revista moda shoes brasil

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Moda, Tendencia

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TENDÊNCIA

COLUNA

MÚSICA

CINEMA

ENTRETENIMENTOREFERÊNCIA

SAÚDE

CRIATIVIDADE

DESIGN

SUSTENTABILIDADE

FASHION RIO

EVENTOS

OUTONO/INVERNO 2012

PASSARELA

CORES

INFORMAÇÃOTURISMO

GASTRONOMIA

MODA

ENTREVISTASSAPATOS

ESTILO

BOLSAS

MAQUIAGEM ACESSÓRIOS

REVISTA MODA SHOES BRASIL.

ASSINE

Page 7: Revista Moda Shoes Brasil

COLUMN

DESIGN

ENTERTAINMENT

SUSTAINABILITY

HEALTH

STYLE

AUTUMN WINTER

REFERENCE

CREATIVITY

INNOVATION

CINEMA

FASHION

FASHION RIO

ACCESSORIES

INTERVIEWSBAGS

EVENTS

MUSICCATWALK

MAKE-UP

GASTRONOMYCOLORS

TOURISM

SHOES

INFORMATION TREND

VOCÊ MERECE ESTAR À FRENTE.

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Page 8: Revista Moda Shoes Brasil

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Nossa Capa

ModeloFERNANDA RUTCKEVISKI

AcessóriosSIMON JÓIAS

BelezaPEDRO MENDONÇA

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Weltcom Gestão Empresarial Ltda.

DiretorJULIO RICARTE

Direção de RedaçãoPATRICIA GOMES

Direção de ArteAUGUSTO OLIVEIRA

Editor ChefeANGELO TOMASINI

JornalismoANGELO TOMASINI

PATRICIA GOMESVIVIAN SIEBRATATIANE SILVA

Moda Editora de Moda

LUCIANA NABERISNEYANA LUZIA BRITO

Arte Diagramação

AUGUSTO OLIVEIRA

DesignersAUGUSTO OLIVEIRA

WILLIAN RODRIGUESWILTON LIMA

Revisão TextualMARCELO OLIVEIRA

Foto da CapaMARÍLIA

Site Editora

VIVIAN SIEBRA

ColaboradoresDANIEL RIOS

IZABEL SILVEIRAMIRELLA LIMA

NÉLIMA BANDEIRASILVIO SOUSA

Tradução para o InglêsLUCIANA NABERISNEY

Fotos DesfilesAGÊNCIA FOTOSITE

Acessórios CapaSIMON JÓIAS

ComercialJULIO RICARTE

[email protected]

Anúncio e [email protected]

A Revista Moda Shoes Brasil é marca registrada de Weltcom Gestão Empresarial Ltda.

www.modashoesbrasil.com

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A Revista Moda Shoes Brasil é uma publicação quadrimestral, elaborada e editorada pela WELTCOM Gestão Empresarial Ltda. As matérias publicadas não necessariamente refletem a opinião da WELTCOM Gestão Empresarial Ltda. ou da Editora. A publicação se reserva o direito de adequar matérias e artigos enviados por colaboradores.

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Fazer o novo é sempre mais difícil. Porém, ele surpreende quando é realizado. Por falar em “realização”, é justamente essa a palavra que utilizamos para exi-bir o resultado das mais loucas ideias rabiscadas em um pedaço de papel. Sabe por que digo isso? De um, ou vários rabiscos, aqui chegamos, apresentando a você, Moda Shoes Brasil.

A número 1, the first, la première, como desejar. Eu prefiro “A primeiríssima”. Assim é a Moda Shoes Brasil, focada no setor de calçados e acessórios, mas falando todas as línguas e comunicando para todos os públicos.

O mais novo veículo da moda brasileira oferece estilo além das passarelas nacionais e internacionais, complementando com informações adicionais sobre, turismo, gastronomia, música, design e saúde de uma maneira descomplicada e inteligível, diferente dos roteiros e talentos convencionais.

Para começar, um brinde a 2012 com os mais diversos lançamentos de inverno do setor de calçados e acessórios em um ensaio sensacional. Quem pensava que a próxima estação seria em tons terrosos e pretos, se surpreendeu. As cores do verão invadiram a estação fria. Posso dizer que o color blocking pegou geral.

Nosso primeiro presente vem em forma de entrevista. Um papo mais que agradável com o designer de sapatos gaúcho Jorge Bischo! falando um pouco de sua trajetória e sucesso.

Sinta-se à vontade. A partir de agora esse mundinho é todo seu. Tenho cer-teza que irá curtir uma boa leitura acima de tudo. Quem não quer estar por dentro do universo da moda, não é mesmo!

Um grande abraço e até a próxima.

PRIMEIRÍSSIMA

Patricia GomesDiretora de Redação

THE VERY FIRSTMake The New is always more di"cult. However it surprises when accomplished. Speaking of “accomplishment”, this is pre-

cisely the word we use to display the result of the craziest ideas scrawled on a piece of paper. Do you know why I say this? Since one or many scrawl here we come! I present to you “ Moda Shoes Brasil”.

The Number One, The First, “ La Première”, as your prefer. I prefer to say “ The Very First”. So is The Magazine Moda Shoes Brasil, focused in footwear and accessories, but speaking every languages and communicating to all the readers.

The newest vehicle in the Brazilian fashion in addition to national and international runway supplemented with additional information about: tourism, gastronomy, music, design and health. In a straightforward and intelligible way, di!erent from conventional scripts and talent.

To begin, a toast to 2012 with the most diverse releases of winter collection footwear and accessories at a sensational trial. Those who thought the next season would be in earth tones and black was surprised. The colors of summer invaded the cold season. I can say that The “Color Blocking” is on top.

Our first gift comes in form of interview. More than a pleasant chat with the shoes designer Brazilian and gaúcho Jorge Bischo!, talking a bit of his history and success.

Feel the will. From now this little world is yours! I’m sure you will enjoy a good read above all. Who doesn’t want to be inside the world of fashion, isn’t it!

A big hug and see you later.

Patrícia Gomes

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por Nélima Bandeira

Ao visitar a cidade de Toronto, na América do Norte, é imperdível fazer uma visita ao Bata Shoe Museum. Localizado no co-ração da cidade, possui um acervo incrível idealizado por *Sonja Bata, uma apai-xonada por sapatos desde 1940. Quando começou sua coleção de calçados, nunca esperou que sua busca por artefatos excepcionais resultaria em uma coleção ímpar e em um museu de renome internacional.

Bata viajou o mundo em busca de sapatos de to-dos tipos e gostos, do comum ao mais extraordiná-rio. Seu envolvimento na indústria calçadista global e suas viagens de negócios frequentes, permitiram a construção de uma das melhores coleções do mundo, com riqueza de conhecimento de moda e informação histórica.

By: Nélima Bandeira

When visiting To-ronto, it is manda-tory not to go to

the Bata Shoe Mu-seum. Located in the heart of

the city. The museum contains an incred-ible collection designed by Mrs. Sonja Bata who has been in love with shoes since the 40’s started her collection and never expected that her search for exceptional artifacts would result in an amazing col-lection known worldwide.

Mrs. Bata travelled the world in search of all dif-ferent types of shoes. From the most common to the most extraordinary. Her involvement in the shoe industry allowed her to build one of the best collec-tions in the world. The collection contains a wealth of historical knowledge and fashion information.

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In 1995, the Museum openned its doors to the public and today it presents a collection with more than 13 thousand artifacts, covering 4,500 years of his-tory. The museum receives millions of visitors annually and is considered a his-torical jewel, used as a source of research and admired by those who have a passion for shoes.

The Bata shoe Museum’s exhibits reflect historical and sociological informa-tion of shoes. Walking through the galleries it is visible that since the beggining of human footwear, comfort and convenience were the main priorities in the fabrication of a shoe.

Some shoes are still manufactured in according to traditional models for special events but with modern tendencies.

For example, the Egyptian sandals, very popular in current international fashion have a big connection with the gladiator shoe.

The museum has a fascinating shoe collection from every decade from 1910 to 1990.

The collections in exhibit are updated every ten months, except for the fixed collection that belongs to Mrs. Bata which includes shoes from all over the world and from every decade.

In Bata’s collection we can also find a fairytale creation – a pair of crystal shoes that “belonged” to Cinderella, as well as her porcelain “wedding” shoe. An-other curiosity at the museum is a pair of astronaut boots.

Em 1995, o museu abriu suas portas ao público. Hoje, apresenta mais de 13 mil artefatos, abrangendo 4,5 mil anos de história. Recebe milhares de visitantes anualmente, especialmente o público feminino. O lugar é repleto de curiosida-des, sendo considerado uma joia histórica, aproveitado como fonte de pesquisa e admirado pelos que têm paixão por sapatos.

As exposições do Bata Shoe Museum apresentam informações sobre o valor cultural, histórico e sociológico dos calçados.

Caminhando pelas galerias é possível perceber que, desde os primórdios, o conforto e a praticidade eram as principais características na fabricação de um sapato.

Alguns deles ainda são produzidos de modo antigo como, por exemplo, na Chi-na. Os tradicionais modelos de madeira ainda são comercializados para eventos tradicionais, porém seguindo tendências modernas com pequenas alterações.

Os chinelos egípcios têm uma grande ligação com as sandálias gladiadoras. São estilos que estão presentes nas vitrines de Toronto, na atualidade.

O acervo do Museu tem uma fascinante linha do tempo onde podemos perce-ber a evolução do sapato de dez em dez anos, a partir de 1910 até os anos 1990.

As coleções em exposição no Museu são atualizadas de dez em dez meses, ex-ceto a fixa, que é a Coleção de Sonja Bata. Nela, estão sapatos do mundo todo e de todas as épocas. Podemos encontrar um sapato de cinderela, uma sapatilha de Crystal e o sapato de porcelana de seu casamento. Outra curiosidade é um par de botas de astronautas.

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Galeria imperdível é a do “Juno Award Winners”, que contém sapatos de Justin Bieber, Avril Lavigne e muitos outros famosos!

Para ver todo o museu com tempo de sobra é pre-ciso, no mínimo, de duas a três horas. Após o passeio, a dica é aproveitar um dos cafés ou restaurantes próximos ao local. O melhor dia para visita é terça-feira, a partir de 1h da tarde, pois o volume de vi-sitantes é menor e os sapatos podem ser melhor observados.

Another collection that cannot be missed is the “Juno Awards Winners” exhibit. It contains shoes which belonged to Justin Bieber, Avril Lavigne and other famous Canadian music artists.

To visit the museum with time to spare, 2-3 hours are needed. Following the visit , there are many cof-fee shops and restaurants on Bloor Street, right beside the Museum. The best day to visit the muse-um is on Tuesdays starting from 1pm.

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Horário de funcionamento:Segunda-feira ....................................................................... 10h – 17hTerca-feira .............................................................................. 10h – 17hQuarta-feira .......................................................................... 10h – 17hQuinta-feira ...........................................................................10h – 20hSexta-feira .............................................................................. 10h – 17hSábado ........................................................................................ 10h – 17hDomingo .......................................................................................12h – 17h

IngressosCategoria Preço

Adultos ......................................................................................................$14Idosos (A partir de 65 anos) .....................................................$12Estudantes (com ID) .........................................................................$8

Crianças*(5 a 17 anos de idade) ......................................................................$5 *Criança menor de cinco anos entra gratuitamente

Família ..................................................................................................... $24(1 adulto e até 4 crianças menores de 18 de idade)

Famílias ...................................................................................................$35(2 adultos e até 4 crianças menos de 18 de idade)

Toda quinta-feira à tarde das 17h às 20h, a ad-ministração do Museu sugere ao visitante pagar o quanto puder, com uma sugestão mínima de doação de $5.

*Sonja Bata – fundadora e Presidente do Museu.

Hours:Mondays .................................................................10:00am – 5:00pmTuesdays ................................................................10:00am – 5:00pmWednesdays ......................................................10:00am – 5:00pmThursdays ............................................................. 10:00am – 8:00pmFridays .....................................................................10:00am – 5:00pmSaturdays .............................................................10:00am – 5:00pmSundays ................................................................. 12:00pm – 5:00pm

AdmissionCategory Price

Adults .......................................................................................................... $14Seniors .......................................................................................................$12Studants (with ID) ..................................................................................$8

Children (5-17 years of age .................................................................................$5;Children younger than 5 years old, admission free.

Family ......................................................................................................... $24(1 adult, and 4 children under 18 years of age )

Family .......................................................................................................$35(2 adults, and 4 children under 18 years of age )

Every Thursdays from 5pm to 8 pm, the admission to the Museum is pay what you can , with a small donation of at $5

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Page 35: Revista Moda Shoes Brasil
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Seja você um estilista, modelista ou designer de mão cheia, deve saber que tem um momento, aquele que antecipa a gestação de uma coleção, em que a sua cabeça fi ca tonta com a enxurrada de informa-ções que chegam e desabam de todos os lados.

Hoje em dia, a máquina comercial de desbravar as tendências mais desejadas está cada vez mais so-fi sticada. Seja através da internet ou de guias de tendências, essa mesma máquina trata de deixar a pesquisa mastigada e fresquinha nas mãos do desig-ner, prontinha para ele trabalhar. E mesmo assim, o mar de informações não para de chegar.

A verdade é que o consumidor está cada vez mais completo em sua autonomia e consequentemen-te mais complexo de se conhecer, já que muda sua vontade e anseio em uma velocidade incrível. Assim, muita pesquisa chega com leituras diversas, porém, falando do mesmo cliente.

Para o inverno 2012, várias possibilidades já foram apresentadas e com certeza você designer, deve ter feito sua pesquisa particular, já de olho no perfi l do cliente e nas macrotendências da temporada. Va-mos passear por algumas delas para o universo dos calçados e da confecção e conhecer um pouco da moda da próxima estação.

FAÇAMSUASAPOSTAS

Silvio Sousa

Designer de calçados, consultor de moda e autor do blogwww.balcaodeestilo.blogspot.com

Page 37: Revista Moda Shoes Brasil

A cartela de cores é um verda-deiro mar de possibilidades. Tem cor para quase todos os gostos, o que promete fazer do próximo inverno um dos mais dinâmicos e ec-léticos dos últimos anos.

Em destaque, podemos citar o cinza e o amarelo que chegam sem nenhum pudor. O passeio continua com o dou-rado, ouro velho, prata, marrom e muito vermelho. Claro que o branco e o preto são presença garantida sem-pre.

Por falar em cores, o color blocking permanece mais vivo do que nunca. Desta vez se apresenta mais defi nido com cores sóbrias e menos cítricas nos pés.

O couro, fake ou não, sempre forte no inverno, chega dividindo a atenção com outros materiais bastante queridos e às vezes esquecidos pelos fabricantes e até mesmo pelos clientes. A ca-murça e as peles estarão reinando lado a lado com o couro.

Destaque para a camurça, que estará so-zinha em modelos específi cos como botas e ankle boots. O tricô e o crochê são outros elementos que serão incluídos a esse mix.

Por falar nelas, as botas e botinhas vão embarcar no inverno com muitas ferra-gens e com certo ar dos anos sessenta e setenta. Foco nas tachas e fi velas enor-mes. Já as ankle boots desfi larão com es-tampas de bicho, privilegiando a píton, que já deu as caras no verão e promete continuar seu legado de charme pelo inverno.

Sandálias para eventos mais sofi sticados pe-dem saltos cobertos e aplicações com tachas. Vejam os consagrados peep toes e a meia pata dianteira que juntamente ao bico mais fi no po-dem apresentar muito brilho. Já o ouro e a pra-ta, que geralmente são mais usados em festas de fi m de ano, agora se apresentam como elementos para todas as temporadas de 2012.

O couro, fake ou não, sempre forte no inverno, chega dividindo a atenção com outros materiais bastante queridos e às vezes esquecidos pelos fabricantes e até mesmo pelos clientes. A ca-murça e as peles estarão reinando lado a lado

Destaque para a camurça, que estará so-zinha em modelos específi cos como botas e ankle boots. O tricô e o crochê são outros

tampas de bicho, privilegiando a píton, que já deu as caras no verão e promete continuar

Sandálias para eventos mais sofi sticados pe-dem saltos cobertos e aplicações com tachas. Vejam os consagrados peep toes e a meia pata dianteira que juntamente ao bico mais fi no po-dem apresentar muito brilho. Já o ouro e a pra-ta, que geralmente são mais usados em festas de fi m de ano, agora se apresentam como elementos

Em destaque, podemos citar o cinza e o amarelo que chegam sem nenhum pudor. O passeio continua com o dou-rado, ouro velho, prata, marrom e muito vermelho. Claro que o branco e o preto são presença garantida sem-

Por falar em cores, o color blocking permanece mais vivo do que nunca. Desta vez se apresenta mais defi nido com cores

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Unanimidade em várias passarelas do mundo, o xa-drez chega com tudo. Estrela do inverno que já deu suas caras em outras estações, tornou-se uma das estampas mais queridas entre os jovens. Com isso, vira e mexe ele pontua de uma estação a outra sem perder o frescor. Dessa vez, surge em peças alonga-das e promete trazer elegância a casacos, calças e aos queridos sobretudos. Sua onipresença estará também nos acessórios, como bolsas e carteiras. Em alguns momentos se apresentam no estilo boho [abreviatura do termo “bohemian” que nomeia anda-rilhos da Europa Central e mais tarde os ciganos. Na moda, é uma mistura de elementos étnicos, hippie, nômade e country com uma pegada rocker].

Outra macrotendência da estação são as queri-das listras, que saltam do color bloking para as ruas da vida real. Dessa vez, fortemente tratadas por cores mais tranquilas, como o preto e o branco, o azul escuro e as tonalidades de cinza, perfeitamente verdadeiras para nossas ruas e para quem não quer parecer um “editorial de moda” chegando para um jantar de negócios.

Misture as estampas e seja mais feliz! Isso mesmo, misture com bom senso e descubra o quanto isso pode fazer bem para a sua imagem.

Teste com dois ou três tipos de xadrez ou listras com xadrez. Tente também listras com estampa ani-mal.

Vale para todas as idades, e se usado com sabedo-ria causa um efeito mágico. Claro que para misturar deve se prestar atenção em alguns detalhes impor-tantes, como: sempre unir estampas parecidas ou com a mesma cor.

A padronagem pode ser diversa, mas as cores sempre bem próximas. Se preferir com cores dife-rentes, busque o padrão, ou estampa igual.

Destaque para as estampas trend ou geométri-cas, que também estiveram em diversos desfi les internacionais. Cada vez mais forte, essa novidade promete desembarcar fortemente aqui no inverno assim como as estampas com relevo.

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Por Vivian Siebra

Que Paris é a capital mundial da moda todo mundo já sabe, virou até clichê. Agora o título de capital mundial do couro, nem todos sabem. Certo que tem a duração de apenas seis dias por ano (três fevereiro e três em setembro), trata-se de um dos maiores eventos espe-cializados em couro do mundo, a Le Cuir à Paris.

A feira está inserida na Première Vision Pluriel, onde estão todas as apostas de matérias-primas para as próximas estações. Profissionais de moda do mundo inteiro voltam seus olhares e alguns se materializam por lá. São 120 mil metros quadrados a percorrer, com 18 fóruns de tendências, 110 países visitantes e cerca de 45 mil profissionais internacionais para conhecer e trocar informações.

Em sua 22ª edição, a Le Cuir a Paris traz tudo o que vai ser novidade no verão de 2013, o que provavelmente veremos nas lojas daqui a um ano. Entre os dias 14 e 16 de fevereiro, os visitantes devem encontrar novidades em laminados, têxteis, couros e todo tipo de material para a produção da indústria de calçadista, artefa-tos e acessórios em couro, fabricantes de móveis e equipamentos de carros, decoradores de ambientes, distribuidores e designers. Segundo a organização, já estão confirmados 262 expositores, dos quais dez são novos, todos eles vindos de 17 países.

Desta vez a feira conta com uma novidade, a área dedicada à criação sob medida no setor de couro. Dou-ramento, marcação, gravação, tingimento, pintura, se-rigrafia, tecelagem, revestimento, bordados e combi-nações inesperadas que podem proporcionar grandes resultados no prêt-à-porter, acessórios e coleções de design de interiores. O foco é na experiência, inovação e técnica.

O espaço deve contar com grandes profissionais como Atelier Bettenfeld-Rosenblum (dobradura e dou-ramento do couro), Frédérique Lamagnère (design têx-til), Anais Allard (design/ técnica Shibori - curtimento ao cromo misturado à técnica do couro cozido), Gareth Bryn Lewis (design de acessórios), Didier Versavel (de-sign/ técnica colmeia), Lucie Monin (gravuras/ estampa em metal 22 quilates), Marie Beyer (especialista em lu-vas), Richard de Latour (estilista/ técnica patchwork), Georgina Brett Chinnery (Decoradora/ técnicas de su-perfície de couro) e Yolanda Oleary (Designer têxtil).

De acordo a produção, 18 designers irão apresentar os seus modelos de calçados, bolsas e roupas concebi-dos e produzidos em parceria com as principais casas de moda de luxo francesas e internacionais, fabrican-tes de couro e curtumes.

Três temas serão apresentados este ano. O primei-ro gera volumes geométricos e retro-futurista; O se-gundo tem um olhar irônico para o mundo imaginário dos shows de passarela de Paris e o terceiro dá uma volta por todas as cores do arco-íris.

ServiçoLe Cuir a ParisData: 14 a 16 de fevereiro de 2012Local: Paris Nord Villepinte – Françawww.lecuiraparis.com

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Por Angelo Tomasini

A moda, assim como o mundo contemporâneo, tem pressa. E a pressa exige cada vez mais novidades e produtos diferenciados. Talvez por isso o mercado esteja em busca de profi ssionais constantemente.Para descobrir os talentos, nada melhor do que um concurso. A fórmula é antiga (até os reis dos contos de fadas se utilizavam deles para escolher os noivos de suas princesas), no entanto, ainda são ótimas al-ternativas para encontrar um novo talento.Esses concursos pipocam por todos os lados e em todos os segmentos. Muitas semanas de moda se utilizam desse artifício para fomentar o meio. Um dos mais cobiçados no segmento do vestuário é o Ponto Zero, produzido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), Mercado Mundo Mix e Casa de Criadores. Cria desse projeto, a estilista paulis-ta Cynthia Hayashi acabou de vencer, em dezembro do ano passado, a edição brasileira do reality show “Project Runway”, chamado por aqui de “Projeto Fashion” e comandado por Adriane Galisteu, na Band.A Casa de Criadores, em São Paulo, reúne a new ge-neration da moda. Além do Ponto Zero, a Casa criou há três anos o Fashion Mob. Através de uma grande passeata pelas ruas da cidade, os candidatos exi-bem seus looks e são votados pelos jurados.

5CJ@NNo segmento de sapatos, bolsas e acessórios, as grandes feiras são responsáveis por fomentar os new talents. A Feira Internacional da Moda em Cal-çados e Acessórios (Francal) é uma das maiores do país e acontece em São Paulo. Há 17 anos conta com o Prêmio Francal Top de Estilismo. Na última edição, em outubro do ano passado, revelou cinco designers. As categorias (calçado masculino, calçado feminino, bolsa, bolsa ou calçado com material reciclado e de-senho de calçado infantil) foram analisadas pelos se-

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Lincoln Stefano de Oliveira Categoria: Desenhode calçado infantil

Cidade: Franca (SP)Idade: 26 anos

Formação: Técnico em calcados e estuda Design de Calçados

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guintes critérios: cunho comercial, conceito “Estilo Brasil”, criatividade, design diferenciado, originalidade, inovação, sistema de construção, material utilizado e princípios éticos.Para saber um pouco mais sobre os “novos nomes” da moda deste segmento, a Moda Shoes Brasil foi bater um papo com os vencedores. Inspiração, conceito e design foram temas discutidos por eles. Confi ra o resultado.

Moda Shoes Brasil – Como chegaram ao produto fi nal para concorrer ao prêmio?Alberto Eurípedes Conceição Lima - A princípio eu concorreria com outros pro-tótipos, mas na reta fi nal eles sofreram danos irreparáveis e não haveria tem-po para viabilizá-los. Levando em consideração o tempo restante e a inspiração em participar novamente deste conceituado prêmio, criei este projeto em ape-nas 08 horas [das 19:00 às 03:00]. A idéia nasceu na noite anterior, acordei com ela totalmente defi nida, levantei , peguei um lápis e um papel, então a esbocei. Senti muita confi ança ao desenhá-lo, então consegui forças para materializar a minha idéia. Arnaldo Calixto de Almeida – Na verdade eu tive a ideia do calçado para parti-cipar da 16ª edição, porém não tive tempo para concluir o produto, e com isso ganhei um ano para “afi nar” a proposta. Pensei em fazer o calçado com a ideia de jogos de carta, onde sorte e azar, competição, dinheiro e poder se misturam e é tudo o que a maioria dos homens gosta.Loreno Ross Brandão – O processo de concepção e produção não foi exatamen-te linear. Havia o tema “brasilidade” (tema do concurso), porém procurei fugir ao máximo dos modelos e imagens validados como representações clássicas da cultura brasileira. Mas percebi durante as pesquisas iniciais que era exatamen-te aos estereótipos brasileiros que deveria dedicar atenção: neles habitava a essência imagética a que deveria fazer contraponto. Uma ferramenta muito importante para o delineamento formal e conceitual do modelo foi a obra do antropólogo Darcy Ribeiro. Através de seus escritos pude entender melhor a di-nâmica desse Brasil em que vivemos hoje. Além disso, a arquitetura (de maneira generalizada) sempre se coloca como uma grande fonte de referências. Com o desenho da bolsa já defi nido, parti para a pesquisa dos materiais, couros, ferra-gens e adequações. Nessa etapa, tencionei ao máximo as possibilidades e limites da matéria-prima para que pudesse obter um bom resultado fi nal. Sandra Mara Moser – Na faculdade desenvolvi um projeto com sacolinhas plás-ticas, observando os critérios fundamentais do concurso como: toque de brasi-lidade (no estilo, design, cores, etc.) e o cunho comercial da produção. O conceito de construção “Estilo Brasil” foi o fi o condutor do prêmio, propondo ser uma ferramenta para reafi rmar a identidade da moda genuinamente brasileira. Criei a bolsa “Kaos”, inspirada na Cidade de São Paulo.

Sandra Mara MoserCategoria: Calçado ou bolsa

com material recicladoCidade: Brasília (DF)

Idade: 36 anosFormação: Instituto de Educação

Superior de Brasília (IESB)

Loreno Ross BrandãoCategoria: Bolsa Cidade: Belo Horizonte (MG)Idade: 25 anosFormação: Design de Produto - Universidade Estadual de Minas Gerais

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Lincoln Stefano de Oliveira – Para chegar ao produ-to final, antes de tudo eu assisti o desenho animado “Rio”. Depois de algum tempo e rascunhos comecei a colocar a ideia em prática, depois passei pro Corel-Draw e depois Photoshop.

MSB – Que conceito quiseram passar com o produto?Alberto – Gosto muito de peças com poucos deta-lhes, leves, suaves e orgânicos, porém que transmi-tem muito do que o artista sente. Tentei passar com esse modelo, um pouco do conceito minimalista, inspirado nas obras de Niemayer e nos morros do Rio de Janeiro. Também, um novo conceito no pro-cesso de fabricação, pensando no meio ambiente, pouca montagem, pouca ou quase nenhuma colagem, aproveitamento de materiais (solado e cabedal com mesmo material), valorizando o artesanal brasileiro. Enfim, tentei unir o rústico e despojado do couro com cara de madeira ao moderno e luxuoso estilo da transparência do policarbonato(acrílico) em formas elípticas.Arnaldo – Fiz um calçado para aquelas pessoas que querem demonstrar poder, estilo e, consequente-mente, se diferenciar dos demais.Loreno – Brasilidade contemporânea. O termo bra-silidade suscita no imaginário comum uma série de clichês tupiniquins. As magnânimas matas agora divi-dem espaço com numerosos edifícios; O ritmo alegre persiste, respondendo a um cotidiano abastado com gingado bastante característico, ao que se chama jeitinho brasileiro; A mulher de contornos voluptuo-sos desfila entre trabalho e samba, atravessando os dias com tanta força, quanto graça. Por tudo isso, um produto que diga sobre a brasilidade merece ir mais a fundo, reconhecendo a evolução de espí-rito, cores e ritmo deste país. Pode e deve ilustrar o equilíbrio que buscamos diariamente, conciliando sobriedade com sorriso, arroz com feijão, preto com branco. O laranja, pôr-do-sol, representa também nossa calorosidade: o bem receber, o afeto, o desejo, a alegria. As formas vivas e orgânicas fazem notar o movimento contínuo e natural de um povo que facil-mente se adapta a lugares e humores.Sandra – A nova categoria “Calçado ou Bolsa com Material Reciclado” é uma oportunidade de discutir com a sociedade a necessidade de preservar o meio ambiente através de questões do dia a dia que afe-tam a todos. Por exemplo, para confeccionar a Bol-sa Kaos, utilizei mais de 500 sacolinhas de mercado,

conseguidas com a ajuda dos amigos, demonstrando que essas sacolas podem ser substituídas de outras formas.Lincoln – Ao ver o filme [Rio], achei que tinha tudo a ver com o Brasil, então quis passar o conceito de brasilidade.

MSB – Por que resolveu servir carreira no design de moda?Alberto – Sou Modelista de Fôrmas e Solados. Com o tempo desenvolvi algumas habilidades que possuía desde muito cedo, que é a arte de criar, inventar, desenhar, construir. Gostei e faço isso hoje com mui-to esmero e venho cada vez mais me aperfeiçoan-do, pretendo cursar Desenho Industrial, Design de Produtos.Arnaldo – Sempre gostei e tive facilidade em dese-nhar, acredito que morar em Franca me ajudou a es-colher a carreira, mais se Franca fosse capital dos móveis por exemplo, eu estaria desenhando móveis.Loreno – Havia iniciado uma graduação em Artes Vi-suais, na mesma unidade do curso de Design de Pro-duto. Era um curso mais voltado para a licenciatura em arte, e não tinha um viés muito produtivo. Sentia falta disso. Fui me desprendendo um pouco daquele curso, porque o de Design me parecia mais interes-sante sob esse aspecto da produção. Então acabei por optar pela transferência. Eu já tinha certo inte-resse por moda. Nesse curso esse é um tema sem-pre recorrente. Depois de pouco tempo comecei a trabalhar na área.Sandra – Sou formada em administração e retor-nando minha vida após sofrer um AVC Hemorrágico, recomecei fazendo faculdade de Design de Moda. Estou feliz com esse descobrimento e gosto da li-berdade que essa área me proporcionada, combi-nada ainda com a beleza e satisfação de produzir coisas legais.Lincoln – Resolvi seguir a carreira de designer de calcados, porque sempre me atraiu essa profissão. Sempre admirei esse tipo de profissional dentro de cada empresa que já trabalhei em outras funções.

MSB – Quais as principais dificuldades que enfrentam os novos designers? Alberto – O Profissional, seja de qualquer área, que queira se destacar ou conquistar uma fatia do con-corrido mercado de trabalho, além de estudar mui-

Alberto Eurípedes Conceição LimaCategoria: Calçado feminino

Cidade: Franca (SP)Idade: 29 anos

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to pra saber a fundo o que está fazendo, tem que transpirar, inovar, pesquisar novos materiais, novas aplicações e novos conceitos. E isso se torna difícil para um profissional que recém deixou uma cadeira universitária, pois ainda não conhece as ferramen-tas e instrumentos para tais realizações. Acabam sendo redundantes nos seus trabalhos.Arnaldo – Experiência; Tem coisas que vêm só com tempo, e isso não tem como fugir. Confiança das empresas; O primeiro trabalho como design ajuda muito você ter um portfólio bacana, mais ainda não deu resultado para nenhuma empresa, porém, com trabalho + resultado se consegue a confiança.Loreno – Em primeiro lugar, a necessidade de se construir um repertório referencial. Esse reper-tório ou bagagem é essencial a todo designer que pretenda ter uma linguagem própria e caracterís-tica. A grande dificuldade é exatamente deixar de lado a pesquisa de tendência, o processo puramente criativo e partir para a prática. As duas etapas são complementares. Não é recomendável que se dedi-que exclusivamente a uma ou outra. Então é extre-mamente importante que o novo designer, além do processo criativo, conheça bem sobre os processos produtivos. Principalmente nesse último, quanto a novos designers, noto certo entrave ou falta de se-gurança. Sandra – As principais dificuldades para um desig-ner novo é a falta de experiência e oportunidade, principalmente em Brasília, onde não há uma tra-dição de modo como em São Paulo ou Rio de Janei-ro. Concursos são ótimos para motivar e também é uma forma de reconhecimento do trabalho que muitas pessoas já vêm desenvolvendo. É gratificante ver a nossa criação “ir além da sala de aula” e ter a visibilidade que um prêmio deste porte tem. Lincoln – No meu ponto de vista, as principais difi-culdades para um designer novo é o mercado muito competitivo e infelizmente a falta de reconhecimen-to do valor que agrega um designer dentro da em-presa. Mas acredito que isto em breve vai ter que mudar, para o bem da empresa.

MSB – Moda Shoes Brasil - Pretendem continuar no se-tor de calçados, bolsas e acessórios? Por que?Alberto – Sim, pretendo continuar fazendo o que mais gosto de fazer, que é a arte de ensinar na es-cola SENAI e em paralelo penso em realizar algumas assessorias como designer.

Arnaldo – Sim pretendo. Foi nessa área que fui re-conhecido e quero crescer cada vez mais, mais não descarto de me aventurar em outras áreas de de-sign como design de interiores, produtos em geral, design gráfico... Enfim, amo criar independente do que seja.

Loreno – Neste momento estou bem satisfeito com o setor. Pretendo futuramente ter contato com ou-tras áreas da moda e do design de produto em si.

Sandra – Mesmo tendo afinidade com o setor de calçados, bolsas e acessórios, tenho mais intimidade com modelagem e alfaiataria.

Lincoln – Por enquanto e sem tempo determinado pretendo sim continuar no setor calcadista. Para mim é uma paixão, me sinto bem todos os dias que acordo e vou para o trabalho. Assim também me sinto quando estou estudando. No momento não me vejo fazendo outra coisa.

MSB – Quem são os profissionais que admiram?

Alberto – Gosto muito de Oscar Niemeyer com suas curvas, Marc Jacobs, Coco Channel entre vários pro-fissionais da moda. Mas o que chama atenção são meus amigos designer e estilistas Salatiel Rodrigues, Tiago Melo, Débora Catelani Ligia Vila, Juliana Car-neiro, Getúlio, Valdir Guerra entre outros que vejo crescendo muito e realizando muitos trabalhos de encher os olhos.

Arnaldo – Contemporâneo, Julian Beever. A primei-ra vez que vi sua arte fiquei de boca aberta. Gosto também de Ms Escher e Salvador Dali, mas acredito que tem muito artista bom que não conheço, o mun-do é grande.

Loreno – Em termos de bolsas gosto muito do de-sign da Maria Bonita, Rogério lima e também de uma marca “belorizontina” chamada Adô. Me encanta muito o minimalismo da designer Phoebe Philo.

Sandra – Internacional: Yohji Yamamoto; Nacional: Jun Nakao, Akihito Hira e Ronaldo Fraga.

Lincoln – Os profissionais que admiro são os desig-ners automotivos. Vejo a responsabilidade da profis-são no setor calçadista e fico imaginando no setor automotivo, como deve ser fundamental o papel do designer.

Arnaldo Calixto de AlmeidaCategoria: Calçado masculinoCidade: Franca (SP)Idade: 27anosFormação: Curso Técnico em calçados e cursos complementares. Faculdade está nos planos futuros

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www.bouts.com.br

OLHA SÓ QUEM CHEGOU

PARA MOVIMENTAR

O BRASIL COM A GENTE.

A Bout’s e o Luciano Huck estão juntos

em uma parceria que vai movimentar o país.

É o movimento Xô Preguiça, que vai incentivar

hábitos saudáveis como caminhadas,

prática de esportes e diversas outras atividades

físicas. Tudo para dar um chega pra lá

na preguiça. Com o tênis Bout’s,

sua vida tem mais movimento.

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A coleção de verão 2013 da Palagi & Palagi Design traz para o hoje os fetiches, inspirações e concep-ções da moda antiga, que por mais retrógradas que sejam sempre vêm à tona por grandes designers, retornando assim para as mãos da massa consu-midora. Afi nal, como esquecer os poás lançado por Coco Chanel, a tropicalidade de Carmem Miranda e o futurismo de Pierre Cardin? A coleção chama-da Transcenda vem a todos mostrar o que é e será moda eternamente.

Diante destes três ícones, a Palagi & Palagi Design traz um novo olhar, redescobrindo a moda e criando novos padrões. Segundo Daisy Kuntz, uma das res-ponsáveis pela pesquisa de desenvolvimento da co-leção, o que era tendência nas décadas passadas se renova nesta coleção: “Na moda tudo se renova. O colorido e o carnavalesco de Carmen Miranda, volta por meio do fl oral, colorido e sobreposição de cores, que pode ser visto nas laccas 4052V54 e 4410V43. Já o futurismo de Pierre Cardin, aborda a questão de que constantemente somos surpreendidos com coi-sas totalmente novas, mas inspiradas no passado. Os metalizados e chameleon silver 7087 comprovam essa ideia. O estilo Pin Up inspirado em Coco Chanel também volta com tudo nesta coleção com os uni-trans L026 e 281”.

Cores vivas, tons enérgicos, irreverência e requin-te são a base para esta coleção que fará com que todos revejam os paradigmas das décadas e criem novas referências sobre a moda.

SOBRE A PALAGI & PALAGI DESIGNFundada em 2004, a empresa Palagi & Palagi De-

sign, localizada no município de Estância Velha/RS, comercializa fi lmes termotransferíveis (transfers) para aplicação em couro, tecidos, material sintético e metais.

Representante e distribuidora exclusiva da Menphis no Brasil, a Palagi & Palagi Design consolida uma visão diferenciada nos setores têxtil e courei-ro-calçadista. A empresa assume uma postura pró-ativa que fortalece seus diferenciais: agilidade na entrega e qualidade dos produtos. Os mais de 150 clientes ativos comprovam essa competência.

Para atender às necessidades de seus clientes, os produtos conferem originalidade, praticidade e so-fi sticação. Com inovação, a empresa disponibiliza op-ções à construção civil, arquitetura, decoração de interiores e comercializa fornos, calandras e outros equipamentos destinados à indústria.

COLEÇÃO DE VERÃO 2013 DA PALGI&PALAGI DESIGN É INSPIRADA EM ÍCONES DA MODA

PALAGI & PALAGI DESIGN’S SUMMER 2013 COLLECTION IS INSPIRED ON FASHION ICONS

www.palagiepalagi.com.br

Palagi & Palagi Design’s Summer 2013 Collection is inspired on fashion icons

Palagi & Palagi Design’s Summer 2013 Collection brings to the current days, the charm, inspirations and conceptions of the old fashion. No matter how retrograde they are, they always come to light through great designs, returning, in this way, to the hands of the consumers. After all, how could it be possible to forget the “petit poás” launched by Coco Chanel, the tropical designs by Carmem Miranda and the futurism of Pierre Cardin? The collection named “Transcenda” (Transcend, in English) arises to show everybody what is and will be fashion perpetually.

Based on these three icons, Palagi & Palagi Design o! ers a new look, rediscovering the fashion and cre-ating new standards. According to Daisy Kuntz, one of the responsible creators for the development research, the aspects what were considered as a fashion trend in the last decades, renew themselves in this collection: “In fashion everything is renewed. The coloring and the carnival aspects of Carmen Miranda, return through the fl oral designs, colored, overlapping of colors, as it’s possible to observe in Laccas 4052V54 and 4410V43. On the other hand, the futurism by Pierre Cardin stands out how constant-ly we are surprised with completely new things, but inspired in the past. Metallic foils and Chameleon Sil-ver 7087 prove this idea.

The Pin Up style inspired by Coco Chanel also re-turns strongly in this collection with Unitrans L026 and 281”.

Vivid colors, energetic tones, irreverence and el-egance are the bases for this collection that will make everybody review the paradigms of the de-cades and create new references on fashion.

ABOUT PALAGI & PALAGI DESIGN Established in 2004, the company Palagi & Palagi

Design, located in Estância Velha (RS), South of Bra-zil, commercializes stamping fi lms and foils (trans-fers) for application on leather, fabrics, synthetic material and metals.

Exclusive sales agent and deliverer of Menphis S.p.A. in Brazil, Palagi & Palagi Design o! ers an in-novative vision in the textile and leather-shoe areas. The company assumes a pro-active position that fortifi es its di! erentials: agility on delivery and product quality. More than 150 active customers prove this ability.

To take care of the necessities of its customers, Palagi & Palagi Design’ products guarantee original-ity, practicality and sophistication. With innovation, the company makes available also options for civil construction, architecture, inside decoration and commercializes ovens, calenders and other equip-ments for the industry.

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Rua Silvares, 555 . Patrimônio SilvaresBirigui/SP . CEP: 16.201-013

Fone: (18) 3643.3280 . Fax: (18) 3643.3288 . [email protected]

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A Kidy sempre investiu em pesquisas de moda e tecnologia para desenvolver o melhor calçado infantil do mercado, mas na coleção inverno 2012 isso está muito claro. Mesclando quatro temas de inspiração: Doce olhar militar, étnico, sonho mágico e mochileiros virtuais, a coleção se mostra repleta de tendências de moda, desde os detalhes de pied poule nos tênis masculinos até sapatilhas inteiras de pelo.

Proporcionando nostalgia, a Kidy leva meninos e meninas para a época em que seus pais e avós viveram. Mo-delos vintage fazem com que a criança esteja sempre viva com apego, ingenuidade e muita diversão. Nessa temática também vemos cores aquareladas como verdes claros e lilás, além de sapatinhos bicolores e com-binações de cores bem estilosas. Seguindo no conceito, o “doce olhar militar”, vem em cores como caqui, verde e grafi te em botas de montaria e estampas camufl adas. Estampas localizadas lembram exército, marinha e aeronáutica de épocas que não vivemos.

A globalização chegou ao mundo infantil e as crianças antenadas aos últimos lançamentos viajam sem sair de casa, conhecendo lugares como Londres, Paris e New York, referências que são facilmente identifi cadas em detalhes nos calçados. E o mundo de fantasias não poderia fi car de fora, com heróis e fadas madrinhas . Tudo está presente no outono/inverno da Kidy, em cores e tecidos que remetem ao tema.

INVERNO KIDYREQUINTE E CONFORTO

www.kidy.com.br • www.facebook.com.br/kidy.calcados • www.twitter.com/kidy • SAC: [email protected]

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por Mirella Lima

Unhas encravadas, micoses, rachaduras e verrugas encabe-çam a lista de problemas que além da dor, prejudicam a es-tética dos pés e se tornam verdadeiros “calos” na vida de qualquer pessoa. A solução para a maioria dos casos pode estar nas mãos dos podólogos, especialistas em trata-mentos e cuidados com os pés.

Segundo a Presidente da Associação Cearense de Podologia, Rita Araújo, a profissão evoluiu e atualmente são utilizados métodos com la-ser, bisturis cirúrgicos e aparelhos (seme-lhantes aos ortodônticos) para corrigir o crescimento das unhas. Há 15 anos atuando nessa área, são muitos os certificados de cursos e seminários no Brasil e outros países, exibidos em sua sala de trabalho. Além disso, desde 2005 participa dos congres-sos anuais sobre o assunto.

CAMINHOS DA PODOLOGIA NO TRATAMENTO DOS PÉS“Saio aliviado. Tenho uma sensação de leveza quando acaba a sessão”

Erico Marques, economista e contador, cliente da podóloga Rita Araújo

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&DQWR�GH�XQKDCausado geralmente pelo corte inadequado das

unhas, uso excessivo de salto alto e bicos estreitos ou finos demais. O ideal é evitar esse tipo de calça-dos sempre que for possível.

0LFRVHVLavar e secar bem os pés (inclusive entre os dedos)

pode evitar a proliferação de fungos e bactérias.

8QKD�HQFUDYDGDMais uma vez a forma errada de cortar as unhas

pode deixá-las encravadas. Muito cuidado para não ficarem muito curtas e na hora do corte nas late-rais. Advertência para as mamães terem esse cuida-do na hora de cortar as unhas dos bebês.

&DORO próprio organismo se encarrega de engrossar a

pele para protegê-la em determinado local, normal-mente onde há mais atrito com o calçado.

5DFKDGXUDVDepois que elas aparecem, deve ser realizado um

desbastamento (para afinar novamente a pele) e o uso de cremes hidratantes.

2OKR�GH�SHL[HCom a aparência de um calo com a parte central

esbranquiçada, também é chamado de calo nuclear. Pode ser confundido com verruga, mas ao contrário dela, não sangra quando perfurado.

9HUUXJDVPodem ser tratadas com laser, alta frequência,

ácido e gelo seco, dependendo da localização.O tempo de tratamento para vários desses casos

pode variar de acordo com a gravidade e resposta do próprio corpo. Normalmente, o atendimento com um podólogo vai de 30min a 1h30min.

A parceria com o dermatologista é muito importan-te, afinal, eles mesmos podem indicar a Podologia como auxílio em certas situações. O fisioterapeuta e o orto-pedista também são muito requisitados para tratar deformações muitas vezes provocadas pelo uso de cal-çados inadequados para nossos pés. “O ideal é moldar o calçado a seu pé e não o contrário”, explica. Ela lem-bra que recebe clientes de todas as idades (crianças de seis meses a idosos) e informa que o ideal é visitar o podólogo mensalmente não somente para curar, mas para prevenir as “doenças”. Em casa, higienizar e hidra-tar todos os dias, esfoliar uma vez por semana os pés é uma recomendação a ser seguida.

Rita dá dicas que podem ser úteis na prevenção e tratamento de algumas “lesões ou anomalias” que tanto incomodam, sobretudo na hora de calçar os sapatos:

�2�FɪO˒DGɛ�LȫHɪɗ�Δ�ɛ�ʡɂɏ�ɀɏ�ȫΖ�FʝQIɛԫɛ�Podóloga Rita Araújo

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CONCEITO NOS PÉSda Redação

Segundo o dicionário online Priberam, a palavra sustentabilidade tem origem no vocábulo “susten-tável”, que por sua vez significa: “que tem condições para se manter ou conservar”.

No século XXI, a degradação do meio ambiente, e tudo o que isso tem acarretado para o fim da vida útil do planeta, terra tem preocupado as pesso-as. Não é à toa que “sustentabilidade” e “ecologia” transformaram-se em palavras de ordem no mundo inteiro.

A moda não poderia ficar de fora, é claro. Hoje em dia é “in” ter um produto “eco friendly”.

Pensando nisso, algumas empresas resolveram in-vestir neste segmento e têm obtido resultados sa-tisfatórios.

Para o geógrafo e pesquisador paulista, Elias Viei-ra, em artigo sobre a sustentabilidade e o setor

calçadista, o conceito se dá quando são utilizados os princípios da redução, reutilização e reciclagem dos resíduos. Isso “pressupõe o consumo consciente, no qual se recomenda a compra de produtos abso-lutamente indispensáveis, mais duráveis e biodegra-dáveis”.

No caso da indústria brasileira de calçados, ele afirma que as práticas ecologicamente corretas não estão disseminadas. Elas aparecem apenas em algumas empresas de médio e grande porte, vol-tadas muitas vezes para o mercado internacional. “Quanto às micro e pequenas indústrias de atuação local ou regional, a dificuldade de incorporar prá-ticas sustentáveis talvez esteja relacionada, entre outros motivos, à preocupação dos seus dirigentes e ao presumível encarecimento nos custos dos pro-dutos sustentáveis”, esclarece.

CERTIFICADOAlgumas ideias têm funcionado e atraído o público

mais antenado. A marca Sapatoterapia, localizada em Franca, interior de São Paulo, investiu em calça-dos confeccionados com material biodegradável, que se decompõem 50 vezes mais rápidos do que o nor-mal. Por conta disso, a linha Biôsapatoterapia tem o primeiro sapato biodegradável com certificado do mundo.

O título foi conferido pelo Instituto Pró Ambiente e comprova que todos os materiais que fazem par-

te da linha não agridem ao meio ambiente. São ma-teriais orgânicos, como couro livre de cromo, cola a base de água, atacador de algodão, forro de couro natural e fibra de bambu.

Depois de usado, o calçado pode ser plantado no quintal de casa. Em um prazo de cinco anos, vira adu-bo. “Existem muitos produtos ecológicos no merca-do, mas ser biodegradável é diferente, porque após o tempo de uso, o produto é consumido pelo solo transformando-se em matéria orgânica”, afirma a empresa em nota para a imprensa.

CONCEITOA marca gaúcha Naturezza tem o seu conceito

aplicado ao próprio nome. Empresa do mesmo grupo da Via Uno, investe em calçados confeccionados de acordo com o preceito da sustentabilidade.

Há quase um ano, lançaram um tênis que, segundo seus fabricantes, é “ecologicamente correto por in-teiro”. De acordo com eles, o grande trunfo do pro-duto fica por conta do cabedal, confeccionado com Napa Acqua (material à base de água). Os corantes usados na texturização e a tinta do forro também têm água em suas composições. Já os cadarços são em fibra 100% algodão e os ilhoses desenvolvidos a partir de alumínio reciclado de latinhas de refrige-rante. Na sola, mistura de cortiça reaproveitada e andiroba. Por fim, o forro feito com fibra de bambu.

Além de sandálias, sapatos, tênis e uma infinidade de produtos voltados para o conceito eco susten-tável, o site da marca dá dicas de como proteger o meio ambiente, inclusive calculando a emissão anual de gases de efeito estufa dos clientes.

REINVENÇÃOAté o centenário tênis All Star, cria da Converse,

conhecido internacionalmente, resolveu entrar na onda. Por conta do aniversário da marca, foi lança-da uma edição limitada com foco total na sustenta-bilidade. Trata-se do Taylor All Star PET. A princípio seriam apenas 500 pares, mas o sucesso foi tanto que o mimo já passou à linha normal de produção.

O modelo vem na cor branca e verde, totalmente feito de material reciclado, como garrafas PET, alu-mínio, algodão, cola à base de água e fibra de bambu. Na palmilha interna, estampas de garrafas PET de-monstrando os estágios da reciclagem.

Não bastasse o tênis, a embalagem também vem no clima eco. É transparente, confeccionada à base de plástico reciclado.

Lembrando que a Converse All Star tem em seu currículo a venda de mais de 800 milhões de pares em todo o mundo. Cerca de 30 mil por semana.

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por Patricia Gomes

Em saltos altíssimos, quadrados ou baixos, a moda resgata um dos mais antigos “modelitos” de sapatos. Eles já calçaram os pés de muita gente, desde o seu surgimento, nas aldeias indígenas dos Estados Uni-dos. O mocassim é o queridinho do momento, a mais nova aposta da estação fria de 2012. Dessa vez, o que era uma exclusividade masculina, vai direto para os pés das mulheres mais descoladas.

Criado pelos índios norte-americanos, o que temos hoje não se parece em nada com sua primeira ver-são, feito com cascas de árvores e salto zero com os pés bem firmes no chão. Segundo pesquisadores da história do sapato, a sola subia pelos lados e pela ponta do pé até ser juntada no peito por uma peça em couro no formato de “u”.

A verdadeira febre por esses calçados veio nos anos 1960, quando passaram a fazer parte do vestu-ário da juventude da época. Fez os pés de muita gen-te descolada, entre elas o cantor norte americano, Elvis Presley, o “Rei do rock”. A atriz Audrey Hepburn, famosa pelo filme Bonequinha de Luxo, também era fã assumida.

Nas idas e vidas da moda, o modelo resolveu apa-recer novamente nos anos 1980, quando ficou imor-talizado pelo cantor Michael Jackson. Quem não lem-bra do mocassim preto com meias brancas usado enquanto fazia o passinho “moonwalker”?

No estilo mais contemporâneo, vemos nos últimos clicks em vários eventos ao redor do mundo, celebri-dades, de atrizes a cantores, investindo nessa que já deixou de ser tendência para se tornar realidade.

As it girls do momento não ficaram de fora e já são figurinhas carimbadas de mocassins por aí. A apresentadora Alexa Chung e as atrizes Kelly Osbor-ne e Kristen Dusten já são habitués.

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VOLTA

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DESIGN A criatividade ronda por todos os palcos e, hoje,

vemos o que era um simples sapato de plebeu se tor-nar ícone da estação e que com certeza irá perdu-rar por muitas outras.

O charme deste mimo fashion está exatamente no ar clássico que proporciona, uma pedida para quem admira o clima vintage. Sua nova versão, ou melhor dizer, suas novas versões ganharam brilho, cores fortes e vão bem no estilo mais despojado. As estampas animal print também entram nessa, dei-xando os mocassins, a partir dos anos 2010, super contemporâneos.

Desde o início da década, eles ensaiam o seu retor-no. Mesmo que no verão tenham tentado uma maior aproximação, as brasileiras devem investir forte a partir desse inverno.

USUALA peça pode fazer parte do closet de homens e

mulheres e o melhor de tudo, é possível acumular to-das as versões. O que não vai faltar é ocasião para usar. Nesse babado todo, quem sai ganhando é a mu-lherada, claro. Afinal, de masculino os novos modelos não têm nada, trazem também saltos altos, médios e baixos, agulhas ou quadrados. Rasteiros também fazem parte.

Na hora de usar, apesar da maneira mais comum ser sem meias, pode ser também como o cantor nor-te americano Michael Jackson e usá-las sem medo.

CORESCom o inverno em clima color block, as cores se

misturam. As estampas de animais, peles e texturas estão bem presentes. É claro que não posso esque-cer o gliter, o brilho pegou geral e seja dia ou noite ele estará desfilando nas ruas de todo o mundo. Ho-mens não fiquem tristes, a ousadia permite tudo e o moderno de hoje também está em sapatos masculi-nos com algum salto dando elegância e sensualidade ao vestuário.

No que depender de nós mulheres, essa moda já pegou.

Di Valentini

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por Luciana Naberisney

Colorida, marcante e, até mesmo, chocante! É assim que se defi ne a tendên-cia Color Blocking ou Color Block, que emplacou nas temporadas de inverno e verão passados, e deve permanecer em 2012.

O colorido vibrante mexeu com a cabeça dos fashionistas, porém, as mulheres menos ousadas demonstraram alguma desconfi ança em usar peças com cores tão exuberantes. O que não esperavam era que o poder da mistura se encai-xaria perfeitamente em looks despojados e até mesmo elegantes. O resultado? Cores por todos os lados e em todas as estações.

Sapatos, bolsas e acessórios vêm com charme e personalidade. As variações de cores estão desde os tons mais quentes aos mais suaves. Verde bandeira, vermelho, pink, azul royal e amarelo intenso são algumas das cores que continu-arão presentes por muito mais tempo, compondo a cartela de cores do inverno 2012. Além delas, as duplas tangerina e navy, preto e branco, vermelho e nude já deram seu start nas passarelas mundo a fora.

As cores têm muito signifi cado. Podem ser combinadas e descombinadas en-tre si, permitindo às mulheres desfrutar dessa moda com luxo, glamour e ele-gância!

A tendência é tão forte que já transcendeu o universo das passarelas e in-vadiu a decoração de casas, ambientes de trabalho e lazer. Os blocos de cores trazem descontração aos espaços com toques personalizados.

Nos anos 60, o estilista Yves Saint Laurent se inspirou nos quadros do pintor modernista holandês Piet Mondrian para criar a sua coleção. Os traços do artista revelam grandes blocos de cores que foram parar em croquis do estilis-ta, como o famoso tubinho de 1965, lembrado até hoje.

Seriam esses os primórdios da era color block?

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E POR FALAR EM

CORES...Color block chegou para fi car!

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por Tatiane Silva

TEMPORAL

DE CORES

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Ainda nos olhos, as cores cintilantes ditarão a moda. Sejam elas quais forem: laranja, preto, prata, verde, roxo e a que estará em alta, o azul, claro ou escuro. Sim meninas, podem brilhar a vontade. Invis-tam em sombras molhadas e cremosas e nos olhos esfumaçados.

Para os lábios, deixe o rosto lim-po e invista no clássico batom vermelho. Isso mesmo, ele vai estampar os lábios de loiras, morenas e ne-gras. Combine com uma maquiagem leve e discreta, afi nal, a cor já é sufi ciente para fi car elegante e arrasar.

Fiquem livres para abusar também do gótico roxo nos lábios. Os marrons e os vinhos voltarão com tudo e, para não decepcionar, o nude sobreviverá a mais uma estação. Combine com cores fortes e esfuma-çadas nos olhos. Assim como as tendências de moda, as de maquiagem também voltam: invista no gloss labial, de volta para dar brilho e textura aos batons escuros ou nude.

O blush cremoso aplicado de forma bem marcado abaixo das têmporas dá um ar natural e modela o rosto.

Assim como esperado todos os anos, a semana de moda de Nova York (NYFW) ditou tendências. Na úl-tima temporada outono/inverno, apresentou o que circulará pelas ruas em roupas, acessórios, calçados e não menos importante, em maquiagem.

A estação do frio sempre nos acarreta a um ar melancólico, mas não se enganem, continuará abu-sando do colorido com cores fortes e marcantes nos olhos e nos lábios. Tudo para fazer do inverno uma estação mais viva.

Aproveite e confi ra o que rolou de tendência de maquiagem nas passarelas internacionais para o in-verno no hemisfério Norte.

As meninas que gostam de delineador podem con-tinuar abusando, está liberado! E não só o preto, mas todas as cores. Porém, diferente de 2011, ele terá traços mais fi nos e discretos. Tente iniciar o traço mais grosso seguindo para o mais fi no, sem ultrapassar o limite da pálpebra.

MAKE-UP

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www.minastrendpreview.com

Data: 25 a 28/4/2012 Local: Expominas - BH - MG

O maior evento que antecipa as tendências da modae o único que combina negócios e desfiles.O que vai estar na modavocê vê antes aqui.

10ª ediçãoPrimavera Verão 2013

ILLUSIONS D’OMBREPara mexer com as ilusões masculinas e femininas, a sempre sofi sticada

Chanel apostou pesado na make-up neste inverno. Além das novidades em cores e texturas, trouxe o novo frisson das passarelas, a modelo polonesa de apenas 17 anos, Jac Jagaciak, para estrelar sua campanha.

A grande novidade da linha “Illusions D’Ombre” fi ca por conta dos tons me-talizados (preto, roxo, púrpura, cinza, entre outros) das sombras em gel. Elas vêm com pincel para ser usado também como delineador.

Por aqui, devem ser usadas com cautela, principalmente em cidades com clima quente, onde o calor pode derretê-la mais facilmente. Nada que um ar condicionado não resolva.

Além da make, os esmaltes também renovaram sua cartela de cores. A nova coleção investe no marrom, grafi te e verde.

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SURPREENDENDOA CADA ESTAÇÃO.

www.simonjoias.com.br

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Jorge Bischo!

INSACIÁVEL NA BUSCA

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por Angelo Tomasini

“Interpretar a moda não é simplesmente uma questão de compor um look. É entender a alma de uma mulher e criar algo que a faça sentir-se bela, única e valorizada em sua essência”. A frase assinada pelo designer Jorge Bischo! no site oficial da mar-ca traduz bem o sentimento que carrega em rela-ção ao seu trabalho.

Como ele mesmo faz questão de dizer, a busca por novidades é uma constante em sua vida. Talvez por isso não tenha se limitado a criar sapatos, bolsas e acessórios apenas para um público. No seu métier estão os masculinos e os femininos, tanto para mu-lheres mais adultas e maduras, quanto para as jo-vens e descoladas.

Tanta inquietação pode ser entendida se notar-mos que iniciou o trabalho no setor aos 13 anos, na cidade de Igrejinha, no Rio Grande do Sul. Por lá, a

“Escrevi minha história com o universo da moda e do sapato, passando por todos os processos, do chão de fábrica até a

administração e vendas.”

tradição na manufatura calçadista é centenária e a família estava envolvida.

Hoje, à frente do Bischo! Creative Group (com-posto pelas grifes Jorge Bischo! e Loucos & San-tos), tem seus produtos comercializados em 30 paí-ses. Para 2012, projeta passar das 31 lojas exclusivas para 50. Além disso, inicia o projeto de lojas licencia-das no exterior, com inauguração da primeira em Barbados, no Caribe.

Apostando na identidade como pilar principal de seus produtos, o gaúcho criou o “Conceito Jorge Bischo!”, com produtos exclusivos, arrojados e de alto luxo.

Entre um compromisso e outro, recém chegado de férias, o designer respondeu com exclusividade à Moda Shoes Brasil perguntas sobre carreira, cria-ção, mercado e claro, estilo.

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Moda Shoes Brasil – Quando achou que trabalharia com sapatos? Por quê?Jorge Bischo! - O gosto e a aptidão para o desenho vêm da minha infância, mas foi na adolescência que o desejo floresceu. Meu grande aprendizado sobre técnicas dos calçados foi no Senai, mas a vivência do mercado é que me ensinou os diferenciais da pro-fissão, principalmente a necessidade de desenvolver coleções arrojadas, sem jamais perder o conceito comercial.

MSB – Como foi o início da carreira?Bischo! - Nasci numa região com tradição centená-ria na manufatura calçadista. Desde muito pequeno vivi neste meio com minha família, rodeado por peças de couro, pelo barulho das máquinas, pelo cheiro da madeira sendo trabalhada para criar os primeiros modelos de saltos... Então, comecei cedo, atuando na indústria de calçados a partir dos 13 anos. Escrevi minha história com o universo da moda e do sapato, passando por todos os processos, do chão de fábri-ca até a administração e vendas. Hoje não me vejo em nenhuma outra profissão que pudesse trazer tanta realização.

MSB – Quais os maiores desafios?Bischo! - A profissão de designer traz grandes de-safios, mas também grandes paixões. A busca cons-tante pelo novo, interpretar e antecipar os dese-jos das consumidoras, a agilidade do mercado... São todas questões imperativas ao nosso trabalho. De outro lado, é gratificante ver o resultado de uma coleção sendo fotografada para revistas, partici-pando de desfiles ou perceber nas mulheres o quan-to se sentem valorizadas ao usar um sapato ou uma bolsa da nossa grife.

MSB – Trabalhando em um estado com tanta tradição no setor calçadista, qual foi o diferencial para se destacar?Bischo! - Nosso foco é justamente na diferencia-ção. Cada produto Jorge Bischo! precisa levar a assinatura do bom gosto, da exclusividade, do dese-nho autoral. É este posicionamento que conquista a preferência das consumidoras mundo afora. Por isso, nossa obsessão em ser a marca número um

em conceito, com luxo, glamour, sofisticação, design, criatividade, exclusividade e padrão internacional. Isso é o que norteia todas as nossas ações, desde o processo de criação de produtos inovadores até o desenvolvimento de materiais exclusivos e persona-lizados para compor nossas coleções, fazendo com que a mulher se sinta diferenciada ao usar um pro-duto com a assinatura da grife.

Por Angelo Tomasini

“Cada produto Jorge Bischo! precisa levar a assinatura do bom

gosto, da exclusividade, do desenho autoral.”

MSB – Como foi criar a sua própria marca?Bischo! - Foi tudo muito rápido para a empresa, mas pessoalmente sou insaciável na busca pelo novo, então, embora arrojado, posso dizer que foi um pas-so natural. Com uma vida inteira dedicada ao setor, aptidão para a criação e a experiência acumulada no desenvolvimento de coleções para os mais diver-sos públicos, foi com tranquilidade que iniciei o proje-to da grife Jorge Bischo! – hoje parte do Bischo! Creative Group, que agrega também a marca Lou-cos & Santos (esta, dedicada a uma consumidora jo-vem e antenada).

MSB – E onde ainda espera chegar com as marcas?Bischo! - A grife Jorge Bischo! e a marca Loucos & Santos estão em franca expansão. Hoje, temos 31 lojas exclusivas JB em operação no Brasil, projetando fechar o ano com 50. Também acabamos de defla-grar o projeto de lojas licenciadas no exterior, com a abertura da primeira em Barbados, no Caribe – que é hoje um dos principais destinos turísticos do mundo. Também estamos presentes em mais de 800 lojas multimarcas, comercializando nossos produtos em 30 países. Assim como conquistamos o primeiro

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lugar nos corações e mentes das brasileiras, traba-lhamos para alcançar rapidamente a liderança na preferência das consumidoras em todos os países onde estamos presentes.

dade incrível, exibindo recortes com transparências, brilho e efeitos metalizados.

MSB – Quais as difi culdades de trabalhar para públi-cos distintos como jovem, adulto, masculino e feminino? Qual você prefere?

Bischo! - Jovem e adulto são públicos com referên-cias distintas, mas enxergo ambos como desafi os muito prazerosos. O know how adquirido ao longo de minha trajetória com certeza facilita muito a inter-pretação dos estilos e a consequente criação para diferentes públicos. Na Jorge Bischo! , temos cole-ções femininas e masculinas que priorizam a sofi s-ticação, enquanto na Loucos & Santos trabalhamos com foco na atitude, refl etindo toda a complexida-de da consumidora jovem, que busca nos sapatos e bolsas uma forma de expressão.

MSB – O que poderia dizer em relação aos sapatos e bol-sas produzidos hoje no país? Temos um estilo próprio?

Bischo! - Estilo é mesmo a palavra-chave nesse con-texto. Não acredito em “moda brasileira”, mas em “estilo brasileiro”, que é algo muito maior. Trata-se de um estilo cheio de vida, alegre, colorido, solto, na-tural. Sem dúvida o estilo brasileiro, que é uma das marcas registradas da grife Jorge Bischo! , já está infl uenciando o estilo do mundo: cada vez mais o con-sumidor global se apaixona por essas referências.

MSB – Para fi nalizar, o que o Brasil ainda precisa fazer nes-se setor para ser mais reconhecido internacionalmente?

Bischo! - O Brasil entrou, defi nitivamente, na agenda mundial do calçado. Nosso design já é referência em todas as feiras internacionais, e em 2011, fomos sede do principal congresso mundial do setor. O aumento das exportações dos nossos produtos são prova des-se reconhecimento, assim como a chegada de gran-des marcas globais ao país. Estamos em franco cres-cimento nas duas pontas, portanto: como criadores e como consumidores de moda e estilo.

“A exclusividade éum dos indicadores

de luxo, mas a respostamais completa é

a identidade. O conceito é o que realmente

faz diferença.”

MSB – Você criou um conceito. Acha que o luxo vem da exclusividade?

Bischo! - A exclusividade é um dos indicadores de luxo, mas a resposta mais completa é a identida-de. O conceito é o que realmente faz diferença – e isso compreende uma série de características, so-bretudo a originalidade do design e a atenção aos detalhes, pois são eles que revelam o que é luxo e o que apenas parece ser. Posicionar-se de forma di-ferenciada, defi nindo um estilo próprio é a essência do luxo. E manter a essência ao longo da história é o grande segredo.

MSB – Sobre a coleção de inverno, tem algum modelo que mais gostou, de todos que fez?

Bischo! - É difícil apontar apenas um produto, pois a coleção inteira foi elaborada sob o mesmo olhar autoral, embora fl ertando com diferentes macro-tendências. O certo é que a grife Jorge Bischo! está trazendo belíssimos modelos para a Temporada Outono/Inverno 2012. Os sapatos de festa, por exem-plo, chegam com um nível de sofi sticação e sensuali-

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por Vivian Siebra

entre #1200 e #1500 (Chloé, Dior, D&G, Valentino), e lenços Hermès em oferta por apenas #150. Também é possível encontrar uma ótima seleção de bolsas, acessórios e perfumes por lá.

A badalada butique fica na parte chic do 17th arrondissement, na 119 Boulevard Malesherbes. As estações de metrô mais próximas são as Villiers e Monceau. O horário de funcionamento é de 10:30h às 19:00h, de segunda a sábado.

Outro lugar ótimo de se achar raridades é o Pa-lais Royal. Não é difícil de achar, já que está perti-nho do museu do Louvre. Lá estão brechós do mais alto nível. O maior é o de Didier Ludot, considerado o rei do vintage em Paris. São três lojas dele no local. Originais de Dior, Balmain, Chanel, Yves Saint Laurent estão sempre expostos na vitrine como verdadeiras obras de arte, inclusive com a data. Didier é um co-lecionador e caçador profissional de raridades da alta costura há 36 anos.

Mas se você quer algo mais descontraído, gosta-rá das barraquinhas, como em uma feira da Rue de Bretagne e das suas transversais, como a Rue Char-lot. A feira ocupa os passeios com suas barracas de roupas, livros, móveis, embutidos, pães, objetos de decoração, mas só funciona no final do mês de maio.

Então já sabe, quando for a Paris e não quiser gas-tar muito, e ainda assim voltar com alguma peça ex-clusiva e de designers de luxo, não deixe de visitar os brechós. Além de tudo, é um lindo passeio.

TRÈS CHIC POR BEM MENOS

Para quem quer se vestir bem e ter a certeza que não encontrará ninguém com o mesmo modelito em uma festa, os brechós são uma ótima escolha. Neste tipo de loja é possível encontrar de tudo um pouco. Além das roupas antigas e muito bem conservadas, existem todos os tipos de acessórios como chapéus, brincos, colares e sapatos. O melhor de tudo é que você paga menos da metade do preço original e con-segue uma peça das grandes marcas mundiais no seu guarda-roupa.

Se a ideia de comprar em brechós no Brasil já é muito interessante, imagine em Paris. A Moda Shoes Brasil preparou um roteiro especial com o que tem de melhor nesse tipo de loja na Cidade Luz.

O primeiro deles chama Le Lupon Rouge, localizado na 9 Rue de Rochechouart, no 9th arrondissement. Lá o estilo é mais colorido e hippie, dos estilistas franceses mais novos, como Bali Barret e Vanessa Bruno, além de Agnes B (jaquetas pretas assinadas pela bagatela de 50 euros) e Ungaro Vintage (blu-sas por 45 euros). O Le Lupon Rouge fica aberto das 10:30h às 19:30h, com um break de uma hora para almoço, às 13:30h.

Já para quem gosta de finesse, o Gri!-Troc é o lugar. Com um preço em geral 30% a menos do que é praticado nas butiques, pode-se encontrar em suas prateleiras um Chanel suit por #1000 (vs. #5000 na Chanel), uma bolsa novíssima da Chloé por #800 (ao invés de #1200), vários vestidos de noite com preços

ServiçoLe Lupon Rouge

9 rue de Rochechouart no 9th arrondissement

Gri!-Troc17th arrondissement,

na 119 Boulevard Malesherbes

Palais Royal24 Galerie Montpensier - Jardin du Palais Royal

75001

-ECA�DOS�FASHIONISTAS�DO�MUNDO�INTEIRO��0ARIS�ABRIGA�TAMBEM�ALGUNS�DOS�MELHORES�BRECHlS��3AIBA�ONDE�ENCONTRAR�PECAS�QUASE�EXCLUSIVAS�E�PAGAR�POUCO�POR�ELAS�

FRANÇA

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Depois de comprar roupas bacanas por um preço bom, que tal comer bem por um baixo custo? Seguem abaixo algumas opções com o melhor da comida francesa para um bolso magro.

,A�4ABLE�DES�'OURMETSO charmoso restaurante é reconhecido pelo seu

clima romântico, além da qualidade da comida, claro. Mesmo que os principais frequentadores sejam fa-mílias com crianças, os casais também o procuram. Lá é fácil deixar uma boa impressão, sem gastar muito. Entrada + prato principal + sobremesa cus-tam 18 euros por pessoa. Já outros pratos individu-ais variam de 15 a 30 euros.

14 Rue des Lombards - Maraiswww.latabledesgourmets.fr

2UE�DE�LA�(UCHETTEUma rua inteira de boas opções. A Rue de la Hu-

chette abriga diversos cafés, bares e restaurantes para quem quer mais do que a cozinha francesa. Japoneses, gregos, persas e outras nacionalidades estão representados por lá. Dá para fazer um tour mundial gastronômico. No coração do Quartier Latin (bairro latino) de Paris, próxima da Catedral de No-tre Dame, a rua é popular entre os estudantes. Daí a razão dos valores acessíveis.

Rue de la Huchette - Quartier Latin

-ERCADOS�-ONTORGUEIL�E�-OUFFETARD

Nada melhor para conhecer a cultura local do que uma visita ao mercado. Em Paris, eles estão espa-lhados por vários pontos da cidade. Entre os mais famosos estão o Montorgueil (nas ruas Rue Mon-torgueil e Rue Montmartre) e o Mou!etard (na Rue Mou!etard). Por lá é fácil se deliciar com doces e salgados de diversos tipos. Padarias oferecem café da manhã e almoço. No mais, é possível encontrar também frutas frescas. Aproveite para reparar na arquitetura local e no comportamento das pessoas. Alguns desses locais são centenários.

Mercado Montorgueil - Entre Rue Montorgueil e Rue Montmartre

Mercado Mou!etard - Rue Mou!etard

ONDE COMER ONDE FICARUma boa estada na capital da moda nem sempre é

sinônimo de gasto excessivo. Que tal, ao invés de um hotel próximo à Torre Ei!el, um albergue (hostel) em um bairro não menos charmoso? Confira as nossas dicas:

,E�2EGENT�(OSTEL�-ONTMARTREA posição central é um dos principais atrativos

deste hostel. Próximo ao Gare du Nord, Montmartre, Pigalle e Ópera, a vista do Sacré Coeur é um presen-te aos hóspedes. Dá para ir a pé a muitos lugares bacanas. Aproveite e reserve seu quarto no 5º ou 6º andar. O local oferece ainda café da manhã, lençóis e Internet sem fio (Wi-Fi) inclusos no preço. Os quartos podem ser compartilhados ou individuais.

37 boulevard de Rochechouartwww.leregent.com

0LUG )NN�O próprio nome já dá a ideia. Este é o lugar para

quem quer ficar conectado em Paris. No centro de Montmartre, fica a minutos do Moulin Rouge, Rue des Abbesses e do estonteante Sacré Coeur. Design moderno e conforto são palavras-chaves do local. Os quartos possuem banheiro privativo (com chuvei-ro e secador de cabelo). Para os de casal, TV de tela plana. Wi-fi em todo o hostel.

7 rue Aristide Bruantwww.plug-inn.fr

6INTAGE�(OSTELCafé da manhã, lençóis e wi-fi constam na diária

deste hostel que está a uma quadra da estação de trem Gare du Nor. Próximo também Montmartre, Pi-galle e Moulin Rouge.

O acesso direto a Champs-Élysées, Torre Ei!el e a Ópera pode ser feito via linha 2 do metrô. Os quar-tos são privativos, assim como os banheiros, e pos-suem ar condicionado, chave cartão de segurança e serviço 24 horas.

73 rue de Dunkerquewww.vintage-hostel.com

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*$6752120,$

por Daniel Rios

Mini legumes, ervas, salmão e molho em poucas porções (di-ga-se de passagem) dispostos no prato de uma maneira pecu-liar. Nome da obra: Medalhão de Haddock com Mini Legumes e Sauce Holandaise. Os amantes das artes poderiam ter dúvida se comeriam ou não devido ao apuro estético, que faz a comi-da parecer uma escultura ou uma natureza morta. Exageros à parte, tão bom quanto a apresentação à mesa, é o sabor da Alta Gastronomia.

Para os desavisados vale uma explanação básica. Esse estilo de cozinha é um dos mais sofisticados do mundo. Seu modo de preparo elaborado alia técnicas tradicionais e contemporâ-neas a uma apresentação diferenciada, servido em pequenas e variadas porções.

No Brasil, não são raros os restaurantes especializados neste tipo de cozinha, muito menos chefs com experiência no assunto. João Vergueiro Leme, 39, presidente da Associação Brasileira da Alta Gastronomia (ABAGA) é um deles, ou melhor, o líder deles.

O paulista, nascido na capital, afirma que todo esse estilo, buscou no exterior. “Trabalhei durante seis anos com culinária oriental, sendo que resolvi estudar fora [Paris] para ter uma formação profissional que atendesse minhas ambições no uni-verso da gastronomia. E foi justamente no exterior, mais pre-cisamente nos Hotéis Bristol, Plaza Athénée e posteriormente em bistrôs da capital francesa e na Itália que concluí minha formação”, conta.

Hoje uma liderança no meio, já ganhou vários prêmios nos mais de vinte anos de carreira, dentre eles o Concurso Global Chef (campeão brasileiro), em 2006, promovido pela Associa-

Chef João Vergueiro LemePresidente da Associação Brasileira

da Alta Gastronomia (ABAGA)

NOPON TOAL TODAGAS TRO NO MIA

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Ingredientes- Sauce holandaise- 30ml de vinagre de vinho branco- 10g de pimenta do reino em grãos - 30ml de água- 2 gemas- 150g de manteiga - 10ml de suco de limão- 5g de sal - 400g de haddock defumado- 100g de mini chuchu- 100g mini cenoura- 100g de mini berinjela- 100g mini abobrinha- 30ml de azeite- 30g de pinoles- 500ml de leite- 1 ramo de tomilho- 2 folhas de louro- 1 ramo de alecrim

ção Mundial de Chefs de Cozinha (WACS – sigla em in-

glês). Ostenta, ainda, títulos que só ele possui, como

o de primeiro brasileiro nomeado membro associado

da Academie Culinaire de France e também o primei-

ro a ser certificado como jurado oficial para compe-

tições nacionais e internacionais pela WACS.

Modo de Preparo1 Quebre os grãos de pimenta e coloque-os em uma

panela;

2 Adicione o vinagre e leve ao fogo médio. Quando fer-ver, desligue o fogo;

3 Passe o vinagre por uma peneira. Reserve o líquido em uma tigela refratária e despreze as pimentas;

4 Em outro recipiente, derreta a manteiga em fogo baixo. Quando estiver totalmente derretida, desligue o fogo e reserve;

5 Adicione as gemas e a água à tigela com o vinagre e bata com um batedor de arame até obter uma mistura espumante;

6 Sobre um banho-maria, encaixe a tigela com a mistu-ra de gemas e vinagre, depois acrescente a mantei-ga, batendo sempre;

7 Quando o molho estiver encorpado, retire do banho-maria. Tempere com suco de limão, pimenta do reino, sal e molho de pimenta a gosto;

8 Agora, cozinhe o haddock com o leite e as ervas;

9 Depois, salteie os legumes em uma frigideira com o azeite e os pinoles. Tempere-os com o sal e a pimenta do reino;

10 Sirva o medalhão acompanhado com os legumes e coberto com o molho.

MEDALHÃO DE HADDOCK COM MINI LEGUMES E SAUCE HOLANDAISE

Leme, entre os tantos cargos que ocupa, é o chef executivo da rede Gastronomy, grupo de Santa Ca-tarina com restaurantes em diversos segmentos na cidade de Balneário Camboriú (SC), como os famosos Bistrot La Table e Schnecka’s. Contudo, ele também responde pelo seu próprio estabelecimento, o Bal-neário das Pedras, em São Paulo, especializado em cozinha contemporânea.

PrêmiosConcurso Global Chef 2006Associação Mundial de Chefs de Cozinha

ServiçoRestaurante Bistrot La Table(Balneário Camboriú/SC)(47) 3366 0027 www.bistrotlatable.com.br

REQUINTEÀ BEIRA DA PRAIA

O nome é francês, Bistrot La Table. O local é Bal-neário Camboriú (SC). O cenário é um misto de tra-dição e contemporaneidade, com direito a máquina de escrever da década de 1930 como objeto de de-coração, aquário gigante de 3m de comprimento e lustre inspirado em tampas de panelas. Assim é o restaurante onde o chef João Vergueiro Leme ex-põe sua arte.

O local é agradável e reserva ambiente de um verdadeiro bistrô com interferências culturais di-ferentes e criativas contemporâneas. Nas paredes, por exemplo, “Memórias de um Peixe”, do artista Buy Chaves.

Criado em 2002 com o nome “La Table de France”, teve sua primeira sede em Curitiba (PR). Somente em 2007 aportou em terras catarinenses, findando o antigo. A cozinha, antes somente francesa, hoje carrega o caráter autoral de seu atual chefe.

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$*(1'$ EVENTOS

• 10 a 14/01/2012 Fashion Rio . Rio de Janeiro/RJ . Brasil Grandes marcas do país mostraram um inverno diferenciado, como a 2nd fl oor, Ágatha, Cantão, Coca-Cola Clothing

e Walter Rodrigues. E pela primeira vez Bianca Marques integra o line-up ofi cial do evento.

• 10 a 14/01/2012 Fashion Rio. Rio de Janeiro/RJ. Brasil Grandes marcas do país mostraram um inverno diferenciado, como a 2nd fl oor, Ágatha, Cantão, Coca-Cola Clothing

e Walter Rodrigues. E pela primeira vez Bianca Marques integra o line-up ofi cial do evento.

• 16 a 19/01/2012 Couromoda. São Paulo/SP. Brasil Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro. Maior evento de moda e negócios do setor

de calçados em toda América Latina

• 19 a 24/01/2012 SPFW. São Paulo/SP. Brasil Maior evento de moda do país. Em sua 32ª edição, a São Paulo Fashion Week chega para celebrar a maneira como a

moda amplia e valoriza o nosso imaginário. Animale, Pedro Lourenço e Cavalera integram o line-up do evento.

• 21 a 24/01/2012 Première Classe. França A feira internacional Première Classe - The International Fashion Accessory Designers Trade Show, reúne essencial-

mente criadores de moda.

• 07 a 09/02/2012 Inspiramais. São Paulo/SP. Brasil Salão de Design e Inovação de Componentes, nasceu em 2010 com a fi nalidade de ser um evento diferenciado, voltado

ao design e inovação, apresentando o caminho de novas ideias e tecnologias ao setor de componentes em geral.

• 09 a 16/02/2012 Nova York. Inverno 2012 . EUA A semana de moda mais comercial entre as principais temporadas de moda internacionais. São mais de 80 desfi les,

entre nomes desconhecidos a ícones da moda mundial, como Calvin Klein e Marc Jacobs.

• 14 a 16/02/2012 Le Cuir à Paris . França A feira está inserida na Première Vision Pluriel, onde estão todas as apostas de matérias-primas para as próximas

estações. Profi ssionais de moda do mundo inteiro voltam seus olhares e alguns se materializam por lá.

• 17 a 22/02/2012 Londres. Inverno 2012 . Inglaterra A semana de moda de Londres aposta nos jovens talentos e em estilistas tradicionais da moda inglesa. Entre os

destaques da programação estão Burberry, Vivienne Westwood e Paul Smith.

• 22 a 28/02/2012 Milão Feminino. Inverno 2012 . Itália A moda italiana é conhecida por um “prêt-à-porter” de luxo aprimorado, calcado na alfaiataria e acessórios. Desfi lam

marcas como Prada, Fendi, Dolce & Gabanna, Versace, Roberto Cavalli e Giorgio Armani.

• 28 a 7/03/2012 Paris Feminino. Inverno 2012 . França Chanel, Balenciaga, Christian Dior e Givenchy, se unem a algumas das mais importantes marcas da atualidade, como

Alexander McQueen, mesmo após a morte de seu estilista, e Viktor & Rolf. Destaque para a presença o brasileiro Pedro Lourenço (Filho de Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho).

• 04 a 07/03/2012 Micam . Milão. Itália Evento de calçado que traz as novidades masculinas, as últimas tendências em calçados femininos, sofi sticados, para

crianças, jovens e designers.

• 05 a 08/03/2012 10ª Nova Serrana Feira e Moda . Nova Serrana/MG . Brasil O evento apresenta lançamentos, tendências calçadistas, além de gerar novos negócios e contatos entre lojistas e

industriais do Polo de Nova Serrana.

• 14 a 16/03/2012 GDS .Düsseldorf . Alemanha O ponto de encontro para os profi ssionais do setor do calçado. encontram-se as novidades e tendências para a

próxima temporada, desde moda jovem até exclusivas coleções de vanguarda.

• 20 a 23/03/2012 Fimec 2012 . Novo Hamburgo/RS . Brasil Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Equipamentos e Máquinas para Calçados e Curtu-

mes é um dos eventos mais importantes do setor em nível mundial.

• 25 a 28/04/2012 Minas Trend Preview . BH/MG . Brasil O maior evento que antecipa as tendências da moda e o único que combina negócios e desfi les.

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&,1(0$ MÚSICA

Se você tem paciência para leitura, sente prazer em compartilhar as coisas que gosta. Então, tente ler o texto a seguir até o fi nal. Se fosse o trabalho de um profi ssional ele teria um título. Como a pretensão não me permite chegar a tanto, decidi incluir o título no meio, o que acredito ser adequado – Uma Força da Na-tureza.

O show Live at the Royal Albert Hall (2011), da britâ-nica Adele, que oportunamente assisti, não é somente apresentação de uma cantora jovem, de voz marcante, descoberta pela mídia. É much more! Dá vontade de in-ventar um novo adjetivo, ela foge a todos que conheço.

A abertura se dá timidamente com Hometown Glory, observada por um público comportado. I’ll be waiting é para dançar. Ótima de ouvir. Adele dança, sorri, tenta se soltar. Beberica o que há em sua xícara, interage prepa-rando para Don’t You Remember. Essa é para “roer” até sangrar o canto da unha, para tentar sentir a dor nos dedos e esquecer a dor do coração partido. Dá palma-dinhas no peito, no compasso da música. Não para acom-panhar a batida, mas para assegurar que ele está lá.

Set Fire to the Rain trinca os dentes, parece doer fi sicamente, tem raiva, vida, emoção incontida, pulsante, dá quase para tocar a dor. É quando ela mais se movi-menta. Ensaia uma dança parada, levanta e movimenta os braços. Não dá só para cantar acompanhando a mú-sica, você se sente dentro dela.

If It Hadn’t Been for Love tem nítidos traços de coun-try e blues. Uma delícia de ouvir. É com certeza, para acompanhar batendo o pé, mas a vontade mesmo é de sair girando, dançando. Adele dança sentada, estala os dedos, quase parece uma menina comportada. Apresen-ta sua b! [best friend forever], se emociona, e porque não dizer, constrange. Relata fatos que são da intimida-de. O público agora sabe alguns segredos.

My Same. Nooooooossa, é uma delícia de ouvir. Blues puro, genuíno, com a batida cadenciada e marcante, tanto das cordas quando da voz. Take It All. Após co-meçar, pede para recomeçar, acha que merecia uma interpretação melhor. Tá louca! Já estava ótimo. Fecha os olhos, acompanhada somente pelo piano. Fica difícil cantar de olho aberto, talvez a escuridão fosse solução. Mas nós precisamos ver. Só ouvir não basta. Põe-se de pé. Sua gargalhada é qualquer coisa.

Rumour Has It. Ensaia alguns passinhos no mesmo lu-gar, estala os dedos. O público já dança, participa com seu show à parte. Meu Deus, como ela é séria, concen-trada, não erra nem as batidinhas de palma do arranjo. Encerra tirando e colocando a batida gostosa. Tem “co-toco” duplo (ah, como eu queria estar lá), dá língua e uma gargalhada que mistura desprezo e deboche.

Emenda sem pausa Right as Rain. Também é para can-tar em pé, porque a vontade de dançar está presente. Toma um gole e brinca com o teor do que tem em sua xícara. Volta a falar de suas canções, agora sentada. O público ouve como se fossem crianças ouvindo alguém mais velho contar suas histórias. Caramba, ela tem so-mente 23 anos. Mas até os mais maduros estão ouvindo com atenção.

Eu, ADELE e o público

E riem, interagem, mas não estavam preparados para One and Only, sozinha, com o piano ao fundo. Si-lêncio. Para essa não consigo dizer nada. Entra o cara da bateria e o resto da banda e ai minha nossa.... Ela olha grata o público, como se fosse favor eles estarem aplaudindo. Senti falta de gritos histéricos.

Lovesong, outra intimista. Agora canta para si, volta a fechar os olhos. Será que ela teme enxergar alguém na plateia? Não sei. Parece cansada, não na voz, mas na emoção. O peso parece ser muito para seus ombros. Como conter? Casais sorriem, se aconchegam. A músi-ca é tranquila. Adele não. Parece estar em transe, sabe aquela coisa: eu e eu mesma?

Cantar Chasing Pavements foi para desarmar algum que ainda não tinha sido. Encontrei no público uma fã que me representa, ela canta e dança onde alguns es-tão sentados, mas a criatura nem aí. É só ela, a música e Adele. Quer prova maior? A música é lenta, mas ela dança assim mesmo.

I Can’t Make You Love Me. Os casais sentem e se olham como que compartilhando. As pessoas estão começando a criar coragem já no fi nalzinho e estão aplaudindo de pé, o que deveria acontecer desde a primeira canção. Envergonhados, alguns enxugam as lágrimas e Adele gargalha, tripudiando de seu público. O que seria seu show sem um pouco de drama? Acho que foi isso que ela quis dizer.

Manda apagar as luzes e obedecem, pede para le-vantarem seus celulares, e a atendem. Eu não estava preparada. Ninguém estava, é Make You Feel My Love. É impressão minha, ou o público empalideceu? A cor fugiu literalmente de seus rostos. É luz e escuridão e não tem lugar para outra coisa senão uma tristeza enorme. Ade-le está muito quieta. Canta, mas está distante. É como se o palco não fosse o lugar onde se encontra.

Sai sorrateira, vai até o fundo, o público urra, espera, e quando ela volta, vem com jeito brejeiro de menina que fez alguma coisa escondida. Agora descalça, agradece. Admite estar nervosa, faz uns barulhinhos estranhos e humanos. Fala e fala, parece querer adiar o inevitável. Solta “puns” na boca. É fato, ela está nervosa.

Seja o que Deus quiser, porque ela vai cantar Someone Like You. O público está tão quieto quanto eu. Parece com medo de fazer alguma coisa que possa estragar esse momento tão aguardado. Adele pede e o público canta. Casais se beijam, é inevitável. Adele sorri e pede One More Time. Agora eles parecem ensaiados. Vozes masculinas e femininas são identifi cadas. A emoção de Adele também. Se obriga a cantar. E canta. Seu público a aplaude de pé. Adele chora e agradece timidamente. Enxuga as lágrimas, e detalhe, não é só Adele que chora. Eles ainda estão de pé. Ela fecha o show com Rolling in the Deep. Palmas para acompanhar a batida contagian-te. Segura o colo com a mão para ter certeza que o co-ração ainda está lá. O público fi nalmente enlouqueceu. Demorou demais. Minha nossa, eu pensei que os ingleses fossem frios, ninguém me avisou que ali existia “fogo”. Cai papel picado dourado. Êxtase. E o beijo de adeus.

Ah, se eu estivesse lá... Estou no sofá de casa e ainda não consegui desligar o DVD. Talvez assista novamente...

por Izabel Silveira

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