revista tantas palavras 2013

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Dezembro 2013

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expedienteEsta revista é uma publicação da Consultoria

Pedagógica Tantas Palavras

ISSN1809144X

DiretorArquilau Moreira Romão

Projeto GráficoNewton Camargo Jr

Quem somosO Tantas Palavras é formado por um grupo de edu-cadores comprometidos com a Educação Cidadã e Emancipadora. Acreditamos que a educação seja um caminho capaz de manter viva a chama da es-perança e a possibilidade de realização dos nossos sonhos e utopias.

O que fazemosAtravés do Projeto Educação Permanente promove-mos cursos de capacitação de professores, ciclo de palestras, seminários, fórum de ideias, congressos, feiras de livros, semanas culturais, oficinas de arte, shows musicais e teatro.

Em que acreditamos“Os profetas não são homens ou mulheres desar-rumados, desengonçados, barbudos, cabeludos, sujos, metidos em roupas andrajosas e pegando cajados. Os profetas são aqueles ou aquelas que se molham de tal forma nas águas da sua cultura e da sua história, da cultura e da história de seu povo, dos dominados do seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã que eles mais do que adivinham, realizam. Eu diria aos educadores e educadoras, ai daqueles e daquelas que pararem com sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de deninciar e de anunciar.”Paulo Freire

Rua Floriano Peixoto, 989 - Ribeirão Preto / SPTel./ Fax (16) 3610 6734 / 3625 6168

E-mail: [email protected]: www.tantaspalavras.com.br

Blog: http://blogtantaspalavras.com.brCEP: 14010-200

editorial

Educar implica em reconhecer que a condição humana é aprendida, que é historicamente produzida, que a educação é um projeto definido no tempo e no espaço humano e natural. Significa formar o homem, a pessoa humana, para a vida em sociedade. Implica em reconhecer que a tarefa de fazer-se homem, a homi-nização de si, renova-se a cada nascimento, a cada geração, a cada criança. Somos seres sociais, animais políticos, entes sen-síveis, coabitantes da mesma terra, viajantes da história, somos promessas e penhores dos futuros incertos. E, nesse vertiginoso porvir dos tempos todos buscamos inventar, tanto quanto deseja-mos construir, marcar, ou ainda procuramos criar e reproduzir os sinais e os símbolos que nos garantissem o reconhecimento da caminhada, a proximidade dos pontos seguros, o rumo, a direção. Não se faz esse caminho sem a ajuda dos outros, dos tempos passados, como faróis a indicar a trilha dos tempos futuros. Essa é a identidade da Ética, uma pergunta e uma indagação que os gregos inventaram e que perpassa os tempos inteiros, a refazer-se em cada pessoa e em sua geração: qual é o sentido maior de minha existência, qual é o ideal melhor para nossa vida coletiva? A Ética é o campo de construção das questões fundamentais da vida humana, de cada vida humana e dos sentidos postos para os tempos históricos e destinos coletivos. Trata-se de uma “ciên-cia prática” na feliz definição de Aristóteles, cuja inspiração seria a de conduzir a natureza humana ao equilíbrio, à excelência, luz interior a propor e clarear caminhos e mediações para a conquista da felicidade. Essa concepção eudaimonista e pragmática per-manece como distinção da reflexão ética: como deveremos agir para conquistar a possibilidade de fazermos da vida uma expres-são de felicidade, de harmonia, de equilíbrio, de temperança? A Ética seria a reflexão sobre esse “dever-ser” que inspiraria nos-sas condutas e nossas ações morais. Ali a Ética seria o horizonte inspirador da moral, portanto, sua fiança e seu penhor maior! Já a Política seria a busca de elementos coletivos para a conquis-ta da felicidade. Os homens, seres ou entes de natureza política ou associativa, deveriam encontrar formas racionais e elevadas, virtuosas e expressivas, para construir uma sociedade sobre pre-missas de paz, de dialogicidades, de buscas do equilíbrio e de esperanças de vida plena sustentadas sobre sentidos singulares e ações comuns. A Ética e a Política seriam as ciências práticas para se conquistar essa felicidade, inspiração de nossa natureza racional e associativa, no campo particular e no campo coletivo. E como conseguiríamos articular a Ética e a Política com a Educa-ção? Para Aristóteles a PAIDEIA, a educação plena e integral do homem, é o processo de desenvolvimento subjetivo e social de cada pessoa, a partir de sua natureza ética e política. E, por vezes ele igualmente aponta a dimensão estética, isto é, o sumo bom (o máximo da bondade, o ideal ético de bondade, de ser bom) iden-tifica-se com o sumo bem ( o máximo da perfeição formal, o ideal de ser plenamente realizado) e ambos se revelam no sumo belo (o máximo da beleza estética, da realização perfeita do ser de cada coisa ou pessoa). Ser ético, ser político e ser plenamente o que se é seriam os ideais da paideia, da Educação.

para novos temposNovos valores

Prof. Dr. Arquilau Moreira Romão

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Zita Lago 06

Alegrete - RS: Compromisso com as aprendizagens 11

Blumenau - SC: Integração do ensino, pesquisa e extensão 12

Brasília - DF: Desafios da avaliação 14

Catité - BA: Mais educação, mais participação, mais qualidade 15

Campos dos Goytacazes - RJ: Elevada consciência educadora 16

Corumbataí - SP: O poder da educação 17

Curitiba - PR: O real valor da educação 18

Fortaleza - CE: Por uma educação que humaniza 19

Guaxupé - MG: Ética, compromisso e sensibilidade 21

Iapu - MG: Formação continuada de professores 22

Iaras - SP: A excelência na arte de ensinar 23

Ibaté - SP: Ideias ampliadas 24

Igrejinha - RS: O papel da escola 25

Itajubá - MG: Estimulando a criatividade e o comprometimento 26

Itumbiara - GO: Educação como instrumento de transformação 27

Jaguariaíva - SP: Formação continuada de educadores 29

Mandaguaçu - PR: Propostas para a educação 30

Mococa - SP: A escola contemporânea 33

Nova Bassano - RS: Educação transformadora 34

Palmital - SP: Os saberes e os sabores de um educador 36

Pién - PR: Ensinar e se relacionar 37

Pojuca - BA: Troca de conhecimento 39

Posse - GO: Educação inclusiva 42

Resende - RJ: Oficinas para o desenvolvimento da criança 43

Ribeirão Preto - SP: Questionamentos para uma nova escola 44

Rio de Janeiro - RJ: Compromisso com a prática educacional 45

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Rio Negro - PR: Professor - potencializador da aprendizagem 46

Santa Ernestina - SP: Educação: qualidade e compromisso 47

Sobral - CE: O verdadeiro papel da escola 48

Taquarivaí - SP: Desenvolvimento de competências e valores 49

Venâncio Aires - RS: O reencantamento do ato de educar e aprender 50

Xaxim - SC: O alcance social da educação 51

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Arte contra as injustiças sociais 54

Tantas dicas de cinema 55

57

As mudanças políticas e as alterações na concepção de educação e prática educativa da Igreja Católica no Brasil 58

A reconfiguração da escola 60

Participação do aluno: em busca da auto-organização 62

Educação e conhecimento 64

Limites, respeito e superação 65

Projeto de formação continuada 67

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Dra. Zita Lago

Licenciada em Filosofia e Especia-lista em Educação e em Ética e Filoso-fia Política–UFPR–Curitiba/Pr. – Mes-tre em Educação – Ensino Superior - Doutora em Educação–PhD- WU/USA-UFRJ/BR com PhD. - Doutoran-da em Administração - Ética e Gestão de Instituições de Ensino – UnIversi-dad Nacional de Misiones – UNAM/ARGENTINA. Docente colaboradora da Universidade Lusófona de Huma-nidades e Tecnologias–ULHT/Lisbo-a-Portugal, participando como pes-quisadora da referida Universidade e da Fundação de Ciência e Tecnologia – FCT-Lisboa/Portugal, em grupos de estudos sobre Gestão e Políticas Públicas para a Educação e Projetos Educativos desenvolvidos no Brasil e na América Latina.

Atualmente compõe o Corpo de Professores e Doutores Pesquisado-res e Palestrantes da Consultoria Edu-

cacional TAANTAS Palavras e da Edi-tora Positivo – Sistema Aprende Brasil, e é docente do Centro Universitário UNINTER–IBPEX – com atuação em todos os Estados Brasileiros, minis-trando aulas e em ciclos de palestras e Jornadas Pedagógicas em todos os Estados brasileiros.

Elaborou cerca de 40 trabalhos acadêmico-científicos publicados em periódicos e revistas indexadas, e cerca de 10 capítulos de livros orga-nizados, nas áreas de Educação e Fi-losofia, versando sobre Educação em Valores, Ética e Educação, Filosofia da Educação, Educação pela Pesqui-sa, Educação para a Complexidade e Avaliação Institucional e de Aprendiza-gem e Filosofia e seu Ensino.

Secretária Municipal de Educação no Município de Palmas - PR, em duas gestões.

Autora dos livros:

FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: A DI-MENSÃO EVOLUTIVA DO CONHECI-MENTO (Ed. Qualógic; 2000);

FILOSOFIA, CIÊNCIA E CONHECI-MENTO: LEITURAS PARADIGMÁTICAS (Ed. Kaingangue, 2003);

METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA: NORMAS E PADRÕES PARA A ELABORAÇÃO DE TRABA-LHOS CIENTÍFICOS (Ed. Kainguangue, 2002);

ETICA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA (Ed. Elberth, 2003);

FUNDAMENTOS DE PO+ÉTICA PARA CRIANÇAS (Ed. Elberth, 2003);

ÉTICA, CIDADANIA E RESPON- SABILIDADE SOCIAL EM INSTITUI-ÇÕES EDUCACIONAIS (Ed. Camões/Vicentina, 209; 2010)

AVALIACÃO E AVALIAÇÕES: LIMI-TES E POSSIBILIDADES(Editora Ca-mões/Vicentina, 2009)

FILOSOFIA, ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO: A DIMENSÃO EVOLUTIVA DO CONHECIMENTO (Ed. Camões/Vi-centina 2010);

EDUCAÇÃO INTEGRAL E METO-DOLOGIA DE PROJETOS (Ed.Camões/Vicentina, 2009; WAK, 2011)

CIÊNCIA, FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: LEITURAS PARADIGMÁTICAS (2. ed., Ed. Vicentina/Camões, 2008 e 2009).

ACORDOS DE PO+ÉTICA PARA CRIANÇAS (Ed. Bolsa Nacional do Livro--BNL, 2009)

Autora de 6 CD-BOOKS, com te-máticas voltadas à área educacional: “ÉTICA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA”; “AVALIAÇÃO-AVALIAÇÕES: AVANÇOS E RETROCESSOS” e “INTERDISCIPLI-NARIDADE E METODOLOGIA DE PRO-JETOS–COLETÂNEA DE ESTUDOS, PROJETOS E PESQUISAS EDUCACIO-NAIS.

Agraciada com o título de MAGISTER EM GÉSTIÓN EDUCATIVA, pelo Conse-lho IBERO-AMERICANO DE GESTIÓN EDUCATIVA, de Lima, Peru, em 2004, pelos relevantes serviços prestados a essa área educacional no município de Florianópolis-SC.

DOUTORA ZITA ANA LAGO RODRI-GUES – PhD. [email protected]

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As mudanças no mundo contemporâneo são céleres e quase incompreensíveis a ob-servações comuns. Porém, há diferenças cruciais se nos deti-vermos a analisar seus impactos na vida cotidiana e profissional dos sujeitos. No campo educa-cional surgem com celeridade propostas inovadoras, soluções quase incompreensíveis e mui-tas propostas que deslumbram e parecem vir ao encontro das maiores e melhores formas de ensinar e aprender, com veloci-dade impressionante no campo teórico e propositivo. No campo prático estamos ainda aquém de soluções que nos permitam avançar e, se não solucionar, ao menos amenizar as mazelas do cotidiano educacional brasilei-ro.

Um dos aspectos que nos angustia está ligado à temática da ética, dos princípios e dos valores, dos comportamentos e das formas mais eficazes para se obter uma educação que possa atingir minimamente os sujeitos que se educam em sua integral condição de “ser”.

Isto tudo traz consigo a ne-cessidade de aprender, apren-der a aprender, descobrir e, principalmente, de desenvolver uma sensibilidade adequada aos desafios que se desenham aos que educam e se educam em comum ação.

Ao tratar das questões vin-culadas ao tema da ética, da gestão educacional e da ação profissional docente, surgem observações e reflexões que se situam no contexto atual como fundamentais ao bom desempe-nho dos processos educativos como um todo. São aspectos que nos levam a conviver com a

necessidade de buscas, com a sensibilidade e a ação pruden-cial de sujeitos capazes de en-contrar respostas emergentes e adequadas aos desafios que se sucedem e complexificam a cada dia, sendo, portanto, con-dição inerente à função desem-penhada a de adequar os três níveis da profissão – o técnico, o político e o ético – a uma cons-tante busca da melhoria de todo o processo educativo formal e informal. Adequar com vistas a aprimorar a condição humana, simplesmente humana.

Licenciada em Filosofia, es-pecialista em Ética e Filoso-fia Política – UFPR – Mestre e Doutora em Educação, com PhD, pela Wisconsin Universi-ty – EUA/UFRJ, a Doutora Zita Lago, apresenta nesta entrevis-ta suas considerações sobre a questão da educação, da ética e da gestão escolar e educa-cional na contemporaneidade, vinculando-as aos desempe-nhos dos profissionais da área em suas relações com as novas realidades educacionais e com os contextos onde se desem-penham suas funções. Ressal-ta que, no caso da educação formal escolarizada é relevante destacar que a profissão docen-te é ética por excelência. Como ato de “professar”, ou seja, de exercer publica e socialmente o ato ético de contribuir com a formação de pessoas os profis-sionais da educação se depa-ram com o dilema ético de con-tribuir também com a formação de uma sociedade mais justa, mais equilibrada e equânime, na medida em que ao educar os homens componham também uma educação socialmente comprometida com a modifica-

bilidade dos processos socio-políticos e dos fazeres social-mente situados. Assim, entende a entrevistada que mudanças e inovações, em qualquer campo da ação humana, exigem por si só a reflexão ética, pois impli-cam em bases valorativas e em princípios de sustentabilidade para as transformações.

Tantas Palavras: COMO VC AVALIA A QUESTÃO DA EDU-CAÇÃO E DA ÉTICA NO COTI-DIANO ESCOLAR?

Dra. Zita Lago: Poucas são as certezas em tempos céle-res de mudanças, porém res-tam poucas dúvidas de que o exercício profissional marca a existência de cada um de nós, mexendo com a inteligência, a afetividade, os princípios e os valores que nos sustentam. No caso da educação formal é rele-vante destacar que a profissão docente, por sua eticidade ine-rente e por ser ética por exce-lência, influência sobremaneira na formação das pessoas e no modo como se posicionarão em seus contextos sociais, políticos e produtivos, nos quais é cons-tante a necessidade de decidir, tomar posições e decisões, de proceder escolhas e de valorar seus resultados. Nesse sen-tido faz-se necessário que se cultivem alguns princípios, tais como a dialogicidade, o respei-to mútuo, a solidariedade profis-sional e social, a perseverança, o autocontrole, a capacidade de situar-se em contextos so-cialmente complexos e, acima de tudo, valores relacionados ao caráter que nos define como sujeitos em construção proces-sual que exige de todos e de cada um a sabedoria prudencial

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no trato com seus semelhantes. E educação é isso, é tratar com seus semelhantes, de tal sorte que as semelhanças não infe-riorizem e as igualidades não se sobreponham no sentido de di-minuir o outro.

Tantas Palavras: COMO SE PODEM CONJUGAR E INTER-LIGAR OS CONCEITOS DE ÉTICA E MORAL?

Dra. Zita Lago: Como toda a palavra polissêmica a Ética é passível de muitas interpreta-ções. De modo geral consiste em reflexões sobre os princípios contidos nos códigos morais e nas práticas factuais do cam-po da moralidade humana e se faz presente em momentos nos quais se rompem paradigmas, padrões, normas e princípios e a reflexibilidade se faz ne-cessária com vistas a elucidar tais práticas e a compreender melhor as que venham a subs-tituí-las. Seu étimo, do grego “ethikós”, cuja conexão com “ethós” - que significa hábitos, costumes, morada habitual, jei-to de ser - liga-se àquele lugar interno do sujeito no qual se for-ma a noção de BEM, no tocan-te a sua realização pessoal, sua maneira de agir e de ser e a sua noção do JUSTO (justiça), en-quanto devem ser consideradas suas relações no amplo campo do social, quando as relações de alteridade (lugar do outro) se fazem necessárias. Diferen-temente da Moral, cuja função é a construção de conjunto de prescrições normativas no to-cante ao exercício das relações e interrelações humanas, bus-cando assegurar uma vida har-mônica e justa para o grupo, a Ética, ao analisar e refletir sobre

tais prescrições e princípios que regem uma sociedade em seu espaço-tempo histórico, vem posicionar-se no campo de “de-ver ser” e empenha-se em ela-borar considerações sobre ele e sobre os meios utilizados para atingi-lo. Suas reflexões sobre a essencialidade das prescrições normativas, seus valores e prin-cípios, em sua realidade factual (a moralidade vigente) exigem posicionamentos radicais (de raiz), profundidade e englobân-cia nas análises no sentido de clarificar os fins últimos da vida humana, orientando-a para a busca da perfectibilidade, jus-teza e adequabilidade contextu-al. A ética visa refletir sobre as posições dos sujeitos frente aos estatutos e as normatizações, códigos e imperativos social-mente postos pela moral, que os determina e fundamenta his-toricamente, sendo, portanto, ambas factíveis de mudanças, transformações e aprimoramen-tos.

Tantas Palavras: SENDO FLUENTE E NECESSÁRIO DEFINIR CONCEITOS, COMO CONJUGAR ÉTICA E GESTÃO ESCOLAR E EDUCACIONAL NO CONTEMPORÂNEO?

Dra. Zita Lago: Sabe-se que o ato ético dificilmente é cap-tado em sua totalidade pelo discurso ético; portanto, esta-belecer uma universalidade ou objetividade efetiva para ambos os conceitos é tarefa árdua e difícil, porém não impossível. A complexidade da ação gestora implica na presença de confli-tos e contradições que se mani-festam nas relações cotidianas subjetivas e intersubjetivas, en-tre os que gerem as ações e os

que as executam, uma vez que a divisão do trabalho – por mais que lutemos contra ela – é pre-sente nas relações do cotidiano das instituições e organizações. Por sua vez, a eticidade da ação gestora se qualifica tanto mais por sua problematicidade do que por outras formas de ser. No exercício da ação gestora educacional, mais do que em outras ações da mesma natu-reza, há reflexões pertinentes a ela que devem ser procedidas constantemente, uma vez que ela implica em tomada de de-cisões, escolhas e valorações sobre feitos e fatos do cotidiano escolar e educacional. A hiper-complexidade das interações sociais e institucionais do cam-po da gestão escolar e educa-cional se revela pelo conjunto de valores que as permeiam, sendo deveras verdadeiro que um conjunto unitário e universal de valores não abarca a especi-ficidade de cada uma delas. O que se exige é uma capacidade contextualizada e um corolário (conjunto de noções, conceitos e princípios) claro e eficiente que possa dar conta das situações em seus contextos, sem perder as relações com os contextos macro e meso estruturais, onde se revelam as diversidades e as multifacetárias situações que se impõem ao olhar e ao fazer da gestão. Ao gerir sujeitos e instituições educativas é cen-tral a necessidade de enfrentar os desafios do cotidiano com a ousadia humana da capacidade do diálogo, da perseverança, do trabalho em equipe e do auto-controle, no caminho da inova-ção e da prática de valores in-contestáveis, como o respeito mútuo, a solidariedade, a justi-

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ça, o equilíbrio e a capacidade gestora de tratar sempre com “pesos adequados” para cada um dos desafios apresentados. A sabedoria prudencial seria o valor máximo ao qual o gestor escolar e educacional deveria reportar-se cotidianamente.

Tantas Palavras: EM UMA SOCIEDADE CAMBIANTE E MULTIFACETÁRIA COMO A DA ATUALIDADE, É POSSÍVEL PENSAR-SE EM UMA ÉTI-CA QUE DÊ CONTA DE SEUS COMPLEXOS DESAFIOS?

Dra. Zita Lago: A idéia de uma sociedade cambiante leva a idéia de uma crise de valores, que tem permeado os diálogos sociais, políticos, econômicos e acadêmicos na atualidade. Bo-aventura de Souza Santos, na obra “Um discurso sobre as Ci-ências” (Lisboa: Afrontamento, 1987) considera serem eviden-tes e muito fortes os sinais de que o modelo de racionalidade do paradigma científico domi-nante já são presentes e colap-sarão as distinções básicas em que este se assenta, sendo esta crise fruto de uma pluralidade de condições sociais e teóricas a que alude e esclarece. Então, se os sinais desta crise estão aí, exigindo que se delineiem no-vos paradigmas e padrões de comportamento, é mister que se delineiem novos valores para os tempos novos. Isto impac-ta as instituições e seus com-ponentes humanos e o uso de seus componentes materiais e instrumentais. Portanto, na atu-alidade, muito mais do que um paradigma ético universalista, necessita-se entender, com Santos (1987), que todo o co-nhecimento é científico-natural e científico-social; é local e total;

é autoconhecimento e necessita dialogar com o senso-comum, ou seja, sensocomunizar-se. Necessita exercitar possibilida-des, sair de seus “topóis” (luga-res de segurança), ultrapassar seus “utopós” (espaços de pos-sibilidades) e avançar no senti-do de “prótopias” (colocar-se a caminho), construentes e reno-vadoras, que permitam reflexibi-lidades racionais e alternativas e que possibilitem contemplar as diversidades presentes na tessitura social e cultural de tal sorte que todos possam estar inclusos no processo decisó-rio, com autonomia e corres-ponsabilidade. Se as questões que permeiam os processos gestores e suas decisões são complexas e diversas, certa-mente, que as respostas (ou possibilidades) devem também ser de tal ordem. Se as raciona-lidades cognitivo-instrumentais da modernidade clássica não mais respondem às questões e desafios do contemporâneo fluido e cambiante, necessita-se exercitar outras formas de racionalidade, conforme propõe Habermas (Consciência Moral e Agir Cominicativo, 1984), mais dialogais e comunicativas, sen-do fundamental que contem-plem aspectos inusitados das dimensões éticas, estéticas e ambientais que se manifestam nos relacionamentos entre lide-res gestores e seus colabora-dores liderados. Diz Habermas (1987, p. 67): “Enquanto a filo-sofia moral se colocar a tarefa de contribuir com a aclaramen-to das instituições quotidianas adquiridas no curso da sociali-zação, ela terá que partir, pelo menos virtualmente, da atitude dos participantes da prática co-

municativa quotidiana.”

Tantas Palavras: SENDO A CONTEMPORANEIDADE EMI-NENTEMENTE COMPLEXA, COMO O GESTOR ESCOLAR E EDUCACIONAL DEVERÁ LIDAR COM ESSA QUESTÃO EM SEU PROCESSO DE GES-TÃO?

Dra. Zita Lago: Entendo que seja preciso contar o passado, analisar o presente e sonhar, construindo o futuro, perceben-do os limites espaço-temporais, não da forma peculiar e linear da modernidade clássica, mas em uma perspectiva ético-her-menêutica compreensiva-inter-pretativa para poder alcançar os desafios da época contem-porânea. É preciso equacionar os problemas e definir suas for-mas de abordagem sem perder as conexões com passado-pre-sente e futuro institucional. As-sim, o que se apresentava como “proposta” em seus discursos, normativas e delineamentos le-gais, pode ser enfrentado como encontro de soluções e efeti-vação geral de oportunidades, para se tornar realidade em nossas escolas. Educar para a era da complexidade de rela-ções e interrelações, significa preparar os sujeitos para que se reconheçam em interdependên-cia (fase relacional e proativa), superando a fase da dependên-cia (fase anômica) e da indepen-dência (fase semi-autônoma), conforme propõe Stephen Co-vey (Os sete Hábitos das Pes-soas Altamente Eficazes, 1989), na maturidade de processos de crescimento individuais e co-letivos, caminhando para uma interpessoalidade profissional característica da escola con-

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temporânea, onde a transpes-soalidade dos contatos entre os sujeitos seja maduro, eficaz e fraterno.

Tantas Palavras: VC FALA

NA COMPLEXIDADE DA SO-CIEDADE CONTEMPORÂNEA. DESTAQUE AS EXIGÊNCIAS FUNDAMENTAIS DE UMA EDUCAÇÃO VOLTADA PARA ESSA COMPLEXIDADE?

Dra. Zita Lago: A escola já sentiu a complexidade da tes-situra social, política, cultural e educacional, porém ainda não descobriu como preparar crian-ças e jovens para os seus de-safios. No campo profissional e no campo de trabalho cotidiano já sentimos a necessidade de modificabilidade nas práticas pedagógicas e docentes, mas ainda não alcançamos a profun-didade necessária para contem-plar a missão fulcral de educar para essa realidade social cam-biante e multifacetária. Tenta-mos, por vezes, outorgar às tec-nologias inovadoras o papel de fazer essa transição. Elas são importantes, mas precisamos estar mais próximos às nossas realidades vivenciais e seus de-safios, para podermos avançar aos contextos mais distancia-dos. Alguém já afirmou que seja importante pensar globalmente e agir localmente, sem esque-cer que nossas interações prin-cipais continuarão sendo com quem está próximo de nós, na sala de aula, nos pátios das es-colas, nas ruas das cidades, nos espaços de lazer, nos contextos produtivos, sem negligenciar a importância de trabalhar para que se constituam em pessoas integrais, cujas mentes possam ser disciplinadas, sintetizado-ras e compreensivas, criativas,

respeitosas e éticas, conforme propõe Howard Gardner (Cin-co Mentes para o futuro, 2007), ressaltando sempre os seus possíveis potenciais positivos e construentes.

Tantas Palavras: E CON-CLUINDO, PARA NÃO CON-CLUIR?

Dra. Zita Lago: Assim, abrindo-se para o diferente, o inusitado, o provocativo, o di-verso e o complexo o gestor escolar e educacional contem-porâneo deve reparar as ques-tões cruciais que se colocam quando relações e interações entre pessoas se fazem presen-tes, visualizando as diferentes éticas, estéticas e ecologias humanas e contextualmente si-tuadas, buscando sintonias har-moniosas com as tecnologias e as inovações, em seus artefatos e mentefatos, em acordo com as mutações que se desenham. Importante lembrar que “o ca-minho se faz ao caminhar” e assim, muito mais do que cer-tezas é preciso conviver com as buscas, com os perquirimentos, com as diferentes sensibilida-des, com as indagações emer-gentes, onde os sujeitos sejam mais sensatos e as decisões mais plurais; onde os desenhos sejam com mais matizes e cores e onde, parafraseando Edgar

Morin (O X da Questão. O Sujei-to à flor da pele, 2003), é preciso entender que tudo deva passar pela (...) Ética; fazendo conver-gir para a (...) Ética os grandes problemas e fazer dela a so-lução da questão-chave para abrir-se aos grandes problemas da sociedade contemporânea. Finalizando, entendo que uma ética solidária e colaborativa, justa e qualitativamente situada seja uma das trilhas viáveis para humanizar as instituições e seus processos de gestão. A supe-ração dos dilemas cruciais da gestão escolar e educacional na contemporaneidade passa pelo entendimento de que seja esta uma das funções mais comple-xas e desafiadoras na escola atual, mas com uma ética situa-da e contextualizada, premente de novos valores de solidarie-dade, compreensão, disciplina e eficácia podemos conjugar o verbo “construir” e construir em novos moldes, apenas mais hu-manos. Na contemporaneidade o gestor escolar e educacional, por excelência, deverá carac-terizar-se como um constante animador da inteligência coleti-va de sua comunidade escolar e social, orientando os percursos individuais e coletivos de seus liderados e colaboradores na tarefa de gerir eticamente a es-cola e os sistema educacionais.

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Page 11: Revista Tantas Palavras 2013

O município da Fronteira Oes-te reuniu seus educadores em três dias de estudo e reflexão so-bre Educação.

Refletir sobre o papel da esco-la como exercício necessário no campo da metacognição, dese-nhar os contornos da sua função social à luz das atuais exigências históricas, requer percebê-la na esteira de um complexo quadro, impulsionado por alargadas e impactantes transformações na sociedade e na ecologia da vida humana.

Implica em refutar a concep-ção da exclusividade da escola como grande guardiã das infor-mações, dos conhecimentos, das possibilidades inovadoras e detentora solitária dos processos de formações. A escola é, hoje, apenas mais uma instituição vol-tada para esses processos, em virtude dos renovados, dinâmi-cos e potentes processos que se legitimam com essa perspectiva no contexto da sociedade globa-lizada e globalizante.

Esse renovado e complexo cenário nos desafia, coletiva-mente, a constituirmos movi-mentos dinâmicos qualificadores desse, embora, não exclusivo, mas potente espaço de trato da

Alegrete - RS

Compromisso com as Aprendizagens

informação e do conhecimento. Assumir a formação como

condição de vida do educador (a), “pegar nas mãos”, conce-bê-la como instrumento potente para a práxis inovadora é condi-ção imprescindível para a quali-dade social do exercício docente e a legitimação da função social da escola.

A 14ª edição do Seminário Latino-Americano de Educação e Cultura, tendo como temática em 2013: “Escola Democrática e Popular: Compromisso com as Aprendizagens” vincula-se a essa concepção, inscrevendo-se na rede da macropolítica de for-mação, mas fazendo ao mesmo tempo os diálogos entrelaçado-res com os movimentos da mi-cropolítica de formação de toda a rede pública municipal de Ale-grete.

Realizado no mês de agosto, o evento contou com a participa-ção de mais de 800 pessoas. A professora Drª Heloísa Luck pre-feriu a conferência de Abertura, intitulada: “Escola Democrática e Popular: Compromisso com as Aprendizagens”. Temas como O Que Faz a Diferença no Ensino de Alunos Cada Vez Mais Dife-rentes?, O Universo lúdico de

Pais, Filhos e Educadores, Edu-cação Inclusiva com os pingos nos “is” foram abordados por pa-lestrantes renomados, entre eles: Joe Garcia, Rosita Edler, Pablo Daniel Vain, Márcia Adriana de Carvalho, Sandra Regina Rich-ter, Doris Bolzan, Maria Tereza Mantoan, Fani Tesseler, Viviane Juguero e Elena Maria Mello. Os três dias de estudo culminaram com o espetáculo cultural “Pan-geia - Tambores do Mundo” do Percussionista Marcelo Pimentel.

O grande desafio provoca-do é o de que cada educador (a) tenha na formação, nos seus vários matizes, um referencial de desenvolvimento intelectual rigoroso e ao mesmo tempo um alimento para alma e para o espí-rito na configuração de ser edu-cador (a) em um tempo histórico de tantas contradições, perplexi-dades, mas paradoxalmente de generosas possibilidades, relata o Secretário de Educação e Cul-tura, Jorge Sitó.

Jorge Antônio da Silva SitóSecretário de Educação e Cultura

Graciela Andrade BevilaquaDiretora de Educação

Ana Aline Betim MachadoCoordenadora do Evento

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Blumenau - SC

Integração do Ensino, Pesquisa e Extensão

Servidores do Instituto Fede-ral Catarinense (IFC) lotaram o Salão de Eventos do Hotel Him-melblau, na tarde desta terça-feira (30), durante a abertura do I Seminário de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão, promovido pela Reitoria do IFC em Blume-nau.

Durante pronunciamento, o reitor do IFC, Francisco Sobral, enfatizou o primeiro assunto do Seminário (A produtividade da escola improdutiva) com Gau-dêncio Frigotto contribuirá na definição de concepção pedagó-gica que vamos construir no IFC. “O Seminário toma como ponto de partida a discussão teórica do ensino, da educação, que nor-teará a pesquisa e a extensão. Uma educação emancipatória com concepção pedagógica ali-nhada a proposta que queremos dentro do IFC”, finalizou ele. Em seguida a mesa foi desfeita para dar início a palestra de Frigotto.

Palestra 01

Professor na Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, profes-

sor-colaborador na Universidade Federal Fluminense Gaudêncio Frigotto é autor e co-autor de mais de 20 livros e dezenas de artigos em revistas nacionais e internacionais.

Frigotto iniciou a fala elogian-do a qualidade dos palestrantes desse I Seminário. A conversa deste homem de meia idade com os servidores abordou um as-sunto complexo, porém num tom simples e descontraído. O pro-fessor contextualizou a criação da escola laica no Brasil voltada a uma qualificação que não ga-rante o “longo prazo”. Disse aos servidores que é preciso dar cri-tério ao jovem, e que uma escola federal precisa ter banda de mú-sica, quadra de esporte, cultura.

Apontou o retorno da palavra desenvolvimento e questionou a possibilidade de integrar a psico-logia, a sociologia com as ciên-cias agrárias. “Os jovens querem música, vida, e nós podemos humanizar a educação. Formar um jovem que lê a humanidade, conhece os seus direitos e se organiza socialmente. É preciso saber que literatura não é menos

importante que física, arte não é menos importante que matemá-tica”, disse.

Frigotto finalizou dizendo que nada tem fórmula, mas tudo tem base. “Para criar critérios é preci-so dialogar. Saber lidar com cri-tério e conhecimento”.

Para a professora de Artes do IFC Câmpus Rio do Sul, Ema-nuelle Siebert, Frigotto trouxe uma linguagem mais divertida e reflexiva sobre o panorama da educação no Brasil. “Ele toca em alguns pontos que nos fa-zem repensar algumas atitudes. É importante que o estudante conheça a parte técnica, mas fundamental que tenham conhe-cimento das artes para desen-volver a sua sensibilidade”, disse ela.

Ao final, foi aberto para deba-te dos servidores com o palestra, que respondeu a questionamen-tos.

O I Seminário de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão é uma promoção das três Pró-rei-torias com o objetivo de afinar a conduta ideológica construída por todos.

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Blumenau - SC

O segundo dia do I Seminá-rio de Integração Ensino, Pes-quisa e Extensão do IFC iniciou com a reflexão sobre a Missão e Visão do Instituto Federal Cata-rinense. A pró-reitora de Ensino e os pró-reitores de Pesquisa e Extensão apresentaram o pro-jeto de trabalhar os três pilares de forma integrada. Em segui-da, foi a vez da palestrante da manhã tratar o tema “Avaliação Pedagógica e Institucional na escola”.

Zita Lago, doutora em Edu-cação e professora da Facul-dade Internacional de Curitiba, trouxe o conceito da transição do ensino e a necessidade de apontarmos o rumo para onde pretende ir a instituição. “A educação não é apenas uma questão pedagógica, é uma questão de suma importância para o desenvolvimento”, dis-se.

Dados reforçaram um avan-ço quantitativo que o Brasil teve na educação, mas é pre-ciso que olhemos para esse outro tipo de geração que está

surgindo. “Estamos num tempo de transição em que há várias ferramentas disponíveis, mas para o desafio é preciso ter a ferramenta adequada. Na tran-sição, temos o lado da ameaça e o da oportunidade e nesse terreno precisamos conhecer para tomar uma atitude segura diante da mudança necessá-ria”.

Zita enfatizou que toda ins-tituição tem um ciclo e a ava-liação é fundamental para que possamos mensurar a condição de sobrevivência e permanên-cia dessa instituição. “Adquirir a maturidade é ter condições de manter-se no topo para aquilo que a instituição foi constituí-da. Neste momento vale pen-sar onde pretendemos chegar nos próximos anos e para onde vamos caminhar para que isso aconteça?”.

Segundo a palestrante, a Avaliação Pedagógica Institu-cional aponta quem somos e para onde vamos. Porém, esse mecanismo precisar ser fide-digno. “Quanto a avaliação é

pontual serve como ferramenta de tomada de decisão. Assim, estamos dando o salto quali-tativo para a formação da ci-dadania. Essas mudanças nos fazem pensar que é a transição é irreversível e que, para isso, é preciso dialogar”, finalizou.

Para a professora de Socio-logia do IFC Câmpus Camboriú, Eliane Dutra de Armas, a pales-tra de Zita trouxe elementos importantes para pensarmos o momento e discutir a avaliação. “A palestrante nos colocou os pontos e parâmetros para que possamos amadurecer enquan-to instituição. Este Seminário é fundamental para adquirir rico conhecimento e pensar na or-ganização da nossa avaliação”, disse Eliane, que aproveitou para reforçar que houve uma forte relação entre a palestra de Zita e de Frigotto.

“Ontem (30/10) trabalhamos a parte crítica do sistema, foi um momento de reflexão. Hoje (31/10) foi esclarecida a reali-dade de que é preciso pensar e colocar as ações em prática”.

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Brasília - DF

Desafios da Ava liação

No dia 5 de julho de 2013, o Professor Pedro Demo esteve na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para ministrar a palestra “Desafios da Avalia-ção – perspectivas e oportuni-dades”.

O evento estava inserido no processo institucional de ava-liação de desempenho indivi-dual de todos os servidores da Agência para fins de gratifica-ção, promoção e progressão na carreira. Como acontece, quase sempre, em todas as institui-ções, momentos e finalidades de processos de avaliação, tra-ta-se de uma situação em que emergem conflitos entre servi-dores e, sobretudo, entre eles e suas respectivas chefias. Daí o apelo à expertise do Pro. Pedro Demo.

Na ocasião, o sociólogo e educador proporcionou aos

servidores e lideranças da ins-tituição uma reflexão sobre as dinâmicas psicossociais mobili-zadas nos processos de avalia-ção, destacando os principais fatores e dificuldades inerentes a esse momento e incentivando a busca por uma vivência mais madura nas relações cotidianas de trabalho.

Por meio de uma palestra di-nâmica e abrangente, avaliado-res e avaliados tiveram a opor-tunidade de refletir sobre papéis de cada um, modelos de lide-ranças, exercício de autoridade, direitos e deveres dos servido-res públicos. A atividade contou com a participação maciça de servidores e lideranças envolvi-dos no processo de avaliação de desempenho na ANEEL, sen-do também transmitida ao vivo pela intranet, em razão da lota-ção do auditório.

Sobre Pedro DemoProfessor Emérito da Univer-

sidade de Brasília e conferencis-ta de renome internacional no campo da educação, da socio-logia e do serviço social, Pedro Demo é Doutor em Sociologia pela Universidade de Saarbru-cker, na Alemanha, e Pós-Doutor pela UCLA, de Los Angeles, nos EUA. Publicou mais de 40 livros, entre eles “Avaliação Qualita-tiva”, “Mitologia da Avaliação: de como ignorar em vez de en-frentar o problema” e “Avaliação – sob um olhar propedêutico”. Atua, também, como Técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômi-ca Aplicada (IPEA).

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Caetité - BA

Mais Educação, Mais Participação, Mais QualidadeComeçou nessa segunda-

feira, 25, no Cine Teatro Pax, a Jornada Pedagógica 2013, com o tema “Mais Educação, Mais Participação, Mais Qualidade”. O evento, preparado pela Secre-taria Municipal de Educação, se estenderá até a quinta-feira, 28, com ciclos de palestras e con-ferências, e tem o objetivo de promover a troca de experiên-cias entre a comunidade escolar, contribuindo para a melhoria da qualidade na educação, articu-lando e mobilizando os vários atores sociais nos diversos seg-mentos envolvidos com a rede municipal.

Para Ginaldo Cardoso de Araújo, Diretor do Campus VI da Uneb de Caetité, o início do ano letivo é marcado pela Jornada. “O Conhecimento é fundamental para todo e qualquer cidadão, e o educador é o responsável por transmitir esse conhecimento em sala de aula, é o responsável por garantir esse processo. Por isso a importância desse evento, de pensar como esse conhecimen-to vai ser transmitido, pois é pre-ciso planejar a educação. Que

este ano seja produtivo e que possamos contribuir com com-promisso social para que cada aluno aprenda mais, pois a edu-cação é o melhor caminho para a cidadania”, afirmou.

A Secretária Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Rosemária Joazeiro, des-tacou que a aprendizagem é o foco. “Quero contar com o apoio de todos vocês educadores e me deixar à disposição de todos, para que, com Mais Educação, Mais Participação, Mais Qualida-de, nós consigamos uma apren-dizagem de alto nível. Continu-aremos valorizando os nossos profissionais, oferecendo forma-ção continuada. Vamos melhorar as estruturas físicas das nossas creches e escolas, continuare-mos oferecendo merenda, trans-porte e kits escolares de qualida-de, para que possamos cumprir, efetivamente, o nosso papel de educar em uma escola públi-ca de qualidade. Tenho certeza que esse é o grande legado que deixaremos às nossas crianças e adolescentes”, declarou a Se-cretária Municipal.

Durante a abertura da Jorna-da, foi anunciado, um aumento de 12% no salário dos professo-res da Rede Municipal de Ensi-no. Aumento esse, acima do Piso Nacional. Desde 2009, os edu-cadores têm recebido aumen-tos significativos, que já somam 80%.

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Campos dos Goytacazes - RJ

Elevada consciência educadora

Tão caro amigo desta Cam-pos dos Goytacazes,

A planície goitacá festeja, mais uma vez, a chegada deste Homem que, do berço de Pe-dras Grandes , em Santa Catari-na, carrega a mineral e inconsútil resistência no nome- PEDRO - e que, vindo do planalto, honra a cidade, dignifica a Educação, desafia os humores da acomoda-ção e do desânimo. Traduzimos sua presença na abertura deste Seminário, nessa breve sauda-ção/declaração, como sagrado inventário, porque ele guarda a identidade, a memória e o com-promisso com os valores lança-dos no 1º Seminário. Aprende-mos, nestes 10 anos, professor, a ‘saber pensar e a questionar’.

Admiramos, declaradamen-te, professor PEDRO DEMO,

seu campo de luta sem quartel, reconhecemos sua generosa e militante acolhida aos que agem pedagogicamente por uma Edu-cação emancipatória, sobretu-do em tempos de consumismo produtivista, também no âmbito acadêmico, não imune às ilusões burocratizantes que tão facil-mente medusadas, desaguam numa aritmética alienadora, sa-tisfeita em contabilizar citações e papelizar o conhecimento.

Registramos nesta breve sau-dação, em agradecidos aplau-sos, seu testemunho de elevada consciência educadora, sua di-mensão estética do existir, seu ideal de formação presente na visão reconstrutiva da Educação.

Louvamos sua enérgica re-ação contra a precariedade de ideais, tomamos nas mãos, em

empréstimo consentido- sabe-mos- sua obra, seu exemplo, seu esforço coerente e infatigável, sua compreensão do homem, do aluno em sua dimensão Paidéia, seu discurso, às vezes, descon-fortável, mas sempre amistoso e verdadeiro.

Obrigado muito e sempre pelo tanto que desalojou em nós.

Obrigado por nos fazer enten-der que “Se a criança é levada a buscar seu material, a fazer sua elaboração, a se expressar argu-mentando, a buscar fundamen-tar o que diz, a fazer uma crítica ao que vê e lê, ela vai amanhe-cendo como sujeito capaz de uma proposta própria.”

Nosso aplauso é seu, profes-sor PEDRO DEMO!

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Corumbataí - SP

O poder da educaçãoA Secretaria Municipal da Edu-

cação e Cultura de Corumbataí, em parceria com a Consultoria Tantas Palavras realizou no período de 22 a 25 de julho o IV Simpósio Corum-bataiense de Educação cujo tema foi: “Educação: O Poder de Criar, Ousar e Transformar”. Tivemos ao nosso lado preciosos educadores, amigos idealistas para juntos cons-truirmos caminhos na busca da educação de qualidade que vise a formação de crianças, jovens e adultos que temos o privilégio de conviver no dia a dia. Para abertu-ra contamos com a presença da Professora Francisca Giacometti Paris que enfatizou que o profes-sor precisa compartilhar sentidos para juntos reinventarmos a es-cola. Durante toda a semana os professores da rede municipal de Corumbataí e da região puderam participar das oficinas: “Ciranda da Matemática: Conceitos, Brin-quedos e Brincadeiras”, e “Mate-mática e Temas Transversais” sob a responsabilidade da professora Ana Maria de Araujo Ferreira; e ain-da as oficinas: “Educação Infantil para Além da Rotina: Uma Aborda-gem Interacionista” e “Letramento: Conceitos, Competências e Impli-cações Pedagógicas” tendo como responsável a professora Joyce Raimundo. Para encerrar os traba-lhos deste simpósio tivemos no úl-timo dia a oficina “Tecendo Gênero e Sexualidade na Escola” com a presença da psicóloga Elizabete Franco Cruz, e a obstetriz Mariana De Géa Gervásio e no período da tarde contamos com a presença da professora Lucia Helena Couto que enriqueceu ainda mais o even-to colocando a educação corum-bataiense no contexto da educa-ção nacional.

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Curitiba - PR

O real valor da educação

A Editora OPET realizou nos dias 21 a 23 de Novembro o VII Fórum Nacional de Gestão – “O real valor da educação: investi-mentos e resultados de qualida-de” numa parceria da Consulto-ria Pedagógica Tantas Palavras. O evento contou com a partici-pação dos seguintes conferen-cistas: Prof. Dr. Mozart Neves Ramos com o tema: “Tendên-cias e desafios da educação do Brasil”, Profª Drª Tânia Santos com o tema: “Gestão participa-tiva: saber estratégico para o desenvolvimento da educação”, Prof. Dr. Caio Feijó com o tema: “Homo Comunnicator: a arte de gestão de pessoas no século 21 – comunicação sociabilidade e excelência humana”, Prof. Dr. Francisco Cordão com o tema:

“Qualidade na educação: resul-tados possíveis em regime de colaboração”, Profª Drª Regina Alcântara de Assis “Políticas Públicas para a educação e a mídia”, Prof. Dr. Marcos Meier com o tema: “ O gestor Sábio: dominando habilidades críticas na coordenação de equipes em educação, Prof.Dr. Nigel Brooke com o tema: “A eficácia esco-lar como política educacional” e o Prof. Dr. Arquilau Moreira Romão refletiu sobre o seguin-te tema: Conferência: “ O po-der da palavra: o sentimento na educação” Uma reflexão sobre nosso tempo, sobre o mundo globalizado, sobre a Socieda-de administrada e o império da razão instrumental que colocam em risco a própria sobrevivência

humana. Qual o projeto político pedagógico para a humanização nas escolas? Como educar para humanização ? Quais valores?

A distinção entre a informa-ção , conhecimento e sabedoria e a importância da máxima So-crática “ Conhece te a ti mesmo “. Educador e educando como sujeito de direitos e deveres. O compromisso de ensinar e

aprender formando o aluno cidadão, solidário, ético, estéti-co realizando de maneira plena todas as suas possibilidades para se educar para a autono-mia e emancipação através da plena valorização da palavra e do diálogo. Essa ampla reflexão é abordada a está ancorada no universo das artes: palavras, poesia.

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Fortaleza - CE

Por uma educação que humaniza

O VIII Seminário de Educa-ção das Escolas Cordimaria-nas, realizado de 5 a 7 de abril, reuniu educadores das Escolas cordimarianas (Colégio Nossa Senhora das Dores (Bezerros--PE), Colégio Nossa Senhora das Graças (Fortaleza-CE), Co-légio Nossa Senhora de Lour-des (Belém-PA), Colégio Virgem Poderosa (Acaraú-CE), Instituto Monsenhor Hipólito (Picos-PI) Patronato e Colégio Irmã Ma-ria Eugênia (União-PI), Unidade Educacional Coração Imaculado de Maria – Unecim (Russas-CE)) e demais Escolas Católicas de Fortaleza para refletir questões sobre o presente e o futuro da escola.

Inspirados no legado de Pa-dre Júlio Maria De Lombaerde, fundador da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria, a assessoria de Educação das Escolas Cordimarianas res-ponsável pelo evento, professo-res, coordenadores e diretoras

discutiram temas como os novos caminhos para um bem sucedido processo de ensino e aprendiza-gem e o relacionamento entre professores e alunos no espaço educativo – presencial e virtual.

Entre momentos de sensibili-zação e de confraternização, de celebrações e apresentações artísticas, o encontro ganhou es-pecial brilho pela exposição do sociólogo e professor Dr. Pedro Demo. O professor do curso de Serviço Social da UnB e pós-doutor em Educação pela UCLA, de Los Angeles foi incisivo ao afirmar que o saber pensar inclui sempre o saber intervir. “Nós te-mos que recuperar um pouco a proximidade entre teoria e práti-ca. Os alunos deveriam ter nas escolas a possibilidade de apli-car o conhecimento sem cair no utilitarismo. A melhor coisa para uma teoria é uma boa prática. E a prática que não volta para a teoria envelhece e fica caduca”, afirmou. Nesse contexto, a aula

aparece como um obstáculo à funcionalidade da escola, visto que torna o aluno pouco pro-dutivo. E sem produção não há aprendizagem efetiva. Também não haverá escola plena sem a valorização do professor, a qual deve passar não só pela melho-ria dos salários, mas também pelo estudo, pela pesquisa, pela vocação.

A essas ideias somaram-se as considerações da psicóloga Dra. Ana Cristina Benevides Pinto, que abordou a questão da dis-ciplina, compreendendo-a como liberdade e limite. A experiência da palestrante, que é psicotera-peuta de alunos, e a sua compe-tência comunicativa abriram por-tas e janelas para os ventos de um novo olhar sobre as crianças e jovens imersos num mundo de novas tecnologias e novas rela-ções familiares.

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Fortaleza - CEEntre os presentes, essas

ideias tomaram asas. Para o professor, filósofo e pesquisador Antônio Chaves, coordenador de Serviço de Orientação Religiosa do CNSG, é necessário explo-rar novas oportunidades mais centradas na atividade de pro-cessos de autoria e autonomia e de intervenção no mundo (que se encontra cada vez mais à de-riva), para que o conhecimento assuma efetivamente um verda-deiro poder mágico na escola, na profissão, na vida. Também Francisca Expedita, coordena-dora de Ciências do Instituto Monsenhor Hipólito (Picos-PI), avaliou que o objetivo primordial da educação é desenvolver nos alunos a habilidade de refletir e tomar suas próprias decisões sobre o que eles pensam e então agir. “Assim, um comportamento

central do trabalho com a auto-nomia seria dar a oportunidade aos estudantes de negociar as tarefas em relação ao nível de di-ficuldade, interesse, organização e procedimentos”, assegura. Já a educadora Ir. Geane Cristina, do Colégio Nossa Senhora das Dores (Bezerros, PE), conside-ra que é necessário fazer com que o aluno se sinta competen-te pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. “É preciso que o aluno enxergue a dificuldade como possibilidade e se sinta desafiado a aprender. Para que isto possa ser mais estimulante, cabe ao professor despertar a curiosidade dos alu-nos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades”, argumenta.

Para Irmã Lucila Porto, dire-tora do Colégio Nossa Senho-

ra das Graças (Fortaleza, CE) e coordenadora da Assessoria de Educação das Escolas Cordima-rianas, o Prof. Dr. Pedro Demo, com a sua simpatia e competên-cia incontestável, marcou deci-sivamente o VIII Seminário de Educação das Escolas Cordima-rianas em 2013, e o fez, instigan-do os educadores a fazerem da Escola um espaço de ousadia em que se construa um processo educacional que favoreça ao alu-no ser mais autônomo, autor de sua própria história e participan-te ativo da história de sua comu-nidade. Para tal, é imprescindível que o professor seja proativo, autônomo, autor.

Entre palavras, os professores delinearam em metas de curto, médio e longo prazo, gestos de um novo fazer pedagógico, por uma educação que humaniza.

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Guaxupé - MG

Ética, compromisso e sensibilidade

A Secretaria Municipal de Educação de Guaxupé em par-ceria com a consultoria peda-gógica Tantas Palavras realizou nos dias 28,29 e 30 de julho o Simpósio Municipal de Educa-ção 2013 com o tema: “Ética, compromisso e sensibilidade”.

O evento foi um sucesso uma vez que contou com a par-ticipação dos profissionais de

educação nos níveis infantil, fundamental e EJA ,dos seg-mentos municipal,estadual e particular além da participação de cidades da região.

Os palestrantes provocaram a plateia com reflexões acerca de diversos temas pertinentes à educação atual.

Todo evento foi pautado na ética como elemento norteador

do caminho docente, no cuida-do com o outro, na responsa-bilidade, na verdade, na liber-dade e na leveza da vida. No compromisso como responsa-bilidade pela formação do ser humano na sua plenitude e na sensibilidade no sentido de va-lorizar o olhar e apurar o sen-so ético e estético.

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Iapu - MG

Formação continuada de professores

Numa parceria da Paradigma Eventos, Consultoria Pedagógi-ca Tantas Palavras e a Secretaria Municipal de Educação de Iapu - MG, realizou-se no dia 8 de No-vembro de 2013 o I Seminário de Educação para a formação con-tinuada de professores, esteve presente mais de 10 cidades da Região do Vale do Aço, num to-tal de mais de 300 educadores,

evento que se primou pela qua-lidade e organização impecável, segundo o depoimento de todos os participantes.

No período da manhã tive-mos a abertura do evento com a presença do Prefeito Municipal José Carlos de Barros e esposa. A conferência inicial foi proferida pelo Prof. Dr. Arquilau Moreira Romão, com o tema “O poder

da palavra: sentimento na edu-cação”. No período da tarde ti-vemos a participação do Escritor Jonas Ribeiro, com o tema: “A arte de ouvir histórias e depois contá-las”. Encerrando o even-to com chave de ouro a partici-pação do Prof. Dr. César Nunes com o tema: “Educação Emanci-padora: humanizar os saberes e educar os afetos

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Iaras- SP

A excelência na arte de ensinar

Os professores das escolas municipais de Iaras iniciaram o ano letivo com uma injeção de ânimo no planejamento escolar. No dia 15/02 todos os professo-res da rede municipal participa-ram de uma capacitação com o Prof. Claudio Paris sobre “mo-tivação profissional”. O tema foi sugerido pela Diretora de Depar-tamento de Educação Profª Dé-bora Regina Caetano Gregório, que assumiu no dia 13/01 a Se-cretaria Municipal de Educação do município de Iaras

“É preciso que o professor perceba sua importância e se veja como peça fundamental no processo educativo, todos são capazes de construir no dia a dia uma prática sólida e envolvente, para isso tem que acreditar em si mesmo, se capacitar e receber o apoio da equipe”, relata Débora.

O encontro foi contagiante, os professores estabeleceram de cara uma empatia com o Prof. Claudio que deixou todo mundo à vontade. No final relataram que todo ano deveria iniciar assim e solicitaram um novo encontro.

Na sua fala, o prof. Claudio enfatiza o papel do educador nos dias atuais, a afetividade nas re-lações, a intensidade que nosso trabalho atinge e convida a per-manecer na educação aqueles que realmente se realizam nessa missão.

No dia 15 de agosto, na ci-dade de Iaras, os professores da rede municipal de ensino receberam a visita do profes-sor Arquilau Moreira Romão, carinhosamente conhecido por Prof. Kika.

Nesse encontro a Diretora de Departamento Municipal de Educação, Débora Regina Ca-etano Gregório, pediu que o professor abordasse o tema “A excelência na arte de ensinar: motivação e compromisso”.

Professores desde o berçá-rio da creche municipal até o 9º ano do Ensino Fundamental, reunidos, puderam partilhar jun-to ao prof. Kika, de que manei-ra hoje, a atuação do professor contribui na formação dessa nova geração cercada por todo tipo de tecnologias.

Num clima descontraído e bem humorado, o prof. Kika conduziu o tema sempre rela-

cionando os prazeres que sen-timos na vida com a satisfação em poder fazer a diferença atra-vés das nossas ações, na vida dos nossos alunos.

No final do encontro os pro-fessores saíram animados.

“Me vi fazendo exatamente as situações que o professor re-latou e consegui me autoavaliar sem culpa, dando muitas risa-das”, disse a professora Marice-le Benedita da Silva que atua em dois períodos na EMEF “Profª Julieta Buchdid Carvalho”.

“Precisamos oferecer suporte aos professores e demais fun-cionários das escolas porque enfrentamos situações de con-flito o tempo todo mas também é preciso olhar de forma otimista para a educação e acreditar que juntos, podemos melhorar a re-alidade que nos cerca”, relatou a Supervisora de Ensino da Rede Municipal de Iaras, Cristiana Me-lenchon Nunes.

Encontro de Educadores em Iaras

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Ibaté - SP

Ideias ampliadas

No dia 22 de Julho de 2013 foram realizadas algumas ofici-nas na rede Municipal de Ensino de Ibaté pelo grupo de educado-res “Tantas Palavras – Consulto-ria Pedagógica”:

— Corpo e Movimento com crianças de 0 a 3 anos - Profª Poliana Savegnago

— Movimento: cultura corpo-ral e convivência - Profª Ana Fa-varetto

— Produção de texto e for-mas de intervenções - Profª Joy-ce Raymundo

— Dificuldades de aprendiza-gem, uma abordagem psicope-dagógica - Profª Silvana de Lucca

As oficinas oferecidas con-templaram as expectativas dos professores. Foram ativas e cria-tivas, tratando de atividades de possível realização em todas as faixas etárias. Os professores da rede tiveram seu repertório de ideias ampliadas, podendo assim inovar sua prática pedagógica.

“A brincadeira, com a música Escravos de Jó realizada com copos plásticos foi bem interes-sante para serem realizados com os alunos, podendo ser trabalha-dos movimentos, coordenação, concentração, além de ser muito divertida.”

“Utilizar as músicas e brinca-deiras tradicionais na aprendi-zagem dos pequenos, além de ser prazeroso estimula a apren-dizagem e a formação social da criança.”

“... Se o professor soubesse o quanto é significativo para o aluno à ilustração dos textos que ele lê, tornaria isso uma constan-te em sua sala, pois na ilustração o aluno está fazendo sua inter-pretação do texto.”

“É preciso tornar o aprendiza-do necessário, significativo.”

Estamos agora, na expectati-va da criação do blog que será realizado pela educadora Ana Favaretto contendo os planos de aulas elaborados pelos grupos de estudos durante a oficina.

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Page 25: Revista Tantas Palavras 2013

Igrejinha - RS

O papel da escola

Numa parceria da Consultoria Pedagógica Tantas Palavras com a Secretaria Municipal de Edu-cação de Igrejinha-RS, realizou-se no dia 14 de Fevereiro uma palestra para os professores da rede municipal de ensino dentro do projeto de formação continu-ada de professores o tema da palestra desenvolvido pelo Prof. Dr. Gaudencio Frigotto foi: “ A educação, a cidade e o processo de humanização: papel da esco-

la, centralidade do trabalho do professor (a)”, refletindo sobre o tema ele pontuou algumas ques-tões: Um dos dilemas da escola básica hoje é de uma sociedade que exige cada vez mais conhe-cimento num contexto histórico de saturação de informações. A tensão entre o tempo e o espaço do processo de conhecimento e a cultura do instantâneo, do novo e do descartável. As novas tec-nologias, suas possibilidades e

seus limites. O risco que a escola pode incorrer de cair na lógica do saber cada vez menos de tudo. A centralidade da função docente na relação conteúdo, método e forma na relação entre conheci-mento e informação e cidadania. Os sujeitos alunos – sua cultura, suas experiências, seus saberes como ponto de partida e de che-gada de processos pedagógicos emancipatórios.

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Itajubá - MG

Estimulando a criatividade e o comprometimento

A Secretaria Municipal de Educação do município de Ita-jubá, através do Departamento de Educação Infantil, novamen-te contou com uma capacita-ção promovida pela empresa Tantas Palavras, que através de oficinas variadas, na semana do dia 15 à 19 de julho de 2013, no

espaço da FEPI – Centro Uni-versitário de Itajubá, participa-ram 90 (noventa) profissionais dos 10 (dez) centros municipais de educação infantil e 03 (três) creches conveniadas, dentre eles, educadores infantis, moni-tores e assistentes de creches. A diretora do Departamento de

Educação Infantil, Mariânge-la Alves da Silva, enfatizou a importância da formação con-tinuada dos profissionais de educação, e destacou que o objetivo das oficinas, foi para aprimorar a prática em sala de aula, estimulando a criatividade e comprometimento.

A prefeitura de Itajubá, em especial o setor de Educação

Infantil, está de parabéns pelo Curso de Capacitação, foi excelente e acrescentou

muito conhecimento para uma melhor realização do meu tra-balho como educadora. Este curso me chamou a atenção pela qualidade das informa-

ções e dos profissionais que o realizaram. Após o término do curso eu tive uma nova visão de trabalho e observei novas

ferramentas que eu posso utilizar e assim obter melhores resultados. Agradeço a opor-

tunidade e aguardo novoscursos. Obrigada!

Érica Cristina da Cunha - Edu-cadora Infantil – CMEI Maria Adami Lamóglia

De acordo com as oficinas ministradas, o curso de Ca-

pacitação foi de grande valia, nos fez refletir sobre situa-

ções do nosso cotidiano. As oficinas ajudaram na interação dos profissionais onde apren-demos brincando. O material apresentado pelos professo-

res foi rico, nos proporcionan-do explorar e descobrir obje-tos que não conhecia, como na oficina de música. O curso me enriqueceu no sentido de conhecer formas diversifica-das e como trabalhar para o desenvolvimento da criança.

Cláudia Bernardes da Costa Carvalho – Monitora – CMEI Maria Emília Mauad

As oficinas foram dinâmicas

e criativas. Os professores

conduziram as mesmas inte-

ragindo com os participantes

trocando conhecimentos e

experiências. A oficina de

jogos foi ótima, aprendemos

várias maneiras de trabalhar

com a criança respeitando

sua faixa etária e limitações,

usando principalmente

do corpo para essas

atividades.

Claudia Regina de Oliveira –

Assistente de Creche – CMEI

Nossa Senhora de Lourdes

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Page 27: Revista Tantas Palavras 2013

Itumbiara - GO

Educação como instrumento de transformaçãoNuma parceria da Consultoria

Pedagógica Tantas Palavras com a Secretaria Municipal de Edu-cação de Itumbiara-GO, reali-zou-se o segundo Congresso de Educação que teve como tema: “A educação como instrumento de transformação social” para os professores da rede municipal de ensino dentro do projeto de formação continuada de profes-sores.

Na abertura do evento dia 4 de Outubro tivemos a conferên-cia do Prof. Dr. Gabriel Perissé: “Conflito sim, violência não ! ”. Tivemos a participação de mais de 800 professores.

No dia 5 de Outubro no pe-ríodo da manhã do Congresso tivemos a conferência com a Profª Drª Regina Shudo que fa-lou sobre o tema: “Articulando a transição da Educação Infantil e o Ensino Fundamental” abordou sobre os seguintes aspectos em sua fala:

Ampliação para nove anos, a promoção da criança para o Ensino Fundamental e a Edu-cação Infantil como nível de en-sino. Muitas reflexões se fazem hoje sobre o ensino, sua forma, questões metodológicas, so-

bre o desenvolvimento infantil, formação continuada dos pro-fessores, sobre competências, avaliação, etc., com o intuito de se superar uma educação pau-tada na transmissão de conteú-dos, numa educação tecnicista, da pedagogia conservadora. Na educação infantil, essas ques-tões também perduram, com um agravante que é a polaridade entre assistência e educação. A escola infantil, como estrutura institucional, deve reforçar a sua própria identidade e autonomia formativa, sem se transformar numa estrutura meramente as-sistencial ou em um período so-mente de exigências de apren-dizagens para a promoção ao Ensino Fundamental.

No período da tarde tivemos a conferência com a Profª Drª Emi-lia Cipriano com o tema “Proje-to na Educação: Novos olhares, construindo novas práticas”, sua reflexão privilegiou o pensar no trabalho de Projetos na Edu-cação significa entender o co-nhecimento como um processo de construção permanente e in-vestigação da realidade. Implica numa postura de pesquisador da própria ação que se reconstrói a

cada nova descoberta, num mo-vimento dialético de ressignifi-car as diferentes dimensões do ato de conhecer.

A concepção de projeto que abordaremos fundamenta-se na construção de um olhar que contempla as bases; epistemoló-gicas, axiológicas e ontológicas materializando-as numa meto-dologia investigativa e interativa.

Nossa reflexão aponta para o desenvolvimento de pedagogias que se complementam na pers-pectiva multidisciplinar de com-preensão da realidade e ruptura com a fragmentação conceitual nas diferentes áreas do conhe-cimento.

Fundamentalmente a refle-xão sobre projetos na educação representa olhar para as concep-ções subjacentes a prática edu-cativa; revelando e desvelando os significado dessas praticas e as possibilidades concretas de transformá-las com coerência e intencionalidade.

Como diz o nosso Grande Mestre Paulo Freire “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo; os homens educam-se entre si, mediados pelo mun-do”.

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Itumbiara - GO

Eis o desafio...No período noturno tivemos

o Espetáculo Teatral com o Gru-po Zibaldoni: “A saga dos heróis desconhecidos” se apresenta em linha de frente com os heróis desconhecidos mais famosos do mundo, Bisgoio e Napolino. De-monstrando números de destre-za, desafiando a lei da gravidade e com muita coragem nossos heróis se entrelaçam entre o pú-blico tornando o espetáculo um encontro poeticamente inesque-cível, deixando suas marcas e partindo para a próxima viagem.

No dia 6 de outubro tivemos a conferência com o Prof. Dr. Joe Garcia com o tema: “Ingredien-tes essenciais de uma aula nota 10”. Ensinar é uma arte comple-xa. Requer conhecimento, expe-riência, intuição e a capacidade de tornar as aulas uma experi-ência marcante para os alunos. Mas quais são os ingredientes essenciais que distinguem as aulas nota 10? Nesta palestra respondemos a essas perguntas com base em estudos recentes sobre a atuação de professo-res notáveis e os princípios que orientam suas práticas.

Encerrando o Congresso ti-vemos uma “Conferência Show: Como preparar aulas criativas – contribuições das neurociências, artes visuais e música” com os Professores Egídio Romanelli, Guilherme Romanelli e Berenice Romanelli. Aulas criativas são a marca de uma instituição escolar que se quer inovadora e onde a aprendizagem flui naturalmente. A educação formal, o ensino e a aprendizagem estão em crise pelo mundo afora e com muita in-tensidade em nosso querido país. Mas crise é para ser vencida. Cri-se constitui a grande oportunida-de para o espírito inovador aflo-rar e abrir novos caminhos que apontem para situações mais confortáveis e seguras. A esco-la criativa é aquela que incentiva seus docentes a desenvolverem aulas criativas, promovendo dis-cussão de ideias e reflexão sobre soluções novas para problemas antigos, transformando a sala de aula em espaço lúdico, onde impera o prazer da descoberta. Como seria o caminho criativo

no cérebro? A criatividade resul-ta de um trabalho muito intenso de trocas de informações entre os dois hemisférios cerebrais. Ambos trabalham juntos como bons companheiros de lutas. O cérebro esquerdo, através da linguagem, se encarrega de acu-mular um repertório de dados suficientemente caudaloso que é compartilhado com a luz intuitiva do direito, resultando num jorro de criatividade. Uma aula criativa obrigatoriamente é um diálogo inovador entre alunos e profes-sores em volta de um projeto de aprendizagem. Nosso trabalho neste congresso de educação pretende dar uma demonstra-ção de como a especialidade de cada um dos membros de uma família pode explorar suas espe-cialidades e apresentar reflexões inovadoras para uma aprendiza-gem lúdica e prazerosa. Num di-álogo descontraído entre as artes visuais, a música e as neurociên-cias procuramos mostrar como a aprendizagem pode ocorrer de modo espontâneo e agradável.

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Jaguariaíva - SP

Formação continuada de educadoresA Rede Municipal de Educa-

ção, Cultura e Esportes, através do Departamento de Educação, em parceria com a consultoria pedagógica Tantas Palavras, promoveu um encontro com Educadores dos CEMEI’s. O encontro teve como o objetivo investir na formação continua-da dos Educadores que atuam nos CEMEI’s.

O encontro teve a participa-ção de 80 Educadores da rede que se reuniram no Prédio da Capacitação. Também estive-ram presentes na abertura o Prefeito Dr. Otélio Renato Ba-roni, a Secretária da Educação, Cultura e Esporte Alcione Le-mos, Diretoras dos CEMEI’s e Equipe da Secretaria.

O evento aconteceu no dia 16 de janeiro, teve início às 08h00min da manhã com a explanação das autoridades e apresentação das melhorias ocorridas no âmbito da Edu-cação pela Secretária de Edu-cação, Cultura e Esporte, Pro-fessora Alcione. Em seguida os Educadores participaram da oficina ‘’A arte de contar e ouvir histórias e Brincadeiras e Fantasia’’ com a atriz Poliana Savegnago que tem especiali-zações na área de brincadeiras e atividades com crianças.

Ela nos passou várias técni-cas para ser um bom contador de histórias e para a criança permanecer no mundo de en-cantamento tais como:

— Utilizar elementos expres-sivos, como imitação de vo-zes e movimentos com as

mãos. Empregados na hora certa eles fazem a diferença.— Utilização de recursos como desenhos, bonecos, músicas e movimentos de dança com as quais você se sinta mais à vontade. — Incluir as interrupções que acontecem em determinados momentos dentro da história.— Se colocar na história usan-do a frase mágica: Eu estava lá. Entre tantas outras.

Teve várias situações interes-santes como o momento que cada um dos presentes contou a história de sua infância e ti-vemos a chance de relembrar de boas recordações de nossa vida. Também o momento que a Poliana começou contando a história da dona Ratinha e seus filhos e todos nós parti-cipamos dando características para o monstro e ao mesmo tempo dando asas a nossa ima-ginação. Se para nós adultos, essa técnica aguçou a nossa imaginação e curiosidade ima-gine para as crianças que estão em pleno desenvolvimento.

A oficina estendeu-se até o período da tarde seguida de ati-vidades e brincadeiras lúdicas dando destaque a atividades que trabalham a expressão cor-poral. Essa oficina veio enrique-cer ainda mais o trabalho dos Educadores dos CEMEI’s nas Instituições de Educação Infantil

Agradecemos a Consulto-ria Pedagógica Tantas Palavras com o comprometimento com a melhoria da Educação Brasilei-ra.

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Mandaguaçu - PR

Propostas para a educação

No último dia 16, ocorreu a II Conferência Municipal de Edu-cação em Mandaguaçu/Para-ná. A programação foi iniciada no período da manhã e contou com uma palestra com o tema “O PNE (PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO) NA ARTICULA-ÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO: PARTICIPAÇÃO POPULAR, COOPERAÇÃO FE-DERATIVA E REGIME DE COLA-BORAÇÃO”, com a Professora Doutora Zita Lago.

O objetivo da conferência foi apresentar proposições para a política municipal, estadual e na-cional de educação, indicando responsabilidades, corresponsa-bilidades, atribuições concorren-tes, complementares e colabo-rativas entre os municípios e os sistemas de ensino.

A elaboração das proposi-ções e estratégias (a nível nacio-

nal) tem como base sete eixos temáticos:

Eixo 1 – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: organização e re-gulação;

Eixo 2 – Educação e diversi-dade: justiça social, inclusão e direitos humanos;

Eixo 3 – Educação, trabalho e desenvolvimento sustentável: cultura, ciência, tecnologia, saú-de e meio ambiente;

Eixo 4 – Qualidade da educa-ção: democratização do acesso, permanência, avaliação, condi-ções de participação e aprendi-zagem;

Eixo 5 – Gestão democrática, participação popular e controle social;

Eixo 6 – Valorização dos pro-fissionais da educação: forma-ção remuneração, carreira e con-dição de trabalho;

Eixo 7 – Financiamento da educação: gestão, transparência e controle social dos recursos.

Os participantes tiveram momento de estudo em gru-pos, onde cada grupo ficou responsável por um eixo te-mático e no final, foram esco-lhidas duas propostas de cada eixo para serem encaminhadas à Conferência Estadual.

Na ocasião estiveram pre-sentes os representantes das escolas estaduais, particulares e municipais (gestor, profis-sionais da educação, alunos e pais), representante do Conse-lho Tutelar, Pastoral da Crian-ça, Ministério Público, Câmara Municipal, Polícia Militar, De-partamento de Sáude, Contro-le Interno, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Ado-lescentes e representantes do Núcleo Regional de Educação.

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Mandaguaçu - PRO II Seminário de Educação

Infantil de Mandaguaçu com o tema “ Linguagens e represen-tações: adequar as práticas para atender os aspectos do desen-volvimento infantil ”, aconteceu nos dias 30 e 31 de janeiro de 2013, no Auditório Maria Cecília Ramires da Silva – Centro Cultu-ral. Teve como público alvo pro-fissionais da Educação Infantil (Auxiliares de Berçário, Atenden-tes de Creche, Professores, Su-pervisores e Diretores). Estiveram presente na abertura do evento representantes do Executivo e Legislativo municipal e a Diretora do Departamento de Educação e Cultura.

O objetivo do II Seminário de Educação Infantil foi reconhecer e valorizar as múltiplas lingua-gens na Educação Infantil, esta-belecendo relações, construin-do experiência e melhorando a aprendizagem.

O evento contou com a parti-cipação das seguintes palestran-tes:

• Profª. Ms. Júlia Inês P. B. Pi-menta – “Componentes Curricu-lares – As diferentes linguagens na Educação Infantil”

• Profª. Ms. Silvana de Lucca– “Favorecendo a integração social e o desenvolvimento moral da criança”.

• Profª.Joyce Raymundo – “Pré-escola: Brincar, conhecer e ensinar”.

• Profª. Alcita Coelho – “A mú-sica como ferramenta na sala de aula de Educação Infantil”.

DEPOIMENTOS:“O II Seminário de Educação

Infantil veio mais uma vez for-talecer o trabalho realizado nos CMEIS de Mandaguaçu, e assim também nos valorizar. Os pales-trantes que aqui estiveram enfa-tizaram a importância do nosso trabalho para a vida da criança, fazendo uma reflexão sobre o co-tidiano e que todos nós naquilo que propomos devemos fazer com amor, dedicação, compro-misso, carinho, respeito, soli-dariedade para o crescimento e bem estar da criança”.

Dulcelene Aparecida Soares Volpato – Diretora

“O Seminário é muito impor-tante, pois além de abrir horizon-tes nos leva a pensar e refletir sobre o que faremos não só no decorrer do ano e sim durante toda nossa vida, já que quere-mos trabalhar com crianças. Os profissionais da Educação Infantil de Mandaguaçu só tem a ganhar com essas palestras, através de-las ganhamos mais coragem e força de decisão”.

Lucieni Aparecida de Souza Cayres – Atendente de Creche

“Participando do Seminário de Educação Infantil, buscamos no inconsciente coisas que apren-demos e estão guardadas, como disse a Profª Julia Pimenta. E

também a cada encontro tenho a certeza que estou na profissão certa, pois a educação não se faz só com conhecimento, mas sim com amor e dedicação. Relem-bramos também a importância dos diversos tipos de linguagens na Educação Infantil, as interven-ções pedagógicas, o currículo e o brincar”.

Solange Aparecida Vicente da Cruz – Professora de Edu-cação Infantil

“O II Seminário de Educação Infantil veio acrescentar conhe-cimento ao nosso currículo. To-das as palestras apresentadas contribuíram para trocas de ex-periências, novos desafios, or-ganização, desejo de melhorar e principalmente planejar com me-tas e objetivos. E que devemos adequar as práticas para melhor atender nossas crianças”.

Lucilene Aparecida Stábile Barbosa – Supervisora

“O Seminário de Educação Infantil veio suprir nossas ne-cessidades diárias, visando uma melhor relação do adulto com a criança. Revemos atividades que já fazíamos e as nossas ações, sugestões de atividades e de como agir em determinadas situ-ações”.

Liliam Zacarioto – Auxiliar de Berçário

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Mandaguaçu - PR

De 24 a 27 de setembro de 2013 o Departamento de Edu-cação e Cultura de Mandagua-çu promoveu o XIII Seminário de Reflexão e Educação e XII Semi-nário Regional de Educação de Mandaguaçu.

O evento apresentou como tema - Educação: Papel da es-cola, da Família e da Sociedade e seus objetivos eram refletir sobre a educação nos dias atu-ais, identificando os papeis e responsabilidades de todos os envolvidos neste processo. Pro-porcionar aos profissionais da educação discussões que pos-sibilitem novas práticas e enca-minhamentos pedagógicos no ambiente escolar.

O Seminário de Educação contou com a participação de aproximadamente 150 professo-res da Rede Municipal de Ensino e foi abrilhantado com as pales-tras:

24/09 - “PARADGMAS EDU-CACIONAIS: ESCOLA, CULTU-RA E SOCIEDADE” – Palestran-te Zita Lago

25/09 - “PROFESSORES FORMADORES : A RELAÇÃO ENTRE A FAMÍLIA, A ESCOLA E A APRENDIZAGEM”- Pales-trante Isabel Parolin

25/09 - “FAMÍLIA, PROFES-SOR E ESCOLA: VINCULOS,

AUTOESTIMA E APRENDIZA-GEM.” – Palestrante Caio Feijó

26/09 – “ASPECTOS NEU-ROLÓGICOS DAS DIFICULA-DADES DE APRENDIZAGEM”. – Palestrante Dr. Clay Brites

26/09 – “(IN)DISCIPLINA: A QUESTÃO DO INTERESSE E DA MOBILIZAÇÃO – DESA-FIOS E PERSPECTIVAS CON-TEMPORÂNEAS.” – Palestrante Celso Vasconcelos

27/09 – “COMO DESENVOL-VER A INTELIGENCIA DE SEU ALUNO OU DE SEU FILHO – OS FATORES DO DESENVOLVI-MENTO EMOCIONAL E COG-NITIVO”. – Palestrante Marcos Meier

27/09 – “ESCOLA E FAMÍLIA: O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO DE LIMITES E DA FORMAÇÃO DE VALORES”. – Palestrante Jú-lio Furtado

DEPOIMENTOS DOS PAR-TICIPANTES DO SEMINÁRIO

DE EDUCAÇÃO“O evento foi de suma im-

portância para nós educadores, cada palestra possibilitou uma ação reflexiva sobre nossa prá-tica. Veio reforçar a necessidade de buscarmos cada vez mais co-nhecimento, aprimoramento por-que o sucesso dos alunos está em nossas mãos e que precisa-

mos estabelecer relação de par-ceria e não passar a responsabili-dade para o outro.”

Solange Aparecida Guedes Martins - Diretora da Escola Mu-nicipal de Educação Infantil Abe-lhinha

“O evento foi muito importan-te, pois mais uma vez nos fez refletir sobre a educação atual, apontando e esclarecendo os pa-peis de cada um e confirmando que a escola e a família devem estar envolvidas para que nos-sa criança tenha uma educação bem sucedida e, que nosso pa-pel só se enriquece quando te-mos como objetivo compartilhar, dividir e contribuir para que ou-tros vivam melhor principalmente aqueles com quem convivemos, os nossos alunos”.

Lidinalva R. S. Francesqui – supervisora da Escola Municipal Manoela Rosalina Mazzei da Sil-va

“A palestra do professor Júlio Furtado veio falar sobre limites. Precisamos de educadores e de pais que tracem regras e metas claras, baseadas em princípios. Limites também servem para dar segurança e estabilidade emo-cional ao sujeito. As regras den-tro de uma escola, têm que ser discutidas e seguidas por todos, além disso, aprendemos que cui-dar é dar autonomia é ensinar a fazer escolhas, aceitar limites e assumir erros. Neste sentido, precisamos urgentemente traba-lharmos valores para que nos-sas crianças e jovens se tornem menos imediatistas, precisamos para tanto reinventar nossa didá-tica nas escolas.”

Maria Furtunata Salvalágio de Lima – supervisora da Escola Municipal Barão do Rio Branco.

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Page 33: Revista Tantas Palavras 2013

Mococa - SP

A escola contemporâneaIII SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO DE MOCOCA ALCANÇA SU-CESSO ENTRE EDUCADORES

O III SIMPÓSIO DE EDUCA-ÇÃO DE MOCOCA, realizado nos dias 22, 23 e 24 de Agosto de 2013 foi um grande sucesso de crítica entre os educadores que estiveram presentes.

A procura pela participação no Simpósio tem aumentado a cada edição, e este ano contou com a presença de 480 educa-dores da rede pública e privada de Mococa e de outras cidades da região.

Com o tema CONTEMPO-RANEIDADE, INQUIETAÇÕES E REFLEXÕES o evento propiciou aos participantes pensar sobre a escola contemporânea, sobre algumas das inquietações que têm incomodado os educadores preocupados com a formação de seus alunos, que, aliás, perten-cem à geração Z e cuja grande nuance é zapear, tendo várias opções, entre canais de televi-são, internet, vídeo game, telefo-ne e MP3 players.

Ficou evidente, ao final do Simpósio, que a palavra de or-dem na educação contempo-rânea é HUMANIZAR, aprender que é na dinâmica do relacio-namento humano que os alunos aprendem e, simultaneamente, os professores reaprendem a en-sinar.

Como diz Gabriel Perissé: “Na sala de aula, e para além dela, o aprendizado nasce do encon-tro autêntico entre as pessoas, e do relacionamento das pessoas com o conhecimento e os valo-res.”

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Page 34: Revista Tantas Palavras 2013

Nova Bassano - RS

Educação transformadora

Aconteceu nos dias 18, 19 e 20 de fevereiro de 2013 o IV Se-minário Municipal de Educação de Nova Bassano/RS que contou com a Parceria da Consultoria Pedagógica Tantas Palavras. O tema abordado foi “Educação: transformando obstáculos em caminhos”. Estiveram presentes no evento autoridades municipais e aproximadamente 230 profis-sionais da área de educação de Nova Bassano, Nova Araçá e An-dré da Rocha. No dia 18, segun-da-feira, o Prefeito Municipal Sr. Darcilo Luiz Pauletto deu as bo-as-vindas a todos desejando um ótimo seminário e destacou a im-portância de superar obstáculos transformando-os em caminhos produtivos. Em seguida, a pro-fessora Analice Maria Antoniolli, Presidente da Câmara de Verea-dores, fez uso da palavra e para-benizou a iniciativa da realização do seminário no início do ano letivo e enfatizou a importância de realizar as práticas educacio-nais com paixão. A Secretária de

Educação Odete Zanon Vicca-ri, anfitriã do evento, acolheu os presentes dando- lhes boas- vin-das e afirmou que “com os três dias de seminário objetivamos o resgate da autoestima e o prazer de sermos educadores e termos subsídios para enfrentarmos os obstáculos na Educação atual.” As atividades tiveram início com o conferencista Professor Dalmir Sant’Anna abordando o tema “A arte de transformar menos em mais na Educação”; no turno da tarde, o Professor Doutor Celso dos Santos Vasconcellos abordou o tema “A avaliação da aprendi-zagem: por uma práxis transfor-madora”. No dia 20, quarta-feira, as atividades iniciaram com a conferencista Professora Doutora Emília Cipriano que palestrou so-bre o tema “Educador: síntese de relações”, e no turno da tarde o conferencista Professor Arquilau Moreira Romão proferiu sobre o tema” O poder da palavra: o sen-timento na educação”.

Também estiveram presentes

no evento a Pediatra Dra Maris-tela Zottis que orientou os educa-dores sobre como proceder em casos de “Urgência e emergência na escola - primeiros socorros”; na terça-feira, dia 19, as ativida-des ficaram por conta do confe-rencista Professor Eládio Wes-chenfelder que explanou sobre “O prazer de ler, escrever e con-tar histórias em todas as áreas do conhecimento” e encerrando as atividades do IV seminário Muni-cipal de Educação, o palestrante Roberto Fehrembach desenvol-veu o tema “Professor, eu preciso de você” com muito entusiasmo, de uma maneira descontraída e animada.

A presença de palestrantes renomados, a diversidade dos temas escolhidos, a organiza-ção do evento e a realização do mesmo no início do ano letivo, foram pontos positivos desta-cados pelos participantes do IV Seminário Municipal de Edu-cação de Nova Bassano/RS.

IV Seminário Municipal de Educação de Nova BassanoEducação: transformando obstáculos em caminhos

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Page 35: Revista Tantas Palavras 2013

Nova Bassano - RSDEPOIMENTOS:EMILIA CIPRIANOCom toda energia e entusias-

mo a professora doutora Emília palestrou sobre o comprometi-mento do educador em cons-truir uma aprendizagem usando a criatividade, dando direção ao trabalho, assumindo funções, in-formando-se constantemente, usando a interação, construindo valores com ética, não se esque-cendo de celebrar a vida em to-dos os momentos de nossa cami-nhada.

Professora Eli Ana Grando da Silva - Colégio Colbachini

ARQUILAU MOREIRAA palestra ministrada pelo pro-

fessor doutor Arquilau Moreira Romão com o tema: “O poder da palavra: o sentimento na educa-ção” nos mostrou, demostrou e arquitetou que a palavra, assim como a educação deve passar pelos sentidos, fazendo com que o educador vá além do conteúdo atingindo a emoção do seu aluno, cultivando assim, uma educação que passa pelo coração e vai além. “Somos e sempre seremos as escolhas que fazemos”.

Professora Suziane PeruzzoEscola Especial Giudita e

Andréa Basso – APAE

CELSO DOS SANTOS VAS-CONCELLOS

Avaliação da aprendizagem: por uma práxis transformadora

O Professor Doutor Celso dos Santos Vasconcellos enfatizou que durante muito tempo a ava-liação foi usada como instrumen-to para classificar e rotular os alu-nos entre bons e maus. Para ele a avaliação deve ser vista como uma importante ferramenta à disposição dos professores para avaliar, investigar, identificar as-

pectos positivos e negativos no aprendizado dos alunos.

Professora Ivania Marcon Coltro - Escola Municipal de Ensino Fundamental Teodolin-da Reginatto

Dalmir Sant’AnnaA palestra ministrada pelo pro-

fessor Dalmir Sant’Anna nos mos-trou que para conseguir trans-formar obstáculos em caminhos precisamos ter a preocupação com o educando, respeitar seus limites e as visões diferentes, ali-nhar os objetivos para chegar aos resultados almejados. Amar nos-so trabalho, fazer a grande dife-rença na educação. Acreditar na transformação a fim de colhermos frutos maravilhosos. Mostrar ao nosso aluno que precisamos fa-zer da nossa vida uma academia onde ninguém faz as coisas por nós mas sim, precisamos correr atrás para conseguir melhores re-sultados para para nossa vida.

Professora Roseméri Fa-ganello Luvisa - Professora da EMEF 15 de Novembro – Séries Iniciais

A palestra realizada pelo Pro-fessor Dalmir Sant’Anna sobre “ A arte de transformar menos em mais” foi, sem dúvida alguma, maravilhosa e curiosa ao mes-mo tempo, pois abrangeu vários itens, sendo um deles muito im-portante, na minha visão de edu-cadora e essencial na educação: a religiosidade. De acordo com Dalmir, diariamente passamos por situações que, antes mesmo de se concretizar, já sabemos em que resultarão. Sendo assim, devemos usar este poder que temos em nossas mãos, para o lado positivo, isto é, acreditar na nossa potencialidade e o resul-tado será satisfatório. É preci-

so acreditar na transformação e na capacidade de vencermos e apostarmos em nós mesmos. Em contrapartida, nunca devemos impor nossos pensamentos, mas inclui-los no grande grupo, pois assim teremos uma comunidade de docentes participativos, ativos e transformadores.

Professora Mara Eunice Fal-ler Coltro - Professora da EMEF 15 de Novembro - Ensino Fun-damental

A participação dos Professores Dalmir Sant’Anna, Celso Vascon-celos, Arquilau Moreira Romão e Emília Cipriano no IV Seminário Municipal de Educação ressalta-ram a importância da qualificação do professor para melhor atender ao aluno num processo perma-nente da busca do saber respei-tando diferenças e capacidades buscando a construção e a pre-servação da identidade através de momentos de reflexão.

Professora Neura de Lour-des Pauletto - Diretora do De-partamento de Cultura

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Page 36: Revista Tantas Palavras 2013

Palmital - SP

Os saberes e os sabores de um educador

A Jornada de Educação de Palmital teve início no dia 13 de fevereiro de 2013 com a abertura de uma palestra com a Ilma. Sr. Professora Doutora Emília Cipriano.

O Tema foi “Os saberes e os sabores de um educador”.

A palestra aconteceu no Centro Cultural “Antonio Cunha da Silva Bueno”, com a presen-ça da Ilma. Srª Prefeita Muni-cipal Ismênia Mendes Moraes, a Diretora do Departamento de Educação Geane Cristina da Silva Amorim, Supervisoras,

Diretoras, Vice-Diretora, Coor-denadoras Pedagógicas e Pro-fessores.

A Jornada se estendeu até o dia 15 de fevereiro onde houve o encerramento com Oficinas Pedagógicas para a Educação infantil e Ensino Fundamental.

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Page 37: Revista Tantas Palavras 2013

Pién - PR

Ensinar e se relacionar

Depoimento referente a pa-lestra do Profº Dr. Joe Garcia

A palestra enfatizou o tema “autoridade” do professor em sala de aula e suas novas con-figurações, uma vez que esta atitude quando não realizada de forma consciente poderá afe-tar negativamente o trabalho de ensino/aprendizagem e a função do docente. Os problemas rela-cionados à indisciplina na sala de aula tem sido de ordem mun-dial, pois o perfil de aluno vem mudando de forma significativa, cabendo ao docente procurar formas que contribuam para um bom relacionamento com o aluno e com a turma, de forma que es-tes “inconvenientes” existentes não interfiram no desempenho dos alunos. Não é tarefa fácil, mas é possível.

O doente precisa entender que sua postura não pode ser a mesma de décadas atrás, o nosso aluno atual é, como já ci-tei, muito diferente do aluno que nós fomos. E a relação com este aluno de hoje não pode ser ba-seada numa relação de autorida-de, poder, controle, obrigações, tudo isso pode afetar a relação do professor com o aluno. Hoje devemos agir de maneira que possam ser mantidos acordos, regras e combinados na sala de aula, porém pautada numa rela-ção de respeito, na qual possa

existir liberdade para se expres-sar por parte do aluno e para “cobrar” por parte do professor, existindo um elo de amizade, ca-rinho e confiança. A partir do mo-mento que o aluno percebe que o professor trata todos igualmente, que constrói regras juntamente com as crianças e todos cobram um do outro os combinados e que pode contar com o docente quando necessita de seu apoio, com certeza o trabalho será sig-nificativo e o desempenho do aluno também.

Alguns fatores são de extrema importância para auxiliar o pro-fessor nesta tarefa, uma vez que nossas crianças e jovens estão em contato com muitas infor-mações em diferentes meios o tempo todo. Assim como o perfil de aluno mudou, o perfil do do-cente também deve mudar, en-tendendo que para ser professor no momento atual o mínimo que necessita na sua formação, con-forme citou o Profº Joe Garcia é: socialização e comunicação, afeto e sexualidade, relação com tecnologia, desempenho cogniti-vo, senso de futuro, relação com autoridade, ou seja, saber como exercê-la sem ser o detentor do poder.

Professora: Aleçandra de Fª F. Schier - Escola Municipal Al-minda Antônia de Andrade

Depoimento referente a pa-lestra do Profº Dr. Joe Garcia

Conhecer o nosso aluno hoje e suas mudanças ao longo da história foi importante para en-tender e compreender o proces-so pelo qual a Educação se en-contra nos dias atuais.

Compreender o papel e a res-ponsabilidade do professor com relação aos alunos e para com a meio onde está inserido.

Para ser um bom professor precisa ter:

• Competência para ensinar• Competência para se rela-

cionar

Suas colocações reforçaram o comprometimento e a voca-ção para ser professor não se pode pensar em um profissional da Educação que não possua essas duas competências.

Um bom professor dá sinais de sua competência:

• Ensina de forma diferente,• Mantém o dialogo,• Deixa transparecer o modo

como aprofunda as coisas... “nutre a alma.”

• Que para ter relação de autoridade com seus alunos é preciso mostrar que tem com-petência para ensinar.

O aluno percebe que profes-sor tem diante dele então temos que estar atentos as essas duas tão importantes competências: “Ensinar e se relacionar”.

Professora Silvia Jaqueline dos Santos Gonçalves - Es-cola Municipal Alminda Antô-nia de Andrade

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Page 38: Revista Tantas Palavras 2013

Pién - PR

Depoimento referente a pa-lestra do Profº Dr. Joe Garcia

Como diz o palestrante Joe Garcia o professor deve estar sempre surpreendendo seus alu-nos, essa é a maneira mais fácil de ensinar, pois o aluno se sen-te seguro, com a certeza de que além de um professor ele tem um amigo.

Como professor sabemos que cada ano está mais difícil despertar o interesse nos nos-sos alunos, mesmo tendo a for-mação exigida para exercer a profissão de professor hoje não basta é preciso buscar algo a mais fazer o diferencial pros nos-sos alunos, ensinar com prazer para que o aluno aprenda com motivação.

Segundo Joe conquistar o aluno, surpreender e inovar são tão importantes como dominar o conteúdo, pois um bom profes-sor é aquele que sabe ser auto-ritário quando preciso e amigo, quando necessário, e essa é uma tarefa que exige muito empenho, pois um aluno é diferente do ou-tro, cada um tem seu tempo, sua história e seus sentimentos.

Como professor devemos es-tar ciente de que estamos tra-

Depoimento referente a pa-lestra da Profª Jane Haddad

A palestrante nos fez real-mente pensar sobre: O que quer a Escola?

Estamos habituados a querer que nossos alunos aprendam tudo a todo momento, e real-mente esse é o nosso papel na

balhando com crianças, e é nas nossas mãos que estão o seu futuro assim como podemos aju-da-las temos um grande poder de fazer o contrário, então a dica é “ensinar com prazer e surpre-ender sempre”.

Sabrina M. de Andrade Stahelin

escola. Enquanto educadores buscamos a perfeição dos edu-candos, no entanto, a palestran-te ressaltou sobre despertar as possibilidades para o aprendiza-do, e não apenas as limitações, das quais tanto falamos. Enfati-zou ainda a necessidade decon-siderar o aluno na sua individu-alidade.

Atualmente, o “mundo” está inserido na escola, são as novas relações que estão acontecen-do, a TV e tantas outras tecno-logias que estão presentes na sala de aula, pois os educandos estão tendo acesso a diversas fontes de informação. Aí tam-bém a palestrante foi bastante clara sobre o novo perfil do pro-fessor, e as novas funções deles na escola. Também questionou se estamos nos dando o devido valor em relação a pais e alunos.

A medida em que abordou esses assuntos, fui me compa-rando com exemplos citados,

com certeza, uma palestra como essa contribuiu muito para todos os professores, principalmente sobre as atitudes tomadas em sala, e também sobre o valor que nós, professores temos que nos dar.

Juliana Pscheidt da Silva

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Page 39: Revista Tantas Palavras 2013

Pojuca - BA

Troca de conhecimento

PROGRAMAS E PROJETOS O III Encontro de Educadores

da FJC proporcionou aos seus educadores e demais funcionários presentes, momentos de sociali-zação de didática e troca de co-nhecimentos.

Para nós, educadores, os pa-lestrantes, doutores na área edu-cacional, Celso Antunes e José Luís Tejon, abordaram a temática do Encontro de uma forma pra-zerosa de ser ouvida, de fácil per-cepção e que pudemos associar ao nosso dia a dia, tanto profis-sional quanto pessoal... Foi como um “bálsamo” a cerca do universo educacional.

Não podemos deixar de elo-giar e agradecer a presidente da Instituição, profª Marilene Ferreira, pelo momento proporcionado aos funcionários; e à sua equipe orga-nizadora, nos sentimos acolhidos. Percebemos que cada detalhe foi pensado e planejado com carinho e atenção... espaços físicos, ali-mentação, transporte, palestran-tes, sem esquecer da belíssima apresentação dos “nossos meni-

nos” da Orquestra de Sopro Tons do Amanhã... Foi tudo muito acon-chegante!!!

A equipe do Espaço das Ar-tes da Fundação José Carvalho é imensamente grata pela oportuni-dade!!!

ESC. EST. R. TAYLOR EGÍDIOComo sempre tem ocorrido

com os eventos propostos pela Fundação José Carvalho (FJC), o III Encontro de Educadores foi um brilho!

Organização, pontualidade, conteúdo e alto estilo foram mar-cas perceptíveis no acontecimen-to educacional que inaugurou o ano letivo 2013 para os educado-res pertencentes à FJC.

Além do requinte dos ambien-tes onde as programações ocorre-ram, os conteúdos apresentados nas palestras de Celso Antunes e de José Luiz Tejon acalentaram nosso ser e nos subsidiaram para o enfrentamento das crises exis-tenciais que vivemos na contem-poraneidade.

Valeu o empenho da equipe que apoiou a presidente, Profes-

sora Marilene Barbosa. Valeu o in-vestimento.

Valeu a confiança na proposta!Valeu iniciar 2013 com o senti-

meto de paz, compromisso, ami-zade e amor que caracteriza a equipe de educadores da FJC.

ESCOLA RURAL TINA CAR-VALHO

O IIIº Encontro de Educadores foi muito proveitoso uma vez que relembramos, através das pales-tras, questões educacionais que permeiam o nosso cotidiano e que sempre nos trazem inquietudes e questionamentos. Percebemos que são exatamente essas dúvi-das que nos fazem continuar em busca do melhor caminho para facilitar a aprendizagem do nosso aluno levando-o a desenvolver sua autonomia como cidadão crítico, tendo o professor como mediador desse processo.

Analisando o desempenho dos palestrantes observamos que os mesmos se preocuparam em uti-lizar uma linguagem acessível a todos e o relato de suas próprias experiências nos fez perceber que ser educador é gratificante e vale a pena.

Em relação a estrutura, o local em que ocorreu o encontro mos-trou-se adequado, com climatiza-ção satisfatória, boa sonorização, iluminação e acesso fácil.

O transporte disponibilizado foi de ótima qualidade atendendo a critérios de segurança e conforto.

Quanto à alimentação, a mes-ma foi satisfatória no sentido de variedade, qualidade, bem como os locais onde foi servida.

Os materiais de apoio, sacola, bloco de anotações, caneta, bo-ton foram funcionais e bonitos.

Enfim, o encontro de modo ge-ral atendeu a todas as expectati-vas alcançando um nível de exce-lência.

Depoimentos dos Professores das Unidades Escolares sobre a III Jornada de Educadores da Fundação José Carvalho.

Realização 05/02/2013 - Local: Salvador

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Pojuca - BAESCOLA DENISE CARVA-

LHO “O homem contemporâneo,

seus laços, seus vínculos, seu conflitos, sua espera”: eis o tema do III Encontro Pedagógico de Educadores, promovido pela Fun-dação José Carvalho. O evento, que reuniu cerca de 250 profis-sionais da educação, no dia 05 de fevereiro de 2013, em Salva-dor- Bahia, no auditório Boulevard Side Empresarial, Rua Everton Visco, Caminho das Árvores, teve como foco a reflexão pedagógica, visando ressignificar a prática pe-dagógica dos educadores.

A Equipe da Escola Denise Carvalho verbaliza que o Encon-tro Pedagógico foi importante para a integração dos profissio-nais da Instituição para avaliar as conquistas e trabalhar as dificul-dades.

A programação do encontro contou com os ilustres palestran-tes Sr José Luis Tejon Megido, que abordou de modo criterioso sobre “Saber aprender a apren-der: a esperança humana da eter-na educação, o fazer, o sentir e o pensar” e o Sr Celso Antunes “A influência do pensar sobre o sentir e o agir”. Além disso, um ambien-te físico cuidadosamente selecio-nado e organizado favorecendo fundamentalmente para o desen-volvimento de habilidades como refazer para fazer e do repensar o que se pensa.

Na análise da Direção, das Co-ordenadoras e dos Docentes da Escola Denise Carvalho o Encon-tro proporcionou bons momentos de integração. Os assuntos abor-dados foram discutidos de forma participativa, significativa, interati-va e com dinamicidade, portanto atendeu aos anseios e inquieta-ções dos educadores diante da atual conjuntura social, já que as Instituições Educacionais, inse-ridas nesse contexto, precisam repensar e alterar suas práticas

pedagógicas.Foi perceptível que no decorrer

da formação reafirmou-se que a educação garante ao cidadão vi-ver confiante de que tudo poderá ser melhor, desde que entenda a necessidade de “aprender a ser, aprender a aprender, aprender a conviver”, contudo, como a vida é um aprendizado constante são encontros como este que nos possibilitam melhorar a prática em sala de aula, pois, como sinaliza Paulo Freire “educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante”.

Nesse patamar, entendemos que o Encontro foi enriquecedor, esclarecedor, interessante, bem preparado, bastante produtivo e útil, através de troca de experiên-cias, mostrando-nos novos cami-nhos a serem trilhados, refletindo os procedimentos metodológicos, contribuindo para a renovação da pratica pedagógica, contextuali-zando-a, objetivando dar subsí-dios para o planejamento e exe-cução de aulas mais eficientes e significativas para os educandos.

Por fim, reafirmamos, defi-nitivamente, que a partir desse evento, a semente foi germinada e nos remetemos ao espaço da desconstrução e reconstrução e renovação de hábitos e pensa-

mentos. Acreditamos que os educado-

res, que souberam usufruir deste momento, sentiram-se desafiados de reafirmar todas as concepções acerca do mundo, da educação e de si mesmo.

Saímos com a “certeza” de que conquistamos mais uma fer-ramenta nos caminhos da educa-ção: encarar o futuro sem medo, com convicção, com cidadania e uma prática educacional coeren-te, desejando que o novo seja ins-taurado e que essas renovações façam parte do cotidiano das Uni-dades Escolares do grupo FJC.

Parabéns a todos os envolvi-dos nesta produção!

COLÉGIO TÉCNICOO III Encontro de Educadores

da Fundação José Carvalho, foi avaliado pela equipe Pedagógi-ca do Colégio Técnico como um evento muito valioso para fomen-tar nossas práticas educacionais.Os professores trouxeram em seus depoimentos a validação e apreço em relação a organi-zação do encontro, a escolha do espaço físico ,das escolhas dos palestrantes,do tema em desta-que, enfim podemos em suma di-zer que foi um momento impar e podemos investir nessa forma de

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promover encontros para nossos educadores.

Alguns dos depoimentos ex-postos na enquete realizada pela coordenação pedagógica

O III Encontro de educadores da Fundação José Carvalho foi profícuo e rico em experiências e fundamentos que nos auxiliam no processo ensino-aprendizagem, na medida em que os diálogos serviram como mecanismos de instrumentalização para as de-mandas e desafios do ensinar no século XXI.

Parabenizo a instituição nes-te 3º encontro de educadores por superar minhas expectativas quanto a estrutura física do even-to e escolha dos palestrantes,que muito contribuíram para o enri-quecimento das nossas práticas educacionais.

ESCOLA RURAL ROLF WEINBERG

No dia 05 de fevereiro de 2013, a Fundação José Carvalho pro-moveu o terceiro Encontro de Educadores, cujo o tema foi: “O

homem contemporâneo: seus la-ços, seus vínculos, seus conflitos, sua espera.”

Esse evento configurou uma oportunidade de renovação e aprendizagem para todos os par-ticipantes da jornada no que tange a arte do saber e ensinar. É válido ressaltar que os impactos positi-vos desse momento devem-se à presença dos renomados pales-trantes o mestre em Ciências Hu-manas, Celso Antunes e José Luiz Tejon Doutorando em Ciências da Educação e também a toda logís-tica aplicada ao evento.

É oportuno salientar a primoro-sa organização desde a inscrição até a realização desse encontro, enfatizando alguns aspectos es-truturais que contribuíram para o sucesso do encontro, tais como: a brilhante apresentação da Or-questra de Sopro “Tons do Ama-nhã”, a abertura do evento presi-dido pela Sra. Marilene da Silva Barbosa Ferreira presidente da Fundação José Carvalho, a pon-tualidade dos transportes utiliza-dos, os espaços escolhidos tanto

para as palestras quanto para as refeições, os oportunos momen-tos sociais que favoreceram diá-logos e integração entre educa-dores das Unidades Escolares da Fundação José Carvalho.

Quanto aos palestrantes, o Mestre Celso Antunes que abor-dou o tema “A influência do pen-sar sobre o sentir e o agir”, nos fez refletir a cerca da nossa prática pedagógica, em que o profes-sor enquanto mediador, promo-va estímulos diversos para que a aprendizagem aconteça de forma significativa.

Já o Doutorando José Luiz Tejon nos proporcionou também reavaliar nossa prática pedagógi-ca fortalecendo a visão de que o docente aprende todos os dias, e que é importante repensar qua-lificar o seu cotidiano pedagógico sendo que a formação continuada deve ser constante.

A Fundação José Carvalho fez o melhor, proporcionando a mis-são nobre em rever a nossa forma e educar.

Pojuca - BA

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Posse - GO

Educação inclusiva

FORMAÇÃO CONTINUADA SOBRE A INCLUSÃO

Aos três dias do mês de agosto do ano de dois mil e doze aconteceu mais uma For-mação Continuada realizada pela Consultoria Pedagógica “Tantas Palavras” de São Pau-lo com o apoio da Secretaria Municipal de Educação com o tema: “Educação Inclusiva:um desafio para todos”.

A oficineira Giane Fregolen-te, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Violência Doméstica Contra Criança e Adolescente abordou sobre os seguintes temas:a sociedade segrega-

cionista;

- o conceito de integração e a educação regular;

- Educação inclusiva no contexto da educação regular;

- A questão legal e o aten-dimento educacional especia-lizado.

Utilizando de oficinas, apre-sentação de slides, filmes,de-bates,comentários e reflexões sobre a importância de trabalhar com Educação Inclusiva em to-das as escolas, a professora Giane ainda ressaltou que, a mudança se deve tanto a progra-mas específicos aplicados hoje em dia quanto à estimulação e intervenção precoce dentro das

famílias e escola e o meio que a criança está inserida.

O sucesso da inclusão de-corre portanto,das possibilida-des dos alunos em conseguir progressos significativos por meio da adequação das práticas pedagógicas de nossos profes-sores da rede municipal,os quais participaram dessa formação.

O evento contou com a pre-sença de todos os professores da rede municipal, a Equipe da Secretaria Municipal de Educa-ção e Cultura, a coordenadora da Inclusão na rede Estadual, representantes das escolas es-taduais e particulares do muni-cípio.

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Resende - RJ

Oficinas para o desenvolvimento da criançaCRECHE MUNICIPAL PAR-

QUE EMBAIXADOR - DEPOI-MENTOS DAS OFICINAS MI-NISTRADAS NO COLÉGIO MUNICIPAL GETÚLIO VAR-GAS.

MARIA APARECIDA E JU-LIANA -“A OFICINA DE MATE-MÁTICA foi excelente, pois nos mostrou como trabalhar conte-údos de matemática de várias formas.

O jogo foi a ferramenta utiliza-da nesta oficina, mostrando-nos o tipo de jogo e a forma de exe-cução para ensinar a matemá-tica, com materiais acessíveis que temos na creche.

Mostrou que é possível es-timular as crianças, através de jogos, o aprendizado da mate-mática, sem os traumas que a palavra “ matemática” deixava no passado.”

ELIANA – “A OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, trouxe muitas coisas diferentes de que o grupo já participou. Fo-ram apresentadas: a forma e a técnica de contar histórias, como usar o tom de voz para contar determinada história e ser bem entendido, (podemos contá-las sussurradas, sem gritar, rindo ou chorando) de forma espontânea sem parecer mecanizado.! “

CRISTIANE, DANIELE E GI-SELE “A OFICINA DE MUSICA-LIZAÇÃO foi muito dinâmica e instrutiva. Aprendemos a implan-tar a música nas atividades do cotidiano das crianças, utilizando instrumentos fáceis de tirar sons. Foi muito proveitosa. O instrutor foi muito dedicado, demonstran-do interesse em nos ensinar. O

conhecimento e experiência do instrutor foi muito contagiante e enriqueceu o nosso trabalho.”

EROTILDE E MARIA “COM A OFICINA DE BRINCADEIRAS DO PASSADO E DO FUTURO, aprendemos que o brincar é de grande importância para o de-senvolvimento da criança. Per-cebemos que com os avanços

tecnológicos, as crianças tem deixado de brincar e intera-gir com outras crianças, o que vem acarretando problemas de saúde, tanto a nível físico como mental. Entendemos que as brincadeiras antigas devem ser resgatadas, pois fazem parte de nossa cultura, além de serem saudáveis e ajudam na socializa-ção e interação das crianças.”

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Ribeirão Preto - SP

Questionamentos para uma nova escola

SEB COC realizou o V Con-gresso Educacional

Evento reuniu professores, coordenadores e diretores do Grupo SEB

O V Congresso Educacional do Sistema Educacional Bra-sileiro (SEB), realizado entre os dias 23 e 25 de janeiro, ocorreu nas dependências do Centro Universitário UniSEB e na Uni-dade SEB COC Ribeirânia, em Ribeirão Preto.

A organização do Congresso foi realizada pelo Diretor Peda-gógico do Grupo SEB, Prof. Car-los Regalo. As palestras foram transmitidas via satélite para as Unidades próprias do SEB nas cidades de Brasília/DF, Maceió/AL, Araçatuba/SP, Vitória e Vila Velha/ES.

No primeiro dia, os professo-res, coordenadores e diretores da instituição assistiram à pales-tra “Metodologia x Tecnologia – Questionamentos e inovações para uma nova escola”, com o Prof. Dr. Nilbo Ribeiro Nogueira. No período da tarde, os profis-sionais prestigiaram uma ativi-dade cultural, o espetáculo “Ro-liúde”, com o ator João Ricardo Oliveira, que interpreta Bibiu, um

típico nordestino apaixonado pelas produções cinematográfi-cas de Hollywood.

Na quinta-feira, dia 24, foram realizadas Oficinas Pedagógicas direcionadas para os professo-res da Educação Infantil e do En-sino Fundamental I, com os te-mas “A música como ferramenta em sala de aula”; com a Profa. Alcita Coelho, e “A arte de ouvir e contar histórias”, com a Profa. Rita de Cássia Souza Spindola. E oficinas voltadas para os pro-fessores do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, com os temas “Meio ambiente e educação, pela construção de um mundo cidadão”, com o Prof. Dr. Didier David Pozza, e “A questão do li-mite e da disciplina na escola”, com a Profa. Dra. Maísa Maga-nha Tuckmantel.

No último dia do Congresso, 25/1, foram apresentadas três palestras: “Jovens Empreende-dores – Primeiros Passos”, com Darcy Lucca Junior (SEBRAE), “A ética e os valores – a quem cabe construí-los?”, com a Pro-fa. Dra. Zita Lago, e “Professan-do o quê, Professor?”, com o Prof. Dr. Júlio César Furtado dos Santos.

SEB COC realiza VI Con-gresso Pedagógico

Evento abriu o calendário de aulas do 2º semestre de 2013

Na última segunda-feira, dia 29/7, o SEB COC realizou o VI Congresso Pedagógico. O even-to, contou com duas palestras da Profa. Dra. Maísa Maganha Tuckmantel, que abordou os te-mas: “Educação Inclusiva – Uma escola para todos” e “Educação Sexual – Como trabalhar a sexua-lidade em sala de aula”; Com uma Aula Motivacional, o Prof. Dalmir Sant’Anna falou sobre o tema “Como fortalecer o trabalho em equipe no sistema educacional?”.

Para encerrar as palestras do VI Congresso, os professores participaram da conferência da Profa. Me. Silvana de Lucca, que discutiu o tema “Como trabalhar com crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperativida-de (TDAH)”. Ao fim das conferên-cias, os professores, coordena-dores e diretores do SEB COC prestigiaram a apresentação cul-tural “Vinícius de Moraes o Poeta do amor”, protagonizada por Ayr-ton Salvanini e Rogério Oliveira.

O VI Congresso Educacional do SEB COC ocorreu no Teatro do UniSEB e foi transmitido, ao vivo, via Tele Sala, aos profissio-nais de todas as escolas próprias do grupo SEB espalhadas pelo país.

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Rio de Janeiro - RJ

Compromisso com a prática educacional

A palestra “Educar pela Pes-quisa”, ministrada pelo Professor Pedro Demo, marcou o início do programa Janelas dos Saberes no último dia 9 de outubro no Campos Tijuca da Universidade Veiga de Almeida.

Autor de mais de 40 livros, Pedro Demo é pós-doutor pela UCLA, Los Angeles, doutor em sociologia pela Universidade de Saarbrücker, Alemanhã, e pro-fessor titular da Universidade de Brasília.

Durante a palestra – que reu-niu cerca de 150 professores e convidados da UVA – Pedro Demo falou sobre educar pela pesquisa e autoria; instrucionis-mo; trabalhar a aprendizagem, não o ensino; avaliação proces-sual e novas tecnologias.

O programa Janelas dos Sa-

beres é destinado aos educado-res da UVA comprometidos com o questionamento diário da sua prática educacional, que se refa-zem todos os dias, reconstruindo saberes e propiciando aos alunos tornarem-se autores e protago-nistas do futuro e da sociedade.

“O que posso dizer em pou-cas palavras, fantástico! A pales-tra foi esclarecedora e, acima de tudo, provocadora. Fez com que todos nós, professores, fizés-semos uma avaliação, reflexão profunda sobre nossas metodo-logias de ensino. Como estamos em sala de aula? O que fazemos de novo? Como despertamos os nossos alunos para a importância da leitura, do conhecimento? En-fim, provocador, desafiador, em particular, que deixou inquieta, com vontade de fazer diferente!”

Profª Lorena Bellora- Coordena-dora do curso de Administração

“O Prof. Pedro Demo dismis-tifica o discurso do saber e rea-tualiza a cena com a construção de uma nova forma de conheci-mento. Foi sensacional!”. Profª Leonora Roizen- Coordenadora do curso de Direito.

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Rio Negro - PR

Professor - potencializador da aprendizagemXVII Seminário de Educação

e XIII Congresso Interestadual de Educação

A Prefeitura Municipal de Rio Negro através da Secretaria Mu-nicipal de Educação em parceria com a Universidade do Contes-tado, Campus Mafra, promoveu nos dias 17, 18 e 19 de julho de 2013, na Sociedade Agricultura União Fuchs, em Rio Negro, Pa-raná, o XVII Seminário de Edu-cação e XIII Congresso Interes-tadual de Educação com o tema ”Professor – Potencializador da Aprendizagem”. A Sistemática do seminário foi realizada atra-vés de palestras, com a articu-lação dos mediadores que fize-ram parte da mesa, seguido das perguntas da plateia. No dia 17 no período matutino aconteceu a abertura oficial do evento, onde participaram da mesa de honra o Prefeito Municipal de Rio Negro Milton José Paizani, o Governa-dor do Estado do Paraná repre-sentado pelo Vice Governador e Secretário de Estado de Educa-ção Flávio Arns, o Comandante do 2º Pelotão da Polícia Militar 2º Tenente Yuri Fernandes da Veiga Cavalli, o Vice Prefeito de Rio Negro James Karson Valério, o Vereador Geraldo Veiga repre-sentando o Presidente da Câma-ra de Vereadores de Rio Negro, o Secretário Municipal de Educa-ção do Município de Rio Negro Alessandro Cristian Von Linsin-gen, o Chefe do Núcleo Regional da Área Metropolitana Sul Mauri-cio Ferraz da Costa, a Secretária Municipal de Educação de Mafra Solange Takaiama representando o Prefeito Municipal de Mafra, o Gerente de Administração da 25º SDR Zaqueo Hack representan-

do o Secretário de Estado de De-senvolvimento Regional da 25º SDR, o Reitor da Universidade do Contestado Campus Universi-tário de Mafra José Alceu Valério. Na sequência foi proferida a pa-lestra ”Controlando a Indisciplina com Inteligência” com o pales-trante Professor Doutor Hamilton Werneck. No período vespertino a palestra ”As bases Neurocien-tificas da Aprendizagem. Que cérebro é esse que chegou à escola?” com a palestrante pro-fessora Marta Pires Relvas. No período noturno Apresentação Cultural com a Quadrilha Canta-da com do Professor Reginaldo e a dança do grupo Trier. No dia 18 no período matutino a palestra

“Cérebro e Coração: Caminhos da aprendizagem para uma vida significativa” com a palestrante Professora Ms Silvana de Luc-ca. No período vespertino a pa-lestra “Bullyng: Como Prevenir a violência nas escolas e educar para a paz” com a palestrante Cléo Fante. No período noturno aconteceu a apresentação da Academia Equilíbrio do Corpo e Grupo Teatral Nós em Cena. No dia 19 no período matutino com a palestra “Quem são esses alu-nos que não aprendem” com o palestrante Professor Dr Jaime Zorzi. No período vespertino a palestra “A arte de contar his-tórias com literariedade” com o palestrante Jonas Ribeiro

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Santa Ernestina- SP

Educação: qualidade e compromissolho desenvolvido na educação seja eficiente, pois é um Prefeito preocupado com as causas da educação e que sempre possibi-lita todas as formas necessárias de trabalho. Agradecemos pela atenção especial que o Prefeito dedica pela educação desta ci-dade.

Conferência Formando Equi-pes Vitoriosas: Liderança, Diálo-go e Compromisso, com o pro-fessor Claudio Paris.

Conferência realizada no dia 17/05/2013, com a participação do Prefeito Municipal, Ricardo Fernandes de Abreu e Vice-Pre-feito José Antonio Teixeira dos Santos e líderes de setores, com a finalidade de evidenciar ques-tões relacionadas à liderança, convivência, habilidades comu-nicativas e sociais, com foco no trabalho coletivo.

Reflexões sobre as potencia-lidades, os deveres e a respon-sabilidade de cada pessoa em plenitude com os demais sujeitos que buscam atingir os objetivos do grupo de trabalho.

Os profissionais da Rede Mu-nicipal de Ensino de Santa Er-nestina participaram da Semana de Estudo no período de 1º à 4 de julho. Com o intuito de me-lhorar o ensino e a aprendizagem dos alunos, o Departamento de Educação e Cultura planejou ofi-cinas com a consultoria peda-gógica Tantas Palavras e com o apoio do Prefeito Municipal, Ri-cardo Fernandes de Abreu, que sempre disponibiliza os recursos necessários para que o traba-

O Prefeito Ricardo, ressal-tou que “A Semana de Estudo é motivo de muito orgulho, pois demos um grande passo na con-solidação da qualidade de ensi-no de nosso município e todos juntos e comprometidos avança-remos ainda mais”.

Depoimentos“A formação contínua do pro-

fessor é importante porque nos alerta sobre a necessidade de percepção das novas práticas pedagógicas, cotidiano escolar e outras questões não menos im-portantes” Professoras da EMEF D. Nair Scarmagnan Corona.

A Coordenadora Pedagógica das EMEFs Profº João Irineu da Silva Abreu e Dona Nair Scar-magnan Corona, Eliana Fernan-des da Silva Plácido, salientaram que “o trabalho contínuo com atividades dialógicas, reflexivas e interativas possibilita-nos uma me-lhora na preparação do professor e, em decorrência disso, na pos-sibilidade dos ajustes necessários no processo de ensino-aprendiza-gem”.

As Professoras da EMEF Profº João Irineu da Silva Abreu, destacaram que “a oficina de ma-temática ministrada pela Profª Ana Maria foi dinâmica e criativa, possi-bilitando-nos um novo olhar sobre o ensino de matemática através da ludicidade e a forma de envol-ver todos os alunos nas atividades apresentadas”.

Os professores da Creche--Escola Dona Joanina Caporici e da EMEI Comendador José Corona salientaram que “oficinas direcionadas à educação infantil são importantes para o desenvol-vimento dos professores, pois aju-da-nos a entender o universo da criança e assim melhorar a nossa prática pedagógica”.

A Semana de Estudo foi um momento importante para troca de experiências e diálogo junto aos profissionais da Educação Infantil e do Ensino Fundamental - Ciclo I, na qual reuniram-se quarenta e sete pessoas, entre dirigente da educação, supervisor, diretores, coordenador e educadores.

A Dirigente de Educação, Ma-ria Lúcia P. Previdelli, enfatiza que “a formação continuada contribui para a prática dos professores em sala de aula, pois as oficinas além de abordarem temas atuais, tam-bém contribuem para troca de ex-periências que são enriquecedoras entre os profissionais da educa-ção”.

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Sobral - CE

O verdadeiro papel da escola

Objetivando reconhecer, identi-ficar e tratar o fenômeno bullying como um problema social e, por-tanto, de responsabilidade de to-dos, é que o Colégio Luciano Fei-jão e a Faculdade Luciano Feijão implementaram o II Fórum de Educação com o tema: Bullying: Consequências e Responsabili-dades. Orientar a família, educa-

dores, gestores e todos aqueles que direta ou indiretamente são responsáveis pela educação de tantos adolescentes, fortalece uma rede de amizade, reciprocidade e respeito mútuo. Segundo Valdênia Fonseca (Especialista em Educa-ção, Psicopedagoga e Orientadora Educacional do Colégio Luciano Feijão), a maior riqueza da huma-

nidade está justamente na sua di-versidade, mantendo, assim, a dignidade e o direito de sermos pessoas melhores. A formação hu-mana beneficia a harmonia entre os pares fazendo com que a esco-la cumpra seu verdadeiro papel na promoção do desenvolvimento de potencialidades intelectuais, afeti-vas e sociais.

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Professores do Funda-mental II de Taquarivaí parti-cipam de Oficinas Pedagógi-cas

A Diretoria Municipal de Edu-cação e Cultura de Taquarivaí pro-moveu nos dias 29 e 30/07/2013 nas dependências da EMEF Pro-fessora Maria Stela Guimarães Barros, Oficinas de Práticas Pe-dagógicas de Língua Portuguesa e Matemática para todos os do-centes do Fundamental - Ciclo II da rede Municipal de Ensino, com os temas: Interpretação de texto – Uma aprendizagem de etapas, ministrada pela Professora Drª Lu-cília M. Souza Romão (USP) e As mil faces da matemática – Abor-dagens significativas e lúdicas da disciplina, ministrada pela Profes-sora Ana Maria de Araújo Ferreira, ambas da Consultoria Pedagó-gica Tantas Palavras de Ribeirão Preto.

Nós da Diretoria Municipal de Educação e Cultura, sabemos e acreditamos que a capacitação fi-gura no topo da lista de providên-cias de uma gestão interessada em modificar os índices de qua-lidade da educação de qualquer município, pois são nelas que os docentes evidenciam suas práti-cas em grupo com foco na pre-paração para o desenvolvimento humano e social dos alunos do nosso município, tendo como re-ferencial as diferentes fases da vida, em sua total diversidade.

As oficinas aconteceram nos períodos da manhã e tarde, e partiram da experiência única de cada participante que através de trabalhos realizados em grupos envolvendo discussão, confron-tação de idéias traduzidos na co-operação, no entusiasmo que le-vou cada um a vivenciar cada vez mais o valor da sua prática.

Taquarivaí- SP

Desenvolvimento de competências e valores

Neste formato de ação, nos foi possível o encontro do “ser pro-fessor” consigo mesmo, enquan-to pessoa e profissional, o encon-tro com o outro, na constituição do par educativo. Parabéns pro-fessores por participarem desse momento importante em que nos envolvemos na construção do sa-ber, possibilitando o fomento de metodologias cooperativas, o tra-balho em rede e o desenvolvimen-to de competências e valores em escala horizontal.

DepoimentoBuscar aperfeiçoamento para

a formação profissional dos edu-cadores é uma medida de suma importância em qualquer esforço, onde o objetivo principal é melho-rar a qualidade da educação. Vejo que foi essa uma das ações da Diretoria Municipal de Educação e Cultura de Taquarivaí para o 2º se-mestre de 2013. A formação dos educadores, tanto a inicial quanto a continuada favorece o processo de aprendizagem e torna-o reno-vado, levando para a sala de aula novidades, metodologias diferen-ciadas e subsídios para o desen-volvimento para um trabalho efi-ciente.

Essa foi uma oportunidade úni-ca, participar das Oficinas Peda-gógicas do Grupo Tantas Palavras.

A oficina de matemática ministra-da pela Professora Ana Maria que com toda a sua dedicação e com-petência me possibilitou enxergar um caminho novo para realização de rupturas consideráveis e cons-trução de um novo tipo de saber matemático, visto que trabalho na área de Humanas.

Por sua vez, a Professora Lucí-lia com todo o seu domínio sobre a leitura, me encantou de certa forma com todo o seu carisma e seu jeito novo de trabalhar com a interpretação textual, me deixan-do ainda mais apaixonada pela Língua portuguesa e só me ratifi-cou com seu belo trabalho, frisan-do sempre que o estímulo às es-tratégias de leitura e a produção escrita planejada é fundamental para a formação do leitor e escri-tor proficiente.

Além do embasamento teórico, as professoras também deixaram sugestões de como trabalhar com os alunos de forma mais lúdica. Cabe salientar, que, uma vez que o professor se encontra motivado e subsidiado, ele consegue se-duzir o seu aluno e abraçar a sua profissão com mais dedicação e segurança. Como diz Paulo Frei-re: “Não é no silêncio que os ho-mens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.”

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Venâncio Aires - RS

O reencantamento do ato de educar e aprenderO V Fórum Internacional de

Educação e IX Fórum Nacional de Educação de Venâncio Ai-res foi realizado entre os dias 24 a 27 de abril de 2013, com o tema “Na reflexão sobre o ser humano o reencantamento do ato de educar e aprender.” O Fórum promovido pela Se-cretaria Municipal de Educa-ção de Venâncio Aires, teve a presença do professor Miguel Arroyo. O professor Arroyo foi o conferencista na tarde de 25 de abril palestrando sobre “Mestre, qual o nosso ofício?”. Na ocasião os 800 educadores presentes puderam refletir so-bre a importância da educação e do educador no processo de desenvolver uma educação de qualidade para todos. Segundo a professora Mariela Borba, “o professor Arroyo foi muito feliz ao abordar o papel dos educa-dores no contexto atual diante de todas as dificuldades en-contradas na sala de aula, mas que é possível ensinar a todos e de forma a promover uma aprendizagem significativa”.

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Xaxim- SC

O alcance social da educação

Numa parceria da Consul-toria Pedagógica Tantas Pala-vras com a Secretaria Munici-pal de Educação de Xaxim-SC, realizou-se no dia 22 de Julho de 2013 uma palestra para os professores da rede municipal de ensino dentro do projeto de formação continuada de profes-sores o tema da palestra desen-volvido pelo Prof. Dr. Gaudencio Frigotto foi: “O alcance social da Educação: a produtividade da escola improdutiva”.

Dentre as várias abordagens e reflexões o Prof. Gaudencio Frigotto destacou:

Função social da escola e cri-se societária. Um olhar histórico do papel social da educação es-colar básica. Visões conflitantes da função e do alcance social da educação. Educação básica como direito social e subjetivo ou como capital humano e for-mar para a empregabilidade? Escola pública que cresce e se alarga para menos. Os desafios de conteúdo, método e forma no chão da escola e a educação básica como formadora de su-

jeitos autônomos e protagonis-tas de novas relações sociais.

A escola se uma instituição que se constituiu dentro do processo de afirmação da mo-dernidade. Sua origem dá-se sobre o ideário de escola pú-blica, universal, gratuita e laica. Por outro lado, essa concepção fundava-se na compreensão de que a escola básica - a que dá acesso aos conhecimentos, valores, símbolos fundamen-tais para a vida em sociedade - sé um direito social e subjeti-vo. Ao longo, especialmente, da segunda metade do século XX

este ideário foi se diluído trans-formando a educação básica de direito em serviço subordinan-do-a cada vez mais à perspec-tiva unidimensional de formar para o mercado de trabalho. As concepções de capital humano, qualidade total, pedagogia das competências para a emprega-bilidade afirmam esta regres-são. Uma escola que em sua improdutividade como media-ção para o direito social e subje-tivo à educação básica se torna produtiva para relações sociais cada vez mais desiguais e ex-cludentes.

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“A Conferência da Profª. Drª. Emilia Cirpiano foi de extre-ma importância para todos os professores e educadores, en-volvendo as pessoas com sua experiência, tanto na vida pro-fissional quanto na familiar. Nos fez acreditar muito mais no nos-so trabalho, refletindo sobre a criança e no que podemos ofe-recer para elas, de forma cari-nhosa, compreensiva e afetiva. Agradeço a Administração Mu-nicipal que nos proporcionou essa Semana Pedagógica, es-pecialmente essa Conferência, que nos tocou profundamente”.

Maria José Silva Ferreira – Batatais-SP

“Com o objetivo de melhorar a qualificação de todo profissio-nal envolvido na área educacio-nal, a Semana Pedagógica é de fundamental importância. Con-templando diversas áreas de conhecimento, os conferencis-tas apresentaram propriedade ao transmitir os conceitos dos temas abordados”.

Janaina Pereira Patrocínio dos Reis – Batatais-SP

“A Semana Pedagógica é

mais uma oportunidade ofere-cida aos educadores e gesto-res educacionais de retornar às atividades do segundo semes-tre abastecidos com reflexões sobre as diferentes demandas que envolvem o cotidiano esco-lar, quanto no que toca às es-tratégias utilizadas na atuação pedagógica e até questões re-ferentes ao projeto político pe-dagógico.

O momento destinado à ges-tão cuja abordagem foi “Lide-rança e Gestão”, produziu pos-sibilidades no direcionamento da unidade escolar, objetivando

uma melhor articulação entre teoria de gerenciar as estruturas da escola e prática que promo-ve soluções e suprime as difi-culdades encontradas”.

Lúcia Helena Saqueto Gui-marães Gonçalves - Batatais--SP

“O palestrante Prof. Dr. César Nunes com competência impar soube fazer a inter-relação hu-mana com o professor. Sabe o que quer, sabe onde quer che-gar.

Contextualizou a prática de sala de aula, ampliou muito a possibilidade do professor enri-quecer a sua aula”.

Profª Rosângela Ferrassa Barbosa – Catanduva-SP

“A abordagem global feita pelo Prof. Dr. César Nunes en-volvendo o aluno como ser hu-mano no dia a dia escolar, foi de extrema importância. A riqueza no resgate dos valores huma-nos é muito positivo, valoriza o professor na sua vida pessoal e escolar”.

Profª Silene Favali R. dos Santos – Catanduva-SP

O curso “Matemática é arte: concepções e práticas interdis-ciplinares”, ministrado por Ana Maria, no dia 25/01/2012, opor-tunizou mais uma estratégia lú-dica para o desenvolvimento da Matemática. As atividades apre-sentadas foram dinâmicas e bem aceitas pelos educadores.

Andréia Madasqui e Anto-nia Valquiria T. Borba – Char-queada-SP

“Os professores da Rede Mu-nicipal de Charqueada tiveram a oportunidade de conhecer o tra-balho do Professor Cláudio Pa-ris, que ministrou uma palestra

extremamente reflexiva do pon-to de vista da prática docente e a necessidade de interação com a tecnologia no seu âmbito mais amplo, oportunizando re-lações interpessoais através de ferramentas digitais, como por exemplo, as redes sociais”.

Adauto C. R. Ferraz e Ma-gali Ribeiro Belmudo – Char-queada-SP

“Através do curso posso per-ceber que a fala das palestran-tes vem reforçar o que já faze-mos com excelência; claro que sempre aprendemos algo novo ou outra maneira de fazer o que conhecemos, é importante res-saltar a clareza com que nos é colocado a importância da edu-cação infantil, o que para mui-tos, acredito eu, não é novida-de, mas que dá enfase a peça principal (criança). Em resumo quanto mais conhecermos so-bre infância, com certeza maio-res as possibilidades de cuidar e educar melhor as nossas crianças,”

Vera Maria da Cruz Souza – Itajubá-MG

O curso proporcionou um novo olhar, uma renovação no nosso cotidiano nos mostrando a importância de nosso traba-lho, renovação só se faz com capacitação e envolvimento de toda a equipe, foi bem nesse sentido o enfoque do curso. Es-tou sobremaneira satisfeita uma vez que sou pedagoga do Ber-çário I, e as auxiliares que co-migo trabalham hoje percebem após a capacitação a relevân-cia de seu trabalho não menos importante que o do Professor. Precisamos de Continuidade.

Gisele de Souza Pereira- Itapura-SP

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“Para nós educadores e que participamos do dia-a-dia de nossas crianças, a oficina mi-nistrada pela pedagoga Julia Pi-menta foi de suma importância. Apresentados a nós todos os tópicos relacionados a função, de forma objetiva, competente e coerente. Agradecemos a opor-tunidade de conhecimento e es-peramos que este seja o primeiro de muitos que virão”.

Aurizete da Costa – Itapura--SP

“Como educadora e cidadã me inspiro pela máxima de Paulo Freire que diz “Se a educação não transformar a sociedade, sem ela a sociedade tampouco muda”, ou seja a missão do educador é contribuir para que o educan-do amplie sua visão de mundo, qualificando-o a empreender um projeto de vida inovador e trans-formador através de uma educa-ção de qualidade, mas para que essa mudança ocorra de fato é fundamental acontecer nos cora-ções e mentes dos educadores o desejo e comprometimento pro-fissional e principalmente acre-ditar em si mesmo e para isso este profissional deve ser sempre motivado, são momentos como o VII Fórum de Educação, reali-zado pela Prefeitura Municipal de Jaboticabal em parceria com a Empresa Tantas Palavras, que trouxeram palestras e apresenta-ções teatrais muito interessantes e enriquecedoras, nos levando a uma reflexão sobre nossa prá-tica, melhorando assim a nossa ação educacional e desta forma cumprir nossa missão”.

Marilaine Bonafin – Jaboti-cabal-SP

“O grande desafio para nós professores, é estarmos atua-lizados e conscientes das mu-danças e da busca de novos caminhos na arte de ensinar, mas uma vez a secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer proporcionou a todos os professores, através do VII Fó-rum de Educação momentos especiais de valorização à nos-sa profissão e de reflexão sobre a importância do nosso papel como educadores e formadores de cidadãos. Fomos presentea-dos por excelentes palestras e momentos culturais altamente positivos”.

Iara Cristina Frizzas Pola-chini - Jaboticabal-SP

“O XII Seminário de Reflexão de Educação de Mandaguaçu, veio de encontro com as nossas expectativas, sendo que os te-mas abordados, fez-nos refletir sobre o grande desafio de en-sinar e obter êxito no contexto escolar em clima de confiança, afetividade, respeito e compre-ensão das limitações de cada educando e acima de tudo fa-zê-lo pensar, ter argumentos e autonomia visando o seu cres-cimento”.

Marcia A. Bulla Grigio – Mandaguaçu-PR

“A professora Isabel, enfati-zou que nem toda criança agi-tada é hiperativa. Se a aula não for interessante, o aluno não se concentra e acaba perturbando. É preciso que os educadores es-tejam preparados para lidar com as diferenças em sala de aula.”

Ivone Ferrari Antoniolli – Nova Bassano-RS

Para enviar sua mensagem: [email protected]

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Diego RiveraDesde criança sempre quis

ser pintor e todos percebiam ter talento para isso. Ao ficar adulto, após estudar pintura na adolescência, participou da Academia de San Pedro Alvez, na Cidade do México, partindo para a Europa, beneficiado por uma bolsa de estudos, onde fi-cou de 1907 até 1921. Esta ex-periência enriqueceu-o muito em termos artísticos, pois teve contacto com vários pintores da época, como Pablo Picas-so, Salvador Dalí, Juan Miró e o arquiteto catalão Antoni Gaudí, que influenciaram a sua obra. Nesta época começou a traba-lhar num ateliê em Madri, Bar-celona.

Acreditava que somente o mural poderia redimir artistica-mente um povo que esquecera a grandeza de sua civilização pré-colombiana durante sé-culos de opressão estrangeira e de espoliação por parte das oligarquias nacionais, cultural-mente voltadas para a metró-pole espanhola. Assim como os outros muralistas, considerava a pintura de cavalete burguesa, pois na maior parte dos casos as telas ficavam confinadas em coleções particulares. Dentro deste conceito, realizou gigan-tescos murais que contavam a historia política e social do Mé-xico, mostrando a vida e o tra-balho do povo mexicano, seus heróis, a terra, as lutas contra as injustiças, as inspirações e aspirações.

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O JarroLançamento: 1992 (Irã)Direção: Ebrahim Forouzesh Sinopse: Numa aldeia iraniana, no deserto, um grande problema se inicia quando o jarro que serve para guardar água para os alunos da escolinha local trinca. A comu-nidade descobre a solidariedade que os une na tentativa de resol-ver o problema.

Sociedade dos poetas mortosLançamento: 1990 (EUA)Direção: Peter Weir Sinopse: Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo profes-sor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa di-reção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a “Sociedade dos Poetas Mortos”

Ao Mestre com carinhoLançamento: 1967 (Reino Unido)Direção: James Clavell Sinopse: Mark Thackeray (Sidney Poitier) é engenheiro, mas ficou desempregado e resolveu dar aulas em Londres. Ele começa a ensinar alunos majoritariamente brancos em uma escola no bairro operário de East End. Thackeray se depara então com adolescen-tes indisciplinados e desordei-ros, e que estão determinados a destruir suas aulas. Só que o en-genheiro, acostumado com hos-tilidades, não se amendronta e enfrenta o desafio de ensinar uma turma de baderneiros. Ao rece-ber um convite para voltar a atu-ar como engenheiro, ele tem que decidir se pretende seguir como mestre ou voltar ao antigo cargo.

Adeus MeninosLançamento: 1987 (França)Direção: Louis Malle Sinopse: França, inverno de 1944. Julien Quentin (Gaspard Manesse) é um garoto de 12 anos que frequenta o colégio St. Jean-de-la-Croix, em gran-des dificuldades por conta da 2ª Guerra Mundial. Ele ganha um inimigo com a chegada de Jean Bonnett (Raphael Fejto), um in-trovertido garoto. Mais tarde Julien descobre que o menino é judeu e os dois se tornam me-lhores amigos, mas a tragédia chega à escola quando a Gesta-po invade o local.

A ondaLançamento: 2009 (Alemanha)Direção: Dennis Gansel Sinopse: Em uma escola da Ale-manha, alunos tem de escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger é colocado para dar aulas sobre autocracia, mes-mo sendo contra sua vontade. Após alguns minutos da primeira aula, ele decide, para exempli-

ficar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de “A Onda” ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar “A Onda” pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com “A Onda”, mas aí já é tarde demais.

Entre os muros da escola Lançamento: 2008 (França)Direção: Laurent Cantet Sinopse: François Marin (Fran-çois Bégaudeau) trabalha como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, lo-calizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino bus-cam apoio mútuo na difícil tare-fa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes complicadores.

Cena do filme “Sociedade dos Poetas Mortos”

Tantas dicas de cinema

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Ser e terLançamento: 2008 (França)Direção: Nicholas PhilibertSinopse: O documentário acom-panha os estudantes de uma es-cola rural da França, do jardim da infância até o último ano do pri-mário, dos quatro aos 11 anos. O período mostra as crianças em pleno processo de formação do conhecimento e da identida-de pessoal, acompanhando-as em sua transição do universo fa-miliar para um ambiente no qual é levado em conta sua individua-lidade sem pressupostos.

Pro dia nascer felizLançamento: 2006 (Brasil)Direção: João JardimSinopse: As situações que o adolescente brasileiro enfrenta na escola, envolvendo precon-ceito, precariedade, violência e esperança. Adolescentes de 3 estados, de classes sociais dis-tintas, falam de suas vidas na escola, seus projetos e inquieta-ções.

O homem que eu escolhiLançamento: 1973 (EUA)Direção: James BridgesSinopse: Um Calouro da Har-vard disposto a conseguir boas notas deve superar as exigên-cias feitas por um rígido profes-sor.

Toda criança é especialLançamento: 2007 (Índia)

Direção: Aamir Khan Sinopse: Ishaan Awasthi é um garotinho de oito anos de idade cheio de imaginação, mas nin-guém parece dar muita atenção aos seus sonhos. Ele gosta de cores, peixes de aquário, cães e pipas. Tudo o que não é im-portate para o mundo dos adul-tos, mais preocupados com o trabalho e ordem. Ocorre que Ishaan, por ser muito sonhador, acaba não prestando atenção nas aulas da escola. Os pais, preocupados, acham que ele deve ser disciplinado e o mu-dam de escola. Num primeiro momento o garoto sofre o trau-ma da separação. Até que ele conhece seu novo professor de artes, Ram Shankar Nikumbh, um homem que traz alegria e otimismo a todas as crianças. Menos Ishaan. Nikumbh fará de tudo para descobrir os motivos da infelicidade do menino e as-sim abrir caminho para que ele realize seus sonhos.

Cena do filme “Pro Dia Nascer Feliz”

Cena do filme “Toda Criança É Especial”

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Ferreira Gullar

Biografia: Ferreira Gullar, pseu-dônimo de José Ribamar Ferrei-ra (São Luís, 10 de setembro de 1930) é um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fun-dadores do neoconcretismo.

OCORRÊNCIAAí o homem sério entrou e disse: bom dia.Aí outro homem sério respondeu: bom dia.Aí a mulher séria respondeu: bom dia.Aí a menininha no chão respon-deu: bom dia.Aí todos riram de uma vezMenos as duas cadeiras, a mesa, o jarro, as floresas paredes, o relógio, a lâmpada, o retrato, os livroso mata-borrão, os sapatos, as gra-vatas, as camisas, os lenços. DOIS E DOIS SÃO QUATRO”Como dois e dois são quatro Sei que a vida vale a pena Embora o pão seja caro E a liberdade pequena Como teus olhos são claros E a tua pele, morena como é azul o oceano E a lagoa, serena Como um tempo de alegria Por trás do terror me acena E a noite carrega o dia No seu colo de açucena - sei que dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena mesmo que o pão seja caro e a liberdade pequena.

UMA VOZSua voz quando ela cantame lembra um pássaro masnão um pássaro cantando:lembra um pássaro voando

CANTIGA PARA NÃO MORRERQuando você for se embora,moça branca como a neve,me leve. Se acaso você não possame carregar pela mão,menina branca de neve,me leve no coração. Se no coração não possapor acaso me levar,moça de sonho e de neve,me leve no seu lembrar. E se aí também não possapor tanta coisa que levejá viva em seu pensamento,menina branca de neve,me leve no esquecimento.

TRADUZIR-SEUma parte de mimé todo mundo:outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.uma parte de mimé multidão:outra parte estranhezae solidão.Uma parte de mimpesa, pondera:outra partedelira.Uma parte de mimé permanente:outra partese sabe de repente.Uma parte de mimé só vertigem:outra parte,linguagem.Traduzir-se uma partena outra parte- que é uma questãode vida ou morte -será arte?

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Tomamos como horizonte, ain-da, nos marcos dos anos 1990, a noção de que a globalização excludente influencia os projetos educativos, em seu eixo ideoló-gico, por compreendermos o fe-nômeno da globalização como o momento em que o capitalismo toma proporções universais, dian-te de uma economia global, sen-do a lógica do capital, desde as suas origens. Como Wood (2001), entendemos que:

(...) o conceito de globalização desempenha hoje um papel tão proeminente na ideologia capita-lista precisamente porque agora se precisa de poderosas armas ideológicas para mascarar e mis-tificar esta cada vez mais direta óbvia conivência. (...) Ainda que a atual crise global coloque um freio na globalização neoliberal, como agora parece possível, ela não ter-minará com a universalização do capitalismo e as crescentes con-tradições que dela resultam e o capital continuará precisando da ajuda do Estado para navegar nas turbulentas águas da economia global. A organização política da classe trabalhadora é agora mais importante e potencialmente efeti-va do que nunca. (p. 120-121).

Em que sentido estas ideias produziram modificações na or-ganização político, social e eco-nômica brasileira e como se apresentaram no contexto da educação, e das iniciativas da educação católica? Estas fo-ram considerações de partida em nossa reflexão. O período de 1985-2011 significou a revitaliza-ção dos movimentos sociais po-pulares e a retomada das utopias em torno de um projeto de educa-ção e de escola emancipatórios? Eram questões que ajudariam a desenvolver a compreensão do

deslocamento discursivo e polí-tico da Igreja, de seus agentes e intelectuais.

A sociedade brasileira fez es-colhas políticas soberanas na direção de reconquistar o esta-do democrático e o estado de direito no Brasil nas décadas fi-nais do século XX. A promulga-ção da Constituição Federal de 1988 configurou-se como sím-bolo maior e o marco incontestá-vel da consubstanciação jurídica plena dessa decisão coletiva. A partir dessa conquista política e dessa nova ordenação jurídi-ca institucionalizada os diversos movimentos, grupos e agentes sociais de nosso país empreen-deram uma decidida, criteriosa e avançada marcha de reconstitui-ção dos mais genuínos direitos sociais, na direção de superar as tradições excludentes anteriores e de criar novas formas de arti-cular as riquezas, a diversidade e a pluralidade de nossa identi-dade social e cultural. Os gran-des movimentos sociais (Anistia, Diretas Já, Constituição Federal, ECA, Eco 92, Agenda 21, LDBEN, Luta Pela Terra, Reforma Agrária) embalaram as lutas pelo direito e ampliaram o desafio de organizar a vida institucional de nosso país, a partir de novos constituintes políticos, éticos e culturais, aber-tos por essa experiência histórica

de participação e engendramento de novas práticas, com a prota-gonização política de novos gru-pos e de novos sujeitos sociais. A década inicial do terceiro milênio marcou uma nova atitude diante do marco regulatório educacional posto até então pelas forças polí-ticas presentes no Estado brasi-leiro até então. A eleição de Luis Inácio Lula da Silva para o go-verno do país e o alinhamento do Ministério da Educação às diretri-zes que justificariam sua suposta política para o governo da nação exigiram avaliações criteriosas, aperfeiçoamentos necessários e superações corajosas de muitos tópicos e frentes desse marco regulatório educacional em cur-so. As medidas que foram sendo assumidas pelo MEC alavanca-ram as dimensões postas e colo-caram a educação nas diretrizes representadas pelas escolhas po-pulares e democráticas presentes no cenário político.

A ampliação da política focal de garantia do direito à Educação obrigatória de 7 a 14 anos, repre-sentada no FUNDEF, foi efetiva-da pela legislação posterior que criava o FUNDEB e ampliava a Educação Fundamental para 09 anos. A emenda constitucional 59 aprovada em 2009 definia a obri-gatoriedade da educação de 04 a

As mudanças políticas e as alterações na concepção de educação e prática educativa da Igreja Católica no Brasil.

Arquilau Romão eCésar Nunes

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17 anos, integrando a Educa-ção Infantil e o Ensino Médio ao original conceito de Educação Básica, pela primeira vez assumi-da como política pública. Os de-cretos subsequentes 5154/04, o decreto 5840/06, o 7083/10 são patentes registros do paulatino, sequencial e orgânico engendra-mento de uma nova configuração jurídica, institucional e econômica da política educacional brasileira, operada nessa década. O PDE instituído em 2007 visava garantir os recursos para a plena execução do 1º PNE, promulgado em 2001, mas que tivera as emendas de fi-nanciamento vetadas pelo gover-no de então. Abriam-se, assim, as novas demandas e se respondia com corajosa determinação aos históricos anseios das camadas populares por educação pública de qualidade, em todos os níveis.

CONSIDERAÇÕES FINAISQuando escrevíamos esse arti-

go, entremeios a tarefas de sínte-ses e de ordenações formais, as-sistíamos à visita de Sua Santidade o Papa Francisco em sua visita ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, um evento católico de massa de grande re-percussão mundial. Ao observar as declarações, as formas de agir e a atitude do novo papa, marca-damente diversa das últimas figu-ras papais que ocuparam o topo da hierarquia católica, João Paulo II e Bento XVI, fomos tomados de uma curiosidade histórica: seria possível reconhecer na formação do novo pontífice, de origem lati-na, nascido na Argentina, que se autodenominou “o Papa do fim do mundo”, algumas influências da Teologia da Libertação e de seu ideário, das grandes conferências de Medellín e Puebla, do corolário de temas e de eixos teológicos e filosóficos dessa conjuntura? Ha-veria condições de reconhecer, para além da personalidade mar-cante do pontífice, para alem de

sua formação jesuíta, as influên-cias da opção preferencial pelos pobres, da pedagogia do oprimido e da educação como prática de li-berdade e de humanização?

Essa resposta não pode ser dada imediatamente, deverá ser esperada com o transcorrer dos anos, das atitudes e dos docu-mentos que virão, mas autorizam a ter esperanças. Um papa que deu uma entrevista e nessa entrevista afirmou que a “criança pobre sem educação e sem saúde tem que ser acolhida, assistida e educada, não importa a religião”, a nosso ver toma uma atitude que avança e recompõe as palavras humanis-tas alcançadas pela síntese da Te-ologia da Libertação e da Filosofia da Libertação que a acompanhou naquela conjuntura. Os novos di-reitos sociais, em curso de legiti-mação tanto no Brasil quanto nos demais países da América Latina, e a presença dos novos sujeitos sociais igualmente nos facultam afirmar que novos tempos, aber-tos, se colocam para a história das sociedades e para a história da educação em nosso cenário atu-al. Pudemos concluir que a Igreja católica lentamente viu suas ban-deiras serem superadas pelas mu-danças e avanços sociais, mesmo quando prevaleceu uma vocife-rante intenção neoliberal a mesclar as políticas públicas de educação.

No transcorrer dessa década de 2001 a 2010, decorrente do rearranjo político produzido na so-ciedade brasileira, registramos um

amplo e reconhecido processo de empoderamento econômico, milhões de brasileiros saíram das esferas e das malhas e índices de miserabilidade conquistando com dignidade o acesso ao emprego com direitos sociais e trabalhistas (carteira assinada), o acesso ao mundo da produção e ao consu-mo e a participação econômica plena na sociedade. Uma Espanha inteira produz e consome no Bra-sil, no transcorrer de uma década. São hoje 46 milhões de crianças a frequentar a Educação Básica no Brasil, numa das mais exigen-tes demandas de planejamento, gestão, financiamento e oferta de qualidade social relevante desse direito inalienável.

Isso parece nos autorizar a re-conhecer que a sociedade civil brasileira avançou soberanamente nessas décadas recentes na di-reção da consolidação do estado de direito, na conquista de direitos sociais e subjetivos fundamentais, e que as instituições e grupos da sociedade brasileira terão que se posicionar diante desse empode-ramento.

O discurso de autoajuda, pre-sente dos mercados editoriais de grande apelo serão fagocitados por esse movimento histórico, obrigando a Igreja e todos os ór-gãos sociais constituídos e reve-rem suas posições e seus anseios diante desse marcante e consoli-dado processo de emancipação social.

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Os professores avaliados

Nas tradicionais avaliações domésticas em sala de aula, em cada disciplina ou no con-selho de classe, os professores tinham o papel de avaliadores, sentenciadores, reprovadores ou aprovadores, fazendo parte do jogo da segregação política. Tinha sentido pesquisar repre-sentações e imaginários docen-tes, até cultura e ética docente, para entender os processos de produção do fracasso e da re-provação.

As políticas nacional e esta-dual de avaliação mudam o foco: a avaliação do desempenho, su-cesso ou fracasso dos alunos é interpretada e usada como base de avaliação do professor. A lógi-ca é tão simples quanto perver-sa: se os alunos tem desempe-nho baixo, podemos inferir que

A Reconfiguração da Escolao desempenho, a dedicação, a qualificação do professor fo-ram baixos. Estabelece-se uma relação mecânica, linear, entre desempenho discente e docen-te, deixando de fora o conjunto complexo de fatores que interfe-rem nessa mediação: condições de trabalho, de sobrevivência, de horizontes de vida, de preca-rização da infância, da adoles-cência e do próprio magistério, etc. Um dos méritos das evidên-cias acumuladas na academia é ter revelado essa complexidade de mediações ignoradas nas estatísticas e classificações por simples desempenhos em provi-nhas e provões.

Essas políticas nacionais e estaduais e até municipais de avaliação que concluem o de-sempenho e a dedicação, a competência e o trabalho do-

cente tendo como referente os índices de desempenho dos alu-nos na avaliação estão servindo de base para políticas de sa-lários diferenciados, de bônus, de prêmios e de castigos, de carreira e até de demissões de professores em rede de ensino relevantes de nosso país. Mais uma expressão do conservado-rismo político que inspira gesto-res e gestoras respaldados por partidos e forças políticas con-servadoras.

A trama política em que as avaliações de desempenho es-colar vão se enrolando é cada vez mais densa e mais conser-vadora. Mais um indicador de que estamos em tempos de repolitização conservadora da avaliação escolar, social, política e até docente.

A avaliação do desempe-

Miguel Arroyo

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nho de cada aluno ficou fora de foco. É um pré-texto para o con-texto político mais com-pleto: do desempenho de cada aluno se conclui o desempenho de seus coletivos populares, de sua escola, seu estado, sua re-gião, sua classe, sua etnia, sua raça, seu gênero, seu espaço. E até se conclui o desempenho, a dedicação, o profissionalismo e a qualificação de seus mestres. Chegamos ao conservadorismo nas políticas do trabalho docen-te: o desempenho de cada aluno da turma de alunos passa a ser a base para políticas conservado-ras de carreira, estabilidade e re-muneração do trabalho docente.

Chegamos aonde nunca ou-samos chegar na repolitização da avaliação do fracasso esco-lar. Podemos dizer que revela-mos com cínica transparência o perverso papel segregador que, em nossa história, cumpriram tantos e tão complexos e refi-nados processos de seleção, segregação, marginalização do povo na política, no trabalho, no acesso à terra, ao espaço, ao teto, à dignidade no viver e reproduzir a existência. Até no acesso e na permanência na es-cola com dignidade. As políticas de avaliação segregadora do povo, agora servindo de meca-nismos de segregação, avalia-ção de profissionais, mestres-e-ducadores dos filhos e das filhas do povo.

Impõe-se pesquisar e refletir sobre uma pergunta: por que as avaliações classificatórias e se-gregadoras do povo terminam levando as avaliações classifi-catórias, segregadoras e infe-riorizadoras dos profissionais que educam o povo? Um sim-

ples efeito de contaminação? De aplicação da lógica linear, aluno não aprende por incom-petência e desinteresse de seus mestres? Mereceria ser pesqui-sada outra hipótese: os mestres das escolas públicas populares não são mais as filhas e os filhos das camadas médias, das elites culturais, mas passaram a ser os próprios membros das cama-das populares. Filhos e filhas de trabalhadores, das periferias so-ciais, negros, do campo. Indíge-nas, quilombolas. A origem so-cial, racial, étnica, espacial dos mestres de agora não é mais aquela dos mestres de outrora. A desconfiança da mídia, dos gestores, das políticas de ava-liação dos mestres das escolas públicas populares pode ser entendida como a extensão da desconfiança histórica que re-cai sobre os coletivos populares de onde vem. É uma extensão da velha desconfiança de ori-gem social, racial, espacial. Tem sentido que, na mesma lógica segregadora e inferiorizadora, sejam avaliados e condenados

alunos e mestres populares.Um analista de um destacado

jornal nacional sentenciou: “Não é de se estranhar a baixa qua-lidade da escola pública, seus mestres foram alunos desqua-lificados, que não conseguiram passar em vestibulares para cur-sos mais exigentes”. Entenda-se: são tão pobres quanto seus alunos pobres, suas escolas po-bres. Justifica-se em sua origem social que também sejam avalia-dos em seus desempenhos.

Fica cada vez mais transpa-rente qua as avaliações nacio-nais e estaduais, as avaliações docentes, da sala de aula, de cada disciplina ou do conselho de classe não podem ser isola-das do emaranhado histórico e político com que foram julgados e inferiorizados os setores po-pulares e até os seus mestres educadores e a própria escola pública popular. Avaliações ne-gativas que as políticas nacio-nais e estaduais de avaliação permitem reforçar. Os direitos dos trabalhadores em educação estão também ameaçados.

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Participação do Aluno: Em Busca da Auto-Organização

Conforme a análise que es-tamos fazendo, construir uma nova discipli¬na é tarefa de todos. Devemos, pois, refletir também sobre o papel do aluno neste processo. Na concepção tradicional, espera-se que o alu-no saiba se calar e ouvir; na con-cepção moderna, reiteradamen-te, caiu-se no extremo oposto: o aluno pode fazer o que quiser. Na perspectiva dialética que es-tamos assumindo, a disciplina consciente e interativa pode ser en¬tendida como o processo de construção da auto-regulação do sujeito e/ou grupo, que se dá na interação social e pela ten-são dialética adaptação- trans-formação, tendo em vista atingir conscientemente um objetivo, qual seja, disciplina é essen-cialmente auto-disciplina, auto--organização. Nesta medida, se desejamos favorecer a constru-ção da autonomia dos alunos, é preciso ver a parte que lhes cabe neste processo.

Em primeiro lugar, queremos

destacar a questão da parti-cipação em sala de aula. Há uma experiência humana fan-tástica que pode ocorrer entre o professor e os alunos: o interes-se dos alunos por aquilo que o professor está propondo; esta é a realização do professor, sen-tir que alguém se interessa por aquilo que ele um dia também se interessou, e resolveu até dedi-car a vida a isto. Muitas vezes, a não participação dos alunos em

sala é uma forma de boicotar o trabalho, pois não dão retorno, não ajudam o professor a sa-ber que está indo bem, se estão entendendo, se estão achando interessante ou não. E fácil ficar nesta postura passiva: é a mes-ma que aprendemos diante da televisão: espera-se o show. Só que o professor não é palhaço ou animador de auditório! Quan-do o aluno se posiciona em sala, quando participa, inclusive para criticar, o professor sente que não está “falando com as pare-des”. Há casos em que o aluno não participa de medo da pres-são do grupo (ser chamado de CDF, nerds, etc.), mas com isto ele acaba deixando o professor sozinho. Isto pode não parecer, mas é muito sério, a ponto de, no limite, vir a se constituir em causa de abandono do magis-tério. Não queremos fazer terro-rismo, nem colocar o professor como coitadinho, mas é preciso que os alunos percebam que a

Celso Vasconcellos

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situação do professor em nos-sa sociedade está muito delica-da, e o aluno tem em mãos um potencial incrível para ajudar a reverter este quadro. Insistimos: mesmo que seja pela crítica! Quantas vezes o professor não está percebendo onde está fa-lhando, e ninguém sinaliza...

Um outro aspecto a partici-pação na vida da escola: os alunos, através de grêmios, re-presentantes de classe podem ajudar a pensar a escola no seu conjunto, exercendo desde logo sua condição de cidadão, lutando pelo bem comum. Evi-dentemente, estas perspectivas de participação estão pressu-pondo um professor e uma es-cola inteligentes, abertos, que tomem a iniciativa de propor o diálogo.

O aluno pode ajudar também a construir uma nova disciplina em sala desenvolvendo um sen-tido solidário de aprendiza-gem: perceber que sua apren-

dizagem depende, em alguma medida, da aprendizagem dos colegas. É muito triste quando constatamos aquela visão indi-vidualista desde muito cedo nos alunos: o professor pára para atender um colega e os outros já disparam: “Aula! Aula! Estou pagando” ou coisas do tipo. Pelo contrário, se se envolvesse na ajuda ao colega estaria ga-nhando muito mais, seja pelo sentido que já pode ir dando ao conhecimento, seja porque, como sabemos, quem ensina, aprende duas vezes.

O aluno precisa ganhar cla-reza de que o estudo é um trabalho, que pode e deve ser realizador, mas exige esforço, dedicação, frustração. Ou seja, não é possível esperar uma aula “gostosa” o tempo todo. O co-nhecimento dá um profundo prazer, mas para se chegar a isto é necessário o debruçar-se sobre o objeto de conhecimen-to, tentar apreender suas rela-

ções, ver sua gênese, estudar seu desenvolvimento, etc. É um prazer construído pelo sujei-to e não “em pacotes prontos” como promete uma certa mídia safada.

Concluímos insistindo na perspectiva de parceria (e não de acusação) entre alunos, pro-fessores e instituição para a construção de um novo sentido e de um novo relacionamento na escola. Estas indicações têm o intento de provocação para a reflexão e tomada de decisão pessoal e coletiva, a fim de que a disciplina possa ser vivida na escola como um autêntico caminho de formação do novo cidadão, qual seja, aquele que é capaz de dirigir ou de não se deixar negar/enganar por quem dirige (cf. Gramsci), bem como de constituição dos valores hu-manos radicais, que apontam e sustentam a perspectiva de vida plena para todos.

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Educação e ConhecimentoEntre educação e conhecimento

(e&c) há relação estreita, quase coin-cidente para muitos. Na linguagem tradicional - que ainda aprecia termos como ensino, instrução, treinamento--educação é apenas procedimento preferencial de “aquisição” do co-nhecimento, ainda que se acrescente sempre a idéia vaga, quase perdida, da cidadania. Em primeiro plano apa-rece a focalização da educação so-bre o conhecimento, seja, por vezes, reconhecendo a importância vital do conhecimento para vida das pessoas e sociedades, seja, mais comumente, reduzindo educação a conhecimento, mesmo que reprodutivo. Existem au-tores pós-modemos que continuam exacerbando a relação entre vida e conhecimento, chegando ao ponto de afirmar que vida é cognição. Em-bora tenham de cognição compre-ensão complexa e interdisciplinar, parece excessiva esta coincidência, pois, no mínimo, relega a nível se-cundário a questão da emoção e do corpo. Quando se fala que a criança vai à escola para estudar, entende-se por estudo o manejo do conhecimen-to, bem mais que da educação. O esforço mais notado é sempre o do estudo, em particular em cursos que exigem muito do aluno, deixando-se educação como decorrência implíci-ta. Para o senso comum, a relação entre e&c não é apenas estreita, ou mesmo coincidente, mas sobretudo revela a subaltemidade da educação frente ao conhecimento.

Almejamos aqui esclarecer esta relação, vista como necessária, in-suficiente e controversa. Trata-se de aguda polêmica, tanto porque nos movemos em fronteiras menos defini-das do conhecimento, quanto porque reina nesta área discussão interminá-vel e renhida. Em si, toda discussão científica é intrinsecamente intermi-nável, pois não é viável argumentar até ao fim, por ser toda argumenta-ção hermeneuticamente contextuada ou enredada. Esta querela está hoje mais excitada porque transita por

extremos da inovação e da reação à inovação: há os que prometem mu-danças em penca, sobretudo ao som de novas tecnologias que revolucio-nam o mundo da informação; há os que se prendem aos patrimônios vi-gentes da escola e da universidade, e falam de mudança para poder evi-tá-las. Estes buscam salvar a “aula” como referência central da educação escolar e outras bijuterias como a prova, sem perceber que já se trata de táticas supletivas. Também se di-zem inovadores, mas dos outros.

Dentro de universo tão amplo da discussão, será inevitável selecionar vertentes. Em termos hipotéticos, partimos da constatação já comum de que, na sociedade do conheci-mento, e&c se tornam referências centrais; em segundo lugar, estabe-lecemos entre e&c tipo dialético de relação, ou seja, natural e problemá-tico ao mesmo tempo, ambivalente; em terceiro lugar, fazemos confluir a questão do conhecimento com a questão da educação, introduzindo no ambiente classicamente epis- te-mológico (o que é e como se faz co-nhecimento) a expectativa social (a quem serve o conhecimento) e edu-cativa (aprendizagem e ética do co-nhecimento). Neste contexto, poderá tornar-se mais claro que:

a) entre e&c há relação necessá-ria, porque uma das metas substan-ciais da educação é a reconstrução do conhecimento, no sentido mais modesto e apenas complementar de socializar o conhecimento sistemati-zado disponível, ou no mais autêntico da aprendizagem reconstrutiva;

b) existe relação insuficiente, porque se tornou quase vulgar o re-conhecimento de que o ser humano não se reduz à cognição; pesquisas de estilo, sobretudo pós-mo-derno, ressaltam a face da emoção e de outros horizontes que precisam fa-zer parte da aprendizagem, tomada como formação do sujeito integral, individual e coletivo;

c) esta relação é ainda contro-

versa, porque pode facilmente en-cobrir os riscos do conhecimento sob a capa da tecnologia, que facil-mente coloca a ciência a serviço do poder, ou sob outras vertentes que se bastam com mero repasse do co-nhecimento, resultando em posturas reduzidas à instrução, bem como à modernidade imposta, colonialista.

No pano de fundo lateja sempre a sociedade intensiva de conhe-cimento. Dizemos intensiva porque conhecimento já não é apenas com-ponente importante, mas decisivo, tendencialmente avassalador. Con-jugado com educação, ambos os termos fazem emergir com extrema força a questão da aprendizagem de estilo re- construtivo e político, o que levou Assmann a falar de “sociedade aprendente”, estabelecendo estreita vinculação entre vida e aprendiza-gem. Como sempre, este pano de fundo é altamente ambivalente: traz carga impressionante de novas opor-tunidades, ao lado de propensão ex-cludente tanto mais ostensiva e dura. Parece que, quanto mais temos es-tratégias de solução dos problemas, tanto menos os sabemos (queremos) resolver. É que entre meios e fins a relação tende a ser instrumental, não ética, e soluções materiais podem estar muito longe das espirituais. Por isso mesmo, há que incluir na apren-dizagem muito mais que manejo do conhecimento, sobretudo mais que mera “aquisição” de conhecimento. A qualidade formal alcançada na pro-dução do conhecimento está extre-mamente à frente do vazio ainda gri-tante da qualidade política. Preocupa aí, entre outras coisas, que o capita-lismo competitivo globalizado tenha se tornado o eco mais próximo e na-tural do conhecimento pós-moderno, como se fosse o berço mais promis-sor da sociedade do conhecimento, acabando com nossas utopias. Mais que nunca é mister saber “educar’ o conhecimento, ou, na linguagem de Buarque, passar da modernidade técnica para a modernidade ética.

Pedro Demo

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Limites, Respeito e Superação

IndisciplinaQuando uma pessoa não tem

maturidade suficiente para estar ora diluída, ora em evidência no grupo, não consegue partilhar, nem propor e comandar, nem sub-meter-se às regras desse grupo, acaba desenvolvendo expedien-tes para chamar atenção.

A indisciplina é uma forma de garantir essa atenção e um ques-tionável afeto. É a repercussão da falta do desenvolvimento dos or-ganizadores essenciais à vida em grupo e às relações horizontais. Muitas pessoas têm dificuldade para trabalhar, estudar e até mes-mo conviver em grupos por não ter condições de desenvolvimento (apresentar transtornos e(ou) sín-dromes) ou de maturidade para partilhar suas coisas, suas ideias e seu espaço. Centradas em si mes-mas, não suportam os questiona-mentos. as dúvidas e as certezas que o outro coloca diante delas. Desestabilizam-se demais diante daquilo que não controlam ou não decodificam e, para proteger-se, ou superatuam ou isolam-se. Es-tabelecer relações horizontais é

entender o lugar da autoridade, da hierarquia e, até, do inquestioná-vel.

A outra face da indisci-plina

“Você não copiou a tarefa por-que estava conversando e agora quer que eu te perdoe?” questio-na a professora. “Eu não copiei porque estava fazendo a tarefa que eu errei e que a senhora me obrigou a fazer antes do recreio!” - retruca o aluno.

O modelo fabril dos rituais es-colares, pautados em sinais que tocam para entrada e saída, em fila para entrar nas salas, na obri-gação de sentar-se ao mesmo lugar todos os dias e responder todos ao mesmo tempo às per-guntas elaboradas, promove um ambiente favorável à indisciplina. Qualquer aluno que, por diferentes razões, não se adapte ao que foi estabelecido. tende a ser indisci-plinado ou a apagar-se. O número exagerado de regras e de ritmos que vêm de fora do grupo pode gerar efeito contrário ao desejado: em vez de favorecer o pertenci-mento e o compromisso de alunos e professores, gera desarticulação

e desrespeito entre eles.Outro aspecto para o qual vale

a pena chamar atenção é a lin-guagem como mediadora das re-lações. Cada situação requer um tipo de linguagem, que denuncia a estrutura do pensamento da pes-soa. No exemplo apresentado, o aluno foi absolutamente claro, de-monstrando organização pessoal diante da tarefa e da situação.

Outra situação, também cor-riqueira, é o encaminhamento do aluno, autor do episódio conside-rado pela professora como indis-ciplina, à sala da orientadora, que, invariavelmente muito ocupada com milhares de demandas, rece-be o aluno em sua sala, conver-sa com ele, dá-lhe a atenção que toda pessoa deseja e o manda de volta para a sala. “E daí?” - per-guntam seus colegas. “Não deu nada, ela é legal.”

Violência simbólica“Odeio a professora de Mate-

mática, por isso bagunço a aula dela. Quando a gente fala que não entendeu, ela ri e diz: se prestasse atenção entenderia! Ram! Odeio ela!”

Isabel Parolin

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“Você de novo! Só podia ser você a me fazer tal pergunta. Pen-se antes de falar, por favor. Você tem cabeça para quê?”

Infelizmente, professores que, para regular a ação educativa, usam gestos e palavras que in-timidam, denigrem ou assustam não são tão raros como gostaría-mos de acreditar. A maneira coer-civa de encaminhar ações peda-gógicas, que alguns professores escolhem, é desencadeadora de indisciplina.

Em uma investigação sobre os motivos que levavam alguns jovens e crianças a serem indisci-plinados, um deles declarou: “Eu tenho tanta raiva que fico louco na sala”. “E por que você sente tanta raiva em sala de aula? - perguntou a pesquisadora. “Eu nunca sei o que tenho de fazer. Me sinto um bobo e acabo fazendo bobagens. A turma ri comigo e a professora fica louca, porque o pessoal gosta de mim.”

Entenda que é como se es-

ses alunos estivessem dizendo: “Se ela não liga para mim, o gru-po liga.” A maioria desses alunos consegue desarticular o grupo e descaracterizá-lo como sala de aula - lugar onde se aprende. As-sim, tornam-se conhecidos por outros motivos, que não suas pro-duções: “Ninguém aguenta traba-lhar na turma X. Eles são terríveis. Tem lá um fulano que vou te con-tar!”

Autoridade legitimada“Se eu quiser, eu copio e faço,

se eu não quiser, o senhor não vai me obrigar a nada. Sou livre pra fazer o que eu quiser e não venho pra recuperação e pronto!”

Ocorre-nos perguntar: existe algo pior do que não ser respeita-do? Então, outra pergunta nasce naturalmente: o que faz esse aluno na escola?

Não somos ingênuos de pregar amor incondicional a todos os alu-nos e que é possível estar sempre pleno em sala de aula. Contudo, a clareza da pauta de desempenho

do professor pode ajudá-lo a re-solver situações como a apresen-tada.

A maioria das queixas levadas aos orientadores referem-se a alu-nos de um lado, fazendo bagunça, professores e coordenadores do outro. Ou seja, não fazem parte do mesmo time, não são um grupo. Alguns professores tentam resol-ver a situação, fingindo não ligar (mas ligam), ou ignorando e ten-tando prosseguir a aula (o que não conseguem).

Sabe-se que brigar, ameaçar, xingar os alunos, mandar para a orientadora e chamar os pais são tentativas vãs de conseguir aten-ção e respeito, pois o aluno em questão está perdido, desorienta-do, deslocado.

Para legitimar a autoridade do professor, o aluno precisa apren-der a ser aluno. Ser aluno é re-conhecer que na relação com o professor há uma hierarquia que passa pelo poder do conhecimen-to e legitima-se por sua competên-cia profissional, científica e relacio-nal. Essa compreensão construirá o aporte necessário para que os alunos entendam o direito do pro-fessor de encaminhar atividades, nem sempre prazerosas.

No entanto, se o professor não se sentir ocupante do lugar de autoridade que lhe é conferido, se estiver desprovido dos instru-mentos científicos que legitimam esse lugar, acabará por medir for-ças com os alunos. Como eles são em maior número, a pseudo-autoridade vira autoritarismo com resultados pouco promissores para ambos os “lados”. Temos, nessa perspectiva, professores despotencializados e estressados de um lado, e alunos deslocados e que pouco aprendem de outro, formando um grupo de pessoas disputando a atenção do grupo, a palavra e a nota, que, como sabe-mos, não denota aprendizagem.

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PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADARealizados nas Secretarias Municipais de Educação, Colégios, Universidades e Empresas

Rua Floriano Peixoto, 989 - Ribeirão Preto / SP - CEP: 14010-200Tel. / Fax (16) 3610 6734 / 3625 6168 - E-mail: [email protected]

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