revista erelepe - caduxavier.com.br · um cavalo de pau!... negrinha arregalava os olhos. um...

30
S erelepe Revista Seja esperto, seja alegre, seja um... Mês das férias!!! Dicas do que fazer, ler, assistir e jogar nessa época tão esperada e feliz! Sexualidade também é assunto de criança! Tire suas dúvidas e aprenda a responder àquelas perguntas Exposição conta a evolução das histórias em quadrinhos

Upload: lebao

Post on 30-Nov-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

SerelepeRevi

sta

Seja esperto, seja alegre, seja um...

Mês das férias!!! Dicas do que fazer, ler, assistir e jogar nessa

época tão esperada e feliz!

Sexualidade também é assunto de criança!Tire suas dúvidas e aprenda a responder àquelas perguntas

Exposição contaa evolução das

histórias em quadrinhos

Page 2: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

Expediente

Ferna

nda K

anasi

ro

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Editoria de SaúdeMarina Cezário

Editoria de EducaçãoJoyce Barreto

Editoria de ComportamentoCarol Carvalho

Editoria de Meio ambienteFernanda Kanasiro

Seu espaço SerelepeMarina Cezário

Joyce

Barre

to

Carol

Carva

lho

Marin

a Cez

ario

Thiag

o Ave

lino

Carlo

s Xav

ier

EntretenimentoJoyce Barreto

Serviços SerelepeCarol Carvalho

Fernanda KanasiroJoyce BarretoMarina Cezário

Editora de ImagensCarol Carvalho

Editora ChefeFernanda Kanasiro

Artes gráficasThiago Avelino

DiagramaçãoCarlos Xavier

Edição nº 01 | Ano 0109/12/2009

Esta é uma Revista Laboratório dos alunos do 2º Ano de Jornalismo da

Univ. São Judas Tadeu(turma 2ºMCSNJO)

Professor ResponsávelMoacir Assunção

Processo de Capitação e Edição em Jornalismo

SerelepeRevi

sta

59

RespostasQUAL É O CÚMULO...Da curiosidadeolhar pelo buraco da fechadura de uma porta de vidro transparente

Da inocênciaabrir a caneta para procurar as letrinhas

Da paqueratentar namorar a secretária eletrônica

Da revoltamorar sozinho, fugir de casa e deixar um bilhete dizendo que não volta mais

COMO É QUE...As enzimas se cumprimentamtudo enzima?

Se chama a parte mais alta de uma casa: sótão ou porão? telhado

Se tira leite do gato?Puxando o pires

O QUE...A minhoca falou para o minhoco?você minhoquece

É pior do que uma girafa com dor de garganta?Uma centopéia com dor nos pés

É um pontinho roxo no fundo da piscina?É uma azeitona prendendo a respiração

Charadas

Page 3: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

Carta ao leitor Toda a Equipe que produz a revista esta muito contente com a publicação deste primeiro número, pois foi feita pensando exclusivamente em você amigo lei-tor que tem entre 6 e 11 anos. Mas que também pode ser lida pelos pais e irmãos mais velhos. Aqui você vai encontrar um pouco de tudo, informação sobre os temas mais variados como saúde, escola, comportamento, meio ambiente... além de outras coisas bacanas como entretenimento, dicas de fi lmes, games, passeios e livros. Ah , também tem entrevistas e colunas mensais sobre profi ssão, alguns por quês que não saem da nossa cabeça e você vai poder matar sua curiosidade em saber como era quando criança alguma personalidade que gosta, e tem mais, um espaço só seu, que vai publicar seu desenho, sua foto, seu poema, enfi m, é o Seu Espaço Serelepe. Mas você ainda vai encontrar muitas outras coisas legais na Revista Serele-pe, é só virar a página e descobrir que ser Serelepe é ser esperto e ser alegre!

Olá queridos amigos leitores da Revista Serelepe!

Colaboradores

Ana Lúcia Pintar XavierAssistente Social

Colaborou com o ARTIGO

Carol MagerJornalista e Assessora de ImprensaColaborou com a CRÔNICA

Até a próxima edição. Excelente leitura!

Um AbraçoEquipe Editorial da Revista Serelepe

Page 4: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

57575777

Eu naINFÂNCIA... ... Monteiro Lobato

Juca, apelido que Lo-bato recebeu na infância, brincava em companhia de suas irmãs com legumes e sabugos de milho que eram transformados em bonecos e animais, conforme cos-tume da época. Uma forte infl uência de sua própria experiência reside na cria-ção do personagem Viscon-de de Sabugosa. Ainda quando criança, Juca descobriu seu gosto pe-los livros na vasta biblioteca

tal estudo, mergulhado nos livros. É na adolescên-cia que ele começa a es-crever para jornaizinhos escolares e descobre seu gosto pelo desenho. Aos 16 anos perde o pai e aos 17 a mãe. A partir de então, sua tutela fi ca a encargo do avô materno, o Visconde de Tremembé. Formou-se em Direito, por vontade do avô, porque preferia ter cursado a Es-cola de Belas-Artes. Esse gosto pelas artes resultou em várias caricaturas e desenhos que ele enviava para jornais e revistas. Sua esposa se chama-va Maria Pureza da Nati-vidade, e se casaram em 28 de março de 1908. Do casamento vieram quatro fi lhos: Edgar, Guilherme, Marta e Rute. Em 1918 inaugurou a pri-meira editora nacional: Monteiro Lobato & Cia. Até então, os livros que circu-lavam no Brasil eram publi-cados em Portugal. Por isso, as iniciativas de Lobato de-ram à indústria brasileira do livro um impulso decisi-vo para sua expansão. Ele morreu em São Paulo, no dia 04 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, por causa de um derrame.

Um autor que tinha es-perança no Brasil, assim era Monteiro Lobato, o autor do conto que você acabou de ler – Negrinha. Para ele, escrever para crianças era sua alegria, adorava receber as carti-nhas que seu pequenino público escrevia e achava que o futuro deveria ser mudado através da crian-çada, para quem dava um tratamento especial, sem ser infantil. O resultado foi sensacional, ele conse-gue transportar até hoje crianças e adultos para o maravilhoso mundo do Sí-tio do Picapau Amarelo, sua obra mais famosa. E olha que nasceu no ano de 1882, na cidade de Taubaté, interior do estado de São Paulo, a importância dele é tama-nha, que neste dia é co-memorado o Dia Nacional do Livro Infantil. Filho de José Ben-to Marcondes Lobato e Olímpia Augusto Loba-to. Seu nome verdadeiro era José Renato Montei-ro Lobato, mas em 1893 o autor preferiu adotar o nome do pai por desejar usar uma bengala do pai que continha no punho as iniciais JBML.

Inte

rnet

de seu avô. Os seus predi-letos tratavam de viagens e aventuras. Ele leu tudo que lá existia, mas desde esta época incomodava a ele o fato de não existir uma lite-ratura infantil tipicamente brasileira. Um fato interessante aconteceu ao então jo-vem Juca, no ano de 1895: ele foi reprovado em uma prova oral de Português. O ano seguinte foi de to-

57

Page 5: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

5656

mudado — e fi ndo o seu inferno — e aberto o céu? No enlevo da doce ilusão, Negri-nha levantou-se e veio para a festa infantil, fascinada pela alegria dos anjos. Mas a dura lição da desigualdade humana lhe chicoteou a alma. Beliscão no umbi-go, e nos ouvidos, o som cruel de todos os dias: “Já para o seu lugar, pestinha! Não se enxerga”? Com lágrimas dolorosas a triste criança encorujou-se no cantinho de sempre. — Quem é, titia? — perguntou uma das meninas, curiosa. — Quem há de ser? — disse a tia, num suspiro de vítima. — Uma caridade minha. — Brinquem! Brincar! Como seria bom brincar! — refl etiu com suas lágrimas. Chegaram as malas e logo: — Meus brinquedos! — reclamaram as duas meninas. Uma criada abriu-as e tirou os brinquedos. Que maravilha! Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! E mais... Que é aquilo? Uma criancinha de cabelos amarelos... que falava “mamã”... que dormia... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer sabia o nome desse brinquedo. E dominada pelo enlevo, num momento em que a senhora saiu da sala a providen-ciar sobre a arrumação das meninas, Negrinha esqueceu o beliscão, o ovo quente, tudo, e aproximou-se da criatura de louça. Olhou-a com encanto, sem jeito, sem ânimo de pegá-la. As meninas admiraram-se daquilo. — Nunca viu boneca? — Boneca? — repetiu Negrinha. — Chama-se Boneca? Riram-se as fi dalgas de tanta ingenuidade. — Como é boba! — disseram. — E você como se chama? — Negrinha. As meninas novamente torceram-se de riso; mas vendo que o êxtase da bobinha perdurava, disseram, apresentando-lhe a boneca: — Pegue! Negrinha olhou para os lados, ressabiada. Depois pegou a boneca. E muito sem jeito, sorria para ela e para as meninas, com assustados relanços de olhos para a porta. Tamanho foi o seu enlevo que não viu chegar a patroa. Mas era tal a alegria das hóspedes ante a surpresa extática de Negrinha, e tão grande a força irradiante da felicidade desta, que o seu duro coração afi nal bambeou. E pela primeira vez na vida foi mulher. Apiedou-se. Ao percebê-la na sala Negrinha havia tremido, passando-lhe num relance pela cabeça a imagem do ovo quente e hipóteses de castigos ainda piores. O que sobreveio foi a coisa mais inesperada do mundo — as primeiras que ela ouviu, doces, na vida: — Vão todas brincar no jardim, e vá você também, mas veja lá, hein? Negrinha ergueu os olhos para a patroa, olhos ainda de susto e terror. Mas não viu mais a fera antiga. Compreendeu vagamente e sorriu. Se alguma vez a gratidão sorriu na vida, foi naquela surrada carinha... A alma da criança é a mesma — na princesinha e na mendiga. Negrinha, percebeu nesse dia da boneca que tinha uma alma. Terminadas as férias, partiram as meninas levando consigo a boneca, e a casa voltou ao habitual. Só não voltou a si Negrinha. Sentia-se outra, inteiramente transformada.

56

Diversão nas livrarias

Que legal, ele é diferente!Respeitar as diferenças do

próximo é o mais importante

crônica“Brincadeira de criança,como é bom, como é bom...”

NegrinhaMonteiro Lobato

Eu na INFÂNCIA...... Monteiro Lobato

Charadas

SerelepeRenato de Souza Porto Gilioli

revi

sta

Água ontem, hoje e sempreMEIO AMBIENTE

COMPORTAMENTO

EDUCAÇÃO

SAÚDE

Sexualidade tambémé assuntode Criança!

06

10

11

20EDUCAÇÃO

História em Quadrinhosque passa por gerações

Diabetes na Infânciacresce a todo ano

Música Clássica?

42

46

51

SAÚDE

COMPORTAMENTO

COMPORTAMENTO

?Por que... escovar os dentes

Artigo

Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA)

Vamoscolorir...

7 erros O que eu vou ser

quando crescer?

Os 7 livros mais lidosDESENHOS EDUCATIVOS

Filmes e o que vem por ai!

GAMESVai pra onde...

F

25

28

31

30

32

Seuespaço

Serelepe

Ent

14

4554

50

41

40

34

17

37

QuadrinhosJogos

16

59

13

24

57

Veja como e quando abordar o assunto sexo e

qual a importân-cia de falar sobre o tema de forma clara e objetiva

Page 6: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

66666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666

Água ontem, hoje e sempre

Você já ouviu muitas ve-zes de seus pais, avós, ir-mãos mais velhos, primos, tios, professores e até dos colegas de escola sobre economia de água, que é importante deixar a tor-neira fechada enquanto escova os dentes, tomar banhos rápidos, não brin-car com água e muitas ou-tras coisas. Mas você sabe o porquê de tudo isso? Então vamos lá, pense no planeta Terra, lembre-se das imagens que você viu dele através da Inter-net ou nos livros da esco-la, quais são as cores que ele tem? É uma mistura de azul com branco, certo?

Então, justamente essa cor azul vem da água que existe em nosso planeta, tanto que às vezes é deno-minado de “Planeta Azul”, pois 71% de sua superfície é coberta por água. Mas... em que locais se pode encontrar toda essa água? A maior parte dela esta no mar, 97%, e os ou-tros 3% encontra-se con-gelada ou líquida. E é jus-tamente essa água doce que é utilizada no dia a dia, para escovar den-tes, tomar banho e para fazer comida, por exem-plo. Além disso, a água é de extrema importância para a manutenção do corpo humano.

Formação da água

A água é formada por duas molécu-las de hidrogê-nio e por oxigê-nio, por isso, seu símbolo é H2O, tudo isso quer dizer que cada molécula de água possui dois átomos de hidrogênio para cada áto-

mo de oxigênio. A Terra é considerada o único planeta do sistema so-lar que possui água, já houve indícios de que em Marte também teria água, mas nada ficou comprovado.

Água no corpo humano

É muito importante manter o corpo bem hidratado, você tam-bém já deve ter ouvi-do isso principalmen-te quando está muito quente e às vezes fica até um pouco difícil de respirar, ou quando você esta brincando na praia e até esquece de tomar água.

Entenda a importância da água no dia a dia, seu ciclo de vida e sua continuidade

Fernanda Kanasiro

Internet6

Livr

o “O

Cic

lo d

a ág

ua”

5555

De quando em quando vinha um castigo maior. Foi assim com a história do ovo quente. Não sabem! Uma criada furtara do prato de Negrinha um pe-dacinho de carne que ela vinha guardando para o fi m. A criança atirou-lhe um dos nomes com que a chamavam todos os dias. — “Peste?” Espere aí! Você vai ver quem é peste — e foi con-tar o caso à patroa. Dona Inácia estava azeda. Sua cara iluminou-se. — Eu curo ela! — disse, e desentalando do trono as banhas foi para a cozinha. — Traga um ovo. Veio o ovo. Dona Inácia mesmo pô-lo na água a ferver; e de mãos à cinta, fi cou de pé uns minutos, à espera. Quando o ovo chegou a ponto, a boa senhora chamou: — Venha cá! Negrinha aproximou-se. — Abra a boca! Negrinha abriu aboca e fechou os olhos. A patroa, então, com uma colher, tirou da água fervendo o ovo e zás! na boca da pe-quena. E antes que o urro de dor saísse, suas mãos amordaçaram-na. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou. Mas só. Nem os vizinhos chegaram a perceber aquilo. Depois: — Diga nomes feios aos mais velhos outra vez, ouviu, peste? E a virtuosa dama voltou contente da vida para o trono, a fi m de receber o vigário que chegava. — Ah, monsenhor! Não se pode ser boa nesta vida... Estou criando aquela pobre órfã, fi lha da Cesária, mas que trabalheira me dá! — A caridade é a mais bela das virtudes cristas, minha senhora — murmurou o padre. Certo dezembro, vieram passar as férias com Santa Inácia duas sobrinhas, lin-das meninas louras, nasci-das e criadas em ninho de plumas. Do seu canto na sala, Negrinha viu-as irromperem pela casa como dois anjos do céu — alegres, pulando e rindo com a vivacidade de cachorrinhos novos. Negrinha olhou imediata-mente para a senhora, certa de vê-la armada para desferir contra os anjos invasores o raio dum castigo tremendo. Mas abriu a boca: a sinhá ria-se também... Quê? Pois não era crime brincar? Estaria tudo

55

Page 7: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

5454

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Nascera na sen-zala, de mãe escrava, vivia pelos cantos escuros da cozinha. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças. Ex-celente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo e ca-marote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas em uma cadeira de balanço na sala, ali bordava, recebia as amigas e o vigário. Mas não admitia choro de criança: — Quem é a peste que está chorando aí? Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O forno? A mãe abafava a boquinha da fi lha e afastava-se com ela para os fun-dos do quintal, torcendo-lhe beliscões. — Cale a boca, diabo! No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome qua-se sempre, ou frio... Assim cresceu Negrinha — magra, atrofi a-da, com os olhos assustados. Órfã aos quatro anos, por ali fi cou feito gato sem dono, levada a pontapés. Batiam-lhe sempre. Para não estragar as plantas, a boa senhora punha-a na sala. — Sentadinha aí, e bico, hein? Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas. — Braços cruzados, já, diabo! Cruzava os bracinhos a tremer, sempre com o susto nos olhos. E o relógio batia uma, duas, três horas — um cuco tão engra-çadinho! Era seu divertimento vê-lo abrir a janela e cantar as horas. Sorria por dentro, feliz um instante. Que ideia faria de si essa criança que nunca ouvira uma pa-lavra de carinho? Pestinha, diabo, bruxa, pata-choca, mosca-morta, trapo, cachorrinha, coisa-ruim, lixo — não tinha conta o número de apelidos. O corpo de Negrinha era tatuado de si-nais, cicatrizes, vergões. Batiam nele os da casa todos os dias, houvesse ou não motivo. A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. — Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fi ncados! Cocres: mão fechada com raiva e nós de dedos que can-tam no coco do paciente. Puxões de orelha: o torcido e a duas mãos, o sacudido. Os beliscões: do miudinho, com a ponta da unha, à torcida do umbigo, equivalente ao puxão de orelha. A esfregadela: roda de tapas, cascudos, ponta-pés e safanões. A vara de marmelo, fl exível, cortante: para “doer fi no” nada melhor!

NegrinhaMonteiro Lobato

54 777

Essa necessidade de manter o corpo hidra-tado é devido ao fato de que 70% do corpo de um adulto é constituído por água e nas crian-ças esse percentual au-menta para aproxima-damente 80%. Pode então surgir uma pergunta: em que locais do corpo humano se en-contra tanta água? Sabia que o sangue contém 83% de água, que o cérebro tem 75% e que até os ossos possuem água, 25%! Além disso tudo, a água contida no corpo é responsável por conduzir substâncias im-portantes onde elas são necessárias, como os nu-trientes dos alimentos, também transporta oxi-gênio, hidrata a pele e elimina dejetos (quando se faz xixi).

Economizar a água Como a água está tão presente no cotidiano, pode acontecer de não se valorizar como deve-ria. E por tudo que você leu até agora sobre o assunto água, é possí-vel entender os motivos pelos quais se ouve fa-lar tanto em economia de água.

Você sabia que uma tor-neira aberta durante a es-covação dos dentes gasta cerca de 10 litros de água por minuto, e isto é igual a 5 garrafas pet de 2 li-tros cheias de água. Outra curiosidade sobre o con-sumo de água é que aqui no Brasil, em média, um adulto consome aproxi-madamente 200 litros de água por dia.

A pedagoga Katia Pineiro Machado do Amaral procu-ra passar a conscientiza-ção do uso da água sem-pre com um ensinamento de que “todos sabemos o quanto a água é impor-tante para a sobrevivên-cia, é necessário dar as crianças a devida impor-tância da água e mostrar que por muito tempo ela foi mal utilizada. Não jo-

Livr

o “O

Cic

lo d

a ág

ua”

Page 8: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

8

A imagem ao lado talvez você já tenha visto em al-gum lugar não é verdade? Mesmo que já conheça, preste atenção novamente na explicação e lembre-se de uma informação muito importante, “a água que está na Terra hoje é a úni-ca água que já existiu. E é importante lembrar que toda a água que se pode usar é a que existe nes-te momento no planeta”, quem contou isso para a Revista Serelepe foi o en-genheiro ambiental Mar-cos Ferreira, especialista em água.

gar lixo na rua, não tomar banhos demorados, tudo isso ajuda na continuida-de da água.” E comple-menta seus ensinamentos ao dizer que é necessária a mudança de atitude das pessoas no manuseio da água, ela contou para Se-relepe a regra dos 6 R’s: “Respeitar, Repensar, Re-duzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar”. Além disso, preste mui-ta atenção nas dicas que seus pais podem vir a te passar. Para Sandro Souza Nunes, 34, pai de um ga-roto, Giovanni Nunes, 9, “procuro conversar com ele, explicar sobre o im-pacto que o desperdício pode causar futuramente, a gravidade de poluir as águas. Aproveito as ma-térias exibidas na TV que tratam do assunto para reforçar de forma visual o quanto pode ser precária a utilização da água e a sua durabilidade para o futu-ro”. Ele complementa que a forma de fazer isso no dia a dia são com “banhos rápidos, desligar a tor-neira enquanto escova os dentes. E que evite o des-perdício que pode aconte-cer no dia a dia mesmo de modo inconsciente.” É isso ai, use bem a água hoje para sempre poder usar uma boa água!

Um ciclo sem fi m

Livr

o “O

Cic

lo d

a ág

ua”

Livr

o “O

Cic

lo d

a ág

ua”

53

recem formação relacio-nada à música clássica, como a OSESP (Orques-tra Sinfônica do Estado de São Paulo) que tem o Coro Infantil da OSESP, formado em 2000 e reúne meninos e meninas com idades entre 8 e 15 anos, em sua maioria sem for-mação musical anterior. Eles ensaiam duas vezes por semana, e sabe o que há no ensaio? Treinamento vocal, inclusive em outros idiomas, e ensinamentos sobre percepção musical e solfejo. Solfejo é a arte de cantar intervalos mu-sicais, isto é, você segue todos os compassos lendo as notas musicais, respei-tando seu ritmo de acor-do com a partitura. Isso ajuda muito o músico no “ajuste” do compasso mu-sical e só é aprendido com aulas de teoria e vivencia na prática do instrumento que se estuda. Se você não pensa em ter como profi ssão a mú-sica clássica, mas se inte-ressou pelo assunto há di-versas escolas pela cidade em que você pode conhe-cer melhor um instrumen-to, os fundamentos deste estilo musical e pode vir a se tornar um hobby. Afi -nal, sempre há música em nosso dia a dia, em todas as situações.

EMM – Escola Municipal de MúsicaRua Vergueiro, 961

Tel.: 11 3209-6580 / 3209-7865

OSESP – Orquestra Sinfônica de São PauloPraça Julio Prestes, 16

Tel.: 3367-9500

Page 9: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

52

a todos os instrumentos de uma orquestra sinfôni-ca. A formação dura de 2 a 12 anos e além das aulas práticas, os alunos tam-bém tem aulas teóricas. Por ser uma escola muni-cipal os cursos são gratui-tos, o processo de seleção tem duas etapas e é muito concorrido. Há instrumen-tos em que a concorrência é maior do que do vesti-bular da Fuvest. A escola formou impor-tantes músicos brasileiros com projeção internacional, como os maestros Roberto Minczuk e Naomi Munakata. A escola tem capacidade para 800 alunos e o proces-so seletivo ocorre sempre no mês de outubro. A reportagem da Serele-pe conversou com a pro-fessora de fl auta doce da

Escola Municipal de Músi-ca (EMM), Marília Macedo que toca o instrumento há 30 anos e leciona des-de a época da faculdade, quando tinha 19 anos. Ela conta que há uma procura muito grande pela fl auta doce e que sempre falta vaga. Para tentar ser um aluno da escola não basta simplesmente gos-tar de tocar o instrumen-to como um hobby. “Tem que gostar de estudar, pois também há matérias teóricas, é preciso se de-dicar”. Acrescenta ainda que “na EMM se exige re-sultado do aluno”. A professora também disse que muitas vezes os pais criam uma expec-tativa muito grande em relação ao fi lho se tornar um músico formado pela

EMM e “isso às vezes atra-palha”. “É melhor deixar que os professores e as crianças se entendam so-bre os estudos e o futu-ro”, complementa. No caso da fl auta doce, o curso tem duração mé-dia de 6 anos, que pode variar de acordo com a experiência e vivência que o aluno tem. Marília também acrescenta que o estudo de música clássica é importante para criar senso crítico e padrão de afi nação, que são itens fundamentais para um fu-turo músico. E há outros fatores importantes que podem ser levados para toda a vida, como respon-sabilidade, organização e trabalho em grupo. Na cidade, há outros locais que também ofe-

Fern

anda

Kan

asiro

Entrada da Escola Municipal de Música, enfrente ao Centro Cultural São Paulo, passa despercebida

9Internet

Page 10: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

10

Diversão nas livrariasJoyce Barreto

O chão coberto por um tapete emborrachado com o E.V.A (Etil Vinil Ace-tato) colorido que monta e desmonta as 26 letras do alfabeto, pequenas mesas e cadeiras confor-táveis, jogos divertidos e educativos, histórias que vão te levar para lugares incríveis com persona-gens fantásticos, além das fabulas encantado-ras. Tudo isto você en-contra nos espaços que as grandes livrarias ofe-recem para crianças de todas as idades. As livrarias como a Sa-raiva, a FNAC, a Nobel e a Livraria Cultura possuem um espaço de leitura para as crianças, destacando os livros mais lidos e mais procurados pelo público infantil. São livros que atraem a criançada pelos desenhos coloridos das capas, pelos títulos ale-gres e engraçados ou até

mesmo pelos nomes co-nhecidos pelas telonas dos cinemas, como é o caso do famoso Harry Potter. Principalmente aos fi -nais de semana estes espaços recebem a pre-sença de centenas de crianças curiosas e in-teressadas em leitura. A idade delas varia entre 4 a 12 anos procurando desde livros com músi-cas, personagens anima-dos, imagens encantado-ras até os que possuem histórias enriquecedoras e educativas. “Crianças se ligam mes-mo em televisão, video-game, internet, mas quan-do se envolvem com uma história que vale a pena, ficam loucas de curio-sidade e querem saber mais, sempre levam um

livro para casa”, afirma a vendedora da Livra-ria Cultura Aline Fer-nandes da unidade em Pinheiros. Ao lado da mãe, Victor Gonçalves de 7 anos mos-tra seu livro preferido, “O ladrão de raios” de Rick Riordan. “Todo mês compro um livro para o Victor, e lemos juntos, me preocupo em aguçar a vontade dele para leitu-ra”, diz sua mãe Fátima Gonçalves. Ler é mais do que co-nhecer histórias dife-rentes, é também pos-suir mais conhecimentos e viver sempre em uma aventura diferente. Cha-me a mamãe e o papai para um passeio rico em sabedoria e cultura nas livrarias.

Culturawww.livrariacultura.com.br

Saraivawww.livrariasaraiva.com.br

Fnacwww.fnac.com.br

A leitura presente na vida das crianças de forma divertida

Joyc

e B

arre

to

Livrarias investem em espaço especial para crianças

51

Música Clássica?Crianças mostram que música clássica não tem idade!

Fernanda Kanasiro

Todo mundo sabe que existem no mundo va-riados tipos de música para agradar, ou tentar agradar a todos os gos-tos musicais. Tem sam-ba, pop, rock, pagode, sertanejo, MPB, bossa nova, techno ... e mú-sica clássica. Algumas são mais populares do que outras, pois tocam muito nas rádios. Ou-tras nem tão populares porque muitos acham que são músicas que somente pessoas mais velhas gostam. Um bom exemplo é a mú-sica clássica. Entre os amigos, há algum que quando você pergunta qual a sua música fa-vorita ele responde: “Ai, adoro todas as músicas de Bach, to-das, todas!”?

Pode não ser a resposta mais comum que você vai ouvir ou que você vai di-zer quando alguém te fi zer a mesma pergunta. Tem muita gente que pensa que música clássica é aquela que toca no caminhão de gás, no carro dos pais, no celular dos avós ou no con-sultório do dentista. Para Isis Lorca, 9 anos, esse es-tilo musical “é chato e dá um soninho.” Mas... calma lá, a Re-vista Serelepe preparou para você uma matéria que mostra que crianças também a-do-ram música clássica, e mais, alguns sonham em fazer deste gosto musical uma carrei-ra profi ssional. E não pen-sem que é fácil chegar a musico de uma orquestra, é preciso muito estudo, esforço e treino.

A orquestra e seus instrumentos

Para começar, teste seus conhecimentos. Quais ins-trumentos você lembra que tem em uma orquestra? Piano, violino, violonce-lo, fl auta são alguns exem-plos mais comuns, aqueles

que todo mundo imagina quando ouve uma música clássica. Mas há muitos outros instrumentos, nem tão conhecidos assim, e saiba que sem eles a har-monia da orquestra não seria completa. Por acaso você já ouviu falar em clarineta, contra-baixo sinfônico, cravo, fa-gote, harpa e oboé? Pois é, eles também fazem par-te de uma orquestra e há muitas pessoas que sonham em ser um profi ssional em um desses instrumentos.

Os estudos e a formação profi ssional

Quando se opta por es-tudar um desses instru-mentos ou mais, quando se sonha em fazer parte de uma orquestra, os es-tudos e treinos devem ser intensos e ininterruptos. E além dos instrumentos você pode também estu-dar canto e regência. Você sabia que aqui na cidade de São Paulo há a Escola Municipal de Mú-sica? Ela foi fundada em 1969 e é a única escola de música com corpo docen-te completo para atender

Fern

anda

Kan

asiro

Page 11: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

5050

SERELEPE: Como surgiu a idéia de fazer o livro?RENATO: Enquanto estava fazendo o curso de História na USP, em 1996, resolvi estudar uma disciplina chamada Introdução à Lógica, que fazia parte da Escola de Comunicação e Arte. Essa matéria tinha várias propostas de trabalho, como eram poucos alunos, nós podíamos escolher o tema que quisésse-mos, então resolvi escrever um livro infantil que falasse de Filosofia para as crianças. Não conseguimos publicar o livro de imediato, mas ele ficou guardado até surgir uma oportu-nidade para publicar ele, isso aconteceu em 2003.

SERELEPE: Esse foi o seu primeiro livro. Como é a sensação de ter um livro publicado?RENATO: É bem curiosa porque você monta o texto e manda ele para editora, mas não sabe como vai ser o resultado, porque eles não mostram nada até ficar pronto, meio que para fazer surpresa, então eu não consegui ver como ficou o projeto gráfico antes do livro ficar pronto. A gente fica cruzando os dedos torcendo para que tudo fique legal, então é uma expectativa muito grande.

SERELEPE: Como é falar de filosofia para a criança?RENATO: Ah por um lado é um desafio, porque você está fa-lando de assuntos difíceis, mas também tem um ponto que é, quando a gente é criança costumamos filosofar, porque é justamente a fase que estamos nos descobrindo como sujeito e também descobrindo o mundo. O livro apresenta a filosofia como algo que está presente no dia a dia do personagem, como por exemplo, o jeito que ele vê o mundo, a família.

SERELEPE: Quem fez as ilustrações?RENATO: As ilustrações foram feitas pela Lyara Apostólico. Ela também fez a disciplina Introdução a Lógica, mas foram al-guns anos depois que eu. O mais interessante é que o tema de trabalho dela foi ilustrar o meu livro. Isso aconteceu porque a professora dessa matéria levou o meu projeto para sala de aula e pediu para os alunos olharem, então essa menina gos-tou da história de decidiu fazer as ilustrações. Os desenhos são artesanais, foram feitos todos em chapas de madeiras, que ela recortou com um tipo de pincel que queima o material.

SERELEPE: Qual foi o maior desafio que teve quando escreveu o livro?RENATO: Foi mesclar o a trama da história com uma linguagem objetiva, pois a criança é direta quando ela pensa sobre algum assunto. Sendo assim não podemos jogar o conceito de uma vez, mas também não podemos enfeitar demais, nós temos que dar pistas para a criança descobrir sozinha. Além de tratar do tema com encantamento, porque quando somos pequenos costumamos ver o mundo com admiração e temos que tomar cuidado para não perdermos isso depois de adultos.

SERELEPE: A criança por ter mais curiosidade sobre o mundo ela consegue entender melhor a filosofia que o adulto?RENATO: Eu acho que sim, mas não por ela ser criança, e sim porque a sociedade que vivemos é muito funcionalista, ou seja, a primeira coisa que a pessoa pergunta é, do que isso vai me servir? Já a criança tende a ter curiosidade sobre tudo, quando ela não entende alguma coisa ela pergunta, “a, mas, por que você faz desse jeito e não daquele? Por que é assim e não assado?” então essa vontade de aprender da criança, faz que ela consiga entender melhor a filosofia.

SerelepeRenato de Souza

Porto Gilioli

revi

sta

Ent Renato de Sousa Porto Gilioli é escritor e professor da Univ. São Judas Tadeu. Se

formou historiador pela USP, onde fez seu mestrado e doutorado. É um pianista erudito e autor do livro “O boneco de João: uma iniciação à fi losofi a”.

50

Texto e Foto:Carol Carvalho e Joyce Barreto

11

Que legal, ele é diferente!Carol Carvalho

Crianças portadoras de defi ciência estão se matriculando em escolas regulares

No começo desse ano, as escolas do país receberam um número maior de crian-ças com algum tipo de de-fi ciência. Agora estudantes que não conseguem enxer-gar, ouvir e falar, andar ou que tenham algum proble-ma mental, serão colegas de sala de crianças que não possuem esses problemas. Na maioria das vezes, mes-mo a escola não tendo pre-paração correta para aceitar os alunos com necessidades especiais, ainda assim os pais conseguem notar um resul-tado positivo na educação do fi lho. Como é o caso da Bruna Lima do Nascimento, de 8 anos, que está na se-gunda série, e não consegue falar muito bem e não pode andar porque ela tem uma doença chamada paralisia cerebral. Mesmo estudan-do em uma escola comum, Maria Lopes de Lima, a mãe da Bruna acha que ela teve um bom desenvolvimento. “Ela já consegue pronunciar algumas palavras, aponta a sala de aula e reconhece os colegas”, afi rma. Luis Guilherme, de 11 anos, também é defi cien-te e estuda na Fundação Bradesco, a escola é toda

adaptada para crianças portadoras de defi ciências e na sala de aula além de Guilherme tem mais ou-tras crianças que também são especiais “o bom é que a escola se adaptou às ne-cessidades dele”, comenta Elisabete Bezerra Pereira dos Santos, mãe de Gui-lherme. O menino além de simpático é muito esperto e não perde a chance de inverter a situação a favor dele, “Se a minha mochi-

la estiver muito longe eu peço para os meus colegas guardarem o meu mate-rial”, confessa o garoto. No caso de Luis e Bruna suas diferenças não afeta-ram o relacionamento com os colegas de sala. Ao con-trário, eles são tratados com muito carinho pelos ami-gos, “quando o Guilherme chega na escola os colegas parecem um monte de for-miguinha correndo pra cima dele”, comenta a mãe.

Tenho um amigo defi ciente e agora?Segundo a psicóloga Maria Helena de Souza, um dos proble-

mas mais comuns é achar que por que uma criança é defi ciente ela tem que ser tratada diferente das outras e por causa disso muitas vezes, sem querer, não as deixamos fazer nada, porque pensamos que não irá conseguir, mas agir desse jeito pode fazer que a criança se sinta mal, então aconselha, “Se você tem um amigo, na sua escola ou onde você mora que tem algum tipo de defi ciência, não sinta pena dele, mas descubra coisas legais que podem fazer juntos; assim vocês aprenderão muito um com o outro, porque ser diferente é o que deixa a nossa vida mais legal”, afi rma a psicóloga.

Esse é o Luis Guilherme (à direita) e seu irmão Jonatas

Arq

uivo

Page 12: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

49

de visão, derrame, infar-to, hipertensão, doenças renais, lesão de nervos, coma, ceto-acidose e pé diabético. O pé diabéti-co é uma das partes do corpo que merece uma atenção especial. Como são vulneráveis a feri-mentos, é preciso exa-miná-los todos os dias. A criança diabética pode levar uma vida nor-mal, participando de to-das as atividades que as crianças sem diabetes participam. Quando adul-tos, serão perfeitamen-te capazes de ter uma vida normal e produtiva, como é evidenciado por atletas, artistas e músi-cos famosos que têm a doença.

GLOSSÁRIOInsulina:é o hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de açúcar no sangue), ao promover o ingresso de glicose (açúcar) nas células.

Glicose:é o carboidrato (açúcar) mais importante. As células a usam como fonte de energia.

Glicemia:é o nível de glicose (açúcar) presente em nosso sangue.

Derrame:é a perda das funções do cérebro.

Pé diabético:série de alterações que ocorrem nos pés de pessoas que têm o diabetes tipo 1. São eles: problemas de circulação, infecção e menor circulação do sangue no pé.

Inte

rnet

Page 13: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

Inte

rnet

13

Por que...

Todos os dias, em deter-minados horários, sempre quando você acorda, depois de comer e antes de ir dor-mir, sua mãe ou seu pai diz: “Já escovou os dentes?”

Às vezes essa per-guntinha básica e diária, pode até te deixar nervo-so, pode ser também que você pense que escovar os dentes todos os dias seja chato, sem graça e cansativo. Agora tente entender o motivo de tudo isso. Seus pri-meiros dentes são chamados de “Dentes de Leite”. Quan-do você fi ca mais velho eles caem, e são trocados pelos “Dentes Permanentes”. Por que se deve, então, escovar os dentes de leite todos os dias, se você vai perdê-los? Se você não os escovar, eles vão cariar e fi carão com uma aparên-cia horrível. Imagine como seria chato conversar com os coleguinhas da classe ou do bairro com os dentes estragados?! Mais um bom motivo: se os dentes de leite fi carem cariados e caírem, os dentes permanentes podem cres-cer todos tortos. Além dis-so, com dentes cariados ou perdidos, é difícil mastigar muitas comidas gostosas... O que você acha? Será ruim não é verdade?

Quando não se escova os dentes, os doces e os refrigerantes podem estra-gá-los ainda mais. Outras comidas também podem causar cáries se você não escovar os dentes. O creme dental (pasta de dentes) que você usa con-tém fl úor, que serve para proteger os dentes. Use também, antes da escova-ção, o fi o dental, que limpa os lugares onde a escova não alcança. Ele é de ex-trema importância para a limpeza dos dentes. Ah, e lembre-se também

escovar os dentes ??da importância de você vi-sitar o dentista pelo menos uma vez ao ano, mesmo que, aparentemente, não tenha cáries, para que ele verifi que sua dentição e aplique “selante” com fl úor, que tem o objetivo de pro-teger seus dentes até a próxima visita. Escove os dentes após todas as refeições. Desta forma você será ainda mais legal com seu corpo e com as outras pessoas. E lem-bre-se, que quem tem den-tes bonitos é porque cuida deles todos os dias!

- Escove os dentes após todas as refeições.- Passe fio dental antes da escovação.- Use “antisséptico bucal”, uma vez por dia.- Visite seu dentista uma vez por ano.

Inte

rnet

Page 14: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

1411414144114

Artigo

Há 19 anos nascia o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). A primeira lei específi ca sobre a infância e juventude do mundo. Cer-tamente um marco históri-co da humanidade. Aqueles que nasceram após 1990 nem imaginam e nem podem en-tender o que signifi ca este marco. Nos tempos remotos da história a criança não po-dia ser vista pela sociedade, ela era invisível por assim di-zer e portanto, não era con-siderada. Depois de séculos ela passou a ser vista, mas não podia se manifestar, nem ser ouvida, a única aceitação era sua presença. A humanidade através dos séculos foi imprimindo senti-mento pela criança e adoles-cência e assim passou a ser vista e ouvida pela sociedade.No século XX, novos valores deram novo rumo na história da criança e adolescente foi considerada sujeito de direi-tos, prioridade absoluta e com proteção integral, passando a ser cidadã e protagonista da sua história. No Brasil o processo come-çou a desencadear impor-tantes mudanças a partir da Constituição do Brasil de 1988, dando origem ao artigo 227 que trata sobre os direitos da Criança e Adolescente e deve-res da família, da sociedade, do Estado Brasileiro.

Este foi o primeiro impulso dos estudiosos de várias áreas profi ssionais do Brasil para ini-ciarem um movimento nacio-nal em prol da criança e ado-lescente e surgiu o ECA. A motivação foi essencial-mente garantir os direitos e a proteção integral das crianças e adolescentes, pois nem to-das possuem alimentos, rou-pas, possibilidade de estudar, condições de saúde e tantas outras necessidades garanti-das pela sua família. A reali-dade da criança brasileira e bem diversa dependendo da região do país. Ocorrem faltas de afeto até o de prover as necessidades básicas de sobrevivência. Isto pode acontecer por situações externas ao desejo da família, como um desemprego e conse-quentemente falta de dinhei-ro, mas também por descuido e negligência dos responsáveis. Neste sentido o ECA veio tra-zer um novo olhar para a crian-ça e adolescente como pessoa de direito e que precisa de pro-teção tanto aquela básica de sobrevivência como especial quando em situação de risco. Importante salientar a condição peculiar de desenvolvimento que trata o ECA, mostrando que as etapas do desenvolvimento não são defi nitivas, mas sofrem mudanças e devem ser conside-rados como transitórios na vida das crianças e adolescentes.

Os pais, os professores, os médicos, enfi m toda a socie-dade brasileira teve que se adaptar a esta lei, pois se não cumprir o que ela determina terá punição. Com isto a lei quer garantir os direitos da criança e adolescente. De outro lado estão as crian-ças e adolescentes que se ul-trapassarem e ou extrapola-rem seus limites e cometerem atos infracionais também so-frerão punições estabelecidas na lei que vão desde uma sim-ples advertência judicial até uma internação na Fundação CASA, antiga FEBEM. O ECA foi muito importante para que todo serviço infanto juvenil, a família, a socieda-de refl etisse sobre a grande responsabilidade de educá-las para a humanidade. Há muitas queixas de culpar o ECA pela falta de educação de muitas crianças, pela falta de controle sobre elas, pois an-teriormente cada um exercia como queria sua autoridade, como se fossem donos delas. É preciso garantir os seus di-reitos essenciais, mas também que possam ser educadas para retribuir este momento histó-rico que se deu grande poder para a infância e juventude e que eles possam ser protago-nistas de sua história. Concluindo, o ECA deve ser conhecido pelos adultos e criança e adolescente, pois

A lei que veio pra mudar a sorte das crianças e adolescentes

14 47

de insulina aplicada varias vezes ao dia, controles de glicemia diária, manter uma alimentação saudável rica em fi bras e substituir o açúcar refi nado por ado-

cemia normal em jejum deve ser menos que 100, porém o diagnostico de diabetes não é feito somente com um exa-me, são neces-sários outros também como, por exemplo: hemoglobina glicosada, tes-te de glicemia capilar, glico-suria e ceto-nuria, para a confi rmação. Os sintomas que podem acusar a doença são: aumento de sede e de ape-tite, emagre-cimento sem motivo e o au-mento do nú-mero de vezes que a criança vai ao banhei-ro fazer xixi. A diabetes tipo 1 é a ter-ceira doença crônica mais

comum na infância, atrás apenas da asma e do re-tardo mental. A cada ano pelo menos 60 mil crian-ças são diagnosticadas com diabetes tipo 1 no mundo inteiro. Todos que a possuem serão depen-dentes de insulina até o fi nal de suas vidas – ou pelo menos até o dia em que descobrirem a cura dessa doença. Na maioria dos casos, a doença não é hereditária, embora o fa-tor genético desempenhe um papel importante. “Quando eu era crian-ça meus pais cuidavam de mim, a pior fase foi minha adolescência, pois era um pouco rebelde e comia doces escondido, passava mal, deixava de tomar in-sulina ás vezes para cha-mar a atenção dos meus familiares e amigos, prin-cipalmente quando me falavam o que eu podia ou não comer, ai sim me dava vontade de ir e co-mer o que não podia”, re-lata a jovem Aline de 19 anos, que tem diabetes há 15. Hoje ela se considera mais responsável para cui-dar de si mesma. Se não controlada en-quanto jovem, o diabetes pode trazer muitas com-plicações a pessoa, como: problemas sexuais, perda

çantes além de praticar es-portes semanais”, diz o en-dócrino pediatra Gil Vieira, de 34 anos. Segundo médicos espe-cialistas no caso, a gli-

Inte

rnet

Page 15: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

46

Diabetes na Infânciacresce a todo ano

Marina Cezario

Número de crianças diabéticas cresce cada vez mais e preocupaos pais que, muitas vezes, se atrapalham nos cuidados

446666

Quem acredita que o diabetes só aparece em pessoas idosas está total-mente enganado. Cada vez mais crianças e ado-lescentes aparecem com esse problema de saúde que traz muitas preocu-pações aos pais e, quando mal controlado, diversas complicações ao diabéti-co. É um mito dizer que antigamente essa doença crônica só aparecia em pessoas de mais idade. De fato, era mais raro aparecer na infância, o que acontece é que antes não era muito divulgada e existia a falta de conheci-mento da sociedade sobre determinadas doenças. O tipo mais comum de diabetes infantil é a tipo 1 aonde as células pro-dutoras de insulina são destruídas, sendo assim é necessário o uso do medi-camento para viver e se manter saudável. As pes-soas precisam de injeções diárias para regularizar o açúcar no sangue. Sem o remédio a glicose não con-segue chegar ás células,

que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. Não é fácil ouvir que o fi lho está com diabetes. Mas também não pode ser o fi m do mundo. O estilo de vida, tanto da criança quanto dos pais, vai pas-sar por algumas altera-ções. No inicio, é preciso prestar atenção em tudo no quanto (e o que) comer numa refeição, a medida adequada de qualquer atividade física, a moni-torização da glicemia e a dose exata de insulina a ser injetada. Silvia Affonso de 40 anos, assessora de imprensa, descobriu que sua fi lha de apenas 4 anos de idade ti-nha diabetes após perce-ber alguns sintomas, que até então não sabia ser da doença, que na época era pouco conhecida. Ela conta que a fi lha voltou a fazer xixi na cama, beber muita água, emagreceu sem motivo aparente e ti-nha fraqueza constante. “Estávamos voltando de viagem quando minha fi lha

começou a suar frio e per-deu a cor, eu e meu mari-do a levamos ao Posto de Saúde, onde alegaram ser uma gripe forte. Voltamos para casa e nada dela me-lhorar, então fomos dire-to para o Hospital da USP, logo que chegamos corre-ram com ela e voltaram para nos dar a noticia da doença que nunca tínha-mos ouvido falar e nem sabíamos que dava em crianças. Ficamos perdi-dos sem saber como agir, pois sabíamos que seria uma nova etapa de nossas vidas. Tivemos que apren-der a aplicar insulina em uma laranja para depois aprender a aplicar nela”, relata. Para muitos pais é difícil lidar com o problema, po-rém para a criança diabé-tica, as vezes é muito pior, pois em muitos momentos ela sofre com preconceito, com a mudança radical na alimentação, entre outros fatores que “atrapalham”, no olhar da criança, o seu dia a dia. “Para controlar a doença é necessário o uso

46 15

Ana Lúcia Pintar Xavier

trata dos direitos, deveres e proteção da infância e ju-ventude. A grande novida-de, porém, foi estabelecer os direitos e nestes 19 anos da lei no Brasil possibilitou a implantação de um siste-ma de garantias dos direi-tos que funciona melhor aonde há prioridade pela criança e adolescente e há investimentos nas suas ne-cessidades. E certamente a infância e juventude sendo de fato prioridade haverá mais esperança para a hu-manidade.

BIBLIOGRAFIA

Áries, P. História Social da Crian-ça e da família. Rio de Janeiro: Zahar,1978.

Azevedo&Guerra/2005/LACRI/IPUSP/e-mail:[email protected]. A lon-ga jornada da domesticação ao protagonismo infanto juvenil.

Constituição da República Fe-derativa do Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente.

Assistente Social e gestora de projeto

social de adolescentes em confl ito com a lei.

Inte

rnet

Page 16: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

16

Quadrinhos

454545

Quando fui visitar a minha prima me deparei com meu sobrinho, literalmente, dentro da televi-são. Tentei chamar sua atenção. Fiz careta, rolei com os cachorros, lancei de um doce. Mas não! Nada fez com que ele ao menos dissesse “Oi”. Pensei em chamá-lo para algo que qualquer me-nino na minha época (como me sinto velha falan-do deste jeito) sairia correndo para a rua. “Venha, Rafi nha. Vamos jogar bola”. Ele não me ouviu. Parecia inerte a qualquer movimento ou som, olhando fi xamente para aquela telinha. Senti-me frustrada. Estava concentrado em seu videogame de última geração. Um destes Nintendos da vida que lançam novos a cada minuto para enlouque-cer os pais. Basta mudar uma função e lá vem a indústria com uma propaganda de massa que faz com que as crianças infernizem, batam o pé, se joguem no chão, até que ganhem. “Meu colegui-nha de escola já tem, preciso ter igual.”. E lá se vai uma grana e não é pouca. Voltando aquele termo que me faz sentir o peso dos anos que passaram, na minha época nós só fi cávamos presos dentro de casa, em frente a TV (que não era de plasma, mas sim uma caixa preta enorme com um som mais ou menos) e jogando Atari, quando estava chovendo. Não víamos a hora das férias chegarem para brincarmos na rua até mais tarde, ver o sol se pôr, jogar conversa fora, dar risada e ter amizades que durariam o tempo necessário para serem inesquecíveis. Lembro com nostalgia da minha turma da rua onde morava quando tinha 9 anos. Eram 5 meninas e 12 garotos. Fomos muito felizes naquele um ano. Sim, apenas 12 meses que marcaram para sempre. Taco, bolinha de gude, pega-pega, esconde-escon-de, pipa, bicicleta, patins... Eram as brincadeiras em que passávamos horas nos interagindo. Quan-do recordo deste tempo bom que não volta mais,

crônicaCarol Mager

“Brincadeira de criança,como é bom, como é bom...”

ao invés de usar aquele pensamento “era bom e eu não sabia”, digo que “era bom, eu sabia e apro-veitei muito”. Tenho certeza que o sentimento é o mesmo para os outros 16. Naqueles dias as crianças se divertiam e aprendiam muito com as brincadeiras, de saber ganhar e perder, enfi m, de ter o contato huma-no, a troca, o tato, o cheiro... Hoje é tudo in-dividual e cada um no seu canto. Ninguém se olha. Ninguém bate um papo. Ninguém se toca. A violência está dominando os pais e deixando as crianças presas dentro de suas próprias casas. Mas será que esta é a solução? Não dá pra viver o tempo todo dentro de um escudo de vidro. Um dia, elas vão ter de sair e encarar a vida. E talvez, certamente, serão jovens medrosos e inseguros. Conseguirão atravessar uma rua? Em casa não há carros em alta velocidade. Conse-guirão identifi car um estranho como sendo mal? Em casa, sem contato, sem malícia, só com a família. Talvez acreditem, e infelizmente é total ao contrário, que o mundo é de fl ores e de pes-soas boas e amorosas. Fiz uma última tentativa para tentar tirar meu sobrinho da frente da TV. Lanço mão de uma brincadeira muito antiga, em que joga-va com meus amigos e familiares quando o tempo não estava bom para sair na rua, ape-nas para ver se ele se interessaria. “Vamos brincar de stop?”. Surpreendentemente, ele deixou de olhar para a telinha e me pergun-tou “Tia, você sabe jogar stop?” Fiquei toda feliz. Finalmente consegui sua atenção. Vou voltar aos velhos tempos. Mas ele continua “Que legal! Vamos lá então. Eu fico no meu laptop na sala e você fica no computador do escritório do papai”. Ai meu Deus, a brinca-deira tão divertida virou virtual.

45

Page 17: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

44

Você Sabia?

>>> O Zé Carioca teria sido criado pelo próprio Walt Disney dentro do Copacaba-na Palace Hotel. O desenhista disse que amou tanto o Rio de Janeiro, que tinha que deixar um presente para os cariocas. Hoje o Zé Carioca é mais do que um per-sonagem ou mascote carioca, é um elo entre Walt Disney World e o Brasil.

>>> O distribuidor de revistas norte-ame-ricano Todd McDevitt pediu Maribeth Cas-telli em casamento por meio de uma his-tória da Mulher-Maravilha. Ele procurou o editor-chefe da DC Comics, Paul Levitz, e

lhe perguntou se seria possível publi-car a proposta. Levitz levou a idéia para o editor da revista, que acabou topando. O pedido apareceu na pági-na 20 da publicação número 179 e foi elaborado por Phil Jimenez com base em fotos do casal.

>>> Mortimer Mouse seria o nome de Mickey, quando foi criado por Walt Disney, mas Lillian, esposa de Walt, não gostou do nome e sugeriu que o camundongo se chamasse Mickey Mouse.

>>> Mickey Mouse no primeiro dese-nho criado por Walt Disney não era um camundongo, mas sim um coelho chamado Oswald.

>>> Em Pasadena (EUA), uma bela mansão foi usada como cenário no seriado do Batman nos anos 60. Norman Preston van Valkenburgh (proprietário) lembra que na época a TV que fazia o seriado chegou a pagar 1500 dólares por dia, durante 3 dias de gravação. A mansão além de servir como moradia de Bruce Wayne no seriado dos anos 60 tam-bém apareceu em alguns fi lmes de Alfred Hitchcock e num comercial da Toyota.

>>> Batmóvel produzido especial-mente para o fi lme mais recente do clássico herói dos quadrinhos Bat-man foi leiloado há pouco tempo por US$ 297.000 dólares cerca de R$ 550.000 reais.

O telefone do personagem “Batman”

Mansão do personagem “Batman”

Car

ol C

arva

lho

Car

ol C

arva

lho

17

Vamos colorir...

Page 18: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

18 43

meu fi lho e estou apro-veitando para relembrar a minha infância, quando eu passava a tarde intei-ra lendo histórias do Bat-man”, conta Reginaldo Nascimento, 36 anos. A exposição teve o obje-tivo de comemorar os 70 anos do Batman, e possuía cerca de 90 revistinhas ra-ras nos expositores e mais de 200 acessíveis ao públi-co. Os gibis mais antigos e difíceis de encontrar fo-ram cedidos pelo colecio-nador Alexandre Callari, que guarda essas revistas desde pequeno. A mostra também apresentava cari-caturas de como estariam os super heróis com 70 anos de idade. Além dos personagens mais conhe-cidos mostrava também

alguns que foram esqueci-dos. “Achamos interessan-te mesclar personagens que foram esquecidos com os que estão sempre no gosto das pessoas, como, por exemplo, o Batman, que mesmo com 70 anos ainda é muito famoso”, declara Marco Antonio dos Santos, organizador da exposição. Os gibis nacionais tive-ram um espaço reservado no evento. As histórias de Maurício de Souza, como a Turma da Môni-ca, Horácio, Penadinho, também eram muito pro-curadas pelas pessoas. Além das revistas nacio-nais pouco conhecidas, como as 10 edições da história de “Mirza, a mu-lher vampiro”. A exposi-

ção possuía revistas em quadrinhos que agradou a todos. “Quando era pequeno nunca gostei de ler essas histórias de super - heróis america-nos, eu preferia ler um gibi chamado Mortadela e Salaminho”, confessa André Santos, 43 anos. Cada vez mais, com os quadrinhos virando fi l-mes, crianças que ainda não aprenderam a ler se tornam fãs de super – he-róis, como é o caso de Guilherme Santos, de 5 anos, que virou fã de gi-bis depois que começou a assistir aos fi lmes. “Meu herói favorito é o Bat-man, sempre quando vou dormir peço pro meu pai ler as histórias dele para mim”, afi rma o garoto.

Revistinhas deMaurício de Souza

com personagens da“Turma da Mônica”

Os exemplares das revistas em quadrinhos mais antigas eram impressos em preto e branco como “A garra cinzenta” e “Zé Caipora”

Car

ol C

arva

lho

Car

ol C

arva

lho

Car

ol C

arva

lho

Page 19: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

42

História em Quadrinhosque passa por gerações

Exposição leva adultos e crianças ao mundo dos quadrinhos

Carol Carvalho

Você já ouviu falar em Zé Caipora, Nhô-Quin ou Garra Cinzenta? Não? E se eu te falar que esses personagens fi zeram par-te das primeiras Histórias em Quadrinhos do Brasil? É isso mesmo, eles são os tatatatatataravôs dos HQs no país. No começo, lá no século XIX, um homem chamado Ângelo Agostini começou a colocar no jor-nal animações engraçadas que falassem sobre a po-lítica e a vida social. Os personagens principais de

Agostini se chamavam Zé Caipora e Nhô-Quin. Hoje, esses desenhos são conhe-cidos como charges. Em 1930, os desenhistas de histórias em quadrinhos começaram a publicar, em forma de tirinhas, aventu-ras de super heróis, sendo o primeiro deles chamado Garra Cinzenta. Até esse momento na história do Brasil ainda não existia as revistinhas que se dedica-vam somente aos quadri-nhos como conhecemos hoje. Isso só aconteceu

zidas para o Brasil por meio da Editora Abril, que até hoje publica os quadri-nhos dessas fi guras do HQ norte americano.

“Herói de Papel Nunca Envelhece”

O SESC Pompéia, São Paulo, realizou uma ex-posição chamada “Herói de Papel Nunca Envelhe-ce”, em que reuniu vários personagens das histórias em quadrinhos, como Bat-man, Super Homem, Mu-lher Maravilha, Capitão América, Tarzan, O Mas-cara, e muitos outros que pertencem a esse univer-so que encanta todas as pessoas. “Eu vim trazer

em 1930 com o surgimento da revista cha-mada “O Gibi”, que foi feita no formato nor-te americano, e se tornou si-nônimo de HQ aqui no país. As histórias dos personagens Pato Donald, Zé Carioca, Tio Pa-tinhas, Mickey Mouse, entre outras tantas, do Walt Dis-ney, foram tra-

Car

ol C

arva

lho

Uma das primeiras capasdo personagem em

quadrinhos “Batman”

Capa dos quadrinhos da “Mulher Vampiro”

Car

ol C

arva

lho

19

Page 20: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

20

Respeitar as diferenças dopróximo é o mais importante

Joyce Barreto

Escolas Católica e Hebáica mostram que educar bem é sempre o mais importante

Duas escolas de religiões e crenças completamente diferentes, uma é católi-ca e a outra é hebraica, ambas cheias de simbo-lismos. Elas tem o mesmo objetivo que é formar os alunos como cidadãos em primeiro lugar. Os ensinamentos são distintos e de acordo com as crenças, mas indepen-dente de religião os alunos aprendem a serem unidos e praticarem o bem ao próximo.

A escola Católica

No Instituto São Pio X, as crianças contam com as aulas didáticas e as extracurriculares, como aulas de dança, de mú-sica, natação e treinos esportivos nos períodos matutino e vespertino. A escola possui 3 quadras uma principal, na qual acontecem campeonatos interescolares, gincanas e treinos, e mais duas, onde são realizadas as aulas de educação física feminina e masculina, estas foram nomeadas com nome de santos, uma se chama São

José e a outra São Bento, na entrada de cada quadra há um memorial contando a história destes santos. O intuito desde as aulas tra-dicionais, até os treinos é muito claro: “acolher, assistir e educar”. “Aqui as crianças são in-centivadas desde peque-nas a participarem de pro-jetos sociais e que devem ajudar as pessoas” conta a coordenadora do ensino édio Laura Rodrigues. A escola tenta sempre passar paz e tranquilidade para alunos e funcionários. Nas paredes, pilastras e

em cada sala de aula exis-tem imagens, quadros de santos e crucifi xos. Todas as manhãs antes de iniciar as aulas, os alu-nos fi cam diante a cruz que há em suas salas e então pelo áudio escutam a voz da diretora Irmã Ma-ria José Baldessar, junto a ela rezam a Deus e fazem seus agradecimentos, os aniversariantes do mês também são anunciados e depois rezam o Pai Nos-so. Logo após a oração as aulas começam. “Temos uma capela aqui na insti-tuição, é mais usada em

Joyc

e B

arre

to

Trabalhos desenvolvidos para a festa “Rosh Hashaná”

41

7 erros

41Respostas na última página

Page 21: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

40

É o mais antigo dos antrópodes, o mais primitivo aracnídeo. Seu veneno é usado na fabricação de remédios. Existem 800

espécies dele conhecidas!

Jogos

21

época de pro-vas, principal-mente pelos pe-quenos”, conta a Irmã Maria José Baldessar. O calendário da escola segue os tradicionais. A diferença é que desde a primeira série está presente o ensino reli-gioso, aplicado por professores que são freis

A escola Hebraica

A escola Hebraica Renas-cença é voltada à comuni-dade judaica e não é só re-ligiosa, mas pluralista, ou seja, qualquer aluno pode estudar nela, desde que os pais aceitem que seus fi -lhos tenham uma educação voltada à cultura judaica, poucos alunos não fazem parte da comunidade. Os cursos vão desde a educa-ção infantil com alunos de 1 a 5 anos de idade até o ensino médio. O currículo de ensino é bem diferenciado, além das matérias tradicio-nais, os alunos aprendem língua hebraica, fi losofi a judaica, história nacio-nal do estado de Israel, estudos do simbolismo e

festas judaicas. A esco-la celebra todas as datas comemorativas de Israel e todas as festas. “Em setembro comemo-ramos uma festa chamada “Rosh Hashaná” que é o ano novo judaico, pois o calendário judaico é lu-nar, e por isso é no mês de setembro que o ano inicia para os judeus. É uma fes-ta repleta de simbolismos e um período de refl exão. A idéia da festa é que as pessoas estão entrando num novo ano, no qual devem se desprender de tudo o que não é legal para o ano seguinte”, conta a coordenadora de estudos judaicos da educação in-fantil, Mindla Fleider. No colégio, os alunos fazem todos os rituais praticados

ou freiras. É uma matéria bem dinâmica, os alunos levam bíblias e algumas refl exões feitas durante a semana, participam de gincanas bíblicas, na qual todos os estudantes dei-xam somente as bíblias so-bre a mesa, e o professor sorteia um capítulo e um versículo para cada um, a criança corre para à fren-te da sala e procura o que lhe foi sorteado recitando para a sala. Tudo é crono-metrado pelo professor. A escola é religiosa, po-rém é aberta para os ca-tólicos e não-católicos. Nem todos os professores são católicos, o importan-te é ser um bom profi ssio-nal. Um dos ensinamentos primordiais é o respeito e amor ao próximo.

Joyc

e B

arre

to

Trabalhos dos alunos para a festa “Rosh Hashaná”

Page 22: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

22

pelos judeus no mês da fes-ta “Rosh Hashaná”. É tocado o shofar (chifre de carneiro) para evocar um período de refl exão, na qual as pessoas começam a pensar como se comportaram e o que fi ze-ram, para quando chegar o ano novo, as pessoas serem renovadas. Todos no colégio participam do ritual, fazem as refl exões, comem maçã com mel e em casa a famí-lia prepara um grande jan-tar, cada comida representa um símbolo, após esta festa chega o “Yom Kippur”, consi-derado o dia do perdão, que todos escolhem o que não foi bom e pedem perdão. “É importante saber ex-plicar para as crianças o porque de tudo isto, pois muitas são muito peque-nas para entender alguns detalhes, ao toque do shofar, pedimos que elas pensem em coisas que não fi zeram corretamente ao longo do ano. Um dia ensinamos sobre porque obedecer os pais, no outro sobre não jogar papel no

Escola Renascença Rua São Vicente de Paulo, 659

Santa Cecília – São PauloTelefone: 3824-0788

Instituto São Pio X Rua Madre Joana Zonca, 528

Quitaúna – Osasco – SpTelefone: 3608-0387

chão, e cada dia do mês uma refl exão diferente” explica Mindla. Na escola, os educado-res ensinam a importância da reciclagem e incenti-vam os alunos a não des-perdiçar nada. Para cada ensinamento existe uma história como se fossem parábolas. Um exemplo é nunca desperdiçarem pa-pel, então os professores contam que os judeus por muitos anos foram muito pobres e as crianças não tinham nem papel para escrever. Usavam pedaços de panos, madeira e tudo que pudessem riscar para escreverem. Os trabalhos escolares para exposição sempre são feitos com materiais recicláveis. “Tudo é feito para que não seja apenas ensina-mentos em vão, mas para que no futuro as crianças entendam porque e o que é ser judeu. Se com o tem-po não quiserem seguir o judaísmo é uma escolha delas” afi rma ela.

No segundo ano do ensino médio, é realizada a “mar-cha pela vida”, na qual os alunos viajam para a Polô-nia e depois vão para Isra-el, usando um broche com a palavra “lembrar”, que signifi ca que nunca devem esquecer das afl ições que o povo judeu já sofreu e que não devem deixar que acon-teça novamente. Durante esta viagem, vão conhecer o Muro das Lamentações, o Museu do Holocausto, vão para cerimônias, cantam e aproveitam a viagem prati-cando rituais judaicos.

O que escolas tão diferentestem em comum?

Tanto a escola católica quanto hebraica dão priori-dade em incentivar os alu-nos a nunca terem precon-ceitos, ensinam a preservar as boas amizades indepen-dente da cor, costumes e religião. E acima de tudo que se deve saber respeitar as diferenças do próximo. Ir bem na escola é conse-qüência da boa vontade e é importante gostar de ad-quirir conhecimentos.

Alunos durante a atividade “Gincana Bíblica” na aula de Ensino Religioso no Instituto São Pio X

Joyc

e B

arre

to

39

Marilia Cintra, 7 anos

Mayara Cezario da Silva, 11 anos Gisely Cristina Affonso, 4 anos

Esse é o

Envie seus desenhos, fotos, poemas e

contos para o e-mail:

[email protected]

E aguarde apróxima edição...

Seu espaço

Serelepe

Page 23: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

38

Jefferson Rogerio Affonso, 11 anos

Victor Cintra, 9 anos

Page 24: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

O que eu vou ser quando crescer?Bacharel em Direito

Esta coluna da revista Sere-lepe vai trazer para você todo o mês um pouco da história e o que faz um profi ssional de determinada área, para que no momento em que você ti-ver que escolher sua profi ssão não seja algo tão difícil e do-loroso como às vezes é para algumas pessoas. Uma das profi ssões mais tradicionais é a de bacharel em direito que muitos sim-plesmente denominam advo-

gados. Para começo de con-versa veja como nasceu essa profi ssão aqui no Brasil. A pri-meira faculdade de direito no país foi fundada com o nome de Academia de Direito de São Paulo, isso no ano de 1827 e seu objetivo era o de formar governantes e administrado-res públicos capazes de es-truturar e conduzir o país que tinha acabado de se tornar in-dependente de Portugal. De lá para cá muitas facul-dades de direito se instalaram pelo país e muitos se forma-ram nesta profi ssão, mas dife-rente do que muitos pensam, quem faz faculdade de direito não obrigatoriamente precisa ser advogado. Para que isso

aconteça é neces-sário, depois dos 5 anos de faculdade

prestar um exame, que é denominado de Exame da Ordem dos Advogados do Brasil ou simplesmente Exame da

Ordem, que para aquele que for aprovado neste exa-me, recebe uma autorização para advogar, isto é, para de-fender alguém perante lei. Mas você pode optar por ou-tras carreiras dentro do Direi-to, como ser um juiz, um de-fensor público, que é aquele que advoga para pessoas sem condições de pagar, pode ser um promotor, além de poder

prestar concurso em algum ór-gão público e atuar como ana-lista judiciário, por exemplo. Isso quem explicou à Serepele foi o bacharel em direito Afon-so Rondon Flores. Ele contou que optou pelo curso de Direito quando es-tava no último ano do ensino médio. “Estava em dúvida en-tre Direito e Economia. Acabei optando por Direito por ser um curso que abre portas para di-versas carreiras”. Afonso conta ainda que foi um pouco infl uenciado por seu primo que é advogado, mas diz que “infl uência maior, to-davia, foram amigos meus que também haviam decidido pela área e me mostraram todas as possibilidades de atuação para quem faz Direito”. Quando você opta por cursar uma faculdade de direito você vai estudar matérias como: economia, política, fi losofi a, sociologia, história do direito, além das mais específi cas da profi ssão, como o estudo mais aprofundado de direito do tra-balho, por exemplo. É uma profi ssão conside-rada clássica e nobre, tanto que os formados nesta área são chamados de doutor. Uma importante referência nessa área é a Faculdade de Direi-to do Largo São Francisco que pertence à Universidade de São Paulo.

Você pode obter mais informações no site www.direito.usp.br

dades dpelo param nesrente doquem fanão obrser adv

qExAsi

Ordque forme, recpara advfender a Mas votras carto, comfensor pque advcoccccccccccccc ndiçõeum prom

24

Têm

is

Símbo

lo da

Justi

ça

Inte

rnet

37

Seu espaço Serelepe

Jefferson Rogerio Affonso, 11 anos

Mayara Cezario da Silva, 11 anos

Page 25: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

36

com a maior naturalidade possível. “A forma como se fala pode ser muito mais importante do que o que se fala em si”, afi rma. No entanto não perca tempo com explicações desne-cessárias ou muito com-pridas, escolha dar alguns exemplos para enfatizar. O certo é tentar descobrir o que realmente os peque-nos estão querendo saber, pois muitas vezes eles fazem perguntas apenas para testá-los. “Primeiro, pergunte o que ela quer saber sobre o assunto e depois complementem as informações”, diz Marcos. Além disso ele explica que o fato de que tais expli-cações contribuem para a sustentação do sexo como tabu. Por exemplo, muitos pais fi cam receo-sos de falar o nome cer-to dos órgãos como pênis e vagina. Uma educação sexual adequada desde a infância ajuda a prevenir uma série de problemas, como a DST (Doença Se-xualmente Transmissível), gravidez precoce e dis-funções sexuais. Pais que se esquivam ou que se mostram incomo-dados com a abordagem dos fi lhos sobre o assunto, acabam afastando a crian-ça desse tipo de conversa. Assim no futuro eles pro-

curarão outras pessoas ou até mesmo os ami-guinhos para saber mais sobre o assunto. Um ou-tro aspecto importan-te é responder apenas aquilo que lhe foi per-guntado. “Eu fi co sem jeito de falar de sexo com a Ju-lia, quando ela vem com essas perguntas eu pro-curo mudar o assunto”, diz Edson Medeiros, ad-ministrador de empre-sas. Ele afi rma que pre-fere que sua esposa fale sobre o assunto com a fi lha de 7 anos. “A cada nova pergun-ta devemos agir da mes-ma forma: satisfazendo apenas as necessidades de nossos fi lhos”, diz o sexólogo Marcos. Já no caso de Sandra Cintra, de 33 anos, dona de casa, ela se sente a vontade para falar do assunto com o fi lho Vic-tor de 9 anos. “O Victor me procura para falar do que seus coleguinhas fa-zem e falam a respeito do assunto e eu procuro sempre dar dicas e ex-plicar o lado bom e ruim desse tema, que para muitos ainda é um tabu. Prefi ro que ele aprenda em casa comigo do que na rua com os outros”, afi rma ela.

Uma boa dicapara começaresse tipo de

educação, é aleitura. Veja

algumas sugestões:

“Mamãe, como eu nasci?”Macos Ribeiro

(Editora Salamandra)

“De onde eu vim?”Claire Llewellyne Mike Gordon

(Editora Scipione)

“Mamãe botou um ovo!”Babete Cole

(Editora Ática)

Inte

rnet

Inte

rnet

2525

Os 7 livros mais lidosA casa sonolenta(Audrei Wood)

Era uma casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Quem diria que uma simples pulguinha saltitante pudesse acabar com todo o sossego num instante!

Editora: ÁticaFaixa Etária: 7 a 9 anos

O homem que amava caixas(Stephen Michael King)

Este livro fala de maneira simples e bonita sobre o relacionamento entre pai e filho. Com ilustrações alegres e muita sensibilidade, “O Homem que Amava Caixas” conta a história de um homem que era apaixonado por caixas e por seu filho. O único problema é que, como muitos pais, ele não sabia como dizer ao filho que o amava.

Editora: Brinque BookFaixa etária: a partir de 7 anos

Proibido para maiores, piadas para crianças(Paulo Tadeu)

Uma seleção divertidíssima das melhores piadas para crianças. Um livro gostoso para ler em qualquer lugar e que vai fazer a turminha dar um monte de risadas.

Editora: Matrix [3 volumes]Faixa Etária: a partir de 6 anos

25

1

2

3

Page 26: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

2626

Harry Potter e a pedra filosofal(Joanne Kathleen Rowling)

Um menino que dorme embaixo de uma escada na casa dos tios. Quan-do ainda bebê, sua casa foi invadida por um terrível bruxo responsável pelo assassinato de seus pais. Só ele sobreviveu por um motivo miste-rioso, revelado no decorrer da história. Aos 11 anos ele descobre que é bruxo e vai para a escola de bruxaria de Hogwarts. Harry aprende poções, feitiços, voar na vassoura, levitação e, principalmente, as coisas simples da vida como amor, amizade e perseverança.

Editora: RoccoFaixa Etária: a partir dos 10 anos

Coleção Charlie e Lola – Diga Xis(Lauren Child)

Charlie tem uma irmãzinha chamada Lola. Hoje é o dia da primei-ra foto de escola dela. Lola diz- ‘A mamãe disse que vai ser uma fotografia super hiper especial. Principalmente se eu ficar limpa e arrumada’. E Charlie diz- ‘E você acha que isso vai ser fácil, Lola?’.

Editora: ÁticaFaixa Etária: de 03 à 09 anos

4

5

6

Até as princesas soltam pum(Ilam Brenman)

Laura é uma garotinha (como toda criança) bem curiosa e uma das questões que mais a intrigam (e a seus colegas de escola também) é saber se as princesas soltam ou não pum. Ela recorre ao pai para esclarecer dúvida tão perturbadora, que, por sua vez, recorre ao an-tigo “livro secreto das princesas” e, com ele, a confirmação: “sim, Cinderela, Branca de Neve e até a Pequena Sereia sempre soltaram pum!”. Mesmo diante da realidade, Laura sabe que as princesas dos contos de fadas continuam a ser as mais lindas princesas...

Editora: Brinque BookFaixa etária: de 03 até 12 anos

26 3535

Com isso busca descobrir respostas com um cole-guinha, muitas vezes, da mesma idade. Elas começam a se re-lacionar com brincadeiri-nhas “diferentes”, selinhos na boca do outro ... e até mesmo na maneira de se vestir eles fi cam curiosos um com o outro. As meni-nas principalmente, usando saias, mini blusas que aca-bam chamando a atenção dos meninos, que por sua vez usam as calças caindo mostrando a cueca. Sites na internet tam-bém são um chamado para essas curiosidades e descobertas. Com uma grande diversidade de pa-ginas e até mesmo os de bate-papo, que são consi-derados perigosos, fazem com que a criança sinta vontade de olhar e con-versar, sem saber ao certo quem está do outro lado da telinha e do perigo que, possivelmente, está correndo, pois muitos são “inocentes” neste ponto e acham que estão realmen-te falando com alguém da mesma idade que a sua. Cerca de 44% que utili-zam regularmente a rede, já se sentiram assediadas sexualmente por uma vez e 11% admitiram ter sido colocadas nesta situação por varias vezes. Por isso é importante que os pais

expliquem os perigos que estão sujeitos quando na-vegam nestes sites, esta-belecendo algumas regras para garantir a segurança de seu fi lho.

Quando falar de sexocom as crianças

Uma das grandes preo-cupações dos pais é per-ceber qual o momento certo para abordar assun-tos ligados ao esclareci-mento sobre sexo. Alguns acham que se começam a falar cedo demais sobre o assunto esses conheci-mentos podem provocar uma curiosidade que leva ao namoro ou até mesmo

á atividade sexual. Já al-guns fi cam com receio de deixar passar a “hora apropriada”. O primeiro ponto é saber ou sentir, na própria crian-ça, o momento exato de se abordar o assunto, de forma clara e esclarece-dora. No geral, os próprios pequenos nos dão sinais de que essa hora chegou. Em torno dos 5, 6 anos de idade, é muito comum sur-girem algumas perguntas a respeito, como por exem-plo: “como eu nasci?” e “ de onde eu vim ?”, costu-mam ser as primeiras. Segundo o sexólogo Mar-cos Ribeiro, os pais devem esclarecer essas dúvidas

Inte

rnet

35

Page 27: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

34343434

Sexualidade tambémé assunto de Criança!

Marina Cezario

Como e quando abordar esse assunto!?

Sexo é uma palavra que geralmente você costuma ouvir ou ler, e provavel-mente você deve ter al-gumas dúvidas sobre esse assunto e sobre assuntos relacionados, como por exemplo, abuso sexual, ou mesmo entender exata-mente como se dá o nas-cimento de uma pessoa. Pode ser que tenha acon-tecido de você perguntar para os seus pais e eles não conseguirem respon-der de um jeito legal, as vezes eles até gaguejam né?! Mas não se desespe-rem, pais e amigos leito-res da Revista Serepele, pois a partir de agora, vo-

cês terão muitas dúvidas esclarecidas. “A educação sexual é importante para que não tenhamos no futuro, uma realidade como a que en-contramos hoje em dia no nosso país, de milhares de adolescentes grávidas a cada dia”, afi rma o sexó-logo Marcos Ribeiro. A sexualidade infantil é totalmente diferente da se-xualidade adulta, pois não têm os mesmo interesses. Esse é um assunto muito discutido entre os pais de crianças dos 6 aos 10 anos de idade, fase em que estão descobrindo seus corpos. A educação sexual in-fantil vem da família, da maneira como se relacio-nam e da forma que pas-sam isso para a criança. Muitos pais preferem nem tocar no assunto, como se o mesmo fosse um tabu, e outros já estimulam os fi lhos, achando graça ver a criança beijar outra na boca ou até mesmo cha-mar de seu namorado (a). A geração anterior era, muitas vezes, punida e re-preendida caso quisesse sa-

ber alguma coisa sobre se-xualidade. A atual já não, pelo contrario, é bombar-deada pela estimulação precoce de seus pais. É importante que os pequenos perguntem e sejam respondidos com clareza, simplicidade, na medida em que a curiosi-dade vai surgindo. Muitas vezes, os pais querem “se livrar” logo do assunto e na ansiedade disparam a falar além da necessidade da criança. Nossas casas e vidas es-tão cercadas de progra-mas de TV e rádio que são impróprios e não têm mais horário certo para ser exibido, isso também acaba ajudando a aguçar as dúvidas e a vontade de saber o que é aquilo que está vendo o pequeno. Um ponto bem questio-nado também nesse as-sunto é a opção sexual da criança. Esta vem ao longo dos anos, com a bagagem que cada um carregará em sua infância. Muitas vezes a crian-ça desperta tal curiosi-dade na própria escola.

Inte

rnet

34

O Grúfalo(Júlia Donaldson e Axel Scheffler)

Usando de astúcia e imaginação, um ratinho vai criando um monstro terrível e assustador - o Grúfalo - e diverte-se espantando seus preda-dores. Mas, qual não é seu espanto ao ver sua imaginação personifi-cada à sua frente. “O Grúfalo”, de Julia Donaldson, é uma divertida fábula sobre os poderes da nossa imaginação. As bonitas ilustrações, de Axel Scheffler, complementam a graça do texto e convidam a acompanharmos o ratinho em seu passeio pela floresta.

Editora: Brinque BookFaixa Etária: 02 a 07 anos

7

Page 28: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

2828

Os Backyardigans

Os Backyardigans é uma série musical sobre cinco personagens em idade pré-escolar que se apóiam em sua imaginação para embarcar em um surpreendente mundo de aventuras épicas. Um episódio típico pode

apresentar os cinco amigos envolvidos em um autêntico mundo de piratas. Com os Backyardigans, tudo é possível. As crianças aprendem a se expressar criativamente e a dançar ao som das músicas cantadas pelos cinco personagens animados: o pingüim Pablo; o alce Tyrone; uma criatura violeta chamada Uniqua; Tasha, a hipopótamo, e o precavido canguru Austin. O quintal (backyard) é o lugar perfeito para os Backyardigans. Ali, todas as suas aventuras se tornam realidade, o cenário onde criam suas histórias musicais.

DESENHOS EDUCATIVOS

28

Os desenhos infantis educativos ajudam no desenvolvimento das crianças e são pedagógicos. Com estes desenhos, as cr ianças aprendem sobre cores, núme-

ros, palavras e respeito as diferenças. Por exemplo, os desenhos que a Rev i s ta Se re lepe traz para você nessa edição, são educativos e pedagógicos. Você pode

assist i- los tanto na TV aberta (TV Cultura) ou paga (Descovery kids) .

Calillou

Calillou é um menino de quatro anos fascinado pelo mundo à sua vol-ta, que vive rodeado por seus amigos e sua família. Com a ajuda de seus pais, sua irmã menor, seus avós e seus amigos, Caillou descobre o mundo enquanto espera com impaciência o momento de crescer. Tudo o que encontra ao seu redor se transforma em uma desculpa perfeita para empreender uma nova aventura, aprender coisas novas e divertir-se. Seja na escola, em casa ou no parque, Caillou sempre procura uma oportunidade de aprender algo novo.

333333

Aquário de São Paulo

Entre tubarões, arraias e peixes – palhaço, o Aquário de São Paulo é uma ótima opção de passeio para toda a família. O local tem aproximadamente 2.000 espécies de peixes e também monitores prontos para tirar todas as suas dúvidas. Sem falar da visita notur-na, que é uma das novidades do Aquário.

Rua Huet Bacelar, 407 - IpirangaTelefone: 2273-5500

Segunda a Domingo, das 9h às18hR$ 15,00 (segunda)

R$ 20,00 (demais dias)R$ 60,00 (visitas noturnas, que inclui jantar)

Grátis para crianças até 2 anosEstacionamento: R$ 12,00

www.aquariodesaopaulo.com.br

Veja na nossa próxima edição: Dicas de Teatro!

* As imagens das páginas amarelas são Foto Divulgação

Page 29: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

323232

Vai pra onde...Museu Catavento

Inaugurado em Março desse ano, o Museu Catavento é uma ótima opção para quem é curioso e gosta de se divertir e aprender ao mesmo tempo. Com 4.000 metros qua-drados o ambiente tem diversos atrativos como: a reprodução da superfície da lua, paredes de escalada, setores com energia estática e, outras áreas da física, como a óptica e a mecânica. A visita ao museu pro-porciona no mínimo três horas e meia de diversão para crianças e adultos. Mas para quem quiser permanecer mais tempo no local, atenção: o museu não possui lancho-nete. O espaço é indicado, principalmente, para crianças a partir de 8 anos de idade.

Palácio das IndústriasParque Dom Pedro II, s/n, centro

Telefone: 3315-0051de Terça a Domingo, das 9h às 17hR$ 3,00 (crianças de 4 a 12 anos)

R$ 6,00 (acima de 12 anos)Grátis para crianças até 3 anos

Obs.: a bilheteria fecha 1h antes do museuEstacionamento: R$ 8,00 (a 1ª hora)

www.cataventocultural.org.br

Cia dos Bichos

Que tal passar um dia inteiro na fazen-da, entre aventuras pela floresta, tirar leite de vaca, andar a cavalo e até mes-mo montar em um búfalo!? Pois na Cia dos Bichos é assim, você pode interagir com boa parte dos 200 animais de 21 espécies, desde filhotes até adultos. E ainda, para terminar o passeio, nada melhor do que comer uma broa de mi-lho e tomar um café típico da fazenda. Para quem gosta de animais é uma óti-ma opção de lazer.

Estrada de Capuava, 2990Granja Viana - Cotia

Telefone: 4703-3548Sábado, Domingo e Feriados, das 10h às 17h

R$ 25,00 (acima de 12 anos)R$ 30,00 (crianças de 2 a 12 anos)

Grátis para crianças até 1 ano e pessoas acima de 60 anosEstacionamento Grátis

www.ciadosbichos.com.br

2929

Charlie e Lola

As histórias desta série giram em torno da relação dos irmãos Charlie e Lola e de seus amigos, enquanto descobrem coisas novas e enfrentam todo tipo de de-safios usando a imaginação e a fantasia. Os enredos se desenvolvem do ponto de vista infantil, sem nenhuma interferência dos adultos. Charlie é um menino de sete anos que adora jogar futebol e desenhar seus próprios foguetes e carros de corrida. Ele é sempre acompanhado por Lola, sua irmãzinha de quase cinco anos. Lola é muito independente, simpática e segura de si. Não pode viver sem leite cor-de-rosa e odeia tomate. Sem dúvida, a pequena sempre sabe o que quer, mas nem por isso deixa de se meter em apuros. Para ajudá-la, seu irmão Charlie utiliza constantemente a lógica e seu senso de humor.

Barney

Barney é um adorável dinossauro roxo que cativa as crian-ças pequenas com sua imaginação e simpatia. Um elenco de crianças culturalmente diverso se di-verte com conceitos positivos sobre saúde, segurança, amizade, boa forma e outros temas interessantes. Tudo começa quando o pequeno boneco Barney ganha vida e se transforma em um enorme dinossauro que canta e dança em uma atitude amistosa e otimista. Não existe um cenário ideal, tudo pode acontecer em uma casa, em um centro de atividades, um armário cheio de dis-farces, um parque, um balanço, uma árvore ou uma velha ponte sobre uma lagoa. A simples idéia de um banco para se sentar pode fazer voar a imaginação. O parque, por exemplo, facilita as ati-vidades ao ar livre e a exploração da natureza. Adultos, crianças e mascotes se divertem para valer.

29

Page 30: Revista erelepe - caduxavier.com.br · Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Um cavalinho! ... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer

303030

Filmes mais assistidos e o que vem por ai:

Babe o porquinho atrapalhado94 min. 1996

Babe é um porquinho simpáti-co e inteligente que muda a vida dos animais e também dos humanos em uma pequena fazenda. História de um coração sem preconceitos, um filme cheio de personagens inesquecíveis.

Matilda98 min. 1996

Matilda é uma garotinha esperta e inteligente, que gosta de ler e vai bem nos estudos. Mas os pais não percebem isso e a colocam num colégio infernal. Lá ela descobre que tem poderes mágicos e assim vai poder acertar as contas com to-dos, inclusive a cruel diretora da escola.

Homem de Ferro 2

Sequência do grande sucesso “Homem de Ferro” que traz de volta o milionário Tony Stark e sua armadura cheia de tecno-logia. A trama de “Homem de Ferro 2” é mantida em segre-do, mas alguns detalhes já são conhecidos: Chicote Negro e a Viúva Negra são os vilões; par-te da ação acontece no Grande Prêmio de Mônaco, e as Indús-trias Stark terão um carro de fórmula 1 competin-do. Estréia em Abril de 2010.

Alice no País das Maravilhas

Adaptação da obra clássica de Lewis Carroll, o novo filme de Tim Burtom, será filmado em 3D e conta as aven-turas da jovem Alice, que cai em um mundo mágico cheio de personagens estranhos. Estréia em Março de 2010.

Avatar: The Last Airbender

A adaptação do desenho para o cinema será di-rigido por M. Night Shyamalan, que di-rigiu Sexto Sentido e A Vila. Estréia em Julho de 2010.

313131

GAMESPro Evolution Soccer 2010 (PSP)

O Pro Evolution Soccer 2010 traz numerosas inovações que o torna o simulador de futebol com o mais alto grau de realismo. Nesta edição o jogador se sente mais envolvido com os gráficos belíss imos e o som emocionante.

Super Mario Kart

Surge a segunda ver são, o “Super Mar io Kart Re-make”, que as s im como o pr imeiro jogo, possu i o cenár io 3D também. Agora t rês chefões são seus adversár ios . Também o cogumelo Mega e o cogu-melo Mini , bomba, t rovão e muitos mais ar t igos são aval iados na prova .

TarzanGuardian Of Earth

Em um jogo bastante d ivert ido, você v iverá Tarzan na heróica mis são de sa lvar a f lores ta de um incêndio . “Tarzan: Guardian of Earth” possu i be los gráf i cos e proporc ionará a você muita d iver são com o personagem da hi s tór ia da Di sney.

010 (PSP)