revista potência - edição 91 - maio de 2013

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Certificação de REDES INTELIGENTES Programa InovCity, de Smart Grid, começa a apresentar resultados. ELETRODUTOS FLEXÍVEIS Evolução das normas e programa de qualidade elevam nível dos produtos. Avanço do mercado de áreas classificadas oferece oportunidades de negócios a prestadores de serviços, mas carência de mão de obra qualificada preocupa empresas. MAIO’2013 ANO 9 – Nº 91 • POtêNciA CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS ANO 9 91 ElétricA, ElEtrôNicA, ilumiNAçãO E ENErgiA Depois de apresentar avanços significativos na parte de produtos e equipamentos, Brasil se prepara para implantar processo de certificação de profissionais no setor elétrico, numa ação que envolve governo e entidades setoriais. Áreas de instalações elétricas prediais e de atmosferas explosivas se destacam no mercado como as mais adiantadas no desenvolvimento dos trabalhos.

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Page 1: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Certificação de

redes inteligentesPrograma InovCity, de Smart Grid, começa a apresentar resultados.

eletrodutos flexíveisEvolução das normas e programa de qualidade elevam nível dos produtos.

Avanço do mercado de áreas classificadas oferece oportunidades de negócios a prestadores de serviços, mas carência de mão de obra qualificada preocupa empresas.

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CADERNO ATMOSFERAS

EXPLOSIVAS

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E l é t r i cA , E l E t rô N i cA , i l u m i N AçãO E E N E r g i A

Depois de apresentar avanços significativos na parte de produtos e equipamentos, Brasil se prepara para implantar processo de certificação de profissionais no setor elétrico, numa ação que envolve governo e entidades setoriais.

Áreas de instalações elétricas prediais e de atmosferas explosivas se destacam no mercado como as mais adiantadas no desenvolvimento dos trabalhos.

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Page 4: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

4 | Potência | sumário

CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Excl

usiv

o Forte aquecimento do mercado de áreas classificadas no Bra-sil abre oportunidades a empresas prestadoras de serviços. No entanto, players temem que a falta de mão de obra quali-ficada trave a evolução dos negócios.

32PÁGINA

38

12

44

6 Ponto de Vista

8 Ao Leitor

8 Cartas

10 Holofote

40 Espaço Abreme

46 Vitrine

48 GTD

52 Economia

57 Link Direto

58 Agenda

• Foto: Dreamstime • Capa: Sérgio Ruiz

14 Matéria de Capa Governo e entidades setoriais unem forças para a implementação de

processos de certificação de profissionais. Áreas de instalações elétri-cas prediais e de atmosferas explosivas devem ser as primeiras a apre-sentar novidades.

26 Mercado Publicação de normas técnicas e programa de qualidade fazem setor de

eletrodutos flexíveis passar por momento de elevação do nível de segu-rança dos produtos. Expectativa dos fabricantes é que usuários passem a escolher os materiais em função da qualidade e não apenas do preço.

38 Praticando Ideias Depois de pouco mais de um ano, EDP contabiliza primeiros resulta-

dos do InovCity. Projeto-piloto de Smart Grid será levado a outras ci-dades brasileiras, que serão beneficiadas pela implantação das redes inteligentes de energia.

44 Radar Com o objetivo de atender tanto o mercado interno, quanto o exter-

no, Toshiba inaugura unidade fabril para produzir transformadores de potência.

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Atmosferas An 21x28 JWT CV.indd 1 11/04/13 17:00

Page 6: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Beth Brididiretora de redação [email protected]

Filiada ao

Circulação e t i ragem auditadas

E X P E D I E N T E

a n o I X • n º 9 1 • M a I o ' 1 3

Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comuni-cações Ltda, com circulação nacional, diri gida a indús-trias, compradores corporativos, distribuidores, varejis-tas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e insta ladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, trans misso ras e distribuido-ras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Asso-ciação Brasileira dos Re vendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.

Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Po-tência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pa-gas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, as-sinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Redaçã[email protected]

Diretora de Redação: Beth BridiEditor: Marcos OrsolonRepórter: Paulo MartinsFotos: Ricardo BritoJornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)

Conselho [email protected]

Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro.

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Diretor Comercial: Edvar LopesCoord. de Atendimento: Cléia TelesContato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke

Produção Visual e Grá[email protected]

Chefe de Arte: Sérgio RuizDesigner Gráfico: Márcio Nami

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Administraçã[email protected]

Gerente: Edina SilvaAssistentes: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas

Impressão

Prol Editora

Redação, Administração e PublicidadeSede Própria:Rua Afonso Braz, 579 - 11º andarVila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SPPABX: (55) (11) 3896-7300Fax redação: (55) (11) 3896-7303Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307Site: www.grau10.com.br

Fechamento Editorial: 04/06/2013Circulação: 13/06/2013

Diretores: Habib S. Bridi (in memorian)

Elisabeth Lopes Bridi

ISSN 2177-1049

6 | Potência | ponto de vista

Nem tudoestá ruim

A enxurrada de más notícias e muitas indefinições traz um

sentimento de piora geral no gigante Brasil. Isso faz com que o

sentimento seja de apreensão. Realmente, a economia brasileira

passa por um momento de indefinição, estampada na fisionomia

de seus líderes, apesar dos discursos contrários. A demanda de

consumo desacelerou. As exportações estão enfraquecidas; as im-

portações, por sua vez, continuam ganhando espaço no mercado

e o investimento público não decola ou, o que é pior, custa cada

vez mais caro aos cofres públicos.

O PIB decepciona a cada divulgação e o Governo Federal já

vem deixando de divulgar metas, um sinal claro da nebulosida-

de do momento. A inflação volta a assombrar. Nada que remeta

aos períodos anteriores à gestão de FHC, mas ainda assim muito

superior a desejada e suportada. Se não bastasse, a desvaloriza-

ção do real frente ao dólar, causado por uma melhora da econo-

mia americana, ajudará a pressionar os índices inflacionários. E

o que é pior: ajudará a abastecer as notícias preocupantes nos

noticiários econômicos.

Quando o Governo ensaiava a divulgação de uma melhora

geral, baseado na recuperação da produção industrial e em uma

esperada contensão dos preços, a possibilidade de rebaixamento

da nota de risco do Brasil jogou um balde de água fria na eufo-

ria em relação à economia brasileira – se bem que nos últimos

anos esse entusiasmo, por parte do investidor estrangeiro, vinha

se tornando cada vez mais tímido.

São tantas notícias negativas, que aquilo que há de bom não

ecoa. Existem dados positivos no setor eletroeletrônico, haja vis-

to os resultados que muitas empresas multinacionais alcançam

no Brasil, transformando suas plantas brasileiras nas que osten-

tam os melhores resultados mundiais. A produção industrial que

andava em queda, voltou a crescer, em abril, 1,8% em relação a

março. Temos, ainda, a regulamentação dos portos que, apesar

de depender de toda uma infraestrutura rodoviária e ferroviária

para realmente dar resultado, é um marco para os exportadores

brasileiros e deve gerar muitos investimentos para o País. E exis-

tem muitas outras notícias boas. Copa e Olimpíadas movimentan-

do a economia. Emprego mantendo-se aquecido.

O momento é novo. Estamos longe das crises do passado, mas

também distante dos dias de “bola da vez” da economia mundial.

Mais um cenário diferente para a coleção dos empresários brasi-

leiros, acostumados a esses sobressaltos.

Page 7: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013
Page 8: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

PARA ENVIAR RELEASES E INFORMAÇÕES [email protected]

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8 | Potência | ao leitor

Marcos Orsolon, editor

Como já destacamos diversas vezes em nossa revista, o merca-

do eletroeletrônico brasileiro é forte, grande e, muitas vezes,

também controverso. Um setor que, ao mesmo tempo, é ca-

paz de concorrer em condição de igualdade com companhias

mundiais de diversos segmentos e que, em outras áreas, como a de com-

ponentes eletrônicos, praticamente não tem chance alguma de sucesso.

Os altos e baixos também podem ser estendidos à área de certificação.

Alinhado às normas internacionais da IEC, o Brasil conta hoje com certifi-

cação compulsória de um grande número de produtos e soluções, o que

assegura um bom nível de qualidade dos materiais fabricados e utilizados

no País. É fato que ainda temos problemas, mas se observarmos os últimos

15 anos, a evolução é incontestável e nossos materiais elétricos se mostram

muito mais seguros.

Mas apenas certificar produto não basta. É preciso mais, como a sua

correta especificação e instalação. Aspectos que poderiam ser bastante me-

lhorados, caso a tão sonhada certificação de instalações elétricas de baixa

tensão, com base nas determinações e recomendações da NBR 5410, pas-

sasse a valer.

A boa notícia é que, enquanto a parte das instalações insiste em não

caminhar, outra área dá sinais claros de evolução, que é a certificação de

profissionais. Já há movimentações importantes nas áreas de instalações

elétricas prediais e de atmosferas explosivas para que a certificação de al-

guns trabalhadores ocorra e a expectativa do mercado é que, em breve,

tenhamos novidades.

Por isso, abordamos o tema em nossa matéria de capa, feita por Paulo

Martins. Como sempre, procuramos identificar o que tem ocorrido no mer-

cado, qual a expectativa dos especialistas e qual a importância da certifi-

cação de profissionais no setor elétrico. E o resultado foi a constatação de

que, de fato, os trabalhos estão evoluindo e que a iniciativa tende a elevar

o nível dos profissionais que atuam no segmento. Vale a pena ler a repor-

tagem que, num mercado tão controverso, mostra mais um sinal de matu-

ridade do setor.

Evolução profissional

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10 | Potência | holofoteNotícias do Setor

Foto: DivulgaçãoMarlon Gaspar

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Projetos de IluminaçãoAs inscrições para a edição 2013 do Prêmio Abilux Projetos de Ilumina-

ção estarão abertas até o dia 30 de agosto.

Voltado aos lighting designers, arquitetos, designers de interiores, enge-

nheiros e profissionais de áreas afins que desenvolvem projetos de iluminação,

o Prêmio é promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação,

com apoio da AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação).

A cerimônia de premiação ocorrerá em outubro, durante evento come-

morativo do Dia da Iluminação, em São Paulo (SP). O regulamento do Prê-

mio está disponível no site da Abilux (www.abilux.com.br).

Guia LEDA segunda versão do “Guia LED”

está disponível para consulta eletrô-

nica no site da Abilux (www.abilux.

com.br). Agora, além do agrupamen-

to dos produtos por família, será

apresentado também a NCM (No-

menclatura Comum do Mercosul)

sugerida pela entidade.

Brasil no exterior

Novo gerente

O Brasil e a Abilux marcaram pre-

sença na LIGHTFAIR® International

2013 (cidade de Philadelphia, Estados

Unidos) entre 21 e 25 de abril, com a

participação de representantes da di-

retoria da entidade, empreendedores

de indústrias brasileiras e profissionais

como lighting designers.

A feira, cursos e palestras ocor-

reram no Pennsylvania Convention

Center. A feira mostrou o que de mais

moderno existe em iluminação, com

destaque para luminárias das mais va-

riadas aplicações com design inova-

dor, controles de luz e fontes de luz

em que os LEDs puderam ser vistos

em mais de 95% dos estandes.

OLEDs, lâmpadas fluorescentes

tubulares e lâmpadas a vapor metálico

em capsulas de cerâmica, bem como

máquinas e componentes também pu-

deram ser vistos.

Paralelamente ao evento houve

a premiação dos produtos que com-

petiram nos Prêmios de Inovação e

de Projeto. Também patrocinados

pela Illuminating Engineering Socie-

ty (IES) e pela International Associa-

tion of Lighting Designers (IALD), os

cursos e palestras merecem destaque

pelo nível técnico elevado, conteúdo

surpreendente e pelo alto valor agre-

gado e inovador.

A vice-presidente da LIGHTFAIR,

Rochelle Burt, e a diretora-executiva

Elly A. McCloud receberam os repre-

sentantes da Abilux durante o evento.

Na ocasião, reiteraram o convite para

que as empresas brasileiras participem

da próxima edição, que será realizada

em 2014, em Las Vegas (EUA), quando

terão à disposição além de estandes

conjuntos, sala de negociação para

contatos comerciais com empresas

americanas e de outros países.

A Osram, multinacional alemã

especializada em iluminação, tem

um novo gerente nacional para o

Canal OPTO Semicondutores. O en-

genheiro Marlon Gaspar assume o

cargo com a expectativa de aumen-

tar o número de vendas e tornar o

LED um item comum para o setor

de iluminação.

Há um ano e meio na empresa, o

executivo deixa a área de OEM (Ori-

ginal Equipment Manufacturer), onde

era responsável por vendas

e desenvolvimento dos

módulos, para estimu-

lar a comercialização

e fabricação de pro-

dutos com LED.

“Minhas novas atribuições são

vendas de componentes no Brasil

para ampla variedade em aplica-

ções”, diz Gaspar. Formado em en-

genharia elétrica pela FEI, pos-

sui experiência em empresas

no segmento eletrônico, su-

porte a clientes e desenvolvi-

mento de produtos com LED.

Page 11: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Holofote | Potência | 11Notícias do Setor

Foto: Dreamstime

Energia Sustentável

O fim do prazo de inscrição para os empreendimen-

tos interessados em se candidatar para certificação ou

renovação da certificação pelo Selo Energia Sustentável

foi antecipado para 28 de junho. A entrega dos certifica-

dos, que terão validade de um ano, está prevista para o

mês de setembro.

A edição para o período 2013-2014 do Selo Energia

Sustentável traz como novidade o aprimoramento dos pa-

râmetros a serem analisados. Antes, a simples intenção de

se comprometer com os parâmetros de desempenho so-

cioambiental, estabelecidos pelo Instituto Acende Brasil,

garantia a classificação do empreendimento.

Agora, na análise que é feita por auditoria externa,

o empreendimento terá de somar pelo menos 18 pontos

em 11 compromissos para receber a certificação na cate-

goria “Bronze”.

A classificação das categorias do Selo Energia Sustentá-

vel nesta edição também se tornou mais intuitiva, passando

de “Nível 1”, de intenção; “Nível 2”, de realização, e “Nível

3”, de superação, para Bronze, Prata e Ouro.

Criado em 2007, pelo Instituto Acende Brasil, o Selo

Energia Sustentável é um selo de desempenho, escalonado,

que avalia empreendimentos (e não empresas) e os classi-

fica por responsabilidade socioambiental, a partir da com-

provação de ações que envolvem o controle dos impactos

sobre o meio ambiente, a conservação da biodiversidade

e dos recursos naturais, as comunidades, o custo da ener-

gia, a transparência e o diálogo.

Segundo o Banco Mundial, o investimento socioam-

biental em empreendimentos de geração

de energia elétrica representa em média

14,2% de seu custo total. Mas as ações

de sustentabilidade, a serem certifi-

cadas para a conquista do Selo Ener-

gia Sustentável, devem ir além do

determinado durante o processo

de Licenciamento Ambiental e

do que consta do Projeto Bá-

sico Ambiental.

Em sua última edição, o Selo

Energia Sustentável certificou 20 empre-

endimentos de geração de energia. Doze

foram classificados em nível máximo, de supe-

ração, e oito em nível intermediário, de realização.

Na avaliação do Instituto Acende Brasil, a cer-

tificação do Selo Energia Sustentável pode implicar,

por exemplo, linhas de crédito mais rápidas, taxas

de juros menores e melhoria nas vendas de energia

no Mercado Livre.

Catálogos on-linePara facilitar a consulta de revendedores, profissio-

nais especificadores e até de consumidores finais, de suas

soluções em iluminação, a Avant acaba de disponibilizar

em seu site na internet (www.avantsp.com.br) dois catá-

logos on-line de seus produtos: linhas tradicional e LED.

De fácil visualização, são organizados de acordo

com o tipo de lâmpada, aplicação ou potência. Além

das lâmpadas, também são encontrados produtos da li-

nha decorativa, campainhas, sensores, temporizadores,

transformadores e luminárias.

Cada item é apresentado com um descritivo dos da-

dos técnicos, imagem do produto e da embalagem. O ca-

tálogo traz, além do código comercial, informações como

potência, base, temperatura de cor (K) e vida mediana,

no caso das lâmpadas, e outras, como tensão, corrente

e metragem, relativas aos acessórios.

“Esta é mais uma ferramenta para auxiliar vendedo-

res e consumidores na hora de adquirir um produto, pois

podem verificar quais os mais indicados para sua neces-

sidade, sem que precise ter o catálogo impresso. Além

disso, os lojistas podem tirar suas dúvidas no próprio pon-

to de venda”, explica o CEO da Avant, Gilberto Grosso.

A ferramenta utilizada para o catálogo on-line da

Avant permite imprimir, fazer download e visualizar as

páginas de modo geral ou tela cheia.

Curso sobre LEDA Philips do Brasil anunciou o lançamento de um curso

on-line gratuito de certificação profissional sobre LED, em

português, com objetivo de mostrar os benefícios e vanta-

gens desta tecnologia e possibilidades de uso.

Após realizar o curso pela internet, o participante tem

o tempo limite de dez minutos para realizar um teste. Se

atingir a nota mínima de 80%, ele receberá o certificado di-

gital, que possui validade de um ano e será enviado pelo

Lighting University Global, no prazo de

dez dias úteis. A certificação garantirá que

o profissional tem conhecimentos sobre o

que são LEDs, onde são usados, as vanta-

gens da utilização e o valor agregado dos

LEDs Philips.

O curso em português está disponível

para certificação de qualquer pessoa no site

da Philips, e pode ser acessado pelo link:

http://www.lighting.philips.com/

main/connect/Lighting_University/LED-

-passport.wpd.

Page 12: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

12 | Potência | holofoteNotícias do Setor

Marketing reforçado Capacitação de jovens

A Alstom, por meio de sua uni-

dade de Taubaté (SP), dedicada à

produção de equipamentos para

geração de energia, mantém o For-

mare, programa de capacitação pro-

fissional de jovens de baixa renda

da cidade. Em abril foi realizada a

formatura da quinta turma, que con-

ta com 20 alunos de 16 e 17 anos.

Os alunos saem com formação

de Operador de Produção Metalúr-

gica e Industrial, após terem perma-

necido na empresa de abril de 2012

a março de 2013, recebendo aulas

dos próprios funcionários da unida-

de. Uma nova turma, com mais 20

alunos, já começou as aulas e tam-

bém permanecerá na empresa por

um ano. Desde 2008, o projeto já ca-

pacitou mais de 70 jovens estudantes

do Ensino Médio. As aulas são mi-

nistradas por meio de um programa

de voluntariado que contempla ativi-

dades práticas e teóricas. Os alunos

recebem um certificado técnico re-

conhecido pelo MEC (Ministério da

Educação e Cultura) e podem exer-

cer as funções na própria Alstom ou

outras indústrias do setor.

O Formare é um projeto da

Fundação Iochpe que, a partir de

parcerias com empresas de grande

e médio porte, oferece cursos de

educação profissional para jovens

de 16 a 18 anos.

O show da iluminação

A Panduit nomeou Gabriela Me-

raz para a direção de Marketing na

América Latina. A diretora, que é res-

ponsável pela estratégia da região,

dará ênfase ao desenvolvimento de

parceiros de negócios e contas es-

tratégicas.

“A nomeação de Gabriela Meraz

está alinhada ao processo de trans-

formação da indústria e adaptação da

Panduit às novas realidades do merca-

do. Estamos satisfeitos que a executi-

va compartilhe sua experiência com

o nosso time”, afirma Neil Corradine,

vice-presidente de Vendas para Amé-

rica Latina da Panduit. Além de liderar

a estratégia de marketing na região,

a nova diretora acumula a função de

liderar, no âmbito mundial, o Progra-

ma de Centros Executivos de Demons-

tração ou Executive Briefing Centers

(EBCs) para Clientes e Parceiros.

Gabriela Meraz integra a equi-

pe Panduit há 12 anos. A executiva

é engenheira química formada pela

Universidade de Guadalajara, onde

também cursou as cadeiras de ven-

das e marketing.

Já estão definidas as datas da

14ª Expolux – Feira Internacional da

Indústria da Iluminação e do Sim-

polux – Simpósio Brasileiro de Ilu-

minação Eficiente. Os dois eventos

acontecerão simultaneamente entre

os dias 22 e 26 de abril de 2014, no

Expo Center Norte (Pavilhões Verde

e Branco), em São Paulo (SP).

A Expolux de 2014 cresceu e pre-

para-se para ser uma das mais impor-

tantes feiras do setor de iluminação da

América Latina. Ela foi projetada para

abrigar em 35 mil metros quadrados

de área de exposição a praticamente

todos os segmentos da indústria da

iluminação. Em 2012 o espaço desti-

nado foi pouco superior a 25 mil me-

tros quadrados. As expectativas são de

que reúna mais de 200 expositores e

receba mais de 25 mil visitantes.

No centro das discussões do

Simpolux estarão temas voltados

para Iluminação Pública com Tecno-

logia LED, Iluminação de Interiores

com Tecnologia LED e Iluminação

Cênica com destaque para Cinema,

Teatro, TV e Discotecas.

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ISO 9001:2008A Schalter Eletrônica conquistou novo certificado de Sistema de Gestão da

Qualidade ISO 9001:2008, auditada pela empresa certificadora BSI. A certifica-

ção se fez necessário para atender as novas linhas de produtos da empresa, que

passou por um redirecionamento estratégico em 2007, quando decidiu investir

em duas linhas de produtos voltadas às tendências mundiais de TI verde, virtu-

alização, cloud computing e autoatendimento.

Para esta nova certificação a Schalter optou pela certificadora BSI devido a

sua credibilidade, uma vez que foi a criadora da primeira norma de sistema de

gestão da qualidade BS 5750, a predecessora da série ISO 9000, e como mem-

bro contínuo dos comitês técnicos da ISO 9000.

Page 13: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Holofote | Potência | 13Notícias do Setor

Casa eficienteNo ano da Alemanha no Brasil, a

Basf decidiu presentear a cidade de

São Paulo com a construção da Ca-

saE. O imóvel, inaugurado dia 28 de

maio, tem 400 metros quadrados e foi

erguido na avenida Vicente Rao. Ele

utiliza soluções e produtos inovadores

desenvolvidos para tornar as constru-

ções mais sustentáveis e eficientes.

A unidade brasileira é a décima

da companhia no mundo e, para a sua

construção, a empresa contou com di-

versos parceiros. O resultado foi uma

casa capaz de reduzir em até 70% o

consumo de energia elétrica em rela-

ção a um imóvel produzido com sis-

temas tradicionais.

“O projeto traz novidades para

o mercado de construção brasileiro

e coloca à disposição da indústria a

mais diferenciada tecnologia em ma-

teriais de alta performance, eficiência

energética e proteção climática”, afir-

ma Alfred Hackenberger, presidente

da Basf para a América do Sul.

Ao todo, a CasaE recebeu investi-

mentos da ordem de R$ 3 milhões e,

além de energia, também reúne solu-

ções para a redução do consumo de

água e de emissões de CO2. Segundo

a empresa, a economia gerada no con-

sumo desses insumos ajuda

a recuperar o investi-

mento num período

de médio prazo.

Nos próximos meses a CasaE pas-

sará por estudos de ecoeficiência da

Fundação Espaço ECO para avaliar os

materiais empregados na construção.

E, em breve, o projeto deverá rece-

ber a certificação LEED, de constru-

ção sustentável.

Quanto às soluções aplicadas, a

Basf destaca alguns itens do segmento

de poliuretanos destinados à imper-

meabilização, fabricação de pisos e

ao conforto térmico. Entre eles, des-

tacam-se o elastômero de poliuretano

Elastocoat®, o composto aglutinante

de poliuretano ElastopaveTM e o po-

liuretano Elastopor®/Elastopir®, que

proporciona maior conforto térmico e

ajuda a reduzir o consumo de energia.

Já a Tigre contribuiu com todo o

sistema hidráulico e de proteção elétri-

co, com destaque para a Linha Aqua-

term para a condução de água quente

e o Quadro VDI, que reúne a fiação de

voz, dados e internet na casa.

A Bosch, por sua vez, entrou com

os coletores solares para aquecimen-

to de água, placas fotovoltaicas para

a geração de energia e sistemas de

segurança e detecção de incêndio.

Alfred Hackenberger

Empresas que participaram

do projetoArquivo Vivo, Atlas Schindler, Bos-ch, Daikin, Deca, Gerdau, Guardian, Isoeste, Knauf, Leicht, Leroy Merlin, Nespresso, Owa, Philips, Supermix, Tigre, Veka e Whirpool.

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Page 14: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

14 | Potência | Matéria de capaCertificação de Pessoas

Segmentos de instalações elétricas

prediais e de atmosferas explosivas aceleram

os trabalhos para implantar o processo

de certificação de profissionais no Brasil.

Reportagem: Paulo Martins

A atividade de Avaliação da Conformidade visa verificar se um pro-duto, processo ou serviço atende a um conjunto de requisitos pré-es tabelecidos em normas e regulamentos técnicos. Os objetivos são informar e proteger o consumidor, em particular quanto à saúde,

segurança e meio ambiente; propiciar a concorrência justa e estimular a me-lhoria contínua da qualidade.

No Brasil, a Avaliação da Conformidade é feita por meio de mecanis-mos como Declaração do Fornecedor, Etiquetagem, Inspeção e Ensaios. Mundialmente reconhecida, a Certificação é outro processo utilizado nessa avaliação.

Muitos especialistas con-sideram a questão

Page 15: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Matéria de capa | Potência | 15Certificação de Pessoas

Foto: Dreamstime

Page 16: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

16 | Potência | Matéria de capaCertificação de Pessoas

da certificação bem equacionada no País, pelo menos no que se refere a produtos elétricos e eletrônicos. Fios e cabos, disjuntores, plugues e toma-das, fusíveis, reatores para lâmpadas e equipamentos para atmosferas ex-plosivas são exemplos de materiais que precisam passar por certificação - nos casos específicos, obrigatória.

As instalações elétricas também são passíveis desse tipo de avaliação. Há alguns anos a Certiel Brasil (As-sociação Brasileira de Certificação de Instalações Elétricas) iniciou no País a certificação voluntária de instalações prediais nos segmentos comercial, re-sidencial e industrial. O trabalho da referida entidade consiste em verificar a adequação aos requisitos estabeleci-dos pela norma ABNT NBR 5410 (Ins-talações Elétricas de Baixa Tensão).

A mesma norma é utilizada para nortear o Programa Voluntário de Ava-liação de Conformidade de Projetos Elétricos, uma ação desenvolvida pela Abrasip (Associação Brasileira de En-genharia de Sistemas Prediais - Regio-nal de Minas Gerais).

Outra iniciativa semelhante é mantida pela Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Efi-ciência de Instalações). Trata-se do Qualinstal, programa pelo qual a en-tidade certifica os instaladores elétri-cos, após análise de requisitos espe-cíficos de controle de mão de obra e de produtos.

Já o processo de certificação de pessoas é relativamente recente, no País. A ideia é atestar que um de-terminado profissional atende a um conjunto de competências específi-cas desejáveis para a função que ele realiza. Esse reconhecimento só pode ser feito por Organismos de Certifi-cação de Pessoas (OCPs) acreditados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). No Brasil existem apenas sete entida-des nesse nível, atuando em diversos campos profissionais.

Neste momento, as atenções do setor eletroeletrônico, em particu-lar, estão voltadas para o desenvol-vimento do processo de certificação de pessoas em dois segmentos onde a promoção da saúde, segurança e meio ambiente é fundamental: insta-lações elétricas prediais e atmosferas explosivas.

Mas afinal, o que leva um segmen-to a se unir em torno da certificação de pessoas? Sem dúvida, a necessi-dade crescente de profissionalização constitui um grande motivador. “As tarefas precisam ser realizadas por pessoas competentes, de forma a se garantir o desempenho adequado”, comenta o engenheiro Alberto Fossa, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão e Economia de Energia da ABNT (Associação Brasi-leira de Normas Técnicas) e diretor-exe cutivo da Abrinstal.

De acordo com o porta-voz, a cer-tificação de um profissional está re-lacionada à sua valorização pessoal. Economia de recursos, aumento da eficiência de processos e aumento da segurança são outros efeitos positivos associados a esse fenômeno.

As tarefas precisam ser realizadas por pessoas competentes, de forma a se garantir o desempenho adequado.Alberto Fossa | ABNT/Abrinstal

Qualidade total Certificação de profissionais da construção civil prevê a avaliação do trabalho dos eletricistas.

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18 | Potência | Matéria de capaCertificação de Pessoas

Os processos mais antigos em andamento referem-se à inspeção de elementos ou áreas específicas, como a realização de soldas em aço e po-lietileno (uma etapa da construção de dutos), ou na área de tecnologia e produção de cimento. “Conside ra-se que a certificação seja responsá-vel pelo alto grau de confiabilidade dos serviços prestados nessas áreas”, avalia Fossa.

Embora o setor elétrico esteja avançado, no que diz respeito à cer-tificação de produtos, o mesmo não se pode dizer em relação aos profis-sionais. Somente agora está sendo elaborada a primeira norma que de-talha as competências desejáveis para um trabalhador da área: o eletricista.

Tudo começou há alguns anos, quando um pool de associações lan-çou a ideia de estabelecer a certifi-cação de diversos profissionais que atuam na área da construção civil. A figura do instalador elétrico inse riu-se nesse pacote.

Em 2009 surgiu o Comitê Brasi-leiro de Qualificação de Pessoas no Processo Construtivo de Edificações (ABNT/CB-90), que ficou incumbido de elaborar a norma técnica conten-do toda a terminologia, as competên-cias e os requisitos necessários para a certificação.

Essa norma ficou pronta e já pas-sou inclusive por consulta pública. O próximo passo será analisar as su-gestões apresentadas. A expectativa é que a publicação do documento aconteça ainda no decorrer deste ano.

Apesar de voluntária - pelo me-nos neste primeiro momento - a certificação de eletricistas promete fomentar a melhoria da qualidade dessa mão de obra, o que é extre-mamente desejável.

Afinal, no Brasil, a falta de tra-balho formal sempre levou um enorme contingente de pessoas sem qua-lificação a se

aventurar pelas mais diversas áreas. O sujeito vai errando e aprendendo na prática, e o que começou como um bico acaba se perpetuando. No trato com a eletricidade isto é uma teme-ridade, por motivos óbvios.

Eduardo Daniel, superintenden-te da Certiel Brasil, observa que um eletricista certificado terá por trás a assinatura de uma entidade reco-nhecida e acreditada pelo Inmetro. Isso significa maiores condições de competitividade e diferenciação no mercado. “A certificação vai melho-rar bastante a competência técnica das pessoas para fazer esse tipo de serviço”, afirma Daniel, que também coordena a Comissão de Estudos do CB-90 da ABNT, que está elaborando a norma em questão.

A certificação tende a beneficiar também o mercado consumidor dessa mão de obra, ou seja, empresas insta-ladoras e empreiteiras, que poderão contar com pessoas reconhecidamen-te aptas ao trabalho. “Os instaladores têm muita necessidade de mão de obra de melhor qualidade, porque o custo de retrabalho na área é muito alto”, comenta o porta-voz da Cer-

tiel Brasil. Os próprios fabricantes

A certificação vai melhorar bastante a competência técnica das pessoas para fazer esse tipo de serviço.Eduardo Daniel | Certiel Brasil

Início Num primeiro momento, certificação de eletricistas será voluntária.

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de dispositivos elétricos e materiais de instalação também sairiam ganhando com a iniciativa, uma vez que terão

uma garantia maior de que seus pro-dutos foram corretamente especifica-dos e aplicados.

Organização Competências e requisitos necessários para a certificação serão definidos por norma técnica.

Certificações múltiplas? Com tamanha transformação em

andamento, é natural, e até desejá-vel, que surjam questionamentos en-volvendo o tema. Uma das discussões mais recentes partiu do posiciona-mento de determinados especialis-tas que concordam com a certifica-ção das instalações, mas dispensam a necessidade do mesmo processo para os profissionais. O argumento é de que a certificação da instalação já seria suficiente para avalizar o traba-lho executado.

Outros alegam que a certificação

da instalação não exclui a necessida-de de certificar produtos e pessoas, pois uma complementaria a outra. Eduardo Daniel destaca que a certi-ficação garante que uma instalação está adequada, mas observa que as inspeções visuais exigidas na norma têm limitações.

“Quando fazemos a certificação de uma instalação tiramos o retrato da instalação pronta. Por tabela, os ensaios que fazemos verificam a qua-lidade da mão de obra utilizada. Mas nós vamos apenas no resultado. O

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ideal seria analisar isso desde a fonte, a causa do problema. E uma manei-ra de eliminar a causa é melhorar a competência das pessoas”, argumenta o executivo da Certiel Brasil.

Alberto Fossa faz uma análise pa-recida. De acordo com ele, por prin-cípio, um processo de Avaliação da Conformidade é amostral, e não tem a intenção de garantir totalmente a conformidade contra algum conjun-to de requisitos. “A tentativa de ga-rantia de cem por cento estaria as-sociada a um custo proibitivo, que a sociedade normalmente não deseja arcar”, observa.

Para o diretor-executivo da Abrins-tal, uma instalação final conforme de-pende de um conjunto de conformi-dades individuais. “É necessário que exista um projeto adequado, pessoas capacitadas, produtos corretos e em-presas instaladoras que sejam respon-sáveis por somar projeto mais pessoas

mais produtos de forma responsável e consistente. Desta forma teremos um resultado satisfatório final”, comenta.

Fossa diz que se a mão de obra for certificada nas suas funções mais importantes, existirá uma garantia adicional de que a aplicação dos pro-dutos é feita de forma correta: “Mes-mo certificado, um produto aplicado de maneira incorreta torna-se ina-dequado”.

O porta-voz da Abrinstal de-fende que a sociedade precisa identificar o custo que deseja pagar e o nível de garantia que deseja

Despreparo Desemprego leva muitos curiosos a trabalhar

na área, o que causa grande preocupação.

ter com relação à infraestrutura que a atende. “No caso de instalações elé-tricas, a questão mais importante é a segurança. Portanto, entende-se que seja importante um grau de confor-midade elevado”, sintetiza.

Indagado sobre a existência de ca-sos em que a certificação profissional seria dispensável, Alberto Fossa diz que todo processo de Avaliação da Conformidade envolve custos e nova-mente sugere uma reflexão por parte da sociedade.

“Ela precisa definir se deseja gas-tar recursos para possuir a garantia de atendimento a um determinado conjunto de requisitos. Isso vale para produtos, serviços e mão de obra. Existem situações em que a sociedade não precisa gastar recursos para esse tipo de demonstração - normalmen-te nos casos onde não existam riscos envolvidos, prejuízos associados ou impactos evidentes. É sempre uma relação de custo-benefício”, finaliza.

Qualificação Avaliação dos profissionais beneficiará o próprio eletricista, que passará a ter maior competitividade no mercado.

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Segmento Ex dá largada ao processo de certificação

Nos últimos anos, indústrias estra-tégicas para a economia de qualquer país, como química, petroquímica, óleo e gás, mineração, agronegócios, papel e celulose, farmacêutica, auto-mobilística e naval vêm apresentan-do grande desenvolvimento no Bra-sil, abrindo um vasto campo para a atuação de especialistas na área de atmosferas explosivas.

Devido à periculosidade inerente a esse ambiente, onde determinadas falhas podem provocar a perda de vidas, grandes prejuízos materiais e danos ambientais consideráveis, ga-nha força a discussão sobre o nível da qualificação da mão de obra dis-ponível no País.

Recentemente, a certificação de pessoas na área de atmosferas explo-sivas foi abordada com destaque em um amplo trabalho publicado por dois especialistas da área, os engenhei-ros Luiz Mauro Alves, profissional da Abendi (Associação Brasileira de En-saios Não Destrutivos e Inspeção) e Roberval Bulgarelli, consultor técni-co e engenheiro sênior da Petrobras.

Alves representa o Cobei (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações) no Grupo de Trabalho PCC 001 do IE-CEx (International Electrotechnical Commission System for Certification to Standards Relating to Equipment for use in Explosive Atmospheres).

Bulgarelli, membro de grupos de trabalho do Cobei e do Inmetro, re-presenta o Brasil no Technical Com-

mittee TC-31 - Equipment for Explosi-ve Atmospheres da IEC (International Electrotechnical Commission).

Segundo a publicação assinada pelos especialistas, o Inmetro já prio-rizou, dentro do Plano de Ação Qua-drienal 2012-2015 do Programa Brasi-leiro de Avaliação da Conformidade, a elaboração do programa brasileiro de certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas. A base para esse trabalho serão os requisitos do sistema internacional do IECEx e de seus Documentos Operacionais, in-cluindo o ABNT IECEx OD 504.

Publicado no dia 10 de abril do ano passado, esse documento estabe-lece dez Unidades de Competências Pessoais “Ex” (Veja quadro na página 24) para a qualificação e certificação de profissionais envolvidos em ativi-dades relacionadas a atmosferas ex-plosivas de gases inflamáveis ou po-eiras combustíveis.

Organismo de Certificação de Pes-soas acreditado pelo Inmetro, a Aben-di elabora neste momento seu sistema interno de certificação de competên-cias pessoais “Ex”.

A princípio, o sistema de certifica-ção da Abendi irá abranger as Unida-des de Competências Ex 001 (Aplica-

Certificação de pessoas na área Ex também proporcionará retorno econômico às empresas.Nelson López | ABPEx

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ção dos princípios básicos de proteção em atmosferas explosivas), Ex 003 (Ins-talação de equipamentos com tipos de proteção “Ex” e respectivos sistemas de fiação) e Ex 006 (Ensaios de equipa-mentos e instalações elétricas em/ou associadas a atmosferas explosivas).

Os candidatos à certificação em qualquer uma das Unidades de Com-petências Pessoais em Atmosferas Ex-plosivas precisarão atender os pré-re quisitos relacionados ao grau de escolaridade, treinamentos e expe-riências profissionais indicados no Documento Operacional ABNT IE-CEx OD 504.

Os exames de qualificação in-cluem fase teórica e também prática. Com base nos resultados dos exa-mes, a Abendi emitirá certificado e

carteira de identificação explicitando o escopo das competências pessoais para atmosferas explosivas para as quais o profissional estará qualifica-do e certificado.

A certificação dos profissionais terá um prazo de validade de 36 me-ses. Antes de completar o primeiro período de validade, a certificação pode ser renovada por um novo e igual período. E, antes do término do segundo período de validade, ou pelo menos a cada seis anos, os pro-fissionais deverão ser recertificados pela Abendi.

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Unidade de Título da Unidade de Norma ABNT NBR IECcompetência Competência Pessoal “Ex” 60079 de referência

Ex 001 Aplicação dos princípios básicos de Requisitos extraídos de proteção em atmosferas explosivas diversas partes

Ex 002 Execução de classificação de áreas NBR IEC 60079-10-1 e 10-2

Ex 003 Instalação de equipamentos com tipos de proteção “Ex” NBR IEC 60079-14 e respectivos sistemas de fiação

Ex 004 Manutenção de equipamentos em atmosferas explosivas NBR IEC 60079-17

Ex 005 Reparo e revisão de equipamentos com tipos de proteção “Ex” NBR IEC 60079-19

Ex 006 Ensaios de equipamentos e instalações elétricas em, ou NBR IEC 60079-14 associadas a atmosferas explosivas

Ex 007 Execução de inspeções visuais e apuradas de equipamentos NBR IEC 60079-17 e 14 e instalações em, ou associadas a atmosferas explosivas

Ex 008 Execução de inspeções detalhadas de equipamentos ou NBR IEC 60079-17 e 14 instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas

Ex 009 Projeto de instalações elétricas em, ou NBR IEC 60079-14 e requisitos associadas a atmosferas explosivas indicados em outras partes

Ex 010 Execução de inspeções de auditoria ou de avaliação das NBR IEC 60079-17 e 14 instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas

Nelson López, presidente da As-sociação Brasileira para Prevenção de Explosões (ABPEx), considera acerta-do determinar um prazo para a va-lidade da certificação. “Não se trata de um capricho. Acontece que a tec-nologia e os materiais evoluem, e as pessoas precisam acompanhar essa evolução”, opina.

A ABPEx já firmou parceria com a Abendi para auxiliar no desenvolvimento do processo de certifica-ção de profissionais da área Ex. A entidade con-tribuirá para a qualifica-ção dos candidatos e tam-bém na montagem das provas práticas. “A

ABPEx possui expertise em atmosferas explosivas, enquanto a Abendi tem ex-pertise na certificação de pessoas. Por isso a união de esforços”, explica Luiz Mauro Alves.

Se no Brasil a certificação de pes-soas na área Ex encontra-se em está-

gio embrionário, no exterior o proces-so também é relativamente novo. Em todo o mundo, 218 profissionais atin-giram esse reconhecimento, até o mo-mento. São 88 no Reino Unido, 33 nos Estados Unidos, 22 na Malásia, 11 na Alemanha e 10 na Holanda - os países mais adiantados.

De acordo com o trabalho publi-cado por Luiz Mauro Alves e Rober-val Bulgarelli, o desenvolvimento de

normas sobre competên-cias pessoais para at-

mosferas explosivas é necessário em fun-ção da preocupação com a variedade de

habilidades de traba-lhadores envolvidos

Relação das unidades de competências pessoais “Ex”

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As pessoas devem ser certificadas em suas competências pessoais de acordo com as dez unidades de competência descritas no Documento Operacional ABNT IECEx Ex OD 504, indicadas na Tabela.

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Matéria de capa | Potência | 25Certificação de Pessoas

com eletricidade e de outros que li-dam com estes tipos de equipamentos e instalações.

“De pouco adianta que os equipa-mentos “Ex” tenham sido certificados por um OCP acreditado pelo Inmetro se os mesmos não são devidamente es-pecificados pelos usuários, ou são in-devidamente instalados, inspecionados ou mantidos, durante as décadas em que podem permanecer instalados em áreas contendo gases inflamáveis ou poeiras combustíveis”, alerta o estudo.

Acredita-se que o processo de cer-tificação de profissionais na área “Ex” contribuirá significativamente para o desenvolvimento do mercado, uma vez que irá fomentar a melhor formação dos trabalhadores desse setor. “Tere-mos uma mão de obra mais capacita-da para minimizar os potenciais riscos”, concorda Luiz Alves.

A medida ganha importância se lembrarmos que o segmento de atmos-feras explosivas sempre esteve sujeito a erros não só de avaliação, mas tam-bém no tratamento dos riscos existen-tes. Até porque no Brasil não existe formação acadêmica na área - os pro-fissionais acabam aprendendo no tra-balho do dia a dia.

“A pessoa sai da faculdade de enge-nharia elétrica ou do curso técni-co de eletrotéc-nica e nunca ou-viu falar de áre-as classificadas. Escuta quando sai a campo e vai trabalhar em uma empresa. Daí para frente simplesmente faz o que os outros indicam para ela, que é aquilo que vem sendo feito de mui-tas décadas para cá. Só que tem muita coisa errada”, sinte-tiza Nelson López.

Para o dirigente da ABPEx, indi-retamente, a certificação de pessoas proporcionará outros benefícios im-portantes, como a redução dos valo-res cobrados pelo seguro e dos custos operacionais das empresas, uma vez que os profissionais terão maiores ap-

tidões e, consequentemente, melhor embasamento para fazer especificações.

A economia, explica ele, pode começar com o correto dimensionamento e tratamento dos riscos. A im-

portância de se fazer um diag-nóstico preciso fica eviden-te quando comparamos os preços de produtos à prova de explosão com

os normais. Enquanto

uma luminária comum custa por volta de R$

70,00, um equipamen-

to especial para área classificada tem preço entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. Já um conjunto de plugue e tomada de segurança aumentada pode custar até R$ 4 mil, contra alguns reais do pro-duto comum.

A questão central aqui é que o julga-mento do profissional que especifica os equipamentos está sujeito a equívocos. Não foram raras as situações em que alguém determinou o uso de materiais elétricos especiais em uma fábrica in-teira, quando apenas uma seção conti-nha área classificada. Além disso, muitas vezes é possível reduzir e até eliminar completamente uma área classificada.

“O mercado vai ter um grande re-torno, do ponto de vista econômico (com a certificação de pessoas). Quan-do trabalhamos para que uma área dei-xe de ser classificada, a empresa não vai ter economia apenas na compra de equipamentos, ela terá economia na própria gestão da segurança”, co-menta López.

Fluxograma simplificado para a certificação de competências pessoais “Ex”.

Candidato se inscreve, requerendo a certificação de Competências

Pessoais “Ex” em um OPC (Organismo de Certificação de

Pessoas) acreditado pelo Inmetro

OPC

Organismo de Certificação de Pessoas acreditado pelo Inmetro

Pessoa competente “Ex” certificada

Processo para a Certificação de Competências Pessoais “Ex”, de

acordo com os requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17024 e Documento Operacional ABNT IECEx OD 504

Acompanhamento das reavaliações

periódicas

Provas de conhecimentos

e de habilidades

Avaliação das experiências profissionais

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Qualidade em evolução

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Publicação de normas técnicas e

programa de qualidade começam

a mudar perfil do setor de

eletrodutos flexíveis. Fabricantes

esperam que maior número

de usuários passe a escolher

produtos em função da segurança

e não apenas pelo preço. Reportagem: Marcos Orsolon

A segurança de uma ins-talação elétrica vai mui-to além da aplicação de dispositivos de proteção

como fusíveis, disjuntores, DRs e DPS. Na verdade, ela envolve todos os itens que fazem parte da instalação, sendo que todos devem seguir às recomen-dações e exigências de suas respec-tivas normas técnicas além, é claro, de serem utilizados adequadamente.

Nesse contexto, há soluções que não são conectadas à rede elétrica, mas que foram desenvolvidas para evitar danos em outros produtos. Como os eletrodutos flexíveis, cuja função prin-cipal é proteger os condutores elétricos contra algumas influências externas,

como choques mecânicos e agentes químicos, que podem danificar a iso-lação dos cabos e, consequentemente, levar à ocorrência de acidentes como choques elétricos, incêndios e até ex-plosões, dependendo do ambiente.

Considerando a matéria-prima uti-lizada na construção, os eletrodutos flexíveis podem ser fabricados em materiais plásticos (de vários tipos de polímeros) ou metálicos. Em volume, os plásticos são maioria no mercado, sendo indicados principalmente para obras prediais e de infraestrutura, onde são embutidos em paredes, lajes ou en-terrados no chão.

Os eletrodutos metálicos, por sua vez, são bastante utilizados em insta-

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mercado | Potência | 27Eletrodutos Flexíveis

Melhora da qualidade dos produtos contribui para a evolução do mercado, que caminha para alcançar a excelência.Carlos Eduardo Teruel | Tigre

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lações aparentes, inclusive expostas ao tempo, para ligar máquinas e equipa-mentos em plantas industriais. Há ain-da materiais especiais que podem, por exemplo, suportar altas temperaturas e itens à prova de explosão, que aten-dem à demanda crescente do setor de áreas classificadas.

Quanto ao comportamento do mer-cado, alguns especialistas estimam que, em 2012, as vendas de eletrodutos fle-xíveis metálicos tenham crescido a uma taxa pouco superior à do PIB brasileiro, variando entre 1,5% e 2%.

Puxado pelos investimentos da

construção civil no País, o segmento de eletrodutos plásticos teve desempenho um pouco melhor, com incremento da ordem de 5% no último ano, mesmo ín-dice esperado para 2013. Não há dados precisos sobre o tamanho do mercado dos produtos plásticos, mas estima-se que eles movimentem pouco mais de R$ 150 milhões por ano.

Qualidade dos produtos tem melhoradoApesar do bom ritmo de crescimen-

to, o principal motivo de comemoração dos fabricantes de eletrodutos flexíveis plásticos tem sido a melhora gradativa da qualidade dos produtos ofertados no Brasil. Como conta com um gran-de número de concorrentes espalha-dos pelo País, este setor vinha sofren-do com a invasão de produtos baratos e de baixa qualidade.

A situação começou a melhorar a partir da evolução da parte normativa, como a publicação, em 2009, da “ABNT NBR 15715 – Sistemas de dutos corru-gados de polietileno (PE) para infraes-trutura de cabos de energia e teleco-municações – Requisitos”.

Na área predial, onde o proble-ma era mais evidente, dois fatores fo-ram fundamentais para elevar o nível dos produtos no mercado. O primeiro ocorreu em 2007, com a publicação da “ABNT NBR 15465 – Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão – requisitos de desempenho”.

E o segundo, e talvez o principal, foi a criação em 2008 do “Programa de Garantia da Qualidade de Eletro-dutos Plásticos para Sistemas Elétricos de Baixa Tensão em Edificações (PGQ-06 EL)”. O programa, que faz parte do

“Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H)”, foi criado para estimular a melhoria da qualidade e desempenho dos eletrodu-tos plásticos.

E, segundo alguns fabricantes, os resultados já são visíveis. “A qualidade dos produtos melhorou com o progra-ma de qualidade implementado, que exige que os fabricantes adequem seus produtos às normas brasileiras para participar, principalmente, de obras go-vernamentais, como o Minha Casa Mi-nha Vida”, observa Alexandre Guimarães Freitas,

coordenador de Marketing da Cemar Legrand, que completa: “Este é um mercado em evolução no Brasil. Obser-vamos no dia a dia que os projetos de engenharia cada vez mais privilegiam esses produtos, que já fazem parte da cultura dos projetos das construções brasileiras”.

Carlos Eduardo Teruel, gerente de Produtos da Tigre, segue na mesma linha e lembra que, se voltarmos um pouco no tempo, há cerca de cinco anos, este mercado era composto por

muitos produtos com incon-

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28 | Potência | mercadoEletrodutos Flexíveis

Movimento positivo Usuários estão se

conscientizando sobre a importância de

priorizar a qualidade na escolha dos eletrodutos.

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formidade técnica, inclusive gerando desconfiança no consumidor, que até demonstrava preocupação ao usar os produtos.

“Ao longo desse período, a inicia-tiva privada, junto com o Ministério das Cidades do governo federal, criou o Programa de Garantia da Qualidade de Eletrodutos Plásticos, que estabele-ceu normas, qualidade e nível de se-gurança do produto, além de fiscalizar o setor. Sem dúvida esse foi um marco para a padronização, consolidação e

crescimento do mercado de eletrodu-tos flexíveis no Brasil”, destaca Teruel.

Segundo o executivo da Tigre, a partir do Programa de Qualidade criou-se um ciclo de desenvolvimento do mercado em que os consumidores começaram a ter mais confiança nos produtos homologados e, de outro lado, as empresas passaram a inves-tir mais em inovação, qualidade e na ampliação de suas linhas de produ-tos, o que tem levado ao aumentan-do as vendas.

O gerente da Tigre ressalta ainda que a melhoria no nível de qualida-de dos produtos tem colaborado para a própria evolução do mercado, que, em sua opinião, caminha para alcan-çar a excelência. “Segundo os dados do Programa de Qualidade divulgado pelo Ministério das Cidades, no primei-ro trimestre de 2012, 65% das marcas estavam em conformidade. No último

trimestre do ano passou para 76,3%”, destaca o executivo, lembrando que, apesar dos avanços, ainda há alguns problemas no setor.

Fernandes Silva Souza, gerente Co-mercial da Sociedade Paulista de Tu-bos Flexíveis (SPTF), entende que os problemas poderiam ser minimizados ainda mais caso os usuários de todos os segmentos passassem a exigir produtos melhores e mais seguros. Segundo ele, ainda é grande o número de clientes que não exige qualidade, principal-mente na construção civil. Mesmo em algumas áreas industriais há problemas, com empresas que não se preocupam tanto com a segurança.

“Hoje, temos boas normas técnicas no Brasil para essa área. O que falta é o cliente final entender que deve exi-gir a aplicação dessas normas nos pro-dutos. É uma questão de exigência do usuário”, observa Souza.

O detalhe é que não faz muito sen-tido optar apenas pelo preço nesse tipo de produto, visto que seu custo numa instalação elétrica é baixo. Há situações em que ele não chega a representar 1,5% do investimento total.

Para serem incluídos em obras governamentais, produtos precisam atender às normas.Alexandre Guimarães Freitas | Cemar Legrand

Produtos para áreas classificadas são referênciaPara o gerente Comercial da SPTF,

uma boa referência de usuário des-se tipo de produto, que exige quali-dade, segurança e cumprimento das normas, é o setor de áreas classifica-das. Tanto, que ele afirma que os ele-trodutos voltados para este segmento registraram uma sensível melhora nos últimos anos.

“Os clientes desse setor estão exi-gindo mais qualidade. E exigindo pro-dutos que tenham certificação. Até por-que, estes eletrodutos têm aspectos um pouco diferentes, com características bem específicas”, destaca o executivo, acrescentando que a postura do cliente, nesse caso, tem sido positiva também para elevar o nível da concorrência.

“Nesse setor a concorrência é mais saudável. E isso nos motiva a investir mais em produtos para áreas classifica-das do que para o mercado de constru-ção civil. Para fornecer para áreas classi-ficadas, todos têm de atender às normas. Com isso, não é todo concorrente que consegue desenvolver os produ-tos, até por questões de co-nhecimento técnico. Isso para nós é uma barreira

contra a concorrência despreparada”, completa o gerente da SPTF, revelando que, atualmente, entre 70% e 80% das vendas da empresa são destinadas ao mercado de áreas classificadas.

Souza também cita que o cresci-mento do mercado de áreas classi-

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10 ficadas tem gerado oportunidades re-levantes aos fabricantes de tubos flexí-veis metálicos que contam com linhas para atmosferas explosivas. No caso da SPTF, as vendas no último ano registra-ram incremento da ordem de 3%. Para este ano, a projeção da empresa é de aumento de 7%. “Até o mês de maio crescemos 4%”, comenta Souza, sina-lizando que a marca de 7% pode até ser superada.

Um aspecto interessante é que o mercado tem crescido internamente, mas algumas empresas também in-vestem nas exportações de eletrodu-

Concorrência no mercado de eletrodutos voltados para áreas classificadas é mais saudável.Fernandes Silva Souza | SPTF

tos flexíveis. A Tigre, por exemplo, faz negócios principalmente com os países vizinhos na América do Sul.

Já a SPTF mantém um plano ousa-do para incrementar as vendas exter-nas que, hoje, respondem por cerca de 5% do faturamento. “Estamos com um projeto de expansão das exportações. Hoje, vendemos para vários países da América do Sul e estamos negociando uma conexão com os Estados Unidos que, se for concretizada, poderá se estender até o México. Em 2009, nos-sas exportações representavam 2% do faturamento. Hoje estamos em 5%. E pretendemos aumentar ainda mais esse índice”, comenta Souza.

Foto: Divulgação

Page 30: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

painel

de pr

odutos

30 | Potência | mercadoEletrodutos Flexíveis

PevedutoO Peveduto EN (European norm) é

um duto corrugado e flexível de po-

lietileno de alta densidade (PEAD) uti-

lizado para cabeamento subterrâneo

em obras de infraestrutura elétrica,

produzido conforme a norma técnica

internacional BS EN 61386-24:2010.

Trata-se de um produto sustentável e

ecológico, por ser fabricado com re-

sinas recicladas de qualidade rigida-

mente controlada. O Peveduto EN é

fornecido nos diâmetros externos de

40, 50, 63, 90, 110, 125, 160 e 200mm.

DaisaO Daiflex DF é um eletroduto flexível

metálico com capa de PVC, ideal para

instalações elétricas que necessitam

de proteção contra líquidos, gases,

vapores, pó e fibras existentes no

ambiente. Seu interior metálico é

formado por uma fita de aço galva-

nizada eletrolítica, laminada a frio. E

o revestimento exterior é produzido

por extrusão sob pressão em PVC

antichama.

WetzelA empresa possui dois modelos de

eletrodutos corrugados flexíveis, fa-

bricados em PVC: o WeFLEX Turbo,

que é amarelo (leve) e deve ser apli-

cado em paredes de tijolos e outros;

e o WeFLEX Turbo reforçado, que é

laranja (médio) e é indicado para la-

jes e pisos. Ambos estão em confor-

midade com a NBR 15.465 e possuem

design patenteado com  ressaltos na

superfície interna, que reduz o atrito

entre o cabo e tubo, dando mais agi-

lidade à instalação.

TramontinaOs eletrodutos corrugados flexíveis fa-

bricados pela Forjasul Eletrik, com a

marca Tramontina, são feitos de PVC;

não propagam chamas; têm resistên-

cia à corrosão; baixo coeficiente de

atrito que facilita a passagem dos ca-

bos elétricos e são fornecidos em bo-

binas de 25 e 50m.

TigreA Linha Tigreflex Reforçado foi de-

senvolvida para efetuar a proteção

mecânica em instalações elétricas de

baixa tensão em lajes de concreto de

construções prediais, comerciais ou

industriais, onde a solicitação de es-

forços mecânicos durante a concre-

tagem de lajes ou pisos é elevada. 

Fácil de instalar, a linha mantém suas

características flexíveis mesmo sendo

reforçada e proporciona facilidade

para enfiação, reduzindo os custos

da mão de obra.

QT EquipamentosO QTflex combina resistência e flexi-

bilidade, sendo indicado para resol-

ver problemas com vibrações e fazer

curvas na instalação de diversos equi-

pamentos, como máquinas, ferramen-

tas, guias e motores. Extraflexível, ele

é ideal para instalações elétricas com

aplicação industrial, comercial e civil

onde se necessita da proteção dos ca-

bos contra líquidos, vapores, tintas e

fibras, entre outros materiais.

Page 31: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

painel

de pr

odutos

mercado | Potência | 31Eletrodutos Flexíveis

KronaOs eletrodutos flexíveis corrugados

da empresa (leve e médio) são in-

dicados para instalações prediais de

baixa tensão, para a acomodação de

condutores elétricos. Formulados em

PVC com propriedade antichama, os

produtos atendem a NBR 15.465/2007

e estão disponíveis nos diâmetros de

20, 25 e 32mm. O amarelo (leve) deve

ser utilizado em instalações embutidas

em paredes ou aparentes em local

protegido, enquanto o laranja  (mé-

dio) deve ser aplicado em instalações

embutidas em elementos estruturais,

principalmente em lajes ou aparente

em local protegido.

SPTFO G-Flex tem como principais ca-

racterísticas a grande flexibilidade e

resistência a impactos e à corrosão,

sendo bastante eficiente na proteção

mecânica de chicotes, condutores

elétricos, cabos e equipamentos de

telefonia. Ele atende à necessidade

de proteção de fios e cabos em am-

bientes internos.

KanaflexO Kanalex é um duto fabricado em

PEAD, na cor preta, corrugado, flexí-

vel, impermeável, destinado à proteção

de cabos subterrâneos de energia ou

telecomunicações. Ele é extremamente

resistente às cargas mecânicas e ataque

de produtos químicos, sendo fornecido

nos diâmetros 30mm (rolos de 50, 100

e 500 metros), 40, 50, 75 e 100mm (ro-

los de 50 e 100 metros), 125 e 150mm

(rolos de 25 e 50 metros) e 200mm

(rolos de 30 metros). O produto está

homologado e normalizado na ABNT,

CPFL, Light, Eletropaulo, Bandeirante,

Metro, Telemar, Telefônica, Brasil Tele-

com, Infraero, Copel e Furnas.

Mexichem BrasilA empresa conta com os eletrodutos

corrugados flexíveis de PVC na marca

Amanco, disponíveis em dois mode-

los, três diâmetros (20, 25 e 32mm) e

três comprimentos (7, 25 e 50m). Sua

função é conduzir e acomodar con-

dutores elétricos e dispositivos em-

butidos. Os produtos são fabricados

conforme a NBR 14654, sendo que o

amarelo é classificado como eletrodu-

to corrugado leve, para ser aplicado

em paredes, e o laranja é classificado

como médio, com maior resistência

à deformação, sendo indicado para

lajes e pisos.

FortlevA linha da empresa conta com ele-

trodutos flexíveis (cor amarela) e ele-

trodutos flexíveis reforçados (laran-

ja) disponíveis nos diâmetros de 20,

25 e 32mm. Os primeiros possuem

resistência diametral de carga até

320N/5cm e são recomendados para

aplicação em paredes. Os reforçados

têm resistência diametral de carga até

720N/5cm e são recomendados para

aplicação em lajes e pisos.

Cemar LegrandOs Eletrodutos Flexíveis Corrugados

da empresa são produzidos em PVC

rígido autoextinguível (fio incandes-

cente a 960ºC), nos diâmetros de 15,

20, 25 e 32mm. Disponíveis nos mo-

delos leve (amarelo) e médio (laran-

ja), os produtos estão em conformida-

de com a NBR 15465. Eles podem ser

aplicados em ambientes industriais,

comerciais e residenciais, embutidos

em paredes de alvenaria, dry-wall e

concreto.

Page 32: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAsCA

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32 | Potência |Prestação de Serviços em Áreas Classificadas

Foto: Dreamstime

Para o setor brasileiro de áreas classificadas, a últi-ma década ficou marcada como um período de avan-

ços importantes. A base normativa do País ganhou corpo nesse segmento, se alinhando ao que há de mais moderno no mundo. De outro lado, o trabalho de classificação, prevenção e proteção apresentou sinais de amadurecimento

Aquecimento no mercado

de áreas classificadas

incrementa negócios de

empresas prestadoras de

serviços, mas falta de mão

de obra qualificada preocupa

empresários do setor.

Reportagem: Marcos Orsolon

e a publicação da revisão da Norma Regulamentadora N° 10 (NR-10), em 2004, fez com que as ações de fiscali-zação também caminhassem no setor.

O resultado dessa movimentação se traduz no crescimento do mercado. E, com ele, o surgimento de oportunida-des para diversas empresas, inclusive na prestação de serviços. Aliás, se con-siderarmos as peculiaridades desse se-

Grandes oportunidades

Page 33: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs

Apoio Institucional:

| Potência | 33Prestação de Serviços em Áreas Classificadas

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tor, verificamos que a área de serviços é bastante forte, superior à da maior parte dos segmentos industriais.

A explicação para isso é que o tra-balho em ambientes com atmosferas explosivas exige conhecimento muito específico e, na maioria das vezes, se torna inviável para as indústrias man-terem equipes próprias para este fim, visto que os investimentos para qualifi-car, capacitar e manter os colaboradores atualizados podem ser altos. Sem contar o tempo necessário para deixar o pro-fissional “pronto” para atuar. Ou seja, faz mais sentido contratar uma empre-sa especializada para fazer o trabalho.

Mas o que podemos considerar como prestação de serviços em áreas classificadas?

A gama de trabalhos oferecidos é variada. No entanto, uma etapa comum em qualquer situação, e que deve ser a primeira, é a do levantamento dos riscos, ou melhor, a classificação das áreas que fazem parte da indústria. Há ainda os trabalhos de montagem, inspeção, ma-nutenção e especificação de materiais.

Uma curiosidade é que nem sem-pre uma empresa oferece todos estes tipos de serviços. Normalmente, ela foca em dois ou três deles. Com isso, é comum companhias unirem forças para atender a um determinado cliente. Por

exemplo, pode ocorrer de uma empre-sa fazer todo o trabalho de classificação de área, ou mesmo uma inspeção para checar possíveis não conformidades, e outra, num segundo momento, fazer o trabalho de adequação, incluindo a ins-talação de produtos e testes.

“Nós, por exemplo, temos um con-tato muito próximo com a Project-Explo, que é uma empresa que faz o trabalho de classificação, inspeção e identifi-cação das não conformidades. Com base nos relatórios gerados por eles é que os clientes nos procuram para que possamos fazer a adequação em função do que foi recomendado nos relatórios. Às vezes, a indicação par-te da própria Project-Explo”, comen-ta Haroldo Kenji Takigami, diretor da Engelc Engenharia, que completa: “So-mos parceiros, pois entramos numa etapa posterior à deles. Eles entram na fase de estudos de classificação, inspeção e geração de laudo técnico. Nós, de posse desse laudo, executa-mos a adequação”.

Outra característica do mercado é que ele pode ser dividido em duas par-tes: a que se refere a instalações novas, que pode ser uma expansão ou nova planta; e a que envolve adequações em instalações existentes, que, hoje, é res-ponsável pela maior parte da demanda.

“Hoje, talvez 99% das consultas que recebemos são para fazer adequação. São instalações que possuem algum preparo para áreas classificadas, mas que ainda possuem irregularidades, ou não conformidades”, destaca Takigami.

A evolução do mercado também tem criado novas demandas para quem presta serviços. E uma delas é a espe-cificação e aquisição de materiais. Isso, muito em função de erros cometidos nos departamentos de compra das in-dústrias, que geralmente não contam com profissionais especializados em produtos para áreas classificadas.

O problema é que, em muitos ca-sos, a prestadora de serviços fazia o trabalho de inspeção, identificava as não conformidades, emitia um relató-rio para que o cliente soubesse o que precisava ser regularizado, mas a in-dústria errava na hora de comprar os equipamentos para a empresa instala-dora efetuar o serviço. Com isso, po-deria haver aumento desnecessário de gastos e, pior, ocorrer a instalação de produtos inadequados, que colocam em risco toda a instalação.

“Até pouco tempo, a maior parte dos clientes especificava e comprava os equipamentos e nós apenas pegá-vamos o material para regularizar as não conformidades que descobrimos, item por item. O problema é que, mui-tas vezes, os compradores não tinham conhecimento sobre os equipamentos Ex e acabavam especificando produ-tos errados. Por isso, passamos a tam-bém fazer para o cliente a especifica-ção dos materiais, oferecendo um ser-viço um pouco mais completo. E isso é bom para os dois lados, já que evita erros de especificação, que parece que é um assunto simples, mas é bastante difícil”, comenta Frank Thomas Raab, diretor da Fratex.

Page 34: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Apoio Institucional:

34 | Potência | Prestação de Serviços em Áreas Classificadas

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ExCADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs

A complexidade da especificação pode ser sentida diante da quantidade de produtos que podem fazer parte de uma instalação. Uma plataforma de pe-tróleo, por exemplo, pode ter entre mil e dez mil equipamentos. Numa indús-tria em terra o número é menor, mas dependendo do setor, como o quími-co ou petroquímico, envolve algumas centenas de soluções.

Falta de mão de obra especializada preocupa

Exigências da NR-10, que têm força de lei, contribuem para a organização e crescimento do mercado.Haroldo Kenji Takigami | Engelc

Se a evolução do mercado de áreas classificadas abre oportunidades para os prestadores de serviços, ela também expõe alguns problemas que dificultam a atuação dessas empresas. E, talvez, o principal entrave hoje seja a carência de mão de obra qualificada, que pode até limitar o ritmo de crescimento das companhias. Como afirmam os espe-cialistas, faltam profissionais em prati-camente todas as áreas ligadas a este mercado. Por isso, quando uma empre-sa precisa contratar com urgência, di-ficilmente consegue, mesmo tentando “tirar” colaboradores dos concorrentes. “Recentemente, tivemos um problema em que precisávamos de algumas pes-soas e não conseguimos encontrar no mercado”, revela Frank Raab, da Fratex.

Mas o que fazer em situações como esta? Para minimizar o problema, as próprias companhias procuram formar seus profissionais, utilizando funcioná-rios experientes para treinar os novatos e oferecendo cursos específicos.

“Hoje, temos uma turma que está conosco há cinco anos. É o núcleo principal da empresa. E precisamos sempre de pessoas novas, seja para re-por ou para ampliar o quadro. Os no-vatos são selecionados com base em alguns critérios. Eles devem ser forma-dos em escola técnica, ter cursos para

embarcar (no caso de plataformas), in-glês básico e NR-10 básica. Mas a par-te de atmosferas explosivas a minoria tem. Então, quando contratamos uma pessoa, ela acaba aprendendo junto com o pessoal mais experiente. Claro que demora um pouco para tocar um projeto sozinho. Mas ele anda junto com um coordenador com mais baga-gem e, aos poucos, vai sendo inserido no grupo”, explica Frank Raab.

O diretor da Fratex também revela que a falta de profissionais tem dado

espaço para a entrada no País de traba-lhadores de outras regiões, sendo que muitos deles também carecem de quali-ficação para atuar. “Hoje, há um impasse no mercado: existe uma grande deman-da, mas não temos o número necessário de pessoas qualificadas para trabalhar. E como as plantas precisam ser regulari-zadas, já temos visto, por exemplo, fili-pinos trabalhando de chinelos num na-vio de refino de petróleo. São pessoas sem o preparo adequado para consertar e regularizar as instalações”, lamenta.

A preocupação em qualificar e capa-citar os profissionais não é capricho das empresas. Quem atua no setor de áreas classificadas sabe bem os riscos envolvi-dos e, mais que isso, sabe que um pro-fissional bem preparado é fundamental para que um trabalho seja bem-feito.

“De que adianta comprar equipa-mentos caros, se você não tiver mão de obra para instalar corretamente? É um investimento desperdiçado. Por isso digo que tão importante quanto com-prar o material correto, é ter o profis-sional especializado para fazer a sua instalação”, afirma Raab.

“Para que um trabalho seja bem-feito o risco tem de ser bem definido (classi-ficação da área). Depois, deve-se espe-cificar o material de acordo com o gru-po, com a classe de temperatura e com

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36 | Potência |Prestação de Serviços em Áreas Classificadas

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o zoneamento. E o material tem de ser bem comprado, bem instalado e man-tido ao longo do tempo. Depois, em

caso de necessidade, tem de ser bem reparado. E em toda essa cadeia existe a necessidade de capacitar e qualificar as

pessoas”, completa Nelson López, presi-dente da Associação Brasileira para Pre-venção de Explosões (ABPEx).

É preciso escolher bem o prestador de serviçosSe a carência de mão de obra di-

ficulta a atuação das empresas nesse setor, a atuação de companhias com “qualificação duvidosa” também é um problema sério, principalmente para quem contrata seus serviços. Por isso, especialistas orientam os clientes a pes-quisarem bastante o mercado antes de optar por um ou outro prestador de serviços. E, principalmente, que não se deixem levar apenas pelo preço.

Uma dica importante é que o clien-te exija algumas referências, como lis-ta de obras feitas anteriormente pelo prestador de serviços, para quais em-presas ele já trabalhou e documentação que comprove a capacitação e qualifi-cação dos seus funcionários.

“O cliente precisa entender que o preço é um item importante. Só que mais importante que o preço é quem ele está colocando dentro da empresa para trabalhar”, adverte Frank Raab, la-mentando que, hoje, há alguns aven-

tureiros oferecendo serviços a baixo custo em áreas classificadas, mas sem a devida qualificação.

Um agravante nesse contexto é o próprio comportamento de parte dos clientes, que ainda não valoriza a se-gurança de suas instalações. “Tudo começa pela própria cultura da em-presa. Companhias grandes pedem os devidos certificados das pessoas. Mas há casos, e vemos isso todo dia, de in-dústrias que não pedem a certificação, abrindo espaço para os prestadores de serviços que ainda não são suficiente-mente especializados”, adverte Raab.

Isso explica, inclusive, porque há tantas instalações com problemas no mercado, em praticamente todos os seg-mentos industriais. “De todos os clientes que visitamos até hoje, nunca encontra-mos um que estivesse com as instalações regularizadas. Então, há muito problema nessa área”, observa Haroldo Takigami.

E, a julgar o que vemos no mercado, levará algum tempo até que a situação evolua em grande escala. “Acredito que, hoje, as coisas funcionem mais por ne-cessidade, por pressão das normas, do que pelo fato da pessoa estar convenci-da de que o investimento em seguran-ça é importante. Às vezes, o que encon-tramos em campo é assustador”, relata Frank Raab.

A boa notícia é que algumas nor-mas, como a NR-10, têm levado algu-

mas indústrias a adotarem uma postura diferente. É verdade que ainda motiva-das pelo medo de autuações e penali-zações. Mas o fato é que, com a legis-lação e a fiscalização mais contunden-tes, elas se veem forçadas a se preocu-par mais em adequar suas instalações.

“Notamos que o mercado tem cres-cido e tem havido aumento na procura. E isso tem muito a ver com a NR-10, que tem força de lei e faz menção à questão das áreas classificadas. Ela es-pecifica e determina que é necessário que áreas com risco de explosão te-nham o estudo de classificação e que sejam feitas as devidas adequações”, destaca Haroldo Takigami.

Existe uma grande demanda no mercado, mas não há pessoas qualificadas em número necessário.Frank Thomas Raab | Fratex

Page 37: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Apoio Institucional:

| Potência | 37Prestação de Serviços em Áreas Classificadas

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Apoiador:

Page 38: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

38 | Potência | Praticando ideiasTecnologia

Em todo o mundo, é crescen-te a expectativa em torno do efetivo funcionamento das chamadas redes inteligentes

de energia (Smart Grids), um conjunto de tecnologias que promete revolucio-nar a gestão da distribuição elétrica e a relação entre as concessionárias e os consumidores. Estados Unidos, Itália, Espanha e Portugal são alguns exem-plos de países que vêm desenvolvendo ações concretas nesse sentido. O Brasil já se enquadra nesse seleto grupo, gra-ças a projetos como o InovCity, manti-do pelo Grupo EDP Energias do Brasil.

Aparecida, no Estado de São Paulo, foi a primeira cidade a receber a inicia-tiva, que chega agora a mais dois mu-nicípios: Domingos Martins e Marechal Floriano, no Espírito Santo.

Em São Paulo, o InovCity está sen-do implantado pela EDP Bandeirante - distribuidora de energia que atende 28 municípios do Alto Tietê, Vale do Para-íba e Litoral Norte -, em parceria com a

EDP contabiliza primeiros resultados do InovCity, projeto-piloto de Smart

Grid, e anuncia novos investimentos. Agora, três cidades brasileiras serão

beneficiadas pela implantação das redes inteligentes de energia. Reportagem: Paulo Martins

Secretaria Estadual da Energia e Prefei-tura de Aparecida.

Lançado em 2011, o projeto consu-mirá investimentos de R$ 10 milhões e inclui ações em seis áreas: iluminação pública eficiente, mobilidade elétrica, eficiência energética, medição inteligen-te, geração distribuída e sensibilização da comunidade. Os testes permitirão ca-pacitar pessoas, avaliar o impacto dos processos existentes e testar a perfor-mance da tecnologia instalada.

A implantação da medição inteli-gente configura um dos trabalhos mais complexos do projeto. Até o momen-to, 12.700 medidores eletromecânicos foram substituídos por eletrônicos. Ao todo, serão trocados 13.500 aparelhos de clientes da baixa tensão - residências e pequenos comércios. Já homologa-dos pelo Inmetro, os novos medidores foram desenvolvidos em conjunto pela EDP e Ecil Energia.

O projeto de geração distribuída en-contra-se em fase de desenvolvimento

pela EDP, juntamente com a Universi-dade de São Paulo. A iniciativa prevê a instalação de painéis solares fotovol-taicos para geração de energia e pos-terior avaliação do impacto na rede de distribuição.

O programa de mobilidade visa in-centivar o uso de veículos elétricos, no intuito de contribuir para a redução da emissão de poluentes no ar - o que acontece quando se utiliza combustíveis fósseis. As ações da EDP até o momento consistem na doação de cinco scooters e duas bicicletas elétricas para a Arquidio-cese de Aparecida e Santuário Nacional e 12 scooters elétricas para a Prefeitura. Além disso, foram instalados cinco pos-tos de recarregamento na cidade.

Os veículos estão em utilização há alguns meses. Além de medições do consumo, estão sendo colhidas infor-mações junto aos usuários. Segundo o gestor executivo de Inovação da EDP, João Brito Martins, as primeiras impres-sões são positivas. “Os veículos têm au-

O avanço das redes inteligentes

Evolução Medição eletrônica do consumo de energia é uma das etapas das chamadas redes inteligentes.

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Page 39: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

tonomia suficiente para os deslocamen-tos necessários durante o dia e passam pelo recarregamento à noite. Já foi pos-sível reduzir a conta de combustível da Prefeitura”, conta o porta-voz.

Já a intervenção na iluminação pú-blica visa melhorar a qualidade do ser-viço e reduzir o consumo de eletricida-de. A meta é substituir 206 luminárias comuns por outras de LED, tecnologia que proporciona economia entre 40% e 50%. Metade do serviço está concluída.

Dentro dos trabalhos de eficiência energética, foram distribuídas mais de 61 mil lâmpadas fluorescentes compac-tas - que são mais eficientes e econômi-cas que as tradicionais incandescentes

- e doadas 460 geladeiras e 560 chuvei-ros inteligentes para famílias de baixa renda. Também foram distribuídas mais de 10 mil cartilhas informativas para a população.

Paralelamente à adoção de novas tecnologias, a implantação das redes inteligentes em Aparecida visa também despertar a cultura do consumo cons-ciente de energia. Desta forma, foram capacitados 230 professores, realizadas

palestras para mais de 3.500 pessoas do município e criado um programa de rá-dio para explicar o projeto e falar sobre eficiência energética.

Esse trabalho também surtiu efeitos positivos. “O nível de reclamações que nós temos na cidade diminuiu, e agora está muito abaixo da média global da EDP. Isso quer dizer que a comunica-ção estabelecida realmente funcionou bem”, avalia Martins.

Mobilidade Urbana EDP doou veículos elétricos e instalou postos de recarregamento na

cidade de Aparecida.

Empresa decide levar o projeto a outras cidadesOs trabalhos e as avaliações de tudo

que está sendo feito em Aparecida con-tinuam, e, paralelamente, o Grupo EDP prepara-se agora para implantar o pro-jeto InovCity em Domingos Martins e Marechal Floriano (ES).

A iniciativa começa no segundo se-mestre e exigirá investimentos de R$ 5 milhões. O trabalho ficará a cargo da EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do Grupo EDP que atua em 70 cidades do Espírito Santo, e terá como parceiros o governo do Estado, a Agên-cia de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe) e as prefeituras.

Ao todo, serão incluídos diretamen-te no projeto cinco mil consumidores. O trabalho será praticamente o mesmo já desenvolvido em Aparecida. Aliás, a experiência de São Paulo será de gran-de ajuda para embasar as ações no Es-pírito Santo.

Mas haverá algumas variações, com a utilização de novas tecnologias com o objetivo de ganhar conhecimento e

reforçar a interoperabilidade dos siste-mas. “Vamos aproveitar para testar ou-tras opções de telecomunicações, por

exemplo”, adianta Martins. Conforme destaca a EDP, a implan-

tação das redes inteligentes de energia promoverá benefícios concretos para as empresas distribuidoras de energia e também para os clientes. A utiliza-ção de medidores eletrônicos permitirá a adesão a novas formas de tarifação, como, por exemplo, o pré-pagamento. O consumidor poderá ainda ter maior controle sobre seu consumo, pois terá uma fatura com maior nível de precisão e, no futuro, poderá acessar seu per-fil de consumo inclusive pela internet.

Para a EDP, as redes inteligentes

permitirão detectar mais rapidamente eventuais interrupções no fornecimento de energia e atuar de forma mais ágil, até mesmo sem a necessidade de enviar equipes ao local, melhorando a quali-dade e rapidez de resposta da empresa. Leitura remota do consumo e execução de cortes e religamentos à distância se-rão outras possibilidades.

Para as concessionárias, proje tos-pilotos são fundamentais para difundir o conceito e para que a tecnologia se massifique no médio prazo. “Projetos como o InovCity são muito importantes para percebermos o que vai mudar em termos de processos internos, sistemas, relacionamento com o cliente e novas opções tarifárias”, comenta Martins.

É difícil prever a dimensão que o Smart Grid terá no Brasil, mas o execu-tivo destaca que as redes inteligentes serão fundamentais para melhorar a qualidade do serviço prestado ao cliente e fomentar a eficiência energética. “Em algum momento do tempo essa decisão vai ter que se tomada. O que estamos fazendo com o projeto InovCity é ante-cipar e ganhar conhecimento e experi-ência, porque essa realidade um dia vai chegar”, acredita.

EDP está se antecipando para ganhar conhecimento e experiência.

João Brito Martins | Gestor executivo de Inovação

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Page 40: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Francisco Simon | Diretor Colegiado Abreme | [email protected]

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

40 | espaço abreme

A importância do retrofit nas instalações elétricas

O número de instalações elétricas irre-

gulares continua crescendo alarman-

temente no Brasil e com ela o número

de acidentes com vítimas fatais causados por

choque elétrico e/ou incêndios.

São três os fatores apontados como prin-

cipais causas deste cenário: a falta de cons-

cientização da sociedade; instalação elétrica

defasada e não dimensionada para atender as

atuais necessidades de consumo; uso de ma-

terial de instalação sem certificação de quali-

dade, também conhecidos popularmente como

pirateados e/ou contrafeitos.

Instalações elétricas precárias ou fora dos

padrões da concessionária de energia ou das

normas brasileiras - as famosas “gambiar-

ras” ou “gatos”- devem ser eliminadas das

instalações elétricas porque comprometem

toda a rede de energia e, consequentemente,

o rendimento dos equipamentos nela ligados.

Geralmente, esse tipo de serviço é composto

por cabos descascados, fios mal isolados e

emendas mal feitas, gerando fugas de corrente

e aumentando o risco de choques e curto cir-

cuito, colocando em risco a vida de pessoas,

daí a importância de se promover o ”retrofit”

ou vistoria nas instalações elétricas das resi-

dências, comércio e indústria.

Toda e qualquer instalação elétrica con-

forme a norma NR-10 deve sempre ser exe-

cutada e fiscalizada por um profissional ca-

pacitado e habilitado na área, a fim de fazer

cumprir as normas vigentes, portanto, contra-

tar esse profissional é o primeiro passo para

iniciar a inspeção de uma instalação elétrica.

O segundo passo é reportar-se à do-

cumentação técnica (desenhos, memoriais

descritivos, memoriais de cálculo e especifi-

cações técnicas), cujo valor vai além da ins-

peção. Com ela, tem-se uma visão de todo o

sistema elétrico, sabendo seus limites e pos-

sibilidades. É de grande valia também para os

técnicos que dão suporte e manutenção nas

instalações, garantindo informação valiosa

para pessoas que não participaram do pro-

cesso de construção.

O projeto de uma instalação elétrica deve ser

executado de acordo com as normas brasileiras

respectivas a cada disciplina, nas revisões em

vigor (Ex: NBR - 5410/2004 para instalações de

baixa tensão, NBR 14039/2005 para instalações

de alta tensão, NBR 10898/1999 para sistemas

de iluminação de emergência, etc.).

Outro fator importante é com relação à

qualidade do material empregado nas ins-

talações. Eles devem possuir certificados de

qualidade do Inmetro que indicam que os pro-

dutos foram testados e aprovados segundo as

suas normas vigentes.

A última etapa é o ensaio das instala-

ções, também recomendado em norma, com

o objetivo de verificar na prática se as mes-

mas estão adequadas e atendendo a todos os

requisitos exigidos.

Finalizando, dada a importância do tema

abordado neste editorial, quero chamar a

atenção do leitor para o ótimo trabalho que

algumas entidades representativas de classe

vêm realizando com o objetivo de informar e

conscientizar a sociedade sobre a importân-

cia de realizar instalações elétricas seguras.

O Procobre, em parceria com outras enti-

dades, criou o “Programa Casa Segura” para

orientar o usuário e os profissionais sobre a

necessidade de melhorar a qualidade das ins-

talações elétricas, contribuindo para diminuir

os riscos de acidentes, valorizar os imóveis e

promover a economia energética.

A Certiel Brasil (Associação Brasileira de

Certificação de Instalações Elétricas) oferece o

serviço de certificação técnica de instalações

elétricas de acordo com a norma ABNT 5410

e outras de áreas específicas.

A Abreme (Associação Brasileira dos Re-

vendedores e Distribuidores de Materiais Elé-

tricos) integra o Grupo de Trabalho Produtos

Contrafeitos e Ilegalidades em parceria com

a Abinee (Associação Brasileira da Indústria

Elétrica e Eletrônica), ABIMAQ (Associação

Brasileira da Indústria de Máquinas e Equi-

pamentos), contando também com a partici-

pação de fabricantes de peso.

A partir da estruturação desse grupo, foi

criada a campanha “Produto Seguro” com o

objetivo de informar e conscientizar a socie-

dade sobre a importância de utilizar produ-

tos certificados, desenvolvidos por empresas

idôneas que investem em pesquisa e desen-

volvimento.

Page 41: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013
Page 42: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

P E R F I L D O A S S O C I A D O A B R E M E

42 | espaço abreme

Há mais de 30 anos, o Grupo Lumicenter Lighting desenvolve, fabrica e comercia-liza produtos de iluminação com tecnolo-

gia, design, confiabilidade e agilidade.Em crescente desenvolvimento, o gru-

po busca a constante melhoria dos processos produtivos e do parque industrial, bem como o aprimoramento dos produtos e da qualidade das matérias-primas. Além do design diferenciado, prioriza a otimização dos custos e a redução no consumo de energia, fornecendo soluções ino-vadoras e produtos com alta eficiência para todos os tipos de ambientes e projetos.

Para manter a qualidade e eficiência de todas as suas linhas, o grupo investe em tec-nologia, softwares e um moderno laboratório próprio capazes de assegurar a confiabilidade de seus produtos.

Além do desenvolvimento em tecnologia, a Lumicenter Lighting investe em expansão e está presente também no mercado internacional através de parcerias para a importação e exportação com empresas europeias, americanas e países asiáticos.

Distribuídos em duas principais linhas, comercial e decorativa, o grupo fornece escopo completo de produtos e oferece soluções sob medida para ambientes como escritórios, in-dústria, lojas, residências, bares e restaurantes, através dos canais de venda Lumicenter Enge-nharia e Abalux, este último dedicado exclusi-vamente a revendedores.

O Grupo Lumicenter Lighting também pos-sui agilidade na distribuição, excelente prestação de serviço e atendimento ao cliente o que con-tribui ainda mais para o aumento da sua noto-riedade e destaque no segmento de iluminação.

AbaluxCriada em 1999, a partir da necessidade de

atendimento especial e exclusivo ao lojista, a Abalux é um dos principais canais de vendas do Grupo Lumicenter Lighting. Em poucos anos, a Abalux se destacou no mercado por oferecer um serviço ágil e de qualidade e atender todo o Brasil com uma ampla linha de produtos a pronta entrega e sem pedido mínimo.

Após atingir a excelência em seus serviços junto a lojistas dos setores elétrico, de ilumina-ção e de materiais de construção, a empresa am-pliou o escopo de atendimento incluindo lojas de decoração e home centers. A Abalux conta com representantes distribuídos em todas as regiões e com o serviço de televendas, que permitem um atendimento eficaz e imediato.

GRuPO LuMICENTER LIGhTING

Tecnologia, design e confiabilidade

Page 43: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

P E R F I L D O A S S O C I A D O A B R E M E

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

Produtos premiados no IF Design Awards 2013, realizado na Alemanha.

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Diferenciais da empresaCanais de venda exclusivosO Grupo Lumicenter Lighting trabalha com

canais de venda diferenciados para prestar um bom atendimento aos diferentes perfis de clien-tes. O canal de venda Lumicenter Engenharia atende à demanda de arquitetos e especificado-res, construtoras e obras de grande porte com produtos de linha e soluções customizadas, en-quanto o canal de venda Abalux é responsável por distribuir os produtos para revendedores, como lojas de iluminação, de materiais elétri-cos e home centers.

Através desses canais, a empresa oferece soluções customizadas e escopo completo de produtos, como luminárias a LED, comerciais, industriais, herméticas, decorativas, drivers e reatores, capazes de atender a diferentes proje-tos e necessidades.

Pesquisa, desenvolvimento e design

Com equipe de Pesquisa e Desenvolvimen-

to própria, a Lumicenter conta com designers, especialistas, projetistas e engenheiros para desenvolver produtos com design exclusivo, unindo o melhor da tecnologia, das formas, co-res e acabamentos. Além de funcionais, as pe-ças embelezam os ambientes e permitem uma iluminação eficiente e harmoniosa.

ConfiabilidadeBuscando a contínua melhoria e a diferen-

ciação no mercado, o Grupo Lumicenter Lighting investe em qualificação humana e tecnológica. A empresa possui um moderno laboratório lumi-notécnico com esfera integradora e goniofotô-metro, softwares diferenciados e equipamentos de tecnologia de ponta capazes de assegurar a confiabilidade dos seus produtos.

CertificaçãoA empresa conta com o Selo Procel para

reatores eletrônicos multitensão de alto fator de potência para lâmpadas tubulares T5 e T8.

Parceria Lumicenter e DIALuxCom a parceria Lumicenter e DIALux, o Gru-

po Lumicenter Lighting oferece aos clientes e a todos os profissionais de iluminação o acesso ao software luminotécnico profissional gratuito que mais cresce no mundo.

Através de um plug-in próprio, a empresa disponibiliza para usuários do DIALux um am-plo escopo de produtos para diversas aplicações, facilitando o desenvolvimento e visualização de projetos de iluminação.

utilizado por mais de 17.000 usuários no Brasil, o DIALux é uma poderosa ferramenta para simulação de projetos de iluminação. O Brasil já conta com diversos treinadores oficiais do software, que oferecem o suporte necessário para o uso do mesmo.

PremiaçõesAs luminárias em porcelana pendente PD67 e

arandela AR86, desenvolvidas através de uma par-ceria entre a equipe de Design do Grupo Lumicen-ter e os designers Aleverson Ecker e Luiz Pellanda, conquistaram o prêmio IF Design Awards 2013.

Realizado na Alemanha e considerado o Oscar do design, o iF Design Awards é hoje a mais importante premiação de Design no mun-do. Recebe anualmente milhares de inscrições de empresas e designers do mundo inteiro, que são submetidos a uma avaliação rigorosa por um júri composto por mais de 40 profis-sionais da área.

Museu da Casa BrasileiraO Prêmio Design Museu da Casa Brasileira

é hoje a mais importante premiação de design no cenário nacional, premiando e reconhecen-do produtos em diversas categorias de produtos, inclusive iluminação.

2011 – Menção honrosa para a luminária pendente LED em madeira curvada, PD60.

2012 – Menção honrosa para a linha de lu-minárias downlights LED LIGhTS.

Rua Oscar Bressane, 291 - Jd. da Saúde04151-040 - São Paulo - SP

Telefone: (11) 5077-4140Fax: (11) 5077-1817

e-mail: [email protected]: www.abreme.com.br

Membros do ColegiadoRoberto Said Payaro Nortel Eletricidade Suprimentos Industriais S/AFrancisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda.José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda.José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda.Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda.Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda.Marcos Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.

Conselho do ColegiadoNemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda.Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industrial Ltda.Daniel Tatini Grupo Sonepar

Secretária ExecutivaNellifer Obradovic

Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos

FuNDADA EM 07/06/1988

Page 44: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

44 | Potência | RadaRInvestimento

Foto: Divulgação/Vladmir Araujo

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Nova fábrica possibilitará um aumento significativo na produção de

transformadores de grande porte.Robson Tadeu Lages Alves | Vice-presidente

Atenta à demandaToshiba inaugura unidade fabril para ampliar capacidade de produção de transformadores

de potência. Intenção é atender tanto o mercado interno, quanto o externo.

Reportagem: Marcos Orsolon

No último dia 16 de maio, a Toshiba Infraestrutura América do Sul (TIC-SA) deu mais um importante

passo para incrementar seus negócios no Brasil, ao inaugurar uma nova fá-brica de transformadores de potência na cidade de Betim, localizada na Re-gião Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

O investimento total na unidade, que foi construída em uma área de 146 mil metros quadrados, foi de aproxima-damente R$ 150 milhões. Ela terá capa-cidade inicial para projetar, produzir e testar transformadores de potência até a classe de tensão de 550kV, podendo ser capacitada até 800kV. De acordo com a empresa, a capacidade produti-va anual estimada é de cem unidades.

A opção por Betim para a implan-tação da nova fábrica deve-se, segundo a direção da companhia, à localização privilegiada da cidade, com fácil acesso à BR-262, proximidade à fábrica que a Toshiba mantém em Contagem (MG), infraestrutura industrial e disponibili-dade de mão de obra qualificada – no momento, cerca de 200 profissionais da região já estão contratados para a nova unidade.

Um ponto a ser destacado é que a nova unidade não exclui ou reduz a produção da fábrica de Contagem. Ao contrário, a intenção da empresa, desde

Page 45: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

RadaR | Potência | 45Investimento

Toshiba Infraestrutura América do SulCom sede em São Paulo (SP) e fábricas em Contagem (MG), Curitiba (PR) e Betim (MG), a TIC-SA

é uma subsidiária da multinacional Toshiba Corporation e atua nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia, transportes, indústria e soluções em Smart Grid. A unidade de Contagem fabrica e comercializa transformadores de potência e reguladores de tensão, enquanto em Curitiba são produ-zidos e comercializados disjuntores, chaves seccionadoras, painéis de média tensão, compensadores estáticos (SVC), subestações isoladas (GIS), além de projetos de infraestrutura de transporte e soluções de subestações convencionais em regime Full Turn Key.

o início do projeto, sempre foi ampliar a sua capacidade produtiva no Brasil. “Iremos otimizar a linha de produção desta fábrica, expandindo assim nos-sa gama de produtos”, afirma Robson Tadeu Lages Alves, vice-presidente da Toshiba Infraestrutura América do Sul, acrescentando que a nova planta pos-sibilitará à Toshiba um aumento signifi-cativo na produção de transformadores de grande porte, que irá se somar à atu-al capacidade da fábrica de Contagem.

Segundo Alves, o principal fator que motivou a companhia a investir em uma nova fábrica de transformadores no País foi a implantação da unidade

de negócios FTK (Full Turn Key), “que aumentou significativamente a deman-da por transformadores de potência”.

Além disso, a Toshiba está atenta ao aumento da demanda do sistema elé-trico brasileiro e internacional. “Neste momento, o mercado doméstico é o de maior demanda, principalmente no que se refere aos leilões de concessões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, afirma Alves, reforçando que parte da produção do novo parque fabril será destinada a pa-íses da África e das Américas.

O executivo destaca ainda que, gra-ças à expansão, a TIC-SA está capaci-tada para acompanhar o crescimento econômico do Brasil e dos países que estão ampliando e modernizando seus

sistemas de infraestrutura nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

Além disso, ele entende que as principais demandas que poderão ser atendidas pela TIC-SA são relativas aos projetos de reforço da geração e trans-missão de energia nas regiões Norte e Nordeste do País, sem contar a possí-vel implantação de novas usinas nucle-ares e projetos voltados para a infraes-trutura de transporte e exploração de petróleo e gás.

Com base nas oportunidades ofe-recidas pelo mercado a expectativa da Toshiba é que a nova planta permita um crescimento da ordem de 50% nas vendas de transformadores de potên-cia já em 2013.

Foto: Dreamstime

Page 46: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

46 | Potência | vitrineProdutos e soluções

Linha ampliadaA Schneider Electric lançou o Modicon Quantum Ether-

net I/O, uma expansão da linha Modicon Quantum de CLP

(Controladores Lógicos Programáveis) de grande porte com

foco em processos contínuos (como indústrias de alimentos

e bebidas, saneamento, mineração, químicas, de óleo e gás,

siderurgia, metalurgia e energia). O novo Quantum conta com

novos módulos de comunicação em rede Ethernet e se conec-

ta com estações remotas em locais onde há necessidade de

descentralização de I/O’s. Entre outras vantagens, ele oferece

alta disponibilidade e facilidade de configuração, se adaptan-

do facilmente às soluções já existentes.

Luz de emergênciaA MarGirius ampliou as opções da Linha Clean de interruptores e tomadas re-

sidenciais com o lançamento da Luz de Emergência. Indicada para halls, escadas,

corredores e ambientes onde a iluminação é importante para garantir a segurança

em caso de queda de energia, a peça é compacta e discreta, ocupando o espaço

de dois módulos, com autonomia de duas horas. Ela é equipada com cinco LEDs

brancos de alto brilho, com vida útil estimada em 50.000 horas. A alimentação

é bivolt automática e a instalação é feita através de bornes com parafusos, com

montagem embutida em caixas de 4x2” ou 4x4”.

iluminação para LetreirosA Avant estreia no segmento de comunicação visual com o lançamento

dos módulos LED Letreiro. Formado por 20 módulos interligados, o conjunto

permite flexibilidade na modulagem de formas sinuosas, o que torna o produto

ideal para iluminação de luminosos, letreiros, painéis, fachadas, totens, back e

frontlights. Ele é composto por LEDs de alto desempenho, no formato 5050,

emitindo luz de alto brilho, uniforme e constante, com alta definição de cores

e sem irradiação direta de calor. Está disponível nas cores branca (6.500K),

amarela (3.000K), âmbar, azul, vermelha e verde, com IP 65.

Page 47: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

vitrine | Potência | 47Produtos e soluções

novo segmentoA Rayovac®, que é conhecida no mercado como fabri-

cante de pilhas e baterias, amplia sua linha de produtos

com o lançamento de uma Linha de Lâmpadas Fluores-

centes Compactas, que economizam até 80% de energia

elétrica em relação às incandescentes e duram cerca de

6.000 horas. São cinco modelos: Lâmpadas Espirais de

15 e 20W e Lâmpadas Flat 3U de 15, 20 e 25W. A tem-

peratura de cor é de 6.500k e as lâmpadas estão dispo-

níveis em 127 e 220V.

paineL industrialA Cemar Legrand ampliou sua oferta para os setores terciário e industrial com o

lançamento do painel metálico modular Altis. Um dos destaques do painel é a coluna

de entrada e saída dos cabos, que provê proteção adequada aos circuitos e bom aca-

bamento. Ele possui sistema de distribuição de energia, coluna totalmente perfurada e

placas de montagem laranja e galvanizadas para melhor distinção com pré-marcações

de 50mm para alinhamento dos componentes e travessas multifuncionais. Apresenta

também gestão térmica para aquecimento e refrigeração dos equipamentos.

inversor de aLta potênciaA Rockwell Automation ampliou a capacidade nominal dos inversores Allen-Bra-

dley PowerFlex 755 AC até 1.500kW/2.000CV, completando a faixa de potência do

portfólio da série PowerFlex 750. O inversor de alta potência permite flexibilidade das

aplicações e uma nova opção para controle avançado de potência a indústrias pesa-

das. Sua aplicação vai desde o simples controle de velocidade e de torque variável, até

os mais complexos sistemas que requerem controle de torque constante. Aplicações

típicas incluem ventiladores, bombas, misturadores, compressores, transportadores e

máquinas de extrusão, bem como aplicações no setor de petróleo e gás, pneus e bor-

racha, refino, metalurgia e mineração.

Page 48: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

48 | Potência | GTDGeração, Transmissão e Distribuição

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Atenção à América Latina

O executivo André Marcondes Gohn assumiu a di-reção da Solvay Energy Services na América Latina, em substituição a Didier Debonneuil, que ocupava interina-mente o posto.

Formado em engenharia química, com MBA e com especialização em negócios internacionais, André Gohn tem larga experiência no setor de energia. Desenvolveu sua carreira profissional em empresas como Alcan, Alcoa, Comgás, AES, Air Liquide e Braskem, onde esteve nos úl-timos três anos, liderando a área de energia.

Atualmente é conselheiro da Associação dos Grandes Consumidores de Energia, vice-presidente do Comitê de Energia da Câmara Americana e diretor do Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias de São Paulo.

O executivo assume o posto com a missão de fortale-cer a participação no mercado latino-americano da Energy Services, uma unidade global de negócios (GBU, na sigla em inglês) do grupo Solvay, que atua como fornecedora de soluções de gestão de energia e em redução de emissões de CO

2. A Solvay Energy Services reúne as equipes da Sol-

vay, Rhodia e Orbeo especializadas nessas áreas, contando com uma equipe mundial de mais de 250 profissionais.

Além de cuidar da gestão de energia e das emissões de CO

2 do próprio grupo (a conta anual de energia da

Solvay gira em torno de 1,2 bilhão de euros) a GBU tam-bém atua como geradora e comercializadora no mercado livre de energia, além de prestar serviços tais como ges-tão de eficiência energética a diversas outras empresas. No Brasil, a Solvay mantém a marca Rhodia, empresa in-corporada em 2011.

Nova subestaçãoA EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do

Grupo EDP, inaugurou no dia 14 de maio a Subestação de Energia Elétrica Serra Sede (SE Serra Sede). Construída com modernos sistemas tecnológicos, o empreendimento teve investimento de R$ 6,8 milhões e ampliou a capaci-dade instalada do sistema elétrico na Grande Vitória, be-neficiando mais de 105 mil habitantes.

A nova subestação é dotada de um setor de 13,8kV composto de quatro alimentadores de distribuição, o que permite atender ao robusto crescimento econômico da re-gião com maior flexibilidade operacional, assegurando o fornecimento de energia elétrica aos consumidores, dentro de elevadas condições técnicas e de segurança.

A localização do empreendimento foi escolhida estrate-gicamente, em virtude do crescimento da região, principal-mente do município de Serra, que tem sua economia vol-tada para as atividades industriais, de comércio e serviços.

Construída seguindo rigorosamente as determinações da legislação ambiental, a SE Serra Sede é equipada com os mais modernos e avançados sistemas de tecnologia. Todas as funções da unidade são telecomandadas remotamente a partir do Centro de Operação do Sistema (COS), localiza-do em Carapina, na Serra. A EDP Escelsa tem como uma de suas diretrizes a busca permanente da excelência opera-cional, com investimentos contínuos em tecnologia e ino-vação, em desenvolvimento e aprimoramento dos serviços.

A Bioenergy contratou a Elecnor para a construção de linha de transmis-são de 240 quilômetros no Maranhão. Previsto inicialmente com 230kV, o empreendimento terá 500kV, com po-tência de 1GW.

A linha de transmissão deverá ser capaz de escoar a energia dos 13 par-ques eólicos já contratados da Bioe-

Linha de transmissãonergy no Maranhão, bem como os 16 projetos cadastrados - de 28,9MW cada - no último Leilão de Reserva da Em-presa de Pesquisa Energética (EPE),

realizado no dia 27 de maio. Os empreendimentos já contam

também com aerogeradores assegura-dos, por meio de contrato com a GE Energy, de R$ 1,8 bilhão. O acordo prevê a entrega de 207 turbinas para os parques eólicos da geradora no Ma-ranhão e 170 de reserva para os em-preendimentos dos próximos leilões.

Page 49: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

GTD | Potência | 49Geração, Transmissão e Distribuição

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Incineração de resíduosRepresentantes do governo federal e do setor privado se reuniram no dia

16 de maio, em São Paulo (SP), para debater a viabilidade técnica e econô-mica da implantação, no Brasil, de uma usina de geração de energia elétrica a partir da incineração de resíduos sólidos urbanos – tecnologia conhecida como mass burning.

As discussões foram baseadas em dados iniciais de um estudo contratado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que mostra como esse tipo de tecnologia é usado em outros países, o possível modelo de ne-gócio nacional e o arcabouço legal necessário.

Um dos pontos cruciais do debate é o custo de instalação e manutenção do empreendimento. “Uma usina como essa tem capacidade para, através da incineração, converter os resíduos em vapor, por onde é gerada a energia elétrica. Além disso, ela opera com filtros destinados ao tratamento dos gases efluentes da combustão, antes que eles sejam dispersos na atmosfera. Segun-do o estudo, realizado pela Proema Engenharia e Serviços, toda a estrutura envolve um investimento estimado em 140 milhões de euros, além do custo de manutenção, que pode ficar em 29 milhões por ano”, conta Junia Motta, coordenadora da Área de Química da ABDI. Por outro lado, frente aos altos custos desse tipo de recuperação energética estão os impactos ambientais dos aterros sanitários, principal forma de tratamento utilizada no Brasil e que en-volve alto risco de contaminação do solo no longo prazo.

“O grande destaque do projeto que estamos desenvolvendo aqui é a de-finição de um modelo técnico-econômico que torne viável a instalação de uma usina de mass burning no Brasil. Por meio do estudo e da colaboração de diversas instâncias envolvidas, estamos adequando esse objetivo à reali-dade do país e, com isso, tornando-o possível”, afirma o gerente de projetos da ABDI, Miguel Nery. A versão final do documento deve ser apresentada em julho, mas empresas como Braskem, Foz do Brasil/Odebrecht, Foxx e Proema já estão inseridas no debate e participaram do encontro.

Também estiveram presentes representantes do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e da Associação Brasileira de Resídu-os Sólidos e Limpeza Pública (ABLP).

Entre os dados mostrados no evento está o crescente uso do mass burning em países como Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, França e, principalmen-te, Alemanha. “Vemos que essas nações promovem cada vez mais a incine-ração, ainda que também realizem outros tipos de tratamento de resíduos, como reciclagem, compostagem e aterros sanitários. A Alemanha se destaca por promover os mass burning desde 1965 – em 2009, o país já tinha cerca de 70 usinas – e por já não possuir aterros, seguindo a diretriz da Comissão Europeia de eliminar todos os aterros sanitários até 2020”, descreve Maria He-lena Orth, diretora da Proema.

Estádio solar

A Itaipava Arena Pernambu-co contará com o fornecimento de energia solar a partir de julho. Em um investimento de R$ 10 milhões, a Odebrecht Energia e a Neoenergia iniciaram a implantação de uma usi-na solar fotovoltaica com 1MWp de potência instalada, que equivale ao consumo médio de energia de 6 mil brasileiros.

Estima-se que a usina solar, que faz parte de um Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento, chegue a suprir 20% do consumo do estádio. O pro-jeto, aprovado pela Aneel, envolve diversas linhas de pesqui-sa com geração solar fotovoltaica.

A etapa de ter-raplanagem já foi concluída e estão sendo executadas obras de interligação e mon-tagem das instalações elétricas, que permitirão a conexão da usina à rede de distribuição da Celpe (PE). Localiza-dos em um terreno de 14,5 mil m², os painéis solares fotovoltaicos que irão compor o sistema captam a luz emitida pelo sol e a transformam em energia elétrica. Com o auxílio de um inversor, os painéis convertem a energia para o tipo que é tradi-cionalmente utilizado nas indústrias e nas residências. No momento em que for produzida, a energia poderá ser entregue ao sistema elétrico do estádio ou à rede de distribuição da Celpe. Além do aproveitamento de uma fonte renovável, os sistemas de geração solar reduzem perdas por transmissão e distribuição, uma vez que a energia é consumida no local em que é produzida.

Ilustração: Dreamstime

Page 50: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

50 | Potência | GTDGeração, Transmissão e Distribuição

Parques eólicos no RNA Bioenergy, uma das empresas

pioneiras em energia limpa no Brasil, está entregando 35 mil megawatts/hora (MWh) no sistema elétrico na-cional, energia suficiente para aten-der uma cidade com 30 mil habitan-tes durante um ano. A eletricidade é resultado dos parques eólicos da empresa de Aratuá I e Miassaba II no Estado do Rio Grande do Norte.

Nos primeiros quatro meses de 2013, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Parque Eólico Aratuá I ge-rou 17.390,640MWh e o Parque Eóli-co Miassaba II gerou 17.474,960MWh

para o sistema. As usinas somam 28,8MW de potência instalada e con-tam com os primeiros 18 aerogerado-res da GE em funcionamento na Amé-rica Latina.

“Estamos com taxas bem elevadas de produção a aproveitamento, algo excepcional”, explica Sérgio Marques, presidente da Bioenergy. “Acompanha-mos em tempo real o funcionamento dos parques, o que nos permite aferir o desempenho e corrigir qualquer des-vio instantaneamente”, complementa.

O Parque Eólico Miassaba II, o pri-meiro contratado no Ambiente de Co-mercialização Livre (ACL) do Brasil, e o

Parque Eólico de Aratuá I são locali-zados na cidade de Guamaré, no Rio Grande do Norte. Ambos contaram com investimentos de R$ 2 milhões em proteção e monitoramento ambiental. 

Expansão nas AméricasJose Antonio Rausell Tamayo assumiu a direção geral mundial corporati-

va da Arteche Turnkey Solutions, unidade do Grupo Arteche e referência no segmento de geração eólica.

Formado em engenharia industrial e master em refino de petróleo e pe-troquímica pela Universidad Politécnica de Madrid, possui ainda MBA exe-cutivo pelo Instituto de Empresa (IE), general management program (PDG) pelo IESE - Universidad de Navarra e doutorando em ciências econômicas pela Universidad Autónoma de Madrid.

A nova direção terá como objetivo consolidar e expandir a Arteche nas Américas, por meio de negócios no segmento

de energia renovável e soluções para a indústria. A empresa passará a adotar um modelo organizacional

com base no conceito de novas unidades de negócios e portfólios de atuação: EPCs de Energias Renováveis, com

foco em Pequenas Centrais Hidrelétricas, Plantas Fotovoltai-cas e Setor Eólico; EPCs de Subestações e Linhas, voltadas às Subestações e Linhas de Transmissão para os segmentos de

geração, transformação, distribuição elétrica e con-cessionárias e indústrias; projetos de instrumenta-

ção & controle – dirigida ao mercado de geração elétrica, oil & gas e industrial, com soluções de

controle de acesso, segurança e instrumenta-ção, por meio da tecnologia adquirida pela empresa, SAC; e, operação & manutenção – para prestação de serviços a quaisquer plantas elétricas ou usinas geradoras.

Retrofit de subestações

A ABB foi escolhida pela AES Eletropaulo para realizar o forneci-mento e a instalação de disjuntores e transformadores de instrumentos em subestações da Grande São Pau-lo. O contrato, estimado em R$ 11 milhões, será implantado no período de cinco anos. 

O projeto faz parte do programa de modernização das subestações da AES Eletropaulo e contempla a atualização por meio da substituição de equipa-mentos. O objetivo é otimizar o desem-penho e a confiabilidade do sistema, de modo a garantir mais qualidade no fornecimento de energia e menor nú-mero de interrupções.

“Com a substituição de equipa-mentos com tecnologia obsoleta, por outros totalmente atualizados, haverá o aumento do nível de confiabilidade e disponibilidade da distribuição de energia para os consumidores da con-cessionária”, reforça Alberto Dias, Key Account Manager da ABB no Brasil.

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Page 51: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

Patrocínio Master

Apoio Institucional Realização

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52 | Potência | economiafinanças & investimentos

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Visita internacional

Balança comercial

Dados da Abinee apontam que o déficit da balança comercial de produtos do setor eletro-eletrônico atingiu US$ 11,39 bilhões no acumu-lado de janeiro-abril de 2013, consequência de importações de US$ 13,66 bilhões e exportações de US$ 2,27 bilhões. Este déficit é 7,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (US$ 10,63 bilhões).

Os componentes elétricos e eletrônicos continu-am sendo os principais responsáveis pelo elevado déficit do setor, cujas importações atingiram US$ 7,6 bilhões, 56% do total do setor, com destaque para os componentes para telecomunicações (US$ 1,9 bi-lhão), semicondutores (US$ 1,7 bilhão) e componen-tes para informática (US$ 1,0 bilhão). Para o ano de 2013, a previsão da Abinee é que o déficit da balança comercial do setor atinja US$ 35,5 bilhões, 9% acima do realizado em 2012 (US$ 32,5 bilhões).

Menos burocraciaO Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou

o Convênio ICMS 38/2013 estabelecendo a simplificação de proce-dimentos referentes à Resolução 13/2012 do Senado Federal, que regulamenta alíquota de 4% de Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS) interestadual para produtos importados.

A medida atende pleito da Abinee e de outras entidades que, em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria, defendiam a alte-ração das regras que previam a obrigação de o contribuinte informar, na nota fiscal, o valor da importação ou do conteúdo de importação.

Na visão da Abinee, estes procedimentos feriam o direito ao si-gilo comercial e representariam mais um entrave burocrático para as empresas.

Segundo nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, com a decisão do Confaz, não será mais necessária declaração detalhada em nota fiscal dos valores dos insumos importados eventualmen-te existentes nas mercadorias para fins de cálculo do conteúdo de importação.

Tais informações deverão constar apenas na Ficha de Conteúdo de Importação (FCI), documento acessível apenas pelos fiscos estaduais. A obrigação de entrega da Fi-cha de Conteúdo de Importação (FCI) foi adiada para 1º de agosto, segundo a nota, atendendo a demanda de alguns governos de Estados e empresários por mais tempo para adaptar os sistemas.

O Confaz autorizou os governos es-taduais a perdoar eventuais autuações aplicadas no período entre 1º e 22 de maio, quando estiveram em vigor as re-gras anteriores.

A KRJ, tradicional empresa brasi-leira que atua na área de conectores elétricos, recebeu em maio a visita de três engenheiros da empresa IDECO - Irbid Electricity, localizada na Jordâ-nia, no Oriente Médio. O propósito da visita, segundo o diretor Comercial da KRJ, Roberto Karam, foi a homolo-gação industrial da empresa brasileira como fornecedora no país em questão.

“Eles vieram conhecer a empresa, os processos produtivos e de qualida-de, assim como a equipe de desenvol-vimento, além de estreitar o relaciona-mento com a equipe de vendas”.

Durante a presença dos estrangei-ros foram realizadas visitas à AES Ele-tropaulo e CPFL, clientes da KRJ, para que os engenheiros pudessem conhe-cer mais sobre a rede de distribuição elétrica do Brasil, assim como cons-tatar a eficácia dos produtos da KRJ instalados.

“Além disso, eles constaram tudo o que a KRJ vem fazendo em busca das melhores soluções de fornecimento e desenvolvimento tecnológico”, apon-ta Karam.

Foi realizada ainda uma visita à Câ-mara Árabe, entidade a que a KRJ está

associada, o que demonstra o interesse da empresa em continuar investindo no Oriente Médio. “Nosso objetivo é levar soluções e melhorias para a rede elétri-ca daqueles países. No momento, atu-amos com a venda de produtos para os Emirados Árabes, Jordânia e Líbano, e estamos em busca de ampliar a par-ticipação dos nossos produtos nesses mercados”, finaliza Karam.

Page 53: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

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Financiamento de pesquisas

A Fapesp lançou chamada de propostas para o Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) referente ao 3º Ciclo de Análise de 2013. Foram reservados até R$ 15 milhões para atendimento às propostas selecionadas, que de-verão ser encaminhas à Fapesp até o dia 26 de julho de 2013.

As propostas de financiamento devem conter projetos de pesquisa que podem ser desenvolvidos em duas etapas. A Fase 1 corresponde à demonstração da viabilidade tecnoló-gica de um produto ou processo, com duração máxima de nove meses e recursos de até R$ 200 mil.

A Fase 2 é a do desenvolvimento do produto ou proces-so inovador, com duração máxima de 24 meses e recursos de até R$ 1 milhão. Podem apresentar propostas na chama-da pesquisadores vinculados a empresas de pequeno porte (com até 250 empregados) com unidade de pesquisa e de-senvolvimento no Estado de São Paulo.

O pesquisador proponente deverá demonstrar conheci-mento e competência técnica no tema do projeto, mas não é exigido nenhum título formal (seja de graduação ou pós-graduação). A empresa deverá comprometer-se a oferecer condições adequadas para o desenvolvimento do projeto de pesquisa durante o período de sua execução e em envidar os melhores esforços para a comercialização bem-sucedida dos resultados.

A Fapesp divulgará o resultado (aprovação ou não) en-viando a cada proponente os pareceres técnicos dos avalia-dores. Os pareceres podem ser úteis para o aperfeiçoamento da proposta, seja ela aprovada ou não.

Em caso de não aprovação o proponente poderá aper-feiçoar a proposta corrigindo as falhas apontadas e subme-ter nova solicitação em edital subsequente.

Mais informações sobre a chamada e o manual comple-to para submissão de propostas estão disponíveis em: www.fapesp.br/pipe.

Investimentos em SPNo primeiro trimestre de 2013, o mercado total na área

de concessão da AES Eletropaulo apresentou crescimento de 2,2%, totalizando 11.401GWh.

O aumento de 0,6% registrado no trimestre pelo merca-do cativo resulta do maior consumo da classe residencial, que apresentou crescimento de 3,8%, em função do aumen-to da renda real na Região Metropolitana de São Paulo no início do ano.

As classes comercial e industrial também registraram de-sempenho positivo, quando comparadas ao primeiro trimestre de 2012, de 5,1% e de 2,0%, respectivamente, excluindo os efeitos da migração para o Ambiente de Contratação Livre.

Com relação ao desempenho financeiro, a companhia segue empenhada na gestão de custos, visando ganhos de produtividade e eficiência operacional. Os benefícios ob-tidos possibilitarão absorver parte dos impactos negativos causados pela revisão tarifária, atingindo redução de R$ 100 milhões do PMSO gerenciável sobre o PMSO gerenciável de 2012 corrigidos por inflação.

O PMSO gerenciável no trimestre apresentou uma redu-ção de 3,4%, enquanto a inflação no período atingiu 8,0%. O Ebitda ajustado totalizou R$ 208,9 milhões no primeiro trimestre de 2013, um incremento de 34,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2012. O Ebitda ajustado foi de R$ 155,1 milhões.

A AES Eletropaulo investiu R$ 144,7 milhões no trimes-tre, direcionados, em sua maioria, à expansão do sistema e dos serviços ao cliente, de forma a atender o crescimento do mercado e reduzir o risco de interrupção no fornecimen-to regular e em condições de emergência. Dessa forma, o DEC e o FEC dos últimos 12 meses encerrados em março de 2013 apresentaram reduções significativas de 13,4% e 9,7%, respectivamente, refletindo a busca contínua pela melhoria dos indicadores operacionais da companhia.

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54 | Potência | economiafinanças & investimentos

Ações no Rio de JaneiroInfluenciado pelo aumento da de-

manda por energia nos segmentos re-sidencial e comercial, o consumo de energia na área de concessão da Light foi o destaque do primeiro trimestre de 2013 e alcançou 6.407GWh, represen-tando um aumento de 3,7% em rela-ção aos três primeiros meses de 2012.

O setor comercial, sozinho, teve um crescimento de consumo de 7,8% e o residencial, 3,2%. A Light é responsá-vel pelo fornecimento de energia para 31 municípios do Estado do Rio de Ja-neiro, incluindo a capital fluminense.

Entre janeiro e março de 2013, a Li-ght registrou lucro líquido de R$ 78,6 milhões. Em função, principalmente, do aumento dos custos não-gerenciáveis de compra de energia, influenciados pelo despacho das usinas térmicas em função do baixo nível dos reservatórios, este va-lor apresentou uma redução de 43,8% ante o mesmo período do ano anterior, já descontado o aporte no valor de R$ 428 milhões em decorrência do Decre-to 7.945/13, que dispõe sobre o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para atenuar os custos de aquisição de energia das distribuido-ras junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Considerando os ativos e passivos regulatórios (CVA), não registrados na demonstração de resultados, o lucro

líquido ajustado totalizou R$ 145,4 mi-lhões, 4,8% acima do montante do pri-meiro trimestre de 2012.

A Receita Líquida consolidada do período, desconsiderando a receita de construção, foi de R$ 1.883,1 mi-lhão, 6,9% a mais do que o registra-do no primeiro trimestre de 2012 (R$ 1.761 milhão). Todos os segmentos de negócio da companhia apresentaram crescimento de receita, destacando as atividades de comercialização e de geração, com aumentos de 261,4% e 51,0%, respectivamente, influenciados pela venda de energia no mercado li-vre a preços mais elevados, em subs-tituição aos contratos vencidos para o mercado regulado.

O Ebitda (lucro antes de impos-tos, depreciações e amortização) con-solidado no trimestre foi de R$ 355,1 milhões. Assim como o lucro líquido, o Ebitda foi impactado pelos maiores gastos na compra de energia e, por isso, seu valor é 18,1% menor do que o alcançado no mesmo período em 2012. Por outro lado, o Ebitda ajustado pelo ativo regulatório (CVA) registrou R$ 456,3 milhões entre janeiro e março de 2013, um crescimento de 5,8% em relação ao 1T12.

No primeiro trimestre de 2013, o to-tal investido pela Light somou R$ 162,7 milhões, montante 13,9% superior ao

investido no mesmo período de 2012. O segmento de distribuição concentrou o maior volume, R$ 127,0 milhões, re-presentando 78,0% do total.

Dentre os investimentos realizados, se destacam os direcionados ao desen-volvimento de redes de distribuição e expansão, com o intuito de atender ao crescimento de mercado, aumentar a robustez da rede e melhorar a quali-dade, no valor de R$ 65,1 milhões, e o projeto de perdas de energia (blinda-gem de rede, sistema de medição ele-trônica e regularização de fraudes) no qual foi investido o montante de R$ 44,7 milhões.

Os investimentos em comercializa-ção e eficiência energética passaram de R$ 2,1 milhões no 1T12 para R$ 26,7 milhões no 1T13. Esse aumento é ex-plicado pelo projeto de cogeração que está sendo realizado junto a uma gran-de indústria de bebidas.

Olho no NordesteCom a finalização de algu-

mas obras do PAC e a con-clusão de unidades fabris trazidas para o Nordeste nos últimos anos, as em-presas do setor de ener-gia estão ocupando outros setores de mercado na região, para fornecer equipamentos de grande porte, acima de 625kVA até 3.125kVA.

A Distribuidora Cum-mins Diesel do NE (DCDN), que comer-cializa grupos gera-dores e sistemas da Cummins Power Ge-

neration, está monito-rando as oportunidades de investimentos locais. Se

concretizados os projetos já iniciados no ano passado, as perspec-

tivas são de crescimento de 50% nas vendas em 2013.

Desde 2011, a DCDN vem amplian-do sua atuação com escritórios e postos de atendimento avançados em Natal e Mossoró (RN), Maceió (AL) e Fortale-za (CE). “Para 2013, estamos prevendo abrir mais dois pontos de apoio, na Paraíba e no sertão de Pernambuco”, antecipa Luiz Antonio Trotta Miranda, diretor da empresa.

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Page 55: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

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Page 56: Revista Potência - Edição 91 - maio de 2013

58 | Potência | agendaJunho/Julho 2013

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9º Congresso Internacional do Direito da EnergiaData/Local: 17 e 18/06 – São Paulo – SP

Informações: (11) 3284-1512 / www.ibdenergia.org.br

Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (MEC show)Data/Local: 23 a 26/06 – Serra – ES

Informações: (27) 3434-0600 / www.mecshow.com.br

5º AuDItE – seminário nacional de Auditoria Interna das Empresas do setor Elétrico Data/Local: 24 e 25/06 – Florianópolis – SC

Informações: (21) 3973-8490 / www.audite.funcoge.org.br

2ª Conferência Eólica InterligadaData/Local: 25 e 26/06 – São Paulo – SP

Informações: (11) 3452-3155 / www.paginasustentavel.com.br

Cobee 2013 – Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoeficiênciaData/Local: 02 e 03/07 – São Paulo – SP

Informações: (11) 3549-4525 / www.abesco.com.br

Enersolar + Brasil 2013 – II Feira Internacional de tecnologias para Energia solarData/Local: 17 a 19/07 – São Paulo – SP

Informações: (11) 5585-4355 / www.enersolarbrasil.com.br

Proteção de Estruturas Contra Descargas AtmosféricasData/Local: 18 e 19/06 – São Paulo – SP

Informações: (11) 3017-3600 / www.abnt.org.br

A Proteção e a seletividade em sistemas Elétricos IndustriaisData/Local: 24 a 27/06 – São Paulo – SP

Informações: (11) 3579-8768 / www.engepower.com

Floodlight e Illumination I Data/Local: 25/06 – Vinhedo – SP

Informações: (19) 3856-9680 / www.schreder.com.br

Automação e Integração em Processos Industriais e ElétricosData/Local: 25 a 28/06 – São Paulo – SP

Informações: (11) 5534-4333 / www.abmbrasil.com.br

Comandos ElétricosData/Local: 06/07 – Rio de Janeiro – RJ

Informações: (21) 4105-4435 / www.serae.com.br

subestações Elétricas de Alta e Média tensão – operação e ManutençãoData/Local: 15 a 19/07 – Itajubá – MG

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