revista expressão ms junho 2014

100
1 www.expressaoms.com.br Plano de Saúde Ruim com ele. Pior sem ele? Saiba o que pensam profissionais e usuários dos principais planos de saúde de Campo Grande e Três Lagoas. EDIÇÃO 002• ANO 01 • Junho - 2014 - R$ 8,50 O EXPRESSÃO MS Especial Pecuaristas investem em novas tecnologias no negócio do boi em TL Cooperativa de Brasilândia é maior produtora de mel do Estado Mercado Imobiliário movimenta R$ 96 milhões no primeiro Feirão de Imóveis

Upload: expressao-ms

Post on 01-Apr-2016

268 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

1www.expressaoms.com.br

Plano de SaúdeRuim com ele. Pior sem ele?Saiba o que pensam profissionais e usuários dos principais planos de saúde de Campo Grande e Três Lagoas.

EDIÇÃO 002 • ANO 01 • Junho - 2014 - R$ 8,50 OEXPRESSÃOMS

Especial

Pecuaristas investemem novas tecnologias no negócio do boi em TL

Cooperativa de Brasilândia é maior produtora de mel do Estado

Mercado Imobiliáriomovimenta R$ 96 milhões no primeiro Feirão de Imóveis

2 www.expressaoms.com.br

3www.expressaoms.com.br

4 www.expressaoms.com.br

EXPRESSÃOOMS

(67) 3522.0707

/expressaomstl

expressaomstl

[email protected]

www.expressaoms.com.br

Trazendo o mundo até você

Acesse Já

#euvinoexpressaoms

EXPRESSÃOOMS

5www.expressaoms.com.br

EXPRESSÃOOMS

(67) 3522.0707

/expressaomstl

expressaomstl

[email protected]

www.expressaoms.com.br

Trazendo o mundo até você

Acesse Já

#euvinoexpressaoms

EXPRESSÃOOMS

6 www.expressaoms.com.br

28ESPECIAL: Conheça os problemas enfren-tados por usuários de Planos de Saúde

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

7www.expressaoms.com.br

SUMÁRIO

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Foto: Yuri Spazzapan

16 Cana de Acúcar

Empreendedorismo

Expressão MS ouviu empresários do setor sobre as expectativas para a safra 2014-2015

22Sebrae organiza a 6ª Feira do Empreendedor do Estado em Campo Grande

58 MercadoImobiliárioInvestir em imóveis em Três Lagoas é um bom negócio?

80 Apicultura

Agronegócio

Parceria entre Fibria e Cooperativa gera sucesso na produção de mel

76 Pet ShopsVeja o potencial do mer-cado em Três Lagoas e suas defi ciências

66Técnologias, a força de um mercado mais forte em TL

4099 anos: A um ano do centenário, Três Lagoas comemora uma década de desenvolvimento

88Turismo: Plano de Secretaria é trazer a Três Lagoas evento para observadores de pássaros

8 www.expressaoms.com.br

OEXPRESSÃOMS

Carta do Editor Expediente

A primeira edição da revista Expressão MS superou todas as expectativas da empresa. Primeiro causar uma boa “pri-meira impressão” nos leitores, e as felicitações e elogios que recebemos de leitores de vários ramos de atividade, são a prova de que o objetivo foi alcançado. Segundo, por-

que a revista nasce vencedora já no primeiro concurso que participa, em sua primeira edição, através da jornalista Sarah Minini e do fotó-grafo Yuri Spazzapan. Sarah ficou em primeiro lugar com a matéria es-pecial sobre logística, na categoria em mídia impressa, e Yuri também ficou em primeiro lugar em fotojornalismo com uma foto publicada também na matéria de logística. Sarah ainda foi a grande vencedora da categoria interior. Nesta segunda edição, a equipe do Expressão MS procurou, além de produzir matérias do interesse da região leste do Estado, ex-pandir suas fronteiras, com assuntos da capital Campo Grande e de Dourados. De Campo Grande a Feira do Empreendedor, organizada pelo Sebrae é destaque, como também o que pensam usuários e pro-fissionais sobre os Planos de Saúde. De Dourados fomos saber com empresários e profissionais do ramo, como está o mercado do etanol e quais as perspectivas para a safra 2014/2015. Ao completar 99 anos, Três Lagoas vive uma década de franco desenvolvimento e já é a propulsora da economia da região. Saiba o que cresceu e o que precisa ainda de investimentos para acompanhar o “boom” desenvolvimentista que vive o município.O mercado do boi, diferente do que muitos pensavam, apesar da dimi-nuição do rebanho, está bem e cresce em qualidade com investimen-tos em tecnologia para melhor aproveitamento da área, e o produtor também participa das oportunidades que o reflorestamento de euca-lipto trouxe para a região. Um raio x do setor imobiliário e as oportunidades de investi-mentos é destaque em matéria que não deixará dúvidas sobre a reali-dade do mercado no momento. O destaque político desta edição fica por conta do fato inédito conquistado pelo atual presidente da Câma-ra de Três Lagoas, Jorginho do Gás (PSDB), que tornou-se o primeiro a se reeleger naquela Casa de Leis. O mercado de Pet Shops cresce e traz novas oportunidades de negócios, e uma cooperativa apoiada pela Fi-bria quer tornar-se a maior produtora de mel do Estado, saiba como. Concluindo a edição, Expressão MS aborda um tema comple-xo: o que fazer para desenvolver o turismo na região de Três Lagoas e da Costa Leste? Quais as principais alternativas?

Boa Leitura!

Sebastião Rodrigues Neto

facebook.com/expressaomstl

Expressão MS Edição e Impressão de Jornais LTDA - ME

Rua Elmano Soares, 449 - Centro/ Três Lagoas-MS

CNPJ: 19.537.866/0001-64

Fone: 67-3522-0707

Tiragem: 5 mil exemplares

Impressão: Gráfica Regente/Maringá-PR

Jornalistas: Sarah Minini, Guilherme Henri, Gisele Mendes, Rose Rodrigues, Patrícia Acunha

e Cícero Faria.

Fotos: Yuri Spazzapan, Cícero Faria e Graça Mougenot

Projeto Gráfico: Lucas Othon de Souza

Diretora Executiva: Olívia Ap. de Souza [email protected]

Editor: Sebastião Rodrigues Neto - MTE 1223-MSe-mail: [email protected]

Curtanossa

fan page

Bom Começo

9www.expressaoms.com.br

Nicocabeleireiro

Av. Antônio de Souza Queiroz, 1031

Lapa - Três Lagoas/MS

(67) 9271-8651Agora em novo endereço

Ao lado do Taj Hotel

Novas instalações para

um atendimento diferenciado

10 www.expressaoms.com.br

Radar Econômico Brasil

Brasil cai três posições, entrepiores em ranking de competitividade

O Brasil caiu quatro posições no ranking de competitivi-dade e está entre as sete pio-res economias do Índice de

Competitividade Mundial 2014 (World Competitiveness Yearbook - WCY), que foi divulgado no dia 22 de maio pelo Institute for Management Develop-ment (IMD) e pela Fundação Dom Ca-bral. O país agora ocupa o 54º lugar, so-mente à frente de Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. Publicado anualmente desde 1989, o guia avalia 60 países. No ano anterior, o Brasil estava em uma posi-ção um pouco melhor, ocupava o 51º lugar. De acordo com Carlos Primo Braga, professor do IMD e diretor do grupo Evian, o mais importante a cons-tatar é que há uma tendência de declí-nio do Brasil porque pelo quarto ano consecutivo ele apresenta piora na sua classificação. Braga explica que even-tualmente de um ano para o outro há casos de pioras pontuais na posição relativa de um país, mas no caso bra-sileiro já se constata a deterioração em um horizonte de longo prazo. Em qua-tro anos, o país perdeu 16 posições. Em 2010, quando a pesquisa avaliava 58 países, como comparação, o Brasil ocu-pava o 38º lugar. Segundo Braga, houve piora principalmente do ambiente de negó-cios, destacou ele, citando, entre vários fatores que contribuem para isso, a baixa produtividade do trabalho, pela pouca qualificação da mão de obra. O ranking tem quatro pilares para mensuração dos resultados: per-formance econômica, eficiência do go-verno, eficiência dos negócios e infra-estrutura. São ao todo 338 critérios dos quais dois terços são relacionados a in-formações estatísticas (os indicadores usados referem-se a 2013) e um terço é elaborado a partir de questionários com empresários. A pesquisa mostra que o Brasil

manteve no ranking de 2014 uma má performance em itens como: infraes-trutura, considerada precária; abertura da economia, avaliada como pequena por Braga e ruim para o crescimento do país; e pela sua estrutura institucio-nal-regulatória, tida como ineficiente. Entre outros problemas do país tam-bém está o "aumento significativo de preços". Em relação à eficiência do go-verno, o Brasil está desde 2011 entre os cinco piores países, por não apre-sentar "simplificação nas legislações trabalhistas e no sistema regulatório". Pesam desfavoravelmente também a alta carga tributária direta e indireta e as taxas de juros de curto e longo pra-zos que desestimulam o investimento na produção. "A redução do custo de se

fazer negócios no Brasil deveria ser prioridade do governo, deveria ha-ver formas de reduzir burocracia, de aumentar a transparência e com isso reduzir a possibilidade de corrupção. São coisas que deveriam estar no topo da agenda do governo", diz Braga. A maioria dos países emer-gentes apresentou uma piora em rela-ção à sua classificação no ano anterior na pesquisa. De acordo com Braga, além de ter ocorrido uma melhora relativa de economias centrais da Eu-ropa (como Alemanha) e do Japão, houve um crescimento econômico menor dos emergentes que explicam essa deterioração. Segundo o ranking, o melhor país em competitividade são os Estados Unidos (que já lideravam em 2013), seguido pela Suíça, Cinga-pura e Hong Kong.

Em quatro anos, o país perdeu 16 posições. Em 2010, quando a pesquisa avaliava 58 países, como com-paração, o Brasil ocupava o 38º lugar.

Em2014

Fonte: World Competitiveness Yearbook 2014

Em2014

Movimento em relação a 2013

Movimento em relação a 2013

Estados Unidos 1º 0Suíça 2º 0Cingapura 3º +2hong Kong 4º -1Suécia 5º -1Alemanha 6º +3Canadá 7º +3Emirados Árabes 8º 0Dinamarca 9º +3Noruega 10º -4

As 10 aconomias mais competitivas

Colômbia 51º -3Africa do Sul 52º +1Jordânia 53º +3Brasil 54º -3Eslovênia 55º -3Bulgária 56º +1Grécia 57º -3Argentina 58º +1Croácia 59º -1Venezuela 60º 0

11www.expressaoms.com.br

Radar Econômico Brasil

Indústria e agronegócio querem mais briga na OMC

O setor privado identificou 18 violações de regras inter-nacionais que têm prejudi-cado a venda de produtos

brasileiros no exterior e podem ser contestadas na Organização Mundial do Comércio (OMC). A lista de travas comerciais passíveis de questionamen-to inclui restrições sanitárias a carnes, barreiras técnicas à madeira e ao eta-nol, subsídios à agricultura que distor-cem preços de commodities no merca-do global e a exigência de declarações juradas de importação na Argentina. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que fez o levanta-mento com base em diagnósticos de associações setoriais e pesquisa da

própria equipe técnica, está na hora de o governo brasileiro adotar uma postu-ra mais agressiva nos tribunais da OMC e partir para o ataque contra países que têm abusado de práticas desleais de comércio. O gerente-executivo da uni-dade de comércio exterior da CNI, Diego Bonomo, afirma que boa parte das barreiras não é nova e nem pode ser atribuída à onda de protecionismo causada pela crise mundial. Mas antes, segundo ele, muitos obstáculos eram tolerados pelos empresários porque as commodities estavam em alta e os mercados - interno e externo - se man-tinham aquecidos. "Como não há mais crescimento forte da economia global,

as barreiras ficaram mais salientes, pas-saram a incomodar mais", afirma. Desde 1995, quando a OMC ganhou seu formato atual, o Brasil já levou 26 disputas ao órgão de solu-ções de controvérsias em Genebra e tornou-se o quarto maior usuário do mecanismo. Bonomo nota que na úl-tima década, entretanto, houve uma pisada no freio e apenas cinco casos foram denunciados à entidade. A CNI cobra a retomada de uma postura mais ofensiva. "Para abrir mercados aos nos-sos produtos, os contenciosos têm que andar lado a lado com negociações de acordos comerciais. A estratégia de su-cesso é fazer um mix entre essas duas ações. Nós já temos tradição e experi-ência na OMC. Só precisamos usá-las novamente a nosso favor." O último foi apresentado con-tra o Japão, na última semana de abril, por subsídios dados pelo governo asi-ático à fabricação e à exportação de jatos que concorrem com aeronaves da Embraer. Por enquanto, ainda é um pedido de consultas, de esclarecimen-tos. Para tornar-se um "painel", o país precisa declarar-se insatisfeito e pedir arbitragem da OMC, a fim de resolver a disputa. Outros 17 casos estão na mira dos empresários. Um deles envolve barreiras sanitárias da Indonésia à car-ne de frango brasileira sem amparo, na visão dos produtores, de estudos científicos ou análises de riscos con-sistentes. O vice-presidente de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, acusa a Indonésia de fazer exigências além das previstas no Codex Alimentarius (código internacional de padrão dos alimentos) e tem a expectativa de que essas barreiras possam ser contestadas pelo governo brasileiro na OMC ainda neste ano. Segundo o executivo, a Câ-mara de Comércio Exterior (Camex) já deu aval à ofensiva e o setor privado contratou a consultoria Barral MJorge para formular "mais de 200 questiona-mentos e pedidos de explicações" ao governo asiático. "Os trabalhos devem ser finalizados até o fim de junho", diz Santin, garantindo que o Itamaraty tem atuado em parceria com a ABPA no assunto.

Diego Bonomo, gerente-executivo da CNI.

Foto

: Div

ulga

ção

12 www.expressaoms.com.br

Agronegócio representou 45% dasexportações no primeiro trimestre

Preço do bezerroregistra valorrecorde em MS

O agronegócio brasileiro iniciou 2014 com avan-ço das exportações e, no primeiro trimestre, produtos agropecuários representaram 45% do faturamento obtido com tudo que foi exporta-

do pelo País. Esse dado faz parte do relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, divulgado em maio. O levantamento também mostra que o fatura-mento das exportações do agronegócio em moeda nacio-nal aumentou 9% no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2013. Em dólares, contudo, o faturamento baixou 1,4%, já que os preços, também em dólares, recuaram 4,8% no comparativo dos primeiros trimestres. O volume exportado de soja mais que dobrou no comparativo trimestral (101, 27%); houve bons aumentos também nas vendas de carne bovina (21,92%), óleo de soja (20,79%), café (10,5%), farelo de soja (12,20%), madei-ra (10,76%) e celulose (5,43%). Por outro lado, as exporta-ções de etanol diminuíram 46,45% e as de açúcar, 8,71%.

Já os preços em dólar caíram para quase todos os produ-tos. As exceções foram frutas, com aumento de 12,5%, e farelo de soja, com 0,93%. Com a ajuda do câmbio, no entanto, carnes suína e bovina, suco de laranja, soja em grão, etanol, celulose e madeira saíram do negativo quando se analisam os preços médios em reais. Para os próximos meses, pesquisadores do Cepea esperam aumento nas quantidades exportadas, principalmente dos produtos da soja. Quanto aos preços de exportação, há incertezas. A equipe reitera que a de-manda por alimentos deve continuar fi rme mesmo com a redução no ritmo de crescimento da economia chinesa, principal parceiro comercial do Brasil. Do lado da oferta, os pesquisadores lembram que eventos climáticos já impactaram a safra brasileira no iní-cio de 2014, reduzindo a disponibilidade dos produtos ex-portados e que, nos Estados Unidos, a safra também pode ser afetada por adversidades climáticas, o que diminuiria a oferta mundial de produtos agrícolas para este ano e po-deria elevar os preços externos. (Fonte: Agrolink)

O Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (parcial até o dia 21 de maio) divulgou que o valor do bezerro animal nelore (de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) foi de R$ 1.051,23. Esse preço atingiu o recorde do Cepea (Cen-tro de Estudos Avançados em Econo-mia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em 2000 – os valores foram defl acionados pelo IGP-DI de abr/14. Até então, o maior valor real havia sido verifi cado em julho de 2008, quando a média do Indicador foi de R$ 1.026,69. No último mês, especifi camen-te, a demanda por parte de confi nadores impulsionou o aumento nos preços do bezerro.

Radar Econômico Brasil

Para os próximos meses, pesquisadores do Cepea esperam aumento nas quantidades exportadas, principalmente dos produtos da soja.

Foto: Yuri Spazzapan

13www.expressaoms.com.br

De janeiro a abril deste ano, a receita com as exporta-ções de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul ultrapassou a casa de US$ 1 bilhão, totali-zando, no período, US$ 1,061 bilhão, montante 1%

superior ao registrado no mesmo momento do ano passado, quando o montante foi de US$ 1,050 bilhão, conforme levan-tamento do Radar Industrial da Fiems. No entanto, os valores ofi ciais das exportações de minérios de ferro e manganês dos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano ainda não foram disponibilizados na base de dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior). Por outro lado, consultas realizadas com as empre-sas do segmento de mineração em Mato Grosso do Sul indi-cam que as exportações dos produtos mencionados alcan-çaram, no período indicado, o equivalente a 1,2 milhão de toneladas e, deste modo, a receita adicional estimada alcan-çaria o equivalente a US$ 96,6 milhões, o que elevaria o mon-tante para US$ 1,157 bilhão. “As exportações de Mato Grosso do Sul vêm sinalizando a forte demanda mundial por produ-tos industrializados, decorrente do agronegócio no mundo. O Estado continua benefi ciando-se disso, tendo como prin-cipais importadores a China, a Argentina, a Itália e a Rússia, países que estamos acompanhando a performance”, avaliou o diretor-corporativo da Fiems, Jaime Verruck.

Principais Responsáveis

Principais Responsáveis Ele acrescenta ainda que a exportação de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul teve um forte cresci-mento nos segmentos de “Celulose e Papel” e do “Complexo

Com receita equivalente a US$ 333,6 milhões, abril de 2014, registrou o melhor resultado já alcançado para o mês e o quarto melhor resultado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul. Atrás somente dos meses de setembro de 2011, ju-lho e setembro de 2013 com US$ 366,0, US$ 354,4 milhões e US$ 350,2 milhões, respectivamente. Quando comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale res-saltar que de janeiro de 2010 até agora foram registradas 43 quebras de recorde nas receitas de exportação. O que equivale a dizer que o recorde para o mês, ao longo desse período, foi quebrado em 82,7% das vezes. De janeiro a abril de 2014 as maiores evoluções ocorreram, principalmente, nos grupos “Complexo Carne”, com receita de US$ 382,58 milhões e crescimento de 14,9%, e “Papel e Celulose”, com faturamento de US$ 364,25 mi-lhões e alta de 22%. Também apresentaram bons desempe-nhos os grupos “Óleos Vegetais”, com receita de US$ 86,45 milhões e elevação de 51,6%, “Couros e Peles”, com ganho de US$ 67,87 milhões e salto de 35%, e “Alimentos e Bebi-das”, com lucro de US$ 8,10 milhões e aumento de 101,2%. (Fonte: FIEMS)

Complexo carne continua liderando a

receita no Estado.

Carnes” nos primeiros quatro meses deste ano. “O Complexo Carnes, entretanto, foi o principal produto de exportação, superando, em termos de receita, a celulose, o que pode indicar que durante o ano haverá uma disputa entre esses dois grupos”, avaliou, completando que um dos grupos que aguarda recuperação ao longo do ano é o de açúcar.

Exportação de industrializados noestado já ultrapassa US$ 1 bilhão no anoOs grupos “Complexo Carne” e “Papel e Celulose” continuam lideran-do a receita das vendas externas de MS

Radar Econômico MSFoto: Divulgação

14 www.expressaoms.com.br

Radar Econômico MS

ADM aponta MS comoestado estratégico

Com investimentos de quase R$ 600 milhões, o grupo norte-americano Archer Daniels Midland Company (ADM), uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, inicia ainda neste mês de

junho em Campo Grande a construção da segunda unida-de industrial de proteínas de soja do mundo – a primeira fica nos Estados Unidos, onde o grupo foi fundado no início do século XX. A cerimônia de lançamento da Pedra Fundamen-tal foi realizada na segunda-feira (2) ao lado da primeira unidade (de esmagamento de soja) da companhia no Esta-do, com a presença do governador André Puccinelli, do pre-feito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP), de empresários e executivos da ADM. A produtora de óleos vegetais (ex--Copasa, do grupo Zahran) foi adquirida em 1997 e produz

atualmente 1.800 toneladas/ano. Ao lançar a pedra fundamental da nova planta, no Núcleo Industrial, o presidente da ADM Global Juan Luciano disse que o grupo escolheu Mato Grosso do Sul para inves-tir pela sua infraestrutura de logística, capacidade e voca-ção para a produção de matéria prima, a força de trabalho e a parceria com o governo estadual, citando os incentivos fiscais e as condições favoráveis de transporte e logística. “Essa combinação de fatores foi o diferencial, nos deixando numa situação confortável para ampliar os negó-cios na região”, disse Juan Luciano, acrescentando que con-tribuiu para a aprovação da nova planta a proximidade do Estado com o mercado da América Latina, a rápida resposta do Estado quanto aos procedimentos burocráticos (licenças ambiental e de instalação) e a mão de obra qualificada.

Empresa vai construir a segunda unidade industrial de proteínas de soja do mundo

Foto

: Div

ulga

ção

15www.expressaoms.com.br

16 www.expressaoms.com.br

MS cresceu quase300% em oito anosProdução da safra 2014/2015 deve ter leve alta, mas a política do Governo Federal sobre o etanol por causa da gasolina, tem prejudicado as usinas no Estado

Cícero Faria

Cana de Açúcar

Até o ano passado, o setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul andou na con-tramão de outras regiões,

porque, apesar de sofrer os mesmos efeitos de tradicionais áreas de produ-ção de açúcar e etanol, o Estado fina-lizou investimentos na implantação de novas unidades produtoras, inclusive com cogeração de energia elétrica. De acordo com a Associação dos Pro-dutores de Bionergia (Biosul) hoje são 24 usinas em funcionamento no norte, leste e principalmente no centro-sul do Estado. Mas o cenário começou a mu-dar, com a crise instalada no setor in-dustrial por causa do preço do etanol,

17www.expressaoms.com.br

dentro da política do Governo Federal de contenção dos preços da gasolina, afetando diretamente a rentabilidade e o faturamento das usinas. E o mesmo se abateu em Mato Grosso do Sul. A atividade de usinas no es-tado começou em 1978, mas somente a partir de 2006 apresentou um forte crescimento, diante da oferta de áre-as para o plantio de canaviais, grande parte dela em cima de pastagens de-gradas ou subaproveitadas e mesmo em terras agrícolas, e do aporte de in-vestimentos, especialmente estrangei-ros, como ocorreu na região da Grande Dourados. Na região centro-sul do Esta-do operam 18 usinas sendo duas da

Adecoagro em Angélica e Ivinhema; Biosev, em Maracaju, Passa Tempo e Rio Brilhante; Monte Verde (Bunge), em Ponta Porã; Energética Vicentina; Fátima do Sul Agroenergética; DCOIL, em Iguatemi; Raízen, em Caarapó; São Fernando, em Dourados; Santa Luzia e Eldorado, em Rio Brilhante; Odebrecht Agroindustrial - Santa Luzia I, em Nova Alvorada do Sul; Laguna, em Bataypo-rã; Usina Aurora Açúcar e Álcool, em Anaurilândia; Tonon Bioenergia, em Maracaju; e Usinav, em Naviraí. Na safra 2013/2014 foram produzidas 44,1 milhões de tonela-das de cana em Mato Grosso do Sul. A atual temporada deverá crescer 6,76% frente a anterior, passando para 44,3

milhões de toneladas, segundo a mais recente projeção da Biosul. Isso graças a incorporação de novas terras e a me-lhoria da produtividade da cana, afeta-da na safra passada por seca e geadas. Segundo o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, a área destinada à cultura da cana no Estado deve ser ampliada em 11,60%, passan-do de 724.137 hectares da safra passa-da para 808.142 ha. na nova. Também a qualidade da cana deve melhorar, prevê Hollanda. O indicador de açúca-res totais recuperáveis (ATR), deve pas-sar de 126,74 por tonelada para 130/t. O Estado é um dos mais mecanizados do Brasil, onde 97% da colheita é feita por máquinas colhedoras.

Foto

: Cíc

ero

Faria

Usina Nova América, em Caarapó.

18 www.expressaoms.com.br

Cana de AçúcarFo

to: D

ivul

gaçã

o

19www.expressaoms.com.br

Alta A produção de açúcar deve crescer, de acordo ainda com a esti-mativa da Biosul, 19,12%, passando de 1,368 milhão de toneladas para 1,630 milhão de toneladas. Já o eta-nol deve ter um aumento de 9,74%, subindo de 2,230 bilhões para 2,447 bilhões de litros. Desse total, 668,6 milhões de litros deverão ser de álcool anidro, ainda misturado na proporção de 25% a gasolina, e 1,779 bilhão de litros de hidratado, consumido pelos veículos flex. O setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul deve contratar 297 novos trabalhadores por ano en-tre 2014 e 2015, segundo estudo pre-parado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado (Fiems). O segmento deve ser o ter-ceiro da área industrial com o maior número de contratações nestes dois anos, ficando atrás somente da in-dústria de alimentos e bebidas, com média de 1.500 vagas/ano e da cons-

trução civil, com 757 novos postos de trabalho. Hollanda lembrou que o setor sucroenergético cresceu 285% nos últimos oito anos e o Estado pas-sou de sem expressão nessa área, para grande produtor de etanol e açúcar. Aproveitando o ‘boom’ da cana na região, Dourados passou a sediar permanentemente o Canasul (Congresso da Cana de Mato Grosso do Sul) em sua 8ª edição em 2014 e a 4ª Feira Agrometal de Mato Grosso do Sul acontecem no pavilhão de eventos Dom Teodardo Leitz. O congresso reú-ne especialistas do setor sucroenergé-tico em cursos, palestras e simpósios e a Agrometal é uma feira de máquinas, serviços e equipamentos para a indús-tria e o campo. Hoje operam em Dourados di-versas metalúrgicas que fazem reparos em carretas canavieiras; reboques; e em equipamentos industriais das usi-nas de toda a região. Algumas empre-sas se transferiram do Estado de São Paulo para atender o crescente merca-do de mão de obra especializada.

Foto

: Cíc

ero

Faria

Roberto Hollanda Filho, presidente da Biosul

20 www.expressaoms.com.br

O sócio-diretor da Fátima do Sul Agroenergértica, Celso Dal Lago Rodrigues disse à Expressão MS que o segmento sucroalcooleiro enfren-ta dificuldades por causa do preço do álcool, “cujo valor não cobre os custos de produção”. Além disso, há a capacidade ociosa das usinas por causa da demanda menor do pro-duto. “O preço do etanol é que está matando as usinas”, resumiu o em-presário, cuja indústria em Fátima do Sul esmaga 1,5 milhão de toneladas por safra e produz apenas o biocom-bustível. A usina São Fernando, em Dourados, por exemplo, está em re-cuperação judicial desde o ano pas-

sado, com dívidas superiores a R$ 1 bilhão, apesar de ter entrado em operação há cinco anos. Somente com bancos oficiais, são mais de R$ 500 milhões. Dal Lago frisou que toda essa situação “está desmotivando a entrada de novos investimentos na cana. E pior do que isso, segundo as informações do mercado, existem até multinacionais que operam em Mato Grosso do Sul e em outros Esta-dos que querem se desfazer de suas usinas devido a baixa rentabilidade”. De acordo com a União da Indústria da Cana de Açúcar (Única), que representa 130 usinas de açúcar e álcool, responsáveis por mais de

50% do etanol e 60% do açúcar pro-duzidos no Brasil, as cotações inter-nacionais do açúcar abaixo do custo de produção e a decisão de ‘segurar’ os preços da gasolina pelo Governo Federal são algumas das razões que levaram esse setor à crise, iniciada em 2008. Para o diretor da consultoria Datagro, Plinio Nastari, que esteve em maio em Campo Grande, atual-mente o segmento enfrenta uma sé-rie de adversidades (principalmente as de preços) que vão desde fatores climáticos, até a falta de mão de obra qualificada na operação de ma-quinário para plantio e colheita da cana.

CriseFoto: Cícero Faria

Vidros Temperados, Esquadrias de

alumínio, Box para Banheiro, Cobertura

em Policarbonato, Pele de Vidro e ACM

[email protected]

Cana de Açúcar

Preço do etanol prejudica as usinas, diz Celso Dal lago

21www.expressaoms.com.br

22 www.expressaoms.com.br

Empreendedorismo

Conexões quetrazem resultados

Faltando cerca de 60 dias para a 6ª. edição estadual da Feira do Empreendedor MS que é realizada pelo Sebrae, já é grande a movimentação no setor de ins-crições e o evento promete resultados positivos e

um público maior do que nas feiras anteriores. A Feira deste ano tem como tema “Conexões que Trazem Resultados” e a Revista Expressão MS entrevistou a coordenadora da fei-ra, Ligia Oisumi, que detalhou a programação e as novida-des para este ano. A 6ª. Edição da Feira do Empreendedor será realizada de 21 a 24 de agosto, das 14 às 22 horas, no pavilhão Albano Franco, em Campo Grande, com entrada gratuita. A idéia principal é promover o encontro dos se-tores de agronegócios, indústria, comércio e serviços, co-nectados para a realização dos melhores negócios. Na feira os visitantes poderão participar gratuitamente de cursos e palestras, obter orientação empresariais, informação sobre crédito, máquinas e equipamentos, franquias e oportuni-dades de negócios.A expectativa é de que mais de 30 mil pessoas visitem e participem do evento. A Feira do Empreendedor iniciou nacionalmente em 1992, tornando-se um dos eventos de maior sucesso no campo de empreendedorismo, com mais de 140 feiras rea-lizadas em todo o País e 1,9 milhão de visitantes. O público alvo são Potenciais Empreendedores (que pretendem abrir um negócio); Microempreendedores Individuais; Empresá-rios de Micro e Pequenas Empresas e Produtores Rurais.

ta de quase 30 mil pessoas, da Capital, do interior de Mato Grosso do Sul e de outros 11 estados brasileiros; além de países como Bolívia e Paraguai. Já em 2012, a Feira aconte-ceu na cidade de Dourados, levando oportunidades para a região sul do estado. Juntas, as três últimas edições rece-beram mais de 57 mil visitantes; realizaram mais de 70 mil atendimentos e 30 mil vagas em capacitações, com volume de negócios superior aos R$ 13 milhões. A Feira do Empreendedor 2014 é um evento pro-movido no Estado pelo Sebrae Mato Grosso do Sul em par-ceria com Amems, Banco do Brasil, Caixa Econômica Fede-ral, Faems, Famasul, Fecomércio, Fiems, Fundect, Seprotur e UFMS.

O Sebrae Mato Grosso do Sul é referencial de ex-celência quando se trata da Feira, que é realizada desde 2004 e foi eleita a melhor do Brasil nos circuitos de 2008 e 2010, segundo a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Com abrangência estadual, a edição de 2010 realizada na Capital, contou com a participação de 92% dos municípios de Mato Grosso do Sul – por meio de caravanas –, e recebeu mais 17 mil visitas ao site do evento. Em 2010, a Feira do Empreendedor recebeu a visi-

Mato Grosso do Sul

Como participar O credenciamento para a 6ª edição da Feira do Em-preendedor no Mato Grosso do Sul deve ser feito pelo site www.feiradoempreendedorms.com.br, o que dá o direito à entrada gratuita no evento para a visitação nos estandes de 150 expositores; evitando o enfrentamento de filas. Já as vagas para as palestras serão definidas a partir de 30 mi-nutos antes do início de cada uma, quando as salas serão abertas, conforme ordem de chegada. Segundo a gestora da feira, Ligia Oisumi, serão disponibilizadas 12.800 vagas em capacitações gratuitas através de 250 eventos; além de 150 empresas expositoras ofertando oportunidades em produtos e serviços, e ainda espaços temáticos com orien-tação direcionada e especializada. Já são esperadas mais de 87 caravanas de municípios do Centro-Oeste. Para a seleção dos expositores, realizada pela co-ordenação do evento, serão considerados aspectos como perfil da empresa e adequação dos produtos e serviços oferecidos ao mercado local. Ao todo, serão 114 stands vol-tados a empresas de diversos segmentos; entre agronegó-cio, indústria, comércio e serviços. “Assim como em outras edições, esperamos receber fabricantes de pequenas má-quinas e equipamentos; licenciadoras de marcas, produtos ou serviços interessadas em parcerias; até franqueadoras; startups na área de soluções digitais, empresas com opor-tunidades de negócios baseadas na tendência de sustenta-bilidade, entre outras”, disse a gestora.

Rose Rodrigues

23www.expressaoms.com.br

Foto

: Div

ulga

ção

Gestora da feira doempreendedor,

Ligia Oisumi

24 www.expressaoms.com.br

Empreendedorismo

Co-CriaçãoFacebook Outra novidade para este ano, conforme Ligia Oi-

sumi, foi a chamada Co-Criação, que envolveu entidades, clientes e colaboradores. O resultado foram alguns pontos inovadores da feira como o Estação MS, o túnel de entrada onde os visitantes terão uma visão em 360 graus de Mato Grosso do Sul, o balcão de atendimento, o setor para crian-ças - empreendedor mirim e o geração Y, para jovens pres-tes a entrar na faculdade, dentre outras novidades. Os micro empreendedores individuais também terão espaço na feira. Além das oficinas “SEI Empreender”, “SEI Controlar meu dinheiro”, “SEI Vender”, “SEI Comprar” e “SEI Planejar”, haverá serviços de orientação quanto à for-malização, emissão de Alvará Municipal, aprovação da Guia de Consulta, consulta de Certificado da condição de MEI, emissão dos boletos mensais de contribuição, declaração Anual de Faturamento (DAS); entre outras.

Equipe da rede social terá estande e vai ministrar palestra sobre como criar e administrar uma página para o próprio negócio. Em todos os dias da 6ª edição estadual da Feira do Empreendedor, interessados em divulgar as suas empresas no Facebook terão a oportunidade de aprender “colocando a mão na massa” com a própria equipe da rede social. Nas oficinas práticas “Facebook para Negócios” e “Facebook para Indústria” (esta especialmente direcionada ao setor no dia 23) os participantes aprenderão sobre o uso da ferramenta como solução de mídia e marketing; rece-bendo dicas sobre melhor maneira de divulgar a marca e alavancar os negócios através da criação e utilização ade-

25www.expressaoms.com.br

Parceria A iniciativa é fruto de uma parceria inédita firma-da em março entre o Sebrae Nacional e o Facebook, cuja meta é capacitar um milhão de empreendedores até o mesmo mês de 2015; uma das estratégias para alcançar este número é a participação nas Feiras do Empreendedor de 12 cidades brasileiras. Em comunicado à Imprensa, o diretor de Negó-cios para pequenas e médias empresas do Facebook, Pa-trick Hruby, destacou a importância da iniciativa e o fato de que oito em cada dez internautas brasileiros fazem uso da rede social. “É uma oportunidade única para que os empresários cheguem a seus consumidores.”

quada de páginas e anúncios. Os horários variam de acordo com a data do cur-so: 21/8, às 19 horas; 22/8, às 16 horas; 23/8, às 16h45; e 24/08 às 17h30. O Facebook contará ainda com um estande no evento, onde há a oportunidade de tirar dúvidas sobre como se destacar na rede, aumentar as vendas e fidelizar clientes. Quem desejar, também poderá criar a página da empresa com ajuda especializada. Já a confirmação para participar das oficinas e pa-lestras poderá ser feita no local a partir de meia hora antes do evento. Para o Facebook, são ao todo 120 vagas por dia (exceção da Indústria, com 60), preenchidas de acordo com a ordem de chegada.

Foto

: Div

ulga

ção

26 www.expressaoms.com.br

Especial Planos de Saúde

27www.expressaoms.com.br

No último mês de maio foi suspensa a comercialização de 161 planos de saúde aplicadas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) a 36 operadoras em todo o país. A proibi-ção de venda de planos é resultado das reclamações de consumidores que tiveram os prazos para consul-tas, exames e cirurgias descumpridos ou, então, coberturas indevidamente negadas aos usuários. Tanto em Três Lagoas, como em Campo Grande e todo o Estado, não houve planos de saúde desaprovados, mesmo assim, com a quantidade de empresas ins-taladas e os mais variados planos de

diversas regiões a ANS afirma que todos devem ficar atentos. De acordo com a agência, dos 161 planos, 132 estão sendo suspensos a partir de um ciclo de Monitoramento da Garantia de Atendimento e 29 permaneceram com a comercialização proibida, desde o ciclo anterior, por não terem alcançado a melhoria necessária para serem reativados. Entre as operadoras, 26 permane-ceram proibidas de comercializar seus produtos e 10 novas empresas entram na lista – oito delas têm planos suspensos pela primeira vez. As suspensões preventivas e reativações de planos são divulgadas a cada três meses. As sus-pensões de planos são resultado das 13.079 reclamações recebidas no perí-odo de 19 de dezembro de 2013 a 18 de março de 2014 sobre 513 diferentes operadoras.

O que seriasolução agoraé problemaCom altos preços e difícil resolutividade, os convênios tem causado muita insatisfação ao consumidor que conta com o serviço e muitas vezes não o tem de maneira efetiva. Filas de espera e não atendimento são apenas o começo dos problemas.

Sarah Minini

Foto

: Div

ulga

ção

28 www.expressaoms.com.br

Para verifi car o cumprimento da resolução, a ANS vem monito-rando os planos de saúde por meio de reclamações feitas em

seus canais de relacionamento. E, a cada três meses, publica um relatório. Em janeiro de 2013, o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anun-ciou a inclusão de novos critérios para suspensão, entre eles os casos em que os planos se negam a liberar o atendi-mento ao cliente, irregularidade na exi-gência de carência e não pagamento de reembolsos. São punidas com a suspen-são da venda todas as operadoras que atingiram, por dois trimestres con-secutivos, um índice de reclamação superior a 75% da mediana do setor apurada pela ANS. A punição dura três meses, até que um novo relatório seja divulgado. Atualmente em Três Lagoas há 35.908 pessoas credenciadas em planos de saúde. Numa população de 110 mil, ou seja, 32,64% da população possui plano de saúde no município. É possível notar o quanto o percentual é elevado se comparado a Campo Gran-de (MS), a capital do Estado, por exem-plo, com uma população que passa dos 800 mil, apenas 210 mil pessoas possuem plano de saúde. Em Doura-dos a população é de mais de 200 mil e a quantidade de pessoas com plano é de 57 mil. Ou seja, bastante inferior a proporção de Três Lagoas. O alto número tem causado transtorno. Pois essa parcela da popu-lação acaba não conseguindo ser aten-dida por seus planos e necessitando do SUS (Sistema único de Saúde) ou pagando consultas particulares. Este é um problema enfren-tado pela jornalista Joice Alves Dias de 30 anos, segundo ela, o plano que sua família utiliza tem sido semelhante ao atendimento SUS, muita espera e consultas extremamente rápidas. “Os médicos sequer levantam os olhos do receituário. Parece que prescrevem re-médios por premonição”, diz. O descontentamento dos mé-

dicos com os planos de saúde é um dos argumentos de Joice para entender o porquê de um atendimento defi citário, o que refl ete gravemente nos pacien-tes. “Percebo que eles decidiram que não querem mais atender pelos planos em Três Lagoas. Alegam que a tabela de recebimento é baixa e por outro lado a cidade cresce e a população au-menta a cada dia, então eles têm uma grande oferta de pacientes particula-res, o que acaba se tornando mais ren-tável”, afi rma. Conforme pesquisa feita pela redação da Revista ExpressãoMS a média de preços de consultas particu-lares no município é de R$ 280, com desconto de planos funerários esse valor cai para R$ 230 ou R$ 250. E es-ses são os preços que a jornalista tem dispensado em seus tratamentos mé-dicos mesmo pagando mensalmente o plano de saúde que é vinculado a sua empresa e, portanto, descontado dire-tamente da folha de pagamento. Com dois fi lhos e o marido, Joice afi rma que no último mês gastou R$ 1700 reais de consultas médicas, mais R$ 250 em medicamentos. “É um desespero porque, com o plano pen-samos que estamos bem assistidos, e claro que a gente nunca quer usar, por-que não queremos fi car doentes, mas quando precisamos simplesmente nos percebemos sem chão, porque não so-mos bem atendidos”, afi rma. Joice pensa em solicitar à em-presa onde trabalha o cancelamento do plano e fazer uma poupança saúde. “Eu agora, por exemplo, faço um tra-tamento médico e pouco estou tendo assistência do plano, e tenho fi lho pe-queno, criança sempre precisa de aten-ção médica, mas não conseguimos e estamos quase sempre recorrendo ao UPA (Unidade de Pronto Atendimen-to), o que é ruim também, porque na verdade deveríamos estar usando o serviço do plano, e sobrecarregamos um outro sistema, que embora tam-bém tenhamos direito, se tivéssemos o nosso recurso efetivo, diminuiríamos a demanda do SUS”, diz.

Outra situação foi a vivencia-da pelo advogado Clayton Mendes Moraes em que sua mãe Tereza da Silva Moraes de 66 anos, correu risco de morte por diversas vezes. “Precisei levar a minha mãe no médico aqui de-vido a problemas cardíacos. Chegando no hospital, o médico me orientou e fez um encaminhamento para que eu a levasse a Campo Grande, pois em Três Lagoas na ocasião não havia os recur-sos necessários. Então, o plano de saú-de não autorizou o encaminhamento. Após muitas brigas, inclusive na justi-ça, consegui”, explica. Mas a luta de Moraes só esta-va começando. Ao chegar no Hospital da Capital, o médico solicitou uma ci-rurgia e fez o encaminhamento para o Incor em São Paulo, onde ela teria que fazer um procedimento cirúrgico bas-tante delicado e novamente o plano não autorizou. Para que sua mãe tives-se o tratamento adequado, o advoga-

Como funciona

Especial Planos de Saúde

29www.expressaoms.com.br

do levantou o valor de R$ 224 mil para pagar o tratamento, para depois entrar com os meios legais para reaver o di-nheiro. “Com vergonha, consegui pri-meiro a parte dos médicos e pouco a pouco fui pagando o restante, mas en-trei sim com liminar para reaver todo o dinheiro e consegui vencer na Justiça. Só dentro do Incor foram 93 dias de agonia, em saber que temos o pla-no e não conseguirmos a assistência médica necessária, tendo que buscar recursos, num momento em que não queremos ter problemas. Fico sempre pensando nas pessoas que contam com o plano de saúde e não tem meios de buscar outros recursos para garantir um bom atendimento”, afirma. O pecuarista Marcos Leonardo Souza da Costa Moura precisou mover uma ação de indenização por danos morais e materiais contra a Unimed Três Lagoas Cooperativa de Trabalho

Médico LTDA. A sentença aponta que Moura solicitou alguns pagamentos pelo plano e não teria sido atendido de forma integral, já que precisou dos pri-meiros socorros fora da área de Três La-goas. Toda a conta foi R$ 1.034.104,60, a Unimed cobriu, conforme sua tabela, o valor de R$ 368.436,20 e foi senten-ciada a cobrir o restante mais corre-ções. De acordo com a sentença do juiz Renato Antonio de Liberali, do Tribunal da Justiça de Mato Grosso do Sul, na ação o pecuarista afirma que so-freu acidente no dia 23 de novembro de 2012 e, quando socorrido foi levado à Jaú (SP), mas devido ao risco de mor-te foi levado para a Capital paulista e, no Hospital Sírio Libanês de São teria sido submetido ao reimplante do bra-ço esquerdo. A cirurgia incluía alterações estéticas e não recuperou as funções do membro. Na ocasião, correu ris-

co de morte várias vezes; porém, a Unimed só teria arcado com parte do tratamento, já que para viabilização do tratamento pediu para que Moura adiantasse e que depois o reembolsa-ria. Neste caso, de acordo com a sentença, foi solicitada a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, so-licitando a indenização por danos mo-rais, danos emergentes (remanescente do valor que desembolsou, ou seja, R$ 669.791,51) e lucros cessantes (em R$ 12.135,00 por ter vendido uma pro-priedade rural para arcar com os custos hospitalares). A Unimed se defendeu afir-mando que não é obrigada a reem-bolsar despesas efetuadas em hospital não conveniado, já que a hipótese não está prevista. Em qualquer situação de atendimento, emergencial ou não, são ressarcidos apenas os valores da tabela Unimed; a escolha do hospital não conveniado foi livre dos familiares e, não houve consulta prévia quanto a cobertura dos custos; somente teve conhecimento dos fatos com o pedido de restituição dos valores pós aciden-te, quando foram procurados pela fa-mília de Moura. Mesmo assim a diretoria da Unimed teria decidido que a alternati-va seria efetuar o pagamento e solicitar o reembolso e, que ele ocorreria con-forme as tabelas. As contas apresenta-das foram auditadas e os pagamentos foram efetuados. A diretoria ainda afir-ma que teve a notícia de que a família estava contente com a forma que as negociações foram conduzidas. O Gerente Geral da Unimed Três Lagoas afirma que as Unimed´s são independentes entre si e, cada uma delas possui regras próprias; a Unimed Paulistana tem convênio com o Hospi-tal Sírio Libanês, e mensalidade é de R$ 4.630,00 (casal) e, a Unimed local a mensalidade é de apenas R$ 767,08 (o casal); em ambas há o reembolso de despesas mas apenas conforme a tabe-la de cada plano contratado. “Ante o exposto e tudo o que mais dos autos consta, julgo parcial-mente procedentes os pedidos iniciais, para o fim de condenar a Requerida Unimed ao pagamento do valor rema-nescente do reembolso das despesas médicas e hospitalares em favor do Requerente, no valor de R$ 665.668,40 (R$ 1.034.104,60 - R$ 368.436,20)”, em decisão do juiz.

Foto: Yuri Spazzapan

Jornalista Joice Alves Dias

30 www.expressaoms.com.br

Especial Planos de Saúde

Antônio João de Carvalho, Presidente da Associação dos Médicos de Três Lagoas.

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

31www.expressaoms.com.br

"Medicina não é umaprofissão diferente,mas diferenciada"

Atualmente o corpo mé-dico de Três Lagoas é composto por aproxi-madamente 150 profis-sionais. Destes pelo me-nos 70 fazem parte do

corpo da Unimed, por exemplo, plano mais utilizado no município devido a grande quantidade de empresas que não tem suprido a demanda, optando por pacientes particulares. A resposta dos médicos sobre isso é a baixa re-muneração por parte dos planos de saúde e uma pressão muito forte da comunidade que utiliza o serviço. “O médico é visto como alguém diferente, mas na verdade deveríamos ser vistos como pessoas diferenciadas, que fez um grande investimento em uma for-mação que presta serviço de saúde às pessoas. A medicina não é um sacer-dócio, nós médicos somos casados, temos filhos e obrigações de uma casa como todas as pessoas e precisamos ser uma empresa rentável como qual-quer outra. Nossos filhos também fa-zem faculdade”, aponta do médico e terapeuta Antônio João de Carvalho, presidente da Associação dos Médicos de Três Lagoas. Para Antônio João, os proble-mas referentes a diminuição de médi-cos que se disponibilizam a atender pelos planos de saúde trata-se simples-mente de uma prioridade de venda de serviço. Porque os médicos também precisam se prover. “Temos consultório e com isso contas a pagar: água, ener-gia, telefone, reformas, material de es-critório, secretária, etc. São custos fixos e atendendo as consultas pelo plano de saúde utilizamos a nossa estrutura que não paga o valor investido”, diz. A tabela estabelecida atual-

mente pelos planos de saúde por con-sulta, segundo o médico, é em média de R$ 70, o que representa menos de 30% da remuneração particular. “ou seja, nem de longe cobre os custos e a medicina tem que ser de boa quali-dade, independentemente do paga-mento e portanto, não vejo como uma negação dos médicos ao atendimento de consultas particulares, mas uma priorização de trabalho”, explica. O médico ainda coloca que este é mais um problema dos planos de saúde do que dos médicos, já que os planos de saúde repassam valores “muito aquém da realidade médica”. “E já existe uma pressão forte da comuni-dade que utiliza o serviço de planos de saúde. Porque muitos dos procedimen-tos solicitados pelas pessoas não cons-tam no seu tipo de plano, que quando negado, esse usuário solicita na justiça e consegue ora o atendimento, ora re-aver o dinheiro investido, o que acaba prejudicando o caixa dos planos e isso respinga nos médicos que é a forma de economia dos planos: a baixa remune-ração dos médicos tanto da consulta como dos procedimentos laborato-riais”, complementa.

O universo do médico dentro dos planos de saúde, é um local de credenciamento e portanto, possuem um cliente certo, mas a medida que a demanda de pacientes aumenta os médicos tem diminuído a quantidade de pessoas pelo plano. Há médicos que atendem até três pessoas com plano por dia, mas se existe um retorno neste dia de alguém com plano, uma “vaga” já foi extingui-da e então restam apenas mais duas oportunidades de atendimento dia, o que torna a lista de espera altíssima para pacientes com convênio, ao con-trário do atendimento particular. Deste modo, Antônio João analisa que em consultório o médico não tem a obrigação de atender, por-que não há urgência. O “cliente” pode esperar, ou até procurar um outro mé-dico que atenda com mais rapidez, é uma questão de escolha. “Se o pa-ciente quer um médico específico e a agenda dele está lotada, ele tem que esperar. Eu entendo que a consulta no consultório não tem caráter de urgên-cia. Óbvio que atendimentos de urgên-cia e atendimentos e procedimentos de hospitais os médicos tem que dar o atendimento e prioridade”, diz. Para Antônio João esse é um problema longe de ser resolvido por-que esbarra na precariedade da saúde no Brasil como um todo. Hospitais sem estrutura, falta de boas universidades, população que não sabe utilizar corre-tamente os serviços dispensados pelo SUS, etc. Mas é importante sim, discu-tir por meio de fóruns para buscar cada dia mais soluções que atendam o tripé: plano de saúde, usuários e médicos. “Lidamos com limites, vida e morte e não podemos prometer algo às pesso-as. Somos apenas médicos”, conclui.

"Não vejo comouma negaçãodos médicosao atendimentode consultas parti-culares, masuma priorizaçãode trabalho"

32 www.expressaoms.com.br

O problema do atendi-mento em saúde no Brasil é uma discussão de longa data. Buscan-do ofertar atendimen-to de melhor qualidade

e maior conforto, surgiram os planos de saúde, que com o decorrer dos anos, também apresentam por parte do consumidor e dos médicos que atu-am, certa insatisfação. Sobre isso o gerente da Uni-med de Três Lagoas, Jurandir Bertalli, explica que o problema afeta o Brasil inteiro. O governo por intermédio da Agência Nacional de Saúde Suplemen-tar – ANS, atribui periodicamente aos Planos de Saúde, novas responsabili-dades, onerando o setor de forma pre-ocupante. Além disso, existe outro fator que vem sendo chamado de “Judicia-lização dos Planos de Saúde”. A for-ma e os limites de cobertura a serem ofertados em contrato aos clientes são estabelecidos pela ANS, através da Lei 9656/98 e sua regulamentação. Entretanto, é comum a solicitação por médicos, de serviços e/ou materiais e medicamentos que não estão pre-vistos na legislação. Ao se depararem com a negativa da Operadora de Pla-nos de Saúde, o cliente aciona a justiça que quase sempre dá parecer favorável gerando assim, custos não previstos no orçamento das Operadoras. Com rela-ção à reclamação dos médicos refe-rente às tabelas de preços pagas pelos planos de saúde, Bertalli afi rma que os preços são elaborados conjuntamente por diversos setores da saúde no Brasil, incluindo a Associação Médica Brasilei-ra. Ao ser questionado, o geren-te disse que se preocupa com o cres-cimento das reclamações dos clientes em não conseguir atendimento em algumas especialidades médicas den-tro do prazo estabelecido pela ANS. “A insatisfação do cliente é um fator altamente negativo à imagem da Ope-radora de Plano de Saúde, sem contar com a possibilidade de punições que poderão ser impostas pela ANS”, diz.

Bertalli complementa que a cooperati-va possui uma ampla lista de médicos de diversas especialidades. A garantia do atendimento dentro do prazo es-tabelecido deve ser oferecida dentro da especialidade. O que acontece com certa frequência, são escolhas por “mé-dicos específi cos”. Ao reclamar, no en-tanto, o cliente omite tal fato, levando os órgãos de defesa do consumidor a um entendimento equivocado. “Apesar de algumas difi cul-dades, a Unimed Três Lagoas tem conseguido atender à demanda. Tan-to é verdade que não entramos para as listas das operadoras com “planos com comercialização suspensa” para readequação de serviços, divulgadas

Convênios têm assumido muita responsabilidadeperiodicamente pela ANS”, comenta. “É conveniente lembrar que a Unimed é uma cooperativa. Desta forma, os mé-dicos associados são os donos, e não simplesmente conveniados. Creio que esta conscientização por parte dos mé-dicos tem feito a diferença”. Bertalli também argumenta que a ANS é extremamente rígida em alguns aspectos com as Operadoras de Plano de Saúde, quando na verdade seu papel seria defender tanto os inte-resses do consumidor como também dos planos de saúde. “Em certa oca-sião, ao ser questionada sobre uma de-cisão Judicial que confl itava com suas normas, a ANS respondeu que não in-terfere em tais questões”.

Especial Planos de Saúde

Gerente da Unimed de Três Lagoas, Jurandir Bertalli

Foto: Yuri Spazzapan

33www.expressaoms.com.br

Monitoramento de Planos O monitoramento da garan-tia de atendimento utiliza como base todas reclamações referentes a pro-blemas assistenciais que chegam aos canais da ANS, como o rol de procedi-mentos, período de carência dos pla-nos, rede de atendimento, reembolso e autorização para procedimentos. Essas reclamações devem ser solucio-nadas pelas operadoras em até cinco dias úteis, a partir do momento que as queixas são registradas na Agência. Na sequência, o consumidor tem 10 dias úteis para informar se o seu problema foi ou não resolvido. “Este monitoramento é uma ferramenta permanente de indução de mudança de comportamento das operadoras. O corpo de fiscalização tem observado nas visitas às empresas a preocupação em tratar a reclamação dos beneficiários cada vez com mais zelo porque sabem que estão sendo cobradas pela Agência. É importante lembrar que essa é uma medida caute-lar que tem como objetivo proteger os usuários dos planos de saúde”, ressal-tou o diretor-presidente da ANS, André Longo. Na prática, esse processo pro-picia maior agilidade na resolução dos problemas assistenciais dos 50,3 mi-lhões de consumidores de planos de assistência médica e 20,7 milhões em planos apenas odontológicos do país. Desde 2011, quando foi criado, o pro-grama de Monitoramento da Garantia de Atendimento já suspendeu preven-tivamente 868 planos de 113 operado-ras. Ao longo dos nove ciclos, houve a reativação de 705 planos de saúde, que melhoraram o atendimento ao consumidor.

Como buscar soluções a respeito do seu Plano de Saúde Conforme levantamento do Sindec (Sistema Nacional de Defesa do Consumidor) foram registrados 36 aten-dimentos dentro do órgão do Procon de Três Lagoas desde sua implantação (01/01/2009 à 26/05/2014) referente a planos de saúde.

Conforme Lillian Campos, res-ponsável pelo Procon de Três Lagoas, as operadoras registradas sucessivamente foram: Cassems, Unimed Três Lagoas/MS, Unimed Paulistana/SP, Fundação Cesp e outras. As reclamações são re-ferentes a cobrança de multa acima do

permitido pela legislação, descreden-ciamento, descumprimento de garantia pelo convênio médico (guia), não cum-primento a oferta, negativa de cobertu-ra, abrangência, reembolso, problemas com emissão de carnês, reajuste anual com percentual elevado, recusa/mau

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

34 www.expressaoms.com.br

EXPRESSÃOOMS

www.expressaoms.com.br

Grande Vencedor do Interior1º Lugar mídia impressa1º Lugar Fotojornalismo2º Lugar Internet

Parabéns à equipe Expressão MS, grandevencedora do 4º Prêmio de JornalismoMS Industrial da FIEMS, categoria interior.

atendimento, rescisão/substituição/al-teração de contrato de saúde, Acesso ao SAC, cancelamento de serviço via SAC, qualidade do atendimento via SAC, ven-da enganosa. A chefe do Procon esclarece que em caso de dúvidas ou problemas com o seu plano de saúde, o consumi-dor pode reclamar em um dos canais de atendimento do órgãos de defesa do consumidor do Procon de Três La-goas/MS e também pode fazer sua re-clamação na ANS no site www.ans.gov.br. “O Procon atua por meio dos canais de atendimento pessoalmente realiza-dos pelo Procon/TL e também através de reclamações de ofi cio originadas por denúncias”, diz. Lillian também explica que quem deve respeitar esses prazos é a operadora de planos de saúde. Isso signifi ca garantir acesso em pelo me-nos um prestador de serviço de saúde

habilitado para prestar o atendimento solicitado no prazo legal, e não necessa-riamente a um profi ssional ou estabele-cimento de saúde específi co escolhido pelo usuário. Portanto, se o profi ssional de saúde ou a clínica, laboratório ou hospital de escolha não puder atender dentro do prazo estipulado pela ANS, e for escolha ser atendido somente por este ou aquele profi ssional ou estabele-cimento, é necessário aguardar o perío-do estipulado. “Caso você abra mão de ser atendido por este prestador de servi-ço de saúde, a operadora do seu pla-no deverá indicar outro profi ssional ou estabelecimento de saúde para re-alizar o atendimento dentro do prazo defi nido na norma. Para isso, o plano deve oferecer um número de profi s-sionais e serviços coerente com o perfi l e a quantidade de seus benefi ciários”, comenta. Além disso, a operadora que

comercializa o plano deve planejar a expansão de sua rede conveniada de forma a atendê-los. A norma, portanto, não interfere na autonomia do médico ou de qualquer outro profi ssional de saúde quanto à marcação de consulta e ao gerenciamento de sua agenda. “Caso não consiga agendar o atendimento que precise, inicialmen-te, você deve entrar em contato com a operadora de seu plano de saúde e solicitar que ela efetue o agendamen-to. A operadora deverá fornecer um número de protocolo e providenciar o atendimento”, diz. Feito isso, se mesmo assim a operadora não efetuar o agen-damento dentro do prazo estabeleci-do pela norma, é necessário fazer uma denúncia à ANS e no Procon/TL ende-reço sito: Av. Capitão Olinto Mancini, nº 2462, bairro Jardim Primaveril, Edifício Erpe, 1º andar, Três Lagoas/MS das 07h às 13h.

Especial Planos de Saúde

R. Paranaíba, 990 - Centro - Três Lagoas, MS

Tel. (67) 3521.0055

Ser cabeleireiro vai além decortar, tingir ou pentear. É criar,transmitir e emocionar.

R lfeaCABELEIREIROS

35www.expressaoms.com.br

EXPRESSÃOOMS

www.expressaoms.com.br

Grande Vencedor do Interior1º Lugar mídia impressa1º Lugar Fotojornalismo2º Lugar Internet

Parabéns à equipe Expressão MS, grandevencedora do 4º Prêmio de JornalismoMS Industrial da FIEMS, categoria interior.

36 www.expressaoms.com.br

A Culpa não édos MédicosForma de reajustes dos planos coletivos e individuais, regulados pela ANS, pode ser um dos grandes problemas do setor.

Especial Planos de Saúde

Foto: Graça Mougenot

Rose Rodrigues

37www.expressaoms.com.br

Em Campo Grande a situação não é dife-rente. A cidade pos-sui 210.473 usuários de planos de saúde. São seis oficiais, mas a Unimed Campo Grande e a Caixa de Assistência aos Ser-vidores do Estado

de Mato Grosso do Sul-Cassems tem a maior parte dos beneficiários e tam-bém são as que acumulam o maior nú-mero de reclamações, que só nos três primeiros meses de 2014 já são 19 ao todo. São planos individuais e coleti-vos. O plano coletivo pode ser de dois tipos: o empresarial, feito por empre-sas para seus funcionários; e o coletivo por adesão, feito por grupos formados em sindicatos ou associações. A dife-

rença está nos reajustes. O reajuste do plano coletivo não tem limite. Todo ano, a operadora decide qual vai ser o aumento na mensalidade. O plano individual tem uma regulação que é fixado anualmente pela ANS. Entre as seis operadoras que atendem usuários de planos de saúde em Campo Grande, somente a Unimed vende planos indi-viduais. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o Idec, os planos individuais estão diminuindo porque os coletivos são mais lucrativos para as operadoras. A ANS, que regula o setor, admite que há menos planos individuais disponíveis ao consumidor.Segundo o médico Alberto Cubel Brull Júnior, pediatra e presidente do Con-selho Regional de Medicina do MS, a maior divergência é mesmo com

relação aos reajustes. “Os planos co-letivos tem reajustes livres e os indi-viduais (maioria) são regulados pela Agência Nacional de Saúde. Porém, os médicos não tem seus honorá-rios reajustados nos mesmos moldes. Atualmente um médico recebe em Campo Grande algo em torno de R$ 65 por consulta”, informou. Qualquer profissional da me-dicina não tem condições de manter um consultório se depender dos pla-nos de saúde. “Sou pediatra e gasto em média uns 40 minutos em cada consulta. Os custos para manter um consultório são muitos, funcioná-rios, impostos, gastos com luz, água e telefone, etc. Descontando esses custos, sobre em torno de R$ 11 reais para a médico. Nem que ele atenda das 8 às 20 horas, vai conseguir so-breviver com estes valores. E nem estou computando aí gastos com especializações e congressos. Seria impossível”, disse ainda o pediatra Alberto Cubel, que afirmou atender uma média de 4 pacientes de planos de saúde por dia. Cubel informou ainda que muitos profissionais preferem cum-prir plantões em hospitais e clínicas, “que dá uma renda de uma semana no consultório.” Muitos profissionais estão fechando seus consultórios e isso interessa muito aos planos de saúde, que apostam no atendimento massificado, em maior número e em menos tempo”, disse. Ele destacou ainda que é cômodo para os planos de saúde culpar os médicos quando são notificados. "Isso desestimula os profissionais. Ficamos limitados e com dificuldades de aumentar o nú-mero de atendimentos”, concluiu Professor de residência em pediatria do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Cubel explica que entre as especialidades médi-cas a de pediatria é a menos rentável para os profissionais. “É a especiali-dade que tem menor remuneração. Precisa ter amor, não só pela criança, mas também pela família. Tem que ter vontade de ser pediatra”. Muitos profissionais acabam optando por áreas de atuação dentro da especia-lidade. Ou seja, ao invés de realizar a pediatria geral, opta se especializar na gastroenterologia pediátrica, na neonatologia, na pneumologia pedi-átrica, na neurologia pediátrica, en-tre outras”.

Presidente do Conselho Regional de Medicina de MS,

Alberto Cubel Brull Júnior

38 www.expressaoms.com.br

Psiquiatria

Outro profi ssional entrevistado, o médico psi-quiatra Juberty Antonio de Souza, não aten-de nenhum plano de saúde. Ele afi rma que deixou de atender por problemas pessoais depois de sofrer um acidente e fi car muito tempo parado.

“Fiquei em difi culdades fi nanceiras e não podia de-pender do valor muito baixo pago pelas operadoras. Mas esse não foi o único motivo do meu desligamento. Minha especialidade necessita de mais de um atendimento no mês e o plano não autoriza. Fica difícil manter um trata-mento efi caz desse jeito”, declarou. Segundo ele, a psiquiatria requer tempo junto ao paciente. “O paciente medicado precisa de acompanha-mento quase diário. A Unimed, por exemplo, já permitiu mais de uma consulta por mês em algumas especialidades. Hoje não permite mais. É complicado”, afi rmou. “Sempre fui um “clínico geral” da psiquiatria. Lecionei por duas décadas a disciplina de Psico-patologia na Universidade Católica Dom Bosco em Campo Grande. Trabalhei durante mais de 20 anos na Unidade Psi-

quiátrica da Santa Casa também em Campo Grande, a mais antiga do Brasil sem ser serviço universitário. Antes do caos instalado no Ministério da Saú-de, esta unidade servia de modelo onde havia integração com serviço de emergência geral, unidades de internação, ambulatório e hospital dia, ao mesmo tempo em que se constituiu num serviço de formação de quadros das mais diversas profi ssões (psicologia, serviço social, terapia ocu-pacional entre outros).” Atualmente Juberty Antônio é professor da UFMS onde leciona na disciplina de Bioética e de Psiquiatria na graduação em medicina e na residência médica em psi-quiatria. O psiquiatra, também atende em clínica própria: “continuo trabalhando em consultório, onde considero que é o local em que o médico trabalha da forma como deveria e gostaria.” Na opinião do psiquiatra entre os principais de-safi os da profi ssão estão a busca constante do respeito ao doente psiquiátrico, o reconhecimento pelas autoridades constituídas de que o doente psiquiátrico é uma pessoa e como tal deve ser considerada e tratada.

Especialidade necessita de mais de uma consulta por mês, mas os planos não au-torizam.

Especial Planos de Saúde

Foto

: Gra

ça M

ouge

not

Médico Psiquiatra Juberty Antônio de Souza

39www.expressaoms.com.br

Defesa

Defesa doConsumidor

Apesar de algumas criticas pontuais, o cardiologista Luiz Ovando defende os planos de saúde em geral. Ele faz parte da rede credenciada e diz que os médicos “precisam parar com a embromação e cumprir com sua obri-gação. Aceitou o contrato, os valores, tem que cumprir”, enfatizou. Para Ovando, a saúde está to-mando um rumo tecnológico. Para ele a situação é muito mais complexa do que aparenta. “Vivemos um momento de insatisfação geral com a saúde, envol-vendo o Governo, os planos de saúde e principalmente o individuo. A saúde é sim responsabilidade do Estado. Se houvesse um plano de saúde decente, que pudesse atrair os médicos, mais de 80% dos problemas seriam resolvidos. É tudo uma questão de valores e quem sofre são os usuários”, concluiu.

A PROTESTE Associação de Consumidores considera importantes as medidas adotadas pela Agência

Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na tentativa de agilizar a solução de problemas dos usuários de planos de saúde. Agora, é possível acompanhar o andamento das demandas pelo portal da Agência (www.ans.gov.br). E questões não assistenciais como re-ajustes indevidos, quebra de contrato e alteração de rede credenciada tam-bém passaram a ser tratadas por meio de mediação de conflitos. Antes, só as reclamações assistenciais eram trata-das desta forma. Eles orientam o consumi-dor a formalizar queixa também nas entidades de defesa do consumidor, caso as operadoras não resolvam os problemas encaminhados. E em situa-ções de urgência, como em negativas de atendimento, a via judicial ainda será a indicada, diante do prazo de até 5 dias úteis dado pela ANS para as operadoras solucionarem as pendên-cias. Para questões não assistenciais, o prazo para as operadoras adotarem as medidas necessárias é de até 10 dias. A não resolução do conflito nesta eta-pa de mediação resultará em abertura de processo administrativo para apli-cação de multa. Em caso de dificuldades de atendimento pelo plano de saúde, primeiro deve ser feito contato com a

operadora para buscar a solução. Caso o consumidor não consiga resolver, deve entrar em contato com a Agên-cia, de posse do número de protocolo da queixa registrada na operadora. Isso agilizará a identificação da solici-tação e a solução do conflito. O registro da reclamação pode ser feito pelos dois canais de re-lacionamento da Agência: Disque ANS – 0800- 701-9656; Central de Atendi-mento ao Consumidor no portal de internet; ou nos núcleos de atendi-mento presencial existentes em 12 cidades nas cinco regiões do Brasil.Para acompanhar o andamento das demandas pelo portal da Agência, é preciso acessar o Espaço do Consumi-dor no portal da ANS na internet. É preciso informar um en-dereço de e-mail para recebimento da senha de acesso no momento do registro da queixa. Na seção Acompa-nhamento de Solicitações, o consumi-dor terá acesso a todos os documen-tos referentes à demanda, como os pareceres da Agência e as respostas da operadora. As operadoras são no-tificadas diretamente pelo portal da ANS, em espaço próprio, onde podem acompanhar essas demandas espe-cíficas e anexar a resposta dentro do tempo determinado.

Foto

: Gra

ça M

ouge

not

CardiologistaLuiz Ovando

40 www.expressaoms.com.br

Três Lagoas 99 anos

Na véspera do centenário Três Lagoas celebra 10 anos de crescimentoMunicípio cresce acima da média no Estado, impulsiona a economia da região e apesar de problemas na infraestrutura, lidera qualidade de vida no MS, segundo pesquisa da Firjan.

Sarah Minini

41www.expressaoms.com.br

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

42 www.expressaoms.com.br

O s incentivos fiscais e logística bem favorecida ajudam a explicar a formação do polo industrial da micro-região de Três Lagoas. E em-bora pareça assunto batido, apon-tar os porquês e os booms de Três Lagoas ainda é pertinente. As aná-lises a respeito de como o municí-pio que há 10 anos possuía 79 mil

habitantes passou a ter mais de 110 mil e a renda média per capita saiu de R$ 750 para R$ 2.774 em sete anos são importantes para mostrar à comunidade local, regional e nacional, como Três Lagoas era, como está e onde pode chegar. Três Lagoas é uma cidade sul-mato-grossense situada na divisa com o Estado de São Paulo, sua locali-zação no Centro-Oeste do país permite chegar a outros estados com uma distância de apenas 280 quilômetros. Estando às margens do Rio Paraná permite o acesso a um dos modais mais baratos e sustentáveis para escoamento de produção: a hidrovia. Metade do que é exportado pelas gigantes da celulose é direcionado para o porto de Santos por meio de uma combinação entre hidrovias e ferrovias. A outra metade faz todo o trajeto de trem. A companhia

gera 3.000 empregos diretos e 27.000 indiretos. Há quinze anos, a economia de Três Lagoas (MS) dependia essencialmente da pecuária. Até então, o tama-nho do comércio local era bem deficitário, não contendo serviços comuns, mas atendia a comunidade local. Com mão de obra relativamente mal qualificada e a média sa-larial era baixa. A cidade era quieta, parecia condenada a continuar dependente do setor primário, como tantos ou-tros municípios do Estado, entretanto, com algumas polí-ticas do governo do estado e da prefeitura, a implantação de um distrito industrial e a vinda das primeiras indústrias, como Mabel, Cargill, Corttex, Klin e outras, mudaram a tra-jetória da Cidade das Águas. Conforme o Secretário de Desenvolvimento Eco-nômico, Luciano Dutra, atualmente com três distritos in-dustriais, o 1º com 35 indústrias instaladas e em instalação, o 2º com 29 empresas e o 3º onde é localizado a Unidade de Fertilizantes da Petrobras, com área para a construção de mais 11 empresas que prestarão serviço para ela, Três Lagoas recebeu investimentos da ordem de mais de US$ 16 bilhões, tudo isso num cenário de 10 anos. De acordo com a prefeita Márcia Moura (PMDB) para se ter uma ideia do crescimento, a arrecadação de quatro meses deste ano (R$ 131 milhões), equivale ao do ano inteiro em 2007.

Há 10 anos Três Lagoas possuía 79 mil habitantes e atualmente já passou de 110 mil; a renda média per capta passou de R$ 750 para R$ 2.774 nos últimos 7 anos.

Três Lagoas 99 anos

Foto

: Div

ulga

ção

Fibria,Fábrica de Celulose

43www.expressaoms.com.br

44 www.expressaoms.com.br

Três Lagoas 99 anos

Instalação das indústrias e crescimento

Essa forte política de atrair as empresas para Três La-goas, vai além da isenção de IPTU por cinco anos, isenção de ISS no perío-do da construção da in-dústria, de ICMS, etc. De

acordo com o secretário de Desenvol-vimento Econômico, o crescimento econômico de Três Lagoas é conciso porque além dos benefícios logísticos o município possui energia em abun-dância com gasoduto, termelétrica, hi-drelétrica, etc. A fabricante de biscoitos Ma-bel, chegou na década de 90, na se-quência a Metalfrio, que instalou na cidade a maior fábrica de refrigerado-res industriais da América Latina, com produção anual de um milhão de uni-dades; as multinacionais americanas Cargill e International Paper. Nos últi-mos cinco anos, as mudanças se ace-leraram ainda mais com a chegada de duas grandes produtoras de celulose: a

Fibria e a Eldorado. A estimativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico é que em 2014 se instalem mais seis empre-sas de diversos setores. De acordo com informações da secretaria, de forma in-centivada em 2012 e 2013 foram aber-tas nove indústrias em Três Lagoas. Os setores são metalurgia, fabricação de gelo, artefatos de concreto, produtos de marmoraria, artefatos de cimento e pré-moldados, usinagem, fibras, creme dental e enxaguante bucal, gerando aproximadamente 2 mil empregos di-retos somente nestes 2 anos. E ainda existe área para mais indústrias no dis-trito industrial. Os números revelam a trans-formação radical na economia do mu-nicípio. Referente à balança Comercial. Três Lagoas é a maior exportadora do Estado, responsável por 52% do total exportado. Em 2012 o resultado final de exportação foi de US$ 645 milhões. Em

2013 entre janeiro e agosto, foi acumu-lado em exportações US$ 747 milhões, ou seja; superando em menor período 2012, ao todo a cidade exportou 1,1 bilhão de dólares, sendo que 90% des-te volume é celulose. Dez anos antes, sem a Fibria e a Eldorado haviam sido exportado U$ 7,6 milhões. Os empreendedores só abri-ram os olhos para essas vantagens de-pois que o Estado e a prefeitura institu-íram uma política de benefícios fiscais. As companhias que se instalam no par-que industrial recebem gratuitamen-te o terreno com asfalto, luz e água, o que facilita a logística da produção. "As grandes empresas não vêm para o interior se não tiverem incentivo", diz a prefeita Márcia Moura (PMDB). Com o programa de atração de empresas, a cidade viu sua popu-lação se elevar significativamente em um curto período de tempo. A renda per capita média cresceu 110,26% em vinte anos.

45www.expressaoms.com.br

Problemas de infraestrutura

Mas todo este cres-cimento não foi fácil e nem do dia para a noite. Hou-ve muitas dificul-dades referentes a mão de obra

por exemplo. “A vinda desses investi-mentos empurraram os investimentos públicos. Três Lagoas ficou anos para-da em infraestrutura, por gestões dife-rentes da atual. Então para dar conta desta nova demanda de indústria foi necessário muito trabalho em termos de saneamento básico, educação, ha-bitação, etc.”, aponta a prefeita Marcia Moura. Conforme a prefeita, este ano, por exemplo, eram aguardados do governo federal R$ 80 milhões em financiamentos pelo PAC 2, direciona-dos para mobilidade urbana, ou seja; maior infraestrutura para o município,

entretanto, deste total o município só conseguiu R$ 5 milhões. “Seriam duas parcelas, a primeira de R$ 18 milhões e a segunda de R$ 62 milhões. Porque eu não consigo mais caminhar com o asfalto sem fazer todo o esgoto e drenagem. Seria trabalho perdido. E o Governo Federal, havia solicitado um projeto bem elaborado que contem-plasse e encerrasse os nossos proble-mas de mobilidade urbana, afirmando que o governo tinha dinheiro e que iria repassa-lo no PAC 2, mas o que era R$ 7 bilhões para todo o Brasil se trans-formou em R$ 3 bilhões do dia para a noite e eles diminuíram os repasses de todos. Licitamos uma empresa que fez um projeto detalhado. Pagamos com dinheiro do município, que se soubés-semos que não seríamos contempla-dos, teríamos feito um projeto mais simplificado e menos caro”, lamenta. Mesmo assim, a Prefeita afirma que

não jogou a toalha e ainda tentará re-aver esse recurso. Caso não consiga tentará uma outra possibilidade de financia-mento. “Busco no mínimo R$ 40 mi-lhões para acabar com o problema de drenagem da vila Haro e Paranapun-gá e na sequencia fazer a cobertura asfáltica. Os dois bairros já são um avanço nos percentuais de falta de infraestrutura no município”, diz. Atualmente o município possui 62% de cobertura asfáltica, de drenagem 45% e a Sanesul garante que até o final deste ano terá 97% de cobertura de esgoto executado ou em execução. “Quero acreditar que minha gestão consiga até o final des-ses dois anos 90% de cobertura asfál-tica com esgoto e drenagem. Mas é claro a responsabilidade não cabe só a mim. Dependo de outras esferas”, acrescenta.

Segundo a prefeita Marcia Moura, município precisa de R$ 80 milhões para conse-guir sanar os principais problemas de infraestutura.

Foto

: Jam

es L

ucK

Polo Industrialde Três Lagoas

46 www.expressaoms.com.br

Educação e Qualificação

Referente a qualifi cação, atualmente Três Lagoas possui cursos técnicos tendo a sua disposição além do IFMS (Instituto Federal do Mato Grosso do Sul), todo o sistema S com Sebrae, Sesi, Senai, Senac,

Sesc, Sest Senat, Senar e IEL). Todas atuando em parceria com a indústria, comércio e pecuária, atendendo a deman-da de mercado local com programas de qualifi cação inclu-sive das fornecedoras da matriz econômica. Neste processo, em 2012 foram qualifi cados mais de 8 mil pessoas, já em 2013 foram qualifi cados pelo ensino técnico 14 mil. O município também possui cinco unidades de en-sino superior sendo que uma delas é federal. A UFMS (Uni-versidade Federal do Mato Grosso do Sul) investiu em no-

vos cursos de engenharia e em breve será iniciado o curso de medicina. O que deve proporcionar maior infraestrutura em saúde, já que juntamente com o curso, será implantado o Hospital Universitário, que deve ampliar os atendimentos em saúde. Outro grande centro de educação é a AEMS (Facul-dades Integradas de Três Lagoas), que também vem abrin-do cursos conforme a necessidade local e atrai pessoas de toda a região para estudarem na instituição. A Uni Cesumar, a Anhanguera e a UNOPAR são outras possibilidades de ensino superior e técnico. Com isso, Três Lagoas atualmen-te recebe milhares de estudantes de vários municípios da região leste do estado e também da região noroeste do vi-zinho estado de São Paulo.

A Othon Soluções Gráficas possui os melhoresequipamentos para provocar as melhores impressões

S GO

FOLHETOS CARTÕES DE VISITA PASTAS CARTAZES

(67) 3522.0088 / 9221.0083

othonsolucoesgraficas.blogspot.com.brSPEED MASTER SM - 8 CORES - FOLHA INTEIRA

Foto

: Yur

i Spa

zzap

anTrês Lagoas 99 anos

47www.expressaoms.com.br

Saúde em busca da cura

Geração de Riquezas A geração de riquezas pelas indústrias incremen-tou o comércio. Desde 2005, uma norma local incenti-vou as lojas a funcionarem 24 horas por dia para atender os empregados dos três turnos das fábricas. A cidade de 110.000 habitantes tem unidades da lanchonete Bob's, das lojas Americanas, Subway e deve acomodar em breve uma loja do Habib’s e seu primeiro shopping center.

Quanto a saúde Três Lagoas possui além dos ESFs (Especialidade de Saúde da Família). O Hospital da Mulher, o Centro especializado em pediatria e fisioterapia, tudo gerencia-do pelo município, também existe o Hospital da Cassems (antiga Unimed) e o Auxiliadora, que atualmente possui uma estrutura de alvenaria, com área de 11.000.00m² setorizado por blocos, contendo Anestesiologia, Buco Maxilo, Cardiologia, Cirurgia Geral, Clínica Mé-dica, Fisioterapia, Gastroenterologia, Ginecologia, Obstetrícia, Nefrologia, Neurocirurgia, Neurologia, Oncologia Clínica Oncologia Cirúrgica, Ortopedia, Traumatologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Pneumologia, Radiologia e Urologia, e é referência regional, aten-dendo vários municípios. De acordo com informações do HNSA atualmente são 188 Leitos Ca-dastrados no CNES, destes, 105 leitos SUS e 10 leitos de UTI (Unidade de Te-rapia Intensiva). Os exames e especia-lidades são Broncoscopia, Ecocardio-gradia, Eletrocardiografia, Endoscopia Digestiva, Hemoterapia, Hemodiálise,

Laparoscopia, Litotripsia Extracorpó-rea, Mamografia Digital, Quimiotera-pia, Radiologia, Tomografia, Computa-dorizada e Ultra-Sonografia. Nos últimos 3 anos ocorreu um investimento em capacitação e aprimoramento de pessoal, por meio do Planejamento Estratégico através da consultoria NORTIA. Em relação a estrutura física foi realizado reformas básicas (pinturas de setores assisten-ciais).

Para outras melhorias o Hos-pital foi cadastrado junto ao Fundo Nacional de Saúde, proposta via re-cursos de emenda parlamentar, para ampliação do setor de Hemodiálise e construção do setor de hemodinâ-mica, aguardando parecer da equipe técnica do ministério da saúde. Sen-do R$ 507.000,00 para construção da hemodinâmica e R$ 500.000,00 para ampliação da Hemodiálise. “Além dis-so, temos aprovado pelo ministério

Com a criação acelerada de vagas (apenas uma das fábricas de celulose responde por 30.000 postos dire-tos e indiretos), o município se aproximou do pleno em-prego. Três Lagoas passou a atrair mão de obra de outras cidades da região, de outros estados e também recebeu mais de 400 haitianos que hoje trabalham nas indústrias locais.

Foto

: Yur

i Spa

zzap

anFo

to: Y

uri S

pazz

apan

48 www.expressaoms.com.br

recurso via programa para reforma do Pronto Socorro (R$ 2.000.000,00) e Ma-ternidade (R$ 250.000,00), aguardando liberação da Caixa Econômica Federal para inicio da obra”, conforme asses-soria de hospital. Também há previsão de inaugurar a Unidade Psicossocial, local estruturado para dar mais confor-to para os pacientes com transtornos mentais e com necessidades de saúde, decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas. No ano de 2013 o Hospital conquistou a Unidade de Alta Comple-xidade em Oncologia. Visando o cresci-mento e melhorias no atendimento um corpo clinico formado por médicos da USP (Universidade Federal de São Pau-lo) de Ribeirão Preto e do Hospital de Câncer de Barretos estão atendendo os pacientes de Três Lagoas e da macror-região. Um novo prédio será construído para o setor de Oncologia do Hospital Auxiliadora, com o Instituto do Câncer de Três Lagoas, e investimento com a compra e instalação do aparelho de Acelerador Linear, aparelho de radiote-rapia contra o câncer no valor de R$ 3 milhões. Acompanhando o crescimen-to do município o Hospital Auxiliadora inaugurou no mês de maio o Ambula-tório de Especialidades Médicas para o convênio e particular, um espaço amplo e moderno e que atende todas as espe-cialidades médicas, com 4 consultórios, sala de procedimento e internação e com recepção diferenciada e com con-sultas pré-agendadas. A obra foi orçada em R$ 250.000,00. Isso porque os índices de aten-dimentos vem aumentando expressi-vamente com a industrialização de Três Lagoas. De 2012 foram realizados 4.811 procedimentos cirúrgicos, em 2013 fo-ram realizados 5.461 procedimentos, observa-se um aumento de 12% no volume cirúrgico. As internações no pri-meiro trimestre de 2013 somam 2.467 atendimentos, no mesmo período de 2014 observa-se um aumento de 10,4% (2.756 internações). Os atendimentos Pronto Socorro no período de janeiro á 19/05 de 2013, foram realizados 13.655 atendimentos no pronto socorro e no mesmo período de 2014 já ultrapassa a casa dos 18.644 atendimentos. Pensando nisso, e ao encontro das necessidades da formação univer-sitária, Três Lagoas em breve terá um Hospital Universitário, que ampliará a cobertura em saúde.

Trânsito buscando maior mobilidade urbana

Uma das formas de ver como uma cidade cresceu é pelo aumento do número de ve-ículos nas ruas, o salto é visí-

vel. O número de carros quase triplicou em menos de dez anos. O município possui registrados 69 mil veículos; em 2005, eram 26 mil. O crescimento é 32% superior ao da média nacional no mesmo período. O aumento de veículos reflete o processo de industrialização que se acelerou nos últimos anos. Segundo aponta a secretaria de desenvolvimen-to Econômico, de 2012 para cá, Três La-goas ganhou quatro novas concessio-nárias. E a Toyota procura um terreno para abrir uma revendedora no muni-cípio. As bicicletas que dominavam as ensolaradas ruas locais foram sendo substituídas por motocicletas. O aumento no número de ve-ículos em um curto espaço de tempo trouxe problemas para a cidade. Os engarrafamentos na região central de

Três Lagoas (MS) são diários, especial-mente nos pontos de cruzamento en-tre ferrovias e avenidas. Na área central estacionar exige um enorme esforço de paciência pois o número de vagas é infinitamente inferior ao número de veículos. A prefeitura já deu início aos estudos para implantação da Zona Azul, o que poderia amenizar um pou-co o problema, pois os veículos pas-sarão a ser monitorados por tempo de estacionamento, com cobrança de taxa. Decreto publicado no início de junho cria mais de 3 mil vagas na área central com o novo sistema. A prefeita Márcia Moura afir-ma que a criação de uma secretaria de Trânsito, já é para ter maior auto-nomia na resolutividade do trânsito. Atualmente existe um engenheiro de trânsito que semanalmente frequenta cursos em Campo Grande referente a mobilidade e está produzindo um pla-nejamento.

Foto: Yuri Spazzapan

49www.expressaoms.com.br

50 www.expressaoms.com.br

PESQUISA FIRJAN

Nacional Estadual IFDM Consolidado UF Município

188º 1º 0.8232 MS Três Lagoas

269º 2º 0.8080 MS Campo Grande

334º 3º 0.7998 MS Costa Rica

425º 4º 0.7898 MS São Gabriel do Oeste

428º 5º 0.7893 MS Chapadão do Sul

620º 6º 0.7695 MS Dourados

684º 7º 0.7634 MS Naviraí

731º 8º 0.7603 MS Paranaíba

777º 9º 0.7575 MS Rio Brilhante

939º 10º 0.7451 MS Aparecida do Taboado

Três Lagoas 99 anos

51www.expressaoms.com.br

Qualidade de vida

“Mas o trabalho é árduo, precisamos que a loco-motiva da ALL pelo menos pare de utilizar o centro da ci-dade para abrirmos as ruas, que já amplia as possibilidades de fluxo. Precisamos das obras de drenagem e asfalto, para que mais ruas passem a ser mão única. Estamos contratan-do técnicos que atuarão 24 horas nos semáforos, vamos sincroniza-los. Estamos instalando faixas de pedestres com elevação e em breve teremos o estacionamento ro-

Pesquisa aponta que Três Lagoas é o munícipio de Mato Grosso do Sul que tem o mais alto de-senvolvimento no ranking estadual, com IFDM 0,8232, seguida da capital Campo Grande – am-bas de alto desenvolvimento, e de Costa Rica,

com nível de desenvolvimento moderado. Os dados fazem parte do Índice FIRJAN de De-senvolvimento Municipal (IFDM), criado pela FIRJAN (Fe-deração das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para acompanhar a evolução dos 5.565 municípios brasileiros. Com recorte municipal a abrangência nacional, o IFDM avalia as condições de Educação, Saúde, Empre-go e Renda de todos os municípios brasileiros. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.

Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição de 2014, foram utilizados os dados de 2011, o que permite a comparação do desen-volvimento dos municípios com o ano de 2010 – último ano da primeira década do século XXI. A metodologia foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvi-mento brasileiro. O principal incremento foi situar o Brasil no mundo, com base em padrões de desenvolvimento en-contrados em países mais avançados. No geral, Mato Grosso do Sul também não tem nenhum município de baixo desenvolvimento. O último colocado é Tacuru, com 0,4027 pontos. Campo Grande teve IFDM de 0,8080. Assim, Três Lagoas cresce e mesmo sendo uma ci-dade do interior, alcança números e desenvolvimento de uma capital.

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

tativo no centro, que se assemelha a zona Azul, utilizada em cidades do estado de São Paulo”, diz. Outra meta é obter recursos para implantar o con-torno rodoviário do município, o que reduziria o tráfego de caminhões pela cidade. Desta forma, Marcia acredita que no final do seu mandato entregará para o próximo chefe do exe-cutivo uma Três Lagoas melhor. “Acredito que se entregasse hoje a prefeitura já estaria entregando um município me-lhor”.

52 www.expressaoms.com.br2 www.expressaoms.com.br 3www.expressaoms.com.br

Deputado Eduardo RochaPrestando Contas | Três Lagoas e Região

Leis de sua autoria já foram aprovadas e sancionadas

Eleito em 2010 o deputado estadual Eduardo Rocha é desde o primeiro ano de seu manda-to o líder do PMDB na Assembléia Legislativa, onde atualmente também é o presidente da Comissão de Serviço Público, Obras, Trans-porte, Infraestrutura e Administração e o vice--presidente da Comissão de Turismo, Indús-tria e Comércio. O deputado também integra, como membro titular, as comissões de Finan-

ças e Orçamento, Saúde e Seguridade Social. Também é o presidente da Frente Parlamentar de Combate às Drogas da Assembléia Legisla-tiva de Mato Grosso do Sul. Em seu primeiro mandato como deputado, já é reconhecido como um dos mais atuantes, com participa-ção ativa no plenário e na apresentação de proposições, a maioria já atendida pelo Go-verno do Estado.

Títulos recebidos

O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) recebeu o título de cidadão Santarritense, na cida-de de Santa Rita do Pardo. Também foi agraciado com os títulos de Cidadão Três- Lagoense, Cidadão em Glória de Dourados, Aparecida do Taboado , Vicentina e Costa Rica.

Emendas

Deputado Eduardo Rocha destinou mais de R$ 2 milhões em emendas parlamentares só para as cidades do bolsão sul-matogrossense, em especial para Três Lagoas e região. Ao todo ele dis-ponibilizou R$ 3,7 milhões, sendo que o restante foi para cidades da região da grande Dourados.

Informe Publicitário• Lei que institui a Semana de Enfrentamento e Combate ao Crack. • Lei que obriga a fi xação de placas permanentes em escolas privadas e de cartazes em bares, boates, lanchonetes e casas noturnas, alertando sobre os riscos do uso das drogas. • Lei que dispõe sobre a obrigatoriedade de fi xação de placas permanentes em escolas da rede estadual de ensino aler-tando sobre os riscos do uso de drogas. Tramita também lei para inclusão da frase “Diga não às drogas” nos ingressos e materiais promocionais patrocinados ou apoiados pelo Governo do Estado.• Lei que dá denominação à Escola Estadual em construção no Bairro Santa Terezinha, no município de Três Lagoas-MS.• Lei que Inclui no Calendário Ofi cial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul o Torneio de Pesca Esportiva de Três Lagoas - MS / SUCURIU FISH, realizado no município de Três Lagoas. • Lei que declara como de Utilidade Pública Estadual o Instituto Sul-mato-grossense de Ação Cristã - ISAC, com sede e foro na cidade de Três Lagoas - MS. • Lei que declara como de Utilidade Pública Estadual a Associação Nazarena Assistencial de Três Lagoas - MS. Declara como de Utilidade Pública Estadual a Casa de Recuperação Restaurando Vidas, com sede e foro no Município de Três Lagoas-MS. • Lei que Institui o Dia Estadual de Combate ao exercício ilegal da profi ssão de Corretor de Imóveis. • Lei que dá ao Município de Três Lagoas o cognome de “Capital Mundial da Celulose"

Emendas ParlamentaresMUNICÍPIO

Aparecida do Taboado

BrasilândiaCassilândiaCosta RicaInocência

Paraíso das ÁguasParanaíba

Ribas do Rio PardoSelvíria

Três Lagoas

Bataguassu

Água Clara R$ 20 MilR$ 180 MilR$ 230 MilR$ 155 MilR$ 70 Mil

R$ 135 MilR$ 225 MilR$ 60 Mil

R$ 170 MilR$ 25 Mil

R$ 125 MilR$ 1,005 Milhão

VALOR

53www.expressaoms.com.br2 www.expressaoms.com.br 3www.expressaoms.com.br

Deputado Eduardo RochaPrestando Contas | Três Lagoas e Região

Leis de sua autoria já foram aprovadas e sancionadas

Eleito em 2010 o deputado estadual Eduardo Rocha é desde o primeiro ano de seu manda-to o líder do PMDB na Assembléia Legislativa, onde atualmente também é o presidente da Comissão de Serviço Público, Obras, Trans-porte, Infraestrutura e Administração e o vice--presidente da Comissão de Turismo, Indús-tria e Comércio. O deputado também integra, como membro titular, as comissões de Finan-

ças e Orçamento, Saúde e Seguridade Social. Também é o presidente da Frente Parlamentar de Combate às Drogas da Assembléia Legisla-tiva de Mato Grosso do Sul. Em seu primeiro mandato como deputado, já é reconhecido como um dos mais atuantes, com participa-ção ativa no plenário e na apresentação de proposições, a maioria já atendida pelo Go-verno do Estado.

Títulos recebidos

O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) recebeu o título de cidadão Santarritense, na cida-de de Santa Rita do Pardo. Também foi agraciado com os títulos de Cidadão Três- Lagoense, Cidadão em Glória de Dourados, Aparecida do Taboado , Vicentina e Costa Rica.

Emendas

Deputado Eduardo Rocha destinou mais de R$ 2 milhões em emendas parlamentares só para as cidades do bolsão sul-matogrossense, em especial para Três Lagoas e região. Ao todo ele dis-ponibilizou R$ 3,7 milhões, sendo que o restante foi para cidades da região da grande Dourados.

Informe Publicitário• Lei que institui a Semana de Enfrentamento e Combate ao Crack. • Lei que obriga a fi xação de placas permanentes em escolas privadas e de cartazes em bares, boates, lanchonetes e casas noturnas, alertando sobre os riscos do uso das drogas. • Lei que dispõe sobre a obrigatoriedade de fi xação de placas permanentes em escolas da rede estadual de ensino aler-tando sobre os riscos do uso de drogas. Tramita também lei para inclusão da frase “Diga não às drogas” nos ingressos e materiais promocionais patrocinados ou apoiados pelo Governo do Estado.• Lei que dá denominação à Escola Estadual em construção no Bairro Santa Terezinha, no município de Três Lagoas-MS.• Lei que Inclui no Calendário Ofi cial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul o Torneio de Pesca Esportiva de Três Lagoas - MS / SUCURIU FISH, realizado no município de Três Lagoas. • Lei que declara como de Utilidade Pública Estadual o Instituto Sul-mato-grossense de Ação Cristã - ISAC, com sede e foro na cidade de Três Lagoas - MS. • Lei que declara como de Utilidade Pública Estadual a Associação Nazarena Assistencial de Três Lagoas - MS. Declara como de Utilidade Pública Estadual a Casa de Recuperação Restaurando Vidas, com sede e foro no Município de Três Lagoas-MS. • Lei que Institui o Dia Estadual de Combate ao exercício ilegal da profi ssão de Corretor de Imóveis. • Lei que dá ao Município de Três Lagoas o cognome de “Capital Mundial da Celulose"

Emendas ParlamentaresMUNICÍPIO

Aparecida do Taboado

BrasilândiaCassilândiaCosta RicaInocência

Paraíso das ÁguasParanaíba

Ribas do Rio PardoSelvíria

Três Lagoas

Bataguassu

Água Clara R$ 20 MilR$ 180 MilR$ 230 MilR$ 155 MilR$ 70 Mil

R$ 135 MilR$ 225 MilR$ 60 Mil

R$ 170 MilR$ 25 Mil

R$ 125 MilR$ 1,005 Milhão

VALOR

54 www.expressaoms.com.br

Política

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Presidente da Câmara dosVereadores, Jorginho do Gás

55www.expressaoms.com.br

Reeleito, Jorginho do Gás fala sobre novos desafios

rios. Uma das principais medidas citadas pelo presidente foi a redução da cota de combustível; cada vereador ti-nha direito a 600 litros (R$ 1.860, em média, totalizando R$ 31.620), e, hoje, eles têm 300 litros (R$ 930, totalizan-do R$ 15.810) por mês. Jorginho do Gás nasceu em 23 de abril de 1965 e se formou em engenharia elétrica, pela Universidade Mogi das Cruzes-SP. Sua vida política foi iniciada em 1996. Ele foi gerente adjunto da Prefeitura de Três Lago-as, no setor de iluminação, zerando o déficit de ilumina-ção pública em 2001. Em 2004, foi o candidato a verea-dor mais votado, sendo reeleito em 2008 e 2012. Confira abaixo, a entrevista na íntegra.

O presidente da Câmara de Vereadores, Jorginho do Gás (PSDB), falou à Revista ExpressãoMS, sobre os desafios que enfrentou quando as-sumiu a presidência, para administrar a casa,

que passou a contar com 17 vereadores em 2013. Em um bate papo, em seu gabinete, ele destacou que precisou da colaboração de todos os parlamentares para conse-guir administrar o duodécimo, que continuou o mesmo de quando o Legislativo tinha 10 vereadores. No início teve que tomar algumas medidas de emergência para economizar e conseguir fazer com que os trabalhos legislativos não fossem prejudicados, e con-tou com a ajuda de todos os parlamentares e funcioná-

Gisele Mendes

balhamos dentro da transparência, oferecendo a todos a oportunidade de fornecer para a Câmara. A trans-missão ao vivo, via internet, ajudou muito, principalmente aqueles, que por algum motivo, não podem com-parecer pessoalmente à Câmara em períodos de licitação. Um dos desta-ques de economia são os gastos em acervo pessoal que diminuiu signi-ficativamente. A água mineral, por exemplo, que antes comprávamos em garrafas, hoje foram substituídas por galões de 20 litros. São medidas simples que têm feito a diferença em nosso orçamento.

ExpressãoMS: Você já deu posse a mais de 14 servidores públicos nestes 17 meses à frente do Legis-lativo. Como é seu relacionamento com eles?

J.G: O relacionamento é bom. Na ver-dade, tínhamos até mais dois anos para convocá-los, mas optamos por chama-los antes, para mostrar que há credibilidade nos concursos munici-pais da Câmara. Muitos não confiam, acreditam que são forjados, que já possuem cartas marcadas, mas isso não procede, tanto que meus dois fi-lhos prestaram e nenhum deles pas-sou. Teve ainda funcionários da Câ-mara que também não conseguiram

ExpressãoMS: Presidente, como foi regulamentar as cotas parlamen-tares, diárias de viagens e divulgar tudo no portal da transparência da Câmara?

J.G: Foi um desafio superado. O por-tal, na verdade, já existia, estamos apenas dando sequência e amplian-do as informações. Esse trabalho é extremamente importante, porque a população tem que saber o custo real de cada vereador e como ele ad-ministra o seu mandato. Com base nessas informações, o cidadão vai conseguir identificar se o parlamen-tar merece ou não o seu voto, que representa a sua confiança.

ExpressãoMS: Sua administração foi marcada pela inovação em transmitir licitações da Câmara, ao vivo, permitindo ao cidadão acom-panhar todos os processos de com-pras. Você tem um balanço da eco-nomia? Quais os benefícios podem ser destacados?

J.G: Eu posso garantir, com precisão, que conseguimos economizar bas-tante, adotando o sistema de pregão. Em alguns casos, a economia chegou aos 30%. Há uma lenda de favore-cimento, que escolhemos algumas empresas, mas isso não é real. Tra-

vaga. O concurso elegeu, realmente, aqueles que se prepararam. Acho que o fato dos funcionários trabalha-rem satisfeitos tem contribuído tam-bém com o sucesso dos trabalhos nesta atual legislatura, pois percebo que se sentem prestigiados, e tento fazer, dentro do possível, o melhor para os servidores.

ExpressãoMS: Como foi colocar em prática as investigações de de-núncias, por meio das comissões permanentes, e como você avalia o trabalho realizado por elas?

J.G. Os parlamentares concordaram com a nova ideia e têm contribuído bastante na execução. Anteriormente, todas as denúncias acabavam em um CPI, porém, grande parte delas não eram concluídas, pela falta de fatos consumados. Hoje, com as comissões permanentes, os parlamentares res-ponsáveis por cada pasta, levantam o máximo de informações possíveis an-tes de iniciar uma CPI ou até uma Pro-cessante. É feito um pré-estudo, que define se há realmente a necessidade de dar sequência às investigações, de-pois é elaborado um relatório e apre-sentado em plenário, que é quem realmente decide sobre o que será feito posteriormente, se arquiva ou dá sequencia à apuração das denúncias.

56 www.expressaoms.com.br

ExpressãoMS: Você foi o primeiro pre-sidente da Câmara reeleito. Como foi a sua trajetória para esta conquista? Você acredita que as mudanças que implantou e o igualitário que deu aos vereadores permitiram este feito iné-dito?

J.G.: Eu acredito que o diferencial foi a minha forma de tratá-los (os vereado-res). Eu sempre os deixei inteirados de tudo, porque eu acredito que um pre-sidente apenas preside, ele não decide sozinho. Fiz questão de contar com o apoio e opinião de todos. Discutimos em conjunto, dividimos responsabilida-des e o recurso do duodécimo é inves-tido no trabalho de cada vereador, in-tegralmente. Eles entenderam a minha

proposta de trabalho, aceitaram, e, por isso, me deram mais dois anos, o que me deixou muito feliz, já que eu sempre fui a favor da reeleição, mesmo antes de me tornar presidente pela primeira vez.

ExpressãoMS: Você pretende dispu-tar uma cadeira na Câmara Federal nas próximas eleições?

J.G: Já sou pré-candidato a Deputado Federal, a convite do meu partido. Eu acredito que Três Lagoas precisa de re-presentatividade na esfera federal, por-que estamos um pouco esquecidos. A falta desta força política nos impede de receber recursos que poderiam ser investidos no município. Bem sabemos que um deputado federal, por mais que

ele lute pelo seu estado, ele tem um ca-rinho a mais por sua região, e acaba a beneficiando mais. A região do bolsão precisa de um representante, o quan-to antes, pois apenas a administração municipal e estadual não conseguem, sozinhas, trazer os recursos necessá-rios principalmente para investimentos em infraestrutura. Temos um exemplo recente, quando a prefeita, depois de aprovado o projeto pela Câmara, solici-tou empréstimo de um montante que daria para sanar praticamente os proble-mas de drenagem e asfalto do municí-pio, mas foi aprovado apenas menos de 10% do solicitado, tenho certeza de que se tivéssemos mais parlamentares aqui da nossa região, os números poderiam ser diferentes.

Política

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

57www.expressaoms.com.br

Opções de montagem da sala 240m2

58 www.expressaoms.com.br

Mercado Imobiliário

Setor segue aquecidoe aposta no segmentode condomínios fechados

Gisele Mendes

Nos últimos anos foram construídas 3,5 mil unidades residenciais em condomínios de luxo e populares

59www.expressaoms.com.br

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

60 www.expressaoms.com.br

A expansão imobiliária e um mercado consu-midor promissor im-pulsionaram o muni-cípio de Três Lagoas a atingir a marca de 109.633 habitantes,

conforme estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) de 2013, apresentado um crescimento de 22.320 habitantes nos últimos seis anos, quando grandes indústrias pas-saram a ser instaladas na Cidade. Esse aumento habitacional é maior do que a população de Aparecida do Taboado, por exemplo, que conta com 22.320 pessoas, segundo o IBGE. Acompanhando o crescimen-to, grandes empreendedores passa-ram a investir no mercado imobiliá-rio, construindo apartamentos, casas geminadas ou residenciais, mudando radicalmente o perfil da cidade. Hoje, muitas fazendas foram tomadas por prédios. Se antes era comum ver gado nesses locais, hoje é possível encontrar crianças brincando nas ruas. Ao redor dos bairros a vegetação chama a aten-ção, pois ela ficou mais perto. O setor cresce em um ritmo tão acelerado que tem atraído cada vez mais adeptos e já existem condomínios sendo instalados em um raio de cinco quilômetros da área central do município. Condomínios de luxo ou mais modestos, belas casas com arquitetu-ras modernas e imponentes, há tam-bém aquelas mais discretas, porém, localizadas em um condomínio fecha-do, onde os moradores acreditam estar mais seguros. Imóveis chegam a ser co-mercializados por até R$ 1 milhão, com pessoas dispostas a investir no merca-do imobiliário da capital mundial da celulose. O motivo do crescimento é quase que óbvio: após o aquecido e avassalador desenvolvimento indus-trial, que vem marcando a cidade e a tornando conhecida em todo o país nos últimos dez anos, trabalhadores passaram a conquistar empregos com melhores salários, o que refletiu no

aumento do poder aquisitivo. Houve então a necessidade de se investir tam-bém em condomínios fechados. Atualmente, já foram cons-truídas 3,5 mil unidades residenciais, localizadas em condomínios de luxo e populares nos últimos anos. Outras 1,4 mil unidades são construídas pela Prefeitura e fará com que esse núme-ro salte para 4,9 mil. Os valores dessas residências ficam entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão, podendo alcançar diver-sificados públicos. Porém, os imóveis mais procurados pela população cus-tam em média R$ 300 mil e 80% desses consumidores optam pelo pagamento por meio de financiamentos. “A classe média é a maior responsável por esse aumento”, disse Luiz Alberto Lima Gus-mão, presidente da Associação das Imobiliárias e Corretores de Imóveis de Três Lagoas. Na avaliação de Gusmão, esse novo segmento vem conquistando o mercado porque há pelo menos cinco anos o perfil de cerca de 30% dos con-sumidores mudou. “Uma gama da po-pulação possui um novo aporte finan-ceiro e como não tínhamos residências que atraíssem essas pessoas, que hoje possuem um poder aquisitivo melhor, foi necessário investir em condomí-nios, pois a procura aumentou expres-sivamente”, destacou. Conforme Gusmão, aqueles condomínios, que são considerados de luxo, foram lançados quase que inevitavelmente pensando nos inú-meros trabalhadores da indústria, que conquistaram cargos de alto escalão. O perfil da maioria deles é o mesmo: profissionais que vieram de outras re-giões do Brasil ou até mesmo de outros países. Morar bem e com conforto fa-zia parte da condição de muitos para “abandonar” suas cidades e se transfe-rir para Três Lagoas. Andréa Saraiva, empresária, veio de Aracruz, no Espírito Santo, e atualmente mora no Jardim dos Ipês, mas já faz planos em começar a cons-truir no Condomínio Terras de Jupiá, onde comprou um terreno. Na opinião

de Andréa, morar em um condomínio fechado vai oferecer para a sua família, além de conforto e comodidade, mais segurança. “Eu tenho um filho ado-lescente que adora praticar esporte e no nosso condomínio teremos várias opções de espaços para jogar futebol, andar de skate, e tem também área de lazer com piscina e churrasqueira”, des-tacou. A estudante de processos químicos, Jéssica Nacfur Medeiros, também optou por morar em um con-domínio quando casou. Hoje, ela e o marido vivem no Condomínio Alfha, localizado no bairro Santa Terezinha. Embora ele seja mais modesto, a es-tudante só vê vantagens em morar no residencial. “Sem dúvida nenhuma a vantagem de morar assim nos dias de hoje é que eu e minha família nos sentimos mais seguros, sem contar a tranquilidade e o ambiente agradável que o condomínio nos oferece”, disse.

Mercado Imobiliário

61www.expressaoms.com.br

Há 10 anos a realidade era bem diferente. Um terreno em Três Lagoas era tão desvalorizado que era comum ver proprietários o vendendo a “preço de banana”. Ouve-se falar que muitos trocavam um lote por um tele-visor, uma motocicleta ou o vendida por uma média de R$ 2 mil. “Eu mes-mo já comprei terrenos na Vila Haro que custou um valor irrisório e um ar condicionado”, completou Gusmão. Os investimentos expressivos no setor imobiliário vêm refletindo di-retamente nas locações residenciais. A população que ainda depende do aluguel conta com mais opções hoje em dia. Conforme Luiz Gusmão, atu-almente, uma empresa imobiliária chega a ter 50 opções de residências disponíveis para locação, com valo-res entre R$ 800 e R$ 5 mil. Hoje, es-ses imóveis chegam a ficar até quatro meses fechados, aguardando um lo-catário, isso porque a oferta tornou--se maior do que a procura. “Esse fator proporciona ao cliente mais opções de escolha e também mais chances de conseguir chorar no preço”, expli-cou. Na época em que o setor imobiliário passou por um dos perío-dos mais aquecidos de toda a história de Três Lagoas, a atual realidade era bem diferente. Entre 2007 e 2009 era comum faltar casas para alugar. De acordo com Gusmão, se a média de contratos fechados por mês, hoje em dia, é de 15, naquele período era pos-sível alugar entre 40 e 50 imóveis no período de 30 dias. Curiosamente, 20% das ca-sas alugadas naquela época eram de pessoas que optaram por “abando-nar” o próprio lar para alugá-lo; era uma forma adotada por eles para aumentar a renda familiar. “Todos os dias as imobiliárias recebiam pessoas interessadas em alugar a própria casa para aproveitar o mercado aquecido. Eles saiam das suas residências e iam morar com parentes, amigos mais chegados ou com os pais”, destacou Gusmão.

Quando a transformação in-dustrial mudou radicalmente o per-fil de Três Lagoas, atraindo milhares de pessoas de outros lugares para a construção das grandes indústrias, faltaram imóveis para abrigar tanta gente. E esse “boom” começou a cha-mar a atenção de investidores, que passaram a construir imóveis para alugar ou vender. O retorno do inves-timento acontecia muito rapidamen-te, em quatro anos, em média. Hoje, porém, a realidade mu-dou um pouco, já que foram constru-ídas inúmeras residências. Segundo Luiz Gusmão, atualmente o empreen-dedor tem o retorno financeiro entre oito e nove anos. “Mesmo assim ainda compensa investir em imóveis, mes-

mo que o retorno seja mais lento”, disse destacando que esse tipo de in-vestimento pode ser mais rentável do que uma poupança. Um levantamento feito pela Associação das Imobiliárias e Corre-tores de Imóveis de Três Lagoas mos-tra que nos últimos quatro anos seis mil lotes e sete mil residências foram postos a venda no município e o que mais chama a atenção é a valoriza-ção que eles vêm sofrendo. Nos últi-mos 10 anos houve um aumento de 700% no valor dos terrenos e na área construtiva o aumento foi de 300%. “A nossa margem de aumento está aci-ma da nacional, por isso eu defendo que investir em imóveis é um grande negócio”, salientou.

Mercado imobiliário continua sen-do vantagem para investidores

Foto

: Yur

i Spa

zzap

anBeto Gusmão, Presidente da Asso-

ciaçao das Imobiliárias e Corretores de Imóveis de Três Lagoas

62 www.expressaoms.com.br

Mercado Imobiliário

A Associação das Imobiliárias e Corretores de Imóveis de Três Lagoas registrou uma queda de 40% nos valo-res dos aluguéis residenciais nos últi-mos 12 meses. Segundo Luiz Gusmão, presidente da Associação, a deflação já estava prevista por conta do aumento natural da aquisição da casa própria. “Conquistar um imóvel ficou mais fá-cil em todo o país, principalmente por conta do programa do Governo Fede-ral Minha Casa Minha vida”, explicou. Porém, mesmo com a baixa, a média de um imóvel pequeno com dois quartos, sala, cozinha, um banhei-ro e garagem custa entre R$ 800 e R$ 1,5 mil, valor bem acima do salário mí-nimo, que hoje é de R$ 714. Uma casa que oferece mais conforto, com três

quartos, por exemplo, e uma área de lazer, pode custar até R$ 5 mil por mês. Gilmar Garcia é técnico em segurança do trabalho e ganha pou-co mais de três salários mínimos para sustentar a esposa e o filho de quatro anos. Ele faz parte do grupo daquelas pessoas que ainda dependem do alu-guel e paga R$ 650 em um imóvel, lo-calizado no bairro Santa Luzia, em uma rua que não tem asfalto. “A casa é bem pequena, tem apenas um quarto, sala cozinha, um banheiro e uma garagem sem cobertura”, disse. Ele pretende financiar uma casa, mas ainda não conseguiu guardar dinheiro para dar a entrada. “Pagando aluguel todo mês fica difícil conseguir poupar. Porque não é só o aluguel que

Mercado imobiliário sofre deflação de 40% nos aluguéis

é caro em Três Lagoas, o combustível e a comida também são caríssimos. Por conta da migração de pessoas para o município tudo foi inflacionado”, dis-se, destacando que morou em Campo Grande e o orçamento mensal era mais equilibrado. “Eu encontrei casas com três quartos, sala, cozinha, dois banhei-ros, cerca elétrica, portão eletrônico por R$ 500 e eu não gastava muito com combustível, nem no supermer-cado, que tem preços bem melhores”, pontuou. A enfermeira Natália Marini é casada com um médico veterinário, proprietário de uma loja de pet shop, tem um filho de sete anos e espera mais um menino; ela está grávida de cinco meses. A família, que está cres-cendo, mora em uma casa com dois quartos no bairro Vila Nova (R$ 850 por mês) e a opção mais confortável encontrada com a chegada do bebê é coloca-lo para dividir o quarto com o irmão. “Uma casa com três dormitórios custa mais de mil reais por mês. É um valor que eu não tenho coragem de pagar, pois ele jamais voltará. Prefiro viver em uma casa menor até que eu consiga adquirir a minha”, destacou. Já a estudante de engenharia de produção, Thaiara Linhares levou um susto tão grande quando chegou a Três Lagoas, há dois anos, que logo or-ganizou tudo para financiar uma casa. Ela veio com o marido, técnico em au-tomação, de Salvador, na Bahia, e, ini-cialmente, pagava R$ 1,2 mil em um imóvel pequeno, localizado em uma rua sem pavimentação. “Os valores dos alugueis são exorbitantes então prefe-rimos dar entrada em um financiamen-to”, disse. “Hoje pagamos R$ 1,7 mil por mês, mas pela nossa casa. Isso faz toda diferença”, completou. O mesmo aconteceu com a auxiliar de departamento pessoal, Gracy Kelly Leal Rodrigues. Ela preten-de se casar em breve, mas antes desse passo tão importante, preferiu finan-ciar um apartamento, junto com o noi-vo. “Os alugueis são um absurdo, por conta do desenvolvimento da cidade. Então optamos por pagar mensalmen-te por algo que é nosso a investir um valor que não volta em aluguel”, desta-cou.

Foto: Yuri Spazzapan

Estudante ThaiaraLinhares e seu Marido

63www.expressaoms.com.br

De 2007 a 2009 média delocação era de 50 imóveis por mês

Atualmente a médiamensal é de 15 locações

3.500 unidades residenciaisjá foram construídas

1.400 novas unidades estãosendo construídas pela prefeitura

Valores variam de R$ 100 mila R$ 1 milhão

Imóveis mais procurados custamem torno de R$ 300 mil

80% dos pagamentos sãopor meio de financiamentos

O MERCADO IMOBILIÁRIODE TRÊS LAGOAS

80%Financiamento

CONSTRUÍDAS EM CONSTRUÇÃO

Valores variam de R$ 800 a R$ 5 mil

LOCAÇÃO

1º Feirão de Imóveis, realizado no final de maio, movimentouR$ 98 milhões com a venda de mais de 2 mil imóveis

Info

gráfi

co: L

ucas

Oth

on

64 www.expressaoms.com.br

Feirão da Caixa movimentouR$ 98,6 milhões em Três Lagoas

Em apenas três dias, o 1º Fei-rão da Caixa, realizado em Três Lagoas, foi responsá-vel pela movimentação de R$ 98,6 milhões no merca-do imobiliário. O feirão que

aconteceu no ginásio da Lagoa Maior entre os dias 29 e 31 de maio, atraiu milhares de pessoas e pelo menos 641 delas fecharam negócio. No primeiro dia, foram comercializados R$ 8 mi-lhões em imóveis, no segundo R$ 30 milhões e no último dia, R$ 60,6 mi-lhões. No Feirão, foram montados cerca de 20 estandes de imobiliárias, incorporadoras e prestadoras de ser-viços. Segundo Luiz Alberto Gusmão, presidente da Associação das Imobili-árias e Corretores de Imóveis de Três Lagoas, os valores dos imóveis, lotes e serviços continuaram os mesmos en-contrados no mercado antes mesmo da realização do evento, porém, mes-mo assim, a população contou com um serviço diferenciado. “A maior vantagem é que os consumidores puderam avaliar os ti-pos de imóveis e valores em um único espaço. Ficou bem mais fácil”, desta-

cou. Inicialmente, a previsão era que o Feirão movimentasse cerca de R$ 10 milhões. Porém, os números fi-nais surpreenderam os organizadores. Conforme Gusmão, a quantidade de pessoas que passaram pela feira foi muito maior do que o esperado e mui-tas pessoas já chegavam com todos os documentos em mãos, dispostos a já fechar algum contrato. “O movimento foi tão grande que o estoque de imó-veis disponíveis do Programa Minha Casa Minha vida, foi arrematado”, dis-se. Os imóveis mais vendidos custaram, em média, R$ 160 mil, po-rém, alguns clientes puderam investir até R$ 800 mil em uma unidade resi-dencial. A partir do mês de junho, os consumidores, que iniciaram suas ne-gociações no Feirão, vão se certificar da aprovação do crédito, oferecer a entrada exigida e aguardar para pegar as chaves do imóvel. Quem fizer todo esse procedimento até julho poderá começar a pagar a primeira parcela só em janeiro do ano que vem. Essa vantagem só vale para quem iniciou a negociação no feirão.

Prefeita fala sobre expansão imobiliária e seus reflexos Um dos pontos citados foi o alto preço dos aluguéis, que vem prejudicando a vida econômica de alguns três-lagoenses

Mercado Imobiliário

65www.expressaoms.com.br

A expansão imobiliária mu-dou radicalmente o perfi l de Três Lagoas. Há pelo menos dez anos era co-mum ver muitos terrenos

abandonados, e no centro da cidade o número de lojas era bem menor; hoje o centro cresce aceleradamente, che-gando cada vez mais perto de alguns bairros da cidade. Com a mudança foi necessário criar alternativas para que o município pudesse crescer de forma organizada e sustentável. Para isso, o Plano Diretor vem sofrendo alterações, que possam minimizar os impactos ambientais e até mesmo aos vizinhos de cada residência ou prédios comer-ciais. Segundo Márcia Moura (PMDB), prefeita do município, o Pla-no Diretor contempla inúmeras regras

que devem ser seguidas. Entre elas, um espaço destinado a área verde, que colabora com a absorção da água da chuva, janelas devem ser colocadas em pontos indicados pelo plano, para garantir a privacidade do morador e do vizinho, a criação de corredores especiais, dividir o perímetro urbano em 5 áreas de priorização do adensa-mento urbano, entre outros. “Estamos modernizando a cidade, mas toda essa mudança não acontece do dia para a noite. O importante é que estamos fa-zendo isso de forma sustentável e or-ganizada”, destacou. A expansão trouxe consigo, ainda, o aumento na arrecadação do IPTU (Imposto Sobre Propriedade Pre-dial e Territorial Urbana). No primeiro quadrimestre deste ano, o pagamento destes impostos rendeu R$ 10,324 mi-

lhões. O valor foi investido em infraes-trutura e também no setor da saúde. Segundo Márcia, era para ser repassa-do 15% do valor, porém, foi necessário investir 22% do valor em saúde. “De qualquer forma o investimento, feito através do IPTU, tem levado qualidade de vida para a população. Isso que é importante”, disse. Quanto aos valores exorbitan-tes de venda ou locação de imóveis e terrenos, a prefeita disse que esses va-lores realmente “são irreais”, e vem pre-judicando alguns moradores. Porém, a Prefeitura não pode interferir. “É a lei da oferta e da procura. Infelizmente nestes casos não há o que fazer. O que pudemos fazer foi entregar mais de 1,2 mil apartamentos a população que precisa e entregaremos outros 1,4 mil”, explicou.

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Prefeita Marcia Moura

66 www.expressaoms.com.br

Agronegócio

67www.expressaoms.com.br

Tecnologias são a força de uma pecuária mais forte

em Três LagoasSarah Minini

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

68 www.expressaoms.com.br

Entre 10 e 12 anos atrás a micro região de Três Lagoas possuía 1,1 milhão de cabeças, atual-mente este número reduziu

pela metade, isso porque com a gran-de oferta de arrendamentos oriunda das fábricas de celulose, tornou-se atrativo para o produtor disponibilizar suas fazendas para o manejo do euca-lipto. Entretanto, conforme é apontado pelo presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Pascoal Luiz Secco, o in-vestimento em insumos, recuperação de pastagens e tecnologia unidas ao melhoramento genético é a respos-ta para a recuperação da pecuária na região que possui condições de em longo prazo recobrar a quantidade de gado e porque não aumenta-la? Pascoal explica que a dimi-nuição da quantidade de gado, não necessariamente é culpa do aumento da quantidade de florestas, mas sim consequência da falta de investimento por parte do produtor para o desen-volvimento da cultura. “Tudo requer investimento, e muitos não investiram e a pecuária já enfrentava crises, com a queda do valor da arroba, então os produtores viram o eucalipto como uma oportunidade mais rentável, por-que quem não investiu em tecnologias fatalmente tinha uma produção mais baixa e consequentemente menos lu-cro”, explica o presidente. Outro ponto levantado por Pascoal é que o monopólio do frigorí-fico sobre o preço do boi também pre-judica o produtor. “Não somos nós que definimos quanto queremos pelo nos-so produto, no caso o gado, mas sim os frigoríficos, eles estipulam o preço e temos que vender. Claro que sempre dentro de uma oferta e procura, mas o pecuarista não tem força de argumen-to para melhorar valores e acabamos dentro de uma situação manipulada”, aponta.

Saneamento Mesmo assim o presidente aponta que a pecuária tem ganha-do novo ânimo na região, com maior busca por parte dos pecuaristas em tecnologia e capacitação além do me-lhoramento da genética. “Alguns tem

buscado sim novas tecnologias, mes-mo com as dificuldades do alto custo e o trabalho de manejo da terra. A partir de uma a parceria com o Sistema Fa-masul, Senar, Funar, Aprosoja e Sindi-catos Rurais envolvidos, foi implantado em Três Lagoas o programa “Mais Ino-vação”. Quinze fazendas participaram do programa na sua primeira etapa no município. “Eu mesmo, faz dois anos que participo e estou tendo ótimos

resultados. Temos que aproveitar essa tecnologia, independente do tamanho da fazenda. Fazemos pouco, mas bem feito”, diz. Pascoal aponta que onde co-locava apenas duas cabeças de gado, atualmente ele coloca 10. “O manejo também foi fundamental. Pretendo dar sequência e participar da segunda etapa. O Sindicato agora busca mais fazendas para participarem do Mais

Agronegócio

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Pascoal Luiz Secco,Presidente do Sindicato

Rural de Três Lagoas

69www.expressaoms.com.br

Inovação”, explica. Ele exemplifica com uma de suas fazendas. Em 5 alqueires cria atualmente 14 animais por alquei-re, o que representa 5.8 animais por hectare. “Se não fosse as tecnologias e a recuperação das pastagens não se-ria possível colocar nem 4 animais por hectare. Assim temos o sistema rota-cionado, que degrada menos o solo e podemos ter uma plantação sustentá-vel”, diz. Outro apontamento é refe-rente a genética dos animais e sua pre-cocidade. “Com um sistema bem feito de pastagens, tecnologias e insumos, precisamos também de bons animais“. Três Lagoas é bem avançada no que se diz respeito à genética. Em Araçatuba (município do interior de São Paulo lo-calizado a 150 km de Três Lagoas - MS) temos um local onde os embriões são fecundados e já produzimos bons ani-mais como melhoramento da espécie. Com tudo funcionando direito é uma cadeia. Se temos uma área favorável, com boas espécies, podemos abatê--los mais cedo, o que proporciona maior giro de animais e consequente-mente maior qualidade e rentabilidade no resultado final. O programa é coordenado por Mariana Urt que explica que o objetivo do “Mais Inovação”, além de inserir tecnologia nas propriedades rurais de Mato Grosso do Sul, alerta o produtor rural sobre as técnicas de um melhor aprimoramento nas pastagens degradadas e a melhoria do processo produtivo, com reflexos econômicos, sociais e ambientais. O programa é realizado em fases, a primeira parte foi a avaliação dessas propriedades, verificando esta-dos de degradação, e recentemente foi iniciada a segunda com a aplicação das tecnologias para melhoramento das áreas. “Com isso teremos a possibilida-de de quadruplicar a média de produ-ção de cada uma dessas propriedades, que em números gerais pode aumen-tar a quantidade de cabeças da região em até 30% ao ano se continuarmos com o trabalho adequadamente”, ar-gumenta. Desta forma, o presidente do Sindicato afirma que não se pode mais simplesmente colocar o gado em uma grande área de pasto e deixá-lo, é ne-cessário tratar a fazenda como uma empresa e toda empresa deve ser pro-dutiva, por meio da utilização de várias estratégias. “Quem não for produtivo,

não consegue crescer no ramo e é pos-sível, com trabalho e investimento”, co-menta. Atualmente Três Lagoas pos-sui 700 propriedades onde há criações de gado. A maior produção é de Nelore mais cruzamentos para engorda e cria. Dentre os produtores da região, apro-ximadamente 10 produzem gado de elite P.O registrado e L.A. Pascoal afirma acreditar na tendência de aumento da produção da pecuária local. "Com dedicação e investimento, tudo é possível, mesmo com a grande quantidade de flores-tas, temos condições com tecnologias, voltar a ter a mesma quantidade, mas primeiro deve sim haver uma mudança de postura do produtor, que precisa se capacitar e entender a necessidade de investir no setor”, pontua.

Com os resultados alcançados na primeira fase do programa, e depois das etapas de implantação e inovação,

Mais Inovação

será iniciado o Mais Inovação II. “Deve-mos trabalhar com o produtor rural por mais 24 meses. Iremos levar as novas tecnologias nas propriedades e tam-bém boas práticas de agropecuária, o BPA. Outro fator que iremos abordar é a boa prática de gestão. O produtor rural que não sabe fazer com que a sua empresa tenha uma ótima rentabilida-de, não consegue fazer gestão”, finali-za. Por meio de assessoria do Sindicato Rural de Três Lagoas, o en-genheiro Agrônomo, Delaor Vilela que realiza a parte técnica do programa, explicou sobre as etapas do Mais Ino-vação II e disse que “será feito um diag-nóstico da unidade de produção, de início. Logo na sequência, a elabora-ção do projeto técnico, ratificação e/ou retificação do projeto junto a Embrapa Gado de Corte ou Fundação MS; vali-dação do projeto junto aos produtores rurais, entrega do projeto aos produ-tores, aplicação da lista de verificações com elaboração do relatório do perfil

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

70 www.expressaoms.com.br

Agronegócio

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Marco Garcia, Pecuaristae Administrador

71www.expressaoms.com.br

Embora exista algumas corren-tes que afirmem que a grande quantidade de florestas na mi-cro região de Três Lagoas (MS)

ocasionou a diminuição da criação de gado, propondo essa mudança da cultura econômica negativa, há quem diga que as plantações de eucalipto fo-ram um fenômeno benéfico para pecu-aristas e proprietários rurais da região. “Há mudança da cultura eco-nômica sim, pois anteriormente o pro-pulsor da região era a produção de gado extensivo. Não havia outra possi-bilidade de manejo, senão esta, então quem possuía áreas rurais, as utilizava para o gado de corte”, diz o pecuaris-ta e administrador Marco Garcia. Atu-almente a migração de cultura é vista como uma seleção natural. Quem não havia optado por investir em tecnolo-gias de manejo, como criação de gado em sistema rotacionado, cuidados com as pastagens , ração, entre outros me-canismos, viu na plantação de eucalip-to por meio de arrendamento ou par-ceria, uma forma de captação de renda rápida, segura e sem trabalho. “Foi uma seleção natural, uma questão de aptidão para a pecuária.

de entrada da propriedade, recomendações para o atendi-mento dos itens não conformes na lista de verificação do programa de boas práticas agropecuárias; consultorias/execução das ações descritas no projeto, consolidação e apresentação dos resultados às entidades participantes e aos produtores rurais, análise e verificação da propriedade rural de acordo com a lista de verificação do BPA com ela-boração do relatório do perfil de saúde da propriedade”.

Rentabilidade da pecuária só depen-de de investimentos e tecnologia O responsável técnico pelo programa afirma que quando se fala em pastagens, é necessário saber que é pre-ciso buscar essa rentabilidade. “A pecuária ainda é rentável sim, só que temos que investir. Não podemos renovar as pastagens de 20 em 20 anos. Temos que fazer isso anual-mente ou de 2 em 2 anos”, reforça. Todo o trabalho reali-zado pela equipe do programa “Mais Inovação”, obedece o novo código florestal e também incentiva a diversificação da produção. Segundo os responsáveis técnicos, o objetivo

do programa, até o ano de 2015, é alcançar 225 proprieda-des. Para participar do “Mais Inovação”, o produtor rural deve ter capacidade de investimentos, recursos próprios ou financiamento; tamanho da área: 50 ha ou 10% da área; disponibilizar área para visitas técnicas; aceitar orientações técnicas e gerenciais de inovação; após validação do pro-jeto, realizar exclusivamente as ações previstas, não sendo admitida qualquer alteração e o investimento de contra-partida financeira de R$ 1.500,00 não será devolvido em nenhuma hipótese após assinatura do termo de adesão.

O Programa O programa é estruturado em forma de consultoria técnica e em treinamento nas diversas áreas dos conheci-mentos voltados à produção do campo, como: orientações na aptidão do uso do solo, oportunidades de negócios re-gionais de gestão, produção, beneficiamento, comercializa-ção, logística, construção de planos de negócios das ativida-des e serviços agrosilvopastoris.

Arrendamento ou Par-ceria

A plantação de eucalipto foi vislumbrada no agronegócio como mais uma possibilidade de business, sua terra seria produtiva, com maior rentabilidade sem precisar se desvenci-lhar do bem, ou seja, sem diminuir seu patrimônio. As formas de atuação na micro região de Três Lagoas são parce-rias ou arrendamentos com empresas como Eldorado Brasil do grupo JBS e Fibria, do grupo Votorantim. Na parceria o proprietário pode obter mais lucratividade, en-

Para alguns, o gado não apresentava tanta rentabilidade, quanto o que foi apresentado pelas empresas de celulo-se que buscavam propriedades próxi-mas a fábrica para maior desempenho logístico e lucratividade. Além da segu-rança dos contratos de 15 anos (duas colheitas) recebendo valores maiores do que receberiam na criação de gado, reajustados ano a ano conforme a alí-quota atual e prazos estabelecidos em contrato”, explicou o pecuarista.

tretanto, maior risco. Neste sistema o pagamento é feito de acordo com o crescimento esperado da floresta. “As empresas já possuem os cálculos de quanto cada floresta produz por ano, a margem de erro é muito pequena, então, normalmente os repasses são feitos coerentes com o previsto, mas há sim riscos, como situações climáticas ou até queimadas. Maior risco, corres-ponde a menor possibilidade de lucra-tividade”, diz Garcia. Outra é o arrendamento, em que os pagamentos também podem ser acordados, mensalmente, de seis em seis meses ou anuais. O contrato é o que define. Neste caso o proprietário não tem risco, nem trabalho, consegue rentabilidade pré-estabelecida e acor-dada proporcionalmente ao tamanho da área e localização, mas o imposto é maior. Todos os contratos são de 15 anos, posterior a isso não há garantias de renovação, porém, é uma forte ten-dência já que ambos os empreendi-mentos da celulose (Fibria e Eldorado) em Três Lagoas, anunciam a construção de novas linhas de produção e desta forma necessitarão de maior quantida-de de madeira”, explica.

Gado e Eucalipto: possibilidade de diversificação no agronegócioA diminuição de produtores na ocasião da ascensão do eucalipto foi uma seleção natural daqueles que não investiram em tecnologia e tinham baixa rentabilidade.

72 www.expressaoms.com.br

A rentabilidade da pecuária ain-da proporciona uma média de lucro menor do que o arren-damento para o eucalipto, e é

isso que realmente faz com que o euca-lipto consiga se prover e alcançar uma quantidade de florestas satisfatórias para a exploração da indústria de celu-lose, mas o que deve ficar claro é que mesmo o rebanho tendo diminuído, no mesmo ritmo que aumentaram as florestas de eucalipto, por este aspecto, não pode-se entender que as gigantes da celulose sejam as vilãs dos pastos, ao contrário. “ A partir disso foi possível di-versificar as culturas e escolher os sis-temas de produção. Hoje o pecuarista pode por os "ovos em diferentes cestas". "Agora ele pode ceder uma área para parceria ou arrendamento e criar gado da mesma forma" explica. Atualmente mesmo com a diminuição de áreas de pastagens na região, seria sim possível voltar a ter a mesma quantidade de gado que 15 anos atrás, e até mesmo aumentar o rebanho, desde que isso seja interessante para os pecuaristas. Garcia explica ainda que no caso de sua família, sempre houve in-vestimentos em novas tecnologias, o que fez com que eles permanecessem no negócio de criação de gado. Mesmo assim ele afirma que 5% de seu patri-mônio em terras é direcionado para atuar em parceria com a Eldorado Brasil. Esse percentual representa 50% de uma propriedade, onde também há criação de gado e a lotação não foi afetada quando o pecuarista decidiu por fazer esta parceria. A explicação de Garcia vai além, ele afirma que se ele quisesse des-tinar mais da metade do seu patrimônio em terras para arrendamento ou par-ceria com florestas de eucalipto, ainda poderia criar a mesma quantidade de gado que possui no mesmo espaço. “O índice de lotação é baixo no país e em nossa região. A média atual de ocupa-ção é de 0,8 UA por hectare (UA – Uni-dade Animal) é de 450 quilos, mas o nú-

mero pode saltar para 2, com o manejo adequado”, explica. “Essa foi uma forma de diver-sificar os meus investimentos, além da parceria ainda planto eucalipto em ou-tra área, para extração de madeira. To-das essas possibilidades deixam não só a mim, mas como as outras pessoas en-volvidas no agronegócio, outras fontes de renda. Diversifica nossa produção e diminui os riscos de ter uma só ativida-de. Essa é a forma que eu entendo”, diz. O pecuarista explica que entre 5 e 6 anos atrás, a pecuária proporcio-nava baixa rentabilidade, mas nos úl-timos meses os preços melhoraram e houve uma recuperação de 20%, diante a defasagem de 30% no preço da ar-roba, nos últimos anos . “É sem dúvida um fôlego, porque além da rentabili-dade ainda estar abaixo do esperado, sofremos também os efeitos do clima. Em 2010, por exemplo, uma seca histó-rica na época de seca, já em 2011 tam-bém houve uma seca intensa. Em 2012 um alívio, choveu normal, mas no ano passado até choveu bem, mas tivemos

Tendência para o crescimento da pecuária

Sistema de integração pecu-ária e floresta, pode ser uma possibilidade rentável

uma geada e queimou todo o pasto, onde até algumas plantações novas de eucalipto chegaram a morrer e este ano não choveu no período das águas, algo jamais registrado anteriormente, mas o produtor rural deve estar prepa-rado para essas intemperes, por isso a importância de se investir nas tecnolo-gias”, diz. No caso, a família de Garcia cria três tipos de rebanho, o de elite (Nelo-re e Guzerá), gado de cria e engorda e mesmo o pecuarista tendo apontado algumas condições desfavoráveis para pecuária na região, ele acredita que o setor vem recuperando as forças e que a tendência é melhorar. “Apesar dessa seleção natural, atualmente os pecu-aristas que estão bem no mercado é porque fazem uma boa gestão finan-ceira. Agora o que devemos começar é aumentar a produtividade de gado na região. O potencial é gigante, mas com muito trabalho e investimento e tecno-logia. O rebanho tem tudo sim para vol-tar a crescer, igualar aos números de 15 anos atrás ou até aumentar”, finaliza.

Mostrar a recuperação de áreas degradadas, diversificação de renda, aumento da produtividade e profissionalização da gestão do setor agropecuário é um dos trabalhos que desenvolve Mateus Arantes na fazenda São Mateus. Para isso ele construiu uma parceria com a Embrapa Agropecuá-ria Oeste e Embrapa Gado de Corte, para desenvolver em sua fazenda e apresentar para produtores da região o sistema de ILP (Integração Lavoura e Pecuária) com o processo de rota-ção de cultura de pastagem e soja (no caso a produção da São Mateus é de soja e milho). O destaque é que este

sistema na São Mateus tem sido consi-derado um sucesso, mesmo em áreas de solos arenosos e podendo-se dizer que Três Lagoas pode ter um sistema de agricultura juntamente com a pe-cuária. Para os pesquisadores da Em-brapa, Júlio César Salton e Ademir Zim-mer, a busca pela sustentabilidade é peça de destaque. “Os resultados obti-dos com o uso do Sistema São Mateus são positivos e quanto mais produto-res implantarem o sistema, melhor será a qualidade do solo da região. É bom perceber que o número de produtores que utilizam essa tecnologia na região está aumentando”, diz Salton.

Agronegócio

73www.expressaoms.com.br

Ações Práticas

Para conseguir sucesso na fa-zenda, processos como a recuperação de áreas degradadas, voltados para a química e física, foram feitos, assim como um sistema de rotação de cul-tura ideal, bovinos a pasto sem ração, dimensionamento de máquinas, assis-tência técnica, pesquisa, associativis-mo e também treinamento de pessoal. “Com tudo isso funcionan-do corretamente, conseguimos em 2011/2012, colher 94 sacos de milho safrinha e 43 de soja. Hoje temos 1.000 he de área útil na fazenda com um solo de 9% a 70% de argila. O plantio direto de soja representa 650 he. Temos 1.700 cabeças de animais de cria, recria e en-gorda”, conclui Mateus.

Pesquisa etecnologias

Há seis anos Mateus apoia as pesquisas e utiliza o sistema em sua propriedade e se diz muito satisfeito com os resultados obtidos até o mo-mento. “Precisamos mudar a forma de fazer agricultura em regiões de terras baixas, de pouca fertilidade e pouca chuva. A utilização de sistemas inte-grados, como a ILP (Integrado Lavoura Pecuária), nesta região tem se mostrado uma excelente alternativa para o pro-dutor. Mas, é preciso mudar a forma de pensar do pecuarista, que também pas-sará a ser um agricultor, implicando em capacitação, investimentos e mudanças na rotina de uma fazenda tradicional", diz. Mateus também coloca o uso da tecnologia como estratégia para o desenvolvimento do agronegócio. Se-gundo ele, esse processo iniciou-se em

2003 e desde lá teve momentos ruins, médios e bons. “Em 2005 pensei em desistir, mas mesmo assim tentamos. Já em 2011 iniciamos com o milho sa-frinha. Nesses anos também plantamos soja. Já em 2012 começamos a estabe-lecer processos dentro da fazenda e vi-rou uma administração compartilhada. Hoje, precisamos pensar muito na tec-nologia, pois conseguimos aplicá-la no plantio direto em pastagem, no nelore P.O, na utilização do sistema DeltaGen, no desenvolvimento de uma agricultu-ra de precisão, na ultrassom de carcaça e carne, e também na administração profissional”. O produtor aponta que a pe-cuária necessita de muito investimen-to e seu alto custo fez com que muitos pecuaristas arrendassem suas fazen-das, entretanto, ele entende o negócio como aptidão e quem trabalha com a terra precisa aprender sobre ela, e será muito feliz em seu manejo. “Você pri-meiramente precisa saber se quer ser produtor rural ou dono de terra. Se não

souber isso, fica difícil saber aonde quer chegar. Eu precisei aprender isso, junta-mente com minha família, para que o processo desse certo”.

PecuaristaMateus Arantes

Foto: Divulgação

74 www.expressaoms.com.br

Eldorado deve mais que dobrar sua área de plantação de eucalipto

Com todas as áreas de plantio no Mato Grosso do Sul, a área produtiva (área plantada somada a re-cém colhida) da Eldorado é de mais de 174 mil hec-tares. Somente no primeiro trimestre deste ano,

foram plantados cerca de 10 mil hectares de florestas de eucalipto. Essa informação é de Carlos Justo, Gerente de Planejamento da Eldorado. Na Eldorado é utilizado um sistema estratégico em que apenas 15% de terras são próprias e 85% arrendadas ou parcerias. Desta maneira, o proprietário na região man-tém suas terras permitindo que ampliem sua renda sem excluí-los do negócio. “É importante destacar que nos três casos (terras próprias, arrendadas ou parcerias) toda a mão de obra é composta por funcionários colaboradores pró-prios da Eldorado, que utilizam máquinas modernas e al-tamente tecnologicas para plantações, cultivos e colheitas. Com estas ações, trabalhamos para garantir uma floresta de qualidade a custos cada vez mais competitivos”, acrescenta o gerente. Com a ampliação da fábrica já é meta da Eldorado Brasil até 2019 ter plantado 370 mil hectares de florestas de eucalipto. “Nossa base florestal vem sendo planejada e preparada para atender com qualidade e sustentabilidade a toda a demanda da indústria, inclusive para o projeto da segunda linha. Temos metas desafiadoras para este ano. Ire-mos colher mais de 5 milhões de metros cúbicos de madeira para atender a produção atual de celulose e plantar 50 mil

hectares para a continuidade do nosso projeto florestal”.

Fibria quer reduzir quantidade de flo-restas Com uma área total de 343.318,41 hectares de área, desse total 178.507,59 hectares de floresta plantada, mesmo com a ampliação da fabrica seu complexo fabril prevista para este ano, a empresa afirma que uma de suas metas em longo prazo é reduzir sua quantidade de flores-tas. Tudo isso a partir de tecnologias de melhoramen-to das plantas e dessa forma cada vez mais utilizar menos madeira para maior quantidade de celulose. Desta forma a pretensão da Fibria é que cada vez mais as árvores sejam colidas em idade correta e consequentemente plantas maiores. Segundo seu estudo de metas aumentando a pro-dutividade de 10 toneladas de celulose/hectare/ano, em 2011, para 15 toneladas/hectare/ano, em 2025, por meio de: técnicas convencionais de melhoramento genética, me-lhoria da gestão florestal, é possível inclusive o aumento da produtividade industrial. Os benefícios são menor concentração fundiária maior disponibilidade de terras para outros usos aumento de competitividade e maior retorno aos acionistas. Atual-mente a Fibria produz por ano 12 milhões de mudas.

Agronegócio

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

75www.expressaoms.com.br

76 www.expressaoms.com.br

Tendência

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Empresária Ana Paro e sua mãe Sônia Paro

77www.expressaoms.com.br

Pet Shops: essemercado é “o bicho”Donos de cachorros podem chegar a gastar cerca de R$ 500 por mês em Três Lagoas

Dados da Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul) apontam que Três Lagoas possuí atualmente 38 Pet Shops ativos. Segundo levantamento do órgão,

somente nos dois últimos anos foram abertos 15 estabelecimentos do ramo no município, sendo oito em 2012 e sete no ano passado. E nos cinco primeiros meses deste ano já foram abertos mais três. O motivo não poderia ser outro: a busca pelo lucro, considerando que em média um dono de dois cachorros de pequeno porte pode chegar a gastar nestas lojas cerca de R$ 500 por mês en-tre banho, tosa, ração, remédios e brinquedos que proporcionam bem estar aos bichinhos. Esse é o caso da empresária Ana Paro, dona do Shih-Tzu Toby, de 9 anos e do Lhasa Apso Fubá, de 1 ano. “Eles tomam banho em Pet Shops toda semana e só com esse serviço gasto cerca de R$ 250”, disse a empresária que aproveitou a opor-tunidade para lembrar que não economiza para proporcionar bem estar aos seus cães. “A ração de-les é de qualidade, compro brinquedos e quando

Guilherme Henri

ficam doentes gasto o que for necessário para que se recuperem”, afirma. E os gastos não ficam apenas em produ-tos e serviços. Ana conta que Toby foi seu primeiro cachorro e que ele morou com ela em um aparta-mento em Campinas (SP) por quatro anos. Embora ela destinava o máximo de atenção e tempo que podia ao seu cãozinho ele acabava ficando um pouco sozinho o que o tornou “um fujão” quando ela regressou para Três Lagoas. “O Toby não pode ver um portão aberto que já corre para rua. Ele já deve ter fugido umas cinco vezes de casa. Uma vez ele ficou cinco dias desaparecido e para encontrá--lo imprimi cinco mil panfletos, um outdoor, anun-ciei em rádios e contratei uma moto com som para dizer que ele estava desaparecido e que oferecia uma recompensa de R$ 300 para quem encontrá--lo”, comentou. Dias depois Toby foi encontrado em um sítio e devolvido à dona que pagou a recompen-sa. “Para tentar fazer ele parar de fugir adotamos o Fubá. Eles são como filhos, em casa possuem hora do almoço e do pão”, ressalta.

78 www.expressaoms.com.br

“Existe competitividade, mas não mão de obra qualificada”

Com donas como Ana, empresários e veteri-nários tem apostado nesse mercado visando lucro. Contudo, com a abertura de muitos estabelecimentos do ramo em Três Lagoas o mercado fi cou mais competitivo e para uns menos lucrativo. O veterinário Teodoro Paiva, proprietário de uma casa de ração que está

no mercado há três anos revela que no começo ele obtinha mais lucro, mas agora a disputa entre os proprietários está acirrada. “Minha loja também oferecia o serviço de banho e tosa, porém, devido a falta de mão de obra qualifi cada pre-cisei deixar de atuar nessa área e centrei apenas em vender ração, assessórios e alguns animais de pequeno porte”, disse o veterinário, que ainda ressaltou que diversas vezes foi “dei-xado na mão” por funcionários. “Aos que pretendem investir nesta área em Três Lagoas minha dica é para que o empre-sário tenha paciência, pois o dono do animal está cada vez mais exigente”. Opinião que foi compartilhada pelo veterinário Ra-fael Bonato, proprietário de um Pet Shop que além de ofere-cer banho, tosa, ração, remédios e assessórios também rea-liza atendimento clínico. “O que vemos com freqüência em Três Lagoas são Pet Shops com um atendimento ruim. E jus-

tamente nessa área que procuro meu diferencial oferecendo atendimento de até 24 horas para os donos”, disse o vete-rinário que é de Andradina (SP), cidade em que se formou e que está no ramo há seis meses. “A princípio vim a Três Lagoas para trabalhar em uma clínica e após um tempo foi me oferecida a oportunidade de assumir os negócios”, relata Bonato que enfatizou que o mercado para o ramo esta em expansão no município. “Embora exista um grande número de Pet Shops na cidade existem grandes defi ciências neste mercado em Três Lagoas, como por exemplo, a cidade pos-sui apenas uma clínica que oferece exame de raio-x para os animais de pequeno porte, mas que muitas vezes está que-brado. Quando isso ocorre geralmente preciso encaminhar meus clientes para a cidade mais próxima que possui este serviço, como Andradina e consequentemente o mercado em Três Lagoas deixa de ganhar”, conta o veterinário. Para tentar se sobressair no meio dos colegas de profi ssão Bonato ainda aposta em um serviço diferenciado: o hotel para os pets. “A diária é de apenas R$ 15. Caso o dono precise viajar ou se ausentar de sua residência e não quer deixar seu cachorro sozinho, ele pode deixá-lo aqui, que receberá o melhor atendimento para que não sinta tanta a ausência de seu dono”, explica.

Proprietários de Pet Shops e Casa de Rações relatam os desafi os do mercado neste segmento em Três Lagoas

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

VeterinárioTeodoro Paiva

VeterinárioRafael Bonato

79www.expressaoms.com.br

No entanto, vale ressaltar que muitos donos desses animais não possuem condições de bancar estes altos custos que este mercado cobra. E para isso o vereador Beto Araújo (PSD) elabora um projeto de um Hospital Veterinário, para proporcionar estes atendimentos oferecidos por Pet Shops e Clínicas Veterinárias, gratuitamente a famílias com menor poder aquisitivo e que também possuem cães e gatos. “Estou realizando uma série de visitas nos melhores hospitais veterinários do país, como por exemplo, o de São Paulo, que é modelo nacional que servirão de referência para o nosso”, disse o parlamentar que aproveitou para ressaltar

PORQUE ELES MERECEM !

RAÇÕES AGRANEL ÀPARTIR DE

R$ 1,80

DISK ENTREGA3524.98783522.0789

Loja 01R. Yamaguti Kankit, 1544 - São Carlos

(67) 3524.9878 . Três Lagoas/MS

Loja 02Av. Rosário Congro, 2357 - Colinos

(67) 3522.0789 . Três Lagoas/MS

Consultas Farmácia Vacinas Brinquedos Roupas Acessórios Ração

que embora a idéia seja considerada uma boa alternativa, ain-da não houve uma reposta positiva do Poder Público no que se refere a investimentos para a construção da unidade no município. “Para que a ideia não fi que apenas no papel estou buscando parcerias. A Petrobras sinalizou o interesse em ver o projeto quando ele for concluído”, revela, aproveitando para destacar que o hospital irá oferecer todo o tipo de atendimen-to clínico e exames para os pets. Além das visitas em hospitais, Beto Araújo ainda con-ta com o apoio do vereador mais bem votado de São Paulo e do Brasil, Roberto Tripoli (PV), que também é ativista na causa dos animais.

Três Lagoas pode ganhar hospital veterinário

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Beto Araújo tentou em vão salvar a vida deste cachorro, com um hospital isso seria possível, segundo ele.

80 www.expressaoms.com.br

Parceria entre a Fibria e a Cooperativa de Apicultores de Brasilândia resultou em uma das maiores produções de mel do Estado

Parceria entre a Fibria e a Cooperativa de Apicultores de Brasilândia resultou em uma das maiores produções de mel do Estado

União comsabor de melUnião comsabor de melPatricia Acunha

Apicultura

81www.expressaoms.com.br

82 www.expressaoms.com.br

Aposta no mel José Henrique dos Santos Al-meida, 29 anos, atua como apicultor há quatro e no momento é o presidente da Associação Brasilandense dos Api-cultores (ABA). O interesse pelo ramo de apicultura, segundo ele, foi devido a atividade ser ligada ao meio ambiente, que garante renda e sustentabilidade de uma forma autônoma e em sintonia com a natureza. Ao despertar a sua atenção na apicultura, José Henrique iniciou o processo para começar a sua produção, entretanto, ele admite que não foi nada fácil. “Foi difícil, pois não havia tanta in-formação sobre o manejo, e não tínha-mos também nossos equipamentos para extração. Trabalhávamos com equi-pamentos emprestados, éramos apicul-tores em número menor e não tínhamos uma perspectiva tão boa como temos hoje, pois não existia um plano de ne-gócio bem elaborado. A ideia ainda era produzir e entregar nas mãos dos atra-vessadores”, relembra. Embora naquela época a ABA tivesse a produção de mel, para conse-guir o aumento da demanda da matéria prima, a associação não era suficiente. Então os apicultores resolveram em 2012 solidificar a união fundando a Coopera-tiva Brasilandense de Apicultores – Coo-

Trabalho do dia a dia As colmeias estão instala-das nas áreas de florestas plantadas de eucalipto da Fibria. “A empresa é parceira e ajuda a desenvolver a apicultura em toda a região por meio de fornecimento da floresta e também de consultorias de alto nível em conhecimento técnico” – conheça mais o trabalho desenvol-vido com os apicultores em parce-ria com a indústria Fibria no box ao lado Lá, é feito o trabalho de apicultura, onde é recolhido o mel extraído pelos próprios apicultores. A parceria na produção é tão gran-de, que o presidente da associação falou da sintonia entre os coope-rados. “Aqueles que já possuem os veículos trocam serviço com os que não possuem”, disse.

A ciência já comprovou os principais benefícios do mel: ajuda a eliminar toxinas fa-vorecendo a digestão; revi-

gorante para as pessoas cansadas e nervosas; prevenção de combate de gripes e constipações, expectorante no combate a tosse, inclusive de indivídu-os fumantes; bactericida, anticéptico, antirreumático, vasodilatador, diuré-tico e digestivo, dá vida aos cabelos e ajuda no tratamento da gastrite. Quem passa pelo município de Brasilândia, localizado na região Costa Leste de Mato Grosso do Sul, a 450 quilômetros de Campo Grande, nem imagina que o local está se tor-nando um dos maiores produtores de mel do Estado. Tudo isso, se deve a união entre apicultores e a Fibria para que o negócio sustentável esteja se so-lidificando na região.

Apicultura

peraba. Segundo o presidente da ABA, a ideia da fundação da cooperativa nasceu graças ao Programa Redes (que conta com a parceria da Fibria, BNDES e o Instituto Votorantim), quando eles foram pré-selecionados por um projeto elaborado pela própria entidade. “Houve a necessidade de montar uma coopera-tiva para poder comercializar os nossos produtos direto para os mercados con-vencionais e também acessar algumas políticas públicas como PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), pois a associação é sem fins lucrativos e não poderia vender o mel”, disse. José Henrique explicou que o objetivo desta cooperativa é fomentar o negócio apícola na região Costa Leste, alinhando tecnologia e conhecimento para a geração de renda e novas oportu-nidades. Hoje, a entidade conta com 22 cooperados. A produção de mel vem cres-cendo a cada ano que passa. Segundo dados da associação em base de infor-mações do Instituto Brasileiro de Ge-ografias e Pesquisa (IBGE) Brasilândia ficou com o 1º lugar no Estado na pro-dução de mel em 2012, com a marca de 82 mil quilos. Entretanto, em 2013 foram extraídos 15 mil quilos de mel e o presi-dente justificou a queda.

“Isso foi devido a falta de chu-vas no ano passado, que foi atípico para a produção de mel. Em 2014 a expectativa é de uma produção maior e estamos oti-mistas, pois já produzimos 30 mil quilos nos primeiros quatro meses e quanto a marca atingida em 2012, queremos supe-rar agora em 2014”, explica.

83www.expressaoms.com.br

Doce futuro Com essas ações, a tendência é que aumente ainda mais a produção de mel no Estado. O presidente da ABA disse das perspectivas positivas da as-sociação diante das ações que estão para serem executadas na região. “São as melhores possíveis, pois levando-se em consideração os avanços que adquirimos nos últimos anos, toda a estrutura que estamos construindo para dar suporte ao cres-cimento desta atividade, tanto pelo crescimento individual de cada apicul-tor, quanto pelo aumento de número de cooperados, já que vamos sair das mãos dos atravessadores e vamos nós mesmos colocar nosso produto no mercado com um valor agregado pelo beneficiamento de rastreabilidade e certificação orgânica, tornando a ati-

vidade mais rentável e atraindo outras pessoas ao negócio. Em breve vamos ter casos de sucesso dentro da nossa associação e isso vai contribuir para despertar o interesse de futuros api-cultores”, salientou. O presidente também ressal-tou que a partir do meio do ano, a ideia será beneficiar a comunidade local, tanto na merenda escolar quanto nos mercados convencionais. Embora tenha um índice posi-tivo de produção, o presidente aponta ainda as dificuldades que a entidade possui. “Atualmente é aprender a ge-rir um negócio tão promissor, conso-lidar um mercado aquecido e ávido por um produtor com alto padrão de qualidade, com aumento significativo na oferta do mel através do aumento

da produtividade e inserção de novos membros no grupo, além de que ago-ra muda a realidade. Vamos deixar de ser informal e tocar uma empresa que já nasce forte, pela história da associa-ção e pelos parceiros que acreditam na ideia e os dão apoio para tirar do papel esse sonho de liberdade e valorização dos produtos da nossa terra”, disse. Por se tratar de uma associa-ção, José Henrique disse que a ativi-dade está aberta para quem quiser participar da produção de mel. “Os in-teressados em aderirem à apicultura devem procurar a Associação e se tor-narem sócios, em seguida, agendamos um curso sobre apicultura básica, além de dar todo o suporte e informação necessária para começar de forma em-preendedora”, informou.

84 www.expressaoms.com.br

PROJETO COLMEIAS

A parceria entre pequenos pro-dutores entre grandes empre-sas tem mostrado o sucesso e destaque nos negócios em

nosso Estado. Esta é a relação da Co-operaba com a Fibria, empresa líder mundial na produção de celulose de eucalipto, sendo uma de suas fábricas instaladas em Três Lagoas, a 350 quilô-metros da capital de Mato Grosso do Sul. “O apoio da Fibria se dá de duas formas: por meio da parceria entre a as-sociação e a empresa, que é o Programa Comeias e a viabilização e maquinário da casa do mel”, disse o presidente. O presidente explica que além da consultoria técnica prestada pela Fi-bria, o Projeto dá suporte à associação. “Isso nos ajuda entender um pouco mais sobre a gestão do projeto em si, e também a gestão do negócio onde os cooperados vão estar mais capacita-dos pra gerir essa agroindústria e trazer mais benefícios e oportunidades para

todos. Este projeto se chama Colmeias”, salientou. Segundo José Henrique, o ob-jetivo do programa é contribuir para o aperfeiçoamento da atividade apícola na região, implantando novas tecnolo-gias em conjunto com os apicultores e agricultores dos assentamentos. “Isso sem dúvida é o diferencial de toda a nossa região, até pouco tempo atrás, éramos inexpressíveis no setor apícola dentro do nosso Estado e hoje já rece-bemos contatos de apicultores e en-trepostos interessados no nosso mel de norte a sul do país, sinal de que esta parceria vem dando resultado e é incrí-vel fazer parte de todo este processo de transformação de conceito e perceber que a floresta traz muito mais benefício que imaginávamos. É só saber alinhar os conhecimentos necessários com as pessoas que estão dispostas a trabalhar pra fazer acontecer, só temos a agrade-cer a Fibria pela oportunidade” encerra.

O programa Colmeias atua também em Três Lagoas, Brasilândia e Água Clara e conta atualmente com 142 apicultores. Com a integração dos três municípios, gera a produção de 140 to-neladas de mel em Mato Grosso do Sul. Existente há cinco anos, o programa já se estendeu por outros estados do país onde a empresa atua, sendo em São Paulo, Bahia e Espírito Santo. O número total de produtores de mel chega a 700 com a produção de 800 toneladas. De acordo com a Fibria, o Col-meias tem como proposta contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos apicultores, gerando trabalho e renda por meio de desenvolvimento e aperfeiçoamento da cadeia apícola. Isso acontece com a instalação das colmeias nas áreas da empresa, onde as florestas estão ainda em fase de floração, para que as abelhas utilizem do néctar para a produção do mel. A consultora de sustentabili-

foto: divulgação

Apicultura

EXPRESSÃOOMS

ASSINE JÁ

54,00

R$

A VISTA

OU

18,00R$3X

www.expressaoms.com.br

*Assinatura anual

85www.expressaoms.com.br

EXPRESSÃOOMS

ASSINE JÁ

54,00

R$

A VISTA

OU

18,00R$3X

www.expressaoms.com.br

*Assinatura anual

86 www.expressaoms.com.br

MAIORES PRODUTORAS DE MEL DE MS A parceria entre empresa pri-vada (Fibria), produtores de mel (api-cultores) e município (Prefeitura de Brasilândia) tem sido fundamental para que o município de Brasilândia tenha se destacado com um dos mais impor-tantes polos de apicultura (criação de abelhas com ferrão) e meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) de Mato Grosso do Sul. Além disso, outro fator favo-rável apontado pelo secretário munici-pal de Desenvolvimento Econômico e Agricultura, João Luiz Almeida Rosa é o potencial de produção de mel de euca-lipto e silvestre que o município possui. A parceria entre a associação a coopera-tiva de apicultores também conta com a ajuda da Federação dos Apicultores e Meliponicultores de Mato Grosso do Sul. De acordo com o secretário, Brasilândia destaca-se como importante polo apí-

cola, produzindo cerca de 82 toneladas de mel por ano, conforme o IBGE (Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-ca) em 2012 e já pode ser considerado o município com a maior produção de mel do Estado que é comercializado in-ternamente e para outros Estados. “Essa produção, no ano de 2007, era de apenas 3.260 quilos (IBGE, 2007) e o aumento da produção de mel nos últimos cinco anos deve--se principalmente à parceria entre a Associação de Apicultores de Brasilân-dia, a ABA, com a empresa Fibria, na qual os apicultores foram capacitados em diversos treinamentos e recebe-ram autorização para trabalhar nos hortos de eucalipto da empresa para produzir mel”, disse o secretário. Por esse destaque estadual, Brasilândia sediou ainda neste ano o 9º Encontro Sul-Matogrossense de

INVESTIMENTO Segundo a Fibria, além do apoio aos apicultores no Programa Colmeias, outra parceria que ajuda no desenvolvimento econômico desta atividade é o Programa Redes, sendo uma parceria entre a Fibria, o Institu-to Votorantim e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), com o investimento mais de R$ 1 milhão na construção e compra de equipamento para as duas Casas do Mel, localizadas em Brasilândia e em Arapuá, distrito de Três Lagoas. Em Brasilândia, com a existên-cia da Casa do Mel, o investimento será para ampliação da unidade e compra de mais equipamentos para o proces-samento e envasamento. Com isso, de-verá ser atendida a demanda dos api-

dade, Evânia Lopes, explica que com o apoio de uma consultoria técnica especializada, periodicamente os api-cultores recebem qualificações e capa-citações para potencializar a produção. “O programa está inserido em uma das metas de sustentabilidade de longo prazo da Fibria, que é ajudar a tornar 70% dos projetos de geração de renda autossustentáveis. É importante ressal-tar, que o ganho da empresa com uma ação como esta, é contribuir para o de-senvolvimento sustentável das comuni-dades onde ela atua, além de fomentar um ambiente de confiança e coopera-ção entre comunidades e empresa”, dis-se. As principais ações desen-volvidas pela consultoria é o estudo minucioso, com o nome de georrefe-renciamento, na qual determina qual é a melhor localização para que as colmeias sejam posicionadas em meio às florestas plantadas de eucalipto. “Hoje nós contamos com cerca de 50 mil hectares que são utilizados como pasto apícola em Mato Grosso do Sul, e o estudo possibilita uma distribuição uniforme das colmeias, para que todos os apicultores participantes do progra-ma tenham um bom local para colocar as colmeias e uma produção maior de mel”, diz Evânia. Segundo José Henrique Almei-da, presidente da ABA, a expectativa é

de crescimento. “O Colmeias dá todo o amparo que precisamos e mantém a sustentabilidade da atividade. Antes do programa, havia poucos apicultores em Brasilândia e eles tinham a atividade como hobby, após a parceria essa reali-dade começou mudar e a tomar um ar mais profissional. Acredito que em bre-ve começará a aparecer os casos de su-cesso, o que sem duvida, vai atrair mais pessoas e gerar mais credibilidade para a cadeia produtiva do mel”.

Apicultores, que contemplará um novo momento que a apicultura e meliponi-cultura estadual atravessam. “Um período de fortaleci-mento das entidades que compõem a governança do setor no Estado e também pela continuidade do pro-jeto ‘Caminhos do Mel’ para a produ-ção de mel rastreado, que trará mais desenvolvimento e profissionalismo para a atividade, possibilidade de melhores preços e consequentemen-te maior renda para o apicultor e sua família, com respeito ao meio am-biente e de maneira sustentável, ca-racterísticas da apicultura e melipo-nicultura e que ganhará força com a realização deste importante evento e outro importante passo na atividade apícola, que será a introdução do mel na merenda escolar”, finalizou João Luiz.

cultores locais. Em Três Lagoas, no distrito de Arapuá, a Casa do Mel será construída para beneficiar os apicultores da As-sociação Três-lagoense de Apicultores (ATLA), que também será equipada com maquinários para o processamento e envasamento do mel. “A intenção, é que por meio dessas duas Casas do Mel, a produção possa ser certificada e dispo-nibilizada para compras públicas com o objetivo de fortalecer as associações e agregar mais valor a renda dos atores envolvidos”, finaliza Evânia.

Apicultura

87www.expressaoms.com.br

Parabenizo a todos os três-lagoenses, bem como atodos que se encantaram com este município eaqui decidiram residir e fazer parte da nossa história.

Vamos juntos continuar construindo essa história.

Neste dia 15 de junho, ao completar 99 anos, Três Lagoas destaca-se dentre as principais cidades do Estado. Muito ainda há que se fazer, e com trabalho, dedicação e planejamento, alcançaremos lugares ainda mais altos.

Ângelo Guerreiro

88 www.expressaoms.com.br

Muitos negócios em Três Lagoas e o lazer onde fica?Turismo de lazer, de negócios e eventos em conjunto com demais municípios da região, fazem parte de estudos para desenvolver o setor, mas infraestrutura deficiente e ausên-cia de cultura voltada para atender o turista são questões que necessitam de atenção especial.

Sarah Minini

Turismo

89www.expressaoms.com.br

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

90 www.expressaoms.com.br

Ainda tentando consolidar o Turismo de Lazer em Três Lagoas, o departamento de Turismo vem participando de eventos como o Fórum Regional do Turismo entre outros para conseguir recursos

e estar inserido em programas que fomentem o desenvol-vimento do setor no município. O Diretor de Turismo de Três Lagoas (MS), Ottony Ávilla Ornellas, afi rma que o turis-mo não pode mais ser dependente de recursos da Fundtur (Fundação do Turismo do Mato Grosso do Sul) para sobrevi-ver, mas de recursos diretos de projetos específi cos, mesmo assim não pode pautar seu sucesso em um crescimento in-dividual com eventos esporádicos, mas com o crescimento da região, já que a Seprotur setoriza os investimentos e pro-jetos de turismo, como, por exemplo, o desenvolvimento da macro-região da Costa Leste. Dessa forma é necessário criar oportunidades para que existam eventos intercalados com os municípios da Costa Leste: “Três Lagoas foi convidada junto com outros municípios da Costa Leste a sediar uma etapa do regional de jogos de vôlei de areia. O mesmo já acontece com cam-peonatos de motocicletas, que são realizados em outras ci-dades da região”, diz. Em relação a potencialidade turística de Três Lagoas, com a exploração dos rios, Ornellas explica que ainda é muito difícil implantar um projeto no Jupiá, por exemplo, às margens do Rio Paraná, porque o local é da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), que de tempos em tempos tenta, inclusive, retirar a população ribeirinha dos leitos do rio, já que, mesmo os que vivem no local já foram inclusive indenizados. “Precisamos estudar locais que convivem em har-monia e que conseguiram desenvolver bons projetos para usar esse potencial, inclusive incorporando esses restauran-

tes, bares e a população que conta uma parte da história de Três Lagoas. Enquanto não conseguimos isso, o Jupiá será um potencial inexplorado”, explica. Mesmo assim fala de uma parceria com professores da federação da canoagem para treinarem professores de educação física em Três La-goas, para que crianças e adolescentes possam ter aulas de canoagem e num futuro até mesmo passeios, travessias e campeonatos. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Eco-nômico, onde é acomodada a pasta de Turismo, passou a ser responsável pelo Balneário Municipal, e agora busca for-mas de torná-lo mais atrativo, ampliando horário de aten-dimento, pesquisa para saber a viabilidade de camping e produção de eventos, como já ocorreu na Lagoa Maior, com diversas bandas. Já sob a tutela da Secretaria, foi realizado este ano o Campeonato de Pesca, promovido pelo Grupo RCN, mas com parceria e apoio da prefeitura; ou seja, é o setor público criando ambiente para que o setor privado invista em atividades turísticas. O evento contou com 374 duplas inscritas, sendo considerado o maior Campeonato do Brasil, e primeiro do Estado, sendo adicionado ao calen-dário turístico de Três Lagoas. Sobre a Lagoa Maior já foram feitas diversas reuniões para tentar resolver o problema de marginalidade no local, como ações policiais, mesmo assim pessoas mal intencionadas permanecem lá aos domingos, com alto consumo de bebida e drogas. Mesmo assim, o projeto de criar o Parque das La-goas permanece, entretanto tem esbarrado em questões ambientais e a secretaria de Desenvolvimento Econômico busca alternativas e é projeto revitalizar as três lagoas, para que toda a comunidade e obviamente turistas possam des-frutar dessa natureza bem no centro da cidade.

Turismo

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Diretor de Turismo de Três Lagoas, Ottony Ávilla

91www.expressaoms.com.br

RoteirosTurísticos

Com o Fórum de Turismo realiza-do em Três Lagoas para discu-tir com os municípios da Costa Leste quais serão as ações pos-

síveis para desenvolver a região turis-ticamente, o Gerente da Fundação de desenvolvimento de Turismo de MS, Jean Carlos, apontou a importância de desenvolver ações para o crescimento do turismo de maneira regionalizada para agregar mais investimentos, tanto de recursos com projetos na Fundação de Turismo, como formas de fomentar o investimento privado”, aponta. O gerente afirma ainda que a melhor forma de desenvolvimento é criar corredores turísticos entre os municípios da Costa Leste. Ou seja; ro-teiros turísticos. “Temos muitos poten-ciais para promover o turismo como atividade Econômica. Muitas fontes naturais, além do turismo de negócios, que mais cresce atualmente na Região”, explica. Carlos afirma que para o Turis-mo, o Estado se divide em 10 regiões

pelo Programa de Regionalização. “O objetivo é fortalecer cada uma delas, o que diminui a competitividade em relação a cada uma, transformando--as em parceiras pelo mesmo objetivo”, comenta. Além disso, o gerente desta-ca algumas potencialidades, como os rios da região, o turismo da pesca, a observação de pássaros, como ocorre em Campo Grande com o Avistar, os

ranchos para locação. “Tudo isso deve ser apresentado fora daqui para que as pessoas saibam que exista”, destaca. Para o primeiro plano já fo-ram criados alguns banners com as se-guintes frases; “Costa Leste: Pesca nos Grandes Lagos”, “Costa Leste: Roteiros”, “Costa Leste: Desenvolvimento”. Ações efetivas do departamento de turismo. Já pensando nos potenciais

A Financial Ambiental, dispõe dos mais altos níveis de capacitação em coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos (lixo), comerciais, industriais, de serviços de saúde – implantação, operação, manutenção e movimentação de aterros sanitários, usinas de triagem, reciclagem e compostagem, execução e operação de sistemas de tratamento de efluentes de aterros sanitários, recuperação de áreas degradadas (lixões) e demais atividades em saneamento e gestão ambiental.

A empresa visa “o manejo ambientalmente saudável de resíduos" conciliando o "desenvolvimento com proteção ambiental".

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Jean Carlos, Gerente da Fundação de Desenvolvimento de Turismo

92 www.expressaoms.com.br

Criar ambiente para investimentos privados

Para o consultor na área de desenvolvimento seto-rial, Idevaldo Garcia, o mercado consumidor mais aquecido do interior de Mato Grosso do Sul passa por uma fase de transição. Aos poucos o foco nas grandes obras perde espaço para um comporta-

mento de consumo mais elaborado e mais exigente. Essa mudança no perfil do consumo é proporcionada pela fase de plena operação da cadeia produtiva do papel e celulose na região.“Essa percepção é facilmente justificada pela implan-tação de redes nacionais de fast-food como Bob´s e Subway e de redes de lojas conhecidas nacionalmente com as Lojas Americanas, além do adiantado processo de implantação do primeiro shopping center da cidade”, diz. A proximidade do término da construção da Unida-de de Fertilizantes III – UFNIII da Petrobras consolidará essa tendência. Segundo o consultor, o início de operação da cadeia produtiva do petróleo, gás e energia em Três Lago-as proporcionará um crescimento ainda maior em diversos segmentos do mercado regional que receberá cada vez mais investimentos no setor do varejo e de serviços. “Nesse cená-rio de evolução, onde há influências de grandes redes com conceitos de negócio bem definidos, é necessário que os empresários e investidores locais planejem o marketing para obter competitividade. Não basta oferecer hospedagem e alimentação”, destacou Idevaldo. O mercado busca mais que isso, busca experiências

únicas de consumo, sejam através de momentos vivenciados durante uma refeição ou de uma noite e um dia de hospita-lidade que agreguem algo a mais durante a estadia. “A ten-dência de oferecer experiências únicas inicia através do de-senvolvimento de um conceito bem definido para o negócio e deve ser planejado através da utilização de regionalismos e padrões de qualidade capazes de competir com as técnicas utilizadas pelas grandes redes”, comenta. Desta forma Idevaldo aponta que é perceptível a grande evolução no setor de hospitalidade, alimentos e be-bidas. “Há bons hotéis instalados e o número de leitos dis-poníveis na cidade praticamente dobrou. Da mesma forma houve a abertura de novos restaurantes, além de outros, tradicionais, que se adaptaram à nova realidade. Mas ainda percebemos um grande vazio quando falamos em lazer e en-tretenimento”, diz. Essa sensação se deve, sobretudo, à cultu-ra regional de convívio às margens dos rios e lagos da região. Nesses locais, apesar da existência de centenas de ranchos particulares, há pouca oferta de empresas formalizadas pres-tadoras de serviços de lazer e entretenimento. O ambien-te oferece dificuldades em relação à obtenção de licenças, à contratação de mão de obra capacitada, aos altos custos operacionais com transporte, entre outros. Há também pro-blemas estruturais com distribuição de energia e serviço de coleta de lixo. “Esses fatores, somados ao fluxo de consumidores,

da região apresentados pela Seprotur, a turismóloga do departamento de Tu-rismo de Três Lagoas, Thais Arsioli afir-ma que vem desenvolvendo projetos e fazendo testes para tentar consolidar o turismo de lazer. “Estivemos em Bonito (MS) onde o turismo de lazer já é consoli-dado, com o turismo ambiental. Temos condições, mas o processo é lento. Co-nhecemos também o Avistar, um even-to para apreciação de pássaros na na-tureza. O evento tem data em Campo Grande e é objetivo trazê-lo para Três Lagoas”, diz. O festival do churrasco tam-bém é uma potencialidade para Três Lagoas, conforme explica Thais, o churrasco sul mato-grossense é tradi-ção. As famílias daqui fazem churrasco quase toda semana. As pessoas que chegaram de fora, já integram coisas do churrasco de Três Lagoas em suas vidas. "E um campeonato tem tudo a ver”, comenta.

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Thais Arsioli,Turismóloga

Turismo

93www.expressaoms.com.br

ainda incipiente, promovem riscos aos investimentos, fato que afugenta inves-tidores, tanto empresários, quanto ins-tituições financeiras (bancos). Por isso assistimos a uma canalização dos inves-timentos do setor para a área urbana”. Com isso o consultor explica que essa política pública para o turismo nas mar-gens dos rios beneficia apenas iniciati-vas informais, que não arrecadam, não investem, não prestam bons serviços. “Acredito ser mais interessante abdicar de uma receita que atualmente não existe, tendo em vista a possibilidade de começar a arrecadar após um deter-minado período. É hora do Poder Público pen-sar em uma Lei de Incentivo ao Turismo, que proporcione benefícios capazes de equilibrar os primeiros anos de investi-mentos como pousadas, restaurantes, marinas e atrativos que operem no se-tor de lazer e entretenimento às mar-gens dos rios”, aponta. Se por um lado há poucas ini-ciativas no turismo de lazer e entreteni-mento às margens dos rios, por outro, se assiste uma boa fase no turismo de negócios. Há na cidade um conjunto de empresas que se complementam na prestação de uma grande diversidade de serviços para o setor. O mercado de eventos, congressos, convenções e reu-niões de negócios proporcionam diver-sas oportunidades de negócios na cida-de. Os hotéis estão se adaptando para receber eventos, mas a cidade não tem ainda um centro de convenções que abrigue eventos de maior porte. “Da mesma forma, ainda falta maturidade para o setor. Não há uma união formalizada dos empresários para defender interesses comuns e fomentar ações estratégicas para o segmento”, aponta. Ainda no setor de eventos, Ide-valdo entende que a velha fórmula do extinto PNMT (Programa Nacional de Municipalização do Turismo), que prevê que o desenvolvimento sustentável do turismo ocorra através da articulação conjunta do poder público, empresá-rios e comunidade, pode ser facilmente exemplificada através de eventos como a Expotrês, Motoshow e do Campeona-to de Pesca Esportiva de Três Lagoas. “Todos são realizados pelo terceiro se-tor e recebem o apoio de empresários e do poder público. Acredito que o mo-delo deve ser estendido a outros even-tos que podem decolar nos próximos anos”, finaliza.

Foto: Yuri Spazzapan

Idevaldo Garcia, Consultorem Desenvolvimentosetorial

94 www.expressaoms.com.br

Potencial paraobservação de aves

Turismo

garça-branca-pequena Egretta thula

Pensando em ambiente e iniciativa privada, já é plano da Secretaria de Desenvolvimento Econô-mico trazer a Três Lagoas o Projeto Avistar, even-to para adoradores de pássaros. Assim como em Três Lagoas, o Pantanal e o Planalto da Bodoque-na apresentam elevada diversidade avifaunística

e relevante potencial para o turismo de observação de aves. No Pantanal sul-mato-grossense mais de 650 espécies de pássaros vivem neste ambiente. O Parque Nacional da Serra da Bodoquena - Localizado nos municípios de Jardim, Bo-nito, Bodoquena e Porto Murtinho - também é considerado um dos lugares mais indicados para o turismo de observação de aves, principalmente de espécies raras. Por ter mistura de ambiente, a Serra da Bodoquena tem um papel importante: um refúgio até para aves migratórias e patos selvagens, por exemplo. Em Campo Grande, quase 300 aves já foram catalo-gadas nas áreas verdes da capital. A cidade já se prepara para receber os amantes da prática de observação de aves na pri-meira edição do Avistar-MS 2014. O evento deve ser realizado em outubro, no Parque das Nações Indígenas. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Três Lagoas tem tudo para receber o evento e já inicia algumas conversas. Por meio do monitoramento da biodiversidade, a Fibria registrou

330 espécies de aves em suas florestas de eucalipto e áreas de preservação ambiental. De acordo com o sistema de infor-mação, Avibase, o número representa 44,1% das espécies de aves registradas em Mato Grosso do Sul. O trabalho consistiu em avaliar a passagem e a permanência das espécies entre o mosaico de plantios de eucalipto e a vegetação nativa, locali-zadas na região leste de Mato Grosso do Sul. Entre as espécies de aves monitoradas nas florestas da Fibria com maior relevância para a preservação ambiental estão: águia-cinzenta (Urubitinga coronata), caboclinho-de--chapéu-cinzento (Sporophila cinnamomea), pula-pula-de--sobrancelha (Myiothlypis leucophrys), bandoleta (Cypsnagra hirundinacea) e papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops). Segundo o coordenador de meio ambiente florestal em Três Lagoas, Renato Cipriano Rocha, “As aves são consideradas fiéis indicadoras do efeito produzido pelas atividades flores-tais na biodiversidade. A presença de um elevado número de espécies de aves nas áreas de manejo florestal indica que as plantações de eucalipto são utilizadas como habitat para muitas espécies, além de funcionarem como área de trânsito e de conexão entre fragmentos de vegetação nativa”. Esse é um dos estudos e agora o Departamento de Turismo aguarda uma resposta positiva para que se consiga trazer adoradores de pássaros para apreciar as aves de Três Lagoas.

garça-branca-pequena Egretta thula

95www.expressaoms.com.br

socozinho Butorides striata

arara-canindé Ara ararauna

garça-moura Ardea cocoi Linnaeus

papa-moscas-canela Polystictus pectoralisi Linnaeus

asa-branca Dendrocygna autumnalisLinnaeus

periquitão-maracanã Psittacara leucophthalmusperiquitão-maracanã Psittacara leucophthalmus

Foto

s: Y

uri S

pazz

apan

96 www.expressaoms.com.br

Empresário aponta deficiênciasdo setor

Embora algumas ações relacionadas ao turismo aconteçam. Muitos pro-cessos são bastante lentos e assusta um pouco aquele que investe diaria-mente no setor de turismo em Três Lagoas. Com dois hotéis, ao todo 184 leitos em Três Lagoas e uma empre-sa de turismo, o empresário Leonar-

do Konno, da rede Druds, afirma que o turismo em nível nacional já possui problemas de longa data, mesmo tendo forte potencial. Segundo ele, Três Lagoas assim como todo o Brasil tem muito potencial para ser explorado tu-risticamente mas mercadologicamente pena por causa de infraestruturas simples, como saneamento básico. “Enfrentamos sérios problemas nos dois ho-téis que temos na cidade, por exemplo, com a gran-de quantidade de terra que se acumula em frente. Temos que pagar mensalmente para remover essa terra, para valorizar as fachadas que não podem fi-car sujas. E uma cidade que se propõe também con-ter o turismo de lazer precisa ser apresentável, para ser vendida e fomentar interesse de investidores”, comenta. O empresário também comenta a falta de mão de obra especializada, além da falta de inte-resse de capacitação das pessoas que já atuam nos ramos de hotelaria e restaurantes. “Andamos nas ruas e percebemos que todos os restaurantes com maior qualidade estão lotados e sentimos falta de mais. Porém quando alguém pensa em abrir um bar voltado a entretenimento ou restaurante esbarra

numa questão simples, pessoal para trabalhar”, diz. O Druds tem atendido a tripulação da em-presa aérea Passaredo, as pessoas que trabalham passam o dia em Três Lagoas sem ter qualquer ati-vidade. “Muitas vezes sou questionado sobre pas-seios no rio, ou pescaria, mas são pessoas que não tem indumentária para a pesca ou passeio. Seria interessante ter um negócio mais sofisticado, como varas e barcos de passeio para essas pessoas. Tenho certeza que não apenas esse público seria benefi-ciado, mas como outras pessoas que fazem turis-mo de negócios e querem dar um tempo na cidade para conhecer mais do que ela oferece”, explica. Deste modo, o empresário, não acredita que tão cedo possa ser consolidado o turismo de lazer e mesmo o turismo de negócios, ele afirma não estar mais em alta como anteriormente. “Re-centemente li na Revista ExpressãoMS que um dos nichos para se investir em Três Lagoas é hotelaria. Eu não acredito nisso. Hoje diariamente temos ape-nas 50% dos leitos dos dois hotéis reservados. São muitos hotéis e mesmo que venha outro ‘boom’ de indústrias, não acredito que a oferta atual de con-ta. E que mesmo que conseguíssemos desenvolver parcialmente o turismo ainda assim a quantidade de hotéis que temos conseguiria atender essa de-manda”, explica. Mesmo assim não nega que atualmente quem movimenta alguns mercados em Três Lagoas são pessoas de fora com nível maior de exigência e que o município possui público para restaurantes e bares melhores.

Turismo

“Três Lagoas tem muito potencial para ser explorado turisticamente, mas mercadologicamente pena por causa de infraestruturas simples”

97www.expressaoms.com.br

Foto

: Yur

i Spa

zzap

an

Leonardo Konno

98 www.expressaoms.com.br

99www.expressaoms.com.br

100www.expressaoms.com.br

A vida te mostra caminhos e oOBJETIVO te prepara para eles.

ENSINO INFANTIL

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

PrÉ VESTIBULAR

67 3522.6338Rua Urias Ribeiro, 2327 - Três Lagoas/MS

!