revista milha náutica - ano 03 - nº 01

60
I SEMANA NÁUTICA DA PARAÍBA milha náutica Nº01 • Ano 03 • Fevereiro 2014 A R e v i s t a d o P r o g r a m a S a g r e s A Paraíba na vitrine do turismo náutico do Brasil CONSTRUÇÃO NAVAL ARTESANAL - PATRIMÔNIO CULTURAL E MEMÓRIA NO MUSEU NACIONAL DO MAR EXCLUSIVA ENTREVISTA COM O SUBMARINISTA E CAPITÃO-DE- MAR-E-GUERRA CLAUDIO LISBOA LIGHT HOUSE

Upload: programa-sagres

Post on 22-Mar-2016

229 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

É uma publicação digital do Programa Sagres do Centro de Referência em Pesca e Navegação Marítima - CRPNM / IFPB. A Revista tem por objetivo o desenvolvimento da prática e do ensino da Navegação Marítima através da difusão das ciências náuticas.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

I SEMANA NÁUTICA DA PARAÍBA

milhanáuticaN

º01

• Ano

03

• Fev

erei

ro 2

014

A R e v i s t a d o P r o g r a m a S a g r e s

A Paraíba na vitrine do turismo náutico do Brasil

CONSTRUÇÃO NAVAL ARTESANAL - PATRIMÔNIO CULTURAL E MEMÓRIA NO MUSEU NACIONAL DO MAR

EXCLUSIVA ENTREVISTA COM O SUBMARINISTA E CAPITÃO-DE-MAR-E-GUERRA CLAUDIO LISBOA

LIGHTHOUSE

Page 2: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

2 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

ENTREVISTA04 Claudio Lisboa

DIVERSOS 08 Watercraft

MUSEU NACIONAL DO MAR10 Volta ao Mundo em Solitário em um pequeno barco a vela13 Poesias sobre o Museu Nacional do Mar14 Construção naval artesanal - pa-trimônio cultural e memória no Museu Nacional do Mar

MUNDO AQUÁTICO20 Projeto Gombessa

CAPA22 Semana Náutica da Paraíba 2013 28 Flashes da I Semana Náutica da Paraíba

BLOG VELEIRO HOJE! 40 Como tudo começou

PROGRAMA SAGRES42 História do site Rumo Magnético

SEXTANTE44 Longitude, uma longa descoberta

CRPNM / IFPB46 IFPB integra Centro Internacional de Referência em Portos e Sustentabilidade

SEGURANÇA NO MAR48 Coletes - As 5 principais desculpas de quem insiste em não usar colete sal-va-vidas e o porquê deve-se usá-lo49 Álcool - Consumo de álcool e navegar não se misturam

OVERFISHING50 Infográfico: Sobrepesca

CULTURA MARÍTIMA54 Filmes & Livros: Capitão Philips & Sagres: A Revolução Estratégica

NAUTILUS56 Fotografia

SABORES DO MAR58 Salgariscos: Coxinha e Pastel de Mariscos

Page 3: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 3

Editora DigitalLight House, Programa Sagres / CRPNM / IFPB

Editor Chefe / DiagramaçãoTiciano Alves, [email protected] Revisora Textual - ExternoRaphaella Belmont, [email protected]

Colaboraram nesta EdiçãoClaudio Lisboa, Marina Bruschi, Rico Floriani, Elson Fernandes, Andrea Oliveira, Margareth Rocha, Olga Sueli Bezerra, De-misson Xavier Ferreira.

Fotografias desta EdiçãoClaudio Lisboa, Arquivo Museu Nacional do Mar, Ticiano Alves, Luciane Ville, Helvio Silva, APEC, Jacaré Náutica, Walter Bibe, Joscelo Maximino e Margareth Rocha.

EDITORIAL“Estamos a bordo, que Bons Ventos nos levem”. Essa é a frase que me

vem a cabeça quando vejo essa edição da Revista Milha Náutica. Após

um ano de sua última edição, a revista retorna cheia de novidades

e agora, como a revista oficial do Programa Sagres do Centro de

Referência em Pesca e Navegação Marítima - CRPNM / IFPB. Para au-

xiliar no cumprimento do objetivo do Programa Sagres de difundir as

ciências náuticas, a Revista Milha Náutica teve que ir para o estaleiro.

Lá ela pôde ser modernizada e ter o seu casco reforçado para supor-

tar as pancadas das grandes ondas. Agora, com novas possibilidades,

poderemos adentrar em “mares nunca dantes navegados”.

Um dos principais resultados de sua passagem no estaleiro foi a

adaptação das seções do site Rumo Magnético, também do Programa

Sagres, para a versão de revista. Os melhores artigos ou fotos de cada

seção serão selecionados para compor as edições da Milha Náutica.

Em adição, tem-se a inauguração da seção ENTREVISTAS, que tem

como primeiro entrevistado o Submarinista e Capitão-de-Mar-e-Guerra

Claudio Lisboa.

Essa edição marca também uma parceria com outra embarcação, maior,

mais robusta e com grande experiência em mares turbulentos, conhe-

cida como “Museu Nacional do Mar“. Fico orgulhoso e feliz quando vejo

o material belíssimo que foi enviado pelo museu para ser publicado

na Milha Náutica. Aproveito para agradecer ao meu amigo e velejador

Rico Floriani que fez o meu contato com a Sra. Marina Bruschi, Analista

em Gestão Cultural do Museu Nacional do Mar. Aproveito também para

agradecer a Diretora do museu, Sra. Andrea de Oliveira, pelo belo artigo

enviado.

A capa da terceira edição da Revista Milha Náutica traz o evento que

foi um marco para o setor náutico paraibano: a I Semana Náutica da

Paraíba - SNPB. O evento ocorreu no período de 8 a 15 de dezembro de

2013, no litoral de João Pessoa, Cabedelo e Lucena e reuniu as diversas

modalidades náuticas em uma única semana, de jet ski à pesca, pas-

sando por workshops e palestras.

O grande velejador brasileiro Amyr Klink uma vez disse em um de seus

livros: “Parti para a minha mais longa travessia e mesmo que ela só

durasse esse único dia, eu havia escapado do maior perigo de uma via-

gem, da forma mais terrível de naufrágio: NÃO PARTIR”. Aqui estamos,

a bordo da terceira edição da Revista Milha Náutica.

___________________________________________________________________

Prof. M.Sc. Ticiano Alves

Coordenador do Programa Programa Sagres / CRPNM / IFPB

Editor-Chefe da Revista Milha Náutica

Page 4: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

4 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

E N T R E V I S T A

S U B M A R I N I S T A EC A P I T Ã O - D E - M A R - E - G U E R R A

C L A U D I O L I S B O A

MILHA NÁUTICA - Em 1983, o senhor estava a bordo do Veleiro Oceânico Cisne Branco (ex-Ondine) da Marinha do Brasil. O senhor relatou ao site Rumo Magnético, na seção “Diário de Bordo”, um incidente que lhe ocorreu quando estava ao timão da embarcação. Poderia compartilhar essa experiência com os leitores da Milha Náutica?CLAUDIO LISBOA - Em primeiro lugar,

agradeço a deferência da Revista em me

entrevistar e pela oportunidade de falar

um pouco sobre a carreira de um Oficial

da Marinha do Brasil. A viagem foi uma

experiência inesquecível que aconteceu

em 1984. Naquela época 14 Guardas-

Marinhas recém-formados da Escola

Naval, em vez de realizar a “Viagem

de Ouro” no Navio-Escola, a faziam no

VOc “Cisne Branco”. Para mim, embarcar

nesse Veleiro era um sonho, pois tanto

no Colégio Naval como na Escola Naval

fui da Equipe de Vela e velejar estava no

meu sangue, portanto, era natural que eu

fosse voluntário para encarar este desa-

fio. Suspendemos em março de 1984,

subimos a costa brasileira, passamos por

Antígua no Caribe, nos EUA atracamos

em Fort Lauderdale e Boston, cruzamos o

Atlântico, estivemos em Horta nos Açores,

depois rumamos para a Europa, onde

atracamos em Lisboa, seguimos para

Cádiz - Espanha, e depois entramos no

Mar Mediterrâneo, onde visitamos uma

série de localidades. No retorno ao Brasil,

passamos pela África (Lagos – Nigéria

Tenerife - Ilhas Canárias). Ao chegar à

costa brasileira, passamos por Recife e

Salvador, terminando a viagem quando

atracamos no Rio de Janeiro em novem-

bro daquele ano. Durante as pernadas,

eram conduzidos diversos adestramen-

tos, com destaque para a navegação

astronômica, sem contar as inúmeras

fainas comuns em veleiros oceânicos.

Os Guardas-Marinhas eram divididos

em departamentos, divisões e funções

colaterais como em qualquer Navio

da Marinha. Eu era do Departamento

de Convés e Encarregado do Grupo de

Mergulho. Por conta desta última ativi-

dade, quando atracávamos, tinha pelo

menos duas fainas: limpar o casco e

carregar as ampolas de mergulho. O inci-

dente citado e publicado no site “Rumo

Magnético” aconteceu após o “Cisne

Branco” suspender de Mônaco. Logo no

início da pernada fomos atingidos por

um mau tempo daqueles, mar bem agi-

tado e ventos fortes. Após o pôr do sol, e

em situações críticas, vestíamos o colete

com cinto de segurança. Numa noite

estava timoneando o barco “talingado”

pelo cinto de segurança, navegando com

velocidade alta e as ondas estavam bem

grandes. Quando, de repente, uma onda

varreu o convés e me levou junto. Fiquei

pendurado pelo cabo do cinto de segu-

rança por um período que, para mim,

pareceu uma eternidade, felizmente um

dos colegas que estavam abrigados no

cockpit não viu mais o timoneiro e se

levantou. Foi a minha sorte, ele me puxou

de volta para o barco. Graças ao cumpri-

mento de procedimento de segurança e

a ação do meu amigo César Christianes

não virei estatística!

MILHA NÁUTICA - Chegou a participar de alguma regata com o VOc Cisne Branco? Qual?CLAUDIO LISBOA - Participamos da

Antigua Sailing Week e de um circuito de

regatas em Palma de Mallorca - Espanha.

Neste último evento, tanto o Rei Juan

Carlos e seu filho, Príncipe Felipe, cor-

reram as regatas.

MILHA NÁUTICA - Como submarinista, como o senhor descreveria o dia a dia da tripulação de um submarino?CLAUDIO LISBOA - Após servir um pouco

mais de dois anos como Segundo-

Tenente no Navio-Aeródromo “Minas

Gerais” fui voluntário para o Curso de

Aperfeiçoamento de Submarinos para

Oficiais. Desde os tempos de Colégio

Naval tinha isto em mente. Concretizei

este anseio quando fui, no início de

1987, para o Centro de Instrução e

Adestramento “Almirante Áttila Monteiro

Aché”, nosso querido CIAMA, a escola

Atualmente como Assessor da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil - PROSUB, o submarinista e Capitão-de-Mar-e-Guerra da Reserva Claudio Lisboa, ao longo de sua exemplar carreira esteve no comando do Monitor Parnaíba, do Navio de Socorro Submarino Felinto Perry, da Fotilha de Mato Grosso e da Capitania dos Portos de Santa Catarina, bem como exerceu fun-ções variadas no âmbito da Força de Submarinos, e a de Gerente de Submarinos na Diretoria-Geral do Material da Marinha. Recebeu entre suas condecorações a Medalha Militar com Passador de Ouro (30 anos), a Medalha Mérito Marinheiro 4 Âncoras, Medalha Mérito Tamandaré, Ordem do Mérito Naval e a Comenda da Ordem do Mérito Imperador Dom Pedro II do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

Page 5: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 5

de submarinistas, mergulhadores e mer-

gulhadores de combate. O curso, com a

duração de cerca de um ano, é bastante

exigente e requer muita dedicação por

parte dos oficiais-alunos. Possui duas

etapas, uma em sala de aula e simula-

dores, em que são ensinados todos os

sistemas e equipamentos do submarino,

como manobrá-lo, e seu emprego opera-

tivo. A outra etapa é realizada embarcada

em um submarino. Nesta fase, os oficiais

em qualificação estudam na prática todo

o submarino e concorrem a escala de

serviço no mar como Oficiais de Águas

(manobra do submarino), supervisionados

por um oficial qualificado. É um perío-

do intenso que é coroado no exame

final de qualificação no mar, ocasião

em que o oficial-aluno deve demonstrar

na prática a condução proficiente de

diversas manobras com o submarino, em

especial as fainas de emergência. Tive a

oportunidade de servir nos Submarinos

“Riachuelo” e “Tupi”. Foram momentos

incríveis e sempre tive a sensação de

pertencer a uma elite, uma vez que os

nossos submarinos são tripulados por

militares extremamente profissionais e

conhecedores de suas “máquinas”. O dia a

dia de um submarino no mar é repleto de

exercícios internos táticos e de controle

de avarias, a fim de manter o meio em

níveis elevados de adestramento. Além

dos treinamentos internos, os submari-

nos participam de exercícios avançados

com a Esquadra e de operações especiais

como o lançamento de mergulhadores de

combate.

MILHA NÁUTICA - Quais são as principais dificuldades encontradas para a execução de sua navegação submarina? E no que ela difere da navegação de superfície?CLAUDIO LISBOA - Um submarino por

navegar normalmente submerso não pos-

sui muitas oportunidades para receber

posições GPS ou realizar observações

visuais. Cabe ressaltar que a principal

característica de um submarino é a ocul-

tação, assim sendo, um bom Comandante

de submarino evita ao máximo tran-

sitar na cota periscópica e expor mas-

tros, o que é necessário para atualizar

a posição GPS e obter marcações de

pontos conspícuos. Neste contexto, além

do emprego do Sistema de Navegação

Inercial, é necessária a aplicação de téc-

nicas especiais de navegação estimada.

Em resumo, são utilizadas informações de

diversas fontes para compilar um quadro

preciso de navegação, sob a máxima de

evitar a todo custo a contra detecção do

submarino.

MILHA NÁUTICA - Durante 01 ano, o senhor esteve no Comando do Navio de Socorro Submarino Felinto Perry. Quais são os principais equipamentos utilizados por essa embarcação?CLAUDIO LISBOA - O NSS “Felinto Perry”

basicamente é um navio para opera-

ções de mergulho. Sua missão precípua

é resgatar a tripulação de um submarino

em caso de sinistro. Para tal possui um

Sistema de Mergulho Saturado composto,

grosso modo, por um conjunto de câma-

ras hiperbáricas e um Sino de Mergulho.

Para resgatar os membros da tripulação

do submarino sinistrado é empregado

o Sino de Resgate de Submarino. Outro

importante equipamento do navio é o

Veículo Submarino de Operação Remota.

Em linhas gerais, o NSS se posiciona em

cima do submarino sinistrado por meio

Navio de Socorro Submarino Felinto Perry

VOc Cisne Branco

Page 6: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

6 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

do Sistema de Posicionamento Dinâmico,

baixa o Sino de Mergulho para que

um mergulhador realize algumas ações

prévias e necessárias para a operação

do Sino de Resgate. O Sino de Resgate é

baixado e acopla na escotilha de salva-

mento do submarino e, após a abertura

das respectivas escotilhas, é possível o

embarque de até seis tripulantes por vez

no sino para retornarem à superfície. São

realizados tantos acoplamentos quanto

forem necessários.

MILHA NÁUTICA - Quais foram as prin-cipais missões executadas durante esse período?CLAUDIO LISBOA - Destaco a realização

do exercício SARSUB 2004, em que, pela

primeira vez na nossa Marinha, foi reali-

zado o acoplamento do Sino de Resgate

em um submarino e o regate de um

tripulante.

MILHA NÁUTICA - Entre Janeiro de 2008 e Janeiro de 2009, o senhor esteve no Comando da Flotilha de Mato Grosso. Como é estar no comando de uma força distrital composta por 09 embarca-ções? Quais são as principais dificul-dades encontradas para a execução das missões numa região tão rica em rios como a do Pantanal?

E N T R E V I S T A

CLAUDIO LISBOA - Já tinha servido em

Ladário-MS, sede do Comando do 6º

Distrito Naval, quando comandei o

Monitor “Parnaíba” entre 1998 e 1999.

Nessa ocasião, o M “Parnaíba” foi sub-

metido a um substancial Período de

Modernização, em que o navio foi prati-

camente reconstruído. Dentre as prin-

cipais alterações, destaco a substitui-

ção da planta da propulsão a vapor

por dois motores diesel, novos grupos

de motores-geradores, novo arranjo de

armamento e instalação de um con-

vés de voo. Estas modificações deram

nova dimensão ao “Caverna Mestra da

Armada”. Praticamente 10 anos depois

voltei ao pantanal mato-grossense, desta

vez para ser o Comandante da Flotilha

de Mato Grosso, uma força distrital

com renomada tradição na Marinha. A

Flotilha executa uma série de atividades

como Operações Ribeirinhas, Operações

Combinadas, Patrulha Fluvial, Operações

SAR e Assistência Cívico-Social (ACISO).

Ressalto as ACISO, uma vez ter sido

uma enorme satisfação poder partici-

par de ações visando contribuir para o

bem-estar das populações ribeirinhas da

região. Neste contexto, destaco a incorpo-

ração à Armada do Navio de Assistência

Hospitalar “Tenente Maximiano” ocorrida

no início de 2009, fato que elevou con-

sideravelmente a capacidade da Marinha

em prestar apoio médico e odontológico

aos ribeirinhos. Outra realização digna de

nota foi a realização de duas Operações

Multinacionais - intituladas ACRUX III

e ACRUX IV - a primeira conduzida nas

proximidades de Nueva Palmira - Uruguai

e a segunda nos arredores de Porto

Murtinho - MS. Estas operações contaram

com a participação, além da Marinha do

Brasil, das Marinhas da Argentina, Bolívia,

Paraguai e Bolívia. Nestas comissões

exerci o comando do Grupo-Tarefa Fluvial

e, no Brasil, fui o comandante da Força-

Tarefa multinacional. Foram experiências

Sino de Resgate Acoplado

Sino de Resgate com tripulante

Page 7: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 7

significativas em que pude constatar o

profissionalismo das marinhas amigas

participantes e, principalmente, o eleva-

do nível de adestramento dos marinhei-

ros, fuzileiros navais e aviadores navais

da Marinha do Brasil. Não posso deixar

de sentir orgulho por ter visto os meios

da Flotilha exercendo efetiva presença

na nossa fronteira oeste, navegando nos

rios Paraguai, Cuiabá e até no rio Paraná.

Navegar em rios exige extrema aten-

ção, pois a qualquer momento podemos

ser surpreendidos com um encalhe. O

conhecimento prático da região é fun-

damental, principalmente dos impac-

tos decorrentes do regime de cheias

dos rios. Durante o período noturno as

dificuldades se agravam e, muitas das

vezes, até o radar engana ao apresentar

um contorno falso do rio.

MILHA NÁUTICA - Quando foi Capitão dos Portos de Santa Catarina entre janeiro de 2011 e janeiro de 2013, quais foram os principais desafios? E quais as principais conquistas?CLAUDIO LISBOA - Em 2010, estava reali-

zando o Curso de Política e Estratégia

Marítimas na Escola de Guerra Naval

quando, no meio do ano, fui intenciona-

do para assumir o cargo de Capitão dos

Portos de Santa Catarina (CPSC). Foi um

misto de alegria e excitação, pois nunca

tinha servido em uma Organização

Militar do Sistema de Segurança do

Tráfego Aquaviário. Logo percebi que

seria um grande desafio ser Capimar.

Em janeiro de 2011 tomei posse na

CPSC, em plena Operação Verão! Apesar

de ter feito um curso específico, atuar

como Agente da Autoridade Marítima

seria um mundo novo e realmente

foi. A jurisdição da CPSC é dividida

entre as Delegacias da Capitania dos

Portos em São Francisco do Sul, Itajaí e

Laguna. Estamos falando dos pujantes

Complexo Portuário de Itajaí, Porto de

São Francisco do Sul, Porto de Itapoá

e o Porto de Imbituba. Isto significa

que os Agentes da Autoridade Marítima

em Santa Catarina possuem grandes

responsabilidades para assegurar a

segurança da navegação do transporte

marítimo na região. Destaco que nesse

período foram intensificados proces-

sos visando aumentar os parâmetros

operacionais dos portos catarinenses,

elevando a competitividade dos mesmos.

Para tanto foi fundamental o excelente

relacionamento com as Autoridades

Portuárias, Serviços de Praticagem e ou-

tros membros da comunidade marítima.

É inegável que Santa Catarina é um re-

levante polo náutico e de pesca no País.

Este fato exige uma efetiva atuação da

CPSC e de suas Delegacias subordinadas.

Além da fiscalização, procurei promover

a conscientização da comunidade náu-

tica em prol da segurança da navegação,

por considerar que cada pessoa que

conduz uma embarcação e até mesmo

os passageiros precisam se conscientizar

que a segurança está nas mãos deles

mesmos.

Em especial, concentrei esforços em res-

saltar a importância do uso efetivo de

coletes salva-vidas. Basta uma simples

pesquisa para se constatar que muitas

das fatalidades ocorridas em embarca-

ções poderiam ter sido evitadas pelo

simples uso de um colete salva-vidas,

um equipamento de segurança cujos

modelos mais simples não custam muito.

Seria injusto não citar o grande apoio

que tive de inúmeros órgãos públicos,

entidades civis e pessoas. As parcerias

com o Exército Brasileiro, Polícia Federal,

Secretaria de Segurança Pública, Corpo

de Bombeiros, Polícia Militar, Prefeituras,

IBAMA e ICMBio. Algumas entidades civis

foram marcantes em seus apoios como

as Sociedades de Amigos da Marinha

na região e a Associação Náutica

Catarinense para o Brasil. Foi uma grata

satisfação constatar a participação de

diversos atores no incremento da men-

talidade de segurança da navegação.

Tenho forte convicção que o engajamen-

to da comunidade náutica é fundamental

para a redução dos números de acidentes

envolvendo embarcações. No início de

2013 deixei a CPSC e o Serviço Ativo

da Marinha, um momento difícil. Por

último, reconheço que tenho uma imensa

gratidão com os homens e mulheres de

valor com que tive a oportunidade de

servir. n

Fonte das Imagens: Imagens gentimente cedidas por Claudio Lisboa para a entrevista na Revista Milha Náutica.

Desembarque da Capitania dos Portos de Santa Catarina e do Serviço Ativo da Marinha do Brasil

Page 8: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

8 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

W A T E R C R A F T DIVERSOS

A Rolls-Royce fechou um contrato para fornecer um

inovador sistema que integra uma hélice ao leme

chamado “Promas Lite”. O mesmo foi desenvolvido

para melhorar a eficiência da hélice do navio de

cruzeiro Richard. De acordo com a Rolls-Royce, esse

sistema irá aumentar a eficiência do Richard em 11 e

14 por cento. A Rolls-Royce observou que a economia

de combustível com o uso do sistema Promas Lite é

de 5 a 15 por cento, dependendo do tipo de operação

e o desempenho da hélice existente.O sistema de

propulsão é adequado para uma ampla gama de tipos

de navios e outras ordens futuras incluem navios de

pesca e navios de carga.

SISTEMA DA ROLLS-ROYCE QUE INTEGRA HÉLICE E LEME

Utilizando uma pipa semelhante a do kite surf, essa embarcação de desing arrojado, atinge velocidades relativamente altas, dentro

e sob a água, elevando a adrenalina de qualquer navegante. Controlar o Nereus é tão fácil como andar de bicicleta, dizem os seus

desenvolvedores. Tudo que você tem a fazer é virar o guidão que está ligado a pipa. Para mergulhar, só empurrar para baixo.

NEREUS

Imag

em: n

aval

univ

ali.w

ordp

ress

.com

O Japão exibiu, no dia 06 de agosto de 2013, pela primeira vez

ao público seu futuro porta-helicópteros, o maior navio militar

da marinha japonesa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

JAPÃO LANÇOU MAIOR NAVIO MILITAR DESDE A II GUERRA

Foto: www.mundo-nipo.com

Imag

ens:

ww

w.g

reen

pack

s.org

Page 9: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 9

51 nós equivale a 92 km por hora! Foi

esta velocidade incrível que os

franceses do L’Hidroptère conseguiram.

RECORDE MUNDIAL DE VELOCIDADE EM UM BARCO A VELA

Foto

: ww

w.s

ail-w

orld

.com

No dia 30 de setembro de 2013 faleceu o Capitão-de-Mar-

e-Guerra Geraldo Luiz Miranda de Barros, autor de clássicos

como “Navegar é fácil“ e “Navegando com a eletrônica“. Em

sua homenagem dedicamos esse espaço para conhecer um

pouco mais sobre a sua carreira que foi marcada pela sua dedi-

cação em produzir para os brasileiros uma riqueza enorme

que são suas grandiosas obras.

BiografiaO Capitão de Mar-e-Guerra (RRm) Geraldo Luiz Miranda de

Barros se formou como Guarda Marinha em 1957 e após mais

de 30 anos de atividades no Serviço Naval passou para a

reserva em 1987.

Ao longo de sua carreira exerceu diversas funções, a maio-

ria delas ligada à navegação. No período de 1983 a 1985

foi o representante do Brasil na Organização Marítima

Internacional, com sede em Londres, sendo eleito por seus

membros Vice-presidente do Comitê de Segurança Marítima.

Nessa função, participou ativamente das revisões das con-

venções SOLAS, MARPOL e STCW, instrumentos internacio-

nais de suma importância para a segurança no mar.

Foi também membro fundador da Universidade Marinha

Mundial sediada em Malmoe (Suécia), sendo membro diretor

no biênio 1983/85.

Graduado também em Administração de empresas e Pós-

Graduado em Ciências Navais e Estratégia, recebeu em 1981

o cobiçado e raramente outorgado prêmio Alte Jaceguay do

Clube Naval por sua tese “Tráfego Marítimo Vital do Brasil em

Situações de Guerra”.

Reunindo qualidades e experiência ao longo de seus vários

anos de dedicação à Marinha e ao Brasil, o Capitão de Mar-

e-Guerra (RRm) Geraldo Luiz Miranda de Barros se dedicou

com entusiasmo e persistência à formação de uma cultura

marinheira em nosso povo. Com seu grande envolvimento

e expertisse em navegação sua proposta de mostrar os se-

gredos de uma vida segura no mar vem com a publicação de

livros especializados e altamente recomendados.

Desde 1977 suas obras divulgam de forma extremamente

didática os segredos da navegação, sendo rica fonte de

estudo e aprendizado, quase que obrigatória, das categorias

amadoras, de pesca e de diversas categorias profissionais de

marítimos. n

Texto extraído do site do autor

HOMENAGEM AO CAPITÃO-DE-MAR-E-GUERRA GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS

Page 10: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

10 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

mato-grossense Izabel Cristina Duarte Pimentel,

analista de sistemas (UFF), caminha para sagrar-se a

primeira brasileira e latina americana a dar a volta

ao mundo em solitário pilotando um pequeno barco

a vela. Partiu e fechará o circuito na cidade de Sète, França, Mar

Mediterrâneo. Os oceanos Atlântico, Índico e Pacifico fazem parte

de seu roteiro, mantendo-se abaixo do Trópico de Capricórnio e

fronteira com o Círculo Pólo Antártico. A sua experiência como

velejadora de caiaque, - velejando por grande parte a costa do

Brasil, todo o litoral de Portugal e parte da Espanha, - lhe deram

o know-how para este audacioso empreendimento. Capotagem,

tombamentos, temperaturas baixíssimas, tempestades, ondas de

até 60 metros de altura, calmarias, pequenos acidentes que lhe

valeram corte na mão e luxação no tórax, nunca a desencora-

jaram. O desespero acontecia só num momento, mas logo dava

a volta por cima, muitas vezes valendo-se de meios de fortuna

para manter o barco navegando. A coragem, equilíbrio emocional

e muita técnica a mantém firme no comando do barco.

Sua bandeira verde, amarela e azul está sempre tremulando no

mastro a dizer-lhe:

“- Bel, vamos em frente. O Brasil nos espera!”

José Geraldo Pimentel

Característica do barco DONBarco: Veleiro DON

Romanée, 34 pés, construído em alumínio. Construtor:

Arquiteto Philippe Harlé.

Gata EllenIzabel leva no barco a gata Ellen que ganhou de amigos em

Salvador.

Roteiro da viagemPrimeira etapa: Sète, Arquipélago das Canárias, Arquipélago

Fernando de Noronha, Salvador e Rio de Janeiro.

Segunda etapa: Rio de Janeiro, Oceano Atlântico, Passagem

pelo Cabo da Boa Esperança, Oceano Índico, Oceano Pacífico

com parada na Ilha da Páscoa, passagem pelo Cabo Horn,

reingresso no Oceano Atlântico com parada na Província da

Terra do Fogo (capital Ushuaia, Argentina), São Francisco do

Sul (Museu Nacional do Mar) e fechando o percurso, passagem

pela praia de Copacabana, parada no Iate Clube do Rio de

Janeiro, Urca, e Paraty.

Terceira etapa: Partida de Paraty, travessia do oceano Atlântico

e chegada em Sète, França. Entrada no rol dos navegadores

que deram a volta ao mundo em solitário

A Izabel completará o percurso ao regressar ao ponto de par-

tida, quando se consagrará a primeira mulher brasileira e latina

americana a realizar a volta ao mundo em solitário, pilotando

um pequeno barco a vela. O título só é validado para quem inicia

e termina a travessia na região setentrional do planeta.

PRIMEIRA ETAPA

Partida de Sète, França (28 de agosto de 2012)Izabel iniciou a sua viagem de Volta ao Mundo em Solitário

partindo de Sète, França, Mar Mediterrâneo, dia 28 de agosto

de 2012.

Desembarque no Rio de Janeiro (15 de novembro de 2012)Como estava previsto a Izabel desembarcou no Iate Clube do

Rio de Janeiro, bairro da Urca, quinta-feira, dia 15 de novem-

bro de 2012. Era cerca de 22hs. Estava animada, trajando

um vestido vermelho e sapatos de cor creme, salto alto. Foi

uma parada para ser recepcionada pelos familiares. No dia

seguinte, sexta-feira, dia 16, por volta das 16:30 hs, seguiu via-

gem para Paraty. No final da tarde de sábado desembarcava

na Marina Porto Imperial.

A

VOLTA AO MUNDO EM SOLITÁRIO EM UM PEQUENO BARCO A VELA

MUSEU NACIONAL DO MAR

Page 11: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 11

Page 12: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

12 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

SEGUNDA ETAPA

Largada da segunda etapa: Brasil - Brasil (28/12/2012)

Sexta-feira, 28/12/2012, 10:25 hs.

Passagem pela praia de Copacabana. À frente do Copacabana

Palace, Izabel inicia oficialmente a Volta ao Mundo sem escala,

em navegação solo.

“- Lá pelos meus 20 anos, um dia, em plena praia de Copacabana,

fiz uma promessa. Mas fiz a uma pessoa: Joshua Slocum. (O pri-

meiro homem a velejar em solitário ao redor do mundo).

- Eu, Izabel Pimentel, darei a volta ao mundo!

Tinha lido seu livro ‘Sozinho ao redor do Mundo’ e me apaixonado

por sua aventura.

Em 1994 fiz minha primeira viagem ao Sul do pais, onde conheci

a cidade de São Francisco do Sul e o Museu do Mar. Fiquei encan-

tada com o museu.

Um ano depois juntamos um grupo de amigos e fizemos uma

expedição que saia de Paraty, entrava na Barra de Cananéia,

seguia pelo Canal do Varadouro até Guaraqueçaba, cidade onde

Joshue Slocum construiu sua canoa ‘Liberdade’ e partiu para os

Estados Unidos. Faziam 100 anos da partida para a sua Volta ao

Mundo; e era por isso que estávamos ali.

Nessa viagem fazia alguns trechos com minha canoa ‘Manhã’.

Depois de Paranaguá a expedição seguiu para o Museu do Mar

onde minha canoa ficou. Doação que fiz por amor a arte naval

brasileira.”

Previsão de percurso da segunda etapa Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (20.000 milhas)

Nessa segunda etapa Izabel navegou do Rio de Janeiro até o

Cabo Horn aproximadamente 18.000 milhas náuticas. Para sua

chegada/retorno ao Rio restam-lhe cerca de 2.300 milhas. Com

isso totalizará, nesse trecho, - Rio de Janeiro-Rio de Janeiro,- algo

em torno de 20.000 milhas. (Cálculo efetuado por Marcos Lobo).

Situações enfrentadas pela Izabel desde que deixou Sète, França.

- Na primeira etapa: uma longa calmaria à frente do Marrocos,

África, e a perda de seu gato francês, Feijão, atropelado numa

estrada no Arquipélago das Canárias.

- Em pleno Oceano Pacífico, o barco sofreu uma capotagem (dar

um giro brusco de 180 graus), com avarias graves (quebra da

cruzeta que dá sustentação ao mastro) obrigando-a a aportar na

Ilha de Páscoa para reparos.

- Entre a Ilha de Páscoa e o Cabo Horn, sofreu dois tombamentos.

(O mastro chegou a tocar no leito do oceano).

- Uma semana depois da passagem pelo través das Ilhas

Malvinas, Izabel enfrentou tempestades com ondas de cerca de

60 metros de altura. (5 de fevereiro de 2014).

“Nunca tinha visto ondas tão grandes. Não imagina a montanha

que a onda formava e arrebentava igual na praia. Terrível. O Don

firme... Depois muitos barcos de pesca... Não dormi.”

- No decurso dessa travessia a Izabel sofreu corte na mão,

luxação no tórax, frio e muitas noites mal dormidas; inclusive,

conduzindo o barco sentada ao lado do leme, debaixo de chuva

e muito frio, quando cruzava o Estreito de Beagle em direção

ao Ushuaia. A estadia na Ilha de Páscoa não foi das mais felizes.

Bem recebida na chegada e depois, nem tanto. Em Ushuaia foi só

carinho e atenções.

Momento memoráveis na viagem

- Descendo o Oceano Atlântico em direção ao Brasil.Passagem pela Linha do Equador - 24 de outubro de 2012.

12:10 hs (horário local). 00º 000’N; 030º 09’ W.

- Meridiano de Greenwich.Izabel passou pelo Meridiano de Greenwich no dia 20 de janeiro

de 2013, às 07:39:09 hs.

“Bom dia. Passei primeiro meridiano, Greenwich. Posição 36.52

S 00.000.”

- A passagem pelo Cabo Horn que parecia ser o terror da viagem, foi o momento em que o oceano saldou a passagem da Izabel calmo e cerimonioso. “Ele me deixou passar.”

- O barco, como a Izabel, ganha o título de “Cabo Hornier”,pela passagem em solitário pelo temido Cabo Horn. Façanha, por sinal,

realizada pela primeira vez por uma brasileira. n

___________________________________________________________________

Press release preparado pelo Sr. JG Pimentel, pai da velejadora.

Repassado à Revista Milha Náutica pelo Museu Nacional do Mar.

Fonte das imagens: Site oficial da Velejadora. < www.jgpimentel.com.br >

Page 13: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 13

O museu do Mar2° e 3° anos

Em uma manhã ensolarada

Colocamos o pé na estrada

Fomos ao museu do Mar

Lá subimos escadas

Ficamos com as pernas cansadas

Todas as salas fomos explorar

Por uma sala escura fomos caminhar

Muitos mistérios fomos desvendar

Outros museus queremos visitar.

POESIAS SOBRE O MUSEU NACIONAL DO MAR

MUSEU NACIONAL DO MAR

Poesias feitas coletivamente pelos alunos nas aulas de Literatura com a professora Viviane Mirandola da Escola Municipal Izidoro Curvello, São Francisco do Sul / SC.

Explorando o Museu do Mar4° ano

No museu do Mar encontramos

Muitas coisas antigas

Aprendemos muito sobre o mar

Vivemos uma manhã divertida

Desse jeito é muito bom estudar

Fomos a sala escura, foi uma loucura

Em outra sala encontramos

Algumas esculturas

Esse passeio foi uma beleza pura

E agora quais serão nossas futuras

aventuras?

A magia do Museu do Mar5° ano

Em um belo dia ensolarado fomos passear

Coisas novas fomos encontrar

Ao ver os barcos imaginamo-nos flutuando no mar

Por todo museu parecia haver encanto no ar

Passamos por uma sala escura,

Vimos bonecos de isopor

Meu Deus que terror...

Da fonte dos desejos sentimos o frescor

Mas quando o passeio acabou

Ficamos com calor.

Page 14: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

14 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

Coleção Alves Câmara

Page 15: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 15

ma versão admissível é que a primeira experiência do

homem com a navegação tenha sido a utilização de

um tronco que, devido a flutuação, tenha permitido a

travessia de curtas distâncias. Depois ao amarrar dois

troncos ou mais, foi possível formar uma plataforma flutuante.

E então ao escavar um tronco foi o salto tecnológico que pos-

sibilitou formas mais apuradas de navegação.

Em linhas gerais, a história da construção naval liga-se primei-

ramente ao campo da necessidade.

Segundo (Santos, 2006, p.29), “[...] a principal forma de relação

entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o

meio, é dada pela técnica. As técnicas são um conjunto de meios

instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida,

produz e, ao mesmo tempo, cria espaço”.

A técnica, muitas vezes, pode ser confundida com arte, já que

a palavra arte vem do latim ars e corresponde ao termo grego

techne, técnica, significando como afirma (Chauí, 1999. P.317) “o

que é ordenado ou toda espécie de atividade humana submetida

a regras [...]. Em sentido estrito, instrumento, ofício, ciência”.

Percebe-se neste sentido que a evolução naval está condiciona-

da a busca por soluções para questões do cotidiano que envol-

viam transporte, comércio e defesa ou ataque de territórios.

Para uma análise mais apurada da historiografia da construção

naval no Brasil deve-se considerar os ensinamentos dos dife-

rentes povos indígenas na navegação fluvial e a colonização

portuguesa com toda a experiência adquirida com a escola

de Sagres que foi fundada no século XV, onde o infante Dom

Henrique (1394 – 1460) reuniu os melhores pilotos, astrônomos,

cartógrafos e construtores navais da época, o que possibilitou

conhecimentos essenciais para a navegação transcontinental e

deu a Portugal destaque mundial no ramo da construção naval.

Como afirmou Camões no canto III dos Lusíadas (p.87), o mar foi

de certa forma um começo, uma inspiração que colocou Portugal

em lugar de vantagem naqueles tempos:

Eis aqui, quase cume da cabeça

De Europa toda o reino lusitano

Onde a terra se acaba e o mar começa

E onde Febo repousa no oceano.

Portugal esteve em evidência por conta do poderio naval como

descreve (Almeida, 2008, p. 22). “os Lusitanos conheciam, como

ninguém, a aerodinâmica das velas [...], e em razão disso, no

decorrer do século XV ao século XVI, a caravela, a nau da Índia e

o Galeão foram os três modelos náuticos que dominaram a cons-

trução naval europeia, todos construídos pelos portugueses”.

Logo após 1530 a coroa portuguesa inicia no Brasil o processo

de colonização com a intenção de proteger o novo território.

Com o passar do tempo foram chegando mestres de construção

naval, carpinteiros, artesãos que iniciaram os primeiros esta-

leiros encontrando aqui abundância de matéria prima.

No decorrer da caminhada, técnicas foram apreendidas e apri-

moradas. Hoje a diversidade dos barcos tradicionais do Brasil

não é vista em nenhum outro país do mundo. Uma grande

variedade presente nas diferentes regiões do território, com

expressividade plástica e funcionalidade ligadas aos mais

extraordinários contextos do patrimônio cultural brasileiro. É

preciso considerar também iniciativas de preservação no Brasil,

de conhecimentos específicos da tradição naval portuguesa

firmada no convívio com outros povos no contexto das Grandes

navegações e mesmo a configuração do povo brasileiro formado

por culturas como indígena, africana e europeia. Existe assim

um conjunto de fatores que contribuíram para que aqui te-

CONSTRUÇÃO NAVAL ARTESANAL - PATRIMÔNIO CULTURAL E MEMÓRIA NO MUSEU NACIONAL DO MAR

MUSEU NACIONAL DO MAR

U

Page 16: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

16 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

nhamos um contexto único,entre eles, as condições aquáticas ou

condições socio-geográficas do Brasil, além dos muitos saberes

e técnicas antigas utilizadas nas barrancas dos rios e beiras de

praias. Muitas gerações se sucederam nas atividades de navega-

ção de carpintaria naval, da pesca e do transporte. Temos alguns

núcleos onde podemos encontrar embarcações tradicionais e

mestres carpinteiros que ainda repassam seus conhecimentos,

mas como contribuir para preservar tal patrimônio ligado tanto

ao material como ao imaterial?

No sentido mais claro a primeira providência é de mapear e

contextualizar a tipologia das embarcações tradicionais, unido

aos atos de catalogar, conhecer e registrar as especificidades

das embarcações para expandir a base de conhecimento, o que

já vem acontecendo.

Em projetos propostos pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional como o das Edições Técnicas Sobre

o Patrimônio Material que trata do patrimônio naval brasileiro

(2009) onde pode-se perceber os contextos locais onde as prin-

cipais embarcações tradicionais estão inseridas nas diferentes

regiões do Brasil, outro é o projeto Barcos do Brasil lançado em

2008 que tem como objetivo central a preservação e valorização

do patrimônio naval por meio de ações de identificação, pro-

teção e conservação de embarcações, estas ações projetadas de

forma articulada em uma rede cooperativa intergovernamental,

envolvem diversos ministérios considerando as manifestações

correlatas que incorporam os saberes e fazeres como pesca,

culinária, festejos e artesanato, tendo como intenção ainda

possibilitar a melhoria da qualidade de vida dos usuários como

pescadores, construtores e auxiliares.

Outro projeto interessante é o Liceu de Artes e Modelismo naval

do Museu Nacional do Mar – embarcações brasileiras que teve

sua 1ª edição no ano de 2006 e hoje está em sua 4ª edição e

atua também na pesquisa e salvaguarda do patrimônio naval

Page 17: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 17

brasileiro, onde este patrimônio é percebido como importantís-

simo no processo de educação e agregação de valores identi-

tários contribuindo também para a geração de trabalho e renda

por meio dos ensinamentos da área do modelismo naval, onde

as embarcações presentes no acervo do Museu Nacional do Mar

– EB, são reproduzidas.

O repasse do conhecimento se dá com base nos estudos dos

barcos tradicionais de cada região do país, partindo do ponto

de vista tipológico por meio da divisão de três tipos principais

de embarcações que são: as canoas, as jangadas e os barcos

encavernados, onde o modelista artesão aprendiz possa confec-

cionar modelos regionais aprimorando assim a produção de

artesanato e do próprio modelismo naval, lhe permitindo um

ganho, uma renda financeira mais apurada, além de contribuir

para a continuidade de técnicas tradicionais de construção naval

presentes no território nacional. O desenvolvimento do projeto

só é possível devido ao comprometimento de parceiros como a

Petrobrás, IPHAN e FCC (Fundação catarinense de Cultura).

A iniciativa do projeto Liceu de Artes e Modelismo naval foi uma

construção participativa e tem como proponente a Associação

dos Amigos do Museu Nacional do Mar que faz parte do con-

selho gestor que define as ações que envolvem o museu.

O próprio Museu Nacional do Mar pode ser compreendido como

um território para a salvaguarda do patrimônio naval brasileiro.

Criado no ano de 1992, com o objetivo de reunir em seu acervo

embarcações que representem a diversidade do patrimônio

em questão, está instalado nos antigos armazéns da extinta

Empresa de Navegação Cia Hoepcke onde é possível ainda visu-

alizar os antigos trilhos para vagonetes que ligavam os amplos

galpões aos trapiches onde atracavam os navios.

A construção está ainda hoje em sintonia com o mar na beira da

bela Baia Babitonga na cidade de São Francisco do Sul. No pas-

Visão Externa do prédio do museu

Page 18: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

18 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

sado os armazéns guardavam erva-mate, sacos de sal e outros

produtos, além de presenciar a circulação de inúmeros traba-

lhadores, passageiros e comerciantes interessados no transporte

marítimo.

O prédio foi restaurado e hoje serve de porto seguro para canoas

de um pau só, canoas bordadas do litoral catarinense, canoas

do baixo São Francisco, canoas de tolda ou Sergipana, a canoa

Biondina do Rio Grande do Sul e ainda; as baleeiras de casco

liso ou trincado pintadas de cores vivas, que são do ponto de

vista da carpintaria, verdadeiras obras-primas. Traineiras, botes,

jangadas de cinco paus, jangadas de tábuas, saveiros que são os

descendentes dos caravelões da costa e o cúter do Maranhão.

Na sala dedicada ao navegador Amyr Klink, o famoso navegador

brasileiro, temos a canoa que ele ganhou quando criança. Seu

barco IAT, atualmente não está em exposição pois foi levado

para restauro.

No museu pode-se ainda conhecer a coleção Alves Câmara do

século XXI que é a reprodução da coleção original que se encon-

tra no espaço cultural da Marinha com sede no Rio de Janeiro.

A coleção original leva o nome do então ministro da marinha

que em comemoração ao centenário da abertura dos portos,

solicitou aos diversos estados brasileiros a doação de modelos

de suas embarcações típicas. Na época, vários estados aderiram

ao projeto, formando o início da coleção.

Em 2005 surgiu a ideia, estimulada pelo navegador Amyr Klink

de reproduzi-la em escala (1:25) e foi desta forma que nasceu

a Coleção Alves Câmara do sec. XXI que já possui 88 modelos

de embarcações tradicionais de todo o Brasil, agregando outros

modelos tradicionais além dos da coleção real.

A Coleção do séc. XXI, também foi tombada em 2010 e contou

com a colaboração, para sua formação, dos modelistas – Carlos

Heitor Chaves, Luiz Lauro Pereira Junior (Laurinho) e Conny

Baumgart, este, o modelista de barcos e de passarinhos. Tal

coleção, por seu apuro técnico só é comparável, no mundo, à

coleção do Almirante Pâris, que está sob a tutela do museu da

Marinha em Paris.

A Coleção Alves Câmara do séc. XXI constitui-se num dos princi-

pais elementos do acervo do Museu Nacional do Mar que é com-

posto ainda por 91 embarcações em tamanho natural e cerca

de 150 miniaturas que estão expostas na sala do modelismo,

e ainda o acervo bibliográfico da Biblioteca Kelvin Duarte, for-

mada por mais de mil e quinhentos volumes de temática naval

incluindo obras raras, fotografias, desenhos e cartas náuticas.

O acervo integral do Museu nacional do Mar é protegido por Lei

Federal devido a sua importância e significado no contexto da

preservação da memória do patrimônio naval brasileiro e das

culturas ribeirinhas e litorâneas.

A memória é um direito de todos, pois, nos possibilita pistas para

compreendermos nossas raízes e percebermos o mapa onde

estamos alicerçados como indivíduos, como brasileiros.

É no sentido da salvaguarda e da preservação que o Museu

Nacional do Mar vem projetando suas ações, contribuindo desta

forma para a difusão de conhecimento e para a preservação da

memória e o entendimento de quem somos. n

__________________________________________________________________

Autora: M.Sc. Andrea de Oliveira

Diretora do Museu Nacional do Mar – Embarcações Brasileiras

Referências

• Almeida, Rodrigo de (2008). Diário de Bordo: a história da

indústria naval brasileira. São Paulo: Zingara.

• Chaui, Marilena (1999). Convite à Filosofia. 12ª Ed. São

Paulo: Ática.

• Couto, Ronaldo Graça (1985). Embarcações típicas do

Brasil. Ed. Index.

• Gehlen, Joel (2004). Museu Nacional do Mar – embarca-

ções brasileiras. Ed. Letra Dágua: Joinville.

• Santos, Milton (2006). A natureza do espaço: técnica e

tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP.

• PATRIMÔNIO Cultural Naval Brasileiro – comissão de

arqueoligia, história e etnografia naval – Ministério da

Cultura, SPHAN / Pró-memória, 1990, Brasília.

• Edições Técnicas sobre o Patrimônio Material - Patrimônio

Naval Brasileiro – IPHAN, orga. Maria Regina Weissheimer,

2009. Brasília.

• Barcos do Brasil – organização do IPHAN, 2011.

• Camões, Luís Vaz de (2009). Os Lusíadas. Lello editores:

Porto.

Fonte das Imagens: Imagens gentimente cedidas do Arquivo Museu Nacional do Mar.

Page 19: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 19

Sala das Jangadas

Sala Modelismo e Artesanato

Rancho do Pescador

Page 20: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

20 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

PROJETOGOMBESSA

MUNDO AQUÁTICO

m 05 de abril de 2013, o mergulhador e naturalista Laurent Ballesta,

acompanhado por uma equipe de mergulhadores de profundidade,

pesquisadores do Instituto Sul-Africano de Biodiversidade Aquática

(SAIAB) e seis cientistas do Muséum National d’Histoire Naturelle

(MNHN - Museu Nacional de História Natural, em Paris) e do Centre National de la

Recherche Scientifique (CNRS - Centro Nacional de Pesquisa Científica) da França,

partiu para a África do Sul por 40 dias de mergulhos para encontrar um animal

mítico: o celacanto.

Conhecido nessa área como “gombessa”, este pacífico gigante de 2m de compri-

mento, considerado extinto a 70 milhões anos e redescoberto vivo em 1938, é

considerado a maior descoberta zoológica do século XX:

- tem características representantes da transição de peixes para os primeiros verte-

brados terrestres com quatro patas;

- ele é, com suas barbatanas lobe-like e pulmão primitivo, a vida e relíquia ines-

perada do mar cerca de 370 milhões de anos atrás.

Os celacantos desencadearam debates acalorados durante quase um século entre

criacionistas e cientistas. Este é provavelmente o animal selvagem que foi o mais

deliberado no mundo, ainda não sabemos quase nada sobre o seu comporta-

mento. Como uma espécie ameaçada de extinção que vive a mais de 100 metros de

profundidade, muito poucas observações diretas foram feitas até agora.

A Expedição Gombessa é o resultado de dois anos de planejamento: científico,

logístico e de pessoal. Uma vez em contato com o celacanto vivo, a expedição vai

fazer novas observações e experiências científicas. Para interagir com esta lenda

viva, Laurent Ballesta e sua equipe de mergulhadores irão explorar as cavernas

Jesser Canyon todos os dias. A uma profundidade de 120m, a cada minuto no fundo

é reembolsado por longas horas de descompressão antes de os mergulhadores

poderem subir à superfície. n_______________________________________________

Tradução e Comentários: Professor M.Sc. Ticiano Alves

Coordenador do Programa Sagres

Fonte: SAIAB. < www.saiab.ac.za >. Acessado: 20 de Novembro de 2013.

E

Page 21: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 21

FOTO: http://lrpresse.com

Page 22: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

22 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

S. NÁ

UI

A2013

TCPB

Page 23: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 23

Entre os dias 8 e 15 de dezembro de 2013 o litoral da Paraíba foi

palco de uma série de atividades náuticas. O evento que reuniu

todas estas atividades no mesmo período foi intitulada de I

Semana Náutica da Paraíba - I SNPB.

Nascida das reuniões do Comitê Náutico da Paraíba, a I SNPB teve

como objetivo promover o desenvolvimento do setor náutico do

Estado por meio da apresentação de suas potencialidades em um

evento que reuniu atividades esportivas, acadêmicas e culturais.

A abertura do evento aconteceu no dia 08 de dezembro na

Sport Marina, onde fora organizado um café da manhã e um

passeio náutico (lancha e jet ski). Na mesma manhã, na Praia

de Intermares (Cabedelo / PB), acontecia o Torneio de Pesca de

Arremesso em Intermares, organizado pelas Associação de Pesca

Amadora da Paraíba e Loja ACAMPESCA.

No dia seguinte, aconteceu na Jacaré Marina um Curso Básico

de Manutenção de Motores de Popa, ministrado por Marcelo

Dorck (Yamaha do Brasil) e Maurício Dias (Yamaha do Brasil).

Ainda pela manhã do dia 09 de dezembro teve início a I Semana

de Ciências do Mar - I SECIMAR, que organizado pelo Centro

de Referência em Pesca e Navegação Marítima - CRPNM / IFPB,

promoveu durante três dias: palestras, mesas-redondas e work-

shops. Durante a I SECIMAR ocorreram: 07 workshops de áreas

que vão desde a navegação eletrônica com o uso dos tablets às

diversas possibilidades de beneficiamento do marisco; 05 pa-

lestras com temas ligados à segurança da navegação amadora,

Lei de Modernização dos Portos, importância da preservação

do Patrimônio Histórico Subaquático, importância dos artefatos

matemáticos na navegação marítima e conhecendo o Projeto

Pescando Sonhos; 03 mesas-redondas (Projeto Extremo Oriental

das Américas, Pesca Sustentável e Construção de Píeres na

Paraíba); Exposição Náutica com diversos itens náuticos e das

pescas artesanal e industrial; e diversas ações de cidadania do

Projeto Pescando Sonhos, tendo como ênfase exames médi-

cos, retiradas de documentação, balcões de informações (INSS,

banco, Previdência...) e apresentações culturais.

O dia 14 de dezembro de 2013 fora marcado por muitas

atividades. Logo pela manhã, na sede do ICMBio, começou o

I Encontro Nordestino de Pesca Esportiva, organizado pela

Associação de Pesca Embarcada de Cabedelo - APEC. Foi um

momento especial de palestras e debates, que tiveram como

objetivo a melhoria da pesca esportiva no estado da Paraíba.

Por volta das 10h aconteceu, na Praia de Intermares (Cabedelo /

PB) a Regata de Kitesurf, organizada pelo Professor e Campeão

de Kitesurf Bodete. No final da manhã teve o início as Regatas

de Hob Cat 14 e Hob Cat 16, laser e prancha, partindo do Iate

Clube da Paraíba (Praia do Bessa, João Pessoa / PB) com chegada

no Centro Náutico da Paraíba (Praia do Jacaré, Cabedelo / PB),

onde os competidores tiveram uma ótima recepção. Por volta

das 14h, fora liberado, no Porto de Cabedelo / PB, a visitação

ao Navio-Patrulha Oceânico Araguari da Marinha do Brasil. No

final da tarde, por volta das 17h, aconteceu na Praia do Jacaré

(Cabedelo / PB), a Inauguração do Pelotão de Polícia Embarcada,

com a presença do Governo do Estado Ricardo Coutinho e outras

autoridades. Logo após, todos puderam apreciar o belíssimo por

do sol ao som do Bolero de Ravel, tocado pelo músico Jurandy

do Sax.

O último dia da I SNPB, fora marcado por ótimos momentos. Às

08h partia da Praia do Jacaré para o Rio do IBAMA os competi-

dores do Torneio de Pesca Embarcada (Tarpon Day), atividade

integrante do I Encontro Nordestino de Pesca Esportiva. Duas

horas depois começava na Praia de Ponta de Matos (Cabedelo

/ PB) a Travessia do Dia do Marinheiro, evento organizado pela

Capitania dos Portos da Paraíba - CPPB e parceiros. Por volta das

10h30min tinha início a segunda etapa da regata de Kitesurf.

Logo no início da tarde começava o segundo dia de visitação

ao Navio-Patrulha Oceânico Araguari da Marinha do Brasil. Às

16h, aconteceu na Praia do Jacaré, o encerramento e entrega das

premiações aos campeões das regatas. n______________________________________

Professor Professor M.Sc. Ticiano Alves

Coordenador do Programa Sagres

“A I Semana Náutica da Paraíba, lançada no dia 21 de novembro e realizada entre os dias 08 de 15 de dezembro de 2013 foi um marco para o Setor Náutico da Paraíba.”

Page 24: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

24 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

1

5

8

7

6

4

3

2

Page 25: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 25

1) Lançamento da I Semana Náutica da Paraíba aconteceu no auditório da PBTUR no dia 21 de novembro de 2013. Compuseram a mesa o Secretário Renato Feliciano; a presidente da PBTur, Ruth Avelino; o secretário executivo de Indústria e Comércio e também presidente do Comitê Náutico da Paraíba, Marcos Procópio; a secretária de Turismo de Cabedelo, Vera Simões; o diretor de Desenvolvimento Institucional da Secretaria de Turismo de João Pessoa, Luciano Lapa; o representante da Associação das Marinas, Mateus Ribeiro; e o representante do Centro de Referência em Pesca e Navegação Marítima do IFPB, Ticiano Alves. 2) Abertura da I Semana Náutica da Paraíba na Sport Marina (08/Dez/13). 3) Passeio Náutico (08/Dez/13). 4) Empresário José Odilon no Passeio Náutico. 5) Torneio de Pesca de Arremesso na Praia de Intermares organizado pela ACAMPESCA (08/Dez/13). 6) Abertura da I SECIMAR. Na foto: Reitor do IFPB, Professor João Batista; Comandante da Capitania dos Portos da Paraíba, Capitão Wagner Abrantes; e Presidente da Comissão Organizadora da I SECIMAR, Professor Ticiano Alves (09/Dez/13). 7) Mesa-Redonda na I SECIMAR: Projeto Extremo Oriental das Américas contou com a presença do Analista Ambiental da Floresta Nacional (ICMBio) e Coordenador do Projeto Extremo Oriental das Américas, Orione Álvares; Secretário de Meio Ambiente de Cabedelo e Coordenador Político do Projeto Extremo Oriental das Américas, Walber Farias Marques; e o Professor Doutor Braulio do Departamento de Sistemática e Ecologia da UFPB (09/Dez/13). 8) Curso de Manutenção de Motores de Pesca na Jacaré Marina com palestrantes da Yamaha (09/Dez/13). 9) Workshop de Práticas de Marinas da I SECIMAR (10/Dez/13), realizado na Sport Marina. 10) Apresentação Cultural do Grupo Chorinho do CAPS AD Cabedelo na I SECIMAR foi uma das ações do Projeto Pescando Sonhos (11/Dez/13). 11) Workshop: Astronomia e Navegação - Observando os astros na I SECIMAR foi ministrado pelo Professor Alexandre Ribeiro (10/dez/13). 12) Apresentação Cultural do Coral do Programa Mulheres Mil do IFPB na I SECIMAR (11/Dez/13). 13) Exposição Náutica na I SECIMAR.

Créditos das Fotos: Ticiano Alves (2, 3, 5, 7, 9, 10, 11, 12, 13 e foto de fundo); Claudio Natividade (6); Jacaré Marina (4, 8); Governo da Paraíba (1); Sport Marina (9).

9

10

11

12

13

Page 26: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

26 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

1

2

3

4

5

Page 27: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 27

7

8

9 11

12

6 10

1) Abertura do I Encontro Nordestino de Pesca Esportiva no ICMBio (14/Dez/13). 2) Presidente da APEC Luiz Humberto Guedes no Barco de Apoio do “Tarpon Day” (15/Dez/13). 3) Partipante do Tarpon Day mostrando o fruto de sua pescaria (15/Dez/13). 4) Matheus Ribeiro, Presidente da Associação Náutica da Paraíba e Bodete, Professor e Campeão de Kitesurf (14/Dez/13). 5) Regatas de Kitesurf na Praia de Intermares (15/Dez/13). 6) Chegada das Regatas: Hobie Cat 14 e 16, Laser (14/Dez/13). 7) Início da prova da Travessia do Dia do Marinheiro. 7) Chegada da Travessia do Dia do Marinheiro. 8) Participantes da Travessia do Dia do Marinheiro, organizado pela Capitania dos Portos da Paraíba (15/Dez/13). 9) Inauguração do Pelotão de Polícia Embarcada (14/Dez/13). 10) Visitação ao Navio-Patrulha Oceânico Araguari da Marinha do Brasil (15/Dez/13). 11) Presidente do Comitê Náutico da Paraíba Marcos Procópio entregando os trofeus das regatas (15/Dez/13). 12) Trofeus das Regatas da I Semana Náutica da Paraíba (15/Dez/13).

Créditos das Fotos: Ticiano Alves (1, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e foto de fundo); APEC (2 ,3); Iate Clube da Paraíba (6).

Page 28: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

28 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

FLASHESI SEMANA NÁUTICA

DA PARAÍBA CAPA

Page 29: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 29

praia de intermares - cabe-delo / pb, localização da regata de kitesurf

foto: ticiano alves

Page 30: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

30 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

equipe organizadora e participantes das regatas: Hobie cat 14 e 16, laser e prancHa

foto: ticiano alves

Page 31: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 31

Page 32: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

32 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

Page 33: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 33

equipe organizadora e ganHadores da travessia do dia do marinHeiro

foto: ticiano alves

Page 34: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

34 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

visitação ao navio-patrulHa oceânico araguari da marinHa do brasil

foto: ticiano alves

Page 35: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 35

Page 36: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

36 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

Page 37: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 37

participantes do i encontro nordestino da pesca esportiva (tarpon day)

foto: apec

Page 38: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

38 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

equipe organizadora e auto-ridades na abertura da i semana náutica da paraíba

foto: Helvio silva

Page 39: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 39

Page 40: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

40 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

uando o destino nos trouxe para morar perto do

mar, muitas perguntas surgiram. Mesmo saben-

do que sempre gostamos, em especial de São

Francisco do Sul, das ondas, dos seus mistérios, da

vida deslumbrante que o mar abriga sem fazer alarde, uma per-

gunta sempre ecoava na nossa mente: o que estamos fazendo

aqui? Não sabíamos o que fazer com tanto horizonte... Era tão

cômodo antes, num apartamento lindinho, num dos melhores

bairros de Curitiba, a rotina era tranquila, extremamente certa,

nenhum acontecimento diferente a não ser um trânsito conges-

tionado no mesmo caminho de sempre, um atraso, uma liquida-

ção perdida em algum shopping... Porém muita calmaria para

quem gosta de ondas!

O que nos trouxe até aqui foi um sonho de mais de 10 anos - A

Pousada: Um lugar que, além de ser o nosso lar, pudesse acon-

chegar pessoas, recebê-las com carinho, conhecer e observar,

aprender, crescer... Tem sido maravilhoso nesses últimos 5 anos

receber as pessoas, conhecer suas histórias de vida, culturas dife-

rentes, e poder servir a quem está aproveitando dias de descanso,

lazer e convívio familiar. É uma alegria!

Há 5 anos viemos para perto do mar, tentar outros ares, mais

afáveis, mais modernos e que livrassem a mente, esvoaçando para

bem longe recordações meras. Ah, esses bons ventos...

E o mar olha para nós e nós, para ele... Pensamos: Temos, tam-

bém, que aproveitar esse horizonte que está nos convidando

para conhecê-lo; o mar pode ser um caminho. A começar pelas

belezas naturais da Baia Babitonga, com suas 24 ilhas, que

nos oferece paisagens deslumbrantes de mata atlântica e

manguezais preservados, fauna e flora para apreciarmos sem

moderação e de forma sustentável e saudável... Foi então que

conhecemos o mundo da vela! Muitas leituras, muitos conta-

tos, muitas histórias de pessoas que tiveram o mesmo sonho...

Foram mais de dois anos lendo, estudando e... Sonhando...

Sonho realizado!

O Hoje! é um veleiro Cruiser 23.

E dividiremos aqui nossas experiências de velejadas e queremos

aprender e aprender muito sempre. n

________________________________________

Autor: Rico Floriani

Velejador e Tripulante do Rumo Magnético

BLOGVELEIRO HOJE!

Q

VELA

COMO TUDO COMEÇOU

FOTO: Luciane Ville

Page 41: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 41

FOTO: Luciane Ville

Page 42: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

42 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

HISTÓRIA DO SITE RUMOMAGNÉTICO

PROGRAMA SAGRES

riado no dia 31 de outubro de 2011, o site Rumo

Magnético surgiu primeiramente como um blog, que

visava oferecer ajuda extraclasse aos alunos do curso

de Navegação Eletrônica do Centro de Referência em Pesca e

Navegação Marítima – CRPNM / IFPB, na época, ministrado pelo

Professor Ticiano Alves. Permaneceu na plataforma de Blog

durante um ano, tendo seguidores assíduos e que buscavam

constantemente novos conhecimentos em ciências náuticas.

Durante essa fase foram mais de 50 mil acessos divididos nas

suas 102 postagens e mais de 3.500 visualizações dos vídeos

publicados no Canal do YouTube. Ainda neste primeiro ano, fora

criada a FanPage do site, com o objetivo de divulgar suas atua-

lizações em uma grande rede social.

Na semana em que completou seu primeiro ano de existência, o

Rumo Magnético foi convertido em um site, o que trouxe mais

dinâmica e mais possibilidades de desenvolvimento e organiza-

ção do conteúdo.

No mês seguinte, o site foi incorporado como um projeto fixo

do Programa Sagres, que por sua vez está ligado a Pró-reitora

de Extensão do IFPB e pertence ao CRPNM. O Programa Sagres

tem por objetivo promover o desenvolvimento da prática e do

ensino da navegação marítima através da inovação tecnológica,

das cooperações interinstitucionais e internacionais, da produção

e difusão de material didático e da educação profissional. Desse

momento em diante o site deixou de ser apenas um difusor unila-

teral de conhecimentos náuticos e passou a visar à democratiza-

ção do ensino da navegação marítima através da disponibilização

de cursos virtuais (chamados, Conexão Sagres), da coleção de arti-

gos e bibliografias e da interação entre professores, pesquisadores

e profissionais do mar, do Brasil e de outros países.

Em seu segundo ano de existência, foi possível organizar

uma equipe multidisciplinar e interinstitucional, chamada de

Tripulação. No site, os tripulantes são classificados de duas

maneiras: tripulantes de longo-curso e tripulantes de navegação

costeira. Os tripulantes de longo-curso são aqueles que enfren-

tam as longas expedições rumo à democratização do ensino e

da prática da navegação marítima. Tripulantes de navegação

costeira são aqueles que enfrentaram expedições mais curtas,

porém, com valorosas contribuições. Atualmente, a Tripulação é

composta por 02 professores do CRPNM / IFPB, 01 Capitão-de-

Mar-e-Guerra, 01 professora de língua portuguesa, 01 velejador,

01 Capitão-amador , 01 contramestre da Marinha Mercante e 01

especialista em nautimodelismo. Cada membro da tripulação

tem sua função, ou já a exerceu em algum momento. Uma das

grandes contribuições interinstitucionais vem do Capitão-de-

Mar-e-Guerra Claudio Lisboa, comandante da seção “Segurança

no Mar”, sendo autor de diversos artigos e recomendando vídeos

e bibliografias que visem diminuir o número de acidentes a bordo

de embarcações mercantes e amadoras. A contribuição interna

ao site fica por conta de seu fundador, o Professor Ticiano Alves

do CRPNM, que é autor de vários artigos, editor-chefe do site

e Coordenador do Programa Sagres. O Professor Paulo Galvão,

também do CRPNM, contribuiu com a autoria de dois artigos

dentro da temática “Portos”. A revisão textual e a temática “Cultura

do Mar”, estão sob a responsabilidade da Professora Raphaella

Belmont, coautora de dois Dicionários da Eneida de Virgílio. O

Sr. Carlos Sérgio Silva, trouxe ao Rumo Magnético uma temática

até então não trabalhada, com belíssimos artigos sobre o tema

“Nautimodelismo”. O velejador Rico Floriani, enriqueceu o site

com suas valorosas postagens sobre a vela no “Blog Veleiro Hoje!”.

Já o Capitão-amador e Velejador Elson Fernandes, acrescentou a

temática da navegação astronômica, através da Seção “Sextante

- navegando pelas estrelas“. E o Contramestre (CTR) Bruno Bindi,

com sua prática a bordo de embarcações mercantes trouxe a

c

Page 43: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 43

“Marinharia“ para o Rumo Magnético.

Um dos grandes destaques do ano de 2013 ficou para a criação

de 02 cursos on-line na Plataforma UDEMY. Os cursos Especial

de Conversão de Rumos e Preparatório de Arrais-Amador, até a

presente data, contam com mais de 500 alunos em menos de 8

meses, provenientes de todo o Brasil e também de outros países,

principalmente, Portugal. Atualmente, as publicações do Rumo

Magnético estão divididas em 19 temas, sendo eles: conceitos

básicos de navegação; publicações náuticas; legislação; segurança

no mar; navegação eletrônica; história da navegação; glossários;

aplicativos náuticos; navegação costeira e estimada; navegação

astronômica; RIPEAM; embarcações; nautimodelismo; cultura do

mar; portos; Marinha do Brasil; carta e cartografia; linguagem e

tradições do mar.

Alguns temas se tornaram tão importantes que foi necessário

a criação de seções especiais, que promovessem o aprofunda-

mento das temáticas. Atualmente o Rumo Magnético conta com

10 seções especiais, sendo elas: “Literatura do mar”, que traz

dicas de livros não técnicos; “Segurança no Mar”, criada para

promover ações preventivas que visem a redução de acidentes

a bordo de embarcações mercantes e amadoras; “Bons Ventos“,

tem a missão de trazer a previsão do tempo para todo Brasil

em tempo real apresentando-a através de vídeos, gráficos e

relatórios; “Blog Veleiro Hoje!”, apresenta o dia-a-dia da vela, os

cuidados com a embarcação e dicas de manutenção e passeios;

“Overfishing”, promove um espaço de debate sobre alternativas

que visem a proteção do meio ambiente marinho; “Sextante“,

objetiva difundir os conhecimentos da navegação astronômica;

“Marinharia“, apresentação do conjunto das técnicas utilizadas

na construção, operação e manutenção de embarcações; e, as

demais serão apresentadas logo a seguir.

O site também permite a interação dos passageiros (assim são

chamados os leitores, alunos e seguidores do site) no que diz res-

peito às sugestões de novos temas, cursos e bibliografias. Outro

meio de interação fica a cargo do “WaterCraft Blog” e do “Diário de

Bordo”. No Watercraft são publicadas novidades, eventos, inova-

ções e curiosidades do mundo náutico. Já o “Diário de Bordo” é

um espaço onde o passageiro poderá escrever sobre experiências

vividas ou presenciadas ao longo de navegações. Em virtude do

mês de aniversário, foi criado um espaço novo e também intera-

tivo, chamado de “Nautilus”, que permite aos passageiros o envio

de fotos para publicação no site, desde que as mesmas sejam de

autoria própria e possuam como pano de fundo o mar, rios ou

lagos.

O Rumo Magnético possui um Canal de Vídeos no YouTube onde

existem diversas Listas de Reproduções com vídeos selecionados

por temática, além de vídeos produzidos especialmente para os

cursos on-line. O Rumo Magnético só faz upload de vídeos própri-

os, os demais vídeos são compartilhados através do sistema de

listas de reprodução criado pelo Google. Os vídeos das listas são

oriundos diretamente do canal oficial de seus respectivos produ-

tores e/ou detentores de seus direitos. São 12 vídeos próprios e 17

Playlits com 75 vídeos de terceiros.

O site conta com uma sessão de Bibliografias Recomendadas, com

25 publicações em diversos idiomas dentro das ciências náuticas.

Em virtude da importância do termo segurança para a navegação,

fora criada uma sessão especial, com 21 publicações em diversas

línguas e prontas para leitura on-line, intitulada “Segurança no

Mar”.

Na página inicial do site o passageiro poderá obter informações

sobre a previsão do tempo (previsão numérica do tempo, meteoro

marinha, cartas sinóticas e avisos de mau tempo) e as alturas de

marés, diretamente do Serviço Meteorológico Marinho, além de

poder acessar os links recomendados pelo Rumo Magnético.

No dia 31 de outubro de 2013 o site Rumo Magnético completou

o seu segundo ano de existência, dando continuidade às ações

do Programa Sagres / CRPNM / IFPB e lutando para cumprir com

o seu árduo objetivo de promover a democratização do ensino da

navegação marítima, tornando-a ao alcance de todos.

Tripulação atual de longo curso

• Ticiano Alves - Fundador e Editor-chefe do site Rumo

Magnético. Coordenador do Programa Sagres. Professor

efetivo do Centro de Referência em Pesca e Navegação

Marítima - CRPNM / IFPB.

• Claudio Lisboa - Capitão-de-Mar-e-Guerra. Comandante

da Seção “Segurança no Mar”. Gerente da FanPage do

Rumo Magnético.

• Raphaella Belmont Alves - Responsável pelos artigos na

temática da Cultura do Mar. Gerente da FanPage do Rumo

Magnético. Revisora de Texto do Site Rumo Magnético.

• Rico Floriani - Velejador. Comandante do Blog Veleiro

Hoje! Gerente da FanPage do Rumo Magnético.

• Elson Fernandes - Capitão-Amador e Velejador.

Comandante da Seção “Sextante - Navegando pelas

estrelas“. Gerente da FanPage do Rumo Magnético.

• Bruno Bindi - Contramestre na Marinha Mercante (CTR).

Comandante da Seção “Marinharia.” Gerente da FanPage

do Rumo Magnético. n______________________________________

Professor Professor M.Sc. Ticiano Alves

Coordenador do Programa Sagres

Page 44: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

44 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

ossos patrícios navegantes portugueses foram

mesmo os grandes desenvolvedores da Navegação

Astronômica. A escola de Sagres, fundada pelo

Infante Dom Henrique no início do século XV, foi

o marco inicial de todo esse movimento, em que os navegantes

se propuseram a navegar em mares longínquos, bem distante de

qualquer ponto em terra.

No início, todos os estudos se voltaram para a determinação da

latitude, através do movimento aparente do Sol (teoria geocên-

trica). Então, surgiram as primeiras tábuas de declinação do Sol,

o que permitia calcular a latitude pela passagem meridiana. A

determinação da longitude foi por muitos anos atribuída através

da navegação estimada, quando o navegante sai de um ponto

conhecido e, em função dos rumos e distâncias navegadas ele

calcula sua longitude aproximada, no entanto, esse processo vai

se tornando cada vez mais impreciso em função dos desvios

causados pelas correntes marítimas e outros fatores.

Nessa época em que a longitude era ainda um mistério a ser

desvendado, os navegantes utilizavam muitas vezes a navegação

por paralelo, onde ao saber as coordenadas do ponto de destino,

navegava-se até o paralelo da latitude desse ponto, e seguia-se

no rumo de 90º ou 270º até atingir o local de destino.

Para se obter então a precisão da longitude, era necessário esta-

belecer um meridiano de referência, e a partir daí, conseguir um

cálculo preciso de tempo envolvendo o instante da observação

de um astro com referência a esse meridiano. Daí a necessidade

de um cronômetro com um bom nível de precisão, o que só

foi possível em 1761 pelo inglês John Harrison. No entanto, os

cronômetros só se tornaram disponíveis a muitos navegantes no

final do século XVIII, devido ao alto custo.

O primeiro método usado para determinação da longitude foi o

método de distâncias lunares, que requeria cálculos complexos

e não apresentava muita precisão. Porém, foi utilizado por muito

tempo, porque bastava um relógio mecânico confiável mesmo

por curto período de tempo. n

________________________________________________

Autor: Capitão Mucuripe (Elson Fernandes)

Velejador e Tripulante do Rumo Magnético

SEXTANTENAVEGANDO PELAS ESTRELAS

N

NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA

LONGITUDE, UMA LONGA DESCOBERTA

FOTO

: joa

quim

nery

.file

s.wor

dpre

ss.c

om

Page 45: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 45

FOTO

: sen

tir-o

-pat

rimon

io.b

logs

pot.c

om.b

r

PAINEL DE AZULEJOS RETRATANDO INFANTE D. HENRIQUE - IGREJA DO CORPO SANTO, EM MASSARELOS / PORTUGAL

Page 46: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

46 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

O Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB)

é uma das 17 instituições de ensino e pesquisa do país que

integram o Centro Internacional de Referência em Portos e

Sustentabilidade (CIRPS), criado na última quinta-feira, 5 de

dezembro de 2013, no Palácio Itamaraty, em Brasília, durante

o Seminário Portos e Sustentabilidade. A participação do IFPB

se deu através das ações do Centro de Referência em Pesca e

Navegação Marítima (CRPNM), no Porto de Cabedelo, durante os

anos de 2012 e 2013.

A professora Ariana Silva Guimarães foi quem representou o

IFPB/CRPNM no evento promovido pela Secretaria dos Portos

da Presidência da República, o Fórum Brasileiro de Mudanças

Climáticas e o Instituto Virtual Internacional de Mudanças

Globais (IVIG/Coppe/UFRJ). Foi ao lado do Instituto Alberto Luiz

Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro que o IFPB desenvolveu

o projeto no Porto de Cabedelo.

Tratava-se do Programa de Conformidade do Gerenciamento

de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos, coordenado pelas

professoras Ariana Guimarães e Cristine Pimentel. O convênio

entre a UFRJ e o IFPB foi feito por meio de contrato celebrado

entre a Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos

Tecnológicos (Coppetec) e a Fundação de Educação Tecnológica

e Cultural da Paraíba (Funetec/PB) no ano de 2012.

“O Centro Internacional de Referência em Portos e

Sustentabilidade consiste no primeiro projeto de referência

internacional no Brasil com a temática sustentabilidade dos

portos e suas correlações com a sociedade e o meio ambiente”,

ressaltou a professora Ariana. Ela destacou que das 17 institui-

ções que compõem a Rede de Universidades, apenas duas são

Institutos Federais.

A proposta do Centro Internacional é produzir e disseminar

conhecimentos científicos e tecnológicos sobre programas,

projetos e pesquisas, próprias ou em cooperação com outras

entidades interessadas, dentro da temática portuária, desen-

volvendo alianças estratégicas de âmbito nacional e global,

além de contribuir para a formação de recursos humanos para a

comunidade portuária e para a sociedade.

De acordo com a diretora do CRPNM do IFPB, professora

Margareth Rocha, a Rede de Universidades desenvolve um

papel fundamental na execução das atividades do Centro

Internacional, “pois consiste numa rede de cooperação com

capacidade técnica e infra-estrutura física instalada em pratica-

mente todo o litoral brasileiro”. n

______________________________________________________

Ascom do IFPB com dados do CRPNM/IFPB

IFPB INTEGRA CENTRO INTERNACIONAL DE REFERÊNCIA EM PORTOS E SUSTENTABILIDADE

CRPNM / IFPB

Page 47: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 47

FOTO

: pol

onav

al.c

om.b

r

Page 48: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

48 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

“Eu tenho coletes salva-vidas armazenados no barco”

Ter coletes a bordo não é o suficiente. Os acidentes ocor-

rem muito rápido, assim, dificilmente haverá tempo para apanhar

os coletes guardados e vesti-los.

“Sei nadar muito bem”

Mesmo um nadador capaz necessita vestir coletes salva-

vidas. Durante uma emergência, as roupas tornam-se pesadas por

estarem molhadas. Além disso, uma pessoa desacordada não vai

nadar!

“Está muito quente e estar vestindo colete não é legal”

Os volumosos coletes salva-vidas à moda antiga podem

ser substituídos por coletes homologados mais confortáveis exis-

tentes no mercado.

“O colete salva-vidas atrapalha”

Existem tipos de colete salva-vidas homologados para

várias atividades aquáticas. Há até mesmo coletes para animais de

estimação!

“Nada vai acontecer comigo”

Encare a realidade, acidentes acontecem. A prática de

atividades náuticas é divertida, segura e agradável, mas quando o

mote “USE” não é observado, as consequências podem ser fatais. n

COLETESAS 5 PRINCIPAIS DESCULPAS DE QUEM INSISTE EM NÃO USAR COLETE SALVA-VIDAS E O PORQUÊ DEVE-SE USÁ-LO

1

SEGURANÇA NO MAR

________________________________________________________

Adaptação do Capitão-de-Mar-e-Guerra Claudio Lisboa

Comandante da Seção de “Segurança no Mar” do Rumo Magnético

Fonte:

US Safe Boating Campaign

**Foto de capa: www.rumomagnetico.com

2

345

Imagem referente a Campanha de Verão 2012 organizada pelo site Rumo Magnético.

FOTO

: new

engl

andb

oatin

g.co

m

Page 49: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 49

mistura de álcool com a condução de embarcações é

muito mais perigosa do que presumimos.

Em primeiro lugar, o álcool afeta negativamente as capa-

cidades sensoriais e diminui o tempo de reação das pessoas. Em

decorrência, as habilidades inerentes à condução de uma embarca-

ção são degradadas pelo consumo de álcool, por exemplo:

• Percepção de profundidade - Diminuindo as capacidades de

avistar outras embarcações e objetos, e de discernimento quan-

to ao movimento relativo, vital para evitar colisões;

• Visão periférica e noturna;

• Equilíbrio e coordenação motora;

• Compreensão e concentração; e

• Aumento da fadiga.

A perda da coordenação e capacidade de julgamento pode conduzir

à incapacidade de reagir de forma adequada a uma situação perigo-

sa numa embarcação. Os reflexos e tempo de reação em momentos

críticos são retardados, bem como a capacidade de nadar, flutuar e

de sobreviver em águas frias se deterioram consideravelmente.

Os efeitos do álcool são exacerbados pela exposição ao sol, presença

de vento, jogo da embarcação, vibração, ruído dos motores e borrifos

de água.

“NÃO MULTIPLIQUE OS RISCOS”. Jamais conduza uma embarcação

sob o efeito de álcool. Se estiver numa embarcação e o condutor

estiver consumindo álcool, desembarque, pois o acidente pode ocor-

rer a qualquer momento.

Consumir álcool e conduzir embarcações é uma atitude de extremo

risco. Um acidente envolvendo um condutor alcoolizado certamente

será objeto de ação penal. n________________________________________________________

Enviado pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Claudio LisboaComandante da Seção de “Segurança no Mar” do Rumo Magnético

Fonte: Capitania dos Portos. Santa Catarina

Consumo de álcool e navegar não se misturam

ASEGURANÇA NO MAR

FOTO

: dbw

.par

ks.c

a.go

v

ÁLCOOL

Page 50: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

FOTO

: Mar

gare

th R

ocha

FOTO

: Mar

gare

th R

ocha

50 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

sobrepesca é uma prática não-sustentável da pesca,

que resulta em uma degradação geral ao ecos-

sistema. A pesca excessiva ocorre quando os peixes

e outras espécies marinhas são capturados mais

rápido do que eles podem se reproduzir. Isso não só destrói o

ecossistema marinho, ele também põe em risco a segurança ali-

mentar de mais de um bilhão de pessoas. De acordo com a FAO,

“uma em cada cinco pessoas no planeta depende de peixes como

a principal fonte de proteína.”

Exploração dos Estoques de Peixes

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura

estima que mais da metade dos recursos haliêuticos (aqueles que

provêm da pesca) do mundo estão totalmente explorados: 52 por

cento são plenamente explorados, enquanto 20 por cento estão

moderadamente explorados, e 17 por cento são sobre-explora-

dos. Os 7 por cento destaca unidades populacionais de peixes que

estão totalmente esgotadas, mas uma esperança de um por cento

está se recuperando do esgotamento.

Figuras duvidosas (Fauna acompanhante)

A introdução de novos barcos-fábrica levou a um crescimento de

7 por cento das capturas por ano durante as décadas de 1950 e

1960. Navios de pesca modernos pegam quantidades enormes de

peixes indesejados e de outras espécies marinhas. Cerca de 8 a 25

por cento da captura total global é descartada e lançada ao mar,

e 27 milhões de toneladas de peixe são jogados fora a cada ano, o

equivalente a 600 Titanics totalmente preenchidos.

90 por cento de todos os grandes peixes predadores (incluindo

atum, tubarão, peixe-espada, bacalhau e alabote) sumiram. Os

cientistas prevêem que, se as tendências atuais continuarem,

alimentos provenientes da pesca poderão entrar em colapso

completo no mundo em 2050. Outras declarações feitas por

Pavan Sukhdev do Programa Ambiental da ONU fala com pesar

sobre o resultado surpreendente da continuação das práticas da

sobrepesca: “Estamos em uma situação em que daqui a 40 anos,

efetivamente, não haverá peixe.”

A sobrepesca levou o atum do Pacífico para um chocante 96,4

por cento contra os níveis não pescados. A pesca industrial já

reduziu o número de peixes grandes do oceano para apenas 10

por cento da sua população pré-industrial, e um adicional de 3/4

dos estoques de peixes do mundo estão sendo colhidos mais

rapidamente do que eles podem se reproduzir.

Como posso ajudar?

Segundo o site Save Our Seas, “prevenir a sobrepesca é bastante

simples: em primeiro lugar, os limites sobre o número de peixes

capturados devem ser estabelecidos para a pesca individuais

cientificamente determinado, e esses limites devem ser aplicados;

em segundo lugar, os métodos de pesca responsáveis pela maior

parte das capturas acessórias ou devem ser modificados para

torná-los menos prejudiciais, ou torná-los ilegais; e em terceiro

lugar, as peças-chave do ecossistema, tais como locais de desova

vulneráveis e recifes de coral, devem ser totalmente protegidos.”

n_______________________________________________

Adaptação: Professor M.Sc. Ticiano Alves

Coordenador do Programa Sagres

Fonte: DitanceLearning.com (2013)

INFOGRÁFICO

SOBREPESCA

A

OVERFISHING

Page 51: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

FOTO

: Arie

l Sch

effe

r

FOTO

: uno

rtho

doxi

llust

ratio

ns.c

om

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 51

“Estamos em uma situação em que daqui a 40 anos, efetivamente, não haverá

peixe.” Pavan Sukhdev

Page 52: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

FOTO

: Mar

gare

th R

ocha

52 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

Page 53: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 53

Page 54: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

54 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

FOTO

: htt

p://

guis

ax.b

logs

pot.c

om.b

r

Page 55: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 55

ANO: 2013

GÊNERO: Biografia, Drama

DURAÇÃO: 134 minutos

DIREÇÃO: Paul Greengrass

ROTEIRO: Billy Ray, Richard Phillips

ATORES: Tom Hanks, Catherine Keener, Barkhad Abdi.

PRÊMIOS: 04 indicações ao Globo de Ouro (2014) e 06 indicações

ao Oscars 2014

SINOPSE:

Richard Phillips (Tom Hanks) é um comandante naval experiente,

que aceita trabalhar com uma nova equipe na missão de entregar

mercadorias e alimentos para o povo somaliano. Logo no início

do trajeto, ele recebe a mensagem de que piratas têm atuado

com frequência nos mares por onde devem passar. A situação não

demora a se concretizar, quando dois barcos chegam perto do

cargueiro, com oito somalianos armados, exigindo todo o dinheiro

a bordo. Uma estratégia inicial faz com que os agressores recuem,

apenas para retornar no dia seguinte. Embora Phillips utilize todos

os procedimentos possíveis para dispersar os inimigos, eles con-

seguem subir à bordo, ameaçando a vida de todos. Quando pensa

ter conseguido negociar com os piratas, o comandante é levado

como refém em um pequeno bote. Começa uma longa e tensa

negociação entre os sequestradores e os serviços especiais ameri-

canos, para tentar salvar o capitão antes que seja tarde.

CAPITÃO PHILLIPSTítulo Original: Captain Phillips

“Sedimentado em quase quatro décadas de

prática na arte do planejamento estratégico,

o professor Luiz Fernando da Silva Pinto nos

brinda com uma provocante tese sobre o

desenvolvimento da grande aventura que foi

a Escola de Sagres. A análise clara, lúcida e

profunda de acontecimentos de mais de 500

anos passados permite ao leitor ver como deve

ter sido conduzida uma das mais importantes

iniciativas estratégicas empreendidas após o

ano 1000. O infante d. Henrique e todos que

o cercavam tomam vida nestra obra na qual a

ação estatégica, os seus fundamentos e as dis-

cussões táticas são examinados sob a lupa de

um especialista. Trata-se não só da investigação

da história, mas do estudo de um projeto que

alavancou Portugal e todo o Ocidente numa

incursão que até hoje não teve fim. A leitura do

livro é recomendada a todos que querem ousar

e investigar novas ideias.”

Carlos Ivan Símonsen LealPresidente da Fundação Getúlio Vargas

SAGRES: A REVOLUÇÃO ESTRATÉGICAAUTOR: LUIZ FERNANDO DA SILVA PINTO

Editora: SenacEdição: 2012

FILMES & LIVROS MARÍTIMA

CULTURA

Page 56: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

56 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

NAUTILUS FOTOGRAFIA

fotografias:fotógrafo Helvio silva (1, 4 e 5); marinHeiro de convés Walter bibe (2 e 3) ; marinHeiro auxiliar de convés Joscelo maximino (6 e 7); professor ticiano alves (8 e 9).

1

2 3 4

Page 57: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 57

1

4

5

6 7

8 9

Page 58: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

58 • milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm

MASSAMaterial1 Kg de farinha de trigo sem fermento

1⁄2 Kg de farinha de rosca

2 latas de milho verde

3 medidas da lata de milho verde de água 1 tablete de tempero

pronto

1 colher de sopa de óleo 1 colher de chá de sal

Modo de Preparo Coloque o óleo, o tablete de tempero pronto e o sal para der-

reter no fogo. Separadamente bata no liquidificador as 3 latas

de milho verde com as 3 medidas de água e peneire dentro da

mistura anterior. Deixe ferver e acrescente a farinha de trigo até

engrossar. Deixe esfriar para depois fazer as coxinhas.

RECHEIO Ingredientes1 Kg de marisco

1 tomate picado

1 cebola picada

1 pimentão pequeno picado 1⁄2 maço de coentros

1 pimenta de cheiro

3 dentes de alho amassados

1 colher de chá de pimenta do reino

2 colheres de sopa de extrato de tomate 1 colher de chá de

colorau

Sal a gosto

Modo de PreparoLimpe bem o marisco. Em seguida adicione o sal, depois misture

todas as verduras e os temperos secos em fogo brando e deixe

cozinhar por 20 minutos.

MODELAGEM DAS COXINHAS Pegue a massa coloque em uma bancada untada com margarina

e vá modelando porções em forma de coxinhas, adicionando o

recheio de marisco frio. Em seguida passar na farinha de rosca

para fritar.

FRITURA Ferva o óleo e frite as coxinhas.

SALGARISCOSSABORES DO MAR

COXINHA DEMARISCO

Os “SALGARISCOS” são produtos de valor agregado a base de mariscos. Esse nome peculiar foi criado a partir de uma necessidade observada em utilizar o marisco de uma forma diversificada de consumo. A partir de então, foi elaborado um projeto de extensão do PROBEXT, ligado a Pró-reitora de Extensão do IFPB, que resultou numa cartilha. Os produtos contidos na cartilha foram elaborados com a participação dos alunos do curso de “Salgariscos” realizado no CRPNM / IFPB.

Page 59: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

milha náutica • www.ifpb.edu.br/crpnm • 59

MASSAMaterial1 kg de farinha de trigo

1/2 xícara de óleo

1/2 xícara de leite morno

1 colher (sopa) de vinagre

1/2 copo de pinga

1 colher de (sopa) de sal

2 colheres de (sopa) de açúcar

Água morna até dar o ponto

Recheio a gosto

Modo de PreparoMisture todos os ingredientes, amasse bem até ficar uma massa

consistente e deixe descansar por 15 minutos. Em seguida, estire a

massa com um cilindro (rolo) até ficar fina. Modelar os pastéis, colo-

cando o recheio e apertar na ponta com um garfo ou modelador

para pastéis. Em seguida frite em óleo bem quente.

RECHEIOIngredientes1 Kg de marisco

1 tomate picado

1 cebola picada

1 pimentão pequeno picado

½ maço de coentro

1 pimenta de cheiro

3 dentes de alho amassados

1 colher de chá de pimenta do reino

2 colheres de sopa de extrato de tomate

1 colher de chá de colorau

Sal a gosto

1 lata de creme de leite

Modo de PreparoLimpe bem o marisco, coloque o sal, depois misture todas as ver-

duras e os temperos secos de 15 a 20 minutos em fogo brando.

Desligue o fogo, deixe baixar a fervura, adicione o creme de leite e

engrosse com farinha de trigo. n

PASTEL DE MARISCO

_________________________________________________PROFESSORA D.SC. MARGARETH ROCHA

DIRETORA DO CRPNM / IFPB

OLGA SUELI BEZERRA COORDENADORA DE ACOMPANHAMENTO

DAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO DA PROEXT

DEMISON XAVIER FERREIRA BOLSISTA DO PROBEXT - CRPNM / IFPB

Page 60: Revista Milha Náutica - Ano 03 - Nº 01

FOTO

: Tic

iano

Alv

es

Qualificar homens e mulheres para o trabalho no mar, através da aplicação do conhecimento teórico e do aperfeiçoamento dos saberes, é um desafio constante do CRPNM. Para isso oferecemos cursos nas mais diversas áreas. E ao trabalhar nossas ações de forma dinâmica e inovadora, o CRPNM dá às famílias que do mar tiram o seu sustento a oportunidade de se inserirem no mundo do trabalho.

V i s i t e w w w . i f p b . e d u . b r / c r p n m

CONHEÇA-NOSV E N H A S E R U M P R O F I S S I O N A L D O M A R

www.facebook.com/ifpb.crpnm

www.youtube.com/crpnmifpb

C L I Q U E E A C E S S E :