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    revistaREVISTA ABHO DE HIGIENE OCUPACIONAL Ano 11 N 29 Dezembro 2012

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    REVISTA

    06

    11

    assoCIao BrasIleIra de HIgIenIstas oCupaCIonaIscriada em 1994

    rvi aBHo Hii occia 11, 29

    Os tgos ssnos so sponsbl os utos.rpouo o utozo aBHO.

    C: conslho etol rqul Pxo

    rvi: L al Th (potugus)

    Ch eii:dto exutv conslho Tno aBHO

    Cb ei:an mln Juln, clso Flp dxh,Glu chstn cotln Gbs, in S,

    ilon nglo cunh, Jos mnul O. Gn Soto,mos apo Bz mtns, m cl Snhz Osho,

    m mgt T. mo L, robto Jqus,rogo Souz Lobo, Sgo augusto cpol Flho

    pbici: [email protected]

    dim, a p:Stotbk & Bvo assoos(www.sbpubl.o.b)

    Po: TstlTg: 1.000 xpls

    assntu nul (4 s): r$ 66.00expl vulso: r$ 20,00

    a aBHo mmb ici International OccupationalHygiene Association- IoHa, American Conference

    of Governmental Industrial Hygienists aCgIH.

    aBHo aci Bii Hiii occiiwww.bho.og.b

    ru coso al, 167 j 121 ceP 05013-000So Pulo SP - Tl.: (11) 3081-5909 3081-1709.

    assuntos gs, ouno o Psn:[email protected]

    asso, lvos, nus, nss vntos,

    lts sts: [email protected] aBHO (nnos, ts p publo,sugsts, t.): [email protected]

    dIreo trInIo 2012-2015

    dIretorIa eXeCutIVa

    piJos mnul Osvlo Gn Soto

    Vic i amiiclsuno Lp

    Vic i Fm ec pirobto Jqus

    Vic i e pqim cl Snhz Osho

    Vic i r pbican mln Juln

    Vic i r Iciian Gbl Lops ros m

    Ch tcicJos Luz Lops - Jun Flx co rogo

    Glo Sgo Souz - mlton m. m. Vll

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    r riiGlo Sgo Souz - mG; Jn dnts Pe PB;

    clso Flp dxh rS; robto Jqus rJ;Jos G chsto eS; mlton m. m. Vll - Ba Se;

    Pulo robto Olv - Pr Sc

    05 edItorIal

    06 seMInrIoSno Nonl o Bnzno

    09 Hgnsts Oupons so goso con Hon o mto SST

    11 IV Congresso pan-aMerICano

    de HIgIene oCupaCIonal e XIXenContro BrasIleIro de HIgIenIstasoCupaCIonaIs

    estuo-ploto tzo ppo nso pottos utvos otpo onh

    18 dgnsto n ssts xusto onsttuos po ptos o tpoofs pls

    26 atualIdaderzzn tg bot Kss Snt m - rS

    27 resenHa BIBlIogrFICa Nos Hgn Ouponl

    - Ponto Tno -NHO 09 NHO 10

    28 aBHoNovos mbos

    evntos lonos HO 2013

    29 mnutno os Ttulos ct Hgnsts Oupons TnoHgnsts Oupons 2011

    ex cto HgnstsOupons Tnos HgnstsOupons

    30 eVentos Wokshop: a hgn o tblho o

    posso vso Nr-15

    18

    09

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    5/325Revista ABHO/ Dezembro 2012

    EDITORIAL

    Esta edio traz para seus leitores dois dos melhores trabalhosapresentados durante o IV Congresso Pan-Americano de Higiene Ocupacionale o XIX Encontro Brasileiro de Higienistas Ocupacionais. So eles:

    Estudo-piloto de caracterizao da perda por insero de protetoresauditivos do tipo concha (de autoria de Sergio Augusto Caporali Filho eGlaucia Christine Cortelini)

    Diagnstico da eficincia de sistemas de exausto constitudos porcaptores do tipo coifas e capelas (de autoria de Rodrigo Souza Lobo).

    A diretoria da ABHO tem se empenhado ao mximo para que o evento de

    2013 seja um sucesso, e apresenta nesta edio alguns detalhes importantespara a realizao do VII Congresso Brasileiro de Higiene Ocupacional e do XXEncontro Brasileiro de Higienistas Ocupacionais. O tema deste ano

    Responsabilidade social e tica na prtica das atividades dos profissionaisde Higiene Ocupacional.

    A ABHO almeja que a comunidade higienista esteja cada vez mais atenta

    para um trabalho responsvel e tico e o foco de nosso trabalho dirio cadavez mais voltado para ele .

    Esclarecemos que, na semana em que caminhvamos para o fechamento

    desta edio da Revista, ocorreu a tragdia em Santa Maria - RS - e oComit Editorial julga importante manifestar a opinio da Associao sobreesse lamentvel acontecimento incentivando todos os profissionais queacompanham a evoluo dos fatos e suas consequncias a meditar sobreele, estudando e agindo por todos os meios de que dispomos, para queocorrncias como essas jamais se repitam no Brasil.

    Informamos que ns, da ABHO, disponibilizaremos em nosso siteinformaes tcnicas valiosas para a preveno de acidentes desse tipo e deoutros que tenham caractersticas semelhantes. Alm disso, divulgaremostrabalhos de especialistas que enfoquem contribuies diversas que impeamnovamente a perda de tantas vidas.

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    6/326 Revista ABHO/ Dezembro 2012

    Nos dias 05 e 06 de dezembro de 2012, foi realizadoo Seminrio Nacional do Benzeno, no Auditrio daConfederao Nacional da Indstria (CNI), em Braslia-DF.

    O evento contou com aproximadamente 250

    participantes, da rea de Segurana e Sade, sendo que amaioria deles atua no campo da Higiene Ocupacional.

    O Seminrio foi uma realizao da ConfederaoNacional da Indstria - CNI, e do Servio Social da Indstria(Sesi), com a organizao cientfica da Sociedade Brasileirade Toxicologia (SBTOx). Seu objetivo consistiu em trazerpara o Brasil os conceitos mais contemporneos praticadosnos pases desenvolvidos nessa temtica, para o fomentoda discusso tcnico-cientfica no meio acadmicobrasileiro e contribuir para a formulao de polticaspblicas nacionais alinhadas s normatizaes tcnicasda comunidade internacional, bem como discutir os novosconhecimentos cientficos relacionados exposio aobenzeno e caracterizao do risco ocupacional dessasubstncia, para instrumentalizar as demandas tcnicas elegais, especialmente trabalhistas e previdencirias.

    Devido importncia do tema, a ABHO deu apoio aoevento. Vrios de seus membros ali estavam presentes,inclusive dois de seus Vice-presidentes, Maria CleideSanchez Oshiro e Roberto Jaques, alm de uma integrantedo Comit Permanente de Certificao CPC, Irene Saad.

    A programao tcnicacontou com a participa-o de especialistas reno-mados no assunto, sendosete internacionais e oito

    nacionais.

    Seguem os temasapresentados no Seminrioe os palestrantes presentes,o que permite verificara qualidade e profundidade conseguidas no evento. Paramelhor compreenso do Seminrio apresentamos, tambm,um resumo das principais consideraes oferecidas em cadatpico, com base no relato efetuado na concluso do eventopela Profa. Dra. Mnica Maria Bastos Paoliello, da UniversidadeEstadual de Londrina (UEL) e ex-presidente da SBTOx.

    TEMA I - LIMITES DE EXPOSIO OCUPACIONAL (OEL):NOVAS ABORDAGENS

    Esse painel foi coordenado pela Higienista OcupacionalCertificada Irene Saad, representando a AssociaoBrasileira de Higienistas Ocupacionais ABHO. Atuoucomo moderadora a Toxicologista Profa. Dra. Maria deFatima Menezes Pedrozo, da Universidade Mackenzie,representando a Sociedade Brasileira de Toxicologia.

    SEMINRIO NACIONAL DO BENZENOIrene Saad (*)/ Maria Cleide Sanchez Oshiro (**)/ Roberto Jaques (***)

    (*) Higienista Ocupacional Certificada HOC0001

    (**) Vice-Presidente de Estudos e Pesquisas. Tcnica Higienista Ocupacional Certificada THOC0001(***) Vice-Presidente de Formao e Educao Profissional. Higienista Ocupacional Certificado HOC0052

    SEMINRIO

    Mesa de abertura

    Maria Cleide Sanchez Oshiro e Roberto Jaques

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    7/327Revista ABHO/ Dezembro 2012

    SEMINRIO

    Dentro desse painel diversos palestrantes fizeramapresentaes sobre o tema: Derivao de Limites deExposio Ocupacional para Substncias Carcinognicase Mutagnicas - Experincias Internacionais e Nacionais.

    So eles: Prof. Dr. Jos Roberto Teixeira: representante do

    Sindicato das Indstrias de Produtos Qumicos paraFins Industriais e da Petroqumica no Estado de SoPaulo - Sinproquim no Grupo de Trabalho Tripartitepara regulamentao nacional do Benzeno (Port.MTb/SSST N 10, 08/09/94) Brasil.

    Profa. Dra. Maria de Fatima Menezes Pedrozo:representante da Sociedade Brasileira de Toxicologia Brasil.

    Prof. Dr. Terry Gordon: Presidente do Comit de TLVspara Agentes Qumicos da American Conference

    of Governmental Industrial Hygienists ACGIH,(Associao Norte-Americana de HigienistasIndustriais) e professor da Universidade de NovaYork - NYU, Estados Unidos da Amrica EUA.

    Prof. Dr. Dick Heederik: Dutch Expert Committee onOccupational Standards - DECOS (Comit Holandsde Especialistas para Limites Ocupacionais) eprofessor da Universidade de Utrecht, Holanda.

    Profa. Dra. Gisela Degen: Commission on HazardousSubstances/German Federal Ministry of Labourand Social Affairs - AGS/BMAS (Comisso paraSubstncias Perigosas, Ministrio do Trabalho eSeguridade Social da Alemanha) e professora daUniversidade de Dortmund, Alemanha.

    Prof. Dr. Hermann M. Bolt: Scientific Committeeon Occupational Exposure Limits - SCOEL (ComitCientfico para Limites de Exposio Ocupacional,Unio Europeia) e professor do Instituto de SadeOcupacional - IFADO, Universidade de Dortmund,Alemanha.

    Segue o resumo apresentado pela Profa. Monica acercadesse painel.

    As apresentaes feitas pelos palestrantes

    demonstraram: - a relevncia dos dados epidemiolgicos no

    estabelecimento dos limites de exposioocupacional, minimizando as incertezas naextrapolao para baixas doses;

    - a relevncia do Modo de Ao (MOA) carcinognicona seleo do modelo de extrapolao;

    - a adoo, por parte das agncias internacionais:American Conference of Governmental IndustrialHygienists (ACGIH, EUA), Dutch Expert Committeeon Occupational Standards (DECOS, Holanda),Commission on Hazardous Substances/German

    Federal Ministry of Labour and Social Affairs

    (AGS/BMAS, Alemanha) e Scientific Committeeon Occupational Exposure Limits (SCOEL, UnioEuropeia) de diferentes modelos para extrapolaoa baixas doses

    - a relevncia dos dados epidemiolgicos noestabelecimento dos limites de exposioocupacional, minimizando as incertezas naextrapolao para baixas doses;

    - a substituio do Valor de Referncia Tecnolgico(VRT ou TRK alemo) pela AGS/BMAS em 2005,por novos modelos de extrapolao para baixasdoses porque os nveis eram muito elevados e noprotegiam a sade do trabalhador;

    - a relevncia do mecanismo de ao dos agentesgenotxicos primrios e secundrios, ou seja, comao direta ou indireta sobre o DNA, e a consequente

    relao com a escolha do modelo de extrapolao.

    TEMA II - NOVOS PARADIGMAS PARA O GERENCIAMENTODO RISCO CARCINOGNICO

    Nesse painel, coordenado pelo Prof. Dr. Joo Lauro Vianade Camargo - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB),Universidade Estadual Paulista (Unesp), Botucatu, SP,Brasil, foram apresentadas as seguintes exposies:

    Modo de ao e avaliao de risco, sendopalestrante a Dra. Rita Schoeny: Diviso de Sade eEcologia do Departamento de Cincia e Tecnologia,Departamento de guas da Agncia de ProteoAmbiental Norte-Americana (EPA - USA)

    Modo de ao carcinognico benzeno, sendopalestrante o Prof. Dr. Terrence J. Monks: Universidadedo Arizona (Departamento de Farmacologia eToxicologia, Faculdade de Farmcia)

    As concluses apresentadas pela Dra. Monica para essetema, com base nas exposies realizadas, foram:

    - o Modo de Ao (MOA), que compreende umadeterminada sequncia de eventos-chave,

    com relevncia qualitativa e quantitativa, podedeterminar a escolha da extrapolao (linear ou nolinear);

    - o benzeno tem um Modo de Ao (MOA) misto (aodireta e indireta sobre o DNA), que se inicia com suametabolizao, a partir da formao de diversosprodutos de biotransformao reativos;

    - o Modo de Ao (MOA) do benzeno, ou seja, asequncia de seus eventos-chave, ou a forma pelaqual eles agem (direta ou indiretamente sobre amedula ssea), ainda no est totalmente definida

    e esclarecida.

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    8/328 Revista ABHO/ Dezembro 2012

    SEMINRIO

    TEMA III - ESTUDOS EPIDEMIOLGICOS E EXPOSIO AOBENZENO

    Esse painel foi coordenado pelo Prof. Dr. Sergio Koifmanda Escola Nacional de Sade Pblica Sergio Arouca,Fundao Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), Rio de Janeiro,RJ, e teve como Moderadora a Profa. Dra. Eliane Ignotti daUniversidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), MatoGrosso, MT.

    Foram apresentadas as seguintes palestras:

    Incidncia de leucemia mieloide aguda no Brasil,Prof. Dr. Antonio Carlos Campos D. Almeida, daUniversidade Luterana do Brasil (Ulbra), Canoas, RS

    Alteraes hematolgicas relacionadas ao benzeno:evidncias epidemiolgicas para um valor limitede exposio, ministrada pela Profa. Eliane Ignotti,acima qualificada.

    Estudos epidemiolgicos Health Watch, Profa.Dbora Glass, da Austrlia.

    As concluses sobre esse tema foram:

    - no Brasil a incidncia de leucemia mieloide aguda

    maior no sul e sudeste do pas e em grandes centros(provavelmente devido ao acesso a diagnsticomais preciso e ao fato de serem reas maisindustrializadas);

    - o estudo de reviso sistemtica apresentado, combase na aplicao conceitual dos critrios de Hill,mostra associao do benzeno com atividadeleucemognica, e revela que no existem evidnciassuficientes para o estabelecimento de uma doselimiar para induo do cncer relacionada sexposies cumulativas ao benzeno inferiores a 50

    ppm-anos, ou seja, a 1 ppm MPT durante 50 anos; - estudos epidemiolgicos mais recentes,

    especialmente o da Austrlia, evidenciam resultadosde riscos mais refinados em termos de exposio edesfecho. Este estudo trabalha com dose cumulativae com a intensidade da exposio no desfecho,incluindo os picos de exposio de maior intensidade,e conclui que no existe associao entre exposiocumulativa ao benzeno inferiores a 16 ppm-anos (40anos) e a ocorrncia de leucemia.

    TEMA IV - AVALIAO DO RISCO CARCINOGNICO SADE HUMANA: MODELOS E ASPECTOS REGULATRIOSINTERNACIONAIS

    Nesse painel, coordenado pela Profa. Dra. Silvia Berlangade Barros, da Universidade de So Paulo, e moderadopela Profa. Dra. Maria de Ftima Menezes Pedroso, daUniversidade Mackenzie, todos os palestrantes estrangeirospuderam apresentar suas respectivas posies sobre toimportante tema, respondendo aos questionamentos dosparticipantes do Seminrio, o que enriqueceu ainda maiso evento.

    A concluso desse debate final que para a avaliao dorisco carcinognico do benzeno sade humana mostra-se fundamental o trabalho de um comit cientfico para

    o estabelecimento de limites discutindo desde o pontode partida, o tipo de extrapolao a baixas doses, o riscoaceitvel e tolervel, para que a estimativa do risco sadeseja a mais confivel possvel e a que melhor reflete oconhecimento cientfico e o desejo da sociedade.

    RESUMO DO ENCONTRO

    Como finalizao do Seminrio foi apresentado pelaProfa. Dra. Monica M. Bastos Paoliello, da UniversidadeEstadual de Londrina PR, um excelente resumo detodas as apresentaes e debates do Seminrio. Oresumo de cada tema est informado diretamente na

    matria sobre ele neste artigo.

    Aps essa exposio da Profa. Dra. Monica, forampropostas diversas sugestes para a abordagem dobenzeno no Brasil, como segue.

    SUGESTES PROPOSTAS COMO CONCLUSO DOSEMINRIO:

    Formao de um comit cientfico para oestabelecimento de um modelo nacional paraa derivao dos valores-limite para substnciascancergenas, de modo a garantir um risco

    aceitvel em decorrncia de determinados nveisde exposio; Realizao de estudos para medir a concentrao

    de benzeno na atmosfera das grandes cidadesbrasileiras, para que valores nacionais sejamproduzidos, incluindo a possibilidade de Estudo deCoorte Nacional.

    Como possvel verificar, o Seminrio Nacional deBenzeno trouxe grandes contribuies para todos osestudiosos desse agente qumico em nosso pas.

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    9/329Revista ABHO/ Dezembro 2012

    ABHO

    Por iniciativa da Animaseg, mais uma vez a categoriados profissionais da Higiene Ocupacional foi agraciada coma Comenda de Honra ao Mrito de Segurana e Sade noTrabalho. Em 2012, as homenageadas foram as higienistas

    ocupacionais Berenice I. F. Goelzer e Jandira DantasMachado, membros e colaboradoras ativas da ABHO, quereceberam a comenda das mos do Presidente Jos ManuelGana Soto, como comendador higienista, em solenidadepromovida em So Paulo.

    A engenheira Berenice Goelzer formou-se emEngenharia Civil, pela Universidade Federal do Rio Grandedo Sul (UFRGS), obtendo posteriormente o ttulo de mestreem Sade Pblica e em Higiene Industrial pela Universidadede Michigan (EUA). Certificada como ComprehensiveIndustrial Hygiene Practice (CIH) de 1974 a 2009 pelo

    American Board of Industrial Hygiene (ABIH-EUA), recebeupor sua atuao em prol da sade dos trabalhadoresprmios de diferentes organizaes, como o: William P.Yant Award (da AIHA), outorgado em Washington. D.C., nosEUA, em 1996, e o Life Achievement Award da AssociaoInternacional de Higiene Ocupacional (IOHA), em Bergen,na Noruega, em 2002. Convidada para a Jeffrey S. LeeLectureship 2004(palestra proferida durante a AIHCE 2004,em Atlanta, nos EUA). Foi tambm homenageada pelaABHO em 2011 por sua valiosa contribuio profissional

    para o desenvolvimento da higiene ocupacional noBrasil. Como cargos principais, atuou por 25 anos comocientista, responsvel pela rea de Higiene Ocupacionalem nvel internacional, na Organizao Mundial da Sade

    (OMS), em Genebra, na Sua, onde se aposentou. Foipesquisadora na Universidade de North Carolina nos EUAde 1973 a 1974; primeira chefe da Diviso de Higiene doTrabalho na Fundacentro em So Paulo, por trs anos, de1970 a 1972; foi tambm professora convidada da Escolade Sade Pblica da USP de 1970 a 1972; responsvel pelarea de Higiene Ocupacional no Servio Social da Indstria Sesi Porto Alegre em 1968 e1969; professora de Higienedo Trabalho na Escola de Engenharia da UFRGS, em PortoAlegre, de 1965 a 1969. Tem inmeras publicaes narea de Higiene Ocupacional. Atualmente consultora emHigiene Ocupacional. membro da ABHO desde 1995

    Higienista Ocupacional Certificada/HOC0006.

    A doutora Jandira Dantas graduou-se em Medicina pelaUniversidade Federal de Pernambuco. Ps-graduou-se emMedicina do Trabalho pela Associao Mdica Brasileira AMB. Especializou-se em Negociao e Acordos Coletivosde Trabalho pela Universidade Autnoma de Madrid Espanha. Nesse mesmo pas, obteve a especializao emSegurana Integral na Empresa pela Fundacin MapfrEstdios Madrid. Foi membro da Academia Brasileira deMedicina do Trabalho.

    (*) Presidente ABHO(**)Higienista Ocupacional Certificada HOC0008

    HIGIENISTAS OCUPACIONAIS SO AGRACIADOS COM ACOMENDA DE HONRA AO MRITO EM SST

    Jos Manuel O. Gana Soto (*)/ Maria Margarida T. Moreira Lima (**)

    Berenice I . F. Goelzer Jos Manue l Gana Soto, Jandira D antas Machado, Jfilo Mor eira Lima Jnior (representando B. Goelzer) eJorge Smilgys Animaseg

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    10/3210 Revista ABHO/ Dezembro 2012

    ABHO

    Considerada a primeira mdica do trabalho no Norte-Nordeste, reconhecida como uma das precursoras nodesenvolvimento da rea de segurana e sade do trabalhono Brasil. Em uma poca em que o pas iniciava suaindustrializao a doutora Jandira j combatia os acidentese as doenas do mundo do trabalho. Por sua contribuiopara a Segurana e Sade do Trabalho SST no Brasil,vem recebendo o devido reconhecimento e homenagens dediferentes entidades, incluindo a ABHO. Em 2003, recebeutambm o Prmio Destaque, da Revista Cipa, dedicado aspersonalidades nacionais que se sobressaem anualmentepor suas aes em prol da preveno dos acidentes e dasdoenas ocupacionais. Em suas atividades destacam-sealguns trabalhos, tais como o levantamento de riscos naindstria de panificao e a disseminao da prtica dasegurana e da medicina do trabalho em Pedreiras, noEstado de Pernambuco. Entre as vrias funes profissionais,atuou como mdica do trabalho da Fundacentro/PEe da Federao das Indstrias de Pernambuco (Fiepe),perita da Justia do Trabalho, responsvel tcnica pelaimplantao do Curso de Tcnico de Segurana do Trabalhoda Escola Tcnica Federal de Pernambuco, auditora fiscaldo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) e diretora daDiviso de Segurana e Medicina do Trabalho da DelegaciaRegional do Trabalho/PE (cargo em que se aposentou). Aos70 anos, criou um local para auxiliar no desenvolvimentode pesquisas e na difuso das informaes em SST batizado

    de Espao Cultural de Sade Ocupacional Jandira Dantas,um dos importantes acervos brasileiros na rea. membroda ABHO desde 1996 Higienista Ocupacional Certificada/HOC0017.

    A Diretoria da ABHO se congratula por essas indicaese agradece s amigas e membros da ABHO, Eng Berenice eDra. Jandira, pela honra do convvio na Associao Brasileirade Higienistas Ocupacionais.

    A ABHO tambm parabeniza os demais indicados nasoutras categorias da rea de SST pela contribuio para apreveno dos acidentes e das doenas ocupacionais nonosso Pas, nos ltimos trinta anos.

    A entrega das comendas foi realizada no dia treze denovembro de 2012, com a presena de ilustres profissionaisdas reas de segurana, medicina, enfermagem,fisioterapia, psicologia e higiene do trabalho. Os nomesdos novos comendadores podem ser conhecidos no site daAnimaseg.

    A ABHO se fez presente na solenidade por meio do seupresidente Eng. Jos Manuel Gana Soto. Na oportunidade,a higienista Berenice foi representada, a seu pedido, peloEng. Jfilo Moreira Lima Jnior, j que no pde comparecer cerimnia. A categoria de higienistas ocupacionais temcomo indicados, desde a outorga da homenagem, em2008, os higienistas Eduardo Giampaoli, Gerrit Gruenzner,Irene F. S. Duarte Saad, Jos Manuel O. Gana Soto, MariaMargarida T. Moreira Lima, Mario Luiz Fantazzini, MarcosDomingos da Silva, Mauricio Torloni, Srgio Colacioppo,

    Osny F. de Camargo, Satoshi Kitamura e Jfilo Moreira LimaJr., por sua reconhecida atuao e diversas contribuiespara com a rea de higiene ocupacional.

    Comendadores 2012

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    11/3211Revista ABHO/ Dezembro 2012

    Este artigo tcnicodiscute o resultado deum estudo-piloto depesquisa com o objetivode comparar o desem-penho de protetoresauditivos do tipo con-cha, utilizados para ocontrole da exposio

    individual do pesquisador, durante o procedimento real deoperao de ferramentas eltricas comumente encontra-das na indstria da construo civil.

    O estudo-piloto comparou o desempenho de doisprotetores auditivos do tipo concha provenientes defabricantes com tecnologias de produo e controle dequalidade diferentes mas ambos com o mesmo valorde atenuao (SNR = 25dB, EC-directive 89/686/EEC),quanto reduo da exposio ao rudo proveniente daoperao de uma serra circular estacionria para madeirae da operao de uma serra circular abrasiva para ao. O

    parmetro utilizado para medir o desempenho nesteestudo foi a perda por insero de cada protetor, calculadapara cada uma das ferramentas descritas em todas asoperaes realizadas. O clculo da perda por insero foifeito subtraindo-se o valor da exposio ao rudo duranteo uso do protetor auditivo pelo valor da exposio ao rudosem o uso do protetor. O estudo foi conduzido em umambiente simulado de construo civil, onde todo o rudoalheio ao experimento foi minimizado, e o rudo geradopela operao das ferramentas eltricas foi controlado paraassegurar a homogeneidade da gerao de rudo em funodo nmero e da intensidade de seus ciclos de operao.

    A exposio ao rudo foi medida nas frequncias de 125,250, 500, 1.000, 2.000, 4.000 e 8.000 Hz, com microfonesconectados a uma gravadora digital e posicionados naentrada de ambos os canais auditivos do investigador pormeio de hastes de silicone.

    Os resultados mostraram que, embora os protetoresauditivos apresentassem os mesmos valores especificadosde atenuao (SNR), a exposio ao rudo e, porconseguinte, a perda por insero para cada um deles

    apresentou diferenas estatsticamente significativas (5%).Tambm foram encontradas diferenas estatitiscamentesignificativas (5%) no desempenho dos protetores auditivospara cada operao avaliada.

    Como concluso, os resultados revelaram aoportunidade de explorar com mais detalhes e amplitudea aplicao da metodologia utilizada de medio da perdapor insero para avaliao do desempenho real dos

    protetores auditivos em campo, no s para a comparaode desempenho entre os diferentes modelos ou fabricantes,como tambm para a verificao de consistncia nodesempenho de um protetor auditivo do tipo concha paraa operao de diversas ferramentas eltricas.

    INTRODUO

    Apesar de existirem atualmente resultados devrias pesquisas focadas no desempenho de protetoresauditivos1-5, 7-9, 10, 13-15, ainda se encontra em artigostcnicos recomendao contrria utilizao dos

    parmetros estatsticos de desempenho (nvel mdio dereduo de rudo e desvio padro) dos protetores auditivospara o desenvolvimento de estratgias de conservaoauditiva para um grupo de trabalhadores 6, 16.

    Tradicionalmente, a estimativa da exposio a rudode um trabalhador feita considerando o nvel mdiode reduo de rudo do protetor auditivo, seu desviopadro correspondente, um nvel de confiana estatsticadeterminado e o nvel de presso sonora ao qual otrabalhador estaria exposto sem proteo alguma. Essaestimativa pode ser feita de forma abreviada, levando emconta tanto o nvel mdio de reduo de rudo como o desvio

    padro e o nvel de presso sonora total, sem considerar asbandas de frequncia separadamente; ou de forma maisextensa, estimando a exposio final em cada banda defrequncia especificada na embalagem do protetor. Osresultados obtidos da maneira tradicional, como o descritoacima, por tratar-se de uma estimativa do intervalo deconfiana de cauda inferior para atenuao do protetor(mtodos curto e longo), normalmente no apresentammuita correlao com a exposio real do trabalhador. Issose deve prpria variabilidade na atenuao publicada

    ESTUDO-PILOTO DE CARACTERIZAO DA PERDA PORINSERO DE PROTETORES AUDITIVOS DO TIPO CONCHA

    Sergio Augusto Caporali Filho (*)/ Glaucia Christine Cortelini Gabas (**)

    (*)

    Ph.D., CSP, CIH. Universidade de Porto Rico, Campus de Cincias Mdicas. Escola de Ps-graduao em Sade Pblica(**)M.E. Universidade de Porto Rico, Campus de Rio Piedras. Escola de Ps-graduao em Administrao de Empresas

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    pelo fabricante do protetor auditivo, que associada sdiferenas antropomtricas entre os usurios, forma pelaqual os usurios usam o protetor autidivo e s diferenassubjetivas na determinao do limiar de audio nomomento do ensaio de laboratrio.

    Com a inteno de contornar a falta derepresentatividade na estimativa da exposio ao rudodo trabalhador, hoje, a comunidade cientfica propea estratgia de fazer uma verificao da vedao dosprotetores auditivos com os prpios usurios, paraassim otimizar a seleo do equipamento de proteoe o treinamento dos trabalhadores no uso correto doequipamento6, 16. Essa estratgia, em ingls chamadade Fit Testing e Fit Checking, tem sido promovida porvrios pesquisadores da comunidade cientfica na reade proteo auditiva, principalmente com protetoresauditivos do tipo insero. Alguns fabricantes de protetoresdesse tipo j tm no mercado sistemas que permitem aousurio realizar a verificao da vedao de seus protetoresem ambientes fora de laboratrio (3M E.A.RfitTM, HowardLeight - VeriPROTM, INTEGRAfitTM). Por outro lado, algunslaboratrios de servios audiolgicos, como o WashingtonAudiology Services, oferecem servios como FITCHECKdos mesmos protetores , nos quais fornecem ao cliente,de forma equivalente s das estratgias VeriPROTM,INTEGRAfitTM, um nvel de atenuao pessoal para cada

    trabalhador (PAR pelas siglas em ingls) e para cadaprotetor avaliado. Das estratgias mencionadas, a 3ME.A.RfitTM a nica considerada quantitativa, pois os nveisde rudo dentro do canal auditivo protegido e fora do canalauditivo, ao lado do pavilho auricular, so medidos pormicrofones. As demais so consideradas qualitativas, poisestimam o nvel de atenuao pessoal de um protetor paracada trabalhador com base em sua percepo subjetiva dolimiar de audio, com e sem protetor auditivo.

    Atualmente se pode dizer que a estimativa daexposio ao rudo do trabalhador mais representativa da

    realidade com a utilizao das estratgias de verificao devedao mencionadas. No entanto, todas essas estratgiasainda hoje so implementadas em ambientes que norepresentam o posto de trabalho daqueles usurios queoperam mquinas, tanto manuais como estacionrias.Nesses casos, quando ocorre interao entre homem emquina, a capacidade do protetor auditivo de protegero trabalhador pode ser afetada pela postura de trabalho,pelas foras biomecnicas exercidas pelo trabalhadorsobre a ferramenta ou pea trabalhada, pela transmissode vibrao do ponto de execuo do trabalho ao prprio

    protetor auditivo, pela transpirao do trabalhador e talvez

    por outras caractersticas da ferramenta utilizada.

    O estudo-piloto descrito neste artigo de naturezaexploratria e nele a hiptese de pesquisa genrica

    investigou a presena de um efeito significativo dainterao homem-mquina sobre o desempenho doprotetor auditivo no controle da exposio ao rudo. Paraestimar o nvel de proteo real de cada protetor auditivofoi utilizada como parmetro a perda de rudo por insero,que representa a diminuio da exposio ao rudo dotrabalhador ocasionada pelo uso do protetor auditivo. A fimde fazer jus a seu carter exploratrio, este estudo-pilotovisou a identificar fatores na interao homem-mquinacapazes de afetar significativamente o desempenhodo protetor auditivo do tipo concha e e de justificarodesenvolvimento de estudos mais amplos e focados emhipteses especficas. Nesse contexto, o pesquisadordesenvolveu um experimento para medir a perda de rudopor insero de protetores auditivos tipo concha duranteo procedimento real de operao de ferramentas eltricastipicamente utilizadas na indstria da construo civil.O presente artigo descreve a metodologia usada nesteestudo, apresenta e discute seus resultados e oferecerecomendaes para o desenvolvimento de estudos depesquisa com metas especficas para o futuro.

    METODOLOGIAA tecnologia utilizada para a medio da perda de rudo

    por insero em cada protetor auditivo do tipo conchaanalisado foi desenvolvida em 2008, em conjunto compesquisadores do National Institute for Occupational Safetyand Health - NIOSH, em seu laboratrio em Cincinnatti,em Ohio, EUA, para a medio da exposio ao rudo emmotociclistas. O equipamento de medio compe-se deum par de microfones de baixo rudo. Cada um deles foimontado sobre uma haste de silicone, usada para fix-los entrada do canal auditivo do participante do estudo(SP-TFB-2 Sound Professionals Low Noise In-Ear BinauralMicrophone) e foram conectados por meio de um caboduplo e um conector estreo de 3,5 mm a uma gravadoradigital marca Roland, modelo Edirol R09. Como se podeobservar na Figura 1, alm das hastes de silicone, utilizou-se um pedao de fita adesiva para ajudar a imobilizarcada haste de silicone dentro do pavilhao auricular dopesquisador, que foi o nico participante do estudo-pilotodescrito neste artigo. Na mesma figura pode-se observar oprotetor do tipo insero moldvel usado como forma deminimizar a exposio do pesquisador ao rudo durantetodo o perodo de operao das ferramentas, com e sem o

    uso dos protetores auditivos do tipo concha avaliados.

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    a b

    Figura 1: Microfones utilizados para a medio de perdade rudo por insero, (a) em operao de ferramenta e (b)vista lateral do rosto.

    A fim de obter os dados necessrios ao clculo da perdapor insero de cada protetor auditivo estudado em cadatarefa analisada, essa mesma tarefa foi executada pelopesquisador, com e sem a utilizao de cada protetorauditivo do tipo concha analisado, na mesma cadncia(frequncia e fora exercida sobre a ferramenta) e sobre omesmo material.

    Dessa forma, a perda por insero de cada situaoanalisada foi calculada subtraindo a exposio ao rudocom o protetor auditivo da exposio ao rudo sem oprotetor auditivo.

    Cada ensaio (com ou sem protetor auditivo) teve adurao de quase 1 minuto, durante o qual a exposio aorudo em ambos os ouvidos do pesquisador foi coletadapelo equipamento de monitoramento.

    Os dados de exposio ao rudo foram procesados por umprograma em LabView desenvolvido pelos pesquisadoresdo NIOSH em Cincinnati, que apresenta os resultados paracada ouvido: a) como nvel de presso sonora total nasescalas linear, A e C; b) como nvel de presso sonora nasfrequncias de bandas de oitava, desde 16 Hz at 16.000Hz; e c) como nvel de presso sonora em frequncia debandas de teros de oitava, de 20 Hz a 16.000 Hz.

    Para a estimativa do desempenho de cada protetorauditivo em cada situao analisada, foram utilizadosvalores de perda por insero mdia em ambos os ouvidosnas frequncias de 125, 250, 500, 1.000, 2.000, 3.150, 4.000,

    6.300 e 8.000 Hz, comparando-os aos nveis de atenuaoespecificados na embalagem do protetor.

    Neste estudo exploratrio, foram utilizados doisprotetores auditivos, A e B, com a mesma especificaoeuropeia (SNR = 25dB, EC-directive 89/686/EEC),provenientes de fabricantes com tecnologias de produoe controle de qualidade diferentes.

    A Figura 2 mostra uma comparao estatstica entre osdois protetores auditivos avaliados, utilizando intervalos de95% de confiana para a atenuao de cada protetor nasfrequncias de 63, 125, 250, 500, 1.000, 2.000, 3.150, 4.000,

    6.300 e 8.000 Hz.

    atnuo m, Potto aLt nfo 95% conn, Potto a

    Lt supo 95% conn, Potto a

    atnuo m, Potto B

    Lt nfo 95% conn, Potto B

    Lt supo 95% conn, Potto B

    Cm ic i iiv vi

    nvedepreosoor,

    dB

    oiv B Fqci

    50

    45

    40

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    010000100010010

    Figura 2: Comparao estatstica entre os dois protetoresauditivos avaliados

    Os dois protetores auditivos foram utilizados paraa atenuao da exposio ao rudo do pesquisadorproveniente: a) da operao de uma serra circularestacionria para madeira de 10 polegadas (marca RIGID,modelo MS1065LZ, nmero de srie N0444490880),como observado na Figura 3, cortando tbuas de pinhode 6 polegadas de largura e 2 polegadas de espessura,em uma cadncia de 4 cortes por minuto, com um discode corte marca Rigid com 40 dentes e ponta de carbureto

    de tungstnio; e b) da operao de uma serra circularabrasiva para ao de 14 polegadas (marca RIGID, modeloCM14500, nmero de srie X034418550), como se vna Figura 4, cortando tubos de ao galvanizado de seoquadrada de uma polegada de lado e 1,5 mm de espessura,em uma cadncia de 3 cortes por minuto, com um discoabrasivo marca HILTI de 14 polegadas de dimetro e 3/32polegadas de espessura. Cada um dos quatro tratamentosanalisados no estudo piloto (2 protetores auditivos versus2 ferramentas eltricas) foi feito duas vezes para seremobtidas duas estimativas de perda de rudo por inseropara cada combinao protetor e ferramenta.

    O estudo foi conduzido em um ambiente simulado deconstruo civil, onde todo o rudo alheio ao experimentofoi minimizado, e o rudo gerado pela operao dasferramentas eltricas foi controlado para assegurar ahomogeneidade da gerao de rudo em funo do nmeroe da intensidade de seus ciclos de operao. A minimizaodo rudo alheio ao experimento foi de especial importnciapara o estudo, uma vez que os dados da exposio ao rudocom e sem protetor auditivo deviam ser obrigatoriamentecoletados em momentos diferentes . Dessa forma, o rudocoletado pelo sistema de monitoramento utilizado em cadasituao avaliada esteve nica e exclusivamente vinculado

    operao da ferramenta avaliada.

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    Figura 3: Operao da serra Figura 4: Operao da serracircular estacionria para circular abrasiva paramadeira de 10 polegadas ao de 14 polegadas

    A coleo de dados foi planejada com o bloqueamentoestatstico dos tratamentos para cada ferramenta, ouseja, os dados foram coletados por completo para uma

    ferramenta antes da outra, mas a ordem de coleode dados para todos os ensaios executados em cadaferramenta foi aleatria. Os dados para a serra circularde madeira foram coletados antes dos dados para a serraabrasiva de ao. Alm disso, o tempo de descanso entreensaios consecutivos foi de dois minutos, para minimizara acumulao de fadiga do pesquisador e, assim, controlarseu efeito potencial correspondente na operao dasferramentas.

    Uma vez concluda a coleo de dados, estes foramprocessados por meio do programa LabView para o clculoda mdia aritmtica da perda de rudo por insero de

    ambos osouvidos, para cada condio experimentalanalisada.

    DISCUSSO DOS RESULTADOS

    A Figura 5 mostra o espectro de frequncia medido paracada uma das ferramentas utilizadas no estudo-piloto.

    nvedepreosoor,

    dB

    Fqci (H)

    10000100010010

    120

    100

    80

    60

    40

    20

    0

    NPS S cul mNPS S absv ao

    Figura 5: Espectro de Frequncia do Nvel Mdio de Presso

    Sonora, Medido para cada Ferramenta

    Conforme observado na Figura 5, o nvel de pressosonora gerado pela operao da serra circular de madeirafoi mais alto do que o gerado pela operao da serra

    abrasiva de ao, o que comprovado estatsticamente (5%)pela prova de hiptese descrita na Tabela 1.

    Tabela 1: Prova de hiptese para a diferena entre onvel de presso sonora (NPS) gerado pela serra circular demadeira (SCM) e o gerado pela serra abrasiva de ao (SAA)

    pi t f nps sCM - nps saa

    n n M sdv se M

    NPS Scm 90 79.3655 16.2539 1.7133

    NPS Saa 90 77.1317 16.9496 1.7866

    dffn 90 2.23386 4.46022 0.47015

    95% ci fo n ffn: (1.29969, 3.16804)T-Tst of n ffn=0 (vs not=0): T-Vlu=4.75 P-Vlu=0.0

    A prova de hiptese descrita na Tabela 1 do tipo temparelhada, na qual os nveis de presso sonora dasduas ferramentas foram agrupados para cada frequnciaavaliada.

    Nessa prova de hiptese, o intervalo de 95% de confianacalculado para a mdia da diferena algbrica entre o nvelde presso sonora gerado pelas duas ferramentas (NPS

    SCM NPS SAA) resultou totalmente positivo, situando-seentre 1,30 dB e 3,17 dB.

    O fato de o intervalo de confiana para a diferena entreo nivel de presso sonora das duas ferramentas ser positivoindica que a serra circular de madeira gerou um nvel depresso sonora superior ao da serra abrasiva de ao.

    Na primeira comparao feita com os dadosdos protetores A e B, identificou-se uma diferenaestatsticamente significativa (5%) entre o desempenhodos dois protetores auditivos avaliados.

    Como observado na Figura 6, a perda de rudo porinsero do protetor B foi significativamente superior perda de rudo por insero do protetor A.

    Dos resultados obtidos, pode-se inferir com 95% deconfiana que, em seis das oito frequncias avaliadas, aestimativa mdia da diferena entre as perdas de rudopor insero dos protetores B e A (NILB NILA) positiva,indicando um melhor desempenho para o protetor B.

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    15/3215Revista ABHO/ Dezembro 2012

    Iv 95% C C Ifi Fqci nIl (B) nIl (a)NiL: Sgl ngls p P ruo po inso

    10,0

    7,5

    5,0

    2,5

    0,0

    Fqci (H)

    nlB-

    nla(dB)

    63 125 250 500 1000 2000 4000 8000

    Figura 6: Comparao grfica entre a perda de rudo por inserodos protetores A e B.

    Alm disso, a fim de comparar estatisticamente odesempenho observado de cada protetor auditivo quanto estimativa de atenuao que deveria ser obtida para cadaprotetor, segundo a norma BS EN ISO 4869-2:1995 (=1),foi feita uma prova de hiptese tipo t emparelhada,agrupando os dados de perda de rudo por insero para

    cada frequncia analisada.

    Tabela 2: Prova de hiptese para a diferena entre aatenuao especificada e a perda de rudo por insero doprotetor A

    Paired T-Test and CI: SNR A, NIL A

    Paired T for SNR A - NIL A

    n n M sdv se M

    SNr a 48 23.0500 10.1284 1.4619

    NiL a 48 18.9010 17.3355 2.5022

    dffn 48 4.14896 8.81142 1.2718295% ci fo n ffn: (1.59039, 6.70753)T-Tst of n ffn=0 (vs not=0): T-Vlu=3.26 P-Vlu=0.002

    Conforme observado na Tabela 2, a perda de rudopor insero do protetor A (NIL A) foi significativamenteinferior (5%) atenuao esperada desse protetor, sendoos clculos feitos segundo a norma (SNR A), dado que ointervalo de 95% de confiana de duas caudas, calculadopara a diferena (SNR A NIL A) entre esses dois parmetros,resultou completamente positivo entre 1,59 dB e 6,71 dB.

    Por outro lado, na Tabela 3, pode ser obervado quea perda de rudo por insero do protetor B (NIL B) foisignificativamente superior atenuao esperada para

    esse protetor, sendo os clculos feitos segundo a norma(SNR B), dado que o intervalo de 95% de confiana de duascaudas calculado para a diferena (SNR B NIL B) entre essesdois parmetros apresentou resultados completamentenegativos, entre -6,89 dB e -1,86 dB.

    Tabela 3: Prova de hiptese para a diferena entre aatenuao especificada e a perda de rudo por insero doprotetor B

    Paired T-Test and CI: SNR B, NIL B

    Paired T for SNR B - NIL B

    n n M sdv se MSNr B 48 20.3000 8.8422 1.2763

    NiL B 48 24.6738 16.7136 2.4124

    dffn 48 - 4.37385 8.66901 1.25126

    95% ci fo n ffn: (-6.89107, -1.85663)T-Tst of n ffn=0 (vs not=0): T-Vlu= - 3.50P-Vlu=0.001

    Ademais ao comparar os protetores auditivos A eB quanto variabilidade dos dados de perda de rudopor insero, possvel observar, como na Figura 7, que

    o protetor A apresentou muito mais variabilidade dedesempenho que o protetor B.

    V Iivii p ri Imi m F p aiiv Fqci

    50

    40

    30

    20

    10

    0

    -10

    -20

    Fq (Hz)

    perdorIeroemd

    B

    63 125

    250

    500

    1000

    2000

    4000

    8000 63 12

    525

    050

    0

    1000

    2000

    4000

    8000

    Potto a Potto B

    Figura 7: Comparao entre os Protetores A e B quanto variabilidade no desempenho

    Devido variabilidade observada no desempenho doprotetor A, os dados de cada protetor foram analisadosseparadamente para avaliar a presena de algumadiferena de desempenho entre as duas ferramentas.

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    Como observado na Tabela 4, os dados coletados parao protetor B indicaram uma diferena estatisticamentesignificativa (5%) entre seu desempenho para as duasferramentas utilizadas, sendo a perda por insero

    observada para o protetor B na utilizao da serra abrasivapara ao foi superior quela observada na utilizao daserra de madeira. Como o nvel de presso sonora geradopela serra abrasiva de ao foi inferior quele gerado pelaserra circular de madeira, como se observa na Tabela 1,existe a possibilidade de que o desempenho desse protetorseja afetado pelo nvel de presso sonora gerado pela fontede rudo. Por outro lado, existe tambm a possibilidade deque o desempenho do protetor auditivo seja afetado poralguma(s) outra(s) caracterstica(s) da ferramenta usada,como por exemplo, a transmisso de vibrao e a posturado trabalhador na operao.

    Tabela 4: Prova de hiptese para a diferena impostapela ferramenta utilizada na perda de rudo por inserodo protetor B

    Paired T for NIL B SCM - NIL B SAA

    n n M sdv se M

    NiL B Scm 24 24.0878 16.4228 3.3523

    NiL B Saa 24 25.2599 17.3324 3.5380

    dffn 24 -1.17209 2.04113 0.41664

    95% ci fo n ffn: (-2.03398, -0.31019)T-Tst of n ffn=0 (vs not=0): T-Vlu= - 2.81

    P-Vlu=0.010

    CONCLUSES E RECOMENDAES PARA ESTUDOS FUTUROS

    A realizao do presente estudo-piloto revelou umaoportunidade para utilizar a tecnologa apresentada: a) naavaliao em campo do desempenho de protetores auditivostipo concha; e b) no desenvolvimento de estudos de pesquisaexploratrios para a avaliao do efeito de parmetros dainterao homem-mquina no desempenho dos protetores.Apesar de o pesquisador ser o nico participante do estudo, osresultados obtidos revelam possveis lacunas no conhecimentoaplicado sobre atenuao dos protetores auditivos.

    A comparao de dois protetores auditivos de mesmaespecificao (SNR=29dB) deixou claros vrios aspectosimportantes que merecem ser estudados com detalhe:

    1) O protetor B, fabricado por uma empresa com umprocesso produtivo de mais alta tecnologia, apresentou umaperda de rudo por insero significativamente (5%) maiorque o o outro protetor auditivo, A, fabricado por uma empresacom menos tecnologia.

    Apesar de ambos os protetores terem a mesma expectativade proteo pelas suas especificaes, o desempenho medidode cada um foi estatisticamente diferente. O intervalo de 95%

    de confiana para a diferena no tocante ao desempenho

    variou de 4 dB at 7 dB, o que representa uma diferena depelo menos o dobro da energia sonora que entra no canalauditivo.

    2) O desempenho (perda de rudo por insero) medidode cada protetor avaliado foi estatisticamente diferente(5%) do seu respectivo valor esperado, calculado segundorecomendaes da norma europeia que contm os critriosespecficos para tanto (BS EN ISO 4869-2:1995,=1).

    O protetor auditivo B apresentou um desempenho de 1,8dB a 6,9 dB superior ao esperado segundo sua especificao,enquanto o protetor A apresentou um desempenho de 1,6 dBa 6,7 dB menor do que o esperado segundo sua especificao.

    Embora o valor esperado de desempenho utilizado paracada protetor tenha sido calculado segundo as especificaesda norma que estimam a proteo que cada equipamento

    oferece 84,13% das vezes, o desempenho de ambos foinotavelmente diferente do esperado, indicando a necessidadede explorar com detalhess se essa diferena poderia produzirimpacto na tomada de decises sobre a seleo de umprotetor auditivo, que normalmente feita apenas com baseem suas especificaes e preo.

    3) A variabilidade no desempenho medido dos doisprotetores auditivos tambm foi sensivelmente diferente,sendo que o protetor A apresentou uma variabilidade dedesempenho muito maior que o B.

    Essa diferena revela a necessidade de estudar em

    detalhes a confiabilidade do protetor durante usos repetitivose de quantific-la para efeitos de tomada de deciso emestratgias de avaliao de exposio, como a proposta pelaAssociao Americana de Higienistas Industriais, AIHA.

    4) O efeito do uso da ferramenta medido sobre a perdapor insero foi estatisticamente significativo para oprotetor B, indicando um possvel efeito do nvel de pressosonora da fonte de rudo e/ou da interao homem-mquina sobre o desempenho do protetor auditivo emcampo. O efeito medido nesse estudo s foi quantificadoestatisticamente para o protetor B, pois a variabilidadede desempenho observada para o protetor A impediu

    a identificao de um possvel efeito ocasionado pelaferramenta.

    Como os nveis de presso sonora das duas ferramentasanalisadas foram estatisticamente diferentes, existe apossibilidade de confundir, do ponto de vista estatstico,o efeito da ferramenta utilizada com efeito do nvel depresso sonora incidente sobre o desempenho medido doprotetor.

    Estudos anteriores j indicaram a possvel influnciado nvel de presso sonora incidente no protetor auditivosobre sua atenuao11, 12. Portanto, a identificao de um

    efeito significativo exercido pela ferramenta e/ou o nvel de

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    pesso sonora incidente sobre o desempenho do protetorauditivo revela a necessidade de explorar as causas desseefeito com mais detalhes, pois indica a possibilidade deque um protetor auditivo do tipo concha no seja o mais

    indicado para a operao de todas as ferramentas.

    Finalmente, os resultados deste estudo despertaramo interesse do pesquisador para o desenvolvimento deoutros estudos-piloto e para o projeto de um estudo amplopara a avaliao do desempenho em campo de protetoresauditivos durante a operao real de ferramentas eltricasque apresentam nvel de potncia sonora j cadastradospelo Instituto Nacional para a Segurana e SadeOcupacional dos Estados Unidos, NIOSH.

    AGRADECIMENTOS

    Os autores agradecem a contribuio do higienistaRafael J. Avils Caban, formado pelo Programa de Ps-graduao em Higiene Industrial da Universidade de PortoRico, Campus de Cincias Mdicas. Sem seu apoio tcnico elogstico, este estudo no poderia ter sido realizado.

    REFERNCIAS

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    [13] Murphy, W. J., Franks, J. R., Berger E. H., Behar, A., Casali,J. G., Dixon-Ernst, C., Krieg, E. F., Mozo B. T., Royster,J. D., Royster, L. H., Simon, S. D. and Stephenson,C. Development of a New Standard LaboratoryProtocol for Estimation of the Field Attenuation ofHearing Protection Devices: Sample Size Necessaryto Provide Acceptable Reproducibility Journal of theAcoustic Society of America 115(1) Jan 2004: 311-

    323.[14] Neitzel R. Sommers S. and Seixas N. Variability

    of Real-World Hearing Protector AttenuationMeasurement. Annals of Occupational Hygiene50(7) (2006):679-691.

    [15] Regan, D. E., Real-ear Attenuation of Personal EarProtective Devices Worn in Industry Audiology dHearing Education Dec/Jan 1977: 168.

    [16] Schulz, T. Y. Case study: VeriPRO ear plug fit testingat Shaw Industries. ISHN Magazine, Mar issue, 2012

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    E XIX ENCONTRO BRASILEIRO DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS

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    1 INTRODUO

    Sistemas de ventilao com captoresdo tipo coifa e capela (cabine) soutilizados em larga escala em laboratriose reas de preparo e manuseio desolues qumicas ou biolgicas. Taissistemas so desenvolvidos para protegeros profissionais contra a contaminao

    de substncias (gases, vapores, nvoas,fumos, material particulado e biolgico) geradas nosdiversos processos produtivos. Coifas e capelas devemser dotadas de sistema com potncia suficiente parapromover a exausto dos contaminantes para fora da reade trabalho.

    Conforme afirmativa de Sobrinho (Fundacentro,1999), a ventilao exaustora umas das ferramentas maiseficazes para que os profissionais de Segurana e HigieneOcupacional efetuem o controle dos agentes qumicos nosdiversos ambientes de trabalho. Neste contexto, ressalta-se a necessidade de tais sistemas estarem operando dentro

    dos requisitos de engenharia estabelecidos, sob pena deno apresentarem a devida eficincia.

    2 OBJETIVO

    O presente trabalho, j aplicado s prticas operacionaisem reas de uma grande empresa de petrleo, propeuma metodologia de avaliao da capacidade de exaustodas capelas e coifas com base na norma tcnica ASHRAE110 - Method of Testing Performance of Laboratory FumeHoods, o Industrial Ventilation: A Manual of RecommendedPractice for Designe o Manual of Laboratory Fume Hood Iowa University. Sugere ainda, de forma complementar, a

    anlise de engenharia de cada componente do sistema deventilao (captores, sistema de dutos, conjunto motor-ventilador, filtros, etc.) para posteriores recomendaesespecficas de adequao dos sistemas que apresentaremdeficincias.

    3 METODOLOGIA

    A ideia de estabelecer uma metodologia que, almde avaliar a eficincia, estabelecesse recomendaesespecficas de engenharia para os sistemas ineficientes,surgiu da observao de casos prticos, em que aps

    a entrega dos relatrios contendo os resultados dasavaliaes para os responsveis, restavam vrias dvidasquanto s medidas a serem tomadas para a correo dosproblemas. Em alguns casos, o gestor investia recursos nacompra de exaustores ou outros componentes, que mesmodepois de instalados, no tornavam os sistemas eficientes.Dessa forma, verificou-se a necessidade de analisartodos os componentes, estabelecendo as recomendaesespecficas para cada item avaliado.

    O presente trabalho est dividido em duas etapas:

    1- Avaliao de parmetros e anlise dos componentes.

    2- Estabelecimento de medidas especficas paraadequao dos sistemas.

    3.1 Diagnstico de Sistemas de Ventilao Parte 1:Avaliao de parmetros e anlise dos componentes

    A primeira parte do trabalho tem como objetivoapresentar a metodologia de avaliao baseada nasnormas ASHRAE 110 - Methods of Testing Performance ofLaboratory Fume Hoods e o Manual of Laboratory FumeHood Iowa University. A avaliao pode ser dividida em

    quatro etapas: 1 - Inspeo geral no sistema.

    2 - Avaliao qualitativa Teste de fumaa (smokevisualization).

    3 - Avaliao quantitativa Velocidade de face, rudo eiluminncia.

    4 - Emisso de certificados de aprovao ou reprovaodos sistemas.

    3.1.1 Inspeo geral no sistema

    A inspeo geral dever considerar os seguintes fatores:

    a) A existncia de dispositivos de deteco e alarme:no caso de capelas que possuem tais dispositivos,deve-se verificar se o alarme encontra-se audvel ese possui range adequado tanto de baixo quantode alto fluxo de ar. importante ressaltar que osindicadores de fluxo nem sempre indicam, em seudisplay, velocidades iguais quelas avaliadas comuso do termoanemmetros. Isso ocorre pelo fato deo anemmetro usado no indicador ficar posicionadoem um ponto fixo na capela.

    b Ocupao do espao interno: comum observarequipamentos de grande porte (banho-maria,

    DIAGNSTICO DA EFICINCIA DE SISTEMAS DE EXAUSTOCONSTITUDOS POR CAPTORES DO TIPO COIFAS E CAPELAS

    Rodrigo Souza Lobo (*)

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    (*) Tecnico de Segurana Pleno dos servios de apoio da unidade E&P-Serv/US-AP da Petrobras

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    19/3219Revista ABHO/ Dezembro 2012

    analisadores, etc.) e materiais no interior dascapelas. Isso faz com que o fluxo do ar no escoede maneira uniforme, aumentando as zonas deturbilhonamento. No devem ser armazenadas

    substncias nas capelas, devendo permanecer nolocal apenas as que so utilizadas no trabalho emandamento.

    c) Janelas de abertura: as janelas das capelas devemestar em perfeitas condies de uso, proporcionandoabertura e fechamento adequados.

    d) Instrumentos de controle da vazo: em capelas, avlvula de controle do fluxo regula o posicionamentodo defletor. Nesse caso, deve-se observar se estase encontra em pleno funcionamento. Conforme oManual of Laboratory Fume Hood, capelas so mais

    efetivas na regulagem de mdia e alta vazo, sendoa regulagem de baixa vazo utilizada quando assubstncias manuseadas forem menos densas doque o ar. No caso de coifas, a vazo do ar pode sercontrolada com o uso de dumpers.

    e) Presena de equipamentos eltricos no interiorde capelas: deve ser observada a presena deequipamentos eltricos ou daqueles que geremcalor no interior da capela em que se manuseiemprodutos inflamveis. Tais equipamentos s podemser usados em capelas prprias para isso.

    f) Coleta de dados para anlise: no item 3.2 encontra-se a relao de dados mnimos requeridos para aanlise e adequao do sistema.

    3.1.2 Avaliao qualitativa Teste de fumaa (SmokeVisualization)

    O uso de teste de fumaa para avaliao de coifas ecapelas uma das etapas fundamentais do diagnsticoda eficincia da exausto. O agente tipicamente usado nostestes o cido sulfrico.

    No artigo Designing Lab Ventilation, publicado narevista eletrnica da HPAC Engineering, Victor A.Neumandescreve estudos realizados pela California OccupationalSafety and Health Administration, em que foram realizadosmilhares de testes de fumaa nas capelas de laboratriosqumicos. Tais estudos demonstraram que 14% das capelascom velocidade de face entre 0,4 e 0,6 m/s (aceitveis,conforme Tabela 1) falharam nos testes de fumaa, ouseja, se somente os testes de velocidade de face fossemrealizados essas capelas seriam aprovadas para uso.

    Os testes de fumaa so de simples realizao e, porserem qualitativos, os registros podem ser obtidos pormeio de pequenas filmagens.

    Nos testes de fumaa devem ser verificados:

    a) O fluxo do ar desde a face da capela ou superfcie

    de controle da coifa, observando sua entrada nosistema de captao.

    b) A presena de turbilhonamento e fluxos reversos de ar.

    c) As correntes transversais de ar, o que em coifas alterasignificativamente a captao dos contaminantes.

    Nota 1 Para esclarecimentos adicionais acerca dostestes de fumaa, a norma ASHRAE 110 - Method ofTesting Performance of Laboratory Fume Hoodsdever serconsultada.

    3.1.3 Avaliao quantitativa Velocidade de face, rudoe iluminncia

    A avaliao quantitativa tem como objetivo verificar acapacidade de exausto das capelas e coifas levando emconsiderao a velocidade de face, rudo e iluminncia.

    Ressalta-se que a avaliao da velocidade em sistemascompostos por coifas do tipo central ou ilha deve serrealizada na superfcie de controle (superfcie onde astarefas so realizadas), o que difcil, pois as correntestransversais de ar dificultam a obteno da real velocidade.Desse modo, a avaliao da velocidade realizada nos dutosde exausto pode ser mais confivel. A metodologia deavaliao para coifas com trs lados fechados deveridntica quela estabelecida para as capelas.

    3.1.3.1 Avaliao da velocidade de face de capelas

    A obteno da velocidade de face deve ser realizada

    com termoanemmetro do tipo fio a quente, calibrado porlaboratrios acreditados pela Rede Brasileira de Calibrao RBC. As avaliaes podem ser realizadas com a aplicaoda seguinte metodologia:

    Realizar nove avaliaes no plano de face da capelacom as janelas abertas ao mximo - 100% deabertura Figura 1.

    Realizar seis avaliaes no plano de face da capelacom as janelas abertas em 50% de abertura - Figura 2.

    Realizar trs avaliaes no plano de face da capelacom as janelas abertas em 25% de abertura - Figura 3.

    Figura 1 Vista frontal e lateral da capela 100 % de abertura

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    20/3220 Revista ABHO/ Dezembro 2012

    Figura 2 Vista frontal e lateral da capela 50% de abertura

    Figura 3 Vista frontal e lateral da capela 25% de abertura

    Aps a realizao das avaliaes, devem-se calcularos valores de velocidade mdia para cada abertura. Osresultados devem ser comparados com aqueles definidospor entidades internacionais, conforme o quadro abaixo:

    eiVci

    fc (m/)obv

    OSHa (eUa) 0,3 0,5 -

    caLiFrNia OSHa (eUa) 0,50,76 plgus

    substns

    NFPa (Ntonl F Potton

    assoton) (eUa) 0,4 0,6 -aNSi / aiHaZ9.5-1992

    0,4 0,6 -

    NiOSH (Ntonl insttut foOuptonl Sfty n Hlth)(eUa)

    0,5 0,76 -

    acGiH (an confnof Govnntl Hygnsts)(eUa)

    0,4 0,5Jnls

    totlntbts

    Tabela 1 Quadro comparativo entre as velocidades de facerecomendadas por diferentes entidades internacionais

    Fonte: revista eletrnica HPAC Engineering outubro de 2001 - adaptado

    3.1.3.1.1Na prtica deve-se considerar que a velocidadede face no o nico fator contribuinte para o desempenhodos sistemas de exausto. Prticas de renovao de ar doambiente, ocupao do plano de trabalho e a forma de

    manuseio de produtos tambm so fatores que afetam odesempenho dos sistemas.

    3.1.3.1.2 Velocidade de face muito alta no oferecenecessariamente maior proteo, pois alm de geraremgastos adicionais com energia e superdimensionamentodos conjuntos motores ventiladores, contribui para oaumento da presso negativa em ambientes com ar-condicionado central ou pouca ventilao.

    3.1.3.2 Avaliao de rudo e iluminncia

    3.1.3.2.1A avaliao pontual de rudo deve ser realizadana zona auditiva do trabalhador no local em que as

    atividades so desenvolvidas. Os nveis de rudo podem serdefinidos por julgamento profissional ou com base no item17.5.2.1 da NR-17, considerando, assim, nveis de 65 dBApara conforto acstico.

    3.1.3.2.2 A avaliao de iluminncia deve ser realizadano plano de trabalho (interior da capela e rea sob a coifa).Os nveis de iluminncia podem ser obtidos na NBR-5413 Iluminncia de Interiores. Nas prticas de campo, costuma-se definir o nvel de 500 lux como mnimo. No entanto,cada situao deve ser avaliada de maneira individual emfuno da carga de trabalho, da idade dos trabalhadores edo tipo de tarefa realizada.

    3.1.4 Emisso de certificados de aprovao oureprovao dos sistemas

    Devero ser fixadas, na parte frontal de capelas e coifas,fichas, etiquetas ou cartes com os resultados da inspeovisual, testes de fumaa e velocidade de face. Os sistemasque no forem aprovados devero conter avisos comdetalhes das condies insatisfatrias.

    3.2 Diagnstico de Sistemas de Ventilao Parte 2:Estabelecimento de medidas especficas para adequaodos sistemas

    Com base nas informaes obtidas na etapa deavaliao e anlise dos componentes, o passo seguinteconsiste em especificar medidas para adequao dossistemas que no se mostrarem eficazes. Nessa etapa sernecessria a obteno de dados, tais como:

    Dimenses da rea de abertura.

    Caracterizao dos dutos de exausto (dimetro,rea, forma, material, singularidades, diferena decota entre captao e descarga).

    Especificaes do conjunto motor ventilador(potncia, vazo, tenso, fabricante, etc).

    Fotografias e croqui bsico do sistema, incluindo otraado dos dutos de exausto.

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    21/3221Revista ABHO/ Dezembro 2012

    3.2.1As recomendaes devem contemplar a descriodos materiais, equipamentos e servios a serem executados.Essas geralmente sebaseiam no Industrial Ventilation - AManual of Recommended Practice for Designou em normas

    tcnicas aplicveis ventilao industrial (ver Apndice A).

    Seguem-se exemplos de recomendaes efetuadas emsistemas considerados ineficientes:

    Instalao de anteparos laterais em coifas: essa umamedida bastante prtica e econmica. Na prtica,coifas do tipo central geralmente so reprovadasquanto eficincia de exausto. Tais sistemasrequerem vazes altssimas, devido grande reade abertura. Para ter uma ideia, uma coifa comdimenses de 1 m x 1 m instalada a 1 m de umabancada e com velocidade de 0,5 m/s na superfcie

    de controle, requer uma vazo de 7200 m/h. Nessescasos, a instalao de anteparos laterais (acrlico ouvidro), quando possvel, uma excelente prtica,pois exige recursos financeiros bem menores secomparados troca de conjunto motor-ventilador.A coifa com as mesmas dimenses, porm com trslados fechados, demandar uma vazo de 1800m/h.

    Substituio ou alterao do traado de dutos:alguns sistemas tm excesso de singularidades(curvas, cotovelos, dumpers, etc) ou dutos comdimetro reduzido (por causa da vazo do ar

    requerida). Nesses casos, sempre vlido realizaranlises a fim de manter o traado dos dutos com omnimo de singularidades possvel e com dimetrocompatvel com a vazo requerida do sistema.Uma das principais causas de rudo justamente ainstalao de dutos com dimetros reduzidos.

    Substituio de componentes: durante a etapa deanlise devem ser observados todos os componentesdo sistema. Aqueles que no estiverem em perfeitoestado de conservao devem ser substitudos coma maior rapidez possvel.

    Instalao de inversores de frequncia em motores:inversores de frequncia so dispositivos capazes degerar tenso e frequncia ajustveis com a finalidadede controlar a velocidade de rotao de motores. Taisequipamentos podem reduzir a vazo de sistemassuperdimensionados, que geralmente apresentamaltos nveis de rudo devido ao arrasto do ar.

    Instalao de sistemas de sopro exausto (push-pull):capelas e coifas instaladas no interior de ambientesque tm sistema de ar- condicionado central retiramgrandes volumes de ar. Isso pode causar pressonegativa e ainda aumentar o consumo de energia.

    Assim, necessrio especificar um sistema queinsufle ar dentro das capelas, ajustado para criar

    uma cortina de ar na face. importante ressaltarque a vazo de insuflamento no dever ser superiora 50% da vazo de exausto.

    Substituio de conjuntos motores ventiladores:o ltimo recurso a ser empregado a substituiodo conjunto motor ventilador. A instalao dosconjuntos deve ser especificada com base nosclculos da vazo requerida e perda de carga. Aespecificao dever conter no mnimo:

    1. Vazo (Q) = ex: No inferior a 1260 m/h;

    2. Rotao = ex: No inferior a 1750 rpm;

    3. Potncia = ex: 1 hp.

    4. Presso (mmca) = ex: No inferior a 30 mmca;

    5. Nvel de Rudo ex: No superior a 65 dBA; 6. Tipo de Carcaa ex: IP55;

    7. Outras informaes, de acordo com a aplicaodo conjunto.

    4 ESTUDOS DE CASO

    4.1 Capela do laboratrio de tratamento de gua

    A capela apresentava boa eficincia de exausto, comvelocidade mdia de facede 0,73 m/s, porm tinhaaltos nveis de rudodevido ao arrasto de arnos dutos de exausto de150 mm. Como no foipossvel a substituiodo sistema de dutos poroutros com dimetrosmaiores, a soluoconsistiu na instalaode um inversor defrequncia compatvelcom o motor de 0,75 cv e 60 Hz. O inversor foi regulado

    para a frequncia de 45 Hz, o que ocasionou a reduo dorudo em mais de 9 dBA.

    4.2 Coifa da sala de descarte de gs

    A coifa tinha trs ladosabertos e apresentava baixaeficincia de exausto(velocidade da superfcie decontrole < 0,1 m/s). A soluofoi a instalao de anteparos deacrlico com portinholas frontais.Com a rea de abertura reduzida,

    o sistema apresentou velocidademdia de face superior a 0,5 m/s.

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    22/3222 Revista ABHO/ Dezembro 2012

    4.3 Alterao no traado dos dutos de exausto

    Para aumentar a eficincia de exausto de uma capelausada para anlise de petrleo e derivados, a soluo foi a

    alterao no traado dos dutos de sada da capela (a jusantedo conjunto motor-ventilador). Para a aplicao do recurso,foi calculada a perda de carga do sistema obtendo-se a realcontribuio da alterao antes da realizao dos servios.

    4.4 Projeto de coifa para rea de limpeza qumica

    Para a realizao da limpeza dos bicos injetores utiliza-seo o cido cresclico (produto formado por cresol TLV-TWA 20 mg/m e fenol TLV-TWA 5 ppm). Para o controledos vapores emitidos durante o processo de limpezadesenvolveu-se um sistema de ventilao constitudo decaptor do tipo coifa com anteparos laterais e dumper paracontrole da vazo. A coifa deveria ser instalada em umsistema de exausto para os tanques j existente, o queexigiu cuidados adicionais tendo em vista a vazo adicional

    requerida.

    Detalhe da coifa instalada no sistema de ventilao.

    5 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    - Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR-5413: Iluminncia de Interiores, 1992.

    - Ministrio do Trabalho e Emprego, Legislao deSegurana e Medicina do Trabalho, Braslia: 2012.

    - Iowa State University. Laboratory Hood Manual.Environmental Health & Safety Second Revision1997. Iowa State University Research FoundationInc., Ames: Iowa. 1991.

    - ASHRAE 110-1995, Method of Testing Performanceof Laboratory Fume Hoods, American Societyof Heating Refrigerating, and Air-ConditioningEngineers. Atlanta, USA: ASHRAE 1995.

    - Interpretation IC 110 of ASHRAE Standard 110 1995

    - Methods of Testing Performance of Laboratory.USA:ASHRAE 1995.

    - ACGIH American Conference Of GovernmentalIndustrial Hygienists. Industrial Ventilation AManual of Recommended Practice (23 edition).Cincinati Ohio, USA: ACGIH 1998.

    - ACGIH American Conference Of GovernmentalIndustrial Hygienists. 2010 TLVs e BEIs Limites deExposio Ocupacional para Substncias Qumicas eAgentes Fsicos. Cincinati Ohio, USA: ACGIH, 2010.

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    23/3223Revista ABHO/ Dezembro 2012

    - SOBRINHO, Fernando Vieira. Ventilao LocalExaustora em Galvanoplastia. So Paulo:Fundacentro, 2002.

    - Hitchings, Dale T. Guide Specification for LaboratoryFume Hood Commissioning, fev.1997. Disponvelem www.safelab.com/FACT_SHEETS/110spec1.pdf.Acesso em out. 2012

    - Neuman, Vitor A. Designing Lab Ventilation. HPAC Engineering. Disponvel em .Acesso em mai 2012.

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    E XIX ENCONTRO BRASILEIRO DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS

    APNDICE A NORMAS TCNICAS

    APLICVEIS.

    Todas as instalaes de capelas de

    exausto devem estar em conformidade

    com a mais recente edio do Industrial

    Ventilation, publicada pela American

    Conference of Governmental Industrial

    Hygienists (ACGIH), com o American

    National Standard for Laboratory

    Ventilation [Padres nacionais norte-

    americanos para ventilao de

    laboratrios] (ANSI Z9.5-1992), como Uniform Mechanical Code [Cdigo

    Mecnico Uniforme], e tambm com os

    padres aplicveis daAmerican Society of

    Heating, Refrigerating and Air Conditioning

    Engineers (ASHRAE) [Associao norte-

    americana de Engenharia de Ventilao,

    Aquecimento e Ar-condicionado] e com

    os cdigos da National Fire Protection

    Association [Associao Nacional de

    proteo contra incndios] (NFPA), emespecial dos NFPA 91 (Blower and Exhaust

    Systems) [Sistemas de Ventiladores e

    Exaustores], e dos NFPA 45 (Fire Protection

    for Laboratories Using Chemicals) [Proteo

    contra incndios em laboratrios em que

    se faz uso de produtos qumicos.

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    24/32

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    SP, Hotl Holy inn Pqu anhb,lolzo n ru Pofsso mltonrogus, 100, So Pulo SP.

    Nss vnto, psnto os tblhoslvs v s gup plos ppospossos Hgn Ouponl:ntpo, onhnto, vlo ontol os sos bnts.

    S pfn tblhos qutnh ntf o o t ntl oongsso: Responsabilidade social

    e tica na prtica das atividades dosprossionais de Higiene Ocupacional.

    orIentaes geraIs

    P psnto tblhos tnos,v-s obsv o sgunt:

    O onto o tblho v s f Hgn Ouponl.

    as psnts v st ssos plo nos tns lgs, nos spnho, pogs gsto qul, toologs ntpo, onhnto, vlo ontol, sttgs ostg s sptos qu nvolv pvno os sos bnts nos los tblho, l vlozo tuo

    os hgnsts ouponsOs tblhos so slonos ppsnto ol ou fo pst.

    Tblhos qu no stj lonoso t ol o congsso poo snluos ts lvs, btos pssuntos gs Hgn Ouponl.

    No so tos tblhos qu tnhplos os ou nsttuons ouqu vs vulgo poutos ousvos.

    Onts nvo p avloTn

    Os ntssos psnt sustblhos unt o Vii congsso Bslo Hgn Ouponl XX enontoBslo Hgnsts Ouponsvo nnh u suo o tblhop [email protected], tno oossunto: rsuo Tblho Vii cBHO XXeBHO.

    Os suos vo sgu o po lsto sgu:

    ttulo; no oplto os utos,

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    oo tonl ltno, l nos tlfons;

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    no no op pgn oposso Hgn Ouponl qu o tblho lho s ns(ntpo, onhnto,vlo ou ontol).

    prazo para reCeBIMento dosresuMo: 15 mi 2013, 18 h

    O suo n pnpl font osp osso julgo os tblhos,potnto, o txto v s lboo os nfos os uos nssosp nls subsqunt publo.Outs nfos poo s soltspostont, s nsss.

    InForMaes IMportantes

    Sont possons gulnt

    nstos no congsso poo fzpsnts tns.

    Os tblhos slonos ptoqu sus utos ptp os vntos(congsso cusos) o tx nso uz, quvlnt o novlo publo p bos aBHO.No st pvst obtu spsslons hospgns n slontos.

    Os tblhos slonos p xposo

    ol v s ppos ppsnts 20 nutos (no xo).

    CHAMADA PARA TRABALHOS TCNICOS

    PATROCNIO APOIO

    REALIZAO / ORGANIZAO

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    26/3226 Revista ABHO/ Dezembro 2012

    Prezados associados, amigos e colegas da ABHO, quandoiniciamos nossos estudos de preveno, acredito que todosns tivemos aulas com um professor que falou da vida e obrade Bernardino Ramazzini.

    No Brasil, o Professor e Mdico do Trabalho RaimundoEstrla fez uma brilhante verso para o portugus de Demorbis artificum Diatriba (Das doenas dos trabalhadores)editada pela Fundacentro, de autoria do mdico, professor e

    poeta Bernardino Ramazzini. Em 1700, ele publicou na Itliaessa grandiosa obra em um pequeno livro, que se constitui

    atravs dos sculos em guia para todos os prevencionistas,sejam da rea de Higiene Ocupacional da medicina ou dasegurana do trabalho.

    Na sua introduo, como grande poeta que era, Ramazzininos presenteia com uma ode a seu livro, na qual ironicamente

    faz uma previso do uso futuro: como material para embrulhoem quitandas,: poders ser transformado em cartuchos deembalagens de peixes, pimenta ou cheiroso cumim.

    O grande mestre, em outras palavras, prev que seutrabalho, publicado aps anos de intensa pesquisa eobservao no teria boa acolhida entre os doutores edetentores do poder que decidiriam a conduta preventiva

    em seu meio. Todo o conhecimento com as dificuldadesprprias de um trabalho pioneiro, no poderia ser deaplicao preventiva imediata, dada a indiferena, odespreparo e o autoritarismo da poca.

    Passam os anos mais de 300 e a histria se repete emdiversos lugares do planeta, em eventos que s vezes eclodemem tragdias irreparveis como foi o fato recente do incndioem Santa Maria (RS). De um lado se acumula uma quantidadeenorme de pesquisas e informaes srias relativas aos riscos:materiais, composio da fumaa gerada altamente txica,inflamabilidade dos materiais, condies de risco facilitadas

    por fasca ou chama, efeitos no organismo humano, normas

    preventivas legais, fiscalizao, papel dos bombeiros, etc. etc.,porm, a reunio de fatos indesejados contribui para produziro desastre e leva inexoravelmente a ele.

    Evolumos em termos de cultura e tcnica, temoscentros de pesquisas e de ensino avanados, onde se formam

    profissionais altamente capacitados nas mais diversasreas do conhecimento cientfico e tecnolgico. Avanamosespetacularmente na comunicao e no acesso sinformaes e pesquisas aplicadas preveno de incndiose preservao da sade das pessoas sejam trabalhadoresou representantes da comunidade em geral. No Brasil

    formamos profissionais nas reas de preveno aos milhares,engenheiros e tcnicos de segurana do trabalho, mdicos dotrabalho, bombeiros, etc., etc., no entanto, no conseguimos

    ainda evitar tragdias to enormes e impactantes como a deSanta Maria no Rio Grande do Sul.

    A revolta, a angstia, mescladas impotncia tomamconta do Brasil, apontam-se culpados, assim como os erroscometidos durante um evento que deveria ser de diverso eque se transformou, em menos de 10 minutos, em morte esofrimento para centenas de jovens. Como profissionais darea de Higiene Ocupacional que tm como alvo a prevenodas doenas ocupacionais no podemos ficar calados

    perante tamanha agresso a todos os profissionais que ao

    longo dos anos se prepararam para entregar o melhor dosservios e dedicao em prol da sade dos trabalhadores e dacomunidade em geral.

    Qualquer que seja a tcnica de anlises utilizada paraesclarecer os fatos que desencadearam essa tragdia,apontar, sem sombra de dvida, na direo de falhas gravesna tomada de decises e na implantao do rigor de normasde preveno de incndios existentes e obrigatrias paratodos os estabelecimentos que atuam no tipo de atividadeem questo, assim como na direo de falhas no rigor da

    fiscalizao e auditoria das normas anteriormente citadas,que deveriam ser observadas, tanto pelos rgos oficiais

    competentes como pelos prprios responsveis da empresa.Decorrida menos de uma semana do nefasto evento, acomunidade de higienistas que congrega a ABHO e outros

    profissionais especializados em sade dos trabalhadores,tm se mobilizado montando uma fora-tarefa para reunirinformaes teis que permitam orientar todos aqueles queestudam o caso ou que tenham poder de deciso para orientar,implantar ou auditar procedimentos de segurana bsicos.

    Em uma ao concreta da ABHO, estamos abrindo espaoem nosso site para compilar todas essas informaes que diaa dia esto sendo enriquecidas e esto disposio de todosos interessados.

    Senhores responsveis por fazer cumprir as normas quegarantem a vida e a sade de nossos filhos e da comunidadeem geral, faam apenas isso, cumpram e faam cumprir, comtodo o rigor que merece, a manuteno do maior bem desta

    populao que a vida das pessoas.

    Os cidados deste pais, estarrecidos diante desta tragdia,perguntam: vamos fazer preveno sria e verdadeira? ouvamos continuar a usar os conhecimentos de prevenoda vida e da sade, acumulados durante sculos, paraembrulhar produtos em quitandas, como foi a previso deRamazzini em relao ao destino de seu livro?

    Jos Manuel O Gana Soto

    RAMAZZINI E A TRAGDIA DA BOATE KISSEM SANTA MARIA - RS

    ATUALIDADE

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    27/3227Revista ABHO/ Dezembro 2012

    RESENHA BIBLIOGRFICA

    Desde a dcada de 1980, aFundacentro vem publicando umasrie de normas de higiene dotrabalho, hoje denominadas deNormas de Higiene Ocupacional(NHO). Esses procedimentos

    tcnicos, criados inicialmente como objetivo de subsidiar os prpriostcnicos da Fundacentro em suasatividades de campo e laboratrio,tiveram sua utilizao ampliada,

    servindo como subsdio tcnico a outros profissionais einstituies.

    Em relao ao agente Vibrao, a primeira vezque a Fundacentro publica normas voltadas para aavaliao da exposio ocupacional a Vibraes de CorpoInteiro (VCI) e Vibraes em Mos e Braos (VMB). Essase outras NHOs no tm carter impositivo; no entanto,

    fornecem elementos para a identificao, quantificao ecaracterizao dos agentes derisco com o intuito de colaborarpara a preveno e o controle daexposio dos trabalhadores.

    A NHO-09 e a NHO-10apresentam em seu escopoos critrios e procedimentosde avaliao, na qual sodetalhados os parmetrosutilizados, a descrio e oscuidados na abordagem dos

    locais e das condies detrabalho. Trazem ferramentas eexemplos visando a facilitar oentendimento dos profissionaisque vo lidar com o agente.

    As normas internacionais utilizadas como base paraavaliao desse agente e os vrios trabalhos cientficospublicados sobre esse tema indicam que so grandes asincertezas presentes nos resultados obtidos a partir dasmedies da vibrao e das estimativas dos tempos deexposio. Considerando esses aspectos, as Normas NHO-09 e NHO-10 buscaram dar nfase avaliao preliminar, na

    qual antes de qualquer medio, o avaliador dever realizaruma abordagem cuidadosa na fase de reconhecimento dorisco. Dessa forma, devem ser obtidos dados e informaesque serviro de base para a formao de sua convicotcnica.

    Se a anlise preliminar indicar que as situaes

    de exposio so inaceitveis, em princpio no seronecessrias avaliaes quantitativas, sendo obrigatriaa adoo de medidas de controle. Quando permanecera incerteza da aceitabilidade da condio de exposioanalisada ou quando houver a necessidade de dispor dosvalores da acelerao para quaisquer fins, deve-se efetuara avaliao quantitativa. As normas oferecem ferramentaspara esses dois tipos de abordagem.

    Entre os diversos aspectos que poderiam ser destacadosem relao a essas normas, foram selecionados trs:

    1. A obrigatoriedade de adoo de medidas corretivasquando, por meio da analise preliminar, houver indicao de

    situaes de exposio inaceitveis, independentementede abordagens quantitativasou quando, por meio docontrole mdico da sade, ficarcaracterizado o nexo causal entredanos observados na sadedos trabalhadores e a situaode trabalho a que eles estoexpostos.

    2. A adoo de nvel de aoe limites de exposio para VCI eVMB. Porm, no caso da VCI, o

    critrio de julgamento e tomadade deciso utiliza parmetrosmais restritivos, por exemplo,que os adotados na Diretiva daComunidade Europeia.

    3. Mesmo para valores medidos consideradosaceitveis, abaixo dos nveis de ao, a adoo de medidasque venham a reduzir os nveis de exposio, se disponveisou viveis, considerada prtica positiva pelas Normas,uma vez que melhora as condies de exposio e minimizaos riscos de danos sade.

    (*)Higienista Ocupacional Certificado - HOC0006

    Irlon de ngelo da Cunha (*)

    NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL PROCEDIMENTO TCNICO NHO 09 AVALIAO DA EXPOSIO OCUPACIONAL VIBRAO

    DE CORPO INTEIRO E NHO 10 AVALIAO DA EXPOSIOOCUPACIONAL VIBRAO EM MOS E BRAOS.

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    28/3228 Revista ABHO/ Dezembro 2012

    SIMPSIO INTERNACIONAL SOBRE SEGURANAE SADE OCUPACIONAL - SHO2013

    Evento organizado anualmente pela SociedadePortuguesa de Segurana e Higiene Ocupacionais -SPOSHO.14 a 16 de fevereiro de 2013 - Guimares - PortugalInfo:

    15 CONGRESSO NACIONAL ANAMT DE MEDICINADO TRABALHO SADE INTEGRAL PARA TODOS OSTRABALHADORES11 a 17 de maio de 2013 - Centro de ConvenesAnhembi - So Paulo - SPInfo:

    PREVENSUL - 16 FEIRA DE SADE, SEGURANA DOTRABALHO E EMERGNCIAData: 17 a 19 de abril de 2013 - Local: Porto Alegre/RSInfo e inscries:

    AIHCE 2013 AMERICAN INDUSTRIAL HYGIENECONFERENCE AND EXHIBITIONA ARTE E A CINCIADO JULGAMENTO PROFISSIONAL18 a 23 de maio de 2013 - Montreal - CanadInfo:

    EVENTOS RELACIONADOS HO EM 20135TH INTERNATIONAL CONFERENCE ON WHOLE BODYVIBRATION INJURIES(5aConferncia Internacional sobre

    Leses relacionadas a Vibrao de Corpo Inteiro)05 de junho a 07 de junho de 2013 - Amsterd - HolandaDatas Importantes:O perodo de inscries iniciar em 21 de setembro de 2012A submisso de trabalhos tcnicos iniciar em 21 desetembro de 2012 e finalizar em 08 de janeiro de 2013Info:

    VII CONGRESSO BRASILEIRO DE HIGIENE OCUPACIONALE XX ENCONTRO BRASILEIRO DE HIGIENISTASOCUPACIONAIS26 a 28 de agosto de 2013So Paulo SP, Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, Rua

    Professor Milton Rodrigues, 100, Parque Anhembi

    9 CONGRESSO INTERNACIONAL DE SADEOCUPACIONAL PARA TRABALHADORES DA SADE23 a 26 de setembro de 2013 - So Paulo/SPRealizao: ICOHInfo: (11) 5682-7300http:

    CONFERNCIA IOHA 201527 a 30 de abril de 2015Contato: [email protected]:

    A ABHO, por meio do Comit de Admisso, aprovou mais onze novos processos de filiao eum de readmisso. Os nomes dos novos membros, sua categoria de filiao e seus respectivos

    nmeros so apresentados no quadro abaixo.A ABHO d as boas-vindas aos colegas, esperando contar com a participao dos novos

    filiados nas atividades da associao!

    NOVOS MEMBROS

    1218 GABRIEL LEITE DE SIQUEIRA FILHO EFETIVO1219 GILBERTO DA SILVA OLIVEIRA EFETIVO1220 SERGIO FERREIRA DA SILVA AFILIADO1221 RODRIGO VICENTE DE SOUZA AFILIADO1222 ALONSO DE CARVALHO DA SILVA EFETIVO1223 ANALYTICAL TECHNOLOGY SERVIOS ANALTICOS E AMBIENTAIS INSTITUCIONAL1224 GAIA GERENCIAMENTO E EDUCAO AMBIENTAL INSTITUCIONAL

    1225 GLEISER VITORIANO GONALVES TCNICO

    1226 WASHINGTON FRANCISCO CORRA APOIADOR1227 CRISTIANO COSTA SILVA TCNICO

    1228 MARCELO ALEXANDRE TIRELLI APOIADOR

    ABHO

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    Para manter o Ttulo de Certificao, importante que seja observado e cumprido o Regulamento de Manuteno

    dos Ttulos de Certificao.De acordo com esse Regulamento, os profissionais certificados devem comprovar que, no decorrer dos cinco anosseguintes obteno da Certificao ou da sua ultima renovao, exerceram atividades voltadas para o aperfeioamento eatualizao em Higiene Ocupacional, de modo a revalidar seu Ttulo. Dessa forma todos os membros que obtiveram o ttuloou a renova