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R E V I S T A E L E T R Ô N I C A

F U N D A Ç Ã O E D U C A C I O N A L S Ã O J O S É

7ª Edição ISSN: 2178-3098

Aspectos do romantismo em Senhora

Fernanda Carvalho de Moura Rezende Fontes*

RESUMO

O Amor tem sido tema de varias discussões, estudado pela filosofia, psicanálise, literatura, entre outras ciências. Existem várias concepções para essa paixão, uma

das quais é a determinada pelo Romantismo, movimento literário do século XVIII e

XIX. A mulher idealizada, o drama humano, amores trágicos e ideais utópicos eram

alguns dos temas presentes nessa escola literária. Objetivo desse trabalho e

ressaltar características do Romantismo na obra Senhora de José de Alencar.

PALAVRAS CHAVE: Romantismo, Crítica Social e Hábitos Burgueses

ABSTRACT

The love has been the subject of several discussions, studied philosophy, psychoanalysis, literature, among other sciences. There are several designs for this

passion, one of which is determined by Romanticism, the literary movement of the

eighteenth and nineteenth centuries. The idealized woman, the human drama, tragic

love and utopian ideals were some of the themes present in this literary school. Aim

of this paper is highlight characteristics of Romanticism in the work of Jose de

Alencar.

KEY-WORDS: Romanticism, Critical Social e Bourgeois Habits.

Introdução

A história européia no período em que se desenvolveu o Romantismo foi

marcada por dois acontecimentos: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.

Juntas, provocaram o fim do absolutismo na Europa e incentivaram a livre iniciativa,

o individualismo econômico e o liberalismo político, estimulando também o

nacionalismo.

As primeiras manifestações românticas surgiram quando alguns escritores

passaram a falar da natureza e do amor num tom bem pessoal e melancólico,

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fazendo da literatura uma forma de desabafo sentimental. Na literatura romântica

brasileira, um dos principais assuntos dos romances eram o amor e os conflitos que

resultavam de situações que dificultavam a plena felicidade dos pares amorosos.

Percorrendo caminhos tortuosos para encontrar a felicidade plena, heróis e heroínas

românticos enfrentavam os mais diversos obstáculos impostos pela moral burguesa

para encontrar o “verdadeiro” amor.

O Romantismo é caracterizado pelo vocábulo romântico traduzindo a

existência de uma condição feminina nas atitudes românticas, revelado pela vaidade

das mulheres. Uma característica dos romances românticos de Alencar seria o culto

da razão, do coração e do sentimentalismo. Essa característica é contraditória e leva

ao desequilíbrio estético. Na obra Senhora, podemos observar esses elementos.

1. O Autor

José de Alencar é considerado o maior romancista do Romantismo brasileiro,

bem como um dos maiores de nossa literatura. Abrangeu em sua obra todo um perfil

da cultura brasileira, na busca de uma identidade nacional que transcorresse os

seus aspectos sociais, geográficos e temáticos, numa linguagem mais brasileira,

tropical, sem o estilo português, que até então rodeava os livros de outros

romancistas. Conseguiu escrever de forma primorosa sobre os mais importantes

temas que estavam em voga na literatura da época, descrevendo desde a sociedade

burguesa do Rio até o índio ou o sertanejo das regiões mais afastadas. Toda a sua

extensa gama de romances pode ser dividida em quatro temas distintos: romance

urbano, romance indianista, romance regionalista e romance histórico.

Alencar publicou Senhora em 1875, sendo o romance considerado uma das

obras primas do autor e uma das principais da literatura brasileira. Trata do tema do

casamento burguês, ancorado no interesse financeiro e condição econômica.

O próprio Alencar classificou a obra dentro de seus “perfis de mulher”, já que

concentra na mulher o papel mais importante dentro da sociedade de seu tempo.

Aurélia, a protagonista do romance é uma jovem mulher dividida entre o amor e o

ódio, o desejo e o desprezo pelo homem que ama. Ela apresenta-se uma mulher de

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personalidade forte, dividida entre a razão e os sentimentos. Elementos encontrados

no escritos tipicamente românticos.

2. Obra romântica: Senhora

A obra Senhora é considerado o principal romance urbano de Alencar e trata

da sociedade imperial carioca. Sua heroína, Aurélia, como o próprio nome indica,

representa o brilho e a glorificação da moral. Essa personagem é edificada ao redor

da idéia de que, as camadas populares, ainda não foram “contaminadas” pelas

normas e hábitos burgueses. Nessas camadas residiriam à alma e o espírito puro, a

honradez e integridade de caráter.

Essa concepção difusa na obra está sintetizada na frase: “Cumpriu o tropeiro

o encargo com uma probidade, de que ainda se encontram exemplos freqüentes nas

classes rudes, especialmente do interior”. (Alencar, 1997, p. 15).

Em Senhora, o relacionamento que se estabelece também é por amor, e não

por desejo do pai ou de qualquer outro membro que tivesse poder sobre a mulher. A

concepção de amor dominante está de acordo com as noções representadas pela

protagonista Aurélia, moça de origem simples e filha de pais cuja relação, embora

infeliz, foi constante em seu amor e nele encontrava sua base.

Longe da sociedade galanteadora, Aurélia desenvolve um amor particular,

próprio às moças de “imaginação e sentimento” que não vivenciam a realidade dos

galanteios fáceis, do amor de diversão e dos casamentos de conveniência. Fora

deste contexto, pode experimentar sensações que nascem de seu interior e não são

aprendidas na sociedade corrompida. É este amor da virtude, do íntimo, do ideal que

quer se afirmar, em oposição à uma sociedade que vivencia relações íntimas que se

orientam pela lógica patriarcal: casamentos vantajosos e arranjados.

A sociedade produz rapazes que querem corromper moças. Homens e

mulheres que anseiam ser os escolhidos pelos mais ricos e que privilegiariam um

casamento lucrativo a um amor verdadeiro. Estas pessoas são insensíveis ao

sentimento, não podem acessar seu interior, sua pureza está perdida, mas não

permanentemente.

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Seixas, o exemplo de rapaz que foi educado pela moral turva da sociedade,

que se casa em troca de um alto dote, que não acredita em amor, aos poucos se

modifica e se torna um homem renovado pela influência de Aurélia. Mais uma vez, o

papel da mulher como reformadora do homem é afirmado. É apenas após essa

modificação que vemos configurar-se a possibilidade da felicidade conjugal: o

verdadeiro amor só pode ocorrer quando os amantes são virtuosos. Até Seixas se

modificar, eles não tem nenhum contato mais íntimo. Sugere-se um modelo de

relação que deve basear-se no amor e se opor a qualquer manifestação de interesse

financeiro, tipo da relação dos romances românticos.

Aurélia representa a beleza e formação moral firme em um ambiente social

tradicional. É menina órfã, que ao receber uma herança, passou por mudanças

rápidas em seu viver e atitudes, mas não “porém no caráter nem nos sentimentos”.

Na sociabilidade dos salões da corte, a moça resistiu a vários pretendentes,

escolhendo casar-se por amor, com o folhetinista e empregado público Fernando

Seixas. Eles vivem uma relação ambígua e conflituosa, estabelecida pelo interesse

material e econômico daquele e não sentimental e afetivo como desejava encontrar

a moca. O caça dotes, embora dissesse que “amava sinceramente” Aurélia,

abandonou-a anteriormente noutra ocasião, para casar-se com outra donzela, “por

seu dote, um mesquinho dote de trinta contos”. (Alencar, 1997, p. 19).

O autor nessa obra condena o matrimônio de conveniência e daquilo que

considera os males da sociedade urbana moderna, sua educação e seus valores.

Porém o romance romântico dirigia-se a um público mais restrito, moços e moças

provindos das classes altas e médias. Esses leitores tinham algumas exigências,

reencontrar a própria e convencional realidade, projetando-se como herói ou heroína

em peripécias, com o que não se depara a média dos mortais. Assim, muitas leitoras

de folhetins sonhavam e se imaginavam no lugar e na posição de Aurélia.

As mulheres de Alencar são vistas como "astro" ou "meteoro" que brilha

fugazmente no céu da sociedade, para depois desaparecer como por encanto. Só

que tal desaparecimento coincide, necessariamente, com seu casamento. Tal

recorrência discursiva sugere que a independência, bem como a identidade da

mulher só encontram lugar no período que decorre entre seu surgimento em

sociedade e o seu casamento.

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Por isso as heroínas do romance brasileiro do século XIX têm, em média, de

14 a 18 anos de idade. Quando ultrapassam a média, já não são mais "casadoiras”.

Mas a idéia de astro e meteoro carrega em si com uma outra significação latente: a

do brilho da beleza e do dinheiro. Aurélia ostentava as duas. Foi ela a rainha dos

salões e ninguém lhe disputava o cetro.

Alencar acreditava nas razões do coração. As sombras do seu moralismo

romântico se alongam sobre as mazelas de um mundo anti-natural, como mostra em

Senhora ao tratar do tema do casamento por interesse financeiro, também refere-se

a sina da prostituição em Lucíola. Mas sempre esse autor busca salvar suas

personagens, restaurando a sua dignidade última e redimindo-as das transações vis,

repondo de pé o herói ou a heroína. Daí os enredos valerem como documento

apenas indireto de uma época esses romances que denunciam uma ética burguesa

e realista das conveniências durante o segundo reinado. A sociedade na qual viviam

os personagens de Alencar fazia- os à sua feição.

José de Alencar utiliza fatos que ocorreram na época para representar datas

e criar um ambiente de veracidade em sua obra. Escolhemos dois exemplos desses

fatos históricos dentre os quais destaca - se a candidatura de nosso escritor, como é

visto neste trecho:

“Por essa época predispuseram-se as coisas para a

candidatura que o nosso escritor sonhava desde muito

tempo; e coincidindo elas com a partida da tal estrela

nortista, lembrou-se Fernando de fazer uma excursão ero-

político por Pernambuco, a expensas do Estado.” (Alencar,

1997, p. 40).

O outro fato histórico usado por José de Alencar nesta narração é a guerra do

Paraguai, como é percebido neste outro trecho:

“A formosa mulher atravessava a sala pelo braço do

General Barão do T que para não desmentir o seu garbo

marcial, fazia naquele momento de heroísmo superior ao

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que mostrava na guerra do Paraguai, onde havia sido um

meio Bayard.” (Alencar, 1997, p. 50).

Alencar foi um escritor muito consciente, nada menos exato do que a

assimilação do nosso maior prosador romântico a um inspirado desalento ao

trabalho do estilo. Na casa dos trinta, eleito deputado pelo Ceará, dá nova vida ao

nosso romance urbano com seus perfis de mulher (MERQUIOR, 1996, p. 117).

3. A personagem: Aurélia, a dama dos salões

A figura de Aurélia, do romance Senhora, representa uma contestação dos

estereótipos femininos do sec. XIX. Apesar de a sociedade privilegiar o homem,

Alencar foi capaz de manipular essa realidade moldando-a na forma da figura

feminina. E como o artista que realmente foi, caracterizou Aurélia de maneira

particular.

Na sociedade em que se comerciavam até os próprios sentimentos estava

Aurélia, uma figura diferente das mulheres encontradas nesse meio. Alencar ao criar

a protagonista de Senhora, colocou-se à frente de seu tempo não tratou a mulher

como mero produto de consumo. O autor dotou a personagem principal de

inteligência e capacidade de se posicionar lado a lado com o homem.

Aurélia era uma moça extremamente informada, daquelas moças que

costumam dominar os mais diversos assuntos do cotidiano:

“Era realmente para causar pasmos aos estranhos e

susto a um tutor, a perspicácia com que essa moça de

dezoito anos apreciava as questões mais complicadas; o

perfeito conhecimento que mostrava dos negócios, e a

facilidade com que fazia, muitas vezes de memória, qualquer

operação aritmética por muito difícil e intricada que fosse.” (Alencar, 1997, p. 19).

A personagem de Alencar, em sua beleza e encanto, desde cedo deslumbrou

a sociedade. "Tinha dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade.

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Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande

novidade do dia." (Alencar, 1997, p. 19).

Uma característica de extrema importância na formação do caráter de Aurélia

é a sua determinação, e a sua capacidade de dominação, o modo como impõe seus

desejos às pessoas. Trechos que demonstram essas suas características

encontram-se em várias situações decisivas no livro, como nas discussões entre ela

e Lemos sobre assuntos diversos como sua tutela:

“Opôs-se formalmente Aurélia; e declarou que era sua

intenção viver em casa própria, na companhia e D. Firmina

Mascarenhas. - Mas atenda, minha menina, que ainda é menor. - Tenho dezoito anos. - Só aos vinte e um é que poderá viver sobre si e governar-

se. - É a sua opinião? Vou pedir ao juiz que ele há de atender-

me.

A vista desse tom positivo, o Lemos refletiu, e julgou mais

prudente não contrariar a vontade da menina. Aquela idéia

do pedido ao juiz para remoção da tutela não lhe agrada. “Pensava ele que às mulheres ricas e bonitas não faltam

protetores de influência.” (Alencar, 1997, p. 27).

Aurélia foi autônoma, influente, dona de suas próprias atitudes. Não deixou

ninguém escolher seu destino. Ela escolheu seus próprios caminhos. Suas

qualidades chegaram até mesmo a ser comparadas com a dos homens:

“A natureza dotara Aurélia com a inteligência viva e

brilhante da mulher de talento, que não se atinge ao

vigoroso raciocínio do homem, tem a preciosa ductilidade de

prestar-se a todos os assuntos, por mais diversos que

sejam. O que o irmão não conseguira em meses de prática, foi pra ela estudo de uma semana.” (Alencar, 1997, p. 102)

Desde cedo, ela se mostrava uma mulher forte e capaz de assumir

responsabilidades:

“Aurélia é quem suportava todo peso da casa. Sua mãe,

abatida pela desgraça e tolhida pela moléstia, muito fazia, evitando por todos os modos tornar-se pesada e incômoda a

filha [...] o cuidado da roupa, a conta das compras diárias, as

contas do Emílio e outros misteres, tomavam-lhe uma parte

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do dia; a outra parte ia-se em trabalhos de costuras.”

(Alencar, 1997, p. 103)

Dona de uma personalidade invejada por muitas mulheres, Aurélia era

centrada em suas convicções, e nem mesmo a riqueza e todos os elogios a

corromperam Aurélia “[...] bem longe de inebriar-se da adoração produzida por sua

formosura, e do culto que lhe rendiam, ao contrário parecia unicamente possuída de

indignação por essa turba vil e abjeta" (Alencar, 1997, p. 20 ).

Assim também era a sua postura inconformada e crítica, contrária a uma

sociedade hipócrita, que se curvava perante os bens materiais: "As revoltas mais

impetuosas de Aurélia eram justamente contra a riqueza que lhe servia de trono, e

sem a qual nunca por certo, apesar de suas prendas, receberia como rainha

desdenhosa, a vassalagem que lhe rendiam" (Alencar,1997, p. 21).

Nesse contexto, Aurélia desejando casar-se por amor, “um casamento

romântico”, via–se “cotejando o seu formoso ideal com o aspecto sórdido que lhe

apresentava a sociedade” e entrou “a desprezá-la, e a olhar o mundo como um

desses charcos pútridos, mas cobertos por folhagem estrelada de flores brilhantes...”

Quando a riqueza veio surpreendê-la “(...) seu primeiro pensamento foi que

era uma arma. Deus lhe enviava para dar combate a essa sociedade corrompida, e

vingar os sentimentos nobres escarnecidos pela turba dos agiotas”. (Alencar,1997,

p. 14).

Desta forma, fica evidenciado que antes de ser racional a heroína é

sentimental e que, além de possuir um pensamento analítico, que examina,

confronta e estabelece objetivo, é também religiosa, como são os românticos,

marcados pela fé e crença em Deus. Finamente consume o casamento deixando

Seixas tomar conta dos seus bens.

4. Conclusão

Apesar de todas as peculiaridades do movimento romântico brasileiro e de

seu incipiente público leitor, o reflexo de um público letrado ainda em processo de

consolidação, podemos afirmar que uma narrativa como Senhora, de José de

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Alencar, apresenta os mesmos matizes ideológicos no que se refere ao tratamento

conferido ao amor.

A personagem Aurélia age movida pelo sentimento amoroso, o que é

evidenciado em suas falas e na descrição minuciosa que o narrador faz dos

sentimentos e das motivações mais íntimas da personagem. Pela voz do narrador,

ficamos sabendo que é desejo da heroína unir-se para sempre, mediante um voto

perpétuo, ao destino do homem por ela escolhido: nesse contexto, a mulher torna-se

parte do homem.

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