revista let n8 - grupolet.com let n8.pdf · gestão do conhecimento de seus colaboradores. como a...

16
A revista do Grupo LET Recursos Humanos News N 0 8 | Março / Abril | 2008 | Ano 2 www.grupolet.com ENTREVISTA Rosana Macedo (Haztec) “Boa recepção é ótimo passo para reter talentos” – Pág. 3 PERSONAGEM Luiz Felipe Lampreia, Ex-Ministro das Relações Exteriores, fala sobre RH e as transformações mundiais – Pág. 12 ESPECIAL Conheça os diferenciais da Medicina Ortomolecular – Pág.14 TERCEIRIZADOS GRUPO LET: Alta performance para a Petrobras na Refinaria Duque de Caxias – Pág. 6

Upload: dokhanh

Post on 07-Feb-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

A revista do Grupo LET Recursos Humanos

NewsN0 8 | Março / Abril | 2008 | Ano 2 www.grupolet.com

ENTREVISTARosana Macedo (Haztec) “Boa recepção é ótimo passo para reter talentos” – Pág. 3

PERSONAGEMLuiz Felipe Lampreia,

Ex-Ministro das Relações Exteriores, fala sobre

RH e as transformações mundiais – Pág. 12

ESPECIALConheça

os diferenciais da Medicina

Ortomolecular – Pág.14

TERCEIRIZADOS GRUPO LET:Alta performance para a Petrobras na Refi naria Duque de Caxias – Pág. 6

“A Rejeição nas Organizações” – de Luís Carlos Nebenzahl – Editora Qualitymark

Ser aceito em uma organização ou em um ciclo de relações pode depender de fatores sociais, psicológicos, éticos, culturais, econô-micos, entre outros. Com uma análise profunda de todos os casos que produzem uma rejeição, o autor desta singular obra deve estar alcançando o seu objetivo de abrir os olhos dos gestores para a iden-tifi cação e o tratamento destas questões antes que elas destruam o ambiente de suas respectivas organizações.

“Carisma – A Arte dos Relacionamentos” – de Michael Grinder – Editora Qualitymark

Não é difícil identifi car um cão ou um gato como companheiro. Mas alguém já pensou que ao estudar o comportamento deles, pode apren-der com a altíssima sensibilidade felina a ser mais fl exível, e negociar pelo telefone, a reverter situações aparentemente negativas?! Sim, é possível! Ao analisar os felinos podemos aprimorar ferramentas que estimulam o potencial carisma que existe dentro de cada um de nós e mesmo a compreender muito melhor o comportamento de outras

pessoas. E por que devemos fazer isso? Basicamente para nos comunicarmos melhor em um mundo onde Comunicação é ferramenta de alto valor para negócios ou vida a dois, entre outras coisas.

“Coaching Prático – O Caminho para o sucesso” – de Paul Campbell Dins-more e Monique Cosendy Soares – Editora Qualitymark

Unir Coaching a um trabalho holístico, que parte do sonho do clien-te é o fi o condutor deste livro que propõem modelos simples e explica de uma forma sem deixar margem a dúvidas o que o RH precisar saber sobre o Coach, aquele que aplica o Coaching, ou seja, para os leigos, processo de aconselhamento para gerenciamento de projetos. O texto é bem embasado em exemplos cotidianos que comprovam a transfor-mação gerada pelos procedimentos de Coaching.

Caros leitores,

Nesta edição apresen-tamos a vocês com

maior riqueza de detalhes dois de nossos principais serviços: a terceirização de mão de obra e a capaci-tação profi ssional. O com-petente trabalho realiza-do pelos terceirizados na UN-REDUC da Petrobras

ganha destaque de nossas lentes e vale como re-fl exão e contribuição para aquelas empresas que ainda resistem a terceirizar alguns de seus servi-ços e negócios.

Preparar profi ssionais gabaritados para as-sumir cargos de alto grau de responsabilidade e confi ança é uma das funções do Grupo LET jun-to ao seu cliente TV GLOBO. Por isso mostramos aqui também todo o trabalho de aperfeiçoamento desses profi ssionais. E este é mais um dos servi-ços pelos quais estamos empenhados em garantir seu aprimoramento contínuo de qualidade.

A 8a edição também nos coloca como uma empresa antenada ao mundo atual e ao futuro. Nessa linha o ex-Ministro das Relações Exterio-res, Luiz Felipe Lampreia divide conosco sua avaliação sobre a situação sóciopolítico-eco-nômica mundial e sua relação com o Brasil e o nosso mercado de trabalho. Sem meias pala-vras, é uma aula de cultura! Qualidade de vida também é prioridade aqui. Por isso colocamos você frente a frente com a mais moderna e efi-caz medicina para curar ene doenças: a Medi-cina Ortomolecular. A consagrada e renomada Dra. Fátima Furtado abriu seu consultório para NEWSLET.

E ainda temos muito mais: livros, entrevista es-pecial com Rosana Macedo da Haztec Soluções Integradas em Sustentabilidade, contando como sua empresa recebe e adapta funcionários em seu projeto de expansão, além de celebrarmos um ano do Instituto Capacitare, ícone da área de estágios entre os parceiros do Grupo LET.

Boa leituraJoaquim Lauria

Diretor Executivo do Grupo LET

EDITORIAL - PAPO COM O LEITOR DICAS NEWSLET - LIVROS

“Vamos falar de capacitação”

Foto: Alexandre Peconick

EXPEDIENTE

Grupo LET Recursos Humanos

Matriz

Centro Empresarial Barra Shopping

Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas 302-

A, 308-A, 309-A – Rio de Janeiro – RJ

tel: (21) 3416-9190 - CEP – 22640-102

Site: http://www.grupolet.com

e-mail: [email protected]

Filial São Paulo - Rua James Watt 84,

2º andar - Brooklin – Cep: 04576-050 -São

Paulo (SP) – Tel: (11) 5505-2509

Filial Curitiba - Av. Winston Churchill 2.370,

sala 406, 4o andar - Pinheirinho -

Cep: 81150-050 - Curitiba (PR) -

Tel: (41) 3268-1007

Diretor Executivo: Joaquim Lauria

Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria

Comercial: Julio César Mauro

E-mail: [email protected]

Comercial São Paulo: Davis Reis

E-mail: [email protected]

Revista

Publicação bimestral– Setembro / Outubro 2007

Ano I – Nº 05 – Tiragem 1.500 exemplares

Jornalista responsável (redação e edição):

Alexandre Peconick (Comunicação

Grupo LET) - Mtb 17.889 / e-mail para

[email protected]

Diagramação e Arte:

Murilo Lins ([email protected])

Envie para nós suas sugestões, idéias e

críticas e leia as respostas às suas

solicitações no site www.grupolet.com

Impressão: Walprint Gráfi ca e Editora Ltda.

Endereço: Rua Frei Jaboatão 295,

Bonssucesso – Rio de Janeiro – RJ

E-mail: [email protected]

Tel: (21) 2209-1717

News

Capa: Alexandre Peconick

INSTITUCIONAL

2 | Março / Abril | 2008

ENTREVISTA ESPECIAL

O mercado ambiental está em acelerada expansão. E em-presas como a Haztec Pla-

nejamento e Tecnologia Ambiental (do Grupo Synthesis) já entenderam que esta tendência não é modismo. É uma necessidade de sobrevivência das empresas compostas por pes-soas! Até por isso em 2004 a Haztec trouxe para seus quadros o talento da profi ssional Rosana Macedo. Aqui ela nos mostra como receber e con-quistar um novo colaborador.

No cargo de Gerente de RH, ela não apenas montou a área como estruturou um projeto de capacitação na empresa que for-nece consultoria sócio-ambiental e soluções integradas em susten-tabilidade em questões de meio ambiente e segurança operacio-nal a cerca de 60 organizações. Atualmente ela cuida também do projeto de expansão do quadro de colaboradores que conta (março 2008) com 500 profi ssionais. Em junho o número chegará a 1000 e em 2009 a 1.500 de acordo com as projeções desta empresa cria-da em 1999 cuja taxa média de crescimento anual é de 52%.

Graduada em Psicologia em 1989, Rosana sempre atuou em RH. “Gosto de lidar com pessoas e trabalhar por elas”, justifica. Sua trajetória mostra a capacidade

camaleônica de se adaptar a em-presas que passaram por fusões. Antes da Haztec, esteve, entre ou-tras, na Alcatel, no Banorte e na Consub C-7. Atualmente conduz um RH altamente estratégico es-tando à frente de uma equipe cuja formação é heterogênea. É esta a profissional entrevistada em nos-sa edição.

NEWSLET – Como a Haztec recep-ciona seu novo colaborador? Que estratégias são usadas?

Rosana Macedo – A recepção aos novos colaboradores é estra-

tégia primordial para retenção de talentos. Assim que aprovados no processo seletivo, os novos cola-boradores (e também estagiários e trainees) passam pelo progama de integração no qual apresenta-mos a empresa e seus profissio-nais a eles. Os preparamos não apenas para suas funções mas para saberem trabalhar em equi-pe. De imediato eles também já aprendem a usar o nosso portal on line interno, que acelera a in-tegração e a valorização deles como parte do processo decisó-rio da empresa.

Foto

: Ale

xand

re P

econ

ick

ENTREVISTA

ROSANA MACEDOHaztec

Quando boa recepção é grande

passo para retenção

Março / Abril | 2008 | 3

NEWSLET – E qual é a função desse portal?

Rosana Macedo – Preocupa-mo-nos muito com a Comunica-ção, ainda mais porque estamos espalhados por vários estados do Brasil. Mais ainda, nesse momento de aquisições e transformações na empresa a maior meta é a da trans-parência. Passando isso de pronto aos novos colaboradores evitamos qualquer ruído na comunicação. Nossos colaboradores sabem das novidades quase ao mesmo tempo em que o CEO da empresa. Timing de informação é tudo.

NEWSLET – Como é passar aos novos colaboradores a fi losofi a de empresa sustentável?

Rosana Macedo – Nosso progra-ma de qualidade de vida está cen-trado em campanhas porque se a nossa missão é manter e incentivar a sustentabilidade com os clientes, temos que viver isso internamen-te. Trabalhamos em três pilares: a questão econômica, a questão ambiental e a questão social. Na prática, entre outras ações, faze-mos coletas seletivas, passamos informações a todos sobre o que acontece ao meio ambiente e incen-tivamos a todos para evitar desper-dícios. Temos um Plano de Comuni-cação arrojado que inclui o portal, o Café com o Presidente, e-mails aos colaboradores, campanhas e até te-atro dentro da empresa.

NEWSLET – Que tipo demanda está criando o projeto de expan-são da Haztec e como ela vai be-nefi ciar a geração de empregos?

Rosana Macedo – Uma empresa ambiental como a nossa está em

busca de muitos novos profi ssio-nais; como engenheiros químicos, geólogos, engenheiros de meio am-biente, técnicos de meio ambiente, bioquímicos, engenheiros de segu-rança. Estas profi ssões estarão em alta daqui para frente. Procuramos estes profi ssionais não apenas para usufruirmos deles, como também para aprimorar o nível de conheci-mento deles. Possuímos um pro-grama muito arrojado de segurança e saúde ambiental. E também bus-camos parcerias com as universi-dades. Estamos iniciando nego-ciação com a UFRJ por exemplo. Queremos, ao lado das instituições de ensino, preparar pessoas para a Haztec, mas também para o merca-do. Em nosso RH este é um desafi o muito grande que vamos apenas começar em 2008!

tanto. Faz parte de nossa política o máximo aproveitamento interno nas promoções. Quando há uma vaga a prioridade é para alguém que já é da empresa, não importa que seja de outra cidade. Só abrimos vagas externas para quem não fez carreira na empresa em vagas de perfi l ex-tremamente difícil ou novo.

NEWSLET – Em termos de capa-citação, muitas empresas perdem talentos porque não valorizam a gestão do conhecimento de seus colaboradores. Como a Haztec en-cara esta questão?

Rosana Macedo – A Haztec tem uma política de capacitação e trei-namento muito. Nela há uma “ma-triz de habilidade” para a nossa área operacional, o pessoal que vai ao cliente. Ali há um mapa de trei-namento que inclui todos os cursos que cada profi ssional precisa fazer. Em novembro levantamos as neces-sidades do ano seguinte, identifi ca-mos a evolução de cada função e o surgimento de cursos para poder destinar orçamento para esta capa-citação. Capacitação está dentro do planejamento estratégico mesmo porque se não nos aprimorarmos deixaremos de ser uma empresa di-ferencial em nossa área.

NEWSLET – Que nova ferramenta em RH a Haztec estará aplicando em 2008 para trazer um feedback in-teressante de seus colaboradores?

Rosana Macedo – Além do por-tal, estaremos começando uma Pesquisa de Satisfação, Projetos Sociais e o Plano RV (Remunera-ção Variável) para o qual nossos consultores estão fi nalizando o projeto.

ENTREVISTA

“Nosso portal é uma das ferramentas de maior promoção da integração

entre as fi liais, ali nossos colaboradores

têm voz ativa”

NEWSLET – Qual é a importância que o RH dá à recepção dos novos colaboradores em relação à capa-cidade de retê-los?

Rosana Macedo – Total. A primeira imagem é a que fi ca. Pensamos as-sim. Por isso cada ação de recepção é planejada e bem cuidada: colocar o profi ssional certo no local certo, aten-dendo a necessidade atual e futura.

NEWSLET – Colaboradores da Haztec costumam ser transferidos de cidade (de fi lial)?

Rosana Macedo – Sim. Mas no início de sua vida na empresa nem

4 | Março / Abril | 2008

Alta credibilidade e quali-dade de estagiários en-caminhados a algumas das maiores empresas

do Estado do Rio são os desta-ques do balanço de pouco mais de um ano do Instituto Capacita-re - IC (www.institutocapacitare.com.br) criado em dezembro de 2006.Parceiro do Grupo LET o IC é responsável pela condução de programas de estágios qualitati-vos que incluem cursos de ferra-mentas de RH aos novos e profi s-sionais do mercado.

Até a conclusão desta matéria o IC contava com 53 empresas associadas, tendo fechado o ano de 2007 com 650 estagiários en-caminhados. No fi nal de 2008 a expectativa é de que esse número quase dobre chegando aos 1.200 estagiários. Também estão com o Capacitare algumas das princi-pais instituições de ensino do país como UFRJ, PUC, ULBRA (RS), Fundação Getúlio Vargas (FGV), IBMEC, USP e UFF, entre outras.

“Estagiário também precisa entender de Planejamento Estra-

tégico, de Liderança, entre ou-tros temas de RH, por isso creio que superamos nossas próprias expectativas de resultados ao levar aos jovens esses conhe-cimentos”, acredita Leyla Nas-cimento, Diretora Executiva do Instituto Capacitare que deseja ver o programa de estágio como parte da estratégia das empresas em 2008. Também por isso, este ano o Capacitare estará ofere-cendo às empresas indicadores com dados sobre retorno finan-ceiro de seus investimentos em programas de estágio.

Sebrae, Cultura Inglesa, Pe-trofl ex, Casa e Vídeo, Gestetner e Drogarias Pacheco são apenas alguns dos clientes que recebe-rão este benefício oferecido pelo Instituto Capacitare.

2007 também foi ano de apren-dizado para o Capacitare com seu parceiro e suporte de infra-estrutu-ra: o Grupo LET. “O Grupo LET nos ensinou muito sobre Recrutamento e Seleção e é uma segurança po-dermos caminhar junto com seus profi ssionais”, confi rma Leyla.

INSTITUTO CAPACITARE1 ano de grandes realizações

Os coachs, ou supervisores, se di-zem bem positivamente surpresos com a qualidade de estagiários que têm re-cebido. “Não imaginava o quanto eu iria infl uenciar no desenvolvimento de carreira de um estagiário apresentado pelo Capacitare”, afi rma um dos coachs em um refl exo claro do ganho de cons-ciência estratégica do estagiário fruto do trabalho educativo do Capacitare. Como se sabe, nem todo estagiário tem ainda a visão do quanto o RH é importante nas principais empresas do mercado.

FEEDBACK SOBRE OS ESTAGIÁRIOS

PARCEIROS LET

Março / Abril | 2008 | 5

Leyla e Lauria em frente ao estande do Institito Capacitare no Congresso RH Rio 2007 da ABRH-RJ

Eles são como o óleo que ajuda uma grande engre-nagem a funcionar sem a ocorrência de desgastes

das peças. Felizmente não falamos de máquinas, mas de pessoas. Mais precisamente sobre os 25 fun-cionários terceirizados que o Grupo LET administra mensalmente para a área SOP/IF (Suporte Operacio-nal de Infra-Estrutura) da Refi naria Duque de Caxias da Petrobrás, ou UN-REDUC. “Um dos itens mais im-portantes do terceirizado LET é que temos aqui pessoas que passaram por culturas diferentes; eles trazem versatilidade, informações novas, experiências fora do ambiente Pe-trobrás e esse é um benefício que

nós gestores temos que aproveitar”, acredita César Manoel, Gerente Se-torial da Infra-Estrutura da SOP, pro-fi ssional com 22 anos de Petrobras.

O trabalho terceirizado é uma vantagem competitiva a muitas em-presas de ponta porque além de agregar conhecimento, ajuda os lí-deres da organização a se focarem nas atividades fi ns da mesma. Gente como a Arquiteta, Andréa dos Reis; a Nutricionista Carla França; o Téc-nico em Edifi cações, Darcy Vieira; a Técnica em Segurança do Trabalho, Veronica Monteiro ou como a Auxiliar Administrativa Erica Sant Anna, entre tantos outros, dão o suporte neces-sário para que os líderes e gestores do negócio principal da empresa (o

petróleo e seus derivados) possam produzir resultados fantásticos para a economia nacional – a Petrobras está em as 15 maiores petrolíferas do mundo. A SOP/IF é uma gerência que se inclui Alimentação, Seguran-ça Patrimonial, Manutenção Predial, Transporte e Manutenção de Áreas Verdes.

Eles infl uem diretamente no tra-balho de mais de 13 mil funcionários que atuam em uma refi naria cujo es-paço equivale praticamente ao das praias de Ipanema, Leblon, Copaca-bana e Leme juntas. É uma cidade que processa diariamente 240 mil barris de petróleo por dia e 55 tipos de derivados desta matéria prima, como óleos para lubrifi cantes, die-

Alguns integrantes da Equipe LET-REDUC (da esquerda para a direita, de cima para baixo):Ricardo Alves (preposto), Erica e Elisangela Sant Anna, Andréa dos Reis, Carla França, Veronica Monteiro, Claudia Fernandes,

Priscilla Madureira, Mirian Neres, Luciene Cipriano, Pablo Albino, Darcy Vieira, Julio César Martins e Wenderson Almeida

UN-REDUC / PETROBRAS MOSTRA VALOR DA BOA TERCEIRIZAÇÃO

CAPA / TERCEIRIZADOS LET

Foto

: Ale

xand

re P

econ

ick

6 | Março / Abril | 2008

sel, gasolina, nafta, GLP, querosene de aviação, parafi nas, aguarrás, en-tre outros. Tudo isso ali, à beira da Rodovia Washington Luís, km 11,7, no distrito de Campos Elíseos em Duque de Caxias (RJ).

Andréa dos Reis, 37 anos, Arqui-teta com pós-graduação em Plane-jamento e Uso do Solo é uma das profi ssionais indispensáveis à UN-REDUC atuando junto ao Núcleo de Obras em projetos de adequação e modernização da refi naria. “Mesmo sendo terceirizada, tenho ampla au-tonomia e liberdade para analisar, interagir, coordenar e propor pro-jetos necessários à demanda do momento; é um clima de muita par-ticipação, afi nal a solução dos pro-blemas precisa ser rápida a agradar a todos”, afi rma ela que trabalha em projetos que vão desde reforma do restaurante e cozinha industrial, até reconfi guração das unidades de produção.

Em 15 anos de carreira, Andréa considera os quatro anos de UN-REDUC como sua grande escola. “Aqui trabalho em vários segmen-tos, além disso, ganhei uma visão de mundo ímpar”, justifi ca a pro-fi ssional que atualmente faz pós

em Ergonomia motivada pelos pró-prios gestores da Petrobras. Quan-to ao futuro de sua carreira, ela se vê como uma consultora. “Quanto mais amadureço, percebo que exis-te uma necessidade de trabalhar em áreas estratégicas e de inteli-gência”, esclarece.

Também estratégica para a área de Suporte Operacional é a atividade exercida pela Técni-ca em Segurança do Trabalho, Veronica Monteiro, 31 anos, seis de Petrobras, com curso técnico em Segurança do Trabalho pelo SENAC e superior em Engenha-ria Ambiental ainda por concluir. Preposto da equipe de funcio-nários Grupo LET na UN-REDUC – ao lado de Ricardo Alves, Au-xiliar de DP na matriz do Grupo LET – ela dá orientação e suporte nas questões ligadas à seguran-ça do trabalho (como SMS – Saú-de, Meio Ambiente e Segurança) às 32 empresas contratadas para atender aos serviços do SOP/IF. “Verifico se todos atingem os pré-requisitos em relação às metas de segurança, conforme estão na lei, como EPI (Equipamento de Prote-ção Individual), cursos de direção

CAPA / TERCEIRIZADOS LET

Foto

s: A

lexa

ndre

Pec

onic

k

defensiva, de combate a incêndio, entre outros”, conta Veronica.

Profi ssional tida como referência em seu setor, Veronica revela que a profi ssão de Técnica em Segurança do Trabalho caiu de pára-quedas em sua vida. Eu “não conhecia a profi ssão; trabalhava em uma agên-cia bancária vendendo cartão de crédito quando conheci um ergo-nomista que me ajudou a identifi -car um talento em mim; fi z o curso e depois entrei na Petrobras como estagiária. Não sai mais”, conta ela que garante já se sentir integrada à cultura da empresa.

Mais do que integrada, Érica Sant Anna, de 26 anos, Apoio Adminis-trativo, percebe que a Petrobras faz parte de seu DNA. Entre 1960 e 1961, o avô e o padrinho de Erica participaram da construção da UN-REDUC. Em sua infância, a atual universitária do curso de Letras, fez parte do coral do projeto de crian-

Andréa dos Reis“Aqui ganhei visão de mundo ímpar”

Veronica Monteiro“Referência em seu setor”

Março / Abril | 2008 | 7

ças da UN-REDUC, depois integrou o Programa de Iniciação ao Traba-lho (PIT), que lhe permitiu seu pri-meiro estágio. Como terceirizada, esta moradora de Campos Elíseos, vizinha da refi naria, já está há nove anos vestindo a camisa da Petro-bras e se esmerando no aperfeiço-amento das funções de Administra-ção de Pessoal. Na área do SOP/IF já passou pela Unidade 1322, pelas Ofi cinas de Manutenção e pelo Se-tor de SMS, entre outros.

“É muito bacana perceber a impor-tância dessa empresa para o nosso país, mais do que isso acho que sem os terceirizados uma empresa como essa não estaria no atual patamar, somos realmente importantes para o desenvolvimento do negócio princi-pal da empresa”, acredita Erica, que embora vá concluir curso de Letras pretende que seu futuro continue li-gado à Petrobras.

Priscilla Madureira, de 22 anos, Auxiliar de Administração de Pes-soal, é outra terceirizada que par-ticipou do PIT e teve sua primeira oportunidade de trabalho na estatal petrolífera brasileira. “Vivo Petrobras desde os 16 anos; um ambiente onde aprendi a ser cidadã, aqui assi-milei que respeitar o próximo é vital para o sucesso de qualquer traba-lho”, diz ela que também desenvolve diariamente sua fl exibilidade para lidar com múltiplas tarefas. Priscilla já fez curso de Técnica em Seguran-ça do Trabalho e em breve pretende fazer concurso para esta função. “O terceirizado é fundamental para aju-dar os mais idosos que aprendem conosco, mas vejo esta fase como uma passagem, um ponto de partida para que possamos investir em nós mesmos”, indica Priscilla.

Terceirizado também se sente parte da família Petrobras. Julio

César Martins, de 27 anos para o quadro da empresa. Com o 2º grau técnico em Contabilidade, ele fez um curso de Abastecedor e assu-miu essa função dentro da SOP/IF da UN-REDUC. Sua função parece simples, a de abastecer carros de rodam dentro da “cidade REDUC”, mas se não for bem feita, tudo pára. “Identifi co-me com essa ex-trema preocupação da Petrobras com segurança e detalhismo no cuidado com qualidade de vida”, afi rma Julio César.

O comprometimento dos funcio-nários terceirizados do Grupo LET é altamente elogiado pelo Auxiliar Administrativo e Fiscal do Contrato, Wagner Maia de Carvalho. “Cobro dos terceirizados uma presença po-sitiva deles, mas meu trabalho é in-tensamente correspondido, pois são excelentes profi ssionais”, avalia.

Excelência é, aliás, a palavra exata que defi ne o trabalho da Nutricionis-ta, Carla França Mirancos, 24 anos, que trabalho no controle de qualida-de dos restaurantes da UN/REDUC verifi cando desde a recepção e ar-mazenamento dos alimentos, até a produção e distribuição diária do cardápio planejado pela Nutricionis-ta Isabela. Ela e a outra nutricionista terceirizada da Equipe LET, Gisele Barreto, participam de reuniões peri-ódicas com os gestores na qual eles apresentam as sugestões, reclama-ções e críticas. “Passo para a Nutri-cionista principal o que devemos fa-zer, fazendo também o papel de uma ponte entre o público e os líderes”, destaca Carla.

Graduada em Nutrição pela Uni-Rio ela é a caçula da equipe LET-RE-DUC (janeiro de 2008) mas já está na Petrobras há mais de dois anos, tendo atuado no edifício da em-presa na Avenida Chile (centro do

CAPA / TERCEIRIZADOS LET

Foto

s: A

lexa

ndre

Pec

onic

k

8 | Março / Abril | 2008

Erica Sant Anna

Priscilla Madureira

Julio César Almeida

Claudia Fernandes

Rio) e também no CENPES – Cen-tro de Pesquisas da Petrobras (Ilha do Fundão). Quando chegou a UN - REDUC Carla tinha o desafi o de re-conquistar a confi ança do exigente cliente interno na qualidade das re-feições. Em pouco tempo sente que já venceu o compromisso. “Temos que zelar pelo padrão de alimenta-ção saudável da Petrobras e me sin-to orgulhosa em fazer parte dessa equipe”, afi rma a Nutricionista.

A idéia de se orgulhar e de se sentir um pouco dono do traba-lho também faz parte da rotina da Assistente Administrativa, Claudia Cardoso Fernandes, de 20 anos. Depois boa experiência em uma empresa da Rede Ferroviária, ela ingressou na equipe de terceiriza-dos da SOP/IF. Seu trabalho é o de suporte direto ao Gerente do Setor, César Manoel na parte fi nanceira dos contratos e demais procedi-mentos. “É muito importante para a minha vida profi ssional o conceito

de saber que como dona do meu trabalho faço a empresa crescer; mais do que isso aproveito o co-nhecimento dos tramites internos para que isso possa me facilitar em meu futuro trabalho”, diz Claudia ao se referir à Oceanografi a, car-reira que pretende seguir e para a qual irá prestar vestibular ao fi nal deste ano. “Quero trabalhar embar-cada em uma plataforma da Petro-bras”, sonha.

Os funcionários LET – REDUC atuam em uma área conhecida como uma espécie de “prefeitura” da UN-REDUC. “O apoio dos funcionários do Grupo LET, empresa que muito confi amos, é fundamental para que possamos tomar decisões geren-ciais com ótimo suporte de dados e dentro da rotina de soluções a curto prazo. Se não tivéssemos os tercei-rizados, nosso negócio não teria sentido”, revela César Manoel, o Gerente Setorial da Infra-Estrutura, ou o “síndico” da UN-REDUC.

CAPA / TERCEIRIZADOS LET

Com a energia e iniciativa de um garoto, Darcy Vieira, de 43 anos, faz com efi cácia o “meio de campo” entre o escritório e as obras nas mais de 40 edifi cações da UN - REDUC. Este Técni-co em Edifi cações, formado há 22 anos pelo CEFET, dá aporte à infra-estrutura de todas as áreas. Se algum setor tem qualquer tipo de problema estrutural, que pode ir de uma lâmpada quebrada, uma rachadura na parede, uma des-carga com defeito, o mato que cresceu demais a um bueiro ou asfalto quebrado ou uma porta de que não fecha, passa um e-mail ao Darcy que ele encaminha a solução do problema. Em sua dinâmi-ca de trabalho ele lida diariamente com uma média de 30 pessoas. Sempre com bom humor e amor pelo que faz.

O feedback do trabalho de Darcy é bem positivo, segundo ele. “É interes-sante ler e-mails dos petroleiros me agradecendo pela efi ciência e pela ati-tude sempre pró-ativa, afi nal se não ra-ciocinar de forma sempre macro não al-cançarei resultados que agradam meu cliente”, informa o Técnico em Edifi ca-ções. Para ele o fato de ser terceirizado não o incomoda. “A diferença de trata-mento entre terceirizado e concursado aqui é muito mais sutil do que eu ima-ginava, até em relação aos benefícios temos praticamente os mesmos, por isso me sinto completamente integrado à empresa”, avalia ele, que pretende estabilizar-se na Petrobras.

“QUARENTÃO” COM SANGUE A ATITUDE

DE GAROTO

Foto

s: A

lexa

ndre

Pec

onic

k

Março / Abril | 2008 | 9

Carla França“Decisiva para o up grade da alimentação Petrobras”

Darcy Vieira

Em parceria com a TV Glo-bo, o Grupo LET vem há sete anos auxiliando na montagem e aprimora-

mento de ofi cinas de capacitação para diversas funções específi cas de um veículo dinâmico como a te-levisão. As necessidades da ofi cina surgem através de uma demanda identifi cada pela área de Recursos Humanos da TV GLOBO e os profi s-sionais são captados pelo Grupo LET no mercado, seja em universidades ou outras instituições. “Identifi ca-mos o casamento da pessoa com a função olhando em seus olhos; o im-portante é que eles aprendem aqui conhecimentos que usarão no futu-

ro, independente se vão ou não fi car na TV Globo, é uma capacitação para a vida”, defi ne Isabel Alves, Analista de RH do Grupo LET. “Procuramos pessoas de qualquer idade, o impor-tante é estar de acordo com o perfi l que a Empresa determina”, confi rma Priscilla Monteiro, do Grupo LET que ao lado de Isabel Alves são as profi s-sionais que conduzem a seleção das Ofi cinas da TV Globo.

Somente em 2007 as Ofi cinas da TV Globo formaram cerca de 100 profi ssionais. Há um pouco de tudo: cenógrafos, contra-regras, produtores de arte, assistente de estúdio, maquiadores, entre outros. Um bom exemplo de ex-“ofi cineiro”

que deu certo na emissora é o do atual Maquiador de TV, Leonardo Al-meida, carioca, casado, de 25 anos. Até dois anos atrás ele era Gradu-ado em Publicidade e com um pé no curso de Cinema. Embora fosse muito vaidoso, cuidando de si e da então noiva, Leonardo jamais havia planejado seguir carreira como um Caracterizador (nome técnico de sua função que inclui maquiagem e cabelos de personagens).

“Para mim foi um grande desafi o que aceitei com prazer; afi nal não sabia em detalhes o que fazia um caracterizador, função para a qual aproveitei todo o gosto que já tinha para a área de estética; além disso

SERVIÇOS LET

Capacitação em alta nasOfi cinas da TV GLOBO

10 | Março / Abril | 2008

Muito além do talentoLeonardo Almeida (em ação na foto) foi além da ofi cina de Caracterização

de Personagens da TV Globo, que defi ne como “o ponto de ignição de sua carreira”.

Sua extrema dedicação não encontrou limites nem aos domingos,

dias em que ele também realizou cursos de aperfeiçoamento

Foto

: Div

ulga

ção/

arqu

ivo

pess

oal

adoro estudar e me aprimorar, en-tão abracei o incentivo de cursos e a oportunidade de contato com os profi ssionais que a ofi cina propor-cionou”, conta Leonardo, que fez a ofi cina entre agosto de 2006 e feve-reiro de 2007.

De acordo com Leonardo as ofi -cinas da TV Globo buscam pessoas que se inquietem e que nunca se acomodem. Por isso ele, mesmo depois de concluída a ofi cina fez to-dos os cursos pagos pela TV Globo. “Estudei até mesmo aos domingos; de postiços e perucas a próteses; de novas técnicas de maquiagem a efei-tos especiais de sangue e corte”, re-vela ele que em novembro de 2007, após nove meses prestando serviço como colaborador temporário LET, foi contratado pela TV Globo para a função de Maquiador de TV.

Atualmente ele estuda a caracte-rização de personagens de uma no-vela prevista para estrear em junho ou julho, mas já esteve caracterizan-do atores, atrizes, fi gurantes e elen-

co de apoio na “Turma do Didi”, no “Zorra Total”, em “Malhação”, em “A Grande Família” e em novelas como “O Profeta” e “Páginas da Vida”.

Leonardo classifi ca a ofi cina de caracterização como “o ponto de igni-ção em sua vida profi ssional”. “Desde o primeiro teste do Leonardo identifi -quei nele um grande talento”, assegu-ra Priscilla Monteiro, do Grupo LET.

Priscilla e Isabel explicam que as ofi cinas surgiram na TV Globo porque não há no mercado cursos que preparam profi ssionais com o grau de especifi cidade que uma TV de alto nível de qualidade exige. “É importante ressaltar que ofi cina é um processo de treinamento, não é curso e nem é estágio, cerca de 90% de prática e 10% de teoria que é pas-sada por profi ssionais e gestores de cada área”, informa Priscilla.

O processo de seleção dos ofi -cineiros, vem se apimorando nos últimos anos com a aplicação de provas práticas em novos softwares como Auto Cad, Photoshop, Illus-

trator, entre outros, dependendo da função para a qual a vaga se desti-na. Também fazem a montagem da estrutura dos três dias de aulas teó-ricas da ofi cina antes do período de três a cinco meses de ambientação (treinamento) que irá ser coordena-do pelos gestores das áreas. “Por exemplo, o cenógrafo tem contato com a produção de arte, com o fi gu-rino, com o diretor, então as pessoas dessas áreas apresentam um pouco de seu trabalho aos “ofi cineiros””, explica Isabel Alves.

Segundo ressaltam Priscilla e Isabel, as ofi cinas são hoje uma grande fonte de entrada para que a pessoa seja um dia um profi ssio-nal efetivo do quadro da TV Globo. “Percebemos que, dependendo da demanda de vagas, a maioria dos ex-ofi cineiros bem avaliados aca-bam contratados”, afi rma Isabel. Para ser ofi cineiro é bom fi car de olho nos anúncios de jornais e car-tazes de universidades. Neles pode estar uma grande oportunidade.

SERVIÇOS LET

• Alfaiate • Assistente de Estúdio • Assistente de Produção • Auxiliar de Suprimentos • Camareiro • Cenografi a • Caracterização (maquiador de TV) • Continuista • Contínuo de Produção• Contra-Mestre • Contra-Regra de Cena • Coordenador de Produção • Digitador • Diretor de Fotografi a • Figurino • Guarda-Roupeiro• Produção de Arte

Veja aqui as ofi cinas que foram ministradas nos últimos dois anos

(2007 e 2006)

Março / Abril | 2008 | 11

Da esquerda para a direita as Analistas de RH do Grupo LET, Priscilla Monteiro e Isabel Alves,co-responsáveis pelo sucesso da parceria com a TV Globo na realização das ofi cinas

Foto

: Ale

xand

re P

econ

ick

O Brasil está bem na foto mundial, só falta investir muito mais do que o faz em

Educação para que a grande classe média seja realmente sólida e não apenas fruto de uma imagem. A ava-liação é do ex-Ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, um dos braços direitos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e hoje consultor de uma série de empresas de peso como Souza Cruz, Toyota e Novartis.

Carioca, casado, pai de cinco fi lhas e avó de quatro netos, Lampreia tem aos 66 anos uma sólida carreira cons-truída por talento e méritos. Diplomata formado em 1963 pelo Instituto Rio Branco, ele foi também embaixador brasileiro nos EUA, Suriname, Por-tugal e Suíça. Atualmente preside o Conselho Empresarial de Relações Internacionais da FIRJAN. Com sim-plicidade e simpatia este que é consi-derado uma das mentes mais brilhan-tes do Brasil recebeu NEWSLET para

uma entrevista franca sobre a situação brasileira e o patamar da área de Re-cursos Humanos frente a ela.

NEWSLET – O mercado de trabalho brasileiro depende da conjuntura in-ternacional. Nesse sentido como o Sr. vê os efeitos da crise americana em nossa economia? Estamos amadure-cidos, como afi rma o governo, para sofrermos “respingos” da crise?

Lampreia – Não sei se sofreremos apenas respingos porque sequer é possível determinar qual é a profundi-dade da crise americana. É claro que o Brasil está melhor do que no pas-sado, mas nem o Papa está blindado em uma situação como essa. Nossas exportações para os EUA são forte-mente marcadas pela diversifi cação e alta porcentagem de manufaturados. Então a perspectiva é que seja afeta-do mais o setor industrial nos grandes centros urbanos do que nas áreas ru-rais, mas não sabemos até que ponto.

LUIZ FELIPE LAMPREIA“Gestão de RH vai muito bem, precisamos melhorar a gestão governamental”

PERSONAGEM

NEWSLET – E a queda acentuada do dólar atrapalha esse mercado?

Lampreia – A queda do dólar atra-palha muito esse mercado industrial específi co que exporta para os EUA. Nossas exportações estão caindo. Isso é inescapável. Por enquanto (março / abril) o dólar continuará caindo pois está fraco no merca-do internacional. Mas essa queda também se deve ao fato de que há muito dinheiro entrando no Brasil e essa tendência deve continuar por todo o ano de 2008. Entra dinhei-ro para investimento em bolsa, em fundos DI, o que é muito positivo.

NEWSLET – Até que ponto a elei-ção de Obama, Hillary ou McCann (nos EUA) pode ser boa ou ruim para quem trabalha aqui no Brasil?

Lampreia – Se há alguma distinção a fazer está no lado protecionista dos democratas. Durante a campanha

12 | Março / Abril | 2008

Foto

: Ale

xand

re P

econ

ick

PERSONAGEM

Obama e Hillary disputam quem é mais protecionista para conseguir o voto dos sindicatos. Para nós brasi-leiros a vitória de um dos dois signi-fi ca que o mercado americano pode nos criar algumas barreiras como acabar com acordos de comércio bilateral, afi nal o primeiro objetivo deles não é o Brasil, mas a China.

NEWSLET – Talvez até por isso o Brasil tem uma aproximação com pa-íses emergentes, em especial a Chi-na. Que pontos positivos há nisso?

Lampreia – Essa aproximação não é coisa do governo Lula. Estamos há mais de 20 anos intensifi cando relações com asiáticos, incluindo a China como uma opção do merca-do e não decisão desse ou daquele governo. Os setores de commodities agrícolas e minerais são os que mais ganham com essa aproximação, embora isso não infl ua muito na ge-ração de empregos.

NEWSLET – 2007 foi um ano de extrema geração de empregos, em-bora esses empregos se concen-trem em alguns setores e boa parte pague baixos salários. Da forma como está sendo conduzida a eco-nomia como o Sr. prevê que será a geração de empregos 2008?

Lampreia – Vejo esta geração de em-pregos fazendo com que pessoas mi-grem de classe social econômica como extremamente sadia para o Brasil. Po-rém é algo efêmero se não houver in-vestimento em Educação. Se continuar como está, essa tendência de pesso-as entrando na classe média não será duradoura. É a educação forte que cria base sólida para uma boa classe mé-dia. Por exemplo, Suíça e Finlândia, sem grandes recursos naturais, são

desenvolvidos porque têm educação forte que gera recursos humanos dinâ-micos. Lá o povo é altamente educado. Aqui no Brasil estamos ainda muito longe de termos uma educação forte.

NEWSLET – Mesmo sem investir bem em Educação em qual patamar o Sr. vê a área de RH no Brasil?

Lampreia – A Gestão de Pessoas no Brasil está cada vez melhor, com grandes mentes em muitas de nossas empresas. Faço parte do conselho de muitas empresas e tenho relações com a Associação Comercial, com a FIRJAN e vejo cada vez mais temos métodos modernos e profi ssionais de relacionamento com as pessoas sendo aplicados. Isso coloca o Bra-sil como um dos países top em RH. O Brasil que vai mal é o da gestão governamental, que precisa de refor-mas imediatas. Já o RH hoje tem que ser o braço direito do CEO de uma empresa, seja de que área for.

NEWSLET – Quais foram os seus maiores desafi os enquanto Minis-tro das Relações Exteriores?

Lampreia – Nosso esforço àquela época se resumiu a duas coisas. A pri-meira, a inserção do Brasil como refe-rência política, econômica, ambiental e de seus recursos humanos. O se-gundo foi o desafi o do estabelecimen-to do melhor relacionamento possível com os nossos vizinhos sul-america-nos e norte-americanos. Aumentou o respeito dos EUA para com o Brasil. Eles passaram a nos ver como um in-terlocutor sério que não precisa con-cordar com tudo, sem deixar de ser um parceiro para a diplomacia.

NEWSLET – É difícil hoje no Brasil ser Ministro das Relações Exterio-

res ou já é mais fácil pelo fato do Brasil ter mais peso quando se sen-ta a uma mesa de negociações?

Lampreia – Sem dúvida é mais fácil porque o Brasil tem mais peso. O meu pai foi diplomata. Eu quando garoto, já pensando entrar para o Itamaraty, freqüentemente perguntava a ele qual era a receptividade que o Brasil tinha e ele sempre me confessava que era muito pequena. Isso na década de 50. Felizmente esse quadro já mudou bastante.

NEWSLET – É muito difícil fazer parte do poder estando esse poder em Brasília, cidade tão isolada dos grandes centros?

Lampreia – Não diria isso. Estar no poder é uma oportunidade muito grande de fazer coisas boas para o seu país, mas é também um sacrifí-cio, porque você é muito cobrado, patrulhado, às vezes injustiçado. E isso para quem está lá, como eu estive, de boa fé, é muito duro! De-manda ter muita saúde.

NEWSLET – O que o Sr. pensa so-bre os problemas que estamos en-frentando com a Espanha que em março começou a barrar brasileiros no Aeroporto de Madri (Barajas)? Devemos agir com reciprocidade?

Lampreia – É uma arbitrariedade da campanha eleitoral espanhola. Como o tema imigração ilegal des-perta paixões, o governo Zapatero montou um show de rigor. Devemos fazer protestos diplomáticos fi rmes. Retaliação, porém, é uma forma ex-cessiva de agir, pois além de atingir pessoas que não tem culpa, afeta a imagem do Brasil como um pólo de atração do turismo ibérico. Março / Abril | 2008 | 13

Muito além do que emagrecer, a medici-na ortomolecular re-constrói as moléculas

e células solucionando (e também evitando) distúrbios e doenças como diabetes, alergias, osteopo-rose, hipertensão, hipotiroidismo, depressão, tpm, impotência sexu-al e até mesmo o câncer. Pessoas vão ao consultório preocupadas com obesidade, mas descobrem e curam outros males. Quem asse-gura é a Dra.Fátima Furtado, pro-fi ssional com três pós-graduações em Medicina Ortomolecular: uma referência no tema (site http://www.spadrafatimafurtado.org/).

Não se trata de milagre. É pura ciência. A porosidade de uma cé-lula abre passagem aos nutrientes que irão alimentá-la e permitir a ela percorrer todo o caminho de ener-gia que nos possibilita trabalhar, fazer esporte, sexo, estudar e pen-sar. Ocorre que a má alimentação, o estresse e a própria degradação dos alimentos, fruto da ação huma-na fecham essa célula, o que im-

pede a passagem do nutriente, que se transforma em gordura e provo-ca doenças.

O tratamento ortomolecular faz um mapeamento completo das mo-léculas e células de cada indivíduo que são aumentados em cerca de 3 mil vezes nos exames HLB in vitro e em vivo feitos no consultório da Dra. Fátima. É muito mais do que cuidar de um órgão. “Vou ver e analisar a célula que forma esse órgão e iden-tifi car se nela falta cálcio, magnésio, potássio, zinco ou outro elemento e em qual quantidade para que esse órgão tenha o funcionamento corre-to” explica a Dra. Fátima.

Com base nesse diagnóstico, a Dra. Fátima prescreve medicamentos manipulados que contém tão somen-te vitaminas, sais minerais a amino-ácidos, combustíveis para a recons-trução de qualquer célula. O paciente não sente dor e não há efeito colateral dos medicamentos em um tratamen-to que dura em média três meses. A consulta inicial custa R$ 530 se incluir os exames HLB e R$ 250 se não os incluir. Já os medicamentos perso-

“Os diferenciais da Medicina

• 1 Coma boas carnes vermelhas, uma das maiores fontes de aminoácidos dos quais muito precisamos.

• 2 Não coma estressado ou rapida-mente. O estresse provoca uma “sujei-ra celular” que envelhece o corpo.

• 3 Exercícios físicos moderados podem se combinar ao tratamento, pois o ex-

ORTOMOLECULAR”pede a passagem do nutriente, que se transforma em gordura e provo-

O tratamento ortomolecular faz um mapeamento completo das mo-léculas e células de cada indivíduo que são aumentados em cerca de 3 mil vezes nos exames HLB in vitro e em vivo feitos no consultório da Dra. Fátima. É muito mais do que cuidar de um órgão. “Vou ver e analisar a célula que forma esse órgão e iden-tifi car se nela falta cálcio, magnésio, potássio, zinco ou outro elemento e

da MedicinaORTOMOLECULAR”

cesso de exercício gasta além do neces-sário as vitaminas que você come.

• 4 Se puder, faça todos os anos um mês de Ortomolecular como um preventivo, evitando doenças simples ou graves.

• 5 Ajudaria muito a medicina ortomole-cular alimentos plantados em uma terra saudável, sem agrotóxicos.

nalizados saem, em média, entre R$ 300 e R$ 400, de acordo com o que necessita o paciente.

Fisicamente uma pessoa que faz a “ortomolecular” fi ca mais disposta, rejuvenescida, porque suas células voltam a absorver nutrientes. “Pes-soas que tomam remédios simples para curar órgãos ou desenvolver músculos vão ter problemas se as cé-lulas tiverem insufi ciência de alguma substância; nesse caso têm que fazer a ‘ortomolecular’ para não maquiar o problema”, adverte a Dra.

DICAS - Ortomolecular é cultura... VOCÊ SABIA?

14 | Março / Abril | 2008

SAÚDE

A Dra. Fátima Furtado Foto: Alexandre Peconick

Foto

: Site

sxc

.hu