criminologia -polícia civil

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CRIMINOLOGIA Policia Civil Escola Clássica Ate sec. XVII não havia uma visão determinada em relação ao crime, era a própria vitima a própria família que resolvia a situação. A resposta ao delito se baseava em uma vingança do próprio individuo, de sua família ou da coletividade. A vingança como reação ao delito foi à forma encontrada ate o inicio da escola clássica, seu percussor chamado Beccaria com suas ideias influenciou o pensamento a partir do século XVII, entendia que os delitos e as penas deveriam estar previstos em lei, reagiu-se também contra os castigos corporais e os suplícios existentes ate aquela época. Princípios da escola clássica Delito Passa a ver o delito como uma entidade jurídica prevista por lei publica para atingir todos os cidadãos. Delinquente Individuo normal igual a qualquer outro cidadão Fatores criminógenos Não existiam na escola clássica fatores que influenciem na conduta delitiva. Livre arbítrio Para a escola clássica o criminoso tinha livre arbítrio, seria livre para escolher entre o bem e o mal. Pena Seria uma forma de retribuição pelo mal causado. Medida da pena 1

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CRIMINOLOGIA Policia Civil

Escola Clássica

Ate sec. XVII não havia uma visão determinada em relação ao crime, era a própria vitima a própria família que resolvia a situação. A resposta ao delito se baseava em uma vingança do próprio individuo, de sua família ou da coletividade.

A vingança como reação ao delito foi à forma encontrada ate o inicio da escola clássica, seu percussor chamado Beccaria com suas ideias influenciou o pensamento a partir do século XVII, entendia que os delitos e as penas deveriam estar previstos em lei, reagiu-se também contra os castigos corporais e os suplícios existentes ate aquela época.

Princípios da escola clássica

Delito Passa a ver o delito como uma entidade jurídica prevista por lei publica para atingir todos os cidadãos.

DelinquenteIndividuo normal igual a qualquer outro cidadão

Fatores criminógenosNão existiam na escola clássica fatores que influenciem na conduta delitiva.

Livre arbítrioPara a escola clássica o criminoso tinha livre arbítrio, seria livre para escolher entre o bem e o mal.

PenaSeria uma forma de retribuição pelo mal causado.

Medida da penaProporcional a este mal.

Preocupação da escola clássicaPreocupava-se com a legalidade e com a justiça, ignorando a figura do criminoso.

Lei Deveria prever todos os crimes e as penas

JuizApenas aplica a lei, não analisando o caso concreto.

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A escola clássica nada colaborou para a prevenção do crime, pois ignorou o criminoso e os fatores criminógenos, mas teve o mérito de humanizar o sistema penal.

Beccaria – Escola clássica1- Passa a ver todos os indivíduos de forma igual2- Lei publica que atingia todos os cidadãos3- Pena igual ao mal causado4- Não acreditava em fatores criminológicos, e sim em livre arbítrio5- Nada colaborou para a criminologia, apenas humanizou o sistema das penas

Gal – Funda a antropologia criminalLavater – Tenta ligar certos comportamentos nas áreas cerebraisPinel – Funda a psiquiatria Darwin – Foi o primeiro a dizer que o criminoso e um ser atávico, ou seja, com características de seus ancestrais, o que foi a base para a próxima escola, que foi a escola positivista.

Escola positiva

Cesare Lombroso Tem como precursor Cesare Lombroso médico do sistema penitenciário que começou a realizar autópsia e a estudar o cérebro dos criminosos. Encontrou no cérebro de um famoso criminoso uma anomalia própria de ancestrais e concluiu que existia um criminoso nato com caracteres independentes da hereditariedade com tendência epilética e com alterações da fisionomia.Este criminoso nato seria um ser atávico, isto é teria características de ancestrais.

Atávico = lembrar de regressão

Lombroso – primeiro a usar o método científico método empíricoLombroso ligava o criminoso a um determinado tipo de fisionomia

Lombroso marca o inicio da criminologia cientifica, pois seu método se baseou na observação, entretanto ignorou outros fatores e estigmatizou os indivíduos que tivessem as características fisionômicas descritas por ele.

Enrico Ferri A seguir surge Enrico Ferri, que se opôs a Lombroso, pois entendia que fatores individuais como raça, cor da pele, situação econômica etc. fatores físicos como clima estação do ano e fatores sociais como religião, família, educação influenciaria no comportamento do criminoso

Princípios da escola positiva

DelitoSeria um fato humano e um fenômeno social.Como fato humano seria regido por leis naturais com causas biológicas, físicas, e sociais.

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Delinquente Seria um anormal.

Fatores criminógenosÉ o que levaria estes indivíduos ao crime podem ser biológicos ou endógenos vindos da própria hereditariedade ou externos também chamados de exógenos vindos dos meios externos.

Livre arbítrioNão existe o livre arbítrio, o criminoso é um escravo da hereditariedade e do meio em que vive e não tem condições de escolher entre o bem e o mal.

Pena A pena ou castigo dependeria da sua periculosidade assim como a medida da pena.

Medida da pena A pena ou castigo dependeria da sua periculosidade assim como a medida da pena.

Preocupação da escola positiva A preocupação da escola positiva e com o criminoso nos sentido de identificar os fatores que o levam a conduta criminosa.

JuizDeveria adequar à pena a periculosidade do criminoso

AtençãoFatores biológicos – organismo do individuoEndógenos – fatores hereditários Exógenos – meios externos Mesológicos – fatores sociais

Pensamento psicossociologico de Tarde

O criminoso seria um profissional que necessitaria de um tempo de convivência com os comparsas para aprender como se comportar para imitar o comportamento.Desta forma o crime se pareceria com uma indústria tendo um chefe, e seguindo a moda, a este comportamento de reprodução dos comparsas damos o nome de mimetismo

Mimetismo = reprodução, imitação de comportamento

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CRIMINOLOGIA HOJE

Conceito atual de criminologia

E a ciência que estuda o crime o criminoso a vitima e o controle social da delinquência que incluem a prevenção e a intervenção (tratamento).O crime deixou de ser comportamento para ser problema.Este conceito corresponde a encarar o crime como um problema que envolve o criminoso a vitima e toda a sociedade. Entretanto o estudo da criminologia nunca levara a conclusões definitivas, isto porque o criminoso é mutante, assim como o contexto social.

A criminologia se preocupa com os fatores que levam o individuo ao crime, assim como as causas da criminalidade, procura buscar as razões daquela criminalidade, já o direito penal se preocupa com em manter a paz social a ordem a segurança não importando os fatores e as causas do crime.O direito penal ainda se fundamenta no livre arbítrio da escola clássica.A criminologia se preocupa com a segurança dos indivíduos e com o combate eficaz da criminalidade partindo da sua origem

Direito penal – precisa agir resolver o conflito causado, sem se preocupar ao que levou o individuo a cometer o delito.Criminologia – se preocupa com o combate eficaz da criminalidade partindo da sua origem

Método da criminologia

O método utilizado pela criminologia baseia-se no empirismo e na interdisciplinaridade.Empírico porque parte da analise observação e indução, os fatos são observados analisados na busca de um ponto comum.Empírico (todo método indutivo é empírico) = o ponto de partida parte do geral para o particular.Já o direito penal se utiliza do método dedutivo que parte do particular para o geral, também chamado método abstrato A criminologia se utiliza dos conhecimentos de outra ciência como a sociologia a psiquiatria a psicologia criminal, mas é uma ciência autônoma, estes conhecimentos são integrados comparados pela criminologia.A criminologia e ciência autônoma.

Funções da criminologia

A função básica da criminologia é fornecer a informação que será utilizada na:

1- Formulação Formulação e desenvolvimento de modelo explicativos do comportamento criminoso, biografia de criminosos, e carreiras de criminosos são estudados para buscar a origem do comportamento criminoso, que vai ser fundamental na prevenção.

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2- Prevenção Para o direito penal a prevenção do delito esta no efeito dissuasório (desestimular) da pena. Para a criminologia a visão é outra, pois se baseia na nocividade da pena. A criminologia diz que o mecanismo do crime e mais complexo, a atuação tem que ser ampla não apenas no criminoso, mas toda a sociedade tem que estar envolvida na prevenção a severidade de uma pena não previne.

3- Pena Em relação à pena, o efeito possível vai depender da rapidez do castigo para que seja feita pelo criminoso a ligação crime-castigo, a pena severa, o castigo severo não intimida o criminoso, porque ele avalia em primeiro lugar a probabilidade de ser punido.

4- Intervenção no homem delinquente Não adianta intervir apenas enquanto o criminoso estiver preso, ele necessita ser ressocializado, necessita de uma intervenção para que seja aceito na família no emprego e neste aspecto deve a sociedade assumir a sua parte já que o criminoso e membro daquela comunidade.

A resposta cientifica ao crime apresenta três fases:

1º fase - ExplicativaQue depende da criminologia (causa explicação do crime, onde esta a causa, se da pela criminologia)

2º fase - Decisiva Cuja resposta e dada pela política criminal que aproveita toda a informação da criminologia para traçar estratégias de combate ao crime.

3º fase – OperativaOnde normas gerais e obrigatórias são então determinadas pelo direito penal.

Estas três ciências (criminologia, política criminal e direito penal) compõem o que chamamos de ciências criminais.A atuação das três ciências fecha o entorno do crime, uma só não adianta, tem que haver a união das três ciências.

Objetos da criminologia

CrimeDesde Adão de acordo com a bíblia vamos encontrar infração e a lei que foi imposta.Também na morte de Abel por Caim, vamos ver uma conduta agora violenta.Nos dois casos a resposta também foi violenta, uma vez que tanto Adão e Caim perderam os privilégios.A violência pode estar não apenas na ação, mas também na resposta, isto é, no castigo da infração cometida.

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A violência e utilizada ate hoje como instrumento de poder e as razões desta violência nem sempre são desvendadas.Não existe nenhum povo ou nação que não tenha presenciado qualquer atitude contraria as leis impostas, então sempre vai haver os que infringem a lei, chega-se a falar em normalidade do delito, isto é, o fato de alguém contrariar a lei é normal, não é o crime em si que é normal.

Sempre que houver normas, alguém ira infringir, então é normal infringir a lei, e não o crime que é normal.

Chega-se a falar que “o delito é necessário” em uma sociedade, pois fornece emprego para juízes, MP, delegados, policiais, paradoxalmente colabora para a coesão social.Por quê? Através da sua repressão e imposição da pena ao infrator, o estado demonstra que cuida do seu cidadão.Então o delito é funcional em uma sociedade também porque fornece diretamente empregos como acontece no narcotráfico. Além disso o delito controla o próprio delito. Exemplo: quando a disputa por um ponto de trafico, ou quando impedem a entrada de uma determinada droga no mercado.Na sociedade globalizada: existe uma minoria que quer se igualar a Deus e dominar os menos favorecidos. A grande maioria que luta por moradia, atendimento médico buscam apenas condições dignas, isto é quer ser igual ao próprio homem. Os crimes da minoria que elimina qualquer pessoa que se interponha no caminho são piores do que os que da maioria que rouba e furta para sobreviver, entretanto apenas estes últimos são chamados de delinquentes. Dessa forma é uma utopia falar em erradicação do crime devemos sim ter por objetivo um controle razoável e efetivo da criminalidade.

Delito Comportamento individual e um problema social e comunitário.Social: porque causa sofrimento em toda a sociedade, inclusive na vitima e no agressor.A criminalidade real de uma sociedade depende da sua reação aos comportamentos que vão ser definidos como crime.O crime varia de uma sociedade para a outra (às vezes em um país e crime, em outro ou não, e a realidade daquela sociedade que vai tipificar determinada conduta como crime ou não crime).Alem disso não basta tipificar uma conduta se ela não for denunciada, se não houver uma intervenção eficaz da policia e uma atuação pouco discricionária dos juízes.

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Classificação dos criminosos nos vários períodos

Criminoso

Escola Clássica Um ser normal

Escola Positivista

Um ser anormal escravo das tendências e do meio, e o determinismo biológico e social.

Lombroso- o criminoso tem carga hereditária, criminoso nato, não pode fugir disto (individuo biológico).

Enrico Ferri- e escravo do meio, para ele o delinquente não escolhe onde iria nascer se era em um meio ruim ou não (individuo social).

Marxismo O criminoso é uma vitima a culpa é da sociedade

Atualmente Um ser biopsicossocial, real que pode ser normal ou anormal, pode ter defeitos e qualidades como qualquer outro individuo.Se tiver fatores endógenos, isto é tendência hereditária são apenas predisponentes devendo atuar outras causas como fatores desencadeantes.

Classificação de Hilário Veiga de CarvalhoA classificação de Hilário Veiga de carvalho baseia-se na atuação dos fatores endógenos que são os biológicos e dos fatores sociais que são os mesológicos dentro do meio social.

1- Mesocriminoso puro(só social)Depende da atuação exclusiva de fatores do meio social (a ocasião faz o ladrão)Exemplo: índio que não conhece a regra das cidades e aqui comete um delito que lá na sua aldeia e comum.

2- Mesocriminoso preponderante (social acima do biológico)Tem os dois fatores, mas o meio social prepondera sobre o biológico

3- Mesobiocriminoso(social =biológico)Tem os dois fatores, meio social e biológico em igual proporção.

4- Biocriminoso preponderante (biológico acima do social)Tem os dois fatores com predomínio do biológico

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5- Biocriminoso puro(somente biológico)Só tem fator biológico

Classificação de Candido MotaClassifica os criminosos articulando-se com a classificação anterior

1- Criminosos ocasionais Mesocriminosos puro.São levados ao crime por situações do meio externo que os instiga e eles reagem com uma fraqueza do senso critico.Normalmente ele não seria um criminoso, mas é instigado a isto.Exemplo: trabalha em uma empresa onde todo mundo da uma roubadinha, porque não fazer também.São classificados como mesocriminosos puro, se presos, geralmente se corrigem. Os crimes praticados são furto e estelionato

2- Criminosos impetuososMesocriminoso preponderante É indivíduos que matam pela honra, amor a honra, mas costumam ser honestos e apenas agem em curto circuito se houve um estimulo do meio Aqui existe a potencia para o crime que precisa ser desencadeada por uma situação.Ele não planeja, reage sem pensar, e mesocriminoso preponderante.Aqui se enquadram os crimes passionais e os criminosos de transito.

3- Criminoso habitualMesobiocriminoso Geralmente vem do meio pobre, liga-se a gangue desde pequeno, corrompe-se moralmente o crime é profissão, mas morre pobre, pois não sabe lidar com dinheiro. Se tiver instrução e vem de um meio melhor planeja assalto a bancos, sequestro, e crimes mais elaborados.O componente biológico tem maior importância neste caso, mas a eclosão do comportamento delitivo depende do meio, são mesobiocriminoso do meio.Este individuo já tem uma tendência hereditária considerável, mas não podemos dizer que será criminoso só por causa disto, senão estaríamos voltando a Lombroso.

4- Fronteiriço criminosoBiocriminoso preponderante Aqui se enquadram indivíduos situados entre a normalidade mental e a doença mental. São frios, insensíveis que não tem arrependimento. Tem aparência normal, enganando ate o psiquiatra.Tem o mal na sua essência, predomina o biológico, tanto que já se observam atrocidades com animais desde a infância, mas espera ou criam uma situação no meio para extravasarem o impulso mórbido. Por isto nos crimes violentos que praticam não há uma motivação plausível.(não passa fome, nem tem uma vida difícil)

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Exemplo: casos de parricídio.

5- Loucos criminosos Biocriminoso puroOs impulsos mórbidos nascem exclusivamente da sua própria cabeça, os crimes praticados podem ser premeditados ou não, mas não se encontra qualquer motivação ou estimulo do meio externo, geralmente não fogem da cena do crime, mas também a prisão não lhes diz nada são biocriminoso puros, só dependendo da herança genética. Geralmente são esquizofrênicos paranóide (tem alucinações auditivas ou visuais, por isto às vezes age contra pessoas que nem conhece em razão destas vozes).

Prognostico criminológicoExistem três tipos de avaliação dos criminosos sujeitos a pena privativa de liberdade:

Exame criminológico Aqui o criminoso é examinado em relação a sua conduta delitiva, tentando-se identificar os fatores predisponentes as causas existentes é uma pericia que tenta avaliar a dinâmica dos crimes cometidos, o criminoso passa por uma avaliação medica psicológica e social e vai ter como resultado o diagnóstico criminológico que permitira analisar a possibilidade de reincidência, permite fazer um prognostico a respeito daquele individuo.Deve ser feito logo na entrada quando o criminoso ainda não sofreu influencia da vida carcerária, e esta mais próxima do delito que cometeu.O exame criminológico esta prevista no art. 8 da LEP e no art. 34 CP.

Art. 8º da LEP.O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução

Art. 34 CP- O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução.

O exame criminológico é uma pericia na qual o condenado a pena privativa de liberdade em regime fechado é avaliado em relação ao delito cometido na tentativa de encontrar as causas.Pode ser aplicada também aos condenados a regime semi aberto. Consta de uma investigação médica, social, e psicológica, que vai permitir ao final dar um diagnostico e a partir daí traçar um prognostico assim a possibilidade de se prever a reincidência. O momento ideal para a realização deste exame e logo na chegada ao estabelecimento prisional, pois e o momento mais próximo do crime cometido, e ainda não houve contaminação pelo sistema.Quem realiza este exame é o Centro de observação (CO) conforme previsto nos art. 96 a 98 da LEP.

Art. 96. LEP No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação.Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas.

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Art. 97. LEPO Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal.

Art. 98. LEPOs exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação.

Este centro existe no estabelecimento prisional, ou se não houver o Centro de observação de outro local fará este exame, não existindo centro de observação o exame será feito pela Comissão Técnica de classificação. O exame criminológico juntamente com o exame de personalidade permite a classificação para individualização da execução da pena.

Exame de personalidade Não é pericia, pois não fornece elemento de prova alem do mais é realizado pelas comissões técnicas de classificações, que existem no estabelecimento prisional, e acompanham a execução da pena, desta forma seria antiético que esta comissão emitisse um laudo pericial sobre o processo no qual esta envolvida.Exemplo: medico de plantão atende um acidentado, trata, ai esta vitima vai fazer laudo o IML, por acaso este medico é do IML, ele não pode fazer um laudo em cima do que já esta comprometida, não poderá fazer um laudo em cima do que ele acompanha.O exame de personalidade analisa o condenado como pessoa investigando a sua historia de vida e muitas vezes é realizado através de uma entrevista de inclusão na chegada do condenado ao estabelecimento prisional, esta entrevista é realizada por técnicos com base em formulários pré estabelecidos podendo-se adicionar o que for necessário a avaliação do caso.

Hoje e necessário um laudo do diretor do presídio dizendo que há um bom comportamento do preso para que ele progrida de regime, mas o juiz não é obrigado a se basear nisto podendo pedir um laudo mais apurado para a comissão técnica de avaliação para verificar a possibilidade ou não ode progressão de pena.

O parecer das comissões técnicas de classificações já não é necessário para a progressão do regime de acordo com o art. 112 LEP combinado com o art. 83 III CP.Basta que o diretor do presídio confirme o bom comportamento, o que não será uma garantia de que cessou a periculosidade, e também não garante que o condenado não ira reincidir nem que tem possibilidade de ressocializar, o juiz utilizara esta afirmação do diretor apenas como mais um elemento de prova podendo solicitar novo exame criminológico e de personalidade

VitimaComo a criminologia encara o crime como um problema preocupa-se não apenas com o criminoso, mas também com a vitima.

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Temos dois tipos de vitima:Contribuição da vitima para a gênese e desenvolvimento do delito.(vitima não inocente)Nem sempre o comportamento da vitima esta em oposição ao do agressor, mas com ele se funde daí falar-se em periculosidade vitimal

1- Síndrome de Estocolmo e violência domestica

Começou em Estocolmo, uma vez um banco foi assaltado, e houveram diversas pessoas como reféns por vários dias, após este período no momento da libertação houve uma comoção geral, onde vitimas e bandidos se abraçavam, e nenhuma das vitimas queriam denunciar os bandidos.A síndrome de Estocolmo ocorre quando agressor e vitima ficam algum tempo convivendo ou moram juntos, a vitima estabelece uma identidade afetiva com o agressor que perdura no tempo e faz com que ela não denuncie as agressões e mais justifique as atitudes do agressor culpando o governo as desigualdades sociais etc. esta síndrome pode ser observada nos casos de violência domestica.

2- Crimes sexuaisA mulher no ritual da conquista muitas vezes cria ou desencadeia na mente do agressor aquilo que já estava sendo cultivado, o agressor procura a vitima propicia que ira oferecer menos resistência assim diante da queixa de um crime sexual dependendo de outros dados deve-se analisar a personalidade da vitima investigando o seu conceito na comunidade se e recatada no vestir ou falar, se teve laços afetivos anteriores com o agressor, se repudiou o assedio se reagiu ao ataque e se houve espaço de tempo longo entre a agressão e a queixa.

3- Estelionato A vitima de estelionato muitas vezes objetiva lucro fácil e não se preocupa com a honestidade do estelionatário e leva a melhor por ser profissional, de modo geral não vitimas fáceis os idosos, pela fraqueza física e mental e os doentes metais que são sugestionáveis.

Reparação do dano a vitima(vitima inocente)A partir do momento em que o estado assumiu a persecução criminal a vitima passou para uma posição secundaria deixando de ser uma pessoa real para se tornar uma pessoa abstrata formal um sujeito processual, esta neutralização da vitima é necessária para a imposição da pena ao agressor contra tranqüilidade, entretanto alem dos danos materiais físicos psicológicos, morais decorrente do crime a vitima passou a sofre danos adicionais pelo tratamento dispensado a ela pela maquina judiciária que a trata com descaso, desconfiança e não lhe fornece informações sobre o processo.Esta é a sobrevitimização do processo penal, ou vitimização secundaria.Alem disto a sociedade não apóia a vitima e muitas vezes a julga aconselhando-a a não denunciar o crime, pois de nada vai adiantar, e pode

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provocar o revide do agressor, esta é a vitimização terciaria responsável pela chamada cifra negra, composta pelos casos que não chegam ao poder judiciário.A cifra negra e responsável pela falha das estatísticas oficiais.

Efeito dominó

1- As vitimas não denunciam todos os crimes a policia

2- A polícia não transmite todos os crimes ao ministério publico

3- O ministério público arquiva uma parte dos casos

A justiça penal ordinária passou a ser desacreditada pela vitima que em virtude das conseqüências sofrida muitas vezes necessita ser ressocializada, pensou-se então em estabelecer espaços diferentes para a alta criminalidade que continuaria ocupar um espaço de conflito onde haveria total respeito aos direitos e garantias (processo penal), e um espaço de consenso destinado a media e baixa criminalidade onde se daria preferência à composição dos danos as penas alternativas não privativas de liberdade, este espaço de consenso favoreceria tanto o agressor quanto a vitima permitindo mais fácil ressocialização do agressor e reparação de dano a vitima. Esta conciliação existe no juizado especial criminal estando nas mãos da vitima a decisão pela conciliação. Propõem-se também procedimento totalmente informal nos quais participam um mediador leigo principalmente nos conflitos familiares, não interessa a prisão do agressor que mantém a casa, mas uma solução dos conflitos daquela relação. Entretanto discute-se o que seja um crime de pequeno potencia ofensivo quando antecede um crime mais grave, como o crime de ameaça.

MediaçãoToda vez que temos uma terceira pessoa no meio ocorre à mediação Agressor, vitima mediador (fiel da balança) Este mediador e pessoa leiga Aqui não há hierarquia, a mediação e muito usada quando se discute a parte econômica, e na composição de danos

ConciliaçãoTipo de mediação de danosAqui temos a figura do juiz A conciliação é utilizada quando se quer resolver conflito de relação.

O art. 245 da CF fala a proteção dos sucessores da vitimaArt. 245 CF. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso, sem prejuízo da responsabilidade civil do autor do ilícito

O art. 59 CP fala da vitima no CP, o comportamento da vitima vai influir na quantidade de pena do agressor, aumentando-a ou diminuindo-a.O comportamento da vitima é visto como fator criminógeno

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Art. 59 CP- O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.

O art. 65 III CP falada atenuante para o agressor Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:III - ter o agente:

O art. 121 § 1 CP fala atenuante para o agressor.Art. 121 - Matar alguém:Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.Caso de diminuição de pena§ 1º - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

O art. 25 CPArt. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

CTB art. 297 Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime

Violência contra a mulher A justiça penal ordinária muitas vezes provoca o aumento desta violência e talvez soluções mais informais através dos juizados especiais seja a solução, entretanto a lei 11340 no seu art. 7 B autorizando a criação de juizados especiais de violência impede que tais casos sejam encaminhados no momento, pois estes juizados ainda não foram criados.

Art. 14.  Lei de violência contra a mulher Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.Parágrafo único.  Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.

Controle social do delito E o quarto objeto da criminologia Crime, criminoso, vitima e controle social do delito.Para os positivistas bastaria a interpretação e a adequação da lei, além do tratamento igualitário, a policia o processo penal seriam mera correntes de transmissão. Assim a população carcerária refletiria a criminalidade real.

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Atualmente as novas teorias acreditam que o mais importante e a forma de aplicação da lei, pois o sistema e seletivo e discriminatório localizando a criminalidade as classes mais baixas.O controle social do delito hoje e entendido como um conjunto de estratégias que visa manter a disciplina social para tal conta com agentes informais e formais.Agentes informais = família, escola, etc. e atuam longo prazo através de sentimentos de condutas morais transmitidas aos indivíduos, da resultados a longo prazo mas a população necessita de uma atuação mais rápida e repressiva e depende dos agentes formais.Agentes formais = policia, processo, certa forma o ideal é a associação destas duas formas de controle formal e informal.

Prevenção do delitoAtualmente entende-se que a prevenção:

1- Deve atacar as origens do delito (gênese)2- A principal prevenção deve ser social, ou seja, deve envolver toda a

sociedade, pois tanto o agressor como a vitima pertence a comunidade. 3- Apenas evitar a reincidência é uma intervenção tardia pois o crime já

ocorreu.

1- Prevenção primariaTem por objetivo atacar as causas do crime para neutralizá-las antes que o crime ocorra e direcionada a todos os cidadãos e dependem de políticas culturais (escolas) políticas econômicas (emprego), e políticas sociais (qualidade de vida), necessitam da boa vontade dos governantes e atua a longo e médio prazo. E mais genuína porque ataca as causas.

2- Prevenção secundaria Atua onde e quando o delito se manifesta, enquanto na prevenção primaria o alvo era toda a população na prevenção secundaria o alvo é a população de risco tanto de delinqüir como o de se tornar vitima.Atua a curto e médio prazo e depende de uma política legislativa penal e da ação policial preventiva.Exemplo: praça onde rola trafico de drogas vai atuar ali para evitar que o resto da população em volta venha se tornar usuário de drogas.Isto sempre implica na restrição da liberdade do cidadão.

3- Prevenção terciaria E a mais repressiva atua apenas nos presos e (isto é parcial), alem disto e uma prevenção tardia, pois o crime já ocorreu e insuficiente pois apenas evita a reincidência.

Objetos do direito penal

1- Manter a segurança jurídica Garantir que todos cumpram a lei.A pena vai agir tão por intimidar quem esta sendo apenado, e também no restante da população, nos que ainda não delinqüiram para que não o faça, vai servir de exemplo.

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Isto é o que chamamos de prevenção geral

2- Proteção da sociedade – defesa socialA pena agiria no próprio delinqüente para que ele não reincida, atuando no próprio apenado.Isto é o que se chama em prevenção especial.

O direito penal acredita na função dissuasória (de desmotivação) da pena para uns o direito penal tem por objeto a segurança jurídica servindo à pena para que os que ainda não delinqüiram não o façam. Esta é a prevenção geral.Para os que acreditam que o objeto do direito penal é a defesa social a pena teria efeitos preventivos sobre o próprio Delinquente evitando a reincidência, é a prevenção especial.

Moderna política criminal de prevençãoTem por objetivo:

1- O controle razoável do crime 2- Os meios utilizados devem ser compatíveis com os custos sociais 3- Deve-se atuar nas causas, na origem do delito cuja efetividade se

manifestara em longo prazo.4- A prevenção é sempre social e comunitária 5- As prestações devem ser positivas, isto é não basta reprimir o individuo

precisa ter chance de sobrevivência.6- A prevenção deve ser planejada de forma cientifica e objetivar alem da

diminuição da reincidência a diminuição de novos crimes.

Fatores desencadeantes do comportamento delitivo Lombroso falava do criminoso nato, que a pessoa já nasce criminoso, nada pode impedir que o indivíduo deixe de ser criminoso.Quando falamos em criminosos por tendência congênita temos que diferencia o que é hereditário o que é congênito.Criminoso por tendência Hereditário é aquela tendência potencial, que pode ou não vir átonaCriminoso por tendência Congênita é aquela que já esta manifestada ao nascer (o que da no mesmo com o criminoso nato).

O criminoso nato é aquele que já é criminoso ao nascer, isto é não haverá nada que possa afastá-lo do crime da mesma forma o criminoso por tendência congênita (congênito significa já estar presente a tendência ao nascer atualmente aceita-se o criminoso por tendência, isto é existe a empotencia como fator predisponente para a criminalidade que necessitara de fatores desencadeantes.

Enrico Ferri se opõe ao Lombroso, dizendo que não é so a constituição orgânica, e sim também os fatores ambientais e sociais para o desencadeamento do delito.

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Fatores sociais desencadeantes do comportamento delitivo.

1- Fatores sócios econômico Exemplo: pobreza, riqueza (levando a ganância)

2- Fatores sócios pedagógicos Exemplo: falta de instrução

3- Fatores sócios ambientais Exemplo: más companhias

4- Fatores sócios familiaresExemplo: desajuste familiar

Foi Enrico Ferri (escola clássica) que contribuiu para isto, com a sociologia criminal que iniciou este estudo. A sociologia criminal continua colaborando para a identificação destes fatores sociológicos (sociologia criminal).

Fatores biológicos ou endógenos do comportamento delitivo

Que podem pré dispor o individuo ao crime.Aqui houve uma contribuição da biologia e antropologia.

1- Fatores endócrinos Representados pelo aumento ou diminuição da secreção das glândulas endócrina como tiróide, hipófise, etc.Exemplo: pessoal que treina e toma anabolizante tem tendência a se envolver em crimes de agressividades.

2- Fatores hereditáriosRepresentados por alterações cromossômicas

A psicologia, a psiquiatria, e a psicanálise colaboram com o estudo da parte psíquica do criminoso de acordo com a psicanálise a criança chega ao mundo inadaptado como o criminoso e assim se mantém durante toda a infância.Na adolescência o comportamento do criminoso e o comportamento do não criminoso vão se diferenciarem na medida em o criminoso não consegue frear seus instintos.

Relação da psicopatologia com os crimes praticados

1- Normalidade mental Não existe um padrão de normalidade assim e considerado normal o que apresenta razão (entendimento) mais livre arbítrio (capacidade de autodeterminação) os crimes praticados por indivíduos normais apresentam sempre uma motivação afetiva ou sórdida.

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2- Retardamento mental.E uma alteração quantitativa da mente e se reflete principalmente na inteligência, mas também afeta o lado afetivo, as relações sociais.

a) Idiota Chamamos de idiota o retardado grave com idade mental de ate 3 anos.Às vezes se movimenta, mas se consegue se deslocar, e capaz de grande agressividade de estupros ou bestialismo (relacionado a animais).

b) Imbecil O imbecil é o que tem idade mental entre 3 e 7 anos e alem dos crimes sexuais serve como laranja e confessa crimes que não cometeu, pois não tem capacidade de argumentação

c) Débil Chamamos de débil o individuo com idade mental maior do que 7 anos ate 11 anos no maximo, são metidos a valentões e freqüentemente praticam crimes de lesão corporal.

3- Doença mental São as doenças que refletem as anomalias do pensamento, do sentimento e da conduta e alteração do juízo valorativo.Todas as demências que são de uma diminuição de todas as funções da mente.

Demência senil da idade, Alzheimer.Ele pratica crimes principalmente na doença senil, frequentemente o extinto sexual exaltado faz com que o idoso ataque crianças inclusive os próprios netos. Quando este idoso e casão com pessoa muito mais jovem pode praticar homicídio, por ciúmes.

PsicoseCaracteriza-se por ruptura com a realidade.Toda vez que ouvir a palavra psicose lembrar-se de alucinação, delírio.Aqui na psicose se enquadra a esquizofrenia, principalmente na forma paranóide onde predominam as alucinações auditivas, as vozes determinam o que o individuo deve fazer.

O esquizofrênico paranóide Os crimes praticados muitas vezes são violentos ate contra a própria mãe, e não há fuga da cena do crime, pois o individuo acredita ter agido em legitima defesa.

Maníaco depressivo ou distúrbio bipolar

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Outro tipo a psicose maníaca depressivo, ou distúrbio bipolar no qual períodos de desmedida euforia se intercalam com período de depressão.Na fase eufórica gastam muito dinheiro acreditando que vão ganhar muito podendo praticar furtos nesta fase.Na fase depressiva e capaz de matar toda a família e se matar a si mesmo em decorrência de algum fato ocorrido, pois se julgam responsável por todo mal causado a família.Toxicomania e alcoolismo Também são doenças mentais a toxicomania grave e alcoolismo crônico grave, pois afetam a razão e o livre arbítrio.

4- Perturbação da saúde mental Incluem os indivíduos que não são doentes mentais, mas também não são sadios.

NeurosesSão causadas por angustia mais ansiedade e diferentemente do doente mental o neurótico sabe que esta doente, mas não consegue reagir.Toque, transtorno obsessivo compulsivo.Na cleptomania, por exemplo, aquele ato obsessivo de furtar e no jogo patológico (jogo doentio que joga ate perder tudo) pode ocorrer delito de furto e estelionato.

Psicopata, sociopatas, louco morais, condutopatas São indivíduos geralmente inteligentes que não tem alucinações, mas são frios estando ausente qualquer afetividade perversos, mentirosos e jamais se arrependem a não ser das coisas que o afetaram ou o levaram a falhar. O condutopata tem a exato entendimento do caráter ilícito do fato, mas quando vem o impulso mórbido ele não consegue se comportar de acordo com este entendimento pratica qualquer tipo de crime, em especial parricídios, piromania (atirar fogo), e homicídios em serie.Os crimes caracterizam-se pela ausência de uma motivação plausível.

Por fim ainda se enquadram na perturbação da saúde mental as toxicomanias moderadas e leves e o alcoolismo crônico moderado e leve.

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