revista mais leite - edição 27

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a revista do setor lácteo embalagens, aditivos e ingredientes E mais: inovações em embalagens e tratamento de efluentes

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Edição 27 da sua revista mensal do setor lácteo

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a revista do setor lácteo

embalagens, aditivos e ingredientesE mais: inovações em embalagens e tratamento de efluentes

Fatias Perfeitas. Grandes lucros.As Fatiadoras Weber irão ajudá-lo obter uma maior lucratividade, proporcionando melhor

apresentação aos seus produtos e exatidão de peso das porções, as quais se destacam

nas prateleiras dos supermercados. Fatias perfeitas a todo o momento, resultado das altas

velocidades de corte das facas Weber, assim como as inovações de design que aumenta

os rendimentos e reduz os onerosos sobrepesos das porções. Escolha entre cinco potentes

modelos. Existe uma Fatiadora Weber perfeitamente adequada para cada aplicação.

Representante exclusivo no Brasil:Poly Clip System LtdaRua Dr. Moacyr Antonio de Moraes, 200 07140-285 - Guarulhos - SãoPaulo - BrasilTel.(011) 2404-9633 Fax.(11) 2404-9641www.polyclip.com.br

expedienteDiretoraJussara F. S. Rocha11 99970.1584 | 11 7717-3300 - ID 115*[email protected]

EditorCauê [email protected]

Direção de arte e editoraçãoRachel Fornis - [email protected]

Gerente de contasClécio Laurentino11 98225.4355 | 11 7717-1858 - ID 115*[email protected]

Consultor administrativoChristian Oest Möller

Assistente administrativoGina [email protected]

Conselho editorialCarlos Ramos, Christian Oest Möller, Ludmila Couto Gomes, Luiza Carvalhaes de Albuquerque, Marion Ferreira Gomes e Rodrigo de Souza.

Assinatura/SubscriptionBrasil: R$ 150,00 (anual)USA, Latin American, Europe and AfricaUS$ 162 (per year)

Tiragem6.000

ImpressãoLaborgraf - 11 3829.4711

Redação e PublicidadeEditora Rocha Ltda.Rua Cipriano Lopes França, 51 - Brooklin São Paulo - SP - CEP 04564-080Fone/Fax - 11 5505.2170 | 2191 | 2188www.revistamaisleite.com.br2011 Todos os direitos reservados.

Fatias Perfeitas. Grandes lucros.As Fatiadoras Weber irão ajudá-lo obter uma maior lucratividade, proporcionando melhor

apresentação aos seus produtos e exatidão de peso das porções, as quais se destacam

nas prateleiras dos supermercados. Fatias perfeitas a todo o momento, resultado das altas

velocidades de corte das facas Weber, assim como as inovações de design que aumenta

os rendimentos e reduz os onerosos sobrepesos das porções. Escolha entre cinco potentes

modelos. Existe uma Fatiadora Weber perfeitamente adequada para cada aplicação.

Representante exclusivo no Brasil:Poly Clip System LtdaRua Dr. Moacyr Antonio de Moraes, 200 07140-285 - Guarulhos - SãoPaulo - BrasilTel.(011) 2404-9633 Fax.(11) 2404-9641www.polyclip.com.br

382808 Artigo Técnico Sistemas de tratamento de efluentes

Cenários do Brasil RJ: Indústria de lácteos cria empregos

Pesquisa Pesquisas para conter o uso de antibióticos

44

Capa Embalagens, aditivos e ingredientes

68 Opinião Assunta Camilo da FuturePack e Instituto de Embalagens

06 | Editorial

10 | Mercado

14 | Especial

15 | Empresas

18 | Especial queijos

62 | Política

75 | Caderno internacional

79 | Caderno nacional

82 | Índice de anunciantes

Sumário

Fone/Fax - 11 5505.2170 | 2191 | 2188

6 leite

Chegamos à penúltima edição da série de reporta-gens sobre os pontos fundamentais para um laticí-nio. Neste mês abordamos os temas embalagens, aditivos e ingredientes, e dessa forma, conversa-mos com os porta-vozes das maiores empresas dos setores, que apresentaram suas ideias, seus principais produtos e lançamentos.

Já na editoria Opinião, falamos com Assunta Napolitano Ca-milo, Diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens, para tratar sobre inovação no segmento de embalagens. Nessa conveniente entrevista, Assunta apresentou algu-mas informações interessantes do setor de embalagens mundial e que indicarão direções para o mercado nacional.

Sistemas de tratamento de efluentes para indústrias de laticínios é o assunto do artigo técnico apresentado nes-ta edição. Escrito por Carst Mulling, Gerente de Vendas da Aqua Industrial Watertreatment B.V., ele nos auxilia a en-tender melhor esse processo. A temática é imprescindível neste momento, já que nota-se um aumento mundial nas requisições e obrigações para diminuir a poluição gerada.

Na editoria de política temos reportagens impor-tantes. Uma delas se refere à ação do Governo a fim de instituir uma legislação específica para produtos artesanais. O queijo em Minas Gerais é um exemplo e está entre os temas da proposta. Nesse caso foi indicado um grupo de trabalho da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, que realizará duas linhas de ação. Uma de curto prazo, analisando a necessidade de le-gitimar a produção e comercialização dos queijos tradicionais, e outra, em longo prazo, direcionada para delinear um parecer abordando os distantes aspectos da produção artesanal.

Para concluir, no Especial Queijos, apresentamos tipo Estepe, que surgiu nas estepes russas, é muito comercializado no Brasil e semelhante ao queijo Prato se analisados o aroma e a textura. Já em Cenários do Brasil, o Rio de Janeiro é o Estado selecionado pela Mais Leite.

Boa leitura!

aprimorandoosetor

EditorialJussara F. S. Rocha / Diretora

a r o m a s • b i o p r o t e t o r e s • c u l t u r a s • e n z i m a s • e s t a b i l i z a n t e s • f i b r a s • p r o b i ó t i c o s • t s p p ( t e t r a p i r o f o s f a t o d e s ó d i o )

A Fermentech ama aquilo que faz. É por isso que faz questão de oferecer os melhores ingredientes do mercado para que os fabricantes tenham a certeza de que seu produto será de excelente qualidade.

Além disso, a Fermentech também oferece profissionais qualificados para dar assistência técnica aos clientes, sempre que necessário. Afinal, são vários anos de experiência e dedicação para que o consumidor tenha em suas mesas um produto saudável e de sabor inigualável.

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Uma declaração de amor ao queijo

novos

produtos

8 leite8 leite

FIM DOS ANTIBIÓTICOS

o futuro está na cabra

Depois de receber uma doação de US$ 3 milhões do Instituto Nacional de Alimentos e Agricultura do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a Universidade de Michigan alinhou um pro-jeto para integrar programas de mastite a fim de reduzir o uso de antibióticos

A mastite (uma infecção do úbere da vaca) é a doença infecciosa mais comum em bovinos leiteiros na América do Norte. O tratamento, normalmente, custa entre US$ 300 e US$ 600 por infecção e afeta negativamente a produção de leite e saúde do animal.

O auxílio de cinco anos é uma continuação de um projeto de cooperação que reduziu a incidência de mastite. Ron Erskine, professor da Faculdade de Medicina Veterinária da MSU (Michigan State University), disse que o novo auxílio vai permitir

progressos: “Nos últimos 10 anos, houve um progresso lento e contínuo na redu-ção de mastite, mas há sempre espaço para melhorar. Em Michigan, temos a sorte de ter uma forte aliança entre os produtores, cooperativas leiteiras, cur-sos de extensão e a Faculdade Medici-na Veterinária da MSY e profissionais de regulamentação. Michigan é, consisten-temente, um dos principais estados no que se refere ao controle da mastite e qualidade do leite”.

Pesquisa

9 leite

A bactéria que causa a mastite é mais comumente transmitida por contato com a máquina de ordenha, mãos ou materiais contaminados. A gravidade pode variar drasticamente entre casos leves, que não precisam de tratamento, e outros que necessitam de antibióticos e diferentes tipos medicamentos.

Erskine afirma ainda que “isso traz outro con-junto de custos para os produtores. O custo dos medicamentos, o trabalho de administrar as drogas e problemas com descarte do lei-te, já que o leite de uma vaca que foi tratada com medicamentos não pode ir ao mercado. Se pudermos encontrar melhores maneiras de prevenir que a doença ocorra, então não pre-cisaremos usar remédios. Isso seria bom para os produtores, aos consumidores e à saúde do animal. É uma situação onde todos os envolvi-dos lucram. Esse é o objetivo do projeto USDA, prevenir sempre a ocorrência da mastite”.

De acordo com o professor, a prevenção começa na sala de ordenha: “É aí que você vê os primei-ros sinais de mastite. As pessoas que fazem a ordenha são à base de tudo. Se não é realizado um esforço para manter as vacas limpas, secas e confortáveis, todo o planejamento e pesquisa do mundo não irá a lugar nenhum”.

Erskine aponta que muitas fazendas continu-am a lutar contra a adoção de práticas de con-trole de mastite: “Em particular, as ações de di-vulgação e educação não conseguiram alterar o comportamento do produtor e funcionário com relação às atitudes para controle da mastite”.

Outra questão é a adesão aos procedimen-tos padronizados. O professor afirma que “na maioria das vezes, a maneira como o protocolo é realizado diferencia entre o sucesso e fracas-so na sala de ordenha. Precisamos redobrar os esforços no treinamento de funcionários e na educação em fazendas leiteiras e enfatizar a importância com os protocolos. É da natureza humana passar por um treinamento e, depois, desistir do protocolo. Nós vamos procurar ma-neiras na comunidade da fazenda de produção de leite para manter os protocolos em prática e não ter pessoas deixando de dedicar-se aos procedimentos adequados”.

Outro ponto que serve de explicação dos esfor-ços para reduzir a mastite é que a cadeia produ-tiva de lácteos dos Estados Unidos está cada vez mais diversificada no que se referem ao tamanho dos rebanhos, modelos de trabalho, habitação e gestão. “Precisamos desenvolver e realizar pro-gramas de Extensão direcionados para superar as barreiras comportamentais e ter flexibilidade para lidar com a diversidade da cadeia produtiva de lácteos dos EUA”, explicou Erskine.

Para atingir esse objetivo, os pesquisadores planejam desenvolver e testar uma ferra-menta de auditoria da qualidade de leite e que contará com um processo de intervenção nas operações leiteiras. Além disso, desenvolve-rão e testarão um programa de certificação de qualidade do leite e, desse modo, conseguirão avaliar o impacto destas intervenções de audi-toria nas fazendas leiteiras.

Fonte: TheCattleSite

“ Nos últimos 10 anos, houve um progresso lento e contínuo na redução de mastite

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Mercado

O preço do leite recebido pelo produtor em fevereiro (re-ferente à produção de janeiro) aumentou 1,35% em rela-ção ao mês anterior, com o litro cotado na média de R$ 0,8219 (preço líquido), segundo levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Esse valor refere-se à média ponderada pelos volumes captados nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. O preço bruto, ou seja, quando se consideram frete e impostos, subiu para R$ 0,8941/litro. Este valor, se com-parado ao do mesmo período do ano passado, está leve-mente superior (0,6%) em termos reais – considerando-se a inflação (IPCA) do período.

Os reajustes foram motivados pela queda da produção em janeiro. Conforme o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite), o volume recebido por laticínios/co-operativas de sete estados recuou 2,67% de dezembro para janeiro. Na Bahia, a queda chegou a 10,8%, a maior entre os estados da pesquisa. Em seguida, Minas Gerais teve captação 5,2% menor, acompanhado de Goiás (4,6%) e São Paulo (2,4%). Já no Sul, a captação avançou 0,76%

devido, principalmente, ao aumento da produção do Paraná (6,1%), único estado da pesquisa que produziu mais em janeiro que em dezembro.

Por sua vez, a menor captação reflete as dificuldades para o produtor manter os investimentos na atividade. Confor-me pesquisadores do Cepea, insumos importantes, como o concentrado e os fertilizantes, ficaram levemente mais baratos no início deste ano, mas, como esperado, o custo de produção aumentou com o reajuste do salário mínimo, que tem impacto direto nas despesas com mão-de-obra.

Além dos custos mais altos, outro problema aponta-do pela equipe Cepea é o forte calor, que reduziu o de-sempenho produtivo dos animais na maioria das regiões pesquisadas. No Nordeste, em especial, pesa também a escassez de forragem para o rebanho devido à estiagem prolongada. Paralelamente, agentes consultados pelo Ce-pea relatam que o excesso de chuvas no Sudeste e em algumas regiões do Sul também prejudicou o transporte de leite da propriedade até a plataforma das indústrias.

“ no Sul, a captação avançou 0,76% devido, principalmente, ao aumento da produção do Paraná (6,1%)

CEPEA: Dificuldades “dentro da porteira” levam a reajuste ao produtor

11 leite

“ No segmento de derivados lácteos, fevereiro tem sido um mês de estabilidade, conforme o Cepea”

GRANDE

Gráfico 1: ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - JANEIRO/13. (Base 100=Junho/2004)

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

12 leite

Mercado

Gráfico 2: Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA (média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA)

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

No segmento de derivados lácteos, fevereiro tem sido um mês de estabilidade, conforme o Cepea. Tanto o preço do leite UHT como do queijo mussarela no atacado do estado de São Paulo seguem praticamente nos mesmos níveis de janeiro.

O leite UHT, em fevereiro (cotação até o dia 27), tem mé-dia de R$ 1,90/litro e o queijo mussarela, de R$ 11,42/kg, ligeiras reduções de 0,9% e 0,15% em relação a janei-ro, respectivamente. Colaboradores do Cepea acreditam que o consumo tenda a aumentar a partir de agora, com a retomada efetiva das aulas, e que os preços devam se recuperar. Essa pesquisa do Cepea é feita diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Con-federação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

AO PRODUTOR

Em fevereiro, os preços aumentaram em quase todos os estados da pesquisa Cepea; a exceção foi São Paulo, onde a média foi de R$ 0,9035/litro (preço bruto), com leve re-dução de 0,7% frente a janeiro. Já na Bahia aconteceu o maior aumento entre os estados da pesquisa, de 7,8% (ou 6,5 centavos por litro), com o litro cotado a R$ 0,8918. Em Goiás, o aumento foi de 1,9% (ou 1,7 centavo por litro), com a média bruta a R$ 0,9223. Logo em seguida esteve Santa

Catarina, com alta de 1,54% e média de R$ 0,8772, o que significa 1,3 centavo a mais por litro.

No Paraná, o reajuste foi de 1,52% (1,3 centavo por litro), com a média a R$ 0,8972/litro. Em Minas Gerais, com o au-mento de 1,2 centavo, o litro teve média de R$ 0,9050. Por fim, no Rio Grande do Sul, o aumento foi de 1,3% ou 1,1 cen-tavo por litro, sendo média calculada em R$ 0,8364/litro.

Entre os estados que não compõem a “média nacional Ce-pea”, o maior aumento (1,2%) aconteceu no Espírito Santo, onde o litro foi cotado a R$ 0,8783 (valor bruto). No Rio de Janeiro, o preço do leite aumentou 1% (0,9 centavo), com a média indo a R$ 0,9601/litro. O preço no Ceará teve au-mento de 0,8% (0,8 centavo), chegando a R$ 0,9611/litro. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou praticamente está-vel, com leve alta de 0,4%, com o litro a R$ 0,8039.

Para o mês de março (produção de fevereiro), a maior parte dos representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea (56% dos entrevistados, que representam 52,1% do volume de leite amostrado) acredita em estabilidade nos preços. Já para 34% dos entrevistados (que representam 41,9% do volume de leite amostrado), a expectativa é de nova alta, enquanto 10% dos consultados (6% do volume amostra-do) acreditam que deve haver queda nas cotações.

Gráfico 2: Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA (média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA)

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Especial

nasbaixastemperaturasAs câmaras frigoríficas representam um desafio quando se trata de manutenção. As câmaras de congelados, que armazenam peixes, gelo, carnes, entre outros, possuem uma média de temperatura entre -10°C e -25°C. As de resfriados, que conservam salgados, doces, bolos, lácteos e bebidas, entre 0°C e 10°C.

Dentro das câmaras, um vai e vem de empilhadeiras e maquinários. Gelo congelado no piso que nunca derrete. O piso descola e cria buracos. As câmaras geminadas, que apresentam uma parede em comum, apresentam maio-res cuidados e dificuldades no trato quando precisam de manutenção. E caso uma delas precise ser desligada, a outra é diretamente atingida. Todos esses fatores e pre-ocupações resultam em prejuízo para a empresa.

Por conta destes imprevistos, empresas como a JBS e Confrio optaram por uma solução paliativa. Compraram um kit de reparos localizados para pisos em baixas tem-peraturas da Miaki Revestimentos. Esse kit possui 25 kg e pigmentação cinza escura. O próprio cliente realiza a apli-cação e não há necessidade de desligar a câmara, pois o reparo cura nas baixas temperaturas.

Os pisos das câmaras frigoríficas e resfriadas são, geral-mente, de concreto. No entanto, com o contato frequente

das empilhadeiras, funcionamento 24h e outros ataques ao piso, em muitos casos, a empresa perde a base do piso. Assim, um frigorífico ou laticínio precisa desligar a câmara por pelo menos sete dias e refazer o piso todo.

Para evitar o transtorno, outros clientes optaram por revestir o concreto para protegê-lo. Empresas como a Marfrig, Grupo Pão de Açúcar, Supermercados Verde-Mar, Açaí e Minerva aplicaram o revestimento na câmara toda. Para esses clientes, o kit reparo possui coloração parecida, já que se trata do mesmo produto.

A aplicação do piso depende muito das necessidades de cada empresa. Se a empresa está iniciando as atividades com uma câmara nova, um dos pisos indicados é o PU-CIM autonivelante. Mas se a câmara já se encontra em ativida-de, apenas o MMA é indicado, pois é a única resina que cura em tão baixas temperaturas e suporta variações térmicas ambientes. Além disso, em uma obra de área aproximada entre 80 e 100 m² é possível ser realizada em apenas um dia.

Os benefícios de proteger o piso com estas resinas são a impermeabilização, a não necessidade de desligamento da câmara para reforma, rapidez na execução e redução de manutenção (com piso esburacado, o cliente pode que-brar as empilhadeiras, que são bastante caras).

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Empresas

25 anos de história

A Metachem, empresa 100% brasileira, completará 25 anos em maio e, desde então, vem ampliando e solidificando seus negócios na representação e distribuição de produtos químicos. Atuando como representantes e distribuidores de matérias-primas produzidas por fabricantes de reco-nhecida qualidade internacional e, sempre que possível, com exclusividade para atender o mercado industrial brasi-leiro e sul-americano, a Metachem possui uma linha com-pleta de produtos para o mercado de alimentação humana. São matérias-primas e ingredientes funcionais, destinados às áreas de panificação, lácteos, cárneos, bebidas, sobre-mesas, food service, aromas, entre outros.

Segundo a empresa, seu comprometimento com o merca-do está na busca por qualidade e inovação. Seu diversifica-do leque de produtos conta com mais de 300 itens para as áreas de: alimentação humana (panificação, sucos, lácteos, carnes, sobremesas, aromas e fragrâncias); adesivos (de contato, hot-melt, PSA, acrílicos); lubrificantes (sintéticos automotivos e industriais); tintas (automotivas, industriais e de impressão); vernizes; refratários; tratamento de cou-ros; resinas; plásticos; farmacêuticos; tratamento de água (industrial, em papel e celulose, usinas de açúcar e álcool, curtumes); catalisadores para processos químicos, agro-químicos, plastificantes, fotografia, corantes, pigmentos, tratamento de madeira, entre outros.

A empresa, que iniciou com apenas dois funcionários, procurou crescer de forma sustentada, baseada em re-cursos próprios sem colocar em risco a saúde financeira, o nome, os princípios éticos e a identidade das empresas parceiras. Orgulha-se de ter hoje uma equipe de 31 pes-soas, nas quais tem investido sempre com a preocupação

constante de valorizar seu maior patrimônio: o recurso humano. Em sua área industrial, em Itupeva (SP), formula vários ingredientes para a Indústria Alimentícia. A outra filial se encontra em Itajaí (SC).

De acordo com a empresa, todos os funcionários estão comprometidos com o atendimento integral da boa po-lítica de parcerias e de seus objetivos, buscando sempre exceder a expectativa do cliente, conhecendo suas neces-sidades, fornecendo produtos adequados e pesquisando novos produtos e novas soluções.

Como novidade na área de lácteos, destaca-se o Cheese-maker, da KMC (Dinamarca), que é um amido modificado de batata para ser usado na fabricação de queijo análogo. O produto está disponível nas versões de baixo, médio e alto derretimento, conferindo ao produto final facilidade de ralar, baixa viscosidade durante a produção do queijo e, principalmente, redução de custo.

Outros produtos que atendem ao setor de lácteos são:

- Ácido Cítrico - Ácido Sórbico - Citrato de Sódio - CMC - Fécula e Amido Modificado de Batata - Goma de Tara - Goma Arábica - Inulina - Nisina - Natamicina - Sorbato de Potássio

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Empresas

detectandoqualidadeFundada por Steve Gidman e Dino Rosati, em 1996, a Fortress Technology trabalha com detec-tores de metais. Com sede em Toronto (Canadá), unidades no Brasil e Reino Unido, e consultores de vendas em todos os continentes, a Fortress Brasil iniciou suas atividades, em 2006, em Caiei-ras (SP), para atender a demanda da América Latina. Somando Canadá, Brasil e Reino Unido, o grupo conta com mais de 150 colaboradores em-penhados em oferecer soluções em detecção de metais para segmentos industriais.

Os detectores de metais são equipamentos de extrema necessidade, instalados em linhas pro-dutivas de diversos segmentos (laticínios, in-gredientes, bebidas, frigoríficos, candies, higiene pessoal, entre outros). Eles detectam e rejeitam contaminações por metais, garantindo a segu-rança dos produtos, dos consumidores e a credi-bilidade das empresas processadoras.

De acordo com Thais Christinne Cini, Analista de Marketing da Fortress Technology, “o diferencial da Fortress está em produzir detectores com tec-nologia superior, o que garante uma detecção pre-cisa e confiável, identificando as menores partícu-las de contaminantes metálicos, com estabilidade e índices de falsa rejeição praticamente nulos”.

Na atual linha de produtos para atender o mer-cado lácteo, a empresa conta com os detectores de metais Big Bag, Gravidade, Túnel e Pipeline. Em aplicações como leite em pó, os detectores ideais são Gravidade ou Big Bag. Para garantir a segurança de linhas de iogurtes, o modelo de de-tector mais indicado é o Pipeline e em linhas de queijos é indicado o detector Túnel.

Entre os serviços oferecidos, Thais afirma que a Fortress trabalha “oferecendo soluções voltadas a garantir a segurança dos produtos de nossos clientes para que estejam livres de contamina-ção metálica, em diversas fases do processo pro-dutivo, que pode ocorrer em função de desgastes de máquina, matéria-prima contaminada, pro-cessos de manutenção, entre outros”.

Em termos de estrutura física, há nove meses a Fortress está operando em uma nova unidade industrial com 1.100 m², como relata a analista de marketing: “Com o objetivo de suprir a neces-sidade de nossos clientes e atendendo a cres-cente demanda do mercado, o novo prédio com 1.100 m², localizado no município de Caieiras, em São Paulo, oferece maior capacidade de produ-ção, área administrativa ampla e localização sem restrições de horários para carregamento”.

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A Fortress possui duas linhas de detectores, a Phantom e a nova linha Stealth. O lançamento foi produzido com o intuito de solucionar a ne-cessidade de rastreabilidade de processos, banco de dados e fornecimento de maiores informa-ções sobre a detecção aos clientes.

Thais afirma que “as linhas de detectores da em-presa possuem detecção ultrassensível, precisa e operação simples. Os detectores Stealth possuem um sistema de coleta de dados detalhados para acesso a relatórios de qualidade, estabelecendo um ponto critico de controle, já que sabemos que essas informações são extremamente necessárias para apoiar processos de qualidade e auditorias”.

A tecnologia Stealth pode ser atualizada em de-tectores Phantom, trocando apenas a placa digi-tal e o painel de controle. Dessa forma os detec-

tores não se tornam obsoletos e há redução dos custos para os clientes.

Segundo a analista de marketing, para atender as necessidades dos clientes, o atendimento acon-tece de forma customizada e o projeto dos detec-tores vai de encontro com o que foi solicitado. A venda ocorre por meio dos consultores que estão dispostos a compreender e alcançar as melhores soluções, oferecendo ao cliente todo apoio neces-sário antes, durante (aplicação do projeto) e de-pois do processo de aquisição do equipamento.

O corpo técnico é composto por técnicos da For-tress e de suas representadas, sendo que estes recebem treinamentos constantes e estão alta-mente qualificados para garantir serviços de as-sistência técnica local com agilidade e menores custos aos nossos clientes.

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especial queijosqueijoestepe

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Especial Queijos

das estepesO queijo tipo Estepe surgiu nas estepes russas, mas é muito comercializado no Brasil. Seme-lhante ao queijo Prato, se analisados os aromas e na textura, o Estepe é fabricado com leite de vaca pasteurizado e filtrado e é da família de queijos de massa semicozida.

É um produto submetido a um processo de se-micozimento, prensagem, salga e maturação por aproximadamente 40 dias, quando aparece textura semidura com massa plena de olhaduras, provo-cadas por fermentos especiais acrescidos ao leite.

O paladar é tênue e amendoado, suavemente doce e seu aroma é leve e limpo, onde se destaca uma nuance láctea, caramelada. Entre os for-matos criados, o mais comum é na configuração quadrada e chata, pesando cerca de 6 Kg. Comu-

mente é embalado em película plástica a vácuo, imediatamente após a sua salga e secagem, e, desse modo, não possui casca.

O Estepe é um queijo para consumo puro, em tábuas de queijo, festas de queijos e vinhos ou como queijo de mesa, acompanhado de frutas, pães e bebidas. Consuma-o acompanhado de alguma fruta, tais como, uva tipo Itália, cereja ou pera. Por apresentar paladar amendoado, delicadamente doce, pode substituir em lan-ches e sanduíches o queijo Prato, melhoran-do o resultado gastronômico, razão pela qual o varejo habituou-se a comercializa-lo fatiado em bandejas. Também combina bem com mar-meladas e compotas doces. Por apresentar um sabor frutado faz excelente parceria com vinho branco frutado (tipo Riesling ou Asti).

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queijo estepePOR FERNANDO RODRIGUES

Originário das estepes russas, o queijo Es-tepe é fabricado a partir do leite de vaca. Apresenta uma textura semidura e massa semicozida, de cor amarelo-palha, com sabor frutado ligeiramente doce.

Geralmente é consumido puro ou em molhos quatro queijos. Por ter uma textura fácil para fa-tiar, serve para compor sanduíches e aperitivos.

Formato: quadrado com 5 a 6 quilos.

Sabor: suave, sem acidez e suave aroma lático;

Peso: seis quilogramas;

Massa: semicozida, textura compacta, sem olhos mecânicos ou lisos, massa amarelada, longa, fle-xível e de consistência macia.

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queijo tipo estepe

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Especial Queijos

ÍNDICE

% de umidade

% de sal

pH

% de GES (mínimo)

% de proteína total

% proteína solúvel

% índice de maturação

Dias maturação

APÓS A SALGA

43 – 45

1,5 – 1,8

5,1 a 5,2

40

-

-

-

Mínimo de 25 dias

APÓS A MATURAÇÃO

41 - 43

1,6 - 1,9

5,2 - 5,4

40

22,50 - 26,5

2,7 – 3,7

12 – 14

Mínimo de 25 dias

PADRÃO DE QUALIDADE

TECNOLOGIA

Leite: filtrado, padronizado, pasteurizado acidez 15 a 18ºD (demais provas físico-químicas con-forme regulamento técnico).

Gordura: 3,4 a 3,6%.

Fermento lático: Fermento mesofílico à base de Lactococcus lactis subsp. lactis e Lactococcus lactis subsp. cremoris. O fermento pode ser na forma para uso direto (dvs). O pH no dia seguinte deve estar entre 5 a 5,2.

Cloreto de cálcio (sol. 40% m/m): 40 a 50 ml para 100 litros de leite.

Corante Natural de Urucum: dosagem de 5 a 10 ml para cada 100 litros de leite.

O paladar é tênue e amendoado, suavemente doce e seu aroma é leve e limpo, onde se destaca uma nuance láctea, caramelada

25 leite

Nitrato de Sódio (Salitre do Chile): dosagem de 20 gramas para cada 100 litros de leite (pre-venção de estufamento tardio).

Temperatura adição do coagulante: 34 a 35ºC.

Coagulante Quimase na dosagem de 20 ml para cada 100 litros de leite.

Tempo de coagulação: 35 a 50 minutos.

Corte: lento.

Grão: 4, grão de milho (lira vertical e horizontal).

Repouso: três minutos. 1ª Mexedura e delactosa-gem: 20 minutos. Retirar 30 a 40% de soro e adi-cionar água a temperatura de 75ºC, lentamente, até que atinja a temperatura de 41 a 42ºC (nor-malmente utiliza-se de 15 a 20% de água na sua totalidade). A partir desse momento a mexedura deve ser intensificada com macalé ou garfo.

Geralmente é consumido puro ou em molhos quatro queijos

“”

26 leite

Especial Queijos

Prosseguir a mexedura até o ponto evitando quebra excessiva dos grãos ou formação de aglo-merados dos mesmos.

Ponto: em torno de 80 a 90 minutos (após o cor-te), com os grãos apresentando determinada ca-racterística de consistência. Verificar na prática. Após o ponto remove-se a massa para à extre-midade oposta à saída do tanque.

Dessoragem: pré-prensa com soro.

Pré-prensagem: com peso igual a duas vezes mais ao peso da massa (podendo ser manual ou pneumática) por 15 a 20 minutos.

Enformagem e prensagem: após a pré-prensa-gem proceder a enformagem com as formas es-pecíficas e com dessoradores.

Para formas com dessoradores apropriados faz-se uma prensagem direta de 90 a 120 minutos com peso dez vezes superior ao peso de cada

queijo. Em prensa pneumática utilizar 35 a 40 lbs/pol². Para dessoradores de panos, após 20 minutos de prensagem, fazer uma viragem dos queijos e acertar os panos para que não mar-quem demasiadamente os mesmos.

Fermentação: deixar os queijos permanecerem nas prensas até o dia seguinte (sem peso) e fazer o “toillet” (retirar rebarbas e prensar sem des-sorador para eliminar suas marcas). O pH deve estar na faixa de 5,0 a 5,2 (massa). Desminerali-zação controlada.

Salga: Em salmoura (temperatura de 10 a 12ºC com 19 a 21% de sal, pH de 5 a 5,3) por 72 horas (queijo de 6 quilos). Secagem: Após a salmoura os queijos deverão secar por 24 a 48 horas e umidade de 80 a 85%. Após a secagem embalar em emba-lagem a vácuo e mantê-los numa temperatura de 10 a 12ºC. Depois de 25 a 30 dias, destinar para câmara de estocagem final com temperatura máxima de 5ºC. Embalado a vácuo sob refrige-ração, durabilidade de até seis meses.

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28 leitePão de Açúcar - RIo de Janeiro

Cenários do BrasilRio de Janeiro

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Cenários do Brasil RIO DE JANEIROIndústria LEITEIRA gera

empregos no estadoEle funciona como antídoto contra produtos venenosos, é indicado como remédio para a pele, além de ser um forte aliado no fortalecimento dos ossos e contra ou-tras doenças. Entretanto, além de todas essas vocações, o leite também tem sido o grande responsável pela transformação na vida de milhares de famílias fluminenses.

Desde 2007, foram inauguradas 51 empresas e a modernização de 28 coope-rativas e associações. A indústria Leiteira no Estado do Rio de Janeiro recebeu investimentos de R$ 375 milhões e gerou 19.050 empregos diretos e indire-tos. Neste período, a produção de leite saltou de 470 milhões de litros por ano para 610 milhões. “Consegui comprar um carro, que sempre foi meu sonho de consumo”, conta Antônio Honorato, funcionário da fábrica da LBR, em Barra Mansa, e exemplo desse cenário.

Instalada, em 2009, no município, a LBR produz leites Parmalat, Da Matta, Bom Gosto, além de achocolatados. Apenas essa fábrica capta sete milhões de litros de leite por mês de produtores do Estado. São 141 funcionários em seu quadro atual e esse número ainda vai crescer. “Já estamos com mais 38 contratações encaminhadas para o próximo mês. Estamos crescendo e investindo em nossos funcionários”, afirma o gerente industrial da unidade Barra Mansa, Mario Arcaten.

Segundo o diretor de captação e suprimentos da LBR, Roberto Hentzy, uma parceria realizada com a Federação de Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-Rio) irá qualificar cerca de 200 produtores de leite do Estado.

“A parceria vai permitir que os produtores rurais recebam treinamentos sobre qualidade e sejam assistidos por técnicos da Faerj e do Senar-Rio. Isso contri-buirá para o desenvolvimento sustentável e competitivo da cadeia produtiva do leite, aumentando a produtividade e, consequentemente, a lucratividade e a qualidade de vida do produtor rural e de sua família”, explica o diretor.

Proprietário de uma fazenda em Porto Real, Rodrigo Alvarenga tem 45 animais, produz mil litros de leite/dia e toda sua produção vai para a LBR. Alvarenga enaltece projetos do Governo do Estado, como o Rio Genética, que oferece li-nhas de crédito para a compra de animais, embriões e equipamentos: “Investir na genética é uma das coisas mais importantes para quem se preocupa com a qualidade da produção leiteira. O aumento da produção de leite também está associado à qualidade genética do gado”.

A PRODUÇÃO DE LEITE SALTOU DE 470 MILhõES DE LITROS POR ANO PARA 610 MILhõES

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RIO DE JANEIRO

A mineira Laticínios Marília construiu há um ano uma fá-brica em Itaperuna, região noroeste do Estado, que gerou 200 empregos diretos na região. “Fomos atraídos pelos incentivos fiscais que o Governo do Estado do Rio oferece. Investir no Rio foi um grande acerto”, diz o Técnico em La-ticínios, João Carlos Dias Lima.

A chegada de outras empresas, como a Nestlé, em Três Rios, a Bom Gosto/Parmalat, em Barra Mansa, a Laticí-nios Marília, em Itaperuna, e a Brasil Foods, que começou a construir suas instalações em Barra do Piraí, colaborou para que o Rio de Janeiro figure entre os dez maiores pro-dutores de leite do Brasil.

Indústria láctea atrai R$ 555 milhões em investimentos para o RJ

Os incentivos fiscais e programas de fomento a indústria láctea no Estado do Rio de Janeiro consolidam o setor como um dos mais importantes no país. Com a inclusão da Vigor no RioLog, programa de fomento ao comércio atacadista e centrais de distribuição, esse setor terá um forte impulso. A empresa anunciou o investimento de R$ 180 milhões no Estado, sendo R$ 30 milhões para o cen-tro de distribuição e R$ 150 milhões para a nova fábrica. O empreendimento na Região Metropolitana gerará 400

empregos, dos quais 81 diretos. A aquisição do terreno acontece em parceria com a Companhia de Desenvolvi-mento Industrial (Codin), vinculada à Secretaria de Des-envolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de Janeiro.

“O setor de laticínios vem se consolidando como mais um vetor de desenvolvimento no estado, contribuin-do para a geração de emprego e renda na região em que atua e ajudando a promover a diversificação da economia”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno.

Os projetos da Vigor tiveram enquadramento aprovado no programa de incentivo Riolog. O novo centro de dis-tribuição substituirá a unidade que a empresa já tem na Pavuna, Zona Norte do Rio. Com investimento de R$ 30 milhões, o empreendimento também vai gerar 57 veículos emplacados no estado. O centro terá seis mil m2. A área para a fábrica – que terá investimento de R$ 150 milhões – ainda não foi escolhida.

A companhia segue o destino escolhido recentemente pela Quatá, que investirá R$ 50 milhões na planta indus-trial e no revigoramento da tradicional marca Leite Glória, em Itaperuna, no Noroeste fluminense.

A parceria vai PERMITIR que os produtores rurais recebam treinamentossobre qualidade e sejam assistidos por técnicos da FAERJ E DO SENAR-RJ“ ”

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Cenários do Brasil

Produtores de leite trocam experiências sobre empreen-dimentos comunitários

Produtores de leite da microbacia Rio Preto, em Campos dos Goytacazes, conheceram um empreendimento bem sucedido na bacia Papamel, na vizinha Cardoso Moreira. Lá, há cerca de dois anos, um tanque de resfriamento foi ins-talado com incentivos do Rio Rural, projeto da secretaria de Agricultura. As atividades no local e a participação ativa dos moradores do Papamel impulsionam melhorias nas estra-das, nos pastos e na genética do rebanho bovino.

O grupo de Campos se prepara para a instalação de um tanque de resfriamento de leite, semelhante ao instalado em Cardoso Moreira. A produtora campista Leila Barreto, 44 anos, está muito animada com o projeto. “Gostei muito de ver o que essas pessoas estão fazendo, como estão lidando com o tanque na prática. Foi ótimo porque pude-mos fazer perguntas e tirar as dúvidas”, disse Leila.

Veterinário da Emater-Rio, Hugo Louvain presta assistência aos agricultores e avalia como positiva a troca de experiên-cias: “É muito importante constatar que se tornou possível ver pessoas como eles fazendo as coisas que desejam. Aqui, na bacia Papamel, contar com esse tanque possibilitou mel-hora na autoestima de toda a comunidade”.

Atualmente, o equipamento recebe leite do rebanho de 19 produtores do Papamel, num total diário de 800 litros.

“Depois do tanque, conseguimos preços melhores no leite e agora estamos nos organizando para realizar vendas vol-tadas a merenda escolar, que paga melhor do que as coo-perativas e laticínios”, afirmou o presidente da Associação de Produtores Rurais do Papamel, Ocimar Benvindo.

O técnico agrícola da Emater-Rio e executor do Rio Rural, Jarbas Pereira Filho, atualmente trabalha na microbacia Rio Preto, em Campos, mas relembra que, quando atuava na cidade vizinha, ajudou o grupo do Papamel a implantar o tanque de resfriamento de leite.

“Foi bom rever esse grupo e mostrar para os produtores de Rio Preto o que é possível fazer, com organização e tra-balho. As excursões técnicas são uma ótima maneira de ensinar, de mudar opiniões”, finalizou o técnico agrícola.

Emater-Rio capacita produtores com foco na sanidade animal

O manejo adequado do rebanho leiteiro previne doenças e aumenta o retorno econômico da atividade, além de con-ferir mais qualidade ao leite, garantindo a saúde pública e o bem estar dos animais. Para atender à demanda de pequenos pecuaristas e evitar prejuízos com a morte de bezerros, a Emater-Rio de Santo Antônio de Pádua pro-moveu um curso sobre bovinocultura de leite, que tratou de temas que os pecuaristas enfrentam no dia-a-dia.

“O objetivo foi esclarecer questões que os pecuaristas apresentam quando procuram por assistência técnica. A morte de um bezerro é um grande prejuízo para o agricul-tor familiar e, na maioria das vezes, cuidados simples no manejo podem evitar tais perdas”, explicou a coordena-dora do curso, Priscila Corradi, veterinária da Emater-Rio, empresa vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura.

Foram quatro aulas, em janeiro, com palestras que abordaram algumas das principais doenças infecciosas que acometem os bezerros, como brucelose, febre aftosa, manqueira, varíola, fas-cíola, entre outras; além de mastite e das zoonoses – doenças que podem ser transmitidas aos humanos pelos animais.

Além de Priscila, foram palestrantes o agrônomo da Emater-Rio, Aluísio Massote, e o veterinário da Defesa Sanitária, João Márcio. As palestras abordaram também legislação, crédito rural e crédito fundiário, e, sobretudo, os fatores que interferem na qualidade do leite, como ali-mentação do rebanho e higiene.

“Os produtores devem ter consciência de que primar pela qualidade é importante para atender o consumidor final. O leite que eles produzem alimenta crianças, idosos, está na mesa da família brasileira”, disse Priscila.

180 milhõesÉ a quantia que será investida no setor lácteo no estado. R$ 150 milhões para a nova fábrica e 30 milhões para o centro de distribuição

400É quantidade de empregos que serão gerados.

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Para Cleide Mendes, que capta 40 litros de leite no Sítio Boa Sorte, o curso foi proveitoso. “Muita coisa já tinha acontecido comigo e eu não sabia o que era, nem como resolver”, disse a produtora. Com 17 anos, Everton Mendel quer usar o que aprendeu para ajudar os pais a tocar o sítio. “Sinto-me mais preparado para cuidar dos animais”, afirmou.

A indústria de laticínios Nata foi parceira na reali-zação do curso e proporcionou uma visita técnica em suas instalações, para que os produtores pudessem conhecer o processo de beneficiamento do leite. O fechamento do curso ocorreu em fevereiro, com um dia de campo em propriedade rural, com pastoreio rotacionado, apresentado aos participantes como forma de manejo sustentável.

Sumidouro ganha projeto de melhoria da qualidade do leite

Em Sumidouro, na Região Serrana, uma ação conjunta da Pesagro-Rio e da Emater-Rio, empresas vinculadas à Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, vai trans-formar a realidade de famílias produtoras de leite da loca-lidade São Lourenço, na microbacia Rio Paquequer. Trata-se de um projeto de recuperação produtiva e sanitária da pecuária leiteira, que prevê o uso da cana-de-açúcar com ureia como alternativa para alimentação de bovinos no período de seca, prática que também vem sendo incenti-vada, desde 2008, pelo Programa Rio Rural, com sucesso, no norte e noroeste fluminense.

Resultado de um projeto de pesquisa financiado pela Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Ampa-ro à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), a inicia-tiva também está sendo desenvolvida em São Fidé-lis, no norte do Estado. Através da disponibilização de mudas de cana-de-açúcar (cultivar RB 867515, com finalidade forrageira) para agricultores familia-res desses dois municípios, o objetivo é incentivar a adoção de novas técnicas de plantio e de manejo sanitário do rebanho bovino.

6 mil m²área da nova fábrica

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Cenários do Brasil

Para isso, foram instaladas, no segundo semes-tre do ano passado, quatro unidades demons-trativas em Sumidouro, que receberam um tra-balho específico de preparação do solo através de análise, correção de acidez e adubação. Uma delas está na propriedade de José Manoel de Souza Mattos, que até três anos atrás se dedi-cou apenas à lavoura. Ele conta que sempre teve a intenção de melhorar a alimentação do gado, mas não dispunha de recursos. “Estou satisfeito com o trabalho e animado com a possibilidade de aumentar os ganhos”, revelou.

Outro beneficiário é Uemerson de Lima Ramos, 23 anos, que tira em média, no período chu-voso, 60 litros diários de leite, escoados para a cooperativa de Sumidouro. “Acho que a intro-dução da cana vai ser muito boa para o reban-ho. Até então, só usava capim”, disse o criador, que também produz tomate, berinjela e jiló. De acordo com o pesquisador do Centro Estadual de Pesquisa em Sanidade Animal da Pesagro-Rio, Arivaldo Ribeiro Viana, a utilização da cana com ureia é uma opção viável, que contribui para a recuperação dos rebanhos: “A proposta do trabalho é melhorar a alimentação de vacas de leite e, consequentemente, a produtividade desses animais, justamente na época de seca, quando as pastagens são mais fracas”.

Jader Serafim Campanati, médico veterinário da Emater-Rio e técnico executor do Rio Rural na microbacia Rio Paquequer, ressalta que Sumi-douro foi o município que mais teve perdas de pastagens por conta da tragédia climática de 2011. Segundo ele, essa parceria vai oferecer ganhos significativos na qualidade do leite e, também, promover o restabelecimento pleno da

bovinocultura leiteira na microbacia. “A variedade da cana implantada apresenta boa produtivida-de, boa capacidade de rebrota e está adaptada ao clima da região”, garantiu.

Criatividade melhora o planejamento em Duas Barras

Em Duas Barras, na Região Serrana, os técnicos da Emater-Rio, executores do Rio Rural, progra-ma da Secretaria Estadual de Agricultura, estão aplicando um modelo diferenciado no planeja-mento das propriedades rurais, direcionado para sustentabilidade. Os planos individuais de des-envolvimento (PID), que descrevem as práticas sustentáveis a serem adotadas pelos agriculto-res, estão sendo elaborados através do método “Conhecendo a propriedade com o agricultor”, utilizando a criatividade para levantar dados de forma fácil e com baixo custo.

Trata-se de um planejamento conservacionis-ta baseado em metodologia desenvolvida pela Embrapa Solos. A atividade consiste no detal-hamento ambiental das glebas das proprieda-des rurais, onde se verificam, na prática, várias características do solo, levando em consideração fatores como inclinação, permeabilidade, textura, compactação, entre outros.

Para apurar essas informações, são utilizados instrumentos de fácil construção e manuseio. Um deles é o clinômetro caseiro, desenvolvido pelo supervisor regional da Emater-Rio, Alexan-dre Jacintho Teixeira, que indica a declividade ou a inclinação de um terreno em relação ao hori-zonte. Para determinar a permeabilidade do solo, foi montado um kit composto de anel de PVC,

Estou satisfeito com o trabalho e animado com a possibilidade de AUMENTAR OS GANHOS“ ”

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Cenários do Brasil

Fontes: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Governo do Rio de Janeiro

saco plástico, garrafa pet e um cronômetro de celular, permitindo avaliar a capacidade de infil-tração. Já para a medição da textura, é retirada uma amostra que, na sequência, é manuseada até que se conclua qual é a respectiva classe do solo. Por fim, a compactação é avaliada com uso de um vergalhão que testa a resistência.

Na microbacia Quilombo, os extensionistas da Emater-Rio, Salvador Rimes e Rebeca Rodrigues, estão percorrendo todas as propriedades que participaram do sorteio de projetos, para colocar em prática a etapa do Rio Rural, que determina a ordem de atendimento aos agricultores e in-centivo às boas práticas. Um dos visitados foi o produtor Sebastião Paulo Milhorance de Moraes, que capta, em média, 35 litros de leite diaria-mente, escoados para a cooperativa do municí-pio. Após a visita, a conclusão foi da necessidade de implantação de um sistema silvipastoril (in-tegração pecuária-floresta), além de análise de solo e recuperação de mata ciliar.

De acordo com o assessor técnico regional do Rio Rural, Gerson Yunes, o novo método de planeja-mento proporciona uma reflexão, junto ao agricul-tor, da real situação da propriedade, contribuindo para a escolha certa das práticas que serão apoia-das pelo Rio Rural e também pelas linhas de cré-dito agrícola. “Com esse método, vamos discutir com o agricultor qual é a melhor atividade econô-mica para a propriedade dele, levando em consi-deração a situação atual e a proposta”, analisou.

Para Rimes, esse trabalho é importante, pois se adapta à realidade do beneficiário. “É des-sa forma que se torna possível, junto com o agricultor, identificar as potencialidades de sua propriedade. É uma ferramenta eficaz para a tomada de decisão sobre a aplicação dos re-cursos oferecidos”, concluiu.

Com esse método, vamos discutir com o agricultor qual é a melhor atividade econômica para a propriedade dele, levando em consideração a situação atual e a proposta

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Artigo Técnico

Sistemas de tratamento de efluentespara indústrias de laticínios

Sistemas de tratamento de efluentes para indústrias de laticínios

Observamos um crescimento mundial nas exigências e necessidades de reduzirmos a poluição. A qualidade ambiental é um dos principais propul-

sores desse movimento. Devido a isto, as necessidades para soluções de tratamento de águas servidas na indústria de laticínios também estão crescendo. A Aqua I.W. é um completo fornecedor para instalações de tratamento de águas servidas atingindo desde o pré-tratamento até as instalações completas de reuso. Com uma base superior a 70 instalações operando mundialmente na indústria de laticínios, a Aqua I.W. tem larga experiência neste tipo de indústria.

De um modo geral, existem muitas propostas para projetar uma planta ou es-tação de tratamento de efluentes (ETE). Cada firma terá as suas próprias pro-postas e necessidades, que fazem com que a solução requerida seja feita sob medida. As necessidades principais de um tratamento de água são:

• Cumprir os limites de descarga de acordo com as leis locais;

• Reduzir os custos de descarga;

• Redução dos custos operacionais;

• Recuperação de subprodutos úteis na água (servida);

• Indisponibilidade de água fresca (reuso);

• Promover uma operação ambiental (rótulo verde).

TRATAMENTO DE EFLUENTES

POR CARST MULLING*

A.T

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Apesar de serem conhecidas, na indústria de laticínios, uma grande variedade de matérias-primas e produtos finais, exis-tem algumas similaridades nas soluções. A figura 1 mostra um diagrama do fluxo principal.

O primeiro passo em todas as instalações de tratamento de água servidaé a remoção do material sólido por meio de peneiras“ ”

Figura 1. Diagrama de fluxo principal do tratamento de água servida

O primeiro passo em todas as instalações de tratamento de água servida é a remoção do material sólido por meio de peneiras. O material sólido pode causar bloqueio de equi-pamento posterior em equipamento instalado ou na tubu-lação. O tipo de peneira e o tamanho da malha dependem principalmente do tipo do processo de produção e da natu-reza do material sólido, ou seja, presença ou não de gordura.

O Segundo passo nas instalações de tratamento de água servida é a remoção de partículas pequenas não dissolvidas. Para aumentar a eficiência da remoção do pré-tratamento podem ser usados produtos químicos

para aumentar a quantidade de material não dissolvido. O material não dissolvido, com ou sem dosagem quími-ca, será removido por meio de uma unidade de flotação. Nessa unidade o ar é dissolvido sob pressão (usualmen-te 6 bar) em água tratada. Sob a pressão atmosférica o ar é liberado como microbolhas. Como o ar é mais leve que a água, ele aflorará à superfície arrastando a matéria não dissolvida. O ar faz com que o material não dissolvi-do flutue para a superfície onde ele é colhido por meio de raspadores. Eficiências típicas de remoção TSS para um pré-tratamento são não químicos e químicos com 30-60% e 60-90%, respectivamente.

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Artigo Técnico

A escolha para a dosagem ou não de produtos químicos dependerá do custo local dos produtos químicos, da rota de deposição do lodo e das exigências locais, como dispo-nibilidade de espaço etc.

O passo seguinte (vide a figura 1) é remover a poluição orgânica dissolvida e os nutrientes como nitrogênio e fósforo. Para a remoção dessa parte da poluição é neces-sário um tratamento biológico. A parte orgânica pode ser removida por meio de um tratamento biológico aeróbico ou anaeróbico. O tratamento anaeróbico (sem oxigênio) tem como grandes vantagens uma produção mais baixa de lodo, uma produção de biogás rico em energia e a ne-cessidade de um menor espaço. Em geral, um tratamento anaeróbico como uma etapa simples de tratamento não atenderá aos padrões de descarga, o que significa que um pequeno passo (aeróbico) posterior será preciso. Isso leva à necessidade de investimentos mais elevados, como uma etapa de tratamento aeróbico simples. A praticidade econômica de uma etapa de tratamento anaeróbico de-penderá do tamanho da carga de poluição orgânica e dos custos locais da energia e da disposição do lodo.

O tratamento aeróbico oxida a poluição à sua forma ele-mentar, como dióxido de carbono e nitrato. O reator ae-róbico de lodo ASR, mostrado na figura 1, é um tipo espe-cífico de tratamento aeróbico biológico usado para águas servidas altamente carregadas e contendo gorduras. Após o tratamento aeróbico, o lodo terá que ser separado da água tratada. Isso pode ser feito por meio de flotação, sendo o depósito por membrana de filtração. A escolha da separação da água do lodo depende dos limites de des-carga e/ou a finalidade da descarga da água.

Para ter uma boa separação da água tratada e do lodo, boas características de sedimentação de lodo são neces-

sárias de qualquer forma (Índice de Volume de Lodo (IVL) na faixa entre 80 a 150 ml/g). A água servida de laticínios é famosa por ter um alto IVL (>150 ml/g), devido à pre-sença de bactérias filamentosas, com uma remoção do lodo como consequência. Para combater um IVL elevado, a Aqua I.W. usa um seletor em seu projeto. Em um seletor são criadas circunstâncias ideais para prevenir um cresci-mento excessivo de bactérias filamentosas.

No caso em que o cliente queira o reuso da água tratada é aplicado um tratamento terciário depois da separação do lodo da água. O tipo e a quantidade de etapas adicionais dependem da qualidade da água de entrada e da quali-dade necessária da água depois. Uma água de reuso em nenhum caso deverá ser usada em contato direto (poten-cial) com o produto final. A água de reuso pode ser usada para finalidades de limpeza, alimentação do aquecedor e abastecimento da torre de resfriamento. Isso ocorre para minimizar o risco de contaminação do produto final e em função da perspectiva do consumidor, uma vez que nin-guém gosta de saber que o seu produto foi fabricado com o auxílio de água servida reutilizada.

CASO PRÁTICO

Para exemplificar, temos um recente projeto feito pela Aqua I.W. em uma indústria de laticínios na América Cen-tral, em Dos Pinos (Costa Rica). Nesse local são produzi-dos leite UHT, iogurtes, sucos e sorvetes. Para essa insta-lação foi feita uma ETE com uma capacidade hidráulica de 1,500 m3/d. O sistema está equipado com pré-tratamen-to químico, tratamento aeróbico com separação da água do lodo com bioflot® e um sistema de tratamento de lodo. A Aqua I.W. forneceu esta ETE em uma base turn-key. Na figura 2 é dada uma visão geral de toda a fábrica e um detalhe de alguma parte do equipamento.

”A água de reuso pode ser usada para finalidades de limpeza, alimentação do aquecedor e abastecimento da torre de resfriamento

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Figura 2. Fotos gerais de Dos Pinos, Costa Rica

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A figura 3 mostra as concentrações da demanda química de oxigênio (DQO) no efluente bruto, a água ser-vida após o pré-tratamento e a água biologicamente tratada. A DQO é um padrão para poluição orgânica.

Figura 3. Concentrações de DQO na água de entrada, pré-tratamento e biológico e a água tratada

A figura 3 mostra a concentração de DQO no efluente bruto variando após o início entre 7 e 10 g/l. Desde março, foram implementadas medi-das de redução da poluição na planta de produ-ção resultando numa diminuição das concentra-ções de DQO de 7-10 g/l para 4-6 g/l.

Não obstante as concentrações de DQO na água servida bruta, o DQO após o pré-trata-mento (PT) está na ordem de 2 g/l. Esse é o mesmo fluxo que entra no tratamento biológi-co (BT). A remoção média do DQO através des-se período alcança entre 60 e 80%.

No tratamento biológico o DQO restante é oxida-do. A concentração de DQO no biológico é redu-zida de 2g/l para aproximadamente 10mg/l, veja a figura 3. Note as diferenças nas unidades. Uma concentração de 10mg/l é a concentração míni-ma que pode ser determinada em análises. A efi-ciência de remoção para o DQO é acima de 99%.

LIÇÕES APRENDIDAS

Durante a condução de projetos na indústria de la-ticínios, a Aqua I.W. aprendeu muito. Nesse capítulo as principais lições aprendidas estão enumeradas.

Nem todas as águas servidas de laticínios são iguais. A característica do efluente depende fortemente dos tipos de processos executados na fábrica. Mesmo a matéria-prima de produ-ção tem influência. O último, mas não o menos

importante, o produto fabricado, tem um efei-to sobre a água servida.

A legislação local e as circunstâncias influenciam fortemente a solução mais prática e mais econô-mica do tratamento das águas servidas. Exige--se que cada solução seja aplicada sob medida.

Uma precipitação de cálcio pode causar blo-queios nas tubulações e no equipamento. Um famoso exemplo de bloqueios do equipamento são difusores de aeração de pequenas bolhas que são instalados para o fornecimento de oxi-gênio. Uma precipitação de cálcio também pro-voca valores IVL muito baixos no lodo biológico. Esses valores baixos resultam da remoção ínfi-ma na água tratada. As circunstâncias biológi-cas na ETE devem ser projetadas de uma forma apropriada. De outra forma, o risco de um mau funcionamento da ETE será considerável. Altos valores de IVL resultam na remoção do lodo quando da separação do lodo da água.

Apesar das águas servidas em laticínios pode-rem ser altamente poluídas, elas são tratáveis de uma forma muito eficiente. No caso da Dos Pinos a eficiência da remoção do DQO atingida está acima de 99%.

Um reuso de efluentes biologicamente tratados é possível por meio de tratamento adicional. Esta água pode ser usada para finalidades de limpeza, irrigação, torres de resfriamento e muitas outras.

Artigo Técnico

AQUA I.W. é especializada no projeto e fornecimento de sistemas de tratamento de águas servidas. Estes sistemas se aplicam desde os de

pré-tratamento até o reuso de água tratada para finalidades industriais. A especialização da AQUA I.W está principalmente focada na indústria de pro-

cessamento de alimentos.A extensa gama de equipamentos inclui sistemas de tratamento mecânico,

físico e físico-químico e biológico, projetados para cumprir com as últimas exigências ambientais. Um tratamento intenso torna até possível o reuso

da água tratada em processos secundários com objetivos de limpeza e água para torres de resfriamento.

A Poly-clip System Ltda é o representante da Aqua I.W. para o Brasil e Para-guai. A Poly-clip é fabricante de equipamentos para a indústria de proces-

samento de alimentos, com uma linha dedicada ao acondicionamento de produtos lácteos em geral (queijos, cremes, manteigas, doces, sorvetes, entre

outros) utilizando a tecnologia de grampeamento.A posição destacada da Aqua está baseada no conhecimento e na vasta

experiência no campo de aplicação de águas servidas e nos sistemas para processos de tratamento de água nas indústrias de processamento de ali-

mentos e correlatas.A AQUA I.W. oferece total auxílio, do início ao fim: desde a consultoria de

engenharia e a gerência do projeto até finalização dos projetos turnkey. O projeto e a engenharia, bem como a fabricação dos componentes e sistemas

completos são feitos em Lichtenvoorde, Países Baixos.

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* CARST MULLING (GERENTE DE VENDAS DA AQUA INDUSTRIAL WATERTREATMENT B.V.)

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pontosfundamentaispara o latícinio

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pontosfundamentais

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Capa

embalagens, aditivose ingredientes

PRINCIPAIS EMBALAGENS

Na penúltima edição da série de reportagens sobre os pontos fundamentais para um laticínio, trazemos a pauta sobre embalagens, aditivos e ingredientes. Ele-mentos esses de incomensurável importância na produção do lácteo, no processo de logística e no momento de venda, quando o produto está na gôndola. Além do valor para resguardar e aumentar a vida de prateleira do lácteo, as embalagens, aditivos e ingredientes são cada vez mais imprescindíveis para a sedução do con-sumidor. A cor ou o aroma do produto e o formato belo, anatômico e multifun-cional da embalagem são utilizados para conquistar o consumidor. Dessa forma, para auxiliar o laticinista sobre essa temática, a equipe da Mais Leite conversou com diversas empresas, que apresentaram algumas ideias e seus produtos e lan-çamentos.

Eduardo Eisler – Vice-presidente de Estratégia de Negócios da Tetra Pak Brasil

“A Tetra Pak possui 11 “famílias” de embalagens cujos volumes podem variar de 80 ml a 2 litros. A combinação dos diferentes formatos e volumes aliada às dife-rentes formas de aberturas, tampas e canudos representa um enorme portfólio de embalagens disponível para a indústria de alimentos. Se considerarmos ain-da os equipamentos de processo, envase e distribuição, a indústria de alimentos dispõe de mais de 30.000 configurações possíveis para atender sua demanda. Além das embalagens para produtos refrigerados. A embalagem longa vida da Tetra Pak é formada por seis camadas de materiais, quatro de polietileno, uma de papel e uma de alumínio. Com esta combinação as embalagens, disponíveis em diversos formatos e volumes que vão de 25 ml a 2 litros, criam uma barreira protetora que impede a entrada de luz, água, ar e micro-organismos, preservando o sabor e o aroma dos alimentos por três meses a um ano. Com a embalagem cartonada asséptica da Tetra Pak, os produtos ganham longa vida e podem ser transportados sem refrigeração aos locais mais remotos, com total segurança. A Tetra Evero® Aseptic é o mais recente lançamento da Tetra Pak. Com a opção de abertura de uma só vez (One Step Opening – OSO), a embalagem oferece duas vezes mais segurança, por conta do anel antiviolação, localizado na parte externa, e de uma membrana na parte interna do gargalo, que é removida no momento da torção da tampa. Além dessas características de segurança, a Tetra Evero Aseptic OSO permite que a indústria ofereça aos consumidores uma embalagem carto-nada fácil de abrir, manusear e servir. No caso da funcionalidade, a Tetra Evero

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PRINCIPAIS EMBALAGENS

Aseptic traz conveniência e maior confiabilidade para os consumidores com a primeira abertura do mundo rea-lizada com apenas um movimento e que possui um re-curso de segurança em duas etapas. O formato cilíndrico ergonômico e as laterais planas resultam na facilidade de manuseio para mãos grandes e pequenas. De acordo com pesquisas independentes realizadas em vários mercados europeus, o formato da nova embalagem também pro-porciona o ângulo ideal para servir melhor o leite, quando comparada a outras embalagens. A Tetra Evero Aseptic permite a impressão em toda a superfície da embalagem, proporcionando maior impacto para a marca.”

Luciana Galvão – Gerente de Marketing da SIG Combibloc para a América do Sul

“A SIG Combibloc é uma das principais fornecedoras mun-diais de embalagens cartonadas assépticas, bem como de máquinas de envase para alimentos e bebidas. Oferece-mos um amplo portfólio de embalagens que podem variar em formatos, volumes e sistemas de abertura (tampas e pré-picotes). Trabalhamos exclusivamente com em-balagens cartonadas assépticas. De acordo com o posi-cionamento do produto oferecemos a embalagem mais adequada. Por exemplo, para um leite UHT que deseja oferecer ao consumidor o melhor custo-benefício, a em-balagem ideal é o formato mais convencional do mercado, o formato combiblocStandard, que ainda pode ser utiliza-do com o sistema de abertura com picotes, abre-fácil com as mãos, dispensando o uso de tesoura. Por outro lado, possuímos também o formato combifitMidi com tampa de rosca, que, além de trazer mais conveniência para o consumidor, permite posicionar o produto como premium, graças ao seu formato diferenciado e inovador. As emba-lagens cartonadas da SIG Combibloc asseguram a quali-dade dos alimentos e bebidas, preservando o sabor e os nutrientes dos produtos, além de garantirem aumento de vida de prateleira. Ou seja, com a combibloc e combifit, os produtos são sempre envasados convenientemente. As embalagens são leves, inquebráveis, fáceis de armazenar e podem ser transportadas com segurança. Os práticos sistemas de abertura tornam as cartonadas convenientes e de fácil manuseio - a oferta perfeita para a demanda dos consumidores. Além disso, possuem baixo impacto am-

biental e são totalmente recicláveis. Elas colaboram para a preservação do meio ambiente, pois sua composição pos-sui 75% de papel cartão, uma matéria-prima proveniente de fonte renovável. Como parte da sua estratégia, a SIG compra apenas de fornecedores certificados pelo Forest Stewardship Council® (FSC® - Conselho de Manejo Flo-restal), que garante a rastreabilidade e origem da madei-ra utilizada na fabricação do papel. Além disso, todas as nossas fábricas também são certificadas. Por isso, pode-mos oferecer aos nossos clientes, em todo o mundo, em-balagens com o selo FSC. Outra vantagem é a assepsia do processo e a alta produtividade das linhas de envase. Hoje, alguns equipamentos da SIG chegam a envasar 24 mil embalagens/hora para formatos pequenos. Além dis-so, são fornecidas pelo sistema de sleeves. Isso significa que a embalagem chega à fábrica do cliente pré-formada, ou seja, a SIG é responsável pela solda longitudinal, vincos e impressão. Esse processo garante redução de perdas durante o processo de envase, além de alta produtivida-de. A embalagem cartonada da SIG tem também excelen-te impacto visual no ponto de venda. Elas são impressas pelo processo de rotogravura, o que garante uma maior riqueza de detalhes, cores nítidas e vibrantes. A SIG é uma empresa inovadora que traz novidades ao mercado com frequência, sempre procurando atender e antever as ne-cessidades dos clientes e, assim, apresentar as melhores soluções. Um dos focos para este ano é a tecnologia drink-splus, que possibilita o envase de pedaços verdadeiros de frutas, vegetais e cereais em grãos em bebidas acondicio-nadas em embalagens cartonadas assépticas. Ela abre um extenso leque de oportunidades para lançar produtos com diversos posicionamentos. O drinksplus possibilita o envase de produtos com até 10% de partículas, utilizando um sistema padrão da SIG para produtos lácteos e bebi-das não carbonatadas, e os pedaços podem ter até 6 mi-límetros de comprimento e diâmetro. Outra vantagem é o canudo compatível com o tamanho das partículas, que permite o consumo da bebida de forma bastante con-veniente e até em movimento. Ainda em 2013, teremos outro lançamento no Brasil. Trata-se de uma inovação no formato da embalagem, que é diferenciado e conta com uma nova solução de abertura. Ela será uma verdadeira revolução, pois associa benefícios ecológicos e funcionais, com uma tampa ainda mais fácil de servir.”

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Marcus Vinícius Rio Corrêa – Marketing & Pricing da Dixie Toga

“Destaco o Alupet, estrutura desenvolvida para selos de fechamento de bandejas de iogurte de alta produtividade, nas linhas de Form Fill and Seal. Esse produto possui alta resistência mecânica, ótimas características de selagem e excelente produtividade dentro do laticínio. É um produto de grande importância no portfólio da Dixie Toga, volta-do ao mercado de iogurtes, que propicia ao cliente e ao usuário final da embalagem maior segurança e um pro-duto de ótima qualidade. Atualmente, em nosso portfó-lio desenvolvemos embalagens rígidas e flexíveis, sendo que para o mercado de rígidos fornecemos para iogurte, requeijão, queijos frescos e doces derivados de leite. Em flexíveis atuamos fortemente em selos para fechamento de embalagens de iogurte em bandejas, garrafas e potes. Também atuamos na produção das famosas Bandeirolas das embalagens de bandejas das mais diversas marcas de iogurtes do mercado. Ainda em flexíveis, atuamos com diversos produtos para queijos em peças e fatiados, em-balagens flexíveis (Tampa e Fundo) para queijos fatiados e encolhíveis para os queijos em peças.”

Thiago Jose de Oliveira – Coordenador de Vendas da Embali

“Hoje, a Embali tem como principal embalagem para lác-teos a linha Blizzy que representa mais de 50% das ven-das para este setor. A Blizzy é uma linha standard de muito sucesso. Seu rótulo termoencolhivel é uma van-tagem à produção nas questões da economia e marke-ting. Sua personalização é simples, podendo ser alterado de acordo com a campanha do cliente. A Embali ofere-ce ao mercado a melhor solução em embalagens rígidas de 140 ml a 1000 ml produzidas em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) ou embalagens flexíveis de 120 ml a140 ml produzidas em PEBD (Polietileno de Baixa Densidade) para envase de iogurtes e leite fermentado.” ”

Destaco o Alupet, estrutura desenvolvida para selos de fechamento de bandejas de iogurte de alta produtividade, nas linhas de Form Fill and Seal. Esse produto possui alta resistência mecânica, ótimas características de selagem e excelente produtividade dentro do laticínio

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Murilo Paula – Área de Marketing da Emplal COF

“Temos embalagens para iogurtes, coalhadas, manteigas, requeijões, queijos de diversos tipos, como o Cottage, Minas frescal, entre outros. Te-mos potes e selos de alumínio previamente im-pressos e sem impressão, como o para iogurte CPN 130 TR, CPN 150 TR, CPW 170, DSC 2650 e IMG CPW 170. Todos esses são importantes, mas podemos sugerir as embalagens para manteiga, pois este setor está em franco crescimento e o brasileiro parece tomar cada vez mais gosto por ela. Dessa forma, temos o produto adequado nos formatos e tamanhos que possam atender tan-to as necessidades técnicas dos laticínios quan-to as dos consumidores, provendo pessoas que morem sozinhas, famílias pequenas ou maiores. Para manteiga indicamos o EPS 200 BR, EPD 200 BR E EPS 500BR. Como lançamento oferecemos os potes para pequenas porções de 100 a 120 ml, conforme a densidade, que podem ser usados em iogurtes, coalhadas ou similares.”

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conseguimos trabalhar com até 20% menos plástico do que embalagens plásticas convencionais e temos um custo altamente competitivo para os laticínios

Miguel Villar – Guarani-Plast

“A Guarani-Plast oferece ao mercado laticinista embalagens PET próprias para o envase de leite pasteurizado, iogurtes e bebidas lácteas em geral. As garrafas PET têm várias van-tagens com relação a outros tipos de plásticos, como a alta resistência a impacto, melhor barreira, diminuindo a troca de gases entre o ambiente externo e o interior do frasco, brilho e tons de cores mais atraentes, causando um maior impacto na prateleira e atraindo o consumidor que cada vez mais busca por produtos novos e que agridam menos o meio ambiente. Por se tratar de uma embalagem mais resistente, conseguimos trabalhar com até 20% menos plástico do que embalagens plásticas convencionais e te-mos um custo altamente competitivo para os laticínios. No momento, a garrafa PET para produtos lácteos é a grande novidade do mercado de embalagens. Hoje, essa novidade está restrita aos líderes nacionais, e a Guarani-Plast levará essa novidade a toda cadeia ao oferecer os frascos prontos, já com a tampa e até rotulado em alguns casos. Faremos com que isso deixe de ser uma exclusividade de poucos e passe a ser uma excelente opção para os pequenos, mé-dios e grandes laticínios que ainda não aderiram à novida-de. Lançamos as embalagens de 500 ml e 1 litro da linha tradicional, mas podem aguardar que em breve traremos ao mercado a linha de embalagens sleeve para aplicação de rótulo termoencolhível.”

Cleiton Marcos Pontim – Diretor Comercial da Kromos

“Na Kromos trabalhamos com rótulos sleeve e rótulos adesivos. Nosso principal produto destinado ao mercado lácteo é o rótulo sleeve. Esse sistema de rotulagem se adaptou perfeitamente ao mercado lácteo, tendo uma participação majoritária nos iogurtes e bebidas lácteas, com uma tendência de aumento de participação nas embalagens de leite longa vida com garrafas PET. O ró-tulo sleeve é muito versátil na aplicação, pois aumenta a área de comunicação com o consumidor e se adapta perfeitamente a qualquer shape de frasco, dando liber-dade de criação para os gerentes de produtos e marke-ting com relação à inovação de produtos. Como lança-mentos temos os rótulos sleeve com aplicação de verniz fosco, o que possibilita trabalhar a criação dos rótulos usando o contraste do brilho e fosco. Também iniciamos a produção de rótulos sleeve em filme PET branco com proteção UV para garrafas de leite longa vida.”

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Para o setor de lácteos temos contentores vazados, estrados plásticos, pallets plásticos e a caixa para leite de saquinho com 10 unidades

Marcos A. A. Santos – Joagro

“Para o setor de lácteos temos contentores vaza-dos, estrados plásticos, pallets plásticos e a caixa para leite de saquinho com 10 unidades. Essa é a caixa principal para laticínios que trabalham com saquinho. Oferecemos as linhas recicláveis e virgem. As dimensões são de comprimento ex-terno, 575,00 mm; largura externa, 253,00 mm; e altura total, 170,00 mm. Estamos apresentando ao mercado um novo produto tipo cestinha, con-tendo alça removível, que poderá ser comercia-lizada para embalagens pequenas, tipo iogurtes e queijos. As características são: comprimento externo de 500,00 mm, largura externa de 300,00 mm e altura total de 150,00 mm.”

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+ embalagens

Vinicius Luiz Kremer – Executivo de Vendas da Parnaplast

“A Parnaplast trabalha com uma grande gama de embalagens especiais voltadas ao mercado de lácteos. Nosso foco está em produtos que ne-cessitem alguma propriedade diferenciada, como barreira a gases, luz, umidade, entre outras. Atualmente, possuímos atuação representativa nos seguintes produtos: embalagens flexíveis multicamadas de altíssima barreira para produ-tos UHT; filmes especiais de média e alta barrei-ra para envase de líquidos e pastosos em altas temperaturas, como exemplo o requeijão, cream cheese e leite condensado; filmes termofor-máveis flexíveis ou semirígidos para queijos fa-tiados e peças, embalados a vácuo ou em atmos-fera modificada; sacos de Nylon Poli para peças de queijos de diversos tamanhos; e filmes para queijo ralado embalados em flow pack. Hoje é difícil elegermos uma embalagem principal, pois todas as linhas que atuamos estão em franca expansão. Mas pensando em uma, podemos ci-tar os filmes para produtos UHT, devido à grande demanda. Esta tecnologia está conquistando o mercado brasileiro. O processo consiste em uma linha de UHT normal alterando somente a má-quina de envase, pois o equipamento para filme flexível é diferente do cartonado. A Parnaplast se associou à Enosol, fabricante de envasadoras as-sépticas, para garantir ao cliente a solução com-pleta. O sistema é muito eficiente e flexível, pois

as envasadoras padrão produzem 6.000 litros por hora, com opção de volumes de 250 ml até 2.500 ml. A vantagem mais atrativa do processo está no baixo custo da embalagem, até 1/3 do valor do cartonado, associado a sustentabilidade, baixo volume físico, além de ser 100% reciclável. A tecnologia da embalagem é muito avançada e permite um shelf life de até 180 dias. Já possuí-mos clientes que atuam no varejo e no mercado food service, e todos estão bastante satisfeitos com o conceito e planejando ampliações.”

Cesar Saber – Saberpack

“Oferecemos bandejas para queijos fatiados fe-chados sob atmosfera modificada. Muito utiliza-da na Europa e nos Estados Unidos, esse tipo de embalagem vem ganhando espaço nas gôndolas brasileiras, pois proporciona o aumento de shelf-life dos produtos em duas a até três vezes, além de fazer com que as fatiadas se soltem umas das outras com maior facilidade. Destaco três linhas que a Saberpack oferece ao mercado brasileiro: bandejas seladas a vácuo e atmosfera modificada para queijos fatiados, através dos equipamentos ILPRA; embalagens do tipo stand up pouches com bicos dosadores para, por exemplo, leite conden-sado e creme de leite, através do sistema Pakona de equipamentos do tipo FFS (Form Fill and Seal); e embalagens termoencolhíveis de nossa repre-sentada Deltaplam, com tecnologia inédita na América, que não utiliza PVDC e irradiação.”

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principais aditivos e ingredientes

Lúcio Alberto Forti Antunes – Gerente Divisão Laticínios da Chr. Hansen

“A Chr. Hansen oferece aos produtores lácteos uma ampla gama de culturas láticas e culturas probióticas para diferentes tipos de queijos e io-gurtes, enzimas coagulantes que proporcionam maior rendimento na produção de queijos, além de outras enzimas, como lipase e lisozima, bio-conservantes e corantes naturais. No caso dos produtos fermentados, as culturas lácteas são indispensáveis na produção de diversos queijos e iogurtes. São elas as responsáveis pelo processo de fermentação e também por ressaltarem algu-mas características dos produtos, como, sabor, textura, cremosidade, dentre muitas outras. Em alguns casos, as culturas também podem agre-gar benefícios probióticos, proporcionando um diferencial ao produto final. Se olharmos para as enzimas, pode-se dividi-las entre enzimas coagu-lantes, fundamentais na produção da maior parte dos queijos, e um grupo com diversas outras, nas quais podemos citar as lipases, responsáveis pela intensificação de sabor, as lisozimas, utilizadas como bioconservantes etc. Protagonistas de uma longa história, as enzimas evoluíram bastante e, hoje, a Chr. Hansen, que tem origem no setor lácteo, se orgulha em dizer que oferece aos pro-dutores de queijos, o CHY-MAX® M, o mais revolu-cionário coagulante do mercado, bem como várias outras enzimas de aplicação em laticínios.”

Sergio Luiz Mansim – Departamento Comercial e Técnico Bela Vista

“Um dos principais produtos que a empresa produz e comercializa é o Coalho Bovino, nas formas líqui-da e em pó, com diversas concentrações. É produ-zido através de um moderno processo de extração a frio, com matéria-prima adquirida dos grandes frigoríficos nacionais, inspecionados pelo SIF e com certificação para garantir sua excelência de quali-

dade. Por ser um produto natural, e segundo es-tudos recentemente divulgados, é muito menos proteolítico do que os coagulantes fermentados, sejam eles de origem fúngica ou modificados ge-neticamente. Portanto, é altamente indicado para todos os tipos de queijos, destacando-se ainda mais quando aplicado nos que requerem maior tempo de maturação, onde proporciona excelen-te flavour, maior shelf life e melhor palatabilidade. Destacam-se também em nossa comercialização os Fermentos Lácteos, pois, diferentemente de outros fornecedores, foram desenvolvidos conjun-tamente com nosso parceiro na Itália visando sua perfeita adequação para as nuances do mercado brasileiro. Esse resultado foi alcançado depois de serem exaustivamente testados e aprovados nos mais diversos tipos de queijos e laticínios. Como exemplos, citamos nosso fermento DEX 06, utili-zado para fabricação de queijo Prato/Padrão e va-riedades, onde em curto espaço de tempo propor-ciona excelente aroma, proteólise adequada, muito boa fatiabilidade, textura fechada etc. Dispomos também de uma linha de fermentos para queijos ‘itálicos’, tais como Mussarela, para filagem no dia, fermento BV ND, com um tempo total de proces-so na casa de quatro a cinco horas e também para filagem no dia seguinte, fermento PRX, além de fermentos para queijos com olhaduras, frescais, io-gurtes, bebidas lácteas etc. Complementando nos-sa linha, produzimos uma série de espessantes e estabilizantes para iogurte, bebidas lácteas, requei-jão, nata, além de fornecermos diversos aromas, corante clorofila, carmim de cochonilha, solução de cloreto de cálcio etc. Também oferecemos soluções tailor made em toda nossa linha, de acordo com a necessidade do cliente, por isso, com base na nossa longa convivência no mercado, pela grande aceita-ção dos nossos aditivos e ingredientes, suporte de uma central de atendimento ao cliente e uma equi-pe técnica altamente qualificada, acreditamos que estamos aptos a atender a todo o tipo de empresa, desde pequenas até as maiores do país.”

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aditivos e ingredientes

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Otávio Blanco – Supervisor de Lácteos da Doce Aroma

“A Doce Aroma comercializa linha completa de aditivos para o segmento Lácteo com conser-vantes, espessantes, edulcorantes, corantes naturais, amidos modificados, coagulante mi-crobiano, cloreto de cálcio, nisina, natamicina, goma guar, pectinas, fosfatos, citrato de sódio e muito mais. Entre os destaques que oferece-mos ao mercado lácteo temos o MegaMelt, um sal fundente desenvolvido pela Doce Aroma, que oferece maior rendimento e excelente re-sultado com aplicação reduzida. Outro é o Do-ceMix, substituto do açúcar, que é um produto desenvolvido pela Doce Aroma com o objetivo de substituir total ou parcialmente o açúcar com imperceptível sabor residual. Por fim, ofe-recemos o UltraMilk, estabilizante para bebida UHT à base de polifosfatos, que proporciona melhor performance e estabilidade.”

Jorge Honorio de Godoy Filho – Fego

“A Fego oferece ao mercado sais fundentes, cor-retores de pH, cloreto de cálcio em diversas con-centrações, fermentos lácteos, coalho, coagulante, aroma, polpas aromatizadas com e sem pedaços de frutas, corante de urucum, estabilizantes para bebidas lácteas, achocolatados e iogurtes, estabi-lizantes para leite UHT, conservantes, especiarias para produtos temperados, e mixes personaliza-dos, criados em função da necessidade de cada parceiro. O importante a saber no caso da oferta de ingredientes, é que todos são formulados para facilitar os processos, corrigir características inde-sejáveis e padronizar a qualidade dos produtos. Por exemplo, para a fabricação de um leite ou sobre-mesa láctea com ausência ou pouco teor de lacto-se, pode-se usar uma enzima chamada lactase. De outra forma, sem o emprego desta enzima, seria muito difícil para o laticínio eliminar ou reduzir o teor de lactose com um custo interessante.”

Marina Gallo Boldrini – Gerente de Marketing Regional Food e C&I da CP Kelco

“A CP Kelco possui um amplo e diferenciado portfólio de hidrocolóides, de origem natural, recomendado para aplicações lácteas diversas. Dentre esses pro-dutos podemos citar: pectinas das marcas Genu® e Slendid®, as carragenas da família Genulacta®, ge-lanas da linha Kelcogel®, os CMC da família Cekol® e a proteína de soro de leite microparticulada, conhe-cida pela marca Simplesse™. Os produtos CP Kelco recomendados para o mercado lácteo são posicio-nados de maneira a oferecer o que há de melhor em propriedades de suspensão, tais como agentes fortificantes, cacau e polpa, estabilização proteica, corpo e sensorial, mesmo em sistemas com baixo conteúdo proteico ou de açúcar ou edulcorantes, alternativas à gelatina, substituição de gorduras e guar, controle de cristais, variedade em texturas e perfis sensoriais, cremosidade e espalhabilidade. Estamos comprometidos em oferecer ao mercado alta qualidade, otimização de processos e custos e alternativas técnicas de formulação, e aplicação que agreguem valor ao produto final.”

Vitor Valfré – Engenheiro Químico da Grasse

“Os aromas da Grasse possuem ótimo desempe-nho em bases lácteas, podendo ser usados dire-tamente no produto ou através de preparados de frutas, quando eles forem utilizados na formulação do produto, apresentando excelente desempenho sensorial. Aromas naturais, idênticos ao genuíno, e artificiais auxiliam na criação de uma identidade para o produto, o que faz com que o consumidor final estabeleça um vínculo com a marca. Aromati-zantes são as substâncias ou as misturas de subs-tâncias com propriedades odoríferas e/ou sápidas, capazes de conferir ou intensificar o aroma e/ou sabor dos alimentos. Os aromatizantes são utiliza-dos com uma ou mais das seguintes funções: ca-racterização do aroma ou sabor; melhoramento do aroma ou sabor; padronização do aroma ou sabor; reconstituição do aroma ou sabor; e mascaramen-to de aromas ou sabores indesejáveis.”

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A Fermentech conta também com culturas protetoras para aplicação em fermentados e queijos, produtos indicados para diminuir ou eliminar o uso de conservantes, seguindo a tendência de produtos ‘clean lable’, sem adição de conservantes

José Roberto Alves Garcia – Gerente Técnico Co-mercial da Fermentech

“Trabalhamos com a linha completa de ingre-dientes para o segmento de lácteos. Temos fer-mentos lácteos para bebidas lácteas, iogurtes, leite fermentados, queijos, culturas probióticas e culturas protetoras. Os estabilizantes e espes-santes são indicados para todo o segmento, na forma de blends ou singles. As aplicações são em iogurtes e bebidas, creme de leite, bebidas achocolatadas, outras bebidas UHT e pasteuri-zadas, sobremesas lácteas, queijos processados e bebidas de soja. Oferecemos a fibra solúvel Polidextrose, aromas e condimentos, os coran-tes de carmim, clorofila, urucum, caramelo, coa-gulante microbiano, lipase microbiana, lisozima, sorbato de potássio, nisina, natamicina, cloreto de cálcio, sal fundente TSPP. Temos a linha com-

pleta de culturas na linha de fermentados, pro-dutos com características específicas como vis-cosidade, textura, pós-acidificação e sabor. Toda linha conta com sistema de rotação fágica. A linha completa para o segmento de queijo, mas-sa filada, queijos com olhaduras, queijos mofa-dos também tem rotação fágica. A Fermentech conta também com culturas protetoras para aplicação em fermentados e queijos, produtos indicados para diminuir ou eliminar o uso de conservantes, seguindo a tendência de produ-tos ‘clean lable’, sem adição de conservantes. A linha de culturas probióticas, produtos com estudos atendendo Legislação da Anvisa, são: o Coagulante Microbioano F 750 Plus, enzima Pro-tease obtida pelo processo de fermentação pelo microorganismo Mucor Miehei; os estabilizantes e espessantes para produtos fermentados e be-bidas UHT e creme de leite UHT.”

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Jordani Rodrigues – Gerente Industrial de Ami-dos Modificados da Horizonte Amidos

“A Horizonte Amidos é uma empresa focada 100% no desenvolvimento e na produção de amidos modificados. Isso faz com que todos os esforços da companhia sejam aplicados nesses aditivos. Nossa experiência na aplicação de amidos modi-ficados para a área láctea nos torna especialistas em ajustar o processo e a receita do cliente ou até mesmo desenvolver amidos específicos para algumas aplicações especiais. Nossos produtos são aplicados em sobremesas, iogurtes e bebi-das lácteas, requeijões e queijos processados. Como novidade a Horizonte Amidos está com sua planta de amidos pré-gelatinizados conclu-ída. A empresa está apenas aguardando libe-ração do departamento de P&D para o início da comercialização. Trata-se da maior máquina de pré-gelatinização em solo nacional para a produ-ção de amidos modificados alimentícios.”

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Henrique Neves – Diretor de Operações da Gemacom

“Todo o portfólio da Gemacom Tech é direcionado para o leite e seus derivados. Nossa linha de produtos é composta por aro-mas, corantes naturais, preparados de frutas, geleias, cober-turas e recheios, condimentos, misturas em pó aromatizadas, estabilizantes e espessantes. Dentro do portfólio da Gemacom Tech podemos destacar a linha de misturas em pó aromati-zadas que são, basicamente, um grande facilitador para a in-dústria de leite ou bebida láctea com sabor. Com o uso desse ingrediente para a produção de um leite ou bebida láctea acho-colatada, ao invés de adquirir todos os itens da formulação, em média de oito a dez itens, o cliente pode se concentrar em ape-nas três: o leite, ou leite e soro, o açúcar e o prémix, ingrediente da Gemacom Tech que já traz em sua formulação o cacau, aro-ma e os estabilizantes. Essa solução gera grande economia não apenas pela simplificação do processo, com reduções de esto-que, mão-de-obra e equipamentos, mas também pelo agrega-do tecnológico ao eliminar a necessidade de pré-tratamento da base com cacau. A Gemacom Tech busca sempre soluções tecnológicas para seus clientes. Em 2013, o destaque será para a linha de amidos modificados para produtos submetidos ao tratamento térmico UHT. Essa linha de produtos foi desenhada para garantir melhor relação entre custo e benefício em pro-dutos formulados UHT, como por exemplo, leite e bebidas lác-teas com sabor. Soluções alinhadas à sustentabilidade, green technology, também estão sempre no pipeline da Gemacom Tech, que oferece tecnologias para a produção de petit suisse e requeijão sem a geração de soro.”

Adriana Schulka – Gramkow

“Os cereais andinos quinoa e amaranto podem ser largamen-te utilizados em produtos funcionais como iogurtes, bebidas lácteas e sobremesas, nas apresentações de grãos, flocos ou farinhas. Eles são certificados como orgânicos segundo le-gislação brasileira, o que confere características importantes para as indústrias que pretendem se alinhar a tendência de alimentos saudáveis e funcionais e contribuir para a susten-tabilidade do planeta. Já os purês de fruta podem ser utiliza-dos em iogurtes orgânicos e iogurtes premium. A principal vantagem em utilizar purês de fruta ao invés de preparados de fruta é justamente a ausência de aditivos, como corantes, espessantes e conservantes. Sendo assim, o produto passa a ter um apelo mais natural e saudável. Nossos fornecedo-res são empresas líderes em seus segmentos e demons-tram clara preocupação com a qualidade e rastreabilidade das matérias-primas. Possuem certificações como HACCP, ISO, Kosher e Gluten-Free, além da certificação de orgânico na origem. A Gramkow é certificada pelo IBD, Instituto Bio-dinâmico para os produtos orgânicos. A Gramkow trabalha com dois segmentos de ingredientes para a indústria de ali-mentos: cereais em grão, como quinoa e amaranto, flocos e farinha, seja orgânicos ou convencionais; e sucos concentra-dos e purês de fruta, orgânicos ou convencionais. Um dos principais objetivos da Gramkow é fomentar a indústria de produtos saudáveis e categorias premium, que atualmente têm dificuldade em conseguir matérias-primas de qualidade e principalmente com garantia de fornecimento o ano todo.”

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Maria Amélia Rodrigues – Gerente de Vendas da Área de Alimentos e Bebidas da Naturex

“Atualmente, nossos negócios com a indústria de laticínios é composta principalmente de pectinas, frutas em pó e cores naturais. Para as pectinas oferecemos um portfólio de refe-rências específicas dedicadas à melhoria de textura em io-gurtes líquidos, iogurtes cremosos, iogurtes com camadas de frutas e bebidas lácteas. Cada tipo de pectina é concebida para uma funcionalidade específica no produto final. Como exem-plo, temos a reação tardia da pectina usada para texturizar a preparação da fruta e também para proporcionar um efeito de espessamento posterior após a mistura do preparado de fruta com a massa branca; a ação de texturização durante a fase de fermentação, de modo a reforçar o paladar, contro-lar a sinérese e induzir uma superfície brilhante de iogurtes; o melhoramento da viscosidade de iogurtes líquidos; e a estabi-lidade das proteínas do leite em bebidas lácteas acidificadas. Pectinas específicas podem vincular-se a caseína e assim impedi-las de coagulação e sedimentação. No que diz respeito às cores naturais oferecemos um número de referências que podem proporcionar uma cor estável e típica para os produtos lácteos, se falar de pigmentos solúveis em água ou emulsões de pigmentos solúveis em óleo. O uso de cores naturais está crescendo em todos os lugares, como as pessoas tendem a se preocupar cada vez mais com naturalidade. O uso de in-gredientes naturais tem uma forte influência sobre a escolha do produto, cerca de 60% dos consumidores afirmam que um produto com ‘ingredientes naturais’ possui uma influência muito grande sobre suas decisões de compra. Em produtos como queijo fresco ou à base de queijo em pasta, vegetais em pó, como o tomate e abóbora, são tipicamente utilizados, par-ticularmente, em cheese dips ou fatias de queijo. Queijo fresco e queijo processado frequentemente possuem cores naturais, como urucum, páprica e betacaroteno. Iogurtes também po-dem ser enriquecidos por verduras, como a cenoura, ou frutas, como as frutas vermelhas, berries, frutas exóticas e superfru-tas. Em iogurtes ou similares, como produtos fermentados, muitas cores naturais são também utilizados indiretamente, já que elas são adicionadas às preparações de frutas que são finalmente misturadas à massa branca fermentada. É por isso que cores naturais, como carmim, cúrcuma, beterraba e páprica estão muito presentes nesse tipo de produto em qualquer lugar do mundo. Observamos mais de 400 novos produtos contendo cores naturais, em 2012, dentro da Eu-ropa, e quase 200 desses novos produtos na América Latina. Mesmo margarinas contendo ingredientes lácteos, as cores naturais fazem parte da formulação de muitos produtos no-

vos na Europa e América Latina. Especialmente na América do Norte e Europa, as pectinas estão muito presentes em tais produtos, mais de 500 lançamentos na Europa, em 2012, e um pouco menos na América do Norte. A pectina é de fato o texturizante mais comum em iogurtes cremosos e produ-tos à base de queijo fresco. Iogurtes líquidos e bebidas lácteas acidificadas são também acrescidos com pectinas. Na Europa, os produtores também utilizam a pectina como estabilizante e espessante em margarinas e manteigas light. Apesar de, até o momento, extratos botânicos não serem amplamente utilizados em produtos lácteos, a nossa gama NATHealthy, composta principalmente de extratos de plantas solúveis em água, é adequada para as bebidas de leite fermentado e iogur-tes. Esses ingredientes podem ser adicionados tanto na pre-paração da fruta ou diretamente na base de produtos lácteos. Observamos vários lançamentos de produtos no ano passa-do, principalmente leites aromatizados e iogurtes líquidos, que contêm camomila, uva ou extratos de cranberry. Esse tipo de extrato tem benefícios como atividade antioxidante ou alívio do stress e boa sinergia com frutas e as culturas lácteas.”

Raquel Araújo – Analista de Marketing da Prozyn

“A Prozyn oferece ao mercado a lactase, coagulantes micro-bianos, nisina, natamicina, lisozima, vitaminas e sais mine-rais. A enzima lactase é utilizada, principalmente, para a fa-bricação de produtos com baixo teor de lactose e para evitar a cristalização de lactose em doce de leite. A lactase deve ser adicionada ao leite e deixar agir até atingir o percentu-al de hidrólise desejado. Uma forma bem eficiente de medir o percentual de hidrólise é através da crioscopia. Também estamos trabalhando no lançamento de uma nova linha de coagulantes microbianos e investindo na lactase estéril.”

Rosemeire Shiraishi – Coordenadora de Farma, Nutrição Humana e Animal da quantiQ

“Temos o Simplesse, a pectina da linha Genuvisco, a goma xanta-na da linha Keltrol, a carragena das linhas Genuvisco e Genugel, citrato de sódio, sorbato de potássio, ácido cítrico e benzoato de sódio. O Simplesse, concentrado de proteína do leite totalmente natural, é resistente a alta temperatura e pH estável. As partí-culas de Simplesse são desnaturadas, o que faz com que sejam mais estáveis que o soro do leite. Suas micropartículas retêm todas as propriedades quando submetidas a alta temperatura por longos períodos sem aumentar a viscosidade. O tamanho de partícula é similar ao tamanho de partícula da gordura, o que favorece a cremosidade em formulação com sorvetes.”

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Política

Câmara Setorial do Leite discute ações para fortalecer a cadeia em TOPOR LENNA BORGES

Em continuação às atividades para estimu-lar e fortalecer a cadeia produtiva do leite no Tocantins, representantes de instituições e órgãos das esferas municipal, estadual e federal, que integram a Câmara Setorial do Leite, se reuniram para discutir as ações a serem executadas no Estado em 2013. Foi realizada uma atividade, a visita ao Sítio Mo-delo, município de Palmas, para acompanhar uma ação de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), em matrizes bovinas, por técnicos da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro).

Na reunião da Câmara, cada instituição apresen-tou os projetos e ações em execução ou a serem executados em parceria com outras entidades, cooperativas e associações de produtores. O secretário Executivo da Seagro, Ruiter Padua, ressaltou as políticas públicas do Governo do Estado para o setor leiteiro, como o Plano ABC – Agricultura de Baixo Carbono - e o programa de Melhoramento Genético. “O grande desafio do setor é o aumento de produção e a melhoria da qualidade do leite, principalmente para atender a IN 51 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, já para 2015”, reforçou.

Padua lembrou ainda do contrato de Repasse de Recursos, especialmente assinado junto ao setor leiteiro, para aquisição de 36 tanques de

resfriamento. Os tanques serão cedidos para empresas e cooperativas, no intuito de forta-lecer a cadeia produtiva leiteira. “Os tanques serão utilizados por pequenos e médios produ-tores de leite e distribuídos estrategicamente, favorecendo o maior número de produtores to-cantinenses”, disse o secretário executivo.

CÂMARA SETORIAL

De acordo com as discussões, serão realizadas ações especialmente voltadas a capacitação de técnicos de forma continuada, tais como, mó-dulos teóricos, dias de campo, implantação de unidades de referência tecnológica, visitas téc-nicas, entre outras, para impulsionar a produ-ção de leite no Tocantins.

INSTITUIÇÕES

Participaram da reunião, representantes da Seagro, Setas (Secretaria do Trabalho e Assis-tência Social), Unitins Agro, Ruraltins (Instituto Rural do Tocantins), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Sesau (Secretaria da Saúde), SFA (Superintendência Federal da Agri-cultura), Mapa, Embrapa, Agência Estadual de Fomento, Adapec (Agência de Defesa Agropecu-ária), Sagri (Secretaria Municipal da Agricultura), além de cooperativas e associações de produto-res de leite do Tocantins.

Fonte: Ascom/Seagro-TO

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Governo discute legislação específica para produtos artesanais

A falta de parâmetros voltados à produção ar-tesanal dificulta o trânsito desse tipo de pro-duto no país. Para dar estabilidade jurídica à questão, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estuda criar uma legislação específica. Para isto foi criado um Grupo de Trabalho no âmbito da Câmara Seto-rial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do ministério que tem duas linhas de ação: uma de curto prazo, considerando a necessi-dade iminente de regularizar a produção e co-mercialização dos queijos já tradicionalmente produzidos, e outra focada em delinear uma proposta, de médio a longo prazo, abordando os diferentes aspectos inerentes à produção artesanal. No embasamento técnico científico da proposta, técnicos da pasta contarão com o apoio da Comissão Científica Consultiva em Microbiologia de Produtos de Origem Animal, coordenada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/Mapa).

Um dos principais temas tratados se refere às exigências de produção do queijo artesanal. De acordo com a professora da Universidade Fede-ral de Viçosa e integrante do grupo que discutirá a nova legislação, Célia Ferreira, faltam parâme-tros “seguros e justos” para esse tipo de produto.

“As regras não podem ser as mesmas aplica-das para as indústrias. Enquanto um produ-tor artesanal produz de 6 a 10 unidades de

queijo por dia, uma indústria é responsável por toneladas diariamente”, afirmou Célia, destacando que um dos aspectos mais im-portantes é diferenciar o tempo de maturação do produto, quando este fica “envelhecendo” ou “curando” até atingir o ponto ideal.

Estudos realizados em regiões de Minas Ge-rais, como a Canastra e Serro, mostram que não há necessidade de serem aplicados 60 dias de maturação para esse tipo de produto. Sendo maturado em temperatura ambiente, os índices microbiológicos do queijo artesanal atingem estados ideais em 22 dias, na produ-ção feita na Canastra, e de 17 dias, em Serro.

A aplicação de novas regras, no entanto, não significa reduzir a fiscalização. “As exigências diferenciadas não implicam na justificativa para produção com qualidade duvidosa. Serão adotados mais cuidados no sentido de evitar contaminações e controle maior em toda a cadeia produtiva”, destacou a professora.

O trabalho do grupo de cientistas subsidiará a equipe de técnicos do Ministério da Agricul-tura na elaboração de uma legislação espe-cífica para esse tipo de produção. Além das pesquisas sobre o processo produtivo, será analisado ainda como ocorrerá o trabalho de inspeção e acompanhamento em estabeleci-mentos artesanais.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Regras para produção de queijo em Minas Gerais estão entre os temas em debate

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Política

Dilma apresenta o Programa Terra Forte

A presidenta da República, Dilma Rousseff, lançou em Arapongas, no Paraná, o Programa Terra Forte, liderado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e executado em par-ceria com a Fundação Banco do Brasil, ministérios do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Incra e Conab. O progra-ma contará com uma carteira de crédito no valor de R$ 300 milhões, não reembolsáveis, para apoiar e promover a verticalização da produção em assen-tamentos da reforma agrária de todo o País.

Durante o evento, realizado no Projeto de Assen-tamento Dorcelina Folador, foi lançado pelo Incra o edital para a apresentação de projetos que queiram se habilitar aos recursos do Terra Forte. Os recursos serão aplicados nos próximos cinco anos, sendo que o BNDES fará o aporte R$ 150 milhões, a FBB entra-rá com R$ 20 milhões e os demais parceiros, R$ 130 milhões dos quais R$ 35 milhões são do Incra.

Na ocasião, a presidenta Dilma inaugurou um laticínio de beneficiamento de leite e derivados, com capaci-dade de 90 mil litros/dia, financiado pelo fundo social do BNDES, que investiu R$ 8 milhões no empreen-

dimento. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, assumiu o compromisso de trabalhar para multiplicar a experiência de Arapongas em todo o Brasil.

A presidenta Dilma disse estar diante de um gran-de exemplo de boas práticas agrícola e pecuária. “O Brasil pode ver na Copran (Cooperativa de Comer-cialização e Reforma Agrária União Camponesa) um projeto de primeira. Essa experiência é refe-rência de que a reforma agrária pode produzir com aumento de renda”. Para Dilma, os brasileiros do campo são capazes de agregar valor à sua produ-ção, com base na cooperação.

Ela se comprometeu a levar o exemplo do P.A. Dor-celina Folador para todo o Brasil e destacou que algumas políticas públicas devem estar associadas a ações como a de agroindustrialização, a exemplo do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que ela disse ter interesse de manter e ampliar.

Dilma Rousseff afirmou que o programa Minha Casa, Minha Vida pode ser utilizado pelas famílias assentadas e lembrou que o governo subsidia cer-ca de 90% do valor do imóvel.

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COMBATE À POBREZA EXTREMA

A presidenta destacou que o Brasil deu grandes passos em direção ao combate à desigualdade social. Ela citou que entre 2011 e 2012 mais de 19,5 milhões de pessoas saíram da pobreza ex-trema. “Nós temos o compromisso de reduzir a pobreza extrema, a ponto de chegarmos a supe-rá-la completamente no horizonte mais próximo possível”, afirmou.

Na avaliação de Dilma, falta pouco para se che-gar a esse patamar. Ela aproveitou o evento para pedir o apoio do MST no sentido de asse-gurar que todas as famílias que ainda vivam na pobreza extrema sejam cadastradas no Bolsa Família e no Brasil Carinhoso. “Agora, até o mês de março, nós vamos zerar o cadas-tro. No nosso cadastro não vai ter mais nin-guém abaixo da pobreza extrema.”

A presidenta disse que vai apoiar o Terra Forte porque esse é um dos caminhos para o desenvol-vimento e destacou que o programa, casado com o acesso à terra, à assistência técnica e integrado às políticas sociais, é caminho para o desenvolvimento.

“A reforma agrária terá resultados melhores se puder mudar os padrões de produção e aqui vi um grande modelo de cooperação e participação. Vi um caminho firme, que dá certo e que nos levará ao país que sonhamos”, enfatizou Dilma.

O presidente da FBB, Jorge Alfredo Streitt, ressal-tou que a ideia da rede de parceiros é tornar o pro-grama de agroindustrialização acessível em todas as regiões do País. “Precisamos romper a lógica de que assentamentos não produzem”. Ele estimulou as cooperativas e organizações produtivas que es-tão num nível de organização mais elevado, a tam-bém contratarem recursos embolsáveis.

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Política

O presidente do Incra, Carlos Guedes, enfatizou que o programa Terra Forte chega para atender famílias que já se encontram na rota do desen-volvimento e é importante instrumento para apoiá-las na necessidade de agregação de valor à sua produção e no aumento da renda dos as-sentados. O programa se insere na integração de políticas públicas aos demais programas do go-verno federal que o Incra está adotando.

O coordenador estadual do MST, Roberto Ba-ggio, contou que a comunidade se desafiou a construir um projeto vencedor e hoje querem demonstrar que, com organização, é possível produzir com qualidade.

O ministro Gilberto Carvalho, articulador do apoio do BNDES ao programa de agroindus-trialização do P.A. Dorcelina Folador, disse que a festa de Arapongas é a festa da dignidade, pois é uma demonstração concreta de que as pessoas estão rompendo a dependência e são capazes de produzir com qualidade e beneficiar uma grande região com seus produtos.

O governador do Paraná, Beto Richa, considera que a agroindústria dos assentados de Arapongas vai motivar a organização de outros assentamen-tos no processo de verticalização da produção e reiterou que seu governo é parceiro de iniciativas como esta. “Temos apoiado os assentamentos com a presença de técnicos da Emater. O Paraná é o primeiro estado brasileiro a atender a exigên-cia do Fundo Nacional de Desenvolvimento Edu-cacional que estabelece a aquisição de pelo me-nos 30% da produção da agricultura familiar e de assentados para a merenda escolar”.

Richa disse que, até o final do seu mandato, deve-rá ter construído 10 mil unidades habitacionais no campo e que as 30 patrulhas mecanizadas adqui-ridas pelo governo do estado, vão readequar cerca de 110 mil km no meio rural.

PROGRAMA TERRA FORTE

Objetivo geral

Implantação e/ou modernização de empreendi-mentos coletivos agroindustriais em Projetos de Assentamento da Reforma Agrária, criados ou reco-nhecidos pelo INCRA, em todo o território nacional.

Objetivos específicos

- Apoiar a elaboração de projetos e a implantação de empreendimentos coletivos agroindustriais e de comercialização da produção dos assentados da reforma agrária;

- Apoiar a adequação, ampliação, recuperação e/ou modernização de agroindústrias da produção agro-pecuária e extrativista;

- Apoiar a elaboração de projetos de adequação e regularização sanitária de produtos de agroindús-trias de assentamentos da Reforma Agrária;

- Apoiar a estruturação de circuitos de comercialização;

- Viabilizar a organização e a regularização jurídica dos empreendimentos produtivos coletivos; e

- Viabilizar as condições e opções de geração de tra-balho e renda para os assentados da reforma agrária.

”A reforma agrária terá resultados melhores se puder mudar os padrões de produção“

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Beneficiários

São participantes do programa as famílias de tra-balhadores rurais assentadas em Projetos de As-sentamento criados ou reconhecidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, regularmente cadastradas no órgão e organizadas em cooperativas ou associações. Os investimentos serão realizados em favor de cooperativas/asso-ciações de produção e/ou de comercialização.

Vigência

O programa terá a vigência de cinco anos, podendo ser renovado pelo mesmo período a critério dos parceiros.

Valor: R$ 300 milhões, sendo R$ 150 milhões do BNDES, R$ 20 milhões da Fundação e R$ 130 dos demais parceiros (BB, MDA, MDS, INCRA e CONAB), a serem aplicados no decorrer de 5 anos (investi-mento anual de R$ 60 milhões).

Governança

Para efetuar a gestão e governança do Programa serão constituídos dois Comitês: Gestor Nacional (es-tratégico) e Comitê de Investimentos (operacional), com a seguinte composição: BNDES, FBB, BB, MDA, MDS, INCRA e CONAB (Membros Titulares, com poder de decisão), e outras instituições públicas e privadas como Membros Convidados e/ou Consultivos.

Escritório de Estudos e Projetos

Para elaborar os projetos de viabilidade eco-nômico-financeira, será criado um Escritório de Estudos e Projetos, a ser conduzido pela UNISOL BRASIL em parceria com o DIEESE, que terá a responsabilidade pela elaboração dos estudos técnicos, com base no Guia Refe-rencial para Análise de Empreendimentos da Economia Solidária.

Chamada Pública

Para constituir uma carteira de projetos a se-rem atendidos pelo Programa será realizada uma Chamada Pública de Projetos, Chamamen-to Público para seleção de propostas que pro-movam a redução das desigualdades, a inclusão social e o desenvolvimento territorial, por meio do apoio a empreendimentos produtivos vin-culados a assentamentos da reforma agrária, criados ou reconhecidos pelo Incra.

Resultados esperados

Com a aplicação desses recursos (R$ 300 milhões), espera-se atender a, aproximada-mente, 200 cooperativas e associações (va-lor médio de R$ 1,5 milhão por cooperativa) e beneficiar aproximadamente 20.000 famílias (100 famílias por cooperativa).

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Opinião

inovar é precisoComo a temática principal desta edição é sobre a área de embalagens, convidamos Assunta Na-politano Camilo, Diretora da FuturePack (Con-sultoria de Embalagens) e do Instituto de Em-balagens, para apresentar por quais caminhos o setor está rumando mundialmente e, dessa forma, descobrimos quais são as inovações que, provavelmente, estarão nas gôndolas brasileiras em um futuro próximo.

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Mais Leite: Atualmente, o que há de mais inovador em embalagens no mundo? Qual a tecnologia empregada que a faz especial?

Assunta Napolitano Camilo: É tanta coisa que estou pesquisando na minha cabeça. É muito amplo e se eu falasse só de uma inovação seria injusta com as outras. As maiores novidades que existem, sem dúvida, são dos materiais mais novos, como o plástico. De todos os materiais, eu destacaria os flexíveis, que estão crescendo bastante no mercado. De forma geral os plásticos estão crescendo mais. Dá para ver pelos dados de pesquisas. Mas, nem por isso, os outros materiais estão deixando de correr atrás. As embalagens de cartão têm procurado inovar. O pessoal de aço um pouco, mas o pessoal de alumínio principalmente. Se tivesse que falar de uma, a stand up pouch com certeza, as embalagens “shelf stable”, mais estáveis e com maior prazo de validade têm sido importante para o mundo. Seja na Índia, Rússia, pois desse modo não precisa da cadeia de frio. Pensando em “shelf stable” temos a cartonada asséptica, PET asséptico ou em uma embalagem multicamadas flexível.

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Mais Leite: E para bebidas?

Assunta Napolitano Camilo: Como entre as tendências estão o estilo e a conveniência, até a embalagem na forma de tijolo deixou de ser quadrada. A própria Tetra (Pak) saiu da quadrada para a forma redonda. Ela é uma embalagem mais feminina, mais ergonômica que, ao olhar o con-sumidor, migra do quadrado para o redondo. Este é o lançamento da Tetra Pak. E uma tampa que abre e fecha significa o quê? Con-veniência. Aquela ideia da Ford para o consumidor, de que se pode fazer qualquer coisa desde que seja um carro preto. A Tetra Pak também, desde que fosse um quadrado, poderia ser feita qualquer coisa. Agora, apresen-ta ao mercado uma embalagem parecida com uma garrafa. Um dos lançamentos mais impor-tantes de bebida é a tecnologia inglesa “cold press”, mas ainda só é utilizada para sucos. Onde se consegue envasar sucos sem esquentá-lo. Se pensarmos em uma inovação de bebidas, com certeza, é o “cold press”.

Mais Leite: Quais as inovações em tecnologia empregadas nas embalagens para lácteos?

Assunta Napolitano Camilo: Existe uma embalagem fantásti-ca para leite, na Índia, produzida com multicamadas flexível, que é extremamente barata. Ela é so-cialmente importante e susten-tável. Cada vez mais é relevante que as embalagens façam com que o produto seja acessível ao maior número de pessoas. A cadeia do frio na Índia é muito fraca, assim, você entrega um leite “shelf stable” em uma em-balagem flexível barata. E lá (na Índia) você encontra embalagem de leite para consumir sem a ne-cessidade de um copo de 200 ml e com shelf life de 45 dias. Isso é encontrado na Índia e, principal-mente, na China, onde há emba-lagem com canudinho.

“ Cada vez mais é relevante que as embalagens façam com que o produto seja acessível ao maior número de pessoas”

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Opinião

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Mais Leite: Como você vê a tentativa de alguns tipos de embalagens, tais como o vidro e o PET, entrarem na concorrência do envase de leite no Brasil? Eles têm futuro?

Assunta Napolitano Camilo: A garrafa de PET com shelf life maior ou asséptica, como por exemplo a apresentada pela Shefa e Leitíssimo, se apresenta como uma alternativa ao mercado. Tem todo o elã de ser uma garrafa, toda a praticidade de não quebrar, abrir e fechar e ter uma vida longa. Ela também, juntamente com a outra (embalagem cartonada), tem o problema de perder algumas propriedades organolépticas. Se você pensar qual tipo de embalagem pode crescer no mercado lácteo, acredito que o PET tem chance. Há um espaço grande para a garrafa de PET. Ela encontraria uma categoria de consu-midores preocupados com alguns aspec-tos. A embalagem multicamadas é para outra categoria de consumidor, que está preocupado com a questão do custo, as-sociado à acessibilidade ao produto, já que onde você estiver poderá encontrar. Essa é outra categoria onde também há es-paço. Cada vez mais uma tecnologia entra com maior rapidez no mercado, mas com menor característica de “ruptura”. Antes você mudava de uma tecnologia para ou-tra e a antiga não sobrevivia. Atualmente, temos todas as tecnologias convivendo juntas. Ao pensar no caso do leite, encon-tramos o cartonado quadradinho, cartona-do quadradinho com tampa, cartonado em forma de garrafa, PET em forma de garra-fa, o barriga mole “shelf stable”, e o vidro, onde alguns grupos que comercializam produtos orgânicos conseguiram utilizá-lo dentro de uma área geográfica restrita. Assim, você tem quatro alternativas, e até cinco, se não tiver shelf life grande. Você tem cinco alternativas, cada uma para um mercado, para uma situação de consumo. Você pode até considerar alternativas como o leite em pó.

“ Se você pensar qual tipo de embalagem pode crescer no mercado lácteo, acredito que o PET tem chance. Há um espaço grande para a garrafa de PET. Ela encontraria uma categoria de consumidores preocupados com alguns aspectos

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Mais Leite: Ao pensar na sustenta-bilidade, quais tipos de embalagens são mais fáceis para reciclar?

Assunta Napolitano Camilo: A em-balagem cartonada é a mais difícil, mas já tem tecnologia para isso. Quando você pensa na embalagem barriga mole ou na multicama-das flexível existe uma dificuldade enorme de conseguir que alguém colete. Para a cartonada ainda faltam programas governamentais que dessem valor ao resíduo, como exemplo, para fazer uma telha em programas de residências popula-res, tipo o “Minha Casa, minha vida”. Deveria existir um movimento para valorizar o que é reciclado.

“ A embalagem cartonada é a mais difícil, mas já tem tecnologia para isso.

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Mais Leite: Faltam campanhas?

Assunta Napolitano Camilo: Não é só a campanha. Faltam destinos para o subproduto da reciclagem. Se não tivermos tais destinos, não teremos reciclagem. Uma coisa antecede a outra. Por exemplo, quando se tem uma área geográ-fica pequena, pode-se usar o vidro, pois no dia seguinte ele é trocado por um novo. Há comunidades no interior, em Botucatu (SP), locali-zadas em uma área geográfica re-duzida e, assim, torna-se possível o uso de embalagens retornáveis. Esse seria o “melhor dos mundos”. Porque você só lava e reutiliza a mesma embalagem. Mas para isso é preciso uma área geográfica limi-tada. Você sempre tem que imagi-nar a sustentabilidade ambiental, econômica e social. Em uma região maior é preciso partir para uma solução asséptica ou de longa vida. Se ela será PET ou cartonada vai depender da disponibilidade de equipamentos e da condição para a feitura de cooperativas, o que normalmente é viável.

Mais Leite: Qual ação que o gover-no precisa fazer?

Assunta Napolitano Camilo: Precisa de uma orientação, uma geração da demanda. Se o governo gerasse demanda para produtos reciclados, a reciclagem aconteceria. Falta “input”, não é falta de dinheiro, mas sim, vontade. O governo já gasta dinheiro comprando telha, se ele comprasse material reciclado de embalagem cartonada iria movimentar toda cadeia que está para trás.

Mais Leite: E o setor privado?

Assunta Napolitano Camilo: Também. Mas a empresa privada irá vender para quem? Falta alguém começar a usar. Sabe aquela história de que você só faz o produto se existe cliente?

“ Você sempre tem que imaginar a sustentabilidade ambiental, econômica e social. Em uma região maior é preciso partir para uma solução asséptica ou de longa vida

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Mais Leite: O governo poderia ajudar com a redução de impostos, entre outras ações?

Assunta Napolitano Camilo: Uma política fiscal é outra coisa que não existe, sendo que uma empresa que for fabricar uma telha, de um jeito ou de outro, paga os mesmos impostos. Parece meio óbvio, pois já foi pago o imposto para aquela embalagem e será preciso pagar novamente para produzir a telha. Assim, o mercado não decola.

Mais Leite: O que você espera do setor de embalagens em 2013?

Assunta Napolitano Camilo: O cres-cimento de stand up pouch e PET assépticos no Brasil. No mundo está em pauta a questão das embalagens assépticas longa vida de barriga mole multicamadas, o que, no Brasil, deve aparecer mais no futuro. Tam-bém embalagens mais inteligentes e ativas, coisa que ainda não temos por aqui. As ativas são aquelas que na própria embalagem você pode esquentar ou esfriar o produto. Já as inteligentes podem identificar quando a embalagem foi aberta, usando tinta ou outra forma, além de oferecerem rastreabilidade. Para medicamento e alimentos é bem útil, mas ainda não usamos no Brasil.

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Assunta Napolitano Camilo é Diretora da FuturePack (Consultoria de Embalagens) e do Instituto de

Embalagens – Ensino & Pesquisa. Profissional de embalagens há 30 anos, pesquisa feiras e PDVs do mundo desde 1986. Coordenou os livros

Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de Embalagens Para Produtos Orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas

& Sustentabilidade; e o Kit de Referências de Embalagens. Atualmente também é Membro do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC e do

Banco de Talentos da Faith Popcorn.

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Mais Leite: E embalagens com cheiro?

Assunta Napolitano Camilo: Para café está sendo muito utilizado esse tipo de embalagem e há um aumento de vendas quando você seduz pelo olfato. Você pode se-duzir o consumidor pelo olfato, pelo visual, uma vez que são formas de sedução. Existe uma embalagem da França em que é usado um plás-tico permeável justamente para o aroma ser percebido. O pessoal de tintas tem usado muito. Quem usa muito isso ou já usou foi o pessoal da Colgate com creme dental. Toda vez que eles lançavam um creme dental novo, como o sabor eucalip-to, era microencapsulado uma tinta com o cheiro do creme dental novo para o consumidor distinguir um produto de outro. A Colgate já usou inclusive no Brasil. Mas vamos pen-sar em um achocolato ou em um leite com sabor morango. Ter isso em tintas microencapsuladas na impressão do cartonado faria com que o consumidor sentisse o aroma do produto.

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Mais Leite: Há outras tecnologias e tendências?

Assunta Napolitano Camilo: Sim. As embalagens sonoras e ilumina-das. O pessoal da Victoria´s Secrets colocou som em perfume e o da Ballantine’s e da vodca Absolut estão usando muito as iluminadas.

“ Você pode seduzir o consumidor pelo olfato, pelo visual, uma vez que são formas de sedução”

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Internacional

Indústria do Canadá lança padrão de biossegurança para produtores

A agência de segurança alimentar do Canadá in-troduziu formalmente um padrão de biossegu-rança projetado especificamente para fazendas leiteiras. O padrão conta com mapas de controle das fazendas leiteiras e visa resultados nas áre-as de manejo de saúde animal, movimento ani-mal, gestão de instalações e condições para tra-balhadores, visitantes, veículos e equipamentos.

O padrão, projetado para ajudar os produtores de leite a reduzir e controlar os riscos de doen-ças nas fazendas ou nas vizinhas, “será uma ferramenta para todos os produtores proativos que queiram trazer a saúde animal a um nível superior”, afirmou Wally Smith, presidente do Dairy Farmers of Canada (DFC), na divulgação do padrão pela Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA).

Smith disse que o novo padrão complementa os modelos para segurança alimentar nas fazendas que tenham adotado o programa de Qualidade do Leite Canadense e outros esforços dos pro-dutores de leite para melhorar constantemente suas operações agropecuárias.

Segundo o porta-voz da CFIA, o padrão, desen-volvido nos últimos dois anos em uma parce-ria entre DFC e CFIA, com o financiamento do

sistema político, Growing Forward, oferece me-tas, objetivos e fins mensuráveis para todos os produtores de estabelecimentos, de pequena a grande escala de produção.

Em termos de gestão do manejo sanitário ani-mal, o padrão para um produtor de leite é que este tenha um plano sanitário do rebanho que favoreça a resistência às doenças ao incluir prá-ticas para rastrear a saúde dos animais e res-ponder aos riscos de doenças.

As estratégias do plano de sanidade dos reba-nhos incluem manter um relacionamento entre cliente e veterinário; observar, registrar e avaliar o estado sanitário dos animais, reconhecer a susceptibilidade às doenças e manter o animal separado quando necessário; fiscalizar e investi-gar a causa de doenças e mortes nos animais; e o manejo da nutrição, água e cama dos animais.

De acordo com Smith, o padrão de sanidade dos animais deve ser conhecido e confiável no momento da compra e o gado deve ser ade-quadamente vacinado e mantido isolado até que não representem nenhum risco de doen-ça significativa para o rebanho. A norma ainda exige que o movimento dos animais na fazen-da seja pré-determinado.

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Internacional

Fonte: Manitoba Co-operator

Dentro dessa área de controle, os produtores de leite que seguem o padrão precisam limitar a frequência de compra de animais e o número de fornecedores, registar a localização e movimen-to do rebanho e gerenciar o movimento animal dentro de uma unidade de produção.

O padrão para gestão de instalações requer que o produtor de leite e trabalhadores da fazenda contribuam para a manutenção, limpeza e de-sinfecção em toda unidade de produção e geren-ciem o esterco, dejetos e animais mortos.

O produtor também fornecerá aos funcionários os materiais necessários, os equipamentos, veículos e a instrução para o uso destes, que serão mantidos limpos e desinfetados. Dentro da área de controle de pessoal da fazenda, os visitantes, prestadores de serviço, outros veículos e equipamentos deve-rão seguir o mesmo padrão exigido para o pessoal de serviço com relação às normas de biosseguran-ça no acesso as instalações, utilização de roupas e calçados, e na movimentação dos equipamentos e veículos. A norma enfatiza que o treinamento, boa comunicação e atualizações regulares são essen-ciais para todos os funcionários.

Ao estabelecer a base para um padrão de biosse-gurança, o porta-voz da CFIA explicou que “hoje, as operações agropecuárias mais intensivas são mais suscetíveis a doenças e, portanto, muitas vezes exigem protocolos mais rigorosos de bios-segurança”. Com a intensificação da produção,

doenças que a limitem, como a mastite conta-giosa, doença de Johne, leucose enzoótica bovi-na e diarreia viral bovina (BVD) se tornam mais significantes e os riscos aumentam para E. Coli, salmonela e outros contaminantes.

“A medicação e vacinação têm tradicionalmente desempenhado um papel importante na preven-ção e tratamento de doenças, mas, atualmente, é amplamente aceito que elas não podem, isolada-mente, evitar todas as perdas devido às doenças. A agropecuária moderna exige uma abordagem mais completa e global”, afirmou o porta-voz.

Com a ampliação do número de fazendas que possuem planos de biossegurança, também aumenta a confiança dos produtores de leite ao tratar com outros produtores e com seus forne-cedores de serviços. “A capacidade da indústria de laticínios para suportar um evento que traga diversas doenças será influenciada pelo plano individual de biossegurança de cada produtor de leite e sua efetiva implementação, bem como pelos esforços coletivos da indústria de laticí-nios”, disse o porta-voz.

Segundo o porta-voz da CFIA, atualmente, no Canadá, 12.746 fazendas fornecem 7,66 bilhões de litros de leite por ano para processadores em todo o país. Aproximadamente 450 unidades produtivas processam leite, com cerca de mil produtos, e fornecem C$ 10 bilhões (US$ 11 bi-lhões) para a economia do país.

“ será uma ferramenta para todos os produtores proativos que queiram trazer a saúde animal a um nível superior

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Nacional

Rondônia recebe proposta da Embrapa para aumentar a produtividade do leite e café

Evandro Padovani, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri), recebeu em nome do governador, Confúcio Moura, a proposta de aumento de competitividade e sustentabilidade da agricultura familiar rondoniense café e leite. O documento foi entregue pelo chefe geral da Embrapa Rondônia, Cesar Teixeira, e pelo chefe de Transferência de Tecnologia da instituição no Es-tado, Samuel Oliveira.

Segundo o documento, Rondônia é o segundo produtor de café conilon do país, produzindo cerca de um milhão de sacas por ano. É o sétimo produtor nacional de leite com mais de dois milhões de litros/dia. A produtividade de ambos os sistemas é baixa, três litros/dia/vaca e apenas 11 sacas de café beneficiada por hectare, reflexo do baixo nível de inovação tecnológica.

De acordo com Samuel Oliveira, o Estado tem reduzido sua participação na produção nacional do café e leite, tendo como reflexo a perda de competitividade da agri-cultura estadual por se encontrar em um patamar tec-nológico baixo e estagnado. No entanto, há tecnologia conhecida para aumentar a produção e a produtividade do café e do leite em Rondônia.

Na realidade, o estudo apresentado pelos técnicos da Embrapa, mostra que há inúmeros fatores, entre eles se destacam a baixa capacidade gerencial, reflexo da baixa escolaridade e do envelhecimento da população rural, além do preço dos insumos agropecuários e da ausência de uma politica de remuneração ao produtor. Também há um gargalo na assistência técnica.

É importante salientar que a Empresa de Assistência Téc-nica e Extensão Rural (Emater) presta importante serviço ao Estado, mas o acúmulo de funções na organização e a limitação de pessoal exige a presença de técnicos generalis-tas que acompanham muitas propriedades, o que dificulta a assistência técnica efetiva. Por outro lado, existe um grupo emergente de produtores, ávidos por tecnologia, que ainda não conseguiram contato regular com a assistência técnica.

De acordo com César Teixeira, a proposta de inovação tec-nológica para a Embrapa visa o aumento da competitividade da agricultura familiar rondoniense por meio de uma ação de intensificação e aperfeiçoamento da assistência técnica, especializada e de qualidade, oferecida pelo Estado. Preten-de-se aprimorar os resultados de inovação, produtividade e competitividade com o menor uso de recursos possível.

POR JOSÉ LUIZ ALVES

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SUGESTÃO

Estabelecer uma força tarefa na Emater de trabalho ex-clusivo com leite e café. Estes técnicos se localizarão pre-ferencialmente nos principais municípios produtores de café e leite no Estado. A Embrapa se propõe a capacitá--los em um sistema de produção exequível para os pe-quenos produtores rurais visando aumentar a produção e melhorar a qualidade do produto.

Assim, cada técnico terá como trabalho exclusivo o acom-panhamento de até trinta propriedades, uma das quais será transformada em unidade de referência tecnológica para o programa. O número de técnicos que comporão essa iniciativa definirá a abrangência do projeto que é objeto de decisão do Governo do Estado. Estes técnicos serão refe-rência para o leite e café e capacitarão outros profissionais nas áreas de tecnologias e sistemas de acompanhamento nas propriedades. Técnicos da iniciativa privada também serão convidados a participar do programa.

A Emater e Embrapa localizarão nos principais municípios produtores de café e leite do Estado, até trinta produtores

Fonte: Assessoria da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária de Rondônia

rurais, que serão acompanhados por cada técnico. Estes produtores rurais devem ser os mais propensos à inova-ção tecnológica, com disposição de custearem os inves-timentos que se fizerem necessários para as melhores propostas, respondendo com a máxima inovação tecno-lógica, visando sua inserção competitiva no mercado.

Segundo os técnicos da Embrapa, o trabalho será progres-sivo e pedagógico. Para os rebanhos leiteiros serão traba-lhados nutrição, incluindo o manejo de pastagem, sanidade e genética. Na cafeicultura se trabalharão poda, adubação e correção do solo, colheita e pós-colheita. A grande motiva-ção para o início do programa em Rondônia é o lançamento da primeira variedade de café no Estado, a BRS Conilon.

A proposta entregue ao secretário Evandro Padova-ni, também prevê que o governo do Estado incentivará o programa, por intermédio do fornecimento de calcário aos participantes, permitindo que haja negociação com os bancos, referente ao subsídio para crédito, através do pagamento dos juros para os produtores que se fizerem adimplentes. Esta é uma proposta de continuidade ao trabalho iniciado na Seagri de Rondônia.

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Nacional

Tirol anuncia investimentos em outros estados

A Lacticínios Tirol Ltda, empresa sediada em Treze Tílias (SC), deve anunciar nos próximos meses o Estado escolhido para o maior investimento em infraestrutura de sua história.

Trata-se de uma unidade para processamento e industriali-zação de leite e derivados que deverá operar com mais de dois milhões de litros de leite por dia, gerando mais de 500 empre-gos diretos e milhares de outros indiretos.

Os estados mais cotados são Rio Grande do Sul e Paraná.

Segundo a empresa, a Tirol possui, atualmente, a liderança nacional na comercialização de leites UHT e é também a mar-ca de leite mais lembrada nos estados do Paraná e de Santa Catarina. A empresa é especializada na industrialização de produtos lácteos e seu portfólio inclui leites UHT, pasteuriza-do, flavorizado e em pó; bebidas lácteas; creme de leite e leite condensado; queijos; iogurtes e alguns tipos de sobremesas.

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