revista link: código do contribuinte

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Revista Digital da Acieg Em vigor desde janeiro deste ano, a Lei Complementar nº 104 de 2013 estabelece regras para a relação fisco-contribuinte Código do Contribuinte: regras claras para o jogo Ministro Afif Domingos partcipa de lança- mento na Acieg Passo a passo do Código do Contribuinte mostra pontos mais relevantes Líderes e empresários comentam o que muda com o Código Link Acieg Março de 2014 - Edição 10 - Edição Especial ww.acieg.com.br

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Edição de março de 2014 da revista Link traz especial sobre o Código do Contribuinte.

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Page 1: Revista Link: Código do Contribuinte

Revista Digital da Acieg

Em vigor desde janeiro deste ano, a Lei Complementar nº 104 de 2013 estabelece

regras para a relação fisco-contribuinte

Código do Contribuinte: regras claras para o jogo

Ministro Afif Domingos

participa de lança-

mento na Acieg

Passo a passo do Códigodo Contribuinte mostrapontos mais relevantes

Líderes e empresários

comentam o que muda

com o Código

LinkAciegMarço de 2014 - Edição 10 - Edição Especial ww.acieg.com.br

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EXPEDIENTE

Revista digital Link Acieg é uma publicação da Associação Comercial,

Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg)

MISSÃO DA ACIEG

Atuar na defesa incondicional do setor

produtivo, fomentando e

desenvolvendo ações que viabilizem a

sua integração com a sociedade.

Editor

Leandro Resende (JP-1145)

Reportagem

Ana Helena Borges

Estagiários (a)

Aryclennys Sousa

Iara Nunes

REDAÇÃO

(62) 3237-2616 ou 3237-2642

COMERCIAL (ANÚNCIOS)

(62) 3237-2613 (Marina Anderi)

PresidenteHelenir Queiroz

CONTATOS GESTÃO

LINK Acieg

Sugestões de pauta podem ser enviadas para [email protected]

lançamento

Acompanhe a Acieg

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Da Redação

Ministro Afif Domingos lançaCódigo do Contribuinte

Oministro-chefe da Sec-retaria da Micro e Pe-quena Empresa, Afif

Domingos, juntamente com ogovernador Marconi Perillo,lançou, na Acieg, no dia 7 defevereiro o Código de Direitos,Garantias e Obrigações doContribuinte no Estado deGoiás – popularmentechamado de Código do Con-tribuinte.

Para a presidente daAcieg, Helenir Queiroz, o diafoi de comemoração, uma vezque o Código do Contribuinteé uma “ferramenta detransparência”, para garantiros direitos do empresário econsequentemente o desen-

volvimento do Estado. O Código foi elaborado

pelaOrdem dos Advogados deGoiás (OAB), com apoio dasentidades do Fórum Empre-

sarial, e se tornou um Projetode Lei apresentado para a As-sembleia Legislativa pelodeputado estadual FábioSousa (PSDB).

Durante o evento foram lançadas também as cartilhas “Um novo olhar para

a relação Fisco Contribuinte” e “Gerindo seu negócio com a Contabilidade”

Ministro Afif Domingos: Código do Contribuinte de Goiás é um passo im-portante para criação de políticas nacionais voltadas para o tema

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lançamento

Durante seu discurso, oministro Afif Domingosrelembrou sua trajetória deluta pelos direitos do con-tribuinte e da importância dacriação de políticas públicasque fortaleçam o desenvolvi-mento econômico do Brasil,como a conscientização da ne-cessidade de pagar os impos-tos. “Hoje damos um passopara o fortalecimento do pa-gador de impostos. Ele temdeveres, mas também muitosdireitos”.

De acordo com o gover-nador Marconi Perillo, oCódigo do Contribuinte “vaitrazer mais segurança jurídicaa todos.” Marconi Perillo disse

ainda que o Código é ummarco regulatório nessa área.

“O trabalho parachegar até aqui não foi fácil.Enfrentamos resistência, maseu sempre fui um defensor doCódigo do Contribuinte”,afirma.

O governador explicouque o embate entre o con-tribuinte e o fisco sempre exis-tiu, mas é possível manter umarelação de respeito entre aspartes. “Estamos dando umaresposta aos anseios portransparência com uma lei quenormatiza e protege empre-sariado”.

Durante o evento foramlançadas também as cartilhas

“Um novo olhar para a re-lação Fisco Contribuinte” e“Gerindo seu negócio com aContabilidade”, que orientamos empresários sobre comoproceder em relação à fiscaliza-ção tributária de acordo com omarco regulatório.

PresençasParticiparam também

do lançamento o presidentedo CRC-GO, Elione Ciprianoda Silva, o autor da cartilha“Um novo olhar para a re-lação Fisco-Contribuinte”,Alexandre Limiro, e o presi-dente da Comissão de DireitoTributário da Goiás da OABGoiás, Thiago Miranda.

Governador do Estado, Marconi Perillo (esq.), presidente da Acieg, Helenir Queiroz, e ministro-chefe da Secre-taria de Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos (dir.), participaram do evento que entregou simbolicamente

aos contribuintes goianos a legislação que irá harmonizar a relação fisco-contribuinte

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depoimentos

A ótica jurídicaReferências em direito no Estado de Goiás, advogados fazem breve análise

do Código do Contribuinte

Apedido da revista darevista Link, os advo-gados Flávio

Rodovalho, Alexandre Limiro

e o presidente da OAB-GO,Henrique Tibúrcio analisaramo conteúdo do Código doContribuinte e compararam

com a forma de fiscalizaçãorealizada antes do marcolegal. Veja abaixo a opiniãodeles sobre a nova Legislação:

"É um poderoso instrumento para pacificara relação do cidadão com o poder público. Eisso é bom também para o Estado, porqueno momento em que há segurança jurídicavocê atrai mais empresas para Goiás. Todalegislação que visa a proteger o cidadão dopoder do Estado fortalece a democracia,porque defende o lado mais frágil desse elo.O Código do Contribuinte é uma conquistaque beneficia todos os goianos."

- Henrique Tibúrcio, presidente da OAB-GO

“O Código do Contribuinte representa, prin-cipalmente, uma vitória para que o em-presário seja tratado com respeito pelogoverno. A relação entre governo e em-presários sempre existiu, mas o Código foicriado com a finalidade de normatizar as re-lações, baseado no fato que há exageros dofisco e sendo assim, se fez necessário a regu-lamentação das ações. O Código do Con-tribuinte é uma conquista da cidadania.”

- Flávio Rodovalho, advogado tributarista

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depoimentos

"Não há criação de normas que dificultem afiscalização, apenas o estabelecimento deharmonia, de segurança para as empresas,que continuam tendo que cumprir seus de-veres tributários. A observação do início defiscalização, possibilidade de denúnciaespontânea e autorização para que o Con-selho Administrativo Tributário (CAT) siga oentendimento dos tribunais são avançosimensuráveis para o Estado. "

- Alexandre Limiro, advogado e autor da cartilha“Um novo olhar para a relação Fisco-Contribuinte”

curtas

Impostômetro atinge R$ 4 bilhões em março

O Impostômetro - ferra-menta da Associação Comercialde São Paulo (ACSP) que apontao valor total de impostos destina-dos à União, aos Estados e aosmunicípios - atingiu no dia 24 demarço a marca de R$ 4 bilhões deimpostos arrecadados em 2014.

O valor é uma estimativado total de impostos pagos pelosbrasileiros desde o dia 1º de

janeiro e é atualizado em temporeal.

No ano passado, a marcade R$ 400 bilhões foi alcançadasomente no dia 3 de abril.

"Como tem sido a tônicanos últimos anos, os tributos con-tinuaram a crescer acima da ex-pansão da atividade econômica,apesar das desonerações (cortesde tributos) realizadas. Isso sug-

ere que a carga tributária segueaumentando", diz, em nota,Rogério Amato, presidente daACSP.

O painel do Im-postômetro fica na Rua BoaVista, no centro da capitalpaulista.

É possível acompanhar aevolução também pelo site daAcieg.

Veja alguns exemplos do que é possível fazer com o total arrecadado:

- Fornecer cestas básicas para toda a população brasileira por 7 meses;

- Construir mais de 350.458 km asfaltado de estradas;

- Comprar mais de 14.926.936 carros populares;

- Pagar 26.912 meses a conta de luz de todos os brasileiros.

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passo a passo

Entenda o Código do Contribuinte

Ordem de fiscalização ,ciência forma natramitação, direito a

ressarcimento por danos e terconhecimento do período fis-calizado. Estes são apenas al-guns pontos tratados peloCódigo de Defesa do Con-tribuinte, que traz ainda dire-itos, obrigações e deveres dofisco e de qualquer pessoaque seja fiscalizada.

Mas compreender real-mente o que o texto legisla-tivo estabelece, por vezes,pode não ser tarefa tão fácilpara o empresário, principal-mente para aquele que nãodispõe de assessoria para in-terpretar o texto jurídico.

Com o objetivo detornar o tema mais familiarao empresariado, o presi-dente da Comissão de Direito

Tributário da Goiás da OABGoiás, Thiago Miranda,preparou para esta edição es-pecial da revista Link um“Passo a passo” do Códigodo Código de Defesa do Con-tribuinte do Goiás, no qual épossível vislumbrar os pon-tos mais importantes danormatização.

Veja nas páginas aseguir a íntegra do material.

Por Ana Helena Borges

Manual elaborado pelo advogado Thiago Miranda apresenta pontos

mais importantes do Código para que empresário possa compreender

seus direitos

“O Código é uma das maioresrespostas de Goiás para o anseio dasociedade brasileira atualmente,que é de maior transparência nas re-lações entre Estado e população,uma vez que houve delimitação doque pode ou não ser feito, exigido eem qual tempo.”

- Thiago Miranda, advogado tributarista epresidente da Comissão de Direito Trib-utário da Goiás da OAB Goiás

Page 9: Revista Link: Código do Contribuinte

passo a passo do Código

SUMÁRIO

Apresentação

Quais são os objetivos doCódigo?Quem é o

contribuinte?

10

1111

12

1821

22 25

27

Direitos do contribuinte Garantias aos direitos docontribuinte Obrigações do

contribuinte

Deveres da administraçãotributária

Conclusão do autor

Código de Defesa do Contribuinte: Lei Complementar nº 104/2013

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passo a passo do Código

ALei Complementarnº 104, de 09 de out-ubro de 2013 (inteiro

teor ao final ou diretamentepelo link: http://www.gabi-netecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=11000), instituiuo Código de Direitos,Garantias e Obrigações doContribuinte no Estado deGoiás, o “Código de Defesado Contribuinte”.

Em vigor desde09/01/2014, 90 dias após adata de sua publicação quese deu em 11/10/2013, algu-mas partes do Código,porém, somente terão vali-dade a partir de 08/05/2014porque tratam-se de vetosparcialmente derrubadospela Assembleia Legislativado Estado de Goiás e publi-cados em Diário Oficial so-mente em 07/02/2014.

Esta Lei trouxe umpouco mais de cidadania fis-cal ao contribuinte. OCódigo, que prevê direitos,garantias e obrigações doscontribuintes, representa oesforço do Estado e da so-ciedade civil para harmo-nizar as relações entre ofisco e os contribuintes.

O Código esclareceuma série de garantias con-stitucionais ao cidadão quecontribui com tributos (im-postos, contribuições etaxas) ao funcionamento doEstado. É reforçado os dire-itos dos contribuintes, bemcomo qual é a sua partici-pação nos procedimentostributários e também quaissão as obrigações da admin-istração tributária (Secre-taria de Fazenda, auditores

fiscais, enfim todas as partesrelacionadas com tributos).

Nesse sentido, dandocontinuidade a estasaudável discussão da re-lação entre fisco e con-tribuinte, a Comissão deDireito Tributário daOAB/GO e a ACIEG trazemneste Manual uma maneirafácil de se visualizar a de-fesa dos direitos fundamen-tais do contribuinte e abusca da Justiça Fiscal.

APRESENTAÇÃO

SÍNTESEDesde quando o Código está em vigor? O Código passou a valer no dia 9 de janeiro de 2014.

Onde posso encontrar a íntegra do texto publicado?A Lei está disponível no linkhttp://www.gabinetecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=11000 e também no finaldesta edição.

Page 11: Revista Link: Código do Contribuinte

solução passo a passo do Código

Quais são osobjetivos do

Código?

Quem é o Contribuinte?

OCódigo de Defesa do Contribuintetem como objetivo principal pro-mover o bom relacionamento entre

fisco e contribuinte, baseado na cooperação,no respeito mútuo e na parceria, para que ex-ista uma arrecadação de tributos que sejajusta.

Os demais objetivos do Código de De-fesa do Contribuinte são:

Para efeito do disposto noCódigo, contribuinte é todapessoa física ou jurídica quese relaciona tributariamentecom o Estado de Goiás,cumprindo obrigações deordem tributária, seja prin-cipal, seja acessória ou sejasimplesmente para atenderatividades fiscalizatórias.

O Código alcança todos osórgãos estaduais ou so-mente a SEFAZ/GO?

O Código de Defesado Contribuinte é aplicávela todos os órgãos estaduaisque arrecadam tributos (im-postos, contribuições e

taxas).Fundamento legal: art. 1º daLei Complementar nº104/2013.

E quanto aos tributos ar-recadados pelos Municí-pios?

Nada impede que oCódigo também sejaaplicável aos Municípiosgoianos de maneira a com-plementar os direitos egarantias dos contribuintes.Fundamento legal: art. 1º eparágrafos da Lei Comple-mentar nº 104/2013 e arts.23, I e 24, I da ConstituiçãoFederal.

- Proteger o contribuintecontra o exercício abusivo dopoder de fiscalizar, de lançar ede cobrar tributo instituído emlei;

- Assegurar ampla defesados direitos do contribuinte noâmbito dos processos adminis-trativos e a adequada.

- Prevenir e reparar os

danos de abuso de poder porparte do Estado na fiscalização,no lançamento e na cobrançade tributos de sua competên-cia;

- Assegurar a adequada,eficaz e gratuita prestação deserviços gratuitos de orientaçãoaos contribuintes;

- Assegurar uma forma

lícita de apuração, declaração erecolhimento de tributos, bemcomo a manutenção e apresen-tação de bens, mercadorias,livros, documentos, impressos,papéis, programas de com-putador ou arquivos eletrôni-cos a eles relativos;

- Assegurar o regular ex-ercício da fiscalização por partedo Estado de Goiás.

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passo a passo do Código

Direitos do Contribuinte

- Atendimento e Tratamento

D estacaremos os direitos dos contribuintes mais usuais, isto é, que no dia adia farão a diferença dos negócios e que estão previstos pelo Código. Porém,antes de mais nada, importante esclarecer que os direitos e garantias previs-

tos neste Código não afastam ou prejudicam aqueles decorrentes da nossa Consti-tuição Federal, da Constituição Estadual ou de outras leis.

Como deve ser o atendimentoao contribuinte?

Adequado e eficaz,visando facilitar o exercício doseus direitos e o cumprimentosde suas obrigações.

Fundamento legal: art. 5º, I e II, daLei Complementar nº 104/2013.

Como devo ser tratado?Com respeito, urbanidade

e igualdade de tratamento entrecontribuintes.

Fundamento legal: art. 5º, I e II, daLei Complementar nº 104/2013.

Havendo algum excesso doFisco como proceder?

Se o excesso for de algumauditor fiscal você deve procurara Corregedoria Fiscal, órgão atu-ante e vinculado à SEFAZ/GO(http://aplicacao.sefaz.go.gov.br/post/ver/142184/corregedoria-fis-cal), e se o excesso for de algumoutro servidor você deve procu-

rar a Ouvidoria do Estado(http://www.cge.go.gov.br/ouvi-doria/). Em qualquer caso,porém, você também podeacionar a autoridade policial emqualquer Delegacia que investi-gará o caso.

Fundamento legal: art. 5º, I e II, art.23 e art. 30 da Lei Complementarnº 104/2013, além do art. 142,parágrafo único do Código Trib-utário Nacional e art. 136, pará-grafo primeiro, do Código Penal).

Page 13: Revista Link: Código do Contribuinte

passo a passo do Código

- Dados, Informações e Certidões

Quais dados e informações oFisco possui sobre mim?

Todas aquelas fornecidaspor você no momento da real-ização do cadastro estadual,além das informaçõeseconômico-fiscais que são en-tregues regularmente ao Fiscode maneira eletrônica.

Fundamento legal: art. 5º, IV, daLei Complementar nº 104/2013 e oCódigo Tributário do Estado deGoiás e seu Regulamento.

Como acessar tais dados e in-formações?

Com seu certificado digi-tal de maneira eletrônica ou re-mota e pessoalmenterequerendo por escrito tais infor-mações. Tais informações devemser eliminadas sendo falsas ouaté retificadas ou complemen-tadas.

Fundamento legal: art. 5º, IV, V eVI, da Lei Complementar nº104/2013 e o Código Tributário doEstado de Goiás e seu Regula-mento.

O sigilo fiscal a tais dados e in-formações é um direito do con-

tribuinte?Sim, é garantido ao con-

tribuinte o sigilo de todos osdados e informações prestadosao Estado.

Fundamento legal: art. 5º, XIX, daLei Complementar nº 104/2013.

Tenho direito a certidões?Sim, o contribuinte deve ter con-hecimento e deve obter certidãosobre atos, contratos, decisões,pareceres ou procedimentos deseu interesse, que se encontremem poder da AdministraçãoPública, salvo se a informaçãosolicitada estiver protegida porsigilo.

Fundamento legal: art. 5º, VII, daLei Complementar nº 104/2013.

Qual o prazo de validade dascertidões negativas?

As certidões negativas ou positi-vas com efeitos de negativa emi-tidas pelo Estado de Goiás nãopoderão ter prazo de validadeinferior a 120 (cento e vinte) diase deverão ser expedidas emcaráter geral, sem especificaçãode objeto ou objetivo.

Fundamento legal: art. 22 da LeiComplementar nº 104/2013.

Page 14: Revista Link: Código do Contribuinte

- Educação e orientação tributária/fiscal

passo a passo do Código

Como deve ser a divulgaçãodas leis tributárias?

O Estado de Goiás dev-erá esclarecer e informar, aoscontribuintes, todos os tributosde sua competência que inci-dam sobre mercadorias,serviços, propriedade de veícu-los automotores, transmissãocausa mortis e doação, dentreoutras materialidades, de formagratuita e permanente. O con-tribuinte acessando o site daSEFAZ/GO terá acesso a todasas lei tributárias estaduais (link:www.sefaz.go.gov.br).

Fundamento legal: art. 4º e 28, I,

da Lei Complementar nº104/2013.

Como o Estado promove a edu-cação tributária/fiscal?

Esclarecendo, infor-mando e prestando contas aocontribuinte sobre todos ostributos arrecadados anual-mente, além de campanhas eprojetos específicos com o temaeducação tributária/fiscal. Nestesentido, vale a pena que o con-tribuinte conheça o Grupo Es-tadual de Educação Fiscal(informações oficiais pelo link:http://aplicacao.sefaz.go.gov.br/post/ver/140870/educacao-fis-

cal).

Fundamento legal: art. 4º, 5º, VIII,e 28, II, da Lei Complementar nº104/2013.

Tenho direito de saber o prazopara pagamento e reduções demulta e/ou juros?Sim, é direito do contribuinte terciência dos prazos, reduções,obrigações acessórias a seremcumpridas, devendo ser especi-ficado qual o procedimento a sercumprido em cada caso.

Fundamento legal: art. 5º, XIV, daLei Complementar nº 104/2013.

- Ação fiscal e relacionamentoem geral com o Fisco

Posso exigir a identificação doservidor?

Sim, é direito do con-tribuinte que o servidor estejaidentificado com sua função eatribuições.

Fundamento legal: art. 5º, III, e 28,II, da Lei Complementar nº104/2013.

Como me certificar que aqueleservidor está apto a fiscalizar omeu negócio?

Antes de qualquer ação

fiscal, salvocaso de ex-trema urgência,deve o servidora p r e s e n t a rordem de fis-calização, noti-ficação ououtro ato ad-minis t ra t ivoautorizando aexecução de auditorias fiscais,coleta de dados ou quaisqueroutros procedimentos determi-nados pela administração trib-

utária.

Fundamento legal: art. 5º, IX, e 24da Lei Complementar nº 104/2013.

Page 15: Revista Link: Código do Contribuinte

passo a passo do Código

O que deve conter está ordemde fiscalização?

A data de início e fim doprocedimento fiscalizatório, oseu objeto, a identificação dosauditores, quem emitiu talordem, qual o contribuinte a serfiscalizado e quais os trabalhosserão desenvolvidos.

Fundamento legal: art. 5º, IX,alíneas “a” a “f”, da Lei Comple-mentar nº 104/2013.

Posso ser compelido ao paga-mento de tributos em ação fis-cal ou fora dela?

De forma alguma! Issopode configurar excesso doFisco punível administrativa ecriminalmente. Assim, sob nen-huma hipótese, pode o con-tribuinte ser compelido aopagamento imediato de tributoe/ou multa, caso dele(s) dis-corde, podendo exercer, nestecaso, o direito à ampla defesa eao contraditório, com os meiose recursos a ele inerentes.

Fundamento legal: art. 5º, XV, daLei Complementar nº 104/2013.

Tenho direito a um protocolode entrega de documentos?

Sim, o contribuinte devereceber um documento de-screvendo minuciosamenteaquilo que foi entregue aos au-ditores fiscais ou se foram poreles apreendidos, bem como oprazo de devolução.

Fundamento legal: art. 5º, X, daLei Complementar nº 104/2013.

Devo prestar informações ver-bais aos auditores fiscais?

Não, qualquer infor-mação deve ser solicitada eprestada de maneira formal porescrito e com prazo paracumprimento não inferior a 5(cinco) dias úteis.

Fundamento legal: art. 5º, XII, daLei Complementar nº 104/2013.

Quando estiver sofrendo al-

guma ação fiscal posso comu-nicar com meu advogado?

Você deve, pois o advo-gado é o profissional compe-tente não apenas para lheorientar, mas a depender darelevância e envergadura da fis-calização, o seu advogadoavaliará se determinadas solici-tações são ou não pertinentes,podendo até mesmo se fazerpresente em todos os atos fiscal-izatórios para garantir os seusdireitos.

Fundamento legal: art. 5º, XVI eXXIV, da Lei Complementar nº104/2013.

Para qual endereço serãoremetidas as comunicações fis-cais?

Para o endereço infor-mado à administração tributáriadesde que assim solicitado.

Fundamento legal: art. 5º, XXVI,da Lei Complementar nº104/2013.

Page 16: Revista Link: Código do Contribuinte

passo a passo do Código

- Processo administrativo

Devo ter ciência formal datramitação e decisões emprocesso administrativo?

Sim, é direito do con-tribuinte ter ciência formal datramitação e das decisões pro-feridas em processo administra-tivo do qual seja parte, podendo,quando assim desejar, ter “vista”do mesmo na repartição fiscal eobter cópias dos respectivosautos, mediante ressarcimentodos custos de reprodução.

Fundamento legal: art. 5º, XVII, daLei Complementar nº 104/2013.

Posso protocolar requerimentospara defender os meus direitos?

Claro! É resguardado aocontribuinte o amplo direito depetição, sem qualquer ônus ounegativa de recebimento ou pro-tocolo por parte da adminis-

tração tributária.

Fundamento legal: art. 5º, XX e 31da Lei Complementar nº 104/2013.

A administração tributária podeimpor condições aos requeri-mentos dos contribuintes?

Salvo quanto aos requisi-tos formais de prazo, forma ecompetência, é direito do con-tribuinte que a administraçãotributária não lhe imponha limi-tações para admitir o protocolode seus requerimentos, pedidos,defesas ou recursos.

Fundamento legal: art. 5º, XX, e 21e seu parágrafo único, da Lei Com-plementar nº 104/2013.

Posso apresentar quaisquer ale-gações e provas?Sim, o contribuinte no momento

de formular suas alegações podeapresentar qualquer documentopara provar o seu direito.

Fundamento legal: art. 5º, XXIII, daLei Complementar nº 104/2013.

O contribuinte pode se fazerrepresentar por advogado?Sim, em qualquer processo ad-ministrativo perante o Fisco ocontribuinte pode se fazer repre-sentar por advogado. Quando oadvogado estiver constituído noprocesso administrativo e seassim solicitado todas as inti-mações deverão ser encamin-hadas para este profissional, sobpena de nulidade.

Fundamento legal: art. 5º, XXIV e7º, parágrafo quinto, da Lei Com-plementar nº 104/2013.

Page 17: Revista Link: Código do Contribuinte

passo a passo do Código

A tramitação do processo ad-ministrativo pode me preju-dicar?

Não. A regular trami-tação do processo administra-tivo é um direito docontribuinte e a administraçãotributária não pode limitar porisso o uso de incentivos oubenefícios fiscais, participaçãoem licitações, negar a emissãode certidões negativas.

Fundamento legal: art. 12 e seu

parágrafo único da Lei Comple-mentar nº 104/2013.

Devo ser intimado de todos osatos processuais?

Sim. O contribuinte seráintimado dos atos processuais,e, especialmente, daqueles quelhe imponham obrigações,ônus, sanções ou restrições aoexercício de seus direitos e/ouatividade econômica, sob penade nulidade por cerceamentodo direito de defesa.

Fundamento legal: art. 7º da LeiComplementar nº 104/2013.

Há requisitos formais paraestas intimações?

Sim. Os requisitos for-mais estão listadas no pará-grafo primeiro do art. 7º da LeiComplementar nº 104/2013.

Fundamento legal: art. 7º, pará-grafo primeiro, da Lei Comple-mentar nº 104/2013.

- Ressarcimento ouindenização

- Respeito aos Acordos (TAREs)

Em que situação o contribuintetem direito a ressarcimento ouindenização?

Quando ocorrerem danoscausados por agentes públicosno exercício ilegal e arbitrário desuas funções.

Fundamento legal: art. 5º, XXI, daLei Complementar nº 104/2013.

Os acordos ou TAREs devem serrespeitados pela administraçãotributária?

Sim, a administração trib-utária deve observar as dis-posições constantes nos TAREsfirmados com o Estado, sob penade nulidade.

Fundamento legal: art. 5º, XI, esuas alíneas, da Lei Complementarnº 104/2013.

Page 18: Revista Link: Código do Contribuinte

passo a passo do Código

Garantias aos direitos do contribuinte

D estacaremos agora as garantias mais relevantes que os contribuintes pos-suem para assegurar os direitos previstos pelo Código. Esclarecemos umavez mais que os direitos e garantias previstos neste Código não afastam ou

prejudicam aqueles decorrentes da nossa Constituição Federal, da Constituição Es-tadual ou de outras leis.

- Exclusão da responsabilidade pelopagamento – princípio da legalidade

Se o tributo e a multa nãoestão previstos em lei, o con-tribuinte não tem responsabili-dade pelo seu pagamento.

E a lei deverá descrevertodos os elementos indispen-

sáveis à sua incidência.

Fundamento legal: art. 6º, I, e seuparágrafo primeiro da Lei Comple-mentar nº 104/2013.

- Faculdade de corrigir obrigação tributária

O contribuinte tem a fac-uldade de corrigir obrigaçãotributária, principal e/ouacessória, antes de iniciado oprocedimento fiscal visandoapurar a sua prática, o que im-

pedirá a aplicação de sançãopelo ilícito previamente retifi-cado.

Fundamento legal: art. 6º, II, da LeiComplementar nº 104/2013.

- Veracidade documental

Há uma presunção rela-tiva de verdade dos lançamentoscontidos em seus livros, docu-mentos e arquivos contábeis oufiscais. Desta feita, poderá o con-tribuinte, havendo alguma in-

verdade em sua escrita contábilou fiscal, realizar as devidas cor-reções ou revisões.

Fundamento legal: art. 6º, III, daLei Complementar nº 104/2013.

Page 19: Revista Link: Código do Contribuinte

passo a passo do Código

- Contraditório e Ampla Defesa

É garantido ao con-tribuinte em toda relação com aadministração tributária a obe-diência aos princípios do contra-ditório, da ampla defesa e da

duplicidade de instância em sedede processo administrativo, asse-gurada, ainda, a participação par-itária dos contribuintes nosjulgamentos colegiados.

Fundamento legal: art. 6º, IV, da LeiComplementar nº 104/2013.

- Liquidação antecipada

É garantido ao con-tribuinte a liquidação anteci-pada, total ou parcial, do créditotributário parcelado, com re-

dução proporcional dos juros edemais acréscimos incidentessobre os valores pagos e/ou com-pensados.

Fundamento legal: art. 6º, V, da LeiComplementar nº 104/2013.

- Restabelecimento da espontaneidade

É garantido ao con-tribuinte restabelecimento daespontaneidade para sanar irreg-ularidades relacionadas com ocumprimento de obrigação, prin-

cipal ou acessória, caso a audito-ria ou fiscalização não esteja con-cluída no prazo de 60 (sessenta)dias contados de sua instau-ração.

Fundamento legal: art. 6º, VII, da LeiComplementar nº 104/2013.

- Não ser obrigado a produzir prova contra si mesmo

É garantido ao con-tribuinte o direito de não atestarou testemunhar contra sipróprio, considerando-se ilícita,e, consequentemente, nula, aprova assim obtida.

Fundamento legal: art. 6º, X, da LeiComplementar nº 104/2013.

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passo a passo do Código

- Regime especial de fiscalização somente com previsão legal

É garantido ao con-tribuinte o direito de não ver in-staurado, pelo Fisco, regimeespecial de fiscalização ausente deprevisão legal e que não observe

os direitos e garantias do con-tribuinte contempladas na Con-stituição Federal de 1988 e demaisatos normativos.

Fundamento legal: art. 6º, XIV, daLei Complementar nº 104/2013.

- Fundamentação de decisões e na expedição de certidões

É garantido ao con-tribuinte o direito de obter de-cisões devidamentefundamentadas, tanto sob o as-pecto fático como jurídico, em re-

lação a todos os requerimentos,impugnações e/ou recursos ad-ministrativos, inclusive nos casosde expedição de certidões.

Fundamento legal: art. 6º, XVI e suasalíneas, da Lei Complementar nº104/2013.

- Observância ao princípio da não-cumulatividade do ICMS

É garantido ao con-tribuinte o direito a ser observadoo princípio da não-cumulativi-dade do ICMS, notadamente emcaso de lavratura de auto de in-fração que importe, direta ou in-diretamente, na

descaracterização, cancelamentoou anulação a regime especial derecolhimento e apuração do im-posto, ou seja, em situação naqual o contribuinte é obrigado arenunciar, total ou parcialmente,a seus créditos de ICMS.

Fundamento legal: art. 6º, XVII, daLei Complementar nº 104/2013..

- Proibição de restrições dos direitos do contribuinte por atosinfra legais

É garantido aos con-tribuintes o direito a que atosinfra legais (Instruções Normati-vas, Portarias, Pareceres Norma-tivos, etc) não podem restringir

direitos ou ampliar o alcance dequalquer exigência fiscal, de-vendo os atos infra legais apenasesclarecer a aplicação das regrasestabelecidas por lei.

Fundamento legal: art. 6º, XVII, daLei Complementar nº 104/2013.

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passo a passo do Código

Obrigações do Contribuinte

D a mesma forma que o contribuinte é sujeito de direitos também deve cumpriralgumas obrigações, sendo a principal delas o dever de pagar seus tributos.Entretanto, para preservar o bom relacionamento entre fisco e contribuinte,

baseado na cooperação, no respeito mútuo e na parceria, o contribuinte deverá:

- Tratar, com respeito e urbanidade, os funcionários da administraçãofazendária do Estado;

- Identif icar-se nas repartições administrativas e nas ações f iscais , mesmoatravés de seu titular, sócio, diretor ou representante;

-  Disponibilizar local adequado em seu estabelecimento, para a execução dosprocedimentos de fiscalização;

- Apurar, declarar e recolher o tributo por ele devido, conforme previsto nalegislação tributária;

-  Apresentar, quando solicitado e no prazo estabelecido pela legislação trib-utária, bens, mercadorias, informações, l ivros, documentos, impressos, papéis, pro-gramas de computador ou arquivos eletrônicos;

-  Manter em ordem, pelo prazo previsto na legislação tributária, l ivros, docu-mentos, impressos e registros eletrônicos relacionados aos tributos por ele devidos;

-  Manter suas informações cadastrais atualizadas.

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passo a passo do Código

Deveres da administração tributária

A Administração Fazendária deve obedecer de maneira geral aos princípios dalegalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finali-dade, interesse público, ef iciência e motivação dos atos administrativos.

Neste sentido, além de resguardar os direitos e garantias dadas ao contribuinte,conforme já vimos anteriormente, deve a administração tr ibutária observar osseguintes deveres:

- Emitir ordem de fiscalização e notificar o contribuinte

Os bens, mercadorias, livros, doc-umentos, impressos, papéis, ar-quivos eletrônicos ou programasde computador, apreendidos ouentregues pelo contribuinte, ex-ceto aqueles que constituam

prova de infração à legislaçãotributária, deverão ser devolvidosno prazo de 60 (sessenta) diascontados do início dos procedi-mentos de fiscalização.

Fundamento legal: art. 26 e pará-grafos da Lei Complementar nº104/2013.

- Decisões fundamentadas em aspectos de fato e de direito

Sob pena de nulidade absoluta édeve da administração tributária,notadamente ao CAT – Conselho

Administrativo Tributário, fun-damentar todas as decisões sob osaspectos fáticos e de direito.

Fundamento legal: art. 27 da LeiComplementar nº 104/2013.

- Instaurar procedimento fiscal com base em denúncia anônima

É completamente proibida a in-stauração de qualquer espécie deprocedimento fiscal com base emdenúncia anônima quando nãofor identificado seguramente ocontribuinte infrator, estiver de-scrita de forma genérica ou vaga,

estiver desacompanhada de indí-cios de autoria e prática da in-fração e vise, mesmo que deforma a aparente, atingir objetivodiverso da apuração do ilícito de-nunciado

Fundamento legal: art. 29 e seus in-cisos da Lei Complementar nº104/2013.

- Demais vedações à administração tributária

Outras vedações também previs-tas são (fundamento legal: art. 30 e

seus incisos da Lei Complementar nº104/2013):

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passo a passo do Código

- Proibição de representação fiscal para fins penais antes doprocesso administrativoÉ completamente proibido o en-caminhamento, ao MinistérioPúblico, de representação fiscalpara fins penais relativa a crimescontra a ordem tributária, decor-

rentes do descumprimento deobrigações principais e/ouacessórias, anteriormente ao jul-gamento definitivo do respectivoprocesso administrativo.

Fundamento legal: art. 13 da LeiComplementar nº 104/2013.

- Proibição de inscrição do nome dos sócios na dívida ativaÉ completamente proibido a in-scrição do nome dos sócios ad-ministradores na dívida ativa,quando não lhes for previamente

assegurado o direito de discutiradministrativamente a exigênciafiscal.

Fundamento legal: art. 20 da LeiComplementar nº 104/2013.

- Deveres da administração tributária nos processos administrativos

Deverá a administração observaro seguinte quanto aos processosadministrativos

Fundamento legal: art. 32 e seus in-cisos da Lei Complementar nº104/2013:

- A adequação entre os meios e os fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sançõesem medida superior àquelas estritamente necessárias a se atingir a finalidade por eles almejada;

- A jurisprudência firmada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribu-nal de Justiça, neste último caso em sede de recurso repetitivo, sendo que por “jurisprudência firmadapelo Plenário do Supremo Tribunal Federal” deve-se entender as decisões proferidas em sede de cont-role concentrado de constitucionalidade, em recurso extraordinário submetido à repercussão geral oumesmo em recursos extraordinários processados normalmente, quando se tratar de entendimento re-iterado;

- A adoção de formas simples e capazes de propiciar adequado grau de certeza, segurança e re-speito aos direitos dos contribuintes;

- A motivação de todos os seus atos de forma objetiva, clara e congruente;

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- Demais vedações à administração tributária

Outras vedações também previstas são:

Fundamento legal: art. 30 e seus incisos da Lei Complementar nº 104/2013

passo a passo do Código

- Impedir, em razão da existência de débitos, que o contribuinte im-prima ou utilize documentos fiscais;

- Induzir, por qualquer meio, a autodenúncia ou a confissão porparte do contribuinte;

- Bloquear, suspender ou cancelar inscrição estadual, nas hipóteseslegalmente previstas, anteriormente ao julgamento definitivo do processoadministrativo instaurado com essa específica finalidade;

- Fazer-se acompanhar de força policial nas diligências ao estabeleci-mento do contribuinte, salvo se justificado por justo receio à atividade fis-calizatória;

- Divulgar, em órgão de comunicação social, o nome de contribuinteem débito;

- Produzir prova, apenas, com base em declaração de terceiros, sejaela verbal ou formal.

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passo a passo do Código

Conclusão do autor

N ossa estrutura tributária com um sem número de impostos, contribuições etaxas, de dif íci l e complicada apuração, que somados desaguaram numacarga tr ibutária em 2013 de 36,42% do PIB, disparada a mais alta entre

Índia, Africa do Sul, China e Rússia, os BRICS, nos leva a concluir, sem nenhumasombra de dúvidas, que o Brasil precisa enfrentar de uma vez por todas a sua re-forma tributária.

E o Governo é paradoxal já que diz que controla a inflação, informa aos quatrocantos que fará a reforma tributária, mas o que se vê é somente aumento de impos-tos, cuja consequência natural é o aumento de custos em todo o país , sobrecar-regando, os empresários e os assalariados, que suportam todos os tr ibutos queincidem indiretamente. Ocorre que o aumento nos tributos (base ou alíquota) ele-vam a arrecadação tr ibutária até um certo ponto, um ponto ótimo. Depois desteponto a arrecadação tende a diminuir, pois desaquece a economia e estimula a sone-gação. Isso ficou conhecido como “Curva de Laffer”, depois de estudos do econo-mista Arthur Laffer.

É neste contexto que se insere o Código de Defesa do Contribuinte de Goiás.O Código é um elemento vivo que deverá ser interpretado diariamente no relaciona-mento fisco e contribuinte, nas ações fiscais, nos julgamentos administrativos e nasinstâncias judiciais , porém nestas interpretações rogamos para que nunca sejamfeitas com o viés de retirada dos direitos e garantias conquistados. Um direito ougarantia conquistado na seara tr ibutária pressupõe uma grande batalha contra oPoder Público e isso deve ser levado em conta.

O Código de Defesa do Contribuinte de Goiás, sendo que em breve teremos oCódigo Nacional de Defesa do Contribuinte, juntamente com a Lei de Acesso a In-formação Tributária (Lei Federal nº 12.741/2012), que obriga constar nos documen-tos f iscais as informações sobre os tr ibutos incidentes sobre mercadorias, são osavanços mais fortes na relação fisco-contribuinte. É o contribuinte retomando o seulugar de paridade nesta relação para que ela seja de ganha-ganha.

Para ajudar a implementar o Código de Defesa do Contribuinte é que escreve-mos este manual que deverá ser guardado por todos os contribuintes e consultadoregularmente. Ainda, neste mesmo sentido, requeremos ao Governador do Estadoque apresente um projeto de lei instituindo o Conselho de Defesa do Contribuintedo Estado de Goiás, órgão que seria criado para dar eficácia ao próprio Código deDefesa do Contribuinte de Goiás e com a participação efetiva da sociedade.

A publicação deste Código de Defesa do Contribuinte veio coroar um trabalhoprimoroso realizado pela Comissão de Direito Tributário da OAB/GO, do DeputadoFabio de Sousa e da ACIEG. Foi um trabalho muito árduo de construção deste marcolegal, porém muito gratificante e que nos deixa orgulhosos do empenho e união dasociedade civil para o sucesso desta causa.

Thiago Vinicius Vieira Miranda é advogado tr ibutarista, Conselheiro e

presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB/GO e sócio do

NOM AC – Nogueira Oel lers Miranda Advocacia Corporativa.

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Código do Contribuinte

LEI COMPLEMENTAR Nº 104, DE 09 DE OUTUBRO DE 2013

Institui o Código de Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte no Estado de Goiás.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, nos termos do art. 10 da Constituição Es-tadual, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDas Disposições Preliminares

Art. 1º Este Código estabelece normas relacionadas aos direitos, garantias e obrigações do con-tribuinte do Estado de Goiás.

§ 1° São contribuintes, para os efeitos desta Lei Complementar, as pessoas físicas e/ou jurídicas queintegrem relação jurídica para com o Estado de Goiás, de natureza tributária, relacionada a obrigaçõesde natureza principal e/ou acessória, na condição de contribuinte e/ou responsável.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 2° As multas, sejam elas decorrentes do descumprimento de obrigações principais e/ou acessórias,encontram-se abarcadas por este diploma legal.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 3° As disposições constantes desta Lei Complementar se aplicam, de igual forma, às pessoas físicase/ou jurídicas, privadas e/ou públicas, que, mesmo não integrando relação jurídico-tributária paracom o Estado de Goiás, relacionada a obrigações de natureza principal e/ou acessória e/ou decor-rentes da aplicação de multas, sejam obrigadas, de qualquer forma, a colaborar com as atividades defiscalização, apuração e recolhimento de tributos e/ou aplicação de multas. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 4° Todas as pessoas físicas e/ou jurídicas que integrem, na condição de sujeito ativo, relação jurídico-tributária de débito do Estado de Goiás, também farão jus à aplicação deste Código.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 2º São objetivos deste Código:

I - promover o bom relacionamento entre fisco e contribuinte, baseado na cooperação, no respeito

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mútuo e na parceria, visando fornecer ao Estado os recursos necessários ao cumprimento de suasatribuições;

II - proteger o contribuinte contra o exercício abusivo do poder de fiscalizar, de lançar e de cobrar trib-uto e/ou multa, que deverão ser prévia e integralmente instituídos por lei;

III - assegurar aos contribuintes o direito à ampla defesa e ao contraditório em sede de processo ad-ministrativo, contencioso ou não-contencioso, independentemente de sua origem e/ou natureza;

IV - prevenir e reparar os danos decorrentes do abuso de poder por parte do Estado na fiscalização,no lançamento e na cobrança de tributos e/ou multas;

V - assegurar a adequada, eficaz e gratuita prestação de serviços de orientação aos contribuintes;

VI - assegurar uma forma lícita de apuração, declaração e recolhimento de tributos, bem como amanutenção e apresentação de bens, mercadorias, livros, documentos, impressos, papéis, programasde computador ou arquivos eletrônicos a eles relativos;

VII - assegurar o regular exercício da fiscalização por parte do Estado de Goiás.

Art. 3º Os direitos e garantias previstos nesta Lei Complementar não afastam ou prejudicam aquelesdecorrentes da Constituição Federal de 1988, da Constituição do Estado de Goiás, de Leis Comple-mentares e demais atos normativos.

Art. 4º O Estado de Goiás deverá esclarecer e informar, aos contribuintes, todos os tributos de suacompetência que incidam sobre mercadorias, serviços, propriedade de veículos automotores, trans-missão causa mortis e doação, dentre outras materialidades.

CAPÍTULO IIDos Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte

Art. 5º São direitos do contribuinte:

I - o adequado e eficaz atendimento pelos órgãos e servidores do Estado de Goiás, visando facilitar oexercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II - a igualdade de tratamento, com respeito e urbanidade, em qualquer repartição pública do Estadode Goiás;

III - a identificação do servidor, função e atribuições nas repartições públicas e nas ações e/ou procedi-mentos fiscais;

IV - ter acesso a dados e informações, pessoais e econômicas, que a seu respeito constem em qualquerespécie de fichário ou registro, informatizado ou não, dos órgãos da Administração Tributária do Es-tado de Goiás;

V - a eliminação completa ou cancelamento de dados falsos e/ou obtidos por meios ilícitos;

Código do Contribuinte

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VI - a retificação, complementação, esclarecimento ou atualização de dados incorretos, incompletos,dúbios ou desatualizados;

VII – ter conhecimento e obter certidão sobre atos, contratos, decisões, pareceres ou procedimentos deseu interesse, que se encontrem em poder da Administração Pública, salvo se a informação solicitadaestiver protegida por sigilo, observada a legislação pertinente à espécie;

VIII – ter acesso à efetiva educação tributária e à orientação sobre procedimentos administrativos;

IX - a prévia apresentação de ordem de fiscalização, notificação ou outro ato administrativo autor-izando a execução de auditorias fiscais, coleta de dados ou quaisquer outros procedimentos determi-nados pela Administração Tributária, que deverá conter:

a) a data do início e fim do procedimento fiscalizatório, que não poderá ultrapassar o prazo de 60(sessenta) dias, prorrogáveis por igual período, por despacho fundamentado da Autoridade respon-sável; - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

b) a descrição sumária do objeto de fiscalização e dos documentos que deverão ser disponibilizadospara exame;

c) a identificação dos Agentes Fiscais encarregados de sua execução e a norma legal que lhes atribuatal competência, sendo vedada a delegação de competência;

d) a autoridade responsável por sua emissão;

e) o contribuinte ou local onde será executada;

f) os trabalhos a serem desenvolvidos e o número do telefone ou endereço eletrônico onde poderãoser obtidas as informações necessárias à confirmação de sua autenticidade;

X - receber documento descrevendo os bens, mercadorias, livros, impressos, papéis, programas decomputador ou arquivos eletrônicos entregues à fiscalização ou por ela apreendidos, cuja devoluçãodeverá ocorrer no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, sob pena de nulidade do procedimento fiscal;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

XI – ver observadas as disposições constantes dos Termos de Acordo e Regime Especial – TAREs fir-mados com a Administração Pública, sob pena de nulidade absoluta dos atos que os transgredirem,sendo que:

a) apenas a Autoridade Administrativa que concedeu os TAREs poderão alterá-los e/ou cassá-los, oque dependerá da prévia instauração de processo administrativo com esta finalidade;

b) não se considera alteração, para fins de observância à alínea “a”, supra, a aplicação de cláusula ex-pressamente prevista nos TAREs, no sentido de que a legislação tributária editada posteriormente àsua assinatura passará a lhe integrar, devendo ser observada pelo contribuinte, independentementede qualquer aviso ou notificação pela Autoridade competente;

Código do Contribuinte

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XII – não prestar informações em razão de solicitações verbais e em prazo inferior a 5 (cinco) diasúteis contados de sua formal solicitação;

XIII - cumprir as obrigações acessórias e atender as notificações ou solicitações formalmente engen-dradas pelas Autoridades Fiscais competentes, mediante envio de arquivos eletrônicos a endereçosvirtuais especialmente criados pela Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás para essa finalidade;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

XIV – ter ciência dos prazos para pagamento e das reduções de multa e/ou juros, cumprimento deobrigações acessórias, e outras exigências que lhe forem eventualmente encetadas, com a especifi-cação do procedimento a ser adotado em cada caso;

XV – não ser, sob nenhuma hipótese, compelido ao pagamento imediato de tributo e/ou multa, casodele(s) discorde, e exercer, neste caso, o direito à ampla defesa e ao contraditório, com os meios e re-cursos a ele inerentes;

XVI – comunicar-se com seu advogado ou entidade de classe quando sofrer ação fiscal, sem prejuízoda continuidade desta;

XVII - ter ciência formal da tramitação e das decisões proferidas em processo administrativo do qualseja parte, podendo, quando assim desejar, ter “vista” do mesmo na repartição fiscal e obter cópiasdos respectivos autos, mediante ressarcimento dos custos de reprodução;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

XVIII – VETADO;

XIX – ver garantido, pela Administração Pública, o sigilo de todas as informações relacionadas aosseus negócios, documentos e operações, cujo acesso lhes seja constitucionalmente permitido em razãodas atividades de fiscalização e apuração dos tributos de sua competência;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

XX - encaminhar, sem qualquer ônus, petição contra ilegalidade ou abuso de poder ou para defesa deseus direitos;

XXI - o ressarcimento ou indenização pelos danos causados por agente da Administração Pública noexercício, ilegal e/ou arbitrário, de suas funções;

XXII - obter convalidação, com efeitos retroativos, de ato maculado com defeito sanável ou erro noto-riamente escusável, desde que haja o pagamento integral do tributo, se devido, acrescido de correçãomonetária;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

XXIII – formular alegações e apresentar documentos anteriormente à prolação de decisões em proces-sos administrativos de que seja parte, observando, quando necessário, os prazos definidos na legis-lação aplicável à espécie;

XXIV – fazer-se representar por advogado em quaisquer procedimentos ou processos administra-tivos;

Código do Contribuinte

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Código do Contribuinte

XXV – não ser compelido a exibir documento que já se encontre em poder da Administração Pública;

XXVI – receber as intimações e comunicações fiscais no endereço informado à Administração Trib-utária, quando assim solicitar;

XXVII – comprovar suas alegações por todas as provas em direito admitidos, principalmente para finsde gozo dos benefícios fiscais concedidos à exportação indireta e às operações que destinem bens,mercadorias e serviços às pessoas, físicas e/ou jurídicas, domiciliadas na Zona Franca de Manaus.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 1º As entidades empresariais e/ou de classe e/ou sindicais poderão atuar como amicuscuriae emprocessos administrativos eventualmente instaurados em desfavor de seus filiados e/ou associados, oque dependerá da prova de que a matéria versada naquele processo administrativo é de interesseamplo e/ou geral. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 2º A convalidação mencionada no inciso XXII, supra, também poderá se dar por iniciativa daprópria Administração Pública, que fixará prazo igual ou superior a 30 (trinta) dias para que o con-tribuinte atenda a respectiva solicitação. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 6º São garantias do contribuinte:

I - a exclusão da responsabilidade pelo pagamento de tributo e de multa não previstos em lei;

II - a faculdade de corrigir obrigação tributária, principal e/ou acessória, antes de iniciado o procedi-mento fiscal visando apurar a sua prática, o que impedirá a aplicação de sanção pelo ilícito previa-mente retificado;

III - a presunção relativa de verdade dos lançamentos contidos em seus livros, documentos e arquivoscontábeis ou fiscais;

IV - a obediência aos princípios do contraditório, da ampla defesa e da duplicidade de instância emsede de processo administrativo, assegurada, ainda, a participação paritária dos contribuintes nos jul-gamentos colegiados;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

V - a liquidação antecipada, total ou parcial, do crédito tributário parcelado, com redução propor-cional dos juros e demais acréscimos incidentes sobre os valores pagos e/ou compensados;

VI - a fruição dos benefícios e incentivos fiscais ou financeiros, bem como o acesso a linhas oficiais decrédito e a participação em licitações, independentemente da existência de processo administrativo oujudicial de natureza tributária, sem prejuízo do disposto no artigo 206 do Código Tributário Nacional;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

VII - o restabelecimento da espontaneidade para sanar irregularidades relacionadas com o cumpri-mento de obrigação, principal ou acessória, caso a auditoria ou fiscalização não esteja concluída no

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Código do Contribuinte

prazo de 60 (sessenta) dias contados de sua instauração;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

VIII - a inexigibilidade de visto em documento de arrecadação utilizado para pagamento em atraso detributo e/ou multa;

IX – VETADO;

X – não ser obrigado a atestar ou testemunhar contra si próprio, considerando-se ilícita, e, conse-quentemente, nula, a prova assim obtida;

XI – o exercício do direito de petição e a obtenção de certidões junto aos órgãos públicos, independen-temente da comprovação de sua regularidade quanto ao cumprimento de obrigações tributárias denatureza principal e/ou acessória;

XII – o pleno acesso ao teor das normas tributárias editadas pelo Estado de Goiás e à interpretaçãoque as r. Autoridades Fiscais oficialmente lhes atribua;

XIII – VETADO;

XIV – não ver instaurado, pelo Fisco Estadual, regime especial de fiscalização ausente de previsãolegal e que não observe os direitos e garantias do contribuinte contempladas na Constituição Federalde 1988 e demais atos normativos;

XV – não ser impedido de contratar ou transacionar com a Administração Pública, direta ou indireta,tais como fundações, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, instituições ofici-ais de crédito, dentre outras, caso o débito que lhe seja imputado decorra, direta ou indiretamente, doinadimplemento contratual ou extracontratual incorrido por estas entidades;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

XVI – obter decisões devidamente fundamentadas, tanto sob o aspecto fático como jurídico, em re-lação a todos os requerimentos, impugnações e/ou recursos administrativos, inclusive nos casos deexpedição de Certidão Negativa e/ou Positiva com Efeitos de Negativa, sob pena de nulidade abso-luta destes atos administrativos, sendo que:

a) o prazo máximo para o contribuinte obter resposta quanto à solicitação de emissão de CertidãoNegativa e/ou Positiva com Efeitos de Negativa, será de 3 (três) dias úteis, sob pena de se presumir odireito a sua expedição;- Promulgada pela Assembleia Legislativa, D.A. de 22-01-2014.

b) caso as Autoridades Fiscais neguem a expedição de Certidão Negativa e/ou Positiva com Efeitos deNegativa mediante decisão carente de fundamentação, os contribuintes farão jus à sua expedição, atéque outra decisão sane este vício;- Promulgada pela Assembleia Legislativa, D.A. de 22-01-2014.

XVII – ver observado pelas Autoridades Fiscais o princípio da não-cumulatividade do ICMS, notada-mente em caso de lavratura de auto de infração que importe, direta ou indiretamente, na descaracteri-zação, cancelamento ou anulação a regime especial de recolhimento e apuração do imposto, ou seja,

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Código do Contribuinte

em situação na qual o contribuinte é obrigado a renunciar, total ou parcialmente, a seus créditos deICMS.

§ 1º A legalidade da instituição do tributo e/ou multa pressupõe a estipulação expressa de todos os el-ementos indispensáveis à sua incidência, quais sejam a descrição objetiva de seu critério material, es-pacial, temporal, a indicação do sujeito passivo, na qualidade de contribuinte e/ou responsável, bemcomo dos aspectos temporal e espacial da obrigação tributária.

§ 2º VETADO.

§ 3º A instauração do regime especial de fiscalização mencionado no inciso XIV deste artigo dar-se-áem situações de extrema gravidade, a serem previamente apuradas em processo administrativo ondeseja assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório, com os meios e recursos a ele inerentes.

§ 4º O regime especial de fiscalização acima mencionado deverá observar, ainda, todos os princípiosaplicáveis ao respectivo tributo, tal qual o princípio da não-cumulatividade, em se tratando do ICMS,e não poderá limitar ou impedir, mesmo que indiretamente, o livre exercício, pelo contribuinte, desua atividade econômica.

§ 5º O conteúdo dos atos normativos infralegais se restringirão a esclarecer a aplicação das regras ob-jetivamente estabelecidas por Lei, vedada a restrição a direitos dos contribuintes ou ampliação do al-cance de qualquer exigência fiscal.

Art. 7° O contribuinte será intimado dos atos processuais, e, especialmente, daqueles que lhe impon-ham obrigações, ônus, sanções ou restrições ao exercício de seus direitos e/ou atividade econômica,sob pena de nulidade por cerceamento do direito de defesa.- Promulgadoo pela Assembleia Legislativa, D.A. de 22-01-2014.

§ 1° A intimação deverá conter:- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

I – a identificação do intimado e o nome do órgão e/ou entidade administrativa que a expediu;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

II – a finalidade da intimação;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

III – a data, hora e local de comparecimento, inclusive para exercer o direito de sustentação oral;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

IV – a informação sobre a necessidade de comparecimento pessoal ou possibilidade de se fazer repre-sentar;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

V – informação sobre a possibilidade de continuidade do processo independentemente de seu com-parecimento;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

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Código do Contribuinte

VI – a indicação dos fatos, provas e fundamentos legais pertinentes.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 2° A intimação observará a antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis quanto à data fixada paracomparecimento.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 3° A intimação poderá se dar, sucessivamente, mediante ciência no respectivo processo, via postalcom Aviso de Recebimento – AR, telegrama ou outro meio que assegure o efetivo conhecimento porparte do interessado. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 4° Em se tratando de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, aintimação poderá serrealizada mediante publicação na imprensa oficial.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 5° Sempre que solicitado, o advogado constituído pela parte nos autos do processo administrativodeverá ser intimado de todas as decisões, sob pena de nulidade.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 6° As intimações são nulas quando feitas sem observância às prescrições legais, e, em especial, àque-las supramencionadas.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 7° Comparecendo o contribuinte para arguir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feitaa intimação na data em que ele for intimado da decisão.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 8° As multas pelo descumprimento de obrigações acessórias levarão em consideração os an-tecedentes fiscais do contribuinte.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 1° Considerar-se-á reincidente o contribuinte que tenha sido condenado pela prática da mesma in-fração por decisão administrativa irrecorrível e/ou decisão judicial transitada em julgado, em caso dequestionamentodesta natureza. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 2° Serão consideradas idênticas as infrações que possuam a mesma previsão legal(antecedente/critério material, especial e temporal), o mesmo sujeito passivo e constem de diferentesAutos de Infração. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 9° VETADO.

Art. 10. As multas pelo descumprimento de obrigações acessórias relacionadas a operações e/ouprestações amparadas por não-incidência, imunidade e isenção, serão aplicadas com redução de 50%(cinquenta por cento), sem prejuízo do disposto nos artigos 8° e 9° deste Código. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

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Código do Contribuinte

Art. 11. VETADO.

Art. 12. A existência de processo administrativo não impedirá que o contribuinte usufrua de benefí-cios e incentivos fiscais ou financeiros, ou participe de licitações. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Parágrafo único. A regra posta no caput deste artigo também se aplica às situações em que o créditotributário esteja garantido judicialmente ou com sua exigibilidade suspensa.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 13. É proibido o encaminhamento, ao Ministério Público, de representação fiscal para fins penaisrelativa a crimes contra a ordem tributária, decorrentes do descumprimento de obrigações principaise/ou acessórias, anteriormente ao julgamento definitivo do respectivo processo administrativo.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 14. VETADO.

Art. 15. A elaboração, redação, alteração e consolidação da legislação tributária observará o dispostona Lei Complementar federal nº 95/1998 e na Lei Complementar estadual nº 33/2001, sob pena de in-eficácia da norma irregularmente produzida. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 16. Caso algum benefício ou incentivo, fiscal ou financeiro, concedido pelo Estado de Goiás, sejadeclarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de controle difuso ou concen-trado de constitucionalidade, fica vedada a exigência de pagamento do tributo que deixou de serrecolhido até a data do trânsito em julgado desta decisão, ou mesmo a devolução do proveito finan-ceiro usufruído neste interregno. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Parágrafo único. Os benefícios fiscais ou financeiros concedidos por prazo certo e sob determinadascondições gerarão direito adquirido àqueles que cumprirem as respectivas exigências. Dessa forma,fica proibida a sua revogação e/ou alteração, salvo, neste último caso, para favorecer o contribuinte,situação na qual ele optará por aceitá-las, ou não.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 17. VETADO.

Art. 18. São obrigações do contribuinte:

I - tratar, com respeito e urbanidade, os funcionários da administração fazendária do Estado;

II – identificar-se nas repartições administrativas e nas ações fiscais, mesmo através de seu titular,sócio, diretor ou representante;

III - disponibilizar local adequado em seu estabelecimento, para a execução dos procedimentos de fis-calização;

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Código do Contribuinte

IV - apurar, declarar e recolher o tributo por ele devido, conforme previsto na legislação tributária;

V – apresentar, quando solicitado e no prazo estabelecido pela legislação tributária, bens, mercado-rias, informações, livros, documentos, impressos, papéis, programas de computador ou arquivoseletrônicos;

VI - manter em ordem, pelo prazo previsto na legislação tributária, livros, documentos, impressos eregistros eletrônicos relacionados aos tributos por ele devidos;

VII – manter suas informações cadastrais atualizadas.

Parágrafo único. As Autoridades Fiscais deverão retificar de ofício os dados cadastrais, quandotomarem ciência da existência de equívoco, erro ou incompletude das informações.

Art. 19. Somente o Poder Judiciário poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade, parafins de responsabilização de seus sócios administradores, o que exigirá a prévia comprovação, peloFisco Estadual, da prática de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato so-cial ou estatutos, nos termos do artigo 135 do Código Tributário Nacional.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 1º O simples inadimplemento da obrigação tributária principal e/ou acessória não configura in-fração à lei apta a justificar a responsabilização dos sócios administradores.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 2º Não constitui dissolução irregular da sociedade, para fins de responsabilização de seus sócios ad-ministradores, a sua extinção via falência, dissolução judicial ou extrajudicial, ou outra forma legal-mente prevista para a extinção ou liquidação de sociedades. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 3º A presunção de dissolução irregular da sociedade, em virtude de sua não-localização, pressupõea prévia e formal diligência junto aos endereços constantes de seus registros fiscais e contrato social. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 4º Caso a suspensão ou baixa da sociedade tenham sido solicitadas, as intimações ou exigências fis-cais serão encaminhadas ao domicílio de seus sócios administradores.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 20. É proibida a inscrição do nome dos sócios administradores na Dívida Ativa, quando não lhesfor previamente assegurado o direito de discutir administrativamente a exigência fiscal.

Art. 21. Além dos requisitos de prazo, forma e competência, é vedado à legislação ou às r. Autori-dades Administrativas estabelecerem qualquer outra condição que limite o exercício do direito depetição e/ou interposição de recursos na esfera administrativa.

Parágrafo único. Os pressupostos de admissibilidade dos pedidos e/ou defesas e/ou recursos adminis-trativos a cargo do contribuinte não poderão sofrer quaisquer limitações, que não aquelas impostas,de igual forma, aos pedidos e/ou defesas e/ou recursos administrativos de competência das Autori-dades Fiscais.

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Código do Contribuinte

Art. 22. As Certidões Negativas ou Positivas com Efeitos de Negativa emitidas pelo Estado de Goiásnão poderão ter prazo de validade inferior a 120 (cento e vinte) dias e deverão ser expedidas emcaráter geral, sem especificação de objeto ou objetivo.

CAPÍTULO IIIDos Deveres da Administração Fazendária

Art. 23. A Administração Pública atuará em obediência aos princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, razoabilidade, proporcionalidade, segurança jurídica, finalidade, interessepúblico, eficiência e motivação dos atos administrativos.

Art. 24. Sem prejuízo do disposto no artigo 5°, inciso IX, deste Código, é permitido à AdministraçãoPública, em casos de extrema urgência, assim entendida a ocorrência de flagrante infracional ou con-tinuidade de ação fiscal realizada em outro contribuinte, dar início à fiscalização independentementeda prévia expedição de ordem de fiscalização.

§ 1º A exceção prevista no caput deste artigo aplica-se, apenas, às infrações cometidas durante o trân-sito de mercadorias ou prestação de serviços, não abarcando, sob nenhuma hipótese, a fiscalização doestabelecimento do contribuinte.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

§ 2º A ordem de fiscalização deverá ser expedida no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas con-tadas do início da fiscalização mencionada no caput deste artigo, sob pena de nulidade absoluta doprocedimento fiscal.

Art. 25. A notificação acerca do início da fiscalização será feita mediante entrega, ao contribuinte outerceiros legalmente habilitados, de uma das vias da ordem de fiscalização.

§ 1º A eventual recusa no recebimento da notificação, ou ausência de pessoa com poderes para talmister, serão certificados pelas Autoridades Fiscais, que prosseguirão, validamente, com os procedi-mentos de fiscalização.

§ 2º VETADO.

§ 3º Presume-se entregue a notificação remetida para o endereço indicado pelo contribuinte em seusregistros fiscais.

Art. 26. Os bens, mercadorias, livros, documentos, impressos, papéis, arquivos eletrônicos ou progra-mas de computador apreendidos ou entregues pelo contribuinte, com exceção daqueles que consti-tuam prova de infração à legislação tributária, serão devolvidos no prazo de 60 (sessenta) diascontados do início dos procedimentos de fiscalização.

§ 1º O prazo fixado no caput poderá ser prorrogado, por igual período, mediante decisão fundamen-tada.

§ 2º Sempre que solicitado, serão fornecidos aos contribuintes cópias de livros, documentos, impres-sos, papéis, arquivos eletrônicos ou programas de computador apreendidos ou entregues às Autori-

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Código do Contribuinte

dades Fiscais.

Art. 27. Todas as decisões administrativas serão fundamentadas em seus aspectos de fato e de direito,sob pena de nulidade absoluta. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 28. Cabe à Secretaria da Fazenda: - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

I - implantar um serviço gratuito e permanente de orientação e informação ao contribuinte;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

II - realizar, anualmente, campanha educativa com o objetivo de orientar o contribuinte sobre seus di-reitos e deveres;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

III - implantar programa permanente de treinamento para os servidores das áreas de arrecadação efiscalização.- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 29. É proibida a instauração de qualquer espécie de procedimento fiscal com base em denúnciaanônima, quando ela:

I - não identifique, com absoluta segurança, o contribuinte supostamente infrator; ou,

II – descreva a infração imputada de forma genérica ou vaga; ou,

III – esteja desacompanhada de indícios de autoria e prática da infração; ou,

IV – vise, aparentemente, atingir objetivo diverso da apuração do ilícito denunciado, tais como vin-gança pessoal ou tentativa de prejudicar a concorrência.

Art. 30. É vedado à Administração Pública:

I – impedir, em razão da existência de débitos, que o contribuinte imprima ou utilize documentos fis-cais;

II – induzir, por qualquer meio, a auto-denúncia ou a confissão por parte do contribuinte;

III – bloquear, suspender ou cancelar inscrição estadual, nas hipóteses legalmente previstas, anterior-mente ao julgamento definitivo do processo administrativo instaurado com essa específica finalidade;

IV – fazer-se acompanhar de força policial nas diligências ao estabelecimento do contribuinte, salvo sejustificado por justo receio à atividade fiscalizatória;

V – divulgar, em órgão de comunicação social, o nome de contribuinte em débito;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

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Código do Contribuinte

VI – VETADO;

VII – produzir prova, apenas, com base em declaração de terceiros, seja ela verbal ou formal.

Art. 31. A Administração Pública não poderá se negar a receber ou protocolizar requerimentos oupetições apresentados pelos contribuintes.

Art. 32. Nos processos administrativos, a Administração Pública deverá observar, dentre outras re-gras e princípios:

I – a adequação entre os meios e os fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções emmedida superior àquelas estritamente necessárias a se atingir a finalidade por eles almejada;

II – a jurisprudência firmada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal deJustiça, neste último caso em sede de recurso repetitivo:

a) por “jurisprudência firmada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal” deve-se entender as de-cisões proferidas em sede de controle concentrado de constitucionalidade, em recurso extraordináriosubmetido à repercussão geral ou mesmo em recursos extraordinários processados normalmente,quando se tratar de entendimento reiterado;

III – a adoção de formas simples e capazes de propiciar adequado grau de certeza, segurança e re-speito aos direitos dos contribuintes;

IV – a motivação de todos os seus atos de forma objetiva, clara e congruente;

V – VETADO.

CAPÍTULO IVDas Taxas

Art. 33. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos, nem ser calculadas em funçãodo capital das sociedades ou levar em consideração aspectos econômicos extrínsecos ao custo doserviço prestado.

§ 1º Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito dasatribuições do Estado de Goiás aquelas que, segundo a Constituição Federal de 1988 e a legislaçãocom ela compatível, lhe competem.

§ 2º As leis instituidoras das taxas deverão apontar o serviço prestado ou posto à disposição do con-tribuinte, bem como o poder de polícia efetivamente exercido pelo Poder Público.

§ 3º As receitas auferidas com a cobrança das taxas não poderão ter destinação diversa do custeio dopoder de polícia regularmente exercido pelo Poder Público, ou do serviço público específico e di-visível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

CAPÍTULO VDas Consultas em Matéria Tributária

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Código do Contribuinte

Art. 34. No âmbito da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, os processos administrativos de con-sulta serão solucionados em instância única pelo Superintendente da Administração Tributária oupor terceiro regularmente autorizado. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 35. Os contribuintes, os órgãos da Administração Pública e as entidades representativas de cate-goria econômica ou profissional poderão formular Consulta Fiscal à Administração Pública acerca davigência, interpretação e aplicação da legislação tributária, observado o seguinte:

I – as consultas deverão ser respondidas por escrito e fundamentadamente, no prazo máximo de 30(trinta) dias contados de seu protocolo;

II - as diligências ou os pedidos de informação engendrados pelo órgão fazendário responsável pelaanálise da Consulta Fiscal suspenderão, até o respectivo atendimento, o prazo de que trata o inciso I,supra;

III - na pendência de solução à Consulta Fiscal engendrada pelos sujeitos mencionados no caput desteartigo, é proibida a instauração de procedimento fiscalizatório e a lavratura de Auto de Infração emrelação à matéria consultada;

IV - VETADO;

V - VETADO;

VI - havendo diferença de entendimento entre Soluções de Consultas relacionadas a uma mesmamatéria, cabe recurso especial, com efeito suspensivo, para o Secretário da Fazenda do Estado deGoiás;

VII - o recurso de que trata o inciso anterior poderá ser interposto pelo Superintendente de Adminis-tração Tributário ou pelo destinatário da solução divergente, no prazo de 30 (trinta) dias contados desua intimação;

VIII - VETADO;

IX - a solução da divergência levará à edição de ato específico uniformizando o entendimento da Ad-ministração Pública sobre o assunto;

X – as Soluções de Consultas produzirão seus regulares efeitos até sua formal revogação pela Admin-istração Pública, sendo vedada a aplicação retroativa deste novo entendimento, caso o mesmo sejadesfavorável ao contribuinte;

XI – a Consulta Fiscal impede a incidência de multa de mora e de ofício, bem como de jurosmoratórios, até o prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência, pelo contribuinte, de seu teor. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

CAPÍTULO VIDas Disposições Final e Transitória

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Código do Contribuinte

Art. 36. São nulos ou inválidos os atos e procedimentos de fiscalização que desatendam o dispostoneste Código, e, em especial, nos casos de: - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

I - incompetência do órgão ou agente, que não poderá, sob nenhuma hipótese, ser objeto de posteriorconvalidação;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

II - omissão de procedimentos essenciais;- Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

III - desvio de poder. - Promulgado pela Assembleia Legislativa, D.O. de 07-02-2014 e D.A. de 22-01-2014.

Art. 37. VETADO.

Art. 38. Esta Lei Complementar entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação, apli-cando-se aos processos administrativos e/ou judiciais em curso.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia, 09 de outubro de 2013, 125º daRepública.

JOSÉ ELITON DE FIGUERÊDO JÚNIOR(em exercício)

(D.O. de 11-10-2013) - Suplemento

Este texto não substitui o publicado no Suplemento do D.O. de 11-10-2013.