revista histórias da cooperação

35
Histórias Cooperação da 3ª Edição - Março de 2012

Upload: ano-internacional-das-cooperativas

Post on 10-Mar-2016

235 views

Category:

Documents


12 download

DESCRIPTION

3ª Edição da revista digital Histórias da Cooperação

TRANSCRIPT

Histórias

Cooperaçãoda

3ª Edição - Março de 2012

2

SISTEMA OCBDIRETORIA EXECUTIVA

Presidente Márcio Lopes de Freitas

Superintendente da OCBRenato Nobile

Superintendente do SescoopLuís Tadeu Prudente Santos

HISTórIAS dA COOpErAçãO Publicação eletrônica mensal produzida pelo Sistema OCB em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas.

COORDENAÇÃOInês Rosa

REDAÇÃODaniela LemkeGabriela PradoGisele DaemonAssessorias de comunicação das OCEs e das cooperativas

FOTOSArquivos das cooperativas

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOCláudio NóbregaPedro Henrique Silva

Acesse: www.ano2012.coop.br

3

Editorial

Cooperar para crescer e conquistar

Algumas ainda jovens na caminhada, outras, com anos de tradição. A terceira edição da revista eletrônica Histórias da Cooperação traz uma seleção de cooperativas que, em comum, possuem a força transformadora, agindo em prol da comunidade local.

São exemplos de agricultores, professores, pais de alunos, médicos, bordadeiras, metalúrgicos... uma imensidão de gente que, unida pelo objetivo de melhorar suas condições de vida e de trabalho, hoje conta com orgulho o sucesso alcançado.

Cooperativas que se tornaram referência, nas regiões onde atuam, e até mesmo na-cional e internacionalmente. Empresas que provam no dia a dia que o profissionalismo e a excelência na qualidade são marcas registradas desse movimento.

A revista Histórias da Cooperação é uma publicação eletrônica mensal, comemo-rativa ao Ano Internacional das Cooperativas – 2012. Os relatos que ela apresenta também podem ser acompanhados diariamente no hotsite ano2012.coop.br.

Márcio Lopes de FreitasPresidente do Sistema OCB

4

Banricoop: a pioneira entre as cooperativas de crédito mútuo

Há 66 anos no mercado, a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Em-

pregados do Banrisul (Banricoop) foi a pioneira a trabalhar com esse segmento no Brasil. Fundada em 2 de março de 1946 por um grupo de funcionários da Matriz Banrisul Ltda, em Porto Alegre (RS), a instituição tem passado por um processo intenso de profissionalização da gestão, atualização tecnológica e au-mento do número de cooperados nos últimos 20 anos.

Sua missão é “ser reconhecida como cooperativa de crédito referência em qualidade de gestão e governança no atendimento de demandas rela-cionadas às finanças pessoais de seus cooperados”. Para tanto, tem investido na implementação de boas práticas, fortalecendo suas estruturas e proces-sos, como um caminho de viabilização do crescimento sustentado dos negó-cios. E a evolução de seus indicadores ratifica que a organização tem aten-dido aos seus objetivos. Em 2011, a Banricoop contava com mais de 5.7 mil associados e, nos últimos três anos, tem registrado um incremento acima dos 198% dos ativos.

Além de atuar no apoio à realização dos projetos profissionais e pessoais de seu quadro social, a instituição também faz a sua parte para o desenvolvimen-to sustentável, colocando em prática

diversas ações socioambientais. Entre estas, estão os projetos Vida & Finanças Banricoop, que visa promover a edu-cação financeira; Copos de Vidro para um Planeta Limpo, com a proposta de substituir os copos plásticos utilizados na Banrisul por outros de vidro; e o programa Ideias de Futuro, que visa es-timular a participação dos cooperados na geração de propostas para a consoli-dação da cooperativa.

O investimento na formação e nos processos de inclusão financeira das novas gerações também está entre as prioridades da cooperativa. Com essa visão, a Banricoop desenvolve o pro-grama Educar Banricoop, que leva os

fundamentos do cooperativismo e os princípios fundamentais da educação financeira à crianças e adolescentes. Já para a terceira idade, o nome do projeto é Cooperação Digital, com a proposta de inserir os cooperados dessa faixa etária no mundo virtual.

“Com essa visão, temos evidenciado, a cada ano, uma expansão tanto do to-tal de associados quanto dos resultados propriamente ditos. Fico feliz em fazer parte da Banricoop, e ainda mais em poder dizer que 2012 é o nosso ano, de todos nós que defendemos a bandeira do cooperativismo”, Cirilo Augusto Thomas, presidente da cooperativa.

5

O Brasil tem se consolidado internacionalmente como grande produtor e exporta-

dor de alimentos orgânicos - aqueles produzidos sem a utilização de subs-tâncias como fertilizantes ou aditivos sintéticos, defensivos agrícolas e regula-dores de crescimento. Hoje, já são mais de 15 mil propriedades certificadas ou em processo de certificação nesse tipo de produção em todo o país, sendo 75% delas pertencentes a agricultores familiares. Esse cenário transformou o modelo de agricultura orgânica em um bom negócio para o cooperativismo. A Cooperativa dos Produtores Orgâ-nicos dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí (Biofruta), sediada no município de Parnaíba (PI), foi fundada em 2008 visando esse nicho de mercado.

A produção de acerola da Biofru-ta, por exemplo, é certificada pelo National Organic Program (NOP) o que assegura o ingresso da fruta nos Estados Unidos com certificação or-gânica. “Trata-se de um título muito importante para nós, já que 100% de nossa produção é destinada à expor-tação”, comemora o presidente da cooperativa, Esdras Barros. O carro--chefe da Biofruta é a acerola, mas outros cultivos começam a despon-tar, como a goiaba (que também tem a certificação NOP), o caju e o coco, que são certificados como “Orgânicos Brasil”. Tudo isso é resultado de um trabalho feito há mais de uma década. Barros lembra que, inicialmente, a pro-dução era convencional. “No começo, ninguém aqui conhecia a produção or-

gânica. Mas resolvemos ‘dar a cara a tapa’. E foi dando certo. Em 2007, começamos a perce-ber a importância de formalizar o trabalho. Vimos a necessidade de instituir a coope-rativa, para a gente poder ter uma visão melhor do grupo”, cita, lembrando que a cooperativa foi criada em 2008.

O presidente da Biofruta diz que a motivação de tra-

balhar com a produção orgânica veio como forma de atender a uma deman-da do mercado que, segundo ele, mostra constante crescimento. “Mas quando você começa a trabalhar no modelo or-gânico, vai sendo criada uma cultura. Hoje percebemos mudanças na questão social e na qualidade de vida de nossos cooperados”, relata.

A Biofruta conta hoje com 29 as-sociados, cada um deles com áreas de cultivo de quatro a 16 hectares. A formação da cooperativa, como expli-ca o presidente, permitiu que novas portas se abrissem, com oportunida-des de acesso a crédito, e também a treinamentos oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Coo-perativismo (Sescoop).

“No começo não foi nada fácil. Nenhum banco acreditava na gente. Fizemos tudo com recursos próprios”, lembra o dirigente. Porém, após dez anos de opção pelo orgânico, a reali-dade é bem diferente. A cooperativa não só se destaca pela produção, como vê seus terrenos inseridos no circuito de turismo do Piauí. “Os visitantes vêm conhecer o nosso pomar, saber mais sobre a produção orgânica, con-versar com os associados. A gente também recebe visitantes de outros países. Estamos mostrando que o Piauí tem um potencial muito grande para a produção de orgânicos”, orgulha- se o cooperativista.

Biofruta: exemplo na agricultura orgânica

6

Constituída em Campo Grande (MS) por 38 produ-tores rurais, a Cooperativa

Agroindustrial do Centro Oeste do Brasil (Coabra) acaba de completar 12 anos de atividades. Considerada um marco no estado e em Mato Grosso, foi fun-dada por um grupo de pessoas que viu no coo-perativismo um modelo de união capaz de redu-zir os custos no campo.

Com o passar dos anos, outros produtores viram as vantagens do segmento e criaram mais unidades, ampliando os serviços prestados. Com sede em Cuiabá (MT), a Coabra possui filiais em Campo Grande (MS), Paranaguá (PR), Rondonópolis (MT) e Chapadão do Céu (GO). É considerada uma co-operativa que garante segurança e solidez nas relações com o quadro social, clientes e fornece-dores. Assim, contribui para o desenvolvimento econômico, técnico e social dos seus 341 co-operados e das regiões onde atua.

“Temos a plena convicção de que ninguém, isoladamente, é maior e consegue melhores resultados do que um grupo. Por outro lado, isso somente é possível se forem pessoas comprometidas com a busca de solu-

ções para as dificuldades, permitindo o crescimento individual por meio do fortalecimento da cooperativa”, enfatiza o diretor executivo Hélvio Alberto Fiedler.

Inicialmente, a organização res-pondia pela importação conjunta de matéria-pri-ma para os fertilizantes que consumia. Como os recursos próprios eram poucos, foram fir-madas parcerias com fornecedores de insumos e compradores de grãos e fibras, alavancando os recursos necessários à implantação das lavou-ras e à comercialização da produção dos coope-rados.

Para ampliar o mer-cado, novas alianças voltadas à distribuição de sementes de milho e de algodão e à negocia-ção de soja convencional já foram estabelecidas. Hoje, a Coabra tem um nome respeitado no Bra-sil e no exterior, e detém cerca de 30% das ações da CCAB Participações S/A, empresa criada para a produção e comer-cialização de defensivos.

Coabra: trabalho baseado na união

7

Quarenta e três anos atuan-do pelo desenvolvimento do agronegócio autosustentá-

vel. Trabalhando com esse foco, a Cooperativa Agroindustrial Coagrisol (Coagrisol), fundada em 25 de julho de 1969, tornou-se referência na região de Soledade (RS). A or-ganização nasceu com o objetivo de defender os interesses profissio-nais de seus associados, comprando em co-mum, beneficiando, industrializando e co-mercializando a produção recebida. Complemen-tando esse leque de benefícios, ela também presta assistência à so-ciedade. E tudo isso se reflete em sua missão atual, de contribuir para o desenvolvimento eco-nômico e social dos seus cooperados, colaboradores e comunidade, visando à excelência em suas atividades.

O atual município de Soledade (antigo distrito de Mormaço), no Rio Grande do Sul (RS), foi o cenário para um grupo de agricultores que, lidera-do por Egydio Pederiva, percorreu a região mobilizando novos colegas a se associarem e criarem a cooperativa. Foi assim que 135 produtores rurais se inscreveram como sócios e assinaram a

ata de fundação da Coagrisol, abran-gendo os municípios de Soledade, Arvorezinha, Barros Cassal e Fontoura Xavier, no noroeste do estado.

Hoje, a Coagrisol atua em diver-sas frentes, muito além do imaginado inicialmente por seus fundadores. Ela

opera na armazenagem e comerciali-zação de produtos agrícolas, prestação de assistência técnica agronômica e veterinária, coleta e resfriamento de leite, fabricação de rações e concentra-dos, beneficiamento e empacotamento cereais e fornecimento de insumos agrí-colas. Além disso, possui uma rede de dez supermercados e lojas de móveis, eletrodomésticos e materiais de cons-trução, distribuídas nos principais municípios de sua área de ação, e man-

tém duas unidades de beneficiamento de sementes.

E, para auxiliar na logística de transporte interno e escoamento da produção, a cooperativa conta, tam-bém, com uma transportadora que, além de agenciar fretes, dispõe de três

caminhões trucados e seis car-retas próprias.

O crescimento da Coagrisol impressiona, também, quando avaliados os seus indicado-res. O último balanço geral, apresentado em assembleia, apontou uma superação da meta estipulada para 2011 em 41%. “Passamos dos R$ 309 milhões previstos, atin-gindo a marca de R$ 435,7 milhões. Comparado com a movimentação de 2010, o crescimento foi de 77%”, co-memora o presidente Gelso Manica. Segundo o dirigente,

a meta para 2012 é receber 6,6 mil sa-cas de produtos agrícolas e fechar em R$ 395,4 milhões, com previsão de so-bras de R$ 10 milhões.

Tamanho crescimento tem, na opi-nião de Manica, fundamento na força do próprio movimento cooperativista. “Força esta merecidamente reconhe-cida pela Organização das Nações Unidas (ONU) com a celebração do Ano Internacional das Cooperativas em 2012”, sintetiza.

Coagrisol: crescimento a todo vapor

8

Ao realizar estudos de viabi-lidade para um projeto que tinha como objetivo recupe-

rar a gestão de uma usina de açúcar e etanol em Campos dos Goytacazes, região norte fluminense, a Associação Fluminense dos Plantadores de Cana, Asflucan, encontrou, no cooperativis-mo, um modelo de negócio mais justo para os canavieiros associados.

Foi então que, no ano de 2002, com ajuda do governo local, a Coo-perativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) foi criada. O projeto inicial foi denominado “Co-agro/Fundecam/Usina São José” e,

com o apoio da prefeitura de Cam-pos dos Goytacazes, através do fundo de desenvolvimento, o Fundecam, os diretores da Coagro se propuseram a alugar o Parque Industrial da Usina São José pelo prazo de 15 anos, a par-tir de 2003. A usina foi reformada e os diretores da cooperativa colocaram a estrutura em produção. Naquele mesmo ano, foram moídas quase 444 mil toneladas de cana-de-açúcar, com uma produção de 573 mil sacas de açúcar e 13 milhões de litros de etanol (safra 2003/2004).

Os cooperados encontraram, nesse modelo de negócio, uma forma de be-neficiar sua produção, ter remunerações mais justas, reduzir os custos de produ-ção e de colheita e gerar, ainda, cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos.

Em 2011, a Coagro avançou ainda mais. Preocupada com as questões trabalhistas, a cooperativa fez um pacto com o governo federal para ga-rantir melhores condições de trabalho em sua área de plantio. Trata-se do Compromisso Nacional para Aper-feiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar. “Esse acordo firmado pela Coagro é um impor-tante passo que a cooperativa está dando para uma mudança histórica no aperfeiçoamento das condições de trabalho em nossa região. E ratifica nosso compromisso em colocar em primeiro plano as questões trabalhis-tas de qualidade e melhoria para o trabalhador rural”, ressalta Frederico Rangel Paes, presidente da Coagro.

Hoje, a cooperativa conta com quase nove mil cooperados que, ao moerem sua cana, têm direito de armazenar o açúcar para vendê-lo pelos melhores preços e no momen-to em que lhes for conveniente. Na última safra, foi moído o equiva-lente a 953 mil toneladas de cana, com um total de 1.370.000 mil sa-cas de açúcar e 26.550.000 litros

de etanol produzidos.

Coagro: Compromisso com o social

9

A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Cea-rá (Coopanest-CE) tem um

papel importante na história do seg-mento no estado. Foi a pioneira na especialidade médica no Ceará e a 6ª da categoria instituída no Brasil. Seus serviços são oferecidos a hospitais, clínicas e convênios, e abrangem a ca-

pital Fortaleza, municípios da região metropolitana - Caucaia, Marangua-pe, Maracanaú - e cidades do interior, como Barbalha e Juazeiro do Norte.

Fundada em 1987 por 28 aneste-siologistas, a cooperativa tem hoje em seu quadro social 357 médicos associa-dos. Para atender de forma cada vez

mais satisfatória e profissionalizada, as capacitações são constantes. “Im-portantes realizações acompanham a trajetória da entidade, que vivencia um processo contínuo de profissionali-zação da gestão”, ressalta o presidente Marcos Antônio Aragão de Macedo. O dirigente destaca, nesse contexto, os treinamentos que preparam o público

interno para tarefas que vão do aten-dimento aos pacientes a atividades operacionais.

Preocupada em valorizar o trabalho do cooperado, a organização desenvolve diversos projetos, como o Parabéns Coo-perado e o Fórum Cooperativista. Além disso, como forma de bonificação, con-

templa os profissionais que mais realizam plantões com inscrições em congressos da área. E, como um incentivo à qualidade de vida por meio da prática esportiva, apóia os associados corredores de rua.

Acreditando também na capacidade multiplicadora e transformadora das ações de responsabilidade socioambien-tal, a cooperativa fortalece esses projetos a cada ano. Como parte das comemo-rações pelo Dia do Anestesiologista, por exemplo, realiza a Jornada Educativa, em que os associados vão às praças es-clarecer mitos e dúvidas da população sobre o assunto. O projeto “Faça um ros-to feliz”, por sua vez, promove mutirões de cirurgias, acelerando o atendimento de pacientes que aguardam em filas de espera do serviço público. Desde a sua criação, em 2007, foram realizados 373 procedimentos nas áreas de oftalmolo-gia, traumato-ortopedia, urologia, entre outros.

O presidente da cooperativa des-taca que todas as atividades são baseadas no planejamento estratégico da cooperativa. Elaborado de modo participativo, envolvendo diretoria, co-operados e colaboradores, funciona como o eixo principal de atuação da Coopanest-CE. “Isso demonstra a vi-são de negócio cooperativista, a força de crescimento e a representatividade da Coopanest-CE, que, certamente, irão agregar ainda mais conquistas nos pró-ximos anos”, finaliza Marcos Aragão.

Coopanest-CE: primeira cooperativa de especialidade médica do Ceará

10

A história da Cooperativa Aví-cola de Santa Maria de Jetibá (Coope-Avi) se mistura com o de-

senvolvimento da avicultura no município capixaba. Os produtores sentiam dificul-dade em administrar os próprios negócios e, por isso, se reuniam constantemente para buscar soluções e dar continuidade à atividade que iniciaram. Foi em um desses encontros, realizado no dia 6 de setembro de 1964, que um grupo de 20 pessoas ins-tituiu a cooperativa, com o propósito de viabilizar a prática na região.

Dois anos depois, a entidade abriu o primeiro armazém de produtos avícolas e de milho. Em seguida, inaugurou a sede própria. E, na década de 70, incor-porou o patrimônio da Cooperativa de Cafeicultores de Santa Teresa, primeira iniciativa da Coope-Avi para operar em outro município e intensificar a atuação, trabalhando com outros produtos, como café e hortaliças.

E os anos seguintes também foram marcados por expansão, o que trouxe à tona a necessidade de alterar a razão social da organização para Coopea-vi - Cooperativa Agropecuária Centro Serrana. A partir desse momento, os ne-gócios foram diversificados e a área de abrangência ampliada.

A sétima filial da Coopeavi foi instala-da no centro de Itarana. Além de facilitar o acesso dos associados à loja matriz e ao portfólio de produtos comercializados, a grande novidade foi a assistência técnica especializada para as lavouras e os ani-mais. Mas as mudanças não pararam por

aí. A cooperativa inaugurou também o armazém de café de Afonso Cláudio e iniciou o comércio atacadista do produto em grãos em Santa Maria de Jetibá. A capacidade estática dobrou de 40 para 80 mil sacas.

Além disso, a obra do novo entreposto de ovos intensificou o processo de bene-ficiamento em quatro vezes em relação ao volume anterior, alcançando 432 mil ovos/dia. E mais, a arquitetura do ar-mazém valorizava os aspectos da cultura local, tornando-se um cartão postal do município. Nessa mesma linha, os anti-gos galpões da unidade “Recria” foram substituídos. Automatizados, eles têm ca-pacidade para abrigar um plantel de 50 mil aves, reduzindo custos e melhorando a qualidade no manejo.

“A Coopeavi tem hoje um leque de atuação diversificado, com quatro uni-dades estratégicas: café, avicultura, nutrição animal e produtos agropecu-ários. Atende as regiões centro serrana, centro-oeste e sudoeste serrana no esta-do, além do Vale do Rio Doce (MG)”, destaca o presidente Argeo João Uliana.

O ano de 2011 foi marcante para a Coopeavi. “Fomos apontados no ranking da revista IEL/FINDES, com base no faturamento de 2010, como 73ª entre as 200 maiores empresas do estado, 5ª no comércio varejista e 32ª entre as 100 com capital exclusivamente capixaba”, ressal-ta Argeo Uliana. A cooperativa também foi destaque na revista Exame, figurando no 385º lugar entre as 400 maiores em-presas de agronegócio no Brasil.

Coopeavi: foco na expansão dos negócios

11

Coopen BH: conquistando pela qualidade

Há 20 anos, em Belo Hori-zonte (MG), um grupo de pais tomou a decisão de se

unir para oferecer uma educação com mais qualidade aos seus filhos. Diante das dificuldades enfrentadas pelo ensi-no público e dos crescentes custos de escolas privadas, surge uma opção: Co-operativa de Ensino de Belo Horizonte (Coopen BH). A escola, administrada pela cooperativa, deu início um ano de-pois da sua fundação às atividades com crianças de um a seis anos. Com cresci-mento contínuo, foi implantando, ano a ano, o ensino fundamental, que teve

sua primei-ra turma de formandos em 2001.

Em 2010, a coope-rativa viveu um intenso processo de mudança. A escola ganhou um nome próprio: Espaço Escola. O objetivo foi dar à instituição mais visibilidade no cenário educacional da cidade.

A cooperativa conta hoje com 120 cooperados e muito fôlego para con-quistar mais adeptos que vislumbram no seio do cooperativismo uma educa-

ção diferenciada para os seus filhos. Em seu vigésimo ano letivo, ques-

tões como ensino multidisciplinar e participação ativa dos pais dentro da escola estão sempre presentes em dis-cursos sobre a construção do ensino ideal. Marília Murta de Almeida, pre-sidente da cooperativa, explica que a instituição, desde sua origem, tem o compromisso com os ideais coope-rativistas. “Os resultados se refletem no trabalho oferecido às crianças e

adolescentes, pautado no cuidado, na colaboração e no diálo-go”, destaca.

Marília é cooperad a desde 2000. Ela conta que suas fi-lhas, hoje com 13 e 11 anos, tive-ram toda a sua forma-

ção na cooperativa. Como mãe, diz a presidente, “tenho a dizer que encon-trei no Espaço Escola exatamente o que buscava em termos educacionais para as duas: cuidado, conhecimento com significado, diálogo, incentivo à pesqui-sa, e tudo isso em um ambiente afetivo e simples, onde as relações se dão de forma clara e respeitosa”.

12

Pesquisas recentes apontam que 97% das empresas nacionais, com mais de 10 funcionários,

usam computadores no trabalho diá-rio, isto sem contar os quase 30 milhões de computadores em residências, che-gando a 250 mil aquisições por mês no último ano. Diante desse cenário, cons-tituir uma cooperativa de Tecnologia da Informação (TI), não deve ser apenas uma ideia.

Focados na geração de trabalho e renda e com o intuito de suprir as deficiências do segmento, foi que um grupo de pessoas se juntou para cons-tituir a Cooperativa dos Profissionais de Sistemas de Meios de Pagamento e Informática - Coopersystem. Fundada

em 1998, em Brasília, ela atua nas áre-as de desenvolvimento, manutenção, sustentação, treinamento e auditoria de sistemas, desenvolvimento de si-tes, programas para web e sistemas de mainframe e suporte à infraestrutura de informática e de redes.

Com cerca de 250 cooperados, a coo-perativa possui um portfólio respeitável de clientes que vão de grandes institui-ções bancárias até entidades do próprio seguimento cooperativista. Baseando--se nos princípios cooperativistas, a Coopersystem vem mostrando que o crescimento econômico não transfor-mou os propósitos firmados desde a sua constituição. A cooperativa distribui entre os cooperados as sobras propor-

cionais referente à produção anual de cada um. Essa é uma forma da gestão financeira e de distribuição democráti-ca de renda.

Excelência e qualidade também são prioridades para a cooperativa. A seriedade dada ao trabalho rendeu, em 2007, o Prêmio Top Of Quality à CooperSystem, no segmento de Coo-perativas de Trabalho. A premiação busca reconhecer, distribuir e premiar o trabalho daqueles que se preocupam constantemente com a qualidade pro-fissional. Em 2008, o reconhecimento veio da Organização Nacional de Eventos – ONEP, pela Excelência & Qualidade na atuação com destaque e credibilidade no cenário empresarial.

Coopersystem: soluções em TI

13

Coopersystem: soluções em TI

O Sicoob Saromcredi nasceu da vontade da pequena co-munidade de São Roque de

Minas, localizada na Serra da Canastra, em Minas Gerais, em mudar a história de decadência econômica causada pela dificuldade de manutenção de agentes fi-nanceiros no município. “Ninguém sabia nada sobre crédito cooperativo, mas o que nos motivava era a necessidade de mudar a situação e o desejo de fazer algo para resgatar a dignidade de um povo excluído de acesso ao sistema financeiro”, relata o presidente João Carlos Leite.

A criação da Cooperativa de Crédito Rural de São Roque de Minas Ltda se deu em 1991 pelas mãos de 22 produtores rurais. No começo, a intenção era apenas compensar um cheque ou outro, efetuar pagamentos e pagar benefícios. Mas hoje, a cooperativa atua em outras seis loca-lidades que somam 9.500 cooperados, assistidos nos mais diversos serviços e pro-dutos financeiros.

Com o advento do Plano Real (1994), a cooperativa implantou projetos de inves-timento no setor agrícola e pecuário para gerar produção, emprego, renda e, conse-

qüentemente, maior fluxo financeiro.A cultura do milho era apenas uma ati-

vidade de subsistência no município. A cafeicultura também era pouco expressi-va, com aproximadamente 350 mil pés. Anos mais tarde, a história foi revertida e São Roque de Minas tornou-se gran-de produtor e exportador de milho. Quanto ao café, graças a um projeto da cooperativa na época, que visava

produzir, distribuir e financiar mudas, o município conta hoje com uma área de aproximadamente 16 milhões de pés.

E as mudanças não ocorreram apenas no campo com o passar do tempo. Com a pujança da produção agrícola e o avanço dos negócios para a cidade, a cooperativa, apoiada por seus cooperados, incentivou, ainda na década de 90, a criação da Associação Comercial, Industrial, Agrope-cuária e Serviços de São Roque de Minas (ACIAS) e da Cooperativa Educacional de São Roque de Minas, mantenedora do Instituto Ellos de Educação. Desde a fundação da escola (1999), o Sicoob Sa-romcredi faz repasse de seu Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (FATES) à instituição, possibilitando aos filhos de cooperados, estudo de qualidade com mensalidade correspondente a 50% do que é o valor real.

Ainda com foco na formação, o Progra-ma de Inclusão Digital nas escolas rurais e urbanas de São Roque de Minas, que é desenvolvido em parceria com a Coopera-tiva de Usuários de Internet da Serra da Canastra Ltda – a Coopnet, disponibiliza dezenas de computadores e sinal de inter-net sem nenhum custo. Ao todo são mais

de mil alunos e adultos beneficiados, tendo os jovens a oportunidade de receber noções básicas de informática, e os adultos a chance de cursar a primeira graduação e ou pós-graduação à dis-tância.

Livre admissão

Embalada pelo crescimento, em 2004 o Sicoob Saromcredi passou a ser de livre admissão. Foi outro passo para que mais pessoas pudessem vir a integrar o quadro de cooperados, pois com a livre admissão estava permitida a associação de pessoas física ou jurí-dica de natureza pública ou privada à cooperativa. Hoje, a meta é ter pelo menos 50% da população da área de atuação do Sicoob Saromcredi como associada, fazendo uma verdadei-ra inclusão financeira, incentivando poupança e empreendedorismo, ala-vancando sonhos e gerando o verdadeiro desenvolvimento econômi-co-social de forma sustentável.

Para o futuro, conforme explica o presidente João, o trabalho está fo-cado na profissionalização e no novo modelo de governança corporativa, que prevê uma divisão muito clara entre a parte política e a operacional. O modelo é sustentado pelo plane-jamento estratégico para o triênio 2011/2013 e também pelo programa de educação cooperativista, cuja fina-lidade é formar e capacitar dirigentes, colaboradores e quadro de associados.

Sicoob Saromcredi: a história de uma cidade

14

A crença de que por meio do cooperativismo de crédito o desenvolvimento econômico e

social do Vale do Itajaí (SC) poderia ser alavancado levou à criação da Blucredi, em março de 2000. A abertura da pri-meira agência ocorreu em setembro do mesmo ano, contando com quatro cola-boradores e 55 sócios fundadores.

A iniciativa gerou um novo ciclo de cooperativismo de crédito local e che-gou em 2012, com um quadro social de 30 mil associados, patrimônio de refe-rência em mais de 29 milhões de reais e ativos totais de 200 milhões. Nos últimos três anos, a sua média de crescimento, nestes indicadores, ultrapassa os 25%. “Ritmo forte, que fez a Blucredi proje-tar, para um futuro próximo, ser uma das maiores cooperativas de crédito em Santa Catarina”, avalia o presidente, João Marcos Baron.

Para ele é uma conquista significativa e por isso a Blucredi aprovou em 2010, o projeto de livre admissão. “Esta nova realidade garante à cooperativa condi-ções de ampliar o seu foco e ajustar o seu negócio às necessidades e potenciali-dades dos 22 municípios que constituem a sua área de atuação e que formam uma das regiões mais ricas do país, res-ponsável por 35% do PIB catarinense”, explicou Baron.

Hoje, a cooperativa está presente com pontos de atendimento em 14 dos 22 municípios do estado, e conta com uma rede formada por 31 agências. O mo-

delo de gestão é descentralizada, o que garante a autonomia necessária para tratar as peculiaridades de cada região.

Além de um amplo portfólio de pro-dutos e serviços financeiros, a Blucredi se caracteriza pela sua capacidade de inovação e desenvolvimento de alter-nativas para seus associados. Neste contexto, criou, entre outros, sistema gerencial e de cobrança próprios, pro-jeto Siga, de integração e bilhetagem eletrônica do transporte público de Blumenau e a gestão financeira da Oktoberfest, considerada a maior festa alemã das Américas.

Já o compromisso com os associados pode ser expresso também pelo pro-grama de fidelidade, pioneiro entre as cooperativas brasileiras de crédito. Por

meio do Blucredi Mais, o relacionamen-to do sócio com a cooperativa é revertido em prêmios e benefícios. Igualmente, pelo programa Cooperação, ação per-manente de educação cooperativista, a Blucredi apresenta à comunidade a co-operativa, a história do cooperativismo como filosofia e a estrutura do sistema cooperativo de crédito brasileiro.

Para manter-se competitiva e se-guir crescendo, a Blucredi investe, permanentemente, em outro fator fundamental para o seu sucesso: a quali-ficação do seu quadro funcional. Cursos e treinamentos são organizados por meio do Excelência Blucredi, programa que em 2011 gerou mais de 600 horas de atividades, focadas no atendimento personalizado e de qualidade.

Blucredi: sucesso pautado no compromisso com a comunidade

15

Certel: crescimento com harmonia ambiental

Nos últimos anos, o mundo tem vivencia-do um processo cada

vez mais acelerado de mudan-ças climáticas. O aquecimento global é apontado como causa de muitos desastres naturais que assolam diferentes pontos do planeta. A partir desse cenário, adotar uma atitude responsável do ponto de vista socioambiental foi uma das providências tomadas pela Cooperativa de Distribuição de Energia Teutônia – Certel, de Teutônia (RS), com a criação do projeto Energia Verde em Har-monia Ambiental.

O objetivo foi capacitar ins-tituições públicas e privadas a quantificar os gases de efeito es-tufa resultantes de suas operações e, a partir daí, tomar medidas para reverter essa realidade. Se-gundo o presidente da instituição, Egon Édio Hoerlle, a iniciativa “esti-mulou a inserção da gestão ambiental nas estratégias administrativas, visando implementar medidas de redução de emissões e ações de neutralização, en-tre elas o plantio de mudas de árvores”, explica o dirigente, ressaltando que, ao cumprirem as metas previstas, as organi-zações recebem o Selo Carbono Neutro.

Outras ações - “A preservação e o respeito ao meio ambiente estão entre nossos princípios e valores”, destaca o presidente Hoerlle. Segundo ele, desde

1985, a cooperativa realiza campanhas ambientais, incentivando escolas, co-munidades e empresários a terem uma postura ética e cidadã no que tange à preservação dos recursos naturais.

Foco na energia

Todas as ações promovidas pela Cer-tel fazem parte do seu planejamento estratégico. Assim, com foco na gestão pro-fissionalizada e visando à sustentabilidade, ela atua no campo de energia elétrica desde 1956, quando foi criada a Certel Energia.

Hoje, a unidade responde pela distribuição a mais de 55 mil cooperados, em 47 mu-nicípios nos Vales do Taquari, Rio Pardo, Caí, Paranhana e Serra.

Com essa visão, os negócios cresceram e o grupo passou a trabalhar, em 1966, com outro segmento, o fornecimento de material elétrico. A Certel, nesse caso, conta com uma rede de 68 lojas de ele-trodomésticos e itens de construção. Além disso, gera energia para duas hi-drelétricas, oferece provedor de internet e ainda trabalha com outras atividades complementares, como oficina mecânica e reforma de transformadores.

16

Convictos do poder da co-operação, 387 pequenos agricultores uniram esforços

e, sob a liderança de João Batista Mar-chese, fundaram em junho de 1947 a Cooperativa dos Suinocultores de En-cantado Ltda - Cosuel. Com trabalhos voltados para suinocultura e pecuária de leite, a cooperativa atua hoje nas regiões do Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo, Serra Gaúcha e Centro Ocidental do Rio Grande do Sul. Os cooperados recebem orientações sobre todos os cuidados desde a produção até a estruturação do frigorífico e dos lati-cínios – onde surge o produto final da marca Dália.

No final de 2011, a Cosuel lançou o ‘Programa Associativo de Produção Leiteira’. Pioneiro no Brasil, o proje-to reúne produtores de leite em torno de um empreendimento de produção associativa, proporcionando aumento da produção e renda dos integrantes. A infraestrutura, tecnologia e adminis-tração técnica são de responsabilidade da Cosuel. Os produtores são sócios do empreendimento e responsáveis pelo manejo das vacas. As cotas correspon-dem ao número de animais alojados. O projeto teve inspiração em uma viagem à Galícia, na Espanha, feita em 2010 por membros da cooperativa, políticos e lideranças da região.

Para o presidente da Cosuel, Gilberto Piccinini, o novo padrão de produção garante maior qualidade ao leite e

um preço melhor para o consumidor. “Com isso, cumprimos a grande mis-são da cooperativa que é promover o desenvolvimento social e econômico dos associados e funcionários”, afirma. Para o diretor superintendente, Carlos Alberto Freitas, o sistema promove eco-nomia a todos envolvidos. “A Cosuel não visa lucro. O cooperativismo serve para o crescimento de todos”, ressalta.

Atualmente a Cosuel conta com 1.702 produtores de leite, res-ponsáveis pela entrega de 408 mil litros por dia. A importância do setor lácteo no Vale do Taquari reflete em 49% da renda das proprieda-des rurais por meio da indústria de laticínios. Para tornar a Cosuel cada vez mais com-petitiva, foram o r g a n i z a d a s estruturas de caráter social, técnico e ad-ministrativo, baseadas nas mais moder-nas tecnologias como forma de enfrentar um mercado cada vez mais exigente e globalizado.

Cosuel: 65 anos gerando trabalho e renda para pequenos agricultores

Para isso, anualmente o conselho e a di-retoria participam de capacitações que incluem experiências internacionais. Desde 1992, a Cosuel está inserida no mercado de exportação de carnes. O maior importador dos produtos da Cosuel é a Rússia. Também são ex-portados produtos para Hong Kong, África do Sul, Angola, países do Leste Europeu, Argentina e Uruguai.

17

Doação, sacrifício, perseve-rança e profunda crença no ideal cooperativo são marcas

da Cooperativa Tritícola de Não-Me--Toque (Cotrijal). A história da Cotrijal, iniciada na década de 50, tem muito da história de transformação da região nor-te do Rio Grande do Sul. “Tem cheiro de terra, de trigo e de soja”, enfatiza o presidente Nei Mânica, que desde 1995 está no comando da organização.

O sonho começou a se tornar realida-de pela ação de onze agricultores da As-sociação Rural de N ã o - M e - To q u e , que fundaram a cooperativa com a intenção de me-lhorar as condições de comercialização, estocagem, escala de negócios e com-petitividade no mercado, especial-mente na produção de trigo, principal cultura da época.

Questões relacionadas a depósitos de produtos, armazenagem e infraes-trutura de transporte, equipamentos, e comercialização de soja e milho (cul-turas que se somaram ao trigo como principais atividades desenvolvidas pela cooperativa), passaram a ser priorida-

des. Assim como discussões sobre preço mínimo, seguro agrário, empréstimos, exportação de soja, e a busca por novos mercados para a produção.

Hoje, o foco continua sendo o produtor, por meio de ações de desenvolvimen-to sustentável e acesso a informação e tecnologia. A Cotrijal, direcionada ao agronegócio de alimentos, está presen-te em 14 municípios do Planalto Médio

Gaúcho, com 33 unidades de recebimen-to de grãos, atendendo a mais de cinco mil associados. Além da atividade grãos (soja, milho, trigo, cevada e canola), que representa mais de 86% do faturamento da cooperativa, a Cotrijal também atua nas áreas de produção leiteira, fabricação de rações, e venda de insumos.

O compromisso da Cotrijal é disponi-bilizar informações, tecnologias e serviços que possam melhorar o resultado das pro-priedades, garantindo segurança e renda ao associado. A cooperativa mantém um complexo que inclui assistência técnica e veterinária, recebimento, beneficiamento e comercialização de grãos, fornecimento de insumos, viabilização de crédito, fábri-ca de rações, lojas e supermercados.

Disseminação de tecnologia – Desde 1999, a cooperativa realiza anualmente a Expodireto Cotrijal, uma feira internacio-nal com o objetivo de divulgar as princi-pais tecnologias para o agronegócio. O evento é palco para importantes debates envolvendo temas como seguro agrícola e irrigação. Com um público superior a 185 mil pessoas e fatura-mento recorde de R$ 1,10 bilhão, a edição

de 2012 será lembrada pela superação. Um dos destaques da Expodireto deste ano foi a área internacional: com parti-cipação de 71 países, 105 importadores e um volume de negócios superior a R$ 102 milhões, o espaço demonstrou que os olhos do mundo seguem voltados para a agricultura gaúcha.

Cotrijal: um olhar no futuro

18

Constituir uma entidade de apoio financeiro para au-xiliar os funcionários da

Assembleia Legislativa de Minas Ge-rais no uso adequado do crédito e na administração de seus gastos. Foi com esse objetivo que servidores do órgão se reuniram no início da década de 80 e criaram a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (Sicoob Co-fal). A ideia foi promover desenvolvimento econômi-co e melhoria da qualidade de vida.

Hoje, com mais de 30 anos, a instituição se dedica ao atendimento personalizado e de qua-lidade aos cooperados, oferecendo as melhores soluções financeiras. Com essa maneira singular de atuação junto ao quadro social, a cooperativa tam-bém se fortalece e deixa claro como contribui para a for-mação de uma economia mais justa e solidária. “Empenhada em pro-mover a solidariedade, o acesso ao crédito com taxas e condições dife-renciadas e a conscientização para o uso racional dos recursos finan-ceiros, a cooperativa está sempre pronta para ser o apoio que o co-

operado necessita para conquistar mais qualidade de vida e alcançar seus sonhos”, afirma o presi-dente Cristiano Felix Silva.

Por estar vinculada ao sistema Si-coob, a cooperativa compartilha 1.700 pontos de atendimento em todo o país. Isso significa que, no interior de Minas e em todo o Brasil, o associado pode realizar saques, consultas e depósitos em sua conta-corrente, por meio da

rede compartilhada. “Somente em Belo Horizonte, temos 101 pontos de atendimento, instalados em hospitais e centros comerciais”, destaca o presi-dente.

A Sicoob Cofal é uma instituição fi-nanceira que, desde sua fundação, se propôs a ser forte e geradora de bene-fícios para todos os que dela viessem

a participar. E o caminho do coope-rativismo era o que mais se adequava às soluções pretendidas. “Esse é o ali-cerce que tem sustentado a gestão da cooperativa. Ao longo do tempo, sou-bemos aproveitar de forma positiva as mudanças na economia brasileira, reafirmando, a cada passo, o compro-misso com o bem-estar financeiro dos nossos cooperados”, destaca Felix Sil-

va. Atualmente, a organização conta com uma sede própria, uma carteira com mais de 2.400 associados, um espaço cooperativo estrategicamen-te localizado, patrimônio líquido de mais de R$ 21 milhões e capital so-cial superior a R$ 10 milhões.

Trabalhando no foco social, a Si-coob Cofal reproduz seus valores e patrocina ações na comunidade onde está inserida. Entre elas, estão os projetos Zás, Segunda Musical e Coral da ALMG. São iniciativas de promoção da cultura mineira pela realização de espetáculos gra-tuitos em diversas modalidades,

que estimulam o gosto pelas artes. “A instituição vai ao encontro de um dos princípios universais do cooperativismo: interesse pela comunidade. Nós acredi-tamos que investir em desenvolvimento social é contribuir para a formação de um Brasil e um mundo mais humanos e solidários. O sucesso das ações já em-preendidas é prova de que estamos no caminho certo”, celebra o presidente.

Sicoob Cofal: foco no uso racional dos recursos financeiros

19

Em 16 de julho 1998, um grupo de 26 funcionários da antiga Escola Técnica Federal de

Campos (RJ) reuniu-se numa assem-bleia. O encontro resultou na criação de uma cooperativa de economia e crédito mútuo dos servidores da orga-nização. Com isso, no final de 2006, foi inaugurado o primeiro caixa ele-trônico na parte externa da instituição de ensino, oferecendo maior conforto e comodidade.

A iniciativa resultou em um grande avanço, entre eles a opção, por parte de muitos asso-ciados, de receber seus proventos diretamente da cooperativa. No ano de 2009, com a autorização do Banco Central para a ampliação do leque de ações, surge a Cred Rio Norte, a Coope-

rativa de Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais da Educação do Norte, No-roeste e Região dos Lagos, com sede em Campos dos Goytacazes (RJ).

A história da organização sempre foi de muito trabalho, e o presidente Neilton Ri-beiro da Silva define os resultados obtidos como um misto de orgulho e felicidade. “São grandes as realizações daqueles que sonham juntos. Estamos cumprindo nossos objetivos, desempenhando o papel de uma entidade financeira que tem como missão

ser uma alternativa que traga faci-lidade e qualidade de vida ao seu quadro social”, disse.

Entre os vários projetos de-senvolvidos, a Sicoob Cred Rio Norte destaca o Jovem Cooperado, que visa esti-mular as futuras gerações a

se prepararem para dar continuidade ao movimento. Elas exercem a práti-ca cooperativista, além de receberem informações sobre o sistema econô-mico-financeiro do país e os serviços oferecidos pela entidade.

Outro destaque é o projeto Resgate da Cidadania, por meio do qual os associa-dos com dificuldades financeiras recebem todo o apoio e orientação necessários para reverter a situação. A prática de esportes também é tratada com atenção. Os filhos

dos sócios, por exemplo, parti-cipam do Circuito Unimed de Natação. Eles recebem apoio para a prática esportiva a partir da redução das mensalidades, e fazem parte do projeto Des-coberta de Novos Talentos, desenvolvido junto com o Cen-tro de Qualidade de Vida, ligado ao Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Fluminense.

“A nossa história não é muito diferente das muitas que resultaram numa coo-perativa forte e importante para a comunidade, res-peitando aqueles que são o

fundamento da organização - os coope-rados. Muita transpiração e inspiração. Mas são justamente as conquistas que nos levam a trabalhar ainda mais, acreditando sempre em um futuro me-lhor, que chega cada vez mais rápido, embalado pelos princípios do coopera-tivismo”, finaliza o presidente.

Sicoob Cred Rio Norte: trabalhando pelo futuro das novas gerações

20

Localizada no centro do estado de São Paulo, a Cooperativa dos Transportadores Autônomos de

Cargas de São Carlos (Coopertransc) já é referência no segmento. Com a bandeira da inovação, a Coopertransc procurou novas alternativas para baixar o custo do transporte, prezando pela qualidade e modernidade dos seus servi-ços. Em 2001, por exemplo, se deparou com a necessidade de passar a fro-ta para veículos fechados. “Já naquela época, percebemos que, para se manter no mercado, era necessário mui-ta criatividade e confiar em solu-ções inovadoras”, diz o presidente da cooperativa, Irinaldo Barreto.

O fato de seus caminhões serem truck, com 2,9 metros, foi um dos pri-meiros problemas enfrentados pela Coopertransc. “Entraríamos no merca-do com novos produtos e precisávamos de mais espaço para transportá-los”, explicou Barreto. A saída, segundo o di-

rigente, foi apostar na “prata da casa” e buscar ajuda tecnológica.

Com isso, a cooperativa passou a ro-dar com um truck sider, de 3,15 metros de altura livre e transportar até três ca-madas de produtos, o que serviu para otimizar o tempo e dimi-

nuir o custo final do frete. Há dez anos, quando iniciou essa moderni-zação, a cooperativa adquiriu 12 novos veículos (carretas e trucks) e, hoje, já conta com 41 carretas.

Atualmente, a Coopertransc trans-porta cargas em todo o território

nacional, entregando-as em pontos de logística ou diretamente nas lojas que vendem ao consumidor final. Para atender toda a demanda, além do fun-cionamento em horário comercial, dispõe de um funcionário até as 3h, de

segunda até a madru-gada do sábado, sem contar que o transpor-tador atua 24 horas por dia, inclusive em finais de semana e feriados, fazendo com que a carga chegue sempre na agenda programa-da pelo cliente.

“Nossos cami-nhões ganharam uma carroceria adequada, com o diferencial de espa-ço e capacidade que só a Coopertransc oferece”, comenta Irinaldo Barreto. A iniciativa rendeu em 2010 o Prêmio Cooperativa do Ano, oferecido pela

Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) ), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Ses-coop) e revista Globo Rural, da Editora Globo. A cooperativa se destacou na categoria Gestão para a qualidade, com o Programa Renovafrota - A força da cooperação.

Coopertransc - inovação e bons resultados

21

Fundada em Naviraí (MS) por um grupo de 27 cotoniculto-res, a Cooperativa Agrícola Sul

Matogrossense (Copasul) foi criada com o propósito de promover melhores con-dições de produção, beneficiamento e comercialização do algodão em pluma. A ideia era buscar preços mais justos por meio da negociação direta com indús-trias de fiação.

Ao longo desses 33 anos de his-tória, a Copasul enfrentou algumas adversidades, mas, com foco na eficácia operacional e visão estratégica empre-endedora, conseguiu superar todos os desafios. Hoje, ela está entre as maiores

empresas agropecuárias do Mato Grosso do Sul e contribui de forma significativa com o desenvolvimento e a geração de empregos no interior do estado.

A cooperativa é composta por 594 cooperados, todos do ramo agropecuá-rio, reunindo produtores de soja, milho, trigo, sorgo, girassol, aveia e algodão. Comercializa, também, cereais in na-tura, algodão em pluma e fios, e ainda fornece insumos agrícolas para plantio e manejo de lavouras, sempre com suporte técnico e orientação ao associado.

Atualmente, a Copasul conta com uma usina de beneficiamento de algo-

dão e uma fiação, além das unidades de armazenagem de grãos. E não para por aí. Trabalhando constantemente para aumentar sua produção e seu mix de produtos, a cooperativa vai inaugurar, entre julho e dezembro deste ano, dois graneleiros: um em Naviraí, com capa-cidade para 60 mil toneladas (t), e outro em Itaquiraí, com espaço para 30 mil t.

Com isso, em 2012, sua capacidade estática de armazenagem chegará a 290 mil t, e de secagem, 920 t/hora. Há, ain-da, outra inauguração prevista para o segundo semestre, da Unidade Industrial de Fecularia da Copasul, que estará apta ao processamento de 200 t/dia de man-dioca, e visa diversificar e agregar valor à produção dos cooperados.

Além de investir na ampliação da in-fraestrutura e dos itens comercializados, a organização aposta no treinamento e na capacitação de seus colaboradores. Só em 2011, foram cerca de 8 mil horas de cursos.

“Esses investimentos somente fazem sentido quando existem cooperados com-prometidos e alinhados com os objetivos da cooperativa. Essa é a grande força da Copasul, que, pela transparência, austeridade institucional, simplicidade e coerência nas decisões e ações, bus-ca cumprir sua missão de fortalecer o associado, assegurando condições de via-bilidade da sua atividade agropecuária, contribuindo também para o desenvolvi-mento socioeconômico e tecnológico da região”, afirma Sakae Kamitani, presi-dente da instituição.

Copasul: tradição e visão de futuro

22

CTMC: cooperativismo presente na metalurgia brasileira

Em 2011, a Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas (CTMC) com-

pletou uma década de atuação no segmento metal-mecânico do Rio Grande do Sul. Integrante do ramo mi-neral, a CTMC desenvolve atividades que vão desde o projeto, passando pela fabricação até a montagem de equipa-mentos industriais de médio e grande porte sob encomenda em aço carbono, aço inoxidável e aço-liga.

A cooperativa é, na verdade, uma metalúrgica e foi constituída por um grupo de trabalhadores associados em um sistema de autogestão, o que garan-te qualidade, empenho e compromisso

com o cliente. E esses fatores, somados a um parque fabril de alta qualificação, faz da CTMC uma referência do Sul da América Latina no fornecimento de equipamentos e na prestação de serviços dessa natureza. Profissionais altamente qualificados são responsáveis pela fa-bricação de navios, torres eólicas, peças para plataformas petrolíferas, tubos e es-truturas metálicas para construção civil e engenharia industrial, vagões, entre outros produtos. Além disso, entre os principais serviços oferecidos, também está a calandragem de chapas de gran-des dimensões.

De acordo com o presidente da cooperativa, Osmarino Maia, o com-prometimento de seu quadro de

associados e a profissionalização dos métodos de produção e gestão empresa-rial propiciaram a conquista de clientes significativos em vários setores. Entre esses, estão os segmentos petroquímico, siderurgia, mineração, energia elétrica, químico e alimentício, papel e celulose, saneamento e abastecimento. “Toda semana são contratados novos fun-cionários, e a empresa, promovendo capacitações e treinamentos a seus co-laboradores, tem profissionais cada vez mais qualificados”, destaca.

O ano de 2011 foi marcado por um crescimento e produção expressivos. Para isso, a CTMC também investiu fortemente em um trabalho de marke-ting e comunicação. Entre os diversos projetos realizados no último ano, o

presidente destaca como principais a participação na obra da Rodovia BR-448 – com a produção de tubos para as colunas da ponte construída sobre o Rio Gravataí - e na am-pliação do estaleiro de Rio Grande. “Como resultado desse trabalho, tivemos o reconhecimento e a con-cessão de qualificações por entidades expressivas do setor industrial, além de nossos clientes, com desta-que para a renovação do ISO 9001, Onip, Navipeças, entre outras”, ressalta Maia.

23

Inaugurada em 26 de setembro de 2006, a Cooperativa Social Inclusiva de Produção Artesanal

e Industrial, mais conhecida como Ma-ria Flor, surgiu da necessidade de novas alternativas de geração de trabalho e renda para pessoas com deficiência in-telectual. O projeto, resultado de uma ação elaborada e coordenada pela Associação de Pais e Amigos dos Ex-cepcionais (Apae) do Distrito Federal, é pioneiro na área do cooperativismo, justamente por unir o trabalho de pessoas com deficiência intelectual e familiares carentes.

O empreendimento já é conside-rado modelo entre as instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, uma vez que preconiza a eliminação do preconceito, a valorização das potencialidades individuais e a auto-nomia de seus beneficiados.

Com qualidade de acabamento, os artigos comercializados pela coo-perativa têm outro diferencial. São produzidos por uma equipe especial de cooperados, que possuem deficiên-cia intelectual ou auditiva. O catálogo de produtos para casamentos e festas envolve flores artesanais em diferentes formatos e inclui 85 modelos de formi-nhas para bombons, embalagens para bem-casados, aneis de guardanapo, caixinhas personalizadas, entre outros elementos decorativos.

A presidente, Raquel Farias, explica

que o rendimento de cada associado ainda é baixo, mas a finalidade de uma cooperativa, principalmente do ramo especial, não se limita ao ganho econô-mico. Raquel aponta como benefícios, além da ocupação do tempo dos asso-ciados, o aumento da autoestima: “Eles se sentem valorizados”. Linda dos San-tos, coordenadora financeira do projeto, conta que em Brasília só existem mais duas empresas que trabalham no ramo. “Mas só nós atendemos como coopera-tiva. Além de social, nosso trabalho é de qualidade”, defende.

Além do mercado brasiliense, com participação em exposições diversas, a cooperativa já esteve em feiras de noivas também no Rio de Janeiro. Segundo a presidente, a aceitação do público foi muito diferente por ser tratar de artesa-nato feito por pessoas com deficiência mental e seus familiares. “O trabalho encantou e nos surpreendemos com ad-miração e interesse do público não só pela produção, como pela história da Maria Flor”, comemora.

Cooperativa Maria Flor: a serviço da inclusão social

24

Com o objetivo de conquistar a casa própria, amenizando os problemas habitacionais

de Araxá (MG) e apoiando as mi-croindústrias da região, um grupo de 26 pessoas resolveu fundar, em 1995, a Cooperativa Integral de Desenvolvi-mento do Planalto de Araxá (Coind).

O governo local teve uma parti-cipação importante na criação da

Coind. “A prefeitura de Araxá doou a primeira área para loteamento. Todo o dinheiro arrecadado foi investido em novos empreendimentos. É des-sa forma que temos atuado”, explica Ivan Elizário Valeriano, administra-dor da sociedade.

Desde sua fundação, a cooperativa habitacional trabalha na implanta-

ção de loteamentos e os repassa aos cooperados com custo reduzido. Ini-cialmente, foram lançados quatro, sendo dois residenciais e dois mi-crodistritos, nos bairros Novo Santo Antônio e Domingos Zema.

Hoje, o foco principal da organiza-ção é o Projeto Empreendedor Popular (PEP). Treze PEPs já foram construídos

e a expectativa para 2012 é de que mais um seja erguido. “Quem adquire um lote passa a ser um cooperado, pagando parcelas com preços bem mais acessí-veis”, pontua Maria Helena Caixeta, au-xiliar administrativo da instituição.

“A Coind foi um marco na área de habitação de Ara-xá. A necessidade de novos imóveis já não é tão acentuada como no passado, mas a cooperativa ainda exerce um papel importan-te na sociedade araxaense, como reguladora do pre-ço imobiliário”, comenta Valeriano.

Coind: realizando o sonho da casa própria

25

Na década de 80, a cidade de Ouro Preto (MG) enfrenta-va diversas dificuldades de

abastecimento dos itens básicos de con-sumo. Para reverter esse quadro, em julho de 1980, um grupo de 28 empre-gados da Alcan Brasil resolveu fundar a Cooperativa de Consumo dos Em-pregados da Alcan Brasil e Subsidiárias Ltda (Cooperalcan), que, anos depois, tornou-se a Cooperativa de Consumo dos Moradores da Região dos Inconfi-dentes Ltda (Cooperouro).

Após mais de 30 anos, o empreendi-mento cresceu, assim como o número de cooperados, que passou dos 13 mil, extrapolando os limites de sua cidade de origem, gerando benefícios para toda a Região dos Inconfidentes. Hoje, a Cooperouro é referência em preços justos, segurança alimentar, transparência fiscal, desenvolvimento sustentável e responsabilidade social.

Para garantir a excelência e a qua-lidade no atendimento, a organização dispõe de uma estrutura que envolve cerca de 170 funcionários. Nos bastido-res, um grande corpo de colaboradores se reveza em turnos, durante 24 horas do dia, fazendo com que a cooperativa nunca pare, oferecendo aos associados e clientes o melhor supermercado da região. Mas o objetivo da Cooperouro é expandir ainda mais os negócios e gerar novas oportunidades de emprego para a população local. Pensando nis-

so, ainda no segundo semestre de 2012, pretende inaugurar mais duas filiais, uma em Ouro Preto e outra em Ma-riana (MG).

Para Joaquim José de Olivei-ra Silva, presidente da entidade, as futuras gerações darão conti-nuidade ao trabalho: “ainda há muita his-tória a ser escrita pela cooperativa. Perpetuar é preciso, e estamos certos de que serão os jovens os responsáveis pela construção desse sonho”, enfatiza o diri-gente.

A Cooperouro é gerida por um Conselho de Ad-ministração, eleito a cada quatro anos, formado por

Cooperouro: há mais de 30 anos gerando benefícios à Região dos Inconfidentes.

três integrantes, sendo dois diretores, um comercial e um financeiro, e o pre-sidente do órgão, que assume também a presidência da cooperativa. Parale-lamente aos trabalhos, atua ainda o Conselho Fiscal.

26

Há 35 anos, uma cooperati-va vem fazendo a diferença na vida de diversas famílias

do sertão cearense. Localizada a cerca de 280 km de Fortaleza, a Cooperati-va Agropecuária de Senador Pompeu (Cosena) investe na participação das famílias de cooperados como dife-rencial para garantir crescimento e sustentabilidade. Formada por mais de 130 associados, a Cosena desenvolve, desde 2001, o Projeto Família, uma importante ferramenta de crescimento econômico e social, na qual a participa-ção feminina tem destaque.

“Trata-se de um trabalho baseado em três pilares centrais: diversificação das atividades, inserção de toda a fa-mília no processo produtivo e controle contábil das atividades”, esclarece o

presidente da cooperativa, Val-dizar Quirino. Hoje, 14 famílias estão envolvidas no projeto, ten-do como base o conceito de produção rural cooperativada. O objetivo, segundo Quirino, é desen-volver um sistema de transformação, industrialização e comercialização co-letiva, que agregue valor aos produtos.

O Projeto Família explora as apti-dões e potencialidades específicas da terra, do mercado local e do núcleo fa-miliar em que é implantado, atuando sempre com a diversidade de produtos cultivados. “Buscamos evidenciar, des-de a implantação, as potencialidades de cada uma das comunidades onde o projeto foi instalado, desenvolvendo culturas adequadas às características ambientais locais e às necessidades das famílias da região”, relata o pre-sidente. As unidades produtivas da cooperativa atuam com a ovinocapri-nocultura, fruticultura, apicultura, avicultura e suinocultura.

Cientes da importância das mulheres e dos filhos para a susten-tabilidade do negócio, a Cosena

investe fortemente na participação desses nas atividades da cooperativa. “As famílias recebem capacitação da cooperativa, não só no que diz respei-to ao manejo técnico agropecuário, mas também em relação às atividades de gestão do Projeto, como a contabi-lidade, que muitas vezes fica a cargo das mulheres. Além disso, há incen-tivo à alfabetização e à conclusão do ensino regular”, explica Quirino.

A articulação da cooperativa e seus cooperados deu visibilidade especial a produção de alimentos na região e os produtores passaram a comercializar seus produtos em feiras e mercados próximos e também por meio de pro-gramas federais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), per-tencente ao Fome Zero, fortalecendo a agricultura familiar e promovendo a inclusão social e econômica no cam-po. Os cooperados também fornecem produtos para o governo, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que obriga as prefei-turas a comprarem 30% da merenda escolar de agricultores familiares.

O resultado de todo o investimento tem se revertido em benefício dos pró-prios cooperados. Proprietária de uma loja na qual vende produtos como ra-ção, implementos agrícolas, máquinas, tubos, além de torta de algodão, soja e milho, a Cosena tem garantido aos produtores “preços mais competitivos”, comemora o presidente.

Cosena: inserção da família no processo produtivo

27

Gente que coopera cresce. “É sob esse lema que tem se pautado a Sicred União PR. Há 26 anos,

a cooperativa por meio de gestão profis-sionalizada e foco no coo-perado, tem conquistado cada vez mais a comunida-de.Com 60 unidades de atendimento e spa lhadas pelas regiões de Maringá, Londrina e noroeste do estado, a coo-perativa conta com aproxi-madamente 500 colabo-radores que t r a b a l h a m para que os mais de 57 mil associados sejam atendidos com qualidade e eficiência.

A organização, que foi fundada pela Cocamar Cooperativa Agroindustrial (Cocamar), em 1985, fazia parte de um sonho. A Cooperativa de Crédito Rural de Maringá (Credimar) passou por di-versos obstáculos, como a alta inflação na década de 80 e início dos anos 90. Mas, para reverter esse quadro, em 1998, passou a fazer parte do Sistema Sicre-

di, dando início a um período de forte crescimento. E, em 2005, tornou-se coo-perativa de livre admissão, o que permitiu trabalhar com todos os segmentos.

Em 2009, apontada como uma das maiores do país, a então Sicredi Maringá juntou-se com a Sicredi Vale do Ban-deirante e a Sicredi Norte do Paraná, sediadas respectivamente em Astorga e Cornélio Procópio, para dar um grande salto. Com o nome de Sicredi União PR, conquistou resultados importantes.

A entidade credita esses números às ca-pacitações realizadas. Durante todo o ano,

os associados recebem cursos de formação onde aprendem mais sobre a cooperativa e qual sua importância dentro dela. O ob-jetivo é reforçar que eles são os donos do

negócio. “Tudo isso porque a Si-credi União PR acredita que tra-balhando juntos podemos ir mais longe”, diz o pre-sidente Wellington Ferreira.

P e n s a n d o também na res-ponsab i l idade social, a coope-rativa implantou o programa “A União faz a Vida” em cinco cida-des onde atua. O objetivo é estimu-lar os valores da cooperação e da cidadania. Hoje, são capacitados aproximadamen-

te 340 professores que têm a missão de ensinar o que foi aprendido a mais de 4.900 estudantes.

Ferreira também fala sobre uma das metas estabelecidas para 2012: “nós des-frutamos dos benefícios da cooperação há 26 anos, por isso, no Ano Interna-cional das Cooperativas, pretendemos estender esse pensamento a todo o qua-dro social e amigos.

Sicredi União aposta na consolidação em 2012

28

No dia 11 de julho de 1985, um grupo de 300 agricultores da região de Alta Mogiana, em

Franca (SP), se uniu e decidiu, em As-sembleia Geral, assumir as instalações da antiga Cooperativa Central Agrope-cuária do Paraná (Cocap), um armazém de café com capacidade para 150 sacas e uma usina de rebenefício. Assim, nascia a Cooperativa de Cafeicultores e Agro-pecuaristas (Cocapec), que hoje conta com um quadro social com mais de 1,9 mil associados e contribui diretamente para o crescimento do setor.

Com uma atuação séria, a cooperati-va mudou o cenário local, motivando o desenvolvimento tecnológico no campo e dinamizando o processo de compra e venda. “O poder de negociação e a autonomia dos cafeicultores se consoli-daram, gerando lucratividade para os cooperados”, relata o presidente João Alves de Toledo Filho.

Nessa trajetória de sucesso, a coope-rativa projetou o café de Alta Mogiana para todo o Brasil e também no exte-rior. Hoje, além da matriz, em Franca, a organização possui mais cinco núcleos, atendendo 25 municípios. “Em todos os lugares onde atuamos, buscamos o crescimento e a prosperidade”, destaca Toledo Filho.

O trabalho começa com o moni-toramento. Utilizando o Sistema de Georeferenciamento por Satélite (GIS), empregado desde 2000, a cooperativa consegue mensurar as áreas, realizar

previsões de safra e programar toda a estrutura para atender ao associado com excelência, seja na lavoura ou na armazenagem do produto. Aliado a essa ferramenta, o setor técnico iden-tifica deficiências nutricionais, doenças e pragas, ajudando os agricultores a escolher a melhor forma de conduzir a plantação. “Esse processo recebe o apoio do nosso moderno laboratório, que realiza análises completas de solo e folhas”, comenta o dirigente.

Além de todo esse suporte, a Cocapec também oferece qualificação aos coope-rados por meio de ações como “mini dias de campo” e o Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Simcafé). “Esses eventos têm o objetivo de despertar no produtor rural o interesse pelo processo de gestão do negócio. A ideia é que tais ferramentas também sejam desenvol-

vidas e implantadas nas propriedades, contribuindo para a formação de um empresário rural”, resume Toledo.

Como cooperativa ciente de sua responsabilidade com seus sócios e a sociedade, a Cocapec é realizadora e parceira de programas e projetos que difundem o cooperativismo e a pre-servação do meio ambiente. Entre eles estão: Encontro de Mulheres e Crian-ças, Programa Cooperjovem, Mosaico Teatral e Projeto Escola no Campo. “A Cocapec é uma cooperativa com-prometida com o cooperado, focada na clareza de suas ações, avaliando sempre as demandas e necessidades, seja na propriedade rural, escolha de tecnologias, repasse de conhecimento ou políticas que promovam o desenvol-vimento do quadro social”, orgulha-se o presidente.

Cocapec: segurança e autonomia para os cafeicultores

29

Há 37 anos no mercado, uma cooperativa formada por cirurgiões-dentistas é referên-

cia na capital do Mato Grosso do Sul e região. Trata-se da Uniodonto Campo Grande (Uniodonto CG), que possui uma história repleta de conquistas e vitórias para o sistema e seus cooperados. Fun-dada no ano de 1974, possui hoje 125

cooperados e aproximadamente 15 mil usuários. O segredo? É o investimento em capacitação e profissionalização de seus cooperados e colaboradores, visando oferecer o melhor serviço ao seu usuário.

A Uniodonto CG, segundo a presi-dente Suzi Magali Vendas, garante a qualidade total de seus serviços, manten-do seus profissionais em perfeita sintonia com o que há de mais avançado no mer-cado tecnológico, possibilitando-lhes despontar na vanguarda da odontologia.

A cooperativa se destaca, também, pela preocupação com a comunidade,

desenvolvendo diversos projetos de cunho social. O objetivo é melhorar as condições de vida e oferecer um futuro mais digno, em especial, para as crianças. É o caso do projeto “Dentinho Feliz” que, realizado

em parceria com a secretaria de Cultu-ra do estado, promove ações em prol da saúde bucal de crianças e adolescentes. Com o apoio do projeto “Encanto com a Leitura”, dirigido pelo governo estadual, as crianças recebem, ao mesmo tempo, incentivo à literatura e educação odon-tológica. “A mente e o corpo precisam de cuidados. E o adulto tem papel funda-mental para despertar o interesse, tanto pelas questões de higiene quanto pela leitura”, explica Suzi.

Entre as conquistas da Uniodon-to CG ao longo dos quase 40 anos de atuação, está o recente registro defi-nitivo na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para a presidente, o registro definitivo é uma espécie de prova de liquidez e confiabilidade fiscal da empresa. Isso quer dizer que a nossa cooperativa atende a todos os requisitos exigidos pela agência reguladora, trazen-do maior segurança jurídica aos usuários do plano e aos colaboradores.

Os resultados da cooperativa são motivo de orgulho para seu quadro so-cial. Como não poderia deixar de ser, a equipe tem uma expectativa muito boa com relação ao ano de 2012, de-clarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacio-nal das Cooperativas. “Este é realmente o nosso ano. Um ano para mostrarmos

ao mundo como os empreendimentos cooperativos melhoram a sociedade e podem construir um mundo mais social-mente mais justo, viável e sustentável”, declara a dirigente.

Uniodonto Campo Grande: capacitação e responsabilidade social

30

Com um trabalho sério, a mis-são da Unicred Bandeirante é “acolher e simplificar com

satisfação a vida socioeconômica do co-operado” e, para isso, desenvolveu seu modelo de negócio, que tem como slo-gan: “Prazer em servir”. O padrão surgiu com a necessidade de oferecer um aten-dimento diferenciado e mais completo aos associados. O que antes era feito com comprometimento e compromisso, hoje, além de tudo, é realizado com prazer.

Fundada em 2009, a Unicred Bandeirante é resultado da união de duas outras sociedades, a Unicred Santa Bárbara d´Oeste, Americana e Nova Odessa, criada em 1999, e a Unicred Piracicaba, instituída em 2001. Trata-se de uma cooperativa de crédito exclusiva dos profissionais e das empresas que

trabalham na área da saúde. Atualmente, ela abrange 18 municípios das microrregiões de Americana, Piracicaba e Botucatu, conta com mais de 6,2 mil cooperados e dispõe de dez agências distribuídas em cinco cidades próximas.

Os resultados confirmam que a instituição está no caminho certo. Entre 2010 e 2011, foi registrado um crescimento de 43% dos ativos, passando de R$ 90,3 milhões para R$128,8 milhões. Este também foi um período de concentração nas metas do planejamento estratégico, fomentando o desenvolvimento de forma gradativa. A entidade conquistou mais associados, lançou novos produtos e implantou o Domicílio Bancário. A Unicred tem participado com mais força e dinamismo no mercado financeiro, e a perspectiva é

expandir os números em um curto período de tempo, para fazer, de 2012, um ano de vitórias.

“O cooperativismo de crédito tem crescido a passos largos”, afirma o presidente Emerson Assis. “Para nós, é motivo de grande satisfação saber que temos desempenhado um papel ativo na ascendência do setor, sendo agente de inclusão financeira e promovendo o desenvolvimento regional”, ressalta. E destaca ainda: “neste, que é o Ano Internacional das Cooperativas, queremos, especialmente, estar mais do que nunca ao lado de nossos cooperados, com a certeza de que estamos construindo, juntos, uma instituição digna do reconhecimento público a ser alcançado pelo cooperativismo”.

Com vistas para o futuro, a cooperativa conta, ainda, com um Comitê de Sustentabilidade, criado no final de 2009 para desenvolver projetos que garantam melhores condições à comunidade. O trabalho prioriza ações de incentivo à preservação socioambiental, que beneficiem toda a sociedade.

Sistema Unicred

No Brasil, o sistema conta com nove centrais e 134 singulares. Sua gestão é participativa, controlada pelos próprios associados, que escolhem entre si os responsáveis por administrar os recursos financeiros produzidos, reinvestindo-os em benefícios dos cooperados ou distribuindo sobras.

Unicred Bandeirante: a força do cooperativismo de crédito

31

No ano de 1983, 24 profissionais se asso-ciaram, sob a égide dos

princípios cooperativistas, para prestar serviços odontológicos à comunidade sul-matogrossense de Dourados. Fundaram, então, a co-operativa Uniodonto-Dourados, pertencente ao sistema Uniodon-to, que em 29 anos de atuação sempre prezou pela qualidade ex-celência nos serviços oferecidos. A cooperativa tornou-se referên-cia em saúde bucal no estado do Mato Grosso do Sul (MS). Prova disso é o reconhecimento que obteve estando entre as 12 pri-meiras de uma rede composta por 122 cooperativas de serviços odontológicos.

Com a missão de “gerar soluções profissionais para os cooperados, através de atendimento odontológico de excelência na qualidade”, a Uniodonto-Dourados zela pela valorização do trabalho, comportamento ético, promoção da saúde, satisfação do cliente, responsabilidade social e valorização dos colaboradores e parceiros.

Detentora do 17º melhor índice de desenvolvimento de saúde suplementar (IDSS) entre as 320 operadoras de planos odontológicos do país (índice medido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS), a Uniodonto-Dourados espera subir mais ainda

no ranking. É o que afirma o seu presidente, o cirurgião-dentista Edson Hiroshi Muraki. E para isso, ele busca ampliar o número de conveniados, especialmente através dos planos empresariais. “Precisamos despertar o empresariado um pouco mais para o cooperativismo, por isso, estamos desenvolvendo trabalhos de divulgação no comércio, nos bancos e em outras empresas”, destaca Muraki. Atualmente, a Uniodonto-Dourados conta com mais de 50 empresas conveniadas e cerca de três mil beneficiários.

Sistema Uniodonto

De forma geral, as Uniodontos espalhadas por todo o Brasil são empresas sólidas, com um total de 22 mil cirurgiões dentistas cooperados sendo a maior cooperativa odontológica do Brasil. São mais de 3 milhões de beneficiários, mais de 95% deles satisfeitos com a assistência odontológica. A cooperativa está presente em mais de 1,3 mil municípios brasileiros.

Uniodonto-Dourados: referência em saúde bucal

32

Duas décadas de trabalho e investimentos fizeram de Chapecó (SC) um centro

de excelência em medicina. Essa é a principal contribuição da Cooperativa de Trabalho Médico da Região Oeste Catarinense (Unimed Chapecó) para sua cidade de origem. Esses 20 anos foram marcados por inúmeros avan-ços, e, por isso, a Unimed Chapecó tornou-se referência em assistência à saúde privada na região. Sua atuação contribuiu diretamente para a am-pliação e modernização do sistema de saúde local, estimulando a chegada de profissionais com novas especialidades, a cons-tante inovação tecnológica e o pioneirismo em exames e pro-cedimentos.

Integrando o maior sistema cooperativo de trabalho médico do mundo, a Unimed Chapecó iniciou suas atividades em fevereiro de 1992. Hoje, disponibiliza plano de saúde regulamentado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) em duas modalidades: pessoa física e pessoa jurídica. Outro produto em crescimento é a medicina ocupacional, destinada a empresas de pequeno e médio porte. Para dar atendimento a este público, a cooperativa oferece uma rede credenciada que cobre mais de 80% do território nacional, com hospitais, clínicas, laboratórios e serviços para

diagnóstico e terapêutico. “Ao longo desses 20 anos, investimos

em tecnologias de alta complexidade, proporcionando plenas condições de trabalho aos cooperados e acesso à saúde de ponta pela sociedade. Também investimos em humanização, inovamos nosso atendimento, treinamos nosso quadro funcional e promovemos ações sociais que melhoram as condições de vida da comunidade. Tudo isso, com base em princípios éticos, transparência e responsabilidade”, comenta o presidente da cooperativa, Geraldo Córdova.

A inauguração de um hospital próprio, primeiro empreendimento do setor médico cooperativista da região Sul, em dezembro de 1998, foi uma das grandes conquistas da Unimed Chapecó, que hoje conta com laboratório de análises clínicas (com unidade móvel para coleta), centros de diagnóstico de imagem, distúrbios do sono, endoscopia, cardioneurovascular,

oncológico, entre outros. “Em 2009, nosso hospital foi o terceiro em Santa Catarina a receber a certificação da Acreditação Hospitalar (iniciativa que valida instituições de acordo com a qualidade e segurança dos serviços prestados)”, destaca Córdova.

Segundo o dirigente, a aquisição de aparelhos de ressonância nuclear magnética e de hemodinâmica também foram marcos de uma nova fase na cidade. “Antes da implantação desses serviços, os pacientes eram obrigados a buscar atendimento em

outros centros de saúde. Com a estruturação do centro cardioneurovascular, Chapecó tornou-se um polo de cardiologia e neurologia intervencionista de alta qualidade. E o centro de oncologia é hoje uma referência no tratamento do câncer no estado e, aliado ao centro de medicina preventiva, tem trabalhado de forma ativa no diagnóstico

precoce dessas doenças”, orgulha-se. Córdova diz que 2011 foi um dos

melhores anos desde a fundação da cooperativa, com a obtenção de excelentes resultados e consolidação da imagem da Unimed Chapecó no mercado. Para este ano, a previsão é expandir os serviços prestados, “atendendo às demandas com a máxima qualidade possível”, garante

Unimed Chapecó: 20 anos de excelência em saúde

33

Corria o ano de 1972 quando um grupo de 37 ci-rurgiões dentistas de Santos

(SP) tomou a decisão de criar uma das primeiras cooperativas Uniodonto do país. O objetivo era oferecer servi-ços de qualidade e preços acessíveis à população, eliminando a figura dos in-termediários e reduzindo os custos dos tratamentos.

Passados quase 40 anos, a Uniodonto se transformou na maior rede privada de atendimento odontológico do Brasil, operando planos individuais e coletivos em âmbito nacional, sempre mantendo a filosofia e os ideais cooperativistas que inspiraram seus fundadores. Hoje, o sistema conta com 20 mil associados e atende a 2,3 milhões de usuários.

De olho no futuro, a entidade pretende conquistar ainda mais espaço no mercado, com foco no Planejamento Estratégico 2011-2014, recentemente aprovado. A palavra de ordem é crescimento. “Não existe retorno para o cooperado se ficarmos estagnados. Portanto, investir constantemente em um processo evolutivo é algo fundamental para a nossa sustentabilidade”, pondera o presidente da Uniodonto do Brasil, José Alves de Souza Neto.

Para que esse direcionamento

nacional seja assimilado e seguido por todas as 127 cooperativas do sistema, as estratégias nascem a partir de uma construção coletiva, coordenada pela diretoria executiva da instituição, juntamente com seu conselho técnico-operacional, do qual participam os presidentes de todas as federações estaduais.

Além da expansão dos negócios, a comunicação e a padronização das ações também foram definidas como diretrizes estratégicas para os próximos anos. O propósito é fazer com que as

rotinas de trabalho e os serviços sejam efetivamente apresentados, em nível nacional, com as mesmas características e a mesma qualidade.

Segundo o presidente da instituição, a TV Uniodonto, que possibilita a realização de cursos de qualificação e aperfeiçoamento, será um instrumento intensamente usado para atingir essa meta. “Pela TV, podemos chegar facilmente a todos os nossos dirigentes, colaboradores e cooperados espalhados pelo Brasil”, diz José Alves.

Uniodonto do Brasil: estratégias para um crescimento sustentável