revista em ordem - oab cascavel - edição 4 - agosto 2010

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CASCAVEL

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O mais novo canal de comunicação entre a OAB e os advogados, a revista “Em Ordem” traz em sua primeira edição, uma nova proposta aos leitores. Substituindo o jornal “Caros colegas”, a revista de periodicidade mensal vai além do que acontece na subseção Cascavel e traz assuntos relativos ao Direito no cenário estadual, nacional e mundial, além de atualidades, artigos científicos, coluna social, curiosidades, informações sobre ética e prerrogativas dos advogados, além de oferecer uma prestação de contas sobre tudo o que acontece na OAB-Cascavel, visando uma gestão limpa e transparente. Esta revista também é sua e contamos com a participação de você, leitor, com críticas, sugestões e comentários sobre o conteúdo e formatação deste veículo de comunicação. Boa leitura!

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Page 1: Revista Em Ordem - OAB Cascavel - Edição 4 - Agosto 2010

Edição 3 - Julho 2010

CASCAVEL

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DOS ADVOGAD

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Page 2: Revista Em Ordem - OAB Cascavel - Edição 4 - Agosto 2010
Page 3: Revista Em Ordem - OAB Cascavel - Edição 4 - Agosto 2010

Diretoria

Conselho da Subseção

Juliano Murbach Nilberto Vanzo Helio Ideriha Jr. Sinclair Tibola Charles DuvoisinPresidente Vice-Presidente Secretária Adjunta TesoureiroSecretário-Geral

Alexandre Barbosa

Altivir Braganholo Jr.

Ana M. K. da Silva

Andréia Belo Rosso

Andréia A. Aguilar

Antônio C. S. Kuhn

Carlos A. Bortolotto

Celso Cordeiro

Clarice Dal Canton

Gisele Mafessoni

Marcelo Navarro

Maria F. André

Patrícia Guimarães

Patrícia R. Pereira

Paulo A. Jarola

Rui Dias da Rosa

Sueli Silva Fontolan

Neide S. Pipa André

Paulo G. Fornazari

Conselho Estadual

Telefones úteis

André Beck Lima Antônio A. E. Filho Lauro Luiz Stoinski Rui da Fonseca

EXPEDIENTE

Direção: Juliano Murbach e Nilberto VanzoRedação e diagramação: Keila Schons

Tiragem: 1.500 exemplaresImpressão: Gráfica Positiva

Comissão Editorial: Thaianna Klaime, Carla Schons, Michel Lima, Lucas Velasco, Rui da Fonseca e Paulo Fornazari.

Farmácia do Advogado: 45 3222-1838

Livraria do Advogado: 45 3225-0519

Sala da OAB | Justiça Federal: 45 3225-8904 (fax) 45 3322-0085

Sala OAB |Justiça do Trabalho: 45 3326-4970 45 3226-5459

Sala OAB |Fórum: 45 3226-9010 45 3226-5459 45 3326-7515

Sede OAB: 45 3222-1906 45 3322-1653

45 3224-4896

Anuncie na Revista Em Ordem Ligue 45 3222 1906

Page 4: Revista Em Ordem - OAB Cascavel - Edição 4 - Agosto 2010
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Nesta quarta edição, a Revista Em Ordem contempla a come-moração do Dia do Advogado. Você confere ainda uma matéria especial sobre as Eleições de 2010, os resultados do Mutirão Carcerário, as reformas na sede da Ordem e o novo quadro de funcionários da Subseção.

Assessoria de Comunicação - OAB45 3222 1906 | [email protected]

Edição Julho 2010

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SUMÁRIO

6 - Palavra do Presidente

7 - Dia do Advogado

8 - Fique Sabendo/Caixa

9 - Ética. Uma boa causa

10 - Quadro de funcionários

11 - Mutirão Carcerário

12 - Reformas na sede

13 - Prestação de contas

15 - OAB em debate

16 - Novos advogados

17 - OAB Social

18 - Artigo

19 - Últimas notícias

21 - Artigo

22 - Encontro de gerações

23 – Tribunal de Justiça

24 – Aniversariantes do mês

25 - Variedades - Política

26 - Opinião

27 - ESA

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Não poderíamos iniciar esse breve texto sem parabenizar e enaltecer a todos os advogados que abnegadamente cumprem com zelo, com-petência e seriedade sua função profissional.Que não só neste dia 11 de agosto, mas em todo o nosso exercício profissional possa-mos cumprir com retidão nossas funções, auxiliando na construção e distribuição da Justiça e de uma Sociedade alicerçada nos mais importantes ideais e valores humanos.Parabéns advogados! Nossa Subseção conti-nua a desempenhar suas funções: no mês de junho realizamos mais um juramento onde 63 novos advogados foram recebidos em nossos quadros; visitamos as demais cidades onde possuímos salas de trabalho a fim de rece-ber as reivindações da classe, quando pron-tamente já conseguimos atender a algumas (telefone e internet); trouxemos o Diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas, para um diálogo franco e produtivo sobre o pre-sídio que administra e sobre a possível ocor-rência de violação a prerrogativas profissio-nais; debatemos o projeto da nova sede, cujo início da construção se aproxima; celebramos novos convênios com lojas, clínicas e outros; realizamos café da manhã a fim de expor aos advogados os benefícios constantes da OAB-Prev; cursos na ESA; reuniões com Presiden-tes e Membros de Comissões; ministramos curso de aperfeiçoamento aos Conselheiros da Subseção que atuam em processos éticos disciplinares; intervimos junto a autoridades públicas que violaram prerrogativas profis-sionais, dentre outros. O trabalho não cessa, mas continuamos no firme propósito de aten-der à todas as reivindicações dos advogados!

Boa leitura!

Colegas Advogados

Juliano Huck MurbachPresidente da Subseção da

OAB Cascavel

diretoria

Page 7: Revista Em Ordem - OAB Cascavel - Edição 4 - Agosto 2010

Muitas coisas na história deste País têm encontrado lugar no mês de agosto. O suicídio de Vargas e a renúncia de Jânio Quadros são efemérides desse mês que, até por conta de acontecimentos dessa natureza, passou a ser considerado mês aziago. Não foi diferente em 27 de agosto de 1980. Nesse “bendito” dia, por volta das 13,30 horas, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio de Janeiro, um atentado a bomba ceifava a vida da Diretora da Secretaria do Conselho da Ordem, Senhora Lyda Monteiro da Silva que, com os seus valiosos préstimos, durante quarenta e quatro anos, serviu aos advogados brasileiros. Nos seus 80 (oitenta) anos de luta em defesa da Ordem Jurídica, dos Direitos Humanos, do Estado Democrático de Direito, da Cidadania e da Liberdade, nenhum ato marcou tanto a OAB como esse atentado pusilânime.A OAB, portanto, tem uma tradição de luta em defesa das Liberdades Democráticas e, no dia 11 de agosto do corrente ano, uma vez mais, respirará aliviada pelas retumbantes vitórias conquistadas. Se fosse narrar, por inteiro, a história magnífica da nossa querida OAB, necessário seria todo o espaço desta nossa nova revista, grandiosa manifestação de um Novo Tempo e de uma Nova Ordem: em ORDEM! Por essa razão, para não tomar todo o espaço da Revista, serei breve. O dia 11 de agosto tem importante significado na vida dos advogados e, igualmente, na existência da Ordem dos Advogados do Brasil. Então é de se ter, também, que o mês de agosto nem sempre foi como, atualmente, se lhe rotula: agourento ou aziago. É que, nesse mês, no dia 11 (repita-se), em 1827, pelo Imperador Dom Pedro I, foram, os cursos jurídicos, instituídos no Brasil, inicialmente, em número de dois. Um na cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo (a fabulosa Arcadas do Largo São Francisco), e o outro, na cidade de Olinda, no Estado de Pernambuco.

José Bolivar Bretas é advogado criminal em Cascavel e região e Professor de Direito Processual Penal no curso de Direito da UNIPAR em Cascavel.

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Então, em princípio, nesse dia, no dia 11 de agosto, se comemorou o dia da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Depois disso, em época mais recente, no ano de 1962, a Associação dos Advogados de São Paulo, dirigindo-se ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, lembrou a conveniência da instituição do Dia do Advogado. Muitas datas foram sugeridas: 19 de maio, dia de Santo Ivo, considerado o Padroeiro dos Advogados, 08 de dezembro, comemorado como o dia da Justiça, 05 de novembro, comemorado pelo nascimento de Rui Barbosa e 11 de agosto, dia da instalação dos cursos jurídicos no Brasil. Foi escolhido, por maioria significativa, o dia 11 de agosto. Então, de 1962 em diante, o dia 11 de agosto passou a ser considerado O DIA DO ADVOGADO. Nesse dia, destacando a sua importância, devo saudar, a todos os meus colegas Advogados de Cascavel e do nosso querido Oeste Paranaense de tantas histórias. Para realizar essa honrosa missão vem a talho trazer à colação esta minha afirmativa de que os sábios são sábios porque têm o dom da antevisão. É a antevisão que lhes dá tirocínio e sabedoria, iluminando-lhes a inteligência. O sábio Eduardo J. Couture no seu Decálogo e ou nos Dez Mandamentos do Advogado, mais precisamente no 10º Mandamento assim enfatizou: “AMA A TUA PROFISSÃO: Trata de considerar a advocacia de tal maneira que, no dia em que teu filho te peça conselhos sobre o destino, consideres uma honra para ti propor-lhe que se faça Advogado!”. Meu filho, não me pediu conselhos sobre o seu destino. Sempre foi muito bem resolvido. Desde tenra idade sempre me acompanhou. Sentava-se ao meu lado na Tribuna da Defesa nos Júris todos em que atuava. Não saía de dentro do escritório. Hoje é Advogado criminal muito bem sucedido em Curitiba, além de Professor de Direito Processual Penal da Pontifícia Universidade Católica

do Paraná, da Escola Superior de Advocacia e da Academia Brasileira de Direito Constitucional. É Vice-Presidente do Grupo Brasileiro da Association Internacional de Droit Penal, Conselheiro Fundador do Instituto Paranaense de Estudos Criminais e Secretário – Geral do Instituto Brasileiro de Direito Penal Econômico. Tem 03 (três) livros jurídicos publicados: Moderna Teoria do Direito e Estigma de Pilatos pela Juruá e O Excesso de Prazo no Processo Penal pela JM Editora. O seu progresso e o seu crescimento são motivos de orgulho e de alegria para a minha pessoa. É uma semente minha a germinar em nova seara. O florescer da grande colheita esperada é a benesse almejada. Oxalá os resultados continuem sendo, mesmo, os da boa semente em terra fértil, dando fruto um a trinta, outro a sessenta, outro a cem, por um (S. Marcos, Cap. 4, Vers. 20). Com o coração de joelhos, humildemente, peço perdão a todos os queridos colegas Advogados de Cascavel e região por ter traçado essas linhas em considerações sobre o meu filho. Contudo, fiz esse registro não por vaidade, não por soberba, não por petulância. Fiz esse registro porquanto é verdadeiro e, da mesma forma, para destacar, de maneira muito especial, a minha alegria, a minha felicidade e o meu contentamento em, sendo Advogado, ter um filho, igualmente, Advogado. Entendi que, dessa forma, com a alegria em testemunhar a germinação da boa semente, a minha alma seria limpa e poderia purificar o meu coração. Com a alma limpa e o coração purificado, sem qualquer mágoa ou rancor, desejando muitas felicidades a todos, poderei abraçar, fraternalmente, os colegas e amigos Advogados até porque dentro desse abraço, sem dúvida, lá se encontrará o meu filho Adriano Sérgio Nunes Bretas, eis que estaremos todos comemorando o nosso dia, O DIA DO ADVOGADO.

O DIA DO ADVOGADO José Bolivar Bretas/*

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A Subseção inaugura nesta edição a coluna “Fique Sa-bendo”, sobre ética e disciplina profissional, baseada no Estatuto da Advocacia e da OAB. Confira:

FIQUE SABENDO

Da ética do advogado

Art.31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia.

1° O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância.2° Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão.

Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.

Parágrafo único. EM caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria. Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina.

Parágrafo único. O código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral da urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares.

Os advogados que contrataram plano de saúde da UNIMED, por intermédio da AMIC, a partir do mês de Agos-to, estarão sujeitos ao pagamento da mensalidade à AMIC. A cobrança de mensalidade tem previsão legis-lativa e contratual, vez que para usufruir dos benefícios que a UNIMED/AMIC disponibiliza, é preciso ser um membro ativo da instituição. O valor da mensalidade, para pessoas físicas, é de R$ 22,00 e pessoas jurídi-cas tem valores diferenciados (sob consulta). Em caso de dúvida, a equipe da AMIC está a disposição para esclarecimentos na Rua da Lapa, 1927, fone 3036-5636, com os atendentes Fátima, Marcelo e Luciana.

AMIC estabelece novas diretrizes para os conveniados

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ÉTICA, UMA BOA CAUSAPUBLICIDADE

Dando continuidade à intenção da Subseção de Cas-cavel e também da 9ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/PR, no sentido de promover escla-recimentos aos colegas advogados, especialmente no que diz respeito à conduta ética no exercício pro-fissional, sem ferimento ao que dispõe o Código de Ética e Disciplina e também aos artigos 31 e seguintes da Lei 8.906 de 04 de julho de 1994, essa coluna abre espaço para uma questão primordial na atuação dos advogados e sociedades de advogados. A PUBLICI-DADE E PROPAGANDA DA ATIVIDADE ADVOCATÍCIA. A publicidade da atividade do advogado e das sociedades de advogados está regulada pe-los artigos 28 a 34 do Código de Ética e Disci-plina, além do Provimento 94/2000 do Conse-lho Federal de Advocacia, que buscou regular e/ou regulamentar certas práticas desenvolvidas pelo advogado em sua atividade profissional.Há grande discussão – salutar – no sentido que a OAB deveria liberar a publicidade e a propaganda, sem limites, pois diante da realidade atual, com a evolução tecnológica e até comercial, esse tipo de conduta sem restrições, é medida que se impõe. Pensamos que podemos discutir amplamente a matéria, mas no momento, o advogado possui um Código de Ética e Disciplina que deverá cumpri-lo (sob pena de infração disciplinar) e até que real-mente ocorra alguma mudança. Em razão de que o Provimento citado é mais abrangente e definiu diretrizes ao advogado, seguiremos uma breve análise do mesmo, no sentido de orientar os co-legas para o que é permitido e o que é proibido.Diz o artigo 1º do Provimento 94/2000: “É permi-tida a publicidade informativa do advogado e da sociedade de advogados, contanto que se limite a levar ao conhecimento do público em geral, ou da clientela, em particular, dados objetivos e ver-dadeiros a respeito dos serviços de advocacia que se propõe a prestar, observadas as normas do Có-digo de Ética e Disciplina e as deste Provimento”.Já o artigo 2º do mesmo Provimento, define o que se entende por publicidade informativa, ou seja, tão somente a identificação pessoal e curricular do advogado ou da sociedade, os números de ins-

crição, com indicação de endereço completo, as áreas de atuação, os nomes dos advogados integra-dos ao escritório e outros de menor importância.Na seqüência, o artigo 3º do Provimento, estabelece quais são os meios lícitos de publicidade da advocacia, que não estão caracterizados como infração discipli-nar, entre os quais: cartões de visita e/ou de apresen-tação do escritório, mas, somente com informações objetivas; placa identificativa no local estabelecido; anúncio em listas de telefone ou análogas; comuni-cação de alteração de endereço e/ou dados da so-ciedade; informação do ramo de atuação e; eventual divulgação nos meios de comunicação escrita e eletrô-nica, mas apenas de maneira objetiva e informativa.Com efeito, basta breve análise dos citados artigos, à constatação de que a publicidade e a propagan-da da atividade advocatícia é extremamente restrita a diversas condições regradas no Provimento e no Código de Ética e Disciplina da OAB e que é veda-da a publicidade em rádio e televisão, painéis de propaganda, anúncios luminosos e divulgação em vias públicas, cartas circulares e panfletos e ain-da, oferta de serviços mediante intermediários.Entretanto, eventual participação em programas de qualquer meio de propaganda, deve limitar-se a entrevistas eventuais com mera exposição sobre assuntos jurídicos de interesse social e não, de for-ma contínua com emissão de pareceres e consultas. E mais, considera-se infração ética disciplinar, a publicação reiterada e contínua em jornais e in-formativos em geral, com divulgação do advo-gado e/ou do seu escritório, informando causas vencidas no judiciário, como forma de captação de clientela ou ainda, de veiculação do exercício da advocacia em conjunto com outra atividade. Por derradeiro, entendemos que a manutenção e a divulgação da presente coluna (Ética – uma boa causa), em conjunto com a Subseção da OAB/Cas-cavel, visa alertar e orientar os advogados, à leitu-ra do Provimento 94/2000 e ao Código de Ética e Disciplina da OAB, para que relembrem de que à atividade profissional, é imprescindível o compro-metimento com a ética na advocacia, afim de que evitem responder a procedimentos disciplinares.

Luiz Augusto Broetto - Presidente da 9ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/PR

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ética

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SUBSEÇÃOOAB Cascavel amplia quadro de funcionários.

Sulamita LimaAssistente administrativa - Sede

Maria Aparecida LeopoldoAssistente administrativa - Sede

Priscila LangeAtendente administrativa - Sede

Keila SchonsAssessora de comunicação - Sede

Alessandra FerraçaAtendente administrativa - Sede

Milton de Mattos NetoEstagiário - Sede

Angela KlenEstagiária - Fórum

Patrícia Furtado PontesAtendente administrativa - Fórum

Jussara Müller PilonetoEstagiária - Justiça Federal

Francielli CostaEstagiária - Fórum

Thaís BitencourtEstagiária - Fórum

Renato PadiliaEstagiário - Fórum

Mariele Nunes PimentelAtendente - Vara do Trabalho

Sandryne Fabiana MottaEstagiária - Vara do Trabalho

Administrativo

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PARANÁMutirão Carcerário apresenta resultados

O mutirão carcerário, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), teve início no Estado do Pa-raná no dia 23 de fevereiro, após percorrer 18 estados brasileiros.Durante a realização do mutirão carcerário, juízes reexaminam processos de presos provisórios e condenados, a fim de avaliar se existe algum constrangimen-to sendo imposto ao preso, e, entre outras atividades desen-volvidas pelos mutirões estão :a) conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de di-reitos (penas alternativas); b) reexame de processos de me-didas de segurança; c) processos de medidas restri-

tivas de liberdade, provisórias e definitivas, aplicadas pela Varas da Infância e da Juventude; além de processos de presos penden-tes de recambiamento, provisó-rios e condenados, para que se-jam imediatamente recambiados os que são de outros Estados.d) verificar processos de conde-nados, definitivos ou não, nas va-ras criminais e nas de execução penal, a expedição de guias de execução e unificação e soma de penas, entre outras coisas.Em Cascavel, participaram vo-luntariamente do Mutirão os advogados Adriana Aparecida Leme, Alline Emanuele de Oli-veira Frias, Claudia Uliana Orlan-

do, Helio Ideriha Junior, Jeffer-son Kendy Maryama, Julio Adair Morbach, Marcelo Navarro, Mi-chael Hiromi Zampronio Miya-zaki, Patricia Gesualdo Paranhos de Oliveira, Robson Luiz Ferrei-ra e Wagner Toporoski Moreli.

Números do Mutirão: 21.437 processos analisados3.527 benefícios concedidos1.218 presos foram a regime semi-aberto830 presos receberam liberdade provisória727 presos passaram para regime aberto262 receberam livramento condicional53 tiveram comutação de pena42 tiveram suas penas extintas395 receberam outros tipos de benefícios

criminal

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sede

REFORMAA OAB Cascavel conclui a revitalização da sede. Confira os resultados

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ENTRADAS Suprimento Caixa 2.700,00 Suprimento Caixa 3.100,00 SAÍDAS Serviços de terceiros (taxi) - 20,00 Despesas c/ materiais de uso/ consumo - 2,69 Despesas c/ peças e acessórios 12,00 Despesas c/ refeições 7,81 Despesas c/ materiais de uso/ consumo 48,15 Despesas c/ medicamento 16,26 Despesas c/ refeições 3,78 Despesas c/ materiais de uso/ consumo 140,00 Despesas c/ honorários contábeis 265,65 Despesas c/ materiais de uso/ consumo 13,56 Serviços de terceiros 48,00 Despesas c/ limpeza e conservação 43,59 Despesas c/ materiais de uso/ consumo 108,00 Despesas c/ internet 65,00 Serviços de terceiros 130,00 Despesas c/ energia elétrica - 241,64 Despesas c/ telefone 7,82 Despesas c/ refeições 35,04 Despesas c/ refeições 160,00 Despesas c/ refeições 211,31 Serviços de terceiros 10,00 Serviços de terceiros 100,00 Despesas c/ refeições 101,00 Bens Permanentes - 2ª Parcela 467,85 Despesas c/ telefone 13,09 Despesas c/ materiais de escritório 413,70 Despesas c/ materiais de escritório 959,00 Despesas c/ materiais de escritório 120,00 Despesas c/ limpeza e conservação 136,00 Despesas c/ materiais gráficos - NF 4918 40,00 Despesas c/ aluguel - Clube Advogados 250,00 Serviços de terceiros - Requisição 7201 30,00 Despesas c/ materiais de uso/ consumo 353,00 Serviços de terceiros - RPA 50,00 Despesas c/ refeições - NF 102 80,00 Bens Permanentes - NF 1439 54,00 Serviços de terceiros 160,00 Despesas c/ telefone 1.861,94 Despesas c/ vale transporte 33,00 Bens Permanentes 80,00 Serviços de terceiros 220,00 Bens Permanentes 227,00 Despesas c/ propaganda e publicidade 165,00 Despesas c/ festas e confraternizações 80,00 Despesas c/ internet 50,00 Total 7.634,88 SALDO ANTERIOR (+) 4.630,65 CRÉDITOS (+) 5.800,00 DÉBITOS (-) 7.634,88 SALDO DE FINAL DE CAIXA R$2.795,77

DESPESAS SUBSIDIADAS ENTRADAS Receita fotocópias - Sala OAB - Fórum 3.781,35 Depósito desbloqueado - Fórum 203,20 Receita fotocópias - Sala OAB - Justiça Federal 483,20 Receita fotocópias - Sala OAB - Vara do Trabalho 1.758,25 Depósito desbloqueado - Vara do Trabalho 514,05 Receita fotocópias - Sala OAB - Capitão 91,50 Receita fotocópias - Sala OAB - Sede 20,00 Receita fotocópias - Sala OAB - Corbélia 343,95 Depósitos s/ Comprovantes 3.791,75

SAÍDAS Suprimento de caixa 3.100,00 Compra de Bens Permanentes 372,00 Desp. c/ limp. e conserv. 139,97 Serviços de terceiros 47,50 Despesas c/ materiais de uso/ consumo 38,29 Despesas c/ confraternizações 580,00 Serviços de terceiros 300,00 Suprimento de caixa 2.700,00 Serviços de terceiros 4.729,20 Despesas c/ homenagens e decorações 180,00 Despesas c/ correios e telégrafos 250,65 Despesas c/ Serviços de terceiros 890,00 Despesas c/ peças e acessórios - 1.580,02 Despesas c/ consertos e reformas 250,02 Despesas c/ consumo de água 163,50 Compra de imobilizado - 3.500,00 Despesas c/ consertos e reformas 3.080,00 Despesas c/ telefone 06/2010 260,54 Despesas c/ materiais de uso/ consumo 107,28 TOTAL 10.987,25 22.268,97

SALDO ANTERIOR (+) - R$ 23.386,94 CRÉDITOS (+) - R$ 10.987,25 DÉBITOS (-) - R$ 22.268,97 SALDO FINAL BCO BRASIL (=) - R$ 12.105,22

Mês: junho/2010PRESTAÇÃO DE CONTAS

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OAB EM DEBATEQuais são suas expectativas quanto ao exercício da profissão?

opinião

Julio Adair MorbachOAB/PR 42546

Talvez minha expectativa possa parecer utópica, mas representa o anseio de um profissional que sonha com uma advocacia independen-te e respeitada, até mesmo pela liberdade que nos é garantida para o exercício da profissão. Assim, minha expectativa é que possamos exercer a nossa profissão com independência e que, principalmente, nos una-mos para fazermos valer os nossos direitos e assim al-cançarmos o prestígio que merecemos, começando, é claro, entre nós mesmos, respeitando e fazendo me-recer respeito, afinal “O advogado deve proceder de forma que o torne me-recedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia”. (art. 31 da Lei 8.906/94).

Antes de tudo, é necessário que nós, advogados, assuma-mos com convicção a enorme responsabilidade que nos cabe. Não basta bradarmos que faze-mos parte de uma classe “in-dispensável à administração da justiça”, como dita a Constitui-ção Federal. Prestando um ser-viço público e exercendo uma função social, temos o dever de agir, buscando a transforma-ção da sociedade atual, em que imperam a miséria, a violência e o descaso.Assim, na luta di-ária para que a justiça prevale-ça, sem arrogância e vaidade, o advogado precisa se fortalecer, estudando e procurando o co-nhecimento crítico da realidade. Cientes da grandiosidade desse mister, espero que possamos resgatar o prestígio abalado da nossa categoria e contribuir para que os direitos fundamen-tais do ser humano prevaleçam.

Maria Filomena Cardoso AndréOAB/PR 25086

Andréia Aparecida Aguilar de SouzaOAB/PR 33265

São várias expectativas do advogado quanto ao exercício da profissão, mas acredi-to que a principal delas é a de ser respeitado em suas prerrogativas. O advogado é figura imprescindível dentro do Poder Judiciário e sua função é essencial para a de-fesa dos valores democráticos dentro de uma sociedade mais justa e igualitária, ga-rantindo a viabilização dos direitos do cidadão. Este respeito deve ser buscado pelo próprio advogado em cada ato que realiza, mas também depende da classe como um todo, e especialmente dos representantes dessa classe. Portanto, para exercer com dignidade e afinco sua relevante função, o advogado anseia ter respeitadas todas as suas prerrogativas, sendo valorizado pelo papel que ocupa dentro da sociedade.

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NOVOS ADVOGADOS

Em Compromisso Coletivo realizado na ACIC no dia 20/7, Cascavel recebeu 63 novos advogados de 17 Subse-ções do Estado do Paraná. O evento foi assistido por pais, amigos e familiares dos advogados e contou com a participação do Presidente da Seccional José Lúcio Glomb e do Presidente da Subseção Juliano Murbach.

Conheça os bacharéis a ingressar na advocacia em 2010

Adriana Maria Fontana Alexandre Luiz ZimmerAlice LangAna Paula Alves Dos Santos Anderson Luiz SimonAnderson Nejnek SavarisCristina Micheli GabardoDaniel Soares BeienkeDanyelle Toigo Debora Cristina Dos SantosDiana Cristina RaziniDouglas Dos Santos LuciettoDaniele Primo DarioEduardo Lago SilvaFabio Cesar MoreiraFabio Rossdeutscher Do PradoFabio SponchiadoFabricio De Lima MoraesGiordana Beatriz GrigorioGuilherme Fagan PeronJack Sander Borges Da Costa

Jacson CoppettiJaneci Teresinha Da SilvaJoao Silva Dos SantosJocenilda Aparecida z Santos Joice Duarte BergamaschiJuliana CarvalhoKarla Jezualdo CardosoKarla Patricia Sgarioni OliveiraKelly Defani ScoarizeLaercio Ribeiro MoisesLeonardo Rui CavalettiLeticia Bazzi MorraLigia Critina MarcottiLilian Rodrigues CastroLuis Gustavo Liberato TizzoLuiz Augusto Konopatzki FilhoLuiz Loof Junior Luzia Terezinha Duarte FrizzoMaico SchnellMara Lucia FornazariMarcelo Aniciais Munhoz

Marcia Cristina SavarisMarcos Gustavo SalvadoriMary Andrea Alves JurumenhaMauro Juvani DuarteMichelle Alves LimaNereu LorenzzattoOlivio Joao Baranselli JuniorOscar Machado JuniorPaula Andrea Cuevas GaetePedro Maria De AraujoRobson Luiz Almeida Da SilvaRomulo Samuel CardosoRosana Cristina Jaques GrisaSandro Emerson De OliveiraVanessa PostalVanessa Valeria SottocornoVictor Hugo Von ZescheauVinicius Alexandre JulianiYaneh Aparecida Fiorenza

seccional

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OAB SOCIAL

O jovem advogado Douglas dos Santos Lucietto, durante a cerimônia de Compromisso Coletivo, no dia 20 de julho.

O casal de advogados Marcelo Navarro e Daniele Comin, com a filha Isis.

O advogado Lucas Velasco com a namorada Carol

A bela Elis, de 4 anos, filha da advogada Raquel Tissiane Berta.

social

Advocados em destaque

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ORDEMBreves Reflexões Sobre a Natureza Jurídica da OAB

por Juliano Murbach

artigo

Informa o ilustre administrativista e antigo Ministro do Supre-mo Tribunal Federal Temístocles Brandão Cavalcanti (Curso de Direito Administrativo, 6ª ed., Freitas Bastos, 1.961, pág. 294) que a Ordem dos Advogados do Brasil foi criada pelo artigo 17 do Decreto sob nº. 19.408, de 16 de novembro de 1.930. Esclarece referido jurista: “Apesar de seu caráter corporati-vo, isto é, de se constituir como associação de pessoas e não de bens, a Ordem dos Advogados foi criada como um serviço público federal, executando funções de natureza essencial-mente estatais, atribuídas especificamente ao Estado, ou por órgãos por ele organizados que realizam o serviço público por uma delegação do serviço público.” (Ob. cit., pág. 295)Atualmente a matéria encontra-se regida pela Lei Federal sob nº. 8.906, de 04 de julho de 1.994, conhecida como “Es-tatuto da Advocacia”, a qual define a OAB como exercente de um “serviço público” e “dotada de personalidade jurídi-ca de forma federativa” (art. 44). Consequentemente, “por constituir serviço púbico, goza de imunidade tributária to-tal em relação a seus bens, rendas e serviços” (art. 45, § 5º).Estabelece ainda o art. 44, § 1º de referida Lei que “A OAB não mantém com órgãos da Administra-ção Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico”.Considerando que o “Estatuto da Advocacia” tão so-mente afirma que OAB é dotada de personalidade jurí-dica, os doutos no assunto indagam sobre sua natureza.O proeminente Pedro Luiz Netto Lobo lembra que na déca-da de 70 do século passado, houve uma tentativa governa-mental de vincular a OAB ao Ministério do Trabalho, tentativa essa veemente rechaçada pelos Tribunais Superiores e pela própria Consultoria-Geral da República (Comentários ao Es-tatuto da Advocacia e da OAB, 5ª ed., Saraiva, 2009, p. 253).Referido jurista após minucioso estudo conclui que a OAB se-ria híbrida, uma mistura de direito público e de direito priva-do, pois “não é nem autarquia nem entidade genuinamente privada, mas serviço público independente, categoria sui ge-neris, submetida fundamentalmente ao direito público, na realização de atividades administrativas e sancionadoras, e ao direito privado, no desenvolvimento de suas finalidades institucionais e de defesa da profissão”. (Ob. cit., pág. 256)O ilustre Cândido Rangel Dinamarco entende de manei-ra diversa, afirmando que a OAB “é uma pessoa jurídica de direito privado e portanto independente em relação às en-tidades públicas e seus agentes” (Instituições de Direito Pro-cessual Civil, 4ª ed., Malheiros Editores, págs. 703/704).Dinamarco (ob. cit., pág. 704) sustenta seu entendimento nos seguintes argumentos: 1 – a OAB recebe da lei, além da fun-ção corporativa de selecionar advogados (...) também certas missões políticas perante o Estado e a população, na forma do art. 44, I da Lei Federal sob nº. 8.906/94; 2 – a OAB não é uma autarquia, não integrando a administração públi-ca, nem direta, nem indireta, nem fundacional, e 3 – a Cons-tituição Federal não situa a OAB na estrutura do Estado. Finalmente, o insigne professor de Direito Comercial da Fa-culdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Salvador Frontini apresenta uma terceira verten-te para questão, entendendo que “a OAB, a nosso pare-

cer, é pessoa jurídica de direito público, por se tratar de en-tidade de caráter público, criada por lei” (Revista de Direito Mercantil, vol. 137, in “Pessoas Jurídicas no Código Civil de 2002, Elenco, Remissão Histórica, Disposições Gerais”, pág. 106). Referido autor fundamenta em especial seu entendimento no fato de que a OAB exerce poder de polícia, o qual somen-te pode ser decorrente do direito público (ob. cit., pág. 105).A breve exposição feita demonstra que não existe unanimi-dade doutrinária quanto a natureza jurídica da OAB, sendo certo que os entendimentos apresentados apresentam cada qual à sua maneira, indiscutíveis valores de auto-afirmação.Em termos jurisprudenciais, no Egrégio Superior Tribunal de Justi-ça existia dissídio entre a 1ª e a 2ª Turmas, entendendo a 1ª que a OAB tem natureza autárquica e que a anuidade cobrada é um tributo da espécie contribuição parafiscal (REsp. 614.678/SC). Já a 2ª Turma, posicionou-se em sentido contrário, entendendo que a OAB não se equipara a uma autarquia propriamente dita, não possuindo a anuidade natureza tributária (REsp. 449.760/SC).No final de 2005, foram julgados embargos de divergência no qual foi adotado o entendimento no sentido de que, apesar de se reconhecer a OAB como uma autarquia com características diferenciadas, não se atribuindo às contribuições por ela cobra-das natureza tributária (STJ, 1ª Seção, EREsp. 495.918/SC, Rel. Min. Franciulli Neto, j. 22.06.2005, DJ de 01.08.2005, p. 307).Por sua vez, o Egrégio Supremo Tribunal Federal asseverou que “3. A OAB não é uma entidade da Administração Indireta da União. Omissis (...). 7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas caracte-rísticas são autonomia e independência, não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade institucional.” (STF, Tribunal Pleno, ADI 3.026/DF, Rel. Min. Eros Grau, j. 08.06.2006, DJ 29.09.2006) (grifos nossos)A simples leitura das razões expostas pelo maior Tribu-nal pátrio demonstra o respeito e a importância que o Po-der Judiciário atribui à OAB. O STF expressamente dife-rencia a OAB de outros órgãos de fiscalização profissional, reconhecendo também suas atribuições institucionais, em espe-cial na defesa da Constituição, da ordem jurídica, do Estado demo-crático de direito, dos direitos humanos, da justiça social e outros.Ainda mais recentemente referida Corte Constitucional esta-beleceu que “a imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil é da espécie recíproca (art. 150, VI, a da Constituição), na medida em que a OAB desempenha ativi-dade própria de Estado (defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos hu-manos, da justiça social, bem como a seleção e controle dis-ciplinar dos advogados.” (STF, 2ª Turma, Ag. Reg. no RExtr. 259.976, Relator Ministro Joaquim Barbosa, De de 29.04.2010). Como também ocorre na seara doutrinária, a juris-prudência nacional emanada dos Tribunais Superio-res é conflitante na definição da natureza jurídica da OAB.Não obstante as divergências apontadas e a importância do tema, finalizamos este breve estudo enaltecendo a importân-cia de nossa prestigiosa Ordem enquanto entidade de cunho profissional e ao mesmo tempo, propulsora de evolução social.

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ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Presidente se reúne com advogados de Capitão

O Presidente da Subseção Cascavel Juliano Murba-ch visitou a Comarca de Capitão no dia 14 de ju-lho, a fim de conhecer as necessidades locais e ouvir as reivindicações dos advogados da região. A reunião aconteceu na Sala do Júri, no Fórum e promoveu um importante debate sobre honorários advocatí-cios, desafios da advocacia local e ética na profissão.

Subseção instala telefones nas comarcas

A OAB Cascavel concluiu a instalação dos telefones e internet nas sa-las de advogados de Catanduvas, Capitão Leônidas Marques e Cor-bélia. As linhas já estão em operação e os números para contato são:Catanduvas: (45) 3234-18 96Capitão Leonidas Marques: (45) 3286 11 71Corbélia: (45) 3242 15 91

O advogado Yves Consentino Cordeiro foi nomeado membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB Paraná, presidi-da pela advogada Priscilla Placha Sá. O convite foi realizado pessoalmente pelo Presidente da OAB PR José Lúcio Glomb, durante visita a Cascavel.

Advogado de Cascavel integra Comissão da OAB-PR

A OAB realizou, na última quarta-feira de julho, um encontro com os advogados criminalistas da Subseção. O evento foi realizado na sala da ESA e contou com a presença do Presidente da OAB Cas-cavel Juliano Murbach, do diretor da Penitenciária Federal em Ca-tanduvas, Fabiano Bordignon de advogados interessados no tema.

OAB promove Fórum de Direito Criminal

retrospectiva

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ELEIÇÕESPela moralização no processo eleitoral

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 1º, parágrafo único, assegura que todo o poder ema-na do povo, o qual pode exercê-lo por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, concreti-zando-se o primado da cidadania. Atendendo aos anseios da popu-lação – transparência e eficiência no exercício das funções políticas –, em 04/06/2010 sancionou-se a Lei Complementar nº 135/2010, denominada Lei da Ficha Limpa. Em que pesem as críticas tecidas por alguns, tal norma vai ao en-contro da moralidade e da probi-dade administrativas, corolários do Estado Democrático e Cons-titucional de Direito, permitindo uma melhor gestão da res públi-ca, merecendo, pois, prosperar.Desde o Brasil império, a cor-rupção é uma constante nas ca-sas legislativas nacionais, seja pela ausência de fiscalização eficiente, seja pela falta de ins-trumentos normativos capazes de coibir tal conduta. Até mes-mo os próprios eleitores con-tribuem para o agravamento dessa chaga social, amparados

pelo adágio “rouba, mas faz”.Face ao cenário político atual – deslegitimação dos Poderes Legislativo e Executivo, decor-rente dos constantes escândalos envolvendo os representantes políticos –, a sociedade civil mo-bilizou-se em prol da ética na po-lítica, buscando uma legislação capaz de coibir a disputa elei-toral por candidatos com maus antecedentes, envolvidos em condutas criminosas ou em atos de improbidade administrativa.Tendo por base o clamor popular – concretizado por meio de uma lei de iniciativa popular –, de ma-neira acertada, o legislador brasi-leiro editou a Lei da Ficha Limpa. De acordo com esta, os políticos que detém condenação crimi-nal por órgão colegiado, ainda que passível de recurso – crimes contra a administração pública, o sistema financeiro, o meio am-biente, o patrimônio privado, en-tre outros –, estão impedidos de candidatar-se. Urge salientar que tal normatização será aplicada já nas eleições de outubro deste ano, segundo Resolução emitida

pelo Tribunal Superior Eleitoral.Dessa forma, verifica-se que a nova legislação contém dispo-sitivos criados com o intuito de moralizar o processo eleitoral, permitindo que os cidadãos tenham seus interesses repre-sentados por políticos probos, realmente comprometidos com a busca do bem comum. Para que a Lei da Ficha Limpa goze de plena eficácia, impedindo-se a candidatura dos inelegíveis, urge fiscalizar sua aplicação, tornado possível a construção de um ce-nário político capaz de concreti-zar os reais anseios dos eleitores.

artigo

Thalita Regina FunghettoAtua em Direito Público

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ENCONTRO DE GERAÇÕES

Na época em que comecei, a concorrência não era tão grande, mas havia a lentidão do judiciário em função das poucas varas, sendo que só existia uma vara cível, uma vara criminal, uma vara de família. De lá pra cá, mudou muito a velocidade dos meios de comunicação e principalmente com a internet.

Eu trabalhava na área já há algum tempo, antes de cursar a faculdade de Direito, ajudando nos processos e peticições. Ao perceber esta aptidão, decidi cursar a faculdade de Di-reito. Foi uma oportunidade que surgiu no próprio trabalho.

Eu escolhi o Direito porque não gostava de hospital, de remé-dio nem sangue. Eu me formei em Passo-Fundo e saí para es-tudar Medicina e acabei mudando de ideia. Não havia tantas opções quanto existem hoje. E se fosse hoje, eu faria Direito no-vamente, sem dúvida. Mesmo com o aumento da concorrên-cia e com a conseqüente desvalorização profissional que, pelo que posso perceber, vem acontecendo nos últimos 15 anos.

Hoje quando o advogado ingressa na carreira, ele é mais um. Perdeu-se o status. Somente quem se dedica consegue desta-que. Devido à concorrência, vejo certa dificuldade na cobran-ça de honorários, principalmente para quem está começando, que é meu caso.

Meu conselho para os jovens advogado é que sejam honestos e corretos com o cliente. É uma profissão nobre, digna para aquele que trabalha de forma íntegra consigo mesma, com o cliente e com o judiciário.

Com relação à profissão eu pretendo formar uma carreira sólida, baseada na ética profissional e eu estou batalhando pra isso, passo à passo. É um terreno difícil, a concorrência é grande, o judiciário é lento. Solidez da carreira, este é o meu objetivo.

Simone BrandãoOAB/PR 46076

Luiz Carlos MigliavaccaOAB/PR 5949

encontro

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Temos percorrido nosso estado incessantemente, em atenção aos nossos Colegas advogados e vemos situações difíceis em todo o Paraná. Há um descom-passo entre o primeiro e o segundo grau, pois se este foi aprimorado e recuperou o seu vigor, a pri-meira instância continua sofrendo muito. É lá que faltam servidores. É no primeiro grau que faltam juízes e, onde, muitas vezes as comarcas trabalham com deficiência, até mesmo nas suas instalações. Algumas situações não permitem maior espera. Advogados, juízes, promotores, servidores, usu-ários, partes, todos que necessitam comparecer ao Fórum Cível da capital são unânimes em afir-mar a urgente necessidade de um novo espaço, que permita não só abrigar as atuais Varas Cíveis, como também proporcionar a instalação das no-vas varas, tão necessárias à efetivação da Justiça. As varas, já criadas e ainda não instaladas, tam-bém são exigência em todo o Estado do Pa-raná. Não podemos desconhecer as mudan-ças que o universo contemporâneo promove. Incorporam-se novos hábitos, novas ma-neiras de viver, novos padrões tecnológi-cos. E a tudo deve corresponder nova legis-lação, ou, no mínimo, novas interpretações.Esse turbilhão tecnológico impõe extraordinária carga de trabalho aos administradores da Justiça. A estrutura judiciária, por sua vez, segue sendo a mes-ma, dependente de melhor orçamento no que tange a verbas necessárias à adaptação e modernização, contratação e qualificação de pessoal, melhoria de equipamentos e espaços físicos. Há grande e impe-rativa necessidade de se investir em informatização.E aqui fica o apelo para que os poderes executi-vo e legislativo atendam os reclamos do judiciário por mais recursos. Ainda assim, não temos direi-to à acomodação. É da mais absoluta premência a busca por meios capazes de fazer frente às exi-gências impostas pela realidade que se apresenta. Temos grandes magistrados neste Estado. Eles de-vem ter seu trabalho valorizado, como também deve ser valorizado o trabalho dos advogados , indispen-sáveis ao funcionamento da Justiça e que não mais

suportam a estipulação de honorários aviltantes. Ad-vogados e juízes, todos, merecem o apoio que lhes permita dar uma resposta pronta e digna aos anseios da sociedade. Os grandes temas, as questões como a da corrupção, devem ter julgamento especializa-do e prioritário. Não se pode exigir dos acusados, que permaneçam por longo tempo sem a certeza de uma decisão. Se eles forem inocentes, que isto seja anunciado com a máxima brevidade possível.Todavia, se culpados forem, devem receber as penas da lei rápida e eficientemente. A demora traz consi-go o perigo do descrédito na instituição. As medidas pedidas são antigas. Sempre tivemos esperança que fossem implantadas. Esperança! Uma bela palavra! Sobre ela José Saramago, assim escreveu: “Pen-so que, na prática, aconselhar alguém a que tenha esperança não é muito diferente de aconselhá-la a ter paciência. É muito comum ouvir-se dizer da boca de políticos recém-instalados que a impaciên-cia é contra-revolucionária. Talvez seja, talvez, mas eu inclino-me a pensar que, pelo contrário, muitas revoluções se perderam por demasiada paciên-cia. Obviamente, nada tenho de pessoal contra a esperança, mas prefiro a impaciência. Já é tempo que ela se note no mundo, para que alguma coi-sa aprendam aqueles que preferem que nos ali-mentemos apenas de esperanças. Ou de utopias.” Mas agora, permitam-nos dizer que o sentimen-to, que não é apenas nosso, mas de toda a co-munidade jurídica, é de impaciência. Todos aguardam que sejam logo adotadas as medidas que tornem a justiça dos homens rápida e efi-ciente. A celeridade não é incompatível com os princípios da ampla defesa e do contraditório. Quanto mais breve e rápida se fizer sentir a presença da Justiça, maior será a confiança daqueles que nela acreditam. Certamente, agindo dentro destes prin-cípios, ao final de vossa gestão sobrarão aplausos e nós, advogados, estaremos aqui, na fila dos que reconhecerão os créditos pela melhoria da Justiça.

Texto baseado no discurso do Presidente da OAB-PR, José Lucio Glomb, na posse do Tribunal de Justiça do PR em 12 de julho de 2010.

A evolução do Tribunal de Justiça do Paraná

SECCIONAL

artigo

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Ernani Pudell 1Rosana Bonissoni 1Carlos Da Silva 2Juliane Andreazza 2Mirna Fortes 2Patricia Martins 2Roberto Sonego 2Adriana De Assunção 3Angela Favretto 3Maria Silva 3Karla Sbardella 4Keila Passos 4Luciana De Araujo 4Luciana Emer 5Juliano Conte 6Vilson Matter 6Joselaine Da Costa 7Lenir Rosa Gobo 7Michael Miyazaki 7Paulo Jarola 7Simone Pereira 7Joao Portela 8Juliana Ducatti 8Juliano Murbach 8Lucilei Oribka 8Gleice Martins 9Giovani Beto Rossi 10

Karen Venazzi 10Marco Apadovani 10Amauri Erzinger 11Claudia Geiss 11Cristiane Bordin 11Cristiane 11Cristiane Lombardo 11Edilson Agner 11Maria Filomena Andre 11Wanderlei Schmidt 11Antonio Da Silva 12Carlos Bomfim 12Milton Martins 13Arlindo Rialto Junior 14Eleandro Weyn 14Ercilio Giacomel 14Karyna Pierozan 14Paulo Chemin 14Simone Pascoali 14Conceição Vieira 15Luiz Carlos 15Cleber Evangelista 16Jackson Maffessoni 16Luciano 16Vilson Schwening 16Vinicius De Souza 16Kátya Hermisdorff 17

Marcielly Fernandes 17Orildo Volpin 17Aline Santos Cruz 18Fábio Luiz Frantz 18Fidelcino Tolentino 18Luis Carlos Migliavacca 18Marcelo Zacharias 18Nerei Bernardi 18Scheila Quirolli 18Viviane Jorge 18Cinthia Negri 19Daniely De Albuquerque 19Faustino Alferez 19Fernando Parisotto 19Luiz Mathias Brandão 19Patricia Pereira 19Luiz Augusto Broetto 20Marcelo Blaskoski 20Neuri Lauri Becker 20Nina Rosa Lievore 20Alex Sander Gallio 21Alline Oliveira 21Josiely Da Silva 21Patricia De Souza Zini 21Ivon Pancaro Da Cunha 22Melissa Lisboa Linares 22Milton Machado 22

Aloisio Warken 23Celio Jonas Hirt 23Daiani Parreira 23George Dantas 23Fabio Vicente 24Luciany Smarczewski 24Meyeber Melo 24

Augusto Filipini 25Simone Silva Hoffmann 25Milton Poliszuk 26Adriano Luis Sandri 28Leozir Narciso 28Marlon Oldoni 28Eleandra 30Elisabete Klajn 30

Evelyne Paludo 30Jair 30Laercion 30Luiz Saladini 30Priscila De Quadros 30Regilda Ferro 30Sandra Zenatti 30Valdir Pacini 30Donizetti De Oliveira 31Talvani Brito 31

Aniversariantes de SetembroEaysla Lovisi Oliveira 1Cleusa Zanatta 1Darlon De Oliveira 1Evilasio de Carvalho Jr 1Ilsomar Lunardi 1Matheus Sobocinski 1Paulo Emilio Ferreira 1Cassiano Zakseski 2Rodrigo Moraes 2Rodrigo Tesser 2Antonio Figueiredo 4Christiane Lohmann 4Deborah Menegassi 4Fernando Pfeffer 5Jose Ricardo Messias 5Neri Luiz Simon 5Thiago Fracaro 5Cezar Lazzarotto 6Elisiana de Souza 6Neri da Silva 6Neusa da Rosa 6Nilza Altavini 7Petronius Luconi 7Rúbia Moura Panissa 7Giani da Rosa Lima 8Giuliano Campiol 8Karina Giselli Pimenta 8Kristian Cobra 8Monica de Morais 8Salazar Barreiros Jr 8Sergio DSilveira 8Tania Mara Ferres 8

Breno FRamos 9Cristiano Ferreira 9Franciele Castilhos 9Gilberto de Ávila 9Jalmir Bueno 9Janice Ana Pieniak 9Lucas Velasco Da Silva 9Samuel Mazurechen 9Carlos Gutinik 10Larissa Stela Boldrini 10Lucas Thomann 10Alexsander Redivo 11Danieli Gargioni 11Jean Carlos Machado 11Alexandre Mariotto 12Francielly Bianco 12Maria de Oliveira 12Wanderleia Gaidarji 12Gilberto Gonzaga 13Isabel Flores 13Leonardo Augusto 13Marcelo Sella 13Maria Cristina Alves 13Vinícius Godoy 13Carolina Ballottin 14Gilberto Fior 14Gisele Maffessoni 14Marilene Jurach 14Nilberto Rafael Vanzo 14Nilda Melito 14Syrlei Aprezotto 14Tiago Balbe 14

Eduardo Mezzomo 15Elemar Adams 15Patrícia Caillot 15Patrícia Trento 15Aline Bond Reis 16Antoninho Filho 16Gilberto Da Veiga 16Marcio Gasparelo 17Suelen Seidel Bee 17Dirce Ide Camargo 18Domingos Bordin 18Lauren Moreira 18Caroline Techio 19Lauri Da Silva 19Rosenilda Ozório 19Silvio Siderlei Brauna 19Eliana Jde Oliveira 20Valdenir Gonçalves 20Yegor Moreira Junior 20Carlos Bezerra 21Lyslaine Reijrink 21Marcelo Barzotto 21Marcio Fonseca 21Maurilio Junior 21Roberta Trento 21Clessi Kusma 22Flavio Gondim Borges 22André Marcolin 23André Moraes Rieger 23Graciela De Moura 23Gustavo Drummond 23Nakiély Cristina Lopes 23

Neusa Fatima Refatti 23Aline Piaia 24Gustavo Lferreira 24Rafaela Pessali 24Tathiana Marcondes 24Camila Ricci 25Graziela Juchem 25Leodir Ceolon Júnior 25Marcelo Borges 25Mariane Gorris 25Orley Junior Zanatta 25Andreia Belo Rosso 26Aderbal Mello 27Alex Sandro Sonda 27Gilvana Camargo 27Isabel Rossoni 27Jaime Airton Hanauer 27Arley Mozel 28Giuliano Bueno 28Luís Alberto Bordin 28Idione Pizzato 29Katia Resturmer 29Liselete Bialecki 29Lourdes Brocco 29Luiz Antonio Lunardi 29Patricia Bravo 29Cibele D Maciel 30Jaime Mariano 30Jani Kracieski 30Rodrigo Caldeira 30

Aniversariantes de Agosto

Subseção

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O que pode e o que não pode nas eleições 2010

É permitida a colocação de cavaletes, bonecos, cartazes, mesas para distribuição de material e bandeiras em vias públicas. Esse tipo de propaganda deve ser móvel e não pode dificultar a movimentação de pessoas e veículos. A mobilidade, segundo legislação aprovada. é caracterizada com a colocação e a retirada dos meios de propaganda entre às 6h e 22h.

Os candidatos, partidos ou coligações podem ter inserções de até 10 anúncios impressos, por veículo, de pro-paganda eleitoral, desde que sejam em datas diversas, no espaço de 1/8 de página de jornal padrão e ¼ de página de revista ou tablóide. Deverá constar no anúncio, de forma visível, o valor pago pela inserção. Caso contrário, os responsáveis pelos veículos de divulgação e os partidos, coligações ou candidatos beneficiados estão sujeitos à multa no valor de R$ 1 mil a R$ 10 mil ou equivalente ao da divulgação da propaganda paga, se este for maior.

A propaganda eleitoral na internet poderá ser feita em site do candidato, do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral. Por meio de mensagem eletrônica para endereços ca-dastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação. Os blogs, redes sociais, sites de mensagens instantâneas e semelhantes, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural também estão liberados pra fazer propaganda.

Estão proibidas as pichações, inscrições a tinta, colagem de cartazes, afixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados em bens públicos como postes, viadutos, passarelas e pontes, inclusive em tapumes de obras ou prédios públicos.

Além disso, a confecção, utilização e distribuição, por candidato ou comitê, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor está proibida. Os candidatos também não podem fazer showmícios ou evento semelhante para a promoção de candidato, a apresentação, remunerada ou não, de artistas com o objetivo de animar comício e reunião eleitoral é proibida. A propaganda em outdoors está proibida desde 2006. E, em caso de descumprimento, a empresa responsá-vel, os partidos, as coligações e os candidatos está sujeitos à imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de R$ 5,3 mil a R$ 15,9 mil.

POLÍTICA

variedades

por Marcelo Navarro de MoraisEspecialista em Direito Eleitoral

As eleições 2010 se aproximam e, com elas, as campanhas políticas desempenhadas pelos candidatos. Um total de 134 milhões de eleitores irá às urnas para votar em 20.839 can-didatos registrados aos vários cargos em disputa. Nove regis-tros de candidaturas para presidente da República; 182 para governador; 288 para senador; 5.869 para deputado federal; 13.688 para deputado estadual e 803 para deputado distrital.No Paraná as vagas serão disputadas por 922 candida-tos, O número é 11% maior do que o total de 2006, quan-do também houve eleições estaduais. Na ocasião, fo-ram 825 candidatos. Confira abaixo o que pode e o que não pode ser feito pelos candidatos nestas eleições.

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A OAB tem por finalidade, de acordo com a disposição legal, defender a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas. É, assim, grande o poder e a responsabilidade da Ordem dos Advogados do Brasil, seguramente a mais combativa e respeitada instituição de classebrasileira. O advogado é indispensável à administração da justiça, e não estásubordinado e nem inferiorizado hierarquicamente aos magistrados e membros do Ministério Público. É, assim, a exemplo da OAB, grande o poder e a responsabilidade do advogado, seguramente a mais brilhante das profissões, e de vital importância para a manutenção e o aperfeiçoamento do Estado democrático de direito. Diante das atribuições conferidas à OAB e aos advogados, percebe-se que, reciprocamente, um fortalece o outro, e ambos tem a mesma relevância. Porém, de maneira equivocada, parte da sociedade não reconhece ao advogado a mesma distinção dada à OAB. Cabe, pois, ao advogado, esmerar-se no cotidiano profissional na defesa de suas prerrogativas e, com urbanidade, exigir das autoridades, servidores e serventuários da justiça tratamento compatível com a dignidade da advocacia, sem, em hipótese alguma, transigir prerrogativa sua, de maneira a não permitir que uma só transigência venha a comprometer a imagem da classe dos advogados. A permanente luta do advogado deve se dar em favor da classe, em prol da sociedade, do direito e da justiça, de maneira exemplarmente ética, a fim de que a sociedade saiba reconhecer a grandeza do advogado, como reconhece a da OAB.É certo que a profissão passa por momento de transição, adequação, depuração, e, mesmo não sendo por muitos observado, o advogado tem muito para comemorar. O advogado, portanto, deve orgulhar-se, sem ser pretensioso, da profissão que exerce e de fazer parte da OAB.

A OAB e o advogado

OPINIÃO

Nilberto Rafael VanzoVice-Presidente OAB/Cascavel

opinião

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