os principaisartistas que se dedicaram a essas mulheres de sonhos?
Ento este site para voc: aqui vai encontrar deforma bem organizada uma boa lista dos artistas comsuas biograas e principais trabalhos:
www.thepinuples.com
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GUIA DO ILUSTRADOR- Guia de Orientao Profssional
ILUSTRAGRUPO - Frum de Ilustradores do Brasil
SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil
ACB / HQMIX - Associao dos Cartunistas do Brasil / Trou HQMIX
UNIC - Unio Nacional dos Ilustradores Cientfcos
ABIPRO - Associao Brasileira dos Ilustradores Profssionais
AEILIJ -Associao de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil
ADG / Brasil - Associao dos Designers Grfcos / Brasil
ABRAWEB - Associao Brasileira de Web Designers
CCSP - Clube de Criao de So Paulo
TUPIXEL - Maior banco de dados de ilustradores do Brasil
www.guiadoilustrador.com.br
http://br.groups.yahoo.com/group/ilustragrupo
www.sib.org.br
www.hqmix.com.br
http://ilustracaocientica.multiply.com
http://abipro.org
www.aeilij.org.br
www.adg.org.br
www.abraweb.com.br
Aqui encontrar o contato da maior parte das agncias de publicidadede So Paulo, alm de muita notcia sobre publicidade:www.ccsp.com.br
www.tupixel.com.br
Dia 1 de Maro tem mais... dia 1 dia de IlustrarDia 1 de Maro tem mais... dia 1 dia de Ilustrar