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Revista Eletrônica Fundação Educacional São José

10ª Edição ISSN:2178-3098 __________________________________________________________________________________

ZOOLÓGICOS PARTICULARES:

Os Animais em Guimarães Rosa e Murilo Mendes

Sandra Elizabeth da Silva1

RESUMO

Este artigo pretende retratar os animais nas obras Ave, palavra do literato João Guimarães

Rosa e Poliedro de Murilo Mendes. A análise destas obras será feita através da literatura

comparada analisando, portanto, como os animais são representados nos capítulos Zoo e Setor

Microzoo dos referidos livros destes ilustres autores.

Palavras-chave: Zooliteratura, Animais, Literatura comparada, Autobiografia, Zoológicos.

ABSTRACT

This article intents to portray the animals on the works “Ave, palavra” from João Guimarães

Rosa and “Poliedro” from Murilo Mendes. This review will be done by comparative literature

analysing, therefore, how animals are represented in the chapters “Zoo” and “Setor Microzoo”

from the referred books of those notable writers.

Keywords: Zoo literature, Animals, Comparative literature, Autobiography, Zoos.

1 Sandra Elizabeth da Silva: Mestranda em Literatura pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES-

JF);Especialista em Práticas de Alfabetização e Letramento pela Universidade Federal de São João Del Rei;

Pedagoga; Professora dos Primeiros Anos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Juiz de Fora; Tutora

Presencial do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de São João Del rei; Agente de Suporte Acadêmico

(CAED/UFJF)/ Endereço: Rua Euclides Pezarini, nº 215/401 bloco M, Bairro São Pedro, CEP.: 36037 – 155,

Juiz de Fora – MG/Telefones: (32) 3232-8843;celular: (32) 8888-4115 (32) 88289204/

Emails:[email protected]/[email protected]; Artigos Originais.

Revista Eletrônica Fundação Educacional São José

10ª Edição ISSN:2178-3098 __________________________________________________________________________________

Textos que fazem referência a animais sempre estiveram presentes na literatura

brasileira, sejam aqueles que os representam como algo fantástico, como Teleco, o coelhinho,

conto inserido no Livro o Pirotécnico Zacarias de Murilo Rubião. Seja em textos infantis das

autoras Sônia Junqueira e Mary França. Porém, é possível citar também Graciliano Ramos,

que conseguiu expor a face humana através da cadela Baleia, conhecida personagem da obra

Vidas Secas. Há, então, inúmeros escritores que utilizaram o animal – fantástico ou real –para

escrever suas histórias, como explica a crítica Maria Esther Maciel:

De Esopo (620-560 a.C.), Aristóteles (384- 322 a.C.) e Plínio o Velho (23-79 d.C.),

passando por Isidoro de Sevilha (560-636 d.C.) e os bestiários medievais, até os

relatos de viajantes do século XVI e os inúmeros bestiários modernos e

contemporâneos, de distintas nacionalidades e tradições, os animais nunca deixaram

de se inscrever de maneira incisiva no imaginário poético e ficcional do Ocidente.

(MACIEL, 2007, p. 198)

A consideração acima permite perceber que, além de presente na literatura brasileira, o

animal como personagem é uma construção cujos primeiros registros datam de 620 a. C.,

percorrendo, inclusive, a literatura medieval. Isso leva a crer que há, de fato, certa tradição

nesse tema que, apesar disso, não é esgotado, uma vez que ainda é retomado na literatura

brasileira por escritores modernistas, tais como Guimarães Rosa e Murilo Mendes.

Sendo assim, este artigo pretende contribuir para a análise desse tema, investigando as

representações de animais nas obras Ave, palavra, do literato João Guimarães Rosa, e

Poliedro, de Murilo Mendes, através da literatura comparada.

Ave, Palavra

Ave, Palavra é um livro póstumo de Guimarães Rosa, organizado por Paulo Rónai. O

organizador reuniu, segundo indica a nota de abertura do livro, os textos de Guimarães por

“contos, poesias, notas de viagem, trechos de diário, reportagens poéticas, meditações, e ainda

poemas dramáticos e reflexões filosóficas.” Ele é, de acordo com o literato, uma “miscelânea”

decorrente do material escrito durante aproximadamente vinte anos em revistas e jornais

brasileiros do ano de 1947 a 1967. Para melhor definir um corpus, o presente texto examinará

os capítulos intitulados “Zoo” do supracitado livro, pois há neles a figura de animais

pertinentes a esta pesquisa. É evidente que João Guimarães Rosa representou diversos

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animais em suas obras, mas este livro foi selecionado por não ser tão estudado cientificamente

quanto outros livros de Rosa.

A obra em questão possui 384 páginas em sua 5ª edição e foi dividida em 60 capítulos,

incluindo notas de edição, um poema de Carlos Drummond de Andrade e os textos de

Guimarães Rosa. Os capítulos intitulados “Zoo”, que serão estudados tendo como critério

para tal a zooliteratura, são seis. Pode-se, afinal, resumir fisicamente este livro, tendo como

base o que está escrito em sua orelha:

Ave, Palavra é uma obra póstuma, e aos textos que o autor já havia deixado prontos

foram acrescentados, pelo organizador da edição Paulo Rónai, outros que Guimarães

Rosa havia começado a rever e refundir para o livro, sendo que quatro deles eram

totalmente inéditos. Em adendo, foram acrescentadas crônicas não originalmente

planejadas para este livro, em sua maioria também inéditas2.

Tendo em vista seu caráter formal ele é retratado como irregular pelo autor Luiz

Cláudio Vieira de Oliveira, porque, segundo ele, não há na obra nenhuma preocupação com a

unidade dos textos. Para ele deveriam existir no livro explicações sobre a escolha de tais

fragmentos na publicação.

Enfim, Ave, Palavra é um livro póstumo e o leitor deve se habituar a características de

inacabamento, afinal, não há nele aperfeiçoamentos que poderiam ser feitos pelo próprio

autor. Este fator singular desta produção se faz importante aqui por evidenciar que sua

análise será feita especialmente através de textos que explicam a linguagem de Rosa, pois

somente assim poderá ser construída uma imagem, mesmo que não abrangente, do que este

literato pretendeu demonstrar ao escrever seus “Zoos” em Ave, Palavra.

Poliedro

Poliedro, por sua vez, foi escrito de 1965 a 1966 e publicado em 1972, ou seja três

anos antes da morte de seu escritor Murilo Mendes. Este livro representa, de acordo com o

próprio título, várias faces de Murilo e traz em sua escrita uma “coletânea de fragmentos de

prosa poética” (ZAGURY, 1972, p.xi). Assim como proposto acerca do livro Ave, Palavra,

também será investigada apenas uma parte de Poliedro, exatamente aquela que interessa ás

reflexões propostas neste artigo. Esta pesquisa está situada, então, no capítulo “Microzoo”, no

2 ROSA, Ave, palavra [texto para textual: orelha].

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qual se pode perceber “um perfeito exemplo do hibridismo textual característico da

zooliteratura contemporânea” (JUNIOR, 2010, p.21).

Dividido em quatro seções intituladas “Microzoo”, “Micro-lições de coisas”, “A

palavra circular” e “Texto Délfico”, Poliedro traz uma interessante disposição, que cria

representações de mundo a partir da leitura pessoalizada do autor. Em carta a Laís Corrêa de

Araújo, o próprio poeta assim definiu esta obra: “não é o melhor, mas é talvez o livro meu de

que mais gosto”. Este livro possui em sua primeira edição 146 páginas e a seção “Microzoo” é

composta por quinze animais. No prefácio feito por Eliane Zagury há o seguinte comentário

de Filipe Amaral Rocha de Menezes, cuja dissertação de mestrado foi sobre o referido livro:

Nesse texto, a ênfase recai sobre o caráter metafísico da poética de Mendes e são

ressaltadas outras características das múltiplas faces da obra, como a visionariedade

– a capacidade de unir elementos opostos, “o geral ao particular, o regional ao

universal, o inefável ao grosseiramente concreto”, estabelecendo certo caos

intencional, meio pelo qual o poeta exprime sua ideologia. não se trata de uma

simples coletânea de fragmentos de prosa lírica, mas sim de uma estrutura cerrada,

orgânica, bem montada sobre os alicerces de toda a obra anterior, outras partes do

poliedro agora vislumbrado. (2010, p. 102-103):

A citação acima aponta a multiplicidade presente neste autor, que, abrangendo tanto o

particular como o geral, expressa sua ideologia em uma prosa que não se desvincula da poesia

em momento algum. Portanto, há neste livro a prosa poética de Murilo Mendes e aquilo que

Antônio Candido afirmou estar sempre presente em sua obra: a poesia. Para Candido,

Talvez Murilo Mendes seja o poeta mais radicalmente poeta da literatura brasileira,

na medida em que praticamente nunca escreveu senão poesia, mesmo quando

escrevia sob a aparência de prosa. (JÚNIOR, 2010, P.21)

Com uma escrita visceralmente poética, Mendes representou os animais, porém, com

uma forma de escrever única e repleta de neologismo, Rosa também o fez. Investigar as

citadas obras desses autores é um convite para decifrar a visão de cada autor relacionada aos

animais.

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Os Zoos e o Microzoo: um ponto de encontro

Amar os animais é um aprendizado de humanidade. Se

todo animal inspira sempre ternura, que houve, então

com o homem? (João Guimarães Rosa, 2008)

Embora os admirando, nunca me senti muito à vontade

com os bichos

(Murilo Mendes, 1970, p.07)

Guimarães Rosa e Murilo Mendes nasceram e morreram em épocas próximas,

vivenciaram as conquistas literárias do Modernismo e, além disso, demonstraram grande

amizade um pelo outro, embora tivessem estilos próprios. Murilo Mendes manifestava em

seus poemas a influência do surrealismo europeu; já Rosa participou da terceira fase do

modernismo e trouxe novamente para a literatura brasileira o regionalismo, tornando-o

renovado. Seus livros foram conhecidos tanto nacionalmente quanto internacionalmente e

seus nomes hoje, mesmo que postumamente, são lembrados com reverência por toda a crítica.

Guimarães Rosa escreveu seus capítulos “Zoo” de Ave, Palavra construindo em seus

textos a sua visão dos animais visitados por ele nos zoológicos do mundo. Como se pode

imaginar, existem neologismos no livro, o que já faz parte da linguagem sempre utilizada por

este autor. São exemplos disso: “O leão,espalhafatal”, “As panteras: contristes

contramalhadas, contrafeietas”e “O belo-horrir dos tigres rugindo.” (ROSA,2001, p.97).

Então, estes animais vistos pelo literato são retratados em seu livro como ele os

enxerga. Luiz Cláudio Vieira de Oliveira, Doutor em Letras pela Universidade Federal de

Minas Gerais, em seu texto sobre Ave, palavra explica o seguinte:

Os passeios pelos zoológicos são, na verdade, tentativas de captar a essência de cada

animal, à maneira de Picasso, cujo exercício com o boi progrediu do figurativismo

realista ao figurativismo abstrato, reduzindo o animal a seus elementos mínimos.

Trata-se, em Guimarães Rosa, de uma tradução intersemiótica em que o traço animal

é traduzido em palavras. Não se trata, porém, de uma simples descrição. É mais um

exercício, uma experimentação com as palavras, tentando apreender a palavra exata

que capte a característica mais própria do animal. Nem se trata de dizer de forma

diferente. Mais que isso, pretende-se ver o real de forma diversa, que nos dê "o

objeto nunca visto, ou jamais ouvido. (p. 7-8)

Portanto, para Rosa escrever sobre animais reflete sua visão sobre eles, como se o

escritor tivesse captado a essência de cada um, recriando-os através da linguagem. São seres

reais que passam a ser vistos pelos leitores a partir do olhar do literato. Descrevendo cinco

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jardins localizados em Londres, Rio de Janeiro, Hamburgo e Paris. É uma longa viagem pela

linguagem, criatividade e pelas experiências deste autor, enfim sua zooliteratura.

Já Murilo Mendes construiu outra teia literária em Poliedro, afinal seu próprio passado

é revisto por meio de quinze “animais autobiográficos” que ele apresenta: O Galo, A

Tartaruga, O Tigre, O Cavalo, A Baleia, A Girafa, O Boi, O Pavão, O Porquinho-da-Índia, O

Peixe, A Aranha, O Percevejo, A Preguiça, A Zebra e a Lagosta. Neles há um Mendes que

relembra sua infância, seus tempos em Juiz de Fora e utiliza sua prosa poética para retratar os

animais escolhidos. Diferente de Rosa, ele busca em sua memória as formas destes animais.

Ele não os vê, mas eles já foram vistos em algum momento de sua vida seja de forma real ou

ficcional e isto é materializado em seus capítulos. Murilo Marcondes de Moura, crítico

literário, explica que tanto com este trabalho quanto com seus outros textos autobiográficos

Murilo tinha aspiração “à poetização ou à transfiguração da própria biografia” No “Setor

Microzoo” percebe-se claramente esta transfiguração.

Para melhor comparar essas duas visões serão aqui descritas algumas passagens pelos

zoológicos de Guimarães e Murilo: “Quando eu era menino queria absolutamente ir do Brasil

à China de Cavalo. Só não realizei esta maravilhosa aventura porque meus pais mo

proibiram”.( MENDES, 1972,p. 12).

Neste texto intitulado O Cavalo, o autor relembra sua infância e reconta algumas

passagens de sua memória. Outro exemplo deste mecanismo escolhido pelo literato para

escrever seu Microzoo é:

A Aranha

Na minha infância não muito querida o tempo da aranha criou um tempo

suplementar de terror: tratava-se do reino secreto da aranha caranguejeira, cujo

simples nome transmitia-me o quase pânico (MENDES, 1972, p.26).

Podemos perceber com estes dois textos extraídos do livro que Murilo Mendes utiliza-

se destes animais para relembrar eu passado e faz isso de uma forma literária. Por sua vez

João Guimarães Rosa fez de suas viagens a zoológicos pelo mundo uma forma de relatar a

nós leitores sua visão destes animais:

“Girafa,ah! Seu pescoço mastro totêmico. Seu focinho de borracha chata. Sua cabeça –

conquanta concha marinha.” (ROSA, 2001, p. 163)

“Tartarugas, nas lages: estouvam-se remexendo-se, que nem ratos debaixo de

cartolas.” ( ROSA, 2001, p. 278).

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Apenas duas citações de cada livro bastam para que percebamos que cada escritor teve

a percepção diferente de seus animais. Enquanto Murilo relembra Guimarães enxerga e

escreve. São visões diferentes da mesma proposta: narrar o animal literariamente, seja num

passado distante, seja num passeio presente em um zoológico. Os literatos em questão

conseguiram demonstrar para nós, espectadores, suas zooliteraturas.

Considerações finais

Este artigo demonstra ainda no início de uma grande caminhada. Os animais contidos

nas obras destes autores representam aqui um objeto de estudo, mas para os autores foram um

processo de construção e desconstrução literária da imagem do real. “Zoo” e “Microzoo” se

diferem e se integram em vários momentos. Neste momento podemos pensar que o que

representa como fator principal este trabalho em que tempo estes autores descreveram seus

animais. A literatura comparada se faz aqui presente por se entender que os textos se integram

por ter em seus conteúdos produções sobre animais e se diferem por apresentarem em suas

redações diferentes visões sobre estes animais. Os dois literatos veem os animais, mas cada

qual a sua maneira. Barbosa Júnior a seguir analisa como olhamos estes animais:

O olhar do leitor não recai sobre o animal, não encontra o olhar do animal, mas sim

assenta sobre o homem e incorpora o olhar do homem. Desse modo, passa a valer

para esse microzoo ficcional o que John Berger acusa em relação aos zoológicos

reais: O objetivo público dos zoológicos é oferecer aos visitantes a oportunidade de

olhar animais. Mas em parte alguma num zoológico o visitante pode encontrar o

olhar de um animal. (BARBOSA JÚNIOR,2010, p.22)

Há ainda que se perceber nas duas obras as similaridades e distinções como

linguagem, animais escolhidos, neologismos, porém esses atributos só serão analisados após

estágio mais avançado desta pesquisa.

O que cabe agora avaliar é que ambos os livros estão pertinentes à questão da

zooliteratura, pois inserem em seus escritos a representação do animal e com eles demonstram

a importância da personificação destes animais para a perfeita elaboração de seus trabalhos,

então este ser é visto como forma de representação de suas inspirações,fazendo enxergar o

animal como peça chave para a elaboração destes capítulos.

Conclui-se, então, que a representação desta zooliteratura induz a perceber as obras

não só pelo seu caráter literário, que é muito rico, mas, sobretudo, pela visão animal, que pode

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ser de modo mais íntimo, como Guimarães, ou não muito a vontade, como Mendes, mas

sempre com admiração, pois eles sempre estarão presentes no mundo e assumirão formas

incessantes de produção literária seja para com estes, seja para com outros autores.

Referências:

BARBOSA JUNIOR, Adilson Antônio. Animais indiciários do passado: Os zoos de Murilo

Mendes. Suplemento Literário de Minas Gerais, Belo Horizonte, n. 1332, p. 21-23, set./out.

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Landa

MACIEL, Maria Esther. O animal escrito. São Paulo: Lume Editor, 2008.

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ZAGURY, Eliane. Murilo Mendes e o poliedro. In: MENDES, Murilo. Poliedro.

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