revista mater

14
MATER Ed. 02 | FEV/MAR/ABR/ 2012 Uma publicação do Hospital Santa Brígida ARTIGO HISTÓRIA Desafio neonatal: Hemorragia Peri-Intraventricular UTI Neonatal completa 10 anos ANOS HMSB

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Revista do Hospital Santa Brigida

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Page 1: Revista Mater

MATEREd

. 02

| FEV

/MAR

/ABR

/ 201

2

Uma publicação do Hospital Santa Brígida

ARTIGO

HISTÓRIA

Desa� o neonatal: Hemorragia Peri-Intraventricular

UTI Neonatal completa 10 anos

ANOS

HMSB

Page 2: Revista Mater

ÍNDICE

10

19

23

26

13

Expediente

Projeto gráfico, linha editorial e conteúdo:

Vogg Branded [email protected]

Editora executiva:Silvia Elmor (MTb 4417)

Coordenação de conteúdo:

Tatiane Franco (MTb 7602)

Sugestões e Crí[email protected]

www.hmsantabrigida.com.br

Redação:Monica Neves

Diagramação:Gessica Secchi

Revisão:Sabrina Becker

Atendimento:Ana Carolina Resende

A MATER é uma publicação trimestral 100% digital, desenvolvida pelo Hospital e

Maternidade Santa Brígida.

A revista Mater valoriza a arte paranaense.A cada edição uma capa exclusiva é produzida

por artista convidado.

INSTITUCIONAL

TURISMO

GASTRONOMIA

ARTIGO

ARTISTA

05 PERFIL

04 EDITORIAL

Conselho EditorialAgostinho Noronha

Maria Izabel Checchia Kloss

Direção TécnicaLeônidas Noronha Silva

CRM 11686

Page 3: Revista Mater

4 5

PERFIL

Pela valorização da classe médicaSaiba o que pensa o novo presidente do CRMPR

Em fevereiro, houve mudança de di-

retoria no Conselho Regional de Medi-

cina do Paraná (CRM-PR). Em entrevis-

ta exclusiva à Revista Mater, o cirurgião

vascular, Alexandre Gustavo Bley, atual

presidente, falou sobre os principais

desafios da classe médica e quais os

novos objetivos da instituição para os

próximos 20 meses de seu mandato.

Como o presidente vê a ativi-

dade do médico nos dias de hoje?

Ao lançarmos a segunda edição da

revista Mater, não poderíamos deixar

de mencionar o aniversário do Hospital

Maternidade Santa Brígida em 17 de

abril e a comemoração de 10 anos de

funcionamento da UTI Neonatal. Além

de realçarmos essas datas que são

para nós, diretoria, motivo de orgulho

e alegria, gostaríamos de agradecer e

dividir com aqueles que sempre con-

tribuíram para tornar o hospital Santa

Brígida e seus serviços referências em

ginecologia e obstetrícia no Estado do

Paraná: nosso corpo clínico.

Médicos experientes e dedicados,

corpo de enfermagem devoto e huma-

nizado tornam menores as dificuldades

que se apresentam diariamente nas ur-

gências e emergências da especialidade.

Certamente esse corpo clínico dife-

renciado contribuiu para que a mater-

nidade Santa Brígida, detivesse o maior

índice de nascimentos vivos no municí-

Quais são os principais desafios?

Alexandre Gustavo Bley - A grande

dificuldade que hoje estamos encon-

trando é posicionar a medicina dentro

do nível de dignidade que ela merece,

com condições de trabalho adequa-

das, que estabelecimentos de saúde,

gestores públicos e privados, devem

oferecer ao médico. Outra questão é

sobre os honorários médicos, que há

muito tempo estão defasados, tanto

Editorialpio de Curitiba. A aquisição de novos

equipamentos para a UTI Neonatal,

juntamente com a equipe altamente

dedicada de médicos intensivistas e

enfermeiros exclusivos, tornaram-na

indispensável para a neonatologia do

Hospital Santa Brígida e de outros hos-

pitais, que poderão contar com a efici-

ência desse serviço.

Perseguindo o ideal da exce-

lência no atendimento, inauguraremos

no mês de abril um novo pronto aten-

dimento, o qual contará com seis leitos

de observação e três novos consultó-

rios, além de uma ampla, moderna e

confortável sala de espera.

Com essas novidades e agrade-

cimentos, temos a intenção de reafir-

mar nosso compromisso em tornar o

Hospital e Maternidade Santa Brígida

em uma empresa que esteja em con-

sonância com as exigências da prática

médica no futuro próximo.

Obrigado a todos,

Diretoria do HMSBPela valorização da classe médicaEditorial

Alexandre Gustavo Bley

divulgação CR

MP

R

Page 4: Revista Mater

6 7

PERFIL

no setor público e no privado. Esta-

mos em uma luta de muitos anos, que

culminou no ano passado com uma

paralisação, porém pouco ainda se

avançou nessa realidade para que a

classe médica possa dizer que rece-

be um honorário digno.

Como o CRMPR tem se posi-

cionado nessa questão?

AGB - O conselho vem discutindo,

conversando, fazendo gestões junto

com o poder público na discussão

das melhores adequações dos esta-

belecimentos e também da mesma

forma com os hospitais.

E na questão do ato médico?

Como o CRM tem atuado?

AGB - Estamos fazendo gestão jun-

to ao Senado Federal para que a lei

do ato médico seja sancionada pela

presidente Dilma para impor limi-

tações a outras profissões da área

de saúde sobre atividades que nós

entendemos ser atos exclusivos da

profissão médica. O problema não é

só de mercado, mas procedimentos

estão tendo complicações por conta

de profissionais que não dispõem de

competência técnica para exercê-los.

E quando o assunto são infrações

médicas. Quais são os principais

descuidos no dia a dia que podem

prejudicar o médico?

AGB - A principal situação é a negli-

gência, a falta do cuidado. O profis-

sional que não vai ao atendimento,

que é chamado e não participa ou

não acompanha o caso de forma

adequada. A obstetrícia é uma das

especialidades que mais têm proble-

mas e queixas aqui no conselho por

falta de acompanhamento do traba-

lho de parto. O profissional faz a ava-

liação e não vê mais a paciente. Muito

do que a gente vê é por negligência

profissional e por quebra do relacio-

namento entre médico e paciente. E

muitas das situações paralelas decor-

rem de problemas com o convênio ou

a instituição prestadora de serviço,

que acabam gerando conflito e des-

gastes nesse relacionamento.

De que maneira o CRM tem orien-

tado os médicos a não comete-

rem essas infrações?

AGB - O conselho tem diversos ca-

nais de comunicação, como revistas,

jornais, sites, mas emite resoluções

que são normas que a classe médi-

ca tem que seguir. O próprio Código

de Ética Médica é uma resolução do

Conselho Federal de Medicina (CFM).

Essas resoluções são feitas de acor-

do com a demanda de mercado, di-

ficuldades e do próprio avanço que a

medicina e a sociedade experimen-

tam ao longo dos anos. Há ainda os

pareceres que tratam de dúvidas éti-

cas do cotidiano médico e um progra-

ma de educação ética que tem sido

levado às diversas regiões do Estado,

inclusive com julgamentos simulados

baseados em fatos reais.

O Código de Ética Médica foi

modificado recentemente. O que

mudou? Qual é a importância do

código para a classe médica?

AGB - O novo código é uma atuali-

zação do de 1988. A maior parte do

conteúdo do código foi mantida. O

que ocorreu foi um acréscimo de as-

suntos, como na área de genética,

que não constavam. O médico deve

considerá-lo como um contrato, que

contém os princípios que norteiam a

Pela valorização da classe médica Pela valorização da classe médica

“ Negligência profissional

e quebra do relacionamen-

to entre médico e paciente

são as principais infrações

éticas no CRMPR. “

Page 5: Revista Mater

8 9

anunciar a especialidade médica o

profissional que a tenha registrado no

conselho, mas muitos médicos ainda

fazem a divulgação sem esse registro.

Essa é uma das grandes dificuldades

que o CRM enfrenta e corrige de for-

ma educativa. A propaganda médica

tem que ter critério educativo, não

deve ser usada para autopromoção,

sensacionalismo ou para angariar

clientela.

De acordo com a nova regu-

lamentação do CFM, a partir de

agora os médicos terão o CRM

digital. Do que se trata?

mandato?

AGB - Temos como meta a constru-

ção da sede de Londrina, reforma da

própria sede em Curitiba e um progra-

ma de educação médica continuada

do qual os médicos poderão assistir

as aulas através do site do CRM. Es-

tamos reativando as câmaras técni-

cas. Cada especialidade vai ter sua

câmara que vai subsidiar o Conselho

em suas atividades judicantes. Serão

realizados fóruns e discussões ao lon-

go deste ano. Pretendemos estreitar

cada vez mais o vínculo com outras

entidades na construção de uma pro-

fissão mais digna, lutando ao lado dos

médicos por condições de trabalho e

remuneração. Tenho absoluta certeza

que o médico que tem a condição de

trabalho adequada, que recebe bem

e que trabalha com felicidade, o re-

sultado de quem tem a ganhar é a

população.

profissão médica, os direitos e deve-

res e ficar atento ao que a normativa

diz, porque o conselho legisla e vem

ajudar a classe justamente pelo que

dita o código.

Sobre a questão da publicida-

de médica. O CFM lançou recen-

temente uma cartilha instrutiva.

O que mudou?

AGB - Não modificou muita coisa em

relação à legislação antiga. Precisáva-

mos nortear algumas coisas em rela-

ção à internet, propaganda, folders,

tornando a questão mais explicativa

para a classe médica. Somente pode

Pela valorização da classe médica Pela valorização da classe médica

PERFIL

AGB - O CRM digital é a nova carteira

profissional do médico com acrés-

cimo de um chip. Com o uso dessa

carteira vamos avançar para aquilo

que a gente espera no futuro, que são

programas de certificados de prontu-

ário eletrônico e vamos poder eliminar

o uso de papel. Os médicos poderão

certificar os seus atendimentos e,

quem sabe, podemos até evoluir para

acabar com atestados falsos, porque

a receita ou atestado será impresso

com a autenticação do profissional

através desses cartões. Acredito que

a partir do primeiro semestre já seja

utilizado no Paraná. Primeiramente,

precisamos saber como foi o posi-

cionamento dos outros Estados es-

colhidos pelo CFM, que iniciaram o

projeto-piloto de sua implantação.

Para finalizar, quais são os prin-

cipais objetivos do CRMPR para

os próximos 20 meses de seu

“ O CRM digital é a nova

carteira profissional do

médico. Com o uso dessa

carteira vamos avançar para

aquilo que a gente espera

no futuro. “

Luis Augusto C

osta

Page 6: Revista Mater

10 11

Contar a história dos 39 anos do

HMSB é também relembrar sobre a

segunda UTI Neonatal da cidade, que

se tornou referência como um dos

principais atendimentos especializa-

dos ao recém-nascido, e neste mês

completa seus 10 anos de fundação.

A iniciativa em fundá-la surgiu de um

sonho dos médicos pediatras Wilmar

Guimarães e Celso Castro. Na época

apenas um hospital da cidade conta-

va com uma UTI neonatal e, à medida

que o número de nascimentos crescia

na instituição, era cada vez mais ne-

cessário um atendimento especializa-

do aos recém-nascidos prematuros.

“Por volta dos anos 90 o hospital

registrou 350 nascimentos, e casos de

riscos eram transferidos para outro hos-

pital da cidade”, conta o médico pedia-

tra Wilmar Guimarães, que atualmente é

responsável por prestar assistência ao

recém-nascido na sala de parto.

Percebendo essa necessidade,

os médicos iniciaram um projeto para

montar a UTI no hospital e participa-

ram de todas as reuniões da instituição

para definição dos protocolos. Em

1992 a maternidade já contava com

um serviço neonatal especializado, e

iniciou os primeiros atendimentos aos

recém-nascidos prematuros. “É uma

honra ter feito parte da história da im-

plantação da UTI neonatal da institui-

ção”, afirma Guimarães.

UTI Neonatal: 10 anosUm sonho que se tornou realidade

HISTÓRIA

UTI Neonatal: 10 anosUTI Neonatal: 10 anos

PRIMEIRO CORPO CLÍNICO

A primeira equipe foi formada por

médicos do Hospital Pequeno Prín-

cipe, designados por Guimarães e, a

seu convite, a médica pediatra Gislay-

ne Nieto tem coordenado o trabalho

Inicialmente a estrutura contava

com seis leitos. Após passar por

duas reformas, o hospital dispõe

hoje de 16 leitos equipados e já aten-

deu mais de 2.300 pacientes. Além

UTI neonatal

Gislayne Nieto, diretora, e a equipe de profissionais da UTI Neonatal

até hoje, atuando como chefe da UTI.

“Esse foi um grande acontecimento

na maternidade e, agora, com 10 anos

de trabalho, vendo todos os bebês

atendidos, na sua grande maioria com

boa evolução, é uma emoção grande”,

afirma a médica.

De acordo com ela, o resultado é

ESTRUTURA

do aperfeiçoamento técnico que re-

cebeu durante esses anos, é umas

das poucas UTIs de Curitiba que

utiliza o óxido nítrico para tratamento

de hipertensão pulmonar grave.

consequência do trabalho de todos

os envolvidos. “Tudo o que aconteceu

nessa história é porque temos uma

equipe médica de alto gabarito, com

todos os médicos especialistas e com

residência em neonatologia e equipe

de enfermagem dedicada e compro-

metida”, destaca.

Page 7: Revista Mater

12 13

CURTAS

No próximo dia 17 de abril a instituição completa 39 anos. Para comemorar

essa data, será realizado no dia 20, pelo HMSB, um jantar no Restaurante

Duetto do Clube Curitibano aos acionistas e médicos do corpo clínico.

ANIVERSÁRIO DE 39 ANOS DO HMSB

UTI NEONATAL COMPLETA 10 ANOS

INAUGURAÇÃO DO PA – PRONTO ATENDIMENTO

Em comemoração aos 10 anos da UTI Neonatal, no dia 12 de maio, os médicos

Luís Eduardo Vaz Miranda, diretor médico do Centro de Prematuros do Estado

do Rio de Janeiro (CEPERJ) e membro da Academia Brasileira de Pediatria, e a

neuropediatra do CEPERJ, Silvia Bento de Mello Miranda, irão proferir palestra

ao corpo clínico da instituição, com local ainda a confi rmar. Síndrome hipóxico-

-isquêmica, encefalopatia hipóxico-isquêmica e hipotermia terapêutica serão

alguns dos temas abordados no evento de aniversário.

Após vários meses de reforma, em abril o HMSB inaugura seu novo pronto

atendimento, com três novos consultórios, sala de observação com seis leitos,

enfermeira padrão para triagem de pacientes e novo protocolo de atendimento

por ordem de prioridade. O PA será nomeado em homenagem à médica Lucia

Checchia Franklin, umas das fundadoras da maternidade.

UTI Neonatal: 10 anosUTI Neonatal: 10 anos

TURISMOEm Buenos Aires o turista pode conhecer seus belos atrativos arqui-

tetônicos e ainda relembrar a história de Evita.

Page 8: Revista Mater

14 15

No llores por mí ArgentinaBuenos Aires é cenário do filme Evita

Uma vida que inspirou filme. A his-

tória de Eva Peron (Evita), uma das

mais populares primeiras-damas

da América Latina foi marcada por

acontecimentos em Buenos Aires,

na Argentina, cenário para as grava-

ções de “Evita”.

O filme estadunidense de 1996

é a adaptação cinematográfica do

famoso musical de mesmo nome,

escrito por Tim Rice e com músicas

de Andrew Lloyd Webber, que as-

sina a trilha sonora. Ganhou vários

prêmios, entre eles na categoria de

melhor atuação feminina (Madonna)

e melhor canção de filme (Don’t Cry

For Me Argentina).

Buenos Aires é uma cidade com

personalidade própria, histórica e

vanguardista, aberta à arquitetura,

No llores por mí ArgentinaNo llores por mí Argentina

TURISMO

Madonna interpretando Eva Peron no filme Evita.

à cultura e à arte de todo o mundo.

Mas a cidade, que era chamada de

Paris da América do Sul, foi arruina-

da pela crise mundial de 1930.

Evita, interpretada no filme pela

cantora Madonna, sonhava em ser

estrela do teatro e do cinema e batia

incansavelmente às portas dos tea-

tros para tentar concretizar o seu so-

nho. Chegou a atuar em alguns filmes,

mas ficou mais conhecida no rádio.

Além de se tornar atriz, foi tam-

bém na cidade porteña que Eva

conheceu o seu marido, coronel Pe-

rón, e ao seu lado se tornou a mu-

lher mais importante da história da

argentina no século XX. Ajudou aos

pobres e como primeira-dama reco-

nheceu o direito dos trabalhadores e

da mulher.

Conhecida por sua elegância e

seu carisma, Evita morreu aos 33

anos de câncer uterino. Tendo con-

quistado o apoio da população, para

muitos foi a única voz do povo pobre

e trabalhador da Argentina.

Antonio Banderas e Madonna no filme Evita.

Page 9: Revista Mater

16 17No llores por mí Argentina

PLAZA DE MAYO

LUNA PARK

No llores por mí Argentina

TURISMO

É o tradicional ponto de partida

para desvendar Buenos Aires, já que

concentra a sede do poder nacional

e outros grandes edifícios históricos.

Ao seu redor estão a Casa Rosada

e a Catedral Metropolitana. Ainda

Foi no Luna Park, local de even-

tos no centro da cidade, que Eva

conheceu o seu marido, coronel

Perón, em um evento organizado

por ele, para angariar fundos para

vítimas de terremoto, e desde en-

tão ficaram juntos até a sua morte.

no mesmo bairro a famosa cena

da posse de Juan Perón aconteceu

na casa, onde Eva faz um discurso

aclamando aos “descamisados”, de

que, a partir dali, ela estaria presente

em suas vidas.

Plaza de Mayo e Casa Rosada Catedral Metropolitana

Luna Park

TEATRO CÓLON

TEATRO CERVANTES

Considerado um dos cinco me-

lhores teatros líricos do mundo,

localiza-se na frente da Plaza de

Mayo e era local onde Evita sem-

pre era vista nas comemorações

da independência da Argentina. O

teatro está limitado à Avenida 9 de

Julio, onde milhares de pessoas se

reuniram em 1951 para convencê-la

Depois que as mulheres recebe-

ram o direito de votar, Evita criou

um partido para elas. Exatamente

três anos antes de sua morte, ce-

que devia aceitar a candidatura para

vice-presidência.

lebrou no Teatro Cervantes, úni-

co teatro nacional da Argentina, a

organização do partido peronista

feminino.

Teatro Cólon

Teatro Cervantes Parte interna doTeatro Cervantes

Page 10: Revista Mater

18 19No llores por mí Argentina No llores por mí Argentina

TURISMO

SAN TELMO

TOUR EVITA

O bairro de San Telmo é conhe-

cido como o bairro boêmio da ci-

dade. Nele encontram-se muitos

antiquários e os famosos cafés

tradicionais argentinos. No Conse-

Em Buenos Aires é possível en-

contrar vários tours que levam o tu-

rista aos principais locais que narram

a vida de Evita. Mas também é pos-

sível que o turista realize o seu pró-

prio passeio. O museu Evita, locali-

zado em Palermo orienta as pessoas

que queiram consultar a sua bibliote-

lho Geral de Trabalhadores (CGT),

a tradicional fonte de poder pero-

nista, Eva é até hoje reverenciada e

lembrada em um mural na fachada

do prédio.

ca e realizar o seu próprio roteiro aos

locais de maior interesse.

Bares no bairro San Telmo Bairro San Telmo

Museu Evita

GASTRONOMIAA carne Argentina é famosa mundialmente por seu sabor e maciez e

fi gura entre as melhores do mundo, com um sabor diferenciado que

agrada até aos paladares mais exigentes.

Page 11: Revista Mater

20 21

Visitar Buenos Aires e não experi-

mentar a tradicional carne argentina

é como não ter viajado ao país dos

hermanos. Saboroso, com um belo

visual e recheado de alguns segredos,

não há quem resista ao famoso asado

argentino.

Conhecida por sua maciez, a car-

ne é diferente da brasileira. Seu dife-

rencial está no gado argentino, que é

formado por raças europeias, como a

Aberdeen Angus e a Hereford. Quem

explica é o chefe de cozinha Sergio

Alves de Oliveira. “Por uma questão

genética, essa carne tem uma mar-

morização maior, ou seja, possui finas

camadas de gordura entremeadas na

carne, que lhe atribuem maior ma-

ciez”, destaca.

Outra particularidade é como os

argentinos costumam prepará-la. O

churrasco (asado) é a forma mais tí-

pica e constitui-se de um verdadeiro

ritual quando a família e amigos se re-

únem nos finais de semana. “Os cor-

tes são feitos antes de assar”, e dentre

os mais conhecidos estão o chorizo e

ancho, bife e assado de tira”, observa

Oliveira. Destaque também para as

parrilhas, grelhas utilizadas para assar,

que inclinadas a 45 graus permitem

um churrasco ainda mais saboroso.

Asado a la parrilhaChurrasco argentino é reconhecido como um dos melhores do mundo

Asado a la parrilhaAsado a la parrilha

GASTRONOMIA

Asado a La Parrilha

A história da gastronomia argen-

tina tem sua origem nos Pampas,

onde eram servidos pratos a base

de milho, como o locro, tamales e

humitas que são saboreados até

hoje no norte do país. Mas, devido

à colonização italiana e espanhola,

a culinária recebeu novas fontes de

inspiração e passou a levar à mesa a

imensa variedade de massas dessa

cultura.

Dentre as mais populares estão o

CULINÁRIA ARGENTINA

espaguete, nhoques e as deliciosas

massas recheadas como sorrenti-

nos, canelones e lasanhas. Sem es-

quecer a pizza, que conta uma gran-

de variedade de sabores. Não pode

faltar também o pão, as saladas

variadas, sobretudo as de folhas, e

a batata em diversas formas: purê,

frita, assada, ao creme, à doré ou

simplesmente cozida. Para beber, a

tradição é um bom vinho, feito com a

emblemática uva da Argentina.

Massas recheadas com carne, cebola, ovos e temperos também fazem parte do cardápio porteño.

Page 12: Revista Mater

22 23Asado a la parrilha

Pode ser desfrutado em qualquer

ocasião. Na boca é untuoso e vi-

goroso, com sabores que lembram

frutas vermelhas combinadas com

um toque de baunilha fornecido pela

madeira. Surpreende e refl ete a ino-

vação, expertise e paixão. (R$60)

Intenso, de aroma penetrante e vigo-

roso. Combinam-se pimentas e cas-

sis com o aroma de baunilha prove-

niente da madeira. De cor rubi intensa

e sabores infl exíveis derivados de uma

correta maduração. Distinto e de bom

caráter tânico, é um tinto profundo e

viril para se recordar. (R$57)

NIETO SENETINER: CABERNET SAUVIGNON 2009

CALLIA RESERVE: SHIRAZ 2009

VIN

HO

SFo

nte:

Nie

to S

enet

iner

Fon

te: B

odeg

a S

callia

A hemorragia peri-intraventricular

(HPIV) continua sendo um desa-

fi o para neonatologistas apesar do

avanço que esse setor da medici-

na vem sofrendo com o passar dos

anos. As sequelas que especialmen-

te os prematuros apresentam devido

a essa patologia são: défi cit cognitivo,

distúrbios comportamentais e sociais

e alterações de atenção e motora (

BEAINO et al., 2010).

A matriz germinativa é um aglo-

merado de células que se localiza

na região subependimária da pare-

de lateral dos ventrículos laterais e é

composto por astrócitos e oligoden-

drócitos. Conforme o feto vai cres-

cendo, ocorre a migração celular

para as porções mais superfi ciais

dos hemisférios cerebrais até atingir a

idade de termo. O tamanho da matriz

germinativa é inversamente propor-

cional à idade gestacional do feto e

é encontrada em aproximadamente

35-38 semanas de idade gestacional

(GHERPELLI, 2005).

Os fatores predisponentes para a

ocorrência de hemorragia da matriz

germinativa são: prematuridade, asfi -

xia e tocotraumatismo. A hemorragia

é mais frequente durante a primeira

semana de vida do recém nascido

(aproximadamente 90%) (GHER-

PELLI, 2005).

Existem várias classifi cações de

HPIV, porém a mais utilizada pelos

neonatologistas é a classifi cação de

Papile (PAPILE et al., 1978):

• Grau I- sangramento restrito à

matriz germinativa

• Grau II- o sangramento inunda

os ventrículos

• Grau III- o sangramento intraven-

tricular causa dilatação dos ventrículos

•Grau IV- quando ocorre infarto

hemorrágico periventricular com a for-

Hemorragia Peri – IntraventricularDesafi o para a neonatologia

ARTIGO

Desafi o para a neonatologia

Page 13: Revista Mater

24 25Desafio para a neonatologia

ARTIGO

mação de hematoma parenquimatoso

O quadro clínico da HPIV depen-

de do grau de acometimento. As

HPIV graus I e II, na maior parte das

vezes, não causam alteração ao exa-

me neurológico, porém os graus III

e IV podem levar a várias alterações

no exame clínico e sequelas de lon-

go prazo (GHERPELLI, 2005). Neste

sentido, nos lembra Gherpelli (2005,

p.748-749) que “as sequelas neuro-

lógicas mais graves são a paralisia

cerebral, principalmente a forma di-

plégica, deficiência mental, distúrbios

visuais, deficiência auditiva e epilep-

sia”. No seguimento, estes RN po-

dem ser acometidos com alterações

do desenvolvimento, como atraso na

linguagem, déficit de atenção com

ou sem hiperatividade, alterações na

coordenação motora ou distúrbios de

aprendizagem (PANETH et al., 1994

apud GHERPELLI, 2005).

A hidrocefalia progressiva pós-he-

morrágica é uma complicação que

acomete 2 a 4% destes prematuros

que nascem com muito baixo peso.

Algumas vezes é necessária a reali-

zação de derivação ventrículo-peri-

toneal ou ventriculostomia. Diante de

uma hidrocefalia progressiva o neu-

rodesenvolvimento pode ser anormal

complicado por deficiência mental,

paralisia cerebral ou deficiências sen-

soriais (BENNETT, 2007).

A prevenção da prematuridade se-

ria a melhor medida para evitar danos

futuros para esses pacientes. Quan-

do essa medida não for possível, o

transporte intraútero para um centro

Desafio para a neonatologia24

de referência para que o atendimento

do RN seja imediato e é de grande

importância. A assistência obstétri-

ca adequada com uso de corticóide

antenatal, sulfato de magnésio e an-

tibióticos é medida eficaz na preven-

ção da morbimortalidade materna e

neonatal.

Dra. Kátia Oliver

CRM/PR 11.352

Médica pediatra e intensivista neonatal

Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente - UFPR

Referências Bibliograficas:

BEAINO, G. et al. Predictors of cerebral

palsy in very preterm infants: the EPIPA-

GE prospective population-based cohort

study. Dev Med Child Neurol, v. 52 e p.

119-25, 2010.

BENNETT, F. C. Resultados do desen-

volvimento. In: MacDONALD, M. G.;

MULLETT, M. D.; SESHIA, M. M. K. (Ed.).

Avery neonatologia: fisiopatologia e trata-

mento do recém-nascido. Tradução de:

Marcio Moacyr de Vasconcelos e Patricia

Lydie Vouex. 6.ed. Rio de Janeiro: Gua-

nabara Koogan, 2007. p.1503-1521. (Ori-

ginal inglês)

GHERPELLI, J. L. D. Patologia neuro-

lógica- Hemorragias intracranianas do

recém-nascido. In: DIAMENT, A.; CYPEL,

S. Neurologia infantil. 4ª ed. São Paulo:

Editora Atheneu, 2005. v. 1, p. 745-752.

PANETH, N. et al. Brain damage in the

preterm infant. Clinics in Developmen-

tal Medicine, 1994. London: MacKeith

Press, n. 131.

PAPILE, L. et al. Incidence and evolution

of subephendymal and intraventricular

hemorrhage: a study of infants with birth

weights less than 1500gm. The Journal of

Pediatrics, v. 94, p. 529-534, 1978.

A prevenção da prematu-

ridade seria a melhor medi-

da para evitar danos futuros

para esses pacientes.

““

Page 14: Revista Mater

26

Nasceu em Curitiba (PR) em 1979. É for-

mado em design gráfico pela Pontifícia Uni-

versidade Católica do Paraná (PUC-PR) e

especialista em desenho artístico pelo Institut

Superior de Disseny y Escola de la Imatge

(IDEP), em Barcelona (Espanha).

Após três anos de experiência na Espa-

nha, realizou a sua primeira exposição indivi-

dual em 2006, na cidade do Porto, em Portu-

gal. Em 2007, em Curitiba, integrou o Coletivo

Interlux Arte Livre, grupo aberto formado por

artistas plásticos e interessados em arte.

Suas pesquisas e produções são voltadas

para a pintura sobre tela e painéis em diver-

sos formatos, técnicas e materiais. Neste

ano, está prevista uma exposição com seus

trabalhos no Museu de Arte Contemporânea

do Paraná (MAC).AR

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André Mendes