revista + leite

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  • a revista do setor lcteo

    embalagens, aditivos e ingredientesE mais: inovaes em embalagens e tratamento de efluentes

  • Fatias Perfeitas. Grandes lucros.As Fatiadoras Weber iro ajud-lo obter uma maior lucratividade, proporcionando melhor

    apresentao aos seus produtos e exatido de peso das pores, as quais se destacam

    nas prateleiras dos supermercados. Fatias perfeitas a todo o momento, resultado das altas

    velocidades de corte das facas Weber, assim como as inovaes de design que aumenta

    os rendimentos e reduz os onerosos sobrepesos das pores. Escolha entre cinco potentes

    modelos. Existe uma Fatiadora Weber perfeitamente adequada para cada aplicao.

    Representante exclusivo no Brasil:Poly Clip System LtdaRua Dr. Moacyr Antonio de Moraes, 200 07140-285 - Guarulhos - SoPaulo - BrasilTel.(011) 2404-9633 Fax.(11) 2404-9641www.polyclip.com.br

  • expedienteDiretoraJussara F. S. Rocha11 99970.1584 | 11 7717-3300 - ID 115*[email protected]

    EditorCau [email protected]

    Direo de arte e editoraoRachel Fornis - [email protected]

    Gerente de contasClcio Laurentino11 98225.4355 | 11 7717-1858 - ID 115*[email protected]

    Consultor administrativoChristian Oest Mller

    Assistente administrativoGina [email protected]

    Conselho editorialCarlos Ramos, Christian Oest Mller, Ludmila Couto Gomes, Luiza Carvalhaes de Albuquerque, Marion Ferreira Gomes e Rodrigo de Souza.

    Assinatura/SubscriptionBrasil: R$ 150,00 (anual)USA, Latin American, Europe and AfricaUS$ 162 (per year)

    Tiragem6.000

    ImpressoLaborgraf - 11 3829.4711

    Redao e PublicidadeEditora Rocha Ltda.Rua Cipriano Lopes Frana, 51 - Brooklin So Paulo - SP - CEP 04564-080Fone/Fax - 11 5505.2170 | 2191 | 2188www.revistamaisleite.com.br2011 Todos os direitos reservados.

    Fatias Perfeitas. Grandes lucros.As Fatiadoras Weber iro ajud-lo obter uma maior lucratividade, proporcionando melhor

    apresentao aos seus produtos e exatido de peso das pores, as quais se destacam

    nas prateleiras dos supermercados. Fatias perfeitas a todo o momento, resultado das altas

    velocidades de corte das facas Weber, assim como as inovaes de design que aumenta

    os rendimentos e reduz os onerosos sobrepesos das pores. Escolha entre cinco potentes

    modelos. Existe uma Fatiadora Weber perfeitamente adequada para cada aplicao.

    Representante exclusivo no Brasil:Poly Clip System LtdaRua Dr. Moacyr Antonio de Moraes, 200 07140-285 - Guarulhos - SoPaulo - BrasilTel.(011) 2404-9633 Fax.(11) 2404-9641www.polyclip.com.br

  • 382808 Artigo Tcnico Sistemas de tratamento de efluentes

    Cenrios do Brasil RJ: Indstria de lcteos cria empregos

    Pesquisa Pesquisas para conter o uso de antibiticos

  • 44

    Capa Embalagens, aditivos e ingredientes

    68 Opinio Assunta Camilo da FuturePack e Instituto de Embalagens

    06 | Editorial

    10 | Mercado

    14 | Especial

    15 | Empresas

    18 | Especial queijos

    62 | Poltica

    75 | Caderno internacional

    79 | Caderno nacional

    82 | ndice de anunciantes

    Sumrio

    Fone/Fax - 11 5505.2170 | 2191 | 2188

  • 6 leite

    Chegamos penltima edio da srie de reporta-gens sobre os pontos fundamentais para um latic-nio. Neste ms abordamos os temas embalagens, aditivos e ingredientes, e dessa forma, conversa-mos com os porta-vozes das maiores empresas dos setores, que apresentaram suas ideias, seus principais produtos e lanamentos.

    J na editoria Opinio, falamos com Assunta Napolitano Ca-milo, Diretora da FuturePack e do Instituto de Embalagens, para tratar sobre inovao no segmento de embalagens. Nessa conveniente entrevista, Assunta apresentou algu-mas informaes interessantes do setor de embalagens mundial e que indicaro direes para o mercado nacional.

    Sistemas de tratamento de efluentes para indstrias de laticnios o assunto do artigo tcnico apresentado nes-ta edio. Escrito por Carst Mulling, Gerente de Vendas da Aqua Industrial Watertreatment B.V., ele nos auxilia a en-tender melhor esse processo. A temtica imprescindvel neste momento, j que nota-se um aumento mundial nas requisies e obrigaes para diminuir a poluio gerada.

    Na editoria de poltica temos reportagens impor-tantes. Uma delas se refere ao do Governo a fim de instituir uma legislao especfica para produtos artesanais. O queijo em Minas Gerais um exemplo e est entre os temas da proposta. Nesse caso foi indicado um grupo de trabalho da Cmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, que realizar duas linhas de ao. Uma de curto prazo, analisando a necessidade de le-gitimar a produo e comercializao dos queijos tradicionais, e outra, em longo prazo, direcionada para delinear um parecer abordando os distantes aspectos da produo artesanal.

    Para concluir, no Especial Queijos, apresentamos tipo Estepe, que surgiu nas estepes russas, muito comercializado no Brasil e semelhante ao queijo Prato se analisados o aroma e a textura. J em Cenrios do Brasil, o Rio de Janeiro o Estado selecionado pela Mais Leite.

    Boa leitura!

    aprimorandoosetor

    EditorialJussara F. S. Rocha / Diretora

  • a r o m a s b i o p r o t e t o r e s c u l t u r a s e n z i m a s e s t a b i l i z a n t e s f i b r a s p r o b i t i c o s t s p p ( t e t r a p i r o f o s f a t o d e s d i o )

    A Fermentech ama aquilo que faz. por isso que faz questo de oferecer os melhores ingredientes do mercado para que os fabricantes tenham a certeza de que seu produto ser de excelente qualidade.

    Alm disso, a Fermentech tambm oferece profissionais qualificados para dar assistncia tcnica aos clientes, sempre que necessrio. Afinal, so vrios anos de experincia e dedicao para que o consumidor tenha em suas mesas um produto saudvel e de sabor inigualvel.

    Se o ingrediente Fermentech, pode confiar. A gente faz tudo com amor e quem ama, faz sempre o melhor.

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    Uma declarao de amor ao queijo

    novos

    produtos

  • 8 leite8 leite

    FIM DOS ANTIBITICOS

    o futuro est na cabra

    Depois de receber uma doao de US$ 3 milhes do Instituto Nacional de Alimentos e Agricultura do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a Universidade de Michigan alinhou um pro-jeto para integrar programas de mastite a fim de reduzir o uso de antibiticos

    A mastite (uma infeco do bere da vaca) a doena infecciosa mais comum em bovinos leiteiros na Amrica do Norte. O tratamento, normalmente, custa entre US$ 300 e US$ 600 por infeco e afeta negativamente a produo de leite e sade do animal.

    O auxlio de cinco anos uma continuao de um projeto de cooperao que reduziu a incidncia de mastite. Ron Erskine, professor da Faculdade de Medicina Veterinria da MSU (Michigan State University), disse que o novo auxlio vai permitir

    progressos: Nos ltimos 10 anos, houve um progresso lento e contnuo na redu-o de mastite, mas h sempre espao para melhorar. Em Michigan, temos a sorte de ter uma forte aliana entre os produtores, cooperativas leiteiras, cur-sos de extenso e a Faculdade Medici-na Veterinria da MSY e profissionais de regulamentao. Michigan , consisten-temente, um dos principais estados no que se refere ao controle da mastite e qualidade do leite.

    Pesquisa

  • 9 leite

    A bactria que causa a mastite mais comumente transmitida por contato com a mquina de ordenha, mos ou materiais contaminados. A gravidade pode variar drasticamente entre casos leves, que no precisam de tratamento, e outros que necessitam de antibiticos e diferentes tipos medicamentos.

    Erskine afirma ainda que isso traz outro con-junto de custos para os produtores. O custo dos medicamentos, o trabalho de administrar as drogas e problemas com descarte do lei-te, j que o leite de uma vaca que foi tratada com medicamentos no pode ir ao mercado. Se pudermos encontrar melhores maneiras de prevenir que a doena ocorra, ento no pre-cisaremos usar remdios. Isso seria bom para os produtores, aos consumidores e sade do animal. uma situao onde todos os envolvi-dos lucram. Esse o objetivo do projeto USDA, prevenir sempre a ocorrncia da mastite.

    De acordo com o professor, a preveno comea na sala de ordenha: a que voc v os primei-ros sinais de mastite. As pessoas que fazem a ordenha so base de tudo. Se no realizado um esforo para manter as vacas limpas, secas e confortveis, todo o planejamento e pesquisa do mundo no ir a lugar nenhum.

    Erskine aponta que muitas fazendas continu-am a lutar contra a adoo de prticas de con-trole de mastite: Em particular, as aes de di-vulgao e educao no conseguiram alterar o comportamento do produtor e funcionrio com relao s atitudes para controle da mastite.

    Outra questo a adeso aos procedimen-tos padronizados. O professor afirma que na maioria das vezes, a maneira como o protocolo realizado diferencia entre o sucesso e fracas-so na sala de ordenha. Precisamos redobrar os esforos no treinamento de funcionrios e na educao em fazendas leiteiras e enfatizar a importncia com os protocolos. da natureza humana passar por um treinamento e, depois, desistir do protocolo. Ns vamos procurar ma-neiras na comunidade da fazenda de produo de leite para manter os protocolos em prtica e no ter pessoas deixando de dedicar-se aos procedimentos adequados.

    Outro ponto que serve de explicao dos esfor-os para reduzir a mastite que a cadeia produ-tiva de lcteos dos Estados Unidos est cada vez mais diversificada no que se referem ao tamanho dos rebanhos, modelos de trabalho, habitao e gesto. Precisamos desenvolver e realizar pro-gramas de Extenso direcionados para superar as barreiras comportamentais e ter flexibilidade para lidar com a diversidade da cadeia produtiva de lcteos dos EUA, explicou Erskine.

    Para atingir esse objetivo, os pesquisadores planejam desenvolver e testar uma ferra-menta de auditoria da qualidade de leite e que contar com um processo de interveno nas operaes leiteiras. Alm disso, desenvolve-ro e testaro um programa de certificao de qualidade do leite e, desse modo, conseguiro avaliar o impacto destas intervenes de audi-toria nas fazendas leiteiras.

    Fonte: TheCattleSite

    Nos ltimos 10 anos, houve um progresso lento e contnuo na reduo de mastite

  • 10 leite

    Mercado

    O preo do leite recebido pelo produtor em fevereiro (re-ferente produo de janeiro) aumentou 1,35% em rela-o ao ms anterior, com o litro cotado na mdia de R$ 0,8219 (preo lquido), segundo levantamentos do Centro de Estudos Avanados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Esse valor refere-se mdia ponderada pelos volumes captados nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. O preo bruto, ou seja, quando se consideram frete e impostos, subiu para R$ 0,8941/litro. Este valor, se com-parado ao do mesmo perodo do ano passado, est leve-mente superior (0,6%) em termos reais considerando-se a inflao (IPCA) do perodo.

    Os reajustes foram motivados pela queda da produo em janeiro. Conforme o ndice de Captao de Leite do Cepea (ICAP-Leite), o volume recebido por laticnios/co-operativas de sete estados recuou 2,67% de dezembro para janeiro. Na Bahia, a queda chegou a 10,8%, a maior entre os estados da pesquisa. Em seguida, Minas Gerais teve captao 5,2% menor, acompanhado de Gois (4,6%) e So Paulo (2,4%). J no Sul, a captao avanou 0,76%

    devido, principalmente, ao aumento da produo do Paran (6,1%), nico estado da pesquisa que produziu mais em janeiro que em dezembro.

    Por sua vez, a menor captao reflete as dificuldades para o produtor manter os investimentos na atividade. Confor-me pesquisadores do Cepea, insumos importantes, como o concentrado e os fertilizantes, ficaram levemente mais baratos no incio deste ano, mas, como esperado, o custo de produo aumentou com o reajuste do salrio mnimo, que tem impacto direto nas despesas com mo-de-obra.

    Alm dos custos mais altos, outro problema aponta-do pela equipe Cepea o forte calor, que reduziu o de-sempenho produtivo dos animais na maioria das regies pesquisadas. No Nordeste, em especial, pesa tambm a escassez de forragem para o rebanho devido estiagem prolongada. Paralelamente, agentes consultados pelo Ce-pea relatam que o excesso de chuvas no Sudeste e em algumas regies do Sul tambm prejudicou o transporte de leite da propriedade at a plataforma das indstrias.

    no Sul, a captao avanou 0,76% devido, principalmente, ao aumento da produo do Paran (6,1%)

    CEPEA: Dificuldades dentro da porteira levam a reajuste ao produtor

  • 11 leite

    No segmento de derivados lcteos, fevereiro tem sido um ms de estabilidade, conforme o Cepea

    GRANDE

    Grfico 1: ICAP-L/Cepea - ndice de Captao de Leite - JANEIRO/13. (Base 100=Junho/2004)

    Fonte: Cepea-Esalq/USP.

  • 12 leite

    Mercado

    Grfico 2: Srie de preos mdios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA (mdia de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA)

    Fonte: Cepea-Esalq/USP.

    No segmento de derivados lcteos, fevereiro tem sido um ms de estabilidade, conforme o Cepea. Tanto o preo do leite UHT como do queijo mussarela no atacado do estado de So Paulo seguem praticamente nos mesmos nveis de janeiro.

    O leite UHT, em fevereiro (cotao at o dia 27), tem m-dia de R$ 1,90/litro e o queijo mussarela, de R$ 11,42/kg, ligeiras redues de 0,9% e 0,15% em relao a janei-ro, respectivamente. Colaboradores do Cepea acreditam que o consumo tenda a aumentar a partir de agora, com a retomada efetiva das aulas, e que os preos devam se recuperar. Essa pesquisa do Cepea feita diariamente com laticnios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organizao das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Con-federao Brasileira de Cooperativas de Laticnios (CBCL).

    AO PRODUTOR

    Em fevereiro, os preos aumentaram em quase todos os estados da pesquisa Cepea; a exceo foi So Paulo, onde a mdia foi de R$ 0,9035/litro (preo bruto), com leve re-duo de 0,7% frente a janeiro. J na Bahia aconteceu o maior aumento entre os estados da pesquisa, de 7,8% (ou 6,5 centavos por litro), com o litro cotado a R$ 0,8918. Em Gois, o aumento foi de 1,9% (ou 1,7 centavo por litro), com a mdia bruta a R$ 0,9223. Logo em seguida esteve Santa

    Catarina, com alta de 1,54% e mdia de R$ 0,8772, o que significa 1,3 centavo a mais por litro.

    No Paran, o reajuste foi de 1,52% (1,3 centavo por litro), com a mdia a R$ 0,8972/litro. Em Minas Gerais, com o au-mento de 1,2 centavo, o litro teve mdia de R$ 0,9050. Por fim, no Rio Grande do Sul, o aumento foi de 1,3% ou 1,1 cen-tavo por litro, sendo mdia calculada em R$ 0,8364/litro.

    Entre os estados que no compem a mdia nacional Ce-pea, o maior aumento (1,2%) aconteceu no Esprito Santo, onde o litro foi cotado a R$ 0,8783 (valor bruto). No Rio de Janeiro, o preo do leite aumentou 1% (0,9 centavo), com a mdia indo a R$ 0,9601/litro. O preo no Cear teve au-mento de 0,8% (0,8 centavo), chegando a R$ 0,9611/litro. Em Mato Grosso do Sul, o preo ficou praticamente est-vel, com leve alta de 0,4%, com o litro a R$ 0,8039.

    Para o ms de maro (produo de fevereiro), a maior parte dos representantes de laticnios/cooperativas consultados pelo Cepea (56% dos entrevistados, que representam 52,1% do volume de leite amostrado) acredita em estabilidade nos preos. J para 34% dos entrevistados (que representam 41,9% do volume de leite amostrado), a expectativa de nova alta, enquanto 10% dos consultados (6% do volume amostra-do) acreditam que deve haver queda nas cotaes.

  • Grfico 2: Srie de preos mdios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA (mdia de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA)

    13 leite

    H 15 anos, a maior linha de Tubos, Conexes e Acessrios Industriais para o segmento alimentcio.

    Somente uma empresa com tanta experincia de mercado poderia oferecer produtos versteis, que vo muito alm das suas expectativas. A Brascon possui uma linha completa de Tubos, Conexes e Acessrios Industriais com acabamento sanitrio e assptico para aplicao nos segmentos alimentcio, de bebidas e farmacutico. Alm disso, tem equipe de vendas tecnicamente preparada para atender voc da melhor forma.

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  • www

    14 leite

    Especial

    nasbaixastemperaturasAs cmaras frigorficas representam um desafio quando se trata de manuteno. As cmaras de congelados, que armazenam peixes, gelo, carnes, entre outros, possuem uma mdia de temperatura entre -10C e -25C. As de resfriados, que conservam salgados, doces, bolos, lcteos e bebidas, entre 0C e 10C.

    Dentro das cmaras, um vai e vem de empilhadeiras e maquinrios. Gelo congelado no piso que nunca derrete. O piso descola e cria buracos. As cmaras geminadas, que apresentam uma parede em comum, apresentam maio-res cuidados e dificuldades no trato quando precisam de manuteno. E caso uma delas precise ser desligada, a outra diretamente atingida. Todos esses fatores e pre-ocupaes resultam em prejuzo para a empresa.

    Por conta destes imprevistos, empresas como a JBS e Confrio optaram por uma soluo paliativa. Compraram um kit de reparos localizados para pisos em baixas tem-peraturas da Miaki Revestimentos. Esse kit possui 25 kg e pigmentao cinza escura. O prprio cliente realiza a apli-cao e no h necessidade de desligar a cmara, pois o reparo cura nas baixas temperaturas.

    Os pisos das cmaras frigorficas e resfriadas so, geral-mente, de concreto. No entanto, com o contato frequente

    das empilhadeiras, funcionamento 24h e outros ataques ao piso, em muitos casos, a empresa perde a base do piso. Assim, um frigorfico ou laticnio precisa desligar a cmara por pelo menos sete dias e refazer o piso todo.

    Para evitar o transtorno, outros clientes optaram por revestir o concreto para proteg-lo. Empresas como a Marfrig, Grupo Po de Acar, Supermercados Verde-Mar, Aa e Minerva aplicaram o revestimento na cmara toda. Para esses clientes, o kit reparo possui colorao parecida, j que se trata do mesmo produto.

    A aplicao do piso depende muito das necessidades de cada empresa. Se a empresa est iniciando as atividades com uma cmara nova, um dos pisos indicados o PU-CIM autonivelante. Mas se a cmara j se encontra em ativida-de, apenas o MMA indicado, pois a nica resina que cura em to baixas temperaturas e suporta variaes trmicas ambientes. Alm disso, em uma obra de rea aproximada entre 80 e 100 m possvel ser realizada em apenas um dia.

    Os benefcios de proteger o piso com estas resinas so a impermeabilizao, a no necessidade de desligamento da cmara para reforma, rapidez na execuo e reduo de manuteno (com piso esburacado, o cliente pode que-brar as empilhadeiras, que so bastante caras).

  • 15 leite

    Empresas

    25 anos de histria

    A Metachem, empresa 100% brasileira, completar 25 anos em maio e, desde ento, vem ampliando e solidificando seus negcios na representao e distribuio de produtos qumicos. Atuando como representantes e distribuidores de matrias-primas produzidas por fabricantes de reco-nhecida qualidade internacional e, sempre que possvel, com exclusividade para atender o mercado industrial brasi-leiro e sul-americano, a Metachem possui uma linha com-pleta de produtos para o mercado de alimentao humana. So matrias-primas e ingredientes funcionais, destinados s reas de panificao, lcteos, crneos, bebidas, sobre-mesas, food service, aromas, entre outros.

    Segundo a empresa, seu comprometimento com o merca-do est na busca por qualidade e inovao. Seu diversifica-do leque de produtos conta com mais de 300 itens para as reas de: alimentao humana (panificao, sucos, lcteos, carnes, sobremesas, aromas e fragrncias); adesivos (de contato, hot-melt, PSA, acrlicos); lubrificantes (sintticos automotivos e industriais); tintas (automotivas, industriais e de impresso); vernizes; refratrios; tratamento de cou-ros; resinas; plsticos; farmacuticos; tratamento de gua (industrial, em papel e celulose, usinas de acar e lcool, curtumes); catalisadores para processos qumicos, agro-qumicos, plastificantes, fotografia, corantes, pigmentos, tratamento de madeira, entre outros.

    A empresa, que iniciou com apenas dois funcionrios, procurou crescer de forma sustentada, baseada em re-cursos prprios sem colocar em risco a sade financeira, o nome, os princpios ticos e a identidade das empresas parceiras. Orgulha-se de ter hoje uma equipe de 31 pes-soas, nas quais tem investido sempre com a preocupao

    constante de valorizar seu maior patrimnio: o recurso humano. Em sua rea industrial, em Itupeva (SP), formula vrios ingredientes para a Indstria Alimentcia. A outra filial se encontra em Itaja (SC).

    De acordo com a empresa, todos os funcionrios esto comprometidos com o atendimento integral da boa po-ltica de parcerias e de seus objetivos, buscando sempre exceder a expectativa do cliente, conhecendo suas neces-sidades, fornecendo produtos adequados e pesquisando novos produtos e novas solues.

    Como novidade na rea de lcteos, destaca-se o Cheese-maker, da KMC (Dinamarca), que um amido modificado de batata para ser usado na fabricao de queijo anlogo. O produto est disponvel nas verses de baixo, mdio e alto derretimento, conferindo ao produto final facilidade de ralar, baixa viscosidade durante a produo do queijo e, principalmente, reduo de custo.

    Outros produtos que atendem ao setor de lcteos so:

    - cido Ctrico - cido Srbico - Citrato de Sdio - CMC - Fcula e Amido Modificado de Batata - Goma de Tara - Goma Arbica - Inulina - Nisina - Natamicina - Sorbato de Potssio

  • 16 leite

    Empresas

    detectandoqualidadeFundada por Steve Gidman e Dino Rosati, em 1996, a Fortress Technology trabalha com detec-tores de metais. Com sede em Toronto (Canad), unidades no Brasil e Reino Unido, e consultores de vendas em todos os continentes, a Fortress Brasil iniciou suas atividades, em 2006, em Caiei-ras (SP), para atender a demanda da Amrica Latina. Somando Canad, Brasil e Reino Unido, o grupo conta com mais de 150 colaboradores em-penhados em oferecer solues em deteco de metais para segmentos industriais.

    Os detectores de metais so equipamentos de extrema necessidade, instalados em linhas pro-dutivas de diversos segmentos (laticnios, in-gredientes, bebidas, frigorficos, candies, higiene pessoal, entre outros). Eles detectam e rejeitam contaminaes por metais, garantindo a segu-rana dos produtos, dos consumidores e a credi-bilidade das empresas processadoras.

    De acordo com Thais Christinne Cini, Analista de Marketing da Fortress Technology, o diferencial da Fortress est em produzir detectores com tec-nologia superior, o que garante uma deteco pre-cisa e confivel, identificando as menores partcu-las de contaminantes metlicos, com estabilidade e ndices de falsa rejeio praticamente nulos.

    Na atual linha de produtos para atender o mer-cado lcteo, a empresa conta com os detectores de metais Big Bag, Gravidade, Tnel e Pipeline. Em aplicaes como leite em p, os detectores ideais so Gravidade ou Big Bag. Para garantir a segurana de linhas de iogurtes, o modelo de de-tector mais indicado o Pipeline e em linhas de queijos indicado o detector Tnel.

    Entre os servios oferecidos, Thais afirma que a Fortress trabalha oferecendo solues voltadas a garantir a segurana dos produtos de nossos clientes para que estejam livres de contamina-o metlica, em diversas fases do processo pro-dutivo, que pode ocorrer em funo de desgastes de mquina, matria-prima contaminada, pro-cessos de manuteno, entre outros.

    Em termos de estrutura fsica, h nove meses a Fortress est operando em uma nova unidade industrial com 1.100 m, como relata a analista de marketing: Com o objetivo de suprir a neces-sidade de nossos clientes e atendendo a cres-cente demanda do mercado, o novo prdio com 1.100 m, localizado no municpio de Caieiras, em So Paulo, oferece maior capacidade de produ-o, rea administrativa ampla e localizao sem restries de horrios para carregamento.

  • 17 leite

    A Fortress possui duas linhas de detectores, a Phantom e a nova linha Stealth. O lanamento foi produzido com o intuito de solucionar a ne-cessidade de rastreabilidade de processos, banco de dados e fornecimento de maiores informa-es sobre a deteco aos clientes.

    Thais afirma que as linhas de detectores da em-presa possuem deteco ultrassensvel, precisa e operao simples. Os detectores Stealth possuem um sistema de coleta de dados detalhados para acesso a relatrios de qualidade, estabelecendo um ponto critico de controle, j que sabemos que essas informaes so extremamente necessrias para apoiar processos de qualidade e auditorias.

    A tecnologia Stealth pode ser atualizada em de-tectores Phantom, trocando apenas a placa digi-tal e o painel de controle. Dessa forma os detec-

    tores no se tornam obsoletos e h reduo dos custos para os clientes.

    Segundo a analista de marketing, para atender as necessidades dos clientes, o atendimento acon-tece de forma customizada e o projeto dos detec-tores vai de encontro com o que foi solicitado. A venda ocorre por meio dos consultores que esto dispostos a compreender e alcanar as melhores solues, oferecendo ao cliente todo apoio neces-srio antes, durante (aplicao do projeto) e de-pois do processo de aquisio do equipamento.

    O corpo tcnico composto por tcnicos da For-tress e de suas representadas, sendo que estes recebem treinamentos constantes e esto alta-mente qualificados para garantir servios de as-sistncia tcnica local com agilidade e menores custos aos nossos clientes.

  • 18 leite

    especial queijosqueijoestepe

  • 19 leite

  • 20 leite

    Especial Queijos

    das estepesO queijo tipo Estepe surgiu nas estepes russas, mas muito comercializado no Brasil. Seme-lhante ao queijo Prato, se analisados os aromas e na textura, o Estepe fabricado com leite de vaca pasteurizado e filtrado e da famlia de queijos de massa semicozida.

    um produto submetido a um processo de se-micozimento, prensagem, salga e maturao por aproximadamente 40 dias, quando aparece textura semidura com massa plena de olhaduras, provo-cadas por fermentos especiais acrescidos ao leite.

    O paladar tnue e amendoado, suavemente doce e seu aroma leve e limpo, onde se destaca uma nuance lctea, caramelada. Entre os for-matos criados, o mais comum na configurao quadrada e chata, pesando cerca de 6 Kg. Comu-

    mente embalado em pelcula plstica a vcuo, imediatamente aps a sua salga e secagem, e, desse modo, no possui casca.

    O Estepe um queijo para consumo puro, em tbuas de queijo, festas de queijos e vinhos ou como queijo de mesa, acompanhado de frutas, pes e bebidas. Consuma-o acompanhado de alguma fruta, tais como, uva tipo Itlia, cereja ou pera. Por apresentar paladar amendoado, delicadamente doce, pode substituir em lan-ches e sanduches o queijo Prato, melhoran-do o resultado gastronmico, razo pela qual o varejo habituou-se a comercializa-lo fatiado em bandejas. Tambm combina bem com mar-meladas e compotas doces. Por apresentar um sabor frutado faz excelente parceria com vinho branco frutado (tipo Riesling ou Asti).

  • 21 leite

    queijo estepePOR FERNANDO RODRIGUES

    Originrio das estepes russas, o queijo Es-tepe fabricado a partir do leite de vaca. Apresenta uma textura semidura e massa semicozida, de cor amarelo-palha, com sabor frutado ligeiramente doce.

    Geralmente consumido puro ou em molhos quatro queijos. Por ter uma textura fcil para fa-tiar, serve para compor sanduches e aperitivos.

    Formato: quadrado com 5 a 6 quilos.

    Sabor: suave, sem acidez e suave aroma ltico;

    Peso: seis quilogramas;

    Massa: semicozida, textura compacta, sem olhos mecnicos ou lisos, massa amarelada, longa, fle-xvel e de consistncia macia.

  • 22 leite

    queijo tipo estepe

  • 23 leite

  • 24 leite

    Especial Queijos

    NDICE

    % de umidade

    % de sal

    pH

    % de GES (mnimo)

    % de protena total

    % protena solvel

    % ndice de maturao

    Dias maturao

    APS A SALGA

    43 45

    1,5 1,8

    5,1 a 5,2

    40

    -

    -

    -

    Mnimo de 25 dias

    APS A MATURAO

    41 - 43

    1,6 - 1,9

    5,2 - 5,4

    40

    22,50 - 26,5

    2,7 3,7

    12 14

    Mnimo de 25 dias

    PADRO DE QUALIDADE

    TECNOLOGIA

    Leite: filtrado, padronizado, pasteurizado acidez 15 a 18D (demais provas fsico-qumicas con-forme regulamento tcnico).

    Gordura: 3,4 a 3,6%.

    Fermento ltico: Fermento mesoflico base de Lactococcus lactis subsp. lactis e Lactococcus lactis subsp. cremoris. O fermento pode ser na forma para uso direto (dvs). O pH no dia seguinte deve estar entre 5 a 5,2.

    Cloreto de clcio (sol. 40% m/m): 40 a 50 ml para 100 litros de leite.

    Corante Natural de Urucum: dosagem de 5 a 10 ml para cada 100 litros de leite.

    O paladar tnue e amendoado, suavemente doce e seu aroma leve e limpo, onde se destaca uma nuance lctea, caramelada

  • 25 leite

    Nitrato de Sdio (Salitre do Chile): dosagem de 20 gramas para cada 100 litros de leite (pre-veno de estufamento tardio).

    Temperatura adio do coagulante: 34 a 35C.

    Coagulante Quimase na dosagem de 20 ml para cada 100 litros de leite.

    Tempo de coagulao: 35 a 50 minutos.

    Corte: lento.

    Gro: 4, gro de milho (lira vertical e horizontal).

    Repouso: trs minutos. 1 Mexedura e delactosa-gem: 20 minutos. Retirar 30 a 40% de soro e adi-cionar gua a temperatura de 75C, lentamente, at que atinja a temperatura de 41 a 42C (nor-malmente utiliza-se de 15 a 20% de gua na sua totalidade). A partir desse momento a mexedura deve ser intensificada com macal ou garfo.

    Geralmente consumido puro ou em molhos quatro queijos

  • 26 leite

    Especial Queijos

    Prosseguir a mexedura at o ponto evitando quebra excessiva dos gros ou formao de aglo-merados dos mesmos.

    Ponto: em torno de 80 a 90 minutos (aps o cor-te), com os gros apresentando determinada ca-racterstica de consistncia. Verificar na prtica. Aps o ponto remove-se a massa para extre-midade oposta sada do tanque.

    Dessoragem: pr-prensa com soro.

    Pr-prensagem: com peso igual a duas vezes mais ao peso da massa (podendo ser manual ou pneumtica) por 15 a 20 minutos.

    Enformagem e prensagem: aps a pr-prensa-gem proceder a enformagem com as formas es-pecficas e com dessoradores.

    Para formas com dessoradores apropriados faz-se uma prensagem direta de 90 a 120 minutos com peso dez vezes superior ao peso de cada

    queijo. Em prensa pneumtica utilizar 35 a 40 lbs/pol. Para dessoradores de panos, aps 20 minutos de prensagem, fazer uma viragem dos queijos e acertar os panos para que no mar-quem demasiadamente os mesmos.

    Fermentao: deixar os queijos permanecerem nas prensas at o dia seguinte (sem peso) e fazer o toillet (retirar rebarbas e prensar sem des-sorador para eliminar suas marcas). O pH deve estar na faixa de 5,0 a 5,2 (massa). Desminerali-zao controlada.

    Salga: Em salmoura (temperatura de 10 a 12C com 19 a 21% de sal, pH de 5 a 5,3) por 72 horas (queijo de 6 quilos). Secagem: Aps a salmoura os queijos devero secar por 24 a 48 horas e umidade de 80 a 85%. Aps a secagem embalar em emba-lagem a vcuo e mant-los numa temperatura de 10 a 12C. Depois de 25 a 30 dias, destinar para cmara de estocagem final com temperatura mxima de 5C. Embalado a vcuo sob refrige-rao, durabilidade de at seis meses.

  • 27 leite

  • 28 leitePo de Acar - RIo de Janeiro

    Cenrios do BrasilRio de Janeiro

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  • 30 leite

    Cenrios do Brasil RIO DE JANEIROIndstria LEITEIRA gera

    empregos no estadoEle funciona como antdoto contra produtos venenosos, indicado como remdio para a pele, alm de ser um forte aliado no fortalecimento dos ossos e contra ou-tras doenas. Entretanto, alm de todas essas vocaes, o leite tambm tem sido o grande responsvel pela transformao na vida de milhares de famlias fluminenses.

    Desde 2007, foram inauguradas 51 empresas e a modernizao de 28 coope-rativas e associaes. A indstria Leiteira no Estado do Rio de Janeiro recebeu investimentos de R$ 375 milhes e gerou 19.050 empregos diretos e indire-tos. Neste perodo, a produo de leite saltou de 470 milhes de litros por ano para 610 milhes. Consegui comprar um carro, que sempre foi meu sonho de consumo, conta Antnio Honorato, funcionrio da fbrica da LBR, em Barra Mansa, e exemplo desse cenrio.

    Instalada, em 2009, no municpio, a LBR produz leites Parmalat, Da Matta, Bom Gosto, alm de achocolatados. Apenas essa fbrica capta sete milhes de litros de leite por ms de produtores do Estado. So 141 funcionrios em seu quadro atual e esse nmero ainda vai crescer. J estamos com mais 38 contrataes encaminhadas para o prximo ms. Estamos crescendo e investindo em nossos funcionrios, afirma o gerente industrial da unidade Barra Mansa, Mario Arcaten.

    Segundo o diretor de captao e suprimentos da LBR, Roberto Hentzy, uma parceria realizada com a Federao de Agricultura, Pecuria e Pesca do Estado do Rio de Janeiro e o Servio Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-Rio) ir qualificar cerca de 200 produtores de leite do Estado.

    A parceria vai permitir que os produtores rurais recebam treinamentos sobre qualidade e sejam assistidos por tcnicos da Faerj e do Senar-Rio. Isso contri-buir para o desenvolvimento sustentvel e competitivo da cadeia produtiva do leite, aumentando a produtividade e, consequentemente, a lucratividade e a qualidade de vida do produtor rural e de sua famlia, explica o diretor.

    Proprietrio de uma fazenda em Porto Real, Rodrigo Alvarenga tem 45 animais, produz mil litros de leite/dia e toda sua produo vai para a LBR. Alvarenga enaltece projetos do Governo do Estado, como o Rio Gentica, que oferece li-nhas de crdito para a compra de animais, embries e equipamentos: Investir na gentica uma das coisas mais importantes para quem se preocupa com a qualidade da produo leiteira. O aumento da produo de leite tambm est associado qualidade gentica do gado.

    A PRODUO DE LEITE SALTOU DE 470 MILhES DE LITROS POR ANO PARA 610 MILhES

  • 31 leite

    RIO DE JANEIRO

    A mineira Laticnios Marlia construiu h um ano uma f-brica em Itaperuna, regio noroeste do Estado, que gerou 200 empregos diretos na regio. Fomos atrados pelos incentivos fiscais que o Governo do Estado do Rio oferece. Investir no Rio foi um grande acerto, diz o Tcnico em La-ticnios, Joo Carlos Dias Lima.

    A chegada de outras empresas, como a Nestl, em Trs Rios, a Bom Gosto/Parmalat, em Barra Mansa, a Latic-nios Marlia, em Itaperuna, e a Brasil Foods, que comeou a construir suas instalaes em Barra do Pira, colaborou para que o Rio de Janeiro figure entre os dez maiores pro-dutores de leite do Brasil.

    Indstria lctea atrai R$ 555 milhes em investimentos para o RJ

    Os incentivos fiscais e programas de fomento a indstria lctea no Estado do Rio de Janeiro consolidam o setor como um dos mais importantes no pas. Com a incluso da Vigor no RioLog, programa de fomento ao comrcio atacadista e centrais de distribuio, esse setor ter um forte impulso. A empresa anunciou o investimento de R$ 180 milhes no Estado, sendo R$ 30 milhes para o cen-tro de distribuio e R$ 150 milhes para a nova fbrica. O empreendimento na Regio Metropolitana gerar 400

    empregos, dos quais 81 diretos. A aquisio do terreno acontece em parceria com a Companhia de Desenvolvi-mento Industrial (Codin), vinculada Secretaria de Des-envolvimento Econmico, Energia, Indstria e Servios do Estado do Rio de Janeiro.

    O setor de laticnios vem se consolidando como mais um vetor de desenvolvimento no estado, contribuin-do para a gerao de emprego e renda na regio em que atua e ajudando a promover a diversificao da economia, disse o secretrio de Desenvolvimento Econmico, Julio Bueno.

    Os projetos da Vigor tiveram enquadramento aprovado no programa de incentivo Riolog. O novo centro de dis-tribuio substituir a unidade que a empresa j tem na Pavuna, Zona Norte do Rio. Com investimento de R$ 30 milhes, o empreendimento tambm vai gerar 57 veculos emplacados no estado. O centro ter seis mil m2. A rea para a fbrica que ter investimento de R$ 150 milhes ainda no foi escolhida.

    A companhia segue o destino escolhido recentemente pela Quat, que investir R$ 50 milhes na planta indus-trial e no revigoramento da tradicional marca Leite Glria, em Itaperuna, no Noroeste fluminense.

    A parceria vai PERMITIR que os produtores rurais recebam treinamentossobre qualidade e sejam assistidos por tcnicos da FAERJ E DO SENAR-RJ

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    Cenrios do Brasil

    Produtores de leite trocam experincias sobre empreen-dimentos comunitrios

    Produtores de leite da microbacia Rio Preto, em Campos dos Goytacazes, conheceram um empreendimento bem sucedido na bacia Papamel, na vizinha Cardoso Moreira. L, h cerca de dois anos, um tanque de resfriamento foi ins-talado com incentivos do Rio Rural, projeto da secretaria de Agricultura. As atividades no local e a participao ativa dos moradores do Papamel impulsionam melhorias nas estra-das, nos pastos e na gentica do rebanho bovino.

    O grupo de Campos se prepara para a instalao de um tanque de resfriamento de leite, semelhante ao instalado em Cardoso Moreira. A produtora campista Leila Barreto, 44 anos, est muito animada com o projeto. Gostei muito de ver o que essas pessoas esto fazendo, como esto lidando com o tanque na prtica. Foi timo porque pude-mos fazer perguntas e tirar as dvidas, disse Leila.

    Veterinrio da Emater-Rio, Hugo Louvain presta assistncia aos agricultores e avalia como positiva a troca de experin-cias: muito importante constatar que se tornou possvel ver pessoas como eles fazendo as coisas que desejam. Aqui, na bacia Papamel, contar com esse tanque possibilitou mel-hora na autoestima de toda a comunidade.

    Atualmente, o equipamento recebe leite do rebanho de 19 produtores do Papamel, num total dirio de 800 litros.

    Depois do tanque, conseguimos preos melhores no leite e agora estamos nos organizando para realizar vendas vol-tadas a merenda escolar, que paga melhor do que as coo-perativas e laticnios, afirmou o presidente da Associao de Produtores Rurais do Papamel, Ocimar Benvindo.

    O tcnico agrcola da Emater-Rio e executor do Rio Rural, Jarbas Pereira Filho, atualmente trabalha na microbacia Rio Preto, em Campos, mas relembra que, quando atuava na cidade vizinha, ajudou o grupo do Papamel a implantar o tanque de resfriamento de leite.

    Foi bom rever esse grupo e mostrar para os produtores de Rio Preto o que possvel fazer, com organizao e tra-balho. As excurses tcnicas so uma tima maneira de ensinar, de mudar opinies, finalizou o tcnico agrcola.

    Emater-Rio capacita produtores com foco na sanidade animal

    O manejo adequado do rebanho leiteiro previne doenas e aumenta o retorno econmico da atividade, alm de con-ferir mais qualidade ao leite, garantindo a sade pblica e o bem estar dos animais. Para atender demanda de pequenos pecuaristas e evitar prejuzos com a morte de bezerros, a Emater-Rio de Santo Antnio de Pdua pro-moveu um curso sobre bovinocultura de leite, que tratou de temas que os pecuaristas enfrentam no dia-a-dia.

    O objetivo foi esclarecer questes que os pecuaristas apresentam quando procuram por assistncia tcnica. A morte de um bezerro um grande prejuzo para o agricul-tor familiar e, na maioria das vezes, cuidados simples no manejo podem evitar tais perdas, explicou a coordena-dora do curso, Priscila Corradi, veterinria da Emater-Rio, empresa vinculada Secretaria Estadual de Agricultura.

    Foram quatro aulas, em janeiro, com palestras que abordaram algumas das principais doenas infecciosas que acometem os bezerros, como brucelose, febre aftosa, manqueira, varola, fas-cola, entre outras; alm de mastite e das zoonoses doenas que podem ser transmitidas aos humanos pelos animais.

    Alm de Priscila, foram palestrantes o agrnomo da Emater-Rio, Alusio Massote, e o veterinrio da Defesa Sanitria, Joo Mrcio. As palestras abordaram tambm legislao, crdito rural e crdito fundirio, e, sobretudo, os fatores que interferem na qualidade do leite, como ali-mentao do rebanho e higiene.

    Os produtores devem ter conscincia de que primar pela qualidade importante para atender o consumidor final. O leite que eles produzem alimenta crianas, idosos, est na mesa da famlia brasileira, disse Priscila.

    180 milhes a quantia que ser investida no setor lcteo no estado. R$ 150 milhes para a nova fbrica e 30 milhes para o centro de distribuio

    400 quantidade de empregos que sero gerados.

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    Para Cleide Mendes, que capta 40 litros de leite no Stio Boa Sorte, o curso foi proveitoso. Muita coisa j tinha acontecido comigo e eu no sabia o que era, nem como resolver, disse a produtora. Com 17 anos, Everton Mendel quer usar o que aprendeu para ajudar os pais a tocar o stio. Sinto-me mais preparado para cuidar dos animais, afirmou.

    A indstria de laticnios Nata foi parceira na reali-zao do curso e proporcionou uma visita tcnica em suas instalaes, para que os produtores pudessem conhecer o processo de beneficiamento do leite. O fechamento do curso ocorreu em fevereiro, com um dia de campo em propriedade rural, com pastoreio rotacionado, apresentado aos participantes como forma de manejo sustentvel.

    Sumidouro ganha projeto de melhoria da qualidade do leite

    Em Sumidouro, na Regio Serrana, uma ao conjunta da Pesagro-Rio e da Emater-Rio, empresas vinculadas Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuria, vai trans-formar a realidade de famlias produtoras de leite da loca-lidade So Loureno, na microbacia Rio Paquequer. Trata-se de um projeto de recuperao produtiva e sanitria da pecuria leiteira, que prev o uso da cana-de-acar com ureia como alternativa para alimentao de bovinos no perodo de seca, prtica que tambm vem sendo incenti-vada, desde 2008, pelo Programa Rio Rural, com sucesso, no norte e noroeste fluminense.

    Resultado de um projeto de pesquisa financiado pela Faperj (Fundao Carlos Chagas Filho de Ampa-ro Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), a inicia-tiva tambm est sendo desenvolvida em So Fid-lis, no norte do Estado. Atravs da disponibilizao de mudas de cana-de-acar (cultivar RB 867515, com finalidade forrageira) para agricultores familia-res desses dois municpios, o objetivo incentivar a adoo de novas tcnicas de plantio e de manejo sanitrio do rebanho bovino.

    6 mil mrea da nova fbrica

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    Cenrios do Brasil

    Para isso, foram instaladas, no segundo semes-tre do ano passado, quatro unidades demons-trativas em Sumidouro, que receberam um tra-balho especfico de preparao do solo atravs de anlise, correo de acidez e adubao. Uma delas est na propriedade de Jos Manoel de Souza Mattos, que at trs anos atrs se dedi-cou apenas lavoura. Ele conta que sempre teve a inteno de melhorar a alimentao do gado, mas no dispunha de recursos. Estou satisfeito com o trabalho e animado com a possibilidade de aumentar os ganhos, revelou.

    Outro beneficirio Uemerson de Lima Ramos, 23 anos, que tira em mdia, no perodo chu-voso, 60 litros dirios de leite, escoados para a cooperativa de Sumidouro. Acho que a intro-duo da cana vai ser muito boa para o reban-ho. At ento, s usava capim, disse o criador, que tambm produz tomate, berinjela e jil. De acordo com o pesquisador do Centro Estadual de Pesquisa em Sanidade Animal da Pesagro-Rio, Arivaldo Ribeiro Viana, a utilizao da cana com ureia uma opo vivel, que contribui para a recuperao dos rebanhos: A proposta do trabalho melhorar a alimentao de vacas de leite e, consequentemente, a produtividade desses animais, justamente na poca de seca, quando as pastagens so mais fracas.

    Jader Serafim Campanati, mdico veterinrio da Emater-Rio e tcnico executor do Rio Rural na microbacia Rio Paquequer, ressalta que Sumi-douro foi o municpio que mais teve perdas de pastagens por conta da tragdia climtica de 2011. Segundo ele, essa parceria vai oferecer ganhos significativos na qualidade do leite e, tambm, promover o restabelecimento pleno da

    bovinocultura leiteira na microbacia. A variedade da cana implantada apresenta boa produtivida-de, boa capacidade de rebrota e est adaptada ao clima da regio, garantiu.

    Criatividade melhora o planejamento em Duas Barras

    Em Duas Barras, na Regio Serrana, os tcnicos da Emater-Rio, executores do Rio Rural, progra-ma da Secretaria Estadual de Agricultura, esto aplicando um modelo diferenciado no planeja-mento das propriedades rurais, direcionado para sustentabilidade. Os planos individuais de des-envolvimento (PID), que descrevem as prticas sustentveis a serem adotadas pelos agriculto-res, esto sendo elaborados atravs do mtodo Conhecendo a propriedade com o agricultor, utilizando a criatividade para levantar dados de forma fcil e com baixo custo.

    Trata-se de um planejamento conservacionis-ta baseado em metodologia desenvolvida pela Embrapa Solos. A atividade consiste no detal-hamento ambiental das glebas das proprieda-des rurais, onde se verificam, na prtica, vrias caractersticas do solo, levando em considerao fatores como inclinao, permeabilidade, textura, compactao, entre outros.

    Para apurar essas informaes, so utilizados instrumentos de fcil construo e manuseio. Um deles o clinmetro caseiro, desenvolvido pelo supervisor regional da Emater-Rio, Alexan-dre Jacintho Teixeira, que indica a declividade ou a inclinao de um terreno em relao ao hori-zonte. Para determinar a permeabilidade do solo, foi montado um kit composto de anel de PVC,

    Estou satisfeito com o trabalho e animado com a possibilidade de AUMENTAR OS GANHOS

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    Cenrios do Brasil

    Fontes: Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Energia, Indstria e Servios do Governo do Rio de Janeiro

    saco plstico, garrafa pet e um cronmetro de celular, permitindo avaliar a capacidade de infil-trao. J para a medio da textura, retirada uma amostra que, na sequncia, manuseada at que se conclua qual a respectiva classe do solo. Por fim, a compactao avaliada com uso de um vergalho que testa a resistncia.

    Na microbacia Quilombo, os extensionistas da Emater-Rio, Salvador Rimes e Rebeca Rodrigues, esto percorrendo todas as propriedades que participaram do sorteio de projetos, para colocar em prtica a etapa do Rio Rural, que determina a ordem de atendimento aos agricultores e in-centivo s boas prticas. Um dos visitados foi o produtor Sebastio Paulo Milhorance de Moraes, que capta, em mdia, 35 litros de leite diaria-mente, escoados para a cooperativa do munic-pio. Aps a visita, a concluso foi da necessidade de implantao de um sistema silvipastoril (in-tegrao pecuria-floresta), alm de anlise de solo e recuperao de mata ciliar.

    De acordo com o assessor tcnico regional do Rio Rural, Gerson Yunes, o novo mtodo de planeja-mento proporciona uma reflexo, junto ao agricul-tor, da real situao da propriedade, contribuindo para a escolha certa das prticas que sero apoia-das pelo Rio Rural e tambm pelas linhas de cr-dito agrcola. Com esse mtodo, vamos discutir com o agricultor qual a melhor atividade econ-mica para a propriedade dele, levando em consi-derao a situao atual e a proposta, analisou.

    Para Rimes, esse trabalho importante, pois se adapta realidade do beneficirio. des-sa forma que se torna possvel, junto com o agricultor, identificar as potencialidades de sua propriedade. uma ferramenta eficaz para a tomada de deciso sobre a aplicao dos re-cursos oferecidos, concluiu.

    Com esse mtodo, vamos discutir com o agricultor qual a melhor atividade econmica para a propriedade dele, levando em considerao a situao atual e a proposta

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    Artigo Tcnico

    Sistemas de tratamento de efluentespara indstrias de laticnios

    Sistemas de tratamento de efluentes para indstrias de laticnios

    Observamos um crescimento mundial nas exigncias e necessidades de reduzirmos a poluio. A qualidade ambiental um dos principais propul-

    sores desse movimento. Devido a isto, as necessidades para solues de tratamento de guas servidas na indstria de laticnios tambm esto crescendo. A Aqua I.W. um completo fornecedor para instalaes de tratamento de guas servidas atingindo desde o pr-tratamento at as instalaes completas de reuso. Com uma base superior a 70 instalaes operando mundialmente na indstria de laticnios, a Aqua I.W. tem larga experincia neste tipo de indstria.

    De um modo geral, existem muitas propostas para projetar uma planta ou es-tao de tratamento de efluentes (ETE). Cada firma ter as suas prprias pro-postas e necessidades, que fazem com que a soluo requerida seja feita sob medida. As necessidades principais de um tratamento de gua so:

    Cumprir os limites de descarga de acordo com as leis locais;

    Reduzir os custos de descarga;

    Reduo dos custos operacionais;

    Recuperao de subprodutos teis na gua (servida);

    Indisponibilidade de gua fresca (reuso);

    Promover uma operao ambiental (rtulo verde).

    TRATAMENTO DE EFLUENTES

    POR CARST MULLING*

    A.T

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    Apesar de serem conhecidas, na indstria de laticnios, uma grande variedade de matrias-primas e produtos finais, exis-tem algumas similaridades nas solues. A figura 1 mostra um diagrama do fluxo principal.

    O primeiro passo em todas as instalaes de tratamento de gua servida a remoo do material slido por meio de peneiras

    Figura 1. Diagrama de fluxo principal do tratamento de gua servida

    O primeiro passo em todas as instalaes de tratamento de gua servida a remoo do material slido por meio de peneiras. O material slido pode causar bloqueio de equi-pamento posterior em equipamento instalado ou na tubu-lao. O tipo de peneira e o tamanho da malha dependem principalmente do tipo do processo de produo e da natu-reza do material slido, ou seja, presena ou no de gordura.

    O Segundo passo nas instalaes de tratamento de gua servida a remoo de partculas pequenas no dissolvidas. Para aumentar a eficincia da remoo do pr-tratamento podem ser usados produtos qumicos

    para aumentar a quantidade de material no dissolvido. O material no dissolvido, com ou sem dosagem qumi-ca, ser removido por meio de uma unidade de flotao. Nessa unidade o ar dissolvido sob presso (usualmen-te 6 bar) em gua tratada. Sob a presso atmosfrica o ar liberado como microbolhas. Como o ar mais leve que a gua, ele aflorar superfcie arrastando a matria no dissolvida. O ar faz com que o material no dissolvi-do flutue para a superfcie onde ele colhido por meio de raspadores. Eficincias tpicas de remoo TSS para um pr-tratamento so no qumicos e qumicos com 30-60% e 60-90%, respectivamente.

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    Artigo Tcnico

    A escolha para a dosagem ou no de produtos qumicos depender do custo local dos produtos qumicos, da rota de deposio do lodo e das exigncias locais, como dispo-nibilidade de espao etc.

    O passo seguinte (vide a figura 1) remover a poluio orgnica dissolvida e os nutrientes como nitrognio e fsforo. Para a remoo dessa parte da poluio neces-srio um tratamento biolgico. A parte orgnica pode ser removida por meio de um tratamento biolgico aerbico ou anaerbico. O tratamento anaerbico (sem oxignio) tem como grandes vantagens uma produo mais baixa de lodo, uma produo de biogs rico em energia e a ne-cessidade de um menor espao. Em geral, um tratamento anaerbico como uma etapa simples de tratamento no atender aos padres de descarga, o que significa que um pequeno passo (aerbico) posterior ser preciso. Isso leva necessidade de investimentos mais elevados, como uma etapa de tratamento aerbico simples. A praticidade econmica de uma etapa de tratamento anaerbico de-pender do tamanho da carga de poluio orgnica e dos custos locais da energia e da disposio do lodo.

    O tratamento aerbico oxida a poluio sua forma ele-mentar, como dixido de carbono e nitrato. O reator ae-rbico de lodo ASR, mostrado na figura 1, um tipo espe-cfico de tratamento aerbico biolgico usado para guas servidas altamente carregadas e contendo gorduras. Aps o tratamento aerbico, o lodo ter que ser separado da gua tratada. Isso pode ser feito por meio de flotao, sendo o depsito por membrana de filtrao. A escolha da separao da gua do lodo depende dos limites de des-carga e/ou a finalidade da descarga da gua.

    Para ter uma boa separao da gua tratada e do lodo, boas caractersticas de sedimentao de lodo so neces-

    srias de qualquer forma (ndice de Volume de Lodo (IVL) na faixa entre 80 a 150 ml/g). A gua servida de laticnios famosa por ter um alto IVL (>150 ml/g), devido pre-sena de bactrias filamentosas, com uma remoo do lodo como consequncia. Para combater um IVL elevado, a Aqua I.W. usa um seletor em seu projeto. Em um seletor so criadas circunstncias ideais para prevenir um cresci-mento excessivo de bactrias filamentosas.

    No caso em que o cliente queira o reuso da gua tratada aplicado um tratamento tercirio depois da separao do lodo da gua. O tipo e a quantidade de etapas adicionais dependem da qualidade da gua de entrada e da quali-dade necessria da gua depois. Uma gua de reuso em nenhum caso dever ser usada em contato direto (poten-cial) com o produto final. A gua de reuso pode ser usada para finalidades de limpeza, alimentao do aquecedor e abastecimento da torre de resfriamento. Isso ocorre para minimizar o risco de contaminao do produto final e em funo da perspectiva do consumidor, uma vez que nin-gum gosta de saber que o seu produto foi fabricado com o auxlio de gua servida reutilizada.

    CASO PRTICO

    Para exemplificar, temos um recente projeto feito pela Aqua I.W. em uma indstria de laticnios na Amrica Cen-tral, em Dos Pinos (Costa Rica). Nesse local so produzi-dos leite UHT, iogurtes, sucos e sorvetes. Para essa insta-lao foi feita uma ETE com uma capacidade hidrulica de 1,500 m3/d. O sistema est equipado com pr-tratamen-to qumico, tratamento aerbico com separao da gua do lodo com bioflot e um sistema de tratamento de lodo. A Aqua I.W. forneceu esta ETE em uma base turn-key. Na figura 2 dada uma viso geral de toda a fbrica e um detalhe de alguma parte do equipamento.

    A gua de reuso pode ser usada para finalidades de limpeza, alimentao do aquecedor e abastecimento da torre de resfriamento

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    Figura 2. Fotos gerais de Dos Pinos, Costa Rica

  • 42 leite

    A figura 3 mostra as concentraes da demanda qumica de oxignio (DQO) no efluente bruto, a gua ser-vida aps o pr-tratamento e a gua biologicamente tratada. A DQO um padro para poluio orgnica.

    Figura 3. Concentraes de DQO na gua de entrada, pr-tratamento e biolgico e a gua tratada

    A figura 3 mostra a concentrao de DQO no efluente bruto variando aps o incio entre 7 e 10 g/l. Desde maro, foram implementadas medi-das de reduo da poluio na planta de produ-o resultando numa diminuio das concentra-es de DQO de 7-10 g/l para 4-6 g/l.

    No obstante as concentraes de DQO na gua servida bruta, o DQO aps o pr-trata-mento (PT) est na ordem de 2 g/l. Esse o mesmo fluxo que entra no tratamento biolgi-co (BT). A remoo mdia do DQO atravs des-se perodo alcana entre 60 e 80%.

    No tratamento biolgico o DQO restante oxida-do. A concentrao de DQO no biolgico redu-zida de 2g/l para aproximadamente 10mg/l, veja a figura 3. Note as diferenas nas unidades. Uma concentrao de 10mg/l a concentrao mni-ma que pode ser determinada em anlises. A efi-cincia de remoo para o DQO acima de 99%.

    LIES APRENDIDAS

    Durante a conduo de projetos na indstria de la-ticnios, a Aqua I.W. aprendeu muito. Nesse captulo as principais lies aprendidas esto enumeradas.

    Nem todas as guas servidas de laticnios so iguais. A caracterstica do efluente depende fortemente dos tipos de processos executados na fbrica. Mesmo a matria-prima de produ-o tem influncia. O ltimo, mas no o menos

    importante, o produto fabricado, tem um efei-to sobre a gua servida.

    A legislao local e as circunstncias influenciam fortemente a soluo mais prtica e mais econ-mica do tratamento das guas servidas. Exige--se que cada soluo seja aplicada sob medida.

    Uma precipitao de clcio pode causar blo-queios nas tubulaes e no equipamento. Um famoso exemplo de bloqueios do equipamento so difusores de aerao de pequenas bolhas que so instalados para o fornecimento de oxi-gnio. Uma precipitao de clcio tambm pro-voca valores IVL muito baixos no lodo biolgico. Esses valores baixos resultam da remoo nfi-ma na gua tratada. As circunstncias biolgi-cas na ETE devem ser projetadas de uma forma apropriada. De outra forma, o risco de um mau funcionamento da ETE ser considervel. Altos valores de IVL resultam na remoo do lodo quando da separao do lodo da gua.

    Apesar das guas servidas em laticnios pode-rem ser altamente poludas, elas so tratveis de uma forma muito eficiente. No caso da Dos Pinos a eficincia da remoo do DQO atingida est acima de 99%.

    Um reuso de efluentes biologicamente tratados possvel por meio de tratamento adicional. Esta gua pode ser usada para finalidades de limpeza, irrigao, torres de resfriamento e muitas outras.

    Artigo Tcnico

  • AQUA I.W. especializada no projeto e fornecimento de sistemas de tratamento de guas servidas. Estes sistemas se aplicam desde os de

    pr-tratamento at o reuso de gua tratada para finalidades industriais. A especializao da AQUA I.W est principalmente focada na indstria de pro-

    cessamento de alimentos.A extensa gama de equipamentos inclui sistemas de tratamento mecnico,

    fsico e fsico-qumico e biolgico, projetados para cumprir com as ltimas exigncias ambientais. Um tratamento intenso torna at possvel o reuso

    da gua tratada em processos secundrios com objetivos de limpeza e gua para torres de resfriamento.

    A Poly-clip System Ltda o representante da Aqua I.W. para o Brasil e Para-guai. A Poly-clip fabricante de equipamentos para a indstria de proces-

    samento de alimentos, com uma linha dedicada ao acondicionamento de produtos lcteos em geral (queijos, cremes, manteigas, doces, sorvetes, entre

    outros) utilizando a tecnologia de grampeamento.A posio destacada da Aqua est baseada no conhecimento e na vasta

    experincia no campo de aplicao de guas servidas e nos sistemas para processos de tratamento de gua nas indstrias de processamento de ali-

    mentos e correlatas.A AQUA I.W. oferece total auxlio, do incio ao fim: desde a consultoria de

    engenharia e a gerncia do projeto at finalizao dos projetos turnkey. O projeto e a engenharia, bem como a fabricao dos componentes e sistemas

    completos so feitos em Lichtenvoorde, Pases Baixos.

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    * CARST MULLING (GERENTE DE VENDAS DA AQUA INDUSTRIAL WATERTREATMENT B.V.)

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    pontosfundamentaispara o latcinio

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    pontosfundamentais

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    Capa

    embalagens, aditivose ingredientes

    PRINCIPAIS EMBALAGENS

    Na penltima edio da srie de reportagens sobre os pontos fundamentais para um laticnio, trazemos a pauta sobre embalagens, aditivos e ingredientes. Ele-mentos esses de incomensurvel importncia na produo do lcteo, no processo de logstica e no momento de venda, quando o produto est na gndola. Alm do valor para resguardar e aumentar a vida de prateleira do lcteo, as embalagens, aditivos e ingredientes so cada vez mais imprescindveis para a seduo do con-sumidor. A cor ou o aroma do produto e o formato belo, anatmico e multifun-cional da embalagem so utilizados para conquistar o consumidor. Dessa forma, para auxiliar o laticinista sobre essa temtica, a equipe da Mais Leite conversou com diversas empresas, que apresentaram algumas ideias e seus produtos e lan-amentos.

    Eduardo Eisler Vice-presidente de Estratgia de Negcios da Tetra Pak Brasil

    A Tetra Pak possui 11 famlias de embalagens cujos volumes podem variar de 80 ml a 2 litros. A combinao dos diferentes formatos e volumes aliada s dife-rentes formas de aberturas, tampas e canudos representa um enorme portflio de embalagens disponvel para a indstria de alimentos. Se considerarmos ain-da os equipamentos de processo, envase e distribuio, a indstria de alimentos dispe de mais de 30.000 configuraes possveis para atender sua demanda. Alm das embalagens para produtos refrigerados. A embalagem longa vida da Tetra Pak formada por seis camadas de materiais, quatro de polietileno, uma de papel e uma de alumnio. Com esta combinao as embalagens, disponveis em diversos formatos e volumes que vo de 25 ml a 2 litros, criam uma barreira protetora que impede a entrada de luz, gua, ar e micro-organismos, preservando o sabor e o aroma dos alimentos por trs meses a um ano. Com a embalagem cartonada assptica da Tetra Pak, os produtos ganham longa vida e podem ser transportados sem refrigerao aos locais mais remotos, com total segurana. A Tetra Evero Aseptic o mais recente lanamento da Tetra Pak. Com a opo de abertura de uma s vez (One Step Opening OSO), a embalagem oferece duas vezes mais segurana, por conta do anel antiviolao, localizado na parte externa, e de uma membrana na parte interna do gargalo, que removida no momento da toro da tampa. Alm dessas caractersticas de segurana, a Tetra Evero Aseptic OSO permite que a indstria oferea aos consumidores uma embalagem carto-nada fcil de abrir, manusear e servir. No caso da funcionalidade, a Tetra Evero

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    PRINCIPAIS EMBALAGENS

    Aseptic traz convenincia e maior confiabilidade para os consumidores com a primeira abertura do mundo rea-lizada com apenas um movimento e que possui um re-curso de segurana em duas etapas. O formato cilndrico ergonmico e as laterais planas resultam na facilidade de manuseio para mos grandes e pequenas. De acordo com pesquisas independentes realizadas em vrios mercados europeus, o formato da nova embalagem tambm pro-porciona o ngulo ideal para servir melhor o leite, quando comparada a outras embalagens. A Tetra Evero Aseptic permite a impresso em toda a superfcie da embalagem, proporcionando maior impacto para a marca.

    Luciana Galvo Gerente de Marketing da SIG Combibloc para a Amrica do Sul

    A SIG Combibloc uma das principais fornecedoras mun-diais de embalagens cartonadas asspticas, bem como de mquinas de envase para alimentos e bebidas. Oferece-mos um amplo portflio de embalagens que podem variar em formatos, volumes e sistemas de abertura (tampas e pr-picotes). Trabalhamos exclusivamente com em-balagens cartonadas asspticas. De acordo com o posi-cionamento do produto oferecemos a embalagem mais adequada. Por exemplo, para um leite UHT que deseja oferecer ao consumidor o melhor custo-benefcio, a em-balagem ideal o formato mais convencional do mercado, o formato combiblocStandard, que ainda pode ser utiliza-do com o sistema de abertura com picotes, abre-fcil com as mos, dispensando o uso de tesoura. Por outro lado, possumos tambm o formato combifitMidi com tampa de rosca, que, alm de trazer mais convenincia para o consumidor, permite posicionar o produto como premium, graas ao seu formato diferenciado e inovador. As emba-lagens cartonadas da SIG Combibloc asseguram a quali-dade dos alimentos e bebidas, preservando o sabor e os nutrientes dos produtos, alm de garantirem aumento de vida de prateleira. Ou seja, com a combibloc e combifit, os produtos so sempre envasados convenientemente. As embalagens so leves, inquebrveis, fceis de armazenar e podem ser transportadas com segurana. Os prticos sistemas de abertura tornam as cartonadas convenientes e de fcil manuseio - a oferta perfeita para a demanda dos consumidores. Alm disso, possuem baixo impacto am-

    biental e so totalmente reciclveis. Elas colaboram para a preservao do meio ambiente, pois sua composio pos-sui 75% de papel carto, uma matria-prima proveniente de fonte renovvel. Como parte da sua estratgia, a SIG compra apenas de fornecedores certificados pelo Forest Stewardship Council (FSC - Conselho de Manejo Flo-restal), que garante a rastreabilidade e origem da madei-ra utilizada na fabricao do papel. Alm disso, todas as nossas fbricas tambm so certificadas. Por isso, pode-mos oferecer aos nossos clientes, em todo o mundo, em-balagens com o selo FSC. Outra vantagem a assepsia do processo e a alta produtividade das linhas de envase. Hoje, alguns equipamentos da SIG chegam a envasar 24 mil embalagens/hora para formatos pequenos. Alm dis-so, so fornecidas pelo sistema de sleeves. Isso significa que a embalagem chega fbrica do cliente pr-formada, ou seja, a SIG responsvel pela solda longitudinal, vincos e impresso. Esse processo garante reduo de perdas durante o processo de envase, alm de alta produtivida-de. A embalagem cartonada da SIG tem tambm excelen-te impacto visual no ponto de venda. Elas so impressas pelo processo de rotogravura, o que garante uma maior riqueza de detalhes, cores ntidas e vibrantes. A SIG uma empresa inovadora que traz novidades ao mercado com frequncia, sempre procurando atender e antever as ne-cessidades dos clientes e, assim, apresentar as melhores solues. Um dos focos para este ano a tecnologia drink-splus, que possibilita o envase de pedaos verdadeiros de frutas, vegetais e cereais em gros em bebidas acondicio-nadas em embalagens cartonadas asspticas. Ela abre um extenso leque de oportunidades para lanar produtos com diversos posicionamentos. O drinksplus possibilita o envase de produtos com at 10% de partculas, utilizando um sistema padro da SIG para produtos lcteos e bebi-das no carbonatadas, e os pedaos podem ter at 6 mi-lmetros de comprimento e dimetro. Outra vantagem o canudo compatvel com o tamanho das partculas, que permite o consumo da bebida de forma bastante con-veniente e at em movimento. Ainda em 2013, teremos outro lanamento no Brasil. Trata-se de uma inovao no formato da embalagem, que diferenciado e conta com uma nova soluo de abertura. Ela ser uma verdadeira revoluo, pois associa benefcios ecolgicos e funcionais, com uma tampa ainda mais fcil de servir.

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    Capa

    Marcus Vincius Rio Corra Marketing & Pricing da Dixie Toga

    Destaco o Alupet, estrutura desenvolvida para selos de fechamento de bandejas de iogurte de alta produtividade, nas linhas de Form Fill and Seal. Esse produto possui alta resistncia mecnica, timas caractersticas de selagem e excelente produtividade dentro do laticnio. um produto de grande importncia no portflio da Dixie Toga, volta-do ao mercado de iogurtes, que propicia ao cliente e ao usurio final da embalagem maior segurana e um pro-duto de tima qualidade. Atualmente, em nosso portf-lio desenvolvemos embalagens rgidas e flexveis, sendo que para o mercado de rgidos fornecemos para iogurte, requeijo, queijos frescos e doces derivados de leite. Em flexveis atuamos fortemente em selos para fechamento de embalagens de iogurte em bandejas, garrafas e potes. Tambm atuamos na produo das famosas Bandeirolas das embalagens de bandejas das mais diversas marcas de iogurtes do mercado. Ainda em flexveis, atuamos com diversos produtos para queijos em peas e fatiados, em-balagens flexveis (Tampa e Fundo) para queijos fatiados e encolhveis para os queijos em peas.

    Thiago Jose de Oliveira Coordenador de Vendas da Embali

    Hoje, a Embali tem como principal embalagem para lc-teos a linha Blizzy que representa mais de 50% das ven-das para este setor. A Blizzy uma linha standard de muito sucesso. Seu rtulo termoencolhivel uma van-tagem produo nas questes da economia e marke-ting. Sua personalizao simples, podendo ser alterado de acordo com a campanha do cliente. A Embali ofere-ce ao mercado a melhor soluo em embalagens rgidas de 140 ml a 1000 ml produzidas em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) ou embalagens flexveis de 120 ml a140 ml produzidas em PEBD (Polietileno de Baixa Densidade) para envase de iogurtes e leite fermentado.

    Destaco o Alupet, estrutura desenvolvida para selos de fechamento de bandejas de iogurte de alta produtividade, nas linhas de Form Fill and Seal. Esse produto possui alta resistncia mecnica, timas caractersticas de selagem e excelente produtividade dentro do laticnio

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    Murilo Paula rea de Marketing da Emplal COF

    Temos embalagens para iogurtes, coalhadas, manteigas, requeijes, queijos de diversos tipos, como o Cottage, Minas frescal, entre outros. Te-mos potes e selos de alumnio previamente im-pressos e sem impresso, como o para iogurte CPN 130 TR, CPN 150 TR, CPW 170, DSC 2650 e IMG CPW 170. Todos esses so importantes, mas podemos sugerir as embalagens para manteiga, pois este setor est em franco crescimento e o brasileiro parece tomar cada vez mais gosto por ela. Dessa forma, temos o produto adequado nos formatos e tamanhos que possam atender tan-to as necessidades tcnicas dos laticnios quan-to as dos consumidores, provendo pessoas que morem sozinhas, famlias pequenas ou maiores. Para manteiga indicamos o EPS 200 BR, EPD 200 BR E EPS 500BR. Como lanamento oferecemos os potes para pequenas pores de 100 a 120 ml, conforme a densidade, que podem ser usados em iogurtes, coalhadas ou similares.

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    conseguimos trabalhar com at 20% menos plstico do que embalagens plsticas convencionais e temos um custo altamente competitivo para os laticnios

    Miguel Villar Guarani-Plast

    A Guarani-Plast oferece ao mercado laticinista embalagens PET prprias para o envase de leite pasteurizado, iogurtes e bebidas lcteas em geral. As garrafas PET tm vrias van-tagens com relao a outros tipos de plsticos, como a alta resistncia a impacto, melhor barreira, diminuindo a troca de gases entre o ambiente externo e o interior do frasco, brilho e tons de cores mais atraentes, causando um maior impacto na prateleira e atraindo o consumidor que cada vez mais busca por produtos novos e que agridam menos o meio ambiente. Por se tratar de uma embalagem mais resistente, conseguimos trabalhar com at 20% menos plstico do que embalagens plsticas convencionais e te-mos um custo altamente competitivo para os laticnios. No momento, a garrafa PET para produtos lcteos a grande novidade do mercado de embalagens. Hoje, essa novidade est restrita aos lderes nacionais, e a Guarani-Plast levar essa novidade a toda cadeia ao oferecer os frascos prontos, j com a tampa e at rotulado em alguns casos. Faremos com que isso deixe de ser uma exclusividade de poucos e passe a ser uma excelente opo para os pequenos, m-dios e grandes laticnios que ainda no aderiram novida-de. Lanamos as embalagens de 500 ml e 1 litro da linha tradicional, mas podem aguardar que em breve traremos ao mercado a linha de embalagens sleeve para aplicao de rtulo termoencolhvel.

    Cleiton Marcos Pontim Diretor Comercial da Kromos

    Na Kromos trabalhamos com rtulos sleeve e rtulos adesivos. Nosso principal produto destinado ao mercado lcteo o rtulo sleeve. Esse sistema de rotulagem se adaptou perfeitamente ao mercado lcteo, tendo uma participao majoritria nos iogurtes e bebidas lcteas, com uma tendncia de aumento de participao nas embalagens de leite longa vida com garrafas PET. O r-tulo sleeve muito verstil na aplicao, pois aumenta a rea de comunicao com o consumidor e se adapta perfeitamente a qualquer shape de frasco, dando liber-dade de criao para os gerentes de produtos e marke-ting com relao inovao de produtos. Como lana-mentos temos os rtulos sleeve com aplicao de verniz fosco, o que possibilita trabalhar a criao dos rtulos usando o contraste do brilho e fosco. Tambm iniciamos a produo de rtulos sleeve em filme PET branco com proteo UV para garrafas de leite longa vida.

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    Para o setor de lcteos temos contentores vazados, estrados plsticos, pallets plsticos e a caixa para leite de saquinho com 10 unidades

    Marcos A. A. Santos Joagro

    Para o setor de lcteos temos contentores vaza-dos, estrados plsticos, pallets plsticos e a caixa para leite de saquinho com 10 unidades. Essa a caixa principal para laticnios que trabalham com saquinho. Oferecemos as linhas reciclveis e virgem. As dimenses so de comprimento ex-terno, 575,00 mm; largura externa, 253,00 mm; e altura total, 170,00 mm. Estamos apresentando ao mercado um novo produto tipo cestinha, con-tendo ala removvel, que poder ser comercia-lizada para embalagens pequenas, tipo iogurtes e queijos. As caractersticas so: comprimento externo de 500,00 mm, largura externa de 300,00 mm e altura total de 150,00 mm.

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    + embalagens

    Vinicius Luiz Kremer Executivo de Vendas da Parnaplast

    A Parnaplast trabalha com uma grande gama de embalagens especiais voltadas ao mercado de lcteos. Nosso foco est em produtos que ne-cessitem alguma propriedade diferenciada, como barreira a gases, luz, umidade, entre outras. Atualmente, possumos atuao representativa nos seguintes produtos: embalagens flexveis multicamadas de altssima barreira para produ-tos UHT; filmes especiais de mdia e alta barrei-ra para envase de lquidos e pastosos em altas temperaturas, como exemplo o requeijo, cream cheese e leite condensado; filmes termofor-mveis flexveis ou semirgidos para queijos fa-tiados e peas, embalados a vcuo ou em atmos-fera modificada; sacos de Nylon Poli para peas de queijos de diversos tamanhos; e filmes para queijo ralado embalados em flow pack. Hoje difcil elegermos uma embalagem principal, pois todas as linhas que atuamos esto em franca expanso. Mas pensando em uma, podemos ci-tar os filmes para produtos UHT, devido grande demanda. Esta tecnologia est conquistando o mercado brasileiro. O processo consiste em uma linha de UHT normal alterando somente a m-quina de envase, pois o equipamento para filme flexvel diferente do cartonado. A Parnaplast se associou Enosol, fabricante de envasadoras as-spticas, para garantir ao cliente a soluo com-pleta. O sistema muito eficiente e flexvel, pois

    as envasadoras padro produzem 6.000 litros por hora, com opo de volumes de 250 ml at 2.500 ml. A vantagem mais atrativa do processo est no baixo custo da embalagem, at 1/3 do valor do cartonado, associado a sustentabilidade, baixo volume fsico, alm de ser 100% reciclvel. A tecnologia da embalagem muito avanada e permite um shelf life de at 180 dias. J possu-mos clientes que atuam no varejo e no mercado food service, e todos esto bastante satisfeitos com o conceito e planejando ampliaes.

    Cesar Saber Saberpack

    Oferecemos bandejas para queijos fatiados fe-chados sob atmosfera modificada. Muito utiliza-da na Europa e nos Estados Unidos, esse tipo de embalagem vem ganhando espao nas gndolas brasileiras, pois proporciona o aumento de shelf-life dos produtos em duas a at trs vezes, alm de fazer com que as fatiadas se soltem umas das outras com maior facilidade. Destaco trs linhas que a Saberpack oferece ao mercado brasileiro: bandejas seladas a vcuo e atmosfera modificada para queijos fatiados, atravs dos equipamentos ILPRA; embalagens do tipo stand up pouches com bicos dosadores para, por exemplo, leite conden-sado e creme de leite, atravs do sistema Pakona de equipamentos do tipo FFS (Form Fill and Seal); e embalagens termoencolhveis de nossa repre-sentada Deltaplam, com tecnologia indita na Amrica, que no utiliza PVDC e irradiao.

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    principais aditivos e ingredientes

    Lcio Alberto Forti Antunes Gerente Diviso Laticnios da Chr. Hansen

    A Chr. Hansen oferece aos produtores lcteos uma ampla gama de culturas lticas e culturas probiticas para diferentes tipos de queijos e io-gurtes, enzimas coagulantes que proporcionam maior rendimento na produo de queijos, alm de outras enzimas, como lipase e lisozima, bio-conservantes e corantes naturais. No caso dos produtos fermentados, as culturas lcteas so indispensveis na produo de diversos queijos e iogurtes. So elas as responsveis pelo processo de fermentao e tambm por ressaltarem algu-mas caractersticas dos produtos, como, sabor, textura, cremosidade, dentre muitas outras. Em alguns casos, as culturas tambm podem agre-gar benefcios probiticos, proporcionando um diferencial ao produto final. Se olharmos para as enzimas, pode-se dividi-las entre enzimas coagu-lantes, fundamentais na produo da maior parte dos queijos, e um grupo com diversas outras, nas quais podemos citar as lipases, responsveis pela intensificao de sabor, as lisozimas, utilizadas como bioconservantes etc. Protagonistas de uma longa histria, as enzimas evoluram bastante e, hoje, a Chr. Hansen, que tem origem no setor lcteo, se orgulha em dizer que oferece aos pro-dutores de queijos, o CHY-MAX M, o mais revolu-cionrio coagulante do mercado, bem como vrias outras enzimas de aplicao em laticnios.

    Sergio Luiz Mansim Departamento Comercial e Tcnico Bela Vista

    Um dos principais produtos que a empresa produz e comercializa o Coalho Bovino, nas formas lqui-da e em p, com diversas concentraes. produ-zido atravs de um moderno processo de extrao a frio, com matria-prima adquirida dos grandes frigorficos nacionais, inspecionados pelo SIF e com certificao para garantir sua excelncia de quali-

    dade. Por ser um produto natural, e segundo es-tudos recentemente divulgados, muito menos proteoltico do que os coagulantes fermentados, sejam eles de origem fngica ou modificados ge-neticamente. Portanto, altamente indicado para todos os tipos de queijos, destacando-se ainda mais quando aplicado nos que requerem maior tempo de maturao, onde proporciona excelen-te flavour, maior shelf life e melhor palatabilidade. Destacam-se tambm em nossa comercializao os Fermentos Lcteos, pois, diferentemente de outros fornecedores, foram desenvolvidos conjun-tamente com nosso parceiro na Itlia visando sua perfeita adequao para as nuances do mercado brasileiro. Esse resultado foi alcanado depois de serem exaustivamente testados e aprovados nos mais diversos tipos de queijos e laticnios. Como exemplos, citamos nosso fermento DEX 06, utili-zado para fabricao de queijo Prato/Padro e va-riedades, onde em curto espao de tempo propor-ciona excelente aroma, protelise adequada, muito boa fatiabilidade, textura fechada etc. Dispomos tambm de uma linha de fermentos para queijos itlicos, tais como Mussarela, para filagem no dia, fermento BV ND, com um tempo total de proces-so na casa de quatro a cinco horas e tambm para filagem no dia seguinte, fermento PRX, alm de fermentos para queijos com olhaduras, frescais, io-gurtes, bebidas lcteas etc. Complementando nos-sa linha, produzimos uma srie de espessantes e estabilizantes para iogurte, bebidas lcteas, requei-jo, nata, alm de fornecermos diversos aromas, corante clorofila, carmim de cochonilha, soluo de cloreto de clcio etc. Tambm oferecemos solues tailor made em toda nossa linha, de acordo com a necessidade do cliente, por isso, com base na nossa longa convivncia no mercado, pela grande aceita-o dos nossos aditivos e ingredientes, suporte de uma central de atendimento ao cliente e uma equi-pe tcnica altamente qualificada, acreditamos que estamos aptos a atender a todo o tipo de empresa, desde pequenas at as maiores do pas.

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    aditivos e ingredientes

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    Capa

    Otvio Blanco Supervisor de Lcteos da Doce Aroma

    A Doce Aroma comercializa linha completa de aditivos para o segmento Lcteo com conser-vantes, espessantes, edulcorantes, corantes naturais, amidos modificados, coagulante mi-crobiano, cloreto de clcio, nisina, natamicina, goma guar, pectinas, fosfatos, citrato de sdio e muito mais. Entre os destaques que oferece-mos ao mercado lcteo temos o MegaMelt, um sal fundente desenvolvido pela Doce Aroma, que oferece maior rendimento e excelente re-sultado com aplicao reduzida. Outro o Do-ceMix, substituto do acar, que um produto desenvolvido pela Doce Aroma com o objetivo de substituir total ou parcialmente o acar com imperceptvel sabor residual. Por fim, ofe-recemos o UltraMilk, estabilizante para bebida UHT base de polifosfatos, que proporciona melhor performance e estabilidade.

    Jorge Honorio de Godoy Filho Fego

    A Fego oferece ao mercado sais fundentes, cor-retores de pH, cloreto de clcio em diversas con-centraes, fermentos lcteos, coalho, coagulante, aroma, polpas aromatizadas com e sem pedaos de frutas, corante de urucum, estabilizantes para bebidas lcteas, achocolatados e iogurtes, estabi-lizantes para leite UHT, conservantes, especiarias para produtos temperados, e mixes personaliza-dos, criados em funo da necessidade de cada parceiro. O importante a saber no caso da oferta de ingredientes, que todos so formulados para facilitar os processos, corrigir caractersticas inde-sejveis e padronizar a qualidade dos produtos. Por exemplo, para a fabricao de um leite ou sobre-mesa lctea com ausncia ou pouco teor de lacto-se, pode-se usar uma enzima chamada lactase. De outra forma, sem o emprego desta enzima, seria muito difcil para o laticnio eliminar ou reduzir o teor de lactose com um custo interessante.

    Marina Gallo Boldrini Gerente de Marketing Regional Food e C&I da CP Kelco

    A CP Kelco possui um amplo e diferenciado portflio de hidrocolides, de origem natural, recomendado para aplicaes lcteas diversas. Dentre esses pro-dutos podemos citar: pectinas das marcas Genu e Slendid, as carragenas da famlia Genulacta, ge-lanas da linha Kelcogel, os CMC da famlia Cekol e a protena de soro de leite microparticulada, conhe-cida pela marca Simplesse. Os produtos CP Kelco recomendados para o mercado lcteo so posicio-nados de maneira a oferecer o que h de melhor em propriedades de suspenso, tais como agentes fortificantes, cacau e polpa, estabilizao proteica, corpo e sensorial, mesmo em sistemas com baixo contedo proteico ou de acar ou edulcorantes, alternativas gelatina, substituio de gorduras e guar, controle de cristais, variedade em texturas e perfis sensoriais, cremosidade e espalhabilidade. Estamos comprometidos em oferecer ao mercado alta qualidade, otimizao de processos e custos e alternativas tcnicas de formulao, e aplicao que agreguem valor ao produto final.

    Vitor Valfr Engenheiro Qumico da Grasse

    Os aromas da Grasse possuem timo desempe-nho em bases lcteas, podendo ser usados dire-tamente no produto ou atravs de preparados de frutas, quando eles forem utilizados na formulao do produto, apresentando excelente desempenho sensorial. Aromas naturais, idnticos ao genuno, e artificiais auxiliam na criao de uma identidade para o produto, o que faz com que o consumidor final estabelea um vnculo com a marca. Aromati-zantes so as substncias ou as misturas de subs-tncias com propriedades odorferas e/ou spidas, capazes de conferir ou intensificar o aroma e/ou sabor dos alimentos. Os aromatizantes so utiliza-dos com uma ou mais das seguintes funes: ca-racterizao do aroma ou sabor; melhoramento do aroma ou sabor; padronizao do aroma ou sabor; reconstituio do aroma ou sabor; e mascaramen-to de aromas ou sabores indesejveis.

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    Capa

    A Fermentech conta tambm com culturas protetoras para aplicao em fermentados e queijos, produtos indicados para diminuir ou eliminar o uso de conservantes, seguindo a tendncia de produtos clean lable, sem adio de conservantes

    Jos Roberto Alves Garcia Gerente Tcnico Co-mercial da Fermentech

    Trabalhamos com a linha completa de ingre-dientes para o segmento de lcteos. Temos fer-mentos lcteos para bebidas lcteas, iogurtes, leite fermentados, queijos, culturas probiticas e culturas protetoras. Os estabilizantes e espes-santes so indicados para todo o segmento, na forma de blends ou singles. As aplicaes so em iogurtes e bebidas, creme de leite, bebidas achocolatadas, outras bebidas UHT e pasteuri-zadas, sobremesas lcteas, queijos processados e bebidas de soja. Oferecemos a fibra solvel Polidextrose, aromas e condimentos, os coran-tes de carmim, clorofila, urucum, caramelo, coa-gulante microbiano, lipase microbiana, lisozima, sorbato de potssio, nisina, natamicina, cloreto de clcio, sal fundente TSPP. Temos a linha com-

    pleta de culturas na linha de fermentados, pro-dutos com caractersticas especficas como vis-cosidade, textura, ps-acidificao e sabor. Toda linha conta com sistema de rotao fgica. A linha completa para o segmento de queijo, mas-sa filada, queijos com olhaduras, queijos mofa-dos tambm tem rotao fgica. A Fermentech conta tambm com culturas protetoras para aplicao em fermentados e queijos, produtos indicados para diminuir ou eliminar o uso de conservantes, seguindo a tendncia de produ-tos clean lable, sem adio de conservantes. A linha de culturas probiticas, produtos com estudos atendendo Legislao da Anvisa, so: o Coagulante Microbioano F 750 Plus, enzima Pro-tease obtida pelo processo de fermentao pelo microorganismo Mucor Miehei; os estabilizantes e espessantes para produtos fermentados e be-bidas UHT e creme de leite UHT.

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    Jordani Rodrigues Gerente Industrial de Ami-dos Modificados da Horizonte Amidos

    A Horizonte Amidos uma empresa focada 100% no desenvolvimento e na produo de amidos modificados. Isso faz com que todos os esforos da companhia sejam aplicados nesses aditivos. Nossa experincia na aplicao de amidos modi-ficados para a rea lctea nos torna especialistas em ajustar o processo e a receita do cliente ou at mesmo desenvolver amidos especficos para algumas aplicaes especiais. Nossos produtos so aplicados em sobremesas, iogurtes e bebi-das lcteas, requeijes e queijos processados. Como novidade a Horizonte Amidos est com sua planta de amidos pr-gelatinizados conclu-da. A empresa est apenas aguardando libe-rao do departamento de P&D para o incio da comercializao. Trata-se da maior mquina de pr-gelatinizao em solo nacional para a produ-o de amidos modificados alimentcios.

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    Capa

    Henrique Neves Diretor de Operaes da Gemacom

    Todo o portflio da Gemacom Tech direcionado para o leite e seus derivados. Nossa linha de produtos composta por aro-mas, corantes naturais, preparados de frutas, geleias, cober-turas e recheios, condimentos, misturas em p aromatizadas, estabilizantes e espessantes. Dentro do portflio da Gemacom Tech podemos destacar a linha de misturas em p aromati-zadas que so, basicamente, um grande facilitador para a in-dstria de leite ou bebida lctea com sabor. Com o uso desse ingrediente para a produo de um leite ou bebida lctea acho-colatada, ao invs de adquirir todos os itens da formulao, em mdia de oito a dez itens, o cliente pode se concentrar em ape-nas trs: o leite, ou leite e soro, o acar e o prmix, ingrediente da Gemacom Tech que j traz em sua formulao o cacau, aro-ma e os estabilizantes. Essa soluo gera grande economia no apenas pela simplificao do processo, com redues de esto-que, mo-de-obra e equipamentos, mas tambm pelo agrega-do tecnolgico ao eliminar a necessidade de pr-tratamento da base com cacau. A Gemacom Tech busca sempre solues tecnolgicas para seus clientes. Em 2013, o destaque ser para a linha de amidos modificados para produtos submetidos ao tratamento trmico UHT. Essa linha de produtos foi desenhada para garantir melhor relao entre custo e benefcio em pro-dutos formulados UHT, como por exemplo, leite e bebidas lc-teas com sabor. Solues alinhadas sustentabilidade, green technology, tambm esto sempre no pipeline da Gemacom Tech, que oferece tecnologias para a produo de petit suisse e requeijo sem a gerao de soro.

    Adriana Schulka Gramkow

    Os cereais andinos quinoa e amaranto podem ser largamen-te utilizados em produtos funcionais como iogurtes, bebidas lcteas e sobremesas, nas apresentaes de gros, flocos ou farinhas. Eles so certificados como orgnicos segundo le-gislao brasileira, o que confere caractersticas importantes para as indstrias que pretendem se alinhar a tendncia de alimentos saudveis e funcionais e contribuir para a susten-tabilidade do planeta. J os purs de fruta podem ser utiliza-dos em iogurtes orgnicos e iogurtes premium. A principal vantagem em u