revista rec

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1 | REC + Ano 4 | Edição 38 | Abril 2013 | R$ 6,90 ELA TEM TUDO PARA VENCER NO TêNIS BRASILEIRO JULIA TOZZI O ESPORTE COMO FERRAMENTA PARA CRESCER NA VIDA JUDÔ MUDANÇAS POLÊMICAS NA SÉRIE GEARS OF WAR JUDGMENT GAMES QUAL A IDADE IDEAL PARA A INICIAÇÃO NO FUTEBOL? CIÊNCIAS DO ESPORTE O DISPARO QUE NÃO SAI PELA CULATRA TIRO AO ALVO

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Resenha Esporte Clube

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Ela tEm tudo para

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para crescer na vida

Judô

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CiênCias do esporte

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culatra

tiro ao alvo

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Page 4: Revista Rec

A prática do esporte é, sem dúvida, um dos mais eficientes mecanismos para estimular o jovem a uma vida saudável. Além de revelar talentos, os ensinamentos que se aprende na convivência com os/as colegas de equipe, o sentido da disciplina e do respeito ao próximo são de funda-mental importância na construção pessoal do futuro atleta. Esse aprendi-zado garante aos praticantes uma convivência altruísta em qualquer si-tuação. Está comprovado cientificamente que quem pratica esporte tem melhores chances de viver bem e por mais tempo. Nossos principais personagens desta edição, a tenista Julia Tozzi e o judoca João Victor, já descobriram desde muito cedo que o esporte só faz bem, como faz. Os dois são extremamente focados e compenetrados em seus objetivos, por isso, logo os veremos fazendo sucesso em suas respectivas atividades. Boa sorte Julia, boa sorte João. Tenham uma boa leitura. Até a próxima. Igor Voigt

JORNALISTA

Revista REC: Resenha Esporte Clube

Diretores: Danilo Galzerano e Igor Voigt

Revisão: Soraya Figueiredo Dantas

Diagramação e Criação: Paolo Di Luca

Jornalista Responsável: Igor Voigt - MTB 59231/SP

Circulação: Limeira- SP

Distribuição: condomínios residenciais, clínicas e consultórios, clubes, academias, restaurantes, bares, empresas, bancas e assinantes.

Ano 04, edição 38 - Abril/2013.

Todo o conteúdo dos anúncios publicitários contidos nesta edição é de responsabilidade dos anunciantes. A REC conta também com especialistas da área da saúde que darão maior embasamento ao contexto geral da revista. Lembramos que especialistas e colabo-radores não possuem qualquer vínculo empregatício com a REC. É proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização.

Telefone: (19) 3713-9265

Twitter: @revista_rec

Facebook: REC Resenha Esporte Clube

E-mails: [email protected]@[email protected]

Site: resenhaesporteclube.com.br

EDITORIAL

EXPEDIENTECONTATO

Esporte: quanto maiscedo, melhor

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Pedal Noturno

Judô

Fisioinforma

Julia Tozzi

Nutrinforma

Ciências do Esporte

Artes marciais

Tiro ao alvo

GameInfo

Limeira Bike Clube promove saúde e diversão

O judô como ferramenta para crescer na vida

Fibrose muscular, o terror dos altetas profissionais

A promessa que não quer ser só promessa

Café da manhã, sem dúvida, é a refeição mais importante do dia

Qual a idade ideal para a iniciação no futebol?

Amadores no MMA, uma questão de consciência dos professores

O disparo que nãosai pela culatra

Mudanças polêmicas na série Gears of War Judgment

Abril 2013EDIÇÃO 38

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ato de pedalar deixou a algum tempo de ser apenas uma forma de manter a saú-de física, afinal, após um estressante dia de compromissos, subir na magrela e cur-

tir um passeio de bicicleta é uma forma de relaxar e esquecer um pouco dos problemas. O horário notur-no é geralmente o melhor horário para uma boa pe-dalada, já que, a quantidade de carros diminui e, por consequência, sobram mais espaços para pedalar.

O Limeira Bike Clube proporciona saúde e diversão. E se for durante a noite então, o passeio ganha pitadas de adrenalina, aventura e surpresas

O

Pedal noturno

texto | Igor Voigt

Se você tem vontade de começar a usar a bicicleta na cidade, os grupos de pedaladas noturnas podem ser uma ótima opção, pois além de possibilitar a experiência com uma massa de ciclistas – tornando o pedal mais seguro ao aumentar a visibilidade no trânsito – esses momentos tendem a permitir que o processo de descoberta do ciclismo – considerado um esporte absolutamente democrático, seja mais sociável, divertido, agradável e natural.

A moda do pedal noturno

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Criado por um grupo de dez amigos no ano de 2008, o Limeira Bike Clube (LBC) é uma excelente alterna-tiva para sua iniciação sobre duas rodas. De acordo com Luis Orlando Bruno, coordenador do grupo, o LBC através de seus eventos e encontros conquistou o respeito dos bikers, se tornando um dos maiores da região. “Hoje contamos com aproximadamente 350 bikers inscritos, o que faz do Limeira Bike Clube o maior grupo organizado de ciclistas da cidade de Limeira e um dos maiores de nossa região”.

Luis conta que é difícil traçar o perfil das pessoas que fazem parte do LBC. Segundo ele, o mais im-portante é que são pessoas que gostam de pedalar para o lazer e saúde, sem comprometimento em quebrar recordes ou limites impossíveis. “Temos em nosso grupo todas as classes sociais: donas de casa, borracheiros, mecânicos, médicos, advoga-dos (as), comerciantes, engenheiros, enfim nosso grupo é aberto a todas as classes sociais honestas. Não aceitamos pessoas de condutas duvidosas ou indesejáveis para a sociedade. Temos bikers de todas as idades. Porém, para quem tem menos de dezoito anos, só podem participar se tiverem algum responsável legal”, explica Luis.

É de senso comum entre os amantes da magrela que pedalar a noite, embora mais prazeroso, re-quer muito mais cuidados em relação ao pedal diurno. “Pode aparecer um obstáculo do nada e por causa da pouca visibilidade isso se torna de-safiador e faz com que o ciclista pedale com mais cuidado. Totalmente 100% seguro não é, mas em relação ao pedal urbano, tanto a noite quanto de dia, é infinitamente mais seguro”, afirma o coor-denador do LBC.

Pedal LBC:

Quarta-feira, às 19h, média de 30 kmm

Sábado, às 14h30min, máximo 20km (light)

Domingo, às 8h, média de 50 km (avançado)

Bruno (foto), lembra que o lBC também promove e organiza cicloviagens comcaracterísticas de lazer

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LBC

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Pedal noturno

Cicl istas vs Carros vs Pedestres

Essa “briga” desigual vai longe. Podemos dizer que Limeira não possui ciclovias, ou melhor, possui 1200 metros. Mil metros estão no Parque da Cidade (ao lado da Hípica), que por sinal a maioria dos pedes-tres não respeita a ciclovia, mesmo com o trânsi-to de bikes no local. Já os outros 200 metros estão na via Jurandir Paixão, sem nenhuma condição de uso, segundo Luis. “As ciclofaixas que existem foram

confeccionadas por força de contrato com as em-preiteiras, já que hoje é lei constar ciclofaixas nas novas vias públicas. Em Limeira as ciclofaixas que existem não têm nenhuma manutenção ou sequer limpeza das vias. Somando isso aos desrespeitos da maioria dos motoristas e ainda a total ausência do poder público nessa questão, se torna quase que um suicídio pedalar pelas ruas de Limeira. Por isso que adotamos a zona rural para nossa prática do pedal, e quem quiser fazer parte do nosso grupo acesse nos-so site www.limeirabikeclube.com.br, conheça mais sobre o LBC e venha pedalar conosco”.

Em média mais de trinta bikers

participam do pedal noturno às quartas-

feiras. o passeio tem saída, pontualmente,

às 19h, lá no parque da Cidade

(ao lado da Hípica)

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LBC

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Mesmo tendo que treinar a vários quilômetros de distância da sua casa, o judoca limeirense, João Victor, faz o que pode e até o que não pode para não ter que abandonar o esporte. Seus objetivos já estão traçados: chegar à Seleção Brasileira e disputar uns Jogos Olímpicos. Confira!

“Dificilmente saberia viver sem o judô”

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uem é que não se lembra da celebre frase do ex-jogador Romário dizendo que Deus o havia lhe apontado o dedo dizendo que ele era “o cara”. Pena que nem todo mundo tem a mesma sorte

do baixinho falastrão, até porque ser atleta aqui no Brasil está longe de ser uma moleza. Quem sabe bem disso é o garoto João Victor de Lima Lopes, de 16 anos, considerado uma das maiores promessas

Q

Judô

O esporte começou como brincadeira na vida do jovem judoca João Victor. Hoje, mesmo às vezes sem dinheiro para ir treinar, o judô passou a ser o

trampolim para o sucesso desse garoto humilde e batalhador

texto e fotos | Igor Voigt

do judô limeirense. O judoca faixa marrom, cate-goria juvenil (até 73 kg), sofre do mesmo mal que os outros atletas amadores: a falta de incentivo financeiro. Filho de um ajudante geral e de uma ourives, João gasta em média 250 reais por mês para treinar. Com um currículo invejável, o atleta já conquistou mais de sessenta medalhas, sendo trinta e quatro de ouro. Entre um treino e outro, João deu a seguinte entrevista a REC.

O judô como ferramenta para crescer na vida

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““Dificilmente saberia viver sem o judô.

Quando machuco ou alguma coisa me

impede de treinar, como a falta de

dinheiro, parece que está faltando alguma

coisa naquele dia, parece que não

cumpri todas as minhas obrigações.

REC: Conta pra gente como foi o seu início no judô. Você desde novinho já queria encarar os tatames ou teve um empurrãozinho de alguém?

João: Comecei aos cinco anos, treinando no CCI (Centro Comunitário Infantil), que fica no bairro Nos-sa Senhora das Dores, junto com amigo. Depois de dois anos treinando disputei minha primeira com-petição, um campeonato regional. Não fui bem e acabei perdendo logo na primeira luta. Na segunda competição lutei o campeonato estadual mesmo sem ter o índice técnico, e acabei em primeiro lugar. Neste mesmo ano acabei sendo o segundo colocado no campeonato paulista também.

REC: Afinal, quando e quem percebeu que você le-vava jeito pra coisa?

João: Foi meu professor Leônidas quem percebeu que eu tinha futuro no esporte. Eu só tinha oito anos. Aliás, ele continua sendo meu professor até hoje. A partir dos meus doze, treze anos meu nível de trei-namento foi intensificando cada vez mais e assim vieram minhas principais conquistas, que são meda-lha de prata em 2008 no Campeonato Paulista da categoria infantil (até 55kg), faixa amarela; medalha de ouro em 2011 no Campeonato Paulista da catego-ria pré-juvenil (até 64kg), faixa verde; e medalha de bronze em 2011 no Campeonato Paulista estudantil da categoria pré-juvenil (até 63kg), faixa roxa.

REC: Qual é seu estilo de luta? Enfim, quais suas principais características dentro do tatame?

João: Mudei bastante meu estilo. Quando era mais leve aplicava meus golpes com maior velocidade. Atualmente, como estou na categoria juvenil (até 73 kg), passei a cadenciar mais as lutas e aplicar os golpes com maior força. Sou muito calmo durante o combate. Sou do tipo que não me desespero se es-tiver perdendo, mas também vou pra cima, sempre buscando a vitória. Procuro estudar bem minhas lu-tas, pois tenho facilidade de enxergar o jogo do meu adversário. Também não fujo dos treinamentos, eu treino muito. Minha vida se define em estudar pela manhã e treinar à tarde. Treino diariamente, de se-gunda a sábado, mais de duas horas e meia.

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Judô

REC: Com quantos anos você precisa estar se profis-sionalizando e ganhando grandes competições?

João: Bom, eu já estou nessa fase. Entendo que te-nho até os dezenove anos para conquistar um lugar de destaque no judô, além de estar fazendo parte da Seleção Brasileira.

REC: Você tem patrocínio? A maioria dos judocas diz que em certa fase da carreira o esporte começa a ficar caro, em virtude de viagens, hospedagens, ins-crições, entre outros. Você já está nessa fase?

João: Não tenho um patrocínio fixo, mas o Grupo Lazinho me ajuda em várias situações como: com-pra de kimono - que custam geralmente 300 a 600 reias -, alimentação e transporte para as minhas competições. Abandonar o judô eu não vou. Caso eu não consiga me firmar na carreira de atleta eu pretendo continuar no esporte como professor. Creio que com dezessete ou, no máximo, dezoito anos eu já seja um faixa-preta. Daí, pretendo fazer uma faculdade de Educação Física para começar a dar aulas de judô.

REC: Qual significado tem as palavras “derrota e vitó-ria” pra você, e como absorve essas duas situações?

João recebeu um convite para jogar futebol no XV de piracicaba, mas não foi. “acho que não faria sucesso com o futebol, apesar de muita gente falar que sou bom de bola”.

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Judô

João: Vitória pra mim significa superar meus limites e meus adversários. Já com as derrotas aprendo que ainda tem alguém melhor que eu, portanto preciso treinar mais e mais. Quando era mais jovem sofria muito com as derrotas, porém, agora, elas só ser-vem para me tornar um lutador melhor.

REC: Quem são seus ídolos no judô e em quem você se espelha?

João: Primeiramente me espelho sempre no meu professor, pois é ele quem me ajuda e sempre me ajudou. Meu ídolo no judô é o Leandro Guilheiro. Procuro sempre acompanhá-lo.

REC: Qual a importância da relação entre João e o Leônidas? Você acredita na competência dele ao

ponto de fazê-lo tornar um judoca de destaque na-cional e até internacional?

João: O Leônidas é meu treinador há mais de oito anos. A nossa turma do judô é como uma famí-lia, pois sempre um está ajudando o outro, no que pode, é claro. Nessa família posso considerar o Leô-nidas como se fosse um pai. Na competência técnica dele eu acredito muito, porém para se tornar um lu-tador de destaque é preciso muito mais do que um bom técnico. Para ser um grande atleta é necessário ter uma grande infraestrutura de treinamento como academia de musculação, espaços mais amplos e apropriados para treinos específicos, nutricionista, enfim tudo o que se precisa para lutar em alto ren-dimento, e isso eu ainda não tenho.

REC: Para finalizar João, como planeja o seu futuro dentro do judô?

João: Olha, me vejo dentro da Seleção e disputan-do uma Olimpíada. Para conseguir esses objetos sou capaz de fazer de tudo, até deixaria minha família para treinar fora do Brasil, se fosse o caso.

“o leo (esq.) é um treinador durão, mas não do tipo chato. suas broncas são sempre pra incentivar e orientar o atleta. aliás, pra falar a verdade,eu prefiro o estilo mais durão mesmo”.

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m dia você caiu da bicicleta e ralou o joe-lho. Esfolou ou feriu. Formou-se uma casca que com o tempo ia cair por si só. Mas aí, no banho, ela amoleceu e você a retirou

com todo o cuidado. Surpresa! Ainda tinha um pou-co de sangue por baixo. Comparando, é isso o que acontece na fibrose muscular. Um dia, o músculo

U tem uma pequena ruptura, dessas que curam rápido porque o sangue se encarregou de fechar a ferida com uma casca, a fibrose. Ela não impede o movi-mento mas pode incomodar, já que não é elástica como o músculo. Ela é dura, raspa e dói um pouco porque irrita o local e provoca um pequeno edema, um inchaço ao seu redor.

Muito comum em atletas, a fibrose muscular vem sendo o terror dos jogadores profissionais e esportitas em geral

Gregory BuckFisioterapeuta [email protected]

FISIoInForMa

Fibrose muscular

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A fibrose é a formação ou desenvolvimento em excesso de em um órgão ou tecido apresentando formação de tecido fibroso. A fibrose muscular é a lesão que acontece geralmente com atletas, princi-palmente no futebol, e se desenvolve nos músculo da coxa e no reto femural. Muitas vezes ocorre em razão de traumatismos múltiplos, é uma cicatriz que acompanha o atleta pelo resto da vida e até afastar o atleta das competições. Quando ele vai alongar ou praticar o exercício pode sentir dor.

Depois de ocorrer a lesão começa uma reação in-flamatória que pode ocorrer de 6 e 24 horas após o trauma. A cicatrização pode ocorrer de três dias a duas semanas, porém a recuperação total pode levar 60 dias, isso pode variar de pessoa e orga-nismo. Vários fatores podem influenciar para que a lesão seja provocada como idade, vascularização dos tecidos, nutrição, genética entre outros. Nes-tes casos as células não conseguem se regenerar. Na maioria dos casos a lesão é leve e considerada de grau I. Não apresenta sintomas graves e atra-vés de tratamento adequado o músculo consegue cicatrizar facilmente.

Nos casos mais graves que são o de grau II e III, as lesões se apresentam mais espessada, com fibras desorganizadas e com menos elasticidade. Na maio-ria dos casos o tratamento é através de fisioterapia

Fibrose: algoz dos médicos

Na medicina esportiva é um tipo de lesão que faz o departamento médico quebrar a cabeça. Os exames de imagem mostram a fibrose e o jogador não tem queixa. Pode jogar o jogo todo, mas pode sentir dor aos 10 minutos. Pro-blema: é o incomodo da fibrose ou o músculo está se rompendo de novo? Na dúvida, o mé-dico tira o atleta do jogo, levando em consi-deração o histórico do jogador, o seu limiar de dor, a importância do jogo, a quantidade de substituições possíveis etc.

que ajuda na recuperação, mas deve ser respeitado o tempo de cicatrização do tecido. Também é utili-zado calor profundo, ultrassom e micro-ondas, laser, massagem e alguns tipos de exercícios.

O melhor nestes casos é a prevenção e o diagnós-tico precoce para que seja possível podem evitar problemas mais graves. Recomenda-se fazer alon-gamento antes e depois dos exercícios, pois auxi-liam na preparação da musculatura. É recomenda-do também não treinar demais ou ter sobrecargas de treino. Quando sentir algo como uma fisgada no músculo, interromper o exercício imediatamente.

luis Fabiano, dosão paulo, sofreu e continua sofrendo com problemas de fibrose. Vale lembrar que cada caso é um caso e asopiniões médicaspodem divergir

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FISIoInForMa

Quando a lesão ocorrer pode ser realizado um trata-mento com gelo local por um tempo de 20 minutos, 3 vezes ao dia, tomar anti-inflamatório ou relaxante muscular como Ibuprofeno ou Meloxicam e analgé-sicos como Paracetamol. Depois de três dias iniciar a fisioterapia e na terceira semana podem ser rea-lizados exercícios para o ganho de força muscular,

Tratamentomas vale a pena ressaltar que tudo isso tem que ser indicado pelo seu médico.

Logo que ocorrer a lesão deve ser evitado calor lo-cal, massagens e alongamentos. Além disso, nos primeiros dias também não são recomendados. O atleta só poderá voltar a praticar o esporte quando estiver recuperado e de forma gradativa. A melhor dica é quando sentir que algo está errado procurar ajuda de um especialista o mais rápido possível.

o palmeirense Valdívia é o caso mais famoso.

Ficou várias partidas de fora em função da lesão, fato que gerou

dúvidas sobre a capacidade profissional

do departamento médico do palmeiras fo

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1- É preciso treinar bastante;

2- Tem que querer muito ser

tenista profissional;

3- Acreditar em você;

4- Ter alimentação saudável;

5- Não tem jeito: você precisa

abrir mão de algumas coisas

para poder vencer.

os 5 mandamentos para alcançar o sucesso, segundo Julia Tozzi:

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eias manchadas pelo saibro, boli-nhas de tênis, raquetes... Tudo isso está intimamente ligados à vida da jovem tenista Julia Eduarda Tozzi

Azevedo. Acostumada com títulos, a atleta que co-meçou a praticar o esporte aos três anos de idade, hoje com 15, é promessa e apontada como reve-lação do tênis de Limeira e Região.

Julia é natural de Americana e iniciou no esporte atra-vés do seu tio Jair Papassídero, que a levava no clube onde dava suas raquetadas. Ela vem conquistando, a

MMuitos atletas só reconhecem tardiamente a importância

fundamental dos treinamentos para seu crescimento pessoal e

profissional. Julia Tozzi é exceção! Ela dá valor aos treinos e sabe que eles à levará ao sucesso

JulIa tozzI

texto e fotos | Igor Voigt

Julia Tozzi, em: A pROmESSA QuE NãOQuER SER Só pROmESSA

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cada ano, títulos importantes para sua carreira. Entre tantos troféus e medalhas estão títulos e participações como: Campeã do Circuito Escolar Universitário Itaú em 2012, etapa São Paulo, categoria 14 anos Femini-no - o prêmio foi uma viagem para Barcelona com di-reito a treinar por duas semanas na Sanchez-Casal que é uma das melhores academias do mundo, além de participar do Torneio Nike Junior, também em Barce-lona; Campeã de simples e duplas, categoria 14 anos Feminino, do Campeonato Brasileiro de 2012, em Uberlândia, disputado no Praia Clube; e Campeã do Tour Circuito das Águas, categoria 14 anos Feminino, também em 2012, sendo que de sete etapas sagrou--se Campeã em cinco e Vice em duas.

Em março desse ano, na capital paulista, Julia participou do Banana Bowl – Copa Mundial de Tênis Juvenil que é considerado um dos campeonatos mais completos do mundo. “Foi uma experiência muito legal, somou muito para minha carreira e para minha melhora no tênis. Consegui entrar na chave principal da categoria 16 anos feminino direto. Minha primeira partida foi contra a venezuelana Carla Ortega, venci com parciais de 6/7, 6/4, 6/3, em um jogo de 2 horas de dura-ção. Já na segunda rodada enfrentei a chilena Catali-na Obrecht. Com ela o meu jogo foi mais complicado, pois ela tinha o jogo parecido com o meu. Foi um jogo bem disputado, mas acabei perdendo por 6/4, 0/6, 7/5, também com duração de 2 horas. Enfim, aprendi muito. Me senti muito bem com os resultados, pois nunca tinha jogado em um torneio Banana Bowl. Foi uma experiência muito válida”, ressaltou Julia.

Atualmente a promissora tenista treina e mora na AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), de Li-meira. “Não recebo nada da AABB. Me dão moradia e toda a estrutura para meus treinamentos. Treino todos os dias com sessões de quadra, academia e palestras, uma média de três a quatro horas. Não te-nho patrocínio, mas estou ‘aberta’ quanto a investi-dores e patrocinadores e sei que posso dar retorno a esse investimento. Alguém se interessa?”, ri a meiga e delicada tenista.

“O Fábio acredita no meu potencial para

me tornar uma tenista profissional de

destaque, e eu confio no potencial

do Fábio como treinador para

alcançarmos este objetivo”

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as principais competições da Julia

em 2013 são o Campeonato Brasileiro

(Etapa nacional dos Correios), e o Cosat (que são os torneios

sulamericanos).

JulIa tozzI

Nem “paizão” nem “durão”, Fábio José Blumer Ma-cedo, de 38 anos, é treinador de Julia há oito anos. Natural de Limeira, Fábio começou a praticar tênis aos sete anos e há dezoito trabalha como professor e treinador de Tênis de Campo. Acompanhando um treinamento deu para perceber toda sua dedicação e o trabalho que realiza para incutir em seus pu-pilos o valor da disciplina. Fábio acredita muito na preparação permanente e na perseverança como

Fã de Guga, Roger Federer, Maria Sharapova e Petra Kvitova, a jovem Julia se define uma tenista agres-siva e de bom controle psicológico dentro das qua-dras. Julia lembra que já se aventurou na natação, ginástica artística, karatê, basquete, vôlei e dança, porém é jogando tênis que ela se realiza. “Através do tênis que aprendi o verdadeiro significado das palavras vitória e derrota. Aliás, carrego comigo uma frase que está escrita no vestiário de Wimbledon: ‘Si te encuentras con la victoria o la derrota, tratalás a ambas como el mismo impostor’ (Rudyard Kipling), que significa: Se você se encontra com a vitória ou a derrota, trate as duas como o mesmo inimigo”.

Parceria com o treinador Fábio

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JulIa tozzI

ingredientes fundamentais para se atingir o suces-so. Provoca e instiga seus alunos para que não se acomodem nem desistam diante dos desafios, até mesmo em treinamentos.

Fábio confirma estilo agressivo de Julia dentro das quadras, e vai além: “Suas principais características são a aptidão ao tênis, sua disposição para treinar e o seu biotipo físico. A Julia gosta de treinar muito e sempre honra os compromissos quanto a treina-mento. Possui um bom comportamento dentro da quadra e o lema é 100% de esforço sempre. Mas é natural tenistas do infanto-juvenil ‘escorreguem’ na parte mental durante o jogo, pois o tênis exige muita concentração e decisões acertadas quanto a estratégia durante o jogo. Por isso, ela tem treinado também a parte mental tanto dentro das quadras como fora, com o acompanhamento de um Personal Coach”, acrescenta.

Apesar de já ter conquistado torneios relevantes, Fábio e Julia tomam vários cuidados para não atro-pelarem a preparação de uma futura profissiona-lização. De acordo com Fábio sua aluna ainda pre-

cisa melhorar em todos os fundamentos, porém, no momento, eles estão dando ênfase ao “Men-tal Game”, ou seja, a parte mental do tenista que define sua performance na quadra, nos treinos e jogos. “A Julia tem objetivos e metas a cumprir através de um calendário de treinamento e tor-neios. Não estamos preocupados nesse momento com grandes conquistas, mas sim em trabalhar a formação dela para que no final do período infan-to-juvenil ela possa estar preparada para ingressar no Circuito Profissional. Ainda tem muito chão pela frente, mas acredito que o futuro dela no tênis é promissor”, reforça o treinador.

As lições de autoconfiança, determinação, discipli-na, trabalho em equipe e humildade que Julia está aprendendo com Fábio vão ajudá-la a moldar seu caráter e a dar sentido à sua vida. E todos estes ensinamentos fazem a promissora tenista acredi-tar demais na parceria com seu treinador. “O Fábio acredita no meu potencial para me tornar uma te-nista profissional de destaque, e eu confio no po-tencial do Fábio como treinador para alcançarmos este objetivo”, finaliza Julia.

“Ela curte muitoa tenista maria

sharapova, mas sabe que precisa ter

personalidade própria e desenvolver seu

próprio estilo como tenista”,diz Fábio,

o treinador de Julia

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ma alimentação saudável é composta de nutrientes na quantidade ideal para que o organismo funcione adequada-mente. E, para que isso aconteça, os

alimentos devem ser distribuídos em, pelo menos, cinco refeições por dia. Porém, não foi à toa que foi criada a frase “Café da manhã de Rei, almoço de príncipe e jantar de mendigo”, devido à impor-tância de um bom café da manhã. Ele é tão impor-tante, pois entre a última refeição do dia e a pri-

meira (desjejum ou café da manhã) há um longo período de jejum. Isso significa que o organismo, depois de esgotada a principal fonte de energia, a glicose, passa a utilizar o glicogênio estocado, do músculo e, principalmente, do fígado. Durante o sono, o organismo continua trabalhando, em um ritmo menor, mas ele mantém as funções básicas como respiração, o funcionamento cardíaco, circu-lação, entre outros. Todas essas funções precisam de energia para serem realizadas.

U

A refeição matinal é essencial ao bem-estar físico e estético do corpo, dos músculos e da mente

Dra. Patrícia Milaré LonardoniNutricionistapatrí[email protected]

nutrInForMa

Café da manhã, SEM DÚVIDA,é a refeição mais importante do dia

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Pela manhã, ao acordar, é necessário fornecer ener-gia para que sejam realizadas as tarefas do dia. Isso significa, que o café da manhã fornecerá nutrientes para que possam ser realizados os trabalhos do dia a dia, o que influencia no rendimento diário. Se você busca ganhar massa muscular e treina para isso, nem pense em ficar sem café da manhã, pois tudo o que ganha na academia, com uma boa alimentação e até mesmo fazendo uso de suplementos, se ficar sem tomar café da manhã, você perde essa massa muscular por ter deixado de fazer essa refeição tão importante. E a minha dica aqui é colocar alimentos fonte de arginina, pois o G.H. (hormônio de cresci-mento) é produzido das 21h às 6h, por isso ao acor-dar, está diminuindo a produção de G.H.. Se você consumir castanhas, você mantém essa produção de hormônio de crescimento mais um tempo alta.

Para quem deseja emagrecer, é bom ficar atento! Realizar o café da manhã está associado à diminui-ção da fome nas refeições seguintes, controle da

fome da tarde e da noite, diminuição da compul-são por doces, principalmente se você adicionar 1 ovo no seu café da manhã. Vamos tentar? Se você deseja mais disposição, além de realizar o café da manhã, consuma chás como o chá verde. Além de conter a substância EPCG (epigalocatequinagalato) que previne desde gripe até câncer, ele dá uma dis-posição somada ao foco e à rapidez de raciocínio. E pode ser batido com frutas.

Se você anda desanimado, saiba que logo após o café da manhã, inicia-se a produção de serotonina, a subs-tância que nos dá sensação de prazer e bem-estar. Para mantê-la alta e, consequentemente, nos manter mais animados e contentes, consuma no seu café da manhã ovos, nozes e frutas como a banana, rica em triptofano. Não faça atividades físicas em jejum, sem realizar o café da manhã. Além de não ganhar massa muscular, você terá perda de massa muscular e seu rendimento melhorará muito mais lentamente do que se você realiza um bom café da manhã.

QuER um ExEmpLO DE cAFé DA mANhã?

Coma 1 prato de sobremesa de frutas ou amasse 1 banana e coloque pedaços de mamão sobre ela; adicione fa-rinha de semente de linhaça ou de quinua (ricas em ômega 3) e aveia (boa para controlar o colesterol); 1 batata doce ou pão de grãos (integral, germe de trigo, 7 grãos, etc); com 1 ‘fio’ de azeite-de-oliva e orégano ou com ovo mexido ou com geleia sem açúcar; para beber, chá verde ou suco natural sem açúcar ou café sem açúcar.

pARA QuEm TREINA DE mANhã, DIVIDA SEu cAFé DA mANhã Em 2 REFEIçõES: ANTES DO TREINO: 1 fruta; adicione farinha de semente de linhaça ou de quinua; 1 batata doce ou 1 fatia de pão de grãos – mas a melhor opção antes do exercício é a batata doce; com 1 ‘fio’ de azeite-de-oliva e orégano – o azeite faz o efeito de um pré-treino discreto, pois ele faz uma vaso dilatação das veias e artérias, fazendo com que chegue mais nutrição e oxigênio nos órgãos e músculos – preste atenção nos vasinhos de seu braço; para beber, água-de-coco ou chá verde ou meio copo de suco natural sem açúcar ou café sem açúcar.

ApóS O TREINO: 1 fruta; adicione farinha de semente de linhaça ou de quinua ou de chia; 1 ou 2 fatias de pão de grãos (integral, germe de trigo, 7 grãos, etc); 1 ‘fio’ de azeite-de-oliva e orégano ou com ovo mexido ou com geleia sem açúcar; para beber, chá verde OU suco natural sem açúcar OU café sem açúcar.

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culpa de dizer que não tem tempo ou tem preguiça de preparar seu café da manhã em casa, afinal, te-mos locais que oferecem esse tipo de serviço. É só você ir até lá e escolher a melhor opção para você. Não se dê a desculpa de que você não tem tempo: sua saúde deve vir em primeiro lugar. Não espere acontecer alguma coisa com sua saúde, para depois você querer ir atrás de se cuidar.

nutrInForMa

Com um bom café da manhã obtemos melhora da imunidade, do humor, da sensação de bem-estar e as crianças vão melhor na escola, mesmo aquelas que estudam à tarde. E você não tem mais a des-

1 copo de água; ela limpa e desintoxica suas células

Gorduras boas – presentes no azeite, no abacate, nas sementes de linhaça, de chia, de girassol, no óleo de coco e nas castanhas - são fundamentais para os neurotransmisso-res e para a energia.

Proteínas – como o ovo mantém o músculo ativo, melhora o metabolismo e ajuda a formar neurotransmissores – esses neurotransmissores farão muita falta se você não consumir a pro-teína pela manhã, o que faz você ter mais lentidão de raciocínio e mais fome no final do dia;

Carboidratos – batata doce, inhame, mandioca, mandioquinha, pães integrais, aveia – nós precisamos deles para nos dar energia por tempo prolongado e ativar o nosso metabolismo;

Frutas – 1 prato de sobremesa de frutas picadas OU de 1 a 2 frutas – nutricionalmente, todas as frutas são excelentes; então pode ser uma fruta de sua preferência;

1º pASSO

2º pASSO

3º pASSO

4º pASSO

5º pASSO

O que comer para real izar um excelente café da manhã

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Q

Qual a idade idealpara a iniciaCão no futebol?

A criança, segundo os estudos de Piaget, por volta dos 6/7 anos estaria adentrando ao período operatório concreto e antes ela

estaria na fase pré-operatória. Mas o que isto quer dizer?

cIêncIaS do eSPorte

Prof. Dr. Alcides José ScagliaCoordenador do curso de Ciências do Esporte da [email protected]

uando se fala em iniciação ao futebol, a primeira questão a ser respondida é “qual a idade ideal para se iniciar o processo de ensino do futebol?” Esta pergunta não é difícil de ser respondida

quando se parte de um referencial teórico advindo da psicologia da aprendizagem, mais especificamen-te dos estudos de Jean Piaget. A criança segundo os

estudos de Piaget, por volta dos 6/7 anos estaria adentrando ao período operatório concreto e antes ela estaria na fase pré-operatória.

Pois bem, primeiro é preciso entender que os es-tudos de Piaget são densos e complexos, porém principalmente pautando no seu livro síntese deno-minado “Seis estudos de psicologia”, seja possível

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aos 6/7 anos não deverá ser a lógicado adulto professore muito menos a do futebol (enquanto jogo coletivo regrado) a determinar qualquer aprendizagem

determinar algumas características peculiares dos períodos pré-operatório e operatório concreto. Mes-mo correndo o risco de cair no pecado da superficia-lidade e do funcionalismo em relação a uma obra tão minuciosa, rica e científica.

O período pré-operatório tem como característica principal a necessidade que a criança, entre 2 e 6 anos, tem de deformar a realidade para que esta se encaixe a sua realidade. Ou seja, o egocentrismo peculiar deste período é aparente pelo simples fato de que é a criança que adapta o mundo ao seu eu, e não ela que se adapta ao mundo. Desse modo, ela não consegue acompanhar a lógica do adulto, pois como o próprio nome diz, ela ainda está na fase pré-lógica. Esta característica vai criar um ambiente extremamente favorável para o mundo do faz de conta, devendo ser sustentado pelo jogo simbólico.

No que diz respeito à moralidade a lógica é a mesma. A criança está na fase denominada por

Piaget, no livro “O julgamento Moral da criança”, de anomia. A qual é muito bem explicada, por um dos maiores estudiosos sobre moralidade piagetia-na, o professor Yves De La Taille, quando este, no livro “Piaget, Vygotsky e Wallon”, diz: “na etapa denominada anomia, as de crianças de até cinco, seis anos de idade não seguem regras coletivas”. Com apenas estas duas colocações provenientes dos estudos de Jean Piaget, já seria possível dizer qual a idade ideal para iniciar o processo de ensino de futebol.

As evidências teóricas revelam que somente após a superação do período pré-operatório que seria possível as crianças aprenderem um jogo coletivo regrado, pois antes disso jogar futebol com outras crianças só é possível se todos tiverem uma bola e a possibilidade de seguir a regra que elas bem desejarem. E quando falo desejar é também no sentido desse ser o motor da satisfação do jogo de faz de conta, do jogo simbólico.

Bem, uma escolinha de futebol para crianças me-nores de seis anos deve ser mais vista como um espaço para ampliar o acervo de possibilidades de respostas frente aos jogos de bola com os pés, in-dividuais e simbólicos. Explicando-me melhor, as aulas para estas crianças deveriam se resumir num ambiente de aprendizagem rico em materiais, por

exemplo, com bolas de diferentes tamanhos e cores, em que os jovens jogadores apenas explorariam a motricidade por meio de jogos de bola com os pés.

E nisto se resumiria uma aula. Logo, o professor para dar aula para esta turma de alunos deveria ser o mais preparado e com mais estudos aprofundados sobre como ministrar aulas para crianças por meio de jogos simbólicos. A aula seria um ambiente fantástico, colo-rido e rico, adaptado para receber estes alunos.

Mas qual a idade, então?

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Com 6/7 anos a criança precisa

de regras. neste momento ela precisa do outro, ela precisa

buscar se adaptar ao mundo e não mais o mundo se

adaptar a ela

cIêncIaS do eSPorte

Em meio ao processo de amadurecimento cognitivo, o que marca a saída da criança da fase pré-operatória para a entrada na operatória concreta é exatamente a descentração. A criança por volta dos seis, sete anos começa o seu processo de socialização. O seu eu se desloca do centro, e ela percebe que o processo de adaptação ao mundo exige dela interação com os ou-tros. Para isto, não basta mais os jogos simbólicos. O

jogo coletivo e de regras passa a ser o jogo principal. O jogo propulsor do desenvolvimento e da aprendi-zagem. Portanto, seria ao adentrar a fase operatório--concreta o momento mais adequado para o início do processo de ensino do futebol, em uma escolinha, por meio pequenos jogos coletivos com a bola nos pés. Ou mesmo, um futebol com regras simples, porém com duas traves, jogadores, bola, goleiro e juiz.

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ntes de tudo, porém, para se tornar um lutador de sucesso não é tão fácil como muitos imaginam ao verem seus ídolos se digladiando na TV. Um atle-ta não é formado do dia para a noite,

são necessários anos de treinamento e prepara-ção física. Os iniciantes candidatos logo percebem

A isso, e ao se depararem com o grande volume dos treinamentos, aparecimento de dores musculares, algumas lesões, fadiga física, comprometimento e força de vontade necessária a todo aspirante que deseja entrar em um octógono, muitos desistem já nos primeiros meses. O que não compreendem, e isso inclui além de alunos alguns professores,

Prof. Adrien Roberto DominguesEducador Físico e faixa preta de [email protected]

uma questão de consciência dos professoresAmadores no MMA

Com a profissionalização do MMA e o grande sucesso do UFC,muitos jovens se candidatam a serem lutadores e lotam

as academias especializadas em todo o país

arteS MarcIaIS

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ao contrário do que o antigo ‘vale-tudo’ pregava, o mma segue regras e um rígido acompanhamento de médicos. Confira os detalhes do esporte

é o verdadeiro significado da palavra MMA (Ar-tes Marciais Mistas – em português), que como o próprio nome já diz não é o aprendizado de uma arte marcial e sim um mix de técnicas de várias modalidades, por exemplo, as alavancas, finaliza-ções e estrangulamentos do Jiu-Jitsu; os chutes, cotoveladas e joelhadas do Muay Thai; os socos e esquivas Boxe; as quedas do Judô e da Luta livre, entre outras.

Os lutadores profissionais procuram ser o mais completos possível, e treinam separadamente cada uma destas artes, iniciando na primeira gra-duação, na faixa branca e se graduando até atingi-rem o grau máximo ou a faixa preta. Geralmente são especialistas em uma arte marcial e aperfeiço-am as outras paralelamente, isso leva anos.

Nas competições esportivas de artes marciais ofi-ciais todos os atletas são separados por faixa, ida-de e peso, visando, acima de tudo, uma igualdade e paridade nas disputas. Todo cuidado é tomado para preservar a integridade física dos praticantes. Já em eventos de MMA promovidos por empre-sários e academias, muitas vezes algumas regras não são respeitadas.

Por não existir graduação como nas artes marciais, vários “lutadores” maus preparados entram no oc-tógono, não lutam e “brigam” como estivessem na rua. Nesses eventos amadores, os promotores e empresários arranjam lutas entre lutadores ve-teranos contra iniciantes, com o claro objetivo de aumentar o cartel de vitórias dos profissionais sem

cATEGORIAS

O UFC tem hoje nove níveis diferentes de peso para os lutadores. O peso mosca (até 57 kg) foi o último a ser incorporado.

Mosca

Galo

Pena

Leve

Meio-médio

Médio

Meio-pesado

Pesado

Super-Pesado

O QuE NãO pODE

• Cabeçada

• Dedo no olho, na boca, orifício ou em cortes

• Morder

• Puxar cabelo

• Golpe baixo, na espinha, nuca, clavícula ou garganta

• Chutar a cabeça, pisar ou dar joelhada em adversário no chão

• Arremessar oponentepara fora do localde combate

• Segurar no shorts dooponente ou nas grades

• Cuspir

• Linguagem abusiva

• Atacar o oponente após soar o gongo, durante o intervalo ou sob cuidado do árbitro

• Não obedecer ao árbitro

• Evitar contato intencionalmente com o adversário, fingir lesão ou deixar o protetor bucal cair

mANEIRAS DE VENcER

• Finalização

• Nocaute

• Nocaute técnico

• Decisão dos jurados

• Desqualificação

• Sem resultado/No contest

até 57kg

até 61kg

até 66kg

até 70kg

até 77kg

até 84kg

até 93kg

até 120kg

+ de 120 kg

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o risco de derrota, ou seja, o desafiante entra no octógono para ser vencido com facilidade.

Os valores pagos das bolsas (quanto o atleta recebe para lutar) aos desafiantes são irrisórios, além disso alguns ainda pagam para lutar. Até bem pouco tem-po atrás pagava-se cinquenta reais. Se colocarmos na ponta do lápis não dá nem para consertar um dente se for quebrado durante o combate. Atual-mente paga-se mais, porém nada comparado aos grandes eventos profissionais. Essa prática que é co-mum se torna muito perigosa e arriscada, pois os

combates são duros e violentos, podendo levar o lutador à morte ou incapacitação permanente pelo fato de não estar preparado para receber tais golpes.

Alguns professores mesmo sabendo dos riscos colo-cam seus alunos para lutar. Porém, antes de entrarem no octógono assinam um termo de responsabilidade isentando a organização do evento de qualquer res-ponsabilidade. Cabe aos organizadores e professores selecionarem os lutadores mais capacitados e proibi-rem atletas jovens sem nenhuma graduação de parti-ciparem destes eventos, pois o final pode ser trágico.

arteS MarcIaIS

o mma quando aliado à grandes treinadores,

proteções corretas, regras claras e atletas conscientes terá cada

vez menos lesões, até mesmo aquelas que tanto impressionam

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tIro ao alvo

epois que o Estatuto do Desarmamento entrou em vigor em 2004, o Exército Bra-sileiro registrou aumentos substanciais no número de clubes de tiro ao alvo no

Brasil. De acordo com o Exército, responsável por fiscalizá-los, em 2004 havia 14 clubes registrados, sendo que atualmente esse número passa de 600. Não à toa, devido a vários motivos, o número de praticantes também cresceu absurdamente nos quatro cantos do país, até mesmo em Limeira.

D Fundada em 1º de setembro de 1991, a ALTA (Asso-ciação Limeirense de Tiro ao Alvo) possui atualmen-te cerca de 90 associados. O empresário Roberto Paschoalotto – o Biro –, 34 anos, é tesoureiro e sócio do clube há mais de dez anos, e diz que passou a praticar o esporte, primeiramente, por motivos de segurança. “Comecei porque me casei e saí da casa dos meus pais. Aí resolvi comprar uma arma de fogo para minha proteção. Na época fui morar no Egisto Ragazzo e o bairro era todo aberto. Havia muitos

Dizem que as descobertas mais importantes do homem foram o fogo, a roda e a escrita. Tem muita gente que acrescentaria a pólvora, especialmente o grande número de praticantes de tiro ao alvo

texto e fotos | Igor Voigt

o tiro que não sai pela culatra

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assaltos naquela região. Para aprender a manusear a arma resolvi fazer um curso de tiro, onde fui con-vidado a ficar sócio da ALTA. Peguei gosto pela coisa e nunca mais parei”.

Basta um pouco de dinheiro e um curso básico de tiro para fazer disparos em um clube de tiro ao alvo. Para se associar, não só na ALTA, o interessado precisa re-querer o CR (Certificado de Registro) de atirador junto ao Exército, para só então poder adquirir uma arma e frequentar os estandes regularizados. “O Exército vai pedir o antecedente criminal do requerente, caso tenha algum processo civil ou criminal o registro será automaticamente negado. Se tiver tudo ok, resta fi-car sócio de algum clube. No caso da ALTA o interes-sado vai gastar R$250,00 com o título, R$550,00 com o curso e R$30,00 da mensalidade. Além disso, mu-nições e as documentações necessárias para a posse e transporte das armas também entram nos custos fixos do esporte de tiro”, explica Biro.

Instalado numa área de 138 mil m² o clube de tiro ao alvo de Limeira está localizado na Via Tatuibi, pró-ximo ao Horto Florestal. Possui ao todo seis pistas para a pratica do esporte. Quatro delas são de 15m - para treinos com armas curtas. Uma de 60m para competições - tanto com armas curtas quanto com armas longas, e uma de 250m (única da região com esta distância) para pratica e competições com ar-mas longas de grosso calibre.

Sem dúvida alguma o esporte de tiro ao alvo é peri-goso. No entanto, quando praticado seguindo todas as normas de segurança, ele se torna bastante se-guro. “Se a pessoa não fizer um bom curso onde se estuda as armas desde suas origens, calibres, monta-gem, desmontagem, domínio da arma, autocontrole em diversas situações e normas de como se manu-seá-las durante as provas e treinamentos, pode sim ser perigoso, tanto para ela mesma como para outros que estiverem próximos. Além disso, quando estiver praticando, o uso de óculos de proteção e protetor auricular são indispensáveis”, esclarece Biro.

Vantagens em se cadastrar no Exército Brasileiro como atirador

O cadastro de atirador junto ao Exército é a forma legal de se tornar um atleta do Tiro Esportivo. Este cadastro oferece várias vantagens:

- Guia de Tráfego Especial (GTE) para todas as armas. A GTE é o documento que autoriza o atleta do tiro a conduzir suas armas para os estandes de todo o país. Estas armas devem ser conduzidas descarregadas, separando-se as armas das munições;

- Aquisição de armas e munições direto na indústria;

- Renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) por preços mais baixos;

- Possuir até mais 12 armas além das 6 armas regis-tradas na Polícia Federal;

- Participar legalmente de competições ou trei-namentos nos estandes de tiro autorizados pelo Exército Brasileiro;

- Prática de recarga de munição;

- Obter Certificado Internacional de Importação (CII) para, quando viajar ao exterior, trazer legal-mente uma arma.

de acordo com Biro (foto), a alta realiza vários campeonatos internos durante o ano, inclusive para iniciantes também

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tIro ao alvo

De acordo com Biro o tema “arma de fogo” ainda deixa as pessoas assustadas, não à toa. “Logo já pensam em violência e tal. Nunca pensam direto no esporte. Acho que é devido tanta coisa ruim que aparece na mídia todos os dias envolvendo armas de fogo”. Entretanto, Biro conta que viver a experiência

Um esporte aindamarginal izado

de praticar o esporte acaba se tornando algo vician-te. “Vou falar por mim. Gosto muito de atirar em si-lhuetas metálicas, acertar o alvo, escutar o barulho da pancada e vê-lo cair. É uma deliciosa sensação. Também nos pratos, que são lançados ao ar por uma máquina e tem que acertá-lo, quando você pega o jeito e não deixa escapar nenhum é muito gostoso. Sentir o tranco da arma no ombro - que por sinal o do calibre 12 é bem forte - e ver o prato desintegrando-se no ar é sensacional”, tenta descrever Biro.

Biro posicionado em uma das dez cabines existentes na pista de 60 metros do clube

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m Gears of War: Judgment, Marcus Fenix e o Delta Squad saem de cena e a história passa a focar no esquadrão Kilo, lidera-do pelo sarcástico Damon Baird. O visual

do jogo mantém a tradição de qualidade da fran-quia, que opta por trazer inovações à sua antiga (e ótima) fórmula. No novo título, Damon Baird é o responsável pelo Kilo Squad, cujos membros

EVinicius [email protected]

Mudanças polêmicas na série e provocaopiniões diversas. Qual foi a sua?

rec GaMeInFo

estão sendo julgados por terem roubado e usado tecnologia militar experimental, desobedecendo a ordens superiores do Coronel Ezra Loomis.

O jogo possui uma narrativa diferente, o julgamento vai acontecendo e revelando a história com o joga-dor “revivendo” os momentos de cada personagem, na ordem em que eles vão sendo questionados pelo

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E além da campanha,o que sobra?

Além da campanha os jogadores podem esperar por muitas mudanças, boas e ruins. Poucos mapas compõem o modo multiplayer, tornando-o bem li-mitado e exigindo a compra do Season Pass. Outro elemento ruim é a ausência dos Locusts nos modos multiplayer normais. Em Judgment, humanos lutam contra humanos em times vermelhos contra azuis.

Além disso, o jogo possui um limite de armas que acaba completamente com a mecânica que Gears desenvolveu até agora. Antes o jogador andava com uma metralhadora, uma shotgun e um revol-ver. A metralhadora seria para abater os inimigos de longe, a shotgun para o combate mais próximo e o revolver para momentos específicos ou deses-peradores por falta de munição. Agora o jogador escolhe apenas uma arma e parte com o revolver, obrigatoriamente. E mais, o jogador possui pouca munição e precisa correr atrás de armas e balas para depois começar a briga.

Coronel Ezra. Apesar da boa história e dos aconteci-mentos serem interessantes, pouca coisa acontece na narrativa no geral e é visível o prolongamento da história e a enrolação para acabar.

Outra mudança de GoW Judgment é a temática das fases, que lembra o estilo frenético do modo horda de Gears of War 3. Durante toda a campanha o jogador se verá preso em algum lugar e terá que enfrentar ondas de inimigos, abatendo um a um, para que a fase seja concluída. O resultado é uma jogabilidade bastante repetitiva e cansativa.

Porém, próximo ao fim da campanha principal o jogador desbloqueará o modo Aftermatch, que conta uma história secundária a elementos que aconteceram no Gears of War 3. Quem jogou o GoW 3 deve se lembrar de que há uma parte na história em que Marcus Fenix manda Baird e Cole para uma missão paralela. Aftermatch explora esse evento secundário, revelando segredos sobre a série e trazendo missões que fogem à mesmice dos ataques de hordas de Judgment. Apesar de curto, o complemento faz a diferença no jogo.

os gráficos continuam incríveis, mas o excesso de cores deixa o jogo cartunesco demais e tira parte do drama da série

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rec GaMeInFo

Cara de Gears of War em um corpinho remodelado

A jogabilidade de Gears of War: Judgment traz os comando leves de Gears 3 com sutis e agradáveis mudanças. A principal mudança é a troca do dire-cional analógico, que era utilizado para mudar as armas pelo botão Y. Agora cada personagem leva apenas duas armas e uma granada, tanto na cam-panha como no multiplayer.

O sistema de cover (se esconder atrás de objetos para esquivar dos tiros) teve uma leve queda de

qualidade. O problema dos personagens grudarem nos objetos voltou, mesmo que de forma mais su-til. Esse problema foi bem comum nos dois primei-ros Gears e no terceiro foi muito bem corrigido. Apesar disso, muitos objetos para o cover estão destrutíveis, mais ainda do que era visto no jogo anterior, o que fez o jogo ganhar mais dinâmica, pois frequentemente é preciso procurar um novo abrigo nos tiroteios. Provavelmente grande parte dessas mudanças nos controles não será bem vista pelos jogadores mais hardcore da série. Mas quem nunca jogou, ou tinha dificuldades, terá uma nova chance de experimentar Gears of War e quem sabe se preparar para o resto da série.

a trilha sonora perdeu a força e a dublagem incomoda em diversas partes do jogo, principalmente no modo multiplayer

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rec rISada

me desculpa! frangueiro é o

goleiro do meu time

esse é o maior, maior, maior

arregão do mundo!

por favor,chamem o samu.

acho que deu uma deslocada aqui

e agora... fala aí quem é o teta mole

Alguns homenspensam que cabeça

de mulher éassim

eu também dou umas cochiladas

no meu serviço

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