revista ipd farma - ano i - edição 1

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Revista Discussões e sugestões objetivas Confira programação do evento Encontro deve atrair mais de 400 pessoas na edição deste ano Página 15 ENI 4 o FarMed Revista IPD-Farma •Ano I •Edição 1

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4o ENIFarmed Discussões e sugestões objetivas Encontro deve atrair mais de 400 pessoas na edição deste ano. Confira programação do evento

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Page 1: Revista IPD Farma - Ano I - Edição 1

Revista

Discussões esugestões objetivas

Confira programação do evento

Encontro deve atrair mais de 400 pessoas na

edição deste ano

Página 15

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ição

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Realização

Correalização

Patrocínio

Ministério daSaúde

Instituto de Pesquisa e Desenvolvimentode Fármacos e Produtos Farmacêuticos

BNDESApoio

Bem-vindo ao Encontro mais importante do setor

24 e 25agosto2010

Centro de Convenções

RebouçasAv. Rebouças 600

São Paulo - SP

Copatrocínio

Ao lado do médico todo diawww.hebron.com.br

4“Inovação no Complexo Industrial da Saúde”

Page 3: Revista IPD Farma - Ano I - Edição 1

Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos e Produtos Farmacêuticos

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Editor: Rogério Artoni - MTB: 45802 SPProdução: Agência Race de Comunicação Redação: Israel Coifman, Mariana Sandro-ni, Núbia Neves e Rogério ArtoniDireção de Arte: Guilherme LanzottiDiagramação: Ricardo ThoméRevisão: Angela Fileno e Natália Calandrini

Superintendente: Roberto NicolskyCoordenadora: Mariana Sandroni

Roberto Nicolsky: DiretorMichele Murta: Assistente de Coordenação Ingrid Medeiros: Gerente Administrativo Alexandre Nicolsky: Gerente de Marketing e EventosUkla Fernandes: WebmasterIvan Nicolsky: Assistente de Produção e MarketingRicardo Meirelles: Diretor de ArtePriscila Santos: AtendimentoNatalia Calandrini: Assessora de ComunicaçãoIgor Waltz: Assessor de Comunicação

Revista IPD-Farma •Ano I •Edição 1Expediente

Índice Editorial

Apesar de seus apenas quatro anos, já se tornou tradicional o Encontro Nacional de Inova-ção em Fármacos e Medicamentos – ENIFarMed, como o espaço apropriado para as discussões e troca de ideias entre os atores diretamente envolvidos na indústria, centros tecnológicos e agências públicas sobre os temas atinentes ao desenvolvimento tecnológico do setor.

Em sua 4ª edição, vai aprofundar ainda mais as discussões sobre os avanços brasileiros no desenvolvimento da inovação tecnológica para a indústria do setor, incluindo a plateia de forma ativa. A reunião entre os principais agentes no de-senvolvimento tecnológico, como pesquisadores, profissionais de P,D&I de toda a cadeia produtiva, e representantes de órgãos públicos da área de regulação, patentes e financiamento, permitirá a definição conjunta de estratégias que elevem o patamar de competitividade da indústria por meio da inovação.

O ENIFarMed é organizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento em Fármacos e Produtos Farmacêuticos – IPD-Farma, o qual foi criado pelas empresas nacionais que inovam ou que desejam elevar sua competitividade através da inovação, com o objetivo de estimular, fomentar e prover pesquisas e desenvolvimentos de inovações tecnológicas. Sua 5ª edição já está agendada para os dias 30 e 31 de agosto de 2011, no mesmo Centro de Convenções Re-bouças, São Paulo.

Esta Revista IPD-Farma – que ora se

apresenta – constitui-se no elo entre os atores que fazem acontecer no setor de fármacos e medicamentos, pois é o veículo de informações relevantes, novidades, além dos questionamen-tos e propostas que estejam sendo discutidos na atualidade. Esperamos que venha a cumprir essa função tão relevante quanto indispensável.

Boa leitura.

Roberto NicolskySuperintendente do IPD-Farma

04● Fomento, preços, compras e encomendas

05● Estudos pré-clínicos

06●Genéricos

07● Prescrição de medicamentos fitoterápicos

08● Inovação de medicamentos no Brasil

09● Inteligência competitiva

10● Inovação farmacêutica

11● Transferência de tecnologia

12● Doenças negligenciadas

13● Propriedade industrial no Brasil

14● O Brasil no mapa mundial da biotecnologia

15● Programação

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“Inovação no Complexo Industrial da Saúde”

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Fomento, preços, compras e encomendasSubsídios concretos e sugestões objetivas

O já tradicional painel “Fomento, Pre-ços, Compras e Encomendas”, moderado pelo engenheiro químico Nelson Brasil, atu-al vice-presidente da ABIFINA, será compos-to por representantes do governo, institutos de pesquisa, agências de fomento, além da indústria. Dentre os palestrantes estão: Rei-naldo Guimarães, médico, mestre em medi-cina social e representante da comunidade científica no Conselho Deliberativo do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -, Pedro Palmeira, chefe de departamento na área industrial de produtos intermediários e, por fim, Carlos Gadelha, atual vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, doutor em economia na área de desenvolvimento econômico.

Segundo o moderador, o painel “deverá fornecer subsídios concretos e sugestões ob-jetivas visando o fomento do setor produtivo no mercado nacional, seja na área de preços controlados dos produtos farmacêuticos contendo inovações tecnológicas, seja no âmbito das compras de insumos e produtos pelos laboratórios oficiais sob o amparo de pregões eletrônicos que não estabelecem a isonomia tributária e de qualidade entre as partes que cotejam preços”.

Carlos Gadelha, um dos palestrantes, entende que a área da saúde tem po-sição diferenciada atualmente. “A saúde é estratégica para

articular as atividades de ciência e tecnologia com o desenvolvimento, pela via da trans-formação e dinamização produtiva. Sendo assim, a saúde se apresenta como uma área importante de longo prazo para o padrão na-cional de desenvolvimento ao aliar as dimen-sões econômica, social, da equidade (pessoal e territorial), científica e tecnológica (líder em termos dos esforços mundiais de pesquisa e desenvolvimento em conjunto com a área de defesa), ambiental e geopolítica internacio-nal. Isto impõe a necessidade de se pensar um sistema produtivo e de inovação cujas partes se articulam para um objetivo de natureza social”, explica o vice-presidente da Fiocruz. Além disso, afirma que “ o forta-lecimento de organizações e instrumentos de Estado devem ser considerados para ancorar uma estratégia necessariamente de longo prazo e de grande envergadura no campo da inovação em saúde.”

Pedro Palmeira pretende, dentro do tema proposto para o painel, explicitar os instrumentos de apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento - BNDES -, para a con-solidação de iniciativas que culminem com o adensamento de atividades da cadeia produtiva farmacêutica brasileira.

Nelson espera que “venha a se constituir em um grande momento para a divulgação das parcerias público-privadas no país”, completa o vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina Biotecnologia e suas Espe-cialidades - ABIFINA.

Nelson Brasil - engenheiro químico e vice-presidente

da ABIFINA

fomento

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Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos e Produtos Farmacêuticos

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pré-

clín

icos

Estudos pré-clínicosEvolução do setor é tema de debate

“Estudos Pré-Clínicos: visões críticas e propostas para a evolução do setor no Brasil” será o tema do painel moderado por Henry Suzuki durante o primeiro dia do 4º ENIFarMed. Henry é diretor da Axonal Consultoria Tecnológica e coordena o grupo de estudos sobre estudos pré-clínicos do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos e Produtos Farmacêuticos - IPD-Farma. O painel terá como palestrantes do tema o médico veterinário, Márcio de Paula, gerente de desenvolvimento pré-clínico da Biolab; a médica e professora titular de farmacologia da Universidade de São Paulo - USP, Regina Scivoletto e a veterinária Evelyne Polack, primeira patologista brasileira a ser certificada pelo Colégio Americano de Patologistas Veterinários.

Para iniciar o painel, o moderador Henry Suzuki fará uma breve introdução sobre as discussões realizadas nas edições anteriores do ENIFarMed e em seguida pedirá aos palestrantes que respondam três questões. Para Suzuki, o debate, que tem como uma de suas intenções abordar assuntos de discussões realizadas nas edições anteriores do encontro, mostrará visões críticas sobre o tema. “Participarão dessa mesa redonda profissionais com notório conhecimento sobre o setor de estudos pré-clínicos, que atuam em

indústrias farmacêuticas inovadoras no Brasil e no exterior. Os palestrantes trarão suas visões crít icas sobre o segmento de prestação de serviços pré-clínicos, apontarão pontos de melhorias e apresentarão sugestões de ordem prática para a evolução do setor no Brasil”, explica.

Márcio de Paula, integrande deste painel, pretende participar da discussão

Henry Suzuki, diretor da Axonal Consultoria Tecnológica

começando por abordar cerca de cinco mitos formados sobre o tema “pré-clínicos”, como por exemplo “a necessidade do credenciamento em Boas Práticas de Laboratório - BLP para todos os ‘ensaios pré-clínicos’”. Além disso, Márcio, irá questionar o moderador e os outros participantes incitando um ambiente de debates e discussões inteligentes e esclarecedoras sobre assuntos como a prestação de serviços pré-clínicos no Brasil, quais as melhorias que devem sem feitas para a inovação farmacêutica no país além de trazer possíveis alternativas (técnicas/econômicas/regulatórias) para viabilizar tais melhorias.

O debate será aberto para a participação do público presente no evento, assim como nos outros temas do 4º ENIFarMed. “Ao final das apresentações, o debate com a plateia objetivará o delineamento de propostas a serem trabalhadas pelo IPD-Farma entre atores do meio industrial, regulatório, científico e tecnológico no país”, conclui Henry Suzuki, moderador do painel.

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“Inovação no Complexo Industrial da Saúde”

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genéricos

Maior acesso aos medicamentos e desenvolvimento tecnológico

Genéricos: Os genér icos são cóp ias de

medicamentos inovadores cujas patentes já expiraram e cuja produção obedece a rigorosos padrões de controle de qualidade. Tendo sido efetivamente introduzidos no Brasil, a partir de 1999, já respondem por 19,6% das vendas. Segundo dados da Pró-Genéricos os brasileiros já economizaram cerca de 13 bilhões de reais consumindo este tipo de medicamentos. Durante a quarta edição do ENIFarMed, “Genéricos” será tema do painel moderado pela química Eloan Pinheiro, que possui diversas especializações, entre elas em tecnologia farmacêutica pela Escola de Farmácia da Universidade de Londres, além de desempenhar trabalhos na Organização Mundial da Saúde e em instituições públicas e privadas.

Representando o governo, teremos o Secretário Substituto da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Zich Moyses. A Universidade Federal do Rio de Janeiro será representada pelas profissionais Lia Hasenclever, economista com mestrado em economia industrial e doutorado em engenharia de produção, e Adelaide Antunes, engenheira química com mestrado e doutorado nessa área e pós-doutorado pelo Instituto Francês de Petróleo. Até o fechamento desta edição não havíamos confirmado o profissional da indústria.

Como pontos principais a serem discutidos, se destacam: a importância dos genéricos para o acesso aos medicamentos, a relevância que o monopólio da patente adquiriu e o quanto ela pode interferir no preço. Outro aspecto a ser discutido é a significado do desenvolvimento tecnológico para a produção de genéricos.

Para apontar algumas das discussões, Eloan explica que “normalmente, quando o medicamento de marca não está mais sob patente, é necessário desenvolvê-lo tecnologicamente e efetuar estudos de bioequivalência, de forma que ambos os produtos apresentem o mesmo perfil. Por outro lado, quando o medicamento está sob patente, este desenvolvimento deve ser feito com antecedência, pois ao cair a patente o laboratório já terá desenvolvido o produto e poderá lançar o genérico no mercado, em função de ter feito todo o desenvolvimento tecnológico, desde a produção do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) ao produto formulado. Ambos cenários envolvem necessidade de competência tecnológica, para que o desenvolvimento seja exitoso. A legislação brasileira de patente permite registrar produtos antes mesmo da patente vencer, assim como aplicar licença compulsória para o desenvolvimento prévio. Queremos buscar respostas quanto

ao que o Ministério da Saúde tem feito para reduzir preços. As universidades têm feito parcerias com o setor privado ou estão prontas para isso? O setor privado busca parcerias com institutos ou centros universitários? Normalmente, as empresas não têm, dentro de suas instalações, um setor de P&D (pesquisa e desenvolvimento)”, conclui Eloan.

Eloan Pinheiro - química com atividades desenvolvidas na OMS

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Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos e Produtos Farmacêuticos

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fitoterápicos

O mercado de medicamentos fito-terápicos é um dos temas de debate no 4º ENIFarMed. Segundo a ABIFISA - Asso-ciação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico -, o mercado de medicamentos movimenta mais de U$ 20 milhões por ano. No Brasil o setor representa 2,8% do mer-cado farmacêutico e cresce a um ritmo de 10% ao ano. A moderadora deste painel de debate, Anny Trentini, que é farmacêutica e mestranda na área de inovação, aponta alguns dos motivos do crescimento deste tipo de medicamento no país. “Várias jus-tificativas tem sido apresentadas para o crescimento da fitoterapia, entre elas a re-ação contra os graves efeitos colaterais de algumas substâncias sintéticas, o aumento das publicações científicas comprovando a eficácia dos mesmos e o envolvimento dos profissionais prescritores com o tema”, explica Trentini que é responsável técnica e gerente da divisão técnica do Herbarium Laboratório Botânico.

A moderadora explica ainda que o pai-nel irá discutir as dificuldades encontradas pelos médicos para adotarem esta opção terapêutica já que estes medicamentos são totalmente regulamentados e comer-cializados dentro de rigorosos controles de produção e qualidade. Para discutir e expor neste painel, foi convidado um dos princi-pais nomes da fitoterapia mundial, o médico argentino Jorge Alonso, autor de diversos livros sobre a área e diretor de cursos de pós-graduação de universidades

na Argentina, México e Brasil. Alonso explica que “os fitoterápicos tem uma importante relevância no mercado farmacêutico global (perto dos 35% das prescrições médicas)”. O médico, que é presidente da Associação Argentina de Fitomedicina, contará em sua palestra sobre os recursos naturais para o desenvolvimento da indústria fitoterápica, as questões do ensino universitário e sua importância em Atenção Primária da Saúde.

Representando a indústria estará o médico e gerente de pesquisa clínica do Laboratório Cristália, Eduardo Pagani. O profissional, que será um dos palestrantes, é atuante na área de desenvolvimento de novos medicamentos e educador na área de medicamentos fitoterápicos. Repre-sentando o governo e a ANVISA estará a farmacêutica Ana Cecília Bezerra Carva-lho, da Coordenação de Fitoterápicos e Dinamizados da entidade. Ana Cecília é mestre em produtos naturais e sintéticos bioativos e é doutoranda em química de produtos naturais. Como debatedora do tema estará a médica Jackeline Barbosa da FQM – Farmoquímica, empresa na qual atua como gerente de pesquisa e desenvolvimento científico, a profissional é mestre em neurologia e especialista em neurologia, homeopatia e fitoterapia, além de ser doutorando em ciências médicas.

Medicamentos fitoterápicos

Prescrição e desafios

Anny Trentini - farmacêutica e gerente da divisão técnica da Herbarium

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inovação de medicam

entos

Inovação de medicamentos no BrasilPesquisa clínica como fator de desenvolvimento

No primeiro dia do 4º ENIFarMed um assunto que gera boas discussões na área da saúde do país estará na pauta de debates, “Inovação de medicamentos no Brasil – Pesquisa Clínica como fator de desenvolvimento”. Para moderar o painel de debates comparecerá o biomédico, biólogo e médico, João Massud, diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica e diretor executivo da Newco Trials Pesquisa Científica.

Neste painel, João Massud discutirá as possibi l idades, opor tunidades e gargalos para o desenvolvimento de medicamentos no Brasil. “Era senso comum, até há pouco tempo, que as indústrias multinacionais trazem o medicamento pronto e que as indústrias nacionais o copiam ou apenas o modificam superficialmente. Com a globalização, a incorporação de novas tecnologias e uma maior competição internacional, desenvolveu-se a necessidade da busca de medicamentos novos, associações inéditas e novas formulações terapêuticas para suprir o mercado nacional”, explica João Massud, que também é professor do Curso de Especialização em Medicina Farmacêutica, da Universidade Federal de São Paulo.

J o ã o M a s s u d a p r e s e n t a o s par ticipantes da mesa e aponta os detalhes por eles tratados. “Traremos para apresentação no painel o médico V in ic ius B lum que fa lará sobre a experiência de desenvolvimento na pesquisa clínica pela indústria nacional e Wagner Messa que apresentará algumas linhas de inovação por parte da indústria multinacional e ainda Fernando Perez que falará sobre a capacitação brasileira em biotecnologia, principalmente na área do câncer”, analisa. Vinícius Bloom explica um pouco sobre a direção que tomará sua palestra neste painel. “O foco da apresentação será sobre o cenário da inovação farmacêutica em empresas nacionais, suas principais barreiras e pontos positivos. A pesquisa clínica aparece como ferramenta essencial para o processo”, explica o palestrante do painel de inovação.

Para debatedores, João Massud convidou Márcia Luz da Motta, da Secretaria do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, que falará em nome do governo e Charles Schimidt, da Santa Casa de São Paulo, que abordará as necessidades do mercado brasileiro e os seus gargalos.

O moderador deste painel acredita que, após este seminário, o participante terá uma visão mais abrangente de como o Brasil poderá se desenvolver e se capacitar para novos medicamentos com a imprescindível colaboração do governo federal desburocratizando o sistema de pesquisa clínica.

João Massud - diretor da Newco Trials Pesquisa Científica.

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inte

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cia

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Informações e decisõescompetitiva

Inteligência

“Inteligência Competitiva” é um programa sistemático de coleta e análise de informações sobre atividades dos concorrentes e tendências gerais dos negócios, visando atingir as metas da empresa, conforme definição de Larry Kahaner, membro da SCIP – Society of Competitive Intelligence Professionals. “Inteligência Competitiva” será também o tema da sessão técnica que acontecerá no dia 24 de agosto, durante a 4ª edição do ENIFarMed.

Como especialista no assunto e moderadora da sessão, Wanise Barroso resume Inteligência Competitiva como “o resultado da análise de informações e dados coletados que irá embasar decisões”. Wanise, que é graduada em Engenharia Química, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e doutora em Ciências da Informação e da Comunicação, pela Universidade de Toulon, França, terá a seu lado na sessão técnica para debater o assunto a palestrante Rosana Pauluci, que é graduada em Matemática e doutora em Inteligência Estratégica pela Universidade de Toulon e mestra em Investigação Tecnológica e Inteligência Competitiva na mesma instituição. Somando experiência às duas profissionais, estará Patrícia Dupin, que é doutora em Ciências da Informação e da Comunicação pela Universidade de

Toulon e DEA em Inteligência Competitiva pela Universidade de Marseille III. Para finalizar, Sandro Albuquerque irá abordar “A Construção de Vantagem Competitiva na Arena Farma”, através da aplicação da Teoria dos Jogos nos processos de Inteligência Competitiva.

A palestrante Patrícia Dupin pretende contribuir para o painel apresentando “o

desenvolvimento do conceito de inovação como a possibilidade de construir o futuro no presente enxergando vantagens competitivas a curto, médio e longo prazo e acompanhando estas vantagens em tempo real prevendo, simultaneamente, diferentes cenários. Este recurso de análise expande a visão sobre o produto/patente e suas apl icações porque é capaz de estabelecer parâmetros estratégicos que v isam garant i r a viabilidade do negócio no tempo e/ou reduzir o risco do investimento quanto a ganhos futuros. Demonstrar esta possibilidade a partir do exemplo deste conceito aplicado a uma patente para a compreensão da curva da vantagem competitiva desta invenção, no tempo.”

Durante a sessão técnica, Wanise pretende criar um ambiente onde empresa, governo e academia possam interagir sobre alguns pontos de Inteligência Competitiva, de modo a contribuir para um melhor desempenho da indústria farmacêutica nacional. Segundo Wanise, entre os principais pontos a serem discutidos estarão algumas áreas que empregam Inteligência Competitiva e cases sobre o assunto. Wanise espera, desta forma, que o debate favoreça e propicie um ambiente com mais competitividade, onde os laboratórios poderão responder melhor e mais rápido às demandas do mercado.

Wanise Barroso - engenheira química e pesquisadora da Fundação

Oswaldo Cruz

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plenária

A 4ª edição do ENIFarMed terá, em sua plenária de abertura no segundo dia de evento, a participação de Morten Sorensen, presidente no Brasil da Finzelberg, empre-sa líder em produção de extratos de plantas para a indústria farmacêutica, que eviden-ciará em sua palestra o mercado mundial de fitoterápicos e o desenvolvimento de novos produtos, tema que será aprofun-dado pela participação de Kleber Gomes Franchini, diretor do CeBiME - Centro de Biologia Molecular Estrutural, Antonio Car-los Camargo, diretor do Instituto Butantan e Iseu Nunes, diretor-geral da Farmabrasilis. Os palestrantes apresentarão as principais técnicas para o desenvolvimento de ino-vações farmacêuticas praticadas no país.

Franchini abordará a descoberta de novas drogas, utilizando o método conhe-cido por “Target-driven drug Discovery” sendo esta é a abordagem mais utilizada atualmente nas grandes indústrias farma-cêuticas do mundo. “O ‘Target-driven drug Discovery’ refere-se ao uso combinado de métodos centrados na caracterização da interação de alvos terapêuticos molecula-res com compostos orgânicos, orientado para a descoberta e desenvolvimento de fármacos”, explica Franchini e informa que, durante a plenária, “contemplará projetos de desenvolvimento de inibidores de quina-ses com base em métodos de ‘Target-driven drug Discovery’ em andamento no Laborató-rio Nacional de Biociências e no Laboratório de Fisiopatologia Cardiovascular da FCM/UNICAMP, ambos em Campinas, SP. Serão discutidos aspectos da infra-estrutura laboratorial necessária e também aquela disponível para a realização deste tipo de abordagem no Brasil.”

Já Camargo versará sobre a des-cober ta de drogas pelo estudo da fisiopatologia conhecido por “Science-driven drug Discovery”. Segundo ele, “o modelo parte de pesquisas acadê-micas no estudo da fisiopatologia dos envenenamentos com toxinas animais e envolve pesquisadores nas áreas de fisiologia, farmacologia e bioquímica. Caracteriza-se pelo isolamento e carac-terização de moléculas desses venenos com propriedades terapêuticas com-provadas por testes realizados in vivo, ex vivo e in vitro”. O “Science-driven drug” foi o modelo que deu origem ao descobrimento de toxinas de serpente que foram utilizadas, por exemplo, para o desenvolvimento do Captopril, explica o diretor do Instituto Butantan.

Tema que será debatido em plenáriaA plenária será completada pela apre-

sentação de Iseu Nunes com o tema “Fontes naturais: moléculas com atividade farmacêu-tica”. Iseu trabalha na descoberta de drogas naturais por tentativa e erro. De acordo com o diretor-geral da Farmabrasilis, esta é a abordagem mais tradicional. “Algumas das drogas mais importantes seguem esse caminho” conta. Iseu ainda complementa que o estudo “trata-se de um processo de desenvolvimento de fármacos, inédito em nosso meio, que resultou da superação das dificuldades de obter financiamento, de gerar e administrar projetos multidisciplinares entre outras lacunas, criando uma rede de pesqui-sas brasileiras chamada Farmabrasilis. Essa entidade reúne pesquisadores acadêmicos e pessoas da sociedade civil, de forma pioneira na América do Sul. Para isso, utiliza uma estratégia de estudos com base no conceito denominado ‘open source’, aplicado para desenvolvimento de software-livre que aqui foi adaptado para uso em desenvolvimento de medicamentos. O produto, em fase mais adiantada de desenvolvimento da Farmabra-silis, é um imunomodulador denominado pela sigla P-MAPA. Originalmente desenvolvido para tratamento de câncer, este fármaco teve seu espectro de atuação ampliado para abranger também doenças infecciosas, na medida em que passou a apresentar resultados positivos no tratamento experi-mental destas doenças. Estes resultados ganharam reconhecimento internacional ao serem confirmados e ampliados por vários estudos realizados de forma independente por centros de pesquisa americanos (NIH-NIAID), permitindo posicionar o medicamento como um forte candidato para concorrer com vantagens comparativas com produtos das grandes empresas farmacêuticas, tais como os Interferons”, conclui Iseu.

Iseu Nunes - diretor-geral da Farmabrasilis, rede brasileira de pesquisa

e desenvolvimento de fármacos

Inovaçãofarmacêutica

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Transferência de tecnologia

tran

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iaTecnologia será um assunto abordado nos painéis do 4º ENIFarMed, especifica-mente no que será moderado por Vera Crósta, sobre “Transferência de Tecnologia: Fatores de risco e de sucesso”. A modera-dora é graduada em ciências farmacêuticas pela PUC-SP, modalidade indústria; possui mestrado em Qualidade e especialização em Gestão Estratégica da Inovação Tec-nológica, ambos pela UNICAMP. Atua em transferência de tecnologia desde 2005, com ênfase no setor da saúde na Inova, agência de inovação da Unicamp.

O assunto deste painel tem sido de grande importância para os setores in-tensivos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica e assume um caráter estratégico para o setor farmacêutico. Fa-zer a transferência tecnolôgica, entretanto, carece de prática, conhecimento, rela-cionamento e de boas tecnologias, entre outros fatores, como aponta a moderada do painel, Vera Crósta. “O foco desta apre-sentação será mostrar quais são os gar-galos e boas práticas na transferência de tecnologia e quais são os potenciais pontos que geram mais risco e as boas práticas de aumentam o sucesso na transferência de tecnologia”, declarou Vera Crosta.

Entre os palestrantes, Roberto De-bom, diretor de pesquisa e desenvolvimen-to e inovação do Laboratório Cristália, será o representante da indústria. De acordo com Debom, a transferência de tecnologia é um item cotidiano nas agendas dos pro-jetos do Cristália. Maria Celeste Emerick, coordenadora do GESTEC – Coordenação de Gestão Tecnológica da Fiocruz. Gilson Manfio, biólogo e gerente científico de gestão de inovação tecnológica e parcerias na Natura. Gilson atua na interface com plataformas de conhecimento Natura, re-lacionamento institucional e parcerias de inovação aberta da Natura com Instituições de Ciência e Tecnologia Brasileiras, que representará as associações que atuam em prol da inovação tecnológica.

Como debatedora do painel, a re-presentante do governo, Ana Lúcia Vitale Torkomian, secretária adjunta da SETEC – Secretaria de Desenvolvimento Tecno-lógico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, conduzirá o debate entre palestrantes e plateia sobre o tema.

A expectativa da moderadora Vera Crósta é que o painel venha “Delinear algumas propostas relacionadas à trans-ferência de tecnologia e inovação, a serem

trabalhadas pelo IPD-Farma e discutir quais processos entre pesquisador, instituição e a empresa são fundamentais para que a transferência de tecnologia seja bem-sucedida”.

Transferência de tecnologia

Vera Crósta profissional da Inova-UNICAMP

Fatores de risco e de sucesso

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doenças negligenciadas

Luis Marques - farmacêutico, mestre em botânica e doutor em ciências

Doenças negligenciadas:Iniciativas em fitoterapia e medicamentos

O segundo dia do 4º ENIFarMed terá o painel “Doenças negligenciadas: inicia-tivas em fitoterapia e medicamento”. O moderador deste debate será o farmacêu-tico Luis Marques, que é especialista em fitoterapia, mestre em botânica e doutor em ciências. Para somar experiências, o painel, terá como palestrantes Klaus Lei-singer, presidente da Fundação Novartis para o Desenvolvimento Sustentável, que estará representando a indústria. A coorde-nadora do Programa de Pós-graduação em Farmácia na UNIBAN, Márcia Regina dos Santos tratará sobre a visão acadêmica. O professor associado do Mackenzie, Jan Carlos Delorenzi que também é pesquisa-dor da Hebron Indústrias Químicas e Far-macêuticas, fará uma análise contraponto indústria e academia. Neste debate terá também a presença do diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica da Hebron Farmacêutica, Avaniel Marinho.

O moderador do painel, Luis Marques, pretende apresentar dados e pesquisas de profissionais que trabalham com doenças negligenciadas, como doenças de Chagas, leishmaniose e malária. “Tais doenças são relevantes do ponto de vista epidemiológi-co, mas apresentam características econô-micas que desestimulam novos desenvol-vimentos na área. A opção por este tema, em 2010, busca discutir tais questões, avaliar as tendências e o status científico existente, de modo a poder contribuir ao desenvolvimento desse segmento deveras importante, não só ao Brasil, mas a todo o mundo”, esclarece Luis.

Já Márcia Regina falará da criação de novas medicações para os tratamentos de tais enfermidades. “A necessidade de novas drogas com menor toxicidade e maior eficácia no tratamento de doenças negligenciadas, principalmente da forma crônica das doenças onde as formas intracelulares tem que ser eliminadas, tem direcionado as pesquisas para ‘scre-ening’ de um grande número de extratos e óleos de plantas bem como substân-cias sintéticas derivadas de produtos

naturais e com modificações estruturais no sentido de potencializar seu efeito e diminuir os danos para os hospedeiros” explica Márcia.

Jan Carlos expõe, através de dados, a gravidade do assunto: “Leishmanioses são antropozoonoses de prevalência mundial, representando um grave proble-ma de saúde pública em diversos países do mundo. Atualmente, as leishmanioses são endêmicas em 88 países. Estima-se que 12 milhões de pessoas já foram in-fectadas, apresentando manifestações clínicas ou não e que 2 milhões de novos casos surgem a cada ano, embora apenas 600 mil sejam oficialmente notificados. A pesquisa de fármacos com atividade leishmanicida é urgente e premente.”

O ponto crítico da discussão é quan-to ao reflexo no setor, explica Luis Mar-ques. “Não se espera uma repercussão imediata no mercado, pois é um tema difícil, tanto economicamente, como já dito, mas também por questões técni-cas específicas, por serem patologias cujos agentes etiológicos são de difícil combate, o que coloca a terapêutica me-dicamentosa nessas áreas num estágio ainda pouco estabelecido. Novamente nossa ação de foco em tal contexto auxilia a que ocorram passos importantes rumo a novos e efetivos produtos”, conta.

O painel será apresentado no dia 25 de agosto às 11h tendo duração de uma hora e quarenta e, assim como todos os painéis do 4º ENIFarMed, será aberto para a participação do público presente.

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Ana Müller - Agente de propriedade industrial e doutora em processos químicos

A “Propriedade Industrial no Brasil” será o tema do painel moderado por Ana Cristina Müller durante o segundo dia do 4º ENIFarMed. O objetivo do painel, com foco na área farmacêutica, será apresentar e debater o cenário atual da propriedade in-dustrial no país, apresentando os entraves e as oportunidades para fomentar a interação público-privada e estimular a competitivida-de e a inovação na área de saúde.

Ana Cristina Müller, que é sócia de Bar-bosa, Müssnich & Aragão – BM&A PI, agente de propriedade industrial e doutora em tec-nologia de processos químicos e bioquími-cos pela UFRJ, mediará as discussões entre Jorge Ávila, presidente do INPI, Luis Carlos Wanderley, coordenador de propriedade intelectual da ANVISA e Adelaide Antunes, especialista sênior do INPI e professora do programa de pós-graduação de tecnologia de processos químicos e bioquímicos da Es-cola de Química da UFRJ. O painel contará, ainda, com a presença do Desembargador Federal André Fontes e de Dante Alário Jr., diretor da Biolab Sanus Farmacêutica, que atuarão como debatedores.

Um dos palestrantes participantes, Luis Carlos Wanderley, analisa o conteúdo das discussões deste painel da seguinte maneira: “no tema Propriedade Industrial e Desenvolvimento, no Brasil ou no âmbito internacional, observa-se a quase hegemo-nia de um pensamento que busca alinhar,

mecanicamente, os elementos de um ciclo virtuoso. Este ciclo teria como eixo central a importância da P&D para o desenvolvimento de um país. E, desta forma, evoluiria no sentido de supervalorizar a proteção aos direitos de PI, enquanto um imperativo para a segurança e o estímulo aos investimentos realizados e desembocaria na inovação tec-nológica, como sendo o fruto a ser colhido ao final deste percurso, seja pela empresa, seja pela sociedade. Infelizmente, em se tratando do atual sistema mundial de pro-priedade intelectual e, falando-se mais espe-cificamente, das patentes de medicamentos no país a experiência desenvolvida pela ANVISA, por meio do instituto da anuência prévia, não permite que se confirme esta tese”. Porém, “a conclusão a que se chega é a de que no Brasil e na maioria esmagadora dos países em desenvolvimento este ciclo não foi alcançado”, conclui Luis Carlos.

Já Jorge Ávila acredita que “com a aposta na propriedade intelectual e na inovação, será possível gerar uma ampla mudança (para melhor) na indústria farma-cêutica nacional. Maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além de alianças com universidades e centros de pesquisa, podem reduzir a dependência da produção de genéricos e gerar novos produtos nacionais. O resultado seria o surgimento de empresas mais fortes e de parcerias estratégicas entre Estado e

indústria, além do melhor atendimento às demandas nacionais de saúde, inclusive no caso das doenças negligenciadas”, explica.

Ao final do painel, espera-se que haja um ambiente favorável para a discussão de iniciativas que propiciem o enriquecimento do marco regulatório nacional referente à propriedade industrial, levando-se em consideração a política industrial e tec-nológica.

Propriedade industrial

Desenvolvimento no âmbito farmacêutico

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“Inovação no Complexo Industrial da Saúde”

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Brasil no mapa mundial da biotecnologia

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biotecnologia

A Política Nacional de Biotecnologia, formulada em 2007, calcula que até 2015 o Brasil fique entre os cinco maiores pólos mundiais. Essa é a opinião de Katia Aguiara, moderadora do painel “Brasil no Mapa Mundial” da Biotecnologia. Katia é química, formada pela Universidade Fed-eral do Rio de Janeiro – UFRJ -, tem espe-cialização em gerenciamento de projetos na mesma universidade. Atualmente atua como gerente de negócios do Fundação Bio-Rio, responsável pela Incubadora e pelo Parque Tecnológico, desde 2006. Atuou como Gerente de Projetos por mais de 18 anos de experiência, inicialmente na Fundação Bio-Rio – 1989 a 2001, tendo trabalhado também em uma ONG do segmento da saúde – BEMFAM como Coordenadora Estadual e Gerente de Pro-jetos. Nesta ONG atuou como responsável pela elaboração do plano de trabalho de instituições situadas em Moçambique, Cabo Verde, Colômbia, Portugal, bem como auxiliou na elaboração de planejamento estratégico destas. Membro do Conselho Deliberativo do Sebrae/RJ, coordenadora da BrBiotec - Rede de Empresas Brasilei-ras de Biotecnologia, Membro do Grupo de Trabalho de Saúde Humana do Comitê Nacional de Biotecnologia, atual Coordena-dora da Rede de Incubadoras do RJ.

Para a moderadora a biotecnologia brasileira “vive hoje um momento pare-cido com aquele que a tecnologia da informação (TI) experimentou há pouco mais de dez anos, quando começou um

ciclo de forte desenvolvimento”, conta Katia Aguiar. “Em 2007, desde que o setor foi incluído pelo governo como uma das prioridades da política industrial para o futuro do país vem sendo impulsionado por ações de órgãos públicos, fundações e institutos de pesquisa, além de empresas privadas. Há um esforço crescente para utilizar técnicas voltadas à criação, ma-nipulação e uso de organismos vivos,de modo a contribuir de forma efetiva na política de desenvolvimento do Brasil”, complementou a profissional da Bio-Rio.

Um dos palestrantes do tema emer-gente será Jorge Ávila do Instituto Nacio-nal da Propriedade Industrial - INPI. Ávila é engenheiro e desempenha a função de Presidente do INPI. Possui mestrado em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e concluiu seus estudos de Doutorado em Saúde Pública pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ingressou na Petrobras em 1987. De 1999 a 2003, ocupou o cargo de Diretor Executivo na Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP. Em setembro de 2004, foi nomeado Vice-Presidente do INPI, (cargo que ocupou até ser nomeado presidente). “Para reduzir a dependência da produção e gerar novos produtos na-cionais deveriam haver maiores investi-mentos em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, haver também alianças com universidades e centros de pesquisa. Desta forma haveria o surgimento de indústrias mais fortes e de parcerias

estratégicas entre governo e indústria.” afirmou Jorge Ávila.

Outro nome que compõe a equipe de palestrantes deste painel é Sérgio Risola. Diretor do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia desde sua criação é também membro do Co-mitê Gestor de Parques Tecnológicos do Estado de São Paulo e Presidente da Rede Paulista de Incubadoras. Advogado formado pela Faculdade de Direito de Pinhal e com extensão em Administração de Empresas no Curso Avançado de Apri-moramento Empresarial na USP Risola, é especializado em Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica na Universidade de Campinas - UNICAMP. “Esse evento será fundamental para que o CIETEC possa somar esforços e contribuir para o es-tabelecimento de soluções conjuntas e dessa forma manter-se conectado às es-tratégias inovadoras que colocarão, pelas ferramentas e mecanismos da inovação, a competitividade da cadeia da Saúde em patamares superiores”, afirmou Risola.

O debatedor deste painel será Wilker Ribeiro Filho, da ABDI. Doutor em Ciências Médicas , Wilker é especialista em Tecno-logia Industrial. Atualmente é professor no mestrado profissional em “Gestão, Pes-quisa e Desenvolvimento em Tecnologia Farmacêutica” da Universidade Católica de Goiás e pesquisador da Universidade Federal de Goiás em núcleo de Patentes; pesquisador e gestor voluntário na Uni-versidade Católica de Goiás.

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Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos e Produtos Farmacêuticos

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Sessão de Abertura

Fomento, Preços, Compras e Encomendas

Estudos Pré-Clínicos: visões críticas e propostas para a evolução do setor no Brasil

Estruturação de parcerias em Biotecnologia Genéricos: maior acesso aos medicamentos e desenvolvimento tecnológico

Prescrição de medicamentos fitoterápicos

Inovação de medicamentos no Brasil – Pesquisa Clínica como fator de desenvolvimento

Inteligência Competitiva

Propriedade Industrial no Brasil

Cadeia Farmacêutica – Lacuna brasileira em IFA e excipientes

Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: Avanços e Desafios

Regulação da Inovação

O Brasil no mapa mundial da Biotecnologia

Os desafios brasileiros em Nanotecnologia Farmacêutica e Cosmética

Transferência de tecnologia: fatores de risco e de sucesso Síntese de farmoquímicos

Doenças negligenciadas: iniciativas em fitoterapia e medicamentos

8h30 - 9h30

9h00 - 10h40

15h50 - 16h10

17h50 - 18h30

17:50 - 18:30hs

9h30 - 10h20

10h40 - 12h40

14h10 - 15h50

16h10 - 17h50

16h10 - 17h50

16h10 - 17h50

16h10 - 17h50

Dia 24 de Agosto 2010

Dia 25 de Agosto 2010

PROGRAMAÇÃO

Credenciamento

Plenária

10h20 - 10h40

10:20 - 10:40hs

10:20 - 10:40hs

Café

Café

Café

12h40 - 14h10

12:40 - 14:10hs

Almoço

Almoço

Café

Encerramento

Encerramento

ENI4o FarMed4º Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos

prog

ram

ação

Page 16: Revista IPD Farma - Ano I - Edição 1