revista wr-79 - industria 4.0 - digital

Upload: eduardo-chiaradia

Post on 19-Feb-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    1/24

    O MUNDOCOMO LIMITEP.6 P.18

    HUMA NOVAREVOLUO

    INDUSTRIALNO HORIZONTEP.8

    OS BENEFCIOS DE SERUM PAS ENSOLARADO

    WR 79 Jl - Ago - Set/2015

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    2/24

    WEG,A MARCA DO

    NO MUNDO

    BRASIL

    Motores | Automao | Energia | Transmisso & Distribuio | Tintas

    Transformando energia em solues. www.weg.net

    Presena global essencial.

    Estamos constantemente

    expandindo nossas operaes e

    criando novos produtos e

    solues para melhor atender

    suas necessidades em qualquerlocal do planeta.

    A qualquer hora, em

    qualquer lugar.

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    3/24

    Antonio Cesar da Silva,Diretor

    de Marketing do Grupo WEG.

    UM MAR DE

    oportunidadesE

    star minimamente informado sobre o cenrio econmico do Brasil pode significar receberdiariamente uma boa dose de pessimismo, logo cedo, no caf da manh. No quedevamos ficar alheios ao que acontece ao nosso redor, pois h nmeros inquestionveisem relao ao desempenho da nossa economia para o qual no podemos dar as costas,

    como a alta dos juros, da inflao e da energia eltrica, bem como a desacelerao da atividadeeconmica, principalmente no ramo industrial de forma geral. Mas, nossa deciso a de adotaruma atitude de enfrentamento dos obstculos e de busca por solues capazes de aplacaros efeitos da retrao da economia nos nossos negcios e de nossos clientes. Solues quepassam necessariamente pela inovao, caracterstica que j faz parte da nossa cultura e considerada uma alavanca imprescindvel para a competitividade.

    E por falar em inovao, a matria de capa refora uma abordagem que nos faz refletir sobre aimportncia de sermos protagonistas de uma revoluo que est em curso, a Indstria Inteligenteou Indstria 4.0. Essa indstria est baseada no aumento exponencial da capacidade deprocessamento de dados, na possibilidade de conexo das coisas e no uso de novos materiais.Pela anlise brilhante do professor e pesquisador Carlos Arruda, da Fundao Dom Cabral,delineia-se um caminho, sem volta, para a conectividade dos negcios, dos produtos e dosservios: so nos momentos de incerteza econmica que os empreendedores fazem a diferena,aproveitando os avanos tecnolgicos (citando o economista austraco Joseph Schumpeter).

    Precisamos estar atentos s tecnologias j disponveis, que permitem uma importante reduodo consumo de energia eltrica na indstria, um bom exemplo so os motores eltricos, que soresponsveis por aproximadamente 70% de toda a energia eltrica consumida. Para se ter umaideia, as empresas possuem motores eltricos que esto operando 10, 20, 30, 40 anos ou mais.

    Os motores tm uma longa vida til e so facilmente rebobinados, no entanto, a cada conserto,o consumo de energia aumenta. Por isso, se voc calcular o custo total de um motor eltricodurante toda sua vida til, 95% so provenientes da energia eltrica. As solues atuais gastammenos energia eltrica, o que faz bem para o bolso e para o meio ambiente.

    Alm da evoluo tecnolgica dos equipamentos e processos que j utilizamos, temos que olharpara novas tecnologias e novos mercados. Dentro dessa lgica de encontrar respostas paradriblar as adversidades, apresentamos tambm dois mercados em crescimento veloz e comgrande potencial de expanso. E, o mais formidvel, em conexo total com o meio ambiente,por tratar da gerao de energia vinda de fonte renovvel. Vale a pena mergulhar no mercadodas energias elica e solar e conhecer as vantagens de se investir nesses dois segmentos.Passando pelos ventos e pela energia do sol, seguimos falando sobre as tendncias para omercado da construo civil, setor que vem, sim, sentindo a desacelerao da economia, mastem investido em novas tecnologias para continuar impulsionando o setor de extrema relevncia

    para o Brasil. De malas prontas, mostramos alguns dos desafios para quem, assim como ns,decide empreender l fora. Poder disputar as demandas do mercado existente fora do Brasilaumentado o leque de oportunidades sempre foi um caminho escolhido pela nossa organizao.So muitos os pontos a serem observados, mas definitivamente, o sucesso est no planejamentopasso a passo e em algo que parece bvio, mas que no fcil: o respeito cultura e aos valorespredominantes alm das fronteiras do Brasil. Continuando nossa viagem, seguimos com a famliaSchurmann rumo ao Oriente, em uma expedio que nos inspira a enfrentar os contratemposcom ousadia e criatividade. E foi em alto mar e a bordo do veleiro Kat, que o comandante

    Vilfredo Schurmann concedeu uma entrevista exclusiva para a WEG em Revista. O resultadoficou incrvel.

    Por isso, fao um convite a voc: conecte-se a nossa revista, enviando sugestes de temas,crticas e elogios. Vamos analisar cada mensagem recebida. Antes, porm, tenha uma tima

    leitura.

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 3

    ESPAO DO LEITOR

    WEG em Revista uma publicao WEG.

    Conselho editorial:Atoio Cesar da Silva Diretor deMarketig do Grpo WEG

    Marketing Corporativo:Deise de ArajoDaiae da Costa Leal

    Marketing Internacional:Maro Tsset

    Marketing de Negcios:Marcio Yoshikaz Emats MotoresMrcio Izidoro AtomaoDiosio Kokol EergiaBra Maisa de Oliveira -Trasmisso & DistribioSadro de Oliveira Titas

    Produo:Compreedo Comicao

    Tiragem:9.200 exemplares

    As matrias da WEG em Revistapodem ser reprodzidas votade,citado a fote e o ator.

    Queremos saber a sua opiniosobre a WEG em Revista.

    Cometrios sobre o cotedoeditorial, sgestes e crticas:

    [email protected]

    Av. Prefeito Waldemar Grbba, 3300(47) 3276-4000CEP: 89256-900, Jarag do Sl/SC

    EXPEDIENTE

    www.weg.et

    EDITORIAL

    @weg_wr

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    4/24

    Os imprevistos

    acontecem e

    temos que estar

    preparados para

    enfrent-los

    18 INTERNACIONALIZAO Os caminhos que levam ao sucesso no processo de globalizao

    Building Technology traz competitividade

    e sustentabilidade construo civil

    Vilfredo Schurmann P. 20

    ENTREVISTA

    CAPAComputao em nuvem, big data, internet das

    coisas, indstria 4.0. H uma nova revoluo

    despontando no horizonte

    Em 2020, a energia elica j ser a segunda

    fonte de energia na matriz eltrica nacional

    ENERGIAS RENOVVEIS

    SUMRIO

    16

    EFICINCIATENDNCIAS & TECNOLOGIASO mercado de energia solar cresce em

    torno de 300% ao ano

    WR 79 Jul - Ago - Set/2015

    8

    14

    6

    4 | WEG em Revista

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    5/24

    AGRONEGCIO DOMINA EXPORTAESNa contramo do atual cenrio eco-nmico, o agronegcio brasileirocoleciona timas no-

    tcias: no primeiro se-mestre deste ano, osetor foi responsvelpor 46% do total dereceitas com as expor-taes do Brasil. Em2014, o percentual foide 43%. Alm disso,seis dos 10 principaisitens da pauta expor-tadora brasileira soagropecurios. A produtividade temsido chave para o setor. No caso da

    soja, carro-chefe das exportaesbrasileiras, a produo subiu de 2,25

    sacas por hectare, na sa-

    fra 2004/05, para 3,02estimados pela Compa-nhia Nacional de Abas-tecimento (Conab) paraa safra atual, em mdia.Alm da produtividadedas lavouras, a genticade ponta usada na pecu-ria de corte tambm temsido fundamental paramanter o Brasil na ponta

    dos maiores exportadores mundiaisde carne, por exemplo.

    A WEG a Empresa do Ano, doanurio Melhores & Maiores, umadas mais importantes e tradicionaispremiaes da imprensa especializada

    em negcios no Brasil. O ttulo resultado da pesquisa realizada pelarevista Exame, que considera dadoseconmicos e financeiros referentesa 2014 como: liderana de mercado,rentabilidade, crescimento, liquidez,investimentos e riqueza gerada porempregado. Como em todos osanos, a revista publica a lista das1000 maiores e melhores empresasdo Brasil, destacando as 18 campespor segmento de negcio. Essa a

    11 vez que a WEG destaque nosetor de Bens de Capital e a primeiravez que tambm a grande campe.Na noite de premiao, em So Paulo,

    Harry Schmelzer Jr., diretor executivoda WEG, fez questo de dedicar oprmio a todas as pessoas que, dealguma forma, contribuem para ocrescimento da empresa. Agradeoa todos os nossos colaboradores,clientes, acionistas e fornecedores quetrabalham dia aps dia para fazer daWEG uma empresa gil, competitivae, acima de tudo, comprometida commetas e resultados.

    FORA EXTRA PARA AINFRAESTRUTURA

    O Banco Nacional de

    Desenvolvimento Econmico

    e Social (BNDES) lanou, em

    agosto, uma nova linha de crdito

    para incentivar investimentosem infraestrutura. A linha vai

    permitir que o emissor de

    debntures (ttulos privados para

    empresas captarem recursos)

    de infraestrutura possa financiar,

    exclusivamente, os juros a serem

    pagos aos investidores em ttulos

    emitidos em ofertas pblicas.

    Entre as empresas que podem se

    beneficiar desse crdito esto as

    que atuam nos setores de logstica

    e transporte, mobilidade urbana,energia e saneamento bsico.

    BOA NOTCIA PARAA INDSTRIA: ALTADO DLAR AUMENTANACIONALIZAO DEPRODUTOS

    A valorizao de quase 40% do

    dlar em relao ao real, s em

    2015, encareceu as importaese tem feito com que muitas

    empresas acelerem planos de

    nacionalizao de matrias-primas

    e componentes usados em seus

    processos de fabricao. Segundo a

    Confederao Nacional da Indstria

    (CNI), no segundo trimestre deste

    ano, a participao dos insumos

    importados utilizados pela indstria

    de transformao caiu quase 1%

    na comparao com o primeiro

    trimestre. O percentual pequeno

    ainda, mas os especialistas afirmamque a substituio de produtos

    importados uma tendncia que

    vai prevalecer, pois o cmbio deve

    permanecer nesse patamar por

    pelo menos mais alguns anos.

    Alm dos preos mais atrativos

    dentro do Brasil, o movimento de

    nacionalizao de matrias-primas

    resulta tambm em economia

    com logstica, transporte e

    armazenagem.

    GRANDE CAMPE

    46%

    PARTICIPAO DOAGRONEGCIO NAS

    EXPORTAES BRASILEIRAS

    Acesse https://goo.gl/wtAcuF e assista ao vdeoproduzido para expressar o nosso orgulho em ser agrande campe entre as Melhores & Maiores do Brasil.

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 5

    DESTAQUES

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    6/24

    os benefcios de

    SER UM PAS

    T

    ermoeltricas ligadas a todo vapor hpelo menos dois anos, em razo da fal-ta de chuva em vrias regies do Brasil,

    resultado: nos ltimos 12 meses, o custoda energia eltrica aumentou mais de 50%, per-centual muito acima da inflao. Diante dessecenrio adverso, a gerao distribuda de ener-gia solar se mostra extremamente interessante,principalmente para consumidores residenciais,comerciais e indstrias conectados em baixa ten-so, pois possuem tarifa de energia maior e estobuscando alternativas para gerar a prpria ener-gia e ficarem auto suficientes.

    Na opinio de Mauro Passos, diretor-presidente

    do Instituto Ideal, entidade de Florianpolis/SCque atua no desenvolvimento de energias alter-nativas na Amrica Latina, a gerao distribuda um caminho sem volta, pois vai permitir um usomais eficiente da energia, novos negcios e, porconsequncia, novos empregos. O Brasil devesempre que possvel acolher iniciativas que apro-ximem a gerao do consumo, pontua Mauro.Esse um mercado que cresce velozmente, algo

    em torno de 300% ao ano. No incio de 2015,eram 350 sistemas de gerao solar instaladose o ano fechar com mil sistemas, aproximada-

    mente. E a expectativa de crescimento para osprximos anos a melhor possvel, pois se todosos telhados residenciais brasileiros fossem co-bertos por painis fotovoltaicos, poderiam geraro equivalente a 2,3 vezes de toda a demanda re-sidencial.

    Outro ponto que Rodrigo Lopes Sauaia, diretorexecutivo da Associao Brasileira de Energia So-lar Fotovoltaica (ABSOLAR) ressalta, o aumen-to da competitividade desse setor. Segundo ele,em 10 anos, o custo de gerao de energia solar

    caiu 70%. Alm da queda no preo, o retorno deinvestimento atrativo: em mdia quatro a cincoanos, contra uma durabilidade do sistema de 25anos. Faz mais sentido gerar energia em casa,por conta prpria: mais barato, fcil de instalar,se adapta a qualquer superfcie, oferece mais in-dependncia para o consumidor, j que no de-pende de uma empresa para gerar sua energia, eproduz menos impacto ao meio ambiente.

    Desde 2012, quando entrou em vigora resoluo 482, da Agncia Nacionalde Energia Eltrica (Aneel), o consu-midor brasileiro pode gerar sua pr-pria energia eltrica a partir de fontesrenovveis em suas edificaes, einjetar o excedente na rede de distri-buio, resultando crditos de eletri-cidade que sero deduzidos das suasfaturas, com prazo de validade de 36

    meses. No h dvidas que o mer-cado de gerao distribuda est seconsolidando rapidamente e o pas jcontabiliza avanos importantes emtermos regulatrios, incentivos fiscaise oportunidades para novos inves-timentos. Um exemplo a reduodo tempo mdio de aprovao, pelaconcessionria, de um projeto paragerao de energia solar, de 82 para

    23 dias. Por outro lado, h ainda de-safios a serem enfrentados para queum ambiente com menos riscos sejaatrativo para investidores nacionais einternacionais, como a questo rela-cionada ao ICMS. Alguns Estados jaderiram portaria, que isenta desseimposto o consumidor de energia so-lar, mas ainda no padro para todoo Pas.

    FORTE ALIADO DA GERAO DISTRIBuDA

    6 | WEG em Revista

    TENDNCIAS & TECNOLOGIAS

    ensolarado

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    7/24

    O PODER DO NOSSO SOLTemos um potencial incrvel

    e um dos melhores nveisde irradiao do mundo

    Rodrigo Lopes Sauaia,diretor executivoda Associao Brasileira de Energia Solar

    Fotovoltaica (ABSOLAR).

    O BRASIL

    GERA O DOBROde energia solar do que a

    Alemanha, comparando

    uma mesma capacidade

    instalada.

    Em 10 anos, o custo de

    gerao de energia solar

    caiu 70%.

    Do lado governamental, as potncias mundiais, como Alemanha,Frana, Reino Unido, Japo e Estados Unidos, se comprometeram aafastar suas economias dos combustveis de carbono, apoiando umameta global para limitar o aumento das temperaturas mdias globaisem 2 graus em comparao com os nveis pr-industriais. A criaode novas legislaes, envolvendo o uso de fontes alternativas para agerao de energia, far com que governos e indstrias adaptem seusprocessos e impulsione a criao de novas solues, com uso detecnologias inovadoras para enfrentar o aquecimento global, j muitopresente no dia a dia de milhes de pessoas ao redor do mundo.

    COMPROMISSO DAS POTnCIAS GLOBAIS

    Clique aqui e veja a entrevista completa que

    Mauro Passos, diretor-presidente do Instituto

    Ideal, concedeu WEG em Revista.

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 7

    http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Um-caminho-sem-volta%20http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Um-caminho-sem-volta%20http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Um-caminho-sem-volta%20http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Um-caminho-sem-volta%20http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Um-caminho-sem-volta%20
  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    8/24

    Em momentos de incertezas

    econmicas, como a que vi-vemos atualmente, a maio-ria das pessoas com poder

    de deciso prefere adotar umaatitude mais cautelosa, buscandocontrolar custos, evitando apostarem algo incerto e reduzindo seusinvestimentos em inovao. Noentanto, o economista austracoJoseph Schumpeter, j no incio dosculo XX, afirmava que so nestesmomentos que os empreendedores

    fazem a diferena, aproveitando os

    avanos tecnolgicos para inovar.

    Naquela poca, Schumpeter definiuo termo destruio criativa, peloqual entendia inovao como intro-duo de novos produtos, novosprocessos, novos modelos organi-zacionais, novos mercados e novosnegcios. Para ele, era fundamentalque empreendedores inovadoresse aproveitassem de novas tecno-logias para destruir o status quodo ambiente empresarial existente,criando uma nova realidade com

    novos atores e novas lideranas.

    AS NOVASTECNOLOGIASE PROCESSOS

    Huma novarevoluo

    industrialno horizonte

    se apresentaram como

    impulsionadores para um

    grande fluxo de inovaes

    e de transformaes na

    sociedade.

    1 REVOLUO INDUSTRIAL

    Professor Carlos Arruda. Diretor executivoadjunto de parcerias empresariais e coordenador

    do ncleo de Inovao e Empreendedorismo daFundao Dom Cabral (FDC)

    8 | WEG em Revista

    CAPA

    O aumento exponencial da capacidade de processamentode dados, a possibilidade de conexo das coisas e ouso de novos materiais so as bases da chamada IndstriaInteligente ou Indstria 4.0. De fato, h um novo horizonte deoportunidades para empresas inovadoras, sejam elas maduras

    ou nascentes.

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    9/24

    No final do sculo XVIII, o uso da

    gua e do vapor, por exemplo, foramas bases para a primeira revoluoindustrial, o que fez com que a pro-duo deixasse de ser artesanal e seagrupasse em fbricas, localizadasprincipalmente na Alemanha e na In-glaterra.

    J no fim do sculo XIX, uma segun-da revoluo industrial se deu impul-sionada pela energia eltrica, peladiviso do trabalho e pela produo

    em massa. Estes tempos modernos

    facilitaram o crescimento de uma

    nova potncia industrial na Amricado Norte, disponibilizando produtospadronizados e a baixo custo para to-dos que quisessem e pudessem ad-quiri-los. O carro foi o grande smbolodesta era e Henry Ford, seu dolo. dele a famosa frase: O cliente podeter carro de qualquer cor, desde queseja preta.

    A 3 revoluo industrial chegou semfazer muito alarde, com a criao

    dos primeiros Controladores Lgi-

    cos Programveis (CLPs), em 1968,

    utilizados inicialmente pela indstriaautomobilstica. Com os CLPs, a in-dstria passa a ser automatizada econtrolada por sistemas centrais deinformao com ganhos significativosde produtividade. Quem assistiu aofilme 2001 - uma odisseia no espa-o, do diretor Stanley Kubrick, devese lembrar de Hall 2000, um CLP queganhou mais inteligncia e autono-mia. Seja na fico ou nas fbricas,os CLPs se tornaram essenciais para

    o controle e gesto das operaes.

    2 REVOLUO INDUSTRIAL 3 REVOLUO INDUSTRIAL

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 9

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    10/24

    CAPA

    Para Carlos Arruda, professor de Inovaoe Competitividade, diretor executivo adjun-to de parcerias empresariais e coordenadordo ncleo de Inovao e Empreendedoris-mo da Fundao Dom Cabral (FDC), agora,na segunda dcada do sculo XXI, h umanova revoluo despontando no horizonte.O aumento exponencial da capacidade de

    processamento de dados, a possibilidade

    de conexo das coisas e o uso de novosmateriais so as bases da chamada IndstriaInteligente ou Indstria 4.0. De fato, h umnovo horizonte de oportunidades para em-presas inovadoras, sejam elas maduras ounascentes, afirma Arruda, pesquisador nasreas de Gesto de Inovao, Competitivida-de Internacional, Longevidade Empresarial e

    Empreendedorismo.

    Sistema Ciber-Fsico (CPS) refere-sea uma nova gerao de sistemas comintegrao de realidades virtuais e re-ais. A capacidade de integrao e in-tercmbio de dados entre estes doismundos um elemento essencialpara desenvolvimentos tecnolgicosfuturos. Oportunidades e desafios deinvestigao incluem a concepo edesenvolvimento de equipamentos,como avies de ltima gerao, es-paonaves, equipamentos de carga e

    de transporte totalmente autnomos,assim como o desenvolvimento deprteses que permitem ao crebroenviar sinais e controlar objetos fsi-cos. Na Feira de Hannover, de 2015,foram exibidas mquinas capazes deexecutar diversos processos de tra-balho por meio da comunicao comos componentes. Usando sensoresou sistemas embarcados, possvelmonitorar e coletar dados de proces-sos fsicos, como direo, consumo

    de energia, peso e vibrao em umeixo, permitindo ao equipamentodecidir de forma autnoma a prxi-ma etapa do processo produtivo,exemplifica Arruda, complementandoque j h sistemas que permitem queuma fbrica seja construda, testada eoperada virtualmente antes que qual-quer investimento seja feito no mundoreal.

    A base da comunicao entre o mun-

    INTEGRAO ENTRE O MUNDO REAL E VIRTUAL

    Segundo o Ministrio da Educao e Tecnolo-gia da Alemanha, essa nova indstria refere-se evoluo tecnolgica de sistemas computa-cionais dedicados a sistemas ciber-fsicos, ba-seado na representao virtual de um proces-so de manufatura emsoftware. O conceito foidefinido pela primeira vez em 2006, por JamesTruchard, CEO da National Instruments, com-panhia norte-americana com operaes em41 pases. A Indstria 4.0 representa a quartarevoluo industrial, pela qual os processos in-dustriais integram o mundo virtual e o mundo

    real, em que mquinas, produtos e componen-tes compartilham e processam informaes deforma inteligente via internet, big datae com-putao cognitiva, explica Arruda. Segundoele, a inteligncia descentralizada permite criar

    umnetworkingde coisas e mquinas inteligen-tes, fazendo o gerenciamento de processosde forma independente. E justamente essaintegrao ciber-fsico que representa um as-pecto crucial do processo de fabricao e pro-duo e uma mudana de paradigma de ummodelo controlado de forma centralizada paraa produo descentralizada e autnoma. Essarevoluo se d graas ao avano recente detecnologias de informao e de produo quepermitem a integrao fsico-virtual em patama-res at ento inimaginveis. Robs autnomos,

    realidade virtual, impresso 3D, computaonas nuvens, associada big datae compu-tao cognitiva, sistemas ciber-fsico e internetdas coisas so algumas das plataformas tec-nolgicas fundamentais para esse movimento.

    MAS O QUE INDSTRIA 4.0?

    O PROFESSOR ARRUDA CONCEITUA ALGUMAS DESSAS PLATAFORMAS. CONFIRA:

    10 | WEG em Revista

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    11/24

    do real e o virtual a chamada inter-net das coisas (IoT). A partir destatecnologia, o mundo fsico est setornando um sistema de informaescom sensores conectados em obje-tos de qualquer natureza, se comu-nicando via protocolos de internetprprios. Na indstria, a comunica-o entre componentes, mquinase produtos acabados resulta em ga-nhos significativos de produtividade.Interessante saber que produtos tm

    a possibilidade de ter memria de seuprprio processo produtivo, podendoidentificar em que etapa ocorreramfalhas ou como maximizar a eficin-cia no uso de energia ou materiais.Estudos conduzidos pelo McKinseyGlobal Institute apontam que a utili-zao da tecnologia de internet dascoisas no processo produtivo tem opotencial de gerar valor na ordem de1,2 a 3,7 trilhes de dlares at o ano2025. Uma boa parte deste valor ser

    gerado pela otimizao do processode produo. Os pesquisadores des-tacam o uso de IoT na reduo doscustos de manuteno, na gestodos estoques e nos ajustes autom-ticos no fluxo de produo, tornandoestes processos mais eficientes noapenas na linha de produo, mastambm nas cadeias de suprimen-tos, quando diversas fbricas estarotambm se comunicando entre si in-dependentemente de sua localizao.

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 11

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    12/24

    Estudo comandado pelo pro-fessor Arruda, da FundaoDom Cabral (FDC), em parce-ria com uma empresa alem

    que opera no Brasil, com 250 exe-cutivos de empresas industriais e deinfraestrutura, perguntou a eles comoesto se preparando para aproveitaressa nova onda tecnolgica, que irmudar o patamar de competitividade

    de suas companhias. O resultado da

    pesquisa sugere que, apesar de ha-ver um reconhecimento crescente daimportncia da Indstria Inteligentepara o desenvolvimento da competi-tividade do pas, h uma reduo nosinvestimentos em tecnologia e ino-vao. Quando perguntados quaisseriam as principais barreiras ado-o destas tecnologias, os executi-vos apontam a cultura para o curto

    prazo e para a melhoria contnua e a

    O crescimento fenomenal da computao emnuvem, computao mvel e mdias sociais re-sultam na exploso do volume de dados cor-porativos. Facebook, Twitter, LinkedIn e muitas

    outras aplicaes baseadas na nuvem no sesto aumentando a quantidade de dados,mas tambm os tipos e fontes de informao,dentro e fora da empresa. Vale lembrar que aexpresso big data surgiu no incio do scu-lo XXI, atribuda ao analista da Gartner, DougLaney, que a definiu como alto volume, veloci-dade e variedade de ativos de informao querequerem formas inovadoras e econmicas deprocessamento para uma melhor percepo etomada de deciso. O professor Arruda afirmaque, no passado, guardar volumes excessivosde dados era um problema, mas com a dimi-nuio dos custos de armazenagem e o usoda nuvem, outras questes emergem, incluin-do a forma de determinar a relevncia dentrode grandes volumes de dados. Hoje, os da-

    dos so transmitidos em uma velocidade semprecedentes. As etiquetas RFID (radiofrequn-cia) e sensores de medio inteligente impul-sionam a necessidade de lidar com grandes

    volumes de dados em tempo quase real. Se-gundo analistas da Forbes, a variedade tal-vez o elemento mais interessante da definiode Laney. Os dados so originados em todosos tipos de formatos: dados estruturados, nu-mricos em bancos de dados tradicionais ouinformaes criadas a partir de aplicativos delinha de negcios. Documentos no estrutura-dos de texto, e-mail, vdeo, udio, dados decotaes da bolsa e transaes financeiras. Amaior parte desses dados j pertence s or-ganizaes que os geraram, mas no so uti-lizados. So os chamados dados escuros emanalogia s matrias escuras e no vistas nouniverso, mas que influenciam o conjunto e ovolume total de dados. Esses analistas dizemque o crescimento do big data exponencial.

    GUARDADO NAS NUVENS

    CAPA

    COMO NAVEGANESSE MUNDO

    E O BRASIL,

    4 0?

    2015 2020

    O volume de dados gigantesco,

    com crescimento de 40% por ano,

    devendo chegar a 50% a partir de

    2020. A estimativa de que em 2020

    esse volume acumulado chegue a 40zettabytes ou 8070 bytes

    12 | WEG em Revista

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    13/24

    A maioria dos executivos concor-da que o uso de ferramentas digitais

    pode aumentar a produtividade e acompetitividade, e impulsionar o de-senvolvimento econmico do pas.

    As estratgias digitais j esto im-pactando alguns segmentos brasi-leiros, como automotivo, gerao etransmisso de energia e qumica.

    A digitalizao pode se apresentar

    com diferentes abordagens, depen-dendo do foco da organizao: sejaem controle, otimizao de proces-

    sos, aumento de produtividade, de-senvolvimento de novos produtos,processos ou modelos de negcios.

    Os prossionais de TI tm oportuni-dade de assumir um papel mais pro-ativo no desenvolvimento de projetosinovadores, alinhados com a estrat-gia da empresa como um todo.

    H a percepo de que o Brasil

    est em um perodo de transio eisso pode ser uma grande oportuni-dade para um novo ciclo de desen-volvimento com base na tecnologia.

    Faltam condies diferenciadas

    para investimentos tecnolgicos,como incentivos fiscais e marco re-gulatrio.

    O maior desao para a implemen-tao de uma estratgia digital acultura da empresa orientada para ocurto prazo e para o controle.

    A OPINIO DE 250EXECUTIVOS BRASILEIROS

    Nosso estudo aponta que oaproveitamento de tecnologiascomo sistemas ciber-fsicos, in-ternet das coisas e big data exi-gir das empresas no apenas acapacidade de adotar estas tec-nologias em seus processos pro-dutivos, mas a atitude e a capaci-dade de us-las para desenvolver

    novas aplicaes, gerar valor di-ferenciado para o mercado, res-salta o professor Arruda. Segun-do ele, a necessidade de inovar urgente no apenas para mantera capacidade de competir, masinovar para criar novos produtos,processos e novos negcios. Tra-ta-se de uma atitude e uma capa-cidade de destruio criativa quevem se perdendo no meio empre-sarial brasileiro. Mas, claro, que sessa atitude dos empreendedoresno suficiente. Essa nova revo-luo exigir transformaes nocontexto empresarial do Brasil: preciso acesso amplo internetrpida, capacidade de acessar eoperar grandes volumes de da-dos na nuvem de maneira segurae eficiente, empresas de servioem engenharia e tecnologia deinformao capazes de apoiar eorientar as indstrias, pessoal trei-nado e qualificado para usar e ino-

    var com estas novas tecnologias,um ambiente regulatrio adequa-do e disponibilidade de crditopara financiar de forma adequadao desenvolvimento e inovaes. fundamental construirmos umambiente em que os setores p-blico e privado se apoiem, criandoum ecossistema capaz de susten-tar a transformao das empresasexistentes e o nascimento e cres-cimento de novas, finaliza o pro-

    fessor Arruda.

    CAPACIDADEDE DESTRUIOCRIATIVA

    preocupao com a segurana dasinformaes como os fatores maiscrticos. Ento, o mesmo estudo fezuma anlise da cultura organizacio-nal das empresas e observou queas caractersticas dominantes sofoco no curto prazo, no controle ena eficincia. Poucas companhias sedestacaram pela cultura inovadora,voltada para o desenvolvimento de

    novos produtos e processos, e com

    potencial para gerar valor aos mer-cados nacional e internacional. Outroponto examinado nessa pesquisa foia performance do Brasil nos relat-rios internacionais de competitivida-de, conduzidos pela FDC junto aoFrum Econmico Mundial, princi-palmente nos indicadores relativos infraestrutura, eficincia empresariale inovao.

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 13

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    14/24

    9,3%

    5,0%

    61,7%HIDRELTRICA - 85,5

    GS NATURAL - 12,9

    ELICA - 6,9

    3,5% PHC - 4,82,6% CARVO - 3,6

    1,4% NUCLEAR - 2,0

    9,3%BIOMASSA - 12,9

    7,1%LEO - 9,9Matriz

    EltricaBrasil(GW)

    F

    onte:ABEElica

    RENOVVELe competitiva

    segura,

    Aindstria elica , ao lado do agroneg-cio, o segmento que mais tem crescidono Brasil, mesmo diante do atual mo-mento de retrao da economia brasi-

    leira. E a perspectiva positiva se mantm para osprximos anos, considerandoa previso do Governo Fede-

    ral e os resultados dos leilescompetitivos realizados, dosquais a fonte elica participou.Para Elbia Gannoum, presi-dente da Associao Brasileirade Energia Elica (ABEElica),o potencial de crescimentodessa indstria to promis-sor quanto o potencial eli-co nacional, que superiora 500GW, contra uma capacidade elica atualinstalada de quase 7 GW. Outro ingrediente que

    torna esse negcio ainda mais atrativo diz res-peito cadeia produtiva. A presidente da ABEE-lica considera que a indstria de energia elicaest vivendo e viver um futuro virtuoso de cres-

    cimento nos prximos 10 a 15 anos. Alm dogrande potencial, trata-se de fonte renovvel ecompetitiva, garantindo um lugar de destaque namatriz eltrica nacional no longo prazo. Em 2020,a fonte elica ser a segunda fonte de energia

    da matriz eltrica nacional, comcerca de 10% de participao.

    Somos um dos poucos pasesno mundo que produz energiasrenovveis complementares deforma abundante, podendo ga-rantir uma matriz futura segura,renovvel e competitiva, afirmaElbia. Ela ainda complementaque: a indstria elica alta-mente tecnolgica e inovadora,e inclui desde fabricantes dos

    materiais usados na usina (como resinas para asps, ao, concreto, fibras), at fbricas de com-

    ponentes eltricos e eletrnicos como cubose naceles, passando por empresas que atuamtransversalmente nesta cadeia como consulto-rias, transportadoras e construtoras.

    Os ventos brasileiros so

    fortes, com velocidades emtorno de 10 a 12 metros por

    segundo, constantes e sem

    turbulncias, o que permite

    uma grande estabilidade

    das mquinas e a contnua

    gerao de energia.

    14 | WEG em Revista

    ENERGIAS RENOVVEIS

    http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolica
  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    15/24

    DESAFIOS PELA FRENTE

    Por ser um negcio novo, que cresceem velocidade muito rpida, a indstriaelica se depara com gargalos naturais,como nossa infraestrutura e logstica detransportes. Alm disso, em funo daatual conjuntura de aperto fiscal, as con-dies de financiamento tm sido umaincerteza tambm, uma vez que noesto claros os sinais da participaodo governo nos financiamentos dessesprojetos, o que tem trazido certa ansie-dade e preocupao aos investidoresdeste setor. E neste aspecto, o Brasilpode perder uma grande oportunidadede entrar na fase de sustentabilidadede uma indstria que vem em curtssi-mo prazo desenvolvendo uma sofistica-da cadeia produtiva, trazendo consigograndes benefcios para o Pas, como

    grandes investimentos em tecnologiae gerao de emprego, ressalta Elbia,lembrando que a fonte elica atual-mente a segunda fonte mais competiti-va do Brasil, ficando atrs apenas dasgrandes hidreltricas.

    A principal instituio de financiamentodo setor elico o Banco Nacional deDesenvolvimento Econmico e Social(BNDES), que financia aproximadamen-te 70% do valor dos projetos. Em con-

    trapartida, as empresas precisam seguirmetodologia especfica e metas, dividi-das em etapas, que devem ser cumpri-das at 2016. O objetivo do BNDES aumentar gradativamente o contedolocal, com a fabricao no Brasil decomponentes com alto contedo tecno-lgico e uso intensivo de mo de obra.A tima notcia que o Brasil j possuifabricante local de aerogeradores quecumpriu todas as regras para financia-mento do BNDES.

    O histrico de desenvolvimento virtuosoda fonte elica no Brasil e os resulta-dos alcanados desde o ano de 2009,quando participou pela primeira vez deum leilo competitivo realizado pelo Go-verno Federal, aliado ao estado de con-solidao de toda a indstria que atendea este segmento so algumas das justi-ficativas para se investir na fonte elica.A indstria nacional est no caminhocerto, buscando novas tecnologias etendo um desempenho de destaque no

    cenrio mundial.

    Os benefcios socioambientais em investir em usinas elicas sosignificativos. Alm de ser uma fonte que no emite gases comefeito estufa na fase de operao dos parques elicos, tem umaforte contribuio social j que aumenta a gerao de empregoe renda para a populao, contribui com a fixao do homem nocampo por meio dos arrendamentos e contribui para o aumen-to de diversas atividades econmicas nas reas de instalaodos parques. Tambm necessrio mencionar os programas eaes sociais obrigatrias e no obrigatrias, realizadas pelosinvestidores, que atendem milhares de pessoas que possuem

    baixa renda e esto instaladas no semirido.

    FAZ BEM PARA O MEIO AMBIENTE

    ONDE ESTO OSMELHORES VENTOS

    As regies Nordeste e Sul do

    Brasil so as reas onde estoos maiores potenciais do Paspara a gerao de energia eli-ca e onde so encontrados osmelhores ventos do mundo. Deacordo com a ABEElica, osventos brasileiros so fortes,com velocidades em torno de10 a 12 metros por segundo,constantes e sem turbulncias,o que permite uma grande es-

    tabilidade das mquinas e a

    contnua gerao de energia.Atualmente, a gerao elicaverificada no Nordeste abas-tece cerca de 20% de todo oconsumo desta regio, o que de extrema importncia,principalmente no segundo se-mestre do ano, quando a ocor-rncia de chuvas menor e osreservatrios das hidreltricasficam com nveis mais baixos.

    Confira a entrevista

    completa com a

    presidente da Associao

    Brasileira de Energia

    Elica (ABEElica), Elbia

    Gannoum.

    Clique aqui

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 15

    http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolicahttp://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolicahttp://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolicahttp://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolicahttp://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolicahttp://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolicahttp://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolicahttp://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Bons-ventos-para-energia-eolica
  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    16/24

    Alm dos usuais entraves e dificuldades na ges-to de um negcio, o ano de 2015 apresentadesafios adicionais. Com perspectiva de bai-xo crescimento econmico, taxas de juros emalta e crises de gua e energia, entre outros fa-

    tores, o setor coloca ainda mais ateno na sua eficinciaoperacional, de modo a garantir a sobrevivncia no mdioe longo prazos. Fazer melhor, mais rpido, de forma maiseficiente e segura pode ser a chave para o sucesso nes-

    se momento adverso da economia que estamos vivendoagora.

    De fato, investir em tecnologias inteligentes para a cons-truo civil, o que chamamos de Building Technology, emempreendimentos residenciais, comerciais e industriaistem sido a sada para as empresas que atuam nesse se-tor. Assim, elas conseguem criar diferenciais interessan-tes, usando equipamentos mais eficientes, preferindo acaptao de energia de fontes renovveis, como a solar,e instalando processos para reaproveitamento da gua dachuva, sem contar a busca por certificaes que avaliam

    seu desempenho.

    16 | WEG em Revista

    Por maiseficincia naconstruo

    civil

    EFICINCIA

    Como garantir que os negciosda construo civil tenham

    competitividade diante do atual

    cenrio econmico?

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    17/24

    Para o engenheiro eletricista Wladimir Mi-lanez, da W8 Plan, de Florianpolis/SC, acompetitividade da construo civil passanecessariamente pela sua industrializa-o, que nesse caso significa padronizar

    processos, produzir em larga escala e re-duzir ao mnimo possvel a fabricao doscomponentes na obra, como o sistemaeltrico, que pode ser produzido longe daconstruo e apenas ser montado no lo-cal, no momento planejado.

    De fato, o uso do barramento blindado,por exemplo, em substituio distribui-o de energia por cabos, contribui paraotimizar os custos e dar mais velocidade obra por pelo menos quatro motivos: otempo de instalao menor, trs dias,em mdia, contra 30 dias do sistemaconvencional, ocupa menos espao den-tro da obra (j so fornecidos nas medi-das exatas e basta apenas acoplar as di-

    versas peas como um grande lego),maior vida til da instalao e pos-

    sui sistema de proteo con-tra incndio mais eficiente,pois o fogo no se alastrade um andar para o outro.

    Na avaliao de Wladimir,

    tudo o que puder ser pro-duzido fora da obra otimiza

    custos, reduz retrabalho egerao de resduos. No h esto-

    que no local nem risco de furto, alm demanter a equipe focada apenas na mon-tagem desse componente e no na suafabricao. Outro exemplo prtico so osquadros de distribuio dos apartamen-tos, recebidos diretamente do fabricante,j com seus componentes internos (mini-disjuntores, DRs e protetor de surto) ins-

    talados.

    SOLUO INTELIGENTECom a mesma linha de raciocnio, o en-genheiro Brazil Alvim Versoza, da Enge-brazil Engenharia Eltrica, de Londrina/PR, afirma que muitas construtoras j

    investem no Lean Construction - meto-dologia que persegue com rigor a elimi-nao de todo e qualquer desperdcio,desde a concepo do projeto at ops-venda. Trata-se de algo extrema-mente benfico, pois desafia as empre-sas a identificar, a cada dia, novas solu-es para se tornarem mais eficientes,complementa Brazil.

    COMPROMISSO COM O HOJEE O AMANH

    Um movimento que est crescendo den-tro do setor a conexo cada vez maiorcom a responsabilidade ambiental. isso mesmo. Optar por materiais menospoluentes e que causam menos impactodurante sua produo, gerar menos res-duos e desperdcios em todas as etapasda obra (menos retrabalho com quebrade paredes, por exemplo) e investir emtecnologias inteligentes que reduzam oconsumo de gua e que gerem energiavinda de fontes renovveis, como solar,tm sido uma tendncia nas obras. Orespeito ao meio ambiente faz bem paratodos, hoje e para as futuras geraes,e sem dvida, so solues inteligen-tes, que reduzem custos e atraem mui-tos consumidores, afirma Brazil. E essemovimento vale para as construes re-sidenciais, industriais e prediais. Seja in-vestindo em mais tecnologia e soluesinteligentes, seja trabalhando com maisplanejamento, o setor da construo civiltem utilizado todos os mecanismos parase manter competitivo e eficaz.

    Estamos todos antenados e em busca de novas

    tecnologias para melhorar o desempenho

    do setor e que tragam benefcios tanto para

    empresas como para os consumidores.

    Wladimir Milanez, engenheiro eletricista da W8 Plan

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 17

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    18/24

    como limite

    O mundoOlhar para alm de suas fronteiras no algo simples, masfundamental para empresas que desejam ampliar seu mer-cado de atuao, aumentar sua produtividade, estar maisprxima de clientes globais e, por que no dizer, inovar.Sim, a internacionalizao pode ser uma alavanca impor-tante para a inovao, pois expe as empresas a merca-dos mais e, s vezes, menos maduros ecom cultura organizacional e de negciosdiferenciada. preciso buscar soluesinovadoras para alcanar novos patama-res de competitividade em processos eprodutos para vencer l fora tambm.

    Mas o que faz com que uma empresa, defato, enfrente o desafio de fazer negciosno mercado externo? Para os autores dolivro Multinacionais brasileiras - compe-tncias para a internacionalizao, MariaTereza Leme Fleury e Afonso Fleury, o cliente est no cen-tro dessa deciso. De acordo com os estudiosos da Fun-dao Getlio Vargas e Universidade de So Paulo (USP),

    respectivamente, as empresas que adotam a estratgiaorientada para clientes so voltadas para as necessidadesde consumidores e clientes diferenciados e procuram seespecializar no desenvolvimento de produtos, sistemas esolues que atendam s suas demandas especficas.

    Para eles, os modos de entrada de multinacionais bra-sileiras so mltiplos, combinando um mix de atividadesque envolvem estratgias de busca de recursos, buscade mercados e busca de eficincia. Por meio das sub-sidirias, as multinacionais brasileiras estabelecem novosposicionamentos nas cadeias globais de valor e, aprender

    com essa experincia parece ser o pon-to mais valorizado pelas matrizes. Noestudo feito pelos pesquisadores, 42%das multinacionais brasileiras afirmamque barreiras comerciais ou a ausnciade acordos comerciais no mercado bra-sileiro influenciaram na deciso de instalaroperaes no exterior. Segundo levanta-mento elaborado pela Fundao DomCabral (FDC), a internacionalizao dasempresas brasileiras cresceu 1,6% em2013 na comparao com o ano anterior

    (de 21,3% para 22,9%). O percentual de crescimento pe-queno, mas para Sherban Cretoiu, coordenador do Ncleode Negcios Internacionais da FDC, a internacionalizao

    no algo passageiro, pois trata-se de movimento comdinmica prpria que est enraizado em um processo delivre transformao econmica. O estudo levou em conta66 empresas com operaes internacionais, seja atravsde subsidirias ou franquias.

    Qado ma empresa seiteracioaliza, sigica qeest apta a fazer egcios em

    vel global, tedo cohecimetosciete das ecessidades dos

    clietes, da atao da cocorrcia,das tedcias de mercado, dos

    avaos tecolgicos, da cltra eparticlaridades de cada pas.

    INTERNACIONALIZAO

    AS FASES DA

    18 | WEG em Revista

    LOCAL & GLOBALIteracioalizao

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    19/24

    ESTRUTURACOMERCIALLOCAL

    com liais comerciaisprprias e distribidores

    EXPORTAES

    criao derelacioametos comparceiros iteracioais

    PRODUOLOCAL

    fbricas o exterior,expadido a presea e aproximidade com clieteslocais e iteracioais

    GLOBALIZAO4321

    fortalecimeto da presea localcomjoint venturee/o aqisiode empresas com prodtoscorrelatos

    Normalmente, as empresas trilham esse caminho rumo globalizao de seus negcios:

    PASSAPORTE PARA EXPORTAR E OPERARConsiderando que cada pas ou mercado tm suasprprias normas de fabricao de produto e exignciasespecficas de certificaes, as empresas que preten-dem se tornar globais so obrigadas a atender a essesrequisitos, que so basicamente um passaporte paraque os produtos possam entrar em outros mercados.O processo complexo e exige muita disciplina. Umexemplo so os motores eltricos, fabricados de acor-do com duas normas internacionais: a NEMA, principal-mente para o mercado norte-americano, e a IEC, basi-camente para o restante do mundo. Alm disso, cadapas tem protees e exigncias para que os motoresatendam a certos nveis de rendimento ou que possamser aplicados em ambientes especficos e, para cadauma dessas normas, h a necessidade de uma certi-ficao exclusiva, que feita por rgos internacionaiscompetentes. Alm do requisito fundamental de apre-sentar um produto de qualidade, o desconhecimentoda empresa pelo mercado poder ser um grande entra-ve para lanar-se internacionalmente. O que acontece

    quando ningum nos conhece l fora? Associar-se aum parceiro forte local tem sido um excelente ponto departida, especialmente no que tange o conhecimentodo mercado e a forma de fazer negcios naquele lugar. primordial mencionar que a associao com um par-

    ceiro local tanto pode acelerar o processo de interna-cionalizao de uma empresa brasileira, quanto podelevar a empresa a uma estagnao desses negcios, oque, portanto, requer constante acompanhamento dasatividades comerciais.

    RESPEITO CULTURA LOCALAlm de seguir normas e certificaes, fazer negciosno exterior envolve conhecimento das polticas comer-ciais, concorrncia local, riscos e custos associados aquisio de informaes, comunicao, condiesmenos favorveis junto aos governos locais e flutua-es nas taxas de cmbio. Esses e outros desafios jso velhos conhecidos e no existe uma receita nicapara venc-los. No entanto, h pelo menos uma medi-da que no deve ser negligenciada pelas empresas, se-gundo Fleury: as companhias devem adotar compor-tamentos gerenciais diferentes daqueles adotados emseu pas de origem, uma vez que polticas gerenciaisdevem ser conformadas de acordo com outras esferasda vida das pessoas numa sociedade, esferas que vo

    alm do ambiente organizacional, como as polticas degesto de recursos humanos. O respeito cultura lo-cal, nesse caso, um dos primeiros passos para serbem-sucedido l fora tambm.

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 19

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    20/24

    descobertas de

    ao mundoUMA VOLTA

    F

    ascinada pela teoria do ingls Gavin Men-zies, de que foi a China que descobriu omundo, a Famlia Schurmann foi em buscade respostas para desvendar os segredos

    e mistrios dos mares a partir da perspec-tiva oriental. Depois de cinco anos de pesquisas epreparao, a Expedio Oriente partiu de Itaja/SC em 21 de setembro de 2014. A aventura inditade volta ao mundo a bordo do veleiro Kat combinatecnologia de ponta e solues de sustentabilidade.At o final da expedio, prevista para terminar emdezembro do ano que vem, eles vo percorrer maisde 30 mil milhas nuticas, divididas entre mais de 40trechos martimos, e passar por cinco continentes.

    E foi sobre ondas de quatro a cinco metros de altu-ra, entre a Ilha de Pscoa e a Mangareva, na Polin-

    sia Francesa, que o capito Vilfredo Schurmann nosconcedeu essa entrevista exclusiva. Afinal, a vida abordo inclui compartilhar as aventuras da expediocom milhares de pessoas ao redor do mundo.

    WEG EM REVISTA: Planejamento algo indispensvel em quase tudoque fazemos. Como vocs planejaramessa viagem? Quanto tempo entre a

    deciso de vou fazer a expedio ato veleiro entrar na gua e comear anavegar?

    VILFREDO SCHURMANN: Especifica-mente, para a Expedio Oriente, nossoplanejamento foi de cinco anos, dos quaisdois anos e trs meses na construo doveleiro e um ms de testes no mar. Nodecorrer desse tempo, foram escolhidosprofissionais que se adaptassem s con-dies do mar, convivendo com oito pes-soas em um espao de 150 m na pro-

    duo de imagens e contedos para asmdias sociais. Tambm foi formada umaequipe de terra, para nos dar o suporte ea logstica para a expedio.

    A FAMLIASCHURMANNiniciou a viagem por

    Itaja/SC e navega

    por vrios pases.

    O RETORNOest programado paradezembro de 2016.

    DURANTE OS DOISANOSde viagem afamlia vai percorrer o

    equivalente a 1 volta

    e meia ao mundo.

    MAIS DE DOIS ANOS NO MAR

    20 | WEG em Revista

    ENTREVISTAVilfredo Schrma

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    21/24

    O veleiro que est permitindoaos Schurmann realizar maisum sonho em alto mar bemmaior do que o utilizado poreles na aventura anterior: tem80 ps e dois mastros de 30

    e 24 metros e pesa 85 tonela-das. Mas est no seu nome aparte mais emocionante dessahistria. Batizado de Kat, o ve-leiro homenageia a marinheira,de mesmo nome, adotada aostrs anos de idade pela FamliaSchurmann. Kat participou daMagalhes Global Adventuredos 5 aos 8 anos, navegandoao redor do mundo e conhe-cendo 19 pases. Em 2006, ela

    faleceu aos 13 anos de idade,devido a complicaes decor-rentes do vrus HIV, do qual eraportadora desde seu nasci-mento.

    HOMEnAGEMEMOCIONANTE

    WR: Uma expedio como esta impe muitos desa-fios em cada uma de suas fases alguns identifica-dos na etapa de planejamento e outros no. Quaistm sido os grandes desafios at o momento?

    Vilfredo:No incio, o grande desafio foi a logstica decompra de materiais de alta complexidade para a cons-truo do veleiro Kat e suas inovaes tecnolgicas,um projeto sem similar no mercado nacional, e do quala WEG parceira. Foram desenvolvidos projetos com-plexos de engenharia para quilha retrtil, com anlise desoldas por ultrassom e raios X, alm de um sistema detratamento de esgoto com oznio, o primeiro feito parauma embarcao de lazer. Alm disso, para um projetode volta ao mundo, encontrar patrocinadores e parceiros

    que acreditassem no nosso sonho exigiu de ns muitapersistncia. Tambm vale citar o desafio em negociarcom empresas de mdia, para convenc-las de que con-seguiramos entregar, a cada ms, um programa de qua-lidade com imagens em alta resoluo. Voltando para omar, o maior desafio que j encaramos nesta Expediofoi atravessar o estreito de Drake e o temido Cabo Horn(na Ilha de Hornos, no arquiplago da Terra do Fogo, naporo pertencente ao Chile) rumo Antrtica e, claro,o que estamos passando agora, no momento em queestou respondendo para a WEG em Revista: estamosenfrentando um tempestade com ventos de 50 ns(92Km/h), com ondas de quatro a cinco metros de al-tura, entre a Ilha de Pscoa e a Mangareva, na PolinsiaFrancesa.

    Julho/Agosto/Setembro 2015| 21

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    22/24

    Quer saber mais sobre

    a Expedio Oriente?

    Confira aqui!

    Temos gerao

    de energia limpa

    por meio de

    quatro painis

    solares, dois

    geradores

    elicos e doishidrogeradores

    usados quando

    o veleiro est

    navegando

    vela

    Tripulao da ExpedioOriente na Antrtica.

    WR: Quais os principais resultados quea equipe espera da Expedio Oriente?

    Vilfredo: Temos muitas metas e objeti-vos, entre os quais destaco: apresentarao pblico brasileiro e internacional, e aoscientistas, por meio das sries televisivas,

    as condies da qualidade das guas dosnossos oceanos e mostrar como podemos,em uma embarcao, utilizar energia limpae gerar produtos do lixo orgnico e reci-clar o inorgnico. Proporcionar s diversasescolas brasileiras, que nos acompanhampela internet, o acesso a um rico materialde pesquisa em vrias reas como histria,geografia, cincias, entre outras. E no finalda Expedio, produzir um filme longa me-tragem e livros, contando a nossa aventurapelos mares do mundo com relatos e muitafotografia.

    WR: Quais so os principais diferen-ciais do veleiro Kat, em comparao aoveleiro anterior?

    Vilfredo: O principal diferencial entre osdois veleiros o tamanho. Passamos de55 ps para 80 ps, de 25 toneladas para85 toneladas, dois mastros de 16,5 me-tros para dois mastros de 30 e 24 metros,tanque de diesel de 850 litros para 4.150litros, tanque de gua de 2 mil litros para4,1mil litros, casco em ao carbono naval edeck em ao inoxidvel 316-L, dessaliniza-dor, que transforma gua salgada em guapotvel, com capacidade de 75 litros por

    hora para 130 litros por hora, transmissopor satlite 9,60 Kbps para 492 Kbps develocidade. Outras novidades: passamos ater tratamento total de gua, compostagemeltrica e duas hortas.WR: Que benefcios esses diferenciais

    esto trazendo para a misso?Vilfredo: Um veleiro maior mais veloz e,assim, ganhamos tempo. Mas no s isso.O tamanho do Kat tambm possibilitou ins-talar equipamentos de pesquisa, em conv-nio com a Universidade de So Paulo (USP),que consiste em colher plnctons paraanalisar a qualidade das guas por onde aExpedio passar e transmitir por satlite,com monitoramento distncia. Alm disso,temos gerao de energia limpa por meiode quatro painis solares, dois geradores

    elicos e dois hidrogeradores usados quan-do o veleiro est navegando vela. Com acompostagem do lixo orgnico, cultivamosduas hortas com as quais produzimos osprprios temperos, novidade que no t-nhamos antes. Tambm podemos recebermais pessoas a bordo, com uma equipe deprofissionais maior que produzem imagenspara o programa Fantstico da TV Globo,para atender s demandas de imprensa epara compartilhar em nossas mdias sociais.

    WR: Apesar de todo o planejamentoe preparao da equipe, sabemos queno decorrer de um projeto como esse,surgem variveis que no estavam pre-vistas. Como a equipe e, principalmenteo senhor (como capito), lida com im-previstos que podem comprometer osresultados planejados?

    Vilfredo: Os imprevistos acontecem e te-mos que estar preparados para enfrent-los.Temos que ter um plano B e saber o rumoque iremos seguir. A desvalorizao do Real

    frente ao Dlar, por exemplo, foi sentida porns e tivemos que apertar os cintos semperder a qualidade do nosso maior produto,que so as imagens geradas. Na Argenti-na e no Chile, negociamos com empresasprivadas ligadas ao turismo, que nos pro-porcionaram helicpteros, aluguel de vanse equipamentos, sem custos, mas com re-torno institucional nas mdias sociais. Temostrs patrocinadores e diversos parceiros, in-cluindo a WEG, que forneceu equipamentose materiais eltricos e todas as tintas para o

    veleiro Kat.

    22 | WEG em Revista

    ENTREVISTAVilfredo Schrma

    http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Embarque-nessa-aventura-tambem%20http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Embarque-nessa-aventura-tambem%20http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Embarque-nessa-aventura-tambem%20http://www.weg.net/br/Media-Center/Noticias/Corporativo/Embarque-nessa-aventura-tambem%20
  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    23/24

    TINTAS

    A QUALQUER DESAFIO

    CAPAZES DE

    RESISTIR

    Veleiro Kat nos Canais Chilenos, na Patagnia.

    Motores | Automao | Energia | Transmisso & Distribuio | Tintas

    Transformando energia em solues. www.weg.net

    No mar os desafios so enormes e durante a volta

    ao mundo na EXPEDIO ORIENTEa FAMLIASCHURMANNencontrar desafios dos mais diversos.

    Garantir a proteo do Veleiro Kat um deles.

    Para isso, a WEG forneceu uma ampla linha de tintas que

    atendem as mais exigentes aplicaes no segmento

    martimo, so tintas de tima performance, que oferecem

    resistncia e durabilidade em qualquer condio.

    Proteo total. Isto WEG.

  • 7/23/2019 Revista Wr-79 - Industria 4.0 - Digital

    24/24

    O DESIGN

    PERFEITOPARAO SEU LAR

    Design, estilo e modularidade. Isto Compos. Uma linha diversificada

    de tomadas e interruptores criada especialmente para voc compor

    seus ambientes, deixando-os mais bonitos e funcionais, combinandocom seu estilo e sua personalidade.

    Nova linha de Tomadas & Interruptores WEG

    Motores |Automao| Energia | Transmisso & Distribuio| Tintas