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CONSTRUÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO AMAZONAS.

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Page 1: Revista Seplan - Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico
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ANO XIII • NOVEMBRO 2014 • PÁG 07ANO XIII • NOVEMBRO 2014 • PÁG 02

Como Governador do Amazonas, nos move a expectativa de que até 2030 possamos alcançar os mais significativos padrões de desenvolvimento sustentável, tendo como base o trinômio: meio ambiente, sociedade e economia. Considerando que, pela primeira vez é desenvolvido um Plano de Desenvolvimento Estratégico de Longo Prazo que foi compartilhado com a sociedade civil e a iniciativa privada e considerando principalmente o futuro, procura entender, de forma sistemática, a implicação de decisões presentes no por vir do Estado. As linhas tracejadas neste Plano passam a compor nossos, sonhos expressos em projetos da nossa gestão, e que vem sinalizando um roteiro concreto, desenhando um horizonte de desenvolvimento com prosperidade compartilhada num Estado de dimensões continentais com suas complexidades expressas na grandeza dos seus recursos hídricos e na sua extraordinária biosfera, que devem ser colocadas à disposição do homem para que de forma racional e metódica saiba utiliza-las tendo como compromisso de sua sobrevivência e da autonomia do Estado. O Plano Estratégico traduz de forma muito clara, a marca de nosso governo. Acredita nas alternativas econômicas que nos leva a prosperidade, com a erradicação da pobreza e a qualificação de nossa gente para absorção de novas tecnologias, a interiorização do desenvolvimento fixando nossos irmãos do interior. Estabelece a tecnologia e a inovação, como competências agregadas ao processo produtivo. Coloca a segurança nos seus mais diversos significados como garantia de sustentabilidade de uma sociedade que necessita de tranquilidade e paz social, como ferramentas no alcance da sonhada prosperidade. O presente documento revela os cenários possíveis para o desenvolvimento sustentável

do nosso Estado e está concebido com a missão de enfrentar desafios sociais e ambientais, aliados aos desafios proporcionados pelas distâncias, heterogeneidade e dificuldade de logística explicitando o conhecimento de nossas potencialidades, inclusive os riscos na caminhada em direção ao futuro.

A necessidade de enfrentarmos a realidade de hoje, da qual somos parte integrante, nos leva nesse momento, a agir sobre a única ferramenta de gestão administrativa capaz de nos levar em direção de um futuro almejado que é o Planejamento Estratégico que, de alguma forma, nos mostrará o caminho de um Amazonas melhor. Por parte do meu governo, asseguro por todos os meios legais que a base de sustentação da trajetória do presente Plano está consolidada e concluída com a participação pública e privada, onde estão divididas responsabilidades sobre o desenvolvimento social econômico do Estado, criando oportunidades para um futuro próximo.

José Melo de OliveiraGovernador do Estado do Amazonas

Pronunciamento do Governador

ANO XIII • NOVEMBRO 2014 • PÁG 03

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MISSÃO:

DESENVOLVER O SISTEMA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E COORDENAR AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO DO AMAZONAS.

VISÃO: SER RECONHECIDA COMO SECRETARIA MODELO DE GESTÃO EM PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, POR MEIO DE BOAS PRÁTICAS

DE GESTÃO PÚBLICA.

ENDEREÇO: RUA MAJOR GABRIEL, 1870 - PRAÇA 14 DE JANEIRO.CEP: 69020-060, MANAUS-AM.

W W W . S E P L A N . A M . G OV . B R | W W W 1 . E - S I G A . A M . G OV . B R

/SEPLAN [email protected]/SEPLAN_AMAZONAS

92 2126-1200 92 2126-1247 2126-1200

SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO- SEPLAN

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO AMAZONAS - 2030

GRUPO DE TRABALHO DO PLANEJAMENTO ESTRATEGICO - 2030 | GTPE-2030

GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS

20302030

Page 4: Revista Seplan - Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

AIRTON ÂNGELO CLAUDINOSECRETÁRIO DE ESTADO

TELEFONE: 2126-1227 RONNEY CESAR CAMPOS PEIXOTOSECRETÁRIO EXECUTIVO

TELEFONE: 2126-1218 APPIO TOLENTINOSECRETÁRIO EXECUTIVO ADJUNTO DE POLÍTICAS SETORIAIS

TELEFONE: 2126-1254 FARID MENDONÇA JUNIORSECRETÁRIO EXECUTIVO ADJUNTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

TELEFONE: 2126-1261

COORDENAÇÃO GERAL

PROF. MSC. LUIZ ALMIR DE MENEZES FONSECA (SEPLAN) (BOLSISTA FAPEAM)

EQUIPE TÉCNICA

PROF. DR. WALTAIR VIEIRA MACHADO (UFAM/SEPLAN/CIAMA/UNISOL)

PROF. DR. SYLVIO MÁRIO PUGA FERREIRA (UFAM/BOLSISTA FAPEAM)

PROF. DR. MAURO THURY DE VIEIRA SÁ (UFAM/BOLSISTA FAPEAM)

PROF. DR. LAURO AUGUSTO ANDRADE PASTOR ALMEIDA (BOLSISTA FAPEAM)

PROF. DR. CLAUDIO DANTAS FROTA (UFAM/BOLSISTA FAPEAM)

PROF. MSC. GERALDO LOPES DE SOUZA JÚNIOR (BOLSISTA FAPEAM)

PROF. MSC. CARLOS ALBERTO ARAÚJO DA ROCHA (BOLSISTA FAPEAM)

PROF. MSC. KATHLEEM SAMIRA DA SILVA MACHADO (CIAMA)

ASSISTENTE TÉCNICO – NILSON SILVA DA CUNHA (CIAMA)PARCERIAS

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO AMAZONAS – CIAMA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO AMAZONAS – FAPEAM

HOMENAGEM PÓSTUMA AO DR. RAIMAR DA SILVA AGUIAR QUE ORGANIZOU E DIRIGIU O PRIMEIRO ESTUDO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE LONGO PRAZO EM 1994.

ANO XIII • NOVEMBRO 2014 • PÁG 06

EXPEDIENTE

MENSAGEM DO SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO

INTRODUÇÃO

ESTRATÉGIAS PROPOSTAS PARA DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO ESTADO

OBJETIVOS NORTEADORES

A METODOLOGIA ADOTADA NA CONSTRUÇÃO DO PLANO

CONDICIONANTES NA ELABORAÇÃO

AS POSSIBILIDADES DAS INCERTEZAS CRÍTICAS

CENÁRIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO (CENÁRIO A)

CENÁRIO DE CRESCIMENTO EXCLUDENTE (CENÁRIO B)

CENÁRIO DE ESTAGNAÇÃO E RETROCESSO (CENÁRIO C)

EIXOS ESTRATÉGICOS E ÁREAS TEMÁTICAS

MEIO AMBIENTE E IDENTIDADE REGIONAL

INFRAESTRUTURA

TRANSFORMAÇÃO PRODUTIVA

EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO DE RH E GESTÃO PÚBLICA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

DINÂMICA SOCIAL INCLUSIVA E QUALIDADE DE VIDA

CONTROLE DO PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

A VISÃO DO FUTURO

CONCLUSÃO

ANO XIII • NOVEMBRO 2014 • PÁG 07

ÍNDICE

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O plano estratégico aqui proposto oferece um referencial geral, com visão de um futuro desejado, que contribui para integrar, articular e reforçar as sinergias entre os planos e as decisões setoriais e assegurar o uso mais coerente e eficaz de recursos públicos escassos.

O horizonte de tempo até o ano de 2030, com objetivos intermediários constitui referenciais compatíveis para os posicionamentos do Estado e dos municípios, para a implantação de políticas públicas destinadas a cada eixo estratégico determinado pelo projeto, e a inserção dos agentes privados nacionais, globais e organizações não governamentais.

No processo de elaborar e discutir amplamente um plano estratégico, houve reflexões e debates construindo, paulatinamente, um consenso sobre as escolhas a serem feitas, as possibilidades e os limites de desenvolvimento possíveis e estimulam a ação conjunta em prol de um futuro desejado.Foi nessa expectativa que a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico – SEPLAN, na sua atual gestão, avaliou a necessidade de o Estado considerar o futuro, procurando entender, de forma sistemática, a implicação futura de decisões presentes, introduzindo uma prática de pensamento á longo prazo, compartilhada com a iniciativa privada e a sociedade civil organizada. Nesse sentido deveria ficar claro uma resposta consistente aos seguintes questionamentos:

• Onde estamos no momento atual?• Quais as estratégias para o alcance do futuro?• Como chegaremos a um futuro desejado?

Nessa perspectiva, com o apoio direto da FAPEAM e da CIAMA, a SEPLAN organizou uma equipe constituída por técnicos de renomada experiência que, mobilizados, passaram a desenvolver estratégias nas escolhas que orientarão a construção do futuro do Amazonas, em um horizonte de longo prazo (2015-2030) mesmo considerando às incertezas próprias de um processo de mudança.Como um plano de longo prazo passa a reconhecer a realidade local, seus recursos e competências, aqui

entendidos, como as vocações locais, e esse processo deverão recomendar os mecanismos que devam ser adotados para tal finalidade.

Nessa perspectiva reconhece a importância do papel das lideranças, da sociedade organizada, sinalizando a manutenção do rumo definido pelas políticas públicas, arregimentadas no conjunto dos atores sociais e econômicos locais.

Esse plano traz na sua essência, seis grandes eixos estratégicos que se direcionam para construir fortes pilares, que se revelam compromissos para a mudança do padrão de desenvolvimento até então praticado, tendo sua base de sustentação no trinômio homem – economia e equilíbrio ambiental. Os eixos estratégicos estão assim identificados:

Dessa forma o planejamento vem a se caracterizar como um roteiro de 6 (seis) eixos estratégicos, onde é evidenciada e pactuada a relação governo e sociedade, centrada em objetivos definidos a partir de uma hierarquização de valores e dos respectivos meios de impleantação, construindo uma visão de futuro representada por cenários.Nestes cenários estão envolvidos os mais diversos atores sociais, do setor público e da iniciativa privada, constituindo-se um valioso instrumento de agregação das principais forças políticas, sociais e econômicas do Estado.

Airton Ângelo ClaudinoSecretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas

Mensagem do Secretário de Planejamento

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Meio Ambiente e Identidade Regional

Infraestrutura

Transformação Produtiva

Educação, formação de RH e Gestão Pública

Ciência, Tecnologia & Inovação

Dinâmicas Sociais inclusivas e Qualidade de Vida

Page 6: Revista Seplan - Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

Fazer previsões não é nada fácil, considerando ser uma tarefa desafiadora e de grande complexidade, não só em razão da dimensão territorial do espaço geográfico do estado do Amazonas, como também por sua geobiodiversidade, com relevância no etnocultural, mineral dentre outros, que a cada ano vem se revelando de forma extraordinária.

Também não seria pelo terreno da futurologia, considerando o cotejamento de vários economistas e sociólogos nesse campo, que definiríamos o desenvolvimento futuro do Estado. O presente plano segue outros propósitos; nosso intuito é apontar os horizontes de oportunidades no longo prazo, tomando como parâmetro o Amazonas de hoje, seus dilemas e potencialidades.O Amazonas que deverá emergir em 2030, será

mais complexo que aquele existente nos cenários atuais. Pretende-se, a partir de um procedimento metodológico específico, pensar de maneira sistemática as possibilidades futuras, construídas a partir do estado presente. Nessa expectativa, cremos ser possível propor algumas referências para a tomada de decisões que devem estar inseridas em um Plano de Estado num cenário de incerteza. É preciso deixar claro que a elaboração de cenários não servirá como substituto da realidade presente, mas considera-se que se trata de um processo contínuo reposto, na medida em que a realidade socioeconômica, e seus respectivos contornos ambientais, passam a desenhar novas dimensões.

Introdução

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Embora se registre até então um emaranhado de ideias sobre o nosso potencial e as contradições do nosso desenvolvimento, o plano passa a construir um horizonte de questões estratégicas para o desenvolvimento do Estado nos próximos 18 anos. Nesse aspecto, nos chama atenção a necessidade de transcender a contenda eleitoral e as disputas políticas localizadas, elencando os fatores com suficiente envergadura para promover mudanças qualitativas na economia e na sociedade, sendo essa a razão maior de se identificar o presente trabalho como um Plano de Estado e que representa também, uma Marca de Governo.

Nessa perspectiva o plano aponta as características básicas do desenvolvimento amazonense elencando os ciclos de desenvolvimento havidos com o objetivo de elaborar um mapa mental de “onde estamos”, que serviu de ponto de partida para que pudéssemos cogitar sobre o “onde podemos chegar em 2030”.

Na sequencia procurou-se definir um conjunto de premissas capazes de nortear a trajetória do desenvolvimento do Estado, no longo prazo. Dentro dessa percepção, construiu-se o que chamaremos de “forças motrizes” que poderiam acarretar alterações expressivas nas próprias premissas, afetando o sentido da trajetória. Por último foram definidos seis eixos estratégicos e respectivos cenários, a partir de interações entre os fatores prioritários e as forças motrizes. Estes cenários caracterizam-se, não tanto por sua factibilidade, mas pela verossimilhança e coerência interna, servindo como ponto de referência no estimular a reflexão sobre o desenvolvimento no Amazonas e as ações sociais, econômicas e políticas correspondentes.

Desta forma, pudemos elaborar um cenário inercial tido como mais próximo do presente, caso não haja novos elementos internos ou externos ao Estado que tragam uma mudança significativa de trajetória; um cenário pessimista, que supõe novos desafios incapazes de serem enfrentados pelo país; e um cenário otimista, a exigir maior esforço em termos de formulação e planejamento de políticas públicas, tanto no plano interno como no externo, além de uma efetiva participação da sociedade.

Ressalte-se a alternativa da concepção do desenvolvimento exposto no Plano, que está no diálogo realizado no âmbito de um grupo altamente qualificado, cuja escolha pautou-se pela heterogeneidade em termos de formação acadêmica, e na experiência em processo semelhante ao que se efetiva agora.

Foram tomados como referência alguns princípios gerais, mas que nos levam à definição de que se almeja para o Estado é um “desenvolvimento socialmente inclusivo e ambientalmente sustentável” (Sachs, 2009), e que possa se inscrever “nos limites do internacionalmente ainda permissível e do nacionalmente ainda exequível” (Jaguaribe, 2008).

Em síntese, a proposta embutida no presente Plano teve a sua origem nos consensos obtidos ao longo das explanações e discussões, que se caracterizaram pela franqueza e pela liberdade de manifestação, sem que houvesse qualquer cerceamento ideológico.

O cenário otimista projetado pode ser interpretado como o resultado deste esforço coletivo. Não se trata de utopia, mas de uma possibilidade concreta. Também não se apresenta como uma “receita” de “como chegar lá”. Esta tarefa será compartilhada com a sociedade amazonense. Não obstante, algumas recomendações de políticas públicas são apresentadas ao final do documento, sem esmiuçar medidas específicas ou metas quantificáveis, já que o objetivo do presente trabalho é tão somente fornecer algumas referências para se dimensionar o desafio que o Estado deve enfrentar nos próximos 15 anos.

Afortunadamente o sucesso preliminar na construção do Plano esteve na razão direta da capacidade se constituir o grupo diverso e qualificado de técnicos especializados e das parcerias que se constituíram. Nessa oportunidade agradecemos as pessoas representativas de diversos setores da sociedade, altamente qualificados e motivados, abertos ao diálogo e respeito às contradições, procedimentos essenciais para a consecução dos nossos objetivos.

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Page 7: Revista Seplan - Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

Estratégias propostas para o Desenvolvimento Econômico do Estado.As estratégias que se configuram na arquitetura do plano estratégico de desenvolvimento do estado do Amazonas 2030, englobam um conjunto criterioso de propostas construídas de forma coletiva, Estado e Sociedade, com potencial sinérgico para provocar a deflagração de outras atividades do setor público e privado, atraindo investimentos que lhe complementem o escopo e dessa forma criem a base para o desenvolvimento social, econômico e em bases sustentáveis.

Para o Amazonas, a primeira estratégia há de ser

legislativa e midiática. É preciso substituir o paradigma da “preservação ambiental” pelo da “sustentabilidade”, isto é, a preservação do equilíbrio ecológico. O ser humano não será mais considerado um intruso na natureza e não se pode permitir fazer do boto a vaca sagrada do Amazonas.

Na sequência de orientações estratégicas, deverá ser estimulada a formação de um grande mercado regional abrangendo a Amazônia brasileira e continental, a fim induzir atração gravitacional sobre as economias circunvizinhas, sem depender das hesitações dos condôminos da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Para isso, o desenho do presente plano, com vista ao desenvolvimento regional

integrado e autossustentável, com as ações propostas cuja matriz econômica tenha o homem, a economia e a sustentabilidade como a conjugação racional para o alcance dos objetivos que o plano requer.

Aqui se propõe também, como estratégica, a conexão física do Estado a todos os países condôminos de nossas fronteiras panamazônicas, mesmo a despeito das restrições existentes, como reservas indígenas e áreas da proteção ambiental contíguas à Faixa/linha de Fronteira. É perceptível que esses entraves também foram criados, para impedir ou retardar a integração que tanto precisamos.

Conceber um programa de infraestrutura como procedimento estratégico fundamental, contemplando os segmentos de energia, habitação, saneamento,

rodovias, portos, aeroportos e comunicação, e como processo indispensável ao desenvolvimento pretendido. Estimulando assim, investimentos públicos e privados para efetivar a vocação econômica intrínseca na nossa geobiodiversidade de riquezas imensuráveis, e que precisam estar a serviço de uma sociedade que vê na economia o processo inevitável para ser uma sociedade também justa.

Há de se considerar estrategicamente, que o planejamento proposto é um processo, muito mais de natureza política do que técnica, necessitando articular uma visão de longo prazo e a seleção de atores locais para a orientação e a discussão das alternativas consideradas válidas para a sua aplicação

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a nível local, considerando as vocações localizadas para a formulação do plano, no âmbito social, cultural e econômico;

Para consolidar a execução estratégica da aplicação do plano é recomendável perseguir um modelo de gestão que despojado de uma estrutura pesada, ineficiente e ineficaz que ainda existe, deva voltar-se a sua função institucional de promover mudanças operacionais, desenvolvendo essa mesma função para prover a

sociedade de educação, saúde, segurança pública e infraestrutura, necessárias à efetivação de ações que elevem a qualidade de vida da população.

Objetivos Norteadores

O Planejamento Estratégico proposto define Macro Objetivos, que deverão estar presentes não só nas decisões institucionais, como nas ações de cada um dos gestores responsável pela sua implementação.

Transformação da Realidade Existente – O Estado inserindo-se no campo de uma sociedade moderna em todas as instâncias, precisa adaptar suas trajetórias de desenvolvimento, registrando uma visão de futuro capaz de estabelecer diretrizes para suas ações de desenvolvimento. Nesse sentido, o Plano Estratégico de desenvolvimento se submete às seguintes orientações:

a) Consolidar, no Estado, uma base científico-tecnológica importante, permanentemente articulada às matrizes: nacional e internacional do conhecimento, e capaz de assimilar, adaptar e gerar novas tecnologias, transferindo-as às atividades produtivas e em geral, à vida social; b) Conferir prioridade ao conhecimento da biodiversidade, à biotecnologia, às tecnologias de ampla aplicação nas atividades econômicas e na vida social (como a eletrônica a informática) e a um processo de inovação tecnológica nas modernas técnicas de gestão pública e privada. Apoiando-se nessas áreas, as entidades já existentes ou criando-se

as que se fizerem necessárias e buscando-se atingir padrões de reconhecida excelência.Ação compartilhada dos atores dos segmentos público e privado - com atenção às transformações existentes na sociedade representada por mudanças de natureza político-ideológica, de ordem econômico-financeira, e de consolidação de mercados globais, o estado do Amazonas modela seu futuro na ação compartilhada dos atores públicos e privados considerando, ainda a sociedade organizada, em nível local, regional e internacional.

Nessa perspectiva, a proposta que se segue é a de construir um plano de desenvolvimento sustentado, competitivo, com atenção especial à economia advinda da biodiversidade, integrando-se economicamente, com seus vizinhos fronteiriços nacionais e internacionais, sem prejuízo de uma inserção nacional e internacional, mais ampla e plurifacetada num horizonte até 2030.

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Criar e fortalecer competências críticas da economia estadual - Perseguindo a competitividade sistêmica, pela diversificação/ reestruturação da produção, dinamizando as cadeias produtivas, com especial atenção na modernização da economia tradicional, na implantação do polo naval, nos polos relacionados à mineração e nos nichos de negócios das riquezas naturais, considerando a sua sustentabilidade, com reflexos na qualidade de vida da sociedade.Investimentos na capacitação dos recursos humanos, compatibilizando essa formação com a dinâmica econômica, redirecionando a formação para o padrão tecnológico, com reflexos no combate a pobreza crítica ainda existente, habilitando-a beneficiar-se dos resultados previstos.

Aumentar o adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor ampliando o mercado interno e externo das empresas locais - Para tanto, é necessário que as atividades produtivas do Estado tenham um nível de eficiência, eficácia e efetividade, que as tornem a nível nacional e mundial com alta competitividade, tendo com base a transformação econômica incluindo a reorientação produtiva à base dos recursos naturais. Para tanto requer investimentos significativos na formação de RH, na tecnologia e

inovação e na infraestrutura.

Garantir um crescimento socialmente inclusivo e ambientalmente sustentável. – Na utilização dos recursos da natureza como alavanca do desenvolvimento, usando-o racionalmente, tendo no processo educativo a base desse comportamento. O desenvolvimento pretendido na forma desse escopo deverá fundamentar-se em três pilares fundamentais, que são: crescimento econômico, equidade social e equilíbrio ecológico. O crescimento ambientalmente sustentável é orientado para conceito de equidade, que se baseia num princípio de justiça que passa a reconhecer o direito de cada um e insere um critério de igualdade como princípio ético de desenvolvimento.

Reduzir as disparidades inter e intrarregionais: Buscar uma desconcentração seletiva, a partir da promoção de polos urbanos selecionados em razão de potencialidades localizadas. É necessário potencializar a regionalização já adotada pela constituição do Estado do Amazonas na qual 09 (nove) sub-regiões são definidas. É importante também considerar as disparidades dentro das sub-regiões.

Mercado regional, nacional e internacional, com

Criar e fortalecer competências críticas da economia estadual

Aumentar o adensamento produtivoe tecnológico das cadeias de valor,

ampliando o mercado interno e externo das empresas locais

Acelerar o investimento em infraestrutura física

Garantir um crescimento socialmente inclusivo e

ambientalmente sustentável

OBJETIVOS PRIORITÁRIOS

Reduzir as disparidades inter e intrarregionais

Aumentar o adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor,

ampliando o mercado interno e externo das empresas locais

Mercado Regional, nacional e internacional com desafios e

oportunidades nos quais o setor produtivo deve se inserir

Existência de núcleo de empresas inovadoras com capacidade de liderar processo de modernização produtiva

Abundância de recursos naturais, domínio tecnológico e capacidade

empresarial em energias renováveis e na cadeia de exploração racional

dos recursos

Competências científicas locais com potencial para o desenvolvimento de produtos e serviços de alto conteúdo

tecnológico

CONTEXTO

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desafios e oportunidades, nos quais o setor produtivo deve se inserir. É perseguir a competitividade sistêmica, obtida pela diversificação e reestruturação produtiva e pela ampliação e diversificação dos mercados, pelo incentivo à exportação; estimular os núcleos de produção tradicional, e os seguintes vetores de transformação: - A atração do capital e das altas tecnologias; - a diversificação dos mercados a agroindústria e industrialização do pescado; - com a interiorização do desenvolvimento a criação de um polo de produtos farmacêuticos e de cosméticos; - a produção de óleos vegetais; - o polo madeireiro; - a exploração racional dos recursos minerais identificando as respectivas províncias minerais e a expansão comercial.

A existência de núcleo de empresas inovadoras, com capacidade de liderar processo de modernização produtiva. - grupos empresariais que visem a um nicho de negócios dentro de um contexto amplo, com focos econômicos estratégicos, como aqueles voltados para a biodiversidade, e que possam liderar o desenvolvimento regional, em consonância ou não com os arranjos produtivos locais diversos. Foco na indústria tradicional voltada para a exploração dos recursos naturais.Competências científicas locais com potencial para

o desenvolvimento de produtos e serviços de alto conteúdo tecnológico – agregação da base científico-tecnológica aos procedimentos que se desenvolverão além do horizonte temporal, dentro do contexto e das vocações econômicas locais.

Page 9: Revista Seplan - Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

Tríade Homem – Economia – Sustentabilidade. O Homem como ator principal no que se refere à busca pelo desenvolvimento, priorizando o contexto econômico que será agregado de acordo com os cenários mutáveis, ajustando-se as trajetórias no cenário globalizado futuro.

Construção de 06 eixos estratégicos - cada um com objetivos básicos que visam uma série de situações que possam agregar valor econômico para a sociedade dentro de colaborações participativas, manifestados no desenvolvimento de cenários.

Incentivos à inovação tecnológica - consolidar a base científica e tecnológica existente no estado, considerando para as demandas do processo produtivo, e de acordo com as peculiaridades local e vocacional, ao mesmo tempo em que é necessária uma articulação nacional e internacional, mantendo-se em permanente atualização com a fronteira do conhecimento existente.

Formação e qualificação profissional - capacitação em razão das demandas produtivas locais, bem como a assistência social integrada as demais necessidades humanas nas zonas rurais e ribeirinhas. especial atenção à formação do nível tecnológico e superior para as demandas emergentes.

Construção de um marco referencial - conceder e escolher as ações que serão empreendidas no horizonte temporal a que se refere o plano estratégico e, com isso, estabelecer um marco macro estratégico como um marco de governo.

Ações compartilhadas pública e privada - sinergia na atuação conjunta entre todos os envolvidos, direta e indiretamente no processo, promovendo a integração e cooperação necessária entre os determinados procedimentos de forma racional nos diversos setores da economia e da inclusão social.

Abundância de recursos naturais, domínio tecnológico e capacidade empresarial em energias renováveis e na cadeia de exploração racional dos recursos – O patrimônio, tanto biótico quanto abiótico, e a riqueza cultural deverão ser minuciosamente levantados mediante estudos e pesquisas que embasarão o zoneamento ecológico-econômico do Estado, servindo de critério para a priorização dos investimentos.

As instituições de produção científica local, regional, nacional e internacional deverão ser parceiras revelando o conhecimento da biodiversidade e dos recursos minerais. As matrizes energéticas deverão ser repensadas para energia limpa.

Formação eQualificação Profissional

Ações Compartilhadas Público e Privada

DIMENSÃODO PLANO

ESTRATÉGICO

Construção de um Marco Referencial

Construção de seis eixos estratégicos

Tríade Homem - Economia -

Sustentabilidade

Incentivos àInovação

Tecnológica

A Metodologia Adotada na Construção do Plano

O plano apresenta seis (6) eixos estratégicos que articulam áreas temáticas, estabelecendo um corpo coeso para o planejamento. Com eles fica possível vislumbrar as condições de inserção produtiva e de melhorias sociais pretendidas considerando-se os contextos regionais, nacionais e internacionais.

Tais contextos abrangem componentes como: o Governo (Executivo, Legislativo e Judiciário), os aspectos sociais, econômicos, de demandas, tecnológicos, demográficos, cultural, ambiental etc. Para tanto o processo de construção de cada eixo estratégico parte de linhas de ação, organizadas por áreas temáticas, que se interligam e formam a definição do eixo estratégico central, permitindo que sejam registradas visões distintas do futuro quanto às ameaças, incertezas e oportunidades.

Condicionantes na Elaboração

O desenvolvimento do Estado está na razão direta dos condicionantes externos e internos, sendo necessário traçar um mapa que possa registrar a forma de como esses poderão afetar as trajetórias desenhadas no Planejamento Estratégico de Desenvolvimento do Amazonas 2012-2030.

Condicionantes Mundiais

As condicionantes mundiais registram de forma efetiva as rápidas mudanças que estão existindo em todo o mundo e que, de uma forma ou outra, influenciam no desenvolvimento das nações. Nessa perspectiva:

•Considera-se o crescimento populacional dos países subdesenvolvidos ao mesmo tempo em que é sinalizado o envelhecimento dos países desenvolvidos. Considera-se, também, o aumento das populações urbanas e algumas restrições de fluxos migratórios de fora para dentro e vice-versa;

•Mudanças no mercado de trabalho com a intensificação da globalização, aumento dos fluxos comerciais e de serviços e a consolidação da sociedade

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Page 10: Revista Seplan - Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

do conhecimento, qualificação de mão de obra;

•Pressões provenientes de países emergentes e desenvolvidos relacionados aos impactos sobre mudanças climáticas e recursos hídricos e o Estado do Amazonas possui a maior reserva de água doce do mundo;

•Necessidades emergentes relacionadas às novas tecnologias tais como: biotecnologia, nanotecnologia, ciências cognitivas e as tecnologias da informação;

•A economia mundial deslocando seu eixo para o Pacífico com fortes pressões de demandas de alimentos e energia, tendo como exemplo a Índia e a China;

•Intensificação de esforços na direção de fontes alternativas de energia, especialmente aqueles provenientes da biodiversidade;

•Instabilidade financeira e políticas, especialmente provenientes de países circunvizinhos;

•Exigências maiores na produção, considerando qualidade e quantidade para atender as demandas;

•Interface com os Estados fronteiriços e países limítrofes.

Condicionantes Nacionais

Considerando o ambiente do espaço geográfico nacional, o processo de desenvolvimento terá sua base no binômio, ritmo e natureza do desenvolvimento projetado. Nessa perspectiva registramos:

•A expansão dos serviços de educação e do sistema de CT&I;

•A equidade no desenvolvimento econômico e social dos Estados que fazem fronteira com o Amazonas;

•Uma reforma constitucional e urgente propiciando inovação da gestão no serviço público, principalmente na relação custo benefício;

•Abertura com a economia mundial propiciando a

modernização e diversificação do aparato produtivo e a capacidade de inovação tecnológica e organizacional com diminuição da burocracia;

•A extensão dos benefícios fiscais de Zona Franca de Manaus, como instrumento de desenvolvimento para os municípios que compõem a região metropolitana e sua perenidade bem como os efeitos nos Estados vizinhos;

•Degradação da infraestrutura como um dos gargalos da logística necessária ao desenvolvimento considerando o pouco investimento do setor público e a dificuldade de mobilizar o setor privado;

•Relevância na questão ambiental com aumento de conflitos em torno da questão do desmatamento e dos recursos hídricos;

•Superação das deficiências regulatórias nas instituições públicas referentes à região Amazônica;

•Consolidação da estabilidade monetária e da responsabilidade fiscal.

Condicionantes Estaduais

O desenvolvimento pretendido num ciclo de 15 anos depende de um conjunto de fatores internos que terão maior ou menor influência nos próximos anos. Nessa perspectiva os fatores abaixo relacionados são predominantes em nível do Estado, no futuro esperado:

•Criar e fortalecer competências científicas e tecnológicas na economia estadual;

•Aumentar o adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor;

•Ampliar mercados: interno e externo das empresas locais;

•Garantir um crescimento socialmente inclusivo e ambientalmente sustentável com qualificação de mão de obra;•Desoneração tributária para os produtos regionais para exportação;

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•Garantia de financiamento para a exportação dos produtos regionais;

•Evolução das cadeias produtivas e das APLs locais;

•Mudança no perfil da demanda sobre as redes de saúde pública e da educação;

•Desenvolver a infraestrutura básica e logística, no Estado como: energia, rodovias, portos, aeroportos, comunicações, balizamento hidroviário, considerando o aumento da demanda mobilidade social e para o escoamento da produção consolidada e efetiva, com regulagem sazonal, saneamento básico (serviços de coleta, tratamento e distribuição de água e a coleta e tratamento de efluentes sanitários), habitação e gestão moderna da administração pública e privada; Investimentos impactantes no setor logístico, ampliando a competitividade sistêmica do Estado;

•A desburocratização na composição de empresas para os setores da economia, facilitando a sua implantação;

•Reengenharia na estrutura do setor público, evitando superposições de órgãos no mesmo viés de ação, o que redunda em desentendimentos e onera o erário público.

As Possibilidades das Incertezas Críticas

As mais recentes descobertas de riquezas minerais no Estado, entre as quais, petróleo, gás, potássio, nióbio, silvinita, caulim, ouro, bauxita e água doce vêm demonstrando que existe um elevado potencial de crescimento que se tornará um novo marco na economia amazonense, desde que existam procedimentos de gestão pública e privada nesse sentido. Esses potenciais forçosamente precipitarão a qualificação da mão de obra, em todos os níveis com especializações pertinentes, para fazer frente às demandas de mercado, incluindo o promissor Segmento Naval, cuja previsão é de abertura de 22 mil novos empregos, distribuídos nas APLs do respectivo setor. Embora esse universo social e econômico seja uma realidade palpável, o que temos no momento é uma significativa inércia quanto ao desdobramento desse potencial em ações, que possibilitem uma

efetiva política de desenvolvimento ser consolidada. É necessária uma resposta mais efetiva do Estado, na dinâmica dos procedimentos para fazer acontecer.

No mapeamento dos elementos e variáveis que influenciarão no futuro do Amazonas, nos próximos anos, e que venham a permitir as incertezas quanto ao desenvolvimento pretendido no horizonte até 2030, estão a seguir registradas:

•Qual será o perfil do conjunto de atividades econômicas, especialmente a deflagradas no interior, com resultados no ambiente social?

•Qual será a qualidade das instituições públicas no atendimento das demandas sociais e econômicas em evolução?

•Como estão as redes de formação do capital humano, em todos os níveis, para os padrões de qualidade exigidos pelo mercado e pelas demandas do setor público?

•Como será a evolução do nível de pobreza e desigualdades sociais, com significativo resultado na economia?

•Como estará o nível de qualidade das empresas privadas no atendimento das demandas de mercado nacional e internacional?

• Qual será a imagem externa do Estado, na condução de suas políticas públicas de desenvolvimento social e econômico?

•Como estará a capacidade de logística de transporte, aeroportos, portos, distribuição e consumo de energia, rodovias e de comunicações, em particular no interior do Estado?

Na hipótese das incertas elencadas surgem três tipos de cenários alternativos a serem considerados, no horizonte 2015-2030.

Cenário de Desenvolvimento Sustentado (Cenário A)

Percebe-se no cenário global, o favorecimento

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Quadro 01 - Referência sobre a posição do Amazonas no ambiente até 2030

Segmentos Cenário A Cenário B Cenário C

Político Visão estratégica de médio e longo prazo Visão limitada Descrédito da classe

política

Instituições Públicas Eficientes, eficácia e efetivas, transparentes e comprometidas

Baixos padrões de na qualidade de serviços. Algumas ilhas de excelência

Ineficientes, burocráticas. Sem compromisso c/resultados

Crescimento Econômico

Fortalecido com adensamento de novos segmentos produtivos

Relativamente forte com pouco adensamento

Baixo sem adensamento

Estrutura ProdutivaDiversificada foco na Biotecnologia e CT&I Relativamente diversificada Especializada

Capital Humano Elevado grau de capacitação Médio grau de capacitação Baixo grau de capacitação

Social Redução da desigualdade social Manutenção das

desigualdades e tensõesRecrudescimento das desigualdades e tensões

Meio Ambiente Intenso grau de sustentabilidade dos recursos naturais

Pouca sustentabilidade dos recursos naturais

Uso predatório dos recursos naturais

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Eixo Estratégico 04: Educação, Formação de

RH e Gestão Pública;

Eixo Estratégico 05: Ciência, Tecnologia e

Inovação;

Eixo Estratégico 06: Dinâmica Social Inclusiva

e Qualidade de Vida.

Eixo Estratégico 01: Meio Ambiente e

Identidade Regional;

Eixo Estratégico 02: Infraestrutura;

Eixo Estratégico 03: Transformação Produtiva;

e uma visão de futuro necessariamente deve ser compartilhada pelos atores sociais, econômicos e políticos que devem investir maciçamente na qualidade de suas instituições, no aprimoramento e qualificação do capital humano, viabilizando o caminho para um novo modelo de desenvolvimento que tem como base de sua sustentação a ciência, a tecnologia e a inovação e no caso do Estado persegue o trinômio Homem – Economia – Sustentabilidade.

A consequência desses fatores nos leva a sustentar que no período do ciclo de desenvolvimento determinado no Plano Estratégico de Desenvolvimento 2015 – 2030, a conjugação de ações na melhoria do capital humano, da ciência, da tecnologia e na inovação deverá compor o eixo central do desenvolvimento desejado. Essas ações cujos resultados trazem influência positiva na qualidade das instituições públicas, no sistema de formação do capital humano, na erradicação da pobreza extrema e das desigualdades, e no sistema produtivo do Estado, são consolidadas pelo crescimento acelerado, diversificado, agregação de valor e a capacidade de inovação.

Cenário de Crescimento Excludente (Cenário B)

Os atores sociais, econômicos e políticos não percebem o potencial existente e deixam de aproveitar plenamente as imensas oportunidades, na maioria das vezes provocada pela absoluta falta de visão. Não percebem também, o mundo em expansão econômica, ao mesmo tempo em que, pela fragilidade de conhecimento, passam a considerar, tão somente, mudanças e melhorias limitadas, com pouco ou nenhum impacto positivo no tecido social, que busca transformar, substancialmente, o padrão de vida da população.

Nesse contexto, o que se percebe é a coexistência de áreas de fragilidade, com algumas ilhas de excelência e um desempenho medíocre da prestação de serviços. Registra-se ainda, a mediana qualidade do capital humano que tem sua formação em um sistema dual e muito pouco integrado. Quanto à pobreza extrema registra-se uma parcial redução, mas a desigualdade social persiste enquanto óbice de relevo. Essa situação, de uma forma ou outra, influencia no sistema

produtivo do Estado, que passa a apresentar pouca diversificação, com reduzida agregação de valor na cadeia produtiva.

Cenário de Estagnação e Retrocesso (Cenário C) Tal cenário se caracteriza por acentuada fragilidade operacional, seja de instituições públicas, seja de entes privadas e de organizações do terceiro setor, acompanhada de baixo padrão de atendimento às demandas socioeconômicas, repercutindo na prestação dos serviços, com substancial prejuízo ao Estado. O capital humano se mostra insuficiente, fruto de desarticulação e defasagem decisória e executiva entre o sistema público e os atores privados. A manutenção da pobreza e o aumento da desigualdade são decorrentes de políticas públicas ineficientes, que criam verdadeiros aglomerados humanos, cativos dos programas assistencialistas de governos. A expansão da cadeia produtiva é regressiva, pois a população acostumando-se a doações, não se agrega ao processo produtivo, dando margem à verdadeira estagnação. A capacitação de mão de obra é quase inexistente.

Eixos Estratégicos e Áreas Temáticas

Os eixos estratégicos no presente trabalho devem ser entendidos como um processo ordenado e sistemático do caminho a ser seguido e das ações que possam ser executadas para a construção de um futuro desejado em longo prazo. Na composição desse processo estão as áreas temáticas pertinentes que se apresentam como um conjunto integrado e consistente de ações para a construção do futuro. Cada eixo foi formulado na análise do contexto em que atua e interage composto por áreas temáticas que propõem dinâmicas com previsibilidade segundo sua concepção e em movimentos que irão propiciar mudanças com impactos sobre o estado do Amazonas.

Todos os eixos e suas respectivas áreas temáticas se estruturam em uma visão de longo prazo, possibilitando que a gestão pública do Estado disponha de tempo hábil, preparando-se para mudanças que requerem esforços de monta para sua atuação efetiva, mas que devem ser iniciados o quanto antes para se antecipar aos seus prováveis desdobramentos para o Estado.

Salienta-se que os eixos estratégicos foram formulados com um processo negociado com as sociedades organizadas, instituições públicas e privadas, considerando os diferentes objetivos e interesses

dos atores sociais suas vivências práticas colimando objetivos comuns e de interesse coletivo.

Os eixos estratégicos estão assim definidos:

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EIXO ESTRATÉGICO 01Meio Ambiente e Identidade Regional

O meio ambiente fará parte integrante do modelo de desenvolvimento aqui expresso, e apresenta como ponto de partida a Gestão Ambiental do Estado, orientando as relações homem - natureza com a identificação de suas potencialidades, ocupação demográfica de forma ordenada e produtiva. Ficará voltado para a exploração racional da biodiversidade, dos negócios sustentáveis, das ações para a educação ambiental, do turismo sustentável e da cultura local, tudo isso com vista ao aproveitamento de oportunidades que possam ser capazes de gerar riqueza, trabalho e renda para os atores sociais circunscritos à temática abordada e onde se localiza um dos maiores patrimônios biológicos e genéticos do planeta terra e que representam a sua identidade regional.

Áreas Temáticas

1.1 Gestão Ambiental

Finalidade: Definir políticas e programas de gestão ambiental e territorial, com aplicação de normas e procedimentos, com soluções tecnológicas para resolver problemas estruturais, com a criação de novos produtos, processos e serviços que visem a sustentabilidade do ecossistema, promovendo a valorização socioambiental com planos de manejo para os recursos naturais, licenciamento, fiscalização e monitoramento, incluindo a demarcação racional das unidades de conservação.

Linhas de Ação:

•Efetuar o Zoneamento Ecológico Econômico das sub-regiões do Amazonas, identificando os espaços possíveis de ocupação socioeconômica;•Implementar a Gestão de florestas e Extrativismo Racional objetivando seu uso sustentável;•Realizar levantamento exaustivo e criar novas unidades de conservação (UCs), priorizando as de uso sustentável, visando o melhor aproveitamento socioeconômico em consonância com a conservação da biodiversidade;•Desenvolver, implementar e operacionalizar um sistema de fiscalização e monitoramento ambiental integrado, visando a excelência na gestão das unidades de conservação.•Implantar a avaliação permanente do programa Bolsa Floresta, visando maior efetividade na produção sustentável e seus respectivos benefícios sociais básicos (educação, saúde, emprego e renda).

1.2 Produção, Consumo e Negócios Sustentáveis

Finalidade: Propor formas de produzir e consumir com responsabilidade social, apoiando e estimulando iniciativas de desenvolvimento sustentável dos recursos de natureza de origem florestal, mineral, pesqueira e agropecuária, com ênfase na agregação de valor e geração de emprego e renda.

Linhas de Ação:

•Despertar a consciência ambiental com a implantação de disciplinas curriculares na educação fundamental e médio voltados à produção e consumo consciente;•Implantar uma Agenda Ambiental na Administração Pública, orientando os investimentos governamentais no seu processo produtivo;• riar mecanismo de fomento à organização de feiras regionais de produtos naturais com vistas ao mercado externo e interno;•Revitalizar a Cadeia Produtiva da pesca e aquicultura, com a execução de plano sustentável voltado ao manejo pesqueiro realizado por comunidades ribeirinhas organizadas, visando à manutenção de suas fontes de renda e alimentação. •Potencializar a cadeia produtiva da produção florestal não madeireira, com base na atividade econômica complexa e diversificada de produtos e aplicações energéticas e industriais. •Desenvolver programas de regionalização da merenda escolar, objetivando estimular o aumento da produção hortifrutigranjeira florestal, extrativista e agroindustrial da região, garantindo dessa forma, a utilização de gêneros alimentícios regionais na merenda escolar, servida na rede pública estadual de ensino. •Regionalizar a fabricação do Mobiliário Escolar, objetivando incentivar e valorizar o desenvolvimento socioeconômico das cooperativas e associações de moveleiros do interior do estado.•Desenvolver o Turismo Sustentável, compatibilizando os anseios do turistas e das regiões receptoras, garantindo não somente a proteção do meio ambiente, mas também, estimulando o desenvolvimento da atividade em consonância com a sociedade local envolvida.•Criar indústrias tradicionais, como alternativas de produção de alimentos, levando em conta a manutenção da integridade dos ecossistemas existentes. •Promover a industrialização das frutas tropicais e dos produtos naturais voltados à produção medicamentosa e de cosméticos, com foco na bioindústria.

1.3 Cultura Local

Finalidade: Valorizar, formatar e difundir as manifestações culturais e artísticas do Estado, oferecendo mecanismos e meios para os agentes, produtores e artistas de modo

geral, formatando uma nova identidade regional e suas iconografias.

Linhas de Ação:

•Desenvolver programas de Arte e Cultura nas escolas, estimulando a criatividade e o empreendedorismo. •Promover eventos artísticos e culturais nas comunidades, estimulando a criação e identificação de grupos afins, valorizando os conhecimentos culturais populares e tradicionais. •Estimular a criatividade na produção de artefatos com produtos da natureza e que traduzam a nossa cultura amazônica. •Promover o desenvolvimento da produção do artesanato nas comunidades tradicionais, gerando oportunidades de emprego e renda ao artesão local.•Apoiar a constituição das associações comunitárias e cooperativas, pela construção de estruturas físicas e operacionais das mesmas, e espaços culturais comunitários.

1.4 – Economia Criativa

Finalidade: Dinamizar a economia criativa com incentivo à troca de experiências entre os municípios, reconhecendo o valor da originalidade, no trinômio: tecnologia, qualificação de trabalho e geração de direitos de propriedade intelectual. Propõe a valorização da autenticidade como forma de informar e enriquecer a criatividade das pessoas e sua contribuição para o desenvolvimento do Estado.

Linhas de Ação:

•Apoiar a conformação de Planos Municipais para criação de políticas culturais voltadas ao desenvolvimento de Polos e Cidades Criativas Criativos que despertem a sociedade para o desenvolvimento de uma economia da cultura. •Fomentar a formalização de Incubadoras na Universidade do Estado do Amazonas – UEA, na

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Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável – SDS das organizações criativas no campo da produção/comercialização de produtos naturais. •Promover a criação de Sistema de Acompanhamento de Empreendimentos Criativos no artesanato, na cultura, na música, na inovação produtiva dentre outros. •Fomentar a Promoção de Rodadas de negócios criativos, com a implantação de uma política ao crédito voltado a projetos e polos criativos regionais. •Apoiar iniciativas no serviço público e setor privado, voltadas ao desenvolvimento de mecanismos de sustentação nas Unidades de Conservação Ambiental do Estado do Amazonas.

1.5 - Tratamento dos Resíduos Recicláveis

Finalidade: Incentivar usinas de processamento de lixo reciclável, na capital e nas cidades do interior do Estado, gerando maior oportunidades de negócios e, ao mesmo tempo, promovendo maior qualidade de vida e sustentabilidade ambiental.

Linhas de Ação:

•Disseminar o tratamento do lixo em âmbito municipal com apoio dos governos federal e estadual, proporcionando melhoria na qualidade de vida das populações ali localizadas. •Conscientizar a sociedade para a prática da coleta seletiva do lixo voltada ao processo de reciclagem e seu uso como matéria prima para o setor produtivo. •Apoiar e fomentar empreendimentos industriais que utilizam a logística reversa, agregando valor econômico às empresas a partir dos resíduos aplicados ao processo produtivo.•Criar e apoiar cooperativas de coletas seletiva de lixo que promovam ambientes de negócios e a geração de emprego e renda.

EIXO ESTRATÉGICO 02Infraestrutura

O crescimento das operações industriais no PIM e os novos entrantes na economia deverão ser acompanhados pelos investimentos em infraestrutura logística necessários para sustentar a expansão em processo de crescimento.

O compromisso com a descentralização das matrizes produtivas, tanto no que se refere ao atual Polo Industrial de Manaus – PIM, como dos arranjos produtivos, capazes de minorar os efeitos do isolamento geográfico da região, cobram das estruturas de Governo ações vigorosas, destinadas a diminuir o espectro de dificuldades competitivas da região, reestruturando a matriz energética, o tratamento dos resíduos recicláveis, rodovias e vicinais, habitação e saneamento básico e complementado com a telecomunicação imprescindível na magnitude do espaço territorial do estado.

No planejamento do Estado, a infraestrutura logística ocupa destaque e dela depende a integração do interior do Amazonas e deste com a integração regional e nacional. Permite que, por meio dos modais existentes, possamos desfrutar do processo de desenvolvimento sustentável, das conectividades internas e externas através das rodovias, das conexões dos ramais de terra batida, do modal aéreo e principalmente do modal fluvial, representado pelas estradas naturais do Estado, incluindo a infraestrutura aeroportuária e rodoviária, que devem ser integradas para buscar e promover o desenvolvimento do Estado.

Áreas Temáticas

2.1 – Infraestrutura e Logística da Região Metropolitana de Manaus.

Finalidade: Expandir a infraestrutura logística da região metropolitana de Manaus, integrando os municípios que a compõe, ampliando a capacidade do sistema construindo um complexo exportador com ampliação de portos, aeroportos, rodovias e áreas de armazenamento com estrutura alfandegária, destacando-se o fluxo de comércio importador e exportador que se utiliza dos modais rodo fluvial, rodo aéreo e marítimo/fluvial. A infraestrutura pretendida deverá atender as iniciativas nas áreas de segurança pública, saúde, habitação, mobilidade, conectividade, saneamento e sustentabilidade ambiental, disponibilização de equipamentos de esporte e lazer e a regionalização das redes de prestação de serviço público.

Linhas de Ação:

•Aprimoramento da mobilidade urbana dos municípios que compõem a Região com as interligações rodoviárias e fluvial. •Coordenação das ações de infraestrutura e logística, num processo de adequação as demandas localizadas e na interface com a sede da RM.•Atualização dos Planos Diretores dos municípios, compatibilizando-os aos interesses comuns da

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região Metropolitana, no segmento de habitação, segurança, saúde e lazer.•Identificação de espaços que possam admitir instalações de pequenas, médias e grandes indústrias e seus entornos de serviços entre os quais os de mobilidade rodoviária e portuária com os seu devidos entornos.•Aumentar o valor agregado da produção e a diversificação econômica demandada nos novos entrantes na economia da RM, com a intermodalidade de transporte, elevada qualidade de serviços, baixo tempo de deslocamento para a movimentação de cargas e custos decrescentes. •Inserção global das unidades produtivas sediadas nos municípios da RM, considerando o caráter regional do processo produtivo.

2.2 - Reestruturação da Matriz Energética

Finalidade: Promover o uso adequado e racional dos recursos naturais renováveis e da energia produzida, como eixo fundamental para a orientação do consumo de energia no Estado do Amazonas.

Linhas de Ação:

•Elaboração de estudos de viabilidade para alternativas de abastecimento energético, com foco em energia solar e biomassa para aplicação em comunidades isoladas;•Aprimoramento na distribuição da energia proveniente do linhão de Tucuruí com implantação de subestações redutoras, alimentando municípios com, potencial industrial.•Aproveitamento do gás natural com aproveitamento no processo produtivo dos polos industriais.•Implantação de núcleo de acompanhamento das demandas energéticas das localidades. •Substituição total da matriz energética dos municípios da região, do óleo combustível pelo gás e alternativas complementares da energia solar, hidráulica e biomassa.

2.3 - Tratamento dos Resíduos Recicláveis

Finalidade: Incentivar usinas de processamento

de lixo reciclável, na capital e nas importantes cidades do entorno metropolitano.

Linhas de Ação:

•Disseminação do tratamento do lixo em âmbito municipal com apoio dos governos federal/estadual/municipal. •Facilitação da coleta seletiva de lixo para o processo de reciclagem e seu uso como matéria prima na indústria de transformação..•Apoio e fomento ao incremento de indústrias que utilizam o lixo reciclado a novos produtos agregando valor econômico.•Criar e apoiar cooperativas de coletas do lixo para a devida reciclagem.

2.4 - Ampliação e/ou revitalização das vicinais rodoviárias com mobilidade socioeconômica.

Finalidade: Viabilizar a implantação de estradas vicinais conjugadas ao enfoque ambiental, econômico e social, respeitando as especificidades da região, sua importância na cadeia produtiva local, a contribuição

para a acessibilidade dos municípios envolvidos e sua relação com a capital do estado. As rodovias ou vicinais existentes têm complementariedade com as hidrovias, para o escoamento da produção.

Linhas de Ação:

•Identificação de necessidade de vicinais com base em atendimento social e escoamentos produtivos pertinentes. •Construções compatíveis, manutenção ou revitalização de estradas vicinais em todos os municípios, considerando as demandas produtivas.• Incentivo do poder público na formação de cooperativas

locais para fortalecimento do processo produtivo e a necessária infraestrutura das estradas vicinais, permitindo a mobilidade de pessoas e produtos.

2.5 - Habitação para qualidade de vida.

Finalidade: Implantar na agenda das políticas públicas, os programas de habitação, reduzindo o déficit existente e a sua melhoria construtiva em áreas de expansão urbana.

Linhas de ação:

•Diagnóstico situacional e continuado das necessidades de moradias. •Expansão das experiências exitosas na área de habitação, na capital e no interior. •Articulação entre as necessidades locais, municipais e estaduais com programas da esfera federal ajustando-as às peculiaridades amazônicas nas edificações habitacionais.•Prioridade absoluta de construções habitacionais para populações que habitam em áreas de risco, na capital e no interior.

2.6 -Expansão da Infraestrutura Logística

Finalidade: Gerar maior competitividade operacional do Estado, pela implantação de infraestrutura adequada que possa reduzir os custos de transporte, armazenamento e agilizar as exportações dos produtos industrializados na região, levando em consideração diversos aspectos peculiares regionais.

Linhas de Ação:

•Diagnóstico acerca da logística de mercadorias. Identificação dos fluxos de carga e de passageiros na rede de cidades amazonenses. •Estruturação de acesso e rotas para o tráfego de pessoas e da produção a nível estadual e regional. •Ampliação da capacidade dos aeroportos situados em municípios para utilização de cargas e passageiros. •Construção do Mega Porto no complexo Industrial, naval e de logística no distrito de Puraquequara.•Construção de um porto e retro-porto em Itacoatiara.•Fortalecimento do transporte hidroviário com

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EIXO ESTRATÉGICO 03Transformação Produtiva

Eixo voltado para a Transformação Produtiva, necessária ao crescimento sustentado à potencialização econômica do Polo Industrial de Manaus. Visa ao maior aproveitamento dos insumos dos recursos naturais existentes no espaço geográfico do Estado, no futuro complexo industrial, naval, mineral e de logística, bem como do aprimoramento do agronegócio, da aquicultura, na implementação dos polos minerais, a difusão do turismo, da economia criativa, do uso da biotecnologia com ênfase na produção medicamentosa e cosmética e outros importantes fatores para a promoção de adensamentos produtivos em geral, propiciando a inclusão social na economia, gerando emprego e renda.

Áreas Temáticas

3.1 - Estímulo Fiscal-Financeiro e Ambiente de Negócios

Finalidade: Melhorar de forma continuada o ambiente de negócios e os instrumentos de fomento fiscais e financeiros à produção e ao investimento.

Linhas de Ação:

•Criar grupo de trabalho permanente para monitoramento e proposição de ajustes nos incentivos fiscais e políticas tributárias, avaliando seus efeitos na economia do Estado. •Estabelecer mecanismos necessários para a efetivação do Processo Produtivo Básico Sustentável (PPB-S), com

vista ao fomento e às práticas sustentáveis por parte das empresas que usufruem incentivos fiscais da ZFM, concedendo incentivos maiores àquelas que o cumpram.• Adotar gradação de estímulos estaduais, em três níveis, a saber: Manaus, demais municípios da Região Metropolitana e os 54 (cinquenta e quatro) municípios restantes do interior, posto que a legislação vigente diferencia Manaus dos demais municípios, ou seja, apenas em dois níveis.• Implantar uma central de negócios para atendimento de investidores regionais, nacionais e internacionais (PAE – Pronto Atendimento ao Empreendedor), direcionada ao desenvolvimento dos três segmentos da economia do Estado, com parcerias públicas e privadas. • Aumentar a capilaridade do microcrédito ampliando oportunidades para novos empreendedores. • Aprimorar o financiamento à produção e aumentar as facilidades para exportações. • Viabilizar as ZPEs de Itacoatiara e Tabatinga com estruturas físicas e aduaneiras adequadas.• Apoiar os novos paradigmas econômicos, analisando as oportunidades de negócios para promover, de maneira simultânea, o crescimento e a equidade social.

3.2 - Planejamento Regional da Produção

Finalidade: Sistematizar e aprimorar os esforços de formação e adição de valor das cadeias produtivas e dos Arranjos Produtivos Locais no Amazonas considerando, as interações entre municípios contribuindo para a desconcentração produtiva do Estado.

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melhorias na ampliação dos portos de Tabatinga, Humaitá, Parintins, Nova Olinda do Norte, de Barcelos, Tefé e Coari, considerando sua localização estratégica para a economia do Estado, além da instalação da plataforma de logística em Manaus.•Implantação da logística interoceânica, ligando o Atlântico ao Pacífico, por meio das hidrovias amazônicas do Madeira, Solimões, Amazonas, Marañon e Ucayali, estimulando a navegação comercial até Iquitos e Saramaribo no Peru e Putumayo no Equador, para o escoamento da exportação e importação de produtos.•Implantação do marco regulatório das hidrovias no Estado. •Priorização das rodovias BR 174 – 319 – 317 – 230 – 307 e 210 e as rodovias estaduais com conectividade dos portos regionais e internacionais.•Estabelecimento de facilidades (menos burocracia) para a unificação e simplificação dos diversos serviços de fiscalização existentes, vinculados a vários órgãos, considerando os modais.

2.7 – Saneamento Básico

Finalidade: A aparente abundância dos recursos hídricos no Amazonas não revela as reais dificuldades de acesso á água potável e ao saneamento básico nos municípios do Estado, incluindo a própria capital. Nesse sentido deverá haver prioridade para projetos que promovam a equidade social e territorial, no acesso ao saneamento básico, com reflexos na melhoria da qualidade de vida e das condições ambientais e de saúde pública;

Linhas de ação:

•Expansão qualificada do sistema de abastecimento de água, captação e tratamento, distribuição e limpeza urbana, na capital e nos municípios amazonenses;•Adoção de tecnologias apropriadas ao saneamento

básico a todos os municípios;•Articulação via Parceria Público-Privada – PPP, para o cumprimento das políticas de desenvolvimento urbano e regional, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltada para a melhoria da qualidade de vida, onde a qualidade de habitação e o saneamento básico sejam fatores determinantes;•Construção do sistema de coleta e tratamento do esgoto sanitário nos municípios do estado.•Construção de aterro sanitário e aquisição de tecnologia e equipamentos pertinentes.•Implantação de laboratório para o controle da água potável distribuída para o consumo humano.

2.8 Telecomunicações

Finalidade: Oportunizar o acesso à internet banda larga, a produção do conhecimento utilizando as tecnologias da comunicação disseminando conteúdos adequados em parcerias com a iniciativa privada, universidades, forças armadas e entidades da sociedade civil organizada. Priorizar a logística de comunicação por todos os meios, como compensação as grandes distâncias do espaço físico do Amazonas.

Linhas de Ação:

•Instalar os equipamentos necessários à comunicação, (energia, rádio comunicação, TV, internet, comunicação móvel e fixa) em todos os municípios amazonenses, bem como em comunidades isoladas de ribeirinhos ou tradicionais.•Implantação de um linhão digital, propiciando acesso ao tráfego de informações e o uso da telemedicina e ensino a distância.•Disponibilizar acesso gratuito as comunidades para o uso da transmissão de radiofônica, imagens e dados.

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Linhas de Ação:

•Reforçar a abordagem de Arranjo Produtivo Local (APL), a partir dos APLs já formalizados: a) Madeira, Móveis e Artefatos; b) Fécula e Farinha de Mandioca; c) Fitoterápicos e Fitocosméticos; d) Produção de Pescado; e) Polpas Extratos e Concentrados de Frutas; f) Artesanato; g) Turismo Ecológico e Rural; h) Produtos e Serviços Ambientais; i) Construção Naval; j) Base Mineral Cerâmico-Oleiro. •Sistematizar procedimentos para formalização de APLs incluindo a prestação de assistência técnica para tal processo, com especial atenção àquelas localizadas no interior do Estado. •Implantar mecanismos de Geoprocessamento de dados do setor produtivo e a identificação de origem e destino da produção, facilitando dessa forma, as relações da produção e centros consumidores em nível

intraestadual, regional e nacional. •Delimitar áreas para a implantação de distrito industrial no âmbito de cada município que apresente vocação econômica considerada como potencial, registrando as especificidades do processo produtivo e sua relação com a sustentabilidade ambiental localizada. •Aprimorar o papel das sedes municipais nas redes de cidade de modo a detectar complementaridades dentro das subregiões e da economia estadual como um todo

3.3 - Implantação de Polos Minerais Diversificados

Finalidade: Aproveitar economicamente os recursos minerais com mitigação de seus impactos ambientais e agregação de valor no território do Estado.

Linhas de Ação:

•Desenvolver estudos voltados à exploração mineral, respeitando a geobiodiversidade, em todo território do estado do Amazonas, avaliando a inclusão desse processo na criação de emprego e renda localizados.•Prospectar em todo Estado, o potencial mineral e sua viabilidade economia, dentro do preceito da sustentabilidade ambiental.•Identificar as possibilidades do aproveitamento dos recursos minerais, como insumo voltado ao uso em cadeias produtivas locais.•Inserir ou conjugar a atividade extrativista mineral, com os parâmetros norteadores dos Arranjos Produtivos Locais.•Promover a exploração racional dos aquíferos minerais existentes no Amazonas nos municípios que registram essa potencialidade, criando emprego e renda. •Desenvolver estudos que possam indicar a ocupação socioeconômica em áreas tidas como unidades de preservação, mas que contenham o componente de riquezas minerais desde que respeitada à sustentabilidade. •Implantar o Geoparque das cachoeiras do Amazonas, em Presidente Figueiredo, considerando os estudos já existentes.

3.4 - Zona Franca de Manaus e Polo Industrial De Manaus.

Finalidade: Potencializar as atividades industrial e

comercial da ZFM, bem como toda a indústria de transformação instalada no perímetro principal (10.000 km²) dos incentivos fiscais geridos pela SUFRAMA e pela SEPLAN, considerando seus encadeamentos com os APLS, as potencialidades e oportunidades de negócios regionais (com ênfase no Interior do AM), bem como o papel dos serviços especializados que guardam interação relevante com a dinâmica do PIM, e a perspectiva de novos entrantes com geração de inovações tecnológicas e investimentos significativos no capital intelectual.

Linhas de Ação:

•Estabelecer um núcleo voltado ao levantamento de dados, análise e informações econômicas, regionais, nacionais e internacionais para estabelecer uma base de inteligência competitiva sistêmica.•Atrair e estimular empreendedores e firmas nacionais e internacionais para a produção de bens de saúde (equipamentos e instrumentos médicos, hospitalares e odontológicos) e fármacos.•Desenvolver os mecanismos de Interação entre o processo produtivo instalado no PIM e o aproveitamento dos produtos gerados na economia criativa.•Apoiar ações de Fomento ao complexo naval, mineral e de logística, com intenções de atividades voltadas a esse segmento, considerando a inclusão social nesse processo.•Reforçar o P&D em eletroeletrônica, tecnologia de informação, fármaco, cosmético, material mineral, novos materiais, considerando os avanços tecnológicos e suas dinâmicas. •Detectar e aproveitar os insumos regionais, extraídos com procedimentos de sustentabilidade, em cadeias produtivas do Polo Industrial de Manaus possibilitando a geração de novos postos de trabalho.•Dinamizar o Porto Público de Manaus, criando uma zona alfandegada para os produtos que abastecem o setor comercial, com diferencial de tarifas operacionais na movimentação de cargas.•Apoiar serviços especializados com interação com o PIM, a exemplo das atividades da tecnologia de informação.•Regulamentar os recursos de P&D, que deverão ser recolhidos à Fundação de Amparo a Pesquisa do Amazonas - FAPEAM, para aplicações no desenvolvimento de tecnologia e inovações relacionadas à melhoria na

produção de artefatos e outros bens, produzidos no Estado. •Promover investimentos impactantes no capital intelectual, na Universidade do Estado do Amazonas e suas subsidiárias, considerando a evolução da tecnologia nos novos paradigmas da produção de bens.

3.5 - Dinamização do Agronegócio

Finalidade: Fomentar o agronegócio, sob a égide da sustentabilidade, considerando o papel primacial das características amazonenses, a exemplo da aquicultura, da fruticultura e dos produtos da natureza.

Linhas de Ação:

•Disseminar e aprofundar agricultura de baixo carbono (ABC), a partir e com foco inicial nos seguintes sistemas, métodos e tecnologias de produção: Sistema de Plantio Direto (SPD); Integração Lavoura–Pecuária–Floresta (ILPF); recuperação de áreas e pastagens degradadas; florestas plantadas; fixação biológica de nitrogênio (FBN); e tratamento de dejetos animais.•Facilitar o acesso e uso do crédito rural com ênfase no microcrédito, contando com o papel catalisador e de intermediação financeira da AFEAM.•Difundir e intensificar a assistência técnica e extensão rural (ATER), tendo como ponto de partida a estrutura do IDAM e seu aprimoramento, bem como a ampliação de sua interação com avanços em P&D, melhorando a interface entre produção científica, pesquisa aplicada e a adoção de seus avanços pelos produtores rurais.•Implantar programa mobilizador da aquicultura no Estado, tomando por base inicial as localidades do APL da pesca e aquicultura.•Implantar rede de entrepostos de armazéns para facilitar o abastecimento dos produtos agropecuários, florestais, da pesca e aquicultura, conjugada com as iniciativas do Eixo Estratégico de Infraestrutura e a base geográfica dos APLs formalizados.•Fomentar a agroindústria, em especial no interior

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do estado, com foco na fruticultura, óleos vegetais, aproveitamento da mandioca e proteína animal a partir de espécies nativas ou adaptadas às respectivas localidades.• Propiciar a utilização dos avanços biotecnológicos nos empreendimentos agropecuários, com a participação das instituições de ciência, tecnologia e inovação, órgãos de financiamento e de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER.

3.6 – Empreendedorismo e Geração de Emprego e Renda

Finalidade: Mobilizar a capacidade empreendedora vigente e esforços para ampliar sua cultura no Amazonas, bem como facilitar e estimular a formalização dos esforços produtivos, com destaque às Micros e Pequenas Empresas – MPE e o Empreendedorismo Individual.

Linhas de ação:

•Reorganizar o Distrito Industrial da Micro e Pequena Empresa (DIMPE), contando com implantação de bases e postos de atendimento de órgãos públicos e privados de serviços de apoio às empresas instaladas.•Incentivar o Empreendedorismo Individual (EI) de modo a aumentar o nível de formalização das atividades, gerando ocupações e renda.•Apoiar a formalização de atividades econômicas em geral, com Instalações de centros facilitadores de negócios, na perspectiva de expansão produtiva e consequente geração de postos de trabalho.•Implantar centrais de negócios, a partir de uma visão geral do potencial existente, facilitando a efetivação de iniciativas empresariais no interior e na capital.

•Promover o empreendedorismo nas comunidades, relacionado ao potencial natural e as competências locais. •Implantar a cultura do empreendedorismo no ensino médio e na educação de jovens e adultos, ampliando horizontes de novos negócios e a possibilidade de aumentar postos de trabalho.

3.7 – Turismo

Finalidade: Ampliar a atividade turística, com aproveitamento do apelo da marca Amazônia, melhoria na infraestrutura, na qualidade dos serviços e na integração social à produção e geração de ocupações, com apropriação local dos rendimentos do segmento em questão.

Linhas de ação:

•Apoiar a elaboração e implantação dos planos de desenvolvimento turístico municipais, em consonância com as políticas públicas federal e estadual pertinentes.• Melhorar a infraestrutura turística, na capital e no interior, de sorte a favorecer o ambiente para essa atividade, tendo por base a elaboração de projetos pertinentes.•Fomentar, regular e qualificar os serviços turísticos, partindo da capacitação do pessoal receptivo.• Apoiar e promover investimentos em equipamentos turísticos, bem como a comercialização dos seus respectivos serviços.•Inserir a produção local, especialmente o artesanato, na cadeia produtiva do turismo, tendo como uma das iniciativas principais a implantação do selo turismo nos produtos do Amazonas.

EIXO ESTRATÉGICO 04Educação, Formação de RH e Gestão Pública

O Estado necessita desenvolver um programa na formação e capacitação de seus recursos humanos, no sentido de compatibilizar em curto e médio prazo, as necessidades de mão de obra habilitada para as demandas emergentes, suprindo o que se prevê acontecer, e parte já está acontecendo, no crescimento da economia, nas novas demandas da sociedade e na resposta que os entes públicos e privados devem dar para se adequar ao processo de desenvolvimento que aqui se instala.

Esse esforço deve concentrar-se na implantação de uma educação de qualidade, no nível básico, tecnológico e superior, bem como a capacitação e qualificação dos nossos recursos humanos, em razão das demandas socioeconômicas locais, e na gestão pública, na atenção à reestrutura administrativa do Estado, que necessita de urgentes mudanças, racionalizando a sua operacionalidade.

Áreas Temáticas

4.1 – Educação de Qualidade

Finalidade: Concentrar esforços voltados à qualidade, acessibilidade, à mobilização da sociedade e à valorização do educando no conjunto de sua formação cidadã proporcionando o acesso equânime das oportunidades no mercado de trabalho como protagonista do/e para o desenvolvimento, através da implantação de significativa melhoria no padrão de ensino, cujos reflexos terão

impacto positivo nos índices do IDEB, ENEM.

Linhas de Ação:

•Criar o Programa Competências Essenciais na Educação - CEE: diversificando oportunidades de aprendizado, com vista à aquisição e ao desenvolvimento de competências - conhecimentos e habilidades - requeridas para o desempenho de cidadania e na inserção do mercado de trabalho;•Priorizar no Ensino Rural atividades práticas e pedagógicas, através de cursos voltados ao ensino técnico e agrícola, com foco no empreendedorismo e na produção atrelada aos arranjos produtivos locais – APL e similares.•Focar no ensino da capital, dentre outras, ações pedagógicas voltadas à pratica do empreendedorismo individual, como instrumento de capacitação com vista à competitividade no mercado de trabalho.•Implantar a Gestão Escolar Focada em Resultados – GEFR, com seleção de diretores através de concursos, compartilhamento de experiências exitosas e avaliação sistemática, premiação dos professores pela meritocracia docente e com critérios transparentes e imparciais de avaliação;•Criar uma Política de remuneração de professores e administrativos escolares baseada na melhoria dos resultados alcançados pela escola no IDEB nacional;•Ampliar um programa de escolas públicas de tempo integral com infraestrutura tecnológica e metodologia de ensino adequada às exigências e demandas da

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sociedade, visando diminuir a evasão escolar;•Adequar o quadro de professores, considerando sua real área de formação, respeitando as especificidades locais e alocando-os nas unidades educacionais onde possam desenvolver suas habilidades;•Manter as melhorias alcançadas mediante implantação do Pacto de Gestão Continuado no Ensino, promovendo uma administração de qualidade nas unidades educacionais do Estado e dos municípios;•Capacitar e atualizar professores em atividades práticas e pedagógicas, através de estágios em centros educacionais mais avançados, visando a melhoria nos padrões de ensino;•Avaliar, permanentemente, os resultados efetivos alcançados pelos Centros de Ensino de Tempo Integral - CETI’s, com vista à expansão desse modelo de gestão na rede pública do Estado;•Criar estímulos para a participação das escolas públicas em competições locais, regionais, nacionais e internacionais do conhecimento;•Resgatar junto à comunidade, a figura dos “Amigos da Escola”, como forma de manter o patrimônio físico e acervo bibliográfico e digital, pelo efetivo envolvimento dos atores sociais com a qualidade no ensino.

•Prover as unidades educacionais de equipamentos e recursos tecnológicos adequados para utilização pedagógica no ambiente escolar, ampliando a utilização do centro de mídias da educação; •Atualizar, o centro de mídia do sistema educacional do Estado, além de desenvolver e implantar softwares que auxiliem na qualidade das atividades meio e fim, e que proporcione a universalização do acesso à rede mundial de computadores aos professores e alunos;•Desenvolver currículos e propostas pedagógicas adequadas para as escolas da capital e específica para educação escolar nas escolas rurais e das comunidades indígenas e quilombolas, incluindo conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades, considerando o fortalecimento das práticas culturais;•Construir projetos socioeducativos voltados à formação da educação cidadã, pela inserção de elementos da cultura amazônica nas práticas de ensino, respeitando os princípios da ética, da moral e dos valores cívicos promotores da mobilização social.

4.2 - Seleção, Treinamento e Avaliação dos Agentes Públicos

Finalidade: Conciliar o recrutamento, seleção e treinamento dos servidores ou agentes públicos, para a gestão por resultados.

Linhas de Ação:

•Reter e desenvolver talentos técnicos e gerenciais nos quadros da administração pública, aprimorando o modelo de gestão de recursos humanos de forma a alocar corretamente esses talentos e ampliar o quadro de profissionais de alta qualificação.

•Maximizar os recursos do Estado, pelo investimento direcionado em treinamento e desenvolvimento que, efetivamente, fortaleça a cultura da produtividade, dificulte a morosidade operacional e proporcione a mobilidade de servidores mediante a avaliação de seu desempenho.•Desenvolver seminários de orientação aos gestores públicos possibilitando maior entendimento funcional na área de sua responsabilidade, além de pactuar compromissos formais, via Contrato de Gestão, garantidores de compromisso com as metas do planejamento e o desenvolvimento do Estado.

4.3 - Qualidade na Gestão Pública no Estado do Amazonas

Finalidade: Consolidar, nas instituições públicas do estado, a cultura da eficiência e da efetividade, voltada para as práticas gerenciais que melhorem a qualidade dos serviços prestados à população, ampliando a sua oferta com qualidade e perseguindo padrões de excelência.

Linhas de ação:

•Valorização dos egressos melhores classificados nas Escolas Superiores da Universidade do Estado do Amazonas, pela oferta de oportunidades prática, via estágio profissional supervisionado e remunerado de até 2 (dois) anos, na gestão do serviço público estadual na capital e interior, focado na melhoria da qualidade, produtividade e efetividade nos serviços prestados aos cidadãos;•Mobilização e sensibilização das instituições públicas para a implantação de programas da qualidade lastreados pelo Planejamento, Desenvolvimento,

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Checagem e Avaliação - PDCA dos efetivos resultados alcançados perante a sociedade;•Efetuar o diagnóstico estratégico em todos os órgãosdo Estado do Amazonas, como forma de identificação de necessidades, essencialidades, disfunções ou duplicidade de foco, visando à garantia da qualidade e efetividade ao cidadão;•Otimizar o controle de desempenho para a Gestão Pública, com alerta e assessoramento às instituições que necessitam melhor atender ao cidadão e premiação às instituições públicas mais empreendedoras e focadas em resultados efetivos;•Estender a todos os servidores públicos um Plano de Cargos e Carreiras, que seja lastreado pela meritocracia, transparência e efetividade no cumprimento das metas de desenvolvimento do Estado, estabelecendo isonomia de haveres e deveres de gestão, considerando a qualificação profissional do servidor;•Desenvolver concursos para os diversos segmentos da administração pública, visando maior transparência na entrada de novos servidores e a adequação dos cargos comissionados à lei vigente.

4.4 - Governo Eletrônico e Governança.

Finalidade: Dotar o governo de uma infraestrutura racional e de comunicação compartilhada por diferentes órgãos públicos a partir da qual a tecnologia da informação e da comunicação será usada de forma intensiva para reduzir a burocracia, melhorar a gestão pública e o proporcionar maior celeridade no atendimento ao cidadão.

Linhas de Ação:

•Aumentar a eficiência das ações do Estado, pela implantação do governo eletrônico voltado a dar maior eficiência aos processos administrativos das instituições públicas e ampliar a transparência e o controle social das ações de Governo; •Formular o plano de tecnologia da informação e comunicação com a implantação de diretrizes e estratégias voltadas à oferta de serviços e informações por meio eletrônico, respeitando os padrões de qualidade na interação e o estabelecimento de níveis de serviços aos cidadãos;•Permitir que os avanços na gestão governamental

cheguem aos usuários finais, por meio da melhoria da qualidade do atendimento nos pontos de prestação de serviços públicos, da intensificação da qualificação do pessoal, da modernização da infraestrutura e da implantação de avaliações sistemáticas da qualidade do atendimento ao cidadão;•Fomentar atividades de caráter educacional voltadas à inclusão digital dos cidadãos, através da oferta gratuita à população em geral, de cursos sobre o uso dos serviços públicos pela Internet.

4.5 - Educação Superior, Profissional e Tecnológica

Finalidade: Ampliação da oportunidade de acesso ao ensino de qualidade para o crescimento profissional, capacidade empreendedora e inserção no mercado de trabalho.

Linhas de Ação:

•Criar o Programa Empregar – PE, formado pela parceria do Governo do Estado do Amazonas com SENAR/ SEST/ SENAST/ SENAC/ SESCOOP/ SESC/ SESI/ SEBRAE, com o objetivo de aproveitar a mão de obra formada pela Educação de Jovens e Adultos - EJA, como forma de promover oportunidades e transformar a realidade da vulnerabilidade social desses cidadãos pela inserção dos mesmos no mercado de trabalho;• Ampliar a qualidade na educação técnica e profissional, pelo incentivo no envolvimento das empresas privadas em ações de responsabilidade socioeducacional, que visem melhorar os resultados no desempenho de alunos, através do estabelecimento da parceria em programas que contribuam para a formação de mão-de-obra melhor qualificada para o mercado;•Combater a deficiência em ciências básicas, com especial atenção às ciências exatas, na educação profissional e tecnológica, através de esforço na contratação ou qualificação de professores na área, para que possam despertar o interesse dos jovens na aprendizagem das disciplinas;•Implantar conceitos de Empreendedorismo na educação de jovens e adultos – EJA, como pressuposto para que os egressos possam enfrentar o mercado de trabalho, no sentido de obter conhecimento, não apenas para compreensão geral da vida econômica, mas também como necessidade de se inserir ou permanecer

no trabalho;•Integrar a educação profissional e tecnológica à educação escolar indígena, cujos currículos e regimentos específicos devam ser elaborados por professores indígenas, juntamente com suas comunidades, lideranças, organizações e assessorias;•Ampliar, mediante diagnóstico prévio, a oferta de cursos de pós-graduação – Lato sensu e Stricto sensu, com vista ao aperfeiçoamento profissional e à melhoria da qualidade do ensino ministrado;•Implantar critérios de premiação, como incentivo ao cumprimento de metas crescentes e qualitativas dos índices acadêmicos do Estado no contexto nacional.•Consolidar a implantação da Cidade Universitária como um centro superior de referência em educação superior, pesquisa e extensão para a região norte.•Criar novos núcleos da UEA (ensino superior), no interior do Estado, observando as vocações socioeconômicas locais. •Implantar novos núcleos de educação profissional no interior do estado, considerando as vocações dos setores econômicos localizados.•Ofertar novas vagas, na capital e no interior do Estado, em cursos de qualificação profissional operacionalizados pelo CETAM, considerando as demandas existentes.

4.5 - Aprimoramento da Gestão Pública

Finalidade: Investir na formação de gestores públicos e no ajustamento da conduta de gestão, que requer resolutividade para as demandas sociais existentes.

Linhas de Ação:

•Desenvolver e implantar sistema de inteligência competitiva que contemple um amplo banco de dados sobre as dimensões de análise da gestão pública, tais como mão de obra qualificada, logística, incentivos fiscais, tecnológicos, cadeia produtiva, e tendências macroeconômicas regional, nacional e internacional.•Compor uma equipe especializada na construção de cenários e elaboração de projeto de interesse público, bem como assessoria especializada, na relação dos contextos público e privado.

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EIXO ESTRATÉGICO 05Ciência, Tecnologia e Inovação

O desenvolvimento econômico do Amazonas dependerá cada vez mais do nível de conhecimento sobre a nossa realidade e das relações do conhecimento tradicional com o científico, conjugados e direcionados à resolução de problemas sociais, econômicos e ambientais a partir de produtos e processos inovadores. O caráter estratégico da CT&I no processo de desenvolvimento econômico no Estado se materializa no Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação coordenado pela SECTI, com a participação da UEA, CETAM e FAPEAM alcançando, ainda, instituições públicas federais e municipais e a iniciativa privada. Estas deverão estar em sintonia para o avanço de pesquisas estratégicas e o aumento da qualificação de recursos humanos nas instituições nacionais e internacionais, por meio de intercâmbio de interesses, fortalecendo as instituições públicas e as empresas, com novas tecnologias e procedimento de inovação para desenvolvimento socioeconômico.

Áreas Temáticas

5.1 - Consolidações da Base Científica – Tecnológica

Finalidade: Consolidar a competência em P&D, a partir das organizações de pesquisa científica e de inovação tecnológica, como o INPA, SECTI/FAPEAM, EMBRAPA, UFAM, UEA, IFAM, FIOCRUZ e IES

privadas, servindo de suporte para o crescimento da economia, qualidade de vida e inclusão social.Linhas de ação: •Aprimorar a política de CT&I para o Estado, de acordo com o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia Legal – PCTI – Amazônia. •Ampliar a participação do Estado no Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATEC, no sentido de integrar a rede institucional com objetivos estratégicos, promovendo condições para que as empresas incrementem seus atuais índices de tecnologia e inovação, agregando mais produtividade, resultando em mais competitividade e maior rentabilidade.•Inserir o Amazonas como agente ativo nas redes de mercado global organizado nas 3 tipos de redes denominadas: • Centros de Inovação, • Serviços Tecnológicos • Extensão Tecnológica, de acordo com a FINEP.•Definir estrategicamente as linhas de financiamento do Estado na capacitação de RH de alto nível (pós – graduação lato sensu e stricto sensu) e investimentos em pesquisa com resolutividade socioeconômica.•Implantar procedimentos que permitam a integração do conhecimento tradicional com o conhecimento científico, sobre as potencialidades das nossas riquezas naturais compreendidas pela fauna, flora, recursos hídricos e minerais

abundantes no Estado.

5.2 - Aprimoramento Tecnológico da Gestão Privada

Finalidade: Ampliar o acesso da iniciativa privada aos avanços tecnológicos e aos recursos econômicos para P&D, de modo a estimular a competitividade das empresas estabelecidas no Amazonas, agregando mais valor e conhecimento tecnológico.

Linhas de ação:

•Acompanhar os setores estratégicos nacionais em suas metas: energia, TICS, aeroespacial, materiais, fármacos, medicamentos, equipamentos médicos, meio ambiente e biodiversidade, petróleo e gás, e reforçar áreas estratégicas como indústria naval, mineral, logística.• Propiciar o acesso e a utilização de fundos setoriais (principal fonte de recursos financeiros para o sistema de CT&I) ampliando aos pesquisadores o

financiamento para a pesquisa pura e aplicada;•Utilizar os recursos da FINEP com os fundos existentes: Fundos de Seed Capital (investidores iniciais); Venture Capital (investimentos de risco) Private Equity (destinados às empresas consolidadas), além de manter várias ações de estímulo ao empreendedorismo;

•Propor aprimoramentos no regulamento no Fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas - FMPES, em apoio às empresas iniciantes de caráter inovador (startups);•Elaborar propostas de institucionalização legal, visando à operacionalização do CBA, como centro de excelência de primeira linha na pesquisa da biotecnologia brasileira, para o efetivo cumprimento da sua Missão;•Criar banco de dados da biodiversidade do Estado, propiciando informações estratégicas para os empreendimentos novos ou já implantados;•Estimular as incubadoras públicas e privadas ligadas às Instituições de Ensino Superior ou de

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EIXO ESTRATÉGICO 06Dinâmica Social Inclusiva e Qualidade de Vida

O Eixo registra contextualizações para soluções dos problemas sociais, ao mesmo tempo em que aponta para a situação de configuração histórica, geográfica, dinâmicas econômicas e ambientais incidentes na vida humana no Amazonas, em uma perspectiva de sustentabilidade e qualidade de vida no meio rural e urbano dos municípios do Estado, com vista à superação da realidade existente.

Áreas Temáticas

6.1 - Planejamento Territorial para Inclusão Sócioprodutiva

Finalidade: Usar o planejamento territorial como uma ferramenta administrativa, na percepção da realidade atual, avaliando os caminhos para a construção de um referencial futuro, determinando as trajetórias da utilização socioeconômica da terra, com vista a uma proposta de crescimento e desenvolvimento com inclusão social.

Linhas de Ação:

•Dinamizar a regularização fundiária, para implantação de agrovilas planejadas racionalmente com instrumental público, e agroindústrias relacionadas aos produtos regionais; •Disponibilizar os potenciais econômicos das sub-

regiões do Estado aos empreendedores, bem como as informações necessárias aos investimentos, que possibilitem emprego, renda e qualidade de vida.•Promover a gestão do patrimônio fundiário do Estado, com atualização dos acervos técnicos e dados georreferenciados que dêem suporte às estratégias de desenvolvimento estadual;•Propor estudos de mobilidade demográfica para áreas de riscos contínuos em zonas periféricas, de alagação, de ocupação de orlas fluviais, fragmentos florestais ciliares e de erosão;•Propor a adoção de políticas públicas visando à instalação de comunidades resilientes.

6.2 – Assistência Social

Finalidade: Implantar ações que assegurem à população o exercício de direito de cidadania: Educação, Saúde, Trabalho, Assistência Social, Previdência Social, Justiça, Agricultura, Segurança Alimentar, Habitação e Saneamento, Meio Ambiente, garantindo atendimento às necessidades básicas.

Linhas de Ação

•Estimular o combate à violência contra crianças, adolescentes, mulher e idosos e erradicação do trabalho infantil;•Estimular políticas públicas de apoio à questão de gênero e diversidade étnica e cultural;

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Pesquisa, com vistas a sua efetividade;

5.3 - Articulação Científico - Tecnológica com Instituições Nacionais e Internacionais.

Finalidade: Propor a adaptação e geração de novas tecnologias, estabelecendo rede de parcerias, especialmente aquelas que possam agregar conhecimento científico e tecnológico.

Linhas de Ação:

•Reforçar a articulação cientifica - tecnológica internacional, visando a desenvolver a gestão da biosfera amazônica;•Estabelecer Redes de Contribuição Colaborativa para gestão do desenvolvimento sustentável da biosfera amazônica, com ênfase no Estado do Amazonas; •Estimular o sistema de CT&I na busca de integração com as empresas, de modo à orientar suas ações prioritariamente, para as demandas do setor produtivo e estimular a qualificação de pessoal por meio da prospecção de demandas.

5.4 Biotecnologia e Bionegócio.

Finalidade: Difundir a utilização da biotecnologia na silvicultura, na agropecuária, na pesca, na aquicultura, na saúde humana, animal e vegetal, na produção de energia e na indústria de transformação, agrupando-se a esses processos a própria sustentabilidade ambiental.

Linhas de ação:

•Desenvolver uma plataforma de produtos e serviços oriundos da biotecnologia com parceiros internacionais, nacionais, regionais e locais;•Promover a difusão científica no Amazonas, consolidando programas e atividades em CT&I, para avaliar o resultado do impacto da ciência e tecnologia no processo produtivo e na melhoria da qualidade de vida das pessoas;•Estimular a atração de investimentos para aplicação em empresas de base biotecnológicas;

5.5 - Geração de novas tecnologias a partir das

experiências locais e do conhecimento tradicional.

Finalidade: Estimular a geração e a difusão de novos produtos e processos biotecnológicos oriundos de experiências locais e do conhecimento tradicional.

Linhas de Ação:

•Atrair investimentos para novos processos produtivos nas indústrias voltadas à biotecnologia no PIM, contribuindo para a competitividade dos produtos nos mercados nacional e internacional; •Apoiar os programas estratégicos de transferência de tecnologias para a área rural, com a perspectiva de aumento na produção;•Prospectar potencialidades conjugadas da geodiversidade com a biodiversidade;•Desenvolver a bioindústria com encadeamento produtivo e apropriação de renda no Estado, pelo uso de insumos naturais da região;•Mapear as oportunidades considerando as inovações biotecnológicas voltadas para o Amazonas;

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•Apoiar as atividades de monitoramento e avaliação periódica das ações sócioassistenciais às comunidades;•Estimular a sistematização de informações com a criação de banco de dados que demonstre a localização das vulnerabilidades sociais, como forma de subsidiar ações de Vigilância Socioassistencial;• Propor o aprimoramento do serviço continuado de atenção integral à família, identificando as necessidades de moradia, saneamento e acessibilidade para a população, com especial atenção às áreas de risco;• Propor a atualização e a efetivação das políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência no campo educacional, médico, nutricional, de acessibilidade, mobilidade e assistência especializada.

6.3 - Acesso, Participação e Controle Social às Ações e Serviços de Saúde

Finalidade: Garantir e democratizar o acesso à saúde, por meio da participação comunitária, que promova a qualidade e equidade do serviço prestado.

Linhas de Ação:

•Propor a parceria entre estado, municípios e parcerias público-privadas, voltadas à ampliação da cobertura em atenção primária à saúde e vigilância sanitária;•Propor a oferta qualitativa e quantitativa dos serviços de média a alta complexidade;•Propor a reestruturação do sistema de apoio logístico voltado à operacionalização em tempo hábil dos processos em saúde, com especial atenção às comunidades isoladas dos municípios do interior do Estado; •Ampliar em rede a atuação dos centros especializados de reabilitação (CER) nos módulos auditivos, físico,

intelectual e visual;•Estimular a parceria entre estado e municípios voltados à integração em rede, entre os níveis de complexidade em saúde, fortalecendo a atenção primária;•Viabilizar o uso de medicamentos naturais regionais, comprovadamente eficazes nos atendimentos à saúde

pública, e estimular o acesso aos benefícios do PNPIC – Plano Nacional de Práticas Integrativas Complementares.

6.4 - Desporto, Lazer e Cidadania

Finalidade: Promover a articulação, integração e inclusão social por meio do esporte e do lazer, como estímulo à cidadania com ênfase na municipalização dos direitos sociais.

Linhas de Ação:

•Ampliar o acesso às políticas desportivas inclusivas, de lazer e cidadania as populações originárias e tradicionais;•Ofertar as ações de lazer e prática de exercícios para idosos;•Qualificar o desporto nas escolas como procedimento pedagógico auxiliando as disciplinas curriculares no ensino público;•Ampliar e modernizar os centros esportivos na capital e no interior disponibilizando maior oferta de desporto e lazer;•Fortalecer a promoção de eventos culturais, desportivos comunitários e de lazer nos Centros de Convivência da família e do idoso;

6.5 – Segurança Pública

Finalidade: Propor o comprometimento institucional viabilizando o processo de modernização e reestruturação do sistema, aperfeiçoado por meio de propostas que integrem políticas de segurança, políticas sociais e ações comunitárias, de forma a prevenir o crime e reduzir a impunidade, aumentando a segurança e a paz social. Nessa expectativa as mudanças propostas deverão ser iniciadas com a concepção de funcionamento de um sistema que incorpore uma nova filosofia de trabalho, que deverá ser assimilado e assumido comprometidamente, por todos os seus componentes.

Linhas de Ação:

•Integrar as ações atuantes nas áreas de segurança pública e de defesa civil, na capital e no interior do Estado, estabelecendo as normas que passem a

disciplinar as questões técnicas do sistema como um todo, possibilitando dessa forma a integração no campo estratégico, tático e operacional;•Propor a dinamização do sistema integrado de informação estadual, facilitando a operacionalização das ações de segurança, monitoramento e avaliação, com objetivo de redução e controle da criminalidade;•Recomendar à Secretaria de Segurança a concentração das decisões estratégicas e a devida aplicação nas ações integradas das unidades operacionais do sistema;•Propor a ampliação da cobertura do monitoramento remoto e sensorial, especialmente em centros urbanos, áreas comerciais e de risco, em parceria com a iniciativa privada;•Melhorar a Gestão de recursos humanos nos órgãos que compõem o sistema de segurança pública, com a finalidade de obter atendimento de excelência às demandas da sociedade;•Instrumentalizar a Polícia Técnica e Científica aumentando a capacidade operacional de investigação;•Otimizar as ações da Corregedoria Única visando a diminuir as distorções do sistema e melhorar a imagem da instituição junto à comunidade;•Ampliar a cobertura do policiamento ostensivo na capital e no interior nos moldes do Programa Ronda no Bairro; •Propor a integração entre Estado e os municípios a fim de fortalecer o sistema de prevenção, preparação, resposta e recuperação a sinistros ou calamidades climáticas;•Sistematizar a fiscalização das condições de circulação de veículos terrestre e aquaviários e condutores, com especial atenção às áreas de integração interestadual;

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Principais Requisitos Para Compor Uma Agenda De Implantação Do Plano Estratégico

a) Assegurar a sustentabilidade da implantação do plano, atenuando as vulnerabilidades, juntamente com a descontinuidade politico-administrativo;b) Agregar esforços junto aos atores públicos, privados, mídia e lideranças políticas, no sentido de mobilização contínua da implantação do plano que tem o horizonte de 2030 como meta;c) Qualificar os agentes públicos para o entendimento que o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Estado tem a oferecer à sociedade como um todo, e, no mesmo sentido, para os agentes dos setores econômicos, ONGs e representantes dos organizados;d) Manter o foco, imprimindo um ritmo intenso, especialmente na fase inicial, consolidando os eixos e respectivas áreas temáticas, considerando a existência de projetos das demandas políticas que possam influenciar na mudançade trajetórias ao longo do processo de transformação da realidade existente.

Desenho Organizacional para Implantação do Plano

O caminho mais racional para a implantação do plano é estabelecer uma Governança Compartilhada, sob a

liderança do Governo do Estado, por meio da

Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico. Nessa concepção é proposta a construção de uma rede de parcerias que devem ser representadas por pessoas capazes de mobilizar a sociedade como um todo objetivando a consecução do Plano. Na rede de parcerias haverá uma articulação vertical e outra horizontal assim proposta.O caminho mais racional para a implantação do plano é estabelecer uma Governança Compartilhada, sob a liderança do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico. Nessa concepção é proposta a construção de uma rede de parcerias que devem ser representadas por pessoas capazes de mobilizar a sociedade como um todo objetivando a consecução do Plano. Na rede

COMITEESTRATÉGICO

GESTORES ESTRATÉGICOS

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•Investir no sistema de defesa civil/bombeiros, ampliando as estruturas físicas e modernização de equipamentos na capital e no interior;•Ampliar e modernizar o serviço de acompanhamento psicossocial das atividades do pessoal do sistema de segurança pública; •Desenvolver programas de capacitação continuada dos servidores do sistema de segurança pública.

6.6 – Justiça e Direitos Humanos

Finalidade: Ampliar e adequar as unidades prisionais, visando ao déficit de vagas e desenvolvendo um modelo de sistema penitenciário produtivo, para agilizar a resolutividade dos processos penais, efetivando a responsabilização dos criminosos, considerando o grau de periculosidade, além da Implementação da política estadual do programa de proteção e defesa do consumidor, inclusive da execução das ações respectivas.

Linhas de Ação:

•Propor a humanização da vida carcerária, com programas de recuperação dos internos, oportunidades de trabalho produtivo, assistência social e tratamento médico-odontológico;

•Ampliar a capacidade das unidades prisionais, com vista à eliminação do déficit de vagas; •Implantar modelo de gestão do sistema penitenciário produtivo, humanizando e ressocializando o maior número possível de apenados; •Promover ações judiciais imediatas no combate ao crime organizado e ao narcotráfico, especialmente em zonas de fronteira;•Promover ações, com resposta imediata, de combate aos agentes de agressão à mulher;•Promover ações de combate à pedofilia, com resposta imediata de prevenção e repressão.

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de parcerias haverá uma articulação vertical e outra horizontal assim proposta.

Articulação Vertical

a) Um Comitê Estratégico cuja função será a de garantir a implantação do Plano, assegurando a orientação estratégica e engajando as forças sociais e econômicas, públicas e privadas, na consecução da implantação do Plano. O Comitê será presidido pelo Governador do Estado, tendo como Secretário Executivo do Comitê e seu substituto legal, o Secretário da SEPLAN com o objetivo de garantir a orientação estratégica do Plano e, como componentes, os representantes legais das Secretarias: SECTI; SEFAZ; SEMGRH; SPROR; SEARP; SEIND; SEDUC; SUSAM; SEAS; SEINFRA; CASA CIVIL; SSP. Como componente Federal a SUFRAMA; o DNPN e os representantes das Forças Armadas. O Comitê devera reunir-se com a periodicidade bimestral e em caráter ordinário e em caráter extraordinário quando convocado.

Articulação Horizontal

b) Uma unidade gestora composta por uma equipe multidisciplinar de profissionais de comprovada qualificação técnica, oriundos das Instituições públicas e de organizações privadas. A unidade gestora deverá possuir uma infraestrutura operacional própria, agregada à SEPLAN, para a garantia do seu desempenho, tendo as seguintes funções:b.1 - Coordenar o processo de estruturação, gerenciamento e monitoramento das aplicações das ações propostas nos eixos Estratégicos;b.2 – Articular com as instâncias dos Poderes Legislativo e Judiciário, a implantação do Plano, com o uso dos instrumentos legais. b.3 – Compor o gerenciamento das ações propostas no Plano Estratégico, com profissionais requisitados do Governo, da Iniciativa Privada e do terceiro setor, considerando as ações que serão operacionalizadas.b.4 – Alimentar o sistema de informações com indicadores que possibilitem a observações de transformações manifestas, tendências prováveis e ajustamento de trajetórias nas linhas de ações programadas.

Quanto às condições de governança e sustentabilidade

do Plano deverá o Comitê com a Unidade Gestora, executar os seguintes procedimentos operacionais:

a) Envolver a opinião pública, registrando o Plano e suas linhas de ação como principal prioridade do Estado, estimulando a participação dos atores sociais contribuindo para a sua efetividade;b) Estimular o setor de CT&I a buscar forte integração com as empresas, de modo a orientar suas ações prioritariamente para as demandas do setor produtivo, cujos insumos sejam oriundos dos recursos naturais do Estado;c) Fomentar a gestão integrada dos municípios, planejando a formulação de políticas publicas e projetos de interesse compartilhado com as lideranças municipais, sob a lógica de espaços geoeconômicos;d) Ampliar o reconhecimento social da importância do serviço público estatal, para motivar a melhoria do desempenho dos servidores no atendimento das demandas da sociedade;e) Ampliar junto às parcerias públicas e privadas, o grau de articulação das políticas de inclusão social;f) Ampliar o conhecimento sobre o que o Plano prevê para o desenvolvimento e o crescimento socioeconômico do Estado; g) Aumentar a base de conhecimento em temas de interesse para a conservação dos recursos naturais, por meio da ampliação do acervo e informações sobre o patrimônio natural e ecológico do Estado;h) Estabelecer um acordo estratégico entre o Estado, o Município, as organizações federais e as instituições privadas aqui localizadas e atuantes, objetivando ações que possam ser convergentes;i) Consolidar recursos públicos e privados para investimentos nos programas e ações programados no Plano;j) Ampliar o processo de governança do Plano e a transparência dos resultados almejados e efetivamente alcançados.k) Promover o uso intensivo da tecnologia da informação para o controle, gerenciamento e monitoramento das ações preconizadas nos eixos estratégicos do Plano;l) Estabelecer parcerias com os Estados limítrofes para a gestão dos recursos naturais comuns.m) Estimular a aplicação do manejo sustentável e da certificação ambiental e atrair investimentos privados

para projetos de conservação de recursos naturais e aproveitar as oportunidades geradas pelo mercado de crédito de carbono;n) Zelar pela ampliação das condições sistêmicas de competitividade (ambiente institucional e regulatório local, segurança das pessoas e patrimônio, desburocratização e agilização dos processos de licenciamento ambiental;o) Promover o aumento do capital social dos APLs e cadeias produtivas;p) Estimular a interação entre as empresas, universidades, instituições científicas para criar um ambiente à inserção internacional na economia local;q) Atrair o interesse da mídia para a fiscalização e a divulgação da atuação das instituições públicas e privadas quanto a transparência das decisões, a qualidade do atendimento e à aplicação responsável de recursos públicos. r) Implantar meios para que o cidadão possa ter condições, no local de atendimento, de exigir a qualidade o serviço público a ser prestado e oferecer os meios de divulgação para que a população possa compreender como são orçados e aplicados os recursos públicos e obtidos os resultados;s) Criar junto a SEPLAN um observatório do Desenvolvimento Regional.

Controle do Planejamento Governamental O Planejamento Estratégico do Estado do Amazonas para 2030 considera a mudança do atual sistema burocrático de planejamento para uma gestão pública gerencial e serve-se da descentralização e do incentivo ao desenvolvimento e à inovação. Para tanto, serão utilizados contratos de gestão, termos de parcerias ou convênios como instrumento de controle e garantidor da continuidade das diretrizes traçadas, passando assim, a ser um Planejamento do Estado.

Visando a efetividade no processo de planejamento estratégico governamental do Estado do Amazonas, considerou-se o PDCA como ferramenta de orientação voltada ao alcance das Diretrizes, Metas e Ações descritas no Plano.

No processo do Planejamento Estratégico, considerou-se que todos os gestores públicos do Amazonas devem

primar pelo despertar da motivação e conscientização da importância do processo, visando à obtenção de melhores resultados para os cidadãos. Também deve agilizar processos de informações integradas, reais, de modo a orientar as tomadas de decisões internas, tornando a estrutura administrativa mais enxuta, menos burocrática, mais otimizada quanto aos recursos financeiros, de infraestrutura e humanos.

Cabe ao gestor público perceber a dimensão que representa o Planejamento para a gestão pública estadual no longo prazo e sua orientação para o desenvolvimento sustentável e assegurar a eficaz aplicação de sua metodologia.

Entretanto, para que qualquer ação pública tenha resultados satisfatórios, requer a eficaz utilização do PDCA, além da vontade política como comprometimento da visão do gestor público.

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Fatores críticos de Sucesso A visão do futuro

Em síntese, a visão do futuro pretendida resume-se nos seguintes objetivos a serem alcançados:

Mudança para uma matriz energética limpa e renovável

Planejamento Estratégicobaseado na sustentabilidade

social, econômica e ambiental

O foco da geração de emprego e da apropriação da renda será no município que efetiva a produção

Setores Produtivos e Clusters, com base nas potencialidades locais

Políticas de incentivo à produção, consumo interno e exportação

Planificação educacional em todos os níveis, orientada para a realidade

regional e suas demandas

Economia dinâmica e circular em diversos segmentos e de acordo

com as afinidades locais

Diversificação Econômica

Qualidade das Instituições Públicas

Sustentabilidade Ambiental

Infraestrutura e Logística

Erradicação da Pobreza – Inclusão Social

Interiorização do Desenvolvimento

Investimentos em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação

Desenvolvimento do Capital Humano

Alianças Estratégicas

Articulação Externa

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Conclusão

Importante ressaltar que não se pretendem apresentar soluções milagrosas, e que nos parece razoável que o processo de desenvolvimento e o crescimento econômico sejam compostos por espaços sócio-geográficos complexos, apresentando-se de forma variada, ao se espraiar os limites do estado do Amazonas com sua grandiosidade de 1,5 milhões de km².

Importante também citar que não há caminhos corretos ou errados, contornos ou linhas diretas, mas com diagnósticos, estudos, abordagens de ameaças e oportunidades, enfim, de um adequado diagnóstico ambiental, revelando-se tendências que precisam ser percebidas no âmbito da economia global, nacional e regional, para que se proponham políticas públicas nesses cenários, buscando-se estratégias mais sólidas a abastecer com os seus respectivos indicadores uma melhor projeção de um futuro desejado para os próximos 15 anos de trabalho.

As ações se iniciam a partir deste trabalho, no sentido de sua efetividade e nas correções de rumo que advirão da implantação deste. Espera-se que as ações preconizadas ecoem no âmbito político e que essas possam alardear por todos os limites de nosso estado o que almejamos para nossas vidas nessa terra de maravilhas e oportunidades.

É preciso reconhecer que o presente trabalho propõe quebrar um estado confortável atual para lançar-se ao futuro, buscando uma estabilidade em função das decisões mais concretas de propostas futuristas, com a ideia de mudanças urgentes necessárias num campo de ação possível, comprometendo seus atores e autores. As ideias que envolveram o plano foram amplamente discutidas. A decisão de suas aplicações concentrar-se-á na vontade política de fazer acontecer.

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