revista santa casa de maceio 5

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Revista Santa Casa de Maceio 5

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Page 1: Revista Santa Casa de Maceio 5
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Page 3: Revista Santa Casa de Maceio 5

Dr. Humberto Gomes de MeloProvedor

Dr. Artur Gomes NetoDiretor-médico

Dr. Paulo de LiraDiretor administrativo/financeiro

Benedito de Lira

Douglas Apratto Tenório

Duílio Marsiglia

Euclides Ferreira de Lima

Giovani A. C. Albuquerque

João Augusto Sobrinho

José Macário Barbosa

José Peixoto dos Santos

Marcos Davi Lemos de Melo

Monsenhor Pedro T. Cavalcante

Mesa Administrativa

Antonio NoyaAssessor de comunicação 44 MTE/AL

Theodomiro Jr.Jornalista 535 MTE/AL

Sílvio RomeroFotografia e arquivo

Revista produzida pela

Assessoria de Comunicação da

Santa Casa de Misericórdia de Maceió

Sumário

RimSanta Casa financia exame para transplante4

5Instituto da MulherBebês passam por bateria de exames ao nascer6Planejamento familiarEspecialista esclarece dúvidas sobre vasectomia 8

Prática médica“Medicina de ponta é ter um diagnóstico munido apenas de caneta, papel e raciocínio” 11MulheresSalto acima de 4 cm pode provocar varizes

EstômagoHábito saudável é o melhor “remédio” para evitar câncer 13EndometrioseDoença é amiga inseparável da menstruação para 10% das mulheres14

CampanhaParceria realiza exames de glaucoma em empresas10

Voluntariado Operação Sorriso e Santa Casa realizam 70 cirurgias24Perigo! Automedicação pode esconder sintomas e agravar doenças26DatasusSanta Casa lidera ranking de hospitais que mais internam pacientes pelo SUS28IniciativaProfissionais falam sobre Alzheimer em shopping30

12

TecnologiaSanta Casa de Maceió investe em tecnologia 3D para tratar arritmias16

18 Você sabia?Jovens também podem sofrer de osteoporose

LombalgiaOrtopedista alerta para causas das dores lombares

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 3

Um olhar para o idoso Santa Casa de Maceió comemora 159 anos 22

Ano do IdosoSimpósio interdisciplinar discute paciente idoso cirúrgico 20

Page 4: Revista Santa Casa de Maceio 5

4

ASanta Casa de Maceió vem viabilizan-

do a realização de transplantes de rim

ao financiar os exames de imagem ne-

cessários à realização do procedimento cirúrgi-

co e que não são feitos pelo Sistema Único de

Saúde (SUS). A iniciativa também prevê a reali-

zação de, no mínimo, dois transplantes por mês.

“A Santa Casa vem assumindo os exames

que o SUS não custeia", explica o médico nefro-

logista e coordenador da Área de Transplante

Renal da Santa Casa de Maceió, Arnon Farias

Campos, enfatizando que a demora para a rea-

lização de todos os exames pré-transplante,

muitas vezes, acaba fazendo com que o doador

desista do procedimento e, consequentemente,

o receptor continue dependente da máquina de

hemodiálise.

"Quando os exames demoram muito, o

doador vai embora. Muitas vezes acontece de

ele passar quase um ano à espera do exame e,

por conta da demora, ter que refazer alguns

exames que já tinham sido feitos. A Santa Casa

também montou uma política para a realização

de, pelo menos, dois transplantes por mês e,

desde o mês de março, isso vem sendo cumpri-

do", destaca o médico.

Todos os portadores de doenças renais crô-

nicas são potenciais receptores de órgãos. Já no

caso dos doadores, eles podem ser cadáveres

ou vivos, sendo que, nos dois casos, é necessá-

rio compatibilidade com o receptor do órgão.

A cirurgia de transplante de rim é conside-

rada de média complexidade, dura em torno de

três horas e tem recuperação considerada tran-

quila. No caso do doador, ele recebe alta do

hospital no quarto dia após o procedimento ci-

rúrgico, podendo voltar à rotina de trabalho

dentro de três meses. Já o receptor passa a levar

uma vida normal somente após um ano.

"Depois do transplante, o outro rim substi-

tui as funções do órgão que foi retirado. No

caso dos receptores, a grande diferença na vida

deles é não ficar mais dependente de uma má-

quina três vezes por semana, e isso significa

qualidade de vida", destaca Arnon Farias.

Cerca de cinco anos após a realização do

transplante, 90% dos enxertos estão funcionan-

tes e 10% retornam ao programa de diálise.

"Isso acontece porque não existe uma compati-

bilidade de 100%, já que uma pessoa não é

igual à outra. Por outro lado, entre 70% e 80%

dos transplantados levam uma vida normal por

10, 15, 20 anos ou mais", ressalta o médico.

A área de transplante renal da Santa Casa

de Maceió é formada por profissionais das

áreas clínica e cirúrgica. Fazem parte os médi-

cos nefrologistas Arnon Farias Campos, Sandra

Azevedo Antunes e Rodrigo Peixoto Campos; os

urologistas Willian Rogério Melo Monteiro, Má-

rio Ronalsa Brandão Filho - coordenador cirúr-

gico - e Alexandre Henrique Figueiroa; e os ci-

rurgiões vaculares Jubrant Petruceli, Ronaldo

Nardão Mendes e Pedro Fernandes do Nasci-

mento.

RIM

Santa Casa financiaexame para transplante

Page 5: Revista Santa Casa de Maceio 5

5Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Dores lombares são mais comuns do que se pos-

sa imaginar. Elas podem ser causadas por uma

série de fatores, tais como maus hábitos postu-

rais e ausência de atividades físicas adequadas. Há ca-

sos em que a dor acompanha a pessoa pelo resto da

vida, a menos que ocorra alguma intervenção cirúrgica.

O médico ortopedista da Santa Casa de Maceió Fran-

cisco Américo explica que existem três tipos de lombal-

gias: a aguda, quando a dor persiste por um curto perío-

do - menos de um mês; a subaguda, quando a dor dura

cerca de três meses; e a crônica, que faz o maior número

de vítimas e cujo período da dor passa dos seis meses,

sendo que a pessoa carrega a doença pelo resto da vida.

O médico alerta para os perigos que os calçados fe-

mininos podem acarretar para a coluna. "Os saltos dos

calçados das mulheres não devem exceder os seis centí-

metros, sendo que os saltos agulhas são os mais agres-

sivos e perigosos e por isso é importante evitar o uso

frequente", destaca o ortopedista

Francisco Américo.

Ele também enfatiza que nem toda

dor nas costas se caracteriza como dor

lombar, mas ressalta que a grande vilã

dos trabalhadores é, de fato, a lombal-

gia. "A dor lombar é a maior causa de

afastamento do trabalho", diz.

Segundo o médico, cirurgias na re-

gião lombar só são indicadas quando

todas as medidas conservadoras de

tratamento fracassam. "Em menos de

um ano, não seria ideal recorrer à cirurgia", destacou.

Em caso de dor na região lombar, é importante tam-

bém não se automedicar e procurar o médico ortopedis-

ta para que ele identifique o problema e receite a medi-

cação correta para o caso.

CARACTERÍSTICAS

A dor lombar se caracteriza por uma

rigidez na região baixa das costas. Na

maioria das vezes, ela é causada quando

um músculo das costas é estirado ou

submetido a tração. A dor pode ser cau-

sada por vários motivos, como levantar

um objeto pesado ou permanecer senta-

do ou em pé por muito tempo. Proble-

mas de saúde, como artrite, também po-

dem causar dor nas costas.

Cerca de três a cada quatro adultos

vão ter dor nas costas durante suas vidas, e esses núme-

ros podem subir devido ao aumento da expectativa de

vida e, consequentemente, do número de idosos.

Ortopedista alerta paracausas das dores lombares

LOMBALGIA

Ortopedista Francisco Américo

A grande vilã dotrabalhador é a

dor lombar.Trata-se da

maior causa de afastamento

do trabalho

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br6

Bebês passam por bateria de exames ao nascer

Quem disse que exames, punções e mais exames

são rotina apenas de homens e mulheres que

chegaram à melhor idade? Desde os primeiros

minutos de vida, o recém-nascido enfrenta uma bateria

de exames, que muitos pais e mães sequer percebem.

Entre o primeiro e o quinto minuto de vida, os pedia-

tras do Instituto da Mulher realizam uma série de obser-

vações sobre a condição de nascimento do bebê, obser-

vando itens como choro, reações a estímulos etc. Cada

avaliação é transformada em uma nota, que define um

escore chamado pelos médicos de APGAR.

Em seguida, os pediatras dão prosseguimento ao

exame físico, analisando os sistemas circulatório, urinário

e respiratório do bebê, dentre outros. É com base no

APGAR e no exame morfológico que os pediatras defi-

nem se o recém-nascido irá para o alojamento com a par-

turiente ou se precisará passar um tempo aos cuidados

da UTI neonatal.

Já devidamente instalada no apartamento, a criança

passa ainda por três exames: os testes do pezinho, da

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

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xames ao nascer

orelhinha e do olhinho; este último chamado de “refle-

xo vermelho”. Todos são fundamentais para que os mé-

dicos identifiquem doenças congênitas e iniciem o trata-

mento de acordo com a patologia.

O teste da orelhinha é realizado no segundo dia

após o parto e visa identificar eventuais patologias do

sistema auditivo. “Esse exame permite o tratamento pre-

coce de doenças que produzem impacto nos desenvolvi-

mentos da cognição e intelectual da criança”, disse a

pediatra Ana Carla Brandão, do Instituto da Mulher, uni-

dade da Santa Casa de Maceió.

O exame mais emblemático - e também importante -

é o teste do pezinho. Realizado entre o terceiro e o décimo

dia após o parto, o exame consiste na retirada de sangue

com uma rápida punção na planta do pé. O teste identifi-

ca doenças congênitas metabólicas, como hipotireoidismo,

doenças hormonais, dentre outras. Por fim, o teste do olhi-

nho permite diagnosticar algumas doenças oculares. O

Instituto da Mulher atende entre 100 e 120 crianças/mês

e está localizado na Santa Casa de Maceió.

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br8

Um trabalho realizado por pesquisadores da Uni-

versidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto

trouxe alguns dados bastante reveladores sobre

a vasectomia no Brasil. Segundo o estudo, 60% dos

pacientes que procuram a vasectomia são casados, 40%

têm união estável e 40% usam o preservativo masculino

como método anticoncepcional exclusivo.

E mais: 35,8% optaram pela vasectomia por estarem

satisfeitos com o número de filhos, 33,7% por problemas

de saúde na parceira e 16,8% por estarem com dificulda-

des financeiras para manter os filhos. O estudo revelou

ainda que 74,7% tinham um bom relacionamento conju-

gal e 5,3% enfrentavam problemas no relacionamento,

sendo considerado ruim.

PLANEJAMENTO FAMILIAR

Especialista esclarecedúvidas sobre vasectomia

Page 9: Revista Santa Casa de Maceio 5

O curioso é que cerca de 18,9% dos pacientes que

procuraram o método não estavam aptos para tal proce-

dimento. Idade menor que 25 anos, relacionamento instá-

vel e ausência de filhos são os principais impedimentos

previstos em lei.

“Em meu consultório, de cada dez clientes, sete não

estão aptos para realizar a vasectomia”, revela o urolo-

gista da Santa Casa de Maceió, William Rogério Montei-

ro. Em entrevista ao Santa Casa Informe, o especialis-

ta esclareceu algumas das principais dúvidas sobre va-

sectomia.

O que é vasectomia?

Vasectomia é a cirurgia para a esterilização masculi-

na. Em resumo, é a versão masculina da laqueadura.

Como é feita a cirurgia?

A cirurgia é realizada no consultório médico, sob

anestesia local. Através de uma pequena incisão na pele

do saco escrotal é identificado o canal por onde os esper-

matozóides caminham desde o testículo até a uretra. Nes-

te local é feito a ligadura ou corte desses canais e amar-

radas as pontas. Depois, a pele é fechada com um ou dois

pontos de fio absorvível. É solicitado repouso sexual por

sete dias e deve ser realizado um exame do líquido semi-

nal após 60 dias para averiguar o sucesso da cirurgia.

A vasectomia oferece algum risco ao pa-

ciente?

Como um procedimento cirúrgico, oferece os mesmos

riscos que, por exemplo, a extração de um dente. Compli-

cações como hematoma, inflamação do testículo e infec-

ção são raras. Em geral, o pós-operatório é bastante tran-

quilo. Alguns pacientes relatam uma leve sensibilidade

nos testículos durante alguns dias.

A vasectomia é reversível?

A vasectomia é reversível sim, porém a taxa de suces-

so da cirurgia de reversão pode variar muito, dependendo

do caso. Caso o homem tenha se submetido à vasectomia

há mais de cinco anos, a chance de sucesso com a rever-

são é bem menor do que se ele tivesse sido submetido há

dois anos. Outro ponto é que a cirurgia de reversão é mui-

to mais delicada e deve ser realizada em nível hospitalar,

sob anestesia troncular, com a utilização de material de

microcirurgia.

Quem pode fazer a vasectomia?

De acordo com a lei 9.263, publicada no Diário Oficial

da União em agosto de 1997, sobre a regulamentação do

planejamento familiar, a vasectomia é indicada para ho-

mens acima de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos

vivos, ou nos casos onde a gravidez da cônjuge poderá

gerar risco de vida. Os homens devem eleger a vasectomia

como um procedimento definitivo, apesar de sabermos

que existe a possibilidade de reversão. O homem deve es-

tar seguro da sua decisão e, principalmente, feliz com o

relacionamento conjugal.

Após a vasectomia, o homem pode se rela-

cionar sexualmente normalmente?

Sem dúvida. Esse, por sinal, é um dos grandes tabus

que impede a realização de um número ainda maior de

vasectomias em nosso meio. O corte do canal deferente

apenas impede a chegada dos espermatozóides na uretra,

fazendo com que ele fique retido dentro do testículo. O

líquido seminal, produzido na próstata e na vesícula semi-

nal, continua sendo eliminado normalmente, durante a

ejaculação. O volume ejaculado continua o mesmo, ape-

nas não está presente o espermatozóide.

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 9

Urologista William Rogério Monteiro

Page 10: Revista Santa Casa de Maceio 5

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br10

ASanta Casa de Maceió e o Instituto de Olhos de

Maceió (IOM) firmaram parceria para combater

um mal que atinge mais de um um milhão de

brasileiros: o glaucoma. Uma equipe do IOM instalou um

consultório móvel no complexo hospitalar da Santa Casa

de Maceió realizando gratuitamente “testes de risco” da

doença e medida da pressão ocular. O público-alvo são

médicos, colaboradores e parceiros da instituição.

O glaucoma é uma doença silenciosa, que se desen-

volve lentamente, sem que o paciente a perceba, caracte-

rizada por lesão progressiva do nervo óptico, órgão res-

ponsável por transmitir estímulos luminosos ao cérebro. O

glaucoma causa alteração progressiva do campo visual,

culminando com a cegueira irreversível caso não seja

diagnosticado e tratado em tempo hábil.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia

(CBO), o tipo mais comum da doença é o glaucoma pri-

mário de ângulo aberto, considerado pela Organização

Mundial da Saúde (OMS) como a segunda causa mais fre-

quente de cegueira irreversível em todo o mundo.

Hoje, estima-se que existam três milhões de casos

de cegueira irreversível causada por glaucoma e mais de

cem milhões de pessoas com aumento da pressão in-

traocular em todo o mundo. A cada ano surgem 2,4 mi-

lhões de novos casos de glaucoma primário de ângulo

aberto no Planeta.

Além dos testes, os médicos orientarão os colabora-

dores sobre os riscos da doença. O alerta é dirigido às

pessoas com histórico familiar e com idade acima de 40

anos.

Apesar da carência de dados epidemiológicos sobre o

glaucoma no Brasil, mas se buscando estimativas com

base na literatura internacional, a prevalência de glauco-

ma primário de ângulo aberto foi referida como sendo de

1,86% na população acima de 40 anos. No Brasil, por-

tanto, pode-se estimar que existam 1.216.608 portadores

de glaucoma primário de ângulo aberto.

De etiologia desconhecida, o glaucoma possui vários

fatores de risco para que seja desenvolvido, sendo o mais

frequente deles o aumento da pressão intraocular.

Outros grupos de risco têm maior propensão de de-

senvolver a doença, além das pessoas com pressão in-

traocular anormalmente elevada: indivíduos com mais de

40 anos, com história familiar da doença, com descen-

dência africana ou asiática, diabéticas, míopes, que façam

uso prolongado de esteróides (corticóides) ou que pos-

suam lesões oculares anteriores.

Os descendentes africanos têm de duas a quatro

vezes mais chances de desenvolver o glaucoma primário

de ângulo aberto do que outros indivíduos, daí a impor-

tância de ações educacionais sobre a doença.

Parceria realiza exames de glaucoma em empresas

CAMPANHA

Profissionais da Santa Casa realizam exame

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 11

Certo homem de meia idade procura um médico

reclamando de fraqueza e tonturas. Pede um re-

médio forte para passar o mal-estar. O médico,

um dos melhores da região, faz algumas perguntas e sen-

tencia: "O senhor não precisa de medicamento, mas de

algo que tenho em meu quintal: beterraba". O velho mé-

dico recomendou apenas que o paciente se alimentasse

melhor, já que ele estava anêmico.

O relato acima se passou na Grécia, em 430 a.C.. O

médico era ninguém menos que Hipócrates, o pai da

Medicina. Passados quase 2500 anos, a Medicina deu

saltos imensos em direção ao futuro, porém, apesar disso,

muitos médicos têm esquecido algumas premissas da

prática médica e privilegiado apenas a tecnologia.

Uma dessas premissas, conforme lembra o médico Hél-

vio Chagas Ferro, é ouvir o paciente e dar atenção aos seus

relatos, aos seus sintomas e ao próprio

contexto de vida em que vive. "Medi-

cina de ponta é o médico conseguir

dar um diagnóstico preciso munido a-

penas de caneta, papel, carimbo e

raciocínio.A alta complexidade e a tec-

nologia de ponta não estão nos caros

equipamentos produzidos pela ciên-

cia, mas no médico", disse Ferro, que

coordena a equipe de Terapia Nutri-

cional da Santa Casa de Maceió, for-

mada por nutricionista, enfermeira,

farmacêutico e agora por um fonoaudiólogo.

Helvio Ferro afirma que, apesar de toda a tecnologia,

muitos médicos ignoram o exemplo deixado por Hipócra-

tes, na Grécia, particularmente no tocante à nutrição. "Mui-

tos pacientes, por exemplo, são encaminhados para cirur-

gia sem que o médico avalie o quadro nutricional e não

estamos falando apenas de pacientes

de baixa renda. A rotina frenética e a

má alimentação (leia-se coxinhas, refri-

gerantes, doces etc.) têm levado mui-

tos pacientes, com alto poder aquisiti-

vo, a apresentarem quadro de desnu-

trição. Nessa condição, o paciente de-

mora mais a se recuperar e tem mais

riscos", alertou Hélvio Ferro, desta-

cando a importância da terapia nu-

tricional e lembrando uma pesquisa

realizada em 2000 envolvendo cinco

mil pacientes e 23 centros de referência - dentre eles, a

Santa Casa de Maceió. Segundo o estudo, cerca de 51%

dos pacientes internados pelo SUS estavam desnutridos.

PRÁTICA MÉDICA

Médico Hélvio Chagas Ferro: desnutrição preocupa

“Medicina de ponta é ter umdiagnóstico munido apenasde caneta, papel e raciocínio”

Mais da metadedos pacientes do

SUS estavamdesnutridos,

revelou pesquisarealizada com

5 mil pacientes

Page 12: Revista Santa Casa de Maceio 5

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br12

Salto acima de 4 cmpode provocar varizes

MULHERES

Salto

agulha

é um

dos mais

prejudiciais

às mulheres

Arecepcionista Amanda Pacheco chega a ficar em

pé, imóvel, por duas, três ou até quatro horas

nos eventos onde trabalha. Ao final do dia, em

grandes congressos, pode chegar à marca de oito horas

intercaladas. Tudo isso em cima de saltos que desafiam

a gravidade e põem em risco o sistema circulatório dos

membros inferiores (leia-se pernas, pés, dedos e por aí

vai). O resultado de tudo isso ao fim do dia: dores, can-

saço e pernas e pés inchados.

Amanda e boa parte das mulheres que se equilibram

em saltos acima dos quatro centímetros estão sujeitas a

problemas venosos, com o surgimento, na maioria dos

casos, de varizes, principalmente se houver antecedentes

familiares. A opinião é do angiologista e cirurgião da

Santa Casa de Maceió, François de Oliveira. “Não reco-

mendo saltos acima de quatro centímetros, calçados sem

salto, roupas apertadas ou permanecer imóvel em pé ou

sentado por muito tempo”, alerta.

O conhecimento de François de Oliveira, um dos mais

renomados e antigos angiologistas em atividade em

Alagoas, foi confirmado recentemente em um estudo rea-

lizado por pesquisadores da Universidade de São Paulto

(USP) em Ribeirão Preto. O cirurgião vascular Wagner

Tedeschi Filho mostrou que o uso de saltos com mais de

3,5 cm pode causar vasos aparentes, varizes, inflamações

nas veias e até trombose.

Participaram da pesquisa 30 mulheres. Elas foram

avaliadas por meio de um exame de pletismografia a ar,

que registra a quantidade de sangue venoso nas pantur-

rilhas durante os movimentos.

A análise foi feita com todas as mulheres calçando

salto de 3,5 cm, salto agulha de 7 cm, salto plataforma

de 7 cm e descalças. "Quando elas usaram salto, o volu-

me de sangue venoso na panturrilha foi maior que o nor-

mal, o que pode comprometer a circulação". Segundo

Tedeschi, a panturrilha é uma espécie de "coração" da

perna, que leva todo o sangue dos membros inferiores

de volta para o coração.

"Se a panturrilha não contrai corretamente, acaba

bombeando mal o sangue. Com isso, sobra mais resíduo

venoso, o que pode provocar hipertensão venosa nos

membros e causar varizes e outras doenças".A média do

volume residual venoso normal é de 35%. Com os sal-

tos plataforma e agulha de 7 cm, o volume chegou a

59% e 56%, respectivamente. O salto de 3,5 cm deixou

49% de volume residual.Angiologista e cirurgião François de Oliveira

Page 13: Revista Santa Casa de Maceio 5

13Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Ocâncer de estômago é a segunda maior causa de

morte por câncer entre os homens no Brasil, de

acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer

(Inca), ocorrendo no País 21 mil novos casos por ano, dos

quais 12 mil resultam em óbitos.

A doença é silenciosa e pode levar de dois a cinco

anos para que algum sinal apareça, fator que contribui

para a redução das chances de cura. Quando detectado

precocemente, o câncer de estômago possui 98% de pos-

sibilidades de cura, percentual que é reduzido para 25%

quando a doença já está em estágio avançado.

De acordo com o coordenador da Cirurgia Oncológi-

ca da Santa Casa de Maceió, médico Robério Melo, as

causas da doença estão relacionadas à falta de hábitos

saudáveis, como alimentação balanceada, prática de e-

xercícios físicos, além de fatores genéticos. Há também a

bactéria Helicobacter pylori, que infecta o revestimento

mucoso do estômago, podendo favorecer o desenvolvi-

mento da doença.

"Uma alimentação pobre em vitaminas A e C, carnes e

peixes, ou ainda o alto consumo de nitrato, alimentos defu-

mados, enlatados e com conservantes e corantes, são fato-

res de risco para o surgimento desse tipo de câncer. Quando

a doença é detectada tardiamente, apenas ¼ das pessoas

apresentam possibilidades de cura", afirma o médico.

Para evitar o desenvolvimento da doença e detectar os

casos de câncer de estômago precocemente, o ideal é que

as pessoas com idade acima de 50 anos sejam submeti-

das a uma avaliação gastroenterológica e endoscópica

anualmente. Já as pessoas que possuem casos da doença

na família, o ideal é que o exame comece a ser realizado

mais cedo.

"A doença se manifesta em homens e mulheres e pode

surgir a qualquer momento da vida, sendo mais comum após

os 50 anos", destaca o médico Robério Melo.

Ele chama a atenção para o fato de que, ultimamente,

três casos da doença, em estágio inicial e intermediário,

foram detectados na Santa Casa de Maceió em mulheres

com idades abaixo dos 30 anos. Por isso, Robério Melo res-

salta a importância de procurar um médico ao apresentar

sintomas como desconforto abdominal, mal-estar e dificul-

dades para se alimentar, já que, no estágio inicial, como o

estômago tem uma forma de bolsa, a doença não produz

sintomas importantes.

"Com esses sintomas, as pessoas devem fazer a endos-

copia digestiva alta", conta, destacando que o exame pode

ser realizado na Santa Casa de Maceió, que também aten-

de pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sem tratamento, a

lesão evolui para a hemorragia digestiva e para outras com-

plicações, como fezes escuras, dores abdominais, emagreci-

mento, fraqueza e desnutrição.

Hábito saudável é o melhor“remédio” para evitar câncer

ESTÔMAGO

Robério Melo, especialista em cirurgia oncológica

Page 14: Revista Santa Casa de Maceio 5

14

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Mensalmente, a menstruação chega acompanhada

por uma amiga inseparável: a endometriose. O prin-

cipal sintoma da doença - que atinge 10% das

mulheres em idade reprodutiva - são as insistentes dores na

região pélvica, provocadas pela implantação de tecido do endo-

métrio fora do útero.

"O endométrio é a camada interna do útero, que é renova-

da mensalmente pela menstruação. Em algumas mulheres,

essas células acabam se depositando fora do útero, no tecido

entre a vagina e o reto (septo retovaginal), nas trompas, nos

ovários, no intestino terminal, nos ligamentos do útero, na bexi-

ga e na parede da pélvis", explica o ginecologista da Santa

Casa de Maceió, Ronaldo Gomes Bernardo.

Membro da Sociedade Brasileira de Ginecologia, Ronaldo

Bernardo destaca que as dores podem ocorrer antes ou duran-

te o período menstrual, surgindo repentinamente, causando

transtornos físico, psíquico e social para a paciente.

"O maior problema está na demora em a doença ser diag-

nosticada. Muitas mulheres têm dificuldade em reconhecer os

sintomas da endometriose e já houve casos que levaram seis

anos até o diagnóstico definitivo”, lamenta Ronaldo Bernardo.

A dor da endometriose pode ser cólica menstrual intensa,

dor decorrente da relação sexual ou uma mistura desses sinto-

mas.

O exame clínico realizado pelo médico é o meio mais sim-

ples de a doença ser diagnosticada, mas pode ser necessário

lançar mão da videolaparoscopia - procedimento cirúrgico onde

ENDOMETRIOSE

Doença é amigainseparável damenstruação para10% das mulheres

Page 15: Revista Santa Casa de Maceio 5

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 15

uma câmara é inserida na cavidade abdominal através do um-

bigo, permitindo identificar as lesões e determinar a extensão

da doença. Um fragmento de tecido suspeito (biópsia) é retira-

do para a realização de um exame anatomopatológico, que

dará o diagnóstico final.

O tratamento vai depender da idade da paciente, da exten-

são da doença, da severidade dos sintomas, da duração da

infertilidade e dos planos reprodutivos do casal.

As opções disponíveis incluem observação em pacientes

assintomáticos e que não queiram ter filhos, uso de analgésicos

para dor moderada, interrupção dos ciclos menstruais com anti-

concepcionais, medicamentos que inibem o funcionamento dos

ovários e tratamentos cirúrgicos, como a videolaparoscopia,

destruindo o tecido endometrial, removendo as lesões e restau-

rando a anatomia pélvica.

Ronaldo Bernardo lamenta apenas o baixo índice de efi-

ciência dos tratamentos. “Apenas em 32% dos casos temos

resultados satisfatórios; em 30%, não há alterações e em 38%

pode haver alguma piora”.

Membro da Sociedade Brasileira de Ginecologia, Ronaldo

Bernardo ressalta que, além das dores, a endometriose pode ser

acompanhada, em certos grupos de mulheres, por outra amiga

indesejada: a infertilidade.

Ginecologista Ronaldo Bernardo: doença

acompanha idade reprodutiva das mulheres

Page 16: Revista Santa Casa de Maceio 5

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br16

Uma tecnologia futurista, que faz lembrar filmes de

ficção científica e permite realizar procedimentos

com grande precisão no tratamento das arritmias

cardíacas. Chamada de Ensite, a nova ferramenta vem

sendo utilizada na Santa Casa de Maceió, o que faz com

que a capital alagoana seja a terceira em todo o Norte-

Nordeste - ficando atrás

apenas de Salvador e For-

taleza - a incorporar a no-

va tecnologia ao diag-

nóstico e ao tratamento

das doenças do coração.

"Por meio do Ensite

são geradas imagens do

coração em terceira di-

mensão e em tempo

real. Funciona como um

sistema de navegação,

que cria mapas do cora-

ção, facilitando a locali-

zação de estruturas res-

ponsáveis pela formação

e pela manutenção de

algumas arritmias car-

díacas complexas, tornando possível a realização dos pro-

cedimentos de Ablação por cateter com maior precisão e

segurança", afirma o médico cardiologista responsável

pelo serviço de Arritmia e Eletrofisiologia da Santa Casa de

Maceió, Edvaldo Xavier.

O sistema Ensite de mapeamento 3D faz uma repre-

sentação exata do coração (através de eletrodos aderidos

ao tórax do paciente), mostrando ao médico as estruturas

mais delicadas do órgão, como veias, artérias e até mesmo

descargas e impulsos elétricos gerados e transmitidos den-

tro do coração.

Quando, por algum motivo, esses impulsos elétri-

cos passam a não

funcionar correta-

mente, o coração

pode bater mais

rápido ou mais

lento que o nor-

mal, caracterizan-

do a presença de

uma arritmia car-

díaca.

Entre os diversos tipos de arritmias car-

díacas que podem ser tratadas com a nova

técnica do Ensite, está a fibrilação atrial,

cuja aplicação da nova tecnologia tem

alcançado resultados satisfatórios.

Por se tratar da arritmia cardíaca mais

comum na prática médica, podendo ocorrer

em até 10% de toda a população idosa,

mas também acometendo jovens com corações normais, a

fibrilação atrial pode se iniciar com sintomas de palpita-

ções frequentes, podendo, a médio e longo prazos, causar

complicações graves, como Acidente Vascular Cerebral

(AVC), insuficiência cardíaca ou até mesmo a morte.

O tratamento da fibrilação atrial com drogas antiarrít-

Santa Casa de Maceióinveste em tecnologia 3D para tratar arritmias

TECNOLOGIA

Page 17: Revista Santa Casa de Maceio 5

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 17

micas é, na maioria das vezes, ineficaz, sendo necessária

uma intervenção chamada de ablação por radiofrequência

para a eliminação do tecido doente, responsável pelo sur-

gimento e pela manutenção da arritmia.

A ablação da fibrilação atrial consiste na introdução

de cateteres dentro do coração, em especial o cateter de

ablação, que tem como objetivo eliminar os circuitos ou

tecido doente entre o átrio esquerdo (cavidade do cora-

ção) e as veias pulmonares, realizando uma espécie de

"cauterização".

De acordo com o médico Edvaldo Xavier, antes da

nova tecnologia, o tempo de procedimento era bastan-

te longo, com aplicação de energia de radiofrequência

em excesso, aumentando a exposição ao raio X (radios-

copia) e, consequentemente, o surgimento de algumas

complicações.

Agora, com o Ensite, o médico passa a controlar a

quantidade de lesões ocorridas dentro coração, direcio-

nando com extrema precisão as aplicações de radiofre-

quência com o cateter de ablação, já que se trata de um

sistema 3D, diminuindo os riscos de complicações do pro-

cedimento, reduzindo o tempo cirúrgico e aumentando

significativamente o sucesso no tratamento da fibrilação

atrial.

Médico Edvaldo Xavier e o

Ensite: imagens do coração

em terceira dimensão e

em tempo real

Page 18: Revista Santa Casa de Maceio 5

Caracterizada por uma diminuição da massa ós-

sea e por uma consequente fragilidade dos os-

sos, a osteoporose é uma doença que acomete

mais de 200 milhões de mulheres em todo o mundo,

estando presente em 17% das que se encontram na pós-

menopausa e em 30% daquelas com mais de 65 anos,

sendo que, nessa faixa etária, 20% dos homens também

sofrem da doença.

"Existem dois tipos de osteoporose. A primária, que

é aquela relacionada à menopausa ou

ao envelhecimento, e a secundária, cau-

sada por medicações ou condições mór-

bidas que predispõem a perda de mas-

sa óssea, como diabetes, hipertireoidis-

mo, hiperparatireoidismo, insuficiência

renal crônica, cirurgia bariática, doença

celíaca, anorexia nervosa, artrite reuma-

tóide e uso de glicocorticóides", explica

a médica endocrinologista da Santa Ca-

sa de Maceió, Maíra Viégas.

Assim, ao contrário do que muitos

possam pensar, é uma doença que tam-

bém pode acometer pessoas jovens, po-

rém com menor frequência.

A osteoporose é um mal silencioso, que permanece

assintomático até o surgimento de fraturas clínicas. As

fraturas ósseas são a principal causa da morbidade e

mortalidade associadas à osteoporose. A prevalência de

fraturas de coluna vertebral é de 42% em mulheres em

idade avançada ou que tenham massa óssea diminuída

e, geralmente, ocorrem a partir dos 55 anos.

Entre os fatores de risco da doença estão idade a-

vançada, história pessoal de fratura prévia, baixo peso

corporal, sexo feminino, raça branca, história familiar da

doença, tabagismo atual e sedentarismo.

Segundo ela, as fraturas de colo do fêmur são as

manifestações mais devastadoras da osteoporose, pois

resultam em uma taxa de mortalidade, dentro de um

ano, que pode chegar a 20% nos indivíduos com menos

de 70 anos, 30% nos com faixa etária entre 70 e 80 anos

e 40% nos de idade superior a 80 anos.

A endocrinologista alerta que as ra-

diografias só demonstram os sinais de os-

teoporose quando cerca de 30% a 50%

da massa óssea já está perdida, impedin-

do, assim, o diagnóstico precoce.

Porém, a doença pode ser diagnosti-

cada antes do surgimento de fraturas clí-

nicas por meio de métodos não-invasi-

vos, que detectam a densidade mineral

óssea, sendo a densitometria óssea o

método mais sensível e preciso. "Desse

modo existe a possibilidade de intervir

com o objetivo de prevenir a ocorrência

de fraturas", destaca a médica. Os exa-

mes laboratoriais também são importan-

tes para a exclusão de causas secundárias de osteoporo-

se.

Para evitar a doença, o mais importante é a preven-

ção da perda de massa óssea e a ocorrência de fraturas,

sendo necessárias algumas medidas, como ingestão ade-

quada de cálcio e vitamina D, prática regular de exercí-

cios físicos, cessação do tabagismo e prevenção dos fato-

res de risco para quedas.

Jovens também podemsofrer de osteoporose

VOCÊ SABIA?

18

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

Doenças como diabetes,

anorexia nervosa,

obesidade e hipertiroidismopodem provocar osteoporose em

jovens

Page 19: Revista Santa Casa de Maceio 5

19Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

"Alguns fatores de risco, como os relacionados ao

sexo e à raça, não podem ser modificados, mas podemos

modificar o sedentarismo e ajudar na cessação do taba-

gismo, além de estimular a prática de atividades físicas,

especialmente em crianças e adolescentes, para que as

pessoas atinjam um maior pico de massa óssea", com-

pleta Maíra.

“No caso das pessoas idosas, também são necessá-

rios alguns cuidados especiais para evitar quedas, como

evitar o uso de tapetes na casa, usar tapetes antiderra-

pantes no box do banheiro, afixar corrimão nos corredo-

res e banheiros e fazer uso de bengalas sempre que hou-

ver necessidade”, destaca a endocrinologista.

No Brasil, as estimativas são de que cerca de dez mi-

lhões de pessoas tenham a doença e que, aproximada-

mente, 2,4 milhões venham a sofrer algum tipo de fratu-

ra a cada ano. Por isso, a necessidade de prevenção e de

tratamento, quando indicado, individualizado.

Endocrinologista

Maíra Viégas fala

sobre os fatores

de risco e as formas

de prevenção da

osteoporose

Page 20: Revista Santa Casa de Maceio 5

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br20

ANO DO IDOSO

Atualmente existem, no Brasil, 8,9 milhões de pes-

soas com mais de 65 anos de idade, representan-

do 5,2% da população total. Nos próximos 25

anos, esse segmento deverá se multiplicar em mais de

150%, atingindo cerca de 22,9 milhões de indivíduos. Já o

número de idosos com mais de 80 anos triplicará, saltando

de 1,3 milhão atualmente para 4,5 milhões.

Com o envelhecimento da população brasileira, institui-

ções como a Santa Casa de Maceió já se preparam para

prestar um serviço mais focado nesse público. Por isso, a

Gerência de Ensino e Pesquisa - em parceria com a Gerên-

cia de Riscos e Assistência Hospitalar e os Serviços de Nu-

trição, Psicologia, Fisioterapia e Serviço Social - promoveu o

I Simpósio de Assistência Multiprofissional ao Paciente Ido-

so Cirúrgico da Santa Casa de Maceió.

O evento ocorreu no Centro de Estudos da Santa Casa

de Maceió e reuniu médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,

psicólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, assisten-

tes sociais, fonoterapeutas e outros profissionais da área de

saúde interessados no tema.

Segundo o pesquisador e professor Mário Jucá, gerente

de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Maceió, o principal

objetivo do encontro foi discutir as práticas pré, trans e pós

operatórias dos pacientes idosos atendidos no centro cirúr-

gico pelo SUS.

A abertura do simpósio contou com a palestra do cirur-

gião Mário Jucá sobre o tema "Abordagem Pré-operatória:

O que Muda no Idoso?" e do geriatra Oswaldo Liberal so-

Simpósiointerdisciplinardiscute pacienteidoso cirúrgico

Page 21: Revista Santa Casa de Maceio 5

bre o impacto do pós-operatório sobre o idoso. Uma me-

sa-redonda com profissionais de diversas áreas fechou a

discussão sobre a importância da abordagem multiprofis-

sional ao paciente idoso cirúrgico.

Na programação constaram ainda as palestras “Nutri-

ção: influência das alterações fisiológicas sobre o estado

nutricional nos idosos” (com a nutricionista Ana Monique

David); “Psicologia: intervenção psicológica ao paciente

idoso cirúrgico” (com a psicóloga Rosa Carla de Mendon-

ça Melo Lôbo); “Enfermagem: cuidados de enfermagem

no paciente idoso cirúrgico” (Enfermeiro Jorge Acioli de

Melo); “Fisioterapia: atenção fisioterapêutica ao idoso

submetido a cirurgia” (fisioterapeutas Felipe Rebê-

lo/Elenildo Aquino); e “Serviço Social: intervenção social

ao usuário idoso cirúrgico” (assistente social Clara

Soares).

Também participaram das discussões de casos clínicos

os profissionais Herman Heich (Enfermeiro), Kelly Cristine

Costa (Psicóloga), Maria Lúcia da Silva (Assistente Social),

Martha Pontes de Miranda Brandão (Psicóloga) e Michelle

Matias Lopes de Lima (Nutricionista).

O cirurgião Mário Jucá informou ainda que o resulta-

do financeiro do curso, obtido com as taxas de inscrições,

foi revertido para equipar o setor de pequenas cirurgias da

Unidade Docente Assistencial Professor Rodrigo Ramalho.

21

Pesquisador Mário Jucá: simpósio multiprofissional

será aberto à comunidade alagoana

Page 22: Revista Santa Casa de Maceio 5

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br22

Alongamento antes de ginástica aeróbica

“Eu que não me sento

No trono de um apartamento

Com a boca escancarada

Cheia de dentes

Esperando a morte chegar...”

Raul Seixas

Aletra do compositor Raul Seixas fala de uma rea-

lidade vivenciada por muitos idosos (e mesmo

jovens) que deixam se acomodar quando alcan-

çam a aposentadoria ou a estabilidade financeira. Mas,

para felicidade nossa, a canção de Raul Seixas aponta

também para outra direção que muitos idosos podem se-

guir: “Eu tenho uma porção de coisas grandes prá con-

quistar e não posso ficar aí parado...”.

Foi nesse espírito que uma animada turma da ter-

ceira idade participou do primeiro evento do proje-

to “Um olhar para o idoso”. Realizado no dia 25 de

setembro, na Unidade Assistencial Professor Rodrigo Ra-

malho, o encontro abriu o Ano do Idoso, instituído pelo

provedor Humberto Gomes de Melo com o apoio do

diretor-médico Artur Gomes Neto e do geriatra Oswaldo

Liberal.

“Essa é a primeira iniciativa de uma série de ações

que serão realizadas ao longo do ano. Esperamos que a

sociedade também passe a ter um olhar diferenciado em

relação ao idoso”, disse o provedor.

Na abertura do projeto, destaque para as oficinas

sobre memória, com Jerônimo Veras; sobre prevenção de

quedas, com Fátima Pedrosa; e sobre a arte de envelhe-

cer, com Kelly Cristine. Os serviços de Nutrição, Enferma-

gem e Fisioterapia também marcaram presença, assim co-

mo o Instituto de Olhos de Maceió, que trouxe um mi-

croônibus para a realização de testes de glaucoma.

Santa Casa de Maceiócomemora 159 anos com“Um olhar para o idoso”

Instituto de Olhos de Maceió realiza teste de glaucoma

Page 23: Revista Santa Casa de Maceio 5

23Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Descontração

marcou as

palestras

e oficinas,

realizadas

na Unidade

Rodrigo

Ramalho

A Santa Casa de Maceió inaugurou, dentro das co-

memorações dos 159 anos, as novas instalações da Ge-

rência de Gestão de Pessoas.

“Com o investimento integramos, em um mesmo es-

paço, vários setores que estavam espalhados pelo com-

plexo hospitalar, dentre eles, os de Medicina e Seguran-

ça do Trabalho”, disse Sílvio Melo, gerente de Gestão de

Pessoas. Ele frisou que as mudanças agilizarão pro-

cessos internos e proporcionarão maior conforto aos co-

laboradores.

Equipe de Enfermagem dá as boas-vindas

Gestão de Pessoas inaugura modernas instalações

Page 24: Revista Santa Casa de Maceio 5

24Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

Nada menos que 138 crianças, adolescentes e a-

dultos se inscreveram na última edição da Ope-

ração Sorriso, realizada em Maceió. Desse to-

tal, 70 pacientes foram selecionados para realizar cirur-

gias de correção de fenda palatina, fenda labial ou fis-

sura palato-labial.

A Operação Sorriso e seus parceiros enviaram a

Alagoas quase uma tonelada em equipamentos e supri-

mentos, material desembarcado pela Marinha do Brasil

no Hospital Nossa Senhora da Guia, unidade que cen-

tralizou as intervenções cirúrgicas.

Já a equipe multidisciplinar, formada por voluntários

de todo o País, do Equador e da Colômbia, reuniu 45

profissionais - entre cirurgiões plásticos, pediatras, anes-

tesistas, psicólogos, fonoaudiólogos e enfermeiros. A

equipe de voluntários leigos de outros estados soma

cerca de 30 pessoas.

Também se envolveram na Operação Sorriso os pro-

fissionais da Santa Casa de Maceió e de suas unidades

externas - Hospital Nossa Senhora da Guia e Docente

Assistencial Rodrigo Ramalho. Já a Rede Feminina de

Combate ao Câncer recebeu pacientes na Casa de Apo-

io e nos alojamentos no Colégio Cenecista.

Além da Santa Casa de Maceió, a OSB trabalha em

conjunto com a Secretaria de Saúde do Estado de Ala-

goas, a Marinha do Brasil, a Associação Brasileira de Ci-

rurgia Craniomaxilofacial, a Sociedade Brasileira de Cirur-

gia Plástica, o Genoma Humano, o Ministério Público de

Alagoas e a Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Tais parcerias garantem o atendimento e a qualida-

de principalmente no período pós-programa. O progra-

ma tem como principal patrocinador a Colgate-Palmoli-

ve. Outros parceiros importantes são Johnson & John-

son, Accor, American Airlines, Pepsi e Comerc.

Todo o material utilizado durante as cirurgias é de

alto padrão, em parte doado por empresas ou adquirido

pela organização com critério internacional de quali-

dade.

Operação Sorriso e SantaCasa realizam 70 cirurgias

MUTIRÃO

Equipe de cirurgiões voluntários da Operação

Sorriso observam fissura palatina em criança

Atores usam bom humor

para falar sobre DSTs

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25Revista da Santa Casa de Maceió

www.santacasademaceio.com.br

A triagem de pacientes da Operação Sorriso contou,

este ano, com algumas novidades. A primeira foi o local.

A Unidade Docente Assistencial Rodrigo Ramalho, na

praia do Sobral, preparou uma superestrutura para rece-

ber pais e portadores de fissura labial e palatal.

Na tenda montada no estacionamento, uma dupla

de atores usou o bom humor para falar aos adultos so-

bre doenças sexualmente transmissíveis. Para as crian-

ças, lanches, brincadeiras e pula-pula garantiram a es-

pera pelo processo de triagem. Conforme as normas da

Operação Sorriso, os pacientes passam por várias esta-

ções (especialidades), que avaliam se o candidato está

apto para realizar a cirurgia. Várias crianças foram con-

sideradas inaptas devido a problemas como anemia.

Descontração e bom humor marcam“sala de espera” na Operação Sorriso

Campeãs dentro de quadra e fora delas. As jogado-

ras de vôlei de praia Michelle, Priscilla e Taiana deram

uma pausa no treinamento do Circuito Banco do Brasil

de Vôlei de Praia para um momento de grande emoção:

uma breve visita às crianças internadas no Hospital Nos-

sa Senhora da Guia para a realização de cirurgias pela

Operação Sorriso.

As atletas visitaram a unidade materno infantil da

Santa Casa de Maceió dedicada exclusivamente aos pa-

cientes do Sistema Único de Saúde. Além de brindes, as

duplas distribuíram sorriso, simpatia e palavras de estí-

mulo às crianças internadas no hospital, além das ges-

tantes e puérperas.

Os colaboradores do Hospital Nossa Senhora da

Guia também deram uma pausa na rotina para pedir au-

tógrafos e tirar fotos ao lado das musas. Priscilla sur-

preendeu-se com a organização e a estrutura do hospi-

tal. “É bom saber que o SUS no Nordeste possui um

hospital como esse perfil”, ressaltou.

Já Michelle Carvalho falou do clima de festa e de

alegria que cerca as visitas a entidades antes do torneio.

“Cada sorriso de uma criança ou de uma mãe nos deixa

muito felizes. É um bem que vai e sempre retorna”, disse

Michelle.

Atletas visitam o Hospital Nossa Senhora da Guia

Atletas Michelle (C), Priscilla e Taiana (D) posam para foto ao lado de mães e crianças

selecionadas pela Operação Sorriso para cirurgias de correção de fenda palatina e labial

Page 26: Revista Santa Casa de Maceio 5

26

Revista da Santa Casa de Maceiówww.santacasademaceio.com.br

Atire a primeira pedra quem nunca tomou um

remédio por conta própria, sem receita ou

indicação médica. E não estamos falando

de chazinhos ou fórmulas caseiras, mas de medica-

mentos controlados, como os antibióticos e até mes-

mo os aparentemente inofensivos fitoterápicos.

Mesmo sabendo dos riscos, muitas pessoas ainda

recorrem à automedicação.

Infelizmente, a extensão do problema ainda não

é conhecida no Brasil. Segundo dados do Conselho

Federal de Farmácia, a automedicação é responsável

por 25% dos casos de intoxicação, sendo que em

crianças chega a 35%.

"Os populares 'calmantes', antigripais, antide-

pressivos e anti-inflamatórios são as classes de medi-

camentos que mais intoxicam no País.Alguns antialér-

gicos podem causar sonolência, antibióticos podem

comprometer os rins e o fígado, a ‘cortisona’ pode ele-

var a pressão e aumentar a glicose. Se tais medica-

mentos forem consumidos associados a outras drogas,

os efeitos podem ser ainda piores", alertou a médica

intensivista da Santa Casa de Maceió, Cláudia Falcão.

Conforme conceitua a especialista, a automedi-

cação é a prática de ingerir medicamentos sem o a-

companhamento de um profissional. "Essa conduta

pode sair mais cara, pois remédios podem mascarar

sintomas, agravar doenças e ter efeitos colaterais

prejudiciais", acrescentou Falcão.

PERIGO!

Automedicação podeesconder sintomas eagravar doenças

Médica intensivista Cláudia Falcão e o cirurgião cardiovascular Reinaldo Ayer fazem alerta

Page 27: Revista Santa Casa de Maceio 5

Revista da Santa Casa de Maceiówww.santacasademaceio.com.br 27

A automedicação é bastante difundida não só no

Brasil, mas em muitos países industrializados onde dro-

gas de uso mais simples são vendidas sem prescrição

médica ou odontológica. Embora a Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamente o co-

mércio e a propaganda dos medicamentos de

venda livre, não há normas nem orientação para

o seu consumo.

Segundo pesquisadores ingleses, a indústria

farmacêutica mundial representa o segundo me-

lhor negócio do Planeta, ficando atrás apenas das

companhias petrolíferas. Nesse ranking negativo, o Brasil

figura entre os seis maiores consumidores. No

País existe mais de 32 mil rótulos

com 12 mil substâncias,

quando cerca de 420 se-

riam suficientes para tratar

as mais diversas doenças.

Para se ter uma ideia, o Brasil

possui uma drogaria para cada

três mil habitantes, número duas vezes

maior do que o recomendado pela Organização Mundial

de Saúde (OMS).

As razões que estimulam o consumidor a se autome-

dicar são inúmeras: propaganda massiva de medicamen-

tos, tímidas campanhas sobre os perigos da automedica-

ção, dificuldade e custo de acesso ao

médico, desespero e angústia desen-

cadeados pelos sintomas, acesso a

conteúdos na Internet pouco confiá-

veis, indicação de terceiros e de bal-

conistas de farmácia e até mesmo o

puro achismo de quem acredita que

todo sintoma pode ser curado com a

mesma droga.

Segundo o médico Reinaldo Ayer

de Oliveira, membro do Conselho Re-

gional de Medicina do Estado de São

Paulo, cerca de 70% dos sites sobre saúde não têm refe-

rências médicas. Em algumas especialidades há um

"bombardeio"de informações sem

critério e recomendações de dietas,

tratamentos para menopausa, infor-

mações sobre cirurgias de obesidade

(bariátricas) e propostas miraculosas

para a área estética. Some-se tudo

isso aos prêmios oferecidos por al-

guns laboratórios a balconistas de

farmácias e à falta de farmacêuticos e

temos a fórmula certa para o crescimento da automedi-

cação.

Cerca de 70%dos sites sobresaúde não têm

referênciasmédicas

Page 28: Revista Santa Casa de Maceio 5

28

Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br

ASanta Casa de Maceió é o hospital alagoano

que mais interna pacientes pelo Sistema Único

de Saúde (SUS). Entre janeiro e junho deste ano,

a Santa Casa e o Hospital Nossa Senhora da Guia res-

ponderam por 15,56% (o equivalente a 6.855 interna-

ções) de um total de 44.042 verificadas no período em

Maceió. Também contabilizam 7,33% das 93.576 inter-

nações registradas em todo o Estado.

A Santa Casa de Maceió é, também, o hospital ala-

goano com melhor colocação no ranking nacional (76º),

ficando bem à frente do segundo colocado em Alagoas,

o Hospital Sanatório/Unidade Paulo Neto (200º), e supe-

rando centros de referência como o Instituto do Coração

da USP (102º), o Hospital Real Português, de Recife-PE

(157º), a Santa Casa de Ribeirão Preto-SP (169º) e o Ins-

tituto Nacional do Cânce, de São Paulo-SP (172º).

Analisando o ranking dos hospitais que mais inter-

nam pacientes pelo SUS em Maceió (ver gráfico acima),

vale destacar que as três primeiras instituições da lista

são privadas (Santa Casa de Maceió, Hospital Sanatório

e Casa de Saúde Santo Antônio), o que confirma o im-

portante papel desempenhado pelas instituições filan-

trópicas e particulares no setor. A lista é complementada

pelo Hospital Geral do Estado, a Maternidade Santa Mô-

nica e pelo Hospital Universitário, que ocupam a quarta,

a quinta e a sexta colocações respectivamente.

Santa Casa lidera ranking dehospitais que mais internampacientes pelo SUS

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br 29

No ranking dos 87 hospitais em atividade no Esta-

do, a Santa Casa de Maceió também lidera as unida-

des que mais internaram pelo SUS (ver tabela). O des-

taque, entretanto, é a marcante presença de estabele-

cimentos do interior alagoano. Dentre os dez hospitais

que mais internaram em todo o Estado, seis são do in-

terior (sendo quatro de Arapiraca, um de Palmeira dos

Índios e outro de Penedo) e quatro de Maceió.

Realizada junto ao Datasus pelo provedor da Santa

Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, a pesquisa

revela que quase todos os municípios alagoanos encami-

nharam pacientes para a instituição e para a unidade ex-

terna Hospital Nossa Senhora da Guia. A única exceção

foi o município de São Brás.

Além de atender a todo o Estado, os dois hospitais

também foram a opção preferencial de residentes de ou-

tros estados. Das 84 internações realizadas nos hospitais

de Maceió, 26 foram direcionadas à Santa Casa. A cida-

de de Paulo Afonso (BA) foi a que mais encaminhou pa-

cientes para a rede hospitalar da capital alagoana, totali-

zando 38.

O estudo revela, ainda, desigualdades no fluxo de pa-

cientes do interior para algumas unidades hospitalares. É

o caso do Hospital Universitário: 77,53% dos pacientes

são de municípios próximos, dentre eles, Maceió, Rio Lar-

go, Murici, União dos Palmares, Messias e Satuba.

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Revista da Santa Casa de Maceió www.santacasademaceio.com.br30

Adoença de Alzheimer (lê-se Auzaimer) mata

cem mil pessoas por ano somente nos Estados

Unidos. No solo americano, cerca de 4,5 mi-

lhões de pessoas - em sua maioria idosos - sofrem em

decorrência da doença. No Brasil, cerca 1,2 milhão de

homens e mulheres são portadores dessa perigosa pa-

tologia. No mundo, esse número chega a 18 milhões.

Chamada erroneamente de "esclerose", a doença

de Alzheimer é degenerativa e progressiva, comprome-

tendo o cérebro e causando diminuição da memória, di-

ficuldade no raciocínio e alterações comportamentais.

Para marcar a Semana Nacional de Combate ao Al-

zheimer, profissionais de saúde da Santa Casa de Ma-

ceió, da Uncisal e do Hospital Universitário promove-

ram, no Maceió Shopping, um dia inteiro de palestras e

bate-papo sobre a doença.

O evento foi articulado pela neurologista Analuiza

Luna Sarmento a convite da Sociedade Brasileira de

Neurologia, que incentivou ações semelhantes em todo

o País.

A área defronte à Loja Renner,

no piso inferior da expansão do

shopping, foi transformado em audi-

tório e em espaço para debates so-

bre a doença.

Na programação, o período da

manhã foi reservado a uma animada

panfletagem, no centro comercial, e

ao atendimento individualizado de

pessoas interessadas em obter infor-

mações sobre a doença.

À tarde, neurologistas, neuropsicó-

logos, geriatras, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoau-

diólogos, nutricionistas e terapeutas

ocupacionais se revezaram nas diver-

sas palestras realizadas no local.

Também participaram do even-

to a presidente da Associação Brasi-

leira dos Portadores de Alzheimer

(Abraz), Maria Florêncio; a defenso-

ra pública Luciana Faro; os músicos

Soraya e Neno (voz e teclado); o

grupo Atrevidas do Chorinho e a Ci-

randa de Idosos com a Nega Ma-

luca e o Nego Tião, ambos do Cras

Dom Adelmo Machado.

INICIATIVA

Neurologista Analuiza Luna Sarmento

Profissionais falam sobreAlzheimer em shopping

No Brasil, cercade 1,2 milhão

de pessoas sãoportadoras de

Alzheimer

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31

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