revista nÚcleo de criminologia volume 12
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REVISTA NCLEO DE CRIMINOLOGIA
VOLUME 12
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NCLEO DE PESQUISA
CRIMINOLGICA E POLTICA
DE SEGURANA PBLICA DA
FACULDADE ATENAS
DEZEMBRO 2013 N 12
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NCLEO DE PESQUISA CRIMINOLGICA E POLTICA DE SEGURANA PBLICA
Rua Euridamas Avelino de Barros, 60
Paracatu MG CEP: 38600000 Telefone (fax): (38) 36723737
Site:www.atenas.edu.br E-mail:[email protected]
Diretor Geral da Faculdade Atenas
Hiran Costa Rabelo
Diretor Acadmico
Delander da Silva Neiva
Coordenadora do Ncleo de Pesquisa da Faculdade Atenas
Daniele Marques Stefani
Reviso Metodolgica
Eleusa Spagnuolo Souza
Coordenador do Ncleo de Criminologia
Marcos Spagnuolo Souza
Coordenador da Revista de Criminologia
Marcos Spagnuolo Souza
Capa
Flvio Guimares
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SUMRIO
LINHAS DE PESQUISA
DISCENTES COMPONENTES DO NCLEO DE PESQUISA
TRABALHOS PUBLICADOS
VIOLNCIA HUMANA
Marcos Spagnuolo Souza
PSICOPATAS
Caroline Pereira Oliveira Mendes
AUTOVIOLNCIA DOMSTICA
Daiane Conceio Oliveira Mendes Santiago
O PERFIL DO CRIMINOSO
Hugo A. Rodrigues Carvalho
VIOLNCIA CONTRA A MULHER
Jacqueline Gonalves
SERIAL KILLER
Jssica Fernanda de Souza
A CULPA
Lauane Pereira Gama
UMA VISO DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
Monique Marques Oliveira Matos
A VTIMA PERANTE A SOCIEDADE
Nathalia Moreira Martins
O DIREITO PENAL BRASILEIRO O PORTO SEGURO DOS CRIMINOSOS
Rafael Ramos da Silva
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NCLEO DE ESTUDO CRIMINOLGICO E SEGURANA PBLICA
O Ncleo de Estudo Criminolgico da Faculdade Atenas constitudo por um grupo
de pesquisadores voltados para a reflexo, pesquisa, entendimento da violncia, criminalidade e
poltica de segurana pblica no noroeste de Minas Gerais, buscando solues para os
problemas da criminalidade.
LINHAS DE PESQUISA
1 Violncia Urbana e Rural.
2 Criminalidade e Crime Organizado.
3 Poltica de Segurana Pblica.
4 Violncia Contra a Mulher
TRABALHOS PUBLICADOS NA REVISTA DE CRIMINOLOGIA
Adriana Cristina Oliver Garrido: Fatores Sociais da Criminalidade
Adriana Nunes Teixeira: Violncia Contra a Mulher
Alessandra de Jesus Camargo: Crime Praticado Por Forte Emoo
Ana Ldia Quirino Schettini: Criminologia na Amrica Latina.
Ana Flvia Pimentel Peres: Violncia Domstica Contra Mulheres
Andressa Cristina de Souza Almeida: Crime Contra a Honra Subjetiva
Anna Laura de Lima Veloso: Cime. Paixo e Crime:
Armnia Aparecida de Deus: Infanticdio
Bianca de Oliveira Lima: Vitimologia e seus aspectos
Brena Carolina Silva Spirandeli: Crimes Praticados Por Menores
Bruna Ferreira Da Cruz: Crime E Criminologia
Cairo Pereira de Oliveira: Psicopatia ou Transtorno de Personalidade Anti-Social
Camille de Aparecida do Carmo Feliciano: Os Instrumentos Garantidores de Segurana Pblica
Camila Gouveia Santos: Problema de Segurana Pblica
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Camilla Nunes Rabelo: A Autopoisis e a Expanso da Conscincia Humana
Carina Santos Ribeiro: Violncia Urbana.
Carina Santos Ribeiro: Violncia Contra Mulher
Caroline Pereira Guedes: Psicopata
Cssia Silene Vieira de Abreu: Crime Contra a Honra
Cristiane Batista Horta: Crime e Criminologia
Cristiano Ramos: Violncia domstica contra criana e adolescente
Daiane Conceio Oliveira Mendes Santiago: Conduta Antissocial; Auto Violncia Domstica; Os
Limites Da Punibilidade Do Estado Frente Ao Direito Penal E A Dialtica De Marx
Daize Luzia de Souza: Psicopatia
Daniel Ribeiro Porto: Aborto
Daniele Augusta Pompilius De Souza Guedes: Fatores Que Fortalecem A Atuao Do Criminoso
Denise Martins Rodrigues: Direito a Vida
Deisiane de Jesus Mendes: Classificao dos Criminosos Segundo Lombroso, Garfalo e Ferri.
Diego Oliveira Melo da Costa: Menor Infrator
Ellen Roberta Peres Bonatti: Psicopatologia e Personalidade Criminosa
Eloisa Daniela Mendes Fernandes: Aborto
Ereni Ursino da Silva: Assassino em Srie
Fbio Ferreira Santos: Crimes Hediondos
Fbio Ribeiro Resende: Explorao Sexual Infantil
Fabrcio Mendes Calazans: A Sociedade Moderna e o Controle do Discurso
Fernanda Cordeiro Da Silva: Uma Viso Geral Do Crime Do Colarinho Branco
Fernanda Davi Pereira: Justia Restaurada
Fernando Henrique Incio De Souza: Omisso De Socorro
Flaber Abiantar Reis de Souza: Psicopata
Gabriel Arago Samara: Violncia Urbana
Giliana Cristina Correa: Crime Sexual: Violncia contra a Mulher.
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Guiomara Steinbach: Trabalho Escravo
Guilherme Henrique Corra Barbosa: A Reproduo Do Poder: Anlise Da Trajetria D
Penalidade Feita Por Michel Foucault
Gustavo Bastos Abreu: Crime Organizado
Hugo A. Rodrigues Carvalho: O Perfil do Criminoso
Isabella Carneiro de Mendona Santiago: Psicopatas
Isabela Silva Neiva: O Terrorismo Chega At Nossas Portas
Itamar Evangelista Vidal: Reflexes sobre Criminologia.
Izaquel De Souza Reis: Violncia Crime E Sociedade
Jacqueline Gonalves: Violncia Contra Mulher
Janayna Teixeira Rosa do Amaral: Extorso Mediante Sequestro
Jssica Fernada de Souza: Serial Killer
Joo Paulo Ribeiro Braga: Paralelo Entre Servido e Democracia Representativa
Junia Cristiane dos Reis Pereira: Crime Ambiental
Juliana Jordo Moreira: As Causas da Criminalidade
Laize Camargos Vidal: Histria da Loucura na Idade Clssica
Larissa Medeiros: Comportamento Psicopata
Laureen Gabriele Mallamnn: Direito Como detergente.
Lauane Pereira Gama: A Culpa
Letcia Dos Santos Cardoso: Predadores Sociais
Levy dos Reis Francisco Mendes Jnior: Criminologia
Lidianne Rodrigues: Abuso Sexual Infantil
Liliane Roquete Lopes: Segurana Pblica
Lorena Gonalves Ferreira da Costa: Crime de Trnsito
Luciana da Cruz Barbosa: Aborto
Luciana Rodriques Barsante: Trabalho Escravo
Ludmila Mendona lvares: Pedofilia e o Abuso de Menores
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Luisa Souza: Assdio Moral no Ambiente de Trabalho.
Marcia Beatriz Mallmann: Lavando a Honra com Sangue
Marcio Cirino da Silva: Aborto
Marco Antnio Cesar: Segurana Pblica
Marcos Spagnuolo Souza: O Poder e a Ilegalidade. O Criminoso Social e Patolgico. A Causa da
Criminalidade. O Criminoso. Anlise da Criminalidade em Minas Gerais e Especificamente no
Noroeste Mineiro. Crime e Famlia. Criminalidade. As Drogas e a Guerra ao Trfico. Crime do
Colarinho Branco. Guerra: Criminalidade Macro. Violncia Humana.
Maria do Carmo Pereira da Silva: Violncia Contra Criana e Adolescente
Maria das Graas Rubinger Rocha: Sistema Prisional Brasileiro
Maria Jacqueline de Souza: Omisso de Socorro
Mariana Roquete Barbosa: Corrupo De Menores
Monique Marques Oliveira Matos: Uma Viso do Sistema Prisional Brasileiro
Nalu Caetano da Silva: Violncia Urbana
Nathalia Moreira Martins: A Vtima Perante a Sociedade
Nathan Oliveira Fernandes: Crime por Violenta Emoo
Nilva de Barros Pires: Crime Contra a Honra
Paulo Andr Lima dos Santos: Prostituio
Paulo Henrique Abreu: Vitimologia
Paulo Tiego Gomes de Oliveira: Lei Maria da Penha Olhares Diferentes Para a Violncia
Domstica
Rafael Ramos da Silva: Direito Penal Brasileiro o Porto Seguro dos Criminosos.
Rafaella Bianca de Carvalho Rodrigus: Direito a Vida
Romria Vieira de Souza: Sistema Prisional Brasileiro
Rubia Mara Da Silva Pereira: Pluralismo Jurdico
Sarah Monielly Soares de Silva: Omisso de Socorro
Soniele Rodrigues Antunes: Psicopatia
Suzi Cristina Viana Gomes Meireles: Cidade Como Local De Violncia; Lei Maria da Penha e a
Condio Feminina.
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Tatiane Aline: Vtima: Pricipitadora do Crime.
Thiago Lucas Pereira: Criminalidade Passional
Vanussa Ribeiro do Nascimento: Criminologia Passional
Vanessa Silva de Oliveira: Terrorismo: grupos radicais; Maioridade Penal
Yuri Gonzaga: Infanticdio
Welton Nicanor Galvo: O crime: Complexidade Estatal
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VIOLNCIA HUMANA
Marcos Spagnuolo Souza
O sistema materialista que ns estamos inseridos se fundamenta na vivncia do prazer e para
termos o prazer precisamos ter dinheiro. O prazer em referncia est associado satisfao do
corpo humano, e logicamente, dos sentidos e existindo assim, e uma relao simbitica entre
prazer e dinheiro.
O capitalismo, sistema que possui sua gide no prazer e no dinheiro, trabalha com toda sua
potencialidade utilizando do marketing para fazer com que as pessoas trabalhem e se dediquem
ao consumo desenfreado que justamente o ponto nefrlgico do sistema. O consumo, no
capitalismo, centralizando na utilizao do prprio corpo, do corpo do outro e de tudo que
existe externamente ao corpo.
A estrutura que vivemos denominada de capitalismo coloca a vida das pessoas girando em torno
do prazer (consumo/dinheiro) resultando no aumento desenfreado da violncia. Quando falamos
em violncia devemos distinguir a violncia macro; violncia meso e violncia micro.
A violncia macro se relaciona com a contaminao da terra, da gua, do ar e do ser humano em
nvel planetrio com o nico objetivo de satisfazer o homem no seu desejo de prazer em dominar
tudo que est ao seu alcance. Nesse nvel temos a agroindstria contaminando todo o planeta
visando somente o lucro. Podemos exemplificar a violncia macro tambm, atravs da matana
de animais para satisfazer o paladar em se alimentar de carne. O uso da energia nuclear que
possibilita o domnio de pessoas sobre outros grupos ou naes outro exemplo da violncia
macro, sendo um perigo mortal, mesmo que seja empregada para fins pacficos. A partir do
momento da extrao do urnio liberado um gs radioativo, o radnio, que aproximadamente
aps quatro dias transforma-se em vrios outros elementos, at chegar a um elemento estvel, o
Chumbo Pb 206. Ao inalar a mistura gasosa decorrente do urnio, tambm se inalar o Chumbo
que altamente nocivo ao ser humano, permanecendo no corpo do indivduo por toda a vida
causando cncer e a morte por degenerescncia de vrios rgos internos. Devemos ressaltar
que toneladas de resduos de urnio so amontoados ao ar livre, e o gs radnio, emitido por
eles, um agente permanente de contaminao da atmosfera prejudicando toda a humanidade.
Tratado quimicamente com cido sulfrico, o urnio se transforma em combustvel para reatores
nucleares. Quando esse material transportado das minas para as usinas libera p, que durante
o trajeto contamina o ambiente terrestre. O mais perigoso dos materiais das usinas nucleares
fixa-se nas barras do urnio queimado durante o processo, e que so o refugo dos reatores.
Essas barras, contaminadas com o Estrncio 90, o Iodo 131 e o Csio 137, so guardadas em
grandes tanques de gua perto das centrais nucleares. Quando esses resduos so levados para
longe em caminhes vo liberando radioatividade por onde passam e, ainda que depositados,
continuam contendo grande potencial mortfero. Uma das fases mais contaminantes do processo
de obteno da energia nuclear a separao do plutnio das barras de urnio, e a vida ativa do
plutnio de ordem de 25 mil anos, sendo uma substncia cancergena. Nunca a sade pblica
esteve em perigo to grande, caracterizando a violncia no sentido macro.
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A violncia meso a praticada pelo Estado impondo a ditadura do capital sobre as pessoas.
Essa violncia caracterizada pela ausncia de igualdade diante da lei; no existncia da
igualdade de oportunidade e inexistncia da igualdade econmica. A ausncia da igualdade
diante da lei provoca privilgios e discriminaes de todos os tipos possveis oferecendo
vantagens aos donos do capital. A inexistncia da igualdade de oportunidade coloca as pessoas
pobres sem chances de concorrer com outros que nasceram em lares que oferecem bons
estudos, boa alimentao e ambiente domiciliar harmnico. Uma pessoa pobre no possui
condies de concorrer com um indivduo que passou por uma educao de alto padro em
decorrncia das condies econmicas de sua famlia. Uma pessoa rica tem possibilidade de
sobreviver a uma doena grave sendo que um pobre no possui condies de pagar o
tratamento de alto padro em hospital particular, assim, a inexistncia da igualdade de
oportunidade caracterizada como alta violncia contra determinada classe social. A
inexistncia da igualdade no aspecto econmico se caracteriza quando determinado grupo
possui tudo e outros grupos nada possuem, devido alta concentrao de renda. Nesse aspecto
notamos que uns vivem esbanjando dinheiro em hotis luxuosos, carros de alto padro,
residncias de milhes de dlares e outras pessoas no possuem dinheiro para se alimentarem
com dignidade, passando inclusive fome.
A violncia micro quando perdemos a liberdade de agir, de querer, de romper paradigmas
internos, de romper paradigmas externos e perdemos inclusive liberdade civil. A perda da
liberdade de agir quando estamos em determinado lugar e no podemos optar por sair devido
violncia existente. O melhor exemplo viver trabalhando em uma empresa que explora o
trabalhador, mas no possui outra opo a no ser ficar na empresa sofrendo todos os males,
pois, precisa sobreviver e o emprego no sistema capitalista se caracteriza pela alta concorrncia.
A perda da liberdade de querer justamente quando o sistema impe suas verdades e seus
modos de vida e a pessoa torna-se um rob ambulante, sendo o querer determinado pelo querer
do outro. Ausncia da possibilidade de romper paradigmas internos ocorre quando perdemos
todas as possibilidades de irmos contra os nossos prprios pensamentos e vontades negando a
dialtica que o movimento em direo ao novo. Negao da possibilidade de romper
paradigmas externos a violncia que impossibilita a pessoa de ir contra as injustias polticas,
filosficas, religiosas e sociais. A perda da liberdade civil o vis ou violncia que impede a
pessoa de manifestar a sua prpria opinio ou de associar-se com quem quiser.
Tentamos mostrar que a violncia inicia a partir do momento em que o ser humano pensa que o
existente no mundo est subordinado aos seus desejos, inclusive dando valor ao dinheiro como
instrumento de dominao. A violncia possui sua gnese a partir do momento em que ocorre a
perda do equilbrio geral e do prprio desenvolvimento do planeta e do ser humano em sua
individualidade devido o homem ter se tornado uma vbora.
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PSICOPATAS
Caroline Pereira Guedes 1
RESUMO
Os transtornos de personalidades incluindo a psicopatia no so exatamente doenas, mas sim
uma perturbao da sade mental. As explicaes cientficas sobre o desenvolvimento da
conscincia no crebro, que envolvem engrenagens como ateno, memria, circuitos neuronais
e estruturas cerebrais, s serviriam para confundir um pouco mais. Existem vrias caractersticas
que identificam os psicopatas entre elas: Problemas de conduta na infncia; Infidelidades e
mentiras. A psicopatia mais frequente em indivduos do sexo masculino, sendo mais raro no
sexo feminino, no se sabendo ainda a causa para essa diferena. Os psicopatas so muito
importantes para a rea jurdica, j que esses indivduos tendem a cometer crimes. E so
criminosos que se enquadram em zona fronteiria entre o distrbio mental e os indivduos
normais.
PALAVRAS- CHAVE: Transtorno. Conscincia. Doena.
INTRODUO
O transtorno de personalidade, no propriamente uma doena, mas o individuo com
esse distrbio tambm no pode ser considerado normal.
Os portadores da psicopatia so muito perigosos e tendem a cometer crimes brbaros
e cruis. O conceito de Psicopata ou Personalidade Psicoptica um tema que vem
preocupando a psiquiatria, a justia, a antropologia, a sociologia e a filosofia desde a
antigidade. Evidentemente essa preocupao contnua e perene existe porque sempre houve
personalidades anormais como parte da populao geral.
Psicopatas pessoas cujo tipo de conduta chama fortemente a ateno e que no se
podem qualificar de loucos nem de dbeis; elas esto num campo intermedirio. So indivduos
que se separam do grosso da populao em termos de comportamento, conduta moral e tica.
Portanto, h um grande nmero de psicopatas nas prises. No entanto, as pesquisas
sugerem tambm que uma quantidade considervel dessas pessoas est livre. Acredita-se que
muitos sejam bem-sucedidos profissionalmente.
1 Aluna do 2 perodo Alfa Noturno do curso de Direito da Faculdade Atenas- Disciplina: Sociologia - Prof.: Marcos Spagnuolo Souza. E-mail: [email protected]
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1 Transtorno de Personalidade
No so propriamente doenas, mas anomalias do seu desenvolvimento psquico
sendo considerados, em psiquiatria forense, como perturbao da sade mental.
Envolvem a desarmonia da afetividade com integrao deficiria dos impulsos, das
atitudes e das condutas, manifestando-se no relacionamento interpessoal. Possuem enorme
importncia, j que seus portadores se envolvem em atos criminosos.
marcado por uma insensibilidade aos sentimentos alheios. Quando o grau dessa
insensibilidade se apresenta elevado, levando ao individuo a uma acentuada indiferena afetiva,
ele pode adotar um comportamento de transtorno de personalidade assume o feitio de
psicopatia.
Personalidades anormais, apesar de no possurem defeitos intelectuais, no so
propriamente doentes mentais, mas apenas pessoas com desvio de carter e
afetividade. (PANTARO, 1995: 26).
2 Personalidades anti-social, Amoral ou Perversa (psicopatas)
A personalidade anti-social, amoral ou perversa (psicopatas), geralmente ignora ou no
compreende as normas morais da sociedade, apresenta tendncias anti-sociais intensas. Sua
grande periculosidade encontra-se no grau de inteligncia que elevado, tem o comportamento
agressivo, so maldosos, destrutivos e de criminalidade instintiva, ou seja, age contra tudo e
contra todos, unicamente objetivando satisfazer sua tendncia para o mal.
O transtorno manifesta-se j na infncia, atravs da preguia, negativismo, crueldade,
estado de clera continuo, maldades contra animais. Apresentam reincidncia delituosa na
adolescncia, sendo comum aparecer perverses sexuais. So habitualmente irresponsveis em
todas as reas da vida humana, no observando regras mnimas de segurana.
A psicopatia consiste num conjunto de comportamentos e traos de personalidade
especficos. Encantadoras primeira vista, essas pessoas geralmente causam boa impresso e
so tidas como normais pelos que as conhecem superficialmente.
No entanto, costumam ser egocntricas, desonestas e indignas de confiana. Com
frequncia adotam comportamentos irresponsveis sem razo aparente, exceto pelo fato de se
divertirem com o sofrimento alheio. Os psicopatas no sentem culpa. Nos relacionamentos
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amorosos so insensveis e detestam compromisso. Sempre tm desculpas para seus
descuidos, em geral culpando outras pessoas. Raramente aprendem com seus erros ou
conseguem frear impulsos.
O termo psicopata caiu na boca do povo, embora na maioria das vezes seja usado
de forma equivocada. Na verdade, poucos transtornos so to incompreendidos
quanto personalidade psicoptica (LILIENFElD, 2005:56).
No de surpreender, portanto, que haja um grande nmero de psicopatas nas
prises. No entanto, as pesquisas sugerem tambm que uma quantidade considervel dessas
pessoas est livre. Alguns pesquisadores acreditam que muitos sejam bem-sucedidos
profissionalmente e ocupem posies de destaque na poltica, nos negcios ou nas artes.
Especialistas garantem que a maioria dos psicopatas homem, mas os motivos para
esta desproporo entre os sexos so desconhecidos. De maneira geral, nos homens, o
transtorno tende a ser mais evidente antes dos 15 anos de idade, e nas mulheres pode passar
despercebido por muito tempo, principalmente porque as mulheres psicopatas parecem ser mais
discretas e menos impulsivas que os homens, e por se tratar de um transtorno de personalidade, o
distrbio tem ecloso evidente no final da adolescncia ou comeo da idade adulta, por volta dos 18 anos
e geralmente acompanha por toda a vida.
Falar sobre conscincia pode ser uma tarefa "fcil" e "difcil" ao mesmo tempo. O "fcil" so as explicaes cientficas sobre o desenvolvimento da conscincia no crebro, que envolvem engrenagens como ateno, memria, circuitos neuronais e estruturas cerebrais, que s serviriam para confundir um pouco mais. (SILVA,2010,23).
Vrios grupos de pesquisa compostos por psiclogos e psiquiatras tm se dedicado a
estudar a psicopatia no sexo feminino. Em geral os estudos esto sendo feito em prises
femininas com mulheres que matam e agridem frequentemente.
As concluses atuais mostram que a psicopatia severa entre mulheres muito rara. O
nmero de mulheres psicopatas pode ser previsto como sendo um tero daqueles nmeros
prevalentes entre homens. Os profissionais chegaram s seguintes concluses provisrias com
relao psicopatia feminina.
Em alguns casos parecem existir evidncias de que, quando crianas, essas mulheres
sofreram abusos sexuais o que no uma condio necessariamente obrigatria. Tanto os
homens como as mulheres partilham de um processo comum na infncia: negligncia e abusos
na relao com os pais.Na melhor das hipteses, as mulheres psicopatas foram criadas em
famlias onde eram introvertidas e tinham um profundo sentimento de isolamento. Na
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Adolesc%C3%AAncia
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adolescncia elas tornam-se adictas de vrias substncias como lcool e drogas. Podem
apresentar comportamentos sexuais perversos. Essas mulheres tm um contato instvel com a
realidade. Esses contatos tendem a ficar mais precrios em situaes emocionais intensas. As
mulheres psicopatas no apresentam problema com a impulsividade que um trao considerado
central na psicopatia masculina. Alguns estudiosos consideram que as mulheres psicopatas
tendem a ser mais paranicas e histricas.
Mostrar apreo s condutas louvveis, ser bondoso ou educado, ter um
comportamento exemplar e cauteloso, preocupar-se com o que os outros pensam a
nosso respeito nem de longe pode ser definido como conscincia de fato. Afinal, a
conscincia no um comportamento em si, nem mesmo algo que possamos fazer
ou pensar. (SILVA,2010,23).
Assim como os homens, as mulheres psicopatas tm grande necessidade de controle e
de poder. So persuasivas, sedutoras e carismticas, mas obtm seu intento de forma diferente.
As mulheres psicopatas no gostam de serem contrariadas. H muitos traos nas psicopatas
femininas que coincidem com os traos encontrados nos homens como insensibilidade, violncia
e agresso sem que isso implique em culpa. Suas emoes so superficiais, achatadas. As
mulheres psicopatas em geral, esto entre aquelas que assumem papeis preponderantes nos
cuidados com os demais, como por exemplo, enfermeiras e parteiras. Gostam de cuidar das
pessoas sua volta.
Alis, foram nessas profisses que surgiram as grandes psicopatas femininas e que
tornaram-se serial Killers. Como foi observado pelos pesquisadores, as mulheres portadoras de
psicopatia severa, na verdade, so casos muito raros. Mas existem. A frequncia na populao
aparentemente a mesma no Ocidente e no Oriente, inclusive em culturas menos expostas s
mdias modernas.
um homem que mente de forma contumaz, trapaceia e rouba coisas e (...) se aproveita sexualmente de muitas mulheres; algum que no se presta a reprimendas e sempre punido, mas sem feito nenhum.(MURPHY,1998:46).
Apesar das pesquisas realizadas nas ltimas dcadas, trs grandes equvocos sobre o
conceito de psicopatia persistem entre os leigos:
O primeiro a crena de que todos os psicopatas so violentos. De fato, comum que
essas pessoas recorram violncia fsica e sexual. Alm disso, alguns seriais killers j
acompanhados manifestavam muitos traos psicopticos, como a capacidade de encantar o
interlocutor desprevenido e a total ausncia de culpa e empatia. No entanto, a maioria dos
psicopatas no violenta e grande parte das pessoas violentas no psicopata.
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O segundo mito diz que todos os psicopatas sofrem de psicose. Ao contrrio dos casos
de pessoas com transtornos psicticos, em que frequente a perda de contato com a realidade,
os psicopatas so quase sempre muito racionais. Eles sabem muito bem que suas aes
imprudentes ou ilegais so condenveis pela sociedade, mas desconsideram tal fato com uma
indiferena assustadora. Alm disso, os psicticos raramente so psicopatas. O terceiro
equvoco em relao ao conceito de psicopatia est na suposio de que um problema sem
tratamento.
Embora os psicopatas raramente se sintam motivados para buscar tratamento, essas
pessoas podem se beneficiar da psicoterapia como qualquer outra. Mesmo que seja muito difcil
mudar comportamentos psicopatas, a terapia pode ajudar a pessoa a respeitar regras sociais e
prevenir atos criminosos.
Mary Ann Cotton Inglaterra - Matou de 15 a 21 pessoas, Envenenava suas vtimas. Matou todos os maridos e boa parte dos filhos. O objetivo era ficar com o seguro deixado pelos maridos, eliminando possveis herdeiros rivais. Foi enforcada em 24 de maro de 1873 (QUILICI,2004:35).
Psicopatas normalmente ocultam suas intenes debaixo de uma aparncia sedutora
ou de amabilidade e cortesia. Mesmo aparentando um comportamento dcil e intenes de
proteger certas pessoas, por trs disso, tal dissimulao esconde uma pessoa fria, calculista e
falsa, caracterizando um indivduo excessivamente manipulador. So cnicos e, como no
conseguem amar, no consegue manter um relacionamento leal e duradouro, sobretudo por sua
incapacidade de tolerar rotina e monotonia. Eles dificilmente se apegam a algum, detestam
relacionamentos ntimos e, quando os tm, no duram por muito tempo, ou facilmente traem a
fidelidade do parceiro, uma vez que no sentem empatia nem culpa.
Elizabeth Bathory Hungria -Matou de 40 a 600 pessoas entre 1600 e 1611. Interessada em magia negra e acredita que ficaria jovem para sempre se tomasse banho em sangue humano. Nunca foi condenada (QUILICI,2004:35).
Uma caracterstica muito comum em indivduos com o transtorno a intolerncia a
frustraes este talvez o nico motivo que os faam chorar de verdade, o que frequentemente os
faz adotarem comportamentos e aes extremas para conseguirem o que querem. Como so
pessoas com total ausncia de emoes importantes, eles necessitam sempre de estmulos. No
admitem ser contrariados, nem receberem um no de algo que eles realmente querem.. Eles
"precisam" conseguir o que querem. Isso faz com que eles geralmente no desistam enquanto
no conseguem algum objetivo que exclua o tdio de suas vidas; assim adotam atitudes
extremas e infantis: no importa o meio, o que realmente importa o fim. por isso que, muitas
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vezes, comportamentos de assassinos seriais so totalmente vistos como sem lgica aos olhos
de pessoas "comuns".
CONCLUSO
Os psicopatas so pessoas perigosas, com elevado grau de inteligncia e com
nenhuma capacidade de ter sentimentos afetivos. A caracterstica que chama mais ateno o
poder de atrao exercido por esses criminosos. O poder de seduo prprio das
personalidades psicopatas. Eles tm um poder de atrao irresistvel.
A maioria dos psicopatas tendem a cometer crimes, j que no respeitam as regras da
sociedade. E por isso que os juristas tm de prestar muita ateno nos criminosos em volta,
qualquer um de ser um psicopata, e esses sem duvidas so os mais perigosos.
A maioria dos psicopatas so do sexo masculino, devido a discrio das psicopatas
femininas que quase nunca so descobertas. Apesar de terem sido feitas muitas pesquisas
sobre o assunto no h uma causa conhecida ainda para o fato da maioria dos psicopatas serem
do sexo masculino.
ABSTRACT
Personality disorders including psychopathy are not just diseases, but a mental health disorder. The scientific explanations about the development of consciousness in the brain, involving gears such as attention, memory, brain structures and neuronal circuits, only serve to confuse a little more. There are several characteristics that identify psychopaths including: conduct problems in childhood; infidelities and lies. Psychopathy is more common in males, being rarer in females, not even knowing the cause for this difference. Psychopaths are very important to the legal area, as these individuals tend to commit crimes. They are criminals who fall into the border area between mental disorder and normal subjects.
KEYWORDS: Disorder. Consciousness. Disease.
REFERNCIAS
QUILICI, Mario. PSICOPATIA: O perigo pode estar mais perto do que imaginamos. Disponvel em . Acesso em 29de agosto 2011.
LILIENFElD, Scott O. O que um psicopata? Disponvel em < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/o_que_e_um_psicopata_.html >. Acesso em 15de agosto 2011.
http://www.psicopatia.com.br/psicopatiamulheres.php
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AUTOVIOLNCIA DOMSTICA
Daiane Conceio Oliveira Mendes Santiago 2
RESUMO
A violncia, a conquista pela fora e a coao de outrem sempre esteve presente na sociedade. A violncia domstica uma forma de poder exercido no meio familiar e domiciliar atravs da fora fsica e subjugao da vtima a variadas formas de torturas. Os seres humanos so fracos se deixando corromper e influenciar por autoridades as quais se dizem superiores. Estas no so necessariamente governantes, podem ser at mesmo o cnjuge. As pessoas subordinadas, na maioria das vezes amam aqueles que as tiranizam; admiram, e temem aquele que desumano para com elas. Faz-se um recurso amizade para questionar a possibilidade das pessoas amarem aqueles que as fazem mal ao invs de amarem, por exemplo, os amigos. H diversos motivos que podem ser discutidos como causas da violncia. A lei prev que todos sejam igua is e livres. H a uma controvrsia. No Brasil no h igualdade diante da lei. O motivo mais importante que as pessoas se sentem fracas e inferiores diante daqueles que dizem serem os donos do poder. Para sair dessa priso que o agrupamento de pessoas e poder ser livre para fazer o que quiser, rompendo paradigmas, mas acima de tudo se libertar e no se deixar corromper por esse sistema necessrio que as pessoas tenham mais coragem e confiana em si mesmos.
PALAVRAS-CHAVE: Violncia. Domstica. Familiar. Igualdade. Liberdade
INTRODUO
O presente artigo tem por objetivo chamar a ateno para a questo da violncia
domstica, mais precisamente os fatores determinantes que levam a pessoa, na maioria das
vezes do sexo feminino vir a sofrer esse tipo de agresso. A violncia em seu sentido lato
significa o constrangimento fsico ou moral exercido sobre algum para obrig-lo a submeter-se
vontade de outrem.
2 Aluna do 2 perodo Alfa Noturno do curso de Direito da Faculdade Atenas- Disciplina: Sociologia Prof
Marcos Spagnuolo Souza. E-mail: [email protected]
mailto:[email protected]
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O mais importante que a violncia sofrida nada mais que uma autoviolncia, ou
seja, a pessoa no se valoriza, no confia em suas potencialidades, deixando que outros
venham a maltrat-la e escraviz-la.
As fontes principais utilizadas para a pesquisa foram o livro de Etienne La Botie,
Discurso da Servido Voluntria; e o Decreto-Lei n 11.340, de 7 de agosto de 2006, que trata da
Violncia Domstica.
A priori ser exposto que a violncia domstica sempre esteve presente na
sociedade, desde os seus primrdios. Ser apresentada a Lei n 11.340/06, que trata da
violncia domstica e o que essa lei prev e prope em seus artigos.
Em seguida ser abordada a questo da autoviolncia domstica, visto que a
violncia sofrida facultativa. O indivduo pode escolher se ir ou no passar por violncia
domstica. Sero apresentadas algumas citaes de Etienne La Botie o qual faz uma crtica
aos tiranos, os quais escravizam o povo e lamenta o fato de as pessoas amarem e admirarem
aqueles que os tiranizam, ao invs de amarem, por exemplo, os amigos, que de certa forma
merecem tal admirao.
Posteriormente sero expostas algumas das principais causas que levam o indivduo
a sofrer violncia domstica. Ser citado o artigo 2 da Lei 11.340/06 o qual prev que todos
sejam livres e iguais perante esta lei. Seguidamente ser feita uma crtica sobre tal lei, pois se
todos so livres e iguais perante a lei, como pode haver violncia domstica, a qual uma forma
de discriminao, principalmente s mulheres que no se desprendem muitas vezes de seu
cnjuge por motivos financeiros? Tal questo tambm ser analisada.
O ltimo item deste artigo trata da libertao. Quem poder se libertar dessa priso
que o agrupamento humano, onde as pessoas vivem em competio, visando o poder e a
subordinao de outrem?
E por fim, a concluso, na qual ser explicado o grande caos que o ser humano
enfrenta, sendo submetido a variadas formas de torturas; vivendo aprisionados neste mundo do
qual consegue sair. Sero dadas tambm algumas sugestes para as pessoas se verem livres
desse agrupamento de pessoas, para assim poderem viver em verdadeira sociedade, sem
competio e ausncia de cooperao.
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1 Da violncia domstica
A violncia sempre esteve presente na sociedade. Desde os primrdios, a conquista
pela fora e subordinao de outrem pelo constrangimento e aceitando a vontade alheia, pela
coao, perpassa perodos histricos.
A lei prev que a mulher deve ser protegida de todas as formas de violncia fsica,
moral ou psicolgica, atravs Juizados os quais do assistncia s mulheres que venham sofrer
esse tipo de agresso.
Conforme o Artigo 1 da Lei n 11.340 de 7-8-2006, que trata da Violncia Domstica,
assim dispe:
Art.1 Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violncia domstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8 do art. 226 da Constituio Federal, da Conveno sobre a eliminao de Todas as Formas de Violncia contra a Mulher, da Conveno Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violncia contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela Repblica Federativa do Brasil; dispe sobre a criao dos Juizados de Violncia Domstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistncia e proteo s mulheres em situao de violncia domstica e familiar.
A violncia domstica uma forma de poder exercido no meio familiar e domiciliar
contra mulheres em sua grande maioria e embora em poucos casos, contra pessoas do sexo
masculino. Os agressores utilizam-se da fora fsica e subjugam as vtimas s mais variadas
formas de torturas.
2 Da autoviolncia domstica
La Botie (2009:30) afirma ser lastimvel:
[...] ver um milho de homens servir miseravelmente e dobrar a cabea sob o jugo, no que sejam obrigados a isso por uma fora que se imponha, mas porque ficam fascinados e por assim dizer enfeitiados somente pelo nome de um, que no deveriam temer, pois ele um s, nem amar, pois desumano e cruel com todos.
Os seres humanos so fracos e se deixam corromper e influenciar por autoridades as
quais se dizem superiores. Autoridades estas que no so necessariamente governantes, mas
at mesmo o cnjuge. O parceiro (a) se deixa escravizar, fica subordinada a esta pessoa, sente -
se obrigada a aceitar imposies porque pensam depender deste (a); seja por questes
emocionais ou socioeconmicas.
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inacreditvel como as pessoas subordinadas, na maioria das vezes amam aqueles
que as tiranizam; admiram, e temem aquele que desumano para com elas.
La Botie (2009:31) faz um recurso amizade para questionar a possibilidade de essas
pessoas amarem aqueles que as fazem mal ao invs de amarem, por exemplo, os amigos.
Amar a virtude, estimar as belas aes, ser gratos pelos benefcios recebidos e, muitas vezes, reduzir nosso prprio bem-estar para aumentar a honra e o progresso daqueles que amamos, e que merecem ser amados, uma correspondncia justa razo.
Aqueles que sofrem violncia domstica vivem acorrentados, aprisionados por
aquele que comete tal violncia. No podem ir e vir como querem, no possuem liberdade.
Simplesmente existem, mas no vivem.
3 Das causas
H diversos motivos que podem ser discutidos como causas da violncia. A lei prev
que todos sejam iguais e livres. O art. 2 da lei 11.340 de 7-8-2006 assim dispe:
Art.2 Toda mulher, independentemente de classe, raa, etnia, orientao sexual, renda, cultura, nvel educacional, idade e religio, goza dos direitos fundamentais inerentes pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violncia, preservar sua sade fsica e mental e seu aperfeioamento moral, intelectual e social.
H a uma controvrsia. No Brasil no h igualdade diante da lei. H pouqussimas
mulheres que conseguem um emprego digno, no h oportunidades de emprego, pois o
machismo ainda predomina. A liberdade um fator desconhecido pelas mulheres. No h a
liberdade de querer nem to pouco de agir. As mulheres vivem subordinadas ao querer de seus
esposos, os quais as fazem de escravas para satisfazer seus desejos e sentirem poderosos.
La Botie (2009:35) salienta que:
Os tiranos quanto mais pilham mais exigem. Mais arrunam e destroem quanto mais dado a eles. Quanto mais servidos mais se fortalecem e se tornam cada vez mais fortes e dispostos a aniquilar e destruir tudo. Mas basta no lhes dar nada e no lhes obedecer, sem combat-los ou atac-los, e eles ficam nus e so derrotados, e no so mais nada.
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O motivo mais importante que as pessoas se sentem fracas e inferiores diante
daqueles que dizem serem os donos do poder. Esquece-se de suas potencialidades, no
conseguem sair desta priso que o agrupamento humano.
4 Quem se libertar?
A priso na qual o ser humano est inserido o agrupamento humano no qual as
pessoas vivem em constante competio, cultivando o hedonismo e sem o direito de poder
indagar e ser livre para ampliar sua conscincia.
La Botie (2009:34) afirma que:
o prprio povo que se escraviza e se suicida quando, podendo escolher entre ser submisso ou ser livre renuncia liberdade e aceita o jugo; quando consente com seu sofrimento, ou melhor, o procura. [...] No existe nada mais caro para o homem do que readquirir o seu direito natural e, por assim dizer, de animal vol tar a ser homem. Contudo, no espero dele ousadia to grande.
Para sair dessa priso que o agrupamento de pessoas e poder ser livre para fazer
o que quiser, rompendo paradigmas, mas acima de tudo se libertar e no se deixar corromper
por esse sistema necessrio que as pessoas tenham mais coragem e confiana em si mesmos.
La Botie (2009:52) afirma que:
Os livros e a instruo do mais que qualquer outra coisa aos homens o bom senso e o entendimento para se reconhecerem e odiarem a tirania [...] sob os tiranos, os homens se tornam facilmente covardes efeminados [...] disputam a preferncia em lutar pelo bem comum, porque associam a ele seu interesse particular: todos esperam ter sua parte no mal da derrota ou no bem da vitria.
Uma maneira para se libertar atravs da privao dos tiranos, ou seja, daqueles que
cometem atos de violncia; atravs da maneira de agir e de pensar. Atravs da leitura e da boa
instruo, as pessoas odiaro aqueles que as tiranizam. Sem o conhecimento, as pessoas no
conseguiro ser livres.
As pessoas que se submetem violncia no tm entusiasmo para lutarem em prol da
liberdade. A luta que eles enfrentam pela liberdade falsa. Pois quem tem a conscincia dessa
priso na qual esto inseridos, lutam pelo bem comum, pela ausncia de poder e no para
adquirir mais poder aquisitivo, pois isso s aumenta ainda mais a desigualdade a qual gera a
violncia. E isso se torna um ciclo vicioso.
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CONCLUSO
Diante do exposto possvel perceber o quanto o ser humano est preso, acorrentado
e escravizado pelos donos do poder. O sistema formatou uma grande massa da populao para
servir e no questionar seus direitos. O tema violncia domstica mais um dos milhes de
problemas que a sociedade enfrenta, resultantes do sentimento de poder que dado a cada uma
das pessoas.
O sistema atravs da lei prope amparo s vtimas de violncia domstica, atravs de
Juizados especializados, e programas de apoio. Mas poucas pessoas percebem que este o
grande causador dessas agresses, pois implanta a cada dia nas pessoas o sentimento de
violncia, a vontade de querer derrotar o outro pela competio e pelo consumo.
As pessoas aprendem a emoo de morte. Vivem acreditando que a felicidade est no
ato de dominar as pessoas, de se sentir poderoso; que a violncia e a dominao de outrem
levaro paz.
Com essa venda que colocada em cada um, quase impossvel perceber o real
significado da vida. O que gera a paz a emoo de vida, a cooperao. o viver em sociedade
na qual todos vivam sem competio e sem violncia. Mas infelizmente a grande maioria da
populao no consegue enxergar a grande priso na qual esto inseridos.
As pessoas se deslumbram com o que dado pelo sistema, consomem cada vez mais,
so roubados constantemente e no entendem que vivem unicamente para trabalhar e
enriquecer cada vez mais os donos do poder. No desenvolvem suas potencialidades para que
no futuro no sejam jogados fora pelos donos do poder.
A pessoa dominada, na maioria das vezes no consegue se livrar dessa priso, pois
est to robotizada por esse sistema, que acredita no existir outro mundo alm deste.
Sendo assim preciso que o ser humano tenha uma conscincia transitiva crtica para
perceber o mal que impera na humanidade. Que questione a tudo que lanado pelos donos do
poder. E essa conscincia s poder ser usada a partir do momento em que cada um pesquisar
e for alm do que lhe dado. E quando estiver livre desta priso, lutar para ajudar os outros a se
libertarem tambm.
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ABSTRACT
The violence, conquest by force and coercion of others has always been present in society. Domestic violence is a form of power exercised in the family home and by physical force and subjugation of the victim to various forms of torture. Human beings are weak and letting themselves be influenced by corrupt authorities which say they are superior. These are not necessarily rulers, may be even a spouse. People contingents, mostly those who love the bully, admire, and fear that it is inhuman for them. La Botie is a feature friendship will question the ability of people to love those who do evil rather than love, for example, friends. There are several reasons that can be discussed as causes of violence. The law provides that all are equal and free. Is there a controversy. In Brazil there is no equality before the law. The most important reason is that people feel weak and inferior in front of those who say that those in power. To get out of prison that is the grouping of people and be free to do whatever they want, breaking paradigms, but above all be free and not be misled by this system it is necessary that people have more courage and confidence in themselves.
KEYWORDS: Violence. Domestic. Family. Equality. freedom
REFERNCIAS
LA BOTIE, Etienne. Discurso da Servido Voluntria. Disponvel em http://www.mediafire.com/download.php?mjd7igocfaxsja0
BRASIL. Decreto-Lei n 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violncia domstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8 do art.226 da Consti tuio Federal, da Conveno sobre a eliminao de Todas as Formas de Discriminao contra as Mulheres e d outras providncias. Vade Mecum Saraiva 13 edio. Braslia, 7 de agosto de 2006.
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O PERFIL DE UM CRIMINOSO
Huggo A. Rodrigues Carvalho3
RESUMO
Por quase todo o sculo XIX o conceito pr-determinado em que se via o perfil de um Criminoso era concreto e inquestionvel, ningum rejeitava a idia de que uma pessoa apenas por ter uma aparncia seu fsico ou mesmo por viver em um meio social desfavorvel, tornaria o ser humano um criminoso nato, um assassino, um ladro. O criador desta tese fora Cesare Lombroso, era um mdico muito respeitado na poca e veio dar continuidade as pesquisas de outros filsofos e cientistas que j traziam conceitos parecidos. Lombroso deu incio a uma srie de estudos para averiguar o que havia em comum entre as espcies de criminosos, algo que poderia dar ligao do ser humano ao delito, distinguindo o perfil do marginal. Ele pode no ter sido o criador da teoria, porm, diga-se de passagem, foi quem deu propulso e divulgao dos estudos, de se dar crdito pois o mesmo conseguiu convencer o mundo por quase um sculo. O ser humano no se transforma em um criminoso ao decorrer de sua vida ou por falhas da sociedade, j nascia como tal (Cesare Lombroso)
PALAVRAS-CHAVE: Perfil. Criminoso. Pesquisa.
INTRODUO
O objetivo deste artigo demonstrar a inadequao e virilidade que usavam a
desfavor de seres humanos no mundo ao decorrer do sculo XIX.
Nosso objetivo ser conhecer a histria para podermos aprender com nossos erros,
assim no voltaremos s atrocidades cometidas no decorre da humanidade, e o sculo XIX foi
todo marcado por estes atrozes atentados contra a pessoa comum.
Em seus estudos, alegava que o ser humano apenas por ter em seu fsico, requisitos
externos o tornava um criminoso, o cidado era rapidamente retirado da sociedade e posto em
cativeiro em condies totalmente inadequadas e desumanas.
3 Aluno do 2 perodo Alfa Noturno do curso de Direito da Faculdade Atenas- Disciplina: Sociologia Prof Marcos
Spagnuolo Souza. E-mail:
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Um diagnostico de to grave espcie que ocasionou inmeras injustias, deixando
seqelas na vida de pessoas que muitas vezes no sabiam nem o que estava ocorrendo de
fato, eram retidas em prises em condies pssimas, sem motivo, sem acusaes, sem
provas, sem delito, apenas ficavam ali isolados do resto do mundo.
O motivo era um perfil determinado de um criminoso generalizado, uma verdadeira
aberrao jurdica. Os textos e contedo deste artigo foram extrados de livros de histrias de
direito penal, estudos, pesquisas e seminrios, e livros sobre antropologia e psicologia, e
debatido com profissionais do ramo. Base metodolgica tirada da apostila sociologia elaborada
pelo Professor Doutor Marcos Spagnuolo Souza.
Primeiramente iremos conhecer as ideias, quem fora este mdico, pesquisador,
criminologista que deu incio a este tema to polemico que perdurou por quase todo o sc. XIX.
Logo aps veremos o perfil do criminoso, trazendo os estudos e pesquisas do Professor Doutor
Cesare Lombroso.
Ademais, conheceremos tambm, o dilema e o declnio desta teoria. Por fim, a concluso,
aonde teremos um breve relato do que foi discutido, e um ponto de vista acompanhado criticas
sobre o mesmo, dando nfase das seqelas ps Lombroso.
1 Lombroso, um cintista? Ou egocentrista?
Lombroso deu incio a seus estudos, elaborando vrios livros, teve muitos ajudantes
em sua busca, doutores de grandes nomes como; Enrico Ferri que lhe auxiliou muito em suas
teorias.
Juntos deram nascimento antropologia criminal, que procurava mostrar a existncia
de um tipo humano destinado ao crime e esquematizado por sua organizao morfolgica
defeituosa, denominada inicialmente de Homo criminalis.
Lombroso, na qualidade de mdico de vrios hospitais. Houvera feito observaes sobre doenas mentais. Em 1864 deu a luz seu primeiro trabalho sobre gnio e a loucura, j em 1872 surge um estudo das circunvolues cerebrais dos criminosos, o crnio do delinqente, o homem branco e o homem de cor, e de 1873 a 1875,produz diversos trabalhos no Rendiconti de LInstitut ds ET ds Lettres de Lombardie, e so os ltimos trabalhos que rene neste volume que constituir a clebre obra Homo delinqente (COSTA. 1982. p. 210)
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Muitos dizem que o erro de Lombroso foi o de generalizao nas suas teses, segundo
estudos, no haviam casos a parte, no haviam as excees. Mesmo com tal pensamento
absurdo, sua teoria fora utilizada por todo o mundo durante quase todo o sculo XIX.
Diz lvaro Costa: (1982. p. 219): Estudiosos viam o criminoso- resduo de
estgios arcaicos da evoluo da espcie - como um tipo a parte, que no devia se confundir
com o cidado.
Esse conceito j estava to implantado na sociedade, que o mundo inteiro j
utilizava de seus requisitos para poderem diferenciar o criminoso do cidado normal, chegou a
um ponto em que na Inglaterra, policiais usaram um painel contendo fotos com possveis
criminosos, que detectava e classificava assassinos, ladres, corruptos, e outros.
2 Perfil e requisitos
Em 1887 Lombroso atingiu o clmax de sua pesquisa e conseguiu definir em sua
concepo o perfil exato de um criminoso, assim descrito:
Tenderia em apresentar as orelhas afastadas, cabelos abundantes, barba rala, snus
frontais e maxilares enormes; queixo quadrado e saliente, em geral cabeludos, mas pouco
barbados, orelhas em formas de asa, Fisionomia ordinariamente feminina no homem e viril na
mulher. Predominncia do mancinismo na populao do crime, pequena fora muscular nas
mos, grande agilidade.
Nas palavras de lvaro Costa: (1982. p. 211)
Lombroso, mdico alienista, coadjuvado, sobretudo quanto aos animais e selvagens, por Lancassagne, Ferri e Letourneau, julgou poder concluir que o criminoso arrastado pratica do crime por um efeito necessrio da sua natureza.Examinando, pessoas honestas, achou fundado o parecer. - j, em tempos remotos, empiricamente afirmado - segundo o qual se encontram refletidos na especial conformao fsica de cada criminoso os impulsos depravados que lhe residem no nimo. No se contentado com esses resultados, Lombroso fez o estudo anatomopatolgico de vrios crnios, crebros e vsceras de criminosos comparando-os com os de homens normais, e reconheceu que as anomalias aparentes do delinqente tm a confirmao nas suas anomalias interiores.
Para Lombroso, o que se precisava estudar era o criminoso e no o delito em si, para
ele no existia cura ou soluo, a nica coisa que a sociedade poderia fazer era deixa-los fora
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do meio social e fazer-lhes serem teis de alguma forma, impondo a eles trabalhos artesanais,
como costuras entre outros.
Entendiam que a criminologia deveria ser simplesmente definida como dizia Garofalo
a cincia do delito dizendo que o delito no poderia existe se no houve -se uma perturbao
psicolgica no meliante, capaz de modificar sua conduta, podendo ser permanente ou
transitria.
Lombroso Aduziu que a tatuagem era um apoio ao embotamento da sensibilidade do
criminoso. No deixou porm, atribui-las a outras causas secundrias, como: religio, esprito
iminativo, vingana, ociosidade, vaidade, esprito de seita, necessidade de exprimir certas
idias, paixes amorosas, nudez.
Outra base que usou foi o vocbulo dos delinqentes, denominado por eles prprios
como grias4 usando como apoio a sua tese, o atavismo (encontrando na onomatopia e
personificao das coisas abstratas as feies culminantes que aproximam a gria dos
criminosos dos dialetos selvagens).
Lombroso foi procurar, nos provrbios e dizeres populares, confirmaes de muitas das suas idias, uma vez que a observao do povo, neles condensada, expressiva e segura, pela sua constncia e estreiteza de relaes entre observador e observado (COSTA. 1982. p. 214)
Deduz que o criminoso nato uma pessoa totalmente sem remorsos. Lombroso
admitiu 4 hipteses:
a) O criminoso, propriamente dito, nato;
b) Idntico ao louco moral;
c) Apresentar base epilptica;
d) Constitudo por um conjunto de anomalias, tipo especial (tipo lombrosiano).
O atavismo (herana remota) foi a base principal de suas hipteses: Os caracteres
que foram estudados no delinqente nato so os mesmos que so encontrados no louco moral,
os quais, por conseqncia, no s so encontrados, mas se incorporam. loucura moral, so
decorrentes do prprio delinquente-nato (KRUGER, ano e pgina).
4 gria: lngua especial, cifrada, linguagem peculiar.
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3 Decadncia da tese do criminoso nato
Lombroso cometeu um grave erro ao generalizar suas teorias, datando todos os
seres humanos que se enquadrarem em seus termos seriam marginais, independente da
educao que foi lhe dada, e o local onde fora criado.
As observaes feitas por Castelo Branco sobre tatuagens; nesse estabelecimento,
examinou 345 criminosos e depararam-se-lhes 58 com sinais de tatuagens (16%).
Nos dizeres de Castelo Branco: (1982, p. 215)
As tatuagens que examinei no me autorizam a dar valor igual ao que o ilustre sbio lhe atribui. Neste ponto pendo mais para a opinio de Tarde: parece-me infinitamente mais provvel admitir que um efeito no da tradio ancestral, mas de uma moda importada por marinheiros e militares, imitao de selvagens atuais com quem tenham estado em contato. Esta moda propagou-se mais rapidamente entre os condenados por causa da sua insensibilidade cutnea e em conseqncia dos longos tdios da priso.
Enrico Ferri ao criticar a obra de Lombroso, assinala que teve dois equvocos:
Ter dado em forma, mas no em substncia valor a dados criminolgicos e
antropomtricos, olvidando os psicolgicos; e ter agrupado os infratores em um nico tipo,
distinguidos unicamente pelos dois aspectos diferenciados que seriam a paixo e os loucos,
estes os verdadeiros delinqentes.
Diz Enrico Ferri: (1900, p. 70)
Porm, renuncia a tal postulao por entender, posteriormente que a antropologia criminal parte integrante do direito penal, tratado pelo mtodo positivo e que todos os meios de defesa social contra os delinqentes pertencem s a uma nica cincia- o direito penal
Mesmo amigos de Lombroso, companheiros que lhe ajudaram em suas pesquisas,
lhe criticaram fortemente, como Ferri e Dallemagne.
Dallemagne cita os equvocos de Cesare Lombroso: (ano, p. 70)
Tais exageros ocorreram para forar a origem do sucessos da nova escola, e porque se a Antropologia Criminal se tivesse limitado a achar nos delinqentes alguns sinais particulares, a assinalar certas individualidades como afetadas de taras especiais, a emoo do mundo sbio e sobretudo jurdico no seria to duradoura.
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Quem criticou fortemente e deu-lhe forte dor de cabea, foi o brasileiro Sebastio
Leo. O Dr. Leo trabalhava na cadeia de Porto Alegre, para poder continuar suas pesquisas,
trabalhava gratuitamente.
Ele Assinalava que a casa de Correo abrigava 226 presos, sendo 218 da
populao fixa de sentenciados, e oito de uma populao flutuante, aguardando o resultado do
processo ou ento ali confinada com fins correcionais, para averiguaes. Os dados do livro de
sentenciados da casa de Correo, combinados e cruzados com o relatrio do Dr. Sebastio
Leo e os do lbum fotogrfico do laboratrio de antropologia Criminal, fornecem um perfil do
criminoso tpico, tirado a partir da mdia da populao de detentos, que seriam: sexo
masculino, solteiro, altura mdia de 1,50 metros, analfabeto, predominantemente branco ou
mulato, entre vinte e trinta anos, homicida.
Com isso Dr. Leo encontraria srias discordncias entre as teorias e a realidade. Os
negros eram, afinal, boais e inferiores, como afirmava Lombroso? Por vezes, conclua ele: se
revelam, pelo contrario os animais espertos. Leo alertava que, do conjunto dos detentos 16
negros haviam sido presos ainda na poca do cativeiro, por motivos que, talvez hoje, no
merecessem a mesma pena.
No seria o caso de fazer-se alguma coisa em pro destes infelizes? E os mulatos?
Eram, afinal, raas fracas, sub-raas, contaminadas de uma degradante mestiagem? Mas
haviam longevos na cadeia, gente que atingiam os oitenta anos, mesmo em condies de
crcere! Eram mesmo incapazes, todos de sensibilidade? E os versos, escritos na paredes da
Casa de Correo, a revelar os poetas da cadeia, que falavam da solido, dos estados dAlma,
das injustias sofridas, da incompreenso social?
As vezes, era contra Lacassagne que insurgia o Dr.Leo nas suas analises:
Afinal, as elevadas temperaturas no contriburam para a maior incidncia de crimes!
No Rio Grande, a criminalidade era constante o ano todo. Por outras, o mdico buscava
vislumbrar nos presos outros sinais de reconhecimento da criminalidade apontados como
estigmas pela escola lombrosiana: o prognatismo (projeo para frente) dos maxilares e as
anomalias da arcada dentria, como por exemplo, o desenvolvimento acentuado dos caninos.
Mas, mesmo detectando alguns desses traos em alguns presos, Dr.Leo ponderava que
pessoas de bem, cidados, revelavam as mesmas anomalias, sem que se lhes pudesse atribuir
o menor desvio de conduta. O estudo do formato dos crnios, no melhor estilo frenologista,
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tambm no se revelou promissor, e, quanto s formas do nariz, Sebastio Leo confessava
que acabara se perdendo no labirinto de configurao de osso, base, altura, projeo e largura
dos narizes dos presos.
O que dizer ento dos cabelos e da pilosidade? A antropologia criminal apontava
que os delinqentes eram, em geral, cabeludos, mas pouco barbados. Mas entre os detentos,
somente dez no possuam barbas.
Escreveu Lombroso em sua defesa: (1982, p. 218)
certo que nem eu, nem meus companheiros nos acreditamos livres de erros e , at, possvel que estejamos cheios deles, porm estes devem ser relevados, examinados, comprovados, sem atribuir-nos concluses e teorias que nunca foram as nossas.
Conclua ento Dr.Leo em 1897 final do sc. XIX. que as noes de homens
criminosos e de homem honesto pecavam pela falta de preciso, chegando a afirma que o
criminoso no diferia do homem virtuoso seno porque no soubera dominar suas paixes.
No seu relatrio final, Dr. Leo Sucumbia ante evidencia dos fatos. A partir da sua
casa de correo conclua que era o meio que produzia o criminoso.
Vitria de Lacassagne, derrota de Lombroso. Consagrava-se, assim, o papel da
cincia na soluo dos problemas do crime na sociedade moderna. Legitimava-se a
interveno no social: competia ao estado a profilaxia da questo criminal, justificando-se as
medidas preventivas de toda ordem: tcnicas, higinicas, morais e estticas.
Os perigosos seriam recuperveis, desde que submetidos a controle, vigilncia e
disciplina.
Trabalhando na casa de correo de porto alegre, o mdico Sebastio leo Curvou-se evidencias dos fatos, e conclui que era o meio social que produzia o criminoso ( Ordem publica e moralidade: imprensa e policiamento urbano em porto alegre na dcada de 1890).
Pondo fim assim, a quase um sculo de teorias lombrosianas.
CONCLUSO
O ser humano no nasce ser, ele nasce sendo, a pessoa se faz pelo meio social
onde vive, e no por sua prpria natureza.
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Lombroso se equivocou dizendo que o criminoso parou no meio social da evoluo
humana, indo at contra os conceitos de Darvin: O ser humano est em constante evoluo.
No podemos nos dar ao luxo de cometer erros de espcie e expanso como
ocorrido, discriminando pessoas apenas pela suas fisionomias, isso como j comprovado, no
define nada.
Um dos pontos mais importantes para a concluso deste dilema era o Brasil, que fora
fundamental para o declnio desta teoria que fizera grande revoluo no mundo penal. Conclui-
se logo que, o meio produz o criminoso.
ABSTRACT
PROFILE OF A CRIMINAL
In the nineteenth century the concept of "Criminal Profile" was predetermined, no one rejected
the idea that a person just because he looks, physical, or even live in the social environment from
dangerousareas, has become the human being a born criminal, a murderer, thief. The creator of
this thesis was the physician Cesare Lombroso, who came to continue the research of other
philosopher and scientists who came with similar concepts. Lombroso began a series of studies
to investigate something in common among criminals, something that could become standard,
distinguishing the profile of marginal. He said humans were no transformed in the course of his
criminal life and societal failures, but rather was born as such.
-
VIOLNCIA CONTRA A MULHER
Jacqueline Gonalves5
RESUMO
A maioria das mulheres agredidas sofrem caladas, no tendo coragem ou se sentido insuficientes no sentido de busca uma proteo. Se enganando ao acharem meios para amenizar a dor que esto sentindo, e se iludindo buscando uma culpa que no dela, se calando para poupar um filho, ou imaginando que ser s dessa vez. Assim elas se omitem e no se preocupam em procuram ajuda. Analisando o Dia Internacional da Mulher, que surgiu para homenagear 129 mulheres queimadas vivas em uma fbrica de tecidos em Nova Iorque, em 8 de maro de 1857, por reivindicarem um salrio justo e a reduo da jornada de trabalho. A represso ao protesto foi absolutamente desproporcional. A polcia acabou por trancar as portas da fbrica e a colocar fogo no imvel, o que veio a custar vida das 129 mulheres. Uma luta que continua a ser necessria pela gerao atual e por todas as geraes que surgiro. Os homens agressores, responsveis pela violncia contra a mulher, na maioria das vezes no so punidos pelos crimes que cometem, tornando a violncia parte do cotidiano dos lares brasileiros. Se a violncia ultrapassa a agresso fsica, pois as mulheres tambm so vtimas do preconceito, de descriminao e difamaes.
PALAVRAS-CHAVE: Protesto. Homenagear. Dia Internacional da Mulher
INTRODUO
Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade,
igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: I- homens e mulheres so iguais
em direitos e obrigaes, nos termos desta constituio. As mulheres j so maioria do
eleitorado, apesar de ainda receberem menos; esto conseguindo mais empregos que os
homens e atualmente so responsveis por 23% (vinte e trs por cento) da mantena das
famlias brasileiras.
5 Aluna do Curso de Direito da Faculdade Atenas. Disciplina: Prof Marcos Spagnuolo Souza. E-mail:
-
Em uma anlise quantitativa, em 25 das 27 unidades da Federao existe uma
populao maior de mulheres que homens. Elas esto cada vez mais presentes no mercado de
trabalho, apesar de nem sempre encontrarem as mesmas condies de acesso, de ascenso e
remunerao que os homens, todos estes fatores constituem elementos relevantes da Histria
Contempornea. Houve uma evoluo jurdica da situao da mulher no mundo, porquanto a
mesma um ser humano dotado de liberdades inatas e transcendentes, bem como de liberdades
pblicas, constitucionalmente garantidas. Havendo igualdade nas obrigaes e no gozo dos
direitos.
1 As evolues que a mulher vem sofrendo nas ltimas dcadas
Em toda a histria da humanidade, a mulher foi subjugada tanto como ser feminino, quanto como
ser pensante, porm, notrio que nas ltimas dcadas ocorreram profundas modificaes que
causaram e ainda esto causando fortes impactos na estrutura social de muitas naes. No final
do sculo XVIII em diante, a famlia passa a ser vista como a ferramenta fundamental para a
evoluo da sociedade.
A violncia um termo de mltiplos significados, e vem sendo utilizado para nomear desde as formas mais cruis de tortura at as formas mais sutis da violncia que tm lugar no cotidiano da vida social, na famlia, nas empresas ou em instituies pblicas, entre outras. Alguns pesquisadores propem definies abrangentes da violncia que levem em conta o contexto social, a distribuio desigual de bens e informaes. Para compreender a violncia deve-se levar em considerao as condies sociais geradoras de violncia - sociais, polticas, econmicas e no apenas os episdios agudos, como a violncia fsica explcita. Distingue-se nesse campo de estudo, a delinqncia (ferimentos, assassinatos e mortes), a violncia estrutural do Estado e das instituies que reproduzem as condies geradoras de violncia e a resistncia s condies de desigualdade. Outros autores chamam ateno ao fato de que a preocupao com o problema da violncia recente na histria, o que estaria relacionado modernidade e seus valores de liberdade e felicidade, consolidados na concepo de cidadania e dos direitos humanos. (Schraiber, 1999, p. 35)
O sculo que acabou foi o de maior avano em relao s mulheres em toda a Histria
da humanidade. Entre as muitas mudanas ocorridas, pode-se afirmar que a abordagem das
conquistas do gnero feminino, bem como as privaes ainda presentes em seu cot idiano, um
dos temas mais abordados e um dos que mais gera opinies divergentes e, consequentemente,
conflitantes, tanto na esfera local como global.
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Mas conquistar espao, ser visto, e aceito, no sinnimo de ter igualdade. As
mulheres ainda fazem dupla, s vezes tripla jornada de trabalho, ganham menos que os homens
exercendo as mesmas funes e, sobretudo, ainda so desprezadas na hora da promoo aos
cargos de maior poder e prestgio. importante destacar que o papel da mulher na sociedade
deve ser discutido no apenas em termos de mercado de trabalho, mas dentro de uma
perspectiva abrangente de democracia e com uma viso estratgica de combate a excluso
social e a violncia sofrida. A mulher conquistou seu espao no mercado de trabalho, criando
relaes de igualdade no ambiente familiar e passou a exercer seus direitos.
Mas preciso ressaltar que esta nova realidade social, igualitria e progressista, est distante de milhes de mulheres. Que continuam no tendo acesso a informao, sendo excludas, sofrendo abusos sexuais e vivem num mundo onde o sexo masculino ainda dominante. (CARDOSO, 2012) 6
Analisando o Dia Internacional da Mulher, que surgiu para homenagear 129 mulheres
queimadas vivas em uma fbrica de tecidos em Nova Iorque, em 8 de maro de 1857, por
reivindicarem um salrio justo e a reduo da jornada de trabalho. A represso ao protesto foi
absolutamente desproporcional. A polcia acabou por trancar as portas da fbrica e a colocar
fogo no imvel, o que veio a custar vida das 129 mulheres. Uma luta que continua a ser
necessria pela gerao atual e por todas as geraes que surgiro.
intil a existncia de um 08 de maro, visto que, existem todos os outros dias do ano
para que a mulher seja discriminada, maltratada, molestada, oprimida, explorada, espancada, e
vrias outras formas de humilhao, pois, a realidade dos outros 364 dias no aparente, e
reflete no comportamento de muitas mulheres, no seu trabalho, em sua famlia e na educao
que ser transmitida s prximas geraes. As Naes Unidas definem violncia contra a mulher
como:
"Qualquer ato de violncia baseado na diferena de gnero, que resulte em
sofrimentos e danos fsicos, sexuais e psicolgicos da mulher; inclusive ameas
de tais atos, coero e privao da liberdade seja na vida pblica ou privada". -
conselho social e econmico, naes unidas (1992).
Sabemos que as desigualdades hierarquizam os grupos humanos discriminando-os, e
as diferenas so um fato decorrente do gnero e culminantes no homem, tomado na sua
especificidade. Ficando claro que apesar de a mulher ser um ser racional, pensante e dona de
seus prprios instintos, sempre foi considerada como ser inferior e submissa. Mesmo nessa nova
6 CARDOSO Ruth. Os novos desafios postos mulher. Veja Mulher. Edio especial de novembro de 2001.
Disponvel em: www.abril.com.br/especiais/mulher. Acesso em: 10 junho.2012.
http://www.abril.com.br/especiais/mulher
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era de evoluo, onde se fala em igualdade social, garantida em lei e tida como direito
fundamental, comum a todas as pessoas, a Carta magna em seu artigo 5 nos diz:
Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: I- homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta constituio. (BRASIL, 1998)
Esta em andamento um processo de equiparao entre os sexos, em casa, na escola,
no trabalho e na poltica brasileira, e pela primeira vez na Histria brasileira uma mulher
indicada para o mais alto tribunal do pas.
As mulheres j so maioria do eleitorado, apesar de ainda receberem menos; esto conseguindo mais empregos que os homens e atualmente so responsveis por 23% (vinte e trs por cento) da mantena das famlias brasileiras. Em uma anlise quantitativa, em 25 das 27 unidades da Federao existe uma populao maior de mulheres que homens. Elas esto cada vez mais presentes no mercado de trabalho, apesar de nem sempre encontrarem as mesmas condies de acesso, de ascenso e remunerao que os homens, todos estes fatores constituem elementos
relevantes da Histria Contempornea. (GONZAGA, 2012)7
A Igreja teve um papel importante para com a situao atual da mulher, pois o mito
cristo que a mulher a ultima das criaturas, destinada ao pecado da seduo, e no qual
nenhum homem escapa. Para os mais fervorosos, a serpente-demnio no pode enganar
diretamente o homem, por ser forte, mas a mulher sim. Deve-se lembrar ainda no que diz
respeito aos preconceitos sexuais embasados na Virgindade de Maria, representando grande
coibio sobre a condio sexual das mulheres, e pelo fato de que estes interditos ficaram mais
fortes devido s constantes mudanas de comportamento por parte das mesmas, cobrando-lhes
pureza, castidade e honestidade, com o intuito de cont-las.
Houve uma evoluo jurdica da situao da mulher no mundo, porquanto a mesma
um ser humano dotado de liberdades inatas e transcendentes, bem como de liberdades pblicas,
constitucionalmente garantidas. Havendo igualdade nas obrigaes e no gozo dos direitos.
O artigo 5 vem definir o que configura violncia domstica e familiar contra a mulher
como sendo qualquer ao ou omisso baseada no gnero que lhe cause morte, leso,
sofrimento fsico, sexual ou psicolgico e dano moral ou patrimonial: seja no mbito da unidade
domstica, compreendida como o espao de convvio permanente de pessoas, com ou sem
7 GONZAGA, Simone Silveira. Evoluo social e jurdica da mulher. Artigo publicado em 03/07/2005. Disponvel
em: www. direitonet. com. br/artigos. Acesso em:10 j unho.2012.
http://www.direitonet.com.br/artigos/x/21/49/2149/#perfil_autor#perfil_autor
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vnculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; no mbito da famlia, compreendida
como a comunidade formada por indivduos que so ou se consideram aparentados, unidos por
laos naturais, por afinidade ou por vontade expressa; em qualquer relao ntima de afeto, na
qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitao,
ou de orientao sexual. O prof. Altamiro entende que:
O artigo ora ressaltado define o que seja unidade domstica possibilitando desta
maneira identificar objetivamente o adjetivo do conceito de violncia da qual cuida a
lei. Segundo o texto, unidade domstica o lugar de convvio de pessoas, ligadas
pelo vnculo familiar ou no, e onde se incluem as pessoas esporadicamente
agregadas. Entende-se, portanto, que a convivncia inclui: a) familiares
(ascendentes, descendentes, adotados e afins), companheiros (ligados por unio
estvel ou vnculo civil); b) hospedes e visitantes; e c) agregados (onde se incluem
os empregados, estveis ou temporrios). Para figurar como sujeito ativo do tipo de
violncia em questo, dessarte, necessrio que esteja ele homem ou mulher me
convvio na unidade domstica de maneira duradoura ou espordica.
Aqui a famlia aparece como um grupo de pessoas aparentadas ou que assim se
consideram (consangneos ou afins); ou vinculados por deciso manifesta. Deve
ser gizado que a definio fornecida pelo presente estatuto em comento estendeu-se
alm dos conceitos da unio estvel entre o homem e a mulher; bem como da
comunidade formada por qualquer dos pais e os seus descendentes (naturais ou
legais); e da sociedade conjugal formada pelo matrimnio religioso ou civil, contidos
na constituio Federal e no cdigo Civil. Salvo melhor juzo, o enunciado no
pargrafo nico, em conjunto com o disposto nos incisos I, II e III do artigo 5 dessa
Lei, permite entender tambm a famlia como qualquer relacionamento afetivo ntimo
e estvel de pessoas independentemente do sexo. (FILHO, 2007, p. 37)
Observamos que os direitos da personalidade ainda percorrem tormentosos caminhos,
no que tange figura feminina, como pessoa pelos diplomas jurdicos e pela sociedade, que
repercutiram nos nossos dias e se tornaram realidade mediante a sua constitucionalizao.
Podemos visualizar os avanos na rea cvel e penal, porm, as maiores conquistas
comprovadas tangem disciplina trabalhista. Aqui se constata ainda uma fictcia
incompatibilidade entre mulher-me e a me-trabalhadora, aonde alguns optam por expulsar a
primeira do mercado de trabalho e assegurar a prevalncia da segunda. Esta uma opo que a
ser tomada caso queira fazer parte deste mundo, desistindo da maternidade. E mesmo sendo a
discriminao legalmente proibida em nosso pas, ela ocorre, e, em grande escala.
O artigo 8 voltado para a assistncia mulher em situao de violncia domstica e familiar e o captulo inicial cuida das medidas integradas voltadas para a preveno. Por ocasio do artigo 8 da Lei anunciando poltica pblica visando coibir a violncia em tela atravs duma diluio de responsabilidade entre a Unio, os estados, o Distrito Federal, os Municpios e rgos no-governamentais define, ao
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longo dos seus nove incisos, as diretrizes para o combate referida forma de violncia. J de muito passada a hora do Estado entender que a igualdade feminina e de todos os brasileiros e a erradicao da violncia domstica e familiar contra a mulher bem como a violncia generalizada contra o ser humano, entre ns somente ocorrer com o desenvolvimento duradouro de polticas pblicas garantidoras dos direitos humanos, resguardando o brasileiro da negligncia, da discriminao, da violncia, da opresso e da espoliao. (FILHO, 2007, p. 60)
2 O que vem a ser a violncia contra a mulher
A violncia domstica contra a mulher qualquer ato ou conduta baseada no gnero,
que cause morte, dano ou sofrimento fsico, sexual ou psicolgico mulher, tanto na esfera
pblica como na esfera privada. A violncia contra a mulher est em todo lugar e aumenta a
cada dia, nas ruas, no trabalho e at dentro de casa, voc pode ser atacada. Desde ofensas
verbais at estupros, espancamentos e assassinatos, esta violncia atinge mulheres de todas as
classes sociais no mundo inteiro.
A juza Andria Pach considera a lei um marco na luta contra a violncia domstica,
segundo ela "Eu acho que muito mais do que um problema com conseqncias graves, a
violncia domstica fruto da ignorncia[...]"8
Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de
resolver um conflito com a violncia e que os homens so mais fortes e superiores s
mulheres. assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmos, chefes e outros
homens acham que tm o direito de impor suas vontades s mulheres. Embora muitas vezes o
lcool, drogas ilegais e cimes sejam apontados como fatores que desencadeiam a violncia
contra a mulher, a raiz de tudo est na maneira de como a sociedade d mais valor ao papel masculino, o que
por sua vez se reflete na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos so incentivados a
valorizar a agressividade, a fora fsica, a ao, a dominao e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, as
meninas so valorizadas pela beleza, delicadeza, seduo, submisso, dependncia, sentimentalismo,
passividade e o cuidado com os outros. Conforme relata Ana Paula em seu artigo:
Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e no pedem ajuda. Para elas difcil dar um basta naquela situao. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que foi s daquela vez ou que, no fundo, so elas as culpadas pela violncia; outras no
8 Lei Maria da Penha foi um passo importante para enfrentar violncia contra mulheres, afirma juza Acesso em: 10 junho.2012.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/03/07/materia.2007-03-07.2152127859/view
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falam nada por causa dos filhos, porque tm medo de apanhar ainda mais ou porque no querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem tambm aquela ideia do ruim com ele, pior sem ele.9
Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral,
para outra mulher da famlia, como a me ou irm, ou ento alguma amiga prxima, vizinha ou
colega de trabalho. J o nmero de mulheres que recorrem polcia ainda menor. Isso
acontece principalmente no caso de ameaa com arma de fogo, depois de espancamentos com
fraturas ou cortes e ameaas aos filhos. Vendo-se em uma situao onde tendem de optar pela
vida elas denunciam.
CONCLUSO
A histria das mulheres tem se afirmado como uma fonte inesgotvel para o estudo das
relaes humanas. No que se refere aos aspectos afetivos do dia-a-dia, como a intimidade e os
sentimentos, os estudos atuais possibilitam uma viso menos estereotipada do sexo feminino e,
ao mesmo tempo abrem brechas no conhecimento que se tem sobre a participao das
mulheres, quer na histria mundial quer na brasileira.
Se homens e mulheres ocupam posies diferenciadas dentro de um mesmo
ordenamento jurdico e social. O problema conjugal um fenmeno que tem se apresentado
como um grave problema social. A mulher, sob vrias formas, vtima da violncia que comea,
em primeira instncia, dentro da prpria famlia, quer seja ela pobre, de classe mdia ou alta. O
que as deferncia, que as famlias menos favorecidas, procuram as delegacias para queixas
com maior freqncia. J as mulheres da classe mdia ou alta, por vergonha, ou at mesmo
comodismo no sentido de manuteno da sua posio social, no denunciam a violncia que
sofrem. Quando uma mulher resolve denunciar o seu agressor, normalmente a violncia j est
ocorrendo h muito tempo.
A maioria das mulheres se sente envergonhadas e humilhadas pela violncia sofrida
em casa, escondendo a agresso at da prpria famlia, e desta forma a grande maioria das
mulheres violentadas de vrias formas, preferem se calar, e se esconder o que acaba
dificultando uma averiguao mais prxima da realidade.
9 Paula, Ana. O Que A Violncia Contra A Mulher. Artigo publicado em 23/07/2006. Disponvel em:
www.jlocal.com.br/mulher. Acesso em: 10 junho.2012.
http://www.jlocal.com.br/mulher
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Amar demais seria um padro de relacionamento atravs do qual o sujeito, em sua
maioria mulheres, procura reviver suas experincias familiares iniciais conflituosas, na tentativa
de resoluo daqueles problemas vividos com e pelos pais. As caractersticas deste padro so:
pessoa vinda de um lar desajustado em que as necessidades afetivas no foram supridas,
procurando satisfaz-las atravs de seu companheiro, fazendo de tudo que for preciso para tal e
ligando-se a indivduos familiares inacessveis, tentando mais uma vez conseguir aquela
ateno; devido ao medo de ser abandonada. O relacionamento precisa agradar sempre, na
esperana de conseguir um pouco mais de amor. Devido baixa auto-estima, estes no
acreditam que meream naturalmente ser felizes e fazem de tudo para vir a merec-lo;
inseguras, fazem de tudo para manterem o controle das pessoas e dos relacionamentos; vivem
mais o sonho daquilo que o relacionamento pode vir a ser do que a realidade presente no
momento.
REFERNCIAS
ELUF, Luiza Nagib - Crimes contra os costumes e assdio sexual / Luiza Nagib Eluf -
Ed.condensada - So Paulo: Editora Jurdica Brasileira, 1999.
DAMACENA, Arnald. Violncia sociedade e cultura (caderno Ceres I). Rio de Janeiro: Loyola,
2001, p. 20.
AZEVEDO, Maria Amlia. Mulheres espancadas: a violncia denunciada. So Paulo: Cortez,
1985, p. 24.
LINHARES, Barsted L.. Violncia contra a mulher e cidadania: uma avaliao das polticas
pblicas. Rio de Janeiro: Cepia, 1994 p. 86.
SOARES, Brbara Masumeci. Guia Prtico Para um Programa de Segurana da Mulher
(verso preliminar). Rio de Janeiro: CESeC, UCAM.
SOARES, Brbara Masumeci. Mulheres Invisveis violncia conjugal e novas polticas de
segurana. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1999.
ABSTRACT
KEYWORDS: Profile. Criminal. Search.
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SERIAL KILLER
Jssica Fernanda de Souza10*
RESUMO
Este artigo aborda um assunto muito importante para nossas vidas, pois todos esto sujeitos a
viverem situaes na quais teremos que lidar com um possvel psicopata ou serial killer. um
assunto de grande importncia, pois, mostra as causas e as origens desse instinto horrvel de
matar outras pessoas, alm de ter muita importncia no mundo jurdico e ser um assunto muito
interessante e que tem sido abordado pela cinematografia americana. Lendo esse artigo o leitor,
se inteira do assunto e aumenta seu conhecimento de forma geral.
PALAVRAS- CHAVE: Serial Killer. Psicopata. Vtima.
INTRODUO
Este artigo tem por finalidade abordar um assunto interessante, que muitas das vezes
as pessoas pensam estarem distantes, mas que est mais perto do que elas imaginam. Trata-se
de um tipo de psicopatas chamados Serial Killer, eles so extramente perigosos e artculosos em
seus atos e planos. O artigo ter o embasamento bibliogrfico em dois livros, de psiclogas
especializadas no assunto e que tem esplanado de forma detalhista, sobre o mesmo. Para a
vitria da sociedade sobre a psicopatia, essencial que tenhamos conscincia de quais as
causas que ela possui e como se comporta um psicopata, com o intuito de acalmar a vida em
sociedade e controlar os impulsos perversos que podem, por vezes, ter consequncias negativas
no nosso meio.
1 Quem um serial killer?
10 Aluna do Curso de Direito. Turma Alfa, Noturno da Faculdade Atenas. Disciplina Sociologia Geral e Jurdica Prof Marcos Spagnuolo Souza. E-mail: [email protected]
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Apesar de existirem diversas teorias, como a teoria freudiana e a das escolas
clssica e positivista, o termo serial killer relativamente novo. Sabemos que os seriais killers se
classificam em quatro tipos: visionrio (ele insano e psictico, ouve vozes em sua cabea,
sofre alucinaes e tem vises), missionrio ( socialmente normal, mas pensa ter a misso de
libertar o mundo, da imoralidade, geralmente escolhe suas vtimas, como prostitutas, etc.),
emotivos (tem prazer em matar sadicamente e cruelmente) e os libertinos (so os assassinos
sexuais, matam por que sentem excitao com a tortura, mutilao e sofrimento da vtima).
No seria a punio que diminuiria a criminalidade, e sim reformas sociais e
tratamentos para recuperar o indivduo. No importa a teoria, os serial killers no se
adequam a nenhuma linha de pensamento especfica. Na verdade, so um captulo
parte no estudo do crime (CASOY, 2004, p.13).
Para se identificar o serial killer, necessrio levar em considerao suas experincias
desde a infncia, e no decorrer da sua vida. Praticamente todos eles tm sinais de abuso sdico
com os animais e com outras crianas, incontinncia urinria, destruio de propriedades e
mania de atear fogo, tudo isso na infncia. Todos esses e outros sinais faz com que eles sejam
totalmente desprovidos de sentimentos bsicos que possumos assim eles so extremamente
egostas, frios, sem conscincia e incapazes de amar. J na idade adulta, a maioria de deles
tenta se enquadrar nos padres sociais, embora ignorem e no se importem com as regras de
convvio social. Podemos dizer que a base de emoes deles totalmente danificada, fazendo
com que eles hajam e pensem diferente das outras pessoas.
A deficincia deles (e a que mora o perigo) est no campo dos afetos e das emoes. Assim, para eles, tanto faz ferir, maltratar ou at matar algum que atravesse o seu caminho ou os seus interesses, mesmo que esse algum faa parte de seu convvio ntimo (SILVA, 2008, p.44).
Apesar de serem totalmente normais na sociedade, casarem, terem filhos e fazerem
todas as demais coisas cotidianas, tudo faz parte de um jogo bem arquitetado por questes de
sobrevivncia. Ou seja, eles no querem ser vistos e taxados, como verdadeiros predadores
sociais, que o que so. Mesmo com toda essa farsa, so incapazes de terem afeto ou
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sentimentos pelos os outros, jamais se colocam na posio do outro e nem se sensibilizam com
a dor alheia. No mbito profissional, so extremamente talentosos e habilidosos, justamente por
serem muito astutos.
Os psicopatas em geral so indivduos frios, calculistas, inescrupulosos, dissimulados, mentirosos, sedutores e que visam apenas o prprio benefcio. Eles so incapazes de